Boletim Epidemiológico
ANO XXV – Nº 1
EXPEDIENTE Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo Centro de Controle de Doenças Centro de Vigilância Epidemiológica “Alexandre Vranjac” Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids – CRT-DST/Aids Programa Estadual de DST/Aids de São Paulo Coordenação do Programa Estadual de DST/Aids Maria Clara Gianna – Coordenadora Artur Kalichman – Coordenador Adjunto Vigilância Epidemiológica do Programa Estadual de DST/Aids/CVE Diretoria Ângela Tayra Organização dessa Edição Carmen Silvia Bruniera Domingues Mariza Vono Tancredi Elaboração Vigilância Epidemiológica do Programa Estadual de DST/Aids - SP: Ângela Tayra, Ana Lúcia C. Monteiro, Carmen Silvia Bruniera Domingues, Emily Anna Catapano Ruiz, Ione Aquemi Guibu, Manoel Ferreira Lima, Márcia Cristina Polon do Carmo, Maria Aparecida da Silva, Mariza Vono Tancredi, Norma Suely de Oliveira Farias, Solange E. Chabu Gomes e Wong Kuen Alencar. Colaboração
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE SÃO PAULO
PROGRAMA ESTADUAL DE DST/AIDS DIVISÃO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO C.R.T. – DST/AIDS. C.V.E. ANO XXV – Nº 1 DEZEMBRO 2008
Prevenção, Assistência e Assessoria de Imprensa do Programa Estadual de DST/Aids - SP: Elisabete Taeko Onaga, Elvira Ventura Filipe, Herculano D. R. Alencar, Karina Wolffenbottel, Naila Janilde Seabra Santos e Emi Shima. Fundação SEADE: Antonio Etevaldo Junior, Bernadette Cunha Waldvogel, Lílian Cristina Correia Moraes, e Margarete Silva Jordani. Revisão do Texto:
ÍNDICE Editorial........................................................................................ 02
Ângela Tayra, Artur Kalichman, Carmen Silvia Bruniera Domingues, Ione Aquemi Guibu, Leda Fátima Jamal, Luiza H. Matida, Mariza Vono Tancredi, Maria Clara Gianna e Sara Romera da Silva
Análise dos dados referentes à aids no Estado de São Paulo (dados até 30/06/2008) ........................................................................... 03
Equipe Técnica
Casos de aids em pessoas com 50 anos ou mais de idade no estado de São Paulo ................................................................... 34
Ana Lúcia C. Monteiro, Carmen Silvia Bruniera Domingues, Celsis de Jesus Pereira, Emily Anna Catapano Ruiz, Ingrid Napoleão Cotta, Ione Aquemi Guibu, Manoel Ferreira Lima, Márcia Cristina Polon do Carmo, Maria Aparecida da Silva, Marina Maeda Teixeira dos Santos, Mariza Vono Tancredi, Marta de Oliveira Ramalho, Norma Suely de Oliveira Farias, Priscila Mizuno, Solange E. Chabu Gomes, Wong Kuen Alencar Equipe de Apoio Barbara Poti Hasseda, Berenice Alves Ferreira, Magda Cristina B. de Queiroz, Sonia Albertina da Rocha Capa Álvaro Marinho
Diagramação Mauro Teles
Cópias do boletim estão disponíveis no setor de Vigilância Epidemiológica do Centro de Referência e Treinamento em DST/ Aids e no site: www.crt.saude.sp.gov.br Rua Santa Cruz, 81 • 04121-000 – São Paulo – SP Fone/Fax: (11) 5539-3445 ou 5087-9864/9865 E-mail: epidemio@crt.saude.sp.gov.br Disque AIDS: 0800-162550
Rettec, artes gráficas. Rua Xavier Curado, 388 - 04210-100 - Ipiranga Fone: (011) 2063-7000 Fax: (011)2061-8709 E-mail: rettec@rettec.com.br
O sistema de vigilância epidemiológica da gestante HIV e criança exposta no estado de São Paulo – 2000 a 2008......................... 40 Vigilância epidemiológica da sífilis na gestação e sífilis congênita no estado de São Paulo .............................................................. 50 Vigilância epidemiológica dos acidentes ocupacionais com exposição a materiais biológicos no estado de São Paulo, 2007 a 2008.......................................................................................... 64 Vigilância das doenças sexualmente transmissíveis no estado de São Paulo (dados até 30/06/2008) .............................................. 72 Prevalência das doenças sexualmente transmissíveis no município de São Paulo ............................................................................... 80 Circuncisão masculina como método de prevenção para HIV e DST: Eficácia e factibilidade ..................................................... 82 A rede de centros de testagem e aconselhamento (CTA) do estado de São Paulo: distribuição, população atendida e fatores relacionados ao acesso ao diagnóstico sorológico ................................................. 87
Tiragem : 4000 exemplares
Dezembro 2008
1
Boletim Epidemiológico
ANO XXV – Nº 1
Editorial PROGRAMA ESTADUAL DST/AIDS FAZ 25 ANOS Este ano, o Programa Estadual DST/Aids-SP, pioneiro na resposta brasileira a epidemia, faz 25 anos. Reconhecido internacionalmente por sua política pública para portadores de HIV/aids, o sucesso do programa brasileiro e paulista pode ser atribuído a uma série de mudanças sociais e políticas na década de 80, da redemocratização do país e construção do SUS, à participação da sociedade civil, à mobilização de diversos setores, ao equilíbrio entre prevenção e tratamento e à promoção sistemática dos direitos humanos em todas as estratégias e ações. Trabalhamos muito ao longo desses 25 anos, estruturamos o serviço de vigilância epidemiológica em conjunto com os Grupos de Vigilância Epidemiológica municipais e regionais de saúde do Estado, assim como a rede de assistência, laboratorial e o sistema de distribuição de medicamentos. Realizamos inúmeros treinamentos para formar e atualizar profissionais que trabalham nos serviços de DST/aids. O Boletim Epidemiológico produzido pelo Serviço de Vigilância Epidemiológica, com os dados enviados através do SINAN, tem sido fundamental para orientar as ações do Programa Estadual DST/Aids. A partir dos boletins pode-se acompanhar a trajetória da epidemia de aids, as ações de prevenção e redução da transmissão vertical da sífilis e HIV, propor de forma mais estruturada a eliminação da sífilis congênita até o ano de 2012 no ESP. Assim como, mesmo que de forma singular, apontar para a existência de serviços de saúde que atendem pessoas portadoras de DST por abordagem sindrômica e conhecer as informações de vários Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA), que tem demonstrado ser uma estratégia importante para o atendimento de populações mais vulneráveis às DST/aids. As informações do SINABIO (sistema de informação e notificação de acidentes com material biológico), implantado pelo PE em 1999, para maior controle da prevenção e assistência deste evento em profissionais em ações de saúde, passou a fazer parte do SINAN a partir de 2007. Nesta edição, gostaríamos de destacar a continuidade da redução da mortalidade por aids desde 1996 (de 22,9 naquele ano para 8,0/100 mil habitantes em 2007); a redução em quase cinco vezes do número de casos de crianças com aids por transmissão vertical (418 casos em 1997 para 84 em 2006); o aumento de sobrevida dos pacientes com aids, tendo como exemplo 69 casos por transmissão vertical evoluindo para aids após os 13 anos de idade. A parceria, firmada desde 1998, existente entre o Programa Estadual DST/Aids de São Paulo e a Fundação SEADE, possibilitou conhecer a situação dos casos até dezembro de 2006, assim como auxiliar na verificação e redução da taxa de sub-notificação em relação aos óbitos, melhorando de forma
2
substantiva a qualidade das informações do SINAN e do sistema de mortalidade. Criou-se um terceiro banco de dados, denominado de Base Integrada Paulista de Aids (BIP-Aids), que deve ser atualizado a cada ano. A análise desta base - BIP-Aids mostrou que até 30/06/2008 foram detectados 171.647 casos de aids, sendo 163.799 provenientes do SINAN e 7.848 óbitos por HIV/Aids existentes no banco SEADE. A partir deste número, disponibilizaremos dados de DST e aids no mesmo boletim. Até o ano passado, estes eram elaborados e impressos independentemente. Apresentamos as informações do SINAN de aids, DST, gestante HIV positiva e crianças expostas à transmissão vertical, sífilis congênita e sífilis na gestação e acidentes com material biológico. Trazemos um artigo de revisão de vários estudos sobre a “Circuncisão Masculina como método de prevenção para HIV e DST: Eficácia e factibilidade”, uma análise dos “Resultados da Pesquisa de Prevalência de DST no município de São Paulo” – ocorrida em 2003-2004 e coordenada pelo programa estadual, e outro artigo sobre “A rede de Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) do estado de São Paulo: distribuição, população atendida e fatores relacionados ao acesso ao diagnóstico sorológico”, ambos a partir de estudos da coordenação nacional de DST/Aids. A proposta de trabalho da vigilância é seguir aprimorando o BIP-Aids, incorporando dados do Sistema de Informação de Exames Laboratoriais (SISCEL) e do Sistema de Controle Logístico de Medicamentos (SICLOM), após investigação dos casos suspeitos, e avançar para os demais agravos e sistemas de informação existentes. Propomos também implementar o sistema de monitoramento de qualidade dos dados das DST/aids no SINAN, com investigação de oportunidades perdidas de prevenção, eliminação/investigação de inconsistências e retirada de duplicidades, e continuar a “batalhar”por um sistema de informação que possa ser oportuno, útil, ágil, flexível e amigável para entrada e análise de dados. Reforçamos que estes atributos colocados não são apenas “jargões” teóricos, mas que de fato se concretizem no cotidiano dos serviços de saúde. Visamos estimular que todas estas atividades ocorram nos diversos níveis de vigilância em saúde - locais, municipais e regionais do estado de São Paulo. Outro desafio é que este processo seja realizado em conjunto com as ações de prevenção e de assistência às DST/aids.
