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CONSULTÓRIO JURÍDICO COM CARLOS MELO BENTO
com: Carlos Melo Bento ADVOGADO
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Que uso ou não uso podem dar os pais de um menor de certos bens que lhe possam pertencer (por herança p.x.)? Fazendo venda de algum desses bens, quem pode denunciar? Depois da maioridade pode ser reclamado o valor do que foi vendido?
Os pais do menor não podem dispor dos bens imóveis deste sem autorização prévia e expressa do Tribunal de Família e Menores. Tal autorização só é dada em circunstâncias extremas e muito bem justificadas, designadamente: tratamento de doença grave para que sejam necessários meios que não existam nos serviços do Estado, a sobrevivência do menor que os pais estejam em absoluto incapazes de proporcionar, etc. Na prática isso é muito difícil de obter, pois aquele tribunal só nessas situações muito especiais é que dá o consentimento que mesmo assim está sujeito a prestação de contas, vigiada de perto pelo Ministério Público. O mesmo se passa com os bens móveis, designadamente o dinheiro que, caso seja desviado, pode dar lugar a processo crime e a uma indenização, que o menor, atingida a maioridade, tem um prazo para pedir. Como esses crimes são públicos, qualquer pessoa que deles tenha conhecimento pode denunciá- -los.
NOTE BEM:estes pequenos conselhos não dispensam a consulta a um advogado. Pois, cada caso é um caso e, para se dar um conselho, é preciso saber muitos detalhes que não cabem nas perguntas que me são feitas.
José F. Andrade
Torn Fabriks Homens em fúria
São uma das mais recentes apostas do Thrash Metal nacional e dela fazem parte; Ricardo Santos (Morbid Death) e Jorge Matos (Earth Syndicate), dois notáveis do panorama nacional.
O Line-Up
Ricardo Santos, baixista e voz principal dos micaelenses Morbid Death, assume as mesmas funções nos Torn Fabriks, um projecto formado inicialmente por Jorge Matos, que tem o papel de guitarrista nos portugueses Earth Syndicate.
Influências
São vários os nomes que os Torn Fabriks apontam como sendo parte do seu universo influenciável. Quem já ouviu “Face It”, o primeiro single do colectivo, fica certamente convencido de que; Testament, Exodus, Kreator, Onslaught e Anthrax são parte importante da sua musicalidade.
A distância
De Almada a Ponta Delgada são 1443 Km, mas essa distância não foi impeditiva desta dupla juntar- -se e fazer música a partir da sua região. Os meios existentes permitem que, onde quer que se esteja, se consiga fazer música, trocar ficheiros e quiçá, fazer um disco. A Internet permite tudo e tudo promove… e por falar em promover, “Face It” é o primeiro fruto da união entre os dois músicos. O resultado, traduz-se num verdadeiro exercício de poder absoluto, com rasgos (leia-se, linhas de guitarra) que não deixam ninguém indiferente.
Primeiro projecto Thrash de São Miguel
Nunca se percebeu bem, mas, o que é facto é que o Thrash Metal nunca teve grandes seguidores em São Miguel, em termos de bandas, embora hajam muitos fãs desta sonoridade. Quem não gosta de Slayer, por exemplo… São Miguel, sempre foi de extremos… Do Rock de tendências mais clássicas ao Rock progressivo ou até mesmo mais electrónico, tendo como oposto, o Death, Black, Core e afins. Nunca antes, tivemos um exercício em que o Thrash puro e duro, tal como o conhecemos, se manifestasse de forma explícita…
Worldwide Thrash
É uma realidade que o Thrash Metal, como vertente musical, não vive uma das suas melhores épocas, todavia, é um estilo que embora não esteja na mó-de-cima, tem sempre representatividade no universo do Hard N’ Heavy. Prova disso, são os diferentes cartazes a nível nacional e internacional em que a vertente está sempre presente.
CONSULTÓRIO DA SAÚDE
ALERGIAS A INSETOS
João Bicudo Melo Médico e Psicólogo Clínico
Chegado o mês de agosto é tempo de organizar (re)encontros com amigos e familiares. O bom tempo, torna convidativo a que os mesmos tenham lugar em espaço aberto, sobretudo no presente ano marcado pela vivência excecional de uma pandemia que tem assolado todo o mundo de forma particularmente dramática e indiscriminada. Estes encontros na natureza, tão aprazível nas nossas ilhas, incorrem, no entanto, com alguns riscos. Refiro-me à maior probabilidade de ser afetado pelas picadas de diferentes insetos. Embora este quadro clínico não resulte em consequências graves para o indivíduo numa expressiva maioria dos casos, em alguns casos a situação pode necessitar
uma intervenção por profissionais de saúde diferenciados num curto espaço de tempo.
Nos Açores, as picadas mais comuns são as provocadas por mosquitos e por abelhas. Conforme referi anteriormente, nos casos mais comuns, a
picada resultada exclusivamente em reações locais ligeiras, caraterizadas por rubor (vermelhidão), dor, inchaço na re
gião circundante à picada e comichão. Em aproximadamente uma em cada dez pessoas que sofrem picada de insetos verifica- -se uma reação local exuberante, normalmente caraterizada por uma maior intensidade dos sinais inflamatórios, onde se realça um inchaço com diâmetro com dimensão superior a 10 cm e que, normalmente, perdura por um tempo superior a um dia.
