PASSEIO AZORES MOTORS/APRESENTAÇÃO E REVIEW DA KAWASAKI Z900 DE 2020

from Rodas Magazine - fevereiro 2020

AZORES MOTORS SPORT

AZORES MOTORS MOTORCYCLES

TEXTO: BRUNO BOTELHO FOTOS: PEDRO CARREIRO E SILVA

1º PASSEIO AZORES MOTORS E APRESENTAÇÃO E REVIEW DA KAWASAKI Z900 DE 2020

No passado dia 25 de Janeiro a Azores Motors realizou o seu 1º Passeio, o qual focou-se nas motas e em especial na apresentação de um novo modelo para o ano 2020, a Kawasaki Z900. Este passeio contou com a colaboração da empresa Horácio da Silva Garcia, a qual, através de um dos seus clientes, nomeadamente o Sr. Rogério Pacheco, cedeu a referida mota para eu testar ao longo do passeio e no final tecer um breve review sobre a mesma. De salientar que este passeio contou igualmente com a colaboração do grupo Azores 2 Wheels, os quais foram uma grande ajuda na divulgação deste evento, assim como participação no mesmo. Por conseguinte, no início da tarde de sábado os participantes deste passeio começaram a reunir-se junto da empresa Horácio da Silva Garcia, onde se notou uma afluência interessante e maioritária de motas do segmento naked, as quais variavam em cilindrada e marcas, conferindo um bonito colorido e diversidade a este evento. Em pouco tempo foi possível reunir 17 motas, constituindo assim um número muito simpático, especialmente devido às previsões meteorológicas adversas. Os presentes foram convidados a visitar o stand da empresa mencionada, onde no seu interior tiveram a oportunidade de ver de perto um exemplar da Kawasaki Z900, assim como trocar impressões. Aliás, gerou-se um convívio muito agradável e de salutar, onde a temática das motas foi sempre dominante. Ainda antes do início do passeio houve tempo para algumas palavras, onde foi feita uma breve apresentação do modelo em apreciação. O Sr. Paulo Garcia, Administrador da HSG, também dirigiu algumas palavras, salientando que a Azores Motors foi a primeira a nível nacional a fotografar e falar sobre a nova Kawasaki Z900, assim como testar a mesma. Um facto inédito e exclusivo, e sem dúvida um marco importante na atividade da Azores Motors.

Posto isto, estava dado o mote para iniciarmos o passeio! O passeio assumiu os contornos naturais de um passeio em caravana, ou seja, comigo na liderança e aos comandos da Kawasaki Z900, seguindo-se o restante grupo de forma ordeira. O itinerário deste passeio era simples, mas turístico e bonito, com o grupo a desfilar em algumas artérias de Ponta Delgada, onde uma passagem pela Avenida Infante D. Henrique, São Roque, praias e Lagoa foram pontos obrigatórios. A passagem deste grupo atraiu naturalmente a atenção das pessoas, onde a Z900 não escapou ao olhar dos mais atentos, especialmente devido à sua tradicional cor verde e design desportivo e atrevido, assim como a imponência que a secção dianteira confere a esta mota, onde a nova ótica full led marca decisivamente e positivamente a identidade deste modelo. E já que falamos na Z900, as primeiras impressões foram imediatamente positivas, especialmente pela sensação de familiaridade, visto que já tinha testado a geração anterior, assim como acessibilidade desta mota. Para começar, os comandos estão todos na posição esperada e são intuitivos e fáceis de operar, o painel de instrumentos apresenta-se devidamente atualizado, sendo um lindíssimo TFT a cores, onde consta muita informação e de forma muito legível, e a posição de condução é natural mas ligeiramente ao ataque e sobre a dianteira da mota, tipo felino, mas sem chegar a ser cansativa. O modo de condução escolhido durante alguns quilómetros foi o Road, o qual revelou-se ‘pau para toda a obra’, caracterizando-se por uma suavidade e linearidade desconcertantes, sendo muito fácil explorar o tetracilindríco de 125 cv às 9,500 rpm e 98.6 Nm de binário. Aliás, o binário deste modelo é um forte aliado, o qual associado à tal suavidade e linearidade permite progredir na estrada muito rapidamente e sem nos darmos conta. É uma suavidade enganadora, porque na realidade a partir das 2,000 rpm este motor já começa a empurrar de forma algo musculada e convincente, só que a linearidade típica dos 4 cilindros em linha disfarça esta pujança e a torna mais acessível. Porém, a partir das 6,000 rpm a Z900 entre numa faixa de rotação deliciosa e acutilante, onde a restante subida de rotação torna-se nitidamente mais rápida e convincente, levando-nos a atingir um ritmo muito rápido, mas sempre acompanhado de uma estabilidade, agilidade e precisão notáveis da ciclística. Importante referir que o controle de tração pareceu-me ter uma atuação discreta e eficaz, levando a que a Z900 obtenha muita tração. A cereja em cima do bolo é o ruído oriundo da caixa de ar, ou seja, é perfeitamente notório o ruído rouco e grave da sucção de ar, tornando a nossa pilotagem mais emotiva e sensorial.

