Criativa Magazine - junho 2020

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Periodicidade: Mensal • Distribuição Gratuita • Ano VI Nº 68 junho 2020

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época balnear 2020

Novas regras são para cumprir



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Crónica Era um original, se faz favor!

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consultório da saúde Com João Bicudo Melo

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Opinião josé andrade livros da minha estante

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Olhar criativo TEMA: “Retrato a preto & branco”

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Saúde ótica com: INSTITUTOPTICO

reportagem menus com tecnologia qr code com elevada taxa de procura

reportagem ‘Coronavirus Safest Destination’ para os Açores

entrevista Uma viagem a dois pela Aconcágua

Saúde Auditiva Com: Audição Portugal

CAMPEONATO DOS AÇORES DE RALIS

Propriedade:

Rua do Espírito Santo, 77 - r/c Esq. 9500-465 Ponta Delgada NIF: 513 281 070 Email: criativa.azores@gmail.com

962 370 110

Nº Registo: 126655 Depósito Legal: 390939/15

reportagem Soluções no combate ao calor com películas de alta qualidade

Diretora: Natacha Alexandra Pastor Editor: Carlos Costa Direção Comercial: Eduardo Andrade Sede da Redação/Editor: Rua Espírito Santo, nº 77 R/chão Esqº 9500-465 Ponta Delgada Sócio-gerente com mais de 5% do Capital: Carlos Costa Periodicidade: Mensal Tiragem: 5.000 exemplares Impressão: Coingra - Companhia Gráfica dos Açores Parque Industrial da Ribeira Grande - Lote 33 - 9600-499 Ribeira Grande

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Grande entrevista consultório jurídico Com Carlos Melo Bento

RUBRICAS

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reportagem Violência Doméstica Pedidos de ajuda diminuíram

Design Gráfico e paginação: Melissa Canhoto Fotografia: António Bettencourt, Carlos Costa e Pedro Couto Colaboradores: Carlos Melo Bento, Luís Moniz, João Bicudo Melo, José Andrade, José F. Andrade, Paulino Pavão/AFAA e Renato Carvalho. O uso e reprodução parcial ou total de qualquer conteúdo existente nesta revista é expressamente proibido. Os anúncios existentes nesta revista são da inteira responsabilidade dos anunciantes.

ESTATUTO EDITORIAL - CRIATIVA Magazine A Criativa Magazine é uma revista mensal de informação geral que oferece, quer através de textos quer de imagens, a mais ampla cobertura de assuntos, em todos os domínios de interesse, de maior relevância que ocorram no mercado açoriano, com especial enfoque no mercado da ilha de São Miguel; A Criativa Magazine é independente de qualquer poder político e económico; A Criativa Magazine pauta a sua ação em total cumprimento das normas éticas e deontológicas do Jornalismo português; A Criativa Magazine defende o pluralismo de opinião, respeita as crenças, ideologias políticas e religiosas, diferenças sociais e culturais, sem prejuízo de poder assumir as suas próprias posições; A Criativa Magazine identifica-se, como tal, com os valores da Democracia; A Criativa Magazine quer contribuir para o desenvolvimento de cidadãos ativos e conscientes, bem como assim para o desenvolvimento da sociedade na qual se insere.


grande entrevista

novas regras são para cumprir

É um ano atípico em todo o lado. Para quem vai frequentar praias ou piscinas há novas regras. O distanciamento social é para cumprir, quer na zona de descanso quer na água. A ANSA refere ainda que vai haver maior segurança no salvamento de pessoas, e por isso mesmo apela a um sentido de responsabilidade a todos os banhistas.

Natacha Alexandra Pastor Criativa Magazine - A época balnear nos Açores arrancou maioritariamente a partir de 15 junho. A ANSA recebeu as instruções das autoridades regionais com o sentido de reconhecer as recomendações e obrigatoriedades que são impostas para este verão? Roberto Sá (ANSA – Associação de Nadadores Salvadores dos Açores) - Sim, estivemos sempre atentos a todas informações que saíram por parte do Governo dos Açores e das Autoridades Regionais de Saúde, inclusive às recomendações para os Nadadores Salvadores (NS) que foram anunciadas pelo Instituto de Socorros a Náufragos (ISN), entidade que regula a nossa formação. Assim que saíram todas as regras para as nossas zonas balneares, a ANSA começou imediatamente a trabalhar internamente para se adaptar a essa nova realidade e para conseguir sensibilizar os seus NS para a mesma. Antecipando que devem ser recomendadas algumas boas práticas para banhistas, têm procurado acompanhar o que está a acontecer no resto do país? Ou aguardaram apenas e só pelas comunicações oficiais regionais?

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DR ANSA / Carlos Costa Como cidadãos portugueses e dirigentes da ANSA tivemos a preocupação de acompanhar todo o desenvolvimento da Covid-19 em Portugal, como já é sabido as regras para as praias da nossa região são muito semelhantes às nacionais, sofreram apenas pequenas alterações porque as nossas zonas balneares têm caraterísticas diferentes das do continente, daí essa necessidade. No que toca às recomendações diretas para os NS, o ISN como entidade reguladora da nossa formação, já anunciou quais os procedimentos que teremos que ter, e serão essas as diretrizes que iremos seguir e pedir aos nossos NS para cumprir. A ANSA tem recebido alguma(s) instrução(ões) por parte da federação portuguesa? Que apontamentos têm sido transmitidos? O que é que à partida será obrigatório/recomendado e não autorizado? É previsível o esforço dos conhecimentos ou de novas práticas em função dos efeitos da Covid-19? Quem vai estar encarregue de prestar este novo conhecimento? A ANSA é associada da FEPONS, as recomendações anunciadas pela Federação foram as ideias que as Associações


Nas zonas balneares que vamos gerir com a nossa equipe de 85 NS, podemos confirmar que iremos reforçá-las com mais NS nas praias que habitualmente têm maior fluxo de banhistas e maior areal.” afetas deram em conjunto. De uma forma simples, podemos dizer que, na nossa ação no socorro em terra e nos salvamentos no mar, vamos ter que obedecer a alguma regras para nos proteger e protegermos as vítimas do novo Coronavírus, teremos que ter uma

abordagem segura perante as situações que surgem para evitarmos possíveis contágios da Covid-19. Esperava que, em função dos diferentes – até ao momento – desenvolvimentos/efeitos que a Covid-19 teve nos Açores por comparação com o país, algumas das medidas aplicadas nas ilhas fossem mais suaves? Na nossa opinião as medidas foram muito semelhantes, a única diferença é que nos sentimos mais seguros porque não temos casos positivos do novo Coronavírus (até ao momento). Já saíram, por exemplo, recomendações para os nadadores-salvadores usarem insufladores manuais na reanimação de vítimas por afogamento nas praias, evitando a respiração boca a boca. Para quem está menos familiarizado, esta prática já não está recomendada há algum tempo, correto? Sempre pudemos utilizar insufladores manuais na reanimação de vítimas, temos formação nesse sentido, essa prática é agora altamente sugerida para que os NS não façam insuflações diretamente na vitima com a boca e máscara, permitindo assim não expirar e inspirar ar entre o NS e a

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vítima, evitando assim um possível contágio do novo Coronavírus. Para enquadramento, quantos nadadores prestam, este ano, serviço pela ANSA? Prevê algum reforço de novos nadadores em face de potenciais novas regras/cuidados? Se isso vier a suceder, como está a ANSA a pensar atuar? Para alguma ilha mais em particular? A ANSA participa na formação de novos NS para toda a região, em conjunto com o Governo dos Açores, FEPONS, AMN e Municípios locais, no entanto durante a época balnear presta assistência a banhistas em alguns concelhos de São Miguel e Santa Maria, a gestão nas outras ilhas é feita por entidades locais. É importante referirmos que esse ano não tivemos curso de NS nos Açores, não

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conseguimos reunir as condições de segurança para os formandos devido à Pandemia. Nas zonas balneares que vamos gerir com a nossa equipe de 85 NS, podemos confirmar que iremos reforçá-las com mais NS nas praias que habitualmente têm maior fluxo de banhistas e maior areal, essa medida foi tomada para incentivar as pessoas a estenderem-se no areal de forma a que cumpram um distanciamento social no mínimo de 1.50 mt entre pessoas, conforme foi recomendado pela Direção Regional dos Assuntos do Mar, na Circular informativa nº1 /2020. Queremos aproveitar a oportunidade para desejar uma boa época balnear a todos, e pedimos a todos os banhistas que cumprem todas regras de segurança já existentes e as novas recomendadas sobre a Covid-19, só dessa forma nos poderemos manter seguros.


Nos Açores, em 2020, estão legalmente identificadas 75 águas balneares. As regras este ano ditam que, como medida de distanciamento físico, no usufruto das zonas balneares, os utentes devem manter entre si a distância física de segurança mínima de 1,5 metros, exceto entre pessoas que integrem o mesmo grupo. O distanciamento físico deve ser mantido sempre que haja circulação de pessoas pela zona balnear, incluindo no espelho de água. Propõem-se que sejam definidos corredores de circulação, de acordo com a área disponível e com as condições de cada zona balnear, nos acessos à zona balnear e aos balneários/ sanitários. Em qualquer zona balnear, os chapéus-de-sol devem estar afastados, no mínimo, 3 metros dos chapéus-de-sol de

outros utentes, garantindo que se mantém a distância de 1,5 metros entre banhistas que não estejam no mesmo grupo. Nas zonas definidas para o uso balnear, não serão permitidas as atividades de natureza desportiva ou outras que impliquem o contacto ou a proximidade entre duas ou mais pessoas. As entidades gestoras não devem montar equipamentos ou definir espaços que promovam a realização das atividades acima mencionadas. São permitidas as aulas promovidas por escolas ou instrutores de surf e de desportos similares desde que respeitado o número máximo de 5 participantes por instrutor, devendo garantir-se o distanciamento físico de segurança recomendado de 1,5 metros entre cada participante, tanto em terra como no mar.

