CRIATIVA MAGAZINE - AGOSTO DE 2015

Page 1

nas

Dm ES No inte ri elh C ore O or s lo N jas T OS

c ri a ti va

dos

Aço

res

Ano I Nº 10 agosto 2015

distribuição gratuita

magazine

entrevista

João Bettencourt Diretor Regional do Turismo ENTREVISTA

Diana Valadão gestora dos campos de golfe na ilha ENTREVISTA

rIBEIRA GRANDE

RENDE-SE AO BALLET

Catarina Teixeira rosto da empresa gráfica Coingra dEPORTO MOTORIZADO

RALI lOTUS

Produtos açorianos

aNANÁS COM NOVOS HORIZONTES



14

08

p

p

Entrevista

Entrevista

04 p 34

p

Grande Reportagem

desporto motorizado

ficha técnica Propriedade:

criativaçores, Lda Rua do Espírito Santo, 77 - r/c Esq. Torres do Loreto 9500-465 Ponta Delgada NIF: 513 281 070 Email: criativa.azores@gmail.com

962 370 110 • 968 691 361

Nº Registo: 126655 Diretora: Natacha Alexandra Pastor Editor: Carlos Costa Periodicidade: Mensal Tiragem: 5.000 exemplares Sede da Redação: Rua Espírito Santo, nº 77 R/chão Esqº 9500-465 Ponta Delgada Impressão: Coingra - Companhia Gráfica dos Açores Parque Industrial da Ribeira Grande - Lote 33 9600-499 Ribeira Grande Colaboradores: Renato Carvalho, José de Almeida Mello, Luís Moniz, Paulino Pavão/AFAA, João Costa Direção Comercial: João Carlos Encarnação Design Gráfico, paginação e publicidade: Orlando Medeiros - Criativa Fotografia: Carlos Costa e Orlando Medeiros Depósito Legal: 390939/15 O uso e reprodução parcial ou total de qualquer conteúdo existente nesta revista é expressamente proibido. Os anúncios existentes nesta revista são da inteira responsabilidade dos anunciantes.

e ainda... PRODUTOS AÇORIANOS p ANANÁS COM NOVOS MOTIVOS

18 22 26 32 36 44 Eventos DE ATENÇÃO

p p p p p

entrevista

Catarina Teixeira rosto da empresa gráfica Coingra

RESTAURAÇÃO

JÁAgora INTRODUZIU CONCEITO NOVO NA RESTAURAÇÃO

DESPORTO

AIRSOFT EM SÃO MIGUEL TEM REPRESENTAÇÃO DE PESO

GASTRONOMIA

RIBEIRA GRANDE TEM QUEIJADA DE FEIJÃO BRANCO COMO NOVO PRODUTO


Grande REportagem

Projeto social e pedagógico

conduz A Minha Escolinha de Ballet

“Revelação” foi o título do último espetáculo de ballet coordenado e desenvolvido pela AME – A Minha Escolinha de Ballet. Sob a coordenação de Jessica Ferreira, a Minha Escolinha de Ballet acumula já oito anos de muitos ensaios, experiências e ensinamentos. Natacha Alexandra Pastor

4 • c ria ti va magazine

Carlos Costa e Pau Storch


Fundada em 2007, a AME é um projecto social e pedagógico que tem com o objectivo dar a oportunidade a crianças e jovens adolescentes que têm o gosto pela dança de o fazer sem que o factor monetário seja obstáculo. Tem centrado as suas apresentações periódicas no Teatro da cidade da Ribeira Grande, onde já foram produzidas as peças “Dança das Flores”; “O Mundo Encantado das Bonecas”; “Primavera”; “Ritmos”; “Momentos” e agora “Revelação”. À Criativa Magazine, a mentora deste projeto fala do espetáculo “Revelação”, da experiência com o público, de curiosidades sobre um estilo de dança que para si “sendo o Ballet clássico a minha preferência, descrevo-o como gracioso e sublime!” “Este último espetáculo, apresentado no Teatro da Ribeira Grande em julho versou o conceito: “de que gosto eu?”, “do que sou capaz?”. Foi a partir destas interrogações que toda a performance das bailarinas nasceu. “Daí tudo fluiu. As horas de ensaio não as consigo contabilizar, mas não foram tantas como as que pretendíamos! Mesmo assim, com muitos obstáculos que tivemos de ultrapassar, com a vontade e todo o esforço das minhas meninas, pelas quais tenho muito carinho e orgulho, tudo foi possível!” Com um público cada vez mais atento às apresentações da AME, Jessica Ferreira, que tem partilhado com as suas alunas, as experiências no palco do

Teatro Ribeiragrandense admira a importância que as pessoas têm vindo a dar ao Ballet, levando à lotação total do espaço. “As apresentações têm conseguido surpreender o público, e ano após ano nota-se a maior afluência do público em adquirir um bilhete para ir ao teatro. O Teatro Ribeiragrandense esgota totalmente em todas as apresentações, tornando-se já pequeno para a AME.” Trabalhando anualmente com cerca de 70 alunos, poucos são os bailarinos masculinos que frequentam a sua escola. Ainda assim, tem conseguido trabalhar com alguns elementos masculinos, talvez fruto de um preconceito que teima em resistir. Se assim não fosse, talvez pudessem ser em maior número os elementos masculinos. “Infelizmente não vejo esse preconceito ultrapassado, mas sim tenho trabalho com alguns elementos masculinos, em 2014 com um bailarino da região e este ano com um bailarino profissional, o Ivanoel Tavares, de Setúbal.” Apesar da postura muito esbelta característica dos dançarinos, não há grandes imposições alimentares a considerar, explica a responsável pela AME. Os cuidados são idênticos aos que qualquer pessoa deve procurar manter. “Não há nada em especial. Os cuidados (alimentares) que todos devem ter em geral, ou seja alimentação variada e equilibrada.” Para quem um dia pensou em iniciar-se

nesta dança, a professora garante que não há uma idade limite para dar os primeiros passos. Acima de qualquer coisa está a vontade e uma vez que ela exista há, isso sim, muito trabalho a fazer. “Diria que sim, tudo depende do desempenho e vontade da pessoa. Iniciar tarde significa esforçar-se o máximo para atingir o objectivo! Não há idades nem condicionantes! Há que ter vontade acima de tudo, e a partir daí tudo o que à partida parecia ser uma condicionante altera-se com o trabalho diário e um treino muito específico e muito rigoroso do seu corpo.” Tal como a generalidade dos artistas, seja em que área se especializam ou à qual se dedicam, há sempre grandes referências profissionais. Jessica Ferreira assume que o seu Mestre é o Professor Lawrence Joseph Haider. “A minha maior referência é o meu Mestre Professor Lawrence Joseph Haider embaixador da arte do ballet Clássico na nossa ilha de São Miguel desde 1981 como professor de Pas de Deux no Conservatório Nacional de Ponta Delgada, cujo currículo é impressionante. Foi Bailarino profissional em grandes companhias como a Royal Winnipeg Ballet, Canada, Royal Opera Ballet Covent Garden, Londres, Edinburgh Festivan, Scotland, Roland Petit Ballet, Paris entre muitas outras companhias. Ainda hoje me acompanha na minha formação, pois num mundo da dança a aprendizagem é contínua.”

cria ti va magazine • 5


Benefícios para o corpo e mente da prática regular de Ballet O Ballet exercita o corpo como um todo, cada músculo, com graça e suavidade. A sequência de exercícios promove: Flexibilidade, Postura: postura elegante, andar com suavidade, sentar-se corretamente; Coordenação Motora: movimentar-se, seleccionando e ordenando de maneira independente diferentes partes do corpo; Disciplina: Aprender todos os passos, sua execução e encadeamentos, com precisão e suavidade exige disciplina e envolvimento. Esse controle mental será inevitavelmente aplicado às sua outras atividades diárias, melhorando seu desempenho e tornando mais fácil a realização das tarefas; Expressão Corporal: expressar a música através de cada parte do seu corpo; Exercício para a mente: A sequência de passos, a sua execução, nomes, encadeamentos e músicas exigem muita atenção e concentração para serem aprendidos.

O ballet tem 5 posições básicas que servem de alicerce para os passos mais complicados. Nesta expressão, quer pernas quer braços têm posições muito definidas e no caso dos braços, estes assumem uma grande importância, pois devem ser a moldura que completa o quadro de figuras dançantes, assim, valem pelo detalhe, pelo acabamento, pela qualidade da obra de arte. O primeiro passo que se pratica é um plié. Plié significa dobrar (flexionar). O Plié é uma versão mais graciosa de flexionar profundamente o joelho, e forma quadríceps fortes. Um demi plié é um movimento que pode ser feito em todas as 5 posições do ballet e pode ser melhor descrito como uma meia flexão, depois de dominar o demi plié em todas as 5 posições, um bailarino está pronto para o grand plié. Entre muitos dos passos que se executam no ballet fica uma ligeira explicação de alguns: Allegro Alegre e animado, incluindo todas as etapas de elevação, tais como entrechat, cabrile, assemble, jetè – basicamente saltos e curvas. Arabesque Uma posição do corpo com uma perna esticada para fora para a parte traseira voltada para fora e ao mesmo tempo mantendo a parte superior do corpo reta e levantada, sendo que os braços estão estendidos em várias posições harmoniosas criando a linha mais longa possível da ponta dos dedos da mão à dos pés. Os ombros devem ser mantidos retos em frente à linha de direção. Os arabesques são geralmente empregados para concluir uma fase de passos, tanto nos movimentos lentos do adágio como nos movimentos vivos e alegres do allegro. Arrière, en A direção para a execução de um passo ou sequência. Esta palavra é usada para indicar o passo que é executado para afastarmos do público. Assemble Um passo em que o trabalho de pé desliza bem ao longo do chão antes de ser arrastado para o ar. Como o pé vai para o ar, a bailarina empurra fora do chão com as pernas, que prorroga o apoio dos pés, então ambas as pernas se juntam ao chão simultaneamente em quinta posição. Attitude É uma posição numa perna só com a outra levantada para trás com o joelho dobrado num ângulo de noventa graus e bem virada para fora para que o joelho fique mais alto do que o pé. O pé de apoio pode ser à terre, sur la pointe ou demi-pointe. O braço do lado da perna levantada é mantido por cima da cabeça numa posição curva, enquanto o outro é estendido para o lado. Balloné Pulando como uma bola. A bailarina pula executando simultaneamente um battement, depois cai em demi-plié na perna de sustentação. Pode ser feito em muitos sentidos diferentes. Ballotté Um salto. Comece pela 5ª, na perna direita dianteira. Reta para cima com ambas as pernas, bem realizada em conjunto, como o corpo começa a inclinar ligeiramente para trás no ápice do salto. O corpo cai sobre o pé esquerdo, enquanto o direito é jogado aberto à frente.