Dra. Maria Clara Gianna - Dr. Artur Kalichman Coordenação do Programa Estadual DST/Aids-SP
Dezembro 2008
Boletim Epidemiológico
ANO XXV – Nº 1
ANÁLISE DOS DADOS REFERENTES À AIDS NO ESTADO DE SÃO PAULO A parceria existente entre o Programa Estadual DST/Aids de São Paulo e a Fundação SEADE (já citada em boletins anteriores) tem resultado em vários trabalhos, sendo o principal deles a criação da base de dados que permite aprofundar a análise da epidemia de aids no estado. A vinculação dos dados de aids do Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN-Aids) com o banco de óbitos por aids do SEADE possibilitou verificar se os casos já notificados foram a óbito ou se existem pessoas que foram a óbito por esta infecção e que não foram notificados. Criou-se, assim, um terceiro banco com todas estas informações que, em comum acordo com os técnicos das duas instituições, foi denominado de Base Integrada Paulista de Aids (BIP-Aids). A proposta de trabalho é seguir aprimorando o BIP-Aids, incorporando dados do Sistema de Informação de Exames Laboratoriais (SISCEL) e do Sistema de Controle Logístico de Medicamentos (SICLOM), após investigação dos casos suspeitos, eliminação de inconsistências e retirada de duplicidades. O presente boletim apresenta tabelas elaboradas através do BIP-Aids e outras que são possíveis apenas com dados do SINAN, como a categoria de exposição. Foram incorporados, até 2006, os óbitos oriundos do banco do SEADE, enquanto que a análise dos dados do SINAN incluiu casos notificados até 30/06/2008. Inicialmente é importante enfatizar que, em virtude do atraso do fluxo da notificação de aids e também porque a doença é crônica, o que permite a notificação do caso, anos após o diagnóstico, o último melhor ano para se ter como referência de análise é o ano de 2006. A análise do BIP-Aids mostrou que até 30/06/2008 foram detectados 171.647 casos de aids, sendo 163.799 provenientes do SINAN e 7.848 óbitos por HIV/Aids oriundos do banco do SEADE e que não estavam notificados como aids, correspondendo a uma subnotificação de 4,6% somente através da vinculação destas duas bases de dados (tabela 1). As porcentagens de subnotificação variaram ao longo dos anos, porém foi maior em 2006, provavelmente porque todos os óbitos por aids deste ano entraram na análise, e nem todo caso diagnosticado neste ano tinha sido notificado até junho de 2008. Ao se comparar esta tabela com a do boletim anterior (2007), e tomando-se como exemplo o ano de 2006, nota-se um aumento de 910 casos notificados no SINAN e 115 óbitos sem notificação, com uma diminuição da subnotificação, portanto, de 12,2% para 8,9% neste período de um ano. A tabela 2 apresenta as mesmas informações, porém por Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE). A maior proporção de subnotificação observou-se na GVE de Franco da Rocha
Dezembro 2008
(16,5%). A GVE de Assis também apresentou alta proporção de subnotificação (10,5%), assim como Taubaté (9,3%) e Presidente Venceslau (8,5%). Um dos fatores importantes que deve explicar uma boa parte desta subnotificação, pelo menos nestas três GVEs, é a presença de unidades penitenciárias nestas regiões. No município de Franco da Rocha existiam 5.945 pessoas nos diversos tipos de presídios e 796 nos dois hospitais penitenciários. Em Assis havia 1.120 presidiários, em Taubaté 3.607 (incluindo Tremembé) e em Presidente Venceslau 1.204 (dados da Secretaria da Administração Penitenciária). Os números de casos e respectivas taxas de incidência de aids por ano de diagnóstico (tabela 3 e gráfico 1) confirmaram crescimento da epidemia até 1998, com 34,18 casos por 100.000 hab. Após este ano, observou-se decréscimo progressivo da incidência, sendo que em 2006 ocorreram 16,39 casos por 100.000. No sexo masculino a maior taxa foi em 1996 (46,25) e no feminino em 1998 (23,13). Desde 1996, a razão masculino/ feminino permanece em 2/1. A diferença desta tabela 1 com a correspondente do boletim de 2007 é que, com a incorporação dos óbitos não notificados, as taxas aumentaram, em média, em 01 caso por 100.000 habitantes. Outra diferença é que, anteriormente, a maior incidência no sexo masculino era em 1998, mas com a incorporação dos óbitos, o ano de 1996 foi o que passou a apresentar a maior taxa. Os casos de aids por faixa etária, em número absoluto (tabela 4), apontaram maior freqüência nos indivíduos de 30 a 39 anos (39,3% dos casos), correspondendo à média de 6747 casos por ano de idade em todo o período. A faixa etária de 25 a 29 anos (19,1%), igualmente com grande freqüência, porém pouco menor que a anterior, apresentou média de 6542 casos por ano de idade, semelhante à faixa de 40 a 49 anos, que teve média de 6512 casos por ano de idade. Estas 3 faixas acumularam 77,4% do total de aids notificados de 1980 a 2008. Foram calculadas taxas de incidência para cada cem mil habitantes por faixa etária de 1991 a 2006 (tabela 5) e constatouse, novamente, acentuada diminuição das incidências e que a maior ocorrência deu-se entre os que possuíam 30 a 39 anos de idade (90,4 em 1998 e 37,7 em 2006). A seguir, as faixas de 40 a 49 anos (50,1 em 1998 para 33,6 em 2006) e de 25 a 29 anos (79,3 em 1995 para 23,0 em 2006). Observou-se que as maiores incidências entre os mais jovens ocorreram na primeira metade da década de 90. Assim, entre 20 a 24 anos, o ponto mais alto atingido foi em 1993 (42,0) caindo para 9,1 em 2006. Entre as pessoas de 25 a 29 anos, a maior incidência foi em 1995, já citado anteriormente, e nas idades de 30 a 59 anos em 1998. A faixa de 60 a 69 anos apresentou taxas semelhantes entre os anos de 1998 a 2000, enquanto que entre os de 70 e mais anos houve variação ao longo dos anos sem mudanças acentuadas.
3
Boletim Epidemiológico A análise das taxas de incidência por faixa etária apenas no sexo masculino (tabela 6) constata a mesma tendência descrita no parágrafo anterior, ressalvando-se que estas taxas foram maiores do que no total de casos. No sexo feminino (tabela 7) observou-se algumas diferenças: as incidências são menores, porém os valores mais altos ocorreram em 1998 nas faixas de 10 até 59 anos de idade. Outro fato importante a se ressaltar é que de 0 a 9 anos de idade as incidências no sexo masculino e feminino são semelhantes. A diferença começou a aparecer na idade de 10 a 14 anos, e elas são em geral mais elevadas entre os meninos até 1998 depois tendem a se assemelhar e, a partir de 2004, as taxas são pouco maiores no sexo feminino. Há necessidade de atenção para se ter clareza se essa pode ser uma tendência, ou seja, aumento da aids em adolescentes do sexo feminino. Embora tenha havido diminuição progressiva em todas as faixas, a maior diminuição foi observada entre as crianças de 0 a 4 anos, pois a taxa de incidência em 2006 foi 7,5 vezes menor que o de 1997. Entre as idades de maior incidência, houve diminuição de 3,5 vezes entre aqueles com 25 a 29 anos e 2,4 vezes entre os de 30 a 39 anos. Sintetizando, nesse período de 16 anos, a epidemia da aids tem se deslocado para os mais velhos, ou seja, o diagnóstico de aids está sendo feito em pessoas com mais idade. Os casos de aids em maiores de 12 anos de idade por categoria de exposição (tabela 8) continuaram ocorrer, em sua grande maioria, por transmissão sexual (59,9%), e entre estes há proporção de 2/3 heterossexuais e de 1/3 homens que fazem sexo com homens (HSH = homossexuais masculinos + bissexuais masculinos). A transmissão por via sanguínea ocorreu basicamente por uso de drogas injetáveis (UDI), que vem apresentando uma importante diminuição desde o início da década de 90. As transfusões sanguíneas e os casos por hemofilia foram pouco observados a partir de 1998, não representando percentual expressivo no total de casos. Entre os homens com 13 anos ou mais de idade, este padrão descrito para o total de casos, foi semelhante, porém com proporção pouco menor de heterossexuais e um pouco maior de UDI (tabela 9). Os casos com categoria de exposição ignorada representaram em torno de 16% no geral e 17% entre os homens. A principal categoria de exposição entre as mulheres com mais de 12 anos de idade (tabela 10) foi por relação heterossexual, que tem aumentado ao longo dos anos enquanto tem diminuído os casos para UDI. A transmissão do HIV por transfusão de sangue também tem diminuído de forma importante, pois desde 1998 ocorreram 5 casos que estão relacionados com a questão da janela imunológica do teste e não devido à ausência de testagem no sangue das doações efetuadas. Entre os menores de 13 anos de idade (tabela 11), a transmissão vertical é mais importante que as demais, pois cerca de 88% dos casos ocorreram por esta via. Cerca de 9% dos casos estão em investigação ou a forma de transmissão é ignorada até o presente momento. As categorias de transfusão de sangue e hemofilia estavam presentes até meados da década de 90 e
4
ANO XXV – Nº 1
devido ao controle de sangue e seus derivados apenas 3 casos foram notificados até 2001. A tabela 12 apresenta um detalhamento da idade (em anos) entre os casos classificados como transmissão vertical (TV). Com a melhoria do seguimento ambulatorial dos pacientes, adoção de quimioprofilaxias, imunização com imunobiológicos especiais, aumentou o tempo em que pessoas infectadas por transmissão vertical permaneceram assintomáticos, tornando-se casos de aids mais velhos. Até 30/06/2008 foram notificados 69 casos em maiores de 12 anos, sendo 43 mulheres e 26 homens, que corresponderam apenas a 1,4% do total de transmissão vertical. Entre todos os casos por TV, 35,9% teve diagnóstico de aids com menos de 1 ano de idade, e 16% com 1 ano, portanto, em torno de 50% foram diagnosticados com a doença nos primeiros 2 anos de vida. Ainda em relação a esta tabela, nota-se uma diminuição da transmissão vertical ao longo dos anos. Assim, a média de casos por ano de 1991 a 1995 foi 245,4 aumentando para 351 entre 1996 a 2000. A partir de 1997, onde se atingiu o maior número de casos notificados por ano diagnóstico (não detalhado na tabela 12), observou-se diminuição gradativa. Este fato pode ser atribuído em boa parte às medidas adotadas com as gestantes HIV positivas e com as crianças expostas. A variável raça/cor pode ser analisada apenas após 2000 pois antes não existia este quesito na ficha de investigação de aids. Em 2000, 78% dos casos não tinham este campo preenchido. Após treinamentos sobre a importância deste dado para análise das doenças, houve uma substancial melhoria, constatada em 2007/2008 com 6,3% de ignorados (tabela 13). Não houve diferenças entre homens e mulheres nas proporções por cor: 43,5% brancos; 6,9% pretos, 14% pardos, 0,4% amarelos e 0,0% (24) indígenas. Se for recalculada a proporção por cor sem os ignorados, 67% dos casos eram brancos, 11% pretos, 21,5% pardos, 0,6% amarelos e 0,001% indígenas. Em relação à escolaridade dos casos de aids notificados (tabela 14), houve uma grande parcela de ignorados ou em branco no preenchimento desta variável e que, infelizmente, foi maior em 2006 do que nos anos anteriores. Ao se comparar sexo masculino com o feminino, nota-se que este último possuía menor escolaridade que o masculino. Ao longo do período analisado, ocorreram algumas mudanças. Deste modo, em ambos os sexos houve pequena variação nas proporções de pessoas sem instrução alguma. Tomando-se como referência os anos de 1995 e 2006, observou-se que entre os que tiveram 1 a 3 anos de estudo a proporção diminuiu em cerca de 3 vezes. Na faixa de 4 a 7 anos de escolaridade, igualmente em ambos os sexos, a porcentagem variou em torno de 27% a 30%. Entretanto, entre os mais escolarizados, aqueles com 8 a 11 anos de estudo houve aumento em 10 pontos percentuais nos homens e 12 pontos percentuais nas mulheres. Nos casos com 12 anos ou mais de estudo, entre os homens, a diferença foi de 3,7 pontos percentuais a mais em 2006 do que em 1995, enquanto que nas mulheres aumentou de 2 pontos percentuais no mesmo período. Este aumento na proporção de anos de escolaridade nos casos de aids é semelhante ao que ocorreu na população do estado, conforme discutido em boletim anterior.