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reportagem

Desconfinamento: receios em comer fora, ir ao ginásio e usar transportes

Em período de desconfinamento há ainda muito receio em retomar algumas atividades de grupo ou partilhar alguns espaços coletivos. Natacha Alexandra Pastor Um estudo conjunto da Multidados – The Research Agency e da Guess What analisou a preocupação dos portugueses face a frequentarem restaurantes; ginásios e andar de tranportes públicos. A recolha de dados, que abrangeu as regiões autónomas dos Açores e da Madeira, validou mil respostas entre os dias 20 e 23 de maio. Entre as conclusões obtidas, destaque para o receio ao voltar a atividades normais antes da pandemia. Numa escala de 0 (pouco receio) a 10 (muito receio), os portugueses atribuem um valor de 7 à ida a bares e discotecas e 6 à ida a restaurantes e bares. Em termos temporais, a intenção da maioria dos portugueses é de regressar a restaurantes e cafés apenas daqui a um mês. Antes, metade dos portugueses almoçava ou jantava em restaurantes pelo menos uma vez por semana e cerca de 60% frequentava cafés mais de uma vez por semana. A frequência em bares e discotecas era também grande, sobretudo ao fim-de-semana, quando 32% dos portugueses frequentavam esses espaços. Mais de 60% dos inquiridos frequentava o ginásio mais de uma vez por semana, mas, nesta fase, o receio de regressar é

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grande (8 em 10). Os que admitem regressar referem que vão frequentar estes espaços menos vezes do que antes, apontando o retorno para daqui a dois meses. 90% dos portugueses que utilizam ginásios garantem que vão ter maior cuidado na seleção do seu ginásio. 26% dos portugueses utilizavam o automóvel para as suas deslocações, número que deve estar prestes a subir, uma vez que o uso de autocarro, metro ou comboio causa receio e a intenção de um uso menor. A maioria dos inquiridos admite só voltar a usar um transporte público daqui a mais de dois meses. Nos últimos 12 meses, 49% dos portugueses arrendaram casa de férias em Portugal uma vez e 48% entre duas e três vezes. Para 2020, a intenção de mais de 80% era de arrendar novamente casa, sendo que, daqueles que tinham formalizado essa intenção, 60% cancelaram a sua reserva. O estudo analisou ainda a vontade de dimunuir o número de pessoas por cada atividade social, com 60% dos inquiridos a admitir que vai diminuir o número de pessoas reunidas em convívio.


reportagem

Vacinação infantil governo emitiu recomendação para não adiar Desde o passado dia 2 de maio que o Governo dos Açores emitiu uma nova orientação para que todas as pessoas com o esquema vacinal do PRV em atraso fossem convocadas, com a maior brevidade possível. Já em março tinha saído uma recomendação para que as mesmas não fossem adiadas, apesar de se ter estabelecido prioridades.

Natacha Alexandra Pastor A tutela da saúde não avança, por ora, com uma resposta concreta que confirme ou não que as famílias açorianas optaram por não vacinar os seus filhos em plena época de pandemia. Os dados dos três últimos meses (março, abril e maio) demonstram uma diminuição do número de vacinas aplicadas, quando comparadas com os mesmos meses de 2019, mas tais indicadores podem também ter que ver com um menor número de crianças em idade de vacinação obrigatória. Em 2019, foram aplicadas 14.675 vacinas entre março e maio, este ano, no mesmo período, foram aplicadas 11.650. Em resposta à Criativa, a Secretaria da Saúde aponta que a avaliação ao plano de vacinação é anual. Antecipando algum constrangimento por parte das famílias, a tutela recorda que “a Direção Regional da Saúde emitiu orientações, em 18 de março, para que a toma de vacinas, no âmbito do Programa Regional de Vacinação (PRV), não fosse adiada e estabelecendo prioridades. A 2 de maio terminaram as medidas excecionais relativas ao cumprimento do PRV. Foram emitidas orientações para que todas as pessoas com o esquema vacinal do PRV em atraso fossem convocadas, com a maior brevidade

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possível, bem como para a implementação de medidas de segurança, tais como a separação da sala de espera da vacinação em relação à sala de espera para doentes, a retirada de brinquedos e material didático da sala de espera, entre outras. Assim, é prematuro indicar que houve uma quebra na vacinação, uma vez que vivemos circunstâncias extraordinárias. O que interessa é, com a retoma da atividade, recuperar possíveis atrasos na vacinação das crianças, para chegarmos ao fim do ano com resultados iguais ou ainda melhores do que em 2019, ano em que o Programa Regional de Vacinação superou todas as metas, tendo ultrapassado o objetivo de 95% no esquema recomendado até aos 14 anos.” Para este ano de 2020, o Governo dos Açores introduziu um novo esquema vacinal, que contempla o alargamento da vacinação contra a doença invasiva meningocócica do grupo B (vacina MenB) a todas as crianças, aos 2, 4 e 12 meses, bem como o alargamento da vacinação contra infeções por vírus do papiloma humano (HPV) ao sexo masculino, aos 10 anos. O Programa Regional de Vacinação passa a incluir igualmente a vacina contra Rotavírus para grupos de risco.

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reportagem

Violência Doméstica Pedidos de ajuda diminuíram No panorama nacional, a Polícia de Segurança Pública deu nota de um decréscimo no número de participações por violência doméstica, uma tendência registada em abril e durante os primeiros dias de maio, com uma diminuição de queixas a rondar os 30% das participações. Natacha Alexandra Pastor Atenta ao fenómeno da violência doméstia e preocupada com o menor número de casos reportados, a PSP iniciou em abril uma campanha de informação e reforço da divulgação da ferramenta de pedido de auxílio e desenvolveu inúmeros contactos pessoais com as vítimas de violência doméstica, para “apurar da estabilidade da vivência familiar”. O silêncio das vítimas fez com que fossem lançadas algumas campanhas e várias chamadas de atenção para a necessidade de as mesmas pedirem ajuda numa fase mais complicada da vida de todos. O gabinete de Ponta Delgada da APAV notou uma alteração no comportamento das vítimas, particularmente, em abril, depois de no mês de março ter registado uma diminução nos pedidos de ajuda. Sílvia Branco, em nome do gabinete de Ponta Delgada, aponta o cenário de confinamento como possível motivo para o desencadeamento de posturas mais agressivas, em relações que já não eram saudáveis, em que o potencial de convivência prolongada, derrapou para situações mais complexas.

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“De uma forma muito resumida, aquilo que constatamos no Gabinete de Apoio à Vítima de Ponta Delgada, nas últimas duas semanas do mês de Março, foi uma diminuição dos pedidos de ajuda. Aquilo que verificamos foi que, os contatos que o GAV de PDL registou foram, sobretudo, provenientes de vítimas já anteriormente acompanhadas pelo Gabinete de Apoio à Vítima de Ponta Delgada (GAV de PDL), como forma de continuarem a beneficiar de estratégias de segurança e apoio emocional perante um cenário de isolamento social e confinamento. A partir do início do mês de Abril esta realidade inverteuse, e verificamos um aumento dos pedidos de apoio, por parte de vítimas que, já mantinham relações de afetividade, conjugalidade, namoros agressivos, ou seja, situações que já eram violentas, que se agravaram com o confinamento, e cujas vítimas nunca tinham solicitado qualquer tipo de apoio. Este aumento poderá ser explicado pela ocorrência de comportamentos reincidentes, num contexto em que as relações já não eram saudáveis, e que escalaram com a convivência prolongada.”


