CRIATIVA MAGAZINE - Junho de 2016

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Ano II Nº 20 junho 2016

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Grande reportagem

desporto motorizado

ficha técnica Propriedade:

criativaçores, Lda Rua do Espírito Santo, 77 - r/c Esq. Torres do Loreto 9500-465 Ponta Delgada NIF: 513 281 070 Email: criativa.azores@gmail.com

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Nº Registo: 126655 Diretora: Natacha Alexandra Pastor Editor: Carlos Costa Periodicidade: Mensal Tiragem: 5.000 exemplares Sede da Redação: Rua Espírito Santo, nº 77 R/chão Esqº 9500-465 Ponta Delgada Impressão: Coingra - Companhia Gráfica dos Açores Parque Industrial da Ribeira Grande - Lote 33 9600-499 Ribeira Grande Colaboradores: Astutos, Carlos Melo Bento, José de Almeida Mello, João Pacheco de Melo, Luís Moniz, Paulino Pavão/AFAA e Renato Carvalho. Direção Comercial: João Carlos Encarnação Design Gráfico, paginação e publicidade: Orlando Medeiros - Criativa Fotografia: Carlos Costa e Orlando Medeiros Depósito Legal: 390939/15 O uso e reprodução parcial ou total de qualquer conteúdo existente nesta revista é expressamente proibido. Os anúncios existentes nesta revista são da inteira responsabilidade dos anunciantes.

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tem novidades este verão

Armazém toronto assinala 50 anos de história

dia da região

celebrado em Vila Franca do Campo

Adília Paço

Única mulher no concurso Barman do Ano

consultório jurídico Com: Carlos Melo Bento


Dependências

“Os nossos filhos são uma geração altamente suscetível às dependências” Vamos às referências de um estudo realizado em 2012 na população geral residente em Portugal, com idades vastas (entre os 15 e os 64 anos), para entender a predominância de consumos de drogas ilícitas no contexto da sociedade portuguesa. Natacha Alexandra Pastor

Direitos Reservados

Por tópico, a cannabis, o ecstasy e a cocaína surgiam, então, como as substâncias ilícitas preferencialmente consumidas, com prevalências de consumo ao longo da vida (pelo menos uma experiência de consumo) respetivamente de 9,4%, 1,3% e 1,2%. Entre 2007 e 2012, no conjunto da população portuguesa verificou-se, para quase todas as drogas, uma descida das prevalências de consumo ao longo da vida, tendo-se verificado semelhante leitura quanto aos casos de indivíduos em contato recente com o consumo destas mesmas drogas. De um modo geral, a população jovem adulta (15-34 anos) apresentou prevalências de consumo ao longo da vida, de consumos recentes e taxas de continuidade dos consumos mais elevadas do que a população total. Cerca de 0,7% da população de 15-64 anos e 1,2% da população jovem adulta residente em Portugal apresentavam sintomas de dependência do consumo de cannabis, correspondendo a cerca de um quarto dos consumidores de cannabis nos últimos 12 meses. A análise dos dados recolhidos permitiu também perceber que quer o consumo ao longo da vida quer o consumo recente tem vindo a ser mais elevado nos homens, para todas as drogas, do que nas mulheres, pese embora os dados venham agora indicar que no grupo feminino os consumos têm vindo gradualmente a aumentar entre os anos de 2007 a 2012. Entre as muitas considerações destacadas neste relatório, nota, ainda, para uma situação que toca aos Açores: A Região Autónoma dos Açores, o Alentejo e a Grande Lisboa foram as regiões que apresentaram prevalências de consumo de qualquer droga ao longo da vida e nos últimos 12 meses acima das médias nacionais, na população total e na jovem adulta, verificando-se igualmente consumos superiores, nas três regiões identificadas acima identificadas no que concerne a novas substâncias psicoativas.

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A questão das dependências continua a merecer preocupação perante entidades e instituições públicas, e é um tema que os profissionais de saúde são chamados a estar atentos. Envolvendo diferentes clínicos, cada um procura olhar para as dependências, com o seu olhar crítico e construtivo. É o que tem vindo a fazer a psicóloga clínica Vânia Pardal, uma profissional ligada à prevenção e tratamento das toxicodependências junto de jovens em risco elevado de exclusão social, que se tem deparado com alguns casos que a fizeram “repensar na forma como este tema tem sido trabalhado e tenho pensado em alguns erros na forma como temos vindo a prevenir este flagelo junto dos jovens.”

DIZER ‘NÃO’ NÃO BASTA

A pensar nesta temática, a psicóloga clínica acaba de organizar uma sessão prática de esclarecimento acerca de drogas dirigida a pais, professores e educadores de crianças e adolescentes, uma conversa informal com a população responsável pela educação das crianças e adolescentes da Ilha de S. Miguel, durante a qual foram abordadas não só questões relacionadas com os efeitos e consequências do consumo de drogas a curto, médio e longo prazo, como se pretende que os participantes desenvolvam técnicas para prevenir e tratar os menores a seu cargo. Vânia Pardal refere que “a abordagem inicial que qualquer profissional poderá indicar é: vamos dar informação, vamos assustá-los com as consequências, vamos mostrar imagens terríveis do que nos podemos tornar se ficarmos dependentes, vamos mostrar pulmões de fumadores crónicos. Por outro lado, pode-se defender uma política de repressão: vamos castigar os toxicodependentes para que eles deixem de consumir, vamos fazer com que os que são castigados e mar-


ginalizados sirvam de exemplo para outros que iniciam ou experimentam o uso de drogas. E comecei a ver que essa abordagem não funcionava. Aliás, faz mais de 100 anos que os Estados Unidos criminalizaram, por exemplo, a cocaína e as taxas de dependência não baixaram. Temos imensos anos de informação dada a jovens nas escolas (eu já participei nessas ‘ações de sensibilização’ quando era adolescente) e as taxas não baixaram por causa disso (muito pelo contrário, sabemos que estas campanhas começaram nos anos 80/90 e foi, exatamente, nestas décadas que tivemos um problema gravíssimo ao nível de dependentes). Então isso faz-nos pensar e investigar, não só nos livros mas no terreno. No dia-a-dia com estes jovens. As leituras fizeram-me chegar a uma conclusão: a história das drogas acompanha a história da humanidade. Enquanto estudava esta questão aprendi que existe uma zona do nosso cérebro responsável pela sensação de prazer, cha-

mada de Núcleo Acumbente e Área Tegmetal Ventral. Quando estimulada, esta zona dá-nos a sensação de prazer e vontade de repetir. Os estudos mostram que estas zonas são ativada quando realizamos coisas que gostamos (comida, água, sono, afeto, relações sexuais, entre outros). Os estudos também mostram que estas zonas são ativadas diretamente através das drogas, pois elas conseguem, através da corrente sanguínea, chegar ao cérebro e ativar diretamente estas áreas. E isso estará por detrás da dependência, pois o cérebro interpreta o consumo de drogas como algo agradável e quer repetir.” Nessa ocasião, refere a profissional, começou a auscultar os casos com quem se deparava. “Saí dos livros e comecei a falar com as pessoas. E o que ouvia deixava-me confusa. Em primeiro lugar percebia que existiam pessoas que consumiam drogas pesadas e não ficavam viciadas. Um exemplo simples é quando fraturamos um osso: quando isso acontece vamos para o hospital e lá levamos medicação para as dores, e continuamos com essa medicação após as intervenções, no processo de recuperação. Ora, essa medicação nada mais é que uma droga pesada, é um opiáceo muito parecido com a heroína. Seguindo a ordem de ideias da dependência que referi anteriormente seria de esperar que ficássemos viciados nesse medicamento e que não conseguíssemos parar. Mas tal não acontece. Quando deixamos de ter dores, quando o nosso osso volta ao normal, deixamos essa droga. Ela só serviu um único propósito: aliviar as dores. Um outro exemplo tem a ver com estudos realizados com soldados. Estimava-se, na altura da guerra dos Estados Unidos com o Vietname, que cerca de 20% dos soldados estavam viciados em heroína. Isso era algo muito preocupante, pois quando a guerra terminasse era de esperar que os Estados Unidos tivessem um problema gravíssimo com drogas. Mas tal não aconteceu. Quando os soldados regressaram às suas casas, às suas famílias e às suas rotinas, cerca de 95% deixou espontaneamente de consumir drogas. Sem precisarem de psicólogos ou psiquiatras para nada! As drogas serviam como alívio da tensão e para esquecerem os horrores que estavam a ser vítimas. Quando isso deixou de existir, deixou de existir necessidade de consumir. Então, na década de 70, um psicólogo chamado Alexander começou a colocar em causa o que se sabia sobre drogas e dependência referindo que os experimentos nas gaiolas com ratos só tinham esses resultados porque se tratava de um animal preso numa gaiola sem qualquer distração ou convivência com outros da sua espécie e que a única coisa divertida que tinha para fazer era consumir drogas. Daí o seu vício. Então, seguindo esta premissa, este investigador construiu um enorme parque para ratos, com diversões, alimentos, outros ratos para interagir ou acasalar, tudo isto num ambiente que simulava o ambiente destes animais com elevada precisão. E voltou a colocar as alavancas. E os resultados foram surpreendentes. A taxa de ratos que preferia a alavanca que fornecia droga era insignificante. O consumo deixou de fazer sentido porque a droga não servia ali qualquer propósito. Houve ratos que realizaram experiências, mas o consumo não se tornou crónico.”

