Semadesal

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2015

MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES TEMA 2015

PREPARANDO A IGREJA PARA OS DESAFIOS MISSIONÁRIOS DO NOVO SÉCULO

Equipe Semadesal: Raimundo Campos Marineia Santos Melquisedeque Cruz Andréia Reis


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SEMADESAL

Preparando a Igreja para os desafios Missionários do Novo Século

Prof.ª Cristina Ferreira Ramos Bispo 1

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Bacharel em Teologia e Administração, Especialista em Docência do Ensino Superior, Teologia Bíblica e Planejamento Estratégico; Mestranda em Divindade.

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Esse é o 5º Treinamento para Líderes de Missões. É um evento que capacitará Líderes para obra missionária. O evento este ano vai dar ao treinando uma visão panorâmica do mundo atual, ensiná-lo a ter um olhar missionário para os últimos acontecimentos internacionais e capacitá-lo para a tarefa de fazer de sua igreja, um Agente de Missões.

Palestrante: Prof.ª Cristina Ferreira Ramos Bispo

Conteúdo: * Uma visão do mundo de hoje; * O tipo de missionário que o mundo precisa; * Um olhar missionário para a igreja Perseguida; * Tornando a Igreja em um agente de missões.

Informações: Site: http://www.semadesal.com/ E-mail: missaoadesal@hotmail.com Contato: (71) 3241-2182 (71) 9166-3052

Andréia Reis. Secretária Semadesal

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INDICE

CULTO DE MISSÕES – MAIO de 2015. ......................................................................................................... 11 CULTO DE MISSÕES – JUNHO/2015............................................................................................................. 19 11 Cidades Sem Nenhuma Presença Evangélica – Brasil - .......................................................................... 19 CULTO DE MISSÕES – JULHO/2015 ............................................................................................................. 37 CULTO DE MISSÕES – AGOSTO/2015 ......................................................................................................... 43 CULTO DE MISSÕES – SETEMBRO/2015.................................................................................................... 48 CULTO DE MISSÕES – OUTUBRO/2015 ...................................................................................................... 53 CULTO DE MISSÕES – NOVEMBRO/2015 .................................................................................................. 61 CULTO DE MISSÕES – DEZEMBRO/2015 ................................................................................................... 66

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Este material foi preparado para você, Líder de Missões da Semadesal. Ele contém informações para os cultos mensais Realizados nas Igrejas e Congregações. Faça bom uso do mesmo. Equipe Semadesal. Raimundo Campos Marineia Santos Melquisedeque Cruz Andréia Reis

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CULTO DE MISSÕES – MAIO de 2015.

MISSÕES URBANAS

OBJETIVO DO CULTO DE MISSÕES EM MAIO: 1. Levar a Igreja a adorar ao Senhor. 2. Levar a Igreja a despertar para IR. 3. Levar a Igreja a conhecer os desafios do presente século. 4. Levar a Igreja a interceder pelas cidades (especialmente Salvador.)

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MISSÕES URBANAS2 CIDADES PARA DEUS!

O

mundo e o Brasil há décadas passam por um processo acelerado de urbanização: A urbanização é um fenômeno mundial. Cerca de metade da população mundial, que já atingiu a cifra de seis bilhões e meio de pessoas,

mora em cidades. Na década de 60, a população urbana representava 34% da população do planeta. Esse número saltou para 44% em 1992, e existe uma estimativa de que 61,01 % da população mundial estejam vivendo em cidades até 2025. No Brasil, o assunto não é diferente, muito embora, o crescimento aqui foi mais acelerado que outros países. O Brasil deixou de ser um país essencialmente rural no fim da década de 60, quando a população urbana chegou a 55,92%. A mecanização das atividades rurais e a atração exercida pelas cidades como lugares que oferecem melhores condições de vida são dois dos principais fatores do êxodo rural. Atualmente, o país conta com 81,23% de seus habitantes morando em áreas urbanas (IBGE - censo 2000). Houve um acréscimo de 26,8 milhões de habitantes urbanos desde o último censo de 1991, devido ao crescimento vegetativo nas áreas urbanas, à migração com destina às cidades e à incorporação pelo IGBE de áreas, que em censos anteriores, eram consideradas rurais. 3 Esse fenômeno de “abandono” do campo e de migração para centros urbanos, não é um fato isolado do contexto brasileiro, mas de toda América Latina e parte mais oriental da Ásia. Já a África e Ásia (mais ocidental) apresentam um crescimento

urbano

acelerado,

mas

proporcionalmente diferente da América Latina,

porque

sua

fase

de

industrialização cresceu principalmente 2 3

http://pt.slideshare.net/Hjbteixeira/como-falar-e-fazer-missoes-urbanas-hoje . http://www.missaourbana.com.br/

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nas últimas 3 décadas, e o deslocamento da população rural para esses polos, deram-se principalmente nos últimos 20 anos. Hoje a população urbana do continente africano é de 37, 5% da população total, mas em crescente expansão. De acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas), até 2015 4 bilhões de pessoas viverão em cidades. O número de cidades com mais de 10 milhões de habitantes (megacidades) será de 26 até o ano supracitado. Para comparar, em 1950, existia apenas uma cidade com esse número de habitantes em todo planeta, Nova York. As cidades, principalmente nesses “dois terços” do mundo, não crescem apenas em população, mas também em problemas sociais, econômicos e políticos. Pobreza, violência, fome, doenças, favelas, etc os problemas são imensos. Parte considerável da população das maiores cidades dos “dois terços” vivem em favelas.

Problemas mais graves que atingem as grandes cidades: a. As Favelas - Essa é uma questão urbana gravíssima, pois, o espaço geográfico das cidades não comporta tal

fenômeno

de

crescimento,

gerando essa característica irregular e

imprópria

de

moradia.

formação de grandes comunidades onde não há infraestrutura e nem a presença do estado, mantendo assim um estilo miserável nesses “guetos” construídos nos morros ou à beira de um córrego. b. A Violência - Essa é comum a todo centro urbano, gerando nos cidadãos um estilo diferente e desconfiado de vida. As pessoas se enclausuram, fogem do contado com a outra pessoa, por medo ou receio, deixam de sair a determinadas horas do dia ou da noite. c. Ausência de Políticas Sociais adequadas – Uma boa parte dos cidadãos não tem acesso às políticas sociais que os inserem na vida como uma pessoa preparada para o mercado de trabalho. d. Os viciados e o Tráfico – Pessoas que vivem à margem da sociedade certamente são mais vulneráveis a esse tipo de problema: as drogas. Desde cedo crianças são expostas a essa condição, na escola e no lugar onde moram.

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e. Os Encarcerados - Nas grandes cidades ou em seus arredores são construídos grandes presídios que mais parecem cidades muradas. É o lugar dos cidadãos que descumprem a lei, e mais uma vez, vemos na sua grande maioria aqueles que estavam à margem da sociedade. f. Os Doentes - Nos grandes centros urbanos há uma infinidade de grandes hospitais que sempre estão com as suas capacidades bem perto do máximo. Há hospitais em que o número de doentes, somado ao de profissionais supera - em número - boa parte dos municípios brasileiros. g. A Prostituição – Um número enorme de pessoas, sobretudo mulheres degradam suas vidas na prática da prostituição constituindo assim um grupo de risco e vulnerável a outras espécies de males.

Esses são alguns dos muitos fenômenos urbanos em nosso país que influencia a vida de todos os cidadãos e que também exige da Igreja uma atenção especial.

Da população mundial atual, 47 % vivem em cidades. Em 2006, serão 50%, e 24 anos depois, em 2030, serão 60% da população (4,9 bilhões de pessoas).

A Cidade e a Cultura4

A cidade não é apenas população e problemas sociais, mas uma concentração cultural. Olhando para isso, é possível entender que a cidade deixou de ser um conceito geográfico e passou a ser um conceito sociológico.

Por um lado, as pessoas que migram de diferentes regiões procuram se concentrar, formando “guetos culturais”. São formados grupos que tentam manter vivas as tradições da terra natal, como os Centros de Tradição Gaúcha, espalhados por todo país. Isso é uma maneira de fortalecer os laços culturais.

4

www.missaourbana.com.br

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Contudo,

as

influências

externas

tendem a transformar a cultura natal em algo mesclado com outras culturas. Em muitos momentos, a cultura da terra natal

não

representa

tanto

e

os

principais valores culturais aprendidos são misturados com outros em diversas situações. Acontece uma fusão de elementos culturais diferentes, ou até mesmo antagônicos, em um só elemento, continuando perceptíveis alguns sinais originários. Diante disso são formados grupos que compartilham de interesses e gostos análogos.

Por outro lado, existe uma cultura que é própria da urbanização, levando os habitantes da cidade, tanto os de classe média alta como os de classe baixa, a pensarem de modo individualista. COMO ENVOLVER TODA A IGREJA EM MISSÕES URBANAS:5 “... de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor." – Efésios. 4:16.

Se a igreja não foi doutrinada e nem treinada para o trabalho de "missões urbanas", as pregações, dias especiais de missões, ofertório especial para missões, testemunhos, etc. não surtirão os efeitos esperados, que é conseguir colocar a igreja na rua para a pregação do evangelho. Na hora a igreja poderá até se quebrantar e aparentar disposição para o trabalho, mas, com o passar do tempo o ânimo se esfriará e tudo voltará às mesmas. Por quê? Primeiro, não se deve esperar que todos na igreja exerçam as mesmas funções. "E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao 5

http://www.armazemdeideias.net/missoes/missoes_nacionais/missoes_nacionais_missoes_urbanas.html

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aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para edificação do corpo de Cristo." Efésios 4:11-12. Com muita oração e discernimento é preciso que a liderança procure identificar qual o ministério ou dom especial que o Espírito Santo está dando a cada um e procurar alocar os membros da igreja em atividades inerentes às suas vocações. Segundo,

uma

vez

alocados

vocacionalmente, é preciso dar treinamento aos membros por área de ação: 1. Os que demonstram vocação para a pregação receberiam a ministração de um Curso Prático Para Pregadores Leigos. 2. Os que têm aptidão para o ensino seriam enviados para cursos especiais de Treinamento para Professores e Líderes, antes de trabalhar com grupos de Alfabetização e Estudos Bíblicos. 3. Outro grupo seria treinado para Trabalho Especial de Visita a: Hospitais, Reformatórios e Penitenciárias. 4. Músicos orientados sobre Atividades Musicais em Trabalhos de Evangelização. 5. Os Conselheiros receberiam treinamento para Práticas de Aconselhamento por telefone e pessoalmente. 6. Os vocacionados para Intercessão, sobre "Oração de Intercessão", "Paixão Pelas Almas Perdidas", etc. 7. A equipe mobilizada para utilização de mensagens pelo Correio, treinamento sobre "Como Utilizar Bem o Cadastro de Novos Decididos". 8. Treinamento para irmãos que queiram organizar estudos/discipulado em residência de novos convertidos. 9. Os Diáconos devem ser mobilizados para a Ação Social recebendo cursos sobre Estratégias para Ação Social na cidade. 10. Os idosos devem ser alcançados através de grupos treinados especialmente para esse fim.