Dezembro 2008
Boletim Epidemiológico
ANO XXV – Nº 1
Os critérios de definição de caso de aids sofreram mudanças nestes 28 anos de epidemia. A tabela 15 apresenta a série histórica desde 1995 por tipo de critério em maiores de 12 anos de idade. Neste ano de 1995, 38,7% foram diagnosticados como aids por meio de 2 critérios ao mesmo tempo, CDC+RJ/Caracas, 27,7% apenas pelo critério RJ/Caracas, 14,9% somente pelo CDC. Em 1995 adotou-se o critério óbito e ARC+óbito que foram responsáveis por 12% das notificações. Em 1998 foi introduzido o critério CDC/Laboratório (quando o CD4<350), e foi possível notificar casos retroativamente, por isso a existência de casos desde 1995 (0,8%). A partir de 2004, este e todos os outros critérios que envolviam CDC foram classificados apenas como CDC. Além disso, ainda a partir de 2004, extinguiu-se os critérios CDC excepcional e ARC+óbito, permanecendo no SINAN 3 possibilidades de análise: CDC, RJ/Caracas e óbito. Em 2006, 84,3% dos casos foram classificados como CDC, 10,4% como RJ/Caracas e 5,2% como critério óbito. De 1995 a 2003 aumentou a proporção de casos com o critério CD4, o que significava que a pessoa ainda não apresentava nenhum sintoma muito diferente do critério CDC e/ou RJ/ Caracas. Infelizmente, não será possível, através do SINAN, manter a série histórica para avaliação da gravidade do caso no momento do diagnóstico. Na tabela 16 encontram-se os casos em menores de 13 anos de acordo com os critérios de definição de caso. Houve mudanças assim como nos adultos, e a partir de 2004 tornou-se possível notificar por 2 critérios: CDC (94,7% em 2006) e óbito (5,3% em 2006). A GVE 1, que abrange apenas a cidade de São Paulo, foi a que mais notificou desde o início da epidemia, pois 41,6% dos casos moravam neste município. As regiões que mais notificaram foram: Campinas (6,9%), Santos (6,7%), Santo André (5,3%), Osasco (4,2%) e Ribeirão Preto (4,2%) (tabela 17). A distribuição dos casos em maiores de 12 anos de idade por GVE (tabela 18) foi semelhante ao total de casos, visto que 97% pertencem a este segmento. Os casos em menores de 13 anos segundo GVE de residência (tabela 19) apresentou distribuição semelhante quanto ao volume de casos, isto é, os 6 municípios que mais notificaram, 5 foram os mesmos dos adultos: São Paulo, 39,9%; Santos 7,7%; Campinas 6,6%; Osasco 5,6% e SantoAndré 5,0% e Mogi das Cruzes 4,7%. Na tabela 20 estão relacionados os 150 municípios com maior número de casos e em ordem decrescente de freqüência. A capital do estado foi responsável por 40,6% dos casos; os demais municípios individualmente, em termos de valores absolutos, possuem volume muito menor. Desta forma, dentro deste grande grupo de cidades do interior do estado, Santos foi quem mais notificou (3,1%), porém muito próxima de Campinas (3%) e Ribeirão Preto (3%). Nesta mesma tabela, além dos 150 municípios , foram incorporados no final da listagem outros 7 municípios que fazem parte dos denominados “municípios prioritários” para o programa de controle da aids do estado.
Dezembro 2008
A análise da magnitude em termos absolutos é importante, porém é necessário calcular a incidência da aids, ou seja, o risco de adquirir a doença. Portanto, na tabela 21, estão listadas as taxas de incidência de todos os 150 municípios com maior freqüência mais os 7 prioritários, que constam da tabela 20. Estas taxas foram ordenadas de forma descendente de acordo com o ano 2006. Desta forma, Mirandópolis foi o município que apresentou maior taxa (40,8 por 100.000 hab) do estado no ano 2006 e que possuía 100 casos residentes em sua área de abrangência. Já a cidade de São Paulo, em termos relativos, encontrava-se na 13ª posição (23,8 por 100.000 hab). Os óbitos por aids ocorridos por ano e sexo, desde 1988 a 2007 (tabela 22), apenas com os dados do SEADE, diminuíram tanto em número absoluto quanto em taxas. Entre os homens a maior taxa de mortalidade foi de 35,1 por 100.000 hab. e nas mulheres, 11,0, ambos em 1995. Ao se comparar estas taxas com as observadas em 2007, observou-se diminuição maior no sexo masculino (3 vezes menor) do que no feminino (2,2 vezes menor), lembrando que a incidência também é menor nas mulheres que nos homens. A razão de sexo nos óbitos mantem-se 2 homens para 1 mulher desde 2000. Os óbitos por aids podem ser analisados de duas formas: letalidade e mortalidade (Quadro 1). Para o cálculo da letalidade (ou proporção de óbitos em relação ao número de casos diagnosticados num determinado período) utilizou-se óbitos registrados no SINAN, mas reportados ao ano do diagnóstico. Assim, os casos diagnosticados em 1983, 92% foram a óbito em algum momento de todo o período; dos casos de 1995, ocorreram 77,65% óbitos; em 2006, 20,34% das pessoas com diagnóstico de aids faleceram em 1 ano e meio. Desta forma, concluiu-se que a letalidade era altíssima na década de 80 e foi diminuindo ao longo dos anos. O cuidado que deve se tomar ao analisar esta série histórica é que o tempo de observação não é o mesmo para toda a série. Uma possibilidade de avaliar se houve ou não diminuição da letalidade é comparar períodos iguais. Como exemplo, divide-se a série em 3 períodos de 8 anos: 1982 a 1989, 1990 a 1997 e 1998 a 2005. De 1982 a 1989 houve uma diminuição de 1,13 vezes da letalidade (100/88,82); de 1990 a 1997 a letalidade diminuiu 1,6 vezes (86,53/53,82); de 1998 a 2005 houve diminuição de 2,15 vezes (47,57/22,10). Portanto, constatou-se que a letalidade por aids tem diminuído nestes 28 anos de epidemia. As taxas de mortalidade deste quadro 1 foram calculadas utilizando-se os óbitos por ano de ocorrência do banco SINAN e acrescidos dos dados do SEADE. Estas taxas apresentaram pequenas diferenças com a tabela 22 porque a base de dados para o cálculo são diferentes. No Quadro 1 não foram incluídos os 7.848 casos (da tabela 1). Entretanto o comportamento é o mesmo, ou seja, as taxas aumentaram até o ano de 1995 e foram diminuindo de forma muito acentuada. Assim, em 1995 a taxa era 23,69 óbitos por 100.000 hab., e em 2007 foi 8,0 (tabela 22), correspondendo a aproximadamente 3 vezes menos. Nunca é demais ressaltar o início da quimioterapia altamente potente (HAART) a partir de 1996, para toda a rede de atendimento de aids do país que foi, sem dúvida, o principal fator responsável pela diminuição de óbitos por este agravo.
5
Boletim Epidemiológico Nas duas últimas colunas da tabela 22 constam os números de pessoas que não possuíam registro de óbito nos dois bancos (SINAN+SEADE) e que possivelmente estejam vivos. A estimativa de pessoas vivendo com aids foi calculada subtraindo os óbitos dos casos notificados, acrescido dos casos vivos dos anos anteriores e dividindo-os por 100.000 hab. A taxa vai aumentando, portanto aumentando o contingente de pessoas com aids vivas, somando 75.414 (gráfico 4). Segundo informações da Divisão de Logística do Programa Estadual DST/Aids-SP, aproximadamente 70.000 pessoas estão recebendo medicações anti-retrovirais. Foram listadas, na tabela 23, os 50 municípios do estado com maior número de óbitos. A capital foi responsável por 38,3%, equivalendo a 32.276 óbitos de 1990 até 2007, muito distante
ANO XXV – Nº 1
do segundo com maior volume que foi a cidade de Santos, com 2.799 que representou 3,3% do total de óbitos. Estes 50 municípios juntos apresentaram 82,3% de todos os óbitos do estado desde o início da epidemia. Calculou-se as taxas de mortalidade de aids para os 150 municípios com maior número de óbitos e foram apresentados na tabela 24 aqueles com taxas iguais ou maiores que 8,0 por 100.000 habitantes, que totalizaram 73 municípios. Todas as informações apresentadas apontaram para a necessidade de diagnosticar aids o mais precocemente possível, aumentando o acesso e aprimorando o atendimento às pessoas que chegam a realizar o teste anti-HIV para que continuem seus acompanhamentos em serviços de saúde e recebam todos os cuidados necessários.
