Revista CRMV-PR 44ª Edição

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N 44

| Ano XIV |

Out/Nov/Dez de 2015

2015:

um aNo De PLaNeJameNto e eveNtos iNovaDores

MÉDICO VETERINÁRIO

um profissional que atua em todas as áreas da saúde única

PROFESSOR DEDICA

35 anos à pesquisa e à zootecnia na uem

Rua Fernandes de Barros, 685 - Alto da XV | 41 3218.9450 | www.crmv-pr.org.br

MANuAIS E INFORMATIVOS

as novas ferramentas do crmv-Pr


N 44

| Ano XIV |

Out/Nov/Dez de 2015

2015 É

MARCADO POR EVENTOS INOVADORES DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL

MÉDICO VETERINÁRIO

Um profissional que atua em todas as áreas da saúde única

PROFESSOR DEDICA

35 anos à pesquisa e à zootecnia na UEM

MANUAIS E INFORMATIVOS

As novas ferramentas do CRMV-PR

Capa Revista N° 44 Outubro, Novembro, Dezembro de 2015

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EDITORIAL

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MÉDICO VETERINÁRIO:

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2015:

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CRMV-PR promove

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2016

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Professor Doutor Geraldo Tadeu dos Santos

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Atualização para RT ’s de laticínios

Palavra do Presidente

Rua Fernandes de Barros, 685 - Alto da XV | 41 3218.9450 | www.crmv-pr.org.br

EXPEDIENTE Diretoria Executiva Presidente Eliel de Freitas Vice-presidente Luigi Carrer Filho Secretária-geral Itamara Farias Tesoureiro Felipe Pohl Conselheiros efetivos Ana Alix Mendes de Almeida Oliveira José Jorge dos Santos Abrahão Juliano Leônidas Hoffmann Maria Fernanda Fedalto Nestor Werner Piotre Laginski Conselheiros suplentes Adolfo Yoshiaki Sasaki Carlos Eduardo Coradassi Carlos Roberto Moreira Mauricio de Jesus Tozetti Muriel Alessandro Moreschi Olimpio Batista Giovanelli Comissão Editorial Carlos Eduardo Coradassi Angelo Garbossa Neto Luigi Carrer Filho Jornalista Responsável Thainá Laureano Mizerkowski MTB-PR Nº 10402/PR Colaboração Diogo Wosch

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Um ano de planejamento e eventos inovadores Conselho, comissões e docentes unidos pela evolução da medicina veterinária

Um passo à frente no planejamento

Uma vida pela pesquisa

Congresso Brasileiro de Qualidade do Leite contou com seminário do CRMV-PR sistema de Registro Eletrônico das Atividades do RT

Sistemart é obrigatório para RT’s e empresas: saiba como usar

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SISTEMA FIEP

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Manuais e informativos são as novas ferramentas do CRMV-PR

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Paraná apresenta aumento de produção de suínos e frango em 2015

Tiragem 16 mil exemplares Impressão DIOE – Departamento de Imprensa Oficial do Estado

Um profissional que atua diretamente em todas as áreas da saúde única

Trabalhando na acreditação de laboratórios de diagnóstico veterinário

Projeto Gráfico Cupola Comunicação Integrada Arte e Diagramação Gabriel Sebastian Fleitas Cortiglia www.trescriativos.com Publicação do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Paraná Rua Fernandes de Barros, 685 - Alto da Rua XV CEP: 80045-390 - Curitiba - Paraná Fone/Fax: (41) 3218-9450 www.crmv-pr.org.br facebook.com/crmvpr twitter.com/crmvpr

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28 de março de 2003

Discurso na posse dos novos membros da Academia Brasileira de Medicina Veterinária

As matérias e artigos assinados não representam necessariamente a opinião da Diretoria do CRMV-PR.

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editorial

Palavra do Presidente O CRMV-PR tem como missão institucional disciplinar, orientar e fiscalizar o exercício das profissões de Medicina Veterinária e Zootecnia contribuindo para o bem-estar da sociedade. Seguindo essa diretriz, durante o ano de 2015 realizamos um total de 22 eventos de capacitação profissional abrangendo todas as regiões do estado do Paraná. Dentre eles estiveram os Seminários Básicos e Avançados de Responsabilidade Técnica, que buscam orientar os responsáveis técnicos com o intuito de garantir a qualidade do serviço prestado à comunidade, desde a segurança dos alimentos de origem animal até o bem-estar dos pets durante o banho e a tosa. Contamos também com a intensa par-

Missão do CRMV-PR: Disciplinar, orientar e fiscalizar o exercício das profissões de Medicina Veterinária e Zootecnia contribuindo para o bem-estar da sociedade.

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ticipação das comissões nomeadas para realizar eventos específicos. Foi o caso do 1º Encontro de Atualização em Temas Emergentes da Medicina Veterinária, promovido pela Comissão Estadual de Educação da Medicina Veterinária. Nesta iniciativa as comissões do meio ambiente, sanidade e bem-estar animal realizaram palestras e mesas de discussão com docentes procurando um caminho viável para incluir a ideia de saúde única dentro das salas de aula nas Universidades. O tema leishmaniose foi outro abordado com bastante ênfase no segundo semestre do ano. A professora doutora Vanete Thomaz Soccol ministrou três palestras com foco no diagnóstico da doença. Nestes eventos estiveram presentes aproximadamente 200 profissionais ligados à área da saúde pública. Promovemos, ainda, o desenvolvimento do Manual de Publicidade do Médico Veterinário e o Manual Técnico de

Visão do CRMV-PR: Ser reconhecido como referência na orientação e na fiscalização em busca da melhoria e valorização da Medicina Veterinária e Zootecnia em benefício da sociedade.

Leishmanioses Caninas. São materiais didáticos e objetivos que reúnem normas, resoluções e leis ligadas aos temas, facilitando assim seu entendimento. Trabalhamos ativamente para que a fiscalização continue sendo um dos grandes pilares desta Autarquia, como pode ser observado na planilha abaixo com o levantamento de janeiro a novembro. Apresentamos também os números da transparência com o detalhamento das receitas e despesas do CRMV-PR no período de janeiro a outubro. 2015 foi um ano de muito trabalho e dedicação de Profissionais, empresas, colaboradores e Conselheiros. Temos a certeza de que o esforço se repetirá em 2016 para que possamos fazer ainda mais em benefício de empresas e Profissionais inscritos e prestar melhores serviços à sociedade. Desejamos a todos um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo. Boa leitura!

Valores do CRMV-PR: Transparência; Ética; Comprometimento; Efetividade; Credibilidade; Isonomia; Excelência.

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MÉDICO VETERINÁRIO:

Um profissional que atua diretamente em todas as áreas da saúde única

Atualmente, não existem mais dúvidas sobre o reconhecimento de que a evolução nas medicinas humana e animal depende da sobreposição de conhecimentos adquiridos em ambas as áreas, não apenas devido às inter -relações entre humanos e animais, mas também pela relação funcional entre os diferentes organismos e a importância dos mesmos como modelos para avanços nas ciências médicas e da saúde. Recentemente, organizações de abrangência mundial como a Organização Mundial de Saúde (OMS), Fundo das Nações Unidas

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Foto: Shutterstock

Existem certas estruturas que são consideradas indivisíveis. Entretanto, para facilitar a sua compreensão, em algumas situações, procuramos avaliá-las por partes. Didaticamente este artifício até pode ser interessante. Entretanto, jamais podemos nos esquecer de que esses segmentos que individualizamos fazem parte de um todo e assim devem ser vistos, analisados e compreendidos. Ao individualizarmos os segmentos podemos correr o risco de perdermos a noção global de uma situação e, principalmente, de suas inter-relações. Distorções na visão do todo podem acarretar em erros de interpretação que interferem em todo o sistema. Poderíamos facilmente discorrer sobre exemplos desse tipo de análise em várias áreas do conhecimento. Porém, considerando o objetivo desse texto, que é demonstrar a importância do Médico Veterinário para a própria existência do ser humano nesse planeta, vamos abordar o tema SAÚDE.

para Alimentação e Agricultura (FAO), Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) se uniram com o objetivo de proporcionar uma visão singular para os temas de suas principais linhas de atuação. Todas essas organizações atuam direta ou indiretamente com saúde e suas metas e objetivos são interdependentes. Com isso, surgiu o conceito “UM MUNDO, UMA SAÚDE” que objetiva uma visão holística da saúde independentemente de ser saúde humana, animal, vegetal ou ambiental. A iniciativa, com o lema “Saúde Única”, objetiva melhorar a saúde pública e a segurança alimentar, garantir a subsistência das comunidades agrícolas pobres e proteger a saúde dos ecossistemas. Para isso, foram estabelecidas ações que visam coordenar políticas sanitárias mais eficazes para seres humanos e animais. Essas ações tiveram base em medidas con-

sideradas mundialmente necessárias e também nas novas exigências para o controle e prevenção de zoonoses. Assim, a “Saúde Única” expande globalmente as inter-relações e comunicações interdisciplinares em todos os aspectos de cuidados sanitários para humanos, animais e meio-ambiente por meio da integração e colaboração entre profissionais e pesquisadores de saúde humana, animal e de ciências ambientais. A iniciativa “Saúde Única” está diretamente associada à saúde pública ou coletiva. A saúde coletiva pratica a medicina social e preventiva, por meio de ações e medidas que evitem, reduzam e/ou minimizem agravos à saúde, assegurando condições para a manutenção e sustentação da vida. Assim, as intervenções direcionadas às necessidades sociais de saúde visam o ideal de bem-estar das populações por meio de condições exemplares de bem-estar na relação animal

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Foto: AEN PR

– homem – ecossistema. O médico veterinário é um profissional preparado para exercer a saúde pública com excelência. O exercício da profissão exige o conhecimento diferenciado em medicina comparada, não apenas entre as diferentes espécies animais, mas também entre animais e seres humanos. Adicionalmente, o médico veterinário atua em pesquisas em zoonoses; doenças infecto-parasitárias clássicas, emergentes, reemergentes e negligenciadas; diagnóstico, proteção de ecossistemas; segurança alimentar; medicamentos; entre outras áreas. Uma das habilidades desenvolvidas pelo médico veterinário é reconhecer, identificar, dimensionar e intervir nos riscos à saúde pública, ou seja, riscos compartilhados por animais, humanos e o meio-ambiente. Uma das funções fundamentais e de destaque desse profissional é a sua atuação no contexto de vigilância epidemiológica de doenças emergentes. O treinamento intensivo em medicina comparada e vigilância em saúde epidemiológica, sanitária e ambiental coloca o médico veterinário em uma posição privilegiada para o estabelecimento de sistemas preventivos e de controle não apenas de infecções, mas também para situações de risco ao ambiente e à saúde pública. Adicionalmente, animais podem servir como sentinelas para a exposição a doenças tanto na natureza quanto no ambiente doméstico. Neste sentido, os serviços veterinários são essenciais para a prevenção, detecção precoce e controle de doenças animais, incluindo as zoonoses, e devem estar na linha de frente pela garantia da saúde animal, segurança alimentar e saúde pública, o que faz do médico veterinário um sanitarista em excelência. A partir de ações coordenadas como as relatadas anteriormente sur-

giu um importante lema no âmbito da alimentação de seres humanos que enfatiza a segurança alimentar “Alimentos Seguros Provenientes de Animais Saudáveis”.

