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Na luta em defesa da vida
Cresci ouvindo que enquanto mulher indígena tinha uma missão a seguir. Esta missão sempre foi de cuidar e zelar das pessoas. Ao mesmo tempo que meus pais me ensinaram a amar e respeitar, a ser doce e sorridente também me mostraram que precisava ir para a luta em defesa da vida. Foi então que, através da Psicologia, descobri que ser psicóloga me possibilitaria exercer este cuidado e empoderar outras pessoas, outros corações humanos em seus diversos sofrimentos, principalmente daqueles que, como eu, possuem uma história de luta: os Povos Originários. A Psicologia Brasileira em 60 anos de atuação vem construindo uma rede de cuidado, dando espaço e fortalecendo também o bem viver indígena que existe em todos os povos tradicionais. É uma trajetória que requer muito diálogo e vivência, para que o mundo seja sensível à causa dos Povos Originários que resistem para existir. A atuação de profissionais indígenas e não indígenas é uma conquista dentro dos territórios tradicionais, pois somam na qualidade de vida dos indígenas brasileiros. A Psicologia é uma luta coletiva e sensibiliza constantemente que todas as vidas importam e que devemos caminhar lado a lado.
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