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Alienação e liberdade

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A filha perdida

A filha perdida

Lançado pela Ubu editora em 2020, o livro “Alienação e liberdade: escritos psiquiátricos” do intelectual negro Frantz Fanon (1925-1961), com um prefácio “encarnado”, por Renato Noguera, é um convite a descolonizar o pensamento.

Recentemente traduzido e publicado no Brasil, trata-se de um livro que “já nasce mais velho” fecundando uma ancestralidade mesmo que invisibilizada por séculos.

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Fanon vê a saúde mental como um campo orgânico que sangra, gangrena ou até amputa-se, coletivamente, mas não precisa. Ele propõe repensar as nossas práticas racializando-as e, considera que um mergulho profundo na cultura, pode transgredir o racismo (e branquitude) nas relações.

É preciso romper com a colonialidade, que utiliza suas contenções mecânicas para suturar instituições em uma lógica racista, punitiva e adoecedora.

O convite é desnaturalizar para inovar, recusando estigmatizar e silenciar. E assim, “escutar” nos encontros, pessoas “estranhadas” em suas formas de manifestar liberdade e desejos. Boa Leitura!

Psicanalista (CRP 07/ 16.210), artista, pesquisadora, professora universitária. Doutora pela UFRGS com período na EHESS (Paris).

Ezequiel Amaral

Psicólogo (CRP 07/36.215) preto e gay, poeta, ilustrador e mestrando em Psicologia Social e Institucional pela UFRGS.

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