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Sugestão de Jogral para apresentação desse Tema:6

6

http://www.jograis.com/evangelismo/43.htm

4 – A pobreza e a miséria levam crianças e adolescentes a venderem seus corpos, sua consciência e sua inocência.

MISSÕES, É JÁ A ÚLTIMA HORA!

5 – De todos os que estão presentes aqui, quem não tem um parente que sofre por essas situações?

1,2 – Igreja, não há mais tempo a perder! Todos: É já a última hora!

6 – Quem pode dizer que a sua própria família não necessita de um encontro com Jesus, de uma providência urgente de Deus?

3,4 – Enquanto ficamos de braços cruzados, o mundo corre a passos largos para o abismo!

Todos: O mundo clama e é já a última hora! Todos nós, todos os dias, somos desafiados a tomarmos uma posição ao lado de Cristo e propagar o evangelho a toda criatura.

Todos: É já a última hora! 5,6 – Enquanto ficamos parados reclamando das condições, desesperados por bênçãos materiais, as almas perecem sem Deus, sem paz e sem salvação!

1 – No entanto, muitas vezes, preferimos nos isolar em nosso próprio comodismo e deixamos de cumprir a ordem de Jesus.

Todos: O mundo clama por Missões e é já a última hora!

2 – Não nos dispomos a ir, não nos dispomos a orar, não nos dispomos a contribuir.

1 – Hoje mais do que nunca, a situação do mundo está alarmante!

3 – Enquanto isso, o mundo se prepara caminha para a destruição como um cego prestes a cair em um abismo.

2 – A cada momento, ouvimos notícias que abalam as nossas estruturas.

4 – É hora de despertar e lembrar que o céu não foi feito apenas para nós.

3 – No mundo, terremotos de fortes dimensões causam destruição em larga escala.

5 – É desejo de Deus que todos se salvem e venham ao conhecimento da verdade.

4 – Ondas de frio ou de calor devastam cidades na Europa e na América do Norte.

6 – Por isso mesmo, o próprio Deus veio em busca de Adão quando este pecou, Jesus veio ao mundo morrer numa cruz para nos salvar e o Espírito Santo desceu do céu para habitar nos crentes no dia de Pentecostes.

5 – A guerra em países da já tão sofrida África extermina populações inteiras de forma alarmante. 6 – O crescimento do Ateísmo e a expansão do Islamismo, Budismo e outras religiões nos mostram num quadro preocupante que o mundo não sabe para onde seguir.

1 a 3 – E se Deus se dispôs a vir em busca de nossas almas, se o Espírito Santo nos chama todos os dias à santificação, se o sacrifício de Cristo nos desafia a também entregarmos nossas vidas por amor dos pecadores, como ficar calado? 4 a 6 – Como dizer “não” a uma tão grande responsabilidade? Como ficar parado de um tão grande desafio quando as almas perecem sem Deus, sem paz e sem salvação?

Todos: É já a última hora! 1 – Aqui no Brasil, a violência tem destruído centenas de vidas, apesar das ações governamentais. 2 – O crescimento do tráfico de drogas tem arruinado milhares de famílias a ponto de muitos cometerem suicídios e assassinatos e muitos jovens perdem suas vidas, vítimas tanto das drogas quanto dos traficantes.

Todos: Missões, é já a última hora! 1 – Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram?

3 – O espiritismo, o ocultismo, o aborto, a perversão sexual, a imoralidade, o desrespeito aos pais e às autoridades são propagados pela mídia todas as horas do dia.

2 – E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados?

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3 – Deus conta comigo e contigo para nos usar: quer seja indo, quer orando, quer contribuindo com aqueles que se dispõem a ir!

6 – E Ele mesmo nos promete: Todos: Antes que eu te formasse no ventre, eu te conheci; e, antes que saísses da madre, te santifiquei e às nações te dei por profeta!

4 – Você sabe dizer quantos missionários a nossa igreja tem? 5 – Tem dedicado um pouco que seja do seu tempo para orar por eles?

1 – E pelejarão contra ti, mas não prevalecerão contra ti, porque eu sou contigo, diz o Senhor, para te livrar!

6 – Adotou alguma família de missionários como sua responsabilidade de oração?

2 – Olha, ponho-te neste dia sobre as nações e sobre os reinos, para arrancares, e para derribares, e para destruíres, e para arruinares; e também para edificares e para plantares!

Todos: É já a última hora e é chegado o tempo de vermos a diferença entre o que serve a Deus e o que não serve!

3 – Então, por que temer? Entrega o teu caminho o Senhor, confia nele e Ele tudo fará!

1 – É hora de mostrar com nossas ações que nós servimos a Deus!

4 – Senhor, desperta em nós o desejo missionário! Ajuda-nos a entender e a cumprir a tua vontade aqui na terra!

2 – Deus quer usar as nossas mãos, contribuindo com alegria para o engrandecimento do seu reino da terra.

5 – Ajuda os teus servos que estão em outros países levando a tua palavra!

3 – Deus quer usar os nossos pés, levando-os aos confins do mundo onde quer que haja uma alma sedenta de ouvir a mensagem do evangelho.

6 – Inflama a tua Igreja com o teu poder. Aviva-nos, Senhor!

4 – Deus quer usar a nossa voz, proclamando aqui em nosso estado, nossa cidade, nosso bairro, o perdão da cruz!

Todos: Pois vemos claramente que é já a última hora, ajudanos, Senhor, a fazer missões! Missões, é já a última hora!

5 – Deus quer usar as nossas vidas entregues voluntariamente em consagração para fazer o que nos mandar onde quer que seja!

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CULTO DE MISSÕES – JUNHO/2015 MISSÕES NAS CIDADES DO INTERIOR

11 Cidades Sem Nenhuma Presença Evangélica – Brasil RAFAEL DUQUE OUTUBRO 2010.

Sempre que falamos em missão, pensamos logo em ir para o exterior, mais e o nosso Brasil, o evangelho já tem chegado aos quatro cantos do nosso País? Veja estes dados do censo do IBGE do ano de 2000: Existem 71 cidades com menos de 1% de evangélicos. A Região Nordeste do Brasil está muito atrás do restante do Brasil em termos de presença evangélica. Enquanto que 12 estados brasileiros apresentam taxas acima de 20%, o Nordeste não há nenhum estado com mais de 15% de evangélicos em sua população. Em 6 estados nordestinos a população de Evangélicos está abaixo de 10%: Alagoas, Ceará, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Desses seis estados, Paraíba é o que possui a maior concentração de cidades com menos de 5% de evangélicos. Alagoas fica com o lamentável índice de estado com a maior concentração de cidades com menos de 1% de evangélicos. O estado do Piauí é o que possui a população com o mais baixo percentual de evangélicos do país. A capital baiana – Salvador – cidade nacionalmente conhecida pelo grande número de adeptos da Umbanda e do Candomblé, só aparece na 172ª posição da lista. Em 11 cidades brasileiras, o índice de evangélicos é “zero”, ou seja, o censo do IBGE não contabilizou nenhum único evangélico. O Rio Grande do Sul é o estado onde se concentra o maior número de cidades com índice “zero” de evangélicos – 9 cidades ao todo. As 11 cidades sem nenhuma presença evangélica são: Queluzito (MG), Carrapateira (Pb), Boa Vista do Sul (R.G. do Sul), Nova Alvorada (R. G. do Sul), Nova Roma do Sul (R.G. do Sul), Protásio Alves (R. G. do Sul), Relvado (R. G. do Sul), Santo Antônio do Palma (R. G. do Sul), São Jorge (R. G. do Sul), União da Serra (R. G. do Sul), Vespasiano Correa (R. G. do Sul).

OBJETIVO DO CULTO DE MISSÕES EM JUNHO: 1. Levar a Igreja a adorar ao Senhor. 2. Levar a Igreja a despertar para IR. 3. Levar a Igreja a conhecer os desafios do presente século. 4. Levar a Igreja a interceder pelas cidades (especialmente Salvador.)

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MISSÕES NAS CIDADES DO INTERIOR Por Sérgio Lyra7

Pense Nisto! Meninos de rua. Favelas e morros. Violência urbana e tragédias dos guetos. Super população. Fome e prostituição infantil. Inércia governamental. Assuntos como estes são geralmente citados quando se fala em missões urbanas, e a nossa mente logo associa tais problemas às grandes cidades. Não há como questionar que as grandes aglomerações urbanas produzem um número enorme de problemas, contudo, não é correto pensar em missão da igreja na cidade focalizando apenas os grandes centros. Há centenas de pequenas cidades no interior do nordeste que necessitam de uma ação missionária, poderíamos até dizer que há um verdadeiro clamor nas cidades do interior, principalmente quando este interior é do nordeste brasileiro.

