CRIATIVA MAGAZINE - MARÇO de 2016

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Grande Entrevista

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Ano II Nº 17 março 2016

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MULHERES NO PODER

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Grande Reportagem

desporto motorizado

ficha técnica Propriedade:

criativaçores, Lda Rua do Espírito Santo, 77 - r/c Esq. Torres do Loreto 9500-465 Ponta Delgada NIF: 513 281 070 Email: criativa.azores@gmail.com

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Nº Registo: 126655 Diretora: Natacha Alexandra Pastor Editor: Carlos Costa Periodicidade: Mensal Tiragem: 5.000 exemplares Sede da Redação: Rua Espírito Santo, nº 77 R/chão Esqº 9500-465 Ponta Delgada Impressão: Coingra - Companhia Gráfica dos Açores Parque Industrial da Ribeira Grande - Lote 33 9600-499 Ribeira Grande Colaboradores: Renato Carvalho, José de Almeida Mello, Luís Moniz, Paulino Pavão/AFAA, João Costa Direção Comercial: João Carlos Encarnação Design Gráfico, paginação e publicidade: Orlando Medeiros - Criativa Fotografia: Carlos Costa e Orlando Medeiros Depósito Legal: 390939/15 O uso e reprodução parcial ou total de qualquer conteúdo existente nesta revista é expressamente proibido. Os anúncios existentes nesta revista são da inteira responsabilidade dos anunciantes.

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18 20 28 32 36 42 Eventos

Rabo de Peixe forno comunitário

Páscoa

folares e Hostels

Sinagoga

Torahs guardados na Arca

Olhar criativo

com: Paulo Rodrigues Jorge

consultório jurídico com: Carlos Melo Bento


grande reportagem

MULHERES NO PODER

A Criativa Magazine colocou várias questões a um conjunto de figuras femininas açorianas, que têm vindo a assumir um papel de destaque e preponderante na sociedade açoriana e na política. Perguntas cujas respostas alinham num discurso similar: é preciso manter a luta para que homens e mulheres tenham igualdade de condições em todas as esferas da vida pública e privada. Lançamos o convite para que partilhassem da sua visão e experiência a Ana Luís, Berta Cabral, Sofia Ribeiro, Cristina Calisto Decq Mota e Pilar Damião. Natacha Alexandra Pastor

Direitos Reservados

Ainda persistindo uma cultura que, em muitos lugares de topo, seja do ponto de vista político, seja a vida autárquica, em vários entidades e instituições, são os homens quem estão na liderança, há alguns sinais de transformação. Ana Luís é um desses exemplos. Seria importante desmontarmos a questão cultural? Elogiaria a presença de um maior número de mulheres em cargos de topo? Seria muito importante desmontar a questão cultural porque nela assenta toda a estrutura mental que ainda persiste relativamente à não igualdade de género. A mulher tem de ser a primeira a ultrapassar as suas próprias inibições e a seguir, sem receios e sem culpabilizações, a sua vontade, quando ela existe, para liderar projetos, para se afirmar socialmente, para pôr as suas competências ao serviço da sua comunidade e dos seus objetivos de vida. Esses objetivos podem passar por compatibilizar uma vida familiar com uma carreira - ou não; o certo é que, havendo

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Ana Luís, Presidente da Assembleia Legislativa Regional dos Açores

a opção familiar, a partilha das responsabilidades tem de emergir como algo natural, que decorre da própria génese e do conceito de família, em que todos deverão estar alinhados no propósito de contribuir para o bem-estar comum. A mulher percorreu já um longo caminho de autoafirmação, saindo da domesticidade para a vida ativa, revelando capacidades, talentos, assumindo a sua independência e mudando o paradigma das sociedades. Mas temos ainda muitos combates pacíficos a encetar, cultural, social e politicamente, porque os passos dados nas quotas são apenas um meio de chegar a outro objetivo. Estudos informam que só no fim deste século mulheres e homens conseguirão atingir a igualdade plena nos países em desenvolvimento. Eu acredito e anseio a chegada desse dia porque essa igualdade eliminará muitas discriminações atuais e ditará um novo progresso no caminho da humanidade. Espero que os meus filhos vivam essa realidade social!


Ocupando a mulher cada vez mais um papel interventivo em diferentes frentes da vida ativa, ainda falta atingir vários patamares de equidade perante o sexo oposto. Onde nota maiores fragilidades? Foi, essencialmente, no século XX que as mulheres, inconformadas com a sua situação de inferioridade, despoletaram lutas de reconhecimento no espaço público, um espaço dantes reservado somente aos homens. A partir nos anos 60, aquando da emergência de múltiplos movimentos sociais que buscam o reconhecimento das minorias, as mulheres, agora cidadãs com voz firme e ativa, atuam contra todas as formas de violência, seja ela simbólica ou física. Muitas têm sido as vozes femininas e feministas que, ao longo dos tempos, apelam para que homens e mulheres tenham igualdade de condições em todas as esferas da vida pública e privada. A busca de uma sociedade mais justa, equitativa, digna e livre só é possível quando todos os cidadãos se respeitam mutuamente, independentemente de serem do sexo feminino ou masculino. Acredito, pois, no modelo proposto pela reconhecida intelectual pública francesa Simone de Beauvoir, autora da obra O Segundo Sexo, quando afirma “Que nada nos defina. Que nada nos sujeite. Que a liberdade seja a nossa própria substância.” Em Portugal, em pleno contexto do Estado Novo, Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa – as “Três

É a única mulher presidente de uma câmara municipal dos Açores, nos dias atuais. Sente alguma responsabilidade extraordinária nas suas funções? Assumindo esta missão, quando olha para o panorama regional, e sendo um cargo que poucas vezes tem sido desempenhado por mulheres, o que aspira para outras açorianas? Penso que a responsabilidade de ser Presidente de Câmara é a mesma independentemente do sexo. O que difere, efetivamente, são as condições com que desempenhamos estas funções, uma vez que a mulher quer por razões culturais ou mesmos afectivas sempre assumiu um papel crucial no acompanhamento de tudo o que é relacionado com os filhos e nessa área, admito que não posso nem quero descurar nunca o meu lugar enquanto mãe, essa sim a maior responsabilidade enquanto mulher que tenho na vida e na qual falhando não serviu de nada o sucesso em qualquer outra dimen-

Pilar Damião, Diretora da Juventude Marias”, publicam, em 1972, as Novas Cartas Portuguesas (livro re-editado em 2014). Obra apreendida pela censura, mas apoiada pelos meios de comunicação internacionais, por manifestações feministas, em Portugal e no estrangeiro, e publicamente defendida, entre outras, por autoras como Simone de Beauvoir, Marguerite Duras e Doris Lessing. Todas estas ações fizeram com que este caso fosse votado, numa conferência patrocinada pela National Organization for Women (NOW), como a “primeira causa feminista internacional”. Porém, quando falamos da mulher no século XXI, do papel que desempenha na sociedade, é imperativo considerar o contexto histórico, económico, político e social em que se encontra inserida. Enquanto uma mulher nascida no mundo ocidental já conquistou, através de lutas árduas e

Cristina Calisto Decq Mota, Presidente da Câmara da Lagoa são da minha vida. Admito que acompanhar a minha família nem sempre é fácil, mas se o tenho conseguido devo ao rigor na gestão do tempo que incuto no meu dia a dia, aos meus familiares e à ajuda de uma grande equipa de profissionais que comigo trabalha e colabora no esforço diário de dar resposta

longas, uma série de direitos, nomeadamente, o direito ao voto, a igualdade em termos legislativos, a entrada no mercado de trabalho, o acesso a todos os níveis de ensino e educação, a libertação do corpo, a saúde sexual e reprodutiva, a realidade é que, noutros espaços territoriais, noutras culturas com determinados pressupostos religiosos, a mulher ainda é esmagada pelo peso da desigualdade e da violência. Não podemos esquecer os dados alarmantes relativos à mutilação genital, ao abuso e escravidão sexual, ao tráfico humano no feminino e ao casamento de meninas. É aí que todos nós, filhos da globalização, teremos de atuar, tanto local como globalmente, de modo firme e incisivo para pôr fim a estas gritantes atrocidades. Ou seja, embora a nossa sociedade ainda tenha um longo percurso à sua frente no que concerne a igualdade de género, estamos no caminho certo para o salto qualitativo: as mulheres são cada vez mais esclarecidas e zelosas dos seus direitos. A mulher ocidental do século XXI tem vindo a conciliar de forma inteligente os seus múltiplos papéis: continua a ser o pilar da família, conquista o seu espaço no mercado de trabalho, bem como o seu sucesso na vida política. É interessante observar que, hoje em dia, algumas das figuras mais poderosas a nível mundial são mulheres. Ora vejamos o caso de Angela Merkel, Christine Lagarde, Dilma Rousseff e Hillary Clinton.

às várias solicitações a que estamos sujeitos. O maior desafio é claramente fazer sempre e defender sempre o melhor para o concelho de Lagoa e obviamente que gostaria que me vissem como um exemplo de que é possível conciliar os vários papéis que nos cabe desempenhar a nível profissional e pessoal. É também com orgulho que, constato, neste momento, que na câmara municipal temos também uma presidente na presidência da assembleia municipal e as instituições sociais e culturais do concelho são maioritariamente lideradas por mulheres. Julgo que é um sinal! É verdade que ainda somos poucas, do ponto de vista político, na vida autárquica, mas acho também que os sinais da mudança estão muito presentes. Por outro lado julgo que tem sido evidente a nossa competência em matérias que tradicionalmente eram apenas e unicamente desempenhadas por homens.

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Como tem visto o crescer da participação ativa das mulheres, particularmente das açorianas, em cargos de topo, desempenhando cargos que foram ocupados ao longo dos anos por homens? Tendo um percurso profissional que a levou a exercer posições de destaque sente que deu também um contributo para a mudança de mentalidades? Começo por saudar a Criativa Magazine por dedicar atenção a uma questão que atravessa a sociedade portuguesa e que tem a ver com a necessidade de incrementar a presença de mulheres nos lugares de decisão nas organizações públicas e privadas. Sendo a sociedade portuguesa praticamente paritária é um imperativo nacional e regional fazer com que a mesma se sinta representada no género e nas diferentes áreas, política, económica e social, de forma equilibrada. A presença de mulheres em lugares de topo não é igual em todos os setores. Na área política tem vindo a verificar-se uma evolução muito positiva e bastante rápida desde a aprovação da chamada lei das quotas que obriga a que cada género tenha pelo menos 30% dos candidatos nas diferentes eleições nacionais, regionais e autárquicas. Também na área social, por razões históricas e culturais, as organizações do chamado 3º

Sendo uma das poucas mulheres que teve a oportunidade de atingir um patamar profissional elevado, que a levou até à Europa, quando olha para trás sente naturalmente orgulho de ter alcançado uma posição onde não cabe qualquer cidadão? Que conselho deixa às mulheres açorianas que procuram ascender nas suas carreiras profissionais? Antes de mais, permita-me que esclareça que ser-se eurodeputado não constitui uma profissão. Integra o percurso de vida de uma pessoa apenas e enquanto os cidadãos que representa continuarem a confiar-lhe e a delegar-lhe essa função, através do voto. E é um cargo em que cabe e deve caber qualquer cidadão, desde que seja essa a vontade dos eleitores. Creio que sou, sem falsas modéstias, um bom exemplo dessa democraticidade, quando a maioria dos portugueses que desempenharam esse cargo têm percursos profissionais muito restritos, como advogados, economistas ou professores universitários. Julgo ser a primeira professora do ensino secundário a exercer essa função, mas não sou caso único na fuga a essa dita “elite profissional” nem na corrente, nem nas anteriores legislaturas, quer no que concerne às representações portuguesas, como às de outros Estados-Membros. Sinto, naturalmente, muito orgulho no percurso que tenho criado. É óbvio que resulta da exposição pública correspondente às minhas anteriores funções sindicais, mas todo ele foi pautado por muita seriedade e dedicação ao trabalho, em que sempre me posicionei de forma crítica no sentido construtivo, empreendendo inúmeros projectos. E essa postura faz

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Berta Cabral, deputada na Assembleia da República setor, registam nos seus órgãos de administração e direção um expressivo número de mulheres. Contrariamente, nas empresas a presença feminina nos órgãos executivos é muito escassa, com especial incidência no setor financeiro. Em face desta realidade é legítimo concluir que a descriminação positiva decorrente do regime de quotas que se deseja seja transitório, é um mal necessário que ainda requer aplicação noutras realidades.