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Então o tratamento da toxicodependência é dar sentido à vida das pessoas…

A grande maioria das pessoas pode consumir drogas de forma legal, começa por recordar a psicóloga, exemplificando com o que acontece com a ingestão de álcool. “Muitos de nós, felizmente, consegue beber álcool (leia-se drogar-se com álcool, pois o álcool é uma substância psicoativa) sem perdermos o controlo, sem roubarmos ou nos envolvermos em outros atos ilícitos. Mas outros não. Existem outros para os quais o álcool é uma droga, e pesada! Então o que nos difere? A grande diferença não está nos efeitos do álcool pois esses são muito semelhantes de pessoa para pessoa. A diferença está no facto da grande maioria de nós possuirmos uma família, amigos, trabalho, ou seja um conjunto de laços sociais que nós gostamos e queremos manter. Mais do que isso, possuímos coisas que nos preenchem por dentro, não deixando espaço para drogas. Então o tratamento da toxicodependência, e outras formas de dependência, é dar sentido à vida das pessoas, não só dos que já estão doentes mas também dos que correm o risco de ficar, como os jovens com os quais trabalho. Ajudá-los a criarem relações saudáveis, fortalecê-los em termos de competências pessoais e sociais, torná-los capazes de se integrarem na sociedade, possuírem qualificações e trabalhos de acordo com o seu perfil.” Explicado deste modo, Vânia Pardal defende a urgência de se trabalhar com os jovens, uma tarefa que começa em casa com

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os pais, que não devem “humilhar, apontar erros ou rebaixar”. “Isto tem que ser feito com a maior urgência porque os nossos filhos são uma geração altamente suscetível às dependências. Para começar, vivemos numa sociedade que realiza o culto do consumismo e do prazer imediato e depois somos uma das sociedades mais desligadas que jamais existiu. Nós vivemos numa sociedade em que as relações sociais são, cada vez mais, caricaturas de relações humanas. Temos 200 amigos nas redes sociais e, numa situação de crise, estamos completamente sós. E não são os amigos das redes sociais que nos apoiam nos momentos de crise, são aqueles que conhecemos na infância e que temos até agora, com os quais estabelecemos relações próximas, cara-a-cara e com os quais temos afetos significativos. Então, se queremos realmente prevenir o consumo de drogas junto dos nossos filhos, ou se queremos tratar alguém doente, não devemos humilhar, apontar erros ou rebaixar. Muito pelo contrário, devemos querer aprofundar as nossas relações. Dizer que estamos lá com eles, mesmo com os seus erros, num amor incondicional. Só através do diálogo se conseguem criar relações, e este diálogo tem que ser treinado. Tem que ser assertivo, deve ser de apoio e não de confronto, de entendimento e não de desaprovação. E isto não é fácil, porque o desejo que temos quando confrontado com um filho que consome drogas ou que está em risco de o fazer é desejar que ele pare, que ele atine na vida e que tome um rumo diferente. E isso é compreensível. A forma que estamos a transmitir essa ideia é que está errada.”


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reportagem

Iogurtes líquidos da Yoçor com adoçante natural

são a novidade deste verão

Estimando que durante este mês de junho possam estar nas prateleiras dos supermercados açorianos, a Yoçor fala à Criativa das mais recente novidade nos iogurtes líquidos com aromas de limão e frutos vermelhos, onde foi substituído o açúcar por um adoçante de origem natural. Natacha Alexandra Pastor

Carlos Costa

Cada vez mais preocupado com as questões de saúde e do bem-estar físico, e até mesmo da linha corporal, o consumidor da atualidade está a procurar mais produtos da área alimentar que sejam o mais saudável e até sustentável possível. Consciente de que é importante escutar o cliente, a Yoçor desafiou-se a si própria e foi investigar de que forma poderia retirar dos seus produtos o açúcar tradicio-

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nalmente usado na confeção de iogurtes e acabou por descobrir um adoçante de origem natural que faz toda a diferença. A explicação do processo e dos novos produtos foi feita à nossa reportagem por Hugo Garcez, em representação da marca Yoçor. “O consumidor atual é muito preocupado com as características daquilo que consome. Além do mais há muitos nutricionistas

e dietistas a aconselharem à redução na ingestão de açúcares (glicose em particular). Atenta àquilo que os consumidores também consideravam como importante a marca oferecer, a Yoçor inovou na componente dos açúcares incluídos nos seus produtos (iogurtes e gelatinas) e oferece agora uma alternativa mais natural. Ao preocuparmo-nos e ao colocarmos no mercado produtos que ao invés do açúcar


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têm um substituto muito natural adoçante, extraído de uma planta natural - a Stevia cultivada essencialmente na Ásia, estamos a responder a essa necessidade. Inovamos ainda extraindo a gordura dos iogurtes.” A Yoçor decidiu avançar em primeiro lugar com esta possibilidade nos iogurtes líquidos com sabor a limão e a frutos vermelhos, uma linha que vai estar no mercado muito provavelmente durante o presente mês de junho. Segue-se uma aposta nas gelatinas, aproveitando a Yoçor para colocar à disposição dos consumidores um novo sabor. “Vamos a seguir utilizar o extrato deste adoçante natural nas gelatinas, aproveitando para apresentar um novo sabor, o qual não vou para já descortinar qual será. Fizemos um estudo aprofundado, e chegamos à conclusão de que é possível ter realmente um bom produto final usando a Stevia. Sabemos que há um produtor na Europa, em Espanha, que está numa fase inicial da exploração dessa planta. Nós estamos em conversações com ele no sentido de virmos a trabalhar juntos, ao invés de termos de ir buscar a substância à Ásia. Neste momento avançamos com este adoçante nos iogurtes líquidos, depois

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avançamos para as gelatinas e mais tarde veremos se transitamos também para os iogurtes sólidos e noutros produtos, isto porque estamos muito focados em diversificar e em criar produtos diferenciados, sem ir ao encontro daquilo que já existe no mercado.” Só por si, os produtos da Yoçor já são diferenciados. É produto dos Açores, com métodos de produção respeitando uma norma ancestral, utilizando matéria-prima dos Açores de excelência. Estas distinções fazem dos produtos Yoçor, muito em particular a gama de iogurtes, um registo único que vem sendo cada vez mais reconhecido pelo consumidor, em especial o público mais atento e informado. A esse propósito Hugo Garcez recorda que a Yoçor trabalha em exclusivo com um único produtor de leite, cujos padrões de excelência do leite atinge, mês após mês, o resultado máximo da excelência/qualidade do leite. “Nós trabalhamos em exclusivo com um grande produtor local. Recebemos dele diariamente 3 mil litros de leite. Devo dizer que, mês após mês, as análises feitas ao leite fornecido por este apresenta os valores mais elevados possíveis

nas análises de leite. Não há melhor! e isso garante um produto final de elevada qualidade. Nós não temos de ir por uma competitividade pelo preço. Esse não é o nosso posicionamento. Não pretendemos um combate direto a uma marca branca ou às grandes marcas. Temos de ir pela diferenciação e pela qualidade, sobretudo pela nossa principal matéria-prima: o leite. Tem-se falado muito nos últimos tempos sobre o leite dos Açores, é preciso dizer que nós temos um leite de enorme qualidade, que não haja dúvidas. O nosso iogurte tem por isso, desde o produtor do leite até ao modo de produção, características únicas e por isso mesmo é um produto diferente, único mesmo.” Recentemente, a Yoçor respondeu a um outro desafio. Perante uma faixa populacional que é intolerante ao glúten, a marca acaba de ser certificada pela APC - Associação Portuguesa de Celíacos, como sendo uma empresa que apresenta aos consumidores produtos sem glúten. Para Hugo Garcez este é mais um sinal da preocupação da Yoçor perante os seus consumidores, e os desafios que os próprios vão colocando à empresa.