Ao decidir pensar sobre plantação de igrejas, tendo como sítio de trabalho e análise as cidades do interior brasileiro, em particular a região pobre do nordeste, reconheço que o desafio não é mais uma questão optativa, mas sim uma questão de coerência entre fé e prática cristã. Neste pouco tempo que você decidir ler este artigo, procurarei chamar sua atenção para tirá-lo do estado de alienação e acomodação, a mesma me fez ficar inerte por três anos. Desejo ser 7

http://www.cemu.com.br/novoportal/portal

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para você uma voz profética a favor daqueles que vivem nas cidades do interior e ainda não ouviram a mensagem de Jesus. Nossos Municípios Quando se fala em município é preciso diferenciar quando se fala em cidade. Por exemplo: existe a Prefeitura da Cidade do Recife e a Prefeitura Municipal de Caruaru. Qual a diferença? A resposta é simples, quando nos referimos a um município, ali há uma área urbana, onde se localiza a cidade, e uma área rural (no caso de Recife não há mais área rural alguma!). O nosso foco aqui estará voltado para a área urbana dos municípios, que em alguns locais pode significar até alguns vilarejos. A grosso modo, para efeito de classificação, três perfis podem ser traçados para essas cidades do interior. a) Cidades Polos Trata-se daquelas cidades do interior que praticamente refletem a realidade da capital. Bons exemplos são Petrolina-PE, Campina Grande-PB e Mossoró-RN. Apesar de serem de menor porte que as capitais de seus estados, oferecem universidades, comércio e lazer diversificados, industrias, transporte aéreo e, via de regra, na área rural, ao seu redor concentram-se bons polos de agroindústria, pecuária, etc. Nestas cidades pode-se identificar o “espírito do progresso” expresso através do uso de tecnologias avançadas, bons resultados econômicos, sem, contudo, significar diminuição do contingente pobre. b) Cidades Pobres O perfil destas cidades se caracteriza por certa estagnação sócioeconômica. Freqüentemente são cidadelas que conseguem sobreviver com atividades de subsistência, através de uma agricultura de risco, fruto da incerteza das condições climáticas, artesanato e pequenas atividades pastoris ou pequenos

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negócios. Ao se andar por estes aglomerados urbanos, um senso de “precisa melhorar” é patente. Contudo, a mesmice, por ignorância ou mesmo por falta de opção, impõe o estilo de vida simples e pobre em praticamente todos os aspectos da cidade, das casas à sede da prefeitura, do posto médico ao cemitério, do “bar da pinga” à lanchonete da rodoviária. c) Cidades Perdidas Chamo de cidades perdidas não porque a possibilidade de restauração inexiste, mas porque tais vilarejos são completamente desconhecidos e esquecidos de quase todos. São apenas lembrados por aqueles neles residem, por alguns poucos geograficamente a eles ligados, e por uma pequena minoria que deles se lembram por laços familiares. A quantidade deste tipo de agrupamento no nordeste brasileiro não é pequena. Milhares e milhares de retirantes para a capital saíram dessas minúsculas áreas urbanas. Nesses municípios, os recursos tecnológicos são quase inexistentes, o serviço de saúde pública é ineficiente e agricultura é rudimentar e de sobrevivência. Ali tudo parece buscar “mudar de vida”. As cidades perdidas são a estampa da miséria, onde sobreviver é a questão, incertezas, sazonalidade do clima, “rezar para não sofrer mais...” e mortes prematuras são assuntos constantes.

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Se a realidade socioeconômica

da

maioria daqueles que vivem no interior já nos corta o coração, o que dizer da chegada tardia do evangelho lugares?

nesses

Quem

tem

pregado o evangelho a estas pessoas? Quantas igrejas das cidades polo têm

atuado

missiologicamente nas pequenas cidades do interior? Na verdade, a nossa constatação reflete uma realidade insustentável. Sem querer fazer nenhuma gradação de prioridade entre locais para se plantar igrejas, mas ao mesmo tempo se inquietando porque “os da casa” estão sendo esquecidos na distribuição dos obreiros e dos investimentos, não temos como negar que existem mais organizações para-eclesiásticas agindo nas cidades pobres do interior do que as igrejas metropolitanas. Para não sermos injustos, é preciso que se diga que grande parte do avanço do trabalho missionário que ali se dá, ocorre por causa das igrejas do próprio interior. Igrejas com poucos recursos, mas compartilhando dons, talentos e abençoados e abençoadores pregadores leigos. Como se Faz Missão nas cidades do Interior Hoje? Sempre entendendo missões, de acordo com a definição de Laussane, como evangelização e ação social, advogo que essas duas ações não são irmãs gêmeas, mas sim, verdadeiras irmãs siamesas, vitalmente inseparáveis, pois pulsam em harmonia com único coração, o coração de Deus. Despreocupando-me com o uso particular que porventura venha sendo feito por algumas instituições missionárias, os termos que aqui utilizo apenas denominam uma estratificação de quatro tipos de ações missionárias que ocorrem em nossas cidades do interior do nordeste do Brasil.

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a)

Invasão

Talvez este seja o método

“mais

conveniente” para as igrejas

das

metrópoles, pois é de curta

duração

e

investimento temporário.

Não

deixando reconhecer

de que

o

Espírito de Deus age sempre de forma soberana e surpreendente, por outro lado não podemos nos curvar a qualquer metodologia que apresente deficiências sem propor melhorias, ao invés de simplesmente criticá-las e condená-las. Defino a minha classificação de invasão como a ação missionária da igreja que geralmente se caracteriza por mobilizar pessoas das cidades maiores para uma espécie de “mutirão evangelístico” em uma determina localidade. A proposta não é ruim, contudo, na sua grande maioria, o “invasor” nunca se vê como parte da realidade, onde irá ficar apenas por alguns dias. Recentemente um colega participou de um projeto deste e ao chegar comentou: “É doído demais! Há muito o que fazer por ali. Não sei se agüento ir uma segunda vez. É preciso fazer algo a mais”. Note que a ação de invasão produziu um sentimento de “é preciso fazer algo mais” no participante, e isto é bom. Contudo, ao mesmo tempo, gerou um senso de inadequação e a dúvida de continuar voltando ao campo. Na verdade, a ação de invasão é boa para o cristão ao produzir um abençoado choque que quebra a barreira da alienação entre a cidade-polo e a cidadeperdida. Mas, o que dizer da frequente pergunta feita pelos que lá ficaram: “Quando é que vocês vão voltar?”. Na invasão, responder esta pergunta com a verdade é muito doloroso para os dois lados.

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b)

Participação Financeira Este tipo de ação diverge bem da proposta de invasão. Na participação financeira, geralmente o processo ocorre com a decisão da liderança da igreja, ou de um grupo de igrejas, com o objetivo de financiar um projeto missionário no interior. Nesta ação há também prol e contra. A princípio, a proposta produz a preservação da distância

entre

os

membros

da

igreja

mantenedora e a comunidade alvo do interior. Embora a decisão de participar financeiramente possa produzir um pouco de conhecimento da realidade do interior, dificilmente produzirá o incômodo e a inquietação, por mais efetividade que a ação de invasão normalmente produz, fruto do contato pessoal. Contudo, a bem da verdade, é preciso que se diga que tais parcerias se mostram tremendamente viáveis e acessíveis a praticamente todas as igrejas das grandes cidades. Certa vez, ensinando um grupo de plantadores de igrejas do Instituto Bíblico do Norte na bonita cidade de Garanhuns-PE, pedi aos alunos um projeto real para o campo onde eles estagiavam. Chamou-me a atenção um projeto de uma

aluna,

voltado

para

um

vilarejo

de

aproximadamente 2.000 habitantes chamado Alto de São Francisco, perto da cidade de Lajedo-PE. Dentre os dados coletados naquele projeto estavam o perfil de uma pessoa “rica” do local: Possui casa com 4 cômodos (sala, cozinha, quarto e banheiro dentro da casa); e renda mensal de US 330.00 e tem bicicleta. Pensando em um missionário local que já vivenciasse o perfil do seu público alvo, quão facilmente igrejas da capital e das cidades polo poderiam abraçar um projeto barato como este, manter um(a) obreiro(a) e fazer uma grande diferença ali? Quantos irmãos e irmãs das igrejas metropolitanas não poderiam fazer algo ali e atingir literalmente a todos?

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c)

Manutenção

Ao falar de manutenção, o meu foco se volta para as próprias cidades do interior. Sem objetivar criticar quem quer que seja, não podemos negar a visão quase míope de pastores e líderes, miopia esta que lhes limita apenas visualizar a manutenção do nível de trabalho que lhes foi confiado. É super óbvio que cada líder tem a responsabilidade de cuidar da sua comunidade, contudo, a “enfermidade de liderança” a que me refiro se caracteriza por produzir igrejas sonolentas ou ativistas, mas sem sonhos, sem pensar no tamanho do Reino e a obra missionária a elas confiada. A manutenção sempre pergunta: “Era sempre assim, e por que temos que mudar? Não está dando certo? A igreja não está em paz?” Deixe-me compartilhar uma conversa que ainda hoje me choca. Em um encontro com dois colegas pastores, ouvíamos o inconformismo de um deles que lamentava o estilo de pastorado-rotina (manutenção), ele estava insatisfeito como pastoreava e o seu desabafo sincero fazia com que eu começasse a me envolver emocionalmente com a sua crise. De repente, o outro colega fez três perguntas rápidas, e recebeu como resposta três “sim”; Eis as perguntas: “O conselho de presbíteros apóia você?; A igreja gosta da sua pregação? Seu salário está em dia?” Ao ouvir os “sim”, concluiu: “Ah, amigo, deixe de agonia, relaxe! Você não tem problema algum!” Ele começou a ri e eu a lamentar. Independente da realidade da igreja local, o Senhor Jesus nos ordena a fazer muito mais do que manter (João 15:8), é preciso também sonhar com a expansão do reino de Deus. Milhões de pessoas residem nas cidades do interior. É preciso que os líderes reexaminem seus ministérios, sua comunhão com o Espírito Santo, e avaliem seus projetos missionários. É preciso chorar pelas cidades, assim como Jesus fez.

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d) Encarnação Eis aqui uma proposta a ser analisada com carinho e oração. O termo é utilizado para retratar um modelo que procura espelhar a opção que Jesus adotou por nós. Esta é a ação onde se busca vivenciar e abraçar a realidade de público alvo que vive no interior. Para isto acontecer, é preciso ter em nós o mesmo sentimento que houve em Cristo (Fl 2:5), é preciso renúncia e decisão de ir e abraçar a realidade que desejamos atingir com o evangelho de Jesus. Esta ação não dever ser vista como uma opção antropocentrista de evangelização, nem muito menos como uma atitude que permita negociar a doutrina ou barateá-la para se obter resultados. A opção pela identificação com aqueles a quem se prega implica em quatro atitudes: (1) Invadir o reino de trevas com a proclamação do evangelho, implantando os valores do Reino de Deus. (2) Investir financeiramente viabilizando a ação. (3) Manter o que foi alcançado, congregando os convertidos na igreja e doutrinando-os na Palavra. (4) Expandir a partir do conquistado. Como tornar essas ações viáveis? O que é preciso para isto acontecer? Se eu consegui levar você a pensar sobre isto, acredito que já atingi o meu primeiro objetivo.