Sofia Ribeiro, Eurodeputada com que nos destaquemos. Podemos ir levando a vida, simplesmente, ou constituirmo-nos como agentes transformadores, com brio no que fazemos, e isso faz toda a diferença. Às mulheres, em especial, e aos homens de uma forma indirecta, aconselho a que combatam os estereótipos. Não se pergunta aos homens de sucesso que conselhos dão a outros homens. Nem tão-pouco como conciliam a sua vida profissional com a sua vida familiar. Mas hoje em dia ainda sentimos necessidade de o perguntar às mulheres. E é muito importante que o façamos, porque ainda é preciso consciencializar as pessoas que os trabalhos domésticos e a educação dos filhos cabe a cada um dos elementos de um casal, sem qualquer tipo de diferenciação. Devemos todos combater que se atribuam determinadas tarefas às mulheres e outras aos homens em função do género. A mulher de hoje tem não apenas o direito, mas também o dever

Feito este enquadramento e falando na primeira pessoa conforme me suscitaram, devo dizer que tive de facto a oportunidade de ser precursora em várias cargos e funções públicas e nesse sentido ocupei vários lugares que nunca antes tinham sido exercidos por mulheres. Foi assim como Presidente Do Conselho de Administração da SATA, Secretaria Regional das Finanças e Administração Pública, Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada, Presidente do PSD Açores, Secretaria de Estado da Defesa Nacional e agora como cabeça de lista à Assembleia da República. Em todos estes cargos procurei dar tudo o que me era possível para servir a minha Região e o meu País e para demonstrar que a competência, a capacidade, o conhecimento, a dedicação, a visão e a ação, não têm género. Tenho a certeza que a cada dia que passa nada será como dantes para as novas gerações e sinto que de alguma forma dei um contributo significativo para que o equilíbrio de género não seja um problema, mas uma oportunidade. A oportunidade de reconhecer o mérito a quem efetivamente o tem e de colocar as qualidades de cada um ao serviço de todos.

social de planear com o seu companheiro quem vai buscar os filhos à escola, ou preparar o jantar, por exemplo. No nosso país já está consagrada a licença parental, que pode ser exercida por qualquer um dos elementos do casal aquando do nascimento de um filho, salvaguardando um período de convalescença da mãe. As mulheres não são menos mães se não ficarem com os filhos em casa, nem os pais perdem a sua masculinidade se o fizerem. Hoje em dia há cada vez mais novos pais, que têm uma relação muito mais forte com os seus filhos, porque não permitiram, inclusivamente, que fosse a sua companheira a única a cuidar deles. Mudam-lhes a fralda, dão-lhes o biberão, levantam-se a meio da noite para cuidar deles e ficam em casa com eles, quando ficam doentes. Na minha opinião, temos de disseminar a mensagem que as tarefas apenas devem ser distribuídas em função das nossas apetências e disponibilidade, nunca do género. No local de trabalho, a mulher nunca deve permitir ser menorizada, em função do género. Não deve, inclusivamente, ceder a ridículas condescendências, do tipo “percebo que estejas nervosa”, quando está a reivindicar algo. Nem deve menorizar-se por ter um aspecto mais frágil. Podemos ter uma voz não tão forte, mas as nossas palavras não perdem assertividade quando devidamente fundamentadas. No fundo, nós, mulheres, tal como os homens, temos de saber explorar bem as nossas capacidades, mas nos dias de hoje ainda temos de exigir sermos tratadas de forma equitativa.


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grande Entrevista

“Estamos num

colete-de-forças!” Conhecido pela sua frontalidade, o Presidente da Associação Agrícola de São Miguel, Jorge Rita, tem defendido com unhas e dentes produtores e lavradores. Há muito que vem reivindicando maior atenção ao setor que entende ser o principal motor económico da região. Em algumas matérias tem sido ouvido, noutras lamenta que não tenham tido em consideração os seus avisos. E de tantos alertas que fez, Jorge Rita refere que até dava para fazer um livro. Natacha Alexandra Pastor

Carlos Costa

Criativa – Pergunto-lhe com tantas dificuldades neste setor, o que mais falta acontecer? Jorge Rita - O que falta a acontecer é termos menos dificuldades. Estamos a viver uma conjuntura muito difícil no setor agrícola, mais ainda no setor leiteiro, seja a nível regional, nacional ou na Comunidade Europeia, e de forma incompreensível à conta de decisões políticas erradas. Estamos a ser demasiado castigados economicamente por uma decisão política internacional que tem que ver com o embargo russo, sofrendo os produtores na pele todo o agravamento pelos excedentes. A abolição de quotas leiteiras, o melhor sistema de regulação de mercado que nós tínhamos, foi outra decisão que nos afetou. Hoje somos confrontados com excedentes. Estamos praticamente num colete-de-forças! Se não forem tomadas medidas rapidamente pela UE ou pelo Estado Membro, já venho dizendo-o há algum tempo, poderemos estar a afundar o maior setor económico dos Açores. Têm ouvido o seu alerta? Alguém tem ouvido. Se me perguntar se já há resultados práticos… a nível da Comunidade Europeia não. Quando esta criar medidas tem-no de o fazer para todos, embora eu entenda que deviam ser criadas medidas

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específicas para a região; a nível nacional, o que foi criado pelo anterior Governo Central nós criticamos que era muito pouco. Com este novo governo o que temos até à data é nada. Em relação à região começaram a aparecer algumas medidas, é um facto, há outras que estão a ser trabalhadas com a Federação Agrícola e que podem ser interessantes para a produção, mas a verdade é que não resolvem a perda de mais de 30 milhões de euros que a produção leiteira registou. Infelizmente disse-o e não me enganei quanto a estas perdas, antes tivesse enganando-me! Nada pode repor essa tragédia de perda de rendimentos. Com a presença do Ministro da Agricultura nos Açores, há dias, ficou a nota de que ele vai estar mais vezes em Bruxelas, nós também o vamos fazer, vamos ter a oportunidade de falar com outros ministros da agricultura para continuar a sensibilizá-los para a retoma das quotas leiteiras ou para que se arranje um mecanismo de regulação de mercado idêntico ao das quotas, porque de outra forma e a continuar assim será uma catástrofe económica para a região. Em toda a Europa existem alternativas de produção, mas nos Açores não existe alternativa ao setor leiteiro. O que existe, sim, é complementaridade de outros setores de atividade, que não substituem este setor, que mais

não seja pelo peso social e económico que este mantém. Ou seja, os Açores têm de ser vistos de uma vez por todas com estratégia e é urgente alterar muitos procedimentos. É preciso determinação e coragem política para fazer essas alterações, senão podemos estar a atirar para o abismo este setor. Não estou a ser dramático, esta é a constatação dos factos. Já há muitos anos que andamos a dizer que precisamos de mais inovação, de mais produtos de valor acrescentado e de chegar a novos mercados, que valorizem o nosso produto. Penso que todas as vezes que as coisas melhoram a indústria acomoda-se e quando a situação se agrava o que a indústria faz é baixar o preço, substancialmente, ao produtor. Nós somos sempre os parentes pobres de toda a fileira. Compete ao Governo Regional juntamente com as indústrias começar a ter uma perspetiva de novos mercados. Precisamos disso, precisamos da internacionalização. Os melhores produtos que temos, quer as pessoas gostem mais ou não, são os derivados do leite, temos outros que têm os seus nichos de mercado, como o mel ou o atum, que são produções excelentes para exportação, embora de menor dimensão. Tenho a dizer, ainda, que se continuarmos aqui a fazer comparações do preço


“Estamos

praticamente num colete-de-forças! Se não forem tomadas medidas rapidamente pela UE ou pelo Estado Membro, já venho dizendo-o há algum tempo, poderemos estar a afundar o maior setor económico dos Açores.

“Uma grande notícia produtos. Não vamos competir pela quantidade porque não conseguimos, temos de competir pela qualidade do nosso produto, algo que a produção tem conseguido fazer e que a Indústria não tem sabido aproveitar. Esta questão já foi colocada a este Governo Regional. Tem correspondido às expetativas as respostas dadas? Eu acho que o Governo Regional tem algo de importante que é a Marca Açores, agora muito divulgada, com uma série de produtos, mas penso que se está a deixar para trás o principal. Fala-se de números de produtos com o selo, isso para mim é residual, o que conta, para mim, são os produtos-base que podem arrastar os outros, em termos de dimensão económica. Ou seja, o Governo Regional não pode assobiar para o lado quando tem neste momento dois a três pontos fundamentais a explorar: o facto de ter um produto de excelência que não está a ser valorizado no mercado, mas que o pode ser (é só apoiar mais campanhas de marketing e ir aos mercados alvo corretos e eles existem: América, Canadá e outros); temos por outro lado um setor de atividade em que as pessoas gostam do que fazem. Se há setor de atividade que ao longo dos séculos tem sido o mais resiliente tem sido o setor agrícola. Ou seja temos aqui o fator resiliência dos agricultores/produtores que não se dei-

“Todas as vezes que

entramos numa luta, e que eu sei que nós não conseguimos à primeira, para mim é sempre um dissabor.

“Eu sou apologista e

defensor, sem qualquer reserva, que o melhor casamento que se pode fazer na região é entre estes dois setores (Agricultura/ Turismo).

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do leite, ou da carne, nos Açores, com o preço do leite no Continente, estamos quase a comparar o incomparável. É como comparar ananás com abacaxi, que nada têm de ser comparados. É uma crítica também dirigida ao consumidor? Sim, também é uma crítica ao consumidor. Ele tem de perceber o que é seu. Tem de ser fiel às suas produções. O consumidor tem de entender que ao consumir os seus produtos está de uma forma direta a ajudar a sua economia. Quando nós compramos aquilo que é dos outros, e quando deixamos o que é nosso para trás, estamos a apoiar a economia dos outros e a ajudar a afundar a nossa. Economias débeis como a nossa necessitam de fazer passar uma mensagem global, para que todos percebam da importância dos nossos produtos, e temos de ser dos primeiros a valorizá-los e a consumi-los. Nesta altura, tendo em conta que vem falando deste problema e de outros, é quase já uma luta contra o tempo? Eu já venho falando destes assuntos há muitos anos, podia-se fazer um livro, que seria best seller sobre esta matéria, porque tudo o que tenho dito nos últimos anos veio a acontecer. A verdade é que não me enganei! É quase como que uma Profecia. Hoje, chegou-se a esta situação porque não foram tomadas medidas de forma atempada. Nós queremos a valorização dos nossos

seria saber que a Indústria está no terreno à procura de mercados e já com contratos feitos para a valorização dos nossos produtos.