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reportagem

QR Code

menus com elevada taxa de procura

Natacha Alexandra Pastor A empresa açoriana Custom Project, em conjunto com o parceiro tecnológico 4ITFUTURE, a responsável pela solução de QR Code, juntaram-se para desenvolver nos Açores a implementação desta solução que permite que os menus sejam visualizados no telemóvel, eliminando os tradicionais menus físicos. Venício Ponte, gerente da Custom Project, explica à nossa redação o conceito, o processo e a forma fácil deste sistema que, apesar de não ser novo, tinha pouca utilização no nosso tecido empresarial. “A casa mãe da Solução é a 4ITFUTURE, nosso parceiro tecnológico, pois num mercado altamente competitivo as parcerias certas são fundamentais. Esta solução nasce de uma base já existente da solução de gestão de acessos disponibilizada para a RockInRio a nível mundial. Foi pensado mais num apoio à restauração, tanto que o valor que cobramos acaba por

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ser um valor bastante baixo, só para custos de estrutura. Os restaurantes, tal como muitas áreas de negócio, perderam muito durante estes últimos meses. Alguns conseguiram ter serviço de TakeAway, e ter alguma faturação, mas muitos outros não. Pensamos mais no sentido de lhes dar um apoio, de terem acesso a uma solução prática, barata e de fácil instalação. Tanto que conseguimos garantir que em 20 minutos um cliente, depois de fazer o registo, está pronto a usar a nossa solução.” Venício Ponte confere uma elevada taxa de adesão por parte dos proprietários de cafés e restaurantes, e, apesar de numa fase inicial esta aplicação estar a ser apresentada a este setor da atividade, há outras áreas no plano de visão. “A taxa de sucesso desta solução junto dos clientes tem sido de 95%, principalmente quando se apercebem da


Perante novos desafios, novas soluções e respostas. O setor da restauração é um dos que ficou verdadeiramente afetado por uma quarentena obrigatória que, em muitos casos, durou três meses. O regresso à atividade trouxe novas regras, e ainda antes destas já havia quem se preparava, por exemplo, apresentando os menus através de um QR Code.

facilidade de uso, e que depois de tudo configurado, o próprio cliente tem total liberdade de fazer as alterações que necessita, sem precisar de nossa intervenção. Claro que se se justificar estamos disponíveis para dar o apoio necessário, ou apresentar serviços complementares. Estamos com foco nesta fase na restauração, mas já temos a solução preparada para outras áreas que irão também beneficiar bastante. Porque a nossa solução não é simplesmente disponibilizar um QR Code, mas toda uma estrutura de gestão dos seus conteúdos e análise dos seus clientes. A rede de parceiros da 4QUARANTINE está presente em vários Países. Em Portugal Continental pela casa Mãe 4ITFUTURE e nós na Madeira e nos Açores. Em Angola com a MD Formação, em Moçambique com a MOZOIL, em Cabo Verde com a ALL INNOVATION, em São Tomé e Princípe com a

KHAZALL, e no Dubai com a DUNGOLA. Em Portugal, a adesão tem sido de uma média de 20/25 novos clientes por semana.” O produto final é do total domínio do cliente, e são disponibilizados de uma forma bastante intuitiva. O responsável da Costum Project, Venício Ponte, deixa ainda a nota para o importante conhecimento e inovação em matéria de tecnologia disponível, com assinatura portuguesa. “Como já disse anteriormente, não é apenas o QR, é toda a tecnologia que pode estar associada. Se veio para ficar? Penso ser uma tecnologia de transição, há outras formas, mas de momento ainda mais dispendiosas de implementar do que o QR, mas aguardemos pelo potencial de inovação Português, temos muito para oferecer ao mercado mundial da inovação tecnológica.”

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reportagem

‘Coronavirus Safest Destination’ para os Açores

Os Açores foram considerados pela European Best Destination como ‘Coronavirus Safest Destination’, sendo, por isso, um dos destinos mais seguros na Europa em 2020. Em pleno período de pandemia, tal atribuição deixa o Governo dos Açores satisfeito quanto ao trabalho efetuado no combate à propagação da Covid-19.

Natacha Alexandra Pastor Esta distinção tem por base as medidas de segurança sanitária no setor do turismo e nas suas atividades conexas, o baixo número de casos e a segurança no serviço de saúde local. Para o Governo dos Açores, esta é a prova de que as medidas implementadas e o esforço de todos os Açorianos no seu cumprimento estão a ter resultados bastante positivos. “Tendo em conta a nova normalidade que vivemos, sermos considerados um dos destinos mais seguros na Europa em 2020 é motivo de orgulho no trabalho feito até aqui”, afirmou a Secretária Regional da Energia, Ambiente e Turismo. “Este é um dos melhores reconhecimentos que poderíamos receber este ano, motivando-nos a continuar o caminho que temos percorrido no combate à pandemia de COVID-19 e na retoma da atividade turística”, frisou Marta Guerreiro. A titular da pasta do Turismo salientou ainda que os

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Carlos Costa

empresários açorianos “têm-se demonstrado preparados para receberem em segurança os turistas interessados nos Açores”. Outra das razões para que a Região tenha recebido esta distinção internacional prende-se com o facto de os Açores serem um destino perfeito para os viajantes que têm preferência pelo contacto com a natureza e por produtos como caminhadas, observação de cetáceos, gastronomia local e valorização das tradições. “Os Açores são um exemplo de boas práticas na área da sustentabilidade, com uma notoriedade internacional positiva por nos termos afirmado no mercado turístico como o primeiro e único arquipélago do mundo certificado enquanto Destino Sustentável”, destacou Marta Guerreiro, considerando que esta certificação “potencia a nossa atratividade e, consequentemente, o sucesso enquanto destino turístico de referência mundial”.


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reportagem Entrevista

Hospitais dos Açores recebem câmaras de entubação Os hospitais dos Açores receberam 17 câmaras de entubação, no seguimento de dádivas angariadas pelo movimento “Todos Por Quem Cuida”. Estas câmaras funcionam como uma barreira física entre o doente e os profissionais de saúde durante o procedimento de entubação.

Natacha Alexandra Pastor

Promovido pelo movimento “Todos Por Quem Cuida”, que nasceu para entregar material determinante para a segurança e qualidade dos cuidados prestados aos portugueses durante a pandemia da Covid-19, o movimento está a oferecer câmaras de proteção profissional aos hospitais, o que permitirá reduzir o risco de contágio pelo novo coronavírus e outros agentes infeciosos durante estes procedimentos que se realizam tanto nos blocos operatórios como nas Unidades de Cuidados Intensivos. Os Açores vão receber 17 destas câmaras, 10 delas foram já entregues ao Hospital do Divino Espírito Santo, em São Miguel. As “caixas de entubação” são um equipamento de proteção para os profissionais de saúde que se encontram nos blocos operatórios e nas UCI, que precisam de realizar procedimentos em que existe um elevado risco de produ-

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ção de aerossóis, como a entubação e/ou extubação de doentes. Estas caixas funcionam como uma barreira física entre o doente e os profissionais nestes momentos, mantendo a visibilidade do procedimento durante a sua execução. Estes são uns dos procedimentos com maior risco de infeção pelo novo coronavírus dada a elevada aerossolização associada. Com estes equipamentos diminui-se significativamente o risco, com a vantagem de serem equipamentos reutilizáveis. “A Ordem dos Médicos e o movimento “Todos Por Quem Cuida” têm procurado estar do lado da solução e serem agentes positivos perante esta crise de saúde pública internacional, pelo que é com grande satisfação que fazemos esta entrega nos Açores”, sintetiza o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães.


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entrevista Entrevista

Uma viagem a dois pela Aconcágua Aconcágua: 6962 metros... A maior montanha do mundo fora da cordilheira dos Himalaias. Escalada por Marcos Barcelos no início deste ano. Aos 38 anos de idade, o florentino, oficial de operações aeroportuárias na Ana Aeroportos de Portugal, conquistou mais uma etapa das suas muitas aventuras radicais.

Natacha Alexandra Pastor Criativa Magazine - Quando é que iniciou estas aventuras de subida a montanhas? Como é que tudo se iniciou? Marcos Barcelos - As aventuras nas montanhas começaram na subida da Montanha do Pico com um amigo. E apesar da preparação física ainda não fazer parte do meu estilo de vida na altura, conseguimos combater uma tempestade de alerta laranja e atingir o cume em menos de 2 horas. Foi fantástico poder ver o nascer do sol e apreciar quase todas as ilhas do grupo central contra todas as probabilidades. Esta é decididamente uma montanha que vou repetir. Depois dessa aventura, tudo se foi compondo com a descoberta do mundo da neve e do gelo e fui ganhando o gosto pela superação dos desafios da montanha e pelas dificuldades impostas pelos elementos. Entretanto frequentei algumas formações de alpinismo e escalada, onde tive a sorte de ter excelentes formadores e companheiros alpinistas que tornaram possíveis estas minhas últimas conquistas. Nunca imaginei que isto se tornasse tão viciante mas a montanha tem algo que me chama. Acontece-me o mesmo com o Mar,

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DR Marcos Barcelos mas isso é mais facilmente compreensível para os insulares. Além destas aventuras, tem outros passatempos mais radicais? Sim, também pratico outras atividades como o paraquedismo, o mergulho livre em apneia, a escalada e o canyoning. Só tenho pena de não ter mais tempo e recursos para me dedicar tanto quanto gostaria a todas elas. O que é que o impele a estas atividades mais radicais? É a adrenalina, é a vontade de ‘subir’ mais alto; é desafiar-se a si próprio ...? Eu gosto muito de me superar e de espreitar o mundo fora da minha zona de conforto e sentir o quão “pequeninos” nós somos como seres humanos, e acho que todo o resto vem por acréscimo. A adrenalina, a satisfação e todas as sensações inerentes às atividades são bónus. Adoro estar na montanha e apreciar a imponência dela, saltar do avião e sentir-me a “voar” ou mergulhar com uma única inspiração e ir o mais fundo possível. Penso que toda a introspecção que estas atividades requerem seja uma das razões pelas quais me dedico a elas. Há que ter um grande conhecimento sobre