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Partindo para a Ação: Sonhando com missões nas cidades do interior do nordeste:

Pessoalmente não creio distantes

que

estamos de

um

avivamento missionário no povo de Deus no nordeste

brasileiro,

levando o evangelho a milhões de nordestinos que ainda não conhecem a Cristo como o único Salvador. Como uma semente que germina e com o passar do tempo pode se transformar em uma frondosa árvore, acredito que o Senhor das missões está plantando muitas destas sementes. Uma delas, creio eu, foi o primeiro Congresso Nordestino de Missões em Caruaru-PE em outubro de 2002. Pelo menos em mim, a semente já possui caule e folhas, viçosas folhas desejosas de ventilar o surgimento de muitos frutos para a glória de Deus. Como minha contribuição singela, exponho aqui um projeto que se fundamenta em seis aspectos a serem refletidos, discutidos, ampliados, remoldados e adequados na busca de se tornar uma base missiológica plantação de igrejas e elaboração de projetos de ações missionárias para as cidades do interior. 1. Conhecimento do contexto Alguém pode pensar e dizer: “Quem já evangeliza na cidade do Recife pode evangelizar em qualquer outro lugar.” O que está por trás desta frase equivocada é que a capacitação recebida para alguém servir, trabalhar e evangelizar na capital, a capacita também para o interior. Afinal, pode-se achar que quem se preparou e serviu na cidade grande, não terá dificuldade na cidade pequena. Sou testemunha de acusação contra aqueles que assim pensam. Tenho verificado a imensa dificuldade de alunos do seminário que vindo de igrejas de médio porte e, aceitando convite para pastorear no interior, encontram muitas

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dificuldades por não fazerem a diferenciação dos contextos. Para fazer missão nas cidades do interior é preciso conhecer um pouco o interior. Como um começo para se conhecer o contexto proponho:

■Uma visita da liderança a uma cidade onde haja um projeto funcionando, para conhecer e avaliar aspectos tais como: Quando e como iniciou; Qual o público alvo; qual o perfil e preparo teológico-missionário dos obreiros, quanto tempo investiu/investe; quais e quantos são os recursos; Quais as principais dificuldades do passado e do presente; etc. ■É recomendável começar por uma cidade de aproximadamente 2 horas de distância (150 km). Isto facilita idas e vindas mais freqüentes e o atendimento dos imprevistos com mais facilidade. ■É de extrema valia que um grupo de pessoas da igreja missionária plantadora planeje e passe alguns dias ou semanas na cidade alvo, com a finalidade de produzir experiência real. ■Durante a estada conheça e levante o perfil local, ande pela cidade e converse com o povo e com as autoridades locais. Visite a prefeitura, a delegacia, o posto médico, a escola, etc. Planeje ficar durante o dia da feira, identifique como os problemas são sanados (subsistência, doenças, delinquência, drogas, etc.).

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Identifique as realidades econômicas, políticas, sociais e principalmente a religiosa. ■Ao voltar promova um fórum de discussão com a igreja, envolva mais pessoas, visualize parcerias, amadureça as idéias à luz da oração e da orientação do Espírito Santo. 2. O perfil do missionário Eis aqui merece

nossa

um assunto atenção

que

redobrada.

Permita-me lhe relatar um exemplo. Um

colega

participando

de de

ministério

estava

uma

invasão

missionária em uma cidade do interior e foi atraído para perto ao ver passar pela rua uma procissão da Igreja Católica a virgem Maria. Ao se aproximar, a senhora que liderava a procissão, sem o conhecer, lhe perguntou porque ele não participava. Ele ficou assustado e silenciou um pouco e então respondeu mais ou menos assim: “Vim para trazer um recado do filho da virgem Maria para esta cidade.” A mulher com quem ele falava parou a procissão, ajuntou as outras em sua volta e disse: “Pessoal, este moço aqui veio para trazer um recado do filho de nossa senhora”. O fato o deixou quase sem ação, mas o seu preparo e sua intimidade com a pregação do evangelho permitiram que ele superasse a surpresa e anunciasse a Jesus, nascido da virgem Maria, como Deus e Salvador. Treinamento para o campo missionário é uma área que necessita seriamente ser repensada. Jamais direi que os pobres necessitam mais de pão do que de Jesus, porém, também, jamais direi que Jesus não se preocupou com os problemas materiais das pessoas pobres. Frequentemente tenho visto igrejas que de pronto recomendam a formação teológica (entenda como capacitação teológica para proclamação) ao descobrirem a vocação missionária de alguém que deseja sair da comunidade local para pregar o evangelho. No caso de

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pessoas chamadas para pregar nas cidades do interior, creio que algo a mais precisa ser dito e feito. Após

conhecermos

a

realidade

e

necessidades do cidade-alvo, considerando a realidade do nosso interior super carente de professoras, agrônomos, técnicos de saúde, médicos e veterinários e outros profissionais,

sou

do

parecer

que

juntamente a pregação do evangelho, um ou

mais

profissionais

missionários

poderiam completar o perfil da equipe pioneira que vai chegar com a mensagem do evangelho. A nossa ação precisa enfrentar a realidade onde o evangelho será anunciado. É aí que vejo a extrema necessidade de termos os missionários fazedores de tendas, homens e mulheres como Áquila e Priscila, que abriam as portas da sua casa, servindo e pregando, divulgavam a preciosa mensagem do evangelho, e isto sem descaracterizar um milímetro se quer a ação e a necessidade de obreiros dedicados com exclusividade à Palavra e ao cuidado pastoral. O que fazer? Proponho o encorajamento e a utilização dos membros de nossas igrejas para se envolverem com a proposta de atingir as cidades do interior e a criação ou adequação de escolas de treinamento local, onde aqueles que forem chamados pelo Espírito Santo para essa obra possam aprender a pregar o evangelho sem abandonar a sua profissão. A igreja que pastoreio já implantou esta proposta com muito sucesso. A escola tem o propósito de treinar teológica e missiologicamente

profissionais

cristãos

para

desempenharem

ações

missionárias pioneiras, e há boas notícias, homens e mulheres aposentados ou prestes a se aposentar estão sendo impactados pela idéia. Não posso deixar de reconhecer que dois aspectos que precisam, ainda, serem bem analisado. Pelo tempo, deixo apenas a identificação dos mesmos para reflexão e estudos posteriores. O primeiro aspecto refere-se a identificação do perfil de treinamento a ser oferecido àqueles que irão assumir as novas [ 31 ]


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comunidades onde o trabalho pioneiro florescer. O segundo aspecto pode ser chamado de estratégia de permanência, ao invés da opção de sempre enviar obreiros das cidades pólo para o interior, pode-se utilizar a realidade de cada cidade para dali identificar obreiros preciosos, treiná-los e entregá-los ao campo onde estão.

3. Planejamento Estratégico O que se deve fazer? Como vamos fazer? De onde virão os recursos? Quais as pessoas envolvidas? Quanto tempo será preciso? Perguntas como estas não podem ficar sem respostas, quando se trata de se planejar uma ação missionária. Contudo, jamais optaremos por credenciar a estratégia como causa dos resultados. Por outro lado, também jamais concordaremos com aqueles que se valem de espiritualizações para encobrir a ausência de planejamento. Ao tomar conhecimento do contexto e tê-lo estudado com afinco e critério, muito pode ser planejado para o futuro de curto, médio e longo prazo. Se não planejarmos o treinamento, os meios, identificarmos e especificarmos os métodos, recursos e não estabelecermos metas e controles, podemos sofrer sérios reveses. O Dr. Russel Shedd muito bem afirmou que “o tempo de se fazer missões apenas com empolgação e sem suporte, acabou”. Planeje, mas sempre se lembre que mesmo podendo e devendo planejar, a última palavra será sempre do Espírito Santo de Deus.

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4. Contextualização Nunca estarei cansado de afirmar que apenas as Escrituras Sagradas são inerrantes (sem erro algum), imutáveis (nunca precisarão de revisões ou acréscimos) e supra-culturais (estão acima daquilo que qualquer cultura admite ou exige). É preciso que se faça uma diferenciação entre costumes evangélicos (que podem ser até bons e recomendáveis) e doutrinas bíblicas. Isto permite que identifiquemos o que pode e o que não pode ser colocado sobre a mesa de negociação. Deixe-me dar um exemplo. Em um domingo pela manhã do verão nordestino eu e Jamile, minha esposa, voltávamos da cidade de Garanhuns onde havíamos passado uma semana ministrando para os alunos do curso de plantação de igrejas. Ao passarmos pela cidade de São Pedro, diminuindo a velocidade por causa dos quebra-molas, me deparei com algo que chamo de tradição descontextualizada. Do lado direito do carro ouvi o canto de um hino, que me era bem conhecido, vindo de um pequeno templo à beira da rodovia. Coincidência ou não, era uma igreja presbiteriana. Diminuí tanto a velocidade que quase parei o carro no acostamento. Vi na igreja umas 15, no máximo 20, pessoas ali, inclusive algumas de paletó e gravata (o calor estava de matar). Ao olhar para o outro lado da rodovia fui tomado pelo espanto. Estava ali, bem ali na frente da igreja. Pensei tão alto que gritei: Está ali! O casal de estudantes que voltavam conosco, e estava no banco de trás, assustado perguntou: “Quem pastor? Quem?”. Ri um pouco e mostrei como a feira parecia um verdadeiro formigueiro em alvoroço. Pessoas fervilhavam de um lado para outro, mas o relógio marcava 9:45, era hora da escola dominical. Quem imaginaria a igreja poder estar na feira naquele horário? (Para a maioria dos evangélicos brasileiros, 9 horas do domingo é hora sagrada e inegociável). Pergunto: Quanto poderia ser feito naquela feira em prol do evangelho? Quantas pessoas não poderiam ser duplamente Contextualização anunciar

uma

atendidas? significa antiga

e

inegociável mensagem em outra roupagem adequada ao contexto. Contextualização é

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rejeitar a tentação de propagar franquias denominacionais e plantar “igrejas iguais” na capital e no interior como se as realidades, situações, e principalmente as pessoas, fossem as mesmas. Contextualizar significar viver e aplicar os princípios do evangelho onde chegamos como cristãos, sem impor ao que nos ouvem nossos costumes e preferências. Contextualizar significa entender o salmo 24 em todas as suas extensões e viver coerente com a fé que, de fato, TUDO pertence ao nosso Deus, e uma vez moldado e orientado pela sua Palavra, fazer TUDO para a Sua glória 5. O Uso de Parcerias Não é o ideal que as igrejas só consigam missionárias instituições

ser

parceiras

através

de

para-eclesiásticas.

