CRIATIVA MAGAZINE - DEZEMBRO DE 2016

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Ano III Nยบ 26 dezembro 2016

ENTREVISTA

A EDUARDO FERREIRA --------------------------------

BEAUTYSTETIK & SPA

CRESCENTE PROCURA DAS MEDICINAS ALTERNATIVAS --------------------------------

RECIFE ARTIFICIAL PROJECTADO PARA SANTA MARIA



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ENTREVISTA

ENTREVISTA

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GRANDE ENTREVISTA

DESPORTO MOTORIZADO

ficha técnica Propriedade:

criativaçores, Lda Rua do Espírito Santo, 77 - r/c Esq. Torres do Loreto 9500-465 Ponta Delgada NIF: 513 281 070 Email: criativa.azores@gmail.com

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Nº Registo: 126655 Diretora: Natacha Alexandra Pastor Editor: Carlos Costa Periodicidade: Mensal Tiragem: 5.000 exemplares Sede da Redação: Rua Espírito Santo, nº 77 R/chão Esqº 9500-465 Ponta Delgada Impressão: Coingra - Companhia Gráfica dos Açores Parque Industrial da Ribeira Grande - Lote 33 9600-499 Ribeira Grande Colaboradores: Astutos, Carlos Melo Bento, José de Almeida Mello, João Pacheco de Melo, Luís Moniz, Paulino Pavão/AFAA e Renato Carvalho. Direção Comercial: João Carlos Encarnação Design Gráfico, paginação e publicidade: Orlando Medeiros - Criativa Fotografia: Carlos Costa e Orlando Medeiros Depósito Legal: 390939/15 O uso e reprodução parcial ou total de qualquer conteúdo existente nesta revista é expressamente proibido. Os anúncios existentes nesta revista são da inteira responsabilidade dos anunciantes.

e ainda... p p p p p p

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PAULO NASCIMENTO CABRAL

O SEMPRE DESEJADO REGRESSO A CASA

BEAUTYSTETIK & SPA

CRESCENTE PROCURA DAS MEDICINAS ALTERNATIVAS

BOMBEIROS DA PRAIA DA VITÓRIA À ALTURA DOS MELHORES DO MUNDO

CONSULTÓRIO DA SAÚDE FAMÍLIA E DOENÇA. QUE RELAÇÃO?

UM OLHAR CRIATIVO COM: JOSÉ CABRAL


ENTREVISTA A EDUARDO FERREIRA

É POSSÍVEL TER

PRODUTOS DE QUALIDADE PRODUZIDOS NOS AÇORES Deixar uma marca para o futuro, baseada na qualidade e na promoção dos produtos açorianos. Este é um ponto de honra de Eduardo Ferreira, o responsável máximo da Fábrica de Licores Mulher de Capote. Para provar, uma vez mais, que é possível fazer produção de elevada qualidade, a fábrica iniciou-se na produção de refrigerantes, apresentando uma laranjada. 2017 será um ano de novos desafios, um dos quais é a ampliação da unidade fabril situada na Ribeira Grande e a consolidação do projeto industrial de Cabo Verde. Natacha Alexandra Pastor Criativa – Estamos na reta final de 2016. Foi um ano bom para a vossa empresa? O que retira de mais positivo? Eduardo Ferreira - 2016 foi para nós um ano muito positivo. Sendo uma das paragens turísticas, diria obrigatória, já, na cidade da Ribeira Grande, recebemos milhares de turistas, algo que fazemos sempre com muito gosto. Esta é uma forma de realizamos uma exportação direta dos nossos licores, e isso ajudou-nos de novo este ano. Ainda sentimos algumas dificuldades, mas procuramos ser criativos, como forma de as contornarmos e isso tem sido conseguido. Em que sentido é que se aplica esta criatividade? Termos alguns projetos engraçados, um deles é a reintrodução nos Açores da produção da cana-de-açúcar, produzida há séculos no nosso arquipélago, nomeadamente na Ribeira Grande. Hoje temos todas as condições para avançar com esta plantação e o nosso objetivo é colocar os Açores como um potencial produtor de rum e de mel de cana, que tem uma série de aplicações secundárias: fabrico de bolos de mel, fabrico de ponche, etc, e temos já um mercado para este produtos: o nacional e o mercado dos EUA, que são muito interessantes.

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Carlos Costa e Direitos Reservados Recuperar esta plantação é quase um momento histórico para a marca? Para quem tem quintas que não têm qualquer produtividade esta é uma boa oportunidade de ter o seu espaço rentabilizado, bem como para quem pretende diversificar. Falo em quintas internas, pois a cana-de-açúcar não pode ser plantada em terrenos próximos do mar. Como tenho alguma experiência, posso dizer que será uma produção que vingará bem nos nossos terrenos, inclusive já a testamos. É um cultivo que não exige grande mão-de-obra. Contudo, para que este projeto chegue a bom porto, teremos de operar num regime de igualdade. A Madeira tem apoio à produção da cana-de-açúcar, nós não temos isso atualmente. Espero conseguir, porque esses apoios serão canalizados para os agricultores. A Madeira também possui apoio no que toca à redução do imposto do álcool, algo que também é fundamental para os Açores. Já foi feita alguma tentativa para conseguir os apoios a que se refere? Já fizemos diversos contactos formais e informais, incluindo com a Diretora Regional de Agricultura. Contudo, ainda não obtivemos a resposta pretendida. Esperemos que as Autoridades competentes percebam o potencial desta indústria e a grande riqueza que pode


ser criada a muita gente. É essencial desbloquear esta situação, de modo a que possamos investir cada vez mais na nossa Região, proporcionando alternativas e emprego. Quando é que estima arrancar com este projeto? Já estamos em fase de experiência e já estamos a produzir algum mel de cana. No que respeita às máquinas para o fabrico do rum elas chegam agora e quanto à destilaria está montada, pelo que ao nível de investimento, este já está feito. É sim uma oportunidade para o nosso futuro. O mais importante é incluir a cana-de-açúcar no Programa de Apoio POSEI, e no programa de redução do imposto do álcool, assim se criará as condições necessárias para um impulso essencial visto estarmos em desvantagem face a outras regiões autónomas na Europa e em Portugal. Para além desta novidade, foram entretanto lançados novos produtos este ano. Sim, lançamos um whisky mel, fabricado com mel da nossa região e enveredamos pelos refrigerantes, uma área que até aqui não era nossa, mas que eu, como pessoa que tem orgulho pela nossa terra, penso que é possível de desenvolver, desde que haja vontade de produzir e de trabalhar. Pretendo provar que, na área dos refrigerantes é possível ter produtos de alta qualidade, como é caso da

laranjada do Ezequiel agora lançada por nós, produzida com laranja da região. Manifesto todo o respeito por aquilo que existe no mercado, mas, sinceramente, estamos a falar de produtos que não têm laranja mas sim matéria-prima artificial. A Laranjada do Ezequiel terá então a melhor qualidade e o sabor tão regional. Estamos muito orgulhosos do produto e da aceitação dos Açorianos. Esta também tem sido uma batalha sua, trabalhar pela e com a produção regional. Sempre! Demos, damos e daremos sempre prioridade ao que é de qualidade e dos Açores, investimos muito na Região. Mas o que eu vejo - e não sou o único empresário a pensar assim - é que há algumas empresas e pessoas que estão no mercado a manchar a imagem dos Açores, em especial porque se diz que é genuíno dos Açores e não é! O Governo dos Açores, com a introdução da marca Açores, está a fazer um grande trabalho, mas é preciso que a fiscalização esteja atenta. Eu trabalho com os mercados mais exigentes do mundo, um desses exemplos é o Canadá – país com qual devemos vir a ter a oportunidade de fornecer centenas de lojas com o nosso creme de whisky – Queen of the Islands - onde são exigidas garantias de qualidade, e eu forneço-as. Faço centenas ou até milhares de análises laboratoriais a tudo o que entra e sai desta fábrica