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reportagem

Casos de sucesso na Casa dos Manaias Faz neste mês de junho dois anos que as portas da Casa dos Manaias se abriram pela primeira vez para acolher os sem-abrigo de Ponta Delgada. Desde então, já existem casos de sucesso a registar. Um deles é o exemplo de dois ex-utentes que são agora monitores na instituição. Natacha Alexandra Pastor

CMPD

O Centro de Atividades Ocupacionais Casa dos Manaias, criado pela Câmara Municipal de Ponta Delgada, tem sido um espaço essencial para a descoberta pessoal dos seus utentes. A exclusão social a que estavam praticamente votados os sem-abrigo de Ponta Delgada tem vindo a desvanecer-se gradualmente desde que se abriram as portas desta casa. Por aqui têm passado vários utentes, que reconhecem a dedicação da equipa multidisciplinar que os acompanha dia a dia. Às 9h30 da manhã de uma segunda-feira, na Casa dos Manaias o dia já começou. Os primeiros utentes já chegaram e já estão a trabalhar. Outros surgem de seguida, cumprindo com os horários que são estabelecidos. É que salvo raras exceções, quem chegar após de-

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terminada hora, já não terá direito a receber uma de duas refeições distribuídas diariamente. Conscientes de que é preciso dar para receber, quase todos cumprem com esta e outras regras instituídas na Casa dos Manaias. A rotina está mais ou menos enquadrada nas necessidades destes utentes, quase todos sem-abrigo de Ponta Delgada, mas também nas expetativas que vão crescendo internamente e que permite ir conquistando cada vez mais a confiança deste homens e mulheres. A cumplicidade aumenta à medida que se conhecem as histórias de vida, os interesses e gostos de cada um destes Homens, revela Margarida Pais, responsável pela Divisão de Desenvolvimento Social da autarquia de Ponta Delgada.

“Já recebemos várias dezenas de utentes, penso que o trabalho tem sido muito gratificante. Estamos a acolhê-los aqui, a dar-lhes alguns cuidados básicos necessários, como alimentação e a possibilidade de tomarem o seu duche. Muitas vezes é a partir daqui que nos é possível conversar com eles, criar uma relação de proximidade, que, em várias situações nos permite e lhes permite a eles procurarem outro tipo de ajuda para os seus problemas.” Como é normal há momentos de altos e baixos neste público-alvo, mas em regra a integração e as mudanças de comportamentos e estilos de vida têm tido bons resultados. É com orgulho que a equipa da Casa dos Manaias vê, por exemplo, que dois dos atuais monitores da insti-


tuição são ex-utentes desta casa. “Temos casos de sucesso. Posso dizer que dois monitores atualmente desta casa são dois ex-utentes deste espaço. Um está encarregue da área da Carpintaria, que tem recebido muitas encomendas de trabalho vindas do exterior, o outro está mais dedicado à vertente da pintura, e estão integrados neste trabalho através do Programa PROSA. Também temos um jardineiro que está afeto à Câmara Municipal de Ponta Delgada, que faz hoje a sua vida de forma perfeitamente normal. É a prova sem dúvida – e costumo dizê-lo aos outros que olhem para estes exemplos -, de que é possível seguir um percurso positivo e alternativo. Naturalmente, que tenho de dizer que é um trabalho longo, feito de pequenos passos, mas não será por isso que nós vamos desistir de os apoiar, mesmo que muitos deles tenham recaídas, porque nós sabemos que é expetável que isso aconteça.” Chamados a desempenhar alguns trabalhos dentro de portas, há situações em que eles próprios acabam por descobrir que têm certas aptidões e capacidades até então desconhecidas. “Muitos deles nem sequer sabiam que eram capazes de fazer aquilo que estão aqui a conseguir fazer.

Falamos de trabalhos de pintura, carpintaria. Isso é naturalmente gratificante, pois é uma forma de os conseguirmos ajudar na descoberta deles próprios, de valorizarem o que fazem… A sociedade civil tem consciência das pessoas que integram esta Casa, apercebem-se da necessidade de darem o seu contributo e uma das formas de muitas vezes nos ajudarem é pedirem-nos que eles aqui executem alguns trabalhos. Temos tido várias encomendas de cadeirões e sofás em paletes. Houve pessoas que nos vieram pedir restauros de obras antigas até mesmo para empresas que estavam a abrir os seus espaços comerciais. Naturalmente, que o facto de haver estas solicitações, é uma forma de eles sentirem que as pessoas confiam e acreditam neles. Isto para eles é muito importante: a valorização do trabalho que eles fazem. Temos estado presentes nas festas do Senhor Santo Cristo e nas festas do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada, com uma barraquinha onde mostramos os trabalhos deles e devo dizer que estes momentos são, para eles, da máxima importância. Eles ‘vibram’ imenso nestes dias com estas participações.” Uma rede de parceiros está a trabalhar para que seja cada vez mais

real a recuperação e integração dos sem-abrigo no mercado de trabalho e na sociedade. Significará isso que um dia Ponta Delgada se poderá libertar por completo de ser uma cidade com sem-abrigo? Só o futuro o poderá dizer. O ideal seria que ninguém chegasse ou optasse por este estilo de vida. Os técnicos afetos à equipa de ação social vão monitorizando as ruas da cidade, na procura de novos casos, atentos em agir aos primeiros sinais de novos sem-abrigo. A bem da verdade, e apesar do esforço que é feito para oferecer alternativas de vida a estas pessoas, não é possível por lei obrigá-las a sair das ruas, recorda Margarida Pais. “Acho que nestes dois anos nota-se bastante diferença nas ruas de Ponta Delgada. Muitos dos que estavam na rua, hoje estão connosco todos os dias, mas é certo que há alguns que até vêm aqui algumas vezes e regressam à rua. A verdade é que também temos de aceitar as opções dessas pessoas, não os podemos obrigar, mas temos a obrigação de lhes dar alguma dignidade quando eles estão na rua. Seria ótimo se nós terminássemos com os sem-abrigo na cidade de Ponta Delgada. Não o conseguindo fazer, que ao menos consigamos dar-lhes outra dignidade!”.

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empresas

Armazém Toronto assinala 50 anos de história

É uma das lojas do comércio tradicional de Ponta Delgada com mais anos de atividade. Celebrou as bodas de ouro no passado mês de maio, uma data que fez recordar os tempos áureos de uma cidade com vida, cheia de clientes. O Armazém Toronto sobrevive no seio de uma cidade cada vez mais deserta. Natacha Alexandra Pastor

Carlos Costa

O negócio desta casa acabou por agregar toda a família. Tudo começou a 19 de maio de 1966, quando Durval Vasco Ferreira, que chegou a trabalhar com o Senhor Albino na Casa Brasil, e mais tarde foi sócio no Armazém Canadá, se decidiu a comprar a Casa Africana. A partir dessa altura, surge o Armazém Toronto, uma loja que vendia de tudo um pouco, e cuja movimentação de clientes era intensa. Basta referir que nessa data eram 12 os empregados na loja “e dias havia em que não havia capacidade para responder a tantos clientes”, refere com orgulho José Manuel Ferreira, um dos filhos de Durval Ferreira. “Vendíamos uma panóplia de artigos de que as pessoas precisavam no seu dia-a-dia. Traba-

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lhávamos muito mas ganhávamos dinheiro, dava para poupar algum. Hoje, nem pensar em ganhar dinheiro.” Dez anos mais tarde surge a oportunidade de vir a ficar com um espaço comercial no canto da rua que segue em direção ao liceu Antero de Quental. Chamava-se Casa Carreiro e foi um dos filhos que acabou por apoiar a abertura deste novo comércio, numa altura em que era dada prioridade ao trabalho e menos cuidado à formação profissional. Maria da Conceição, filha, junta-se à família nos negócios e começa a orientar o Armazém Toronto, alguns anos antes de voltar a aparecer uma boa oportunidade para a compra da antiga Eva Moda, um espaço co-


O cenário é, na opinião deste empresário, quase generalizado no restante comércio da cidade de Ponta Delgada. “Todo o comércio de Ponta Delgada está mal. Falamos muito no Turismo, mas o que é facto é que este turista está a dirigir-se para os hotéis, para os restaurantes e bares e pouco mais. É bom que ainda assim haja quem faça negócio, pois isto permite que as pessoas tenham dinheiro para gastar. Não há população para ter tantas lojas abertas! Acho que alguém devia ter a preocupação de perceber que tipo de negócio se pretende abrir. Uma ou as duas câmaras (comércio/câmara Ponta Delgada) deviam ter um estudo de mercado para perceber o que existe a mais na cidade de Ponta Delgada e aconselhar estes novos empresários sobre o excesso de serviços. Porque na verdade, e dou um exempli, quando aparece um a abrir um bar, aparecem logo mais 5 ou 10 a abrirem negócios idênticos. O que acontece é que depois não há clientes para todos e sucedem-se os encerramentos.” O futuro do negócio desta família, bastante conhecida no meio empresarial, é incerto! Os filhos dos atuais gerentes não estão vocacionados para manter a tradição, pelo que José Manuel não sabe o que vai acontecer por daqui a dez anos.