6 • c ria ti va magazine


voucher pรกg. 63

c ria ti va magazine โ ข 7


Entrevista Diretor do Turismo

Mais 1900 camas previstas

Efeito das low-cost é positivo

Mantém-se forte a convicção de que o Turismo é uma área estratégica de desenvolvimento dos Açores. 2015 representa desde já um bom ano e a bem da verdade as low-cost são responsáveis por parte desse crescimento. João Bettencourt, Diretor Regional do Turismo, revela ainda que continuam a ser feitas, em mercados estratégicos, campanhas de promoção dos Açores, colocando a natureza mágica como a imagem que marca as 9 ilhas. Também os empresários parecem estar confiantes no setor, a julgar pelos pedidos de construção de novos hotéis. Natacha Alexandra Pastor

8 • c ria ti va magazine

Orlando Medeiros


Criativa – Estamos a meio do ano de 2015, um ano em que mudou o figurino das acessibilidades aéreas. Um ano, ainda, em que se perspetivam melhorias económicas, embora longe de se notar uma retoma económica tão rápida quanto seria desejável. Tal como muitos setores, o do Turismo sofreu com a crise económico-financeira. Há sinais positivos que possam perspetivar um ano sustentável para os empresários deste setor na região? João Bettencourt (Diretor Regional do Turismo) - As informações que estão disponíveis até final de maio, no que respeita a hóspedes e dormidas, bem como desembarque de passageiros na Região, são indicadores que nos deixam mais tranquilos porque demonstram que o turismo está em fase de crescimento. No entanto o nosso trabalho em prol da promoção dos Açores não abrandará, porque da sua continuidade advirão melhores resultados e todos esperamos que o ano de 2015, seja um ano de referência e de mudança para os Açores. Criativa – A esse respeito, como estão os pedidos de licenciamento para construção de unidades hoteleiras ou reconversão de categorias? A Direção do Turismo tem visualizado o fenómeno do aumento de camas (Pode traçar um gráfico dos últimos anos)? Neste momento nos Açores existem 10.352 camas em funcionamento, afe-

tas aos empreendimentos turísticos, concentrando-se na Ilha de São Miguel mais de 50% do total da capacidade, às quais acresce 2552 camas relativas ao alojamento local. Quanto à construção de novos estabelecimentos hoteleiros, e de acordo com pedidos recebidos nesta Direção Regional, constata-se a criação de 6 novas unidades hoteleiras, que corresponderá a um acréscimo de 507 camas, sendo a maioria também na Ilha de São Miguel. Mas prevemos, igualmente, um acréscimo de 1442 camas nas restantes tipologias de empreendimentos turísticos, destacando-se os Apartamentos Turísticos e as Casas de Campo afetas ao TER. No que concerne à reconversão e tendo em conta a entrada em vigor do Decreto Legislativo Regional nº 7/2012/A, de 1 de Março (RJET A), e da respetiva Portaria nº 55/2012, de 16 de maio que estabelece os requisitos mínimos opcionais e obrigatórios para as diferentes categorias de estabelecimentos hoteleiros, esta Direção Regional, já auditou cerca de 60% dos empreendimentos, que corresponde na sua larga maioria a estabelecimentos hoteleiros, prevendo-se que a breve trecho este processo esteja concluído com a auditoria das unidades de Turismo em Espaço Rural. Criativa – A tutela está a acompanhar a tendência turística, desde a entrada das low cost, certamente, aferindo do crescimento que está associado à entrada de ambas as companhias aéreas que operam neste siste-

ma. Que ilações se retiram deste novo figurino? Há sempre trabalho a fazer no que concerne à melhoria das acessibilidades para os Açores no contexto das nove ilhas, mas até ao momento podemos aferir que há um crescimento notório desde o início da operação com as low-cost. No global constata-se que há um crescimento entre janeiro e maio, na ordem dos 23,79%, se compararmos com 2014, sendo o crescimento na Ilha de São Miguel de 19,3%, entre abril e maio de 2015. Criativa – Está a ser feito algum trabalho de campo para perceber das expetativas/recomendações e críticas de todo o setor associado ao Turismo, por via da entrada das duas companhias aéreas de low cost? O Governo está atento e acompanha em permanência as reações quer dos nossos empresários quer dos nossos parceiros externos no sentido de atuar e antecipar eventuais aspetos negativos que possam por em causa o desempenho do setor. Criativa - As primeiras intenções das (no momento) companhias low cost em fazerem ligações diretas à ilha Terceira, vão merecer algum acompanhamento por parte do Governo dos Açores? Naturalmente que o governo está acompanhar este assunto com muito empenho tendo realizado diversas reuniões com as companhias no sentido de, em pouco tempo, serem criadas as condições para o início destas ligações aéreas.

“O Governo tem realizado

diversas reuniões com as companhias (low-cost) no sentido de, em pouco tempo, serem criadas as condições para o início destas ligações aéreas (à Terceira).

“O turismo assume-se

presentemente como um dos grandes sectores estratégicos para a economia da Região.

cria ti va magazine • 9


Região tem campanhas de promoção a decorrer em 12 países Criativa – Embora esta nova oferta nas acessibilidades seja um modelo aparentemente atrativo, o setor não se circunscreve a este fenómeno. Como se prepara – em que pilares – o futuro turístico dos Açores? A implementação, a partir do 2º semestre do corrente ano, do Plano Estratégico para o setor, com o horizonte temporal 2020 e, a consequente revisão do Plano de Ordenamento Turístico da Região, como instrumento orientador de políticas será uma base de trabalho muito importante ao nível do desenvolvimento turístico, nos próximos anos, que irá refletir-se obviamente na forma e nas oportunidades, de como e onde deverão ser explorados os nossos recursos turísticos, assim como os mercados onde devemos atuar. Criativa – Que mercados emissores estão a ser trabalhados? Que países se consideram como fiáveis e cuja aposta é apetecível? Atualmente a região tem campanhas de promoção a decorrer em cerca de uma dúzia de países, a maioria nos países da europa ocidental e depois nos EUA e Canadá. Estas campanhas são dimensionadas em função do potencial do Destino nesses mercados, na existência ou não de ligações áreas diretas, na capacidade de captação de fluxos dos nossos parceiros locais, entre outros fatores diversos de ponderação.

10 • c ria ti va magazine

Este trabalho, que tem sido desenvolvido sustentadamente ao longo dos últimos anos, apresenta índices elevados de sucesso como comprova o crescimento regular do mercado alemão, por exemplo, ou os crescimentos que temos assistido no Benelux, em Espanha, em Itália e no Reino Unido, entre outros. Criativa – Há anos que se fala no mercado da Saudade, e do pormenor de que continua a ser caro para muitos emigrantes visitarem os Açores. Como é que o governo responde a um segmento que pode ter um potencial interessante? Nos casos específicos dos mercados dos Estados Unidos e Canadá se, no passado recente, o “mercado da saudade”, ou VFR (Visit Friends and Relatives) eram o único nicho de penetração do Destino Açores a aposta que tem sido feita nos últimos anos é precisamente de conquistar fluxos turísticos nestes mercados fora do nicho VFR. Tanto na costa leste dos EUA como no mercado canadiano a promoção do Destino tem sido feita procurando atingir os nacionais desses mercados por via da promoção dos produtos turísticos com forte enfoque na Natureza e no Mar, numa aposta de turismo ativo, como ainda pelo Golfe, o touring cultural e a gastronomia. Os crescimentos, na ordem dos dois dígitos, que temos verificado nestes mercados comprovam o sucesso desta estratégia, para além de

que, nestes mercados, comparativamente a outros destinos concorrentes, que se encontram na mesma faixa de distância de voo, cerca de quatro horas e meia, os Açores são não só altamente competitivos a nível da diversidade da oferta como também a nível de preço. Criativa – Como perspetiva o futuro? Que bons exemplos gostaria que fossem seguidos futuramente? O turismo assume-se presentemente como um dos grandes sectores estratégicos para a economia da Região, dentro de um conceito de turismo de Natureza, assentando a sua oferta essencialmente na excelência dos nossos recursos e condições naturais para a prática de atividades ligadas à natureza e ao turismo de aventura, sendo este um dos segmentos com grandes perspetivas de crescimento a nível mundial. Nesta medida acreditamos que os Açores têm as condições para se posicionarem internacionalmente como destino de turismo Natureza, nos mercados com maior apetência por este tipo de turismo. Assim deveremos continuar a apostar no crescimento sustentável dos nossos recursos para que a oferta dos Açores continue a ser apetecível para os nossos empresários e para aqueles que procuram na Região um turismo forte de emoções e de atividades de completa fruição com uma natureza mágica e pura.


APRESENTAMOS MAIS TRÊS MARAVILHAS DOS AÇORES. CAMPO DE GOLFE DA BATALHA, FURNAS E TERCEIRA.

Furnas Golf Course

Batalha Golf Course

Terceira Golf Course

Torne-se fã

cria ti va magazine • 11


Turismo de Saúde e bem-estar: Governo estabeleceu parcerias com o INOVA Criativa – Falando em segmentos, recordo um estudo do Observatório do Turismo dos Açores de 2009 que dava realce ao Turismo de Saúde e Bem-estar, elevando-o a um patamar de destaque. Pouco tem sido feito, todavia, neste nicho. O Turismo dos Açores tem auscultado o que está a ser feito nesta área por toda a Europa e Mundo? A Região dada a sua natureza vulcânica, possui recursos hidrogeológicos de valor inegável e que poderão potenciar investimentos no sector do turismo designadamente o seu aproveitamento balnear e/ou termal. A face mais visível destes recursos e no que concerne à oferta turística, são os complexos termais do Carapacho e da Ferraria, infraestruturas estas nas quais o Governo tem investido significativamente requalificando as Termas do Carapacho e as Termas da Ferraria, que foram concessionadas ao setor privado. No entanto a oferta turística nesta área não se esgota nos recursos acima identificados,

12 • c ria ti va magazine

existindo também procura para outros atividades de lazer relacionadas com os recursos termais, como são exemplo a Poça da Dona Beija, a Caldeira Velha e até mesmo as termas das Caldeiras da Ribeira Grande, entre outras. No que respeito ao desenvolvimento deste setor e no que concerne ao acompanhamento científico, o Governo estabeleceu parcerias com o INOVA, instituto sediado na Região que detém know how, nesta área específica. Criativa – Sendo um setor de negócio que movimenta milhares de turistas e representa centenas de milhares de euros anuais, que importância se dá a esta vertente turística por cá? Onde encontra as mais-valias dos Açores em proporcionar experiências únicas ao nível do Turismo de Saúde e Bem-estar? A oferta dos Açores neste domínio é diversificada e bastante rica e o governo tem desenvolvido investimentos avultados no que respeita à requalificação dos complexos termais, que re-

querem intervenção quase permanente pelas suas caraterísticas e localização, no sentido de proporcionar aos seus utilizadores as melhores condições de fruição do recurso. A oferta dos Açores neste específico é única porque alia a fruição de uma natureza atrativa com as atividades relativas aos banhos termais ou outras formas de utilização dos recursos relacionados com a exploração termal. Criativa – Apesar de alguns exemplos positivos (ex. Termas) há muito a explorar neste campo. Que ilhas poderiam potenciar mais experiências neste campo? Neste campo também a Ilha do Faial, possui condições para o desenvolvimento de atividades relacionadas com a fruição de águas termais, neste caso no local do Varadouro, prevendo-se também a instalação de uma unidade termal, que será implantada no espaço onde outrora já funcionou um balneário termal.


c ria ti va magazine • 13


entrevista a Diana Valadão

Aguarda-se um crescimento até ao fim do ano

Golfe procurado

na época média e baixa A julgar pelos dados, a procura pela prática de golfe nas ilhas, particularmente em São Miguel deverá crescer até finais deste ano. Diana Valadão, gestora dos campos de golfe na ilha, destaca a importância dos visitantes estrangeiros, mas releva o cuidado em promover a prática do golfe para todos, incluindo os locais, com pacotes aliciantes. Natacha Alexandra Pastor

14 • c ria ti va magazine

Direitos Reservados


Criativa - Tendo em conta que administra os campos de golfe de São Miguel, quais são as suas expectativas neste novo cenário que se apresenta em termos turísticos? Diana Valadão - A minha expectativa é positiva ainda que não tenhamos tido um impacto imediato nos nossos resultados. Estou positiva porque há sinais interessantes de até ao final do ano termos um aumento significativo da procura. A oferta do nosso produto passa muito pela Tour Operação, e reflecte-se especialmente nas épocas média e baixa. Os nossos principais mercados emissores deslocam-se a regiões com clima mais ameno entre Outubro e Abril por forma a jogar golf, uma vez que nos seus países os mesmos encontram-se encerrados devidos a condições climatéricas muitas vezes extremas, como é o caso de algumas zonas dos Estados Unidos e Canadá e dos países Escandinavos e da Europa Central. Existe alguma estratégia para estimular a procura nestes novos fluxos turísticos? Sim, nós estamos sempre muito atentos

aos acontecimentos do sector e tentamos estar em permanente inovação, maximizando os recursos existentes. Desde 2010 quando entramos adquirimos de imediato sacos de golf para aluguer, que vendemos aos visitantes, que não vieram à ilha para jogar golf, não estavam despertos da existência dos nossos magníficos campos. Então foi criado um pacote que inclui o jogo de golf com todo o equipamento. Neste momento, já estamos a oferecer também pacotes para juniores. Para além desta importante oferta, decidimos no ano passado investir nas Lições de Golf e daí criámos vários pacotes turísticos para individuais e para famílias, a fim de ir de encontro ao perfil deste novo viajante que se apresenta. Temos o Baptismo de Golf em Família, Férias com Lições de Golf e Férias com Lições de Golf Intensivo, para além do Dia de Golf na Ilha Terceira (este inclui o transporte aéro). Estes programas têm tido alguma procura e acreditamos que é uma oportunidade de alavancar as nossas receitas aproveitando esta nova tendência.