Não é o bastante contentarmonos

com

“igrejas

ricas”

investindo financeiramente em “igrejas pobres”. Advogo a idéia de que as parcerias devem produzir aproximação de pessoas cristãs o máximo possível, promovendo a troca ministerial de dons e talentos naturais. Fomos criados para viver em comunhão com Deus e uns com os outros. Em parte, creio que este aspecto da koinonia precisa ser adicionado aos projetos de parcerias atuais e aos que estão para ocorrer. Porém, há algo a mais a ser buscado em parceria. Se por um lado não é difícil ver igrejas de uma mesma denominação unidas em prol de um projeto missionário (digo que este é o primeiro e mais fácil nível de parceria), por outro, estas parcerias não resolvem a inaceitável intenção de expansão denominacional, como proposta missionária (“cidade sem uma igreja da denominação é sempre cidade-alvo. Identifico aqui um aspecto que precisa de reflexão e estudo, a elaboração de parceria com porte e amplidão muito maiores, sem renunciar àquelas do nível primeiro. O que fazer com as centenas de áreas urbanas do interior do nordeste que possuem menos de 5% de evangélicos? Até quando não trabalharemos unidos como igrejas em parcerias missionárias? Até quando desobedeceremos ao pedido de Jesus em sua oração

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sacerdotal (João 17:21)? Não se trata de ecumenismo doutrinário, fusão sem critério ou proposta para “aumentar a massa e “fazer pressão”. Sabemos muito bem com quem podemos compartilhar nossa fé em prol do evangelho. Fica aqui registrado o meu grito e apelo: É preciso mudar e se irmanar, é preciso parcerias missionárias mais amplas. 6. Recursos a Mais Certa vez em uma escola dominical da nossa igreja, falávamos em classe única sobre projetos de ação social. Ao terminar minha palestra uma professora que estava nos visitando, pediu a palavra. Eu a conhecia, o que não sabia era que ela trabalhava em um órgão governamental que liberava recursos para instituições sem fins lucrativos. Ela expressou estar muito feliz ao ouvir os projetos intencionados pela igreja e disse (aqui está a minha surpresa): “Temos verbas para dar em parcerias com projetos como estes que vocês estão falando aqui. Meu trabalho é buscar instituições sérias”. É claro que não basta ser uma igreja e ter um bom projeto e os recursos surgirão, essas parcerias exigem outros requisitos, mas o fato de uma igreja ser uma pessoa jurídica séria e ter um projeto viável, abre algumas portas que nunca pensamos existir. Fora das parcerias com órgãos públicos, há boas alternativas com ONG´s e também com a iniciativa privada. Note bem, não se trata de pedir dinheiro, mas de se caracterizar como uma sociedade confiável que pode receber verbas de outras instituições também idôneas. Ao se falar em buscar recursos fora da igreja, outra face precisa ser mostrada. Por detrás de toda ação missionária, há sempre uma plataforma, e para mim, tal base precisa sempre ser dar toda a glória para Deus. É preciso denunciar e rejeitar em alto e bom som dois perigos. O primeiro está relacionado com qualquer proposta ou tentativa de ação que se alie com os pressupostos da teologia do evangelho social, ou de qualquer teologia que defenda, apóie ou promova uma missiologia antropocêntrica. Nossa visão não é tornar a igreja um departamento de ação social, nem de longe apenas motivar a igreja para se envolver com a solução das necessidades materiais, que sabemos serem urgentes em muitas nas cidades do interior. Contudo, ignorar a realidade pobre e doída do nosso povo sofrido das cidades perdidas é, sem sobra

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de dúvida, pecado! Reafirmo a proposta de John Stott, “evangelização e ação social são dois braços da mesma missão”. O outro perigo é a manipulação política. Quando ampliamos o nível de nossa ação em uma cidade ou quando recursos de órgãos públicos estão envolvidos, a variante política, via de regra, irá surgir, pois toda ação séria chama a atenção. Creio que é preciso encarar e discutir este aspecto político com serenidade e não com paranóias. A igreja como instituição nunca deve ser partidária, porém isto não significa que o povo missionário de Deus deva ser uma voz política ausente. Como igreja, somos e devemos sempre ser reconhecidos como uma voz a favor da justiça, um povo que aplaude o bem e denuncia as injustiças, como preceitua as Escrituras. Sem negociatas ou conchavos do tipo “toma-lá-dá-cá”, é possível dialogar e conviver com o contexto político no interior sem se deixar contaminar por aquilo que de maléfico nele exista. O profeta e líder Daniel e os jovens Misael, Ananias e Azarias (Dn 1) são bons exemplos disto. Sugestão de Aula em Vídeo para apresentação desse Tema: 8 www.youtube.com/watch?v=mtWSQSDzBrk Vídeo enviado por Igreja Presbiteriana Betânia em São Francisco - Niterói - RJ. Tema: Missões Urbanas - Preletor: Pr. Antônio Carlos Costa

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CULTO DE MISSÕES – JULHO/2015 MISSÕES URBANAS E CRIANÇAS

OBJETIVO DO CULTO DE MISSÕES EM JULHO: 1. Levar a Igreja a adorar ao Senhor. 2. Levar a Igreja a despertar para IR. 3. Levar a Igreja a conhecer os desafios do presente século. 4. Levar a Igreja a interceder pelas crianças.

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MISSÕES URBANAS E CRIANÇAS

Sempre ouvimos dizer que as crianças são o futuro da igreja. Na verdade, elas não só são o futuro como também o presente. 9 A maneira como as crianças são tratadas em determinadas igrejas comprova que muitos cristãos estão completamente equivocados em relação ao papel missionário das crianças. As criança dispõem de bastante energia, são curiosas, sinceras e possuem um grande potencial de comunicação. Infelizmente, na maioria das vezes, muitas crianças são distraídas durante os cultos, quando na verdade deveriam estar sendo evangelizadas e treinadas com o propósito de alcançar outras crianças e também seus familiares com a mensagem de Jesus Cristo. As atividades na igreja que envolvem crianças são muito trabalhosas e cansativas. O profissional que lida diretamente com elas precisa ser bem preparado e possuir o dom específico para o desempenho do seu ministério infantil. Quem trabalha com ministério infantil deve constantemente estar participando de treinamentos para o aprimoramento de seu trabalho ministerial.

Existem diversas instituições que ministram congressos e seminários para desenvolvimento de cristãos que têm ministério infantil. 9

http://www.missoesurbanas.com/discover-new-adventures-publisher/97-futurodaigreja.html

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"Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele." (Provérbios 22:6) Quando uma criança é evangelizada, ela passa a carregar uma semente da palavra de Deus em seu coração, que poderá amadurecer a qualquer momento. Uma criança treinada e que conhece a palavra de Deus é capaz de testemunhar eficazmente o plano de salvação para toda a família. Uma criança convertida hoje poderá se tornar um adulto maduro na palavra amanhã. Assim, entendemos que as crianças não são o futuro da igreja. As crianças são uma das forças missionárias mais eficazes a serviço do reino de Deus. Como conduzir uma criança a Jesus10 A mensagem da Bíblia para as crianças. Ensinando as crianças de acordo com a idade, para manter o coração limpo e para ter um lugar no céu. Quando evangelizar crianças: Na fase inicial da vida não há necessidade de falar de pecado e de culpa para uma criança. Será melhor encher o seu coraçãozinho da presença de Deus através da leitura da Bíblia, de cânticos e de oração. Quando tiver mais idade, a criança vai compreender o que quer dizer desobedecer a Deus. Então, também poderá entender que o pecado nos separa de Deus. E que precisamos crer em Jesus para sermos amigos de Deus, para ter nossos pecados perdoados e para alcançar um lugar no Céu. Nessa idade, o plano de salvação pode ser apresentado para uma criança. Veja um modelo a seguir. O plano de salvação para uma criança Quando fazemos coisas más, entristecemos a Deus, nosso Criador, Quando não ajudamos as pessoas que precisam de nós, Deus também fica triste, 10

http://www.absvida.com.br/como_conduzir_uma_crianca_a_cristo.html

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Aí então, o pecado entra em nossa vida, O nosso coração que estava limpo vai ficar sujo, O pecado nos faz sofrer muito porque nos separa de Deus, Mas Deus nos ama muito, Por isso Ele enviou Jesus, seu Filho, para nos ajudar, Jesus morreu na cruz por nós, Ele fez isso para perdoar todos os nossos pecados, Quando cremos e aceitamos a Jesus, Ele limpa o nosso coração, e Com o nosso coração limpo ficamos amigos de Jesus e filhos de Deus.

Ofereça a Salvação em Jesus Se você estiver certo de que a criança ouviu e entendeu o plano de salvação, peça para ela aceitar Jesus em seu coração. Se a criança não entender, explique que "aceitar Jesus" quer dizer deixar Jesus entrar no coração. Jesus vai limpar o coração e ficar morando sempre nele. Ore com a criança Se a criança disser que aceita a Jesus, conduza-a numa oração, pedindo-lhe para repetir suas palavras. Por exemplo: "Senhor Jesus, neste momento, eu te aceito como meu único e suficiente Salvador, perdoa todos os meus pecados, limpa o meu coração de todas as coisas ruins e fica morando no meu coração por todos os dias da minha vida, amém".