“Uma das habilidades desenvolvidas pelo médico veterinário é reconhecer, identificar, dimensionar e intervir nos riscos à saúde pública, ou seja, riscos compartilhados por animais, humanos e o meio ambiente” Muitos podem questionar qual é a atuação do médico veterinário na relação de bem-estar animal – homem – ecossistema, especialmente na saúde humana. Entretanto, é necessário esclarecer que esta é uma tríade intimamente relacionada. Como exemplo, pode-se citar o grande crescimento populacional observado nas últimas décadas, que foi responsável pelo aumento na demanda por alimentos. Consequentemente, houve a necessidade da expansão dos sistemas produtivos agrícola e pecuário, o que aconteceu graças à exploração de novas terras e intensificação e moderniza-

ção dos sistemas de produção. Outro exemplo é o ambiente familiar, que representa o principal espaço onde o ser humano se relaciona intimamente e onde ocorre a interação com animais domésticos, silvestres e sinantrópicos. Somente com base nesses dados já é possível apontar alguns dos fatores que influenciam as condições de bem-estar na relação animal – homem – ambiente, como a intervenção nos diferentes ecossistemas, a introdução de micro-organismos associados a animais silvestres em sistemas agrícolas baseados em pecuária e a transmissão interespécies de patógenos em decorrência do aumento de contato com animais (de produção, companhia e silvestres). O homem faz parte do ecossistema em que vive em constante relação com os animais. Neste ambiente, o homem busca alimentação, produz, transforma e consome alimentos de origem vegetal e animal. Dessa maneira, o homem está constantemente exposto a diversos riscos à saúde em função de suas próprias ações e da relação que tem com o meio em que vive. Assim, o médico veterinário é importante na sociedade e na ciência. A atenção direta à saúde animal pela prática das clínicas médica e cirúrgica de pequenos e grandes animais, bem como de animais silvestres/selvagens, talvez sejam as funções do médico veterinário que são mais reconhecidas pela sociedade. O que permanece subentendido é que, uma vez que os animais domésticos recebem atenção em saúde, os seus contactantes são, indiretamente, influenciados positivamente pelos cuidados recebidos. Outra forma como o médico veterinário atua em cuidados à saúde humana é por meio do rastreamento de eventos em saúde, em que animais são utilizados como sentinelas. O rastreamento de eventos sentinelas em saúde visa detectar e gerenciar os riscos

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“O homem está constantemente exposto a diversos riscos à saúde em função de suas próprias ações e da relação que tem com o meio em que vive. Assim, o médico veterinário é importante na sociedade e na ciência” Estes eventos destacam a importância de espécies animais como sentinelas para a saúde humana e a necessidade da comparação sistemática de dados dos sistemas de vigilância em saúde pública e animal. Assim, o médico veterinário pode atuar em favor da tríade animal – homem – ecossistema de diversas maneiras, como na vigilância epidemiológica de doenças clássicas, emergentes e

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Foto: AEN-PR

de doenças nas populações animais e humanas. Isso porque os animais podem ser mais sensíveis que humanos a infecções por determinados agentes infecciosos de caráter zoonótico. Adicionalmente, os animais, uma vez infectados, podem apresentar períodos de incubação mais curtos do que os humanos e/ou podem estar sob maior risco de exposição que humanos, em virtude de seus hábitos alimentares e intensa exposição ambiental. Da mesma maneira, a ideia de espécies sentinelas não deve ficar restrita à vigilância apenas de animais, mas também de humanos. Muitos riscos são compartilhados entre o homem e o animal e, apesar dos animais encontrarem-se mais sujeitos ao desenvolvimento de doenças a partir de um risco sanitário ambiental específico, é possível que o homem seja o primeiro a ter cuidados médicos e levante as suspeitas da origem ambiental e/ou animal da doença.

reemergentes, especialmente aquelas de caráter zoonótico; desenvolvimento e execução de programas zoossanitários; no manejo da fauna sinantrópica; no planejamento e fiscalização do planejamento de gerenciamento de resíduos de serviços em saúde animal ou humana; no atendimento a denúncias de maus tratos aos animais e de irregularidades no saneamento ambiental; na fiscalização de indústrias, distribuição e comércio de alimentos (cozinhas Referências Gibbs, E.P.J.; Anderson, T.C. (2009). “One World - One Health“ and the global challenge of epidemic diseases of viral aetiology. Veterinaria Italiana 45(1), 35-44. Jones, K.E.; Patel, N.G.; Levy, M.A.; Storeygard, A.; Balk, D.; Gittleman, J.L.; Daszak, P. (2008). Global trends in emerging infectious diseases. Nature 451, 990-993. Rabinowitz, P.; Scotch, M.; Conti, L. (2009). Human and animal sentinels for shared health risks. Veterinaria Italiana 45(1), 23-34. Ramos, L.H.M. (2008). A importância do Médico Veterinário na vigilância sanitária: inserção e participação na gestão. Seminário de Saúde Pública Veterinária/2008 - 04 e 05/09/2008 – São Paulo – SP. http://www.who.int/en/

industriais, mercados, refeitórios, açougues, abatedouros de animais); fiscalização de estabelecimentos de bens de consumo (bares, lanchonetes e ambulantes); estabelecimentos com atividades veterinárias (hospitais, clínicas, consultórios, laboratórios de análises clínicas e de biotecnologia, drogarias veterinárias, pet-shops e outras formas de comércio animal) e não veterinárias (hospitais, controladoras de pragas, farmácias e drogarias, da indústria de correlatos e cosméticos); entre outras funções. Todas essas ações fazem com que a Medicina Veterinária seja uma das únicas profissões que possibilita a formação de profissionais com visão sistêmica na temática SAÚDE ratificando, com isso, a sua importância no contexto da sustentabilidade da sociedade. Texto elaborado por pesquisadores do Laboratório de Virologia Animal, Departamento de Medicina Veterinária Preventiva, Centro de Ciências Agrárias, Universidade Estadual de Londrina, Londrina/PR.

http://www.oie.int/ http://www.cdc.gov/ http://www.fao.org/home/en/

Prof. Dr. Amauri A. Alfieri (CRMV-PR 1.377) Profa. Raquel de Arruda Leme (CRMV-PR 5.392) Profa. Dra. Alice Fernandes Alfieri (CRMV-PR 3.047)

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Responsabilidade Técnica

Estabelecimentos de banho e tosa devem ficar atentos às normativas

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Foto: AEN-PR

Os estabelecimentos que oferecem os serviços de banho e tosa devem ficar atentos às normativas mais recentes. A orientação se estende aos médicos veterinários que atuam como responsáveis técnicos, uma vez que é sua responsabilidade esclarecer os proprietários sobre as exigências além de acompanhar a adequação das instalações. Com prazo final para o dia 10 de janeiro de 2016, a Lei Estadual n° 17949/2014 prevê que todos os estabelecimentos de banho e tosa possuam sistema de câmeras instalado para que os clientes possam acompanhar os serviços prestados através da internet; os registros deverão ser armazenados pelo prazo mínimo de seis meses. A lei estabelece ainda que as atividades sejam executadas em locais que possibilitem aos clientes e visitantes a visão total dos serviços. Já a Resolução nº 1069/2014 do CFMV, em vigor desde 15 de janeiro de 2015, dispõe sobre a exposição, manutenção, higiene estética e venda ou doação de animais. De acordo com a resolução, a interação direta entre os animais e clientes deve ser feita exclusivamente nos casos em que a pessoa for ao estabelecimento com a intenção de comprar ou adotar um animal. Como boa prática, é recomendável a higienização das mãos com água e sabão seguida da antissepsia com álcool gel antes do contato direto. Os clientes que forem a pet shops, casas agropecuárias e aviários para a compra de produtos ou medicamentos devem ser orientados a não manter contato com os animais expostos à venda ou doação a fim de evitar a transmissão de doenças. Fica sob responsabilidade do responsável técnico do estabelecimento a organização do local para que estas medidas se-

Normativas estaduais e federais estabelecem adequações para serviços de banho e tosa

jam atendidas, garantindo os níveis exigidos de limpeza, evitando contaminações cruzadas e minimizando a possibilidade de transmissão de doenças por meio das mãos e roupas dos clientes aos animais. É importante esclarecer que o uso de gaiolas, aquários e vitrines não está proibido. Ressalta-se apenas que tais locais possuam espaço suficiente, iluminação e ventilação adequadas, livres de excesso de barulho e protegidos de exposição solar e chuva. Deve ocorrer também a higienização do local e a renovação de alimento e água a cada 12 horas - inclusive aos sábados, domingos e feriados. Os

animais devem ser mantidos em espaços adequados de acordo com sua espécie, idade, sexo, temperamento e necessidades fisiológicas. As gaiolas com aves, por exemplo, devem possuir espaço suficiente para que todas compartilhem do poleiro ao mesmo tempo, sem a necessidade de se pendurarem em comedouros, bebedouros ou ficar ao chão. Além disso, os estabelecimentos devem manter placa indicativa com o nome e o número de registro do responsável técnico em local visível, conforme determina a Resolução nº 878/2008 do CFMV.

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Foto: Diogo Wosch

CRMV-PR e Concea dão início a visitas técnicas em biotérios do Paraná.

CRMV-PR e Concea fazem visita técnica a biotério do Paraná em ação conjunta O Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) e o Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea) assinaram em outubro de 2015 um termo de cooperação técnica com o objetivo de monitorar as instalações dos biotérios existentes no Brasil. As avaliações foram realizadas por meio de formulário técnico elaborado pelo grupo de trabalho do CFMV/Concea e abordam questões como qualidade sanitária, higienização, alimentação dos animais, descarte de resíduos, temperatura do local, uso de equipamentos de proteção individual. A iniciativa não é novidade para o CRMV-PR, que saiu na dianteira neste processo de fiscalização dos biotérios e realizou de 2014 a 2015 a vistoria nos 30 estabelecimentos existentes no Estado buscando garantir a presença de um médico veterinário como responsável técnico e orientar quanto a melhorias estruturais necessárias.

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“Ano passado nós colocamos em prática este Plano de Ação com foco em laboratórios que utilizam animais com fins de pesquisa e estudo, e pudemos observar algumas mudanças necessárias nas instalações localizadas no Paraná”, destacou a fiscal do CRMV-PR Luiza Schneider, que, juntamente com a conselheira Rita de Cássia Garcia, do Concea, realizou visita técnica ao biotério da Faculdade Evangélica do Paraná (Fepar) no dia 18 de novembro. O local já havia sido fiscalizado ao menos duas vezes pelo CRMV-PR, sendo a visita mais recente em 2014. “No caso da Fepar, já estivemos aqui em 2013 e 2014 e percebemos as melhorias realizadas nestes dois anos”, destacou Schneider. O médico veterinário responsável técnico pelo biotério, Eros Luiz de Souza, acompanhou a vistoria e prestou esclarecimentos quanto ao controle de entrada, armazenamento de ração, métodos de eutanásia, descarte de resíduos, entre outras

questões abordadas pelo formulário pré-estabelecido pelo CFMV e pelo Concea. Já os funcionários responsáveis pelo acompanhamento diário do local, Rosinei do Vale e Lilo Coradaci, afirmaram ter recebido capacitação tanto do RT quanto de profissionais de outras áreas como meio-ambiente para a realização de suas atividades; o estabelecimento apresentou também seu Manual de Boas Práticas e de Procedimentos Operacionais Padrão (POP). Eros, que integra a Comissão de Ética no Uso de Animais (Ceua) da instituição, destacou ainda os pontos decisivos analisados para a aprovação dos projetos. “Sempre verificamos a real necessidade da utilização dos animais para a pesquisa além de garantir que o projeto inclua o controle da dor e o método de eutanásia a ser aplicado”, explicou. A visita teve duração de aproximadamente duas horas e ambas as representantes aprovaram a iniciativa proposta de

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Instituição já havia passado por fiscalização do CRMV-PR em 2014. Foto: Diogo Wosch

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Comissão de Ética da Fepar explica como os projetos de pesquisa com animais são aprovados. Foto: Diogo Wosch

padronizar as vistorias. “Esta iniciativa é ótima tanto para os responsáveis técnicos, que serão orientados sobre como proceder em relação ao estabelecimento em que trabalham, quanto para os órgãos de fiscalização, que poderão observar de perto a real situação dos biotérios do seu estado. É importante que fiscalizemos para garantir o bem-estar dos animais e para assegurar padrões estruturais que garantam a validade das pesquisas”, finalizou Schneider. Os relatórios de fiscalização gerados serão remetidos ao grupo de trabalho do CFMV/Concea para que seja feita a avaliação desta primeira etapa e assim traçar novas ações. Além do Paraná, os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Pará, Minas Gerais, Mato Grosso e São Paulo já deram início às visitas previstas no acordo.