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todo o ano, análises contratadas ao Inova. Portanto, se eu tenho de provar a qualidade, os outros também têm, senão estamos muito mal e os Açores não vão em frente! Recuperando ainda a questão dos refrigerantes, há consumo interno em quantidade para o produto que é nosso? Há consumo interno! Os açorianos já perceberam que a maioria dos produtos que vêm de fora, apesar de às vezes terem uma boa apresentação, não tem a qualidade dos nossos. Nós vamos continuar a inovar e a lançar novos produtos. Convido aqui e agora os produtores de fruta da região, dizendo-lhes que têm uma alternativa viável fornecendo a nossa Fábrica de Licores. Queremos investir muito mais neste setor, queremos criar mais emprego mas também sabemos que operamos num setor em que nem todos os mesmos apoios são dados dados a todos os produtores. Acreditamos que os Apoios ao desenvolvimento empresarial são essenciais mas não podem desequilibrar o mercado através de concorrência desleal. A fábrica em Cabo Verde como está? Nós já estamos a destilar Grog (rum) na fábrica, que apresenta já melhores condições de laboração. Este ano tivemos o privilégio de receber o empresário António Correia, um dos maiores empresários de Cabo Verde, que se reuniu com o presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande. Vamos montar a fábrica, e à medida que o projeto for avançando vamos adicionando novas vertentes. A nossa intenção é produzir em Cabo Verde produtos

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de muita qualidade, e não tenho dúvidas que terão orgulho naquilo que nos propomos a fazer. Com isso, vamos criar postos de trabalho lá, tal como temos vindo a fazer cá, só este ano já criamos mais 4 postos de trabalho. Para a produção em Cabo Verde faço ainda questão de ter muitos produtos dos Açores, o leite é um excelente exemplo. Têm introduzido todos os anos novos produtos. Para o ano há outras novidades, além dos que já falou? Vamos construir um armazém novo que vai dar apoio a toda a esta produção. Vamos continuar a investir e a criar mais postos de trabalho. Estar atento ao que o mercado pede e seguir as novas tendências, e com isso refiro-me também ao gin apresentado em 2016, é essencial. Sim, sem dúvida. Lembro-me que nos anos 60, 70 e até 80 os Açores estavam estagnados. Hoje em dia é completamente diferente e o empresário que não está atento ao mercado fica para trás. O gin é um exemplo do que pode ser produzido, e bem, na região, a preços acessíveis, porque a bem da verdade muitos dos gins que se vê a preços exorbitantes não tem qualquer sentido. Nesta quadra há uma preferência do consumidor por alguns dos vossos licores? Há 2 anos atrás, o lançamento do Menino Mija foi um sucesso. Nesta altura do ano a venda de todos eles dispara, porque o povo açoriano reconhece a qualidade dos nossos produtos, que é o aspeto forte da nossa marca! A equipa que eu tenho vai permitir dar continuidade ao meu trabalho e esforço, estou certo que assim será!


“Dar asas a pessoas, a empresas, a negócios e a desejos é um verdadeiro privilégio.”

Nasce a SATA

1º voo comercial entre as ilhas de S. Miguel e Santa Maria

Primeiras assistentes de bordo

A SATA presta assistência ao Concorde em Santa Maria

SATA Air Açores recebe a Medalha de Prata de Mérito Turístico

SATA adquire o equipamento da TWA

Mudança e expansão. Adere à I.A.T.A. e à E.R.A.

Primeiro voo charter fora de Portugal

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Recebe C.O.A. que permite explorar rotas internacionais

Voos regulares para a América do Norte

Nasce a SATA Gestão de Aeródromos

Renovação da frota e rebranding da Marca

3ª Melhor Companhia Aérea Regional da Europa

Nasce o Centro de Formação Aeronaútica dos Açores

Marca SATA distinguida com Prémio Platina Internacional de Design

SATA Internacional passa a Azores Airlines

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REPORTAGEM

FÁBRICA DA YOÇOR VAI CRESCER 2017 vai ser um ano estratégico para a marca açoriana. Hugo Garcez estima a ampliação da unidade fabril, ao mesmo tempo equipará a fábrica com alguns mecanismos automáticos, de modo a rentabilizar mais o tempo de laboração. A estrutura interna será ainda aumentada, recorrendo-se a novos funcionários, o que também acontecerá em Lisboa, onde o negócio está em expansão. Natacha Alexandra Pastor

Carlos Costa

Depois de um bom ano de 2016, onde foram cimentadas algumas estratégias comerciais que demonstraram bons fins, a Yoçor está de olhos postos no novo ano, será um ano de várias alterações na empresa, não tanto em novidades de produtos, mas sim na estrutura da fábrica de Rabo de Peixe que vai crescer. Com este crescimento, que inclui a automatização de alguns procedimentos – como o seja o da rotulagem – será possível ser-se mais eficiente. Essa transformação, que o gerente Hugo Garcez considera surgir no timing acertado, vai corresponder, ainda, a um aumento do número de postos de trabalho, com reflexos imediatos: a partir de janeiro de 2017. O gerente da marca com quase 40 anos de atividade comercial, que absorveu muito do know-how do seu avó, que liderou a Yoçor durante largos anos, tem olhos postos num ano muito positivo e de muito trabalho.

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“Este ano foi de consolidação da nossa estratégia, temos a nossa estrutura montada em Lisboa, que nos permite conseguir chegar a muitos outros sítios que antes não conseguíamos. Preferimos ser nós a fazer esse trabalho e trabalharmos a nossa marca da forma que achamos mais adequada. Em 2017 vamos aumentar a nossa estrutura interna, em Lisboa e nos Açores, teremos novos equipamentos e mais contratações de pessoal. Será um ano de mudanças positivas julgamos nós. Vamos introduzir automatismos necessários, e com isso não haverá perca de qualidade e do método artesanal de fabrico; a nossa imagem irá alterar de uma forma ligeira, mas não será nada de muito significativo. Lançamos em outubro as gelatinas 0% com stevia (adoçante natural), achamos que é um adoçante com potencial, que não altera o produto, uma novidade que decor-


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re em pleno e estamos a trabalhar em novos produtos, nomeadamente um iogurte grego natural, este com uma vertente um pouco diferente, em substituição de natas, e aqui vamos ao encontro dos nossos clientes e consumidores que nos perguntavam quando é que teríamos disponível este grego natural, sem açúcares. Vamos apostar em copos de meio quilo. Penso eu que terá muita saída, pois é algo que as pessoas nos perguntam e pedem. Temos feito um acompanhamento do mercado, em especial da concorrência, mas também àquelas que são as tendências e vontades do público consumidor, a Yoçor tem procurado estar em linha com o que existe, mas sempre com a extrema preocupação e primazia de apresentar produtos de máxima qualidade.” Este verão a Yoçor lançou-se num acompanhamento mais próximo do público, tendo participado em vários eventos, dando a conhecer alguns dos produtos, fê-lo em vários festivais de verão. O objetivo foi o de mostrar que a Yoçor quer criar uma afinidade com o público açoriano, demonstrando que é uma marca que não é antiquada. “Quisemos mostrar que a Yoçor é uma marca que está junto das pessoas, que os nossos produtos são feitos de forma tradicional, que é feita para os açorianos e para

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os portugueses, que é da mesma origem dos açorianos. A comunicação e o acompanhamento daquilo que está a acontecer e a marcar o mercado e o renovar a nossa presença são fundamentais. Daí que a Yoçor também tenha apostado em alguma comunicação institucional, bem como algumas brincadeiras que os nossos fãs gostam.” Hugo Garcez destaca, ainda, que o mercado internacional deixou de ser um mercado de eleição, pois o território português tem muito potencial e ainda muito espaço para ser explorado. “Vamos fazer algum investimento também em Lisboa, pois é clara a capacidade de consumo dos nossos produtos e temos de aproveitar esse fator para fazer esse salto. Não foi impulsivo, mas sim um passo muito pensado. Temos muita expetativa de vir a concretizar negócios de alguma expressão, daí a importância de termos mais recursos humanos na capital. Quando chegarmos a um ponto em que em Portugal já estamos devidamente estruturados e logo que se mantenha a ambição de chegar mais longe, aí sim vamos apostar fora de Portugal, a partir de Lisboa, porque é a partir de lá que tudo é mais fácil no que respeita à exportação.”