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mercial que ficava então situado entre as duas lojas já existentes, e que viria a ser orientado por mais um dos irmãos, Gilberto Ferreira, que passa a dedicar-se à venda de roupa de marca para homem e senhora. A aposta de fazer crescer as áreas de negócio, apesar dos tempos se apresentarem, já então, mais difíceis não esmoreceu e em novembro de 2003 é adquirido um armazém na zona do aeroporto de Ponta Delgada dedicado em exclusivo aos brinquedos. Convicto de que existia uma lacuna por preencher na venda de brinquedos de marca e de boa qualidade, foi José Manuel Ferreira quem acabou por ficar à frente da nova área empresarial. Durante os primeiros cinco anos revelou-se um sucesso, não só por ser um espaço inovador, mas porque à data o consumidor tinha dinheiro, uma tendência que veio a inverter-se a partir sensivelmente de 2010. “As coisas têm vindo a andar, devagar, devagarinho, e hoje damos por nós e já levamos 50 anos desta vida. Muitas alegrias se passaram, muitas dificuldades se viveram, toda a família se agarrou com unhas e dentes ao negócio. Hoje vive-se dia após dia, estamos reduzidos a sete pessoas em quatro lojas, portanto veja-se bem a diferença, só numa loja tínhamos 12 pessoas.”


reportagem

Dia da Região celebrado em Vila Franca do Campo

A evocação máxima à Autonomia dos Açores levou uma grandiosa comitiva de convidados até ao concelho de Vila Franca do Campo, para o assinalar do dia da Região. Natacha Alexandra Pastor

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No discurso dirigido aos convidados, em particular aos agraciados, o Presidente do Governo dos Açores, Vasco Cordeiro, considerou que a atribuição das Insígnias são o reconhecimento e o tributo público ao trabalho, à ação e ao contributo para a defesa, para a promoção e para o carinho dispensado aos interesses dos Açores, mas também significam um “exemplo de um Povo que, generoso, reconhece quem o reconhece, acarinha quem o acarinha e promove quem o promove”. Relativamente à participação democrática dos Açorianos, Vasco Cordeiro salientou desafios como o combate a uma abstenção persistente mas, sobretudo, a luta por uma cidadania mais participante, mais empenhada, mais esclarecida nos seus propósitos e exigente nos seus objetivos, comprometida e responsável na sua prática, que não se resuma apenas ao mero ato formal de votar ou à manifestação da opinião ou da crítica. Vasco Cordeiro lembrou, também, que é necessário encontrar novos meios de afirmação, destemidamente, a favor das ilhas açorianas. “Também no que respeita ao reforço da unidade nacional e dos laços de solidariedade entre todos os Portugueses, a nossa Autonomia deve encontrar novos meios de afirmação e de intervenção, assumindo, com orgulho e de forma destemida, a nossa singularidade…”.

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Insígnia Autonómica de Valor - António Manuel de Oliveira Guterres Insígnia Autonómica de Reconhecimento - D. António de Sousa Braga - Carlos Alberto da Costa Cordeiro - Eliseu Pereira dos Santos - Gustavo de Fraga (a título póstumo) - José Avelino Bettencourt - José Germano Rego de Sousa - Mário Jorge Rodrigues Machado (a título póstumo) - Nuno Filipe Alves Salvador e Brito - Paulo António de Freitas Valadão - Sílvio Manuel Frias Nogueira Insígnia Autonómica de Mérito Profissional - Carlos Manuel da Silva Medeiros - Duarte Manuel Pimentel (a título póstumo) - Germano Silva - João Resendes Nunes Corvelo - José Francisco Machado Silva - Manuel Inácio Nunes (a título póstumo) - Tomás Alberto Freitas Azevedo - Zilda Terra Tavares de Melo França Insígnia Autonómica de Mérito Industrial, Comercial e Agrícola - Eduardo Ribeiro - Manuel de Barcelos Silveira Bettencourt (a título póstumo) Insígnia Autonómica de Mérito Cívico - Ana Raymundo da Cunha Sieuve de Menezes da Rocha Alves (a título póstumo) - Casa dos Açores no Algarve - Casa dos Açores em Lisboa - Casa dos Açores do Norte - Clube de Atividades Gímnicas de Ponta Delgada - Filarmónica de Nossa Senhora das Neves - Futebol Clube Marítimo Velense - Futebol Clube Urzelinense - Grupo Desportivo Velense - Hélio Costa - Instituto de Apoio à Criança – Açores - Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina - João Carlos Tavares - José Mendonça de Inês - Junta Regional dos Açores do Corpo Nacional de Escutas - Luís Gil Bettencourt - Rádio Difusão Portuguesa - Antena 1 - Açores


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reportagem

Única mulher no concurso Barman do Ano é a açoriana Adília Paço Salt in Nose e Corisco Mal-amanhado. São estes os nomes escolhidos para os dois cocktails da autoria da jovem açoriana Adília Paço, que serão preparados no concurso nacional Barman do Ano. Natacha Alexandra Pastor

Direitos Reservados

Adília Paço é desde há alguns anos funcionária do Restaurante Lounge Anfiteatro, em Ponta Delgada. O ano passado participou num concurso elaborado pela Schweppes e ficou no top 10 dos finalistas. Foi a única mulher presente no mesmo, e este ano volta a estar no top 10 dos finalistas do concurso Barman do Ano. Adília Paço concorre a este prestigiado concurso português com mais 9 colegas, todos homens, pelo que sendo de novo a única mulher presente é com bastante orgulho e entusiasmo desde já que encara o desafio que se segue. A primeira fase do projeto que passou pela divulgação, junto do júri, da composição de ambos os cocktails, valeu-lhe a passagem aos primeiros 15 selecionados. Segue-se uma apresentação real dos cocktails, num evento marcado para o dia 21 de junho. Será o momento de competir com os demais colegas, e daqui saem os 10 melhores, que vão ter a oportunidade de ter uma formação orientada pela INTER| Edições do Gosto, entidade responsável pela organização deste concurso. Serão apurados os 3 profissionais que mais se destacarem e apenas um terá direito ao prémio, composto por um troféu Barman do Ano, um pin

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banhado a ouro e um conjunto de outros prémios a definir, bem como uma viagem e acesso ao evento Tales of the Cocktail, em New Orleans, Estados Unidos, um festival inteiramente dedicado ao bar e que anuncia as últimas tendências da profissão além de oferecer aos profissionais de bar um conjunto de seminários, jantares, competições e degustações. À competição portuguesa anual Barman do Ano têm vindo a candidatar-se dezenas e dezenas de barmen e barmaids profissionais, pelo que ser selecionado de entre tantos concorrentes é já uma vitória para Adília Paço. A jovem vai então levar à prova um cocktail inspirado no mar dos Açores e o outro - o Corisco Mal-amanhado, - cujo nome já despertou bastante curiosidade, terá como um dos ingredientes o ananás dos Açores. Sem revelar mais detalhes destes cocktails, Adília Paço tem estado a trabalhar incessantemente na preparação dos mesmos, a fim de garantir que no dia da prova nada falhará. Os seus chefes e colegas de trabalho são os seus críticos, é junto deles que tem recolhido impressões e até sugestões. “A ideia é minha, mas eu gosto de traba-

lhar em equipa, de modo que os meus chefes e os meus colegas, que me apoiam neste concurso, têm sido também, digamos, as minhas cobaias. Eles têm-me dado algumas sugestões, e vou modificando ou não a base dos meus cocktails também consoante o que dizem. Dou ouvidos aos cozinheiros, são para mim das pessoas que mais considero, pois o seu palato é apurado!”. O tempo para a apresentação ao júri dos 8 cocktails – 4 de cada - é o que mais preocupa Adília Paço, tudo tem de ser finalizado num espaço de 7 minutos. A técnica está apurada e Adília Paço vai confiante e disposta a dar tudo por tudo. Vencer este concurso seria importante para a sua experiência profissional, mas se ficar por esta fase do concurso já recolheu bons momentos de contato com outros profissionais da área. As deslocações a Lisboa no âmbito deste projeto levaram-na a contatar com vários barmen nacionais, uma experiência que ajuda à construção da sua carreira profissional, pese embora sendo funcionária do restaurante Lounge Anfiteatro, tem tido a oportunidade de contatar diretamente com vários chefs de cozinha no âmbito do 10 Fest Açores.