Tabela 1 - Casos notificados de Aids, óbitos por Aids não notificados no SINAN, proporção de subnotificação de casos de Aids em relação ao óbito e total de casos estimados por ano de diagnóstico, Estado de São Paulo, 1980 a 2008* Ano de Diagnostico
casos no SINAN
obitos sem SINAN
Total de casos (SINAN+ Óbitos sem SINAN)
% subnotificação em relação ao óbito
1980
1
-
1
-
1981
-
-
-
-
1982
8
-
8
-
1983
25
-
25
-
1984
84
-
84
-
1985
340
9
349
2,6
1986
611
15
626
2,4
1987
1.531
43
1.574
2,7
1988
2.528
96
2.624
3,7
1989
3.435
101
3.536
2,9
1990
5.041
284
5.325
5,3
1991
6.651
439
7.090
6,2
1992
8.143
476
8.619
5,5
1993
8.701
616
9.317
6,6
1994
9.069
614
9.683
6,3
1995
10.085
292
10.377
2,8
1996
10.819
296
11.115
2,7
1997
11.019
598
11.617
5,1
1998
12.022
178
12.200
1,5
1999
10.381
429
10.810
4,0
2000
10.160
201
10.361
1,9
2001
9.477
385
9.862
3,9
2002
9.147
517
9.664
5,3
2003
8.533
562
9.095
6,2
2004
7.112
565
7.677
7,4
2005
6.605
543
7.148
7,6
2006
5.997
589
6.586
8,9
2007
4.894
-
4.894
-
2008
1.380
-
1.380
-
Total
163.799
7848
171.647
4,6
Fonte: Base Integrada Paulista de Aids (BIP-Aids) - Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação SEADE (*) Dados preliminares até 30/06/08 (SINAN) e 31/12/06 (SEADE), sujeitos a revisão mensal
6
Dezembro 2008
Boletim Epidemiológico
ANO XXV – Nº 1
Tabela 2 - Casos notificados de Aids, óbitos por Aids não notificados no SINAN, proporção de subnotificação de casos de Aids em relação ao óbito, por Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE) de residência, Estado de São Paulo, 1980 a 2008*
casos no SINAN
obitos sem SINAN
Total de casos (SINAN + obitos sem SINAN)
% subnotificação em relação ao obito
GVE 1 CAPITAL
68.208
1454
69.662
2,1
GVE 7 SANTO ANDRÉ
8.646
660
9.306
7,1
GVE 8 MOGI DAS CRUZES
5.826
572
6.398
8,9
GVE 9 FRANCO DA ROCHA
1.108
219
1.327
16,5
GVE 10 OSASCO
6.887
664
7.551
8,8
GVE 11 ARAÇATUBA
2.188
64
2.252
2,8
GVE 12 ARARAQUARA
3.410
61
3.471
1,8
928
109
1.037
10,5
GVE 14 BARRETOS
1.869
90
1.959
4,6
GVE 15 BAURU
3.165
161
3.326
4,8
GVE 16 BOTUCATU
944
33
977
3,4
GVE 17 CAMPINAS
11.334
612
11.946
5,1
GVE 18 FRANCA
1.417
117
1.534
7,6
GVE 19 MARÍLIA
1.400
64
1.464
4,4
GVE 20 PIRACICABA
4.354
317
4.671
6,8
GVE 21 PRESIDENTE PRUDENTE
1.220
67
1.287
5,2
GVE 22 PRESIDENTE VENCESLAU
387
36
423
8,5
GVE 23 REGISTRO
541
34
575
5,9
GVE de residência
GVE 13 ASSIS
GVE 24 RIBEIRÃO PRETO
6.852
292
7.144
4,1
GVE 25 SANTOS
11.030
683
11.713
5,8
GVE 26 SÃO JOÃO DA BOA VISTA
1.642
87
1.729
5,0
GVE 27 SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
4.301
200
4.501
4,4
992
84
1.076
7,8
5.913
237
6.150
3,9
358
32
390
8,2
4.923
425
5.348
7,9
GVE 32 ITAPEVA
340
25
365
6,8
GVE 33 TAUBATÉ
3.589
367
3.956
9,3
27
82
109
-
163.799
7848
171.647
4,6
GVE 28 CARAGUATATUBA GVE 29 SÃO JOSÉ DO RIO PRETO GVE 30 JALES GVE 31 SOROCABA
IGNORADO Total
Fonte: Base Integrada Paulista de Aids (BIP-Aids) - Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação SEADE (*) Dados preliminares até 30/06/08 (SINAN) e 31/12/06 (SEADE), sujeitos a revisão mensal
Dezembro 2008
7
Boletim Epidemiológico
ANO XXV – Nº 1
TABELA 3 - Casos notificados de Aids, taxa de incidência (TI)* por 100.000 habitantes, segundo ano de diagnóstico, sexo e razão de sexo, Estado de São Paulo, 1980 a 2008**
Sexo Ano de Diagnóstico
Masculino
Feminino
Total
Ign
Razão de Sexo
casos
TI
casos
TI
casos
casos
TI
1980
1
0,01
-
-
-
1
0,00
-
1981
-
-
-
-
-
-
-
-
1982
8
0,06
-
-
-
8
0,03
-
1983
24
0,18
1
0,01
-
25
0,09
24/1
1984
81
0,60
3
0,02
-
84
0,31
27/1
1985
339
2,46
10
0,07
-
349
1,26
34/1
1986
594
4,22
32
0,22
-
626
2,21
19/1
1987
1.412
9,84
162
1,11
-
1.574
5,45
9/1
1988
2.245
15,34
379
2,55
-
2.624
8,89
6/1
1989
3.003
20,11
533
3,50
-
3.536
11,73
6/1
1990
4.462
29,29
863
5,55
-
5.325
17,30
5/1
1991
5.793
37,28
1.296
8,15
1
7.090
22,55
5/1
1992
6.839
43,23
1.779
10,97
1
8.619
26,91
4/1
1993
7.228
44,90
2.088
12,63
1
9.317
28,55
3/1
1994
7.393
45,13
2.287
13,57
3
9.683
29,13
3/1
1995
7.634
45,81
2.741
15,95
2
10.377
30,66
3/1
1996
7.837
46,25
3.278
18,72
-
11.115
32,26
2/1
1997
7.822
45,40
3.793
21,27
2
11.617
33,13
2/1
1998
7.994
45,62
4.205
23,13
1
12.200
34,18
2/1
1999
7.079
39,72
3.729
20,13
2
10.810
29,74
2/1
2000
6.700
36,99
3.660
19,40
1
10.361
28,02
2/1
2001
6.235
33,95
3.624
18,94
3
9.862
26,30
2/1
2002
6.151
33,03
3.512
18,09
1
9.664
25,41
2/1
2003
5.780
30,61
3.315
16,83
-
9.095
23,58
2/1
2004
4.898
25,58
2.779
13,91
-
7.677
19,62
2/1
2005
4.527
23,30
2.621
12,92
-
7.148
18,00
2/1
2006
4.279
21,77
2.307
11,24
-
6.586
16,39
2/1
2007
3.248
16,34
1.646
7,92
-
4.894
12,04
2/1
2008
899
-
481
-
-
1.380
-
2/1
Total
120.505
-
51.124
-
18
171.647
-
2/1
M/F
Fonte: Base Integrada Paulista de Aids (BIP-Aids) - Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação SEADE (*) Utilizada projeção populacional da Fundação SEADE (**) Dados preliminares até 30/06/08 (SINAN) e 31/12/06 (SEADE), sujeitos a revisão mensal
8
Dezembro 2008
Dezembro 2008
3.036
4.985
1.991
559
194
36
44
14.152
25 - 29
30 - 39
40 - 49
50 - 59
60 - 69
70 e mais
ignorada
Total
7.090
14
15
97
300
961
2.485
1.564
1.130
292
22
21
189
1991
8.619
19
22
107
341
1.224
3.125
2.044
1.233
242
18
33
211
1992
9.317
14
22
106
399
1.304
3.430
2.246
1.292
224
21
34
225
1993
9.683
13
28
134
400
1.430
3.850
2.254
1.089
186
14
25
260
1994
10.377
24
42
173
472
1.646
4.011
2.423
1.037
175
23
37
314
1995
11.115
15
25
137
511
1.841
4.628
2.418
955
163
26
53
343
1996
11.617
14
32
166
561
1.960
4.883
2.425
981
146
29
67
353
1997
12.200
8
37
193
664
2.182
5.169
2.426
982
175
26
59
279
1998
10.810
10
41
194
619
2.012
4.562
2.032
836
140
25
67
272
1999
9.862
2
48
200
688
2.102
4.022
1.612
706
123
32
88
239
2001
9.664
6
50
197
729
2.137
4.018
1.473
662
124
22
67
179
2002
9.095
6
48
216
752
2.216
3.657
1.285
564
119
22
88
122
2003
7.677
3
53
187
729
1.965
2.989
1.063
431
86
30
55
86
2004
7.148
3
43
149
779
1.948
2.699
916
399
71
26
40
75
2005
6.586
4
46
217
709
1.860
2.414
831
333
67
25
30
50
2006
4.894
-
42
146
549
1.379
1.767
634
264
42
21
16
34
2007
1.380
-
6
34
167
361
490
210
74
19
8
2
9
2008
171.647
202
666
3.053
10.611
32.560
67.474
32.708
15.906
3.176
497
909
38,3
53,5
49,6
28,9
13,6
6,5
1,6
22,6
20 - 24
25 - 29
30 - 39
40 - 49
50 - 59
60- 69
70 e mais
Total
26,9
2,3
7,0
14,9
35,3
61,2
69,1
40,9
8,1
0,6
1,0
6,8
1992
28,6
2,2
6,7
16,9
36,2
65,8
75,1
42,0
7,3
0,6
1,0
7,2
1993
29,1
2,6
8,3
16,4
38,2
72,5
74,6
34,7
5,9
0,4
0,8
8,3
1994
30,7
3,7
10,4
18,7
42,3
74,1
79,3
32,3
5,4
0,7
1,1
10,0
1995
32,3
2,1
8,0
19,6
45,6
83,9
78,4
29,2
4,9
0,8
1,6
10,9
1996
33,1
2,6
9,5
20,9
46,7
87,0
77,9
29,4
4,3
0,9
2,1
11,2
1997
34,2
2,8
10,8
23,9
50,1
90,4
77,2
28,9
5,0
0,8
1,8
8,8
1998
29,7
3,0
10,6
21,6
44,5
78,4
64,0
24,1
3,9
0,7
2,1
8,5
1999
28,0
2,1
11,0
23,1
43,5
72,5
56,7
21,9
3,7
0,7
2,4
8,9
2000
Ano de Diagnóstico
Fonte: Base Integrada Paulista de Aids (BIP-Aids) - Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação SEADE (*) Utilizada projeção populacional da Fundação SEADE (**) Dados preliminares até 30/06/08 (SINAN) e 31/12/06 (SEADE), sujeitos a revisão mensal
0,7
10,0
0,6
5-9
15 - 19
6,1
0-4
10 - 14
1991
Faixa Etária (anos)
26,3
3,2
10,3
22,2
43,5
67,1
49,2
19,8
3,4
1,0
2,8
7,5
2001
25,4
3,3
9,9
22,4
42,9
66,2
44,0
18,4
3,5
0,7
2,1
5,6
2002
23,6
3,0
10,6
22,1
43,2
59,5
37,5
15,5
3,4
0,7
2,7
3,8
2003
19,6
3,2
8,9
20,4
37,2
48,1
30,3
11,8
2,5
0,9
1,7
2,7
2004
18,0
2,5
6,9
20,8
35,8
42,9
25,6
10,8
2,1
0,8
1,2
2,3
2005
16,4
2,6
9,6
18,2
33,6
37,7
23,0
9,1
2,0
0,8
0,9
1,6
2006
100,0
0,1
0,4
1,8
6,2
19,0
39,3
19,1
9,3
1,9
0,3
0,5
2,3
12,0
2,3
6,2
13,6
24,5
27,1
17,4
7,3
1,2
0,6
0,5
1,1
2007
Total 3.885
TABELA 5 - Taxa de incidência (TI)* de Aids (por 100.000 hab.), segundo faixa etária (anos) e ano de diagnóstico, Estado de São Paulo, 1991 a 2007**
10.361
3
30
206
683
2.041
4.290
1.816
774
136
23
76
283
2000
Ano de Diagnóstico
Fonte: Base Integrada Paulista de Aids (BIP-Aids) - Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação SEADE (*) Dados preliminares até 30/06/08 (SINAN) e 31/12/06 (SEADE), sujeitos a revisão mensal