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ENTREVISTA

AAMAR AVANÇA COM PROJETO DE CRIAÇÃO DE RECIFE ARTIFICIAL Sendo já conhecida como um santuário de jamantas, a Associação Amigos do Mar da Ilha de Santa Maria (AAMAR) quer aproveitar esta imagem e criar um recife artificial na ilha. Como, porquê e que reações se esperam? As respostas são dadas pela associação à nossa redação. Natacha Alexandra Pastor

Direitos Reservados

Criativa - A AAMAR está envolvida num projeto que passa pela criação de um recife artificial em Santa Maria. Como é que nasce a ideia? O que está pensado? AAMAR - A ideia nasceu numa conversa entre a AAMAR e a AOMA (Associação dos Operadores de Marítima-turística dos Açores). O objectivo é o de criar um Recife Artificial, que tem duas componentes primordiais, uma ambiental e outra económica. A ambiental porque ajuda à reposição da vida marinha; a económica, porque ajuda na actividade turística subaquática à semelhança do que já se faz pelo mundo. Em Portugal já existem bons exemplos: (Madeira, Porto Santo e o mais emblemático o Projecto Ocean Revival, no Algarve). A criação de recifes artificiais marinhos no contexto das questões ambientais e sócio-económicas surge como uma tecnologia alternativa para o incremento da biodiversidade, criando áreas de reprodução, fixação e protecção da vida marinha.

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Para além das vantagens ambientais sobejamente conhecidas, tem ainda a vantagem social de evitar conflitos com a pesca (lúdica e profissional). O que se pretende é promover ao afundamento de um navio, num meio controlado, numa zona de não interesse de pesca, de fácil fiscalização, pouco profundo, fora das zonas de navegação e esperar que a natureza faça a sua parte. Pretende-se que rapidamente se torne num “spot de mergulho” que é de vital importância para uma ilha que aposta no turismo. Santa Maria já é conhecida na comunidade do mergulho europeia como o “santuário das jamantas”. Queremos que a criação deste recife artificial seja mais uma aposta. No âmbito ambiental, Santa Maria foi a primeira ilha a conseguir criar Áreas Marinhas Protegidas e se conseguirmos realizar este projecto, e acreditamos que sim, Santa Maria volta a ser pioneira nos contributos para a defesa da Vida Marinha.


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Quem mais está envolvido neste projeto? Como é que a proposta está a ser acolhida na ilha? Que mensagem se pretende passar e que públicos se pretendem alcançar? Como o que se pretende tem um elevado custo, este projecto não pode ser só de uma Associação como a AAMAR. Pretende-se que este seja um projecto de ilha. Por isso pretende-se envolver todos (Governo Regional do Açores, CMVP e outras associações ligadas ao mar). Já começamos, lentamente, a divulgar a ideia, não notamos na ilha forças negativas, pensamos que exista descrença. Pensamos ainda que poucos acreditam ser possível. Mas com o passar do tempo, e quando começarem a aparecer resultados mais evidentes, acreditamos que vamos ter mais aliados e que o movimento vai surgir mais forte. A criação de Recifes Artificias, na nossa opinião, tem uma mensagem ambiental de protecção de recursos, muito forte. Esta mensagem tem que ser passada à geração seguinte e é uma mensagem simples – Quando damos condições à “mãe natureza” ela responde. Um mar sem peixes não é mar. Que passos já foram dados para dar seguimento à ideia? Quão difícil está a ser a implementação deste projeto? Este não é um projecto de fácil execução. Primeiro devido ao elevado custo, segundo devido aos estudos ambientais e técnicos (local ideal para o afundamento). Neste projecto entendemos que a Universidade dos Açores deve que ser um parceiro importante neste processo. O primeiro passo já foi dado. À semelhança do que aconteceu na Madeira e Algarve os navios afundados foram cedidos pela Marinha Portuguesa. A AMAAR já fez chegar à Marinha Portuguesa um processo em que se candidata a uma embarcação quando disponível. Sabemos que o processo foi aceite e está bem encaminhado. Parece que o próximo será o nosso. Estamos agora a desenvolver esforços, contactos e procedimentos para darmos o passo seguinte.

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Caso a ideia inicial seja para avançar, o que se propõe criar? E depois como será feita a sua promoção e dinamização? Todo o processo de afundamento, acompanhamento, monotorização e promoção ainda não está bem definido, mas defendemos que toda a parte científica deve ser liderada pela UAc, são eles os técnicos e são eles que mais sabem do mar dos Açores. A parte promocional e de gestão deverá ser liderada pela AAMAR. Há aspetos mais delicados na execução deste projeto? Onde se encontram? Sim, claro que há, e estamos conscientes disso. Os aspectos ambientais serão literalmente os mais delicados. Depois temos que considerar também os sociais e os económicos. Sociais devido aos conflitos que certamente irão existir, entre pesca e turismo, na divergência de opiniões sobre o local, sobre a gestão, sobre o impacte ambiental, etc. Nos económicos, na discordância de opiniões entre a relação custo-benefício. Sendo algo novo nos Açores, há expetativas para as críticas? Evidente que sim. Esta é a normalidade. Como em tudo na vida há sempre quem concorde e quem não concorde. Faz parte da vida e nós vivemos em democracia, toda a gente tem direito à sua opinião, o máximo que pode acontecer é concordarmos que discordamos. Nós acreditamos no projecto e considerámo-lo uma mais valia para a ilha e para os Açores, em todas as vertentes, quer sejam económicas, ambientais, científicas ou até sociais. Vamos por todos os meios empenharmo-nos para levar a bom porto este projecto. Vamos ser pioneiros. Vamos considerar este um projecto-piloto. Só o tempo dirá se estamos certos ou errados. Os outros casos em Portugal e no mundo são sucessos. Estamos convictos que o de Santa Maria também o vai ser.


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O SEMPRE DESEJADO REGRESSO A CASA Confesso que o desafio lançado pela sempre dinâmica Natacha Pastor para a Criativa Magazine me deixou algo apreensivo, mas ao mesmo tempo pensativo e ainda mais nostálgico. Apreensivo, porque se falar sobre os nossos sentimentos, as nossas emoções, é sempre um processo muito difícil, mesmo que em contexto fechado, como tenho tido a oportunidade de verificar através da minha profissão (sou Psicólogo), imaginem portanto partilhar isto com os leitores. Claro que poderia descarregar no texto uma sequência de adjectivos e emoções, muitas delas lamechas, agradáveis de ouvir e ler, mas longe do que seria um testemunho real, de uma partilha pessoal e sincera. É exactamente por isto que também me sinto mais pensativo e nostálgico, pois com a correria do dia-a-dia pelos corredores do Parlamento Europeu e pelas ruas de Bruxelas, pouco tempo nos resta para pensar naquilo que verdadeiramente importa. Pouco tempo resta para pensarmos em nós e no fundo é isto que nos falta cada vez mais. Pensar no que estamos a sentir. No que estamos a vivenciar. Arranjamos e encontramos cada vez mais distracções e desculpas para não termos de fazer este exercício, muitas das vezes simplesmente porque no nosso inconsciente sabemos que não iremos gostar das respostas às perguntas que nos colocamos. No entanto, estas são inevitáveis. Poderão ser adiadas, mas serão inevitáveis. Voltando ao desafio, devo confessar que me é sempre muito difícil deixar a minha casa e a minha casa são os Açores. Sinto-me bem em qualquer ilha dos nossos Açores e o que me custa mesmo é ver a ilha, qualquer que seja, a ficar “pequenina” e a desaparecer na janela do avião. Sempre que posso, regresso a casa. Passo normalmente cerca de 11 meses fora de São Miguel, pois todas as férias, todos os espacinhos que possa ter, regresso. Há quem diga que “o pior que se pode fazer é dar e tirar, mais vale nunca ter”. Como tudo na vida, só damos valor ao que é bom, porque somos confrontados com o seu contrário e o seu contrário doí.