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reportagem

Concessionário Ilha Verde conquista 8º “Chairman’s Award”

É um troféu que distingue os concessionários europeus pela excelência do serviço prestado ao cliente. É o 8º troféu conquistado pela Ilha Verde, um mérito que o presidente da Ford Ibérica diz ser pouco usual acontecer repetidamente noutros concessionários. Natacha Alexandra Pastor

Carlos Costa

Após a avaliação aos padrões de serviço prestado nos concessionários da marca, desde o momento da aquisição de um veículo novo até à assistência pós-venda, um processo que leva em conta a opinião dos clientes, a Ford Motor Company atribui aos concessionários que mais se destacam nesta

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avaliação o mais importante galardão, o conceituado “Chairman’s Award”. O Concessionário Ilha Verde viu, de novo, o seu trabalho enaltecido, uma avaliação que é obtida através da realização de inquéritos de satisfação enviados regularmente aos clientes.

Para o efeito, a Ilha Verde recebeu o seu galardão, respeitante ao ano de 2015, numa cerimónia reservada que decorreu em Ponta Delgada, pelas mãos de Jesús Alonso, na qualidade de Presidente da Ford Ibéria. Este é o oitavo troféu conquistado pelo concessionário da marca em Pon-


ta Delgada, no domínio da satisfação dos clientes, sendo que no passado chegou a receber por quatro vezes consecutivas tal distinção. Perante esta conquista, o presidente da Ford Ibérica, Jesús Alonso teceu rasgados elogios a toda a família e funcionários do concessionário Ilha Verde referindo tratar-se de um caso de sucesso quando se fala na atribuição do Chairman’s Award, existindo poucos concessionários europeus a conseguir tão grande número de troféus. “Não é fácil! Na Europa não há muitos concessionários que tenham ganho este prémio tantas vezes. Isto é resultado de muito trabalho, um trabalho que não é de apenas um dia, e que envolve a família e os seus empregados, na satisfação dos seus clientes.” Jesús Alonso destaca presença da Ford no Azores Airlines Rallye Perante uma forte aposta dos pilotos na escolha do Ford Fiesta R5, a edição de 2016 do Azores Airlines Rallye foi um momento importante para a mar-

ca, ainda mais se se olhar para o pódio e notarmos que a Ford dominou o mesmo. Perante um desempenho tão assinalável, Jesús Alonso mostrou-se imensamente agradado com o destaque merecido da marca nesta edição do Azores Airlines Rallye, que decorreu em São Miguel entre os dias 2 e 4 de junho, e fez destacar que a Ford mantém uma atenção muito especial para o desporto automóvel. “É fantástico ver os pilotos do Ford Fiesta R5 a arrasar! Conseguirem estes tês primeiros lugares é meritório. É impressionante a atração que há por parte dos pilotos na nossa marca. Temos um outro acontecimento histórico, que posso aqui também falar, voltaremos à Les Mains com o Ford GT, e estou em crer que com este vamos também celebrar bastantes triunfos nos próximos tempos.” Do lado do Concessionário Ilha Verde, além do regozijo pela conquista de mais um troféu, fica o desafio de fazer sempre mais e melhor para com os seus clientes. Antero Rego recordou que esta é uma tarefa que nem sempre se afi-

A atribuição de mais um troféu ao concessionário Ilha Verde revela o sentido de compromisso no acompanhamento de todos os seus clientes, em todos os segmentos de atividade da empresa.

gura fácil, recordou por exemplo o quão difícil é por vezes apoiar o cliente na satisfação dos seus pedidos, quando a insularidade ainda representa constrangimentos. Internamente, é feito um importante trabalho na melhoria das condições a oferecer ao consumidor final, e essa tarefa faz-se encontrando aqueles que são ainda os pontos fracos, procurando combatê-los todos os dias, em equipa.

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Testemunhos do tempo

Tibério Jaime Duarte de Almeida

Um tempo entre a Salga, New Bedford e Jupiter Palm Beach County …. entre 1951 à atualidade...

José de Almeida Mello Historiador

Tibério Jaime Duarte de Almeida nasceu na Salga, no concelho de Nordeste, a 18 de outubro de 1951, filho de José Duarte de Almeida e de Eugénia de Medeiros Lino, neto paterno de António Duarte de Almeida e de Mafalda de Jesus e materno de José de Medeiros Lino e de Maria da Conceição Resendes. Foi batizado na Igreja de São José, na sua terra natal, onde também foi crismado, pelo bispo de Angra. Frequentou a escola primária da Salga, onde terminou a quarta classe, tendo emigrado para os Estados Unidos da América, em 1966, juntamente com seus pais e irmãos, mais novos, Maria Alice Lucrécia, José e Flausino e ficou na Salga sua irmã mais velha, então já casada, Luquecínia. Fixaram residência na cidade de New Bedford, na zona norte, onde viveram alguns anos. Nos primeiros dois anos o nosso biografado frequentou uma escola local, onde aprendeu a língua e a escrita inglesa. Tibério Jaime casou a 24 de Março de 1973, na igreja de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, em New Bedford, com Maria Helena Costa, que nasceu a 14 de maio de 1955, na Algarvia, no concelho de Nordeste. Filha de João de Medeiros Costa e de Maria do Carmo Costa, sendo também emigrantes naquela cidade e país, desde de 1969. O casal trabalhou por muitos anos na Calvin Clothinh, indústria ligada à confeção de vestuário e que empregava, na época, centenas de açorianos, residentes em New Bedford. Tibério Jaime esteve como operário 24 anos e Helena 20 anos, nessa altura outros membros da família também eram empregados naquela unidade fabril, até ao ano de 1991. O casal foram pais de dois filhos, nascidos ambos em New Bedford, no Hospital de São Lucas, a Susan a 10 de outubro de 1975 e o Kevin a 29 de outubro de 1980. Entre 1966 e 1991 Tibério sempre viveu em New Bedford, em primeiro lugar na 154 Nash Road e depois, a partir de 1979, em 10 Mapleton St. - Acushnet. No ano de 1991 a família Duarte de Almeida mudou-se para o Estado da Florida, onde já se encontravam outros familiares, Lucrécia e sua família. Alugaram um apartamento e mais tarde compraram casa, numa zona residencial de classe média, em Jupiter Palm Beach County.

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Tibério conseguiu um emprego no negócio da sua irmã e cunhado, Lucrécia, onde esteve um ano e meio, tendo-se mudado para uma loja de pronto a vestir, a Jacobsons, onde esteve até 2002 e desta para a TJ Max em 2008 e desta para a Saks Fifth Avenue. Os filhos estudaram e frequentaram a escola local e a universidade FAU, tendo o filho Kevin tirado o curso de Marketing e Negócios e a filha Susan, o de Ocupattion Therapist. Este é o percurso de um homem, nascido no mundo rural da ilha de São Miguel, nos Açores, que desde de cedo sentiu perto de si os campos e as suas agriculturas, bem como os ciclos culturais e religiosos tão comuns e marcantes na sociedade rural açoriana. Envolvido num sonho, juntamente com a sua família, este homem, ainda em terra idade, mudou-se para uma nova terra e num novo continente, onde tudo lhe era diferente, impondo-se perante si e junto da sua família na construção de uma vida melhor e de progresso.


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Um olhar criativo “ESTAS PÁGINAS são DEDICADAs AOS ENTUSIASTAS, QUE DE UMA FORMA APAIXONADA PARTILHAM O SEU OLHAR, POTENCIANDO A ARTE E O GOSTO PELA FOTOGRAFIA.”