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“É reconfortante

saber que nesta luta de reivindicação forte, consistente, persistente e sem medos, muito difícil como todos sabem, somos reconhecidos por todas as entidades nacionais como a melhor organização do país…

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Agricultura. Obviamente que tive a oportunidade de, na presença do ministro, fazer alguns comentários, algumas sugestões e dizer-lhe das preocupações dos produtores. Eu disse-lhe que esperava que já existissem algumas soluções para a região a esta altura. Ficou demonstrado que o Ministro não trouxe nenhuma solução nem tão-pouco resolveu questões pendentes. Deixei nota dos custos elevadíssimos com a Segurança Social por parte dos jovens agricultores. Aquilo que eu critiquei publicamente: que as ajudas da comissão da agricultura eram medíocres; que as ajudas do Governo Central eram residuais e as ajudas regionais tinham alguma aceitação, eu continuo a dizer o mesmo: é medíocre a nível da UE; as ajudas do Governo Central são nulas, enquanto as ajudas que estão a ser preparadas na região são interessantes mas não resolvem o problema. Também tínhamos a expetativa de que o Secretário Regional da Agricultura e Ambiente tivesse uma postura mais determinada e pró-ativa dizendo ao Ministro que nos Açores estamos a precisar de várias ajudas e que o Estado-Membro tem esta obrigatoriedade.

Precisamos de decisões que ajudem os agricultores a retomar o seu rendimento com dignidade. É isso que precisamos e que merecemos! Com tanta perda de rendimentos, como vê os próximos tempos? Tem informação de produtores que pretendam abandonar a atividade? Temos essa noção e temos dados que nos permitem já fazer essa avaliação correta. Não os quero dizer agora, acho um pouco prematuro, e acho que a situação poderá ser mais grave já no próximo semestre, se continuar tudo desta forma. A situação do setor leiteiro nos Açores é neste momento dramática, não tem precedentes. Quando se chega a uma situação dessas, o que nós precisamos da parte de quem nos governa é muita determinação! Muita pro-atividade. Este é um desafio para o Presidente do Governo dos Açores, porque as ajudas que estão alocadas para as medidas que precisamos, são poucas, não resolvem praticamente nada. Diria que é preferível nem fazê-las tendo em conta os montantes que temos. Os 12 milhões do Orçamento deviam ser 20 milhões, tal qual a nossa proposta referia, que está bem documentada e argumentada.

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xam ir abaixo seja qual for a adversidade e temos produtos de excelência. Há ainda um outro fator que se pode associar e que diz respeito à nossa Universidade, que poderia potenciar estudos organoléticos do leite e da carne. Esses estudos existem. Então por que razão não estão contemplados nos rótulos da carne e do leite? Já deviam de estar lá, porque é muito bonito dizer-se que temos o melhor leite e a melhor carne, mas temos de mostrar isso. Falta um trabalho de dinamismo, de determinação e falta coragem em relação a este setor de atividade, que pode ser catapultado para um patamar muito acima do que aquele que está neste momento. Tendo por base os seus comentários, qual é que seria, hoje, uma boa notícia para a Associação Agrícola e para os associados? O que gostaria que fosse finalmente desbloqueado? Uma grande notícia seria saber que a Indústria está no terreno à procura de mercados e já com contratos feitos para a valorização dos nossos produtos. Esteve em contato direto com o Ministro da Agricultura recentemente. O que teve a oportunidade de falar com ele? Quem teve a reunião com o Ministro da Agricultura foi o Secretário Regional da


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Nunca desisto de uma ideia que seja em defesa dos lavradores, custe o que custar, doa a quem doer

É conhecido por ter uma voz crítica, e por defender como ninguém ‘a sua dama’. Tanta dedicação neste tom já lhe trouxe dissabores? Muitos dissabores. Todas as vezes que entramos numa luta, e já entramos em muitas, e que eu sei que nós não conseguimos à primeira, para mim é sempre um dissabor. Também digo que nesses casos ainda luto mais, porque eu sou um homem de convicções muito fortes. Acredito no setor, acredito no que faço e eu nunca desisto. Toda a gente sabe que eu nunca desisto de uma ideia que seja em defesa dos lavradores, custe o que custar, doa a quem doer. Uma das provas desta sua dedicação revê-se um pouco em distinções e prémios conquistados, como o que aconteceu ainda há pouco tempo, com o Prémio Nacional Agricultura 2015. Isto é o outro lado do seu trabalho, que acaba sendo reconhecido, mesmo que esse reconhecimento venha de fora? Exatamente. Nós açorianos e portugueses somos um pouco assim, muitas vezes temos de sair de cá para seremos valorizados e reconhecidos. Não é nada

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que não estejamos já habituados a ver. É reconfortante saber que, nesta luta de reivindicação forte, consistente, persistente e sem medos, muito difícil como todos sabem, somos reconhecidos por todas as entidades nacionais como a melhor organização do país. Sem dúvida que é um mérito para mim, enquanto presidente, é um mérito para os lavradores e até para a própria Região que acaba por ter alguém reconhecido pela sua reivindicação e organização, que é algo que falta muito no nosso país. Sabemos também que estes reconhecimentos fora de portas são mais fáceis de atribuir, porque dentro de portas cria embaraços a algumas pessoas. Vivemos numa sociedade hoje muito sentada nas invejas e aceitar o sucesso dos outros é difícil. Falou em toda a importância do setor para a economia açoriana, inevitavelmente recordo-me que há uns anos, quando todos indicavam o Turismo como uma área que impulsionaria a economia foi crítico quanto a esta questão. Mas também é verdade que a Associação Agrícola tem um projeto que preten-

de implementar e que pretende associar ambas as áreas. Pode explicar o que pretende fazer? Eu sou um grande defensor, há muitos anos da nossa economia, mas tendo sempre como base um setor que é o pilar da economia. Quando se mudou o paradigma, aqui há uns anos, porque toda a gente pensava que o Turismo é que ia vingar na região, foi um erro crasso, que depois ao longo dos anos se percebeu. Eu sou apologista e defensor, sem qualquer reserva, que o melhor casamento que se pode fazer na região é entre estes dois setores, que bem explorados, potenciam-se ao máximo em termos económicos e sociais. Digo que não há Turismo sem Agricultura nos Açores, mas há Agricultura sem Turismo, ou seja somos sempre o pilar fundamental da região. Reconheço e apoio mais e melhor Turismo para os Açores, porque todos nós ganhamos. É uma forma direta de dar notoriedade aos Açores e à excelência dos nossos produtos e passa a ser a fidelização dos nossos produtos ao excelente Turismo que temos para oferecer. Mais Turismo só nos favorece. Esta é a minha opinião, ao contrário daquilo que algumas pessoas possam pensar. Ainda vou mais além, acho que todos ganhamos com muito boa Agricultura e com muito bom Turismo. Esta simbiose é que é necessária, não é investir num setor e desinvestir no outro. Perguntava-lhe pelo projeto? Este projeto dá notoriedade a isso. Queremos aproveitar este magnífico Pavilhão, o nosso restaurante, e aproveitar as quintas-feiras tradicionais que podem funcionar como atração turística. Vamos fazer um centro de interpretação da Agricultura e ter uma loja de venda de produtos dos Açores para que as pessoas vindo visitar a feira da quinta-feira, encontrem aqui vários atrativos. É este o nosso objetivo e dentro de um ano teremos este projeto concretizado.


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reportagem

Viver o destino Açores é viver 1001 experiências A competir diariamente com centenas de destinos, os Açores levaram à BTL imagens das mais belas paisagens açorianas, e a estas associaram as marcantes experiências que se podem extrair de umas férias nos Açores. Natacha Alexandra Pastor

Carlos Costa

Foi o secretário regional do Turismo e Transportes quem fez a apresentação institucional do Destino Açores na Bolsa de Turismo de Lisboa 2016. Vítor Fraga indicou que os Açores têm vindo a reposicionar o destino no mercado nacional, passando de uma vertente de natureza contemplativa para uma vertente de natureza ativa. Por outro lado, afirmou que a comunicação do Destino Açores já não passa por uma comunicação institucional, frequente no passado, fazendo-se agora de forma

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direta com o cliente final, “mostrando um conjunto de atividades que se podem usufruir na Região, mostrando aquilo que é mais precioso, que é a natureza” única do arquipélago. Vítor Fraga apontou o pavilhão dos Açores neste certame como um exemplo da imagem regional, ao conjugar materiais endógenos com as novas tecnologias. “Passamos da tradição para a exploração de um produto turístico que hoje é reconhecido em termos internacionais, de qualidade, como em poucos lugares há no

mundo”. O mesmo responsável apontou ainda o fator económico associado à tarefa de fazer crescer este setor na região conferindo que “o turismo só é bom se for bom para quem vive nos Açores e tornar isso bom é gerar riqueza, criar postos de trabalho e contribuir para a dinamização e modernização da nossa sociedade.” A abrir o primeiro dia de atividades no stand, os Açores assumiram um compromisso até 2018, ao assinarem um protocolo com a marca Red Bull, para a concretização das etapas anuais do Red


Bull Cliff Diving que tem vindo a ter lugar no ilhéu de Vila Franca do Campo. O inaugurar da BTL contou ainda com uma breve visita do primeiro-ministro António Costa, que se apresentou no stand açoriano. A presença açoriana no pavilhão 1 da FIL teve lugar no stand que marcou já duas edições da Bolsa de Turismo dos Açores, um stand complementado com imagens das belezas naturais dos Açores, da muita e boa gastronomia que por cá é possível de saborear, das 1001 experiências de natureza que os visitantes pode experienciar, com alguns momentos de degustação de produtos 100% açorianos e com vários momentos de explicação dos muitos serviços e acontecimentos que decorrem ao longo do ano nas 9 ilhas. A entrada do stand convidava ainda a olhar para o bote baleeiro que foi levado até Lisboa, pela mão do empresário Luís Cravinho, que se envolveu há poucos anos na sua recuperação, permitindo interligar a história da caça à baleia com a atividade turística.

há outros mercados que vale a pena investir, mas o diretor executivo da ATA atenta à importância de não dispersar esforços. Dentro de portas, a Bolsa de Turismo de Lisboa é um dos eventos em que ATA faz questão de marcar uma presença alargada, externamente está tudo pronto para ingressar a grande feira, na Alemanha, considerado um forte mercado para os Açores. SATA retoma ligação regular a Providence Depois de mais de 10 anos inativa, a Azores Airlines retoma este verão uma ligação regular semanal com Providence. A nota foi dada em primeira mão no decurso da BTL, tendo o presidente do conselho de administração da Azores Airlines, Paulo Meneses, dado particular enfoque a esta nova operação que se inicia a 30 de julho e decorre até ao início do mês de setembro. Será feita uma ligação semanal, disponibilizando a companhia 4.440 lugares para esta nova rota. A esta aposta estende-se, ainda, um acréscimo de lugares a Boston, que em 2016 tem um reforço de voos na ordem dos +38%. Apostando num stand exclusivo, a companha aérea apresentou-se já com a renovada imagem Azores Airlines, uma marca que também foi apresentada no stand dos Açores, cujo logotipo assume, agora, a forma de uma barbatana caudal de uma baleia, um símbolo inconfundível dos Açores.