a nossa pessoa e como funcionamos sob stress para que tudo corra bem. Como eu costumo dizer: “Gosto muito de jantar”! e faço tudo para que isso aconteça sempre no final de cada dia de atividades! AhAhah. Quem é que o acompanha – se for o caso – nestas aventuras? No alpinismo tudo começou com amigos e colegas de trabalho, mas à medida que as montanhas foram ficando mais altas, e consequentemente com expedições mais longas e mais dispendiosas, fui “perdendo” os companheiros, e nesta última expedição ao Aconcágua fui só eu e a minha colega de trabalho e amiga Filipa Martins, que já me acompanha desde o início destas aventuras pelas montanhas. Quais foram as subidas mais fantásticas? Todas elas tiveram algo de marcante, mas diria que as que mais me marcaram foram a subida ao Pico por ser a primeira e pelo ritmo de subida que exigiu muito esforço físico; a subida da face norte do Mulhacen, em Espanha, por ser mais técnica e imponente; o Elbrus, na Rússia, por ser a maior do continente Europeu e pela dificuldade do dia de cume,

proporcionado pela má aclimatação e um desnível de +1800 metros, e por último o Aconcágua, na Argentina, que teve um sabor especial, não só por não ter sido realizada no âmbito de uma expedição comercial e sim numa expedição planeada e executada por mim e pela Filipa Martins, mas também por me ter proporcionado por volta das 10 da manhã do dia 11 de Fevereiro de 2020 o prazer de ser o primeiro Açoriano (de que tenho conhecimento) a pisar o cume desta montanha. E, também, não vou mentir, ser a primeira pessoa do dia a atingir o cume da mais alta do mundo com os pés assentes na terra, devido a todas as expedições invernais nos Himalaias se encontrarem abaixo dos 6000 metros, foi a cereja no topo do bolo. Não há fotografia ou vídeo que consiga descrever a paisagem com a qual a montanha me presenteou nem aquilo que lá senti. São momentos destes que fazem a vida valer a pena. Ver todo o esforço e dedicação compensados, é sempre gratificante. Como é que estuda os locais? Toda a logística requer imensa pesquisa online, mas as melhores informações são aquelas que normalmente

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obtenho das pessoas que fui conhecendo ao longo dos anos. Para a expedição ao Aconcágua tenho a agradecer aos amigos João Garcia, Rui Silva e António Afonso pela ajuda prestada e por todas as informações que partilharam, que se mostraram fundamentais para o sucesso desta expedição. Como e quanto tempo de preparação leva para cada viagem? Depende, para o Aconcágua diria que uns 8 meses de preparação, desde toda a pesquisa até à execução do plano de treino, fora todo o treino que já tinha das montanhas anteriores. Já teve que desistir em algum momento por razões de força maior? Ainda não tive de lidar com a derrota na montanha, mas no Elbrus estive muito perto de abortar a subida devido à doença da altitude, algo que infelizmente aconteceu a cerca de metade das pessoas do meu grupo. Qual será (se já existe) a próxima subida? Já existem potenciais montanhas candidatas, mas prefiro não revelar para já… Mas como já tenho 2 Montanhas dos 7 Summits, provavelmente escolherei uma das 5 que me

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faltam, mas ainda é cedo para adiantar. Agora tenho que dedicar tempo às minhas outras atividades e ao resto da vida. Como é feita a sua preparação física? A preparação física tem sido levada muito a sério. Sigo os planos de treino da Uphill athlete, que está na vanguarda dos planos de treino para atividades de montanha. Estes consistem em 6 dias por semana: correr, caminhar com mochilas com cargas até 35kg e treinos de “core” e força. Para além dos planos de treino, tenho o acompanhamento da Altamentis na nutrição e que é fundamental para estar em boa forma física. Fora isso, pratico treino de escalada e natação quando há tempo. Sempre que realiza ou conclui estas suas viagens, tem por hábito, ou faz questão de, levar a bandeira dos Açores? Levo sempre. Pois além de ser uma bonita bandeira, a verdade é que os Açores fazem parte de mim e como tal gosto de hastear a bandeira sempre que atinjo o cume de uma montanha, para que possa demonstrar o meu orgulho nos nossos Açores. Se hastear a nossa bandeira ajudar a dinamizar os Açores, eu vou fazê-lo sempre que puder.


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reportagem Entrevista

Soluções no combate ao calor com películas de alta qualidade Sem que se perca a vista panorâmica, nem retirando nenhuma outra característica arquitectónica, a procura por proteção de películas para o revestimento de janelas e vidraças está a crescer. Num clima suficientemente quente e muitas vezes sem sistemas de ar condicionado, muitos proprietários estão a investir em películas que permitem barrar a entrada de calor nos edifícios. Uma solução moderna e com um elevado nível de eficácia que está a merecer sucesso junto da empresa VPelículas Açores.

Natacha Alexandra Pastor É por esta altura do ano que esta solução ganha maior procura. Tiago Maia, responsável da empresa VPelículas Açores explica a fiabilidade do processo de aplicação de películas protetoras contra o calor, um serviço que está a ganhar terreno em São Miguel. “É sobretudo a pensar no verão, e antes dele começar, que temos tido maior procura e trabalho na área das películas para minimizar o impacto do calor nas habitações. Para o sucesso do trabalho desta equipa, tem valido a mensagem de ‘boca a boca’, e a satisfação global dos clientes”. Quanto a clientes, o cenário divide-se entre particulares e empresários de diferentes áreas da economia. Restaurantes e similares procuram um melhor ambiente para os seus clientes, tornando os espaços mais confortáveis, sem que com isso percam as agradáveis vistas panorâmicas, explica o responsável máximo da VPelículas Açores.

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Carlos Costa/DR

“Estamos a trabalhar bastante num registo de 50/50, ou seja no caso das habitações particulares, essencialmente grandes moradias, com muitas vidraças, e no caso das empresas é um misto de intenções, ou seja o cliente procura muito a solução da proteção solar, e, em simultâneo, a estética da publicidade. Temos centenas de películas, umas mais económicas outras mais caras. Nós utilizamos muito a película espelhada, visto que a prioridade é quase sempre a redução do calor, e a esse propósito posso dizer que conseguimos promover uma diminuição de até cerca -90% do calor dentro da habitação. O processo de aplicação é relativamente simples, o mais complicado e minucioso é sempre o da limpeza das superfícies a aplicar. Tudo tem de ser muito bem executado, porque no processo de retirada da proteção da película, esta começa a absorver quaisquer partículas que estejam no ar. Com isto, significa dizer que um


ambiente limpo é muito importante para a qualidade final do nosso trabalho. Tanto assim o é, que nós não fazemos este tipo de instalação em casos em que não consideramos que estão reunidas as condições. Por exemplo, se a moradia está em obras ou em fase de construção, nós recusamos. Muito importante também para o nosso trabalho é o tipo de caixilharia instalado nas casas, estes novos modelos de caixilharia com borrachas são o ideal, os modelos antigos de madeira são mais complicados para este trabalho, mas podem ser feitos. A durabilidade da película com a qual mais trabalhamos tem uma garantia de 10 anos, na prática o tempo de vida vai em regra acima dos 15 anos, o que já de si espelha bem a qualidade do produto. Falamos de películas que estão constantemente a ser testadas ao máximo rigor. Temos outras com uma garantia superior, mas claro que se torna muito mais caro para o cliente final.” Em termos de redução de custos, a aplicação deste material poderá ter um impacto interessante, já que o uso de ar condicionado até pode diminuir. “Eu tive um cliente que tinha graves problemas de calor dentro do seu espaço, tanto que só conseguiam trabalhar com ar condicionado ligado e nesse sentido o investimento em película protetora, no caso até pode representar um investimento inicial maior, a longo prazo tem inúmeros benefícios e pode ser recompensado ao nível dos consumos, nomeadamente na redução do ar condicionado.”

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reportagem Entrevista

Raquel Pereira Beauty & Wellness

Crescer e melhorar em tempo de crise

Havendo quem não prescinda dos gabinetes de estética, o retomar desta atividade nos Açores está a ser paulatinamente nova para muitas empresárias. Raquel Pereira inaugurou um novo espaço dedicado à beleza e bem-estar, numa fase em que são poucos os que se arriscam no investimento.

Natacha Alexandra Pastor O novo espaço de beleza e bem-estar acaba de abrir portas, num momento em que todo o setor procura voltar à normalidade. Raquel Pereira tinha já um projeto de inovação, ao qual deu a devida continuidade, em tempo de quarentena. Cumprir com as regras de segurança entretanto impostas pelo governo é uma tarefa fácil de assumir, já que refere Raquel Pereira, as questões da higiene eram já um ‘ponto de honra’ antes da Covid-19. “A higiene e segurança no meu espaço sempre foram as minhas prioridades. As regras de higiene vão manter-se sempre! Obviamente que, agora com a pandemia, vou ter de reforçar algumas dessas regras e acrescentar mais algumas, como por exemplo, o uso obrigatório da máscara social, entre outras. Os meus clientes acreditam no meu trabalho e no que irei trabalhar, sempre a pensar na segurança de todos. Como é óbvio, há sempre presente algum receio de-

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Inês Ribeiro

vido a esta situação em que nos encontramos, mas de um modo geral, acredito que as coisas, mesmo que lentamente, irão voltar à normalidade e que irá ficar tudo bem!”. Para quem trabalha na área, um dos desafios é a progressão profissional. A rápida e constante evolução de serviços e técnicas conduz necessariamente a um constante conhecimento. Parar no tempo pode significar perder clientes, já que até estes são cada vez mais conhecedores das tendências do momento. “Pessoalmente, tenho a certeza e a convicção de que, estarmos sempre atualizadas na área, faz toda a diferença. Nos dias de hoje, qualquer cliente faz o mesmo, faz uma pesquisa rápida sobre o que quer e procura satisfazer as suas dúvidas. Já tem mais interesse nas novidades e até, em função do seu conhecimento e curiosidade, é mais comum termos um diálogo aberto com as nossas


reportagem

clientes, sobre os nossos serviços. Deste modo, é muito importante acompanharmos sempre a evolução desta profissão. É um dos pilares para o sucesso. Por exemplo, disponibilizar um novo método de depilação ou de massagem torna-se muito gratificante para nós - profissionais - e cativante para as nossas clientes. Eu entendo que é aí que reside parte da minha diferenciação. Hoje em dia, a cliente preocupa-se com tudo de um modo geral. Espera que tenhamos disponível as últimas tendências, nomeadamente novas cores de verniz, ou, até mesmo, novas técnicas. A qualidade do produto, do atendimento e a higiene no espaço é outro ponto forte que a cliente valoriza mais e já presta mais atenção. Uma cliente conquista-se com um bom trabalho, um produto de qualidade e uma boa energia. O sucesso é muito relativo. Para mim, já é um sucesso deixar uma cliente sair do meu salão com vontade de voltar, feliz e satisfeita.