646
2.164
84
10 - 14
20 - 24
51
5-9
15 - 19
362
0-4
Faixa Etária (anos) 80 a 90
TABELA 4 - Casos notificados de Aids, segundo faixa etária (anos) e ano de diagnóstico, Estado de São Paulo, 1980 a 2008*
Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1
9
10
24,8
12,0
0,6
1,0
16,6
58,5
88,6
85,8
49,4
24,0
11,8
3,1
37,3
5-9
10 - 14
15 - 19
20 - 24
25 - 29
30 - 39
40 - 49
50 - 59
60 - 69
70 e mais
Total
44,9
4,2
11,4
27,0
59,7
108,4
118,6
59,9
10,2
1,1
1,0
7,2
1993
45,1
4,4
13,1
26,2
61,6
118,0
114,8
48,9
7,4
0,4
0,8
8,2
1994
45,8
5,9
16,1
27,6
66,6
116,4
119,2
43,3
6,7
0,8
1,1
9,1
1995
46,3
3,9
12,6
28,1
70,5
127,4
112,0
32,4
5,3
1,1
1,6
10,0
1996
45,4
3,9
13,6
29,1
68,2
127,5
102,7
32,7
3,8
1,2
2,0
11,2
1997
45,6
5,2
15,6
33,4
73,3
128,0
95,7
30,7
4,7
0,7
1,7
8,2
1998
37,0
3,1
14,7
32,2
62,1
102,5
68,4
23,0
3,0
0,6
2,2
8,7
2000
34,0
5,8
14,8
29,8
61,3
92,3
58,6
18,7
2,6
1,1
2,7
6,5
2001
33,0
4,8
14,8
32,4
59,9
90,7
50,9
19,1
3,1
0,4
1,5
5,0
2002
30,6
5,3
14,5
29,9
61,3
79,8
43,6
16,7
2,8
0,7
2,9
3,5
2003
25,6
4,8
12,2
26,8
51,8
65,9
36,2
12,3
2,6
0,7
1,4
2,4
2004
23,3
4,1
9,2
27,3
49,4
57,4
30,8
12,0
1,6
0,7
0,7
2,4
2005
21,8
4,4
12,8
24,2
46,5
51,0
29,4
11,8
2,0
0,4
1,0
1,6
2006
16,3
3,3
8,0
17,8
34,9
37,8
23,2
9,6
1,1
0,7
0,4
0,9
2007
8,2
Total
4,6
11,0
0,4
2,7
5,7
11,3
20,8
27,7
22,5
12,6
0,7
2,7
7,5
13,4
24,9
32,7
24,0
4,3
0,2
1,1
7,2
1993
13,6
1,1
4,1
7,3
15,7
28,6
35,2
20,3
4,3
0,4
0,7
8,4
1994
16,0
2,1
5,5
10,5
19,0
33,4
40,4
21,4
4,1
0,5
1,2
10,9
1995
19,1
0,9
4,2
12,2
22,7
43,0
46,1
26,5
4,7
0,5
1,6
11,7
1996
21,3
1,7
6,0
13,3
26,3
48,2
53,6
26,2
4,8
0,5
2,2
11,0
1997
23,1
1,2
6,7
15,2
28,2
54,5
59,1
27,1
5,3
0,8
2,0
9,4
1998
20,1
1,2
6,4
13,1
25,9
47,7
47,9
23,0
4,3
0,7
2,1
9,0
1999
19,4
1,4
7,7
14,7
26,1
43,8
45,3
20,9
4,5
0,8
2,6
9,1
2000
Ano de Diagnóstico
Fonte: Base Integrada Paulista de Aids (BIP-Aids) - Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação SEADE (*) Utilizada projeção populacional da Fundação SEADE (**) Dados preliminares até 30/06/08 (SINAN) e 31/12/06 (SEADE), sujeitos a revisão mensal
0,6
70 e mais
40 - 49
3,9
8,8
30 - 39
1,9
14,6
25 - 29
60 - 69
19,3
20 - 24
50 - 59
3,4
17,9
15 - 19
0,2
1,0
0,7
0,3
5-9
10 - 14
6,7
6,4
0-4
1992
1991
Faixa Etária (anos)
18,9
1,5
6,6
15,2
26,8
43,0
40,0
20,9
4,3
0,8
2,9
8,5
2001
18,1
2,2
5,7
13,4
27,1
42,7
37,2
17,8
3,9
1,0
2,7
6,2
2002
16,8
1,5
7,2
15,0
26,4
40,1
31,5
14,4
4,0
0,6
2,5
4,1
2003
13,9
2,2
6,1
14,7
23,7
31,0
24,5
11,3
2,4
1,2
2,0
2,9
2004
12,9
1,5
4,9
15,0
23,3
29,0
20,4
9,5
2,6
0,9
1,8
2,2
2005
11,2
1,4
6,9
12,8
21,7
24,9
16,7
6,4
1,9
1,1
0,8
1,5
2006
7,9
1,7
4,7
9,8
14,9
16,9
11,6
5,0
1,4
0,6
0,6
1,3
2007
TABELA 7 - Taxa de incidência (TI)* de Aids (por 100.000 hab.) em sexo feminino, segundo faixa etária (anos) e ano de diagnóstico, Estado de São Paulo, 1991 a 2007**
39,7
5,5
15,4
30,9
64,2
110,4
80,5
25,2
3,6
0,8
2,1
8,2
1999
Ano de Diagnóstico
Fonte: Base Integrada Paulista de Aids (BIP-Aids) - Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação SEADE (*) Utilizada projeção populacional da Fundação SEADE (**) Dados preliminares até 30/06/08 (SINAN) e 31/12/06 (SEADE), sujeitos a revisão mensal
43,2
4,9
60,1
103,0
111,7
59,1
11,5
0,8
0,9
6,8
5,8
0-4
1992
1991
Faixa Etária (anos)
TABELA 6 - Taxa de incidência (TI)* de Aids (por 100.000 hab.) em sexo masculino, segundo faixa etária (anos) e ano de diagnóstico, Estado de São Paulo, 1991 a 2007**
Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1
Dezembro 2008
Boletim Epidemiológico
ANO XXV – Nº 1
GRAFICO 1 - Taxa de incidência (TI) de Aids (por 100.000 hab.) por sexo e razão masculino/feminino (M/F), segundo ano de diagnóstico, Estado de São Paulo, 1980 a 2007* 40,00
50,00 Masculino
Feminino
Total
razão M/F
45,00
35,00
40,00 30,00 35,00
TI p/100mil hab
20,00
25,00
20,00
razão M/F
25,00
30,00
15,00
15,00 10,00 10,00 5,00
5,00
0,00
0,00
ano de diagnóstico
Fonte: SINAN-PEDST/AIDS-SES-SP(dados até 30/06/2008)
GRÁFICO 2 - Proporção de casos notificados de aids em homens com 13 anos de idade e mais, segundo categoria de exposição e ano de diagnóstico, Estado de São Paulo, 1980 a 2008*
HSH
Hetero
UDI
Outras
Invest
100,0 90,0 80,0 70,0
%
60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
ano de diagnóstico
FONTE: SINAN - VE-PEDST/AIDS-SES-SP (dados até 30/06/2008)
Dezembro 2008
11
12
12
45
164
305
563
750
865
1.061
1.195
1.278
1.147
1.124
1.061
1.213
1.215
1.226
1.030
963
940
1.007
906
799
754
789
650
229
21.294
1983
1984
1985
1986
1987
1988
1989
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
Total
13,4
16,8
13,5
13,4
11,6
11,5
10,9
11,3
10,3
9,8
10,3
10,5
11,5
11,7
10,9
12,8
13,6
16,2
18,6
21,8
26,0
30,9
38,0
51,0
49,0
54,2
48,0
37,5
-
-
%
9.937
79
296
404
395
437
483
506
515
569
616
671
573
466
490
472
476
567
488
398
341
287
195
105
82
16
6
3
-
1
nº
Bi %
6,3
5,8
6,1
6,8
6,1
6,3
5,8
5,7
5,6
5,8
6,1
5,7
5,4
4,5
5,0
5,4
5,6
7,2
7,6
8,2
10,3
11,8
13,2
17,6
24,5
19,3
24,0
37,5
-
100,0
63.827
753
2.720
3.191
3.676
3.880
4.605
4.657
4.613
4.694
4.665
5.034
4.525
3.786
3.073
2.636
2.334
1.871
1.262
790
513
316
161
46
20
3
2
1
-
-
nº -
-
%
40,2
55,2
56,3
54,1
56,8
55,8
55,4
52,4
50,5
48,0
46,5
43,1
42,8
36,4
31,6
30,0
27,7
23,7
19,6
16,2
15,4
13,0
10,9
7,7
6,0
3,6
8,0
12,5
Hetero
37.394
95
347
537
630
736
1.057
1.194
1.410
1.787
1.979
2.536
2.650
2.843
2.897
2.940
3.189
3.177
2.739
2.035
1.278
805
398
89
31
11
3
1
-
-
nº
-
-
-
%
23,6
7,0
7,2
9,1
9,7
10,6
12,7
13,4
15,4
18,3
19,7
21,7
25,0
27,3
29,8
33,5
37,8
40,2
42,6
41,8
38,5
33,1
26,9
14,9
9,3
13,3
12,0
UDI(**)
358
-
3
-
1
1
5
2
-
-
-
-
33
25
27
24
27
28
39
37
26
38
24
12
5
1
-
-
-
-
nº
Hemof
0,2
-
0,1
-
0,0
0,0
0,1
0,0
-
-
-
-
0,3
0,2
0,3
0,3
0,3
0,4
0,6
0,8
0,8
1,6
1,6
2,0
1,5
1,2
-
-
-
-
%
Categoria de Exposição
Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PEDST/Aids-SP) (*) Dados preliminares até 30/06/08, sujeitos a revisão mensal (**) UDI - Uso de drogas injetáveis (&) Todos os casos por transfusão de sangue estão sendo reinvestigados de acordo com o algoritmo da CNDST/Aids-MS
-
3
1982
Homo
1981
-
nº
1980
Ano de Diagnóstico
600
-
-
-
1
-
-
-
-
-
-
2
24
64
95
63
70
88
68
45
32
27
14
6
1
-
-
-
-
-
nº
0,4
-
-
-
0,0
-
-
-
-
-
-
0,0
0,2
0,6
1,0
0,7
0,8
1,1
1,1
0,9
1,0
1,1
0,9
1,0
0,3
-
-
-
-
-
%
T.Sangue(&)
1
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
1
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
nº
0,0
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
0,0
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
%
Ac.Profis
69
5
7
10
6
9
9
6
6
3
2
3
2
-
1
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
nº
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
%
0,0
0,4
0,1
0,2
0,1
0,1
0,1
0,1
0,1
0,0
0,0
0,0
0,0
-
0,0
Vertical
25.268
204
807
971
1.012
1.090
1.243
1.517
1.649
1.772
1.740
2.198
1.558
2.013
2.078
1.518
1.191
885
646
502
266
206
126
35
32
7
2
-
-
-
nº
8,0
8,5
8,5
5,9
9,6
8,4
8,0
-
-
-
%
15,9
14,9
16,7
16,5
15,6
15,7
15,0
17,1
18,1
18,1
17,3
18,8
14,7
19,3
21,4
17,3
14,1
11,2
10,0
10,3
Invest
158.748
1.365
4.830
5.902
6.475
6.952
8.308
8.889
9.133
9.788
10.032
11.670
10.580
10.411
9.722
8.777
8.434
7.894
6.437
4.868
3.321
2.429
1.481
598
335
83
25
8
-
1
nº
%
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
-
100,0
Total
TABELA 8 - Casos notificados de Aids em indivíduos com 13 anos de idade ou mais, segundo categoria de exposição e ano de diagnóstico, Estado de São Paulo, 1980 a 2008*
Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1
Dezembro 2008
Dezembro 2008
789
650
229
21.294
2006
2007
2008
Total
19,0
25,7
20,2
20,6
18,4
18,0
17,2
17,7
16,2
15,1
15,6
15,9
16,9
16,3
14,6
16,6
17,3
20,2
22,4
25,7
30,1
35,4
42,2
53,5
50,2
56,3
50,0
37,5
-
-
%
9.937
79
296
404
395
437
483
506
515
569
616
671
573
466
490
472
476
567
488
398
341
287
195
105
82
16
6
3
-
1
nº
Bi %
8,8
8,9
9,2
10,5
9,7
9,8
9,2
8,9
8,9
8,9
9,3
8,7
8,0
6,3
6,8
7,0
7,2
9,0
9,1
9,6
11,9
13,6
14,6
18,4
25,1
20,0
25,0
37,5
-
100,0
30.117
370
1.377
1.512
1.735
1.841
2.130
2.139
2.039
2.091
