E SE A IDEIA SURGIR, USE!
O fluxo das
RUAS Grafite! A arte de se expressar
Realidade na
PELE!
Uma forma criativa de abordar um problema social
EDIÇÃO N° 01 - 13.JUN.2013 R$ 14,90
Do Interior para o Mundo Conheça os irmãos brasileiros que ganharam o mundo com a arte de reinventar
Pensar & Respirar
DESIGN Conheça a parte gráfica de um projéto e veja uma entrevista com o profissional André Sales
ONU 2013 O Ano Internacional da Água
Fotolia o convida a baixar um novo PSD todos os meses criado por um dos melhores artistas digitais do mundo. Tel. (21) 4042-6012 www.br.tenbyfotolia.com
Editorial
Design
ILIMITADO H oje em dia, tudo o que é vendido nas propagandas há design já percebeu? “Design de sobrancelhas”, “carro com um novo design”, “um design inovador”, e de certa forma as propagandas estão certas. O design está em tudo, mas há áreas especificas que muita gente nunca ouviu falar, como Design Estratégico, ou Design Floral. É por isso que a revista If Design acaba de ser lançada. Ela veio para tirar as dúvidas dos leigos, mostrar novidades para os profissionais e ser referência para os estudantes. Nesta primeira edição, temos uma entrevista exclusiva com o professor e designer gráfico André Sales, além de uma matéria sobre “Ano Internacional de Cooperação da Água”, mostrando que assuntos sérios e design podem sim andar juntos, e o que está acontecendo nas ruas por Mateu Velasco.
Veja nosso site através do QR Code. www.ifdesign.com.br
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Expediente
COLABORADORES Ficha Tecnica Mayara Alves Liberdade e criatividade são “starts” para novas ideias. Irreverente e atualizada são caracteristicas que denominam seus trabalhos. Capturar o mundo através da fotografia é o seu maior objetivo.
Responsável pela Ilustração: Cristhian Fonteles Responsável pela Diagramação: Cristhian Fonteles Responsável pela Entrevista Camila Leite Responsável pela Editoração: Brigite Souza
Brigite Souza Estudante de Design Gráfico, trabalha em um escritório de decoração, onde criatividade não tem fim, e ainda consegue tempo para se dedicar ao seu maior projeto de vida, seu filho Pedro. E ainda projeta consolidação de sua carreira como Designer.
Cristhian Fonteles “Se quer algo em sua vida corra atrás , mas sem olhar para os seus medos”. Estudante de Design Gráfico que procura desde cedo o que é melhor para sí , tentando se descobrir no mercado de trabalho.
Camila Leite Enigmatica e de poucas palavras, mas com ideias que somam positivamente o desenvolvimento de qualquer projeto que esteja envolvida. Gosta de ler e busca seus objetivos sem se preocupar com os comentários alheios.
Responsável pelo Projeto Gráfico: Wallace Felix Responsável pelo Tratamento de Imagens: Mayara Alves Responsável pela Revisão de Texto: Camila Leite
Atendemento ao Leitor: E-mail: contato@revistaifdesign.com.br Impressão: AlphaGraphics Endereço: Alameda Santos, 815 Jardins São Paulo /SP CEP 01419-001
Coordenação: Yone Dias Marcos Antônio Marina Escobar Ana Paula Sant´Ana
Wallace Felix Perfeccionista, visa a sua carreira na área de propaganda e marketing, para a aplicação de seu histórico de vida adiquirida em meio as suas atuações artisticas e como todo profissional, almeja ser reconhecido em sua área.
Tiragem: 02 Editora: Imagine Design LTDA. 2013. Todos os direitos reservados.
Editora
Todos os devidos créditos, fontes e referências se encontram no manual da ABNT.
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Sumario
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Conectado:
Planejamento de carreira.... 09 Um bom planejamento pode mudar sua carreira (para melhor).
Tempo e movimento..............10
Estratégico:
Realidade na pele.................14 O impacto da realidade mostrada de forma criativa.
Moda:
Do computador para o guada-roupa..........................16 Veja as dicas para criar suas próprias estampas sem gastar nada.
Vestindo design......................18
Comunicação:
Pensar e respirar design.........22 O Design Gráfico está em alta. Conheça mais sobre a profissão.
Simplesmente coragem........24
Capa:
O fluxo das ruas......................30 Mateu Velasco mostra suas ilustrações que nos levam ao lúdico. Desde os anos mais remotos o ser humano faz inscrições nas paredes, como forma de comunicação ou arte, hoje o grafite já tem grandes representantes, grandes nomes e artistas e vai além de uma cultura de periferia.
Produto:
Do interior para o mundo.....34 Conheça os irmãos brasileiros que ganharam o mundo.
Revelando a fragrância.......38
Atualidades:
Água...Como podemos cooperar?...............................42 2013 é o ano da água e o design tem tudo a ver com isso.
Perfil:
Anna Anjos..............................46 Veja o perfil de Anna Anjos, uma ilustradora que prestou serviços para diversas marcas famosas.
Conectado
Planejamento de
Carreira “A competição está acirrada, planeje-se para ter uma apresentação positiva tanto no meio on-line quanto no off-line”
Por que planejar?: Um plano de carreira pode ajudar a manter o foco e a alcançar valores financeiros desejados. Além disso, ter consciência da pretensão salarial encaminha ao tipo de trabalho que você deve desenvolver, assim como a estrutura de empresa que o atrai e como pretende prospera na área. Seu plano de carreira pode ser simples ou detalhado. Conhecer seu Território: Analise o que está acontecendo no mercado de design, o que agências e estúdios estão criando e quais tipos de trabalho estão sendo comissionados. Converse com as pessoas no mercado e descubra como alcançaram seus objetivos. Cadastrar-se no Twitter e no Linkedin e participar de discussões, são as melhores formas de entender este panorama. Sonho Vs. Realidade: Conheça sua forma de trabalhar: que tipo de design você gosta de fazer e como consegue explorar toda sua criatividade. Graças ao novo momento do mercado, é preciso ser flexível e ter mais comprometimento. A competição está acirrada, planeje-se para ter uma apresentação positiva tanto no meio on-line quanto no off-line.