Como é que os clientes chegam até vós? Os nossos clientes estão divididos em três partes distintas: 1º Os locais: membros dos Clubes de Golf sem Campo locais Verdegolf Country Club e Club de Golf de São Miguel e aderentes ao programa que desenvolvemos em 2011, o Golf para Todos, que já envolveu cerca de 100 potenciais golfistas, tendo 30 deles mesmo aderido a filiação nos clubes existentes; 2º Os estrangeiros ou residentes no Continente: aqueles que nos visitam especialmente para jogar golf, organizados em pacotes promovidos pelos operadores da especialidade, que já chegam cá com tudo pago, marcado e organizado, muitas vezes grupos acompanhados pelo seu próprio profissional de ensino. E os Visitantes, que são aqueles que visitam a ilha e estão à procura que alguém lhes venda alguma actividade. Trabalhamos com estratégias de promoção para cada um desses segmentos e estamos confiantes que este será um ano melhor que o anterior, aliás como vem acontecendo desde 2010, a nossa tendência vem sendo de crescimento.

c ria ti va magazine • 15


cultura

Feira Histórica dos Fonhaes

transporta freguesia dos Fenais da Luz ao passado Os 500 anos da constituição da freguesia dos Fenais da Luz, após a sua desanexação de Vila Franca do Campo, foram celebrados com um evento que honrou a história desta freguesia, durante o qual foi feita uma reconstituição histórica que orientou os vistantes a tempos ancestrais. Natacha Alexandra Pastor

Direitos Reservados

Com um cartaz suficientemente convidativo a um passeio à freguesia dos Fenais da Luz, a junta de freguesia local, em cooperação com a Câmara de Ponta Delgada, recuou no tempo e viveu os primórdios do primitivo lugar dos Fonhaes, nome do sítio dos Fenais da Luz à data de 1515, quando a 8 de agosto daquele ano, Afonso Mexia entregava o Foral Manuelino a este lugar, desanexando-o da jurisdição de Vila Franca do Campo, e o integrou na jurisdição de Ponta Delgada. Foi recorrendo ao termo Fonhaes que se debruçou a Feira Histórica recriada entre os dias 7 e 9 de agosto, sob a orientação de Armando Moreira, encenador que lançou uma obra no primeiro dia das festas da freguesia sobre a Lenda de Nossa Senhora da Luz. A obra, apresentada pelo Presidente da Câmara de Ponta Delgada, inaugurou o novo centro cultural dos Fenais da Luz, um edifício polivalente, que além de congregar vários serviços da freguesia, será um espaço aberto à Cultura e aos eventos recreativos. Para o sucesso desta iniciativa, as entidades organizadoras contaram com o apoio logístico da autarquia da Ribeira Grande, que cedeu parte das vestes que foram trajadas pelos inúmeros figurantes participantes do desfile alusivo ao século XVI/ XVII que percorreu as principais artérias dos Fenais da Luz. A adesão da população a este momento histórico mereceu reparos positivos de Armando Moreira, pela importância do envolvimento dos

16 • c ria ti va magazine

populares na organização desta festividade que marcou o quingentésimo aniversário dos Fenais da Luz. O aniversário contou ainda com palestras sobre património arquitetónico e religioso da freguesia; uma representação viva da Lenda de Nossa Senhora da Luz; concertos e atuações de grupos de cantares; atuação musical de Zeca Medeiros e a apresentação da Revista

“Amor de Perdi o cão”, um teatro popular ao estilo micaelense, com registos de diversão muito particulares. Além de oferta gastronómica ao longo dos cinco dias de festejos, a Festa Fonhaes 15152015 homenageou várias instituições e personalidades da freguesia, assim como antigos presidentes da junta de freguesia local, hoje liderada pelo autarca João Luís.


voucher pรกg. 63


Produtos açorianos

Ananás com novos motivos de atenção

Nasce de um brolho, o qual é assente numa cama de incenso, que contribui para o paladar e o aroma do fruto: o ananás. Num processo de crescimento que é lento, reúnem-se as condições para se dar origem a um fruto de características inigualáveis. Natacha Alexandra Pastor

Carlos Costa

Com uma série de novas experiências conseguidas, há uma porta aberta para a exploração do fruto rei de São Miguel, numa série de outras combinações. A inovação passa por apresentar e combinar este fruto de uma forma mais atual, embora garantindo, sempre, que o seu modo de cultivo, e as suas propriedades, se mantêm intocáveis. Há exemplos recentes de como é manifestamente interessante apresentar o produto em novos conceitos. Vamos a exemplos: O ananás dos Açores começou por fazer parte dos licores produzidos em São Miguel, e mais tarde passou a servir de ingrediente para a confeção final de alguns iogurtes da marca Danone, que acabou por abandonar a ideia. No entretanto, surgiram compotas e geleias de empresários regionais que quiseram dar lugar de destaque ao fruto açoriano. Mais recen-

18 • c ria ti va magazine

temente, e numa aposta que superou todas as expetativas possíveis, a famosa cadeia internacional Mc’Donald’s fez o lançamento pontual do gelado da casa (Sundae) com ananás e nas centenas de casas da marca espalhadas por todo o país o gelado teve um sucesso estrondoso. Entre outras experiências, prevê-se, agora, que o ananás possa incorporar uma espécie de granizado. A ideia está gerada e organizada, a logística está acautelada, falta apenas um pequeno passo para que possa ser real, indica o responsável da Profrutos, Rui Pacheco. Por outro lado, em breve estará no mercado o ananás em cuvettes cortado e pronto a comer, numa lógica de facilitar a vida ao consumidor, por um lado, por outro permitindo que o mesmo possa visualizar a polpa do fruto e a sua boa condição.

“Fizemos um investimento para que fosse possível efetuar esse processo, essa ideia vem desde fevereiro de 2007, altura em que vi este tipo de oferta numa visita que fiz. Foram precisos oito anos para colocar a ideia em prática. É a muita burocracia e as dificuldades que nos foram impostas o que dificultou nossa iniciativa. Diga-se que a própria legislação sobre este assunto é complicada.” Haverá, então, caminho aberto para a criatividade em desenvolver gamas de produtos que possam reunir o ananás, mas tudo isso tem custos e envolve muito trabalho, lembra Rui Pacheco. A título de exemplo, o responsável lembrou a notícia conhecida recentemente, sobre o couro ecológico, conhecido como Piñatex, produzido a partir fibras e folhas de abacaxi, para encaixar a ideia de que há muitos motivos de interesse que podem ser reproduzidos.


voucher pรกg. 63

c ria ti va magazine โ ข 19


PIZA AÇORIANA Receita cedida por: Pizza Time and Chicken, Lda

Modo de Preparação:

Primeiro disponha a massa numa forma preferencialmente circular, que possa ir ao forno. Faça a massa mais fina ou mais alta, consoante a sua preferência. Cubra toda a massa com o molho de piza. Espalhe os dois queijos sobre essa base e vá dispondo de forma aleatória o fiambre, o chouriço e os pimentos, de forma a criar uma miscelânea de sabores. Depois de preparada a dose, leve ao forno por cerca de 15 minutos, a uma temperatura de 230º. Existem massas previamente preparadas para pizas, mas poderá sempre optar por fazer a sua massa caseira. Bom Apetite!

20 • c ria ti va magazine

Ingredientes: Molho de piza Queijo mozarela Queijo flamengo Chouriço Fiambre Pimentos


voucher pรกg. 63

c ria ti va magazine โ ข 21


Entrevista a Catarina Teixeira / COINGRA

“Quero uma união com os nossos colaboradores”

Está a receber das mãos do empresário Henrique Teixeira todo o saber da gestão de uma empresa. Catarina Teixeira é, desde já, o rosto da empresa gráfica Coingra, líder no mercado açoriano. Da sua forma de gerir, destaca a preocupação em continuar a manter uma estrutura sólida, uma tarefa para a qual chama os seus colaboradores. “O meu principal objetivo é formar os colaboradores da empresa para que possam adquirir aptidões e desenvolver ideias que façam a Coingra destacar-se neste mercado.” Natacha Alexandra Pastor

Carlos Costa

CRIATIVA - Está a assumir um negócio familiar, num mercado onde é típico os negócios passarem de geração em geração. Para além da questão emocional e afetiva, há, decerto, um espírito de missão. Catarina Teixeira - A Coingra é uma empresa que existe desde 1992 com capital 100% privado. Decidi começar a assumir a administração, aos poucos, desta empresa para dar continuidade, um dia, ao excelente trabalho desenvolvido pelo grande Empresário, Sr. Henrique Teixeira, meu Pai, que ainda continua no ativo e é com ele que aprendi e continuo a aprender muito sobre gerenciar uma empresa. Este processo sucessório é, na maioria das vezes, influenciado por valores afetivos e emocionais, seguido da necessidade de dar continuidade ao trabalho feito com o objetivo de evoluir. Esta missão nem sempre é fácil, há que ultrapassar fatores como conflitos e divergências de visão estratégica e de objetivos empresariais entre as gerações, por isso, e segundo

22 • c ria ti va magazine

estatísticas feitas sobre este assunto, dificilmente chega à terceira geração. O meu principal objetivo é formar os colaboradores da empresa para que possam adquirir aptidões e desenvolver ideias que façam a Coingra destacar-se neste mercado, hoje, tão competitivo, ter ações criativas, diferentes, capazes de atrair a atenção, até, dos mais distraídos como também, e cada vez mais, aperfeiçoar o produto final tendo sempre em conta as necessidades dos clientes. Tentar transmitir a todos os colaboradores um espírito de muita união, uma união de simpatias, união de interesses porque é nesta união que está a força e é desta força que as Empresas estão a precisar neste momento. Quando regionalmente se fala em empreendedorismo, considera que há lugar próprio para os ‘novos’ empreendedores na Região? Estando a gerir uma empresa, que questões são mais sensíveis, nos dias de hoje, numa empresa privada? Nos dias que correm é preciso ter muita coragem, esperança, confiança e deter-

minação para iniciar ou manter uma empresa e isto devido à conjuntura atual no nosso País com medidas de austeridade que impedem o crescimento económico, baixa competitividade e altos níveis de dívida pública, que têm como consequência um abrandamento da economia e uma descrença no sistema político-económico. Ser empreendedor nos dias de hoje não é tarefa fácil porque já não basta realizar, fazer e gerenciar projetos mas também ter uma preocupação em administrar financeiramente uma empresa, assim, a mistura entre empreendedorismo e empresarismo torna-se necessária e mais promissora. As dificuldades de uma empresa privada são muitas, nos dias de hoje, as margens, devido ao mercado competitivo, baixaram muito o que torna difícil gerir os encargos da mesma. Riscos com créditos concedidos porque há cada vez mais empresas insolventes. Muitas empresas contabilisticamente estão saudáveis mas com graves problemas de tesouraria, atrasos de pagamento por parte de