Helena Menezes

Coordenação: Paulino Pavão

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Edição:


Osvaldo Janeiro

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Desporto motorizado

CAMPEONATO DE RALIS DOS AÇORES de 2016

RALI ILHA AZUL SUCESSO DE RICARDO MOURA NO FAIAL

Os participantes do Campeonato de Ralis dos Açores viajaram até ao Faial para disputar o Rali Ilha Azul. Mais uma vez, a vitória pertenceu a Ricardo Moura. Renato Carvalho

CAF

No presente ano, o Clube Automóvel do Faial comemora as bodas de prata e organiza um troféu a que atribui o nome Troféu Paulo Jorge Raposo, em homenagem a um dos fundadores do clube, já falecido. A organização esquematizou um rali composto por nove troços e esta foi a primeira prova da temporada disputada em pisos de terra. O pódio do Rali Ilha Azul ficou definido no início da manhã de sábado, com as diferenças entre os concorrentes a aumentar ao longo da prova. O campeão em título, Ricardo Moura foi o mais rápido na noite de sexta-feira. No entanto, no primeiro troço do dia seguinte teve um percalço e obteve o segundo lugar mas conservou a liderança. Depois, ganhou as restantes provas especiais e terminou o rali com uma vantagem superior a dois minutos sobre a concorrência. De regresso ao campeonato, os irmãos Rúben e Estevão Rodrigues, ao volante do habitual Mitsubishi Lancer Evo IX, alcançaram o segundo posto da classificação final. Venceram um troço e por sete vezes ficaram na segunda posição. Com estes resultados, mantiveram o patamar intermédio do pódio, desde o princípio até ao fim do rali. Também de retorno à competição es-

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teve a dupla formada por Pedro Vale e Rui Medeiros, no Subaru Impreza, que finalizaram no terceiro lugar da geral. Assumiram a sua classificação no início da manhã de sábado e conservaram até ao final. Logo a seguir na classificação ficou Rui Moniz, após vários anos afastado de participar nos ralis, voltou a colocar o capacete. Desta vez, a viatura utilizada foi um Mitsubishi Lancer Evo IX e Paulo Leal ocupou o banco do navegador. A meio do rali subiu para quinto e ascendeu ao quarto lugar no último troço. O piloto picoense José Paula acompanhado por Miguel Ribeiro, em Mitsubishi Lancer Evo IX, baixou para o quinto posto, fruto de um mau tempo na última prova especial. A posição seguinte foi para a equipa micaelense formada por Hugo Mesquita e Filipe Gouveia em Mitsubishi Lancer Evo IX. Este resultado permitiu a subida ao segundo lugar do campeonato. Na categoria reservada aos veículos de 2 Rodas Motrizes, Rafael Botelho, novamente na companhia de Nuno Rodrigues da Silva e no fiável Citroen Saxo, obteve mais uma vitória. Sem conseguir acompanhar o ritmo de Rafael Botelho, o piloto da ilha de S. Miguel, João Faria, e o copiloto Carlos Medeiros no Peugeot 206 RC conse-

guiram o oitavo lugar no último troço e por uma margem de três décimos de segundo sobre António Costa, o habitual navegador de Ricardo Moura, que participou no rali ao volante de um Citroen Saxo e foi navegado por Fernando Nunes. No entanto, Costa venceu a classe reservada aos Veículos Sem Homologação. O segundo posto dos VSH pertenceu a Marco Medeiros e José Pimentel, também num Citroen Saxo Cup, que fecharam o top ten. De salientar, as desistências das duplas: Rui Torres/Sousa Martins (Ford Fiesta Proto), de Pedro Rodrigues/João Viveiros (Mitsubishi Lancer Evo IX) e de João Borges/Sandro Laranjo (Subaru Impreza) todos por avaria mecânica. A próxima prova do campeonato: Azores Airlines Rallye, em S. Miguel.


TRCAM – TPJR 2016 VITÓRIA DUPLA DE JOÃO BORGES

O Troféu de Ralis do Canal Além Mar é uma organização conjunta do Clube Automóvel do Faial e do Pico Automóvel Clube, enquanto o Troféu Paulo Jorge Raposo é uma iniciativa do clube da cidade da Horta. As primeiras cinco provas especiais foram as escolhidas, para ordenar a classificação final de ambos os troféus. O triunfo pertenceu a João Borges que liderou do princípio ao fim e venceu três troços. Apesar de ser o mais rápido em duas classificativas, José Paula apenas conseguiu alcançar a segunda posição. O último lugar do pódio coube a Marco Medeiros e José Pimentel num Citroen Saxo Cup. CLASSIFICAÇÃO: 1º João Borges/Sandro Laranjo (Subaru Impreza), 33m24,8s; 2º José Paula/Miguel Ribeiro (Mitsubishi Lancer Evo IX), a 10,9s; 3º Marco Medeiros/José Pimentel (Citroen Saxo Cup), a 3m16,2s; 4º Tiago Mota/Carlos Miguel (Citroen Saxo), a 3m29,7s;… No Troféu de Ralis do Canal Além Mar terminaram 6 equipas e no Troféu Paulo Jorge Raposo concluíram 9 concorrentes.

CLASSIFICAÇÃO FINAL DO RALI ILHA AZUL ALÉM MAR

1º Team Além Mar/Ricardo Moura/Sancho Eiró (Ford Fiesta R5), 59m10,5s; 2º Ruben Rodrigues /Estevão Rodrigues (Mitsubishi Lancer Evo IX), a 2m41,0s; 3º Pedro Vale/Rui Medeiros (Subaru Impreza), a 3m28,0s; 4º Rui Moniz/Paulo Leal (Mitsubishi Lancer Evo IX), a 6m34,5s; 5º José Paula/ Miguel Ribeiro (Mitsubishi Lancer Evo IX), a 6m44,7s; 6º Hugo Mesquita/Filipe Gouveia (Mitsubishi Lancer Evo IX), a 7m29,3s; 7º Rafael Botelho/Nuno Rodrigues da Silva (Citroen Saxo), a 9m35,9s; 8º João Faria/Carlos Medeiros (Peugeot 206 RC), a 11m07,6s; 9º António Costa/Fernando Nunes (Citroen Saxo), a 11m07,9s; 10º Marco Medeiros/José Pimentel (Citroen Saxo Cup), a 11m35,7s; 11º Tiago Mota/Carlos Miguel (Citroen Saxo), a 12m19,2s; 12º Mário Rui/Carlos Rodrigues (Nissan Micra), a 18m20,1s; 13º António Ortins/José Borba (Toyota Yaris), a 20m40,7s; 14º João Correia/Flávio Mota (Peugeot 106 XSi), a 22m35,0s.

Pontos Totais

Rali Ilha do Pico 21/22 Outubro

Rali Ilha Lilás 23/24 Setembro

Rali Santa Maria 12/13 Agosto

Azores Airlines Rallye 02/04 Junho Rali Lotus 15/16 Julho

Rali Ilha Azul 06/07 Maio

Rali Sical 01/02 Abril

Concorrente

Posição

CLASSIFICAÇÃO DO CAMPEONATO RALIS DOS AÇORES - ABSOLUTO

1º Ricardo Moura 25+4 25+4 2º Hugo Mesquita 17 10

58 27

3º Rafael Botelho

14

8

22

4º Ruben Rodrigues

--

20+0,5

20,5

Tiago Azevedo

20

--

20

João Faria

12

6

18

Pedro Vale

--

17

--8

14 12 4

17 14 12 12

8º Rui Moniz 9º José Paula 10º Marco Medeiros

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consultório jurídico

Carlos Melo Bento advogado

Considerando que suscita ainda dúvidas: os direitos e obrigações decorrentes da união de facto são idênticos aos do casamento? Por exemplo, pode-se pedir a pensão de viuvez por morte da pessoa com quem se vivia em união de facto?

Os direitos da União de Facto ainda não são iguais aos do casamento em várias áreas mas há já algum tempo que o direito à pensão por morte do companheiro está consagrado na lei. Esse direito depende do cumprimento das seguintes condições: a- Ter nacionalidade portuguesa ou estar em condições de igualdade de tratamento com os cidadãos portugueses; b- Residam em território português; c- Não tenha direito a qualquer pensão por direito próprio e preencha a condição de recursos da pensão social - rendimentos mensais ilíquidos iguais ou inferiores a 167,69 € (corresponde a 40% do valor do indexante dos apoios sociais – IAS que é de 419,22 €.)

Todavia pode acumular essa pensão com: 1ao 234-

Pensão social de velhice e pensão social de invalidez, desde que o montante não seja superior valor mínimo da pensão do regime geral; Complemento por dependência; Rendimento social de inserção; Complemento solidário para idosos.

Falemos de estágios profissionais. Até que máximo de tempo pode um trabalhador estar sob o efeito de estágio, numa empresa, e sem que seja remunerado por esta? Esta matéria está regulada por legislação especial com que não estou habituado a trabalhar. Trata-se, entre outros, do Decreto-Lei 66 de 1 de junho de 2011. Não me parece que possa haver qualquer tipo de trabalho não remunerado. Todavia, não sou o jurista mais indicado a responder a esta questão que deverá ser colocada a um especialista neste tipo de trabalho.

PróximaS Edições

Tem alguma questão jurídica que gostaria de ver respondida?

Envie-nos por email: redacaodacriativa@gmail.com

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saú d e Presbiopia Saúde

Mais conhecida como vista cansada, não é propriamente um problema de refração nem um defeito de visão. É simplesmente devido a uma evolução natural e progressiva perda da capacidade de acomodação, que se traduz na dificuldade de ver ao perto. Com o avançar da idade o cristalino (estrutura que funciona como uma lente que faz o “zoom” das imagens) vai perdendo elasticidade (capacidade de modificar a potência dióptrica), dificultando a capacidade de ver instantaneamente bem, a várias distâncias.