Não menos importante é a nota de escape, cheia, musculada e com ruído quanto baste, ocorrendo muito disfarçadamente alguns ráteres tipo “popcorn” que contribuem para a tal emotividade aos seus comandos. Também até aqui a ciclística estava a portar-se lindamente bem, onde saliento o funcionamento das suspensões, com um pisar inicialmente macio, mas firme quanto baste quando o ritmo aumenta, contribuindo para uma ótima estabilidade e precisão de todo o conjunto. A travagem é outro ponto que sempre salientei nas Z900, porque apesar de não recorrer a um sistema de pinças radiais na dianteira, a mesma é muito eficaz. Ou seja, não só o tato está bem conseguido e fácil de dosear, como também sentimos que temos poder de travagem assim que começamos a usar o curso da manete. A travagem traseira cumpre com aquilo que é esperado, mas sem deslumbrar. A primeira paragem ocorreu na praia de Água d’Alto, onde novamente se gerou um convívio muito agradável e, naturalmente, com as atenções a centrarem-se na bonita Z900. Por esta altura optei por experimentar o modo de condução Sport, e de imediato senti aquela diferença esperada e típica de um modo desportivo. Ou seja, a suavidade e linearidade mantiveram-se, apenas mudou a contundência da resposta, a qual passou a ser mais imediata e rápida. Não diria que a Z900 fique mais nervosa em modo Sport, apenas já não possui uma espécie de atraso na resposta que a torna mais “user friendly”. Assim que rodamos o acelerador há mais decisão e voracidade, tornando a subida de rotação mais emotiva e rápida, mas sem ser descontrolada. Apenas notei que quando o ritmo baixa existe uma certa brusquidão no acelerador ao reacelerar a partir de uma rotação baixa. Neste ponto a eletrónica carece de um pequeno ajuste, mas nada que prejudique a nossa pilotagem. Escusado será dizer que a ciclística mantém o ótimo desempenho, onde a agilidade é superior ao esperado para uma mota de 210 kg, e apenas gostaria que a Z900 tivesse um guiador um pouco mais amplo, visto que em condução desportiva achei que era fechado em demasia. Perante as condições climatéricas adversas aproveitei para mudar para o modo de condução Rain, visto que era o mais apropriado e seria uma excelente oportunidade para testar este modo. Foi sem surpresas que senti um grande “downgrade” na resposta ao acelerador, a qual passou a ser muito suave, controlável e previsível. Mediante o piso molhado podia rodar o acelerador à vontade, porque nunca era surpreendido com brusquidão ou resposta excessiva, sempre muito previsível e suave, e com o controle de tração a desempenhar um excelente trabalho, isto é, sem perdas de tração ou cortes abruptos na potência. Saliento o desempenho dos Dunlop que equipam de série a Z900, os quais à chuva surpreenderam-me pela positiva, oferecendo uma aderência acima do esperado e contri-