Pergunte a Especialistas: Contratar um coaching, profissional que ajuda a desenvolver sua carreira, pode ser útil. Ele mostra quais empresas procurar e pode encaminhá-lo ao trabalho certo. Além disso, pode ajudá-lo a preparar um currículo, dar dicas para entrevistas e negociação de salários, e também colabora para o desenvolvimento de habilidades como liderança e determinação. Permanecer ou ir Além?: Se estiver empregado, lembre-se de analisar sua carreira e seu desenvolvimento pessoal na empresa em que está atuando. Caso não esteja satisfeito, tente mudar. Saber se organizar dá espaço para ir atrás de um emprego que o agrade. Mudanças permitem conhecer novas pessoas e abre portas para um ambiente renovado. Não se Reprima: Não feche as portas para oportunidades externas. Você é o administrador da sua carreira, portanto não se restrinja. Dinheiro é um grande fator, mas condições de trabalho também são importantes. É ótimo conhecer pessoas que têm satisfação no que fazem, trabalham com quem gostam de maneira tranquila, informal e criativa.
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Tempo & Movimento
Não consegue finalizar seus trabalhos a tempo ou não tem foco quando é necessário? O problema pode ser falta de organização
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Conectado
T
odo mundo sabe, que um dos compromissos mais importantes entre cliente e colaborador é o prazo, tanto na entrega do trabalho quanto no pagamento do serviço. A combinação entre um bom serviço prestado e a pontualidade na entrega do mesmo, gera uma relação de confiança para o cliente, que muito provavelmente indicará este profissional. Entretanto, nem sempre conseguimos seguir à risca datas ou horários, seja por ter muitos trabalhos acumulados ou a agenda cheia, mas este é um problema do profissional que não consegue se organizar. O cliente não tem nada a ver com seus problemas e sempre irá querer o que pediu, na data combinada. Mas como resolver este problema? Abaixo algumas dicas que podem te ajudar a lidar com essas situações:
Organização: Tenha uma área de trabalho organizada do seu modo e com o que for necessário sempre próximo (canetas, papel, grampeador, telefone). Além disso, caso trabalhe muito com computador, deixe seus arquivos organizados por pastas e com uma nomeação objetiva, assim você não perde tanto tempo procurando uma pasta ou um documento que não sabe onde está ou como está nomeado.
Foco: Durante o trabalho, muitas coisas podem tirar nossa atenção (principalmente para quem trabalha em casa), um telefonema, um e-mail pessoal, uma pausa para o banheiro ou para tomar um café. -Se receber um telefonema não relacionado ao trabalho, diga que está ocupado ou deixe o celular desligado;
- Se for fazer um intervalo de dez minutos, não o prolongue. Lembre-se de que há trabalho a ser feito; - Caso precise responder um e-mail ou resolver algum assunto pessoal, faça isso durante o horário de almoço ou após o expediente. - Caso trabalhe em casa, tenha em mente que você está trabalhando assim como se estivesse no escritório, por exemplo. Por isso, tenha um horário para começar a trabalhar, para o almoço e para sair. As dicas acima também valem e avise para a esposa/marido/filhos para não interromper, com exceção de alguma emergência.
Honestidade: Não diga ao cliente que entregará o trabalho em um prazo que você sabe que não conseguirá cumprir. Seja honesto e diga que não será possível entregar naquela data, mas que pode entregar uma semana depois, por exemplo.
Prazos Pessoais: Organize seus horários. Tenha uma meta diária, assim você não fica atrasado, com várias coisas para fazer próxima a data de entrega e até te impedindo de cumprir o prazo combinado. As recompensas que um prazo cumprido traz, vão além do salário; o cliente fica satisfeito, faz boa propaganda do profissional e te fazem ter uma bom noite de sono, sabendo que fez um bom trabalho e que está pronto para outro.
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Realidade na
PELE! A campanha impressa ‘Chega de Violência’, da agência Terremoto, fala de direção perigosa sem apelar para o desconforto
Acompanha imprenssa circulou em jornais, revistas, folders, painéis rodoviários e web banners. A produção das imagens demorou dois dias.
Em 2012, mais de 1,2 milhão de pessoas no mundo morreram em acidentes de trânsito, e cerca de 50 milhões ficaram feridas, de acordo com Ban Kimoon, secretário-geral da Organização das Nações Unidas. Um número chocante e que a cada ano preocupa ainda mais autoridades e famílias. Todo ano são feitas campanhas para conscientizar a população sobre direção responsável e, dessa forma, fica difícil trazer a mensagem sem expor demasiadamente as mazelas dos acidentes fatais. “Ao descrever um acidente, a maioria das pessoas se refere somente aos veículos em vês das vitimas”, afirma Ricardo Gandolfi, da agência Terremoto, de Curitiba. “É comum ouvirmos que ‘o carro capotou’ ou ‘a moto entrou embaixo do caminhão’. Isso aca-
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ba sendo um exemplo do processo de desumanização do trânsito”. Na tentativa de mudar essa ideia, a agência curitibana criou a campanha ‘Chega de Violência’, para a Ecovia, colocando o ser humano à frente do veiculo e mostrando que acidentes de transito também são atos de violência. A peça trazia diversos perfis levando um soco com pinturas corporais representando carros. “Mostramos o acidente em sua forma mais crua e verdadeira: como um ato de agressão entre as pessoas”, explica Ricardo. Com o conceito bem equilibrado, era hora de começar a produção das imagens. As ilustrações foram feitas pela tatuadora Cintia Suzuki que usou o mesmo estilo de criar tatuagens. “Inicialmente foi aplicado um estên-
Estrategico cil de marcação no corpo dos modelos e depois foi pintada a ilustração final”, conta Ricardo. Na hora de clicar os modelos, o material usado foi uma câmera Hasselblad 503 CWD com Back digital Phase One P45, lentes Sonnar de 150 mm e iluminação Boewns Gemini pro 750. Para criar o efeito da pancada, o estúdio Ernest Photography capturou splashes, gotas de suor e outros tipos de imagens para a composição final. “Após escolher as fotos, processamos no Capture One, em que conseguimos trazer bastante informação da imagem ‘crua’, como cores e texturas de pele, sem destruir o arquivo”, comenta Ricardo. O próximo passo foi todo feito no Photoshop , como retoques de pele, ajustes nas ilustrações e composição de efeito – o suor e os espirros decorrentes do soco. A agência pensou que para a tipografia seria interessante utilizar referências estilísticas de carimbos, e por isso, surgiu a ideia de desenhar os títulos à mão. “Esse aspecto era muito importante, já que, assim como cada motorista ou passageiro é único, a tipografia também poderia ser”, esclarece o publicitário. Além disso, o conceito seria mais humanizado. Depois de dois dias fotografando e mais uma semana para o processo de tratamento das imagens, a campanha foi veiculada em jornais, revistas, painéis rodoviários, folders e web banners.