2.055
2.146
1.986
1.746
1.484
1.355
1.243
998
731
463
327
194
108
31
13
1
1
1
-
-
nº -
-
%
26,8
41,6
42,8
39,4
42,4
41,4
40,4
37,6
35,1
32,8
31,1
27,9
27,7
23,5
20,4
20,0
18,8
15,8
13,7
11,2
11,4
9,2
8,1
5,4
4,0
1,3
4,2
12,5
Hetero
31.291
77
298
447
524
593
858
984
1.143
1.525
1.643
2.097
2.213
2.363
2.493
2.496
2.693
2.650
2.327
1.710
1.059
652
319
81
31
11
3
1
-
-
nº
27,9
8,7
9,3
11,7
12,8
13,3
16,3
17,3
19,7
23,9
24,9
27,2
30,9
31,8
34,4
36,9
40,7
41,9
43,6
41,3
36,9
30,8
23,9
14,2
9,5
13,8
12,5
12,5
-
-
%
358
-
3
-
1
1
5
2
-
-
-
-
33
25
27
24
27
28
39
37
26
38
24
12
5
1
-
-
-
-
nº
-
-
-
-
%
0,3
-
0,1
-
0,0
0,0
0,1
0,0
-
-
-
-
0,5
0,3
0,4
0,4
0,4
0,4
0,7
0,9
0,9
1,8
1,8
2,1
1,5
1,3
Hemof
Categoria de Exposição UDI(**)
Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PEDST/Aids-SP) (*) Dados preliminares até 30/06/08, sujeitos a revisão mensal (**) UDI - Uso de drogas injetáveis (&) Todos os casos por transfusão de sangue estão sendo reinvestigados de acordo com o algoritmo da CNDST/Aids-MS
754
2005
963
2000
799
1.030
1999
906
1.226
1998
2004
1.215
1997
2003
1.213
1996
940
1.061
1995
1.007
1.124
1994
2002
1.147
1993
2001
1.278
1992
750
1988
1.195
563
1987
1991
305
1986
865
164
1985
1.061
45
1984
1990
12
1983
1989
-
3
1982
Homo
1981
-
nº
1980
Ano de Diagnóstico
333
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
1
10
35
54
34
38
50
35
30
19
15
8
3
1
-
-
-
-
-
nº
0,3
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
0,0
0,1
0,5
0,7
0,5
0,6
0,8
0,7
0,7
0,7
0,7
0,6
0,5
0,3
-
-
-
-
-
%
T.Sangue(&)
26
3
-
2
2
4
3
1
3
3
2
2
1
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
nº
0,0
0,3
-
0,1
0,0
0,1
0,1
0,0
0,1
0,0
0,0
0,0
0,0
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
%
Vertical
18.927
132
594
680
681
772
890
1.053
1.165
1.223
1.259
1.558
1.138
1.574
1.648
1.268
987
748
519
437
232
181
116
33
31
6
2
-
-
-
nº
-
-
-
%
16,9
14,8
18,5
17,7
16,6
17,4
16,9
18,5
20,1
19,2
19,1
20,2
15,9
21,2
22,7
18,7
14,9
11,8
9,7
10,6
8,1
8,5
8,7
5,8
9,5
7,5
8,3
Invest
112.283
890
3.218
3.834
4.092
4.447
5.275
5.692
5.805
6.374
6.605
7.701
7.169
7.422
7.257
6.773
6.611
6.319
5.334
4.136
2.869
2.117
1.333
570
327
80
24
8
-
1
nº
%
100,0
-
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
Total
TABELA 9 - Casos notificados de Aids em homens com 13 anos de idade ou mais, segundo categoria de exposição e ano de diagnóstico, Estado de São Paulo, 1980 a 2008*
Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1
13
Boletim Epidemiológico
ANO XXV – Nº 1
GRÁFICO 3 - Proporção de casos notificados de aids em mulheres com 13 anos emais,segundo categoria de exposição e ano de diagnóstico, Estado de São Paulo, 1983 a 2008* Hetero
UDI
Outras
Invest
100,0 90,0 80,0 70,0 60,0 %
50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
ano de diagnóstico
FONTE: SINAN - VE-PEDST/AIDS-SES-SP (dados até 30/06/2008)
Gráfico 4 - Taxa de Mortalidade (TM) e estimativa de Prevalência (TP) de Aids por 100 mil habitantes, segundo ano de ocorrência, Estado de São Paulo, 1980 a 2007*
200 180
TP
TM
160
TM e TP p/100mil hab
140 120 100 80 60
75.414 "vivos"
40 20 0 1980
1982
1984
1986
1988
1990
1992
1994
1996
1998
2000
2002
2004
2006
2008
ano de ocorrência
Fonte: Base Integrada Paulista de Aids (BIP-Aids) - Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação SEADE (*) Dados preliminares até 30/06/08 (SINAN) e 31/12/06 (SEADE), sujeitos a revisão mensal
14
Dezembro 2008
Dezembro 2008
1.281
1.589
2.040
2.539
2.888
2.610
2.603
2.574
2.518
2.475
2.039
1.941
1.679
1.343
383
33.710
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
Total
Hetero
%
72,5
80,6
83,3
81,2
81,5
81,4
81,6
78,8
77,3
76,2
76,2
72,8
74,4
68,3
64,5
63,9
59,8
55,4
48,1
44,7
41,2
39,1
35,8
53,6
87,5
66,7
100,0
6.103
18
49
90
106
143
199
210
267
262
336
439
437
480
404
444
496
527
412
325
219
153
79
8
-
-
-
nº
UDI**
13,1
3,8
3,0
4,4
4,4
5,7
6,6
6,6
8,0
7,7
9,8
11,1
12,8
16,1
16,4
22,2
27,2
33,5
37,4
44,4
48,5
49,0
53,4
28,6
-
-
-
%
267
-
-
-
1
-
-
-
-
-
-
1
14
29
41
29
32
38
33
15
13
12
6
3
-
-
-
nº
0,6
-
-
-
0,0
-
-
-
-
-
-
0,0
0,4
1,0
1,7
1,4
1,8
2,4
3,0
2,0
2,9
3,8
4,1
10,7
-
-
-
%
1
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
1
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
nº
Ac.Profis
Categoria de Exposição T.Sangue &
Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PEDST/Aids-SP) (*) Dados preliminares até 30/06/08, sujeitos a revisão mensal (**) UDI - Uso de drogas injetáveis (&) Todos os casos por transfusão de sangue estão sendo reinvestigados de acordo com o algoritmo da CNDST/Aids-MS
873
531
1991
1.091
327
1990
1993
186
1989
1992
53
15
1986
122
7
1985
1988
2
1984
1987
1
nº
1983
Ano de Diagnóstico
0,0
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
0,0
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
%
43
2
7
8
4
5
6
5
3
-
-
1
1
-
1
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
nº
Vertical
0,1
0,4
0,4
0,4
0,2
0,2
0,2
0,2
0,1
-
-
0,0
0,0
-
0,0
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
%
6.341
72
213
291
331
318
353
464
484
549
481
640
420
439
430
250
204
137
127
65
34
25
10
2
1
1
-
nº
Invest
13,6
15,2
13,2
14,1
13,9
12,7
11,6
14,5
14,5
16,1
14,0
16,1
12,3
14,7
17,4
12,5
11,2
8,7
11,5
8,9
7,5
8,0
6,8
7,1
12,5
33,3
-
%
46.465
475
1.612
2.068
2.383
2.505
3.033
3.197
3.328
3.414
3.427
3.969
3.411
2.989
2.465
2.004
1.823
1.575
1.103
732
452
312
148
28
8
3
1
nº
Total
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
%
TABELA 10 - Casos notificados de Aids em mulheres com 13 anos de idade ou mais, segundo categoria de exposição e ano de diagnóstico, Estado de São Paulo, 1983 a 2008*
Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1
15
16
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
1
-
-
-
-
3
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
Total
Homo
0,1
-
-
-
-
0,6
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
0,6
-
1,0
-
-
-
-
%
4
-
-
-
-
1
1
-
-
-
1
-
1
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
nº
Hetero
0,1
-
-
-
-
0,6
0,4
-
-
-
0,3
-
0,2
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
%
6
-
-
-
-
-
-
-
1
-
-
-
-
-
-
-
1
-
-
1
1
2
-
-
-
-
nº
UDI**
0,1
-
-
-
-
-
-
-
0,3
-
-
-
-
-
-
-
0,4
-
-
0,6
0,9
2,0
-
-
-
-
%
69
-
-
-
-
-
-
-
-
-
1
-
-
1
2
1
3
4
4
16
9
4
12
7
4
1
nº
Hemof
1,4
-
-
-
-
-
-
-
-
-
0,3
-
-
0,2
0,6
0,3
1,1
1,6
1,9
9,2
7,9
4,0
24,0
53,8
80,0
100,0
%
Categoria de Exposição
Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PEDST/Aids-SP) (*) Dados preliminares até 30/06/08, sujeitos a revisão mensal (**) UDI - Uso de Drogas Injetáveis (&) Todos os casos por transfusão de sangue estão sendo reinvestigados de acordo com o algoritmo da CNDST/Aids-MS
-
1
1989
-
1
-
1986
1988
-
1985
1987
-
nº
1984
Ano de Diagnóstico
108
-
-
-
-
-
-
-
1
1
-
-
-
4
8
7
9
14
10
10
12
17
10
4
1
-
nº -
%
2,1
-
-
-
-
-
-
-
0,3
0,3
-
-
-
1,0
2,2
2,4
3,4
5,6
4,7
5,8
10,5
17,2
20,0
30,8
20,0
T.Sangue &
4.431
13
58
84
124
147
195
228
299
321
316
323
418
369
327
264
232
212
191
134
84
67
25
-
-
-
nº
Vertical
87,7
86,7
90,6
88,4
95,4
91,9
86,7
88,4
86,9
86,3
90,5
91,8
95,2
90,4
90,1
90,4
86,9
85,1
89,3
77,5
73,7
67,7
50,0
-
-
-
%
430
2
6
11
6
11
29
30
43
50
31
29
20
34
26
20
22
19
9
11
8
8
3
2
-
-
nº
Invest
8,5
13,3
9,4
11,6
4,6
6,9
12,9
11,6
12,5
13,4
8,9
8,2
4,6
8,3
7,2
6,8
8,2
7,6
4,2
6,4
7,0
8,1
6,0
15,4
-
-
%
5.051
15
64
95
130
160
225
258
344
372
349
352
439
408
363
292
267
249
214
173
114
99
50
13
5
1
nº
Total
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
%
TABELA 11 - Casos notificados de Aids em menores de 13 anos de idade, segundo ano de diagnóstico e categoria de exposição, Estado de São Paulo, 1984 a 2008*
Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1
Dezembro 2008
Dezembro 2008
1
-
-
-
-
-
-
310
07
08
09
10
11
12
13 a 22
Total
100,0
-
-
-
-
-
-
0,3
0,3
-
2,9
4,2
10,0
21,6
1.227
1
4
1
2
6
13
17
22
35
44
90
144
234
%
100,0
0,1
0,3
0,1
0,2
0,5
1,1
1,4
1,8
2,9
3,6
7,3
11,7
19,1
50,0
1.757
10
10
10
22
31
53
48
60
103
114
158
221
284
633
nº
100,0
0,6
0,6
0,6
1,3
1,8
3,0
