Manual: EcoCovos

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Fevereiro 2013 . CRPNM / IFPB

LIGHT HOUSE

MANUAL

- EcoCovos -


INTRODUÇÃO 04 O que são “ECOCOVOS“ ?

FABRICAÇÃO 05 Materiais e Equipamentos 06 Confecção e Montagem

MANUSEIO 07 Lançamento 08 Recolhimento e Manutenção

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O Manual de EcoCovos é resultado da pesquisa realizada através do projeto PROBEXT 2012 do Centro de Referência em Pesca e Navegação Marítima - CRPNM / IFPB.

Colaboraram neste Manual: Marcelo do Nascimento Rodrigues; Diane Maria dos Santos; Severino da Costa (Pescador); Josivaldo Lopes das Neves (Pescador).

Produção Textual Deilton Calixto dos Santos Bolsista do PROBEXT - CRPNM / IFPB Profª Maria Margareth R. M. Rocha Coordenadora do Projeto PROBEXT de Ecocovos Profº Ticiano Alves Orientador

Fotos Deilton Calixto dos Santos

Revisão Textual Raphaella Belmont

Revisão de Conteúdo Profº Ticiano Alves

Edição Profº Ticiano Alves

Editora LIGHT HOUSE / Programa Sagres / CRPNM

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O QUE SÃO “ECOCOVOS”

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Covos são armadilhas transportáveis (portáteis). Os covos podem ser construídos de diversos materiais, tais como madeira, ferro, plástico, arames e panagens de rede. Os modelos variam de acordo com a região (influência cultural), ambiente natural (adaptação ao tipo de ambiente como tipo de fundo e regime de correntes), e com a espécie-alvo. São empregados principalmente para pesca de crustáceos, como lagostas e caranguejos, mas também podem ser utilizados para captura de peixes. Os organismos são atraídos para o interior do covo por meio de iscas ou pelo simples oferecimento de um abrigo (UNIVALI, 2011). Os “Ecocovos“ são armadilhas confeccionadas a partir de material inerte, de larga durabilidade e reciclável. Estes covos poderão ser utilizados na pesca artesanal para a captura de peixes e crustáceos sem utilizar-se de iscas, já que estas atrairiam pescados que não estão no foco do projeto. n

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FABRICAÇÃO:

MATERIAIS E EQUIPAMENTOS MATERIAIS: Tambores Tambor de polietileno de 50 Litros, medindo 28cm de largura, 56cm de altura e 36cm de comprimento.

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Tela Tela de polietileno com malha de 1” (polegada). Será utilizada para fazer a sangra. Cabo Cabo de polietileno de 07mm. Serão necessários 100m de cabo para a confecção de uma fileira de 10 covos. O mesmo será utilizado para unir os covos, auxiliando no lançamento e recolhimento e impossibilitando a perda do covo.

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Fateixa e Boias: Fateixa é uma âncora produzida artesanalmente. A boia pode ser de isopor ou de polietileno, será usada na sinalização. Snap, distorcedor e linha de nylon: Adquiridos em lojas especializadas em pesca oceânica. Linha de nylon de 3mm. FERRAMENTAS: Furadeira Não é necessário uma furadeira profissional para a confecção dos covos. A furadeira será usada para fazer os furos dos covos, dando mais agilidade para o processo. Serra-copo É necessário um serra-copo com 22,5mm. O mesmo será acoplado a furadeira para a obenção de furos precisos dos covos. Diversos Alicates, tesoura, faca. n

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Fotos: 1) Tambor (www. solostocks.com.br); 2) Cabo (www.evaristocordas.com.br); 3) Tela (www.sibrageo.com.br); 4) Fateixa; 5) Boia; 6) Furadeira (monfardinimadeiras.com.br); 7) Serra-copo (www. solostocks. com.br).