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ATA aposta em múltiplos mercados Somam-se as distinções atribuídas aos Açores. Foram considerados o destino mais sustentável da Europa e distinguidos como o melhor destino Quality Coast europeu. Recentemente, a National Geographic Traveler dos Países-Baixos elegeu as ilhas como destino turístico de 2016. Com estas distinções, e com a menção das paisagens açorianas e das muitas atividades ligadas à beleza natural das ilhas, a Associação de Turismo dos Açores, que organiza a promoção do destino Açores nas feiras e eventos

turísticos, refere que são estes os ingredientes que marcam os turistas que visitam a região. O enfoque vai precisamente para a natureza viva e para as experiências marcantes que os turistas podem viver nos Açores. Francisco Coelho, que esteve presente em todos os dias da BTL 2016, acredita que existem muitas atividades capazes que fazer grande diferença. “Temos tido uma atitude muito ligada à natureza, e neste stand reflete-se muito esse aspeto. Isso em conjunto com a nossa experiência e com aquilo que podemos oferecer aos nossos clientes e a quem nos visita é determinante. A natureza e as experiências possíveis, e nós temos um infindável número de experiencias marcantes, que são de uma grande diferença e de uma aproximação às pessoas, dignifica-nos e as pessoas que nos visitam querem voltar. Estamos no top mundial de observação de cetáceos, fomos eleitos um dos 10 melhores destinos do mundo em observação de cetáceos e estamos a concorrer para o número 1. Temos uma série de atrativos, como digo desde a observação de cetáceos, que nos distingue, passando pelo canyoning, passeios pedestres, parapente, surf, cycling, entre muitas outras atividades.” O mercado nacional, o Canadá e a América continuam a merecer o interesse da ATA, mas há muitos outros nos quais está a ser feito um acompanhamento mais atento: Alemanha, Espanha, Itália, Bélgica, França e Inglaterra são apetecíveis ao olhar de quem promove o destino Açores, mas certamente que

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Ribeira Grande com stand próprio Numa aposta claramente diferente, a autarquia da Ribeira Grande enfrentou o vasto público que marca presença na Bolsa de Turismo de Lisboa, num stand próprio, desenhado pelo arquiteto Fernando Monteiro, onde foram dados a conhecer os produtos e os serviços disponíveis na Ribeira Grande, que volta a dar destaque em 2016 a uma série de eventos culturais e desportivos de grande interesse e visibilidade. A exemplo do muito que há para conhecer na cidade e no concelho, Filipe Jorge elencou os principais eventos na cidade (Cavalhadas de São Pedro; Feira Quinhentista; Festival Internacional de Balões; Ecologic Eco Trail Run; What’s New Summer; Festival RFM Beach Power; Festival das Francesinhas). Com esta posição destacada, que acontece pela primeira vez, o autarca Alexandre Gaudêncio entende que se proporcionam novas experiências e contatos mais diretos com os milhares de visitantes que anualmente passam neste certame. Povoação oferece estadias Convidados a partilhar algumas das melhores ofertas dos concelhos, a Povoação esteve também em destaque na BTL, onde ofereceu três viagens. O recém-empossado presidente da câmara, Pedro Melo, colocou em destaque a paisagem, os trilhos, a gastronomia, a

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cultura e alguns dos mais importantes eventos culturais, profanos e religiosos, nomeadamente o grande Baile de Carnaval Verde e Amarelo da Povoação; a Exposição de Camélias das Furnas; a Festa do Corpo de Deus, na Vila; a Festa do Chicharro da Ribeira Quente e o Festival da Povoação. A comissão organizadora do Azores Airlines Rallye e o Grupo Desportivo Comercial marcaram também presença neste evento, momento no qual foi apresentada a edição de 2016 do Azores Airlines Rallye que tem agora nova imagem e novo nome. Associado ao stand esteve em exposição também um simulador de viatura de rallye, que mereceu o olhar e interesse de muitos dos visitantes. Durante o período de abertura de mais uma edição da Bolsa de Turismo de Lisboa, a Azores Airlines em parceria com o Grupo Desportivo Comercial estiveram a promover um pack especial (viagem+estadia) precisamente para quem deseja acompanhar a prova que vai para estrada de 2 a 4 de junho. Entre os diferentes momentos para a apresentação de programas de municípios e de entidades açorianas no stand dos Açores ainda decorreram alguns protocolos e estabelecimento de parcerias, em concreto um protocolo entre o Governo dos Açores e a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), que vai retomar um

programa de promoção do património gastronómico e enológico dos Açores, apoiando dezenas de restaurantes açorianos, de todas as ilhas açorianas. A iniciativa contempla auditorias de avaliação; workshops e formação profissional e culminará com o reconhecimento das boas práticas implementadas pela restauração envolvida. Com a maior procura pelo destino Açores, a região tem respondido com mais investimento privado na área da hotelaria convencional e rural. São muitos os exemplos que se apontam. O mais recente caso é o do Hotel Azor, que surge na Calheta Pêro de Teive, e que se segue à abertura do Furnas Boutique Hotel, ambos geridos pela DHM - Discovery Hotel Management. Rodrigo Roquette, em representação do grupo DHM, apresentou o novo hotel, a inaugurar na última semana do mês de maio, destacando-o como um hotel premium, uma unidade de 5 estrelas, naturalmente direcionado a um público muito específico. A aposta da DHM na hotelaria dos Açores é forte, um bom exemplo numérico desta apetência é o facto de o grupo ter quatro unidades hoteleiras, duas delas nos Açores, explicou o diretor de marketing e comunicação da DHM. A abertura desta unidade coincide com a proximidade da realização do Azores Airlines Rallye, pelo que estão já confirmadas reservas para algumas personalidades ligadas à FIA.


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Comunidade

Vila de Rabo de Peixe vai ter forno comunitário É um projeto inovador e que servirá de projeto piloto. Se resultar na perfeição do que está idealizado pode surgir um segundo forno comunitário na mesma vila. Natacha Alexandra Pastor

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É um projeto que estava inscrito no manifesto eleitoral da atual presidência da junta da vila de Rabo de Peixe. Terá luz verde para avançar nos próximos meses, prevendo o presidente Jaime Vieira que se possam abrir as portas deste forno comunitário durante o mês de agosto, na pior das hipóteses em setembro. Demorou mas vai avançar o forno comunitário de Rabo de Peixe. Foi encontrado o terreno onde a infraestrutura vai nascer, depois de algumas tentativas para arranjar o espaço ideal. O presidente da junta, Jaime Vieira, entende que o terreno que será cedido para este projeto não é o mais desejável, pretendia-se um terrerno mais central, capaz de ser acessível a quem vive em diferentes zonas da vila, mas face ao que é possível agora será um espaço muito importante e que deve cobrir numa primeira fase um total de 70 famílias. “Pensamos que numa primeira fase devem aderir cerca de 70 famílias, e digo este número porque fizemos um trabalho de auscultação de várias famílias, procurando perceber se entendiam que o projeto era válido e obtivemos esse número. Acredito que posteriormente esse número até possa aumentar. Por isso, e, até neste ponto o projeto vai ser um projeto piloto, é possível que venhamos a construir um segundo forno comunitário do outro lado da vila

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para cobrir outra parte da população que mora naquela zona. Seja como for, este primeiro forno comunitário vai ser uma grande ajuda para muitas famílias. Como se sabe, há casais com poucos recursos financeiros, nem dinheiro para gás têm e esta é uma forma de darmos o nosso apoio.” A gestão do espaço comunitário vai obedecer a algumas regras de boa utilização, e será inicialmente controlado pela própria junta de freguesia, mas o intuito é que o espaço possa assumir-se autónomo, ficando à responsabilidade dos frequentadores a sua boa gestão. “No fundo o que queremos é que as pessoas possam fazer a gestão do forno, que revejam neste local um espaço que é seu, e que devem zelar

por ele, por isso a junta vai, nos primeiros dois a três meses, fazer o controlo, e explicar às pessoas o que se pretende, mas depois desse tempo queremos que sejam os utentes a controlar tudo. No fundo, é aquilo que muitas vezes se apregoa que deve ser feito: queremos dar a cana e ensinar a pescar, e não queremos dar o peixe, simplesmente.” Também caberá aos utentes arranjarem a lenha necessária para alimentar o forno, a junta de freguesia não vai assumir essa tarefa. Refere Jaime Vieira que “é o mínimo que se pede às pessoas”. A Junta também vai proceder a uma ficha para marcação de dia e hora de utilização do forno comunitário, a fim de evitar a massificação de pessoas naquele espaço.


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páscoa

Folar da Páscoa à mesa Páscoa que é Pascoa pede um folar à mesa dos açorianos. Ainda são muitas as famílias que cumprem a tradição. Natacha Alexandra Pastor

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Bruno Alves gere o negócio que os pais iniciaram há cerca de 25 anos atrás. Da sua pastelaria, sita ao Pico da Pedra saem nas semanas que antecedem a Páscoa uns generosos 2.000 a 2.500 folares de 1, 2 e 3 ovos. Se o primeiro é feito à moda antiga, já os de 2 e 3 ovos são cozidos num modo mais funcional para a pastelaria. Uma vez preparados são distribuídos para pequenos comerciantes e para grandes superfícies comerciais. Todos os anos, desde que está em atividade, a Pastelaria Fonte Bela vai tentando subir o patamar na confeção destes bolos, em muito semelhantes à massa sovada, e vai aumentando o número de folares confecionados. Embora o seu core business seja fornecer estabelecimentos comerciais, Bruno Alves admite a disponi-

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bilidade para receber pedidos especiais, nesta ocasião. “O nosso core business é fornecer o comércio, mas se me aparecer aqui alguém a pedir que faça um folar com um determinado número de ovos – isso acontece mais com famílias numerosas – eu não digo que não o faço. O processo de cozedura é um pouco diferente, à medida que vamos adicionando mais ovos, é mais difícil de obter uma cozedura uniforme.” Em alguns casos, num estilo claramente mais moderno, os ovos cosidos na sua casca são pintados a tons diferentes, e os bolos encimados por tranças de massa ou outras tiras decorativas. E se as cores coloridas dos ovos destes folares fazem lembrar outros doces que se associam agora à Pascoa (amêndoas ou ovos de Páscoa), a verdade é que este

pasteleiro acredita que o Folar mantém-se como uma tradição difícil de quebrar. Segundo Bruno Alves, tem havido espaço para todas as guloseimas associadas à quadra pascal, e o negócio, pelo menos até à data nunca se ressentiu da diversificada oferta. De região para região portuguesa o folar da Páscoa ganha formas e sabores diferentes, umas vezes doce outras vezes salgado, com ou sem ovos, consoante as alterações que o tempo foi introduzindo. Sabe-se que hoje, tal como no passado, embora não seja de referência fácil perceber-se quando se iniciou, a oferta de folares tem muito de solidariedade e dádiva, pelo que é ainda muito comum padrinhos oferecerem aos seus afilhados um folar na Páscoa, o mesmo sucedendo com avós e netos.