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Doí muito deixar os nossos, deixar o que é nosso, deixar de sentir que fazemos parte daquele lugar que nos viu nascer, do cheiro a mar, da humidade, do nosso basalto.. Sinto-me sempre deslocado quando não estou em casa e tudo é encarado com o objetivo de regressar o mais rapidamente possível. Em casa sou de afectos e emoções, fora sou de objectivos e pragmatismo. Obviamente que há sempre um enorme sentimento de vazio e uma saudade imensa, da dimensão do nosso mar, mas que se transforma em dedicação ao trabalho, à missão que escolhi cumprir em Bruxelas, na instituição mais democrática da União Europeia - O Parlamento Europeu. Por cá, e apesar de estar numa cidade com muitos parques e onde o verde está presente, não é, sem dúvida, o nosso verde. E o mar? O mar fica longe, longe demais para o ver, e a cidade? A cidade é grande. Grande demais para que possamos desenvolver laços de afecto com ela. Há a chamada “bolha” europeia, onde se encontram as instituições europeias e todos os seus funcionários e depois há o resto de Bruxelas, mais genuína, mais despretensiosa, mas também mais difícil de alcançar. No entanto, é isto que atrai a Bruxelas profissionais de todo o mundo. Há de facto uma enorme diversidade e oferta cultural e até alguma qualidade de vida. É isto que dá vida ao coração da

Europa e é isto que me distrai entre as idas a casa. Prefiro o coração do (meu) mundo: os Açores. É na nossa terra que consigo ter paz, não por ter um ritmo inferior, não por ter mais tempo, mas sim porque as nossas ilhas inspiram tranquilidade e a nossa natureza a felicidade suprema. Se de facto existiu a Atlântida, com certeza que não esteve longe das nossas ilhas. Por outro lado, não deixo de me preocupar com alguns sinais de “novo-riquismo”, de desvalorização do que é nosso, de construções duvidosas.. No fundo, com a descaracterização do que são os Açores. Não sou contra o progresso, mas lamento que se considere progresso e desenvolvimento sermos iguais a todos os outros. Deveríamos sim ser melhores no que somos, no que nos caracteriza, sem imitações. Preocupa-me também que o nosso Povo esteja cada vez menos crítico e exigente para com quem nos governa, com a classe política, num “deixa andar” que nos trará muitos desgostos no futuro. Por vezes é preciso sair, para darmos ainda mais valor ao que temos e lamentarmos as perdas. Influenciado pela quadra natalícia que atravessamos, é óbvio que me sinto mais susceptível às emoções e aos sentimentos que a caracterizam. A saudade é sempre muita e o coração está sempre apertado. As memórias dos natais passados pululam e faço dezenas de planos, os quais ficam quase sempre por cumprir porque o tempo nunca chega. O tempo é sempre insuficiente. Há 6 anos que o Natal é diferente. Apesar da mesma alegria de estarmos juntos, em família, da alegria contagiante do sobrinho e das sobrinhas, há também o sentimento da ausência do meu Pai. E isto não se desvanece. É talvez por esta razão que sempre que regresso a casa, fico na quinta que ele tanto gostava. É lá que tenho sempre de passar e ficar. É a minha única exigência. Felizmente, nunca passei o Natal fora de casa. A vida tem-me permitido esta alegria. Oxalá continue assim..

Paulo do Nascimento Cabral


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ENTREVISTA

BEAUTYSTETIK & SPA

COM PROCURA PELAS MEDICINAS ALTERNATIVAS

Além da procura pelos tratamentos de estética e relaxamento, dos tratamentos de emagrecimento e rejuvenescimento, os clientes da BeautyStetik & Spa estão cada vez mais despertos para as medicinas alternativas. Quem é cliente escolhe a qualidade e segurança, fatores nunca descurados nesta clínica. Natacha Alexandra Pastor

Carlos Costa

Criativa - Novas valências e serviços na BeautyStetik & Spa. Podemos falar do conceito que a clínica quer oferecer? A BeautyStetik & Spa é um espaço de bem-estar onde se alia a saúde à estética. A Clínica prima pela inovação e qualidade dos serviços que presta aos(às) clientes. Dispomos através de uma equipa qualificada e experiente de um serviço de qualidade. É de salientar, um conjunto de soluções integradas, personalizadas e inovadoras. A Clínica dispõe de consultórios, salas de tratamentos, sala de relaxamento e Spa Casal. Importa, também, assinalar a existência de uma grande variedade de tratamentos de relaxamento para o rosto e o corpo, tratamentos de beleza e estética nomeadamente depilações a cera e Luz Pulsada; tratamentos de mãos e pés (manicure/pedicure) e tratamentos de Celulite, Flaci-

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dez e Gordura Localizada (Cavitação e Radiofrequência), bem como, tratamentos de Relaxamento/Envolvimentos corporais. É de referir que são usadas diferentes tecnologias que se juntam para atingir determinados objetivos, seja no combate à celulite, gordura localizada, flacidez e estrias, seja no contrariar a retenção de líquidos e promover a estimulação do sistema linfático, responsável por eliminar toxinas e manter em normal funcionamento do sistema imunitário. A Clínica possui técnicos(as) especializados(as) nas áreas de Nutrição, Naturopatia, Iridologia, Medicina Quântica, Termografia Clínica, Mesoterapia Homeopática e Medicina Tradicional Chinesa. Com espírito de iniciativa e inovação que nos caracteriza, em 2017 a Clinica apresentará mais novidades…


O que mais procuram os clientes? Para além dos habituais tratamentos de estética e relaxamento há uma crescente procura dos tratamentos de emagrecimento e rejuvenescimento de corpo e/ou rosto. Os clientes de qualquer faixa etária, quer do género masculino, quer feminino, recusam-se a envelhecer e procuram combater e prevenir o envelhecimento. Assim sendo, têm ao seu alcance diferentes técnicas e produtos que conseguirão atenuar as rugas, as linhas de expressão e outros sinais de envelhecimento. A qualidade e segurança são fundamentais nos dias de hoje. Mas a inovação das técnicas também é um factor de escolha. Que compromissos pretende o consumidor? Cada vez mais, se considera fundamental, em qualquer serviço, a dicotomia da qualidade e segurança. Todas as máquinas existentes na Clínica estão certificadas. A formação das Técnicas também é uma constante. O(a) cliente faz a opção consoante as suas necessidades e espera obter o melhor resultado, procurando as mais recentes técnicas e qualidade de serviço prestado. Falemos do conjunto de serviços oferecidos!

Para além de todos os serviços de estética e beleza referidos anteriormente, há a salientar a crescente procura das medicinas alternativas. É com o espírito de iniciativa, criatividade e inovação, que a Clínica BeautyStetik em 2017 apresenta novos serviços. É de extrema importância que o(a) cliente se mantenha feliz e a Clínica BeautyStetik & Spa promete dar os mimos que merece. Será como se renascesse.. Há algum perfil do cliente usual da Clínica? Os homens também são clientes habituais? O que mais procuram? O(a) cliente habitual caracteriza-se por alguém que se preocupa com a sua imagem e gosta de si. Além de outros tratamentos, a massagem terapêutica e relaxante-anti-stress é da eleição dos homens, porquanto, se destinam a aumentar a hidratação profunda e duradoura da pele. Convém referir, a procura dos tratamentos de massagem e drenagem dos membros, porquanto, a doença venosa dos membros inferiores é frequente no mundo ocidental. Para além do inevitável compromisso estético, a qualidade de vida é, também, afectada pela limitação da capacidade funcional para atividades laborais e de lazer.