Criatividade “Acredito que a criatividade faz com que os clientes economizem dinheiro, porque gera o boca a boca, multiplicando o investimento e a visualização da mensagem. Para mim, publicidade está mais para perfume do que espingarda com mira apontada para o público-alvo”, acredita Ricardo.
A tatuadora Cintia Suzuki produziu as imagens do carro nas mãos e rostos das pessoas fotografadas. O suor, as gotas e os efeitos mais escureçidos da imagem foram adicionados posteriomente na imagem usando o Adobe Photoshop.
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Moda
Do
COMPUTADOR
para o
Guarda-Roupa
Não é preciso ter formação para personalizar seu guarda roupas, apenas criatividade Quando entramos em uma loja para comprar roupa, levamos em consideração não apenas o modelo e o preço, mas principalmente a estampa. A estamparia é um ramo muito importante na moda e gera muito dinheiro, além de criar tendências como caveiras, florais e o hit do momento, o Moustache (bigode). Mas por trás dos grandes desfiles de moda, há muito trabalho duro e pesquisa por parte dos estilistas e dos designers, que são os principais criadores de estampas. Para quem está começando no ramo ou apenas quer personalizar suas roupas, é preciso saber como usar os softwares gráficos corretamente desde o inicio do projeto até o envio do produto final para a gráfica.
Quais softwares posso usar? Você necessariamente precisa de um aplicativo para desenhar vetores, que facilitara a separação de cores e a aplicação de diferentes efeitos em técnicas como a serigrafia. Qualquer pessoa que pretenda algo no design de estamparia deve dominar os softwares Corel Draw ou Illustrator. Ambos são programas destinados à ilustração vetorial, e embora sejam parecidos em muitos aspectos é possível notar a grande diferença do cotidiano. Além deles existe também o Freehand, software da Adobe, mas que parece estar com os dias contados, portanto não perca tempo aprendendo ele. Outra possibilidade é o InkScape, que apesar de mais limitado que o CorelDraw e o Illustrator, é totalmente grátis… então, se estiver sem grana no momento, visite http:// inkscape.org/download/ e faça o download.
Formato dos arquivos Depois de fazer o desenho/design de sua estampa, você precisará dar “saída” ao seu arquivo, ou seja, transformar de arquivo digital para uma estampa. Nunca se esqueça de, sempre que desenhar uma estampa, utilizar o sistema de cores CMKY. Nunca utilize RGB… nunca mesmo. Caso sua estampa seja em serigrafia, você precisará
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encaminhar o arquivo para impressão dos fotolitos (ou negativos), que mais tarde serão gravados em matrizes serigráficas. Para facilitar a separação de cores, necessariamente você deve enviar seus arquivos em formatos de vetor: . CDR – arquivo vetorial do CorelDraw. . AI – arquivo vetorial do Illustrator. . EPS – arquivo utilizado para transferir vetores postscript entre aplicativos. . PDF – outro arquivo para distribuição de vetores para diversos softwares. No Brasil o formato de arquivos vetoriais que prevalecem é o CDR, da Corel Draw, embora os AI’s estejam ganhando muito mercado ultimamente, principalmente por sua compatibilidade com MAC. Caso seja em transfer ou impressão digital, precisará encaminhar seu desenho para a gráfica que fará a impressão dos mesmos. Para garantir, mande os arquivos também em vetor, pois em alguns casos, principalmente se for necessário fazer um fundo branco para impressão em tecidos/malhas escuras, é necessário “separar” as cores. Caso não seja possível, mande em arquivos de imagem de alta resolução (300dpi) no sistema de cores como: CMKY, JPG, PDF e TIFF. Além destes formatos existem vários outros que são pouquíssimos usados, não valendo a pena utilizar.
Onde se inspirar Quando alguém começa com design gráfico, geralmente é motivado por trabalhos de designer experientes que nos enchem os olhos. Isso é muito positivo, pois é apreciando grandes mestres que desenvolvemos o bom gosto e nos motivamos para melhorar a cada dia, até atingir a excelência. Outra fonte de inspiração óbvia é a internet… visite o site de lojas, fabricantes, estilistas e outros designers. Com certeza irá tirar muitas ideias de lá.
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Vestindo
DESIGN Quer trabalhar com o mundo da moda, mas não sabe como? Design de Moda pode ser uma boa escolha O designer de moda é o profissional que usa suas habilidades, imaginação e criação gráfica para a confecção de desenhos e modelos nas mais diversas áreas, como roupas, acessórios, decoração, etc. Esses profissionais mantém suas experiências pessoais como referências que agregam valor as suas criações e interferências nos processos criativos ou produtivos, a partir da junção de conceitos, gostos, sensibilidade, tendências, conhecimentos, embasamentos científicos e muita técnica. Sua busca deve transpor os limites do mundo fashion, abrangendo pesquisas nas mais variadas áreas, de maneira globalizada.
Designer de Moda x Estilista Designer é um profissional que se preocupa com as questões objetivas e específicas dos produtos na hora da sua criação. Estilista é aquele que cria, que bola as roupas de uma coleção. Para isso ele estuda muito sobre seu público-alvo, tendências pelo mundo, tecidos, técnicas de costura, história da moda, cores, diferentes materiais. Enfim, é ele que, junto com sua equipe, tem as ideias e faz os desenhos do que será, depois de um processo bastante longo, as peças que vemos nos desfiles.
Formação Hoje as faculdades e escolas de ensino técnico propõem vários cursos de Moda e Design que podem ter duração de 2 a 4 anos. As disciplinas como história da arte, modelagem, corte e costura, podem contribuir e aprimorar muito as habilidades natas de cada designer. Após o
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Moda término dos cursos superiores, existem os cursos de especialização, que distinguem as variações entre design de moda, gráfico, industrial, etc. É fundamental para um bom designer o conhecimento das metodologias de pesquisa, tecnologias e processos principalmente de modelagem e costura - para que possa estar sempre aprimorando suas habilidades e percepções, voltadas para o desenvolvimento dentro do mercado atual. Outros nomes: Desenho Industrial (design de moda); Design (design de moda); Design da Moda e estilismo; Design de Moda (estilismo); Design de Moda (modelagem); Design de/em Moda.
tecelagens (design têxtil). Fotografia: Acompanhar a produção de fotos de moda para revistas, catálogos, exposições e anúncios publicitários. Gerenciamento: Desenvolver produtos supervisionando a compra de todos os materiais para produção e comercialização. Modelagem: Transpor para moldes os desenhos dos estilistas, desenvolvendo modelos-piloto para orientar a produção. Negócios: Atuar como gestor na cadeia de produção, distribuição, divulgação e comercialização da moda e desenvolver estratégias de marketing. Produção: Fazer desfiles, catálogos, editoriais de revistas e organizar campanhas publicitárias.