Foto: Diogo Wosch

Foto: Diogo Wosch

A médica veterinária Luiza Schneider apresentou o Plano de Ação em Biotérios desenvolvido pelo Conselho em 2015 durante o Animal Lab 5 - Encontro de Ciência de Animais de Uso em Laboratório, realizado no dia 19 de outubro em Fortaleza/CE. O evento é promovido todos os anos pela Universidade Estadual do Ceará e conta com a presença de responsáveis técnicos por laboratórios que fazem o uso de animais. Em sua apresentação, Schneider destacou os resultados do trabalho pioneiro de fiscalização realizado pelo CRMV-PR nos biotérios do Estado.

Funcionários responsáveis pelo biotério apresentam Manual de Boas Práticas e de Procedimentos Operacionais Padrão.

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2015: um ano de planejamento Procurando profissionalizar suas ações, o CRMV-PR desenvolveu para 2015 seu primeiro planejamento estratégico. O passo inicial foi dado ainda em setembro de 2014, quando contou com o apoio das especialistas do processo “Planejar Ações Estratégicas” do CFMV para elaborar objetivos pontuais e definir sua intenção estratégica: missão, visão e valores institucionais. “Quando nos propomos a realizar um trabalho voluntariamente é porque temos uma meta a alcançar. Nossa meta é profissionalizar o CRMV-PR e isso demanda planejamento e prazo para adaptação. Uma etapa foi vencida e uma nova se inicia”, destacou Felipe Pohl, tesoureiro do Conselho.

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Com a implantação do processo de Planejamento Estratégico na Autarquia, buscou-se: v Estabelecer um direcionamento a ser seguido; v Estabelecer anualmente as prioridades de trabalho; v Transformar a estratégia em planos de ação alcançáveis; v Transformar uma organização reativa em proativa; v Profissionalização do trabalho desenvolvido. Dentro do planejamento das ações desta gestão para o triênio 2014-2017 foram definidos sete objetivos a serem alcançados através da realização

de 27 projetos: v Promover infraestrutura física e tecnológica segura e adequada às necessidades de trabalho do CRMV-PR; v Contribuir para o desenvolvimento das competências dos profissionais inscritos; v Ampliar e aperfeiçoar a comunicação nas 4 dimensões: interna, sistema, profissionais e sociedade; v Otimizar o processo de Fiscalização do CRMV-PR; v Implantar o Modelo de Gestão de Pessoas por Competências; v Desenvolver competências em consonância com as diretrizes do CRMV-PR; v Assegurar o orçamento necessário à execução da estratégia racionalizando

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recursos de forma sustentável. Com as metas e objetivos de cada Plano de Ação definidos, o planejamento foi aprovado em plenária e implementado em 1º de março. “Nós demos início a este trabalho juntos, levantando as falhas e necessidades para que pudéssemos evoluir. É um trabalho que se concretiza”, comemorou Itamara Farias, secretária-geral do CRMV-PR. Entre as ações colocadas em prática esteve a melhoria da comunicação entre

colaboradores para facilitar a realização de atividades e a elaboração do Plano de Carreiras, Cargos e Salários, este projeto em específico desenvolvido para atingir o objetivo de gerir pessoas por competências. Foi realizado ainda, no dia 29 de novembro, um concurso público para a contratação de profissionais para cargos administrativos em Curitiba e municípios do interior do Estado e para cadastro reserva de médicos veterinários e advogados.

A efetivação dos aprovados está prevista para o primeiro semestre de 2016. Os eventos também marcaram uma etapa importante, buscando contribuir para o desenvolvimento das competências dos profissionais inscritos. Por se tratar de um processo dinâmico, o planejamento de 2015 foi avaliado e monitorado durante todo o ano e passou por alterações significativas que já foram implantadas no Planejamento Estratégico de 2016.

CRMV-PR promove eventos inovadores de capacitação profissional Neste ano de 2015 os médicos veterinários e zootecnistas do Paraná puderam contar com ações do CRMV-PR para buscar a capacitação necessária para se valorizarem no mercado de trabalho. Ao todo, foram 22 eventos promovidos pelo Conselho e mais de 1,3 mil profissionais participantes. De janeiro a dezembro, o CRMV-PR realizou 12 Seminários Básicos de RT. Voltado a profissionais com interesse em atuar como responsáveis técnicos de estabelecimentos, o seminário aborda temas como responsabilidades atribuídas à função, instruções de utilização do sistema online de registro de atividades e até mesmo empreendedorismo. Esta abordagem no ramo de negócios, inclusive, é uma das inovações recentes trazidas pelo Conselho: desde 2014 a programação do evento conta com uma palestra de consultores do SEBRAE. “As pessoas precisam aprender a se comportar como empreendedoras e a destacar seus potenciais. O conhecimento técnico não é tudo, é preciso conhecer seu cliente, seus concorrentes e estabelecer metas dentro de um planejamento”, afirma Cleufe Almeida, uma das palestrantes que colabora com o CRMV-PR.

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Além destes, foram realizados dois Seminários Avançados de RT. Um deles para responsáveis técnicos de estabelecimentos industrializadores de alimentos para animais, no qual foi destacada a importância do Manual de Boas Práticas e de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) para garantir a qualidade do produto; e o outro para RT’s de biotérios, no qual foram difundidas as questões de bem-estar animal e enriquecimento ambiental, bem como os métodos alternativos ao uso de animais em pesquisa. Outro evento inovador do Conselho é o seminário “Código de Defesa do Consumidor x Médico Veterinário Conflitos e Soluções”, realizado em Londrina neste ano. A iniciativa busca mostrar aos profissionais como o Código de Defesa do Consumidor pode ser utilizado como uma ferramenta de trabalho, servindo de diferencial na prestação de serviço aos clientes. Durante o evento os palestrantes buscam também esclarecer questões legais, como os contratos e registros documentados das negociações com o cliente, que podem ser usados como evidências pelo profissional em possível caso de processo judicial. Para abordar questões relacionadas

ao meio-ambiente o CRMV-PR promoveu a “Conferência de Gestão Hídrica nas Atividades da Medicina Veterinária e Zootecnia”. Contando com a participação de palestrantes da Itaipu, Embrapa e do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), o evento serviu para conscientizar os profissionais da sua responsabilidade quanto à gestão hídrica na execução das suas atividades. Além de conhecer alternativas para a economia da água em atividades específicas do dia-a-dia no campo e nas indústrias, os participantes perceberam o impacto que o descuido em relação à água tem no meio-ambiente. Além de promover eventos, o Conselho também fez questão de apoiar iniciativas de outras entidades, sempre com foco no desenvolvimento dos profissionais. Por isso esteve presente em debates de controle populacional de cães e gatos, bem-estar animal e demais congressos realizados no Brasil. “Qualquer iniciativa que valorize o debate de temas relevantes à medicina veterinária e à zootecnia é de interesse do CRMV-PR. Estamos engajados em levar aos profissionais novas oportunidades de capacitação e aprimoramento”, garante Eliel de Freitas, presidente do Conselho.

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CRMV-PR promove

Na batalha contra a leishmaniose Um dos eventos mais bem avaliados pelo público foi a palestra “A Leishmaniose no Paraná – Aspectos Clínicos e Epidemiológicos”, realizada em três edições em 2015. Planejada e ministrada pela professora doutora Vanete Thomaz Soccol, a palestra reuniu profissionais ligados à área de saúde pública para auxiliá-los no diagnóstico da doença em animais e seres humanos. “A leishmaniose é uma doença de impacto na saúde pública e, tendo em vista o recente primeiro caso de leishmaniose visceral humana no Paraná, é necessário que os médicos veterinários estejam atentos para o diagnóstico”, defende Eliel de Freitas, presidente do CRMV-PR, ao justificar a importância do evento. Além de incentivar a participação de médicos veterinários, o Conselho procurou se unir aos médicos ligados à Secretaria de Saúde dos municípios; foi o caso de Pato Branco, que formou uma plateia diversificada. “Foi uma manhã excelente em que pu-

demos conversar sobre um tema importante para sociedade paranaense. A heterogeneidade da plateia mostrou muito bem que o Brasil já está praticando o conceito ‘One Health’. Saber que poderemos contar com multiplicadores para atender esta doença negligenciada nos conforta”, comemora a professora Vanete. Para Rafael Rovaris Pinheiro, coordenador do curso de medicina veterinária da Unisep de Dois Vizinhos, a oportunidade de envolver diversos profissionais para debater a doença foi um dos diferenciais da palestra. “A doutora Vanete é uma pesquisadora de

referência na área, trouxe informações atualizadas e despertou uma discussão multidisciplinar do tema. O evento superou nossas expectativas, consolidando conceitos e trazendo informações que serão disseminadas em nosso meio acadêmico, fortalecendo a bandeira da saúde única”, afirma, destacando a importância do tema por se tratar de uma zoonose emergente. Além de Pato Branco, os municípios de Cascavel e Guarapuava receberam a palestra oferecida pelo CRMV-PR. A expectativa é que em 2016 novas edições sejam realizadas em outras regiões do Estado.

SEMINÁRIOS AVANÇADOS DE RT - RT em Biotérios – 12 e 13/03 – Curitiba - RT em estabelecimentos industrializadores de alimentos para animais – 19 e 20/03 – Londrina - Atualização RT em Laticínios

CONFERÊNCIA DE GESTÃO HÍDRICA NAS ATIVIDADES DA MED. VET. E ZOOTEC. – CTBA – 29/05/15

Eventos realizados em 2015 Seminários básicos de RT - Campo Mourão (08/06) - Guarapuava (08/06) - Maringá (29/06) - Umuarama (30/06) - Curitiba (02/07) - Bandeirantes (28/07) - Ponta Grossa (05/08) - Maringá – específico para Zootecnistas (11/09) - Cascavel (10/11) - Realeza (11/11) - Londrina (19/11) - União da Vitória (24/11)

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I SEMINÁRIO DE ENSINO DE ZOOTECNIA DA REGIÃO SUL 07 E 08/05 PALESTRA SOBRE EMPREENDEDORISMO E CDC – LONDRINA – 15/05/15 Mais informações: www.crmv-pr.org.br

PALESTRA SOBRE LEISHMANIOSE - Guarapuava – 20/08/15 - Cascavel – 03/12/15 - Pato Branco – 04/12/15 1º Encontro de Atualização em Temas Emergentes da Medicina Veterinária - Curitiba – 14/09

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CRMV-PR promove

Conselho, comissões e docentes unidos pela evolução da medicina veterinária Em setembro de 2015 a Comissão Estadual de Educação da Medicina Veterinária (CEEMV) do CRMV-PR embarcou em uma jornada pela formação mais completa dos estudantes universitários. A proposta uniu docentes de cursos de veterinária do Paraná e as comissões de meio ambiente, sanidade e bem-estar animal no 1º Encontro de Atualização em Temas Emergentes da Medicina Veterinária. A iniciativa teve a primeira reunião realizada em Curitiba no dia 17 de setembro e se repetiu na cidade de Londrina em outubro. “O objetivo é que, em conjunto com as comissões e os docentes, possamos compartilhar a experiência nestes temas emergentes buscando uma maneira de inclui-los com mais eficácia na grade curricular dos formandos”, destaca a professora Carmen Grumadas, presidente da CEEMV. Embora participem de comissões que abordam temas diferentes, todos os integrantes do projeto demonstraram interesse em fazer dos novos profissionais mais preparados e completos para o mercado de trabalho. “São temas que têm gerado uma demanda profissional crescente e precisamos formar dentro das Universidades um profissional capacitado a preencher as vagas”, afirma Ricardo Vieira, integrante da Comissão de Sanidade Animal. Para Andreia de Paula, da Comissão de Bem-Estar Animal, a proposta é “inovar no ensino da medicina veterinária no Paraná. Queremos engajar os coordenadores para trabalharmos juntos às Universidades e assim garantir que os alunos estejam preparados. É essencial que criemos ma-

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teriais com conteúdo científico para capacitar os professores”. Os encontros foram marcados por palestras de integrantes das comissões e mesas de discussão, nas quais foram

estudadas as possibilidades de inserção destes conteúdos em sala de aula. Mas esta foi apenas a primeira etapa, a CEEMV planeja novos encontros para que o projeto seja levado adiante.

