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Territorializar e desinstitucionalizar nossa escuta

Agraduação em Psicologia surgiu para mim em 2019 como uma grande oportunidade de alcançar o lugar profissional que sempre almejei: esse lugar de se inclinar ao outro, de promover saúde, bem-estar e emancipação. A Psicologia para mim diz respeito a todas essas ações.

Em minha trajetória enquanto mulher negra, periférica e mãe sempre me intrigaram os processos que nos tornam quem somos; como atuam as linhas de subjetivação às quais estamos submetidos social e culturalmente e, neste sentido, a Psicologia amparou minhas descobertas e possibilitou que outras dúvidas surgissem, de modo que minhas ferramentas de apreensão e leitura da realidade fossem ampliadas e acuradas.

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É uma conquista podermos comemorar os 60 anos da regulamentação da profissão e, nesta data, refletir sobre os rumos da Psicologia no futuro. O que eu desejo é uma Psicologia ampliada e implicada com as demandas das populações em sofrimento no nosso país, que constrói sua prática em conjunto com as políticas públicas propiciando novos agenciamentos. Que, diferentemente da proposta elitista de outrora, possamos territorializar e desinstitucionalizar nossa escuta, para que onde esteja o sujeito, ali possa haver produção de subjetividades.

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