Áreas de Atuação Consultoria: Trabalhar como personal stylist, ajudando os clientes a combinar roupas, cores e estilos. Coordenação: Gerenciar a compra de coleções de roupas para lojas e magazines, coordenar as equipes de estilos, tanto em indústrias e confecções como em magazines, e orientá-las para as tendências da moda. Design/estilismo: Criar roupas, joias, bijuterias, calçados e bolsas (design de acessórios) ou desenhar estampas e padrões e elaborar novos tecidos para
“Designer é um profissional que se preocupa com as questões objetivas e específicas dos produtos na hora da sua criação.”
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Comunicacao
Pensar & Respirar
DESIGN
Designers devem estar à frente de sua tendência, mantendo o bom senso, mas sendo ousados, polêmicos, éticos e criando ou renovando com credibilidade
Você é daqueles que só de ver um logotipo lembra a qual empresa ele está atrelado? Gosta de ler revistas com cores vibrantes, imagens bem feitas e que tenham aspecto visual chamativo? Então você pode se tornar um Designer Gráfico, conhecido também como comunicador visual, profissional encarregado de interpretar graficamente um conjunto de informações ou uma ideia. O Design Gráfico é um processo técnico e criativo que utiliza imagens e textos para comunicar mensagens, ideias e conceitos. Com objetivos comerciais ou de fundo social, é utilizado para informar, identificar, sinalizar, organizar, estimular, persuadir e entreter. Estuda e conhece questões relacionadas à profissão, como cores, tipografia, produção gráfica, marketing, semiótica, entre outras tantas, necessárias. Permanece estudando, lendo, navegando, conhecendo e se atualizando, tanto técnica, como culturalmente. O Designer deve estudar cada caso, analisar e vivenciar a situação do cliente, ponderar todas as variáveis, a fim de encontrar a melhor solução, de forma harmônica, viável e eficiente.
FORMAS DE TRABALHAR: Todo trabalho de Design Gráfico se inicia no Briefing, que é um tipo de relatório do que o cliente quer, como público alvo, concorrência, entre outros. Quanto melhor descritos os objetivos e quanto
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mais detalhado o público, mais eficiente será o resultado. Após finalizar esse briefing, o designer pesquisa o assunto e seu contexto. A partir daí, o profissional desenvolve conceitos que mais se adequam aos requisitos que o cliente pediu, aprimorando-os e finalizando para entrega. A cultura visual é um diferencial, pois um amplo repertório de ideias será utilizado em seus trabalhos. O profissional precisa: de capricho, portfólio organizado e se manter atualizado na tecnologia que escolheu para seu trabalho. A criatividade no Design é um tipo de inteligência. Há um provérbio oriental que diz o seguinte: “Se você tem 5 horas para desenvolver um trabalho difícil, pesquise 4 horas e desenvolva o trabalho na hora restante“. Por isso, bons designers costumam serem inteligentes e perspicazes; apaixonados pelo lúdico, e com opiniões embasadas sobre diferentes assuntos.
Todo trabalho de Design Gráfico se inicia no Briefing, que é um tipo de relatório do que o cliente quer, como público alvo,concorrência, entre outros.
As atividades de um designer gráfico incluem a elaboração de orçamentos, a criação de esboços alternativos, reuniões com os clientes para identificar suas preferências e necessidades, levar ao cliente ideias e elaborar o desenho final – escolhido por ele – realização de pesquisas de mercado uteis ao seu cliente, sobre seus concorrentes.
MERCADO DE TRABALHO: O designer gráfico pode trabalhar em diversos setores como homepages na internet e CD-ROM, editoras, agências de publicidade, televisão, revistas, cinema, criação de logotipos, embalagens e logomarcas, empresas de design, produção de audiovisuais, anúncios, projetos de produtos, animações, produção de desenhos técnicos e ilustrações, gerenciamento de produtos industriais, entre outros.
As principais características deste profissional são: observação e criatividade aguçadas, sensibilidade artística, ousadia, senso estético, concentração, atenção aos detalhes, capacidade de análise, negociação e saber ouvir críticas e sugestões. A maior parte das oportunidades de trabalho para este profissional está no setor privado. Atualmente o mercado para o designer gráfico é muito amplo, mas também muito concorrido, visto que seu trabalho é de grande importância para alavancar as vendas. Isto acontece pelo fato de vivermos num mundo onde cada vez mais o aspecto visual é notado e valorizado.
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Comunicacao
Simplesmente
CORAGEM Entrevistamos André Sales, Designer Gráfico, que usa seus conhecimentos e experiência para ensinar e ajudar seus alunos a realizarem seus sonhos
Qual é a sua Formação? Eu sou formado em desenho industrial pela FAAP e pós graduado em produção visual e multimídia pela São Judas.
Como você prefere realizar o seu trabalho? Eu gosto de ter liberdade. Acho que uma das coisas legais que a universidade me oferece aqui é a liberdade de montar as minhas aulas, de usar exemplos, de ter uma melhor forma para transmitir a informação.
Suas experiências de vida agregaram algo a sua carreira?
Sem dúvida. Acho que não tem como você isolar o lado profissional do pessoal. É claro que enquanto profissão existe uma necessidade muito grande de respeitar as diferenças. Eu enquanto pessoa, tenho princípios, tenho meu modo de pensar, mas eu não posso deixar que isso interfira, em pré julgamentos, tanto quando se refere a alunos, como também conteúdos. É o que diferencia um professor de outro, é a personalidade deles.
Como professor, como você identifica um bom profissional? Primeiro,comportamento. Comportamento em sala, não só no quesito de atenção, mas a maneira como ela responde a algumas coisas que a gente faz, então esse olhar, essa maneira de enxergar a informação, já é um indicativo de um bom profissional. A postura criativa. Esses são fatores que ajudam a perceber se é uma pessoa criativa ou não.