Material para você despertar a Igreja para alcançar crianças e trabalhar com ela: O REINO DE DEUS E AS CRIANÇAS - www.youtube.com/watch?v=hZpxPr73Z9U BÍBLIA GRATUITA PARA CRIANÇAS - https://www.bible.com/pt/kids MATERIAL - http://ministeriodeevangelismoinfantil.blogspot.com.br/2010/09/evangelizandocriancas-de-7-10-anos-com.html FANTOCHES - http://ministeriodeevangelismoinfantil.blogspot.com.br/2010/08/evangelizandocom-fantoches.html CONTANDO

HISTÓRIAS

-

http://ministeriodeevangelismoinfantil.blogspot.com.br/2010/08/contar-historias-paracriancas.html EVANGELISMO DE CRIANÇAS - http://cantinhodatialilica.blogspot.com.br/2010/04/comoevangelizar-criancas.html

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BRINCADEIRAS - http://brincandocomcores.blogspot.com.br/ FANTOCHES - http://tialucimar.blogspot.com.br/2015/04/fantoches-contos-de-fadas.html JOGOS

DIDÁTICOS

-

http://tialucimar.blogspot.com.br/search/label/Jogos%20Did%C3%A1ticos MATERIAL - http://tialucimar.blogspot.com.br/search/label/Moldes MÁSCARAS - http://tialucimar.blogspot.com.br/search/label/M%C3%A1scaras LIÇÕES PARA CRIANÇAS - http://caminhandocomamor.blogspot.com.br/

Sugestão de Jogral para apresentação desse Tema: 11

IDE. O MUNDO CLAMA POR PAZ. (Apresentado por Crianças)

TODOS= Ide por todo mundo pregai o evangelho a toda criatura quem crer e for batizado será salvo, porem quem não crer será condenado. 1= Ide a tempo e fora de tempo. Cumprindo o mandado de Jesus. Sendo dele o verdadeiro exemplo andando firme e mostrando a luz. 2 = Cristo é a única esperança, nosso mundo clama por paz. Jesus é quem dar bonança, a sua graça nos satisfaz. 3= Levantai os vossos olhos e vede os campos esperando para ceifar. Sai enquanto é tempo e aporta está aberta, porque em breve tudo terminará. TODOS= Multidões, povos e mais povos clamam pela falta de paz e nesta busca estão clamando que os evangelizemos. 4 e 2= Mas Deus já tem providenciado homens de grande valor, que tem entregue suas vidas em busca do pecador. 1e 3= Então vamos cumprir o ide porque:

11

http://www.jograis.com/evangelismo/43.htm

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TODOS A seara do senhor é muito grande e os trabalhadores são poucos demais, ide enquanto é tempo levar o evangelho de cristo que vida eterna nos traz.

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CULTO DE MISSÕES – AGOSTO/2015 NOSSOS MISSIONÁRIOS

OBJETIVO DO CULTO DE MISSÕES EM AGOSTO: 1. Levar a Igreja a adorar ao Senhor. 2. Levar a Igreja a despertar para IR. 3. Levar a Igreja a conhecer os desafios do presente século. 4. Levar a Igreja a interceder por nossos Missionários.

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NOSSOS MISSIONÁRIOS Esse culto de Missões deve ser inteiramente dedicado aos nossos missionários nacionais. O líder de Missões deve mobilizar a Igreja para orar por nossos missionários e a Igreja deve estar ornamentada com cartazes relatando o trabalho de cada missionário. A palestra ou pregação deve ser proferida por alguém que esteja no campo missionário. MISSIONÁRIOS ESTADUAIS NOME

CAMPO

ATIVIDADES

CONTATO

GENILSON E NARA REIS EDNALDO QUINTO E JACIARA DALVA ALMEIDA

CATU

IMPLANTAÇÃO DE IGREJA

pastor.genilson@hotmail.com

BARRA GRANDE DO MARAÚ

IMPLANTAÇÃO DE IGREJA

quinto.ednaldo@hotmail.com

PRESÍDIOS DA BAHIA

EVANGELISMO /ASSISTÊNCIA A PRESÍDIOS IMPLANTAÇÃO DE IGREJA

tony.dea@hotmail.com

ROMENIL DE JESUS E CINTIA JOÃO DA CRUZ E ANA DA CRUZ RAIMUNDO CAMPOS E NÚBIA EDNALVA FARIAS E TACIANO JOSE PAULO ALEX JUSTOS

IBICOARA SETE BREJOS – MUNIZ FERREIRA

IMPLANTAÇÃO DE IGREJA

BASE/ SEMADESAL/ MUNDO NOVO JOCUM-BAHIA PROJETO CABO VERDE ITATIM

SECRETÁRIO DE COMUNICAÇÃO/AUXÍLIO À DIRETORIA MISSÕES URBANAS E TREINAMENTO DE OBREIROS IMPLANTAÇÃO DE IGREJA EVANGELISMO /ASSISTÊNCIA A PRESÍDIOS CORAÇÃO DE MARIA

PRESIDIOS/SALVADOR

JURANDI SOUZA FILHO CRISTIANO BORGES

IMPLANTAÇÃO DE IGREJA IMPLANTAÇÃO DE IGREJA

LAJEDAO DO TABOCAL

ELIOMAR GOMES DE SÁ

IMPLANTAÇÃO DE IGREJA

MUNDO NOVO

[ 44 ]

romenilecintia@hotmail.com

prreis07@hotmail.com

missednalvalopes@hotmail.com

mis.pauloju@hotmail.com

jurimarta@hotmail.com


MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES SEMADESAL

Missionários da SEMADESAL levam a Palavra de Deus ao Presídio em Juazeiro/BA.

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MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES SEMADESAL

MISSIONÁRIOS TRANSCULTURAIS: NOME

CAMPO

ATIVIDADES

CONTATO

ADAILTON E HILDA BARBOSA CLÁUDIA OLIVEIRA ADAILTON E SABINE ANJOS

FOZ DO IGUAÇU

IMPLANTAÇÃO DE IGREJA

daymissionario@hotmail.com

INDIA

TRABALHOS EDUCACIONAIS TREINAMENTO DE LÍDERES E EVANGELISMO PESSOAL TRABALHOS COM FAMÍLIAS E TREINAMENTO DE LÍDERES TRABALHOS COM CRIANÇAS REFUGIADAS TREINAMENTO DE LÍDERES NA BASE DA JOCUM E EVANGELISMO PESSOAL IMPLANTAÇÃO DE IGREJA

morenabissau1@hotmail.com

EDUCAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DE IGREJA IMPLANTAÇÃO DE IGREJA E GRUPOS DE DISCIPULADO IMPLANTAÇÃO DE IGREJA/ TRABALHO INFANTIL EVANGELISMO, TREINAMENTO DE OBREIROS NA BASE DA JOCUM EDUCAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DE IGREJA IMPLANTAÇÃO DE IGREJA EDUCAÇÃO INFANTIL E EVANGELISMO APOIO A MINISTÉRIOS

iraildeslucson@hotmail.com

ALEMANHA

JAIR BARBOSA E ADENILDES

GUINÉ BISSAU

EDUARDO MENEZES

ÁFRICA DO SUL

TONI E RITA COELHO

GÂMBIA

GILDO SOUZA E VALDECI IRAILDES E LUCSON PIERRE JOSÉ LUIS E YOMARY

VENEZUELA HAITI REPÚBLICA DOMINICANA

JOSEMAR MENEZES E ESMERALDA

EQUADOR

PATRÍCIA SANTO

CABO VERDE

MOSES E ABIGAIL

ÍNDIA

SANDRA MARINHO MARIA HELENA

ARGENTINA

ELI ROSANGELA

APOIO Á PROJETOS

GUINÉBISSAU

[ 46 ]

adailtonanjos@hotmail.com

jairdeny@hotmail.com

duduadonart@hotmail.com jocumgambia@hotmail.com

gildoelcamino@hotmail.com

dossantos_jose_luiz@hotmail.com

prmenezesjosemar@outlook.es

patynacoes@hotmail.com

spmoses@hotmail.com (comunicação em inglês) missionariamarinhosandra@hotmail.com elenadedeus556@gmail.com eli.rosangela@hotmail.com


MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES SEMADESAL

SILVINA ALVES

APOIO Á PROJETOS

MARIA DAS NEVES

ARGENTINA

LUIS CARLOS ARACY OLIVEIRA ADAMASTOR

BOLIVIA BASE SEMADESAL BOLIVIA

LEYDES

MEXICO

OSVALDO HONORIO

GUINÉBISSAU

MINISTERIO INFANTIL APEC E TREINAMENTO DE LIDERES AUXILIANDO A MISS. SANDRA MARINHO IMPLANTAÇÃO DE IGREJA IMPLANTAÇÃO DE IGREJA EVANGELISMO, EDUCAÇÃO, PALESTRAS E CULTOS COM JOVENS UNIVERSITARIOS EDUCAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DE IGREJA TRABALHOS EVANGELISTICOS COM POVOS FELUPE /GUINE BISSAU

alvesilvina@hotmail.com

missdas_neves@hotmail.com

luisecleo@hotmail.com aracy.guinee@gmail.com adamastorpr@gmail.com

ladyssorriso@hotmail.com

osvaldo2santos@gmail.com

MISSIONÁRIOS NACIONAIS NOME CAMPO ATIVIDADES EDVALDINA DIAS TRABALHOS E D’AVILA EVANGELISTICOS FRANCISCO INDIMÁRIA BASE IMPLANTAÇÃO DE IGREJA MEIBLE SEMADESAL MIRELA E ESPIRITO EVANGELISMO/DISCIPULADO TOLGA SANTO

[ 47 ]

CONTATO edvaldina_silva@hotmail.com meible_abreu@hotmail.com tomi19nacoes@hotmail.com


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CULTO DE MISSÕES – SETEMBRO/2015 MISSÕES URBANAS E IDOSOS.

OBJETIVO DO CULTO DE MISSÕES EM SETEMBRO: 1. 2. 3. 4.

Levar a Igreja a adorar ao Senhor. Levar a Igreja a despertar para IR. Levar a Igreja a conhecer os desafios do presente século. Levar a Igreja a interceder por nossos Idosos.

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MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES SEMADESAL

MISSÕES URBANAS E IDOSOS Amados o Senhor nos manda anunciar

a

sua

palavra

para

todos

independente da sua faixa etária. Isso significa que a Nossa Missão também é de alcançar os idosos com a graça de Deus através do evangelismo e discipulado. Deus tem levantado pessoas para realizar uma obra missionária com idosos, auxiliando-os nos desafios do envelhecer e estimulando-os a ter plenitude de vida através de uma prática de fé e adoração genuína em Cristo Jesus. A cada ano que se passa, com as descobertas e pesquisas científicas na saúde, as pessoas estão envelhecendo e tendo mais longevidade no seu viver. Por isso tem sido muito notório a presença de idosos em qualquer local público, principalmente na igreja evangélica. E esse tem sido um grande desafio, pois dispomos de programações cristãs para diversos públicos, porém limitado ás necessidades específicas da terceira idade. Pois as pessoas que envelhecem enfrentam problemas de saúde que os tornam frágeis, limitados e dependentes. Apresentam perda da identidade diante da mudança de papéis sociais, dificuldades nos relacionamentos, que culminam com a discriminação, desprezo e isolamento social. Sofrem também alterações psicológicas que causam ansiedade, medo e depressão por estarem vivendo o fim das suas vidas. E como nós estamos assistindo os idosos em nossas igrejas diante de suas complexidades

biopsicossociais

e

espirituais?