Páscoa em São Miguel

Hostels com bons números

Está ganhar alguma popularidade fazer uma escapadinha quando chegam as férias da Páscoa. Se dos Açores para fora as opções começaram a surgir há poucos anos, com pacotes cada vez mais aliciantes, o contrário também está, claramente, a acontecer. Natacha Alexandra Pastor

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Com as férias escolares de fim de período à porta já há quem tenha delineado uma escapadinha para proporcionar à família umas mini férias. Com várias propostas para os Açores, as agências de viagens têm desde os pacotes mais simples e económicos, com apenas duas noites, por um preço muito aliciante a ofertas mais dinâmicas e com outros motivos de interesse para descobrir particularmente em São Miguel, ilha para a qual é possível encontrar as maiores ofertas desta Páscoa. Com um panorama bastante animador, alguns hostels contatados pela nossa redação estão com as reservas praticamente esgotadas para finais do mês de março e início do mês de abril. Os sinais são bastante positivos, sobretudo para quem se iniciou na atividade há bem pouco tempo. É o exemplo do The Nook Hostel, que tem menos de um ano de abertura. O seu gerente, Ricardo Resendes mostra otimismo quanto aos primeiros tempos de atividade, e não deixa de apontar que muita gente está a viajar até aos Açores, aproveitando estas passagens “tão baratas”. “Não duvido que as low cost trouxeram mais turistas. Temos o caso de muitos estudantes que estão a vir, que dou-

tra forma não poderiam, pois aproveitam estas passagens. Não tenho dúvidas disso, aliás há muita gente me diz que já tinha feito pesquisas para vir aos Açores, mas que achavam extremamente caro chegar até cá, sendo que agora conseguem fazê-lo.” Num pequeno contato com alguns dos mais recentes hostel abertos na cidade de Ponta Delgada, percebe-se que há boas expetativas para a quadra da Páscoa, com as reservas praticamente esgotadas, quando ainda faltavam cerca de três semanas para o início das férias escolares desta quadra. Tal acontecia nas reservas quer do Vintage Place Guest quer no The Nook Hostel. E a bem da verdade o panorama de casa cheia para o fim do mês de março e início do mês de abril está em linha com a boa taxa de ocupação registada nos dois primeiros meses do ano. Janeiro e fevereiro foram meses muito bons para ambas as marcas, foram além do que tinham pensado que acontecesse. Ricardo Resendes está, por isso, bastante otimista quanto aos próximos meses e manifesta enorme satisfação considerando que a sua unidade tem pouquíssimo tempo. A comunicação interna e externa é uma ferramenta importante na divulgação do

espaço, explica o gerente do The Nook Hostel, razão pela qual a unidade está presente em inúmeras plataformas e redes sociais. “Recebemos muitas reservas e pedidos online. É de facto a forma mais comum de chegarem a nós. E estamos presentes em muitas plataformas: TripAdvisor, Facebook, Twitter, Instagram, entre algumas outras”. Curiosa é também a panóplia de nacionalidades que chegam até este hostel. Conforme explica Ricardo Resendes, há turistas que vêm de muitos países europeus – maioritariamente – mas já há alguns casos curiosos de outras paragens mais distantes, como seja da Malásia, Nova Zelândia ou Coreia do Norte. No topo da tabela surgem os turistas de Portugal Continental, os alemães, os holandeses e espanhóis. Quanto ao perfil do turista que está a aparecer no hostel há um misto de diferentes estilos de turista. No Vintage Place Guest o cenário é mais ou menos idêntico. Os primeiros dois meses do ano foram extremamente positivos e março está a seguir o mesmo rumo. Embora à data da nossa conversa março ainda não estivesse preenchido, faltava muito pouco para atingir os 100%.

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eventos

Azores Airlines Rallye com nova imagem mas com a identidade de sempre Com um novo nome e uma nova imagem, o SATA Rallye Açores é agora o Azores Airlines Rallye. A mudança aparece associada à nova imagem da SATA. Natacha Alexandra Pastor

Carlos Costa

Aguardada que era a apresentação da nova imagem associada à prova de ralis nos Açores, o SATA Rallye Açores, acaba de mudar de nome, passando a intitular-se Azores Airlines Rallye, uma alteração apenas de nome e imagem, já que a identidade da prova mantém-se. A mudança deve-se a um reposicionamento da marca da companhia aérea SATA, o principal patrocinador da prova que tem lugar nos Açores e que corre o mundo em fotografias e vídeos que despertam curiosidade. A prova, que faz parte do calendário do ERC, e que este ano tem lugar entre os dias 2 e 4 de junho, merecerá uma

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apresentação mais próxima da data do evento, e nessa altura talvez seja conhecida, também, a posição oficial quanto à continuidade da prova desportiva que cativa milhões de espetadores por todo o mundo por um período contratual de mais três anos. Na cerimónia de apresentação da nova imagem, Francisco Coelho, em nome do Grupo Desportivo Comercial, entidade a quem cabe toda a organização do Azores Airlines Rallye, apontou um sonho. “Temos agora, depois de consolidar a nossa posição no European Rally Championchip, apenas um alvo que ainda não nos foi possível chegar, o World Rally

Championship (WRC). Permitam-nos que sonhemos.” Na cerimónia esteve também Vítor Fraga, secretário regional do Turismo e Transportes, que afirmou que a nova imagem do Rali dos Açores assinala uma nova era para a prova, mas também para o Grupo SATA, principal patrocinador desta etapa do Campeonato Europeu de Ralis. O mesmo responsável manifestou ainda a certeza que a edição deste ano do Azores Airlines Rallye será, mais uma vez, “a melhor edição de sempre” e que os números em termos de projeção serão novamente superados, “como tem vindo a acontecer ano após ano”.


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restauração

taberna bay

Comida com alma e coração É o recuperar do conceito de uma taberna, um local onde sempre se comeu bem, e sempre pratos típicos da localidade onde se insere. Foi com este espírito que o Chef Álvaro Lopes anuiu à vontade e ao desafio de alguns amigos que o inspiraram a abrir um espaço seu. Natacha Alexandra Pastor

Valter Franco

Tendo um curriculum que o levou a ser chef em vários restaurantes de unidades hoteleiras nacionais e regionais, o Chef e proprietário da Taberna Bay, novo restaurante na freguesia de São Roque, em Ponta Delgada, está feliz na sua cozinha, onde põe mãos a pratos tipicamente regionais, usando com muito fervor todos os produtos açorianos que encontra. Entre a pimenta da terra, a carne e peixes açorianos, o limão galego e a açafroa, até já descobriu que há muitos anos atrás em mesas

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açorianas se consumia o feijão arroz. Desaparecido da culinária, foi à sua procura e encontrou um pequeno grupo de produtores. É com este sentido de reavivar a boa comida açoriana que o Chef Álvaro Lopes acaba de inaugurar este restaurante, com dimensão para 34 lugares e uma ampla esplanada com ótima vista sobre a Praia dos Santos. É um espaço pequeno “tal e qual se querem as Tabernas”. Mais do que acolher muita gente “queremos um espaço de convívio, onde

se come bem”, explica o Chef à nossa revista. “As tabernas sempre foram conhecidas por serem pontos gastronómicos onde se comia a comida mais pura, a mais tradicional. Eu quis pegar nesse conceito e introduzi-lo no Taberna Bay. Trabalho única e exclusivamente com produtos açorianos. Tento fazer a comida o mais próximo daquilo que se fazia antigamente. Utilizo banha de porco para fritar o peixe e fazer certos refogados. Procuro dar tempero com o limão


Chef Álvaro Lopes é membro da World Master Chef Society e Presidente da Tertúlia do Petisco.

galego e a açafroa, ou com a pimenta da terra e o colorau. Tem sido curioso, porque tenho aprendido e descoberto algumas coisas. Há dias descobri que as assaduras eram pedacinhos de carne utilizados para encher chouriços, quando eu tinha uma ideia um pouco diferente. Fui pesquisar mais e acabei por ver que também se faziam assaduras na verga, chamuscando-as um pouco com um maçarico, a fim de perceber se o tempero da carne estava bom ou não. E neste contexto, procuro, então, servir o mais puro e o mais original da gastronomia açoriana, para que, quem nos visita saiba o que é comer, não num restaurante açoriano, mas numa casa de um açoriano. Devo dizer que quanto à qualidade dos produtos açorianos, nós temos excelentes produtos. A carne é a melhor carne do mundo, temos dos melhores peixes, frutas, queijos, e não podemos

estragá-los durante a confeção. O melhor que há a fazer é servi-los da forma mais simples, sem grandes molhos e nos tempos de cozedura normais. É aí que fica a crítica aos açorianos que usam tempos de confeção demasiado longos, acabando por enfraquecer o verdadeiro sabor dos produtos. Um peixe não se quer demasiado grelhado, uma carne não se quer demasiado cozinhada.” De portas abertas desde o passado dia 1 de fevereiro, os comentários quanto às especialidades da casa e ao recuperar de pratos gastronómicos tão característicos têm sido muito positivos e o restaurante tem mantido sala cheia, sobretudo no horário de almoço e aos fins-de-semana. Com um percurso profissional diversificado, o Chef Álvaro, que até se iniciou na área da publicidade, percebeu desde cedo que a sua vocação era a cozinha. De Lisboa para os Açores, abriu vários restaurantes de hotéis açorianos

e outros espaços em diferentes ilhas. “Comecei na área da publicidade e percebi que aquilo não era decididamente o que eu gostava de fazer. Através de um amigo que estava na Vela Latina, eu comecei a trabalhar lá em 1990. Comecei por lavar loiça, e depois descascar batatas. Era assim que se começava antigamente. Primeiro passávamos por esta experiência. Não é como acontece hoje, que se vai para as escolas e saem de lá julgando que já são Chef’s. Nesse entretanto, matriculei-me na Escola de Hotelaria do Estoril, depois na Escola de Hotelaria de Lisboa, e fui passando por vários restaurantes e hotéis em Lisboa até chegar aos Açores, em 2002, de onde já não voltei a sair.” Com influências do continente, há ainda alguns pratos portugueses inscritos no menu, como sejam os famosos pezinhos de coentrada e a sopa de cação, típicos do Alentejo e que são muito elogiados. c ria ti va magazine • 27


cultura

De regresso às origens: Torahs guardados na Arca da Sinagoga de Ponta Delgada

É mais um passo na devolução à sinagoga de Ponta Delgada de bens que estavam há muito ausentes deste espaço. Ao regresso dos Torahs ao centro interpretativo e museológico da cultura hebraica nos Açores haverá a juntar outras peças que ainda estão dispersas. Natacha Alexandra Pastor

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Regressaram à Arca da Sinagoga de Ponta Delgada dois Torahs que estiveram guardados durante alguns anos em Lisboa. Juntaram-se a outros dois símbolos que já haviam sido transferidos para a mesma sinagoga, fechando-se mais um capítulo na recuperação do legado deste espaço que esteve largos anos disperso. O momento mereceu a presença do presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada, de Jorge Delmar e de José Carp, ambos descendentes da antiga comunidade israelita de Ponta Delgada. Para José Manuel Bolieiro, tratou-se de um “dia simbólico, de reconstituição de um património que estava em Lisboa”, acrescentando que prossegue a investigação sobre “todo o património desta sinagoga que ainda possa estar por entregar”.

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Uma das pessoas envolvidas no longo processo de recuperação da Sinagoga Sahar Hassamain, José de Almeida Mello, comentou à Criativa a importância deste ato. “O regresso dos Torahs à Sinagoga Sahar Hassamaim, de Ponta Delgada, faz parte de um processo de recuperação do legado hebraico Açoriano, de uma forma especial o de Ponta Delgada. O regresso destas peças, datadas do século XIX é mais um passo importante neste sentido. Contudo a recolocação dos Torahs na Arca da Sinagoga é de grande importância, na medida em que a Arca fica mais completa, figurando desta forma quatro Torahs. Os quatro Torahs que neste momento se encontram na Sinagoga saíram entre os anos de 1967 e 1997, regressando dois em abril de 2015, um de Lisboa e outro de

uma casa privada em Ponta Delgada, e regressando estes últimos dois no dia 22 de fevereiro deste ano. A entrega simbólica e colocação na Arca foi de José Carp e de Jorge Delmar. Ponta Delgada recupera assim grande parte do seu legado hebraico, bem como o mais expressivo. Enquanto responsável pela coordenação do projeto de recuperação (2000-2015) e atual funcionamento e gestão do museu da Sinagoga, 22 de fevereiro, é para mim um dia histórico, uma vez que foram entregues dois Torahs, que estavam em Lisboa depositados e que faziam parte da identidade religiosa da Sinagoga. Estamos a trabalhar de igual modo para recuperar outras peças que ainda estão dispersas. Estamos certos que iremos fazer voltar ainda outros legados.”


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Testemunhos do tempo

Flausino Duarte de Almeida

… um tempo vivido entre a Salga e New Bedford… entre 1942 e a atualidade….