O que você considera um ponto forte num profissional da área de design? Criatividade. Criatividade é uma necessidade humana. Todo profissional da área precisa ser criativo, ter uma visão que vai além do convencional. Olhar de forma diferente, isso seria o ponto chave.
Quais conselhos ou recomendações você daria para quem quer trabalhar nessa área? Em primeiro lugar, estude. Não existe possibilidade de você pensar ser um profissional da área sem conhecimento. Então, buscar o conhecimento em primeiro lugar. E ser curioso e a partir daí tem um terceiro fator chave que é coragem. Quer dizer, não adianta nada você ter fatores como esses se você não tem coragem de se expor, a coragem de mostrar o seu talento, a coragem de fazer com que as pessoas percebam que você é um bom profissional. Esse conceito são chaves: educação, conhecimento, criatividade e sem dúvida nenhuma coragem.
”Educação, conhecimento, criatividade e coragem”.
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Comunicacao
A fotografia e apenas uma parte do DESIGN
A relação entre fotografia e design visual é facilmente observada e reconhecida, em praticamente todos os meios de comunicação, principalmente nos anúncios publicitários, sejam eles impressos ou digitais. O designer pode unir sua composição com a fotografia, em junção com texto e outros elementos gráficos, como cartazes, capas de CD, capas de livro, catálogos, cenários, entre outros; e as relações funcionais entre ambas, atuando como linguagem neste meio. A fotografia, inicialmente um processo físico-químico, era tida como memória documental, a referência para a verdade, para o concreto; enquanto o design gráfico servia como instrumento para se colocar, de maneira mais agradável os textos para o público. Hoje esta ferramenta conta com a tecnologia na produção de diferentes linguagens na área visual. Programas específicos facilitaram a parte técnica e prática de ambas profissões e novos meios surgiram, foi o início da nova Era Digital. Quando um designer estuda fotografia, acaba ganhando melhores técnicas para realizar seus trabalhos, pois Design gráfico envolve cores, tipos, ilustrações e fotografia, a fim de comunicar algo. A fotografia é uma das “preocupações” de um designer, ele enxerga, ao início, um suporte onde poderá aplicar as mais variadas técnicas, a fim de obter imagens muito melhores.
Sobre a FOTOGRAFIA É a escrita da luz, é o desenho com traços perfeitos da realidade. O lápis que desenha as linhas funciona como uma varinha de condão, através de um processo físico químico, mas que atualmente, em sua maioria, também pode ser digital. As câmeras são aparelhos que servem como instrumento de captura do instante e de visões que levam consigo o poder de apropriação daquele pedaço de mundo, daquele espaço de tempo. Um simples aper-
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to de botão eterniza aquele momento único, interrompe a corrida dos segundos nos relógios e como uma máquina do tempo registra e transforma o passado e o presente. A construção daquele passado e presente está registrada, imortalizada. Em um pedaço de papel está impressa a experiência capturada vivenciada pelas pessoas, um registro que proporciona uma multiplicidade de sentidos para o receptor. A fotografia não registra só os acontecimentos, mas ela por si só, já é um. Interfere, ocupa ou ignora o que está em volta. O sujeito munido da câmera fotográfica escolhe o ângulo, o objeto, o enquadramento e dispara contra seu alvo. É ele que determina e dirige o nosso olhar. A comunicação visual é o meio em que a fotografia e o design gráfico servem de instrumento para se expressar. Uma peça de design, como um cartaz, por exemplo, pode ser composta por texto, pela junção de texto e gráfico, de texto com imagem ou simplesmente com imagens, com a fotografia como único elemento compositor, em função do objetivo e da mensagem que pretende repassar. Assim como em qualquer fotografia estão presentes elementos estruturais básicos de um projeto gráfico, tais como forma, cor (ou ausência de), tom, textura, dimensão, movimento. Elementos que são usados
pelo designer na composição de técnicas visuais e suas respectivas polaridades, de equilíbrio, contraste, simetria, regularidade, simplicidade, unidade, minimização, economia, previsibilidade, atividade, sutileza, neutralidade, transparência, estabilidade, profundidade, exatidão, justaposição, sequencialidade, repetição e difusão. O fotógrafo ao realizar um ato fotográfico, tem em sua mente uma decisão visual, um conceito pré-formado do que e como ele pretende transparecer o que ele observou e interpretou do mundo “lá fora”. Qualquer comunicação visual transmite uma mensagem, seja de forma intencional ou causal. A representação visual é o mapa que indica o espaço e tempo, produtos construídos refletem os materiais e técnicas utilizados, hábitos e costumes de quem fazia e recebia, de quem faz e recebe. As pinturas rupestres revelam a estrutura rudimentar das tintas e das grutas nos fundos das cavernas como suporte, revelam também os hábitos do homem daquela época, assim como um vestido revela a alta tecnologia da produção dos tipos de tecidos que servem de matéria-prima hoje e desnudam o comportamento de quem o usa através da estampa, cores e formas. O processo de tracejar as linhas do desenho segue basicamente as mesmas regras e técnicas, quer se-
jam imagens fotográficas ou visuais e fica mais explícita essa semelhança nos casos de fotografia publicitária e autoral, em que há um cuidado maior na estética e uma produção técnica pré-concebida.