PErfil

Catarina Teixeira, 45 anos, começou a trabalhar aos 18 anos com estatuto trabalhor/estudante na Universidade dos Açores no curso Património Cultural. Estagiou nos C.T.T.-Correios de Portugal, nos serviços administrativos na área informática e fez estágio na Universidade dos Açores no departamento de Biologia. Tornou-se sócia-gerente da empresa Cabral e Simão, Lda-Comércio e Reparação de Motociclos, durante dois anos, e, é atualmente sócia da empresa Papéis Carreira-Açores, Lda., empresa onde se encontra há 27 anos, sempre colaborando com a Coingra, da qual também é sócia-gerente, desempenhado, agora, um papel mais presencial.

clientes, exigência de pagamento a pronto por parte de fornecedores, o que torna necessário recorrer a linhas de crédito e, consequentemente, aumentar os encargos cada vez mais e com margens cada vez mais baixas. Precisamos de arriscar muito e não ter medo para manter uma empresa capaz de cumprir com todas as suas obrigações e deveres mas cada vez é mais difícil, é como jogar ao cubo mágico, andamos à roda e à roda até encontrar uma situação harmoniosa com uma dificuldade crescente. Precisamos começar a desenvolver uma colaboração e compreensão mútua, fornecedores/clientes/ bancos/colaboradores. Se ajudarmos uns aos outros, todos vamos avançando, caso contrário começamos todos a parar, primeiro os mais fracos e depois os mais fortes, porque mesmo estes precisam dos mais fracos para se manter. Sucintamente, como enquadra o crescimento da Coingra? A Coingra é uma empresa que, em 2010, tinha uma faturação anual de cerca de

2 milhões, este valor baixou um pouco devido à conjuntura atual à semelhança de quase todas as empresas do sector. Atualmente começa-se a sentir um ligeiro crescimento associado a uma procura maior. O aumento do setor turístico ajudou porque começa a surgir a necessidade de publicitar por parte de muitas empresas, restauração, hotelaria, revistas, etc. Depois de um período mais conturbado do tecido empresarial e da economia açoriana (reflexo das dificuldades do país) é possível confirmar - tem essa perceção - que a retoma económica está a ‘acontecer’? Sabemos que o ano 2014 foi um mau ano, muito desemprego e encerramento de Empresas. Em 2015 começa-se a perceber alguma tentativa de melhoria, como ajuda na contratação de trabalhadores, através do programa Integra, implementação de medidas para a Competitividade Empresarial, crescimento no setor turístico, mas na minha opinião ainda é cedo para ter essa perceção porque as em-

presas estão a recuperar dos maus anos anteriores para depois, então, prosperar, e começar a sentir essa retoma económica, sem nunca perder o espírito de competitividade. Há um texto que exemplifica este espírito de competitividade de Thomas L. Friedman: “Em África, todas as manhãs, uma gazela acorda. Sabe que tem que correr mais depressa que o leão, ser mais veloz ou será morta. Todas as manhãs um leão acorda. Sabe que tem que correr mais depressa que a gazela mais lenta, ou morrerá de fome. Não interessa se és um leão ou uma gazela. Quando o sol se levantar será bom que corras.”

Desempenhamos um forte impacto nos Açores Na indústria gráfica têm surgido várias inovações. Para uma gráfica como a Coingra, quão exigente é acompanhar a evolução? E de que forma está a crescer a empresa, quer em termos


regionais, quer em termos nacionais? A esse propósito é possível fazer uma concorrência com o mercado gráfico do continente? Como é sabido estes anos de crise provocou nos impressores de offset uma importante baixa quanto ao volume de produção, no entanto têm vindo a crescer alguns segmentos como a impressão em grande formato, no caso particular da Coingra o formato vai até 70x100, e o packaging, procuramos também oferecer novos produtos com o digital. Existem inovações que permitem criar ideias novas e criativas como o Scrapbooking, corte a laser, etc. Nesta fase que atravessamos é difícil acompanhar todas as inovações que vão surgindo num tempo imediato porque implica investimento na compra de equipamento mas com a retoma económica que se espera será uma estratégia da empresa. Esta empresa desempenha, sobretudo, um forte impacto na Região dos Açores, estando, todavia, também vocacionada para o mercado nacional. É no mercado regional que tem tido um crescimento maior. É possível concorrer com o mercado gráfico do Continente, em alguns casos, é uma mais valia realizar os trabalhos gráficos na região porque o cliente acaba por economizar transportes, acompanhar a realização dos seus trabalhos e maior rapidez na entrega dos mesmos. Há tempos viveu-se um paradigma que ameaçou o papel - com apelos cres-

24 • c ria ti va magazine

“É possível concorrer

com o mercado gráfico do Continente, em alguns casos, é uma mais valia realizar os trabalhos gráficos na região.

centes à utilização de vias alternativas, sobretudo no canal comunicacional, que conduzisse ao menor uso do papel. Foi uma fase difícil para as empresas da área. Sentiu os efeitos dessa campanha? Apesar de menos visível, a verdade é que outros mecanismos acabam hoje por substituir, e muito, o papel. Encara com positivismo o futuro? Foi uma campanha que rapidamente passou de moda, claramente, estas vias alternativas conduziram a um menor uso do papel, mas não teve resultados negativos significativos até porque houve campanhas a favor do uso do papel e lembro-me de uma que se referia ao papel de jornal. Cada uma no seu lugar e até se podem complementar. Há sempre a necessidade do contato físico com um bom Livro que acaba por ser um bom companheiro, uma Revista, recebemos em nossas casas panfletos publicitários todos os dias, de certeza que as pessoas não chegam a suas casas e vão ligar o

computador para ver se há informação publicitária, chegam a um café e têm necessidade de abrir e folhear o jornal do dia. Em relação a este assunto encaro com otimismo o futuro, há coisas que nunca mudam. Que desafios coloca como os mais pertinentes à vossa empresa? Aumentar a carteira de clientes, realizar trabalhos na região que são feitos no Continente, investir em equipamento que possa permitir trabalhos criativos e desafiar a imaginação dos clientes e colaboradores e quem sabe complementar tudo isso com uma Gráfica virtual, as ideias são muitas mas sempre ouvi dizer que o segredo é a alma do negócio. A procura pelas certificações tem permitido alcançar outros nichos de mercado? A Certificação é sempre uma mais-valia para uma empresa porque tem como principal objetivo evidenciar o cliente, melhora processos de modo a otimizar procedimentos internos que, consequentemente, faz aumentar a produtividade a custos mais reduzidos. É importante e estratégico demonstrar perante terceiros que a empresa tem uma preocupação com a sua organização e com a sua qualidade e que obteve uma validação por uma entidade externa e credível de que cumpre todos estes requisitos pelos quais é certificada. Na minha opinião há uma tendência a confiar mais numa empresa certificada.


voucher pรกg. 63

voucher pรกg. 63

c ria ti va magazine โ ข 25


Restauração

JÁAgora introduziu conceito novo na restauração Completa no final de 2015 cinco anos de atividade, e numa combinação de três ofertas distintas num só espaço, o restaurante JÁAgora passou a ser um local de referência na Ribeira Grande para quem aprecia comida típica dos Açores. Natacha Alexandra Pastor

Direitos Reservados

É cafetaria, restaurante e takeaway. A combinação de três serviços distintos num só espaço carece de alguma exigência na gestão, mas tudo funciona na perfeição. Rui Cordeiro, proprietário do espaço na cidade da Ribeira Grande, adianta que introduziu uma polivalência na oferta da cidade da Ribeira Grande, que começou por ser procurada pelos locais, mas que rapidamente se tornou num negócio que vai para além das fronteiras deste concelho. A administração das três áreas deste restaurante é criteriosa, e envolve toda a equipa de trabalho, mas a organização do espaço físico foi desenhada de forma a permitir uma separação eloquente de todas as áreas. Foi um trabalho “do Atelier Sala2:Arquitectos, e dos arquitetos Filipe Mota e Paulo Vieitas, muito cuidadoso, com os materiais identificativos de cada espaço, pensado nas suas diferentes vertentes, que permitiu introduzir um conceito, quanto a nós, único.” Hoje, o JÁAgora tem fama alargada, e se no início do negócio foi mais procurado pelos locais, à medida que o tempo foi passando cresceu e tornou-se num espaço que é agora bastante procurado por visitantes

26 • c ria ti va magazine

quer de outros concelhos, quer mesmo por turistas que de passagem pela urbe. “Temos clientes que nos fazem muitas encomendas e que são de outros concelhos, nomeadamente Ponta Delgada e Lagoa e mesmo pessoas da Ribeira Grande, mas não tão próximas da cidade. Notamos, ainda, uma grande procura pelo takeaway pela especificidade da oferta gastronómica, que é essencialmente uma comida tradicional. Com menos tempo para cozinhar há muitas pessoas que se deslocam ao JÁAgora para levar para casa estes pratos. Invariavelmente, como a nossa comida é bem recebida e apreciada, quando surgem festas procuram o nosso serviço e diversidade de pratos típicos. Notamos, ainda, a procura pelo conceito das festas particulares: batizados, aniversários, comunhões, e com uma sala com capacidade para 60 pessoas somos capazes de proporcionar também essa oferta.” Rui Cordeiro está no setor da restauração há largos anos, e com uma carreira de sucesso na área ponderou a hipótese de se deslocar para Ponta Delgada, a fim de explorar o mercado. A oportunidade surgiu

há cerca de 8 a 10 anos atrás, na altura não avançou, e mantém-se num concelho que lhe diz bastante e que está a crescer em termos de procura, um cenário que teve agora novo impulso, garante, com a abertura do espaço aéreo a companhias de baixo custo. “Tenho notado desde a altura da Páscoa, altura em que abriu o espaço aéreo, um boom de turistas. Notamos na Ribeira Grande, como concelho que confina com outros, a passagem de mais pessoas. Com um passeio litoral lindíssimo, vários motivos de atração turística, como seja o chá, os nossos museus, vê-se as pessoas na rua. Particularmente agora com a abertura do Centro de Artes Contemporânea – O Arquipélago, uma grande mais-valia para a cidade da Ribeira Grande e uma obra de referência da Europa, tenho sido abordado por pessoas que vêm à procura deste espaço. No JÁAgora temos tido vários turistas que na sua passagem por cá, entram e apreciam o espaço e acabam por fazer a sua refeição. De maneira, que temos notado esse crescimento e naturalmente temos beneficiado com ele.”