José de Almeida Mello Historiador

Flausino Duarte de Almeida nasceu a 28 de abril de 1942, sendo no entanto registado por engano no dia 28 de maio do mesmo ano, na Salga, na rua direita, Chã das Lojas, na casa paterna, filho de José Duarte de Almeida e de Eugénia de Medeiros Lino, neto paterno de António Duarte de Almeida e de Ana Mafalda de Jesus e neto materno de José de Medeiros Lino e de Maria da Conceição Resendes, estes naturais da freguesia de Achadinha. Foi batizado na igreja de São José, pelo padre local. Frequentou os primeiros anos da escola primária na sua terra natal Flausino desde de tenra idade ajudou os pais nas lides da terra e da lavoura, tendo mais tarde ido para a «tropa», onde esteve no Quartel 18, na freguesia de Arrifes, nesta ilha de São Miguel, na década de 1960. No contexto da guerra ultramarina portuguesa e do Estado Novo, ainda jovem procurou novos horizontes, à imagem de milhares de açorianos que partiram para a América do Norte, sem saber a língua inglesa, os usos e costumes daquela terra, não sendo por isso fácil a integração nesse meio geográfico e social. Quando ali chegou, no início de setembro de 1966, já viviam naquela cidade, desde de 1964, seus pais e irmãos mais novos. Fixou residência no norte de New Bedford, tendo vindo casar à Achadinha, na igreja de Nossa Senhora do Rosário, com Rosa Tavares, no dia 17 de setembro de 1967, e de seguida regressado àquela cidade norte americana. Flausino, já casado e com a mulher, foi viver na Nash Road, 154, no mesmo edifício onde seus pais também viviam, bem como seu irmão, José, cada um num apartamento. O nosso biografado vive desde então até à atualidade, sempre no norte daquela cidade, bem como sua mulher, até à data da morte desta em 2012. Durante mais de três décadas trabalhou na cidade de Boston, no aeroporto Logon, fazendo manutenção na área da construção civil. Com o esforço do seu trabalho, Flausino comprou duas casas, em New Bedford, e viveu na Prescott, valorizando o seu conforto e bem-estar. Todos os dias lê os jornais locais, editados em língua portuguesa e em língua inglesa, estando sempre a par da bolsa e das políticas nacionais e internacionais dos Estados Unidos. Frequenta sempre a igreja de Nossa Senhora da Conceição, onde seus dois filhos, já nascidos em território americano, foram batizados e crismados, bem como sua família. Flausino participa na

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vida da comunidade portuguesa local, ao frequentar os restaurantes, cafés, padarias, lojas de mobiliário, cabeleireiros e as festas religiosas e populares da comunidade açoriana ali residente. Viaja todos os anos para a ilha de São Miguel, aqui fica na Salga, durante o verão, e frequenta as festas dos Santos e das Santas, bem como encontros sociais, com pessoas amigas. O biografado participa, na sua forma de estar e de viver em comunidade, dentro dos seus valores culturais e identitários. Hoje Flausino vive nos Estados Unidos, viaja com frequência para a Florida, onde um dos dois filhos vive, para além de uma irmã e de um irmão e respetivas famílias. A Salga está sempre presente, na partilha da palavra, no viver e no recordar de tempos que já foram, mas que se fazem todos os anos no reencontro da palavra e do verbo, neste homem, que trilhou sua vida em terras distantes e geladas da América do Norte, como sendo o percurso do homem e da sua família na linha do tempus.


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Um olhar criativo Fotos: Paulo Rodrigues Jorge

“ESTA PÁGINA É DEDICADA AOS ENTUSIASTAS, QUE DE UMA FORMA APAIXONADA PARTILHAM O SEU OLHAR, POTENCIANDO A ARTE E O GOSTO PELA FOTOGRAFIA.”

Composição da amizade José Alberto Ornelas

Mais um dia na minha ilha O meu caminho

Coordenação: Paulino Pavão

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Edição:


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Desporto motorizado

LUÍS PIMENTEL, Presidente da Associação de Pilotos de S. Miguel

“Queremos um campeonato igual ao da Madeira” A Associação de Pilotos de S. Miguel é uma organização que visa defender os interesses dos pilotos de ralis residentes nas ilhas de S. Miguel e S. Maria. Renato Carvalho

Carlos Costa

O piloto micaelense, Luís Pimentel, é o presidente da colectividade. Como apareceu a associação? Luís Pimentel: A ideia surgiu, para que os pilotos, em união, pudessem discutir aquilo que querem a nível de regulamentos. Podermos apresentar propostas, junto das organizações, para que o campeonato seja disputado com o agrado de todos e ter o máximo de participantes possíveis. A associação também trata de assuntos dos pilotos residentes em Santa Maria. - Quais são os objectivos concretos? Luís Pimentel: Os objectivos são arranjar boas condições para os pilotos, junto da federação e dos seus representantes. Nós podemos apresentar ideias e tem sido conseguido. Baixar o valor das licenças desportivas. As melhores condições possíveis, junto das organizações das provas. Fazer parcerias, mais uma vez, nós renovamos os acordos

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Nos Açores, temos de nos deslocar entre ilhas, pagar viagens de avião e transportes marítimos, o que não acontece a quem está na Madeira ou no Continente. com Atlânticoline e a Transinsular. Isto facilita, em muito, a participação das equipas e reduz os custos. Vamos tentar com a SATA um protocolo, para conseguir viagens mais baratas e assim trazer mais pessoas a participar nas provas. - Qual o tipo de dificuldades que sentem os pilotos? Luís Pimentel: As organizações marcam datas, tratam das coisas

todas e esquecem-se dos pilotos. Quero salientar, que temos tido um bom apoio do Grupo Desportivo Comercial, tanto por parte da sua direcção, como da parte técnica. Têm reunido connosco e têm tentado perceber as nossas dificuldades, mas não podemos ter apenas um clube, precisamos de todos. Apesar das reuniões, não temos conseguido o apoio que queríamos. Sem pilotos não há provas. Os clubes são apoiados em praticamente todas as provas, pela Fábrica de Tabaco, pela Direcção Regional de Desporto e pela Direcção Regional de Turismo. Infelizmente este apoio não nos tem chegado como nós queremos. Cada vez mais, temos menos pilotos a disputar o campeonato. Este ano vamos ter cerca de vinte cinco provas em todas as categorias, nos Açores. Para o “Regional”, que são sete ralis, pretendemos que os clubes sejam sensíveis e percebam que têm de melhorar as condições.


Nos Açores, temos de nos deslocar entre ilhas, pagar viagens de avião e transportes marítimos, o que não acontece a quem está na Madeira ou no Continente. - Como analisa o actual panorama de ralis nos Açores? Luís Pimentel: A nossa proposta, para este ano, teve, mais uma vez, a colaboração do Grupo Desportivo Comercial, a quem agradeço e também contamos com o contributo do Decq Motta. O director da Federação Portuguesa de Automobilismo e karting reuniu connosco e ouviu as nossas propostas. Basicamente, queremos um campeonato igual ao Campeonato de Ralis da Madeira. A nossa proposta é que todo e qualquer tipo de carro pode participar no campeonato e pontuar. Isto é uma maneira para que qualquer pessoa que tenha uma viatura, mesmo que não seja homologada, possa participar. Espero que seja aprovada, era uma maneira de trazer mais gente para o campeonato. Nem todos têm dinheiro para ter carros homologados. Se foi aprovado para a Madeira não há razões para não ser aprovado cá.

ESCOLA DE CONDUÇÃO DEFENSIVA

Nos últimos tempos, Luís Pimentel não tem participado nos ralis. Quais as razões do afastamento? Luís Pimentel: A razão tem sido a falta de apoios para montar um projecto como gostaria. Quero continuar a correr mas a minha vida profissional não permite estar presente. O que pretende fazer no futuro? Luís Pimentel: Este ano vou dedicar-me a apoiar a associação de pilotos. Tenho um projecto pessoal com o meu filho. Vamos abrir a primeira escola de condução defensiva nos Açores. Iremos às outras ilhas para dar cursos de formação. No entanto, pretendia participar em uma ou duas provas. cria ti va magazine • 35


consultório jurídico

Carlos Melo Bento advogado

Perante um despedimento coletivo, numa empresa privada, pode um trabalhador, sentindo-se injustiçado, recorrer ao tribunal solicitando a anulação da medida da entidade empregadora? Em que casos pode ser a empresa obrigada a rever a empregabilidade deste trabalhador? Esta questão não é fácil de responder, pois tem de saber-se primeiro a razão da injustiça. O despedimento coletivo resulta normalmente de duas razões. A primeira é a empresa deixar de ter serviço para dar. A outra é a necessidade de reestruturar a empresa, para modernizá-la, por exemplo. Em ambos os casos estão regulados por lei os direitos dos trabalhadores. Caso esses direitos sejam violados o trabalhador pode sempre recorrer ao tribunal. Quanto a obrigar a empresa a anular o despedimento, isso só seria possível se aquela tivesse violado os rígidos procedimentos legais para o despedimento coletivo. Falsificando os motivos, por exemplo, dizendo que não tinha clientes e os tinha, ou não fazendo a reestruturação anunciada. Mas, como digo, só sabendo o caso concreto em toda a sua extensão se pode responder às questões postas, pois a matéria é muito vasta e apresenta muitas variantes. Cada caso é um caso.

Simule-se o caso de um divórcio litigioso entre um casal com filhos menores à sua responsabilidade. Quais os passos normais nestes casos? Quem decide a guarda partilhada ou total dos menores? Uma vez decidida a guarda partilhada, um dos progenitores pode opor-se e voltar a levantar o pedido de guarda total? Após quanto tempo é possível avançar com este 2º pedido? A partir de que idade pode a opinião/vontade do menor ser tida em conta? Em primeiro lugar é tentado um acordo entre os pais. Se for conseguido esse acordo, o tribunal deve ser chamado a confirmá-lo. Se o tribunal entender que o acordado entre os pais defende o melhor interesse dos menores, confirma-o, dando-lhe a força de sentença que todos têm de cumprir. A guarda partilhada, se não for esse o acordo dos pais, pode ser decretada pelo juiz se isso for o melhor para os menores. Nestes casos, o Juiz normalmente manda os Serviços Sociais competentes fazer uma investigação e produzir um relatório aconselhando o tribunal em determinada direção que o Juiz pode seguir ou não pois tem acesso a outras provas e é ele a autoridade máxima. Qualquer um dos progenitores (ou qualquer pessoa através do Ministério Público) pode pedir a alteração do regime estabelecido desde que tenha razões fortes para o fazer baseadas em factos que aconteçam depois da primeira decisão/sentença e que prejudiquem o menor. Não há propriamente prazo para avançar com o segundo pedido. Basta haver circunstâncias novas que o justifiquem. O menor é sempre ouvido logo que tenha 12 anos e pode ser ouvido mais novo ainda se tiver discernimento para isso e o Juiz achar que isso é importante e não o vai prejudicar.

PróximaS Edições

Tem alguma questão jurídica que gostaria de ver respondida?