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REPORTAGEM

BOMBEIROS DA PRAIA DA VITÓRIA À ALTURA DOS MELHORES DO MUNDO Ao vencerem o I Campeonato Regional de Trauma (Ilhas) que se realizou na Madeira em maio, os bombeiros da Praia da Vitória obtiveram acesso ao Campeonato Nacional de Trauma, realizado em Elvas no mês seguinte. Daqui seguiram para o World Rescue Challenge 2016 – Curitiba. Natacha Alexandra Pastor

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No regresso a casa, a satisfação e orgulho não se fizeram esperar. À Criativa Magazine, o Comandante da Associação Humanitária da corporação envolvida neste campeonato transmitiu a comoção desta participação e todo o trabalho feito antes da deslocação. “A participação no WRC Curitiba – 2016 superou as nossas expetativas, regressamos do Brasil com uma mão cheia de conhecimentos com a partilha sempre presente ao longo de todo o evento entre todos os intervenientes. O quarto lugar da geral serviu para comprovar a qualidade do socorro que se presta nos Açores, certificando que estamos no caminho certo. Iremos continuar a trabalhar sempre em prol das nossas vítimas pois são a razão da nossa existência. Foram muitas as horas de treino para que este resultado fosse possível, foram muitos os dias em que o Sub-Chefe Fernando Leite, o Bombeiro de 1ª Bruno Espínola e o Bombeiro de 2ª Carlos Pacheco privaram as suas famílias da sua companhia para treinarem. Muitos foram os Camaradas que os ajudaram quer servindo de vítimas quer preparando os cenários. Fundamental foi também o precioso apoio do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores sem ele certamente que não teríamos conseguido lá estar.” A partilha de experiências é o que resul-

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ta de mais rico desta participação, relata. “A vertente competitiva sempre foi, para nós, a menos importante. Diria mesmo que a vertente competitiva foi a menos importante para todas as equipas presentes nesta prova. O mais importante foi a partilha de conhecimentos entre todos. No Brasil estiveram as melhores equipas de Trauma e Desencarceramento do mundo bem como os melhores formadores que durante os dias de competição realizaram vários Workshops. Foram 5 dias intensos. Na cerimónia de encerramento Dan Zinge, Presidente da World Rescue Organization, referiu que a sua maior alegria foi constatar que no primeiro dia tínhamos 58 equipas (30 Trauma e 28 Desencarceramento) mas que no segundo dia tínhamos apenas uma grande equipa,

penso que as palavras de Dan Zinge traduzem verdadeiramente os 5 dias deste mega evento. Agora que regressamos tudo faremos para transmitir aos nossos Camaradas o conhecimento obtido pois este sempre foi e será o nosso principal objetivo.” A equipa está já de olhos postos na competição de 2017. “A competição é constituída por uma prova Standard com uma vítima e uma Complexa com duas vítimas, em ambas as provas a equipa tem 9 minutos para prestar os cuidados pré hospitalares às vítimas e mais um minuto para passar dados. No próximo ano, o World Rescue Challenge realiza-se na Roménia e nós queremos lá estar e se possível melhorar a nossa classificação.”


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REPORTAGEM

SALDOS REMAX

ESTÃO DE REGRESSO

A 28 DE DEZEMBRO Serão dois meses de puros saldos Remax. Em carteira estarão centenas e centenas de imóveis a preços mais baixos. Nos Açores está em preparação uma angariação de 50 a 80 imóveis, que poderão vir a ser adquiridos a preço de saldo, numa missão que decorre até 28 de fevereiro. Natacha Alexandra Pastor

Direitos Reservados

Estão de volta os saldos Remax. Nos Açores, a iniciativa tem participação da Remax 4 You que desde 2013 se envolve nesta grande ação nacional que tem vindo a merecer cada vez mais um maior interesse dos compradores. O mercado tem correspondido de forma bastante positiva a um projeto que é diferenciador no mercado imobiliário e as sucessivas campanhas de comunicação já fazem com que as pessoas se identifiquem grandemente com esta ação, explica-nos Norberto Massa, responsável da loja Remax 4 You, em Ponta Delgada. “Iniciamos a comunicação numa primeira fase, apenas com os vendedores. Quando a ação arrancar ela surge com uma campanha de comunicação forte, em vários meios de comunicação social, em mupis, newsletters, etc. Esta é uma época que por si só está

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muito ligada à ideia de saldos, e é uma altura claramente ideal para esta campanha com muito êxito a nível nacional e para nós também o é. Esta campanha tem ganho impacto ano após ano e julgamos que este ano ainda será maior, porque o negócio imobiliário tem vindo a melhorar e porque esta é uma oportunidade para os vendedores colocarem no mercado ao preço mínimo o imóvel que estão dispostos a vender por esse valor. É ainda uma oportunidade para os compradores, que procuram algo interessante no mercado, agora a um preço mais apetecível.” Nesta ação entra um pouco de todo o tipo de imóveis, refere o mesmo responsável, mas há de facto uma margem interessante para os investidores. Norberto Massa explica algumas das razões.

“Potencialmente, o consumidor normal que pretende comprar o seu imóvel para habitação própria permanente pode aproveitar esta fase, mas esta não é uma decisão que se toma por impulso, é algo que o cliente vai decidindo adquirir. É de facto um pouco na linha do cliente investidor que talvez surja maior interesse. Alguns imóveis pela sua circunstância apresentam-se com boa rentabilidade tanto para alojamento local, como para arrendamento de longa duração, comparativamente à rentabilidade do próprio dinheiro em banca ou em fundos. A verdade é que o imobiliário é sempre um investimento seguro, daí que diga que temos notado um aumento de interesse por parte de investidores.” A Remax 4 You vai disponibilizar entre 50 a 80 imóveis nesta ação, sendo que uma maior percentagem decorre na ilha de São Miguel, onde existe a loja física.


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CONSULTÓRIO JURÍDICO

com: Carlos Melo Bento ADVOGADO

Quais os procedimentos naturais e legais que devem ser utilizados em vida por alguém que não queira ser dador de órgãos e que não deseje em circunstâncias específicas ser submetido a tratamentos ou intervenções cirúrgicas? Esses atos só ocorrem para maiores de 18 anos de idade e para quem esteja na plenitude das suas faculdades mentais? Pela lei o princípio é sermos todos dadores de órgãos desde que nascemos. A lei presume que todos querem dar os seus órgãos na altura em que morrem, isto é, a pessoa que nada diz é porque quer dar os seus órgãos que a ciência pode aproveitar para salvar vidas ou melhorar a saúde dos que cá ficam. Quando a pessoa não quiser ser dador, tem obrigatoriamente de inscrever-se no Registo Nacional de Não Dadores através de um impresso que deve estar disponível nos Centros de Saúde. Isto é válido para todos os maiores de 18 anos, que estejam no uso das suas faculdades mentais. Para os menores ou incapazes por deficiência ou doença, essa declaração tem de ser feita pelo representante legal, que normalmente são os pais ou o tutor nomeado pelo tribunal. Quanto às intervenções cirúrgicas ou operações a questão é diferente porque ninguém é obrigado a fazê-las. Faz se quer, sendo que os menores são também representados pelos que os guardam para autorizar ou não.

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Em terra ou no mar a descolar ou a aterrar estamos no seu caminho

DESDE 1976

Estrada Regional, nº 3 - 1ª, 57 9600 - 102 Rabo de Peixe Tel. 296 490 060 e-mail: geral@tecnovia-acores.pt www.tecnovia.pt

Alvará nº 29814

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SAÚDE CONSULTÓRIO DA SAÚDE

João Bicudo Melo Médico e Psicólogo Clínico

FAMÍLIA E DOENÇA. QUE RELAÇÃO?

Para este mês de Natal, resolvi reservar como tema do consultório da saúde as implicações da doença na família. Um tema importante nestes tempos onde a preocupação com as aparências, disfarçadas de qualidade, deixa pouco tempo para aquilo que verdadeiramente importa em Medicina: a doença, o doente e a sua família. Talvez me acusem de ter uma visão romântica da Medicina, mas foi isto que me trouxe, e a tantos outros, até esta profissão. Todos nós já vivenciámos a doença, por vezes grave, de alguém que nos é próximo. Já vimos, após doença aguda ou prolongada, partir um familiar querido. E como nos sentimos com isso? Profundamente tristes, sem vontade de sorrir, sequer de dar um bom dia ou comer o prato favorito. Deixámos de dormir como antes e a tensão teima em não ceder… Pois bem, estamos doentes com a doença de alguém! Num dos livros de uma grande psicóloga e terapeuta familiar portuguesa – Prof.ª Ana Paula Relvas – a autora assume que a família é um sistema muito sensível, pelo que é facilmente influenciado pela doença de um dos seus elementos. Este fator stressante da família pode levar a situações muito graves de rutura familiar. Quantos de nós não conhecem uma história de uma família, em que ficando um dos pais ausente por

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doença e necessidade de tratamento no exterior, os filhos adolescentes iniciam-se na toxicodependência. Exagero? Em 3 anos como médico já vos consigo encher uma mão! Prova que a doença de um repercute-se nos restantes elementos da família e, se não devidamente acompanhada, pode acrescentar novos problemas àquele inicial em que todos nos centrámos. Bem diz o ditado: uma desgraça nunca vem só! Então, se sabemos isso o que devemos fazer? Devemos prevenir, conversar abertamente sobre as várias possibilidades antes que estas tenham ocorrido. Reconheço que não é tarefa fácil mas, para isso, deve contar com o seu médico de família. A Medicina Geral e Familiar é a especialidade médica mais habilitada para lidar com estas situações. Se está a vivenciar este problema, agende uma consulta com o seu médico. Converse abertamente. Ele ajudará no processo de identificação das repercussões da doença na sua família. Procure auxílio! Não deixe que acresçam mais problemas à sua vida. Assumir que a doença de alguém nos pode deixar doentes é o primeiro passo. Para o(a) leitor(a) e sua família os meus sinceros votos de um feliz Natal e um ano de 2017 muito próspero.