SÃO MIGUEL Estrada da Ribeira Grande, Km 8,4 9600-102 Rabo de Peixe Telf: 296 490 060 - Fax: 296 490 079 e-mail: pdl@tecnovia-acores.pt TERCEIRA Barraca - S. Sebastião Apart. 181 - 9700-903 Angra do Heroísmo Telf: 295 920 120 - Fax: 295 920 121 e-mail: ter@tecnovia-acores.pt PICO Avenida Dr. Machado Serpa 9950-321 Madalena Telf: 292 628 490 - Fax: 292 628 497 e-mail: pix@tecnovia-acores.pt GRACIOSA Lugar da Praia - Rochela 9800-207 St.ª Cruz da Graciosa Telf: 295 732 320 - Fax: 295 712 766 e-mail: grw@tecnovia-acores.pt FAIAL Rua das Courelas - Zona Industrial de Santa Bárbara, Lote 13 9900-013 Horta Telf: 292 208 020 - Fax: 292 208 021 e-mail: hor@tecnovia-acores.pt S. JORGE Canada do Mar - Queimada - St.º Amaro Apart. 14 - 9800-331 Velas Telf: 295 430 160 - Fax: 295 430 161 e-mail: sjz@tecnovia-acores.pt FLORES Lugar do Areeiro - Estrada Regional, n.º 1 - 2ª, Km 4,6 9970-243 St.ª Cruz das Flores Telf: 292 592 933 - Fax: 292 592 936

N¼ 2662-2005 -AQ-BAR-ENAC

CENTRO DE MONITORIZAÇÃO E INVESTIGAÇÃO DAS FURNAS

c ria ti va magazine • 27 PARQUE DE ESTACIONAMENTO DA AVENIDA


acessibilidades

Refletindo sobre acessibilidade Conforme a Lei 163/2006 de 08/08/2006, a acessibilidade consiste na utilização com segurança e autonomia dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, edifícios,

transportes, sistemas e meios de comunicação por todas as pessoas, incluindo as portadoras de deficiência ou mobilidade reduzida. O direito à acessibilidade visa eliminar barreiras

arquitectónicas ou de comunicação, que limitam a mobilidade, autonomia e expressão pessoal, no sentido de uma aproximação aos serviços prestados ao colectivo.

Acessibilidade em ambientes aquáticos Pensando na inclusão de pessoas com deficiência na prática de atividades aquáticas, surge a necessidade de adaptação dos locais e equipamentos ao referido público-alvo, conferindo um ambiente acessível e seguro aos participantes e respetivos instrutores. Existem diferentes métodos de entrada e saída

28 • c ria ti va magazine

das piscinas, condicionados pelo tipo de piscina e pelas deficiências das pessoas que a frequentam. Idealmente devem existir diferentes formas de acesso à piscina no mesmo local. Pessoas que conseguem andar podem fazer o uso de rampas, degraus ou mesmo de escadas, que devem ser seguras

com corrimões e apresentar sinalizações de não-escorregadio. As pessoas que não conseguem andar devem usar cadeiras de rodas especialmente desenvolvidas para acesso à água, com descida pela rampa ou elevadores. Os elevadores envolvem sistemas pneumáticos e sistemas hidráulicos.


cria ti va magazine • 29

criativaDESIGN criativaDESIGN criativaDESIGN


Testemunhos do tempo

José Cabral de Mello … um tempo vivido entre 1932 e 2005… na Salga

José de Almeida Mello Historiador

José Cabral de Mello, também conhecido por José Cabral de Mello Afonso, nasceu na Salga, do concelho de Nordeste, na ilha de São Miguel, a 13 de Agosto de 1932, no «Chalé do Tio José de Mello», e faleceu no hospital do Espírito Santo em Ponta Delgada, a 12 de Setembro de 2005, sendo o seu corpo sepultado no cemitério da Salga, a 13 de Setembro. Vivia repartido entre Ponta Delgada e a Salga. Foi um poeta e homem de cultura popular. Oriundo de uma família rural da ilha de São Miguel, era filho de José de Mello Afonso, regedor da Salga e comerciante na mesma localidade, sendo este descendente do capitão de Milícias Manuel de Mello Afonso e de sua mulher D. Maria de Bettencourt e Sá, trisneto de Manuel Raposo Correia Bicudo, sendo este membro da velha aristocracia micaelense, e filho de Izaura Cabral de Mello, natural de New Bedford, Estado de Massachusetts dos Estados Unidos da América. Casou com Luquecinia Maria Duarte de Almeida, a 1 de Março 1964, na Igreja de São José, na Salga, tendo sido os pais de Luís Carlos, José Manuel e de Elsa da Conceição de Almeida Mello, sendo os últimos dois escritores, historiadores e autores de várias obras publicadas. Fez os estudos primários na Salga, onde foi aluno do professor Manuel Correia, frequentando também durante um ano a escola da Achadinha, para fazer o exame da quarta classe. O seu maior sonho era ter sido professor primário, foi, no entanto, durante muitos anos administrador de propriedades agrícolas da família. José Cabral de Mello durante vários anos esteve ligado a atividades sócio-culturais da Salga, exercendo o cargo de administrador da Comissão Fabriqueira da Igreja de S. José, entre 1974 e 1984, ficando-se a dever a ele o início do restauro daquela igreja, bem como a organização, em mais de uma dezena de anos, das Festas em honra do Padroeiro de S. José, que anualmente têm lugar no mês de Setembro, ou ainda os célebres cortejos etnográficos que serviam para angariar fundos para obras da igreja.

30 • c ria ti va magazine

Mas o nome de Cabral de Mello fica ainda ligado a casa de cinema da Salga, conhecido pelo Salão da Salga, que foi fundado em 1967, por uma comissão que antecedeu a Cabral de Mello. Nas décadas de setenta e parte de oitenta o Salão da Salga era muito concorrido por muitas pessoas oriundas de todas as localidades vizinhas da Salga, como a Achadinha, Achada, Lomba de S. Pedro, Fenais da Ajuda, entre outras localidades, vinham para a Salga assistirem às sessões cinematográficas, nomeadamente às quartas-feiras, e ao fim-de-semana, onde havia as matinés e soarés. Ainda na década de setenta estas salas eram muito importantes, uma vez que a RTP Açores só chega a todas as casas muito tarde. Por outro lado o Salão da Salga tinha outro papel na cultura local, eram nele que tinha lugar manifestações de teatro popular, bem como festas de casamento e outras atividades. Cabral de Mello também esteve vários anos ligado a Junta de Freguesia da Salga, como membro da Junta, onde fez parte como secretário da primeira junta eleita em 1981, fazendo parte de igual modo da Comissão que coordenou o processo de independência da Salga da freguesia de Achadinha em 1980, pelo decreto-lei de 23/80 A/ de 25 de Setembro. José Cabral de Mello é autor de vários livros de poesia de cariz mais popular, que escreveu entre a década de 1950 e 2002, bem como vários contos, também de cariz popular, tudo ainda em inédito e manuscrito. Parte destes escritos estão relacionados com a Salga e seus familiares. Retiramos do manuscrito, datado de 1955, uma quadra, sob o título “Os Sinos”, que são um testemunho de um hábito que havia na Salga, bem como noutras localidades, quando as pessoas não tinham relógio, sendo o tempo medido e controlado pelo toque do sino, do alto da torre, neste caso da Salga. Mas o sino servia também para comunicar, outros

acontecimentos, como o batizado e a morte. “Teu som é querido Mas varia de sorte Tanto serve para a vida Como serve para a morte.” Foi com o som do sino da igreja da Salga que foi anunciado o falecimento de Cabral de Mello, na manhã de 12 de Setembro de 2005, sendo também ao som do sino que foi sepultado na terra que amou e cantou. José Cabral de Mello foi em 1998 homenageado pela Casa do Povo da Achadinha pelos serviços prestados à sua comunidade ao longo de vários anos. Como proprietário de uma interessante coleção de objetos ligados à emigração, Cabral de Mello cedeu a título de depósito temporário, uma semana antes da sua morte, para o Museu da Emigração Açoriana, na ilha de S. Miguel, na cidade da Ribeira Grande, dezenas de fotografias, mobiliário, documentos, tecidos, vidros, cerâmicas, alfaias agrícolas, utensílios domésticos, entre muitos outros objetos de uso pessoal que pertenceram aos familiares de Cabral de Mello quando estes emigraram para a cidade de New Bedford, sendo este legado um dos mais importantes que atualmente se conhece na ilha de S. Miguel, cuja a data corresponde entre 1890 e 1930. Recorda-se que este museu foi inaugurado no dia 9 de Setembro de 2005, sendo o primeiro em Portugal dedicado à temática da emigração, cujo o conteúdo, deste museu, pertence agora na totalidade aos herdeiros.


voucher pรกg. 63

c ria ti va magazine โ ข 31


Desporto

Airsoft em São Miguel tem representação de peso Natacha Alexandra Pastor

João Carlos

Dois jovens irmãos trouxeram para os Açores uma nova modalidade desportiva que já dava cartas no continente e na Madeira, quando decidiram começar a jogar. É em São Miguel que a modalidade tem mais adeptos o que acabou por dar origem ao Clube de Airsoft de São Miguel. O Airsoft é uma modalidade de origem nipónica e que reflete a cultura oriental onde a honra, a honestidade, o cavalheirismo e o valor da palavra são os valores fundamentais nas sociedades orientais. Enquadrando o Airsoft, Luís Costa refere, em tom divertido que é parecido ao Paintball, mas não tem nada que ver com o Paintball. “O Airsoft é um desporto de essência militar, no qual os jogadores utilizam réplicas de pressão de ar que expelem esferas de PVC de 0,6mm. Em grupos, partem para um terreno, preferencialmente o mais natural possível (zona de mato) e, sempre que há disponibilidade são utilizados edifícios devolutos, o que permite tornar mais real e emotivo o jogo.” Com uma missão a desencadear, previamente definida, o objetivo é evitar que os grupos adversários cheguem ao fim da tarefa ou pelo menos retardar a chegada ao fim da

32 • c ria ti va magazine

mesma. O alvo é ‘abater’ os adversários e uma vez alcançado o objetivo, vão abandonando a cena de jogo, podendo, todavia, regressar ao mesmo. Ganhará a equipa mais bem-sucedida em cada uma das missões propostas. Sendo um desporto para todos, por norma são aceites participantes maiores de 18 anos, estando prevista a entrada de elementos a partir dos 16 anos. Como prática federada, obriga, por exemplo, ao transporte das réplicas como se fossem armas de fogo e à necessidade de estarem pintadas de amarelo ou vermelho fluorescente, na coronha e na parte da frente, a fim de serem facilmente identificáveis como não sendo arma real de fogo. Para além das armas, há outros acessórios essenciais para a prática de Airsoft, como sejam os óculos, um elemento fundamental para proteção do praticante. Aconselha-se ainda o uso de luvas, joelheiras, e botas. Todos os demais acessórios, tais como fatos camuflados, capacetes, cintos para as armas e esferas são secundários, apesar de muitos praticantes levarem muito a sério toda a indumentária e dedicarem tempo e dinheiro na compra de todos os elemen-

tos possíveis, de modo a reconstituírem o seu ‘herói’ imaginário. A prática desta modalidade, que existe no continente há muitos anos, carece do cumprimento de normas legisladas, legislação que no caso de Portugal é muito mais exigente do que noutros países da Europa. “Em Portugal, curiosamente, de entre vários países da Europa e até mesmo os EUA, a legislação é muito mais restritiva e exigente do que qualquer outra parte.” E se no continente o Airsoft existe há já vários, é em São Miguel, mais propriamente, que a modalidade se desenrola regulararmente, destaca Luís Costa. “Somos mais dinâmicos do que os camaradas do continente, pois temos jogos todos os fins-de-semana, aos feriados, e muitas vezes ao fim do dia, depois de sairmos dos nossos empregos.” Em São Miguel, o Airsoft é levado muito a sério, mais do que nas restantes ilhas, onde existem alguns elementos federados, mas não em número tão expressivo. Luís Costa adianta que seria interessante promover a modalidade nessas ilhas e até desenvolver alguns intercâmbios com jogos agendados.