Artigo elaborado com suporte em: INSTITUTOPTICO - www.institutoptico.pt

Siga as recomendações do seu especialista de visão!

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Geralmente esta dificuldade de visão ocorre a partir dos 40 anos. Existem várias opções para compensar a presbiopia, desde óculos só para ver ao perto, óculos progressivos (apresentam toda a progressão de graduações desde o longe até ao perto, permitindo ver nítido em todas as distâncias), óculos regressivos (apresentam a regressão de graduações desde o perto até meia-distância), óculos bifocais (apresentam apenas duas graduações, a de longe e a de perto) e ainda lentes de contato multifocais.


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sAÚDE

Hipnose – Uma alternativa terapêutica

Life Coach – Terapeuta Holístico – Altino Pinheiro

A hipnose clínica ou hipnoterapia é uma intervenção psicoterapêutica num estado modificado de consciência em que pessoa está completamente relaxada, deixando de parte o seu lado crítico e analítico. É neste estado de tranquilidade física e mental que a consciência fica mais serena, aberta a receber as sugestões dadas pelo terapeuta, permitindo a resolução de diversos problemas. Ao confiar no processo hipnótico, a pessoa não tem que estar à defesa. Permite-se re-

laxar e, ao sentir-se segura, vai guardar as sugestões no seu subconsciente para serem utilizadas em estado consciente. Sob hipnose sentimos uma calma imensa, a vibração cerebral desce e são libertados neuro-hormônios de bem-estar para todo o corpo, ganhamos uma visão nova e mais clara sobre os problemas das nossas vidas. Com a hipnose podemos experimentar um estado de intimidade incrível, entramos em contacto com o que verdadeiramente somos e sentimos. Para quem sente que esta terapia pode ajudar-lhe, não hesite, vai ver que é um método simples e eficaz, com resultados surpreendentes. A hipnose pode atuar na dessensibilização de traumas, ataques de pânico, fobias, hábitos comportamentais, no alívio da dor, depressão, parto assistido sem anestesia, etc… Em quadros clínicos

onde a psicoterapia convencional não obtém os resultados pretendidos, a hipnose pode intervir de forma precisa. Uma consulta dura cerca de duas horas e apenas com uma sessão podem ser ultrapassados questões que não foram resolvidas em outras áreas de intervenção. A hipnoterapia não necessita de preparações prévias e tem pouquíssimas contra indicações. Se desejar uma consulta de hipnose clinica, o Centro Astutos é pioneiro nos Açores nesta área, com profissionais devidamente qualificados. Um hipnoterapeuta experiente é aquele que observa atentamente o seu problema com a intenção de o solucionar, aliando a experiência da sua vida ao conhecimento. É um Ser humano ajudando outro Ser humano, através duma técnica natural e ancestral.

saúde

Mega inquérito de saúde alimentar vai traçar hábitos da população O primeiro Inquérito Alimentar Nacional (IAN) foi realizado em 1980, pelo Centro de Estudos de Nutrição do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), com a colaboração do então Ministério da Agricultura e Pescas. O Inquérito Alimentar Nacional e de Atividade Física (IAN-AF) renasce agora através de um consórcio que envolve investigadores nacionais e internacionais, sendo seu promotor a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. No terreno estão dezenas de nutricionistas que estão a entrevistar a população eleita. Foram selecionados inúmeros cidadãos com residência em Portugal, sendo a

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população estudada composta por elementos de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 3 meses e os 84 anos de idade, sendo que a população inquirida com mais de 64 anos de idade será, adicionalmente, avaliada em articulação com o projeto PEN-3S, um projeto de investigação que visa avaliar o estado nutricional dos idosos portugueses. É objeto deste mega estudo perceber quais os alimentos, nutrientes, suplementos alimentares/nutricionais e outros comportamentos alimentares de risco da população em Portugal; avaliar os níveis de atividade física, e a sua re-

gularidade bem como caracterizar as dimensões alimentares, de atividade física e antropométricas por região, condição socioeconómica dos inquiridos. Os indivíduos selecionados de modo aleatório foram pesquisados de acordo com a sua inscrição nas unidades funcionais de Saúde de cada região. No caso dos Açores houve todavia a necessidade de incluir uma questão extraordinária, relacionada com o tipo de sal utilizado pela população na sua alimentação, nomeadamente o uso ou não de sal iodado, considerando que na região há um défice de iodo associado a uma grande parte da população.


O “burrito” é originário da cidade de Juarez, Chihuahua, no México e surgiu durante a revolução mexicana quando um senhor pelo nome de Juan Mendez vendia comida. Para manter a comida quente ele enrolava-a numas tortilhas de farinha de trigo muito grandes e transportava-as em dois burros. Assim ficou conhecido como o senhor dos burrito, e daí foi criado o burrito e não existe mais saborosos dos que de Chihuahua.

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Burrito Molhado: Tortilha de trigo recheada com arroz, feijão, vaca ou frango. Guarnecida com molho especial da casa, queijo e natas frescas. Chimchanga: Tortilha de trigo recheada com arroz, feijão, vaca ou frango e depois frita. Acompanhada com salada mexicana.

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Burrito

Burrito tradicional: Tortilha de trigo recheada com arroz, feijão, vaca ou frango. Acompanhado com salada mexicana e doritos.


De “Santa Clara” a Clube Desportivo Santa Clara: um longo advento

Antecipando a década do centenário.

1922 (Eis que nasce o primeiro “Santa Clara” oficial, o Santa Clara Foot-ball Club ou “Santa Clara Velho”)

João Pacheco de Melo Embalado pelo enorme sucesso que fora, no ano anterior (1921), transformar o Ginásio Club Michaelense em Instituto de Educação Física, este organismo logo no início de 1922 foi nuclear para a divulgação e organização do futebol em São Miguel. Desde logo com as suas duas principais equipas (os Vermelhos e os Pretos) multiplicando-se em jogos, mas, também, e porque tinha dirigentes muito bem colocados em diversos sectores da sociedade, ao conseguir realizar importantes melhoramentos no Campo Açores, deixando-o em condições de ser

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o palco de mais uma das suas importantes iniciativas: organizar o primeiro intercâmbio futebolístico entre ilhas, trazendo a São Miguel (em Maio) uma selecção terceirense, visita retribuída mais tarde (em Junho) com uma ida à Terceira de um misto do Instituto de Educação Física. Toda esta dinâmica torna evidente a necessidade de organizar numa associação de clubes o futebol micaelense. A Federação Operária de Ponta Delgada adere à ideia criando o Operário Sport Club e até a União Sportiva dos Empregados do Comércio, em Assembleia-geral convocada para o efeito (Agosto de 1922), alterou a sua denominação para Club União Sportiva. José Joaquim de Sousa, que em Maio ainda integrara (até como atleta) o Instituto de Educação Física, depois de nos meses seguintes ajudar na reestrutu-

ração do Club União Sportiva, dado o seu conhecimento do “fenómeno Campeonatos de Santa Clara”, regressou às origens (a Santa Clara e à ideia de por lá criar um clube de futebol) e, fazendo “a ponte” entre “Antoninho Carreiro” e João Travassos, convence-os a, com base nas suas equipas, constituir o quarto e derradeiro clube que irá constituir e integrar a necessária associação de clubes de futebol. Assim, e após três ou quatro semanas de “instrução” no Campo Açores, logo nos primeiros dias de Outubro, o Santa Clara Foot-ball Club – o primeiro Santa Clara federado ou “Santa Clara Velho” como também foi chamado – fazia a sua, vitoriosa, apresentação pública. No próximo número abordaremos o ano de 1923 e o primeiro troféu ganho por um Santa Clara.

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1 – O “misto” do Instituto de Educação Física e a “Selecção da Terceira” (equipada de branco), no Campo Açores em Maio de 1922, antes do 1º jogo disputado entre estes dois conjuntos. O então Alferes José Joaquim de Sousa é o atleta assinalado (com um circulo vermelho) entre os que se vêem em primeiro plano; 2 – João Travassos, Joaquim de Sousa (a foto não é da mesma época das outras duas deste conjunto) e “Antoninho” Carreiro, o trio que esteve na origem do primeiro Santa Clara federado, o Santa Clara Foot-ball Club; 3 – O Santa Clara Foot-ball Club, no dia da sua estreia vitoriosa frente ao Sport Club Terror (“Santa Clara” 4 – “Terror” 0): 08 de Outubro de 1922; 4 – Recorte do DA de 09 de Outubro de 1922 com a crónica do jogo de estreia do primeiro Santa Clara federado, o Santa Clara Foot-ball Club.