A Estética, a par de todo o sector da saúde, bem-estar e beleza, despertou um movimento global alicerçado, de certo modo, naquilo que é a nossa imagem de marca. Se antes, as pessoas, de um modo geral, procuravam os serviços de beleza e bem-estar em momentos concretos, desde há uns anos, essa rotina passou a ser algo natural, do dia-a-dia. Por outro lado, a globalização das coisas na internet despoletou uma procura mais constante por parte das pessoas, a maioria dos clientes sabe o tipo de serviço que procura na Estética e sabe diferenciar a qualidade do serviço que ambiciona. Por isso mesmo, é cada vez mais frequente os espaços de Estética oferecerem uma maior diversidade de serviços, por forma a congregar, em si, a satisfação dos seus clientes com uma oferta mais diversificada, mas com o seu próprio selo de qualidade.”

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desporto motorizado

CAMPEONATO DOS AÇORES DE RALIS

REGULAMENTAÇÃO E CALENDÁRIO CONHECIDOS A Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK) publicou a legislação que irá ser aplicada em todas as competições sob a sua égide e que estavam suspensas devido à pandemia, com excepção das provas a disputar nos Açores, que aguardam parecer favorável do Governo Regional dos Açores. Também já foi anunciado o novo calendário de provas do Campeonato dos Açores de Ralis.

Renato Carvalho A FPAK elaborou o Plano de Contingência de Competições em que estão descritas as medidas que deverão ser adoptadas nos eventos. Tendo em atenção a dimensão do documento que poderá ser consultado no site da FPAK, abaixo é indicado algumas das normas divulgadas e relacionadas com os ralis. MEDIDAS BASE: Distanciamento social; Equipamento de proteção individual; Capacidade dos espaços. SECRETARIADO: Todo o pessoal que trabalha nesta área deve estar distribuído por diversas salas. CENTRO DE CÁLCULO: Centro operacional de toda a prova. Distribuição dos intervenientes por várias salas. VERIFICAÇÕES DOCUMENTAIS: Devem ser realizadas em local arejado, o mais perto possível da rua, com fácil acesso e a entrada deve estar separada da saída. VERIFICAÇÕES TÉCNICAS: Deverão existir dois aces-

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António Bettencourt sos, um de entrada e outro de saída, com o percurso marcado. O espaço deve ser amplo e arejado. PARQUE FECHADO: Proibida a circulação de qualquer pessoa alheia à organização. Parque vigiado permanentemente e com a respetiva segurança. PARQUE DE ASSISTÊNCIA: Local fechado/vedado, com uma fila de baias no acesso, devendo ter um segurança à entrada e outro à saída. A organização deverá ter o espaço previamente dividido e marcado. Apenas as equipas, os mecânicos que efetuem trabalho nos carros, os Delegados Técnicos, e outros elementos devidamente autorizados pela organização, podem estar no parque de assistência, evitando assim a concentração de pessoas. SHAKEDOWN E QUALIFYNG: Cabe aos organizadores dos eventos avaliarem se estão reunidas as condições de segurança, de acordo com o plano de contingência, para a realiza-


ção do ShakeDown e/ou Qualifying nos ralis. CONFERÊNCIA DE IMPRENSA PRÉ-COMPETIÇÃO: Desaconselha-se a sua realização. BRIEFING: Pese embora se reconheça a importância dos Briefings, em especial nesta fase, que permitiriam uma melhor explicação/informação dos procedimentos e das boas práticas, estes deverão ser substituídos por informação escrita. SUPER ESPECIAL: Não se aconselha que seja realizada, mas se a organização assim o entender, por exemplo, pela necessidade de cumprir compromissos estabelecidos com os patrocinadores, tem de obedecer a condições. CERIMÓNIAS DE PARTIDA E CHEGADA: Desaconselha-se a sua realização. PEC – Provas Especiais de Classificação: Especial atenção à montagem de corredores para o público, evitando assim a

passagem pelas diversas zonas. REAGRUPAMENTOS: Desaconselha-se a sua realização. PÚBLICO: Têm de haver zonas delimitadas ao longo das PEC, assinaladas como zona de público e com indicação de qual a capacidade (para X pessoas). Estas zonas devem estar protegidas e acompanhadas por forças policiais, agentes de seguranças e/ou oficiais ou voluntários municipais, devidamente formados e informados. Nos dias anteriores ao rali ou no próprio dia, deverá a organização distribuir panfletos ao público, com a indicação dos acessos a essas zonas, orientações e procedimentos adequados a serem seguidos. SEGURANÇA: Chama-se a atenção de que, ao que atrás foi dito relativamente à colocação do público, acrescem as habituais medidas de segurança, tais como a colocação de redes, baias e mangas, para vedar as zonas consideradas perigosas para o público.

CALENDÁRIO DO CAMPEONATO DOS AÇORES DE RALIS 2020 - PROVISÓRIO DATA

DESCRIÇÃO

ILHA

PISO

10-11 de Julho

XXXI Rali Ilha Azul Além Mar

Faial

Terra

15-16 de Agosto

XXXIX Rallye Além Mar Santa Maria Santa Maria

Asfalto

19-20 de Setembro

Azores Rallye

S. Miguel

Terra

17-18 de Outubro

IX Pico Rali

Pico

Asfalto

06-07 de Novembro

Além Mar Rali

S. Miguel

Terra

27-28 de Novembro

20º Rali Além Mar/42º Ilha Lilás

Terceira

Asfalto

NOTA: Este calendário tem carácter provisório, pelo que está sujeito a alterações.

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consultório jurídico

com:

Carlos Melo Bento advogado

Sabendo-se que existem na lei portuguesa vários registos para o casamento (três) para regimes de bens. Como funciona este sistema para os unidos de facto!? A União de Facto ainda não é propriamente um estado civil legal. É apenas uma situação de facto. Existe, produz filhos, gera questões de bens, mas não é um regime que a lei preveja como uma instituição com regras seguras como as do casamento. Como a união de facto não consta do Registo Civil, tem de ser provada pelos interessados, por exemplo, por um atestado duma Junta de Freguesia, perante uma declaração de ambas as pessoas, maiores de idade, jurando pela sua honra, que vivem em união de facto há mais de dois anos e pela entrega naquela autarquia das certidões de nascimento de cada uma das pessoas unidas que não podem ser parentes em primeiro grau nem terem sido condenadas por matar ou tentar matar o marido ou mulher do seu ex-marido ou ex-mulher. As pessoas em união de facto assim reconhecida têm direito a fazer o IRS em conjunto, como se fossem casadas, têm alguns direitos sobre a casa em que vivem. Têm direito a um subsídio em caso de morte dum deles (designadamente por acidente de viação), e têm os mesmos direitos laborais das casadas, em relação a férias, feriados, faltas e licenças se trabalharem na mesma empresa, pois podem gozar férias na mesma altura, e, se uma delas ficar doente, a outra tem direito a faltar ao trabalho para a tratar. Fora a casa de moradia que tem uma série de regulamentos (que na prática nem sempre funcionam como eles desejariam), o património é o que cada um tem antes da união. Depois da união, depende da forma como fizerem as escrituras, porque nesse campo, para a lei, são meros amigos que funcionam como sócios duma sociedade como outra qualquer. Com a facilidade com que hoje se obtém um divórcio, não há razão nenhuma para as pessoas não se casarem, pelo menos à civil, com o regime de bens que escolherem, se bem que o regime de separação de bens funciona praticamente como o da união de facto pelo menos enquanto estiverem ambos vivos. Mas tem outras desvantagens. O reconhecimento da paternidade dos filhos é diferente porque não é automático e tem de ser feito pelos dois. Não são obrigados aos deveres de respeito, fidelidade, coabitação, cooperação e assistência entre eles. Não podem usar os apelidos de família um do outro e não são herdeiros obrigatórios um do outro, no caso de um deles entregar a alma ao Criador. Em súmula, é um regime pouco seguro e incompleto que eu desaconselho no estado atual da legislação. Note bem: estes pequenos conselhos não dispensam a consulta a um advogado. Pois, cada caso é um caso e, para se dar um conselho, é preciso saber muitos detalhes que não cabem nas perguntas que me são feitas.

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Ocean Pellets Fonte de energia natural amiga do ambiente A Ocean Pellets assegura a produção de acordo com as melhores práticas, desde a recolha à seleção da matéria-prima endógena, passando pelas diferentes fases de produção.