[ 49 ]


MANUAL PARA LIDERES DE MISSÕES SEMADESAL

A

igreja

evangélica

poderá

oferecer assistência integral aos idosos,

acompanhando-os

nas

suas dificuldades, ensinando-os a superar

os

desafios

e

a

potencializar suas habilidades e aptidões através do estímulo e prática da fé cristã. A implantação de um Projeto Missionário Sénior despertará a igreja a sensibilidade do cuidado pastoral dos que se encontram na velhice, como também capacitará a liderança a buscar meios de como alcançar e ministrar de forma sábia ás pessoas na idade avançada. Sendo assim a igreja alcançará os idosos da comunidade, e os que forem congregados ou membros poderão adorar a Deus ainda mais com integridade no envelhecer. A realização deste Projeto auxiliará a igreja a realizar programações e eventos específicos à terceira idade, promovendo a missão integral aos idosos proporcionando saúde física, mental, social e espiritual aos que estão envelhecendo ou para os que já estão na velhice.

Um Projeto Missionário Sénior tem como meta principal o treinamento de líderes para a ca-pacitação e desenvolvimento de evangelismo prático e acompanhamento espiritual de pessoas idosas nas nossas igrejas evangélicas por meio de dicas, orientações, sugestões de atividades extras, e modelos de programações para a terceira idade.

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Com este projeto os idosos poderão: -Viver a velhice com maturidade e longevidade, -Ter programações de lazer e ocupação, -Resgatar autonomia, cidadania e integração social, -Desenvolver habilidades motoras e intelectuais, -Exercitar a prática da mordomia cristã ao Senhor, -Exercitar dons e talentos ministeriais, -Cultivar uma fé sólida capaz de influenciar e alcançar outros idosos.

As programações do projeto poderão ser mensais, semanais ou quinzenais realizados na igreja ou em outros ambientes externos de passeio como praças, praias, clubes, hotéis, etc

A equipe para a realização deste projeto deverá ter um líder para atuar junto aos demais líderes da igreja local, auxiliares para: o preparo dos lanches, para estar na recepção, fazer registros, auxiliar nas liturgias das reuniões, e no evangelismo, assim como estabelecer parcerias com alguns profissionais de saúde, humanas e tecnologia.

As reuniões deverão conter assuntos conforme o interesse e necessidade dos idosos. A elaboração das ações precisam ser bem definidas e divulgadas com antecedência para os idosos participarem e compartilharem as suas opiniões e experiências. Faça um evangelismo na sua comunidade convidando os idosos para as programações. Reserve o momento dos lanches com refeições saudáveis, devido o risco de doenças crónicas como hipertensão (pressão alta), diabetes mellitus, hipercolesterolemia (colesterol elevado), doenças cardiovasculares e pulmonares.

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CULTO DE MISSÕES – OUTUBRO/2015 MISSÕES NACIONAIS INDIGENAS

OBJETIVO DO CULTO DE MISSÕES EM OUTUBRO: 1. 2. 3. 4.

Levar a Igreja a adorar ao Senhor. Levar a Igreja a despertar para IR. Levar a Igreja a conhecer os desafios do presente século. Levar a Igreja a interceder pelos povos Indígenas.

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MISSÕES NACIONAIS INDIGENAS

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Povos Não Alcançados A Realidade Indígena no Brasil12 Em 1573 Frei Ernesto Fonseca analisa os habitantes do novo país conquistado pela força portuguesa, afirmou que:“... além de contrários ao trabalho e disciplina de qualquer tipo, seguem práticas tão pagãs e alheias a Deus que torna-se improvável que tenham uma mente evoluída que possa compreender a salvação, ou serem dignos dela” 12

http://www.novastribosdobrasil.org.br/

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Creio que seja correto pensarmos que a visão da grande massa de brasileiros não tenha mudado muito ao longo destes últimos 500 anos e que as primeiras e errôneas impressões sobre os indígenas influenciaram a nossa missiologia bíblica e estratégia missionária para o Brasil até hoje. Convivemos com esta visão distorcida a respeito da comunidade nativa do nosso país quando até o termo “índio” passou a ser sinônimo de preguiça ou ignorância e “programa de índio” aponta para algo mal planejado e que sempre dá errado.Calcula-se que havia 1,5 milhão de indígenas no ano de 1530 enquanto hoje eles não passam de 300.000 em todo o território nacional entre os quais escondem-se as mais duras realidades e desafios espirituais e assim somos chocados com pessoas como a índia Thuthurudé da tribo Deni que um dia exclamou:“Ore por mim ! Quero ouvir o evangelho antes de morrer”.

Realidade Populacional e Linguística Trata-se de uma realidade desconhecida por muitos onde mais de 300.000 índios dividem-se em cerca de 251 etnias distintas representando mais de 180 línguas diferentes. Dentre estas, apenas 26 possuem o Novo Testamento completo traduzido em seus idiomas e outras 59 possuem porções, entretanto mais de 120 tribos necessitam urgentemente de uma tradução das Escrituras. Apesar das 25 Agências Missionárias que bravamente atuam entre os índios em nosso país ainda contamos com mais de 100 tribos totalmente não alcançadas além de outras 19 em fase de estudo.Segundo estatísticas de junho de 2001 do Banco de Dados do Departamento de Assuntos Indígenas da AMTB (tendo o Pr Rinaldo de Mattos como organizador e o missiólogo PauloBottrel como pesquisador) o cenário indígena é como se segue: Para entendermos a realidade indígena atual olharemos rapidamente alguns aspectos. Tribos conhecidas: 218 (população: 353.881) Tribos isoladas: 33 (população: 1.853) Tribos a serem pesquisadas: 50 (população estimada: 2.735) Tribos com existência duvidosa: 48 (população: 2.217) Total de tribos existentes: 349 (população: 360.686)

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A situação das tribos indígenas em relação à distribuição da própria população segue o seguinte diagrama: 52 tribos com menos de 100 pessoas. 115 tribos entre 100 e 1.000 pessoas. 53 tribos entre 1.000 e 10.000 pessoas. 5 tribos entre 10.000 e 20.000 pessoas. 2 tribos entre 20.000 e 30.000 pessoas. 1 tribo com mais de 30.000 pessoas. 23 tribos com população indeterminada.

Em relação ao evangelho as tribos indígenas são classificadas da seguinte forma: 72 não alcançadas, 46 alcançadas só por Missões Católicas, 4 alcançadas só por Leigos, 2 alcançadas só com Tradução, 75 alcançadas satisfatoriamente, 8 alcançadas e com Liderança Autóctone, 9 com situação indeterminada, 118 sem presença missionária evangélica.

A realidade a respeito desta centena de tribos brasileiras não alcançadas envolve línguas complexas, lugares inacessíveis, possibilidade de embates tribais, enfermidades, isolamento e especialmente restrições legais. É preciso sentar e calcular o preço da construção da torre. Ronaldo Lidório.

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Testemunho do Pr. Indígena Henrique Dias Terena.13

Sendo o evangelho uma boa notícia, como pode ser tão ruim assim? Tem que se lembrar de que onde ela chegou trouxe grandes benefícios; tanto no campo espiritual como na área social. Creio que também é necessário dizer que alguns missionários, bem no início, cometeram alguns erros ao comunicar o evangelho ao povo indígena. Porém, esses abnegados irmãos desconheciam métodos e técnicas apurados como os de hoje, tais como: preparo lingüístico , antropológico e mesmo missiológico. Hoje porém, as missões evangélicas têm a preocupação de preparar melhor seus missionários, corrigindo os erros cometidos no passado. As missões têm procurado levar o evangelho do padrão transcultural e contextualizado, e para cada povo. Isso tem que ser observado e levado em consideração. Será que não temos o direito de receber o evangelho na nossa própria cultura? Somos tão diferentes assim? Será que não nascemos, vivemos morremos também? Do ponto de vista de Deus somos todos iguais e merecedores da mesma o centro foi idealizado para ser um local onde seja possível reunir e expor todas as produções literárias, de caráter religioso ou não, feitas pelas missões, sem levar em conta a finalidade e a área de atuação em que as mesmas estão sendo utilizadas. Além da parte literária, serão reunidos também no mesmo local artesanatos indígenas. Conhecer Jesus não é somente privilégio do homem branco; é do índio também. Mais de 50% das tribos nunca ouviu falar de Jesus Cristo. Há lágrimas nos meus olhos e dor no meu coração em saber que muitos parentes meus estão morrendo sem nunca ouvir de Jesus, aquele que dá valor à vida. Não queremos ser mais tratados como coitadinhos ou eternas vítimas. Somos humanos e também temos sentimentos. Sabemos o que queremos e temos conhecimento do que é bom ou ruim. A nossa preocupação tem como objetivo conscientizar a igreja de Cristo quanto a questão indígena. Pouco se tem ouvido de manifestação de solidariedade do povo evangélico. Agora chegou a hora. Desafiamos o povo evangélico a somar esforço conosco, a se tornarem companheiros e verdadeiros aliados nessa batalha. AYNAPUYAKUÉ (Obrigado na língua Terena).

13

Extraído da Revista Confins da Terra, Junho de 2002. Pr. Henrique Dias Terena - Membro do CONPLEI (Conselho de Pastores e Líderes Evangélicos Indígenas).

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CULTO DE MISSÕES – NOVEMBRO/2015 MISSÕES e POVOS NÃO ALCANÇADOS.

OBJETIVO DO CULTO DE MISSÕES EM NOVEMBRO: 1. 2. 3. 4.