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Foto: Diogo Wosch

Diretoria, Conselheiros e funcionários se reúnem para balanço e planejamento Procurando unir diretores, conselheiros e funcionários na implementação do planejamento estratégico de 2016, o CRMVPR realizou no dia 18 de dezembro uma

CRMV-PR espera abrir 2016 um passo à frente no planejamento Com a experiência prévia na elaboração do planejamento estratégico, o Conselho se esforçou para que 2016 seja ainda melhor. Por isso elaborou e aprovou em dezembro de 2015 as ações para o ano seguinte, assumindo como objetivo prioritário “Ampliar e aperfeiçoar a comunicação nas 4 dimensões: interna, sistema, profissionais e sociedade”. Para obter sucesso o CRMV-PR planejou os eventos e ações de 2016, conforme pode ser observado ao lado.

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reunião administrativa com a presença de todos. Durante o evento foi apresentado o balanço do planejamento de 2015 e as

ações previstas para 2016. O encontro foi marcado ainda pela apresentação do Plano de Carreiras, Cargos e Salários, que será implementado em janeiro.

Eventos e ações planejados para 2016 14 Seminários básicos de RT 4 Seminários Avançados de RT 4 Palestras sobre Leishmaniose 4 Reuniões sobre implantação do Serviço de Inspeção Municipal 4 Eventos de Capacitação em Pecuária de Corte 3 Palestras sobre o Código de Defesa do Consumidor e o Médico Veterinário 2 Palestras sobre Empreendedorismo 1 Evento de capacitação profissional dos Médicos Veterinários de Prefeituras em Saúde Pública Apoio à via Rural – Fazendinha durante a ExpoLondrina Campanha sobre guarda responsável de animais de companhia em Cornélio Procópio e região Participação em exposições, shows rurais e feiras

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Seminário abre debate SOBRE O

Ensino da Medicina Veterinária no Brasil Foto: Assessoria CFMV

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Comissão Estadual de Educação da Medicina Veterinária do CRMV-PR marca presença em evento nacional.

(DCN) e em projetos pedagógicos dos cursos. “Em geral os docentes da área não possuem formação pedagógica, por isso foi criada uma Comissão de Coordenadores de Curso com o objetivo de discutir e propor soluções para resolver esta e outras Foto: Assessoria CFMV

A cidade de Brasília recebeu de 16 a 18 de novembro o XXII Seminário Nacional de Educação da Medicina Veterinária, que contou com a participação de coordenadores de curso, professores e estudantes de mais de 60 Instituições de ensino superior. O CRMV-PR esteve representado por integrantes da Comissão Estadual de Educação da Medicina Veterinária (CEEMV). Como tema central foram abordadas as avaliações dos cursos de veterinária em todos os seus níveis, desde as exigências do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes-INEP) até as realizadas como parte do processo da acreditação internacional de cursos de graduação pelo Sistema ARCU-SUR. De acordo com o presidente da Comissão Nacional de Educação da Medicina Veterinária (CNEMV/CFMV), Felipe Wouk, as avaliações seguem tendências internacionais adotadas pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) com a finalidade de garantir a qualidade do ensino da Medicina Veterinária. Para o professor João Carlos Pereira, integrante da CNEMV/CFMV e da Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (CONAES), a cultura de avaliação ainda está sendo construída. “O Enade é uma importante ferramenta de gestão e os coordenadores já estão mudando sua percepção ao usar indicadores do relatório que mostram onde a qualidade do curso está mais fragilizada”, disse. Durante as discussões promovidas entre os participantes, constatou-se que o processo de contratação de novos docentes para os cursos de veterinária tem grande importância na formação de profissionais com o perfil recomendado pela OIE, nas Diretrizes Curriculares Nacionais

Cursos de graduação em veterinária passaram por análise durante o seminário

questões relacionadas ao ensino”, destacou a professora Carmen Grumadas, presidente da comissão de ensino do CRMVPR. Dentre as missões estabelecidas para o grupo está a de organizar o Fórum de Coordenadores dos Cursos de Medicina Veterinária. Para representar o Paraná nesta recém-criada comissão foi escolhida a professora Cláudia Turra Pimpão, Coordenadora do Curso de Medicina Veterinária da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC- PR). “As reflexões feitas durante o seminário conduziram os participantes ao diagnóstico de problemas reais relativos à gestão dos cursos e à formação dos estudantes. O evento convidou todos nós à ação”, completou Grumadas, que acredita na eficiência dos debates estabelecidos. Também estiveram presentes no encontro Aurelino Menarim Junior, Masahiko Ohi, Ricardo Souza Vasconcellos, Rodrigo Jesus Paolozzi e Ricardo Vilani, todos membros da CEEMV, entre outros coordenadores de cursos do Paraná.

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Professor Doutor Geraldo Tadeu dos Santos

Uma vida pela pesquisa Foto: Diogo Wosch

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Geraldo mostra laboratórios inaugurados recentemente na UEM.

Agrárias. Mas não se aquietou e, no ano seguinte, desembarcou na França para o seu doutorado em Ciência Animal. “Quando voltei, em 1987, assumi novamente as minhas disciplinas e logo depois me candidatei pela primeira vez à vice-presidência da Sociedade Brasileira de Zootecnia”, orgulha-se; isso porque um ano após assumiu a presidência da sociedade e levou a reunião anual pela primeira vez para Maringá. Foto: Divulgação.

“Tenho uma paixão muito grande pela pesquisa”, é assim que o médico veterinário doutor em zootecnia Geraldo Tadeu dos Santos define sua carreira de 35 anos no meio acadêmico. Destes, 26 dedicados também ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), onde atingiu o nível máximo para um pesquisador: A1. Nascido em Tubarão, Santa Catarina, mudou-se aos 17 para Curitiba. Cursou ensino médio no tradicional Colégio Estadual do Paraná e logo após optou pela Medicina Veterinária como curso de graduação. Formou-se em 1974 pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e no ano seguinte foi aprovado em concurso do Instituto Emater. Foi neste período na extensão rural que conheceu o Norte do Paraná e descobriu sua primeira paixão. “Me apaixonei pelo Paraná e mais ainda pela região Norte. Quando conheci Maringá, durante uma passagem rápida, fiquei encantado”, revela. E lá foi o destino levar Santos para a cidade que mais gostara. Em meados de 1977 foi promovido a coordenador regional de Curitiba pela Emater e logo recebeu a proposta de trocar de lugar com um colega que não se dava bem com o calor de Maringá. Trato feito. Já na cidade canção prestou concurso para a Universidade Estadual de Maringá (UEM). “Quando fui aprovado me encaminharam para fazer pós-graduação a nível de mestrado em Porto Alegre, onde fiquei praticamente dois anos”, relembra. Ao retornar, deu início a sua trajetória de sucesso nos ramos da zootecnia e da pesquisa. O curso de graduação em Zootecnia ainda era novo na Universidade, fora inaugurado apenas cinco anos antes. Com o mestrado em mãos, Geraldo voltou para assumir as matérias de reprodução animal, profilaxia animal e bovinocultura de leite – disciplina esta da qual foi o primeiro professor e até hoje ministra. Em 1982 assumiu o cargo de Coordenador do Departamento de Ciências

Sua história e dedicação à zootecnia ao longo dos anos lhe renderam uma merecida homenagem em 2015. Durante a realização da 52ª reunião anual da Sociedade Brasileira de Zootecnia, Santos recebeu o prêmio SBZ, considerado o de mais alto nível entregue pela entidade. A premiação aconteceu em julho deste ano em Belo Horizonte, Minas Gerais.

Foi também nessa época que descobriu sua paixão pela pesquisa e intensificou o trabalho na produção de artigos. Até hoje foram mais de 190 artigos publicados e 11 projetos de pesquisa realizados sendo coordenador de dez deles. “Você não imagina o dilema que é publicar um artigo”, desabafa, antes de desatar a falar com carinho pelo processo que percorre todas as vezes que produz um trabalho científico para publicação. “Para encaminhar um artigo para uma revista você tem que tomar todo um cuidado, depois traduzir para o inglês e ainda gastar com recurso para a correção”, explica. Nada que o tenha impedido de escrever no decorrer dos anos. A sua história na pesquisa se confunde com a do curso de zootecnia na UEM. Em 1994, recém-chegado do Canadá - onde realizou o primeiro pós-doutorado da carreira-, entrou na comissão organizadora do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia que batalhou dentro da Universidade para a abertura do curso de mestrado na área. E não parou por aí, em 1999 participou ativamente da criação do programa de doutorado, do qual foi coordenador por três mandatos. Sob sua tutela, o curso de pós-graduação alcançou conceito 6 na Comissão de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior (CAPES), atingindo nível de excelência.

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Mestrandos e doutorandos em zootecnia utilizam infraestrutura para pesquisas.

de nutrição para melhorar a qualidade do leite são as mais importantes. Em especial os estudos que buscam incorporar os ácidos graxos do tipo CLA ao produto final. “Temos trabalhado muito com o processamento do alimento para curto-circuitar uma parte dele dentro do rumem e observar o resultado deste processo lá na frente”, explica. Para o pesquisador, a sociedade em geral tem tratado a gordura do leite como o grande vilão, muitas vezes dando preferência a produtos desnatados. “Existem certas partículas que se acumulam na gordura do leite que são benéficas para os seres-humanos”, garante. Por isso a preocupação dos seus Foto: Diogo Wosch

A importância da pesquisa para a zootecnia da UEM Um dos trabalhos mais importantes realizados por Geraldo na Universidade Estadual de Maringá foi a concretização do Centro Mesorregional de Excelência em Tecnologia de Leite. Construído em grande parte com recursos provenientes de pesquisas, o local engloba equipamentos modernos para desenvolver projetos com o objetivo de melhorar a qualidade do leite. A estrutura fica na fazenda experimental de Iguatemi e conta com um laboratório de análise de alimentos e forragens e um de qualidade do leite, além de um auditório. O setor de bovinocultura leiteira conta ainda com 50 animais, um mini laticínio e um laboratório para análise de digestibilidade in vitro. Sem contar com os laboratórios que ajudou a montar no campus. “Acredito que, em termos de qualidade, a zootecnia da UEM tem uns dos melhores laboratórios do Brasil”, diz. Das pesquisas que mantém na instituição atualmente, Santos acredita que as da área

Foto: Diogo Wosch

Santos soma 35 anos de serviços prestados ao meio acadêmico, todos eles dedicados à Universidade da cidade que escolheu para morar no início da sua trajetória. “Já poderia ter me aposentado, estou chegando no final da minha carreira. Orientei alunos de mestrado, doutorado, pós-doutorado; pelas minhas mãos passaram 10 doutores que se formaram em pós-doutorado e atualmente conto com quatro pós-doutorandos que trabalham comigo realizando pesquisas”, orgulha-se. Além de formar mestres e doutores em zootecnia, Santos formou professores. Ao todo, seis de seus alunos se tornaram docentes do curso; alguns já aposentados, inclusive. O mesmo destino não parece estar tão próximo do entusiasta, que já tem novos planos em mente. “Para mim é um impasse muito grande ficar em casa parado. Acredito que vou ficar aqui até o final do ano que vem, mas a minha intenção depois é desenvolver algum projeto em uma outra instituição que precise de auxílio”, confessa. Até lá, esperamos para saber quem serão os próximos sortudos.