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FABRICAÇÃO:

CONFECÇÃO E MONTAGEM FUROS DOS COVOS: Fura-se os tambores com o axuílio do serra-copo, observando que os furos devem estar enfilerados, com uma distância de 1cm entre eles. Ao todo dará em média 600 furos. OBS.: Como sugestão, o rejeito do material poderá ser usado para pregar telhas de amianto. Já o pó poderá ser vendido como material reciclável. SANGRA: A sangra é a abertura do covo pelo qual os pescados entrarão. Para sua fabricação se utilizará a tela de polietileno, como citado anteriormente. A sangra terá as seguintes medidas: 15x15cm de boca, com 36cm de profundidade e 12x12 cm de interior. DISPOSITIVO DE DESPESCA: O dispositivo de pesca se localizará na parte posterior a boca medindo 13x13cm. Este dispositivo é de extrema importância pois auxiliar na rápida retirada dos pescado de dentro do covo. Para sua confecção será necessário o uso de uma faca. MONTAGEM: Para cada covo foi colocado 1m de linha de nylon com um distorcedor e um snap em sua extremidade. Os snaps serão utilizados para facilitar o rápido manejo dos covos, pois eles servirão de ligação dos covos ao cabo de polietileno, formando uma fileira de 10 covos. Entre os covos há um espaçamento de aproximadamente 9m.

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A fileira de covos ficará fixada a duas fateixas, sendo uma em cada extremidade, o que impedirá que os covos sejam carregados pelas correntes de águas. Cada fateixa ficará ligada ao cabo de boia, possibilitando a sua localização e portanto, o recolhimento do apetrecho. n


MANUSEIO: LANÇAMENTO LANÇAMENTO: Primeiramente procede a localização da área de lançamento. Através de observações foi possível constatar uma maior produtividade em fundo de cascalhos e pedras. O lançamento é iniciado com a primeira fateixa, que por sua vez está ligada a um cabo de boia e ao cabo principal, onde os covos estarão conectados. O comprimento do cabo de boia, será calculado no local de lançamento, de acordo com a profundidade. A distância entre a fateixa e o primeiro covo dependerá da profundidade. Depois do lançamento do primeiro covo, conectado a linha principal por meio do snap, a cada 09m será conectado um novo covo, totalizando 10 unidades. n

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MANUSEIO: RECOLHIMENTO E MANUTENÇÃO RECOLHIMENTO: É recomendado que o recolhimento ocorra a cada 03 dias. Vale salientar que esse período dependerá da produtividade do local. Caso haja uma alta produtividade, os covos poderão ser recolhidos em um menor tempo. Localiza-se a última boia do lançamento, para em seguida dá-se início ao recolhimento do cabo de boia. Quando a fateixa chegar ao convés, pega-se o cabo principal e começa a recolher os covos. Quando o primeiro covo chegar ao convés, o mais recomendável é que se retire a produção do mesmo e o lance novamente para em seguida recolher o próximo. Dessa maneira, os covos ficarão sempre na água sem provocar um obstrução no convés, diminuindo a possibilidade de acidentes. Como dica de manutenção tenha sempre três covos sobressalentes. Desta maneira, caso algum covo apresente danos, será possível substituílo rapidamente. Os covos com danos sofrerão manutenção em terra, para evitar acidentes em mar. n

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Ú LT I M A PUBLICAÇÃO DA LIGHTHOUSE

INFORMAÇÕES DA EDIÇÃO: LANÇAMENTO: 20 DE NOVEMBRO DE 2012. ANO: 01 (2012) NÚMERO: 00 (EDIÇÃO ESPECIAL DE LANÇAMENTO). TIPO: DIGITAL. EDITORA: LIGHT HOUSE (PROGRAMA SAGRES). PRÓXIMA EDIÇÃO: MARÇO DE 2013 MANUAL: ECOCOVOS” • www.ifpb.edu.br/crpnm • LightHouse • 9


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FOTO: Hermin Abramovitch

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