voucher pรกg. 63

cria ti va magazine โ ข 33


Desporto motorizado

RALI LOTUS

FESTA DE RICARDO MOURA NO NORDESTE

O pluri-campeão Ricardo Moura venceu o Rali Lotus, a quarta prova da presente temporada. Com este resultado, o piloto do Team Além Mar consolida a liderança no Campeonato de Ralis dos Açores e está muito próximo de revalidar o título. Renato Carvalho

Ricardo Alemão

O Grupo Desportivo Comercial organizou o rali com um figurino inovador. Somente quatro provas especiais, utilizando as estradas da zona da Lagoa de S. Brás, dos Graminhais – esta percorrida por duas vezes – e da Tronqueira. Apesar da novidade do formato da prova, o número de equipas presentes foi reduzido, apresentando-se à partida somente catorze concorrentes. Mais uma vez, Ricardo Moura, novamente acompanhado por Sancho Eiró e aos comandos do Ford Fiesta R5, dominou um rali do princípio ao fim, vencendo todos os troços. Se no final do primeiro a diferença para o segundo classificado era de somente

34 • c ria ti va magazine

cinco segundos conquistados em 9,58 Kms, nas provas especiais seguintes, Moura aplicou um ritmo em que ganhou mais de um segundo por quilómetro à concorrência, terminando o rali com 1m21,4s de vantagem sobre os restantes oponentes. Com a questão da vitória resolvida prematuramente, o maior pólo de interesse do rali passou a ser a luta pela segunda posição. No entanto, Luís Miguel Rego e o navegador José Pedro Silva, ao volante do Mitsubishi Lancer Evo IX, assumiram o controlo das operações logo no primeiro troço, quando ganharam 10,1 segundos ao seu principal opositor. No seguinte ampliaram a vantagem para 25,3 segundos, mas na Tronqueira, Rú-

ben Rodrigues realizou um tempo melhor do que Rego e reduziu a diferença para 20,7 segundos. Na última prova especial, o piloto do Team Além Mar voltou a ganhar tempo, terminando o rali com menos 27,6 segundos do que o seu adversário. Com este resultado, Luís Miguel Rego passou a ser o terceiro classificado do campeonato. O último lugar do pódio pertenceu aos irmãos Rúben e Estêvão Rodrigues, que tripularam um Mitsubishi Lancer Evo IX. Desde o início até ao final que ocuparam a terceira posição, foram por três vezes terceiros classificados nos troços e por uma vez realizaram o segundo tempo, mais precisamente na Tronqueira. A pontuação obtida neste rali


AS MINHAS NOTAS… PREPARAR O SUCESSO Outro concorrente que terminou o rali na mesma posição em que iniciou foi Hugo Mesquita, que teve no banco do lado direito Carlos Magalhães num Mitsubishi Lancer Evo IX. Um mau tempo na Tronqueira fez baixar até oitavo, mas na última passagem por Graminhais reconquitaram o sétimo lugar. O azar voltou a bater à porta de Henrique Moniz e de Jorge Diniz já que, no último troço, um problema mecânico no Citroen DS3 R3T motivou o registo de um péssimo tempo e, consequentemente, a perda de três lugares, terminando em oitavo da geral. Todavia, Moniz foi o vencedor da categoria destinada às duas rodas motrizes. Quem manteve a nona posição durante todo o rali foram Rafael Botelho e o navegador Nuno Rodrigues da Silva no habitual Citroen Saxo. Tiago Mota e José Pimentel num Citroen Saxo Cup fecharam a classificação dos dez primeiros e venceram o agrupamento destinado aos veículos sem homologação. Terminaram o rali doze equipas. A próxima prova do campeonato é o Rali de Santa Maria.

Pontos Totais

Rali Ilha do Pico 02/03 Outubro

Rali Ilha Lilás 04/05 Setembro

Rali Santa Maria 07/08 Agosto

Rali Lotus 03/04 Julho

Sata Rali Açores 04/06 Junho

Rali Ilha Azul 17/18 Abril

1º Team Além Mar/Ricardo Moura/Sancho Eiró (Ford Fiesta R5), 57m01,3s; 2º Team Além Mar/Luis Miguel Rego/José Pedro Silva (Mitsubishi Lancer Evo IX), a 1m21,4s; 3º Rúben Rodrigues/Estêvão Rodrigues (Mitsubishi Lancer Evo IX), a 1m49,0s; 4º Pedro Vale/ rui Medeiros (Subaru Impreza WRX STI), a 2m17,1s; 5º Pedro Rodrigues/João Viveiros (Mitsubishi Lancer Evo IX), a 5m31,7s; 6º Rui Torres/Sousa Martins (Mitsubishi Lancer Evo IX), a 6m51,5s; 7º Hugo Mesquita/Carlos Magalhães (Mitsubishi Lancer Evo IX), a 7m19,2s; 8º Henrique Moniz/Jorge Diniz (Citroen DS3 R3T), a 8m02,4s; 9º Rafael Botelho/Nuno Rodrigues da Silva (Citroen Saxo), a 9m14,3s; 10º Tiago Mota/José Pimentel (Citroen Saxo), a 11m01,3s; 11º Marco Soares/Rita Silva (Citroen Saxo Cup), a 12m07,8s; 12º Carlos Andrade/ Tomás Pires (Renault Clio R3) a 18m42,3s.

CLASSIFICAÇÃO DO CAMPEONATO RALIS DOS AÇORES - ABSOLUTO Rali Sical 28/29 Março

CLASSIFICAÇÃO FINAL

Posição

permite a Rúben Rodrigues cimentar a segunda posição no campeonato. Na quarta posição ficou a dupla Pedro Vale/Rui Medeiros que utilizou equipamento pneumático usado no Subaru Impreza WRX STI, o que inviabilizou a possibilidade de imprimir o ritmo desejado e entrar na luta pelos lugares do pódio. Vale terminou o rali com uma considerável vantagem sobre o quinto classificado. A fechar a classificação dos cinco primeiros ficou Pedro Rodrigues e o co-piloto João Viveiros num Mitsubishi Lancer Evo IX. Começou e acabou no mesmo lugar, todavia, no final da Tronqueira, perdeu tempo, mas recuperou a quinta posição no derradeiro troço do rali. A equipa Rui Torres e Sousa Martins também num Mitsubishi Lancer Evo IX, após os dois primeiros troços estavam na oitava posição. No final da Tronqueira subiram um lugar e no último troço ascenderam ao sexto posto final.

Após a realização do Rali de Santa Maria, fica a faltar somente duas provas para o fim do Campeonato de Ralis dos Açores. Julgo que está a chegar o momento para que os intervenientes, organizações, pilotos ou simples adeptos da modalidade, procedam à monitorização e análise da presente temporada. É um estudo que tem como objetivo não só verificar as situações menos positivas que ocorreram, mas também realçar os momentos exemplares que foram coroados de êxito. Esta base de dados, recheada dos mais variados indicadores, servirá de instrumento de trabalho tendo em vista o planeamento da temporada do próximo ano. Todos sabemos que o Campeonato de Ralis dos Açores é muito especifíco, que as provas são disputadas em várias ilhas e que temos pilotos residentes em quase todas as ilhas. Por isso é preciso conjugar todas estas vertentes com a finalidade de encontrar os mecanismos necessários para que se possa obter os melhores resultados. Este é um desafio que com tempo poderá recolher frutos, com o intuito de haver mais e melhor desporto automóvel nos Açores.

Ricardo Moura

Rúben Rodrigues

14

20

20

17

71

Luis Miguel Rego

20

0

0+8

20

48 38

25+4,5 25+4,5 25+8 25+2

119

Rafael Botelho

8

12

14

4

João Faria

--

14

17

--

31

Henrique Moniz

17

0

0+6

6

29

Pedro Rodrigues

--

17

--

12

29

Carlos Andrade

12

10

0+4

1

27

António Ortins

1

8

12

--

21

10

0

--

10

20

10º Rui Torres

cria ti va magazine • 35


gastronomia

Ribeira Grande tem queijada de feijão branco como novo produto O concelho da Ribeira Grande tem um novo produto gastronómico de destaque. Trata-se de uma queijada de feijão branco, confecionada num modo artesanal, fabricada pela empresa Roveredo & Filhos, Lda. Natacha Alexandra Pastor

Direitos Reservados

Apresentada nos últimos dias do mês de julho, a queijada de feijão branco da empresa Roveredo & Filhos, lda. é o novo doce do concelho. A par com outras iguarias inigualáveis que a Ribeira Grande oferece, este doce entra na lista dos produtos que a autarquia entende serem diferenciadores e que ajudam o nome do concelho a chegar mais longe. Foi essa uma das tónicas do discurso do presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande, Alexandre Gaudêncio, no dia da apresentação deste novo doce. A queijada de feijão da Ribeira Grande “é um produto único no mercado e através

36 • c ria ti va magazine

dele promovemos o concelho e o que de melhor por aqui se faz”, disse Alexandre Gaudêncio. Ao apostar na queijada de feijão como sendo, a partir de agora, a queijada de feijão da Ribeira Grande, o autarca diz que este é “um exemplo do que queremos para o futuro, ou seja, que os nossos produtos sejam cada vez mais conhecidos, que proporcione cada vez mais economia local e gere mais emprego.” A queijão de feijão branco, da empresa com sede nesta cidade, assenta num processo de confeção manual, tal como há meio século atrás, o que “reforça a origina-

lidade da mesma e o labor que é aplicado na sua confeção”, acrescentou Alexandre Gaudêncio. O autarca aludiu a este produto, confiando que com este “o concelho ficará ainda mais conhecido”, destacando outros produtos locais, tais como o chá e os licores, que fazem parte da história deste concelho. A apresentação desta sobremesa individual teve lugar em simultâneo com a realização do primeiro evento Ribeira Grande – Terra do Chá, onde naturalmente os chás produzidos no concelho estiveram em destaque.


c ria ti va magazine • 37


saú d e Saúde

A visão nos seres humanos – processamento cerebral de informação visual O sistema humano de visão é muito complexo e envolve muito mais do que simplesmente os nossos olhos. O nosso órgão visual, ainda que constituindo em si mesmo uma maravilha da natureza pela riqueza e complexidade dos estímulos e qualidade com que os transmite ao nosso cérebro, está longe de ser uma peça tão central como se possa pensar no reconhecimento do que nos rodeia. Como reconhecemos um objeto?, como sabemos que temos de evitar um obstáculo?, como apanhamos uma bola que alguém nos atire?, como reconhecemos uma cara familiar? A resposta a estas e muitas outras perguntas é dada pela análise do funcionamento de uma zona específica do cérebro - o lóbulo occipital - e regiões adjacentes. O lóbulo occipital situa-se na parte “traseira” do nosso cérebro e é delimitado pelos lóbulos parietal e temporal. É nesta região do cérebro que terminam as principais ramificações do nervo ótico – que leva a informação luminosa captada pelos olhos para ser descodificada e “traduzida em sinais eléctricos” que são depois interpretados pelo cérebro. Dada a complexidade da neurologia da perceção visual, tentaremos dar resposta apenas à questão de “como vemos”, isto é, como é que uma imagem que é captada pelos nossos olhos é transformada “naquilo que realmente vemos”. Em termos gerais, o nosso cérebro começa por construir uma imagem primária, composta de elementos essenciais e desprovida de detalhes - uma perceção inicial que permita uma qualquer reacção rápida da nossa parte ao estímulo.