Envie-nos por email: redacaodacriativa@gmail.com

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saú d e Saúde

Artigo elaborado por: INSTITUTOPTICO - www.institutoptico.pt

Sabe o que é o estrabismo? É um desequilíbrio na função dos músculos oculares, que faz com que os dois olhos não fixem o mesmo ponto ou objeto ao mesmo tempo, ou seja, enquanto um dos olhos fixa um objeto o outro está desviado (desvio dos olhos). Existem três tipos de estrabismo: estrabismo convergente (é o tipo mais comum, acontece quando o desvio de um dos olhos é para dentro), estrabismo divergente (o desvio de um dos olhos é para fora) e estrabismo vertical (é quando um olho fica mais alto ou mais baixo do que o outro). Causas: Na maior parte das vezes a causa do estrabismo não é conhecida. Sabe-se no entanto que os desvios oculares podem em alguns casos ter origem genética, noutras situações aparece em pessoas com uma hipermetropia elevada e também aparece em pessoas com problemas neurológicos. Sintomas: olhos cruzados; olhos que não se alinham na mesma direção; visão dupla; perda da perceção de profundidade; movimentos oculares des-

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coordenados (olhos não se movimentam juntos). Tratamento: O tratamento do estrabismo na maioria dos casos passa sempre por uma intervenção cirúrgica aos músculos extraoculares, exceto no estrabismo acomodativo em que o tratamento é feito através da correção ótica (hipermetropia) com óculos ou lentes de contacto (correção de estrabismo).


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sAÚDE

Alimentação em idade escolar

A Nutricionista - Catarina Garcez Coelho - C.P.: 0635N

Os hábitos alimentares incutidos durante a infância são determinantes na fase adulta do indivíduo, influenciando os seus comportamentos alimentares. Os pais e os educadores são os principais responsáveis pela aprendizagem desses hábitos saudáveis. Uma alimentação saudável é fundamental para o desenvolvimento e crescimento da criança, deste modo a alimentação deve respeitar as suas necessidades diárias e incluir um pouco de todos os alimentos

existentes na Roda dos Alimentos, respeitando sempre as porções recomendadas. A alimentação diária deve ser repartida entre 5 a 6 refeições, com intervalos de 3 horas entre elas: pequeno-almoço, meio da manhã, almoço, lanche, jantar e ceia. Os grupos que estão representados em tamanho maior na Roda dos Alimentos, devem ser consumidos em maior quantidade. São estes, os Cereais, os hortícolas e as frutas. Os cereais (pão, arroz, massas, cereais de pequeno-almoço) devem estar presentes em todas as refeições da criança, visto serem os principais fornecedores de energia. É importante incluir legumes nas refeições do almoço e do jantar, sendo a sopa a forma mais fácil de incluí-los. Por vezes as crianças rejeitam-na, porém há maneira de contornar esta recusa através da transformação da sopa em algo apelativo e divertido. Os legumes podem ser consumidos no prato sem que se apercebam, se forem misturados com os restantes alimentos (por exemplo: lasanha, empadão, arroz).

Nos lanches, a fruta e os lacticínios (leite meio gordo, iogurte), devem constar na lista de preferências. A água, também ela presente na Roda dos Alimentos, deve ser a bebida de eleição. 1,5 l de água é a quantidade recomendada a ser consumida diariamente. Em suma, já diz o ditado que “ De pequenino se torce o pepino”.

Produção

Cultura do milho duplicou em poucos anos Desde o início do anterior Quadro Comunitário de Apoio e até 2015, a área cultivada com milho na região cresceu mais de 50%, fazendo assim com que em 2015 existisse mais 11.000 hectares de terra dedicada a este cultivo. Os dados foram transmitidos pelo secretário regional da Agricultura e Ambiente durante o arranque oficial do 8º colóquio nacional do Milho, promovido em Ponta Delgada pela ANPROMIS, em colaboração com a Associação Agrícola de São Miguel. Estima-se que haja em Portugal mais de 80.000 unidades produtivas, ocu-

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pando cerca de 170.000 hectares de área cultivada. Os trabalhos desenrolaram-se essencialmente sobre a cultura do milho, tendo o governante açoriano com a pasta da Agricultura considerado que “o milho, enquanto cultura arvense mais relevante na Região, constitui-se como fator de produção decisivo ao sucesso das explorações açorianas”, fazendo ainda notar que “a alimentação animal de qualidade é naturalmente uma das variáveis que não pode ser ignorada” no desafio da redução de custos e aumento da qualidade.


De “Santa Clara” a Clube Desportivo Santa Clara: um longo advento

Antecipando a década do centenário.

1918 e 1919 (os americanos em Santa Clara) João Pacheco de Melo Se o ataque do submarino alemão (4 de Julho de 1917) adiou e desregulou a disputa dos “Campeonatos de Santa Clara”, com a chegada dos “americanos” aquela competição ficou suspensa, assim se mantendo ao longo de 1918 e 1919. No início de 1918, já com a peça 175mm que vinda dos EUA ficou instalada onde hoje está o Farol de Santa Clara, “os americanos” 1

eram presença habitual na localidade. Por esta altura o Campo Açores deixou de permitir a prática desportiva, convertido que ficou em local de alojamento do contingente americano afecto à base naval de Ponta Delgada. Com o seu palco principal, agora sob a denominação de “Field Azores”, transformado em recinto militar, o futebol em São Miguel, em especial “os Campeonatos de Santa Clara”, passaram para segundo plano, situação que se manteve cerca de dois anos. Ao longo deste tempo, em Santa Clara, até houve que resistir “à colonização desportiva americana”. Então, não só jogar fu-

tebol estava condicionado, como o apelo à prática do basebol era enorme, de tal forma significativo que, durante vários anos (quase até aos dias de hoje), praticou-se em Santa Clara uma variante daquela modalidade, mantendo-se ainda as corruptelas de alguns termos usados no basebol: tal como o próprio nome do próprio “jogo dos ramos”, derivando de “run” e/ou “home run”, ou “beice”/beiço, com origem em “base”: cada uma das quatro decisivas etapas do “basebol game” e extremas do “jogo dos ramos”. No próximo número abordaremos o ano de 1920.

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1 – Panorâmica geral do “acampamento americano” no “Field Azores” que, tirada do alto “das pedreiras da doca”, permite ver ao fundo as chaminés da Fábrica do Açúcar; 2 – Parte substancial do contingente americano, tendo como cenário, a Norte, “as pedreiras da doca”; 3 – A “peça americana” que esteve instalada onde hoje está o Farol de Santa Clara, já então (década de 20 do século XX) em posse do Exército Português e a ser desmontada para ir defender outra zona da costa.

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eventos VI Torneio de golfe “Irmãos Rebelo” Direitos Reservados Pela sexta vez, a empresa Irmãos Rebelo promoveu em São Miguel um torneio de Golfe, com o alto patrocínio da marca BOSCH, da qual a empresa é distribuidor oficial para os Açores, que levou até ao Batalha Golf Course vários aficionados pela modalidade.

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Festival da Malassada C.M. Lagoa O Centro Comunitário Padre João Caetano Flores, na freguesia da Ribeira Chã, acolheu a terceira edição do Festival da Malassada. Para além da degustação do doce típico do Carnaval, os presentes foram brindados com uma forte animação.

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“(Im) Permanência da vida” C.M. Ribeira Grande Esteve patente na Casa do Arcano a exposição “(Im) Permanência da vida”, de Lília Moniz, um trabalho que assenta no abstrato e expressivo. A mostra reuniu vinte trabalhos da artista micaelense que, aos 22 anos de idade, mudou-se para o continente português para estudar Artes Gráficas, Educação Visual e Belas Artes.

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Matiné de Carnaval na Povoação C.M.Povoação Centenas de crianças da Povoação juntaram-se para celebrar o Carnaval. Muita cor e alegria marcaram a Matiné dedicada para a criançada que contou com a animação dos palhaços Risoleto e Tristoleta, junto com as mascotes da Minie, do Mikey, do Panda e da Moranguinho.

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Festival de Comédia NOS Com o especial patrocínio da NOS, o Teatro Micaelense recebeu grandes nomes portugueses da comédia. A 2ª edição do Festival de Comédia contou com a brilhante atuação de Eduardo Madeira, Aldo Lima e Hugo Sousa. A sala do Teatro encheu-se de imensa animação.

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A BELEZA DA NATUREZA ALIADA à CIÊNCIA

cabelo em foco

O ciclo de cuidado do cabelo começa com um serviço profissional no salão e é mantido em casa com um cuidado diário. Os nossos produtos correspondem a elevados níveis de exigência em termos de segurança e eficácia, e tentamos de forma contínua minimizar o nosso impacto ambiental. Uma inovação de tratamento profissional da cor Como a orquídea que parece nunca perder cor, a coloração desafia o tempo. Inspirado na desafiante orquídea, ajuda a manter a profundidade da cor, brilho e tonalidade para um cabelo com uma coloração viva. Esqueça as cores desvanecidas. Esta fórmula, inspirada na natureza, ajuda a proteger o cabelo, a equilibrar os seus níveis de hidratação e manter o fio de cabelo com a cor brilhante, vibrante e verdadeira. Uma inovação na suavidade profissional Como a impermeável flor de camélia, o cabelo fica protegido contra a humidade. Inspirado pelas propriedades resistentes da flor de camélia. Diga não ao frisado e ao volume indesejado com as novas fórmulas inspiradas nas propriedades impermeáveis da flor de camélia. Fórmulas que trabalham de forma a criar uma cápsula em volta do cabelo e a alinhar a cutícula para que se possa absorver a hidratação e controlar a suavidade do cabelo em abientes com níveis de humidade até 97%.

Um tratamento profissional e inovador de hidratação Como a planta de aloé, o cabelo retém a hidratação. Inspirado na planta aloé que parece nunca secar, ajuda a otimizar o equilibrio de hidratação para um cabelo com aspecto saudável. Hidrate o cabelo seco e sedento com as nossas fórmulas inspiradas nas propriedades de retenção de hidratação da planta de aloé. Os níveis de hidratação do cabelo são otimizados através da sua absorção e retenção. Uma inovação profissional de volume Como a expansiva flor de algodão, o cabelo fica preenchido e com volume. Inspirado nas propriedades expansivas da suave flor de algodão. Dê corpo e volume através das propriedades expansivas da flor de algodão. Agora, aumentando o espaço entre as fibras capilares, os cabelos sem vida ficam com movimento e volume duradouros.

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Grupo ilha verde assinala 45 anos de atividade Carlos Costa O Grupo Ilha Verde assinalou, em Ponta Delgada, o seu 45º aniversário. Perante uma data tão marcante, foi promovido um jantar convívio com todos os trabalhadores do grupo, uma receção comemorativa que teve lugar no Solar da Graça.

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Bailes de Carnaval no Coliseu Micaelense Miguel Machado / Coliseu Micaelense Duas noites de casa cheia. Elegência, animação e diversão marcaram os dois bailes de Carnaval no Coliseu Micaelense. A primeira noite foi animada pela Orquestra Ligeira de Ponta Delgada e a banda Stereo Mode & Convidados. No Foyer a música foi outra, com a dupla Disko Groovers, constituída pelos Djs Matti e Eurik. O baile de segunda-feira foi animado por Jaime Goth, a que se juntou os Stereo Mode & Convidados e o Dj El Loco, enquanto no Foyer, Matti e Riko animaram o público com sons disco, house, techno e electro.

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inauguração Lava Jazz Bar Carlos Costa Inaugurado em fevereiro, o Lava Jazz Bar apresenta um conceito diferenciador na área musical na cidade de Ponta Delgada. Um quarteto residente brindará os clientes com música jazz de quarta a sábado.

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11ª EDIÇÃO DO FESTIVAL DE CANTORIAS AO DESAFIO C.M.Lagoa A 11.ª edição do festival de Cantorias ao Desafio foi um sucesso. Centenas de pessoas acompanharam mais esta edição que durou três dias. Não faltou boa música, sempre acompanhada pela tradicional gastronomia, propositadamente confecionada pela comunidade dos Remédios.