“A fotografia não registra só os acontecimentos, mas ela por si só, já é um”. 27
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Dia de Chuva Por: Mateu Velasco
Capa
das
O Fluxo
RUAS
Nascido nos EUA, mas criado no Brasil, Mateu Velasco ganhou destaque no cenário artístico com seus grafites e ilustrações que nos levam a um mundo lúdico e colorido Desde os anos mais remotos o ser humano faz inscrições nas paredes. Como forma de comunicação ou arte, de pinturas rupestres à grandes painéis urbanos, o homem tem deixado a sua marca pelos muros. Hoje, o grafite já tem grandes representantes, grandes nomes e artistas e vai além de uma cultura de periferia, sem perder sua essência. O grafite ganhou as galerias, os museus e o reconhecimento como uma arte com técnica apurada com detalhes e características específicas. Mateu Velasco nasceu em 1980, em Nova Iorque, mas desde pequeno vive no Rio de Janeiro. Em 2003 formou-se em desenho industrial pelo Departamento de Artes & Design da PUC-Rio. Tendo realizado cursos de gravura, ilustração, caligrafia experimental e computação gráfica, Mateu desenvolveu um estilo próprio de ilustração e grafite, que podem ser encontrados pelos muros e galerias do Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Paris, Lisboa e EUA. Dono de uma linguagem bastante marcante, os retratos do artista mantêm a linguagem “Pop” dentro de um universo bem feminino, uma característica de Mateu, que tem influência do grafite, mas com traços nobres e com precisão em decorrência da formação como ilustrador. O trabalho de Mateu discute com um processo de de
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democratização da arte, ao ir além dos limites formais e culturais, convertendo o espaço público em opção de espaço estético. A arte de Mateu revela uma realidade que vivemos e não percebemos, ativando nossa memória e sensibilidade através de sua poética crítica e conceitual. Repletos de referências do cotidiano urbano, seus grafites sinalizam uma insistente necessidade de humanização da cidade. Os tentáculos, quase sempre presentes no trabalho de Mateu capturam o espectador e o transporta para um mundo de superposições e signos gráficos recortados de elementos do mundo real com caráter lúdico: selos, cartas e manuscritos, gotas, nuvens, flores. O resultado é uma colagem de pedaços de memórias que despertam nosso olhar, afirmando sua qualidade etérea. Com o grafite passando por uma fase de revitalização e rejuvenescimento, artistas como Mateu tornaram-se muito mais experimentais, com o uso de diferentes suportes e outras formas de aproximação do espaço público. O cruzamento da linguagem gráfica da street art com o mundo da publicidade comercial resultou num enorme incremento no design gráfico e na moda de inspiração urbana. Isto possibilitou a inserção da qualidade gráfica do traço de Mateu no repertório visual de diversos segmentos: estamparia, paineis e vitrines, na área editorial em revistas e capas de livros, entre outros. Desenvolveu projetos para marcas como Nike, Cantão, Converse, editora Abril, editora Record, Brasil Telecom, Rede Globo, Claro, PUC-Rio entre outros. Sempre aliando a produção artística ao design gráfico, de modo que não exista limite entre uma técnica e outra, Mateu reafirma a natureza do grafite como uma marca, uma inscrição no mundo. Realizou exposições coletivas em diversos lugares como Galpao Helio Pelegrino (2000), Casa da Matriz (2001), Solar Grandjean de Montigny (2002/2003), Centro Cultural Carioca (2006), Paco Imperial (2007), Tocayo (2008) e individuais nas galerias Temos Espaco (2007) e Movimento (2009). Internacionalmente participou do prejeto C215 em Paris, onde expos em coletivas em alguns lugares como Mange Disc, Artoyz, Les Taullieres e Artazart (2006), e no Trade Bloc project na BLVD Gallery, Seattle (2008) e Miss Scarlet in the Parlor em LA. Atualmente trabalha como ilustrador, artista plástico e professor de desenho e Ilustração na Puc-Rio.
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Sem dúvida foi o fato de fazer parte da cena de grafite carioca que possibilitou meu trabalho chegar onde está hoje. Além da troca de informações com inúmeros outros artistas (através das pinturas coletivas), vários convites de exposições e novas oportunidades surgiram por intermédio do mesmo, o que proporcionou inúmeros desafios que contribuíram muito para a evolução do meu trabalho. Minhas inspirações se renovam o tempo todo, pois o que coloco em meus trabalhos é o que vejo no dia a dia. Permaneço sempre atento, procurando enxergar o ambiente em que vivo e as pessoas com quem me relaciono direta e indiretamente. é possível extrair do nosso cotidiano inspirações inesgotáveis para diversos fins, basta estar atento e observar que nem tudo é o que parece ser. Acho que a cena do grafite está se consolidando cada dia mais e acredito que após estes últimos 10 anos o grafite se profissionalizou aqui no rio de Janeiro e em São Paulo, principalmente. Hoje já existem inúmeros artistas que desenvolvem trabalhos nesta área com qualidade e competência, e enxergam o grafite não apenas como um hobby mas sim como uma profissão. É importante que este movimento aconteça para que as pessoas parem de achar que a arte de rua não é algo sério, que quem faz o faz apenas por diversão ou vandalismo. Aos poucos a cabeça das pessoas vai mudando, acredito que com o apoio de instituições públicas e privadas a cidade só tem a ganhar com o grafite.
Como sempre Mateu Velasco usando a referência da mulher em suas ilustrações.
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Do Interior ara o mundo!
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Produto
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preocupação com o meio ambiente é um tema que tem, cada vez mais envolvido todas as áreas profissionais, o Design de Mobiliário não poderia ficar de fora. Cada vez mais o profissional dessa área tem mostrado que reutilizar materiais aparentemente sem utilidade pode trazer um novo conceito em mobiliário sustentável. Um exemplo em destaque são os irmãos Campana, suas peças além de ter um design inovador são também funcionais, mostrando que tudo se renova. O design de mobiliário é uma vertente do design de produto e uma das áreas de maior importância na mesma, pois o mobiliário brasileiro é um dos poucos bens de consumo duráveis que é exportado. É também uma área em que arquitetura e design de produto se entrelaçam. Há ênfase em detalhes e materiais. Tanto que está diretamente relacionada à Decoração de Interiores. Segundo o funcionalismo, o design de mobiliário tem sido trabalhado superficialmente (menos funcionalidade e mais estética), diferentemente do trabalho dos Irmãos Campana, que procuram originalidade na escolha dos materiais. As funções do móvel dependem do ambiente e de onde ele será colocado (residência, escritório, escola, meio urbano, etc). Para fazer um projeto é preciso pensar nas funções do objeto naquele ambiente e quem é o usuário.
Despertando o interesse internacional, os irmãos são uns dos poucos brasileiros com peças no acervo do MOMA, em Nova Iorque e no Museu de Artes Decorativas de Paris, ao lado dos mais grandiosos nomes de design no mundo.
“Cada vez mais o profissional dessa área tem mostrado que reutilizar materiais aparentemente sem utilidade pode trazer um novo conceito em mobiliário sustentável.”
Cadeira A obra “Vermelha” de 1993, é uma cadeira de três pernas e lembra um espaguete enrrolado em um garfo ou cobras e cipós em uma floresta tropical. O motivo foi utilizado pelos campanas pela primeira vez em uma instalação em 1991 e, dede então, ganhou variações, como bolsa e sandalha de plástico.