buindo para um nível de confiança e à vontade geral muito elevado. E ainda chamo a vossa atenção para o painel de instrumentos, o qual mesmo à chuva é de uma legibilidade assinalável. Aproveitamos a gentileza do estabelecimento do parque de campismo - bar restaurante Vale das Furnas para realizar um review perante a assistência do grupo que compôs este passeio. Foi uma iniciativa inédita na Azores Motors, que desta forma envolveu todos os presentes no trabalho que realizamos nos nossos testes, e também uma forma de todos perceberem toda a “mecânica” que envolve estes trabalhos. Para mim e para o Filipe Tavares foi um desafio superado com sucesso, porque foi uma belíssima oportunidade para superar aquele receio natural de falar para um público, onde todos os olhos estão postos em nós. Foi simplesmente top, e adorei partilhar a minha experiência aos comandos da Z900 com todos os presentes. Além disso, apreciei bastante todo o respeito que demonstraram, assim como interesse e curiosidade. O modo de condução Rain continuou a ser o eleito, assim como continuou a ser precioso e fantástico, porque simplesmente conseguia pilotar a Kawasaki de forma bem mais relaxada e natural, deixando a eletrónica controlar outras variáveis. Visto que já era noite, foi possível verificar a validade da nova ótica dianteira full led. Realmente nota-se uma diferença muito positiva na luminosidade oferecida, mas não fiquei particularmente impressionado, porque esperava mais. Tal como referi, terminamos o passeio no stand HSG, com alguns de nós ensopados e nitidamente desconfortáveis e desejosos para ir para casa, o que era natural. Mas não podemos deixar de sublinhar a hospitalidade e disponibilidade da empresa HSG no início e fim do passeio, tornando tudo mais impessoal, familiar e agradável. Foram impecáveis! Resumindo e concluindo, a nova Kawasaki Z900 revelou-se uma naked mais refinada, mas sem perder determinadas características que a distingue das rivais, nomeadamente aquele carácter e suavidade poderosa do seu motor de 4 cilindros em linha, ciclística estável e ágil e travagem eficiente. Uma vez mais apreciei bastante as qualidades inequívocas da Z900! Por fim, menção especial à presença do Rui Ferreira, grande impulsionador do mundo motorizado nos Açores em diversas frentes. Uma honra contar com este senhor no nosso evento. O nosso obrigado ao Rogério Pacheco pela cedência da sua Kawasaki Z900. E, por último, o nosso obrigado ao concessionário Horácio da Silva Garcia pela colaboração e hospitalidade, à Azores 2 Wheels pela participação e divulgação, e claro, a todos quanto participaram neste evento. Sem a vossa presença não teria sido possível. Contamos convosco num próximo evento!

REGIONAL IRMÃOS RODRIGUES VENCEM DELL TECHNOLOGIES ESPECIAL SPRINT

Natacha Alexandra Pastor Pedro Couto

Foram apenas dois dias de prova divididos entre os concelhos de Vila Franca do Campo, onde os 19 pilotos inscritos fizeram a sua estreia nesta prova, e Ribeira Grande, uma etapa que contemplou três passagens no centro da cidade. Fechado o Dell Technologies Especial Sprint, os irmãos Rúben Rodrigues e Estêvão Rodrigues conquistaram o primeiro lugar do pódio, seguidos da

dupla José Paula/Nelson Coelho e a fechar o top 3 Luís Pimentel e Nuno Moura. Relativamente ao Trófeu 2020, subiu ao podium em 1º lugar Bruno Amaral/Rui Medeiros, com o Mitsubishi Lancer EVO 8; o 2º lugar coube a Bruno Tavares acompanhado de Pedro Castro, em Citroen C2 R2 e em 3º ficou Pedro Câmara/Rui Moura, num Mitsubishi Lancer Evolution IV.

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