Mecanismos Homeostáticos
Osmorregulaçã o
Osmorregulação – conjunto de processos que permitem regular o equilíbrio da água e dos sais minerais no organismo. Os animais podem ser:
Osmoconformantes Animais cuja concentração dos fluidos corporais do meio interno varia com a concentração do meio externo. Ex: maioria dos invertebrados marinhos.
Osmorreguladores Animais que têm a capacidade de controlar a pressão osmótica do seu meio interno, face às variações na pressão osmótica do meio externo. Ex: maioria dos vertebrados.
Osmorregulação em meio aquático 1 – Ambiente de água doce Os ambientes de água doce apresentam uma salinidade inferior à concentração de sais do meio interno dos animais. Nestes meios, os animais tendem a absorver água por osmose através das brânquias e a perder sais por difusão. Problemas em relação ao meio em que vivem Ganho de água por osmose e perda de sais por difusão.
Estratégias de Osmorregulação • Muita urina e diluída (rins com glomérulos bem desenvolvidos). • Não bebem água. • Captação activa de sais pelas brânquias.
Osmorregulação em meio aquático 2 – Ambiente marinho O meio interno dos peixes é hipotónico em relação à água do mar e o organismo tende a perder água por osmose e a ganhar sais por difusão. Problemas em relação ao meio em que vivem
Estratégias de Osmorregulação
Perda de água para o meio por osmose e ganho de sais por difusão, pela pele e pelas brânquias.
• Ingestão de água salgada. • Pouca urina e concentrada (rins reduzidos). • Excreção de sais por transporte activo pelas brânquias.
Osmorregulação nas aves marinhas Glândulas de sal
Problemas em relação ao meio em que vivem
Estratégias de Osmorregulação
Ingerem água salgada • Excreção de sal por juntamente com os transporte activo, por alimentos. glândulas nasais – Glândulas do sal.
Osmorregulação nos animais terrestres Problemas em relação ao meio em que vivem
Estratégias de Osmorregulação
Perda de água por evaporação através das superfícies respiratórias e da pele. Perda de água através da excreção urinária e das fezes.
Redução glomerular, que resulta numa redução nas taxas de filtração de água. Produção de urina hipertónica devido à reabsorção de água filtrada. Ingestão de grandes quantidades de água.
A - Sistema excretor da minhoca
É constituído por um par de órgãos, chamados nefrídeos, em cada segmento do corpo. A minhoca vive em habitats muito húmidos, entrando água através da pele, por osmose. Os nefrídeos produzem uma urina abundante e diluída, compensando o excesso de água que entra pela pele, ocorrendo assim a osmorregulação.
B - Sistema excretor dos insectos e dos aracnídeos
Possuem um sistema excretor constituído por túbulos de Malpighi. Os túbulos de Malpighi absorvem substâncias da hemolinfa, lançando-as no intestino, onde se misturam com as fezes. A água e alguns sais são reabsorvidos pelas glândulas do recto, libertando-se para o exterior os produtos de excreção.
C - Sistema excretor dos mamĂferos
Aspectos do rim e do nefr贸nio humanos
Pormenor da cápsula de Bowman Arteríola eferente
Glomérulo
Cápsula de Bowman
Arteríola aferente
O processo de excreção ou formação da urina envolve três fenómenos: filtração, reabsorção e secreção.
Formação da urina
FILTRAÇÃO Ocorre na cápsula de Bowman (devido à elevada pressão sanguínea na rede capilar do glomérulo); Resulta o filtrado glomerular (composição semelhante ao plasma, com excepção de proteínas e dos lípidos que não são filtrados).
REABSORÇÃO Ao longo do nefrónio e tubo colector, onde abrem vários nefrónios, é feita uma reabsorção para a corrente sanguínea de substâncias úteis ao organismo. Essa reabsorção pode ser total (glicose e a.a.) ou parcial (99% da água filtrada, Na+ e Cl-) podendo ocorrer quer por difusão quer por transporte activo.
SECREÇÃO Ocorre ao mesmo tempo que a reabsorção, mas em sentido oposto; No tubo contornado distal e no tubo colector pode ocorrer a secreção activa de certos iões a partir do plasma sanguíneo para a urina.
Controlo dos mecanismos de osmorregulação No ser humano, a osmorregulação é conseguida à custa de mecanismos de feed-back negativo em que intervém a hormona antidiurética – ADH.
Regulação da pressão osmótica do sangue por acção da ADH.