38 • c ria ti va magazine

Em seguida acrescentamos alguns detalhes – cor, aspetos de textura, profundidade. Chamamos a esta a “imagem centrada no observador” – 2,5D – seria comparável a quando um pintor salienta ou sombreia áreas de uma imagem para dar profundidade. Finalmente, o nosso cérebro processa o objeto visualizado como tendo todas as suas propriedades, mesmo as que não estão diretamente acessíveis ao olho. Isto é, formamos a chamada “imagem centrada no objeto” – a 3D, sabemos que um objeto não é apenas a “face” que vemos quando olhamos para ele. Tem uma parte de trás, seria diferente visto de cima, etc. Depois deste primeiro registo há duas vias que saem do referido córtex visual em duas direções e com duas funções muito diferentes no processo de como vemos o mundo: - Em direção ao lóbulo temporal (a vermelho) – a via do “quê”. Esta é a via responsável pela perceção de quem ou

o que vemos. Inclui, sobretudo, dados de cor, textura, forma, tamanho. Um bom exemplo do mau funcionamento desta via é dado pelo caso do “homem que confundiu a sua mulher com um chapéu”. Este professor universitário começou a sentir dificuldades em identificar as pessoas com que habitualmente se relacionava até que falassem com ele. No fim, era-lhe praticamente impossível distinguir entre uma luva e uma carteira. - Em direção ao lóbulo parietal (a azul) – a via do “onde”. Esta via é responsável pelo processamento de informação relativa a localização, movimento, relações espaciais. Através dela um objeto é comparado com todos os outros objetos com os que comparte um espaço. Assim sabemos qual é o objeto que está à esquerda de outro, qual é o corredor mais rápido numa corrida, etc. Em pessoas sem patologia, estas duas vias funcionam em total simultaneidade, dando-nos aquilo que conhecemos pela nossa perceção visual.


criativaDESIGN criativaDESIGN criativaDESIGN

voucher pรกg. 63

cria ti va magazine โ ข 39


Um olhar criativo Fotos: José Maria Sousa

“ESTA PÁGINA É DEDICADA AOS ENTUSIASTAS, QUE DE UMA FORMA APAIXONADA PARTILHAM O SEU OLHAR, POTENCIANDO A ARTE E O GOSTO PELA FOTOGRAFIA.”

cascatinha feto

marcha mosteiros

Coordenação: Paulino Pavão

40 • c ria ti va magazine

Edição:


c ria ti va magazine • 41

criativaDESIGN criativaDESIGN criativaDESIGN


sAÚDE

Musicoterapia

FEstivais

Monte Verde e Moche lançam concurso para banda que fecha festival A organização do festival e a Moche lançaram o concurso Moche Live Bands para selecionar a banda que irá abrir o último dia do Festival Monte Verde.

Dra. Marisa Raposo - Musicoterapeuta

A Musicoterapia é a terapia complementar que faz a utilização da música como ferramenta para promover a comunicação, o relacionamento, a aprendizagem, a mobilização, a expressão e a organização de processos psíquicos de uma criança, de modo a que haja aquisição de competências cognitivas, comunicativas ou sociais, havendo benefícios comprovados no trabalho com crianças com perturbações emocionais, comportamentais e com perturbações do desenvolvimento (necessidades educativas especiais). Os objectivos da terapia não são semelhantes aos de Educação Musical mas sim comparáveis aos de outras terapias, bem como deverá ser realizada apenas por Musicoterapeutas certificados. A realidade portuguesa distancia-se muito da presença habitual da Musicoterapia entre os profissionais de saúde noutros países, como o Reino Unido e os Estados Unidos da América. Foi neste país que começou a ser aceite oficialmente como terapia complementar desde a década de 40 do séc. XX. Desde então, aumentou substancialmente a presença de musicoterapeutas no contexto hospitalar e educacional. A Musicoterapia apresenta benefícios significativos com crianças com Trissomia 21, Perturbações do Espectro do Autismo, Paralisia Cerebral, Deficiência Visual, Atraso no Desenvolvimento da Linguagem ou com défice cognitivo. Devido ao carácter lúdico da terapia e à possibilidade de expressão não-verbal, a criança sente motivação para participar activamente com o terapeuta. A consulta inicial de avaliação em Musicoterapia é gratuita no Centro de Ação Psicopedagógica - Astutos.

42 • c ria ti va magazine

Pela primeira vez neste cartaz festivo, será através de concurso que é escolhida a banda que encerra o cartaz desta mega festa que junta milhares de festivaleiros na zona do Monte Verde, na cidade da Ribeira Grande. De acordo com a organização deste festival, a iniciativa inédita da organização, que realiza o evento pelo quinto ano consecutivo, visa a promoção de novos talentos, premiando a banda vencedora com uma atuação no Monte Verde Festival. Irá subir ao palco no dia 15 de agosto, a abrir os concertos de, entre outros, Bezegol, Justin Prime e Marcelo D2. A organização procura bandas açorianas amadoras, com talento. A seleção da banda foi feita através de participação na página de Facebook do Festival durante a primeira semana do mês de agosto. Este ano o festival, que se inicia a 13 do corrente mês, recebe mais de 20 músicos, bandas e coletivos, com concertos de artistas regionais, nacionais e internacionais, num cruzamento de estilos musicais entre o reggae, o rock e a música eletrónica.


Cuidados a ter com o seu cabelo No verão, o cabelo precisa de cuidados especiais pois os banhos de mar, o cloro da piscina e o sol quente oferecem um enorme perigo à saúde e à beleza dos cabelos. Durante o verão é aconselhável: - Usar sempre protector solar no cabelo; - Sempre que sair do mar ou piscina passar por água doce; - Proteger o cabelo com chapéu; - Evitar prender o cabelo; - Utilizar produtores próprios para depois da exposição solar; - Evitar usar placas quentes ou secador sem protecção térmica; - Fazer uma hidratação pelo menos uma vez por semana. Linha Sun Sorials Biolage – Matrix (Disponível no salão 5 AV Hair Studio Carla Vieira)

No final do Verão, é normal que os cabelos estejam muito fracos, quebradiços, ressecados, desbotados, cheios de pontas duplas e perdem todo o brilho. Quando o Verão termina deve-se fazer um verdadeiro tratamento de choque nos cabelos. Corte: É sempre aconselhável dar um corte após a intensa exposição solar.

Hidratação: Fazer uma hidratação profunda para repor as vitaminas e minerais perdidos uma vez por semana. É necessário para recuperar a vitalidade dos fios que se encontram secos e desidratados. Em casa use máscara e shampoo hidratante para ajudar na manutenção e intensificar o tratamento.

Reconstrução: É necessário restituir a fibra capilar de dentro para fora, devolvendo as proteínas, colagénio e aminoácidos da queratina, presentes naturalmente nos cabelos. Estes tratamentos de reconstrução dos fios consistem num shampoo, num concentrado, na máscara ou condicionador e leave-in intra-reparador. O produto acompanhado do calor sela as cutículas, mantendo as substâncias dentro dos fios e devolvendo o brilho e a maciez dos cabelos.

voucher pág. 63

cria ti va magazine • 43


Origens Geográficas dos Açorianos Carlos Costa Foi apresentado pelo jornalista Paulo Simões e pelo historiador José de Almeida Mello o mais recente trabalho literário do advogado e historiador Carlos Melo Bento. A obra recebeu as melhores críticas dos apresentadores, por se tratar de um registo que deixa para o futuro uma investigação sobre as origens dos primeiros povoadores dos Açores. O autor acolheu familiares e amigos numa cerimónia que decorreu no Solar da Graça, em Ponta Delgada.

44 • c ria ti va magazine


cria ti va magazine • 45

criativaDESIGN criativaDESIGN criativaDESIGN


Festas do Espírito Santo em Ponta Delgada CMPD O espírito da Partilha, do Amor, da Caridade e Solidariedade dominaram mais uma edição das tradicionais Festas do Espírito Santo de Ponta Delgada. Milhares de pessoas assistiram às várias manifestações religiosas, culturais e sociais que tiveram lugar durante os dias de festa. Não faltou a tradicional partilha das Sopas, que este ano chegaram às 13 mil doses.

46 • c ria ti va magazine


c ria ti va magazine • 47


Sucesso nas Festas do Nordeste Direitos Reservados As festas do Nordeste arrancaram com a abertura da Feira de Turismo do Nordeste. A autarquia organizou um cartaz festivo que contemplou a presença naquele concelho de José Cid e Badoxa, os dois principais cabeça de cartaz do programa festivo, que recebeu milhares de forasteiros. Além destes, passaram pela vila Eddie Ferrer, Smash, Souza, Putzgrilla e F3lix, Fake Society, Rafael Carvalho e outros artistas e agrupamentos locais.

48 • c ria ti va magazine


voucher pรกg. 63

voucher pรกg. 63

cria ti va magazine โ ข 49


Xutos & Pontapés colocou Lagoa ao rubro Carlos Costa

A atuação da banda rock Xutos & Pontapés levou ao rubro os milhares de pessoas que se deslocaram ao Portinho de São Pedro, na Vila da Lagoa. A banda fez parte de um dos dias do festival Lagoa ComVida, que trouxe até São Miguel outros nomes interessantes do panorama musical português: Amor Electro e Pedro Abrunhosa. Pelo recinto deste festival, agora com carater anual, passaram milhares de entusiastas.

50 • c ria ti va magazine


criativaDESIGN criativaDESIGN

voucher pรกg. 63

c ria ti va magazine โ ข 51


Milhares de pessoas na festa do Chicharro Carlos Costa A freguesia da Ribeira Quente voltou a encher-se de pessoas que se deslocaram à Povoação para participar na 26ª edição da Festa do Chicharro. Numa organização da Associação Cultural e Desportiva Maré Viva, este ano o festival contou com a presença dos Resistência, Buraka, Djojie, e os Djs Julian Jordan, Mak J, Mastiksoul e Dan Maarten, entre muitas outras atividades paralelas.

52 • c ria ti va magazine


cria ti va magazine • 53


Yoga do Riso assinala três anos com aula aberta João Carlos O terceiro aniversário da Yoga do Riso, uma atividade desenvolvida nos Açores pela terapeuta Délia Oliveira, foi comemorado em ambiente de festa. Délia Oliveira convidou os elementos habituais das aulas de Yoga do Riso que têm lugar todo o ano, abriu o evento à participação geral, e reuniu um forte grupo de entusiastas no Relvão, em Ponta Delgada. Para além do bolo de aniversário, a celebração da data mereceu muitas gargalhas, riso, abraços e momentos de descontração.

54 • c ria ti va magazine


A minha escolinha de ballet apresentou REvelação Carlos Costa A Minha Escolinha de Ballet apresentou, no dia 10 de Julho pelas 20h00 no Teatro Ribeiragrandense, o espectáculo intitulado “ REVELAÇÃO”, com encenação de Jessica Ferreira. Espetáculo com muita musica, cor e movimento!

voucher pág. 63

cria ti va magazine • 55


Festival de Balões DE AR QUENTE Superou as expetativas CMRG O I Festival Rubis Gás Balões de Ar Quente, realizado no concelho da Ribeira Grande, foi estrondosamente apreciado por quem teve oportunidade de viajar num dos vários balões que estiveram a sobrevoar, o concelho da Ribeira Grande. Superadas as expetativas, a autarquia deixa o registo da intenção da em voltar a acolher um evento similar a este.