Fazenda experimental de Iguatemi conta com três laboratórios, 50 animais, mini laticínio e auditório.

grupos de pesquisa é procurar alimentos que possam melhorar a qualidade da gordura contida no leite e assim diminuir o receio da população. Santos destaca ainda que os estudos realizados não ficam apenas no papel, muitos deles geram resultados e são aplicados na prática. É o caso de uma pesquisa iniciada em 90 sobre a utilização da casca da soja como substituta do milho na alimentação da vaca. “Quando começamos a estudar essa relação, a casca da soja era praticamente doada pelas cooperativas porque era considerada um resíduo. Hoje ela é vendida a um preço muito aproximado ao do milho”, relata. De acordo com o pesquisador, a substituição se mostrou vantajosa uma vez que a casca de soja tem melhor digestão no rumem do animal e contém uma taxa maior de proteína em sua composição. No final das contas, diz Geraldo, a pesquisa deve unir docentes e discentes para o benefício da população. O Centro Mesorregional contém uma sala que não possui nenhum equipamento de última geração; são apenas mesas, cadeiras e uma lousa. Mas ela talvez seja o local mais importante do complexo e tem uma função especial: reunir produtores da região para palestras e seminários de capacitação. É nela que o trabalho de anos dentro de laboratórios prova sua eficácia. Sem esta pequena salinha, os 35 anos de pesquisa e os inúmeros artigos científicos não teriam razão para existir.

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Atualização para RT’s de laticínios

Congresso Brasileiro de Qualidade do Leite contou com seminário do CRMV-PR Foto: Diogo Wosch

A 6ª edição do Congresso Brasileiro de Qualidade do Leite aconteceu de 23 a 26 de setembro em Curitiba e contou com a presença de 480 participantes, entre indústrias, técnicos, produtores rurais, pesquisadores e demais profissionais ligados aos setores da cadeia produtiva de leite. Com a participação de palestrantes da Espanha, Suécia, Dinamarca e Estados Unidos o evento apresentou as inovações tecnológicas existentes para a área e abriu debates sobre a melhoria da qualidade do leite produzido no Brasil. Incluso na programação esteve o minicurso de Atualização para Responsáveis Técnicos de Laticínios, ministrado pelo CRMV-PR. O seminário reuniu aproximadamente 40 profissionais do Paraná e de Santa Catarina para discutir a responsabilidade dos profissionais de RT antes, durante e após o processo de fabricação. Entre os assuntos apresentados o presidente do Conselho, Eliel de Freitas, destacou a importância de acompanhar regularmente as legislações vigentes e a necessidade de o responsável técnico se valorizar no marcado de trabalho. “É dever do médico veterinário atuar com zelo para que a empresa cresça e ele possa crescer junto, sempre atendendo bem o consumidor”. Para o delegado do CRMV-PR em

Responsáveis técnicos recebem orientação sobre a atuação em laticínios.

Londrina, Paulo Hiroki, a discussão aberta sobre um tema desta relevância auxilia os profissionais a se conscientizarem da responsabilidade que carregam. “A qualidade do leite é, sim, responsabilidade do RT. E nós como Conselho não somos meros fiscalizadores da profissão, temos a obrigação de abrir temas para discussão e ajudar na formação deste profissional”, afirmou. Como extensionista da Emater, Hiroki aproveitou o encontro para dividir suas ex-

periências sobre as propriedades rurais às quais dá assistência. Quem também esteve presente para compartilhar conhecimento foi o médico veterinário Eduardo Grochowicz, que atua como extensionista e responsável técnico da área. Além dos painéis, o Congresso convidou os interessados para um tour por fazendas de leite das regiões de Castro e Carambeí, mostrando na prática os assuntos debatidos durante a semana.

Primeiro Seminário de RT dedicado a zootecnistas A cidade de Maringá foi a primeira a receber um Seminário de Responsabilidade Técnica do CRMV-PR exclusivo para zootecnistas. O evento aconteceu no dia 11 de setembro e contou com a participação de mais de 70 pessoas entre profissionais forma-

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dos e estudantes do 5º ano do curso de Zootecnia, que se reuniram no auditório da UEM para palestras sobre as responsabilidades atribuídas à atividade de RT. “É importante realizar um seminário exclusivo para zootecnistas porque,

embora muitas coisas entre a medicina veterinária e a zootecnia sejam congruentes, os assuntos são focados para esses profissionais”, destacou o professor Ulysses Cecato, presidente da Comissão de Ensino da Zootecnia do CRMV-PR.

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Sistema de Registro Eletrônico das Atividades do RT

Sistemart é obrigatório para RT’s e empresas: saiba como usar O Sistemart – Sistema de Registro Eletrônico das Atividades do Responsável Técnico - agora é de uso obrigatório para todos os RT’s e empresas, conforme determina a Resolução nº 14 do CRMV-PR. A ferramenta visa facilitar a comunicação entre o profissional e a empresa, bem como entre o profissional e o Conselho. Em funcionamento desde novembro de 2014, o sistema desenvolvido pelo CRMV-PR permite o preenchimento do Laudo Informativo e do Termo de Constatação e Recomendação, possibilitando ainda a inclusão de fotos. Os dados registrados são armazenados no sistema de nuvem e, desta forma, é possível acessá-los de computadores, tablets e smartphones. Como acessar O acesso se dá de forma online através do website sistemart.crmv-pr.org.br, no qual é preciso fazer um cadastro com senha. É importante verificar se o e-mail cadastrado está correto e verificar a caixa de spam no momento em que receber a primeira senha de acesso. O Sistemart também pode ser acessado de tablets e smartphones através de aplicativo, bastando procurar na Google Play e na AppStore por “CRMV”. Além de se cadastrar, cabe ao responsável técnico informar à empresa que ela deve realizar o mesmo procedimento. Responsável Técnico O que é o Termo de Constatação e Recomendação? O Termo de Constatação e

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Recomendação é uma forma de comunicação entre o responsável técnico e a empresa. Nele o RT deve relatar os problemas técnicos e/ou operacionais que necessitem de ação corretiva por parte da empresa. Caso o estabelecimento não apresente problemas no dia da visita do responsável técnico, este deverá preencher o termo para informar que não há recomendações a serem feitas. Com que frequência deve ser preenchido? O termo deverá ser preenchido todas as vezes que o responsável técnico visitar o estabelecimento. Em geral a legislação exige visitas semanais, portanto o termo deverá ser preenchido ao menos uma vez por semana. As exceções – que permitem menor frequência de visita – constam no Manual de RT. Nestas situações, o preenchimento do termo deve seguir a frequência exigida para cada caso específico. O que acontece caso o RT não preencha o Termo de Constatação e

Recomendação? Caso o responsável técnico não realize um registro no prazo de 15 dias, a ART poderá ser suspensa. Em caso de suspensão da ART, profissional e empresa terão 15 dias para apresentar defesa. Se esta não for apresentada no prazo, a ART será cancelada e haverá a necessidade de homologação de nova. O que é o Laudo Informativo? O Laudo Informativo é uma forma de comunicação entre o responsável técnico e o CRMV-PR. Ele deverá ser emitido pelo RT caso a empresa não execute as recomendações prescritas ou apresente obstáculos para o seu desempenho de função. É importante ressaltar que este formulário deve ser preenchido somente em casos graves e ele será disponibilizado apenas para o CRMV-PR, comprometendo-se este a manter sigilo sobre as informações recebidas. Além disso, o preenchimento e envio do Laudo Informativo não isenta o RT da

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responsabilidade de comunicar as irregularidades aos órgãos competentes. Empresa Qual é a obrigação da empresa?

A empresa terá um prazo de 15 dias para cientificar os registros realizados pelo responsável técnico no Sistemart. O que acontece caso a empresa não

acesse o sistema? Caso a empresa não cientifique o registro do responsável técnico no Sistemart no prazo de 15 dias, a ART poderá ser suspensa.

Senar oferece cursos gratuitos de capacitação tecnológica O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) oferece desde 2010 cursos online gratuitos para profissionais que atuam no campo. Atualmente são 45 cursos de capacitação, divididos nos programas “Campo Sustentável”, “Capacitação Tecnológica”, “Empreendedorismo e Gestão de Negócios”, “Inclusão Digital” e “Qualidade de Vida”. Na área de capacitação tecnológica é possível se inscrever em turmas de bovinocultura de corte, bovinocultura de leite, ovinocultura, piscicultura e suinocultura. Dentre os temas abordados estão sanidade animal, produção, reprodução, melhoramento genético, manejo de pastagem, entre outros. Os cursos são ministrados todos os anos através da internet e têm duração mínima de 30 dias. Após assistir às vídeo-aulas e realizar todas as atividades obrigatórias,

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Mais informações: ead.senar.org.br

o estudante recebe um certificado de participação. As aulas de 2015 aconteceram entre agosto e setembro, mas serão repetidas em 2016, ainda sem previsão de data. Para se inscrever é necessário ter

mais de 18 anos e possuir computador com acesso à internet. Há ainda cursos de outras áreas que podem complementar o currículo dos profissionais ligados ao campo, como empreendedorismo e gestão de negócios.

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cães e gatos

CRMV-PR apoia a discussão de estratégias para manejo populacional

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Foto: Diogo Wosch

A cidade de Curitiba recebeu, no dia 28 de agosto, o I Simpósio sobre Manejo Populacional de Cães e Gatos no Paraná para debater o tema com foco nas estratégias utilizadas por diversos municípios na prevenção e controle de animais de rua. O evento contou com a participação de profissionais ligados a prefeituras de todo o Estado, docentes e alunos da UFPR, além de representantes das Secretarias Estaduais de Saúde e Meio-Ambiente. “Este é um assunto sério que vem se agravando por uma questão cultural e por isso precisa ser debatido. Como Universidade nos sentimos orgulhosos dos nossos professores de medicina veterinária que estão preocupados não somente com o que acontece dentro da sala de aula, mas também fora dela”, elogiou Amadeu Bona Filho, diretor do Setor de Ciências Agrárias da UFPR. Durante o simpósio a médica veterinária Adriana Vieira, da comissão de saúde pública do CFMV, ministrou palestra sobre os avanços e retrocessos em relação ao manejo populacional de cães e gatos nos últimos anos. Já Adilson Soares, da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, abordou a possibilidade de utilização de verba do Sistema Único de Saúde para este fim

Simpósio sobre Manejo Populacional de Cães e Gatos no Paraná - UFPR.

através de políticas de prevenção e proteção à saúde. Após as palestras os participantes foram separados em grupos para discutir assuntos como legislação, controle reprodutivo, capacitação, parcerias, recolhimento seletivo, destinação e monitoramento. Como apoiador da iniciativa, o CRMV-PR esteve representado por sua secretária-geral, Itamara Farias, que destacou o

papel do Conselho nos trabalhos desenvolvidos pelos municípios. “Sempre que tiver algum projeto relacionado a manejo populacional, a prefeitura deverá encaminhar o mesmo com 60 dias de antecedência para avaliação da Assessoria Técnica e votação da plenária do CRMV-PR”, explicou. A demanda faz parte das normativas estabelecidas pelo CFMV através da Resolução nº 962, de 2010. Para ser aprovado, o projeto precisa estar alinhado também com a Resolução nº 1015 do CFMV, que dispõe sobre as regras para triagem, local e procedimentos autorizados em caso de atendimento a pequenos animais. “Além disso o projeto precisa obrigatoriamente contar com uma campanha educacional sobre guarda responsável”, destacou a assessora técnica do CRMVPR, Luiza Schneider, que elogiou a iniciativa e participou de todos os grupos de discussão.