O Profissional Humberto Campana formado em Direito pela Universidade de São Paulo, e seu irmão Fernando Campana em Arquitetura pelo Unicentro Belas Artes de São Paulo, são renomados designers brasileiros com reconhecimento internacional, que desenvolvem em seus trabalhos uma composição de criatividade, artes plásticas e design. Foi assim que surgiu o brilhante Estúdio Campana há 21 anos. Do interior de São Paulo para o mundo, eles resgatam em suas peças as mãos dos artesãos. Destroem, constroem, tecem, retecem, juntam, misturam uma gama variada de materiais, sendo esses em geral bem simples, às vezes um tanto tosco, mas com seu olhar diferencial transformam em algo enigmático e surpreendente, transformado em peças de caráter artístico, com uma linguagem única e de uso possível.
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Produto Premios da Dupla 1992 - Prêmio Aquisição, Museu de Arte Brasileira FAAP (Fundação Armando Alvares Penteado) São Paulo. Biombo Cerca. 1996 - Primeiro Prêmio Categoria Design (1º lugar) XXI Salão de Arte de Ribeirão Preto, SP. Cadeira de Papelão. 1997 - Primeiro Prêmio Categoria Móveis Residenciais (1º lugar) ABIMÓVEL (Associação Brasileira de Industria de Móveis) São Paulo. Mesa Inflável. 1998 - Segundo Prêmio Categoria Móveis Residênciais (2º lugar) Museu da Casa Brasileira, São Paulo. Estante Labirinto. 1999 - Prêmio George Nelson Design Award, Revista Interiors, EUA. 2001 - Prêmio Especial, Museu da Casa Brasileira, São Paulo, Brasil, H.Stern coleção de jóias. 2005 - Le Prix du Nombre d’Or, Salon du Meuble de Paris, França para Fernando e Humberto Campana. 2005 - Primeiro lugar na Cdim award da Feira Internacional de Móveis de Valencia pela cadeira Corallo.
Cadeira Janette
Cadeira Favela
A cadeira Janette, criada em 1999 pelos irmãos Campana e fabricada pela Edra, é uma ótima pedida para quem quer dar um toque de modernidade ao ambiente.
Desenvolvida em 2001 pelos irmãos Campana, inspirada na favela da Rocinha do Rio de Janeiro é feita de sarrafos de madeira fixados em uma base de madeira de forma assimétrica tal qual as estruturas da favela.
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Revelando
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Fragrancia O fundamental alvo do design de produto Ê transformar um conhecimento em percepção visual para que o consumidor fique contagiado e sinta o desejo de adquiri-lo
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uem nunca foi impulsionado pelo desejo de comprar um determinado produto só porque a embalagem ressaltava aos olhos em meio a tantos outros? Um celular, livro, tênis, sapato, roupa, enfim, a lista é incontável, porém quando a razão retoma nossos sentidos, pensamos e refletimos: vemos se cabe, se a cor combina, se tem todas as funções que precisamos. Quando o assunto é perfume, é outra história, principalmente quando o frasco e a essência se completam, resultando em um produto indispensável, aquilo que você estava procurando há tanto tempo e nunca encontrava. É clara a ideia em nossas mentes de que cada profissional tem a sua área especifica de atuação, mas quando um perfumista e um design de embalagem se juntam para a criação de um novo produto, com essência, embalagem e público alvo definidos, é quase impossível, que quando olharmos esse produto em meio a tantos outros, não desejemos compra-lo. Mas como trabalha esse profissional da área de design?
Formação... O Design de Produtos, ou Design Industrial trabalha com a criação e produção de objetos e produtos tridimensionais, ele lidará essencialmente com o projeto e produção de bens de consumo, ele é necessário às indústrias para “produzir o produto certo, pelo preço certo, para o mercado certo, na altura exata” (ARAÚJO, M. D., Tecnologia do Vestuário, Lisboa, FCG, 1996). Isto atendendo a valores estáticos, políticos, econômicos, sociais, geográficos, etc., no sentido de rentabilizar as ferramentas, a organização e a lógica da industrialização, para que a empresa possa competir com a concorrência, tanto no lançamento de novos produtos como no re-design de outros. O conceito, a forma, a cor, a embalagem e as características físicas do produto, assim como o seu preço, são decisivos para o sucesso da sua venda. Podemos classificar duas linhas de pensamentos desses profissionais, os que defendem o Design como uma atividade primordialmente ligada à arte, aos aspectos visuais do produto e ao estilo, e outra voltada para questões essencialmente tecnológicas, ligada à parte estrutural e ao funcionamento do produto, dependendo se as suas preocupações são mais funcionais ou mais formais. As preocupações metodológicas do de-
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Produto
signer deixam de ter dois desempenhos ,para se optar por uma unificação de saberes que passam pelo formalismo, funcionalismo e styling, dando origem a produtos mais completos. O design industrial evoluiu para o que hoje identificamos como design de produto, que é uma atribuição de valor identificado pelo mercado e transformado em atributo físico do produto.
Mercado promissor... Para cada novo lançamento, são gastos milhões entre pesquisas, desenvolvimento de projetos e publicidade. Em meio a tantas novidades, como fazer com que um chame mais a atenção do que o outro? O segredo está no design da embalagem. Aos olhos dos fabricantes, os frascos de perfumes devem ter aparência de esculturas, nas quais se depositará um presente divino para os homens. A ideia é atrair o consumidor pela emoção, instigando-o a ver no produto um objeto de desejo, antes de experimentar a fragrância. Aí entra o trabalho dos designers de perfume, verdadeiros escultores de vidro que chegam a cobrar de US$ 30 a US$ 80 mil por criação e têm o poder de realizar sonhos. Tudo começa com um conceito abstrato formas sem grandes personalidade. Debruçado sobre a prancheta, o designer de perfumes cria uma figura que revele isso. “A primeira vez que mostro o esboço a um técnico de embalagens, ele se assusta, diz que não dá para fazer”, brinca Filomena Padron, designer da Natura Cosméticos. “Mas não posso massificar, criando a mesma embalagem para vários perfumes. Cada um tem a sua personalidade e é preciso traduzi-la”. “Nosso trabalho é muito mais difícil do que desenhar uma cadeira ou uma lâmpada, porque inclui ingredientes emocionais como amor, paixão e sedução. É como se a gente criasse um sentimento de motivação nas pessoas” é o que diz o francês Pierre Dinand, 68 anos, garante que o design é mesmo capaz de determinar o sucesso ou o fracasso de um novo perfume. Formado em Arquitetura, ele é o maior especialista em design de perfume na Europa.