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UM OLHAR CRIATIVO José Cabral

Paraíso

Festa do milho

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“ESTAS PÁGINAS SÃO DEDICADAS AOS ENTUSIASTAS, QUE DE UMA FORMA APAIXONADA PARTILHAM O SEU OLHAR, POTENCIANDO A ARTE E O GOSTO PELA FOTOGRAFIA.”

Coordenação: Paulino Pavão

Edição:

Porto de abrigo

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DESPORTO MOTORIZADO CAMPEONATO DE RALIS DOS AÇORES DE 2016

O ANO DOURADO DE RICARDO MOURA

O Campeonato de Ralis dos Açores de 2016 chegou ao fim. Ao longo de sete meses, as equipas tiveram a oportunidade de disputar sete ralis, que foram realizados nas estradas das ilhas de Santa Maria, São Miguel, Terceira, Pico e Faial. A dupla do Team Além Mar formada por Ricardo Moura e Sancho Eiró ao volante do Ford Fiesta R5 revalidaram os respectivos títulos absolutos de pilotos e de navegadores pela nona vez consecutiva. Renato Carvalho

Orlando Medeiros, António Bettencourt e Délia Bettencourt

O figurino do campeonato manteve se praticamente inalterado. A grande novidade foi a estreia de Luís Miguel Rego aos comandos de um Ford Fiesta R5. De salientar, que somente quatro equipas estiveram presentes à partida de todos os ralis e que nenhum desistiu. Todos estes concorrentes são residentes na ilha de São Miguel e obtiveram títulos nas categorias onde estiveram inseridos. A aposta de Ricardo Moura para o corrente ano apontava, novamente, o campeonato dos Açores. A supremacia do piloto do Team Além Mar foi mais do que evidente, pois venceu a totalidade dos ralis. Só que o momento mais alto da época aconteceu no Azores Airlines Rally com a vitória absoluta no evento do Campeonato da Europa de Ralis. A regularidade foi o principal trunfo da formação constituída por Hugo Mesquita e Filipe Gouveia a que juntaram a fiabilidade do Mitsubishi Lancer Evo IX. Concluíram as provas todas e subiram ao pódio por quatro vezes. Além de serem vice-campeões absolutos, obtiveram o título reservado a viaturas RC2N. A época para Luís Miguel Rego começou no Azores Airlines Rally, quando se sentou pela primeira vez no Ford Fiesta R5. Com a finalidade de adaptação a uma viatura totalmente nova, o piloto do Team Além Mar foi evoluindo a sua prestação e em Santa Maria demonstrou resultados muito satisfatórios. Todavia, a desistência no Rali Ilha Lilás retirou uma pontuação que se revelou crucial nas contas finais, mesmo assim ficou no último lugar do pódio. Na chamada Fórmula 2 que engloba as viaturas de 2 Rodas Motrizes, as equipas

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formadas por Rafael Botelho, o navegador Nuno Rodrigues da Silva no Citroen Saxo Cup e João Faria, o co-piloto Carlos Medeiros no Peugeot 206 RC protagonizaram as mais animadas lutas da temporada. O jovem piloto Botelho venceu por quatro vezes, enquanto o seu veterano navegador ganhou por três ocasiões. Porém, ambos arrecadaram os respectivos ceptros das 2 RM e RC4. Para o duo Faria e Medeiros ficou o título denominado RC3. A quinta posição dos picoenses José Paula e Miguel Ribeiro no Mitsubishi Lancer Evo IX teve como base o segundo lugar conseguido no Rali Ilha Lilás. Os pontos adquiridos no

Faial e em Santa Maria também contribuíram de forma significativa para o pecúlio final. O concorrente terceirense António Ortins arrebatou o triunfo no campeonato designado por RC5. Na categoria reservada aos Veículos Sem Homologação, o título pertenceu a Marco Medeiros nas 2 Rodas Motrizes, por sua vez João Torres venceu no escalão das 4 Rodas Motrizes. De evidenciar, a presença três jovens pilotos nos primeiros quatro lugares da classificação do campeonato, o que deixa boas expectativas quanto ao futuro dos ralis nos Açores.


CAMPEONATO

CONDUTOR

NAVEGADOR

25+4

(25+3,75)

25+4

17

(10)

12

3º Luís Miguel Rego

--

--

20+0,25

14 -(0) 17 0 ---

17 20 10 -8 --6 --

---0 8 -0 --0 --

-2 -14 4 ---1 1 --

Absoluto

Ricardo Moura

Sancho Eiró

Rafael Botelho

14

8

Absoluto 2RM/2L

Rafael Botelho

Nuno Rodrigues da Silva

José Paula

--

12

RC 2

Ricardo Moura

Sancho Eiró

João Faria

12

6

RC 2N

Hugo Mesquita

Filipe Gouveia

RC 3

João Faria

Carlos Medeiros

RC 4

Rafael Botelho

Nuno Rodrigues da Silva

RC 5

António Ortins

Não Atribuído

VSH 2 RM

Marco Medeiros

André Seabra

VSH 4 RM

João Torres

Não Atribuído

VENCEDORES TROFÉU

CONDUTOR

NAVEGADOR

Senhoras

Não Atribuído

Alexandra Pereira

1400 cc

António Ortins

Não Atribuído

VSH 2 RM até 1.400 cc

David Paiva

Catarina Barroso

VSH 2 RM + de 1.400 cc Bruno Tavares

André Seabra

VSH 4 RM

Filipe Moura

João Torres

7º Ruben Rodrigues -- 20+0,5 8º Pedro Vale -17 9º Bruno Tavares --10º Rui Torres -0 11º Pedro Lança -0 12º Marco Medeiros 8 4 13º Carlos Andrade -0 14º Pedro Rodrigues -0 15º Marco Soares -0 16º João Correia 10 1 17º Rúben Santos -0 18º António Ortins -1 19º David Paiva --20º João Torres --21º Paulo Leal ---

25+4 25+4,5 25+4,5

17 8 14 6 0 -10 12

14 0 (6) 20 4 --8 10

17 20 12 4 2 -14 6 --

-2 1 -0 1 4 -1 -0

12 2 17 -1 --1 0 -1

8 1 0 -1 --1 1 1 0

20+0,5

Pontos Totais

Rali Lotus 23/24 Julho

25+4

Rali Ilha do Pico 21/22 Outubro

Azores Airlines Rallye 02/04 Junho

Ricardo Moura Hugo Mesquita

Rali Ilha Lilás 23/24 Setembro

Rali Ilha Azul 06/07 Maio

1º 2º

Rali Santa Maria 12/13 Agosto

Rali Sical 01/02 Abril

CAMPEÕES

Concorrente

Posição

CLASSIFICAÇÃO DO CAMPEONATO RALIS DOS AÇORES - ABSOLUTO

175 94 80,75 66 50 38

37,5

31 30 22 20 19 18 14 14 12 4 3 3 2 1

Nota: De acordo com o regulamento para a pontuação final são válidos os seis melhores resultados. Entre parêntesis a pontuação eliminada.