Estas reações mais exuberantes tendem a causar maior incómodo e podem necessitar de cuidados médicos, mas não colocam em risco a vida do utente. Numa minoria dos casos, as picadas de insetos podem ter consequências mais perigosas, provocando quadros de
anafilaxia que mais não são do que reações alérgicas graves. Nestes casos, os sintomas tendem a aparecer poucos minutos a poucas horas após a picada. Normalmente atingem dois ou mais sistemas, sendo os mais frequentemente afetados a pele e o sistema cardiorrespiratório. No entanto, também pode afetar outros sistemas como, por exemplo, o sistema digestivo. Do ponto de vista semiológico, os sinais/sintomas mais frequen
tes são mal-estar geral, sensação de falta de ar, batimento cardíaco acelerado, inchaço, comichão incontrolável, tonturas, náuseas, vómitos, desconforto abdominal, diarreia, sensação de fraqueza, sensação de desmaio e confusão. Nestes casos, estamos perante uma situação potencialmen
te grave, pelo que está indicada a sua observação imediata em contexto de serviço de urgência. No caso das ilhas dos Açores é mais comum que estes quadros sejam resultado de picadas de abelhas. Raramente as picadas de mosquito concorrem com quadros clínicos graves.
Todas as pessoas com primeiro episódio de reação alérgica grave devem ser referenciadas a uma consulta de Imunoalergologia e devem dar conhecimento da situação ao seu médico de família que tem por função também acompanhar o caso e recomendar medidas de proteção.
Esteja atento aos primeiros sinais. Recorre ao hospital mais
próximo sempre que verificar sintomas sugestivos de gravidade. Boas férias.
José Andrade
A CULTURA DO NOSSO POVO
Há quatro anos, em agosto de 2016, a Letras Lavadas Edições apresentou uma nova obra dedicada à cultura popular açoriana – o livro BANDA DA RELVA& Filarmónicas dos Açores, como edição comemorativa do 150º aniversário da Filarmónica de Nossa Senhora das Neves. Numa mensagem que escreveu para este livro, o Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, refere que “a Região Autónoma dos Açores mantém um impressionante número de orquestras filarmónicas, algumas das quais centenárias” e prossegue: “Celebrando essa pujança e persistência, quero saudar nesta ocasião a Filarmónica Nossa Senhora das Neves, fundada a 1 de janeiro de 1866, na freguesia de Relva, concelho de Ponta Delgada, ilha de São Miguel, duas décadas depois do nascimento da pioneira Sociedade Filarmónica Micaelense”. Este livro, na sua parte central, reconstitui o contexto histórico da fundação da popular “Banda da Relva”, com o ambiente cultural da ilha de São Miguel em 1866, recorda os momentos mais marcantes do seu percurso ininterrupto de 150 anos, com factos e fotos, e arquiva as distinções locais, municipais e regionais que a filarmónica recebeu no âmbito das suas atuais comemorações, designadamente a Insígnia Autonómica de Mérito Cívico. A parte inicial deste livro descreve as primeiras filarmónicas que existiram na ilha de São Miguel, desde a Filarmónica Micaelense em 1845 até à Filarmónica de Nossa Senhora das Neves em 1866, passando pelas cerca de duas dezenas de bandas fundadas em Ponta Delgada, Ribeira Grande, Lagoa, Vila Franca do Campo, Água de Pau, Povoação, Nordeste, Mosteiros, Fenais da Luz e Furnas. A última parte do livro é dedicada às antigas e atuais filarmónicas das nove ilhas dos Açores, com destaque para as outras sete que contavam então mais de 150 anos de existência: Sociedade Filarmónica União Popular (São Jorge), Sociedade Filarmónica Artista Faialense (Faial), Filarmónica Eco Edificante (São Miguel), Filarmónica Fraternidade Rural (São Miguel), Banda Fundação Brasileira dos Mosteiros (São Miguel), Filarmónica Liberdade Lajense (Pico) e Banda Harmónica Furnense (São Miguel). Ainda nesta sua parte final, o livro apresenta as cerca de 100 filarmónicas açorianas atualmente existentes – nas ilhas de Santa Maria (1), São Miguel (37), Terceira (25), Graciosa (4), São
Jorge (15), Pico (13), Faial (8), Flores (1) e Corvo (1) – e faz um levantamento completo da “Cronologia Geral das Filarmónicas dos Açores”, com duas centenas de nomes, desde a “Phylarmonica Michaelense” de Ponta Delgada (1845) até à “Sociedade Recreativa Filarmónica Nossa Senhora dos Anjos” da Fajã de Baixo (2011). A ilha de São Miguel conta atualmente com 36 filarmónicas ativas nos concelhos de Ponta Delgada (13), Ribeira Grande (9), Lagoa (3), Vila Franca do Campo (3), Povoação (5) e Nordeste (3). No concelho de Ponta Delgada, além da Filarmónica de Nossa Senhora das Neves (Relva), funcionam, com maior ou menor atividade, as filarmónicas Fundação Brasileira (Mosteiros), Harmonia Mosteirense (Mosteiros), Lira das Sete Cidades (Sete Cidades), Lira de Nossa Senhora da Estrela (Candelária), Lira de Nossa Senhora da Oliveira (Fajã de Cima), Lira de São Roque (São Roque), Lira Nossa Senhora da Saúde (Arrifes), Minerva (Ginetes), Nossa Senhora da Luz (Fenais da Luz), Nossa Senhora dos Anjos (Fajã de Baixo), Nossa Senhora dos Remédios (Remédios) e União dos Amigos (Capelas).
DESAFIO MENSAL DO MÊS TRANSATO COM O TEMA: “MOBILIDADE SUSTENTÁVEL”
1º Lugar - Metro - Francisco Carreiro
“ESTAS PÁGINAS SÃO DEDICADAS AOS ENTUSIASTAS, QUE DE UMA FORMA APAIXONADA PARTILHAM O SEU OLHAR, POTENCIANDO A ARTE E O GOSTO PELA FOTOGRAFIA.”
Coordenação: Paulino Pavão Edição:
2º Lugar - Já foste - José Vaz
3º Lugar - Back to basics- Francisco Fernandes