O processo...
daquele produto: se é homem ou mulher, seu estilo de vida, isso é que tipos de roupas veste, as cores preferidas, as atividades que pratica, o que ama, o que odeia entre outros detalhes. Depois de traduzir em fragrâncias todas essas características, o perfumista manda um “cheirinho” amostra de sua criação para o designer de produto, que terá a função de transformar a sensação olfativa em uma imagem, a embalagem. Além de se adequar ao conteúdo, a embalagem do produto e sua caixinha devem refletir a atmosfera do produto em campanhas publicitárias, cenário em que será exibido na loja. A sinergia entre a fragrância e a embalagem de um cosmético é tão importante que pode determinar o sucesso ou o fracasso do produto perante o público e o mercado.
Um nome... Paco Rabanne é uma casa de moda francesa fundada em 1966. Francisco “Paco” Rabane da Cuervo, o designer de moda de origem espanhola mais conhecido como Paco Rabanne, fugiu da Espanha com sua família durante a Guerra Civil Espanhola. Crescendo em Paris, é arquiteto por formação, mas começou sua carreira na moda ao desenhar joias para outras casas antes de tentar atuar como design de roupas. Ele rapidamente se tornou conhecido por suas modas ecléticas com materiais não convencionais, como metal e papel. O primeiro perfume da casa é o cheiro das mulheres, agora lendário Calandre, lançado em 1969. Uma série de fragrâncias inovadoras em garrafas distintas para homens e mulheres. Paco Rabanne tem 46 perfumes em sua base de fragrâncias. A primeira edição foi criada em 1969 e o mais recente é de 2013.
“Produzir o produto certo, pelo preço certo, para o mercado certo, na altura exata” ARAÚJO, M. D.
Para alcançar a fragrância exata, os perfumistas seguem à risca o briefing fornecido pelo cliente, que nada mais é do que a descrição do perfil do consumidor
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Atualidades
Agua...
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Como podemos cooperar
2013 foi escolhido pela ONU, o Ano Internacional de Cooperação da Água, que visa conscientizar a população para o uso correto da água através de diversos eventos que acontecerão ao longo do ano pelo Mundo
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água é um recurso escasso e precioso, que necessita cada vez mais atenção. Ela é necessária no nosso dia a dia, assim como nas indústrias e na natureza. Pensando nisso, a 32º edição da Expoflora, tem como tema, “Encanto das Águas”, com o intuito de trazer projetos inovadores e sustentáveis dos profissionais de Design Floral. Mas o que faz o profissional dessa área e o que a ONU tem a ver com ele? Design Floral é uma atividade que se sobressai a do florista em relação à amplitude da qualificação, pois trabalha com flores de uma maneira mais moderna e arrojada, conhecendo todos os estilos e possibilidades em arranjo, buquês e ramalhetes (formas, ângulos, movimentos, etc) – diferentemente de um florista, que conhece princípios mais básicos de manipulação. De acordo com Ana Rita Gimenes, engenheira agrônoma e proprietária do site Floral Design Brasil, a atividade ainda não é reconhecida no Brasil, porém, tem um mercado em franca expansão. O mercado de casamentos, por exemplo, é um nicho de forte presença do designer floral. O designer necessita conhecer a fundo a matéria-prima do seu trabalho, ou seja, a flor. Além de ter discerni-
mento das qualidades de uma flor para saber comprar o melhor produto, precisa saber conservá-la e fazer um arranjo que perdure na mão do consumidor. “Além do conhecimento técnico, o atuante neste ramo precisa saber se relacionar com clientes, pois a partir da identificação da necessidade do cliente é que conseguirá entregar um resultado satisfatório”, explica Ana Rita.
E a ONU? O Design Floral está relacionado a outras áreas como o paisagismo, arquitetura e decoração, usando em sua composição não apenas flores e plantas, mas também água, muitas vezes, como item principal em cascatas e laguinhos. Sendo assim, o profissional deve saber usar conscientemente este recurso, além de utilizar técnicas de reuso, dando a seu trabalho prestígio e bom exemplo para outros profissionais. Entretanto, todos nós devemos cooperar para com uso consciente da água. São em pequenas atitudes do dia a dia que fazemos a diferença e ajudamos o Planeta.
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Perfil
ANNA
ANJOS Anna Anjos nasceu em março de 1985 em São Paulo, capital. É designer graduada pela Belas Artes de São Paulo. Trabalhou como colorista e designer na Fábrica de Quadrinhos, atuando para diversas agências de publicidade do país. Em 2008 participou da criação do projeto gráfico para o Festival Latino-americano de Publicidade, o El Ojo de Iberoamerica. Já trabalhou para clientes como Nestlé, Coca-Cola, Computer Arts, Editora Abril, Editora FTD, entre outros. Atualmente trabalhando como ilustradora freelancer e artista plástica, atuando para os mercados editorial e publicitário, a paulistana Anna Anjos já revela os traços de uma artista madura, com um estilo original, fazendo prevalecer sua ousadia artística, inventiva e irreverente. Misturando formas estilizadas, ela extrai elementos do ludismo para incorporá-los em sua realidade de criação, abstrata e surreal, fazendo-nos entrar num espaço original, em que as cores brincam com as formas. Essa alquimia de criação nos mostra uma produção bastante especial: personagens puros, que refletem uma ingenuidade em seus corpos, mas que revelam a firmeza de suas personalidades e de suas emoções, através dos seus traços bem definidos, brindando-nos com a gênese de um estilo que faz de Anna Anjos uma artista marcante, já com sua patente dentro do nosso universo artístico contemporâneo. Acesse o site da Anna Anjos: www.annaanjos.com
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FORMAÇÃO ANIMATOR TOOLS
MAX 2012
3D MAX 2012 MODELAGEM 60 horas 3D MAX 2012 REGGING 40 horas 3D MAX 2012 ANIMAÇÃO 60 horas
O 3ds Max integra poderosos recuros de modelagem 3D, animação, renderização e composição, permitindo aos usuários elaborar produções 3D de qualidade. Com essa formação o aluno terá contato com os mais importantes e fundamentais processos de uma produção 3D.
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