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José F. Andrade

The Code Foi lançado, recentemente, o mais recente vídeo dos The Code. Chama-se “Luta” e, tal como nos outros temas, tem uma estória para contar. Marisa Oliveira e Felix Medeiros responderam às nossas questões. Marisa Oliveira: O tema “Luta” faz parte do vosso acústico em DVD. O porquê de um vídeo agora? Muitas mudanças surgiram nas nossas vidas. Estamos a assistir a um caos mundial. Quando decidimos editar e registar a “Luta” em vídeo, o grande plano ou objetivo não era diretamente a imagem ou vídeo, mas sim a mensagem que queríamos transmitir a quem tem oportunidade de ouvir o tema: alento, perseverança e esperança no Amanhã. M.O. : Esse tema representa o quê, exactamente? Representa tanto que é até difícil expressar e colocar em palavras. Tomo a liberdade de deixar um texto que escrevi durante esta Tempestade. “Amanhã. O incerto. Uma incógnita. Um talvez. Há uma certeza que caminha pelas ruas, deambula pelas casas e percorre-nos por dentro: o mundo ficou frio aqui. Ficou mais triste. Menos seguro. As gargalhadas ficaram mudas. Os sorrisos esconderam-se por detrás de uma armadura de pano.

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Não somos os mesmos. Olhares vazios, postos no Amanhã. Uns cheios de esperança. Outros cheios de nada. Talvez amanhã será... Tentamos resistir. Tentamos resolver o caos. Mas, perdemos. Todos os dias perde-se um pouco de nós e dos nossos. Uns vão vivendo. Outros sobrevivendo... Sorte dos que nesta Tempestade se reencontram consigo próprios. Há quem caia pelo caminho e arraste consigo as gargalhadas, alegria, a coragem, a esperança. Embarcámos no mesmo barco. O desembarque é incerto. Certo é sermos todos iguais. Todos ricos. Todos pobres. Todos brancos. Todos negros. Homem. Mulher. Criança. Idoso. A tempestade faz-se justa. Chegou a todos. E todos remam sem saber para onde ir. Que rumo escolher... Talvez amanhã será! Se amanhã tu caíres, eu vou estar aqui para te levantar. Se amanhã tu caíres, eu vou estar aqui. Para ti. Talvez amanhã será! Continua remando. Continua lutando. Luta.” M.O.: Para quando mais originais e para quando o disco? O próximo original está para muito breve. Estamos a apontar para o mês de Julho ou Agosto, portanto, estejam atentos. É um tema que só os mais próximos de nós tiveram oportunidade de ouvir. Julgo que será


uma surpresa muito boa. Devagarinho, vamo-nos inspirando... apontando ideias. Registando melodias. Queremos olhar para esta temporada como uma oportunidade de criar e oferecer coisas muito positivas aos nossos fãs. 2020 prometia ser um bom ano em termos de espectáculos? É verdade. Tínhamos a agenda bem preenchida. Açores, Estados Unidos da América, Canadá, boas perspetivas para atuar no Continente... Estávamos a sonhar com 2020. Mas agora estamos a sonhar ainda mais alto com 2021. M.O.: Há algum plano B? O nosso plano B é continuar a olhar em frente e não desistir e ter muita paciência e fé no amanhã. Felizmente, financeiramente, como quase todos nós temos outras fontes de rendimento, estamos a aguentar-nos. Aos artistas que estejam a ler este artigo... tenham esperança e positivismo. Mas, vamos todos ficar bem. Como se costuma dizer: a maior riqueza é a saúde. Que, pelo menos, consigamos sair desta situação com saúde para trabalhar o dobro quando tudo melhorar!

M.O.: A pandemia trouxe efectivamente muitos problemas. Que soluções acham que seriam benéficas para minimizar esses estragos? Passaria pelo apoio mais consistente na cultura, na valorização do “ARTISTA”.... Estamos em 2020 e ainda “somos” vistos como os que amam a profissão, mas que, são sempre os mais mal pagos, sim porque o dinheiro também conta, o “ARTISTA” também come, dorme e tem contas para pagar. Félix Medeiros: É possível fazer planos para o resto do ano? Claro, até porque são os nossos “planos” que nos movem, está na nossa natureza competirmos com nós próprios, reinventar-nos, melhorar vários aspectos de “n” coisas, criarmos novos desafios, inventar algo para fazer....Estamos a trabalhar em vários temas ao mesmo tempo, temos algumas estratégias definidas para o longo do ano e algumas surpresas boas que iremos partilhar com todos até ao final de 2020. F.M.: Objetivos para o novo vídeo? O objectivo ao fim ao cabo é sempre o mesmo, fazer com que se identifiquem com a mensagem, som, energia, com THE CODE…

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CONSULTÓRIO DA SAÚDE

Coloque uma questão dirigida ao Consultório da Saúde utilizando o e-mail: consultoriodasaude@hotmail.com

Vacinação em tempos de Covid-19 João Bicudo Melo Médico e Psicólogo Clínico

Vivemos um período extraordinário e com o qual não contávamos. De um momento para o outro fomos todos forçados ao isolamento como forma de conter a propagação do novo coronavírus. Com este comportamento, todos nós, ao cumprirmos com as recomendações emanadas pela Autoridade de Saúde, fomos responsáveis por salvar inúmeras vidas. Com isto, foram recorrentes as vezes que fomos sensibilizados para o recurso não sistemático e repetido aos serviços de saúde, resumindo a acessibilidade a situações de urgência e emergência, bem como para o cumprimento de programas de saúde como é o caso da vigilância da gravidez. Neste sentido, instalou-se um medo de recorrer a consultas médicas e de enfermagem de rotina com os nossos filhos e subsequente cumprimento do Plano Nacional de Vacinação. Eu próprio, sendo médico, consciente da importância do cumprimento das vacinas em idade chave, senti medo e quase que fui impelido a protelar a sua realização na minha filha. O medo é humano… Segundo dados da Direção Geral de Saúde, em abril do ano corrente, em pleno pico do confinamento, verificou-se uma redução de aproximadamente 50% no número de vacinas administradas no nosso país. Objetivando em números, foram administradas em Portugal no mês de abril de 2020 um total de 247.810 vacinas, um número consideravelmente inferior ao mês homólogo do ano transato (473.057 vacinas administradas).

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Diferentes sociedades médico-científicas têm alertado para a necessidade de não protelar o cumprimento do Plano Nacional de Vacinação, especialmente nas crianças, grávidas e grupos de risco, uma vez que o seu cumprimento poderá garantir proteção contra uma variedade de doenças graves e potencialmente fatais. Nas últimas décadas o nosso país tem sido exemplar ao nível da vacinação, apresentando taxas de cobertura vacinal excelentes. Portanto, pior do que a atual pandemia seria termos de viver em simultâneo com o ressurgimento de outras doenças comprometedoras da saúde comunitária. Seria caso para usar a velha expressão popular que pior do que a desgraça é o desmazelo. Portanto, não adie a vacinação. Contacte o seu estabelecimento de saúde de referência e agende a sua vacina. Não se exponha a si e ao seu filho a mais um risco desnecessário. Cumprir o Plano Nacional de Vacinação nunca foi tão importante como hoje! No caso de ter de recorrer a uma unidade de saúde para cumprir o Plano Nacional de Vacinação, tenha a preocupação de restringir o número de acompanhantes, cumpra a data e hora do agendamento, respeite as regras de distanciamento social, cumpra as normas de etiqueta respiratória e higienize as mãos à entrada e saída da unidade de saúde. Proteja a sua saúde e a saúde dos outros. Vacine-se e vacine os seus filhos.


reportagem

Há mais portugueses em risco de insegurança alimentar

Os portugueses praticaram menos atividade física e aumentaram o consumo de snacks doces, frutas e hortícolas durante o período de confinamento no âmbito da pandemia de COVID-19. Um estudo desenvolvido durante a época de pandemia, revela ainda que 32,3% dos portugueses estão em risco de insegurança alimentar, sendo os números mais expressivos nos Açores, no Alentejo e no Algarve.

Natacha Alexandra Pastor São várias e importantes as considerações a retirar do Inquérito Nacional sobre os comportamentos alimentares e de atividade física durante o período de confinamento social, realizado pela Direção-Geral da Saúde (DGS), em parceria com o Instituto de Saúde Ambiental da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. No total foram inquiridas 874 pessoas, entre os dias 9 de abril e 4 de maio. O estudo pretendeu não só conhecer as eventuais alterações aos hábitos alimentares dos portugueses durante um importante período da quarentena, bem como a redução da prática de atividade física. O caso dos Açores suscitou já alguma preocupação, pelo que o Governo dos Açores está a preparar uma intervenção na área da nutrição, que se vai iniciar com “o aprofundamento do estudo das determinantes que afetaram os comportamentos alimentares no contexto da pandemia de COVID-19, a fim de se delinear um plano eficaz e célere”, segundo informações da Secretária Regional da Saúde. Durante o inquérito os portugueses foram questionados sobre a sua alteração de hábitos alimentares, e mais de metade (58,2%) admitiu ter melhorado os seus hábitos durante a fase de contenção social, enquanto 41,8% admitiu que piorou.