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Miss Queen Portugal C.M. Povoação Teve lugar nas Furnas pelo segundo ano consecutivo, numa organização do Mira-Mar Sport Club, a etapa Açores da Miss Queen Portugal. Inscreveram-se várias candidatas das ilhas de São Miguel, Pico e Terceira, que foram avaliadas por um júri composto por Rui Fravica, em representação da Câmara Municipal da Povoação, Ricardo Monte-Verde, Diretor Nacional da Miss Queen, Letícia Silva, Gisela Rodrigues e Luana Cruz.

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Workshop e Festival de Patinagem Artística

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Espetáculo DEAD COMBO E AS CORDAS DA MÁ FAMA

qui.

sáb.

13 dom. 15a

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Escola Básica e Integrada de Nordeste

Teatro Micaelense

Maratona Monbike BTT lagoa

Festival TREMOR Ponta Delgada

até

20 até

01 abril 02 abril até

22 maio

Exposição Pernalta

Convento dos Franciscanos

Exposição “Viajando pelo Mundo...com bonecas” Foyer do Coliseu micaelense

MTV INSOMNIA

Pavilhão de exposições da Associação Agrícola

Exposição PROFISSÕES: MEMÓRIA E ATUALIDADE

Núcleo de stª bárbara - ponta delgada

Festival Internacional de Francesinhas Associação Agrícola de São Miguel

março

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Agenda sujeita a eventuais alterações.

AGENDA DA AGEN


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passatempos

rir

sopa de letras

lima tejo minho sorraia mira mondego

tua nabão vouga tâmega cávado ZÊzere

soluções

sudoku

sado coa douro guadiana

No médico - Sr. Dr., então o meu marido que tal está? Responde o médico: - Precisa de muito descanso e tranquilidade. Vou receitar este calmante. - E que quantidade devo dar-lhe? – pergunta a mulher. E diz o médico: - Não é para ele… é para si! ............................................................................................. O advogado O advogado recebe no escritório um cliente preocupado com seu processo: — Doutor, se eu perder este caso, estou arruinado. — Tudo depende do juiz... — diz o advogado. — Se eu desse um presentinho ao juiz, isso ajudaria? — Não! Este juiz é muito ético e consciente. Se lhe der um presente, só irá prejudicar-se! Nem pense nisso! Passado algum tempo, sai a sentença: a favor do cliente. Este procura o advogado e diz: — Obrigado pela dica sobre o presentinho, funcionou! — Mas como? Se você tivesse enviado o presente, teríamos perdido a causa! — Mas eu mandei o presente... Foi por isso que a ganhámos. — Você está louco? Como? — Bem, eu mandei o presente e, dentro da caixa, coloquei um cartão-de-visita do nosso adversário. ............................................................................................. Estratégia de vendedor - Trago aqui belíssimos sabonetes... - Não quero! - Desculpe tê-la incomodado, minha senhora, mas julguei que a sua vizinha não tinha razão! - Mas... o que foi que ela disse? - Que escusava de bater à sua porta porque a senhora nunca se lavava! - Ora, a atrevida! Dê-me meia dúzia de sabonetes!

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CINEMA

em março

estreia 17mar

estreia 17mar

Convergente Parte 1

O Panda do Kung Fu 3

Após as dramáticas revelações de “Insurgente”, Tris (Shailene Woodley) tenta fugir com Four (Theo James) para lá dos muros que cercam Chicago. Pela primeira vez deixam a família e a única cidade que alguma vez conheceram. Uma vez do lado de fora, as velhas descobertas cedo perdem valor com a revelação de novas e chocantes verdades. Rapidamente, Tris e Four têm de decidir em quem podem confiar à medida que uma batalha impiedosa tem início para lá das muralhas de Chicago e ameaça toda a humanidade.

Po reencontra-se com o seu pai. Juntos viajam para um paraíso secreto onde conhecem novos pandas. Mas quando o demoníaco vilão Kai começa a varrer a China derrotando todos os mestres de kung fu, Po tem de fazer o impossível – treinar uma aldeia cheia camponeses desajeitados e torná-los num invencível grupo de Pandas do Kung Fu.

vencedores óscares Melhor Filme: O Caso Spotlight Melhor Ator: Leonardo DiCaprio, O Renascido Melhor Atriz: Brie Larson, Room Melhor Realizador: Alejandro González Iñárritu, O Renascido Melhor Canção Original: “Writing’s On The Wall”, 007 Spectre Melhor Banda Sonora: Os Oito Odiados Melhor Filme Estrangeiro: Son of Saul Melhor Curta-Metragem: Stutterer, de Benjamin Cleary e Serena Armitage Melhor Documentário: Amy Melhor Documentário de Curta-Metragem: A Girl in the River: The Price of Forgiveness Melhor Ator Secundário: Mark Rylance, Ponte de Espiões

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estreia 24mar

Batman v Super-Homem: O Despertar da Justiça Com Metropolis arrasada durante a luta contra o General Zod, o Super-Homem transformou-se numa figura controversa. Para Bruce Wayne, Super-Homem é claramente um perigo para a sociedade. Temendo pelo futuro do mundo com um tal poder fora de controlo, o Cavaleiro das Trevas veste a máscara e a capa e dirige-se a Metropolis. A rivalidade entre ambos é alimentada pela amargura e pela vingança, e nada pode dissuadi-los de travar esta guerra. No entanto, uma nova ameaça surge. Alguém que possui um poder superior ao de qualquer um deles e se prepara para causar a destruição total.

Melhor Filme de Animação: Divertida-Mente Melhor Curta-Metragem de Animação: Bear Story Melhores Efeitos Visuais: Ex Machina Melhor Mistura de Som: Mad Max: A Fúria da Estrada Melhor Edição de Som: Mad Max: A Fúria da Estrada Melhor Edição: Mad Max: A Fúria da Estrada Melhor Fotografia: O Renascido Melhor Cenografia: Mad Max: A Fúria da Estrada Melhor Guarda-Roupa: Mad Max: A Fúria da Estrada Melhor Caracterização: Mad Max: A Fúria da Estrada Melhor Atriz Secundária: Alicia Vikander, A Rapariga Dinamarquesa Melhor Argumento Original: O Caso Sporlight Melhor Argumento Adaptado: A Queda de Wall Street


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aconteceu aconteceu

Berço de Empresas A Câmara de Ribeira Grande criou o serviço Berço de Empresas da Ribeira Grande – BERG –, um programa que pretende proporcionar o acesso a equipamentos de apoio às novas empresas, proporcionando-lhes condições técnicas e físicas para a sua instalação no concelho.

Meia Maratona junta Ponta Delgada e Ribeira Grande A XII Meia Maratona de São Miguel (Ponta Delgada – Ribeira Grande), organizada pelo Núcleo Sportinguista de S. Miguel, teve como parceiros as Câmaras Municipais de Ponta Delgada e da Ribeira Grande. Jantar de Gala apoia associação Alma Mater Artis A Câmara de Ribeira Grande promoveu a terceira edição do Jantar de Gala, que teve uma particularidade solidária, sendo que nesta edição visou apoiar a associação Alma Mater Artis, do frei Fernando Ventura.

Encontro das CPCJ/Açores O Cineteatro Lagoense Francisco de Amaral d´Almeida acolheu um encontro regional das Comissões de Proteção de Crianças e Jovens dos Açores /2016.

Aniversário da Escola Secundária Antero de Quental Na celebração do 164.º aniversário, a Escola Secundária Antero de Quental promoveu uma cerimónia evocativa da data, na qual marcou presença o Secretário Regional da Educação e Cultura, Avelino Meneses, que destacou o facto deste estabelecimento de ensino, ao longo da sua existência, constituir-se como “centro de formação cultural e profissional”.

Novo presidente da Associação de Juventude da Povoação Nilson Vieira é o novo presidente da Associação de Juventude do concelho da Povoação, que agora assume o lugar, em virtude do pedido de demissão apresentado pelo anterior presidente, André Ávila.

Curso de resposta em caso de catástrofe A Secretaria Regional da Saúde promoveu um curso ‘Medical Response to Major Incidents’ (MRMI), capaz de formar os profissionais de saúde para uma resposta adequada em casos de catástrofe.

Parlamento dos Jovens A sede da Assembleia Legislativa acolheu mais uma edição da iniciativa institucional da Assembleia da República: Parlamento dos Jovens, na qual participaram cerca de seis dezenas de alunos do 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e do ensino secundário, oriundos de 30 escolas.

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Março

horóscopo Astrólogo Luís Moniz (Rikinho) rikinho-astro@hotmail.com www.meiodoceu.com.sapo.pt

Carneiro 21/03 a 20/04 A vida afetiva confere grande vontade para cooperar e assumir compromissos mais profundos com os outros. A nível profissional deverá trabalhar com disciplina e persistência, de forma a poder obter os resultados desejados.

Balança 23/09 a 22/10 A vida afetiva anuncia uma magnífica energia para expressar a sua sensibilidade e consolidar novas amizades gratificantes. A nível profissional organize a sua rotina de modo a torná-la mais eficaz e rentável. Prepare-se para grandes mudanças na carreira.

touro 21/04 a 20/05 A vida afetiva indica que deve ser leal aos seus sentimentos, de maneira a poder assumir novas responsabilidades familiares. A nível profissional tenha calma, relaxe e peça opiniões imparciais. A conjuntura Cósmica protege a evolução positiva na carreira.

Escorpião 23/10 a 21/11 A vida afetiva renovada possibilita grandes voos e caracteriza relacionamentos profundos, de grande magnetismo sexual. A nível profissional o momento é de transformações positivas e deixe-se embalar por novos projetos que vão estabilizar a sua vida.

gêmeos 21/05 a 20/06 A vida afetiva exige decisões sensatas e ajuizadas, pois, neste momento de nada servirá posturas indecisas ou superficiais. A nível profissional as situações tendem a evoluir com aspetos tensos, pelo que deverá evitar confrontos com pessoas e entidades.

sagitário 22/11 a 21/12 A vida afetiva evolui lentamente, contudo, preste atenção aos pequenos detalhes que muitas vezes determinam a qualidade da relação. A nível profissional aborde os problemas mais difíceis de um modo descontraído e mantenha sempre o “espírito” otimista.

Caranguejo 21/06 a 22/07 A vida afetiva permite manifestar abertamente toda a sua sensibilidade, contudo, deverá refletir sobre decisões inadiáveis. A nível profissional esta é uma fase excelente para expandir a imaginação e desenvolver novos planos para o seu futuro.

capricórnio 22/12 a 19/01 A vida afetiva poderá apresentar alguma inquietação, mas a experiência adquirida aliada à lucidez ajuda a ultrapassar as crises. A nível profissional o Universo está a lançar-lhe desafios e, neste sentido, corajosamente, faça opções para o seu futuro longínquo.

leão 23/07 a 22/08

aquário 20/01 a 18/02

A vida afetiva apresenta-se mais harmoniosa, entretanto, mantenha uma atitude generosa em relação às pessoas circundantes. A nível profissional pode reorganizar os aspetos materiais, sobretudo para impulsionar mudanças disciplinadas no setor financeiro.

virgem 23/08 a 22/09 A vida afetiva progride positivamente e aponta um ciclo muito positivo, aliás, com confiança vai reestruturar as suas relações. A nível profissional, se as outras pessoas não quiserem acompanhar os seus planos, deve solitariamente concretizar os seus objetivos.

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A vida afetiva exaltada atrai amizades especiais e provoca um desejo de desenvolver fraternamente relações mais radicais. A nível profissional a sua confiança desafiadora ajuda a enfrentar problemas e a evidenciar toda a sua originalidade.

peixes 19/02 a 20/03 A vida afetiva apresenta uma conjuntura ótima para iniciar novas relações, com base numa amizade que concede crescimento interior. A nível profissional é fundamental dialogar e permutar conhecimentos, de forma a poder adquirir mais bagagem pessoal.


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