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SISTEMA FIEP

Trabalhando na acreditação de laboratórios de diagnóstico veterinário O Sistema Fiep desenvolve desde 2009 um projeto para promover o desenvolvimento sustentável de setores estratégicos para o Estado, entre eles está o de biotecnologia animal, que conta com um grupo de trabalho responsável por estudar e viabilizar atividades para o progresso da sanidade animal. Um dos grandes feitos deste grupo de trabalho é o Projeto Acreditar, em parceria com a Rede Paranaense de Metrologia e Ensaios, que tem como objetivo auxiliar laboratórios veterinários a buscar sua acreditação na norma ISO 17.025 e consequentemente seu credenciamento no Ministério da Agricultura (MAPA). Em funcionamento desde 2014, o projeto já

veis pelo Projeto Acreditar, a capacitação é de extrema importância porque “a norma ISO exige dos gestores de laboratórios muito tempo e dedicação. Como a maior parte dos laboratórios voltados à área de sanidade animal são empresas de pequeno porte, muitas vezes os profissionais acumulam novas responsabilidades”. Após o treinamento os laboratórios passam por uma visita técnica de auditoria na qual são levantadas as não conformidades. Com a elaboração do Plano de Ações Corretivas, os estabelecimentos buscam se adequar à norma para uma auditoria interna final, que os qualifica para o processo de acreditação.

obteve sucesso na acreditação de sete laboratórios no Paraná. O programa conta ainda com a colaboração do Sebrae e do Tecpar para subsidiar a fundo perdido 80% do valor do processo de acreditação e realizar assessoramento técnico e treinamentos para a formação de auditores internos, elaboração de documentos e outras atividades essenciais para a continuidade do projeto. São mais de 17 especialistas – entre gestores e médicos veterinários – da Paraná Metrologia envolvidos nesta etapa que, até o momento, já capacitou 23 profissionais. Para Aldo Arruda, um dos responsá-

RT’s das áreas de Defesa Sanitária Animal e Vigilância Sanitária recebem capacitação em Workshop

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Foto: Diogo Wosch

O grupo de trabalho de biotecnologia animal do Sistema Fiep desenvolveu outra atividade relevante em 2015: o Workshop de Atualização em Defesa Sanitária Animal, no dia 30 de outubro em Curitiba. Com foco na conscientização de médicos veterinários quanto a sua responsabilidade em relação à sanidade animal e suas obrigações junto ao serviço veterinário oficial (SVO), o evento reuniu profissionais cadastrados e habilitados pelo MAPA, emissores de guia de trânsito animal (GTA), responsáveis técnicos e estudantes. “A defesa sanitária animal é responsabilidade de todos, por isso é preciso que o profissional de medicina veterinária esteja sempre atento às doenças de notificação obrigatória e, principalmente, que notifique”, ressaltou Rafael Gonçalves, gerente de Saúde Animal da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar).

Workshop contou com apoio do CRMV-PR

Discurso também defendido pelo professor Amauri Alfieri. “A defesa sanitária somos nós. Se dependermos apenas do serviço veterinário oficial, sem dúvida alguma não teremos defesa sanitária animal digna nesse país. Ela é extremamente importante

e não existe sem a participação da iniciativa privada”, afirmou durante sua palestra. Para Ellen Laurindo, fiscal federal do MAPA e integrante da Comissão de Sanidade Animal do CRMV-PR, “o serviço veterinário oficial do Brasil pode ser comparado ao de outros países, inclusive os mais desenvolvidos, mas ele só é eficiente se contar com a participação efetiva dos profissionais da iniciativa privada”. O workshop serviu também para esclarecer dúvidas e abordar temas específicos, dividindo-se em quatro salas: aves, suínos, bovinos e equinos. Além de Laurindo, estiveram presentes Ricardo Velho Vieira e Mara Freitas, ambos fiscais federais da Adapar e integrantes da comissão do CRMV-PR. O presidente do Conselho, Eliel de Freitas, participou da abertura e ministrou a palestra “Aspectos éticos da notificação obrigatória”.

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curitiba foi palco do congresso Brasileiro de medicina veterinária Foto: divulgação

A cidade de Curitiba sediou de 31 de outubro a 2 de novembro o Congresso Brasileiro de Medicina Veterinária (Conbravet), um dos maiores eventos ligados à profissão. O Congresso reuniu grandes nomes da medicina veterinária brasileira para debater temas como pecuária orgânica, medicina vete-

o veterinário na segurança alimentar – Passado, presente e futuro Milton Thiago de Mello

O Conbravet é um dos maiores eventos de medicina veterinária do Brasil.

rinária militar, saúde pública, aquicultura, pequenos e grandes ruminantes, pequenos animais, animais selvagens, entre outros. O evento contou ainda com 523 trabalhos científicos aprovados e expostos e os lançamentos dos livros “O Veterinário na Segurança A obra de Mello, presidente da Academia brasileira de Medicina Veterinária, chega para auxiliar os profissionais a entenderem melhor seu papel na segurança alimentar. o autor utiliza sua experiência para explicar a importância do médico veterinário na saúde pública e, em especial, sua função como agente social na área de produção de alimentos em um mundo ameaçado pela fome. Thiago de Mello, que em 2016 completará 100 anos, é o médico veterinário mais antigo em atividade no brasil. Autor de mais de 200 trabalhos científicos e reconhecido como pesquisador da área tanto no brasil quanto no exterior, Mello é membro da Academia de Ciências de nova Iorque e da Academia de Ciências de lisboa. Em 2013 recebeu o prêmio John Gamgee, o mais importante da medicina veterinária mundial.

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Alimentar. Passado, presente e futuro”, do Professor Doutor Milton Thiago de Mello, e “Virtuosa Missão”, de João Castanho Dias. De acordo com os organizadores, esta foi “uma das maiores edições das últimas décadas do Conbravet. Estamos fazendo história”.

virtuosa missão João Castanho Dias Há mais de 30 anos acompanhando o mundo rural através do jornalismo, João Castanho Dias compartilhou sua experiência em seu mais recente livro “Virtuosa Missão – A História da Medicina Veterinária no Estado de São Paulo e as Suas Contribuições para o Desenvolvimento da Criação de Animais no brasil”. A obra contempla o trabalho de médicos veterinários em situações como no combate à peste bovina em São Paulo e a grande população de burros que puxavam bondes e carroças de coletores de lixo no início do século 20. Entre os nomes destacados pelo autor está o de rené Corrêa, profissional que sempre atuou em prol da saúde animal e pública. Um de seus grandes feitos foi sua contribuição para a pesquisa e desenvolvimento de vacinas dos setores bovino, avícola e pet. o livro – editado pela Academia Paulista de Medicina Veterinária (Apamvet) - traz ainda uma cronologia dos principais fatos desde o século 19 e biografias dos profissionais pioneiros no Estado de São Paulo.

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manuais e informativos são as novas ferramentas do crmv-Pr A medicina veterinária é uma profissão que, por abranger diversas áreas de atuação, engloba uma grande quantidade de normas, resoluções e leis. Procurando facilitar o acesso de profissionais e empresas a informações específicas, o CRMV-PR desenvolveu em 2015 dois manuais em versão digital: o Manual de Publicidade do Médico Veterinário e o Manual Técnico de Leishmanioses Caninas. Para fazer o download destes materiais acesse o site oficial do Conselho: www.crmv-pr.org.br. Manual de Publicidade do Médico Veterinário O Sistema CFMV/CRMV’s defende que a participação do médico veterinário em qualquer meio de comunicação de massa deve ser pautada pelo caráter exclusivo de esclarecimento e educação da sociedade. Desta forma, não é permitido ao profissional agir de forma a estimular o sensacionalismo, a autopromoção ou a promoção de outros. Por isso o CRMV-PR reuniu neste manual as normas federais que regulam a publicidade e propaganda dos estabelecimentos e profissionais da medicina veterinária. Lançado em julho, o material é educativo e esclarece o que pode e o que não pode ser feito em caso de anúncios e divulgação de serviços, equipamentos e especialidades. As resoluções detalham o que deve conter na placa do estabelecimento e até mesmo como deve ser o carimbo do profissional. Abordam ainda questões como a publicação de fotos e casos clínicos em meio impresso e/ou eletrônico (incluindo mídias sociais como facebook, instagram, entre outras), e entrevistas para veículos de comunicação.

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Manual Técnico de leishmanioses Caninas Com a confirmação do primeiro caso de leishmaniose visceral em humanos no Paraná e o aumento do número de registros de cães com sorologia positiva para a doença, o CRMV-PR procurou a professora doutora Vanete Thomaz Soccol para desenvolver o Manual Técnico de Leishmanioses Caninas. Especialista em parasitologia molecular com foco em leishmaniose, Soccol reuniu um corpo técnico competente e capacitado com o objetivo de auxiliar médicos veterinários e profissionais ligados à saúde pública no diagnóstico da doença bem como nos procedimentos necessários em caso de suspeita. A cartilha aborda as leishmanioses tegumentar e visceral e detalha temas como agente etiológico, ciclo, transmissão, sinais clínicos e diagnóstico. O manual conta ainda com fotografias e anexos de fichas epidemiológicas para conhecimento e uso dos profissionais. Para o primeiro semestre

de 2016 uma nova versão do manual será preparada para impressão. informe epidemiológico O CRMV-PR e sua Comissão Estadual de Defesa Sanitária e Sanidade Animal estão preparando mais uma novidade para auxiliar os profissionais em 2016: o Informe Epidemiológico zoosanitário. Nele serão reunidas informações sobre as doenças de notificação obrigatória relatadas ao Serviço Veterinário Oficial – SVO, material técnico e figuras didáticas sobre as patologias dos animais, mapas de ocorrência de enfermidades e outras questões relacionadas à sanidade. O material incluirá ainda os eventos sanitários de relevância nacional e internacional do setor pecuário. A iniciativa busca fortalecer o relacionamento entre o SVO e os médicos veterinários da iniciativa privada, promovendo maior integração e transparência do Sistema de Informação zoosanitária através da divulgação das ocorrências de enfermidades que apresentam alta relevância econômico sanitária para o Estado.

CrMV Pr


CRMV-PR participa do

Anuidade CRMV-PR 2016

1º Encontro Brasileiro de Protozoologia Foto: Divulgação

Esclarecemos que, de acordo com a Resolução CFMV nº 867/2007, são oferecidas três opções de pagamento para a anuidade de 2016 do CRMV-PR. Opção 1: pagamento integral da anuidade até o dia 31 de janeiro de 2016 com 10% de desconto. O CRMV-PR alerta que o valor do boleto para quitação integral de anuidade com vencimento para o dia 31 de janeiro JÁ INCLUI O DESCONTO DE 10%, NÃO SENDO NECESSÁRIO PREENCHER O CAMPO DE DESCONTO NO MOMENTO DO PAGAMENTO. Ressalta-se ainda que, em função de o dia 31 de janeiro ser um domingo, o pagamento do boleto poderá ser efetuado no primeiro dia útil de fevereiro. Opção 2: pagamento integral da anuidade até 31 de maio sem desconto. Opção 3: parcelamento da anuidade em cinco vezes sem desconto e sem juros. Para esta opção, o CRMV-PR lembra que o vencimento da primeira parcela acontece no dia 31 de janeiro. Os boletos das cinco parcelas estão inclusos no carnê a ser recebido. Ressalta-se ainda que, em função de o dia 31 de janeiro ser um domingo, o pagamento da primeira parcela poderá ser efetuado no primeiro dia útil de fevereiro.

CRMV PR

1º Encontro Brasileiro de Protozoologia Veterinária aconteceu em Londrina, na UEL.

O Colégio Brasileiro de Parasitologia Veterinária e a UEL contaram com o apoio do CRMV-PR para a realização do 1º Encontro Brasileiro de Protozoologia Veterinária, que aconteceu nos dias 26 e 27 de novembro na cidade de Londrina. O evento reuniu médicos veterinários para debater temas como biologia molecular, diagnóstico, epidemiologia, saúde pública e vetores. “O encontro marcou o fortalecimento do estudo da protozoologia como uma resposta dos médicos veterinários às necessidades da população”, destacou Paulo Hiroki, delegado do Conselho na região que prestigiou a iniciativa. Com a participação de profissionais de diferentes estados brasileiros, foram realizadas palestras que

abordaram desde protozoários transmitidos por vetores até a leishmaniose, tema que vem sendo debatido com frequência pelo CRMV-PR.