DR

O consumo de snacks e doces ganhou mais destaque. 30% dos inquiridos revelou ter aumentado o consumo destes; 31% admitiu ter passado a ingerir mais água; 29,7% passou a consumir mais frutas e 21% mais hortícolas. 33,7% reportaram preocupação ou incerteza quanto ao acesso aos alimentos por dificuldades económicas e 8,3% disseram mesmo ter tido dificuldasdes económicas na hora de comprar alimentos. As pessoas em situação de insegurança alimentar são, ainda, as que mais adotam o padrão de comportamento alimentar não saudável. Quando questionados sobre o número de refeições diárias, 30,1% disse ter aumentado a quantidade de vezes em que fez refeições. Aumentou ainda o número de pessoas que passaram o dia a petiscar mais entre refeições (31,4%), mas também aumentou o número de pessoas que passaram a cozinhar mais do que antes (56,9%). Quanto ao aumento do peso em período de quarentena, foram mais os que dizem que mantiveram o seu peso (57,3%); contra 26,4% dos que afirmam ter aumentado de peso. Já 16,3% diz não ter perdido ou aumentado de peso. Este inquérito permitiu ainda conhecer os hábitos de atividade física, sendo que mais de metade dos inquiridos (53,6%) admitiu ter reduzido a sua atividade física.

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José Andrade

A PRIMEIRA CASA DO POVO A FUNCIONAR EM SÃO MIGUEL Fajã de Baixo, 1936 – O nascimento da Casa do Povo é um pequeno livro editado em dezembro 2016 pela Casa do Povo da Fajã de Baixo. No essencial, desenvolve-se a partir da conferência comemorativa do 80º aniversário da fundação desta instituição, presidida por José Dinis Carvalho, que apresentei, a seu convite, em setembro de 2016. Esta é uma “viagem no tempo” em jeito de “revista de imprensa”. Viagem no tempo, porque recorda a vida na Fajã de Baixo há 80 anos. Revista de imprensa, porque o faz através das notícias da época. Assim se reconstitui o contexto histórico em que nasceu a Casa do Povo da Fajã de Baixo – então apresentada como a primeira a funcionar na ilha de São Miguel (Arrifes e Feteiras já estavam constituídas, mas não concretizadas) – e assim se recorda o momento fundacional desta instituição, formalmente constituída a 1 de setembro de 1936, oficialmente empossada a 23 de dezembro do mesmo ano e festivamente inaugurada a 3 de janeiro do ano seguinte. No Mundo, 1936 é o ano da eleição de Roosevelt para Presidente dos Estados Unidos da América; da independência do Egito em relação ao Reino Unido; da exploração do serviço de televisão em França; do início da guerra civil em Espanha com a vitória do General Franco apoiado por Hitler na Alemanha e por Mussolini na Itália. Em Portugal, 1936 é o ano em que o Presidente do Conselho Oliveira Salazar assume a pasta da Guerra e corta relações com Madrid e em que o governo do Estado Novo institui a prisão do Tarrafal e organiza a Legião Portuguesa. Nos Açores, 1936 é o ano da “Exposição Regional Micaelense” promovida em Lisboa pela Sociedade “Terra Nostra” com a presença do Presidente da República Óscar Carmona, da visita do Cardeal Patriarca D. Manuel Cerejeira à ilha de São Miguel e da inauguração do “Padrão da Grande Guerra” junto ao forte de S. Brás em Ponta Delgada. Na Fajã de Baixo, 1936 é um ano grande em pequenos acon-

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tecimentos até culminar com a histórica fundação da sua Casa do Povo, a primeira a funcionar na ilha de São Miguel. A criação de Casas do Povo era então a grande novidade na “Metrópole” e, também agora, nas “Ilhas Adjacentes”. Por isso e sobre isso, o Conselheiro Armando Cândido proferiu uma palestra intitulada “A solução corporativa das Casas do Povo”, que foi transmitida a 7 de novembro na rádio local “CT2AJ” e reproduzida no jornal “Correio dos Açores” de 10 de novembro de 1936: “Foi o Decreto de 23 de setembro de 1933 que tornou possível a criação das Casas do Povo, definindo-as como organismos de cooperação social e atribuindo-lhes os fins: Previdência e assistência – obras tendentes a assegurar aos sócios a proteção e auxílios nos casos de doença, desemprego, inabilidade e velhice; Instrução – ensino aos adultos e às crianças, desportos, diversões e cinema educativo; Progressos locais – cooperação nas obras de utilidade comum, comunicações, serviços de águas, higiene pública.” É neste contexto e com este propósito que surge a Casa do Povo da Fajã de Baixo a encerrar o ano micaelense de 1936.


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Olhar Criativo Desafio Mensal do Mês transato

com o Tema:

“Retrato a preto & branco”

1º Lugar - Sangue do meu sangue - Francisco Carreiro “ESTAS PÁGINAS são DEDICADAs AOS ENTUSIASTAS, QUE DE UMA FORMA APAIXONADA PARTILHAM O SEU OLHAR, POTENCIANDO A ARTE E O GOSTO PELA FOTOGRAFIA.”

Coordenação: Paulino Pavão

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Edição:


2º Lugar - Malandreco - Fernando Abreu

3º Lugar - À espreita - Fernando Abreu

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saúde ótica

Optometrista Um profissional ao seu dispôr Sabia que o Optometrista tem um papel importante na prevenção da sua saúde visual? De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o optometrista é um profissional central nos cuidados para a saúde da visão. O seu âmbito de prática não se limita ao diagnóstico, prescrição, terapêutica e reabilitação da condição visual, mas também tem um papel importante na investigação e inovação científica para a implementação de prática clínica baseada em evidência científica e na educação e promoção da saúde. A OMS entende que a Optometria concentrou-se de modo crescente na cobertura de saúde universal; fornecendo serviços de saúde disponíveis, igualitários e acessíveis para todos, passando de uma predominante orientação no setor privado para o setor público. A Optometria funciona como um recurso dos cuidados primários em muitos países desenvolvidos e num nível secundário como parte de equipas multidisciplinares, incluindo profissionais médicos e oftalmologistas, em países em desenvolvimento.

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Artigo elaborado com suporte em: INSTITUTOPTICO www.institutoptico.pt



saúde auditiva

Quais são as causas de perda de audição? Existem muitas causas diferentes de perda auditiva. Algumas são provocadas pelo mundo que nos rodeia: maquinaria barulhenta, música alta, tiros, explosões, rugido de motos e aviões, etc. Algumas outras causam podem vir de ‘dentro de nós’, incluindo a perda auditiva causada pelos efeitos colaterais de medicação ou infeções no ouvido. Porém, as causas mais comuns de perda auditiva têm que ver com o envelhecimento normal. Faça um rastreio auditivo e saiba como está a sua saúde auditiva.

A perda de audição pode afetar os seus relacionamentos? Os sintomas de perda auditiva podem ser mal interpretados pelos seus colegas de trabalho e entes queridos. Quando você não responde imediatamente ao que eles estão dizendo, eles podem pensar que você não está prestando atenção ou que não está apenas interessado no seu ponto de vista. Os eventos sociais tornam-se menos agradáveis ​​quando se vive com perda auditiva. Pode ser difícil entender o que está sendo dito quando há muito ruído em segundo plano.

1 em 6 adultos possuem algum grau de perda auditiva! Imagine estar a jantar num restaurante movimentado. No fundo, existe barulho de pratos, cadeiras arrastadas, pessoas falando e rindo. Você está esforçando-se para acompanhar o que está acontecendo na sua mesa, e o esforço de fazer isso está começando a fazer-se sentir mais e mais cansado. Eventualmente, você começa a fingir que pode ouvir. Acena com a cabeça, parece interessado e ri com a multidão, mesmo que não tenha entendido as brincadeiras. Começa a sentir-se deixado de fora. Quando sai do restaurante tem uma dor de cabeça palpitante, desapontamento e não pretende repetir a experiência tão cedo. Pense sobre essas situações diárias e sobre como elas o afetam, faça um rastreio auditivo gratuito e previna estas situações.

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reportagem Entrevista

Impacto ecónomico histórico analisado por associações

Depois de uma paragem forçada de três meses, com impactos brutais, e ainda não totalmente contabilizados, várias associações empresariais e sindicais de São Miguel e Santa Maria reuniram para deixar impressões dos apoios criados, mas sobretudo do que importa reforçar nos próximos meses.

Natacha Alexandra Pastor A Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada, AASM – Associação Agrícola de S. Miguel, AICOPA – Associação dos Industriais de Construção e Obras Púbilicas, AHRESP – Associação de Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal, AHP – Associação de Hotelaria de Portugal, ATA – Associação Turismo dos Açores, ALA – Associação do Alojamento Local dos Açores, AREAT - Associação Regional das Empresas de Atividades Turísticas dos Açores e a UGT/A – União Geral de Trabalhadores reuniram nos últimso dias para fazer um balanço dos graves efeitos provocados em diferentes setores de atividade, e sobretudo para olhar para o futuro e deixar notas de medidas que se consideram urgentes para a dinamização da economia. No encontro ficou claro que ainda não são conhecidos os impactos causados pela pandemia que gerou uma paragem muito significativa de várias empresas, mas inequivocamente “de dimensão invulgarmente negativa com quebras da

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DR

ordem dos 10 a 20% do PIB em 2020, com consequências muito gravosas para o emprego sustentável, com elevada probabilidade de agravamento das situações de pobreza e exclusão social nos Açores; e que afetam, quase sem exceção, de forma negativa, toda a economia, com particular acuidade as empresas privadas, mas com ênfase no cluster do turismo que vinha puxando toda a economia”, refere a Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada. A análise dos próximos tempos leva os empresários a referir que “tarda a configuração de uma estratégia de fundo para a retoma das atividades económicas afetadas e para os acertos da economia dos Açores no futuro e tarda a definição de uma estratégia de despenalização mais extensiva e efetiva da sobrecarga de endividamento imposta às empresas, que já tinham investido para um novo pico de atividade em 2020, e que terão de viver um processo longo e lento de retoma dos volumes de negócio de 2019.”