2,7
3,4
5,9
6,5
9,0
12,6
16,2
36,0
%
1996 a 2000 nº
305
6
1
3
5
13
9
20
12
24
29
37
39
42
65
%
2,0
0,3
1,0
1,6
4,3
3,0
6,6
3,9
7,9
9,5
12,1
12,8
13,8
21,3
100,0
2001 nº
234
6
1
4
6
6
11
4
12
25
26
21
35
36
41
%
2,6
0,4
1,7
2,6
2,6
4,7
1,7
5,1
10,7
11,1
9,0
15,0
15,4
17,5
100,0
2002
Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PEDST/Aids-SP) (*) Dados preliminares até 30/06/08, sujeitos a revisão mensal
-
9
04
1
13
03
06
31
02
05
67
01
614
nº
60,6
%
nº
188
1991 a 1995
1987 a 1990
< de 01 ano
Idade (em anos) nº
204
9
3
2
3
12
11
12
15
26
17
10
25
25
34
%
4,4
1,5
1,0
1,5
5,9
5,4
5,9
7,4
12,7
8,3
4,9
12,3
12,3
16,7
100,0
2003
Ano de Diagnóstico nº
156
9
4
4
6
9
11
7
14
10
13
8
12
19
30
%
5,8
2,6
2,6
3,8
5,8
7,1
4,5
9,0
6,4
8,3
5,1
7,7
12,2
19,2
100,0
2004 nº
130
6
5
5
3
6
9
9
3
9
10
9
8
21
27
%
4,6
3,8
3,8
2,3
4,6
6,9
6,9
2,3
6,9
7,7
6,9
6,2
16,2
20,8
100,0
2005 nº
94
10
2
3
6
3
4
7
4
10
4
7
3
12
19
%
10,6
2,1
3,2
6,4
3,2
4,3
7,4
4,3
10,6
4,3
7,4
3,2
12,8
20,2
100,0
2006 nº
65
7
1
3
7
1
3
1
7
2
-
3
-
15
15
%
10,8
1,5
4,6
10,8
1,5
4,6
1,5
10,8
3,1
-
4,6
-
23,1
23,1
100,0
2007
18
5
1
-
1
-
1
-
1
-
1
2
1
3
2
nº
%
27,8
5,6
-
5,6
-
5,6
-
5,6
-
5,6
11,1
5,6
16,7
11,1
100,0
2008 nº
4.500
69
32
35
61
87
125
126
151
244
267
358
519
758
1.668
%
100,0
1,4
0,5
0,8
1,2
2,2
2,8
3,0
3,4
5,7
6,5
8,3
12,0
16,3
35,9
Total
TABELA 12 - Casos notificados de Aids na categoria de exposição transmissão vertical, segundo idade e ano de diagnóstico, Estado de São Paulo, 1987 a 2008*
Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1
17
18
59,4
2.170
3.300
2.785
2.599
2.456
1.908
534
18.031
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
Subtotal
735
1.153
1.857
1.496
1.349
1.230
907
245
9.487
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
Subtotal
57,5
56,4
3.323
5.157
4.281
3.948
3.686
2.815
779
27.518
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
Total
4.391
150
537
579
666
754
761
455
259
230
1.774
65
205
219
300
302
303
184
108
88
2.617
85
332
360
366
452
458
271
151
142
no
Preta
6,9
10,9
11,0
9,7
10,1
10,6
8,9
5,0
2,7
2,3
7,7
13,5
12,5
10,4
12,2
11,6
9,6
5,5
3,1
2,4
6,5
9,5
10,2
9,3
8,8
10,0
8,5
4,7
2,5
2,2
%
8.849
360
1.196
1.257
1.395
1.357
1.450
856
540
438
3.491
145
438
485
568
535
552
343
233
192
5.358
215
758
772
827
822
898
513
307
246
no
Parda
Raça/Cor
14,0
26,1
24,4
21,0
21,1
19,1
17,0
9,4
5,7
4,3
15,2
30,1
26,6
22,9
23,2
20,6
17,6
10,3
6,6
5,3
13,3
23,9
23,3
19,9
19,9
18,2
16,7
8,8
5,1
3,8
%
Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PEDST/Aids-SP) (*) Dados preliminares até 30/06/08, sujeitos a revisão mensal
43,5
61,5
59,8
60,2
60,4
36,3
20,8
1.556
1.973
2001
15,3
41,4
50,9
55,1
58,2
55,0
57,6
59,0
34,5
20,9
14,3
44,6
63,3
62,6
61,7
61,2
37,4
2000
Total
515
2000
Feminino
58,7
1.238
20,8
1.041
15,9
%
2001
no
Branca
2000
Masculino
Ano de Diagnóstico
248
4
30
28
44
38
47
29
15
13
72
-
5
9
14
13
16
12
1
2
176
4
25
19
30
25
31
17
14
11
no
Amarela
0,4
0,3
0,6
0,5
0,7
0,5
0,6
0,3
0,2
0,1
0,3
-
0,3
0,4
0,6
0,5
0,5
0,4
0,0
0,1
0,4
0,4
0,8
0,5
0,7
0,6
0,6
0,3
0,2
0,2
%
24
-
6
8
6
1
-
-
2
1
10
-
1
3
3
-
-
-
2
1
14
-
5
5
3
1
-
-
-
-
no
Indigena
0,0
-
0,1
0,1
0,1
0,0
-
-
0,0
0,0
0,0
-
0,1
0,1
0,1
-
-
-
0,1
0,0
0,0
-
0,2
0,1
0,1
0,0
-
-
-
-
%
22.275
87
310
439
546
681
1.118
4.484
6.688
7.922
8.064
26
90
168
219
250
417
1.653
2.435
2.806
14.211
61
220
271
327
431
701
2.831
4.253
5.116
no
%
35,2
6,3
6,3
7,3
8,3
9,6
13,1
49,0
70,6
78,0
35,2
5,4
5,5
7,9
8,9
9,6
13,3
49,4
69,3
77,9
35,2
6,8
6,8
7,0
7,9
9,5
13,0
48,8
71,3
78,0
Ign/Branco
TABELA 13 - Casos notificados de Aids, segundo ano de diagnóstico, sexo e raça/cor, Estado de São Paulo, 2000 a 2008*
63.305
1.380
4.894
5.997
6.605
7.112
8.533
9.147
9.477
10.160
22.898
481
1.646
2.114
2.453
2.596
3.145
3.345
3.514
3.604
40.407
899
3.248
3.883
4.152
4.516
5.388
5.802
5.963
6.556
no
Total
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
%
Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1
Dezembro 2008
Dezembro 2008
1.281
De 12 e mais
Ign/Branco
9.592
1995
100,0
17,8
3,1
12,0
30,1
32,5
4,4
100,0
17,9
7,3
14,3
28,7
29,2
2,6
%
1996
10.310
2.947
576
94
356
864
934
123
7.363
1.391
542
1.016
2.031
2.161
222
nº
100,0
19,5
3,2
12,1
29,3
31,7
4,2
100,0
18,9
7,4
13,8
27,6
29,3
3,0
%
1997
10.496
3.371
522
118
410
1.026
1.120
175
7.125
1.216
494
1.093
2.112
1.997
213
nº
100,0
15,5
3,5
12,2
30,4
33,2
5,2
100,0
17,1
6,9
15,3
29,6
28,0
3,0
%
1998
11.551
3.912
635
138
515
1.086
1.369
169
7.639
1.341
581
1.131
2.087
2.315
184
nº
100,0
16,2
3,5
13,2
27,8
35,0
4,3
100,0
17,6
7,6
14,8
27,3
30,3
2,4
%
9.941
3.381
483
124
480
975
1.201
118
6.560
1.046
455
1.005
1.788
2.108
158
nº
1999
100,0
14,3
3,7
14,2
28,8
35,5
3,5
100,0
15,9
6,9
15,3
27,3
32,1
2,4
%
9.706
3.362
557
125
467
960
1.101
152
6.344
1.100
444
1.024
1.732
1.887
157
nº
2000
100,0
16,6
3,7
13,9
28,6
32,7
4,5
100,0
17,3
7,0
16,1
27,3
29,7
2,5
%
9.054
3.278
607
146
543
993
859
130
5.776
1.074
391
1.073
1.658
1.443
137
nº
100,0
18,5
4,5
16,6
30,3
26,2
4,0
100,0
18,6
6,8
18,6
28,7
25,0
2,4
%
8.801
3.143
604
139
600
1.084
595
121
5.658
1.110
494
1.185
1.791
927
151
nº
2002
Ano de Diagnóstico 2001
100,0
19,2
4,4
19,1
34,5
18,9
3,8
100,0
19,6
8,7
20,9
31,7
16,4
2,7
%
8.225
2.985
499
158
685
1.047
476
120
5.240
1.008
486
1.258
1.706
663
119
nº
2003
100,0
16,7
5,3
22,9
35,1
15,9
4,0
100,0
19,2
9,3
24,0
32,6
12,7
2,3
%
6.892
2.475
436
121
608
883
340
87
4.417
821
417
1.188
1.369
519
103
nº
2004
100,0
17,6
4,9
24,6
35,7
13,7
3,5
100,0
18,6
9,4
26,9
31,0
11,8
2,3
%
6.425
2.350
392
168
602
815
293
80
4.075
684
460
1.103
1.322
422
84
nº
2005
100,0
16,7
7,1
25,6
34,7
12,5
3,4
100,0
16,8
11,3
27,1
32,4
10,4
2,1
%
5.856
2.041
531
104
503
623
216
64
3.815
1.032
419
927
1.037
320
80
nº
2006
100,0
26,0
5,1
24,6
30,5
10,6
3,1
100,0
27,1
11,0
24,3
27,2
8,4
2,1
%
4.797
1.591
591
69
404
387
119
21
3.206
1.250
255
858
649
170
24
nº
2007
100,0
37,1
4,3
25,4
24,3
7,5
1,3
100,0
39,0
8,0
26,8
20,2
5,3
0,7
%
1.351
469
86
20
172
131
43
17
882
187
119
298
204
66
8
nº
2008
100,0
18,3
4,3
36,7
27,9
9,2
3,6
100,0
21,2
13,5
33,8
23,1
7,5
0,9
%
112.997
37.726
6.951
1.599
6.636
11.603
9.454
1.483
75.271
14.541
6.081
14.187
21.544
19,3
8,1
18,8
28,6
22,7
2,4
%
100,0
18,4
4,2
17,6
30,8
25,1
3,9
100,0
Total
17.095
1.823
nº
nº
2.697
RJ/CARACAS
%
149
9,9
1,0
0,1
26,5
7,7
3,1
32,1
nº
10.580
509
109
6
2.362
2.120
592
2.620
596
308
1.358
1997 %
nº
1.011
90
8
1.517
3.476
1.079
1.584
1.094
667
1.144
%
8,7
0,8
0,1
13,0
29,8
9,2
13,6
9,4
5,7
9,8
nº
651
77
8
1.287
3.095
1.042
1.294
978
578
1.022
1999 %
6,5
0,8
0,1
12,8
30,9
10,4
12,9
9,7
5,8
10,2
nº
922
45
8
1.167
3.030
999
1.076
900
590
1.051
%
9,4
0,5
0,1
11,9
31,0
10,2
11,0
9,2
6,0
10,7
2000 nº
673
37
11
1.026
3.194
887
878
771
516
1.140
%
7,4
0,4
0,1
11,2
35,0
9,7
9,6
8,4
5,6
12,5
2001 nº
539
36
14
973
3.051
835
729
732
561
1.419
%
6,1
0,4
0,2
10,9
34,3
9,4
8,2
8,2
6,3
16,0
2002
Ano de Diagnóstico nº
383
29
17
921
2.292
566
572
484
378
2.666
%
4,6
0,3
0,2
11,1
27,6
6,8
6,9
5,8
4,5
32,1
2003 nº
350
-
-
731
-
-
-
-
-
5.871
%
5,0
-
-
10,5
-
-
-
-
-
84,5
2004 nº
363
-
-
674
-
-
-
-
-
5.438
%
5,6
-
-
10,4
-
-
-
-
-
84,0
2005 nº
308
-
-
616
-
-
-
-
-
4.978
%
5,2
-
-
10,4
-
-
-
-
-
84,3
2006 nº
206
-
-
498
-
-
-
-
-
4.126
%
4,3
-
-
10,3
-
-
-
-
-
85,4
2007 nº
45
-
-
144
-
-
-
-
-
1.176
%
3,3
-
-
10,5
-
-
-
-
-
86,2
2008
100,0 11.670 100,0 10.032 100,0 9.788 100,0 9.133 100,0 8.889 100,0 8.308 100,0 6.952 100,0 6.475 100,0 5.902 100,0 4.830 100,0 1.365 100,0
4,8
1,0
0,1
22,3
20,0
5,6
24,8
5,6
2,9
12,8
1998
Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PEDST/Aids-SP) (*) Dados preliminares até 30/06/08, sujeitos a revisão mensal (**) A partir de 2004 o critério cdc/laboratorio (CD4<350) fica agrupado ao critério CDC
1.029
1,4 3,3
1.108
105
6
2.757
801
320
3.347
340
% 15,0
9.722 100,0 10.411 100,0
11,4
nº
1.557
Total
0,6
-
27,7
3,1
1,2
38,7
1,8
0,5
14,9
1996
ÓBITO
59
303
CDC/LAB.**
ARC + ÓBITO
115
CDC/LAB. + RJ/CARACAS
-
3.766
CDC + RJ/CARACAS
CDC EXCEPCIONAL
50
176
CDC + CDC/LAB. + RJ/CARACAS
1.448
1995
CDC + CDC/LAB.