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cabelo em foco

NOVIDADES

MADEIXAS E ombré Hair

Tendências que mais conquistaram as mulheres, quer as que têm cabelos claros como também as mulheres de cabelos escuros. O que se altera é a tonalidade pretendida e adequada. Uma tendência que veio para ficar, que ilumina o rosto da mulher, destacando a beleza da mesma. Quem deseja investir nessa tendência tem uma panóplia de escolhas, pois existem vários efeitos possíveis de concretizar. O seu profissional vai indicar-lhe o efeito mais adequado ao seu cabelo e ao seu rosto e tom de pele. RUIVOS Um tom muito procurado mas que tem em conta tonalidades naturais e inspiradas no que algumas celebridades usam. É um tom que tem de ser muito bem trabalhado por um profissional.

CASTANHO NATURAL Também está muito em voga e é ótimo para quem não quer depender de uma manutenção periódica. O seu cabelo fica natural, hidratado e bonito, claro que atendendo aos cuidados e tratamentos que deve dar aos fios de cabelo. As cores de cabelo passaram por mudanças nos últimos tempos e estão cada vez mais interessantes. Renovam o visual da mulher tendo em conta o visagismo. É sempre bom acompanhar as tendências para que possamos tirar partido do visual que mais nos favorece e combinar com o novo estilo.

TENDÊNCIAS As novidades mostram como pode inovar tendo em conta o seu gosto. Para este ano, a Mods investiu em cores mais claras. As madeixas/nuances continuam a ser usadas. Uma inovação que conquistou a preferência feminina, mantendo-se como uma opção em alta.

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eventos Jantar degustação no Paladares da Quinta Carlos Costa Com uma lotação esgotada, o restaurante Paladares da Quinta, do empresário Ferdinando Silva, concretizou um jantar degustação de Tapas & Drinks, tendo-se combinado as famosas Tapas com produtos açorianos, acompanhando-as de várias bebidas: vinhos, cervejas, gin’s, caipirinhas. O jantar contou ainda com uma demonstração de bartender.

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1ª Gala Equestre de São Miguel Carlos Costa Teve lugar no passado dia 15 de maio a 1ª Gala Equestre de SãoMiguel. O evento teve como palco o magnífico pavilhão da Associação Agrícola de S. Miguel, e participaram no mesmo cerca de 400 pessoas. O programa dessa noite incluiu apresentação de volteio; bailarinos e garrocha; apresentação de alunas em escola; apresentação de obstáculos; kur de dressage; momento musical; entre outros momentos.

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IV Gala do CAFBPD no Coliseu Micaelense João Marrucho Atletas, treinadores, corpos dirigentes, família e amigos juntaram-se no Coliseu Micaelense para mais uma gala do Clube de Atividades Física dos Bombeiros de Ponta Delgada, altura para a distinção de vários atletas em nome individual, coletivo e parceiros institucionais.

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Comemorações do Dia Mundial da Criança Miguel Machado Nas atividades deste dia, que decorreram no Parque Urbano, participaram 2.400 crianças, acompanhadas por professores, educadores e auxiliares de várias escolas, jardins-de-infância e outras instituições do concelho.

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Ricardo Moura vence Azores Airlines Rallye Orlando Medeiros Com um pódio multicultural, o primeiro lugar da 51ª edição do Azores Airlines Rallye foi conquistado pelo açoriano Ricardo Moura, o que levou ao rubro largas centenas de fãs que se deslocaram às Portas da Cidade para celebrar esta vitória. Alexey Lukyanuk conquistou o segundo lugar, enquanto Katejan Katejanowicz ocupou a terceira posição.

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Orquestras de Sopros e Coros do Conservatório

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Noites da Juventude

sáb

Tentorium Portas do Mar

Rotunda dos Frades – Vila Franca do Campo

Festas de Santo António – Lagoa

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25

II edição Priolo Cup

ter

Noite de Fados

qua

Complexo Municipal do Nordeste

Rotunda dos Frades

28 29

Marchas de São João – Vila Franca do Campo

Espetáculo de dança SHREK Coliseu Micaelense

Stand Up Comedy com Nilton Teatro Micaelense

Desfile Marchas de São Pedro – Ribeira Grande

Desfile das Cavalhadas de São Pedro – Ribeira Grande

junho

ESTATUTO EDITORIAL CRIATIVA Magazine - A Criativa Magazine é uma revista mensal de informação geral que oferece, quer através de textos quer de imagens, a mais ampla cobertura de assuntos, em todos os domínios de interesse, de maior relevância que ocorram no mercado açoriano, com especial enfoque no mercado da ilha de São Miguel. - A Criativa Magazine é independente de qualquer poder político e económico. - A Criativa Magazine pauta a sua ação em total cumprimento das normas éticas e deontológicas do Jornalismo português. - A Criativa Magazine defende o pluralismo de opinião, respeita as crenças, ideologias políticas e religiosas, diferenças sociais e culturais, sem prejuízo de poder assumir as suas próprias posições. - A Criativa Magazine identifica-se, como tal, com os valores da Democracia. - A Criativa Magazine quer contribuir para o desenvolvimento de cidadãos ativos e conscientes, bem como assim para o desenvolvimento da sociedade na qual se insere.

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Agenda sujeita a eventuais alterações.

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junho

horóscopo Astrólogo Luís Moniz (Rikinho)

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Carneiro 21/03 a 20/04

Balança 23/09 a 22/10 A vida afetiva confere boas evoluções sentimentais e conseguirá colocar as situações no sentido que mais lhe agrada, sem contestações. A nível profissional encontrará apoios preciosos e dará passos muito importantes num processo de recuperação económica.

touro 21/04 a 20/05 A vida afetiva apresenta algumas alterações nos relacionamentos, entretanto, estas mudanças são benéficas para o futuro. A nível profissional não adie mudanças que têm que ser feitas, ainda, assuma posições firmes e não ceda a tentações.

Escorpião 23/10 a 21/11 A vida afetiva aponta fases de alguma irritação e decisões adiadas, contudo, sem medo, mude utilizando a sua força de forma positiva. A nível profissional podem surgir novos projetos que merecem ser avaliados racionalmente e de forma realista.

gêmeos 21/05 a 20/06 A vida afetiva indica que deve evitar manter à força uma relação que não lhe traz satisfação, seja forte, coerente e não perca tempo. A nível profissional tem esquecimentos que podem complicar o desempenho das suas atividades; concentre-se.

sagitário 22/11 a 21/12 A vida afetiva reflete inquietação e impulsividade, podendo ter comportamentos incompatíveis com os seus sentimentos. A nível profissional seja compreensível, não imponha os seus pontos de vista aos envolventes e evite certas atitudes autoritárias.

A vida afetiva proporciona a energia ideal para recomeçar uma nova etapa e os casais em fase de desgaste ultrapassarão os obstáculos. A nível profissional assuma as responsabilidades, aliás, a evolução na carreira depende do aperfeiçoamento das suas aptidões.

Caranguejo 21/06 a 22/07 A vida afetiva marca o momento certo para passar da palavra à ação e trilhar um novo rumo para a sua associação amorosa. A nível profissional mostre que tem capacidade para assumir novas funções e aproveite os recursos para realizar os seus sonhos.

capricórnio 22/12 a 19/01 A vida afetiva promove mudanças agradáveis, desde que conduza os relacionamentos com confiança e recíproca sensibilidade. A nível profissional, embora exista alguma desmotivação, com criatividade e solidariedade, vai conseguir realizar os seus planos.

leão 23/07 a 22/08

aquário 20/01 a 18/02

virgem 23/08 a 22/09 A vida afetiva favorece as mudanças bem estruturadas e as uniões amorosas “espiritualizadas” pela mútua compreensão. A nível profissional tem a possibilidade de atingir os seus objetivos, devendo atuar com toda a rapidez e sentido de oportunidade.

peixes 19/02 a 20/03 A vida afetiva revela acontecimentos importantes que serão decisivos para formular juízos e escolher (conscientemente) caminhos. A nível profissional terá de se esforçar para contornar alguns problemas que vão surgir e procure ser uma pessoa atualizada.

A vida afetiva anuncia uma grande reviravolta e, de repente, as vivências sentimentais ganham novos surpreendentes contornos. A nível profissional a conjuntura favorece as carreiras alicerçadas no conhecimento e na capacidade de diversificação.

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A vida afetiva mostra que presentemente podem desaparecer alguns fatores incómodos, persistentes no âmbito familiar. A nível profissional mantenha o controlo pessoal e expanda toda a originalidade, fundamental para as atividades quotidianas.




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