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SAÚDE SAÚDE

CUIDANDO DOS OLHOS LENTES DE CONTATO. USA? ENTÃO LEIA O QUE TEMOS PARA LHE DIZER Deverá manter sempre um par de óculos de reserva, com a graduação atualizada, para poder usar em situações de necessidade ou caso surjam situações inesperadas. Faça os exames de rotina aconselhados pelo seu especialista de visão. A total dependência das lentes de contato pode originar o agravamento de um problema que seria facilmente resolvido com a interrupção temporária do seu uso. Use óculos de sol com lentes oftálmicas, com filtro de bloqueio da radiação UV, recomendados pelo seu especialista. As lentes de contato aumentam a sensibilidade à luz e mesmo as que absorvem a radiação ultravioleta, não substituem nem dispensam o uso de óculos de sol.

CONFIE NO SEU ÓTICO E FAÇA-LHE UMA VISITA REGULAR. A BEM DA SAÚDE DOS SEUS OLHOS!

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Artigo elaborado com suporte em: INSTITUTOPTICO - www.institutoptico.pt

MAIS UM DADO IMPORTANTE Sabia que nas óticas do Institutoptico tem uma garantia para adaptação de lentes de contato? Oferecemos lentes de ensaio e adaptação, na compra de lentes de contacto descartáveis e substituição gratuita das suas lentes de contato em caso de quebra ou rasgo acidental. Para saber mais veja: https://www.institutoptico.pt/grupo-institutoptico/6-compromissos-institutoptico.html


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SAÚDE

YOGA PARA CRIANÇAS Vivemos tempos conturbados em que todos sofrem com o stress, a correria e a competição. Cada Sónia Jacinto vez mais cedo, as crianças deixam de brincar livremente para, desde muito pequeninas, começarem a ter agendas dignas de um executivo e, aos poucos, vão-se afastando da sua verdadeira essência e, rapidamente, passam a viver em piloto automático. Se queremos um mundo de paz precisamos ensinar as nossas crianças

a reconhecer o valor de todos os seres humanos, dos animais e do meio ambiente. Precisamos que as crianças se tornem adultos tranquilos com um profundo autoconhecimento, com capacidade de perdoar e de amar incondicionalmente e sem julgamentos egoísticos. Infelizmente, tanto a educação como a cultura e até a sociedade em que vivemos, por vezes, dificultam o crescimento saudável e, nesse sentido, o yoga para crianças pode ajudar… e muito! O método Sunshine Yoga Baby é uma adaptação das posturas do Hatha yoga às etapas de desenvolvimento do bebé. São momentos que oferecem uma possibilidade de dedicação exclusiva ao bebé e cada instante individual com ele traz em si a oportunidade de uma partilha de Amor, ternura e diversão entre pais e filhos. Esta vivência entre ambos

desenvolve um vínculo emocional desde a mais tenra idade e para todo o sempre. O Sunshine Yoga Kids é uma metodologia específica de Yoga para crianças, já em fase escolar, muito divertida e cooperativa com o objetivo de desenvolver o potencial da criança como um todo com as suas capacidades criativas, intuitivas, éticas, físicas, emocionais e intelectuais. Através das histórias, músicas, jogos, relaxamentos e visualizações cultivamos os princípios da não-violência, da verdade e da alegria enquanto as posturas preparam o corpo para o desenvolvimento da inteligência e das emoções.

SAÚDE

MEGA INQUÉRITO DE SAÚDE ALIMENTAR VAI TRAÇAR HÁBITOS DA POPULAÇÃO O primeiro Inquérito Alimentar Nacional (IAN) foi realizado em 1980, pelo Centro de Estudos de Nutrição do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), com a colaboração do então Ministério da Agricultura e Pescas. O Inquérito Alimentar Nacional e de Atividade Física (IAN-AF) renasce agora através de um consórcio que envolve investigadores nacionais e internacionais, sendo seu promotor a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. No terreno estão dezenas de nutricionistas que estão a entrevistar a população eleita. Foram selecionados inúmeros cidadãos com residência em Portugal, sendo a

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população estudada composta por elementos de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 3 meses e os 84 anos de idade, sendo que a população inquirida com mais de 64 anos de idade será, adicionalmente, avaliada em articulação com o projeto PEN-3S, um projeto de investigação que visa avaliar o estado nutricional dos idosos portugueses. É objeto deste mega estudo perceber quais os alimentos, nutrientes, suplementos alimentares/nutricionais e outros comportamentos alimentares de risco da população em Portugal; avaliar os níveis de atividade física, e a sua re-

gularidade bem como caracterizar as dimensões alimentares, de atividade física e antropométricas por região, condição socioeconómica dos inquiridos. Os indivíduos selecionados de modo aleatório foram pesquisados de acordo com a sua inscrição nas unidades funcionais de Saúde de cada região. No caso dos Açores houve todavia a necessidade de incluir uma questão extraordinária, relacionada com o tipo de sal utilizado pela população na sua alimentação, nomeadamente o uso ou não de sal iodado, considerando que na região há um défice de iodo associado a uma grande parte da população.


䐀攀猀攀樀愀洀漀猀 愀 琀漀搀漀猀 甀洀  䘀攀氀椀稀 一愀琀愀氀 攀 甀洀 倀爀猀瀀攀爀漀 䄀渀漀 一漀瘀漀


DE “SANTA CLARA” A CLUBE DESPORTIVO SANTA CLARA: UM LONGO ADVENTO

Antecipando a década do centenário. João Pacheco de Melo

1927 - III

(e, finalmente, temos o Clube Desportivo Santa Clara: o terceiro Santa Clara a inscrever-se na Associação de Futebol)

Visível que era a fragilidade patenteada pelo Santa Clara em consequência das vicicitudes porque tinha passado, agravando-se estas com cisões que, além dos dirigentes, já incluíam também os jogadores, um grupo de distintos cidadãos de Ponta Delgada colocou em marcha um plano (que anos depois, em concreto a partir de 1931, se haveria de mostrar completamente bem sucedido): constituir um Santa Clara competentemente organizado e desportivamente valioso; agregar as facções desavindas e, também (mas subtilmente), criar condições para derrubar da Direcção da Associação de Futebol o consistente núcleo de “Velhos Republicanos” que a controlava. Com estes propósitos a 12 de Maio de 1927 foi nomeada uma Direcção Interina que, entre o mais, se comprometeu a apresentar rapidamente uma proposta de Estatutos, encarregando o Dr. Lúcio Agnelo Camimiro da sua elaboração; a 21 de Junho de 1927, em Assembleia Geral presidida pelo Tenente João Joaquim

1

Vicente Jr, estes Estatutos foram discutidos e aprovados. Cerca de um mes depois, a 29 de Julho de 1927, o Governo Civil de Ponta Delgada atribuía o alvará ao Clube Desportivo Santa Clara. A 5 de Agosto de 1927 foi eleita a primeira Direcção do CDSC: Capitão Reis Rebelo (Presidente), Tenente João Vicente Jr (Vice Presidente), Humberto Pacheco Botelho (1º Secretário), Álvaro Pimenta dos Santos (2º Secretário), José Cardoso (Tesoureiro), Ivo Custódio e Carlos Raposo (Suplentes). Requerida ainda em Maio de 1927, só a meados de Novembro de 1927 o Santa Clara viu aceite a sua inscrição na Associação de Futebol, com o seu primeiro jogo oficial, tendo o Clube União Micaelense como adversário, acontecido a 20 de Novembro. É pois assim que, por fim, e após os outros dois “Santa Claras” que lhe precederam na Associação de Futebol, o Clube Desportivo Santa Clara deu início ao seu já quase centenário histórial!

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1 – Primeira folha dos Estatutos de Fundação do CDSC, aprovados em Assembleia-geral a 21 Junho de 1927, cujo Alvará, obtido do Governo Civil de Ponta Delgada, data de 29 de Julho de 1927. 2 – Cores (em faixas horizontais) e emblema originais do CDSC. 3 – Tenente João Vicente Jr, Presidente da Assembleia-geral Fundacional e, posteriormente, Vice-presidente da primeira Direcção do CDSC. 4 - Capitão Reis Rebelo, primeiro Presidente da Direcção do CDSC, cargo que manteve até Junho de 1935. 5 – Recorte da missiva que tentou a inscrição do CDSC na Associação de Futebol (Maio de 1927), pretenção só conseguida, após várias diligências, em Novembro seguinte.