O evento reuniu médicos veterinários para debater temas como biologia molecular, diagnóstico, epidemiologia, saúde pública e vetores. “A sociedade demanda uma melhoria no controle das zoonoses e precisamos oferecer a ela uma resposta neste sentido”, reiterou Hiroki. Embora não tenham data e local definidos ainda, os organizadores programam uma nova edição para 2017.

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em 2015

Paraná apresenta aumento de produção de suínos e frango Foto: Arquivo CRMV-PR

No decorrer do ano o Paraná reafirmou sua importância no agronegócio brasileiro, em especial na avicultura e na suinocultura. Os números do último relatório de produção pecuária do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2015, divulgado no dia 15 de dezembro, apontam o Estado como um dos grandes responsáveis pelo crescimento na produção e exportação de carnes; o único setor que apresentou redução em ambos os aspectos foi o bovino.

AVICULTURA

De acordo com a pesquisa divulgada pelo IBGE, o Brasil bateu recorde de produção no setor avícola. O relatório do 3º trimestre de 2015 aponta que foram abatidas 1,5 bilhão de cabeças de frango, representando um aumento de 6,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Liderando a produção está o Paraná, que teve um crescimento de 10,5% no abate, seguido por Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Juntos, os estados do Sul representaram 60,2% do abate nacional. Na exportação o Paraná segue a liderança, tendo exportado no último trimestre 72,8 mil toneladas a mais que o registrado no ano anterior.

SUINOCULTURA

No setor de suínos o Paraná segue como o terceiro maior produtor do país. No 3º trimestre o Estado apresentou um aumento de 9,7% em relação ao mesmo período de

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2014, enquanto o Rio Grande do Sul, segundo maior produtor, registrou queda de 1,6% na produção. A pesquisa aponta ainda que o Brasil apresentou aumento significativo de 5,5% na produção no último trimestre de 2015, abatendo 10,1 milhões de cabeças. Este é o maior número de produção de suínos já registrado desde 1997, quando o IBGE deu início ao relatório. Na exportação os números também são positivos e representam o melhor resultado alcançado pelo país nos últimos sete anos. Isso se deve, em grande parte, à exportação para a Rússia, que no momento é o maior comprador de carne suína brasileira (55,6%). O Paraná por sua vez teve um crescimento de 83% no volume exportado neste período em relação a 2014, passando de 9,4 milhões de kg para 17,3 milhões de kg de carne suína exportada.

BOVINOCULTURA

A produção de carne bovina no

3º trimestre de 2015 apresentou redução de 10,8% em comparação com o mesmo período do ano anterior. O principal motivo foi a redução no abate em 22 dos 27 estados produtores no país, entre eles o Paraná. Embora na exportação o Brasil tenha apresentado aumento na quantidade, faturamento e preço médio da tonelada com relação ao relatório do 2º trimestre, todos os valores são menores se comparados a 2014. A perspectiva para 2016, no entanto, é animadora. Neste ano o Brasil teve a quebra de 100% dos embargos à carne bovina in natura (Iraque, Irã, China, Argentina, Arábia Saudita e Japão) e ainda conquistou os mercados dos Estados Unidos, Coreia do Norte e Mianmar. Com a possibilidade de novos compradores, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) afirma que o Brasil tem potencial anual de 1,3 bilhão de dólares (289 mil toneladas) com a exportação.

CRMV PR


Visitas às faculdades de medicina veterinária No intuito de ressaltar a importância da integração entre Sindicato dos Médicos Veterinários do Paraná e as Universidades de Medicina Veterinária do Estado, o Presidente do SINDIVETPR, Dr. Cezar Amin Pasqualin, e o Tesoureiro do Sindicato, Dr. Lourival Uhlig, visitaram, entre os dias 19 e 22 de maio, as faculdades Integrado de Campo Mourão, Campo Real de Guarapuava, Integradas do Vale do Iguaçu, em União da Vitória, e Integradas do Campo Gerais, em Ponta Grossa. Nos dias 08 e 09 de Julho, os dois representantes do Sindicato cumpriram agenda de reuniões na Universidade

Fenamev inaugura Sede em Brasília

A Federação Nacional dos Médicos Veterinários inaugurou sua nova sede, em Brasília, nos dias 24 e 25 de julho. Durante o evento, o Presidente da entidade, Dr. José Alberto Rossi, e Presidentes de vários Sindicatos de Médicos Veterinários do Brasil, incluindo o Dr. Cezar Amin Pasqualin, do SINDIVET – PR, debateram a assembleia geral de prestação de contas 2014, Projetos de Lei (PLs) que afetam a Classe Médica Veterinária, além de questões relacionadas ao momento político do Brasil.

CRMV PR

Estadual de Londrina (UEL) e Universidade Norte do Paraná (UNOPAR Londrina e UNOPAR Arapongas), com o objetivo de apresentar o papel do Sindicato, sua missão e explanar os be-

nefícios disponíveis aos associados. Na UEL, no dia 08 de Julho, Dr. Pasqualin proferiu uma palestra sobre o tema “O Médico Veterinário como Gestor de Políticas Públicas”.

Grupo de trabalho prefeituras

Após coordenar, no dia 1.º de setembro, um seminário para os Médicos Veterinários das Prefeituras da Região Metropolitana de Curitiba e Litoral, com o apoio de entidades, como CRMV-PR, FAEP, SEAB, AMP, o SINDIVET-PR aprovou, mediante a PORTARIA Nº 01/15, de 09 de Outubro de 2015, a institucionalização de um Grupo de Trabalho que debaterá questões pertinentes à atuação da categoria em cada Município.

O grupo é formado pelas veterinárias Ana Maria Araújo Barbosa (P. M. de São José dos Pinhais, CRMV-PR nº 2.750), Elisa Maria Jussen Borges (P. M. de Colombo, CRMV-PR nº 3.419), Inara Corrêa de Almeida (P. M. de Rio Branco do Sul, CRMV-PR nº 6.148), Priscilla Souza Lima (P. M. de Campo Largo, CRMV-PR nº 6.004), e pelo médico veterinário Hermínio de Paula Molinari (P. M. de Guaratuba, CRMVPR nº 2.930).

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Foto: CRMV-RJ

Eduardo Batista Borges – ex-Presidente do CRMV-RJ em discurso na Academia Brasileira de Medicina Veterinária

28 de março de 2003

Discurso na posse dos novos membros da Academia Brasileira de Medicina Veterinária Tudo começou na Grécia, em um bosque de oliveiras perto de Atenas, a deusa da sabedoria, no Jardim de Academo. Academo, como muitos se lembram, foi um herói ateniense, e em sua homenagem deram ao jardim o nome de Academia. Segundo a história, foi nesse jardim que nasceu – através das suas conversações ambulantes – a primeira escola filosófica grega. A escola de Platão. O local é hoje um ponto turístico. O jardim foi destruído no ano de 86 d.c com o objetivo de aproveitar a madeira na fabricação de armas. Vejam os senhores que a sub-valorização da cultura em favor das causas imediatas é muito antiga e a prioridade das ações bélicas, também. O significado moderno de Academia, vale lembrar, data do século XV, inicialmente em Florença, na Itália e, depois, na França, a partir de 1508; ou seja, estavam aqui os portugueses, às voltas com os índios e à cata de riquezas para enviar para a metrópole e, na Europa, já haviam fundado duas Academias. O nome designou, também, antigas universidades ou instituições de ensino superior, o que explica o termo “acadêmico” dado até hoje aos alunos que cursam uma escola de terceiro grau. Mas as Academias mais importantes nas-

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ceram no século XVII. Elas cuidavam das letras, das ciências e das artes. Em 1603, foi criada em Roma a Real Academia Nacional, dedicada às ciências naturais e à astronomia. Ela serviu de modelo para outras academias como a Royal Society, fundada em Londres em 1660, e para a Academia Real de Ciências de Paris, criada seis anos depois. A Academia Francesa, fundada por Luís XIII, em 1635, tornou-se o modelo de Academia de Letras para diversas outras do mundo inteiro, inclusive de outros assuntos, na própria França, como a Academia de Ciências e a Academia de Ciências Morais e Políticas, esta fundada em 1795. Não apenas as Academias de Ciências e Letras se desenvolveram, mas também as de Música e de Belas Artes. E, mais modernamente, durante o século XX, surgiram as Academias Internacionais, como, por exemplo, a União Acadêmica Internacional, a Academia Internacional de Ciência Política e de História Constitucional (fundada em Paris, em 1936), a Academia de Direito Internacional de Haia (fundada em 1914), a Academia Internacional de Medicina Legal e de Medicina Social (criada em Paris, no ano de 1938), a Academia Internacional de Patologia (fundada em Washington,

em 1906), a Academia Internacional de Astronáutica (fundada em Paris, em 1960) e a Academia Mundial de Arte e Ciência (criada no estado de Israel, em 1960). Inúmeras conquistas importantes das Letras, das Ciências e das Artes se originaram de membros dessas Academias e de dezenas de outras espalhadas pelo mundo todo. No Brasil, as Academias surgiram no século XVII, refletindo o que se passava em Portugal que, por sua vez, seguia o modelo italiano. As atividades nelas desenvolvidas consistiam, basicamente, da leitura dos trabalhos dos acadêmicos, da realização de trabalhos coletivos e do estímulo à produção de obras literárias, históricas e científicas de cunho pessoal. Como nos contam os historiadores “as academias foram uma consequência lógica da mentalidade imperante, abrigadas à sombra do poder, que ora as estimulava, ora as consentia, num tempo e num lugar onde a imprensa era proibida e se exercia fiscalização severa sobre a entrada de livros”. A Academia Brasileira dos Esquecidos, fundada na Bahia, em 1724, é a mais antiga do Brasil. A seguinte, chamava-se Academia dos Felizes e foi fundada aqui no Rio de

CRMV PR


Janeiro, em 1736, seguida da Academia dos Seletos, em 1752. Todas elas tiveram vida curta, inclusive a Academia Científica do Rio de Janeiro, fundada em fevereiro de 1772 e encerrada em 1779, não sem antes prestar um serviço ao Rio Grande do Sul: o fomento da criação do bicho da seda. A mais conhecida das Academias Brasileiras é, sem dúvida, a Academia Brasileira de Letras, primeiramente imaginada por Medeiros de Albuquerque, nos primeiros tempos da república, embora a iniciativa da criação tenha sido de Machado de Assis, que foi seu primeiro presidente, em 1896. A Academia Nacional de Medicina, com sede aqui neste local, que dignifica a presente solenidade, foi fundada no dia 30 de junho de 1829, por seu idealizador, Joaquim Cândido Soares de Meireles com mais quatro médicos: Luiz Vicente de Simoni, José Martins da Cruz Jobim, José Francisco Xavier Sigaud e Jean Maurice Faivre. No início ela se chamava Sociedade de Medicina do Rio de Janeiro e teve os estatutos aprovados por decreto de 15 de janeiro de 1830; posteriormente, passou a se chamar Academia Imperial de Medicina, por decreto de 8 de maio de 1835. Passou a ter a denominação atual a partir de 19 de novembro de 1889 e sua Inspiração foi a Academia de Medicina de Paris. Em nossa pesquisa, a Academia Nacional de Medicina é a mais antiga em atividade no nosso país, com 174 anos. A Academia Brasileira de Medicina Veterinária é nova. Sua fundação data de 9 de setembro de 1983 em sessão solene realizada no auditório do Clube de Engenharia. Mas, apesar de muito jovem, já esteve representada em inúmeros eventos importantes, inclusive internacionais. Seus objetivos são estimular e promover a execução de atividades técnico-científicas relacionadas com a Medicina Veterinária; promover o intercâmbio cultural e social com outras entidades congêneres, em proveito da profissão; criar um banco de dados e um museu para consulta e visitação pública; organizar e manter uma galeria de profissionais eméritos da