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aconteceu Os apoios contemplam ainda 12 projetos de formação nas artes de velejar e remar em botes baleeiros e de aquisição de meios de salvamento

Novos balneários no polidesporti­ vo do Porto For­ moso A Câmara da Ribeira Grande concluiu a construção de novos balneários no polidesportivo do Porto Formoso, obra que reforça as condições existentes no local e que são uma mais-valia para a escola e comunidade em geral que faz uso do recinto para a realização de atividades desportivas, culturais e recreativas. Governo dos Açores apoia património baleeiro O Governo dos Açores atribuiu mais de 124 mil euros em apoios a 62 projetos na área do património baleeiro. Estes apoios destinam-se a suportar os custos com a execução de trabalhos de conservação e recuperação de 50 embarcações de instituições e de particulares das ilhas de Santa Maria, São Miguel, Terceira, Graciosa, São Jorge, Pico, Faial e Flores.

Câmara de Ponta Delgada adere a Rede Solidária de Medicamentos A Câmara Municipal de Ponta Delgada aderiu ao programa nacional “Rede Solidária de Medicamentos”, tendo sido, para o efeito, celebrado um protocolo entre o Município e a Associação Dignitude, que tem como embaixadora Maria de Belém Roseira. O Programa abem: Rede Solidária do Medicamento tem por objetivo garantir o acesso ao medicamento em ambulatório por parte de qualquer cidadão que, em Portugal, se encontre numa situação de carência económica que o impossibilite de adquirir os medicamentos comparticipados que lhe sejam prescritos por receita médica. Inscrições para o selo “Clean & Safe Açores” A Secretaria Regional da Energia, Ambiente e Turismo, através da Direção Regional do Turismo, abriu inscrições para adesão ao selo “Clean & Safe Açores”, cuja atribuição tem por base o Manual de Boas Práticas COVID-19, disponibilizado por módulos temáticos, após incorporação dos contributos das várias entidades representativas do setor.

A elaboração deste manual, em parceria com a Secretaria Regional da Saúde, visa garantir que todas as questões de saúde pública estão salvaguardadas para visitantes e para profissionais do setor, ao mesmo tempo que permite reforçar a confiança nos Açores enquanto destino turístico. A adaptação e implementação do selo nos Açores é da responsabilidade da Direção Regional do Turismo e a sua atribuição está sujeita a uma formação online gratuita prestada às empresas e entidades aderentes. Os interessados podem obter mais informações em https:// clean-safe.azores.gov.pt. Programa “Ler Açores” O Secretário Regional da Educação e Cultura apresentou o programa regional de leitura ‘Ler Açores’, que junta o Plano Regional de Leitura, a Rede de Leitura Pública e a Rede Regional de Bibliotecas Escolares, é um plano “contra o analfabetismo”. Avelino Meneses reforçou que a criação do ‘Ler Açores’ é “o reconhecimento da relevância da competência da leitura”.

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aconteceu Açores inte­ gram inquérito serológico Os Açores vão participar no Inquérito Serológico Nacional à COVID-19, um estudo adaptado do protocolo da Organização Mundial da Saúde, com uma amostra de 326 análises, de sete ilhas, incluindo ilhas que não registaram casos de infeção, para que esta seja efetivamente representativa. Teresa Machado Luciano, que tutela a pasta da saúde, revelou que “será produzido um relatório específico para os Açores, no âmbito do inquérito conduzido pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, que vai determinar a extensão da infeção na população e monitorizar a evolução da imunidade”. Veículo de RSU mais eficiente A Empresa Municipal Nordeste Ativo adquiriu um novo veículo pesado para a recolha de resíduos sólidos urbanos, substituindo o anterior, que devido à idade e desgaste requeria elevados custos de manutenção. Para

além disso, a viatura agora adquirida vem trazer uma maior eficiência no processo por ter uma capacidade maior, implicar um menor consumo de combustíveis e de emissão de gases poluentes.

Município de Ponta Delgada entrega livros e jogos A Câmara Municipal disponibilizou livros e jogos a jovens institucionalizados, no Dia Mundial da Criança, a instituições particulares de solidariedade social do concelho que acolhem menores. Ribeira Grande inicia auditorias para atri­ buir selo “Covid free” A Câmara da Ribeira Grande, em articulação com a proteção civil municipal e as autoridades de saúde, deu início às auditorias aos estabelecimentos comerciais que manifestaram interesse em aderir ao selo de segurança “Covid free”.

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As auditorias presenciais são o segundo passo para que as empresas possam receber o selo que atesta que as instalações estão higienizadas e seguras no âmbito da prevenção da propagação do novo coronavírus, reforçando assim a confiança dos munícipes no regresso à normalidade possível. Nos primeiros dias, a autarquia registou cinquenta pedidos de auditoria, mas considerando que foram cerca de trezentos os empresários dos vários setores que marcaram presença nas ações de sensibilização para os cuidados a ter com a higienização dos seus estabelecimentos, é de esperar mais pedidos com o passar dos dias.

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horóscopo Astrólogo Luís Moniz

signo do mês

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Carneiro 21/03 a 20/04

A vida afetiva reflete a necessidade de conciliar a sinceridade e a espontaneidade, com o sentido de ponderação e justiça nas relações. A nível profissional, e particular a conjuntura é fértil em acontecimentos imprevisíveis e emocionantes, bem ao gosto dos elementos do “Carneiro”.

Balança 23/09 a 22/10 A vida afetiva aconselha evitar certos erros passados e transforme a sua conduta pessoal, relativamente á forma de vivenciar os relacionamentos. A nível profissional, evite a superficialidade e desenvolva todas as suas qualidades naturais. A conjuntura exige dedicação e muita persistência.

touro 21/04 a 20/05 A vida afetiva é marcada por uma fase de harmonia e equilíbrio, resultado da estabilidade proveniente da renovação vivenciada ao longo deste ano. A nível profissional, a carreira está favorecida e a atenção está direcionada para os projetos a médio prazo, conferindo mudanças e muito sucesso.

Escorpião 23/10 a 21/11 A vida afetiva desaconselha atitudes impulsivas e desproporcionais”.Por outro lado, evite viver “presa” a certas situações relativas ao passado. A nível profissional, pode atingir o sucesso desejado, desde que canalize as suas energias de forma positiva e procure tomar iniciativas mais conscientes.

gêmeos 21/05 a 20/06 A vida afetiva está intensa e apaixonada, impelindo a um estratagema mental, de forma a vivenciar os seus sentimentos para além do pensamento. A nível profissional, tenha cuidado com adversidades, provenientes de terceiros.

sagitário 22/11 a 21/12

Caranguejo 21/06 a 22/07 A vida afetiva exige harmonia entre a sensibilidade e a lucidez, de forma a levar compreensão às situações mais difíceis dos relacionamentos afetivos. Evite a preocupação por antecedência, evitando sofrer desnecessariamente! A nível profissional, aguarde alterações muito favoráveis, no futuro.

capricórnio 22/12 a 19/01 A vida afetiva e familiar são marcadas por uma fase em que vai ter de avaliar, serenamente, os resultados das escolhas feitas recentemente. A nível profissional, a conjuntura proporciona a concretização de novos objetivos, mais ambiciosos, constituindo evolução ao nível da carreira.

leão 23/07 a 22/08

aquário 20/01 a 18/02

virgem 23/08 a 22/09 A vida afetiva, em muitas situações, é marcada por uma nova paixão muita intensa que poderá vir a trazer muita felicidade no futuro a curto prazo. A nível profissional, valorize a dedicação e a disciplina nas atividades diárias. A introspeção e a análise racional ajudam-lhe a trilhar o rumo.

peixes 19/02 a 20/03 A vida afetiva revela a sua grande necessidade de liberdade e de cortar com o passado para afastar tensões no seu relacionamento amoroso. A nível profissional, a situação é muito favorecida, podendo agora mais facilmente atingir os objetivos desejados e alcançar mais realização e paz.

A vida afetiva harmonizada é resultado das transformações interiores e reestruturações efetuadas recentemente, nos seus relacionamentos. A nível profissional, é crucial prestar atenção a novas oportunidades na carreira, podendo ter dificuldade em escolher certas atividades em detrimento de outras.

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A vida afetiva oscila entre a harmonia e a controvérsia. A paciência e a tolerância são elementos imprescindíveis na resolução de qualquer crise. A nível profissional concretize os seus projetos mais ambiciosos. Todos os seus trabalhos devem ser examinados com sabedoria e intuição.

A vida afetiva atravessa uma fase perturbada, que poderá ser resolvida se evitar certas atitudes egocêntricas e distanciadas em relação à família. A nível profissional, a avaliação e as exigências são constantes e vai ter de tomar decisões imprevisíveis. Desenvolva ao máximo as suas capacidades.


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