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EVENTOS VIAGEM NO TEMPO DA ARTISTA TERESA MENDONÇA Miguel Machado/CMPD A exposição de pintura da reconhecida artista açoriana, radicada em Lisboa, Teresa Mendonça, foi inaugurada no Centro Municipal de Cultura. A apoiar o momento, esteve Álvaro Lobato de Faria, diretor-Coordenador do MAC – Movimento de Arte Contemporânea de Lisboa.

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O SAL DA VIDA DE GABI PONTES Miguel Machado/CMPD Reflexo de duas viagens a Cabo Verde, às ilhas do Sal e da Boavista, Gabi Pontes captou momentos do quotidiano local. Daqui resultou uma seleção de 20 fotografias de coleção que foram dadas a conhecer numa exposição que decorreu no hall da entrada do Coliseu Micaelense.

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CRIATIVA MAGAZINE ASSINALA 2º ANIVERSÁRIO Carlos Costa Foi num ambiente de convívio que a Criativa Magazine assinalou o seu 2º aniversário. Promoveu-se a inauguração de uma exposição que recorda todas as fotografias publicadas ao longo de 2016, nesta revista, sob a responsabilidade da AFAA – Associação de Fotógrafos Amadores dos Açores. A cerimónia inaugural, que decorreu no Centro Cívico e Cultural de Santa Clara, contou com a presença do Presidente da Câmara de Ponta Delgada, José Manuel Bolieiro, que elogiou a capacidade empreendedora da equipa que fez nascer este novo projeto jornalístico.

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PREPARANDO-SE PARA O NATAL É chegada a altura do ano em que todos se juntam para celebrar as tradições natalícias. Com tantos motivos para celebrar e tantas visitas para fazer, é normal que queira apresentar um look especial ou diferente nestes dias. Aqui ficam algumas dicas.

Os rabos-de-cavalo funcionam sempre muito bem. Além de serem de fácil execução, são ótimos para quem tem cabelos muito lisos e compridos. As tranças são daqueles penteados que nunca saem de moda. Pode usá-las durante o dia ou à noite e pode usar diferentes modelos, desde tranças altas, baixas, laterais, muito penteadas e direitas ou mais desfeitas. Pode ainda escolher fazer meias-tranças e juntá-las no final para criar um efeito diferente. Um coque. Estiveram muito em voga nos últimos tempos e continuam ainda por aí. Pode optar por um coque com os fios de cabe-

lo todos muitos certinhos, ou por um coque mais alegre. Para quem tem cabelo muito encaracolado e gosta dele, nada como aproveitar os seus caracóis e deixá-los brilhar. Deverá usar um creme modelador que lhes garanta boa definição e fixação e pode simplesmente deixá-los soltos. Aquando da escolha do seu penteado para a festa, deverá ter presente um que se adeque mais ao seu estilo e à roupa que vai usar. Se optar por penteados simples, e achar que está muito causal, pode sempre adicionar alguns acessórios.

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A FORMIGA Miguel Machado/CMPD A galeria do Centro Municipal de Cultura tem em exposição, até ao próximo dia 7 de janeiro, 46 desenhos que resultam de uma pesquisa “natural” da artista natural de Lisboa, formada em Belas Artes, Mariana Cortez Herédia.

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FESTIVAL DE ORQUESTRAS LIGEIRAS DE SÃO MIGUEL CMRG O Teatro Ribeiragrandense recebeu o Festival de Orquestras Ligeiras de São Miguel, evento organizado pela Associação Musical e Recreativa da Ribeira Grande, apoiado pela autarquia. Os espetáculos contaram com a participação das orquestras ligeiras do Nordeste, de Ponta Delgada, da OI Jazz e as orquestras ligeiras da Povoação e da Ribeira Grande.

CAMINHADA CONTRA O CANCRO DA MAMA Miguel Machado / CMPD A organização deste evento aberto a toda a população esteve a cargo do Gabinete de Apoio ao Desporto da Câmara Municipal de Ponta Delgada. A Caminhada Contra o Cancro da Mama decorreu entre as Portas da Cidade e a piscina do Forno da Cal, local onde teve lugar uma largada de balões de ar quente.

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“PAISAGENS” DE PATRÍCIA MEDEIROS Carlos Costa

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A Casa da Cultura Carlos César, na Lagoa, acolheu a primeira exposição, nesta cidade, de Patrícia Medeiros intitulada “Paisagens”. Até 7 de janeiro, os visitantes poderão apreciar algumas das paisagens do concelho, nomeadamente as piscinas naturais e espaços de culto como a Ermida de Nossa Senhora do Monte Santo e a Ermida do Convento da Caloura.

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DEZEMBRO

HORÓSCOPO ASTRÓLOGO LUÍS MONIZ (RIKINHO)

rikinho-astro@hotmail.com http://meiodoceu-com-sapo-pt.webnode.pt/

CARNEIRO 21/03 A 20/04

BALANÇA 23/09 A 22/10

TOURO 21/04 A 20/05

ESCORPIÃO 23/10 A 21/11

A vida afetiva caracteriza o momento ideal para consolidar relações, manifestando carinho e compreensão pelos envolventes. A nível profissional a conjuntura marca uma evolução na carreira, materializada em oportunidades bem aproveitadas.

A vida afetiva harmonizada permite quebrar rotinas e promover relações tranquilas, agradáveis e absolutamente estáveis. A nível profissional expanda a imaginação e preste atenção a novas oportunidades, fundamentais para trilhar o seu futuro.

GÊMEOS 21/05 A 20/06

A vida afetiva coloca a necessidade de conciliar o pensamento e o sentimento, examinando a idoneidade da sua atitude. A nível profissional estão favorecidos os novos empreendimentos e todas as ações contribuem para abrir novos horizontes.

A vida afetiva depende do seu equilíbrio pessoal e da habilidade para desenvolver relações na base da mútua compreensão. A nível profissional as decisões devem ser inteligentes e firmes, de forma a atrair uma nova dinâmica mais bemsucedida.

A vida afetiva favorecida facilita um comportamento mais extrovertido e, desta forma, aproveite para partilhar sentimentos. A nível profissional poderá alcançar grandes objetivos, valorizando a formação continua e especializando os conhecimentos.

SAGITÁRIO 22/11 A 21/12

A vida afetiva acusa alguma instabilidade, mas, certamente, a sua natureza otimista contribuirá para atrair condições mais positivas. A nível profissional pode corajosamente criar novos projetos e apresentar as suas ideias, com confiança e muita determinação.

CARANGUEJO 21/06 A 22/07

CAPRICÓRNIO 22/12 A 19/01

LEÃO 23/07 A 22/08

A vida afetiva reflete a capacidade de manifestar a generosidade do seu caráter, essencial ao desenvolvimento de relações proveitosas. A nível profissional podem surgir problemas esperados, entretanto, as decisões devem ser tomadas com serenidade e racionalidade.

AQUÁRIO 20/01 A 18/02 A vida afetiva estimula a resolução de problemas antigos e, conscientemente, pondere sobre as suas atitudes nesta área. A nível profissional terá um trabalho difícil para encontrar o sucesso, contudo, esteja confiante nos resultados.

VIRGEM 23/08 A 22/09

PEIXES 19/02 A 20/03

A vida afetiva exige reflexão e lucidez para avaliar os sentimentos, de forma a tomar decisões guiadas pela sua intuição. A nível profissional usufrua de toda a sua imaginação criativa e riqueza interior, para confiantemente renovar a carreira.

A vida afetiva indica que esta fase é ideal para fortalecer relações e, com sabedoria, recomeçará uma nova etapa muito próspera. A nível profissional vai encontrar apoios extraordinários para concretizar os seus projetos, principalmente no estrangeiro.

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A vida afetiva prioriza a família e a atenção estará mais dirigida para o lar. O conforto emocional é encontrado na intimidade do “Ser”. A nível profissional a criatividade é colocada à prova e desenvolvendo a capacidade de iniciativa poderá iniciar novas realizações.

A vida afetiva enfatiza o seu charme e exalta a sua Fé, facilitando a execução de todas as atividades humanitárias. A nível profissional as ideias visionárias, colocadas em prática, poderão trazer-lhe grandes benefícios no seu trabalho.


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