CRMV PR

Medicina Veterinária; estimular e apoiar as iniciativas de criação e instalação de Academias de Medicina Veterinária nas demais unidades da federação e assessorar os governos estaduais e federal nos assuntos relacionados à Medicina Veterinária. As Academias são um repositório de experiência e um centro de aprimoramento da cultura. Essas são suas principais justificativas. E a cultura, aqui no terceiro mundo, é menos valorizada do que nosso país precisa. Mas a grande pergunta é: ela deve mesmo ser valorizada em um Brasil de tantas necessidades imediatas, prementes, angustiantes, inadiáveis, como a fome, a insegurança, a corrupção, o analfabetismo, a falta de saneamento e a carência de cidadania? Não hesitamos um segundo sequer em afirmar que sim. A cultura é gênero de primeira necessidade. Ela representa os padrões e os valores espirituais de um povo. Ela engloba as características de uma civilização, de uma sociedade. Vale muito pouco a educação sem cultura. Pouco se pode esperar de um povo inculto com tendência à bestialização e ao retrocesso. O desenvolvimento precisa, necessariamente, ser harmônico e incluir o aprimoramento do espírito que é o contraponto da matéria. Não se pode viver apenas de corpos, ainda que torneados nas melhores academias e siliconados pelos mais competentes cirurgiões plásticos, e de objetos e superficialidades ainda que apresentados com os requintes audiovisuais que a moderna tecnologia da comunicação oferece. Para um ser-humano que se pretenda completo, isso é pouco. É preciso muito mais. São necessários o desenvolvimento, o enriquecimento e o refinamento do espírito através da literatura, das artes e da ciência. A difusão da experiência acumulada é importante para a formação da cultura de um povo e é justamente esse o papel primordial de uma Academia. De igual importância é a assessoria aos governos assim como a organização e manutenção de uma galeria de profissionais eméritos. Sobre este papel da Academia cabe aqui uma observação referente à tendência brasileira atual para desvalorizar os idosos em favor da juventude que,

em si, não representa garantia de conhecimento nem de eficiência. Eis aí um problema nitidamente cultural que contrasta tanto com as sociedades primitivas – como a dos indígenas – como com as do primeiro mundo e as orientais nas quais os idosos são respeitados e cultuados como repositórios de amadurecimento e de experiência. Aproveito a oportunidade, nesta noite de festa, quando os colegas José Freire de Faria, Sylvio Barbosa Cardoso e Clotilde de Lourdes Branco Germiniani tomam posse, respectivamente, nas cadeiras cujos patronos são os Professores Doutores Mário da Fonseca Xavier, Octávio Dupont e Marcos Augusto Enrietti, para saudá-los com alegria e desejo que se realizem muito mais nesta nova atividade de acadêmicos. Aos Acadêmicos da Academia Brasileira de Medicina Veterinária, Acadêmicos de outras Academias, Presidentes de Conselhos Federal e Regionais, Sociedades, Entidades Profissionais, Diretores de Instituições de Ensino, Empresas, Autoridades presentes, colegas Médicos Veterinários e Zootecnistas e demais convidados que nos honram com as suas presenças, o nosso muito obrigado em nome das classes Médico-Veterinária e Zootécnica do nosso estado por participarem desta solenidade tão importante para nós, Médicos Veterinários. Aceitem o nosso carinho e abraço do tamanho da imagem do maior símbolo da nossa cidade, o Cristo Redentor, e que a estada dos senhores aqui conosco possa ser de alegria, felicidade e do mais alto espírito de confraternização e paz que tanto a humanidade reivindica neste momento. Muito obrigado. Eduardo Batista Borges Presidente do CRMV/RJ ( * ) (*) Doutor Eduardo Batista Borges foi um colega que se destacou por sua competência, sua cultura, sua extraordinária cortesia e, por vários períodos, esteve à frente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio de Janeiro. Seu inesperado falecimento, em 22 de novembro de 2015, representou uma grande perda para a Medicina Veterinária Brasileira e para todos os seus muitos amigos e admiradores. Para homenageá-lo, publicamos seu belo pronunciamento durante a cerimônia de posse de três novos Acadêmicos na Academia Brasileira de Medicina Veterinária em 28 de março de 2003. Estando entre os Acadêmicos então empossados mantive seu discurso arquivado e me sinto comovida ao encaminhá-lo para publicação. Professora Doutora Clotilde de Lourdes Branco Germiniani.

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ORGANIZADA PELA OIE NAS AMERICAS

Primeira Olimpíada de Conhecimento A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) está promovendo a 1ª Olimpíada de Conhecimento nas Américas para estudantes e profissionais de medicina veterinária. A competição é voltada às áreas de interesse da entidade e contará com a participação de 29 países. Quem pode participar Estudantes e profissionais de medicina veterinária. Inscrições As inscrições devem ser realizadas até o dia 12 de janeiro de 2016 através do site http://www.olimpiadasamericas.oie.int Etapas A primeira etapa da Olimpíada é de abrangência nacional e acontecerá no dia

Parceria entre CRMV-PR e AERP

O CRMV-PR firmou em 2015 uma parceria com a Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná (Aerp) para a gravação de programas com notícias sobre a medicina veterinária e a zootecnia para as mais de 300 rádios AM e FM associadas à associação em todo o território do Paraná. Ainda em processo de finalização, a parceria deve ter início em 2016.

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2 de março de 2016. Nesta data os inscritos deverão responder, através da internet e em horário pré-determinado, um questionário de 30 perguntas de múltipla escolha. Cada país participante terá um estudante e um médico veterinário entre os finalistas. A segunda etapa será a nível continental e acontecerá no dia 9 de março de 2016, quando será aplicado novo questionário seguindo os moldes da etapa anterior. O estudante e o médico veterinário que obtiverem a melhor pontuação serão os vencedores da Olimpíada. Prêmios - Todos os participantes receberão um

certificado de participação, a ser enviado pela OIE através de e-mail. - Os ganhadores da primeira etapa receberão assinatura gratuita da Revista Científica e Técnica da OIE e acesso ao banco de dados de Publicações Científicas da OIE por um ano. - Os vencedores da etapa continental da Olimpíada serão premiados com uma viagem de oito dias a Paris, na França, de 21 de a 28 de maio de 2016. O prêmio inclui a participação na 84ª Sessão Geral da Assembleia Mundial de Delegados, uma visita à Escola Nacional de Veterinária de Alfort e ao Museu de História Natural de Paris.

CRMV PR


POR DENTRO DO CONSELHO

Detalhamento de Receitas:

Transparência Demonstrativo de Receitas Arrecadadas e Despesas Pagas período: Janeiro a OUTUBRO/2015 Receitas

R$

%

Anuidades de Pessoas Físicas

2.465.031,46

36,87%

Anuidades de Pessoas Jurídicas

2.625.530,41

39,28%

5.090.561,87

76,15%

422.469,74

6,32%

24.644,56

0,37%

6.724,76

0,10%

84.062,50

1,26%

332.121,28

4,97%

73.937,32

1,11%

- Rendimentos sobre Aplicações Financeiras

459.351,45

6,87%

- Dívida Ativa

175.276,79

2,62%

15.789,99

0,24%

6.684.940,26

100,00%

R$

%

2.549.762,08

57,15%

Subtotal

- Taxas e Emolumentos - Recuperação de Despesas com Custas Processuais - Recuperação de Despesas com Custos de Cobrança - Taxa de Inscrição em Concursos - Juros de Mora, Atualização Monetária e Multas por Mora - Multas por Infração e Eleitoral

- Outras Receitas (*) Total (A)

Itens

Despesas

(1)*

Pessoal, Encargos e Benefícios

(2)*

Material de Consumo

169.654,95

3,80%

(3)*

Diárias de Empregados, Conselheiros e Colaboradores Eventuais

230.828,23

5,17%

(4)*

Serviços de Terceiros Pessoas Físicas

129.226,66

2,90%

(5)*

Serviços de Terceiros Pessoas Jurídicas

1.088.983,47

24,41%

(6)*

Auxílios - Transferências a Instituições Privadas

113.800,00

2,55%

(7)*

Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria

18.781,71

0,42%

(8)*

Demais Despesas Correntes

114.050,40

2,56%

(9)*

Investimentos, Ações e Equipamentos e Material Permanente

46.760,00

1,05%

4.461.847,50

100,00%

2.223.092,76

33,26%

Total (B)

Superávit C = A – B

(*) Outras Receitas: Recuperações de Despesas, Indenizações e/ou Restituições. Méd. Vet. Eliel de Freitas

Claudecir José Munhoz

CRMV-PR Nº 0826

CO-CRC-PR Nº 036776/O-0

Presidente

Contador

CRMV PR

(*) Taxas e Emolumentos pela Prestação de Serviços: Recebimento de taxas de emissão de Carteira e 2ª via, Registro de ART e sua renovação, Inscrição de Pessoas Físicas e Jurídicas, emissão de Certificados, Certidões e Registro de Especialista. (**) Receitas Diversas de Serviços: Custas Processuais, Recuperação com Custos de Cobrança e Fotocópias. (***) Receitas Financeiras: Juros de Mora e Atualização Monetária: sobre Anuidades, sobre Multas de Infrações, sobre devolução de Diárias e sobre Multa Eleitoral. Multas sobre anuidades, Multas por Ausência de Responsável Técnico, Multa Eleitoral, Multa sobre devolução de diárias e Auto de Infração por Falta de Registro. (****) Outras Receitas Correntes: Indenizações, Restituições e Dívida Ativa. (*****) Receitas de Capital: Alienação de Veículos.

Detalhamento de Despesas: (1) * Salários, Abono Provisório-Pessoal CLT, Gratificação por Exercício de Cargos, Gratificação por Tempo de Serviço, Férias Vencidas e Proporcionais, 13º Salário, Férias-Abono Pecuniário, Férias-Abono Constitucional (1/3), Serviços Extraordinários, Contribuições PrevidenciáriasINSS Empregador, Seguro de Acidente no Trabalho, PIS sobre Folha de Pagamento, FGTS, Auxílio Alimentação e Auxílio Creche. (2) * Combustíveis e Lubrificantes Automotíveis, Material de expediente, Material de Processamento de Dados, Material p/ Manutenção de Veículos, Material de Sinalização Visual e Outros, Diárias para Empregados no País, Diárias para Colaboradores Eventuais no País, Diárias de Conselheiros no País, Diárias de Diretoria no País, Limpeza e Conservação-Pessoa Física, Estagiários-Pessoa Física, Jetons e Gratificações a Conselheiros-Pessoa Física, Comunicação-PJ, Telecomunicações Fixa-PJ, Telecomunicações Móvel-PJ, Correspondências-PJ, Comunicação de Dados-PJ, Publicidade Institucional-PJ, Manut. Conserv. Veículos-PJ, Manut. Conserv. Máquinas e Equipamentos-PJ, Serviços de Vigilância Ostensiva/Monitorada-PJ, Serviços de Estacionamento de Veículos-PJ, Serviços de Água e Esgoto-PJ, Serviços de Energia Elétrica-PJ, Locação de Imóveis-PJ, Vale-Transporte-PJ, Assinaturas de Periódicos e Anuidades-PJ, Condomínios, Exposições, Conferências e Outros- PJ, Seleção e Treinamento-PJ, Serv. Médico-Hospitalar, Odontol. e Lavoratoriais-PJ, Serviços Bancários-PJ, Serviços Judiciários-PJ, Passagens para o País-PJ, PedágiosPJ, Taxa de Inscrição em Eventos-PJ e Outros Serviços Prestados por Pessoa Jurídica. (3) * Transferências a Instituições Privadas (Auxílios). (4) * Taxa de Limpeza Pública e Taxas Diversas. (5) * Despesas Judiciais (Custas), Despesas de Exercícios Anteriores e Restituições de Anuidades e Taxas de Exercícios Anteriores. (6) * Máquinas e Equipamentos, Bens de Informática e Sistemas de Processamento de Dados.

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