Levar a Igreja a adorar ao Senhor. Levar a Igreja a despertar para IR. Levar a Igreja a conhecer os desafios do presente século. Levar a Igreja a interceder pelos povos Não Alcançados

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MISSÕES e POVOS NÃO ALCANÇADOS. Que são Povos Não Alcançados?14

Um povo é um grupo significativamente grande de indivíduos que entendem ter uma afinidade comum uns pelos outros. Eles compartilham a mesma linguagem, religião, etnia, localidade, ocupação, ou mesmo um combinado disto. Um povo tem um nome é apto para ocupar um local. O termo Não Alcançado ou Não Evangelizado surgiu para definir um grupo de indivíduos no qual não há uma comunidade nativa de crentes (cristãos) capazes de evangeliza-lo.

Muitos destes grupos não tem conhecimento de quem é Deus. Não conhecem a Jesus, seu filho e desconhecem a necessidade de salvação. Alguns destes grupos não tem sequer uma estrutura de linguagem escrita formada, não lêem nem escrevem em seus próprios idiomas. Já outros possuem uma bem dividida estrutura social, dominam a escrita e possuem uma forte e milenar estrutura religiosa. O que se requer para evangelizar estes grupo de povos não alcançados? Oração, iniciativa e treinamento adequado entre outras coisas. Não existe um manual com respostas prontas ou receitas mirabolantes, (muito embora existam procedimentos comuns) pois cada grupo não alcançado, possui barreiras e 14

Manual de Intercessão, Prá Mídia publicações, p.14-1998 - Revista IDE – nº 22, p. 06 – 1999

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problemas únicos a serem vencidos. Para cada um destes existem estratégias e oportunidades específicas a serem buscadas, antes que o alcance efetivo seja posto em ação. São oportunidades e estratégias percebidas principalmente no lugar de oração, e lá vencidas em primeira instância. Estes grupos permanecem inalcançados ou ocultos porque são verdadeiramente difíceis de se alcançar, do contrário a tarefa já teria sido terminada. Por outro lado uma intervenção maior por parte das igrejas se faz necessária, investindo em iniciativas missionárias voltadas ao alcance destes grupos. Parcerias entre agências e igrejas acabam surgindo como resposta a esta lacuna de influência que encontramos na história da Igreja. Hoje o número exato dos grupos de povos não alcançados varia de acordo com as definições. Podem ser categorizados em mega ou mini povos, povos minoritários, povo etnolingüístico, povo socio-econômico etc. O Movimento AD 2000 considerava não alcançados, povos com uma população superior a 10.000 pessoas, o que colocaria dentro desta categoria no Brasil, apenas os ribeirinhos amazônicos. Outras , pelo menos, 130 diferentes tribos ficariam de fora, e cerca de 50 delas nunca foram de fato contactadas ainda pelo homem branco. Estima-se no mundo todo mais de 10.000 grupos. A lista de quem são os não alcançados é imensa, e passa por todos os continentes,

grandes

metrópoles,

vilarejos, aldeias e tribos. Eles não estão apenas em lugares de difícil acesso como a maioria de nós imagina. Algumas vezes é possível encontrar grupos inteiros, isolados por barreiras idiomáticas ou culturais. Quem sabe, num lugar bem próximo a você que lê este texto agora. Entretanto os propósitos de Deus para as nações são imutáveis e verdadeiros. Elas estarão representadas no grande dia diante do trono. Precisamos orar e alcançar estes povos, pois esta foi a ordem Jesus: fazer discípulos de todas as nações. Que assim seja.

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CULTO DE MISSÕES – DEZEMBRO/2015 MISSÕES MUNDIAIS E A IGREJA SOFREDORA

OBJETIVO DO CULTO DE MISSÕES EM DEZEMBRO: 1. 2. 3. 4.

Levar a Igreja a adorar ao Senhor. Levar a Igreja a despertar para IR. Levar a Igreja a conhecer os desafios do presente século. Levar a Igreja a interceder pela Igreja Sofredora

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Classificação da Perseguição Religiosa 15 Onde seguir as palavras do Senhor Jesus pode custar a própria vida: conheça os 50 países em que a perseguição aos cristãos atinge o nível mais elevado

Onde houver alguém que se comprometa a seguir a Jesus de coração, ali haverá um cristão perseguido.

A CLASSIFICAÇÃO: Um dos objetivos mais importantes de se monitorar a situação religiosa dos países é para que a Portas Abertas defina onde sua ajuda é mais urgente. A lista

relaciona

50

países

segundo o grau de perseguição que os habitantes cristãos mais enfrentam. Sua atualização é feita considerando-se os acontecimentos e o ambiente religioso do país ao longo do ano anterior.

ATUALIZAÇÃO Os dez países onde os cristãos enfrentaram a maior pressão e violência no período de formulação dos relatórios foi: Coreia do Norte, Somália, Iraque, Síria, Afeganistão, Sudão, Irã, Paquistão, Eritreia e Nigéria.

Neste ano, dois países ingressaram na lista dos 10 onde há mais perseguição aos cristãos: o Sudão (de 11º para 6º); e a Eritreia (de 12º para 8º). Outra mudança é a entrada de três novos países: México (38º), Turquia (41º) e Azerbaijão (46º).

Desde 2002, e também para a Classificação dos Países Perseguidos 2015, a Coreia do Norte continua a ser o lugar mais difícil do mundo para praticar o cristianismo. O país passou por expulsões, em que mais de 10.000 pessoas foram banidas, presas, torturadas ou assassinadas por causa questões sociais, políticas e religiosas. 15

www.portasabertas.org.br/cristaosperseguidos/classificacao

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A Arábia Saudita abandonou o Top 10, mesmo a situação dos cristãos permanece tão ruim quanto antes. Isso vale também para os outros dois países que abandonam a lista dos maiores perseguidores: Maldivas e Iêmen. Ambos têm recebido a mesma pontuação que o ano anterior. Não se engane ao imaginar que a violência é a forma predominante e mais invasiva de perseguição; em muitos casos, a opressão pode ter um efeito ainda mais devastador. Isso explica porque não necessariamente quanto maior a violência física contra os cristãos, maior é a perseguição.

AS CINCO ESFERAS DA PERSEGUIÇÃO CONTRA OS CRISTÃOS

1. INDIVIDUALIDADE A pessoa não é livre para: escolher qual religião quer seguir; orar a Deus dentro de casa ou em lugar público; possuir um exemplar da Bíblia ou outros livros cristãos para uso pessoal etc. 2. FAMÍLIA A perseguição vem por meio de pais, irmãos, tios, avós, primos e outros. O convertido é impedido de praticar sua fé em casa e enfrenta problemas em assuntos civis como casamento, enterro de familiares, herança e outros. 3. COMUNIDADE O cristão sofre pressão por meio de atitudes preconceituosas, regras de convivência, casamento forçado, dificuldade de acessar recursos, pressão para renunciar a fé, discriminação no trabalho, intimações à delegacia etc. 4. NAÇÃO O cristão enfrenta oposição, pois não há leis que garantam liberdade de culto e prática da fé. É considerado crime pregar a Palavra e, em casos mais extremos, até a conversão ao cristianismo. O cristão enfrenta problemas para tirar o passaporte, sair do país, se reunir com outros cristãos. 5. IGREJA Enfrenta dificuldades em realizar atividades como cultos, reuniões de oração, batismos, estudos bíblicos, entre outros. Ter acesso à Bíblia e a outros materiais

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cristãos é quase impossível. A opressão pode vir de todas as esferas: vizinhos, governo, polícia, família.

Novos países em 2015: Turquia (41), México (38) e Azerbaijão (46) Após ter sido retirada da Classificação por vários anos, a Turquia volta em 41º lugar.

A combinação da persistência de restrições legais e comentários negativos de alguns funcionários do governo para com os cristãos, hostilidades sociais e a ascensão do islamismo, continuar a restringir e perseguir cristãos turcos, que tem de lidar com várias barreiras sociais que são impostas por questões religiosas. Tanto na igreja como a nível nacional. O estado impõe restrições sobre os cristãos que, condenados ao ostracismo, recebem pressão também para voltar ao islamismo.

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Apenas duas denominações são reconhecidas: a Igreja Ortodoxa Grega e a Igreja Apostólica Armênia, que juntas formam apenas setenta por cento da população cristã do país. Além disso, a legislação turca proibiu seminários de formação de obreiros de qualquer denominação. À medida em que a violência ganhou notoriedade, quatro igrejas na Turquia foram atacadas no período de pesquisas da Classificação. O México também volta à Classificação, após não constar da lista nos anos anteriores. Com um aumento na pontuação de mais de dez pontos, também está entre os mais elevados na perseguição de 2015. O país chegou a este ponto principalmente em detrimento da evolução do crime organizado e registro de incidentes mais violentos contra cristãos. Nos últimos anos, a principal base de ligação com o narcotráfico mudou da Colômbia para a América Central e México. As igrejas e organizações cristãs são alvos dos grupos criminosos, porque são consideradas fontes de receita para extorquir dinheiro dos líderes religiosos. Entre novembro de 2013 e outubro de 2014, pelo menos 15 cristãos foram mortos no México, vítimas de perseguição do crime organizado. Seis líderes cristãos, ex membros do narcotráfico, foram mortos por se recusarem a voltar para o crime. Um obreiro ugandense que foi para o México como missionário foi encontrado assassinado e jogado em uma fossa. Nas comunidades indígenas, convertidos entre religiões tradicionais também têm

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sido vítimas de violência. Muitas vezes, suas casas foram destruídas e centenas de pessoas foram forçadas a fugir. Cerca de oitenta casos de abuso físico foram relatados nos estados do sul do país.

Na Classificação da Perseguição Religiosa 2015, o Azerbaijão recebe 50 pontos, ocupando o 46º lugar. Em geral, a situação dos cristãos no país continua a ser tão difícil quanto antes, mas este ano a Portas Abertas tem acesso a mais informações sobre a perseguição no país, o que representa melhor visão sobre a situação do cristão perseguido. É cada vez menor o número de igrejas que podem funcionar legalmente. As atividades religiosas não registradas são puníveis por lei, e as multas para quem violar essas regras são altíssimas e o registro de funcionamento é quase impossível. O autoritarismo do governo visa restringir todas as expressões públicas de religião que poderiam se tornar uma ameaça ao regime. Não só os cristãos são vítimas de perseguição, mas também outras minorias religiosas ou expressões radicais do Islã. Muitos cristãos não conseguem encontrar ou manter postos de trabalho e são vigiados de perto pelos serviços secretos.

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MATERIAL DE APOIO PARA O CULTO: VÍDEOS INFORMATIVOS:

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