56 • c ria ti va magazine


voucher pรกg. 63

voucher pรกg. 63

c ria ti va magazine โ ข 57


infantil

DESCOBRE AS 7 DIFERENÇAS

58 • c ria ti va magazine

Pinta-me

AJUDA-ME


passatempos

rir

sopa de letras

Porque é que a manteiga não entrou na discoteca? Porque foi barrada à porta da entrada! _______________________________ Diz um paralítico a um cego: - Olha ali aquela gaja! Que boa! - Ai sim? Porque é que não vais a correr atrás dela, então? _______________________________ No hospital, diz o médico: - O senhor é dador de sangue? -Não, eu sou o da dor de cabeça. _______________________________ Antes de iniciar o voo, ao microfone, o piloto cumprimenta os passageiros: – Senhores passageiros, por favor, apertem o cinto, pois vamos descolar.

sudoku

gateado graduado julgado larvado leigo lerdo

polido ramificado rústico

Minutos depois: – Atenção Srs. passageiros, estamos a dez mil pés de altura, em velocidade de cruzeiro, tranquilo, podem relaxar, soltar os cintos, chegaremos ao destino a horas, tenham uma boa viagem… O piloto esquece de desligar o microfone e continua falando com o co-piloto: – Bem, vou accionar o piloto automático e enquanto os idiotas lá atrás curtem a viagem, vou tomar um cafezinho, fumar um cigarrinho, vou fazer um cócó e depois dar uma boa queca na boazona da hospedeira… Percebendo a gafe, a hospedeira corre em direcção à cabine para o avisar mas tropeça no corredor e cai ao lado de uma senhora, que lhe diz: – Calma minha filha… Ele vai fazer cócó primeiro…

soluções

Dado Despejado esférico esmaltado espalhado farinhento

cria ti va magazine • 59


CINEMA

em Agosto

estreia 13AGO

Missão: Impossível Nação Secreta Com a IMF desmantelada e Ethan Hunt (Tom Cruise) excluído, a equipa enfrenta uma rede de agentes especiais extremamente qualificados, o Sindicato. Estes operacionais altamente treinados estão determinados em criar uma nova ordem mundial através de uma série de ataques terroristas. Ethan reúne a sua equipa e junta forças com Faust (Rebecca Ferguson), uma agente britânica excluída, que pode ou não ser membro desta nação secreta, com o grupo a fazer face à missão mais impossível de sempre.

estreia 20AGO

estreia 27AGO

Férias

Hitman

A nova geração dos Griswolds está de volta. Seguindo as pisadas do seu pai e na esperança de poder desfrutar de um tempo de qualidade com a sua família, o já adulto Rusty Griswold (Ed Helms) surpreende a sua mulher Debbie (Christina Applegate), e os seus dois filhos, com uma viagem pelo país de volta ao “parque de diversões favorito das famílias Americanas”: Walley World. Uma viagem repleta de aventuras inesquecíveis.

HITMAN conta-nos a história de um assasino de elite que foi geneticamente modificado desde cedo para ser uma perfeita máquina de matar, sendo conhecido pelos dois últimos digitos no código de barras tatuado na parte de trás do seu pescoço. Ele é um o culminar de várias décadas de investigação – e quarenta e seis anteriores Agentes clones – dotando-o como de uma força sem precedentes, velocidade, resistência e inteligência. O seu mais recente alvo é uma mega-corporação que pretende desvendar o segredo do passado do Agente 47 para criar uma um exército de assassinos cujos poderes podem superar os dele próprio.

Outras EStreias

estreia 13AGO 60 • c ria ti va magazine

estreia 20AGO

estreia 20AGO

estreia 27AGO


AGENDA DA AGEN 12a

16

15 sáb. 19a

30

Monte Verde Festival Ribeira Grande

Festa no Casino Casino das Furnas

IV Clássicos Auto Expo Pavilhão do Mar

21

Atuação do Grupo de Dança UnoJovens

22

Festa Branca

22

Atuação Alquimia

sex.

sáb. sáb.

Portas do Mar

Convento dos Franciscanos lagoa

Centro histórico da Ribeira Grande

28

Atuação de Por Acaso e Stone Roots

29

Atuação de Banda Larga

sex. sáb.

Centro histórico da Ribeira Grande

Portas do Mar

até

Exposição “África”

até

Exposição “Statement Jewelry and Arts”

31 02set até

04set até

20set

Centro Municipal de Cultura Ponta DElgada

Centro Municipal de Cultura Ponta DElgada

Exposição “Traços de outros lugares”

Centro Municipal de Cultura Ponta DElgada

Exposição “CoMtradição”

Núcleo de Arte Sacra do Museu Carlos Machado

agosto c ria ti va magazine • 61


aconteceu aconteceu

Sistema de monitorização da Fajãzinha O Secretário Regional da Agricultura e Ambiente destacou na Fajãzinha que, além da significativa obra que está em curso nesta freguesia do concelho das Lajes das Flores, o Governo dos Açores também desenvolveu um programa para a monitorização da encosta, tendo em vista prevenir a segurança de pessoas e bens.

Iluminação cénica nas arcadas de Ponta Delgada A autarquia de Ponta Delgada procedeu a uma reformulação na iluminação existente nas arcadas junto às Portas da Cidade. Foram instalados novos projetores, que possibilitam a alteração do cenário, ou seja, alterar cores e intensidades, a qualquer momento, com o sistema de programação remota.

Viagem de idosos a Santa Maria Inserida nas comemorações do Dia Mundial dos Avós, a Câmara da Ribeira Grande levou até à ilha de Santa Maria, numa viagem marítima, cerca de 200 idosos do concelho. Para muitos, este passeio foi a primeira oportunidade de visitarem a vizinha ilha de Santa Maria.

62 • c ria ti va magazine

“Passeio em torno da ruralidade” A Câmara Municipal de Ponta Delgada, através da Biblioteca Municipal Ernesto do Canto e em parceria com a Junta de Freguesia de Candelária, realizou um passeio pedestre, que pretendeu dar a conhecer aspetos da vida rural desta freguesia aos participantes inscritos.

Lixeiras a céu aberto seladas As obras de selagem das duas lixeiras a céu aberto nos concelhos de Santa Cruz e das Lajes das Flores são para estar concluídas no final de setembro. A garantia foi dada pelo secretário Luís Neto Viveiros numa visita local. Desfibrilhadores em todos os centros de saúde A tutela da Saúde anunciou o apetrechamento em todos os Centros de Saúde dos Açores de equipamentos de monitores desfibrilhadores com transmissão de dados online, o que vai permitir uma “resposta de qualidade aos utentes”.

Festa do Emigrante em Vila Franca do Campo A Câmara Municipal de Vila Franca do Campo organizou uma nova a Festa do Emigrante, com o objetivo principais de mostrar o seu apreço por todos os emigrantes vila-franquenses. Além da vivência de algumas tradições da terra, a festa contou, ainda, com a atribuição da Medalha de Ouro e Diploma de Cidadão Honorário ao Comendador Carlos Andrade. Parque de campismo das Sete Cidades com novas valências O Parque de Campismo das Sete Cidades, em S. Miguel, vai sofrer uma requalificação que prevê a modalidade de caravanismo e unidades de alojamento de tipologia T1 e T2. O anteprojeto prevê um edifício de serviços, a redefinição das áreas para tendas, com uma capacidade mínima de 70 lugares, das zonas de refeição e sanitárias e a construção de uma zona para parqueamento até seis autocaravanas.


cria ti va magazine • 63


oferta

de uma avaliação neuropsicológica

% 10

desconto

sobre o valor da fatura

% 20

% 10

% 10

% 20

desconto

em formatação de computadores

desconto

sobre o valor da fatura

2 Frangos Grelhados no Espeto, 2 pão de Alho, 1 Dose de Batata Frita e 1 Dose de Arroz

17,50€

na compra de 2 frascos de Cellulite Détox lim

oferta do terceiro

% 10

desconto

em todos os acessórios da nossa loja

% 10

desconto

sobre o valor da fatura

% 10

desconto

64 o• cvalor ria ti vadamagazine sobre fatura • exceto prato do dia

desconto

sobre o valor da fatura

desconto

em compras de valor igual ou superior a 50€

% 10

desconto

em todos os acessórios da nossa loja

% 10

desconto

sobre o valor da fatura

oferta de um aperitivo

% 10

desconto

em rações e produtos médicos - veterinários

% 10

desconto

sobre o valor da fatura


cria ti va magazine • 65


agosto

horóscopo Astrólogo Luís Moniz (Rikinho) rikinho-astro@hotmail.com www.meiodoceu.com.sapo.pt

Carneiro 21/03 a 20/04 A vida afetiva exaltada coloca à prova a sua capacidade de conversar (assertivamente) e a qualidade da relação amorosa. A nível profissional poderá ter de enfrentar opiniões divergentes, mas é imprescindível manter a calma e promover o diálogo lúcido.

Balança 23/09 a 22/10 A vida afetiva aponta bons momentos que prometem novos amores, ou a consolidação de bons relacionamentos existentes. A nível profissional a disciplina, a persistência e a diplomacia são elementos cruciais na concretização dos seus objetivos.

touro 21/04 a 20/05 A vida afetiva apaziguada marca a necessidade de desenvolver a comunicação sincera e evidenciar toda a sua sensibilidade. A nível profissional a conjuntura permite esclarecer situações laborais e definir posições relativas ao futuro a médio prazo.

Escorpião 23/10 a 21/11 A vida afetiva impõe ruturas em relações instáveis e insatisfatórias, aliás, apenas disponível poderá transformar a relação amorosa. A nível profissional é possível que surja alguma formação pessoal preciosa para estabilizar e atingir os resultados desejados.

gêmeos 21/05 a 20/06 A vida afetiva confere certos desentendimentos e dificuldades familiares. Nas relações, em geral, evite superficialidades e precipitações. A nível profissional tem de assumir novas responsabilidades, aperfeiçoar as suas aptidões e trilhar um novo rumo relativo à carreira.

sagitário 22/11 a 21/12 A vida afetiva deve ser desenvolvida a partir de uma atitude tolerante e compreensível, de forma a evitar confusões e conflitos. A nível profissional é possível superar obstáculos, desde que o faça com firmeza e concentração, sem pressas ou espalhafatos.

Caranguejo 21/06 a 22/07 A vida afetiva permite manifestar os seus sentimentos e, ainda, possibilita estabelecer relacionamentos na base da igualdade. A nível profissional todos os contactos desenvolvidos serão bem-sucedidos, por conseguinte, aproveite para lutar pelos seus sonhos.

capricórnio 22/12 a 19/01 A vida afetiva coloca à prova a qualidade das escolhas constituídas recentemente. Apesar das discordâncias, os sentimentos estão fortes. A nível profissional tendem a surgir novas propostas e terá de concentrar as suas energias positivas, por diversas tarefas quotidianas.

leão 23/07 a 22/08 A vida afetiva indica que alguns encontros podem não correr exatamente como esperava, contudo, evite ilusões e conflitos. A nível profissional é fundamental ouvir as outras pessoas e aplicar uma atitude equilibrada em relação às figuras circundantes.

aquário 20/01 a 18/02

virgem 23/08 a 22/09 A vida afetiva anuncia que estará mais sensível do que é habitual e, portanto, exponha os seus medos e as suas intenções. A nível profissional estão favorecidos os trabalhos que requeiram a colaboração de outras pessoas, de modo a atingir um benefício comum.

peixes 19/02 a 20/03 A vida afetiva estará exigente e não insista em situações do passado, aliás, desenvolva uma atitude coerente com os seus sentimentos. A nível profissional poderá iniciar, com evidentes proveitos, uma valorização na carreira. Expanda a fé e a autoconfiança.

66 • c ria ti va magazine

A vida afetiva, mais inclinada para a amizade social, assinala o desejo de conviver e saborear agradáveis momentos de lazer. A nível profissional o seu trabalho está em evidência e os assuntos pendentes (agora) evoluem com muito sucesso.


c ria ti va magazine • 67


68 • c ria ti va magazine


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.