CDC
Critério de Definição de Caso
nº
114.057
8.097
587
78
17.370
21.362
6.435
15.866
6.071
3.797
34.394
Total
100,0
7,1
0,5
0,1
15,2
18,7
5,6
13,9
5,3
3,3
30,2
%
TABELA 15 - Casos notificados de Aids em indivíduos com 13 anos de idade ou mais, segundo critério de definição de caso e ano de diagnóstico, Estado de São Paulo, 1995 a 2008*
Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PEDST/Aids-SP) (*) Dados preliminares até 30/06/08, sujeitos a revisão mensal
2.421
432
Ign/Branco
Total
75
De 12 e mais
Subtotal
729
291
De 8 a 11
788
De 1 a 3
De 4 a 7
106
Nenhuma
FEMININO
7.171
524
De 8 a 11
Subtotal
2.058
1.028
De 4 a 7
183
2.097
De 1 a 3
nº
Nenhuma
MASCULINO
Escolaridade (em anos)
TABELA 14 - Casos notificados de Aids em indivíduos com 19 anos de idade ou mais, segundo escolaridade, sexo e ano de diagnóstico, Estado de São Paulo,1995 a 2008*
Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1
19
20
363
ÓBITO
Total
%
7,7
0,3
16,0
0,8
0,3
42,7
2,5
1,4
28,4
100,0
1995 nº
408
41
1
74
1
6
153
15
4
113
%
10,0
0,2
18,1
0,2
1,5
37,5
3,7
1,0
27,7
100,0
1996 nº
439
12
1
72
25
8
149
25
7
140
%
2,7
0,2
16,4
5,7
1,8
33,9
5,7
1,6
31,9
100,0
1997 nº
352
35
-
60
19
7
92
14
13
112
%
9,9
-
17,0
5,4
2,0
26,1
4,0
3,7
31,8
100,0
1998 nº
349
24
1
63
19
8
90
20
24
100
%
6,9
0,3
18,1
5,4
2,3
25,8
5,7
6,9
28,7
100,0
1999 nº
372
42
2
28
62
21
40
40
38
99
%
11,3
0,5
7,5
16,7
5,6
10,8
10,8
10,2
26,6
100,0
2000 nº
344
28
-
13
71
20
31
42
33
106
Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PEDST/Aids-SP) (*) Dados preliminares até 30/06/08, sujeitos a revisão mensal (**) A partir de 2004 o critério cdc/laboratorio (CD4< do que o esperado para a idade) fica agrupado ao critério CDC
1
28
ARC + ÓBITO
3
58
SINAIS MAIORES E MENORES
1
CDC/LABORATÓRIO + SINAIS MAIORES E MENORES
CDC/LABORATÓRIO **
9
155
CDC + SINAIS MAIORES E MENORES
5
CDC + CDC/LABORATÓRIO + SINAIS MAIORES E MENORES
CDC + CDC/LABORATÓRIO
nº
103
CDC
Critério de Definição de Caso %
8,1
-
3,8
20,6
5,8
9,0
12,2
9,6
30,8
100,0
2001 nº
258
15
-
11
61
16
18
31
20
86
%
5,8
-
4,3
23,6
6,2
7,0
12,0
7,8
33,3
100,0
2002
Ano de Diagnóstico nº
225
3
-
11
40
9
12
12
27
111
%
1,3
-
4,9
17,8
4,0
5,3
5,3
12,0
49,3
100,0
2003 nº
160
4
-
-
-
-
-
-
-
156
%
2,5
-
-
-
-
-
-
-
97,5
100,0
2004 nº
130
5
-
-
-
-
-
-
-
125
%
3,8
-
-
-
-
-
-
-
96,2
100,0
2005 nº
95
5
-
-
-
-
-
-
-
90
%
5,3
-
-
-
-
-
-
-
94,7
100,0
2006 nº
64
3
-
-
-
-
-
-
-
61
%
4,7
-
-
-
-
-
-
-
95,3
100,0
2007 nº
15
-
-
-
-
-
-
-
-
15
%
100,0
-
-
-
-
-
-
-
-
100,0
2008 nº
3.574
245
6
390
301
96
740
208
171
1.417
%
100,0
6,9
0,2
10,9
8,4
2,7
20,7
5,8
4,8
39,6
Total
TABELA 16 - Casos notificados de Aids em menores de 13 anos de idade, segundo critério de definição de caso e ano de diagnóstico, Estado de São Paulo, 1995 a 2008*
Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1
Dezembro 2008
Dezembro 2008
69
87
166
GVE 17 CAMPINAS
GVE 18 FRANCA
GVE 19 MARÍLIA
GVE 20 PIRACICABA
GVE 33 TAUBATÉ
13.604
42.649
5
827
66
1.354
57
1.603
179
1.100
321
3.456
1.680
65
61
265
982
315
384
2.415
202
870
535
207
747
463
1.600
267
1.248
2.325
10.819
1
259
20
361
28
422
56
315
92
840
480
30
18
77
295
91
102
757
43
259
140
56
224
147
449
85
293
602
4.277
nº
1996
11.019
4
274
16
270
16
452
41
304
98
688
554
43
22
77
353
85
132
705
46
224
173
59
266
127
463
65
363
644
4.455
nº
1997
12.022
2
292
24
400
21
546
116
344
143
729
527
51
24
73
322
109
110
837
57
199
155
65
271
153
523
74
579
652
4.624
nº
1998
10.381
3
243
24
324
22
392
49
273
108
683
490
42
20
59
290
137
102
710
58
183
95
54
259
143
440
55
474
560
4.089
nº
1999
Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PEDST/Aids-SP) (*) Dados preliminares até 30/06/08, sujeitos a revisão mensal
Total
2
12
139
GVE 32 ITAPEVA
Ignorado
11
260
GVE 31 SOROCABA
GVE 29 SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
GVE 30 JALES
26
342
GVE 28 CARAGUATATUBA
211
GVE 27 SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
GVE 25 SANTOS
56
1.285
GVE 24 RIBEIRÃO PRETO
GVE 26 SÃO JOÃO DA BOA VISTA
17
459
GVE 23 REGISTRO
66
602
GVE 16 BOTUCATU
18
61
GVE 15 BAURU
GVE 22 PRESIDENTE VENCESLAU
121
GVE 14 BARRETOS
GVE 21 PRESIDENTE PRUDENTE
74
94
GVE 13 ASSIS
79
480
GVE 10 OSASCO
131
93
GVE 9 FRANCO DA ROCHA
GVE 12 ARARAQUARA
343
GVE 8 MOGI DAS CRUZES
GVE 11 ARAÇATUBA
571
GVE 7 SANTO ANDRÉ
nº 19.050
nº
7.729
91 a 95
80 a 90
GVE 1 CAPITAL
GVE de Residência
10.160
1
315
23
413
32
403
91
316
126
622
472
33
24
74
329
99
85
787
59
205
116
56
233
186
478
44
449
537
3.552
nº
2000
9.477
3
259
20
331
42
324
95
279
118
527
438
34
31
80
269
86
98
749
65
175
118
61
265
145
457
65
338
513
3.492
nº
2001
9.147
3
227
18
292
21
327
65
313
126
485
372
22
35
89
271
118
92
718
60
236
102
60
210
147
459
64
357
504
3.354
nº
2002
Ano de Diagnóstico
8.533
-
224
28
295
19
344
85
215
137
450
328
41
28
79
255
70
61
765
70
178
88
60
183
126
384
52
320
440
3.208
nº
2003
7.112
1
186
31
224
28
229
59
170
78
427
312
42
26
75
201
70
34
619
74
118
63
53
153
130
334
70
297
420
2.588
nº
2004
6.605
1
119
29
187
23
169
57
164
72
358
250
45
26
70
213
73
34
567
56
165
48
54
152
125
271
55
285
335
2.602
nº
2005
5.997
1
122
17
145
25
140
32
136
71
245
202
29
28
64
188
41
57
572
51
131
65
35
138
105
291
61
254
283
2.468
nº
2006
4.894
-
79
7
50
12
145
28
131
73
179
222
34
22
57
169
16
50
419
32
83
64
27
137
98
206
51
180
212
2.111
nº
2007
1.380
-
24
5
17
1
75
13
30
23
56
66
13
4
15
51
3
7
112
10
18
13
7
41
14
52
7
46
48
609
nº
2008 nº
163.799
27
3.589
340
4.923
358
5.913
992
4.301
1.642
11.030
6.852
541
387
1.220
4.354
1.400
1.417
11.334
944
3.165
1.869
928
3.410
2.188
6.887
1.108
5.826
8.646
68.208
Total
100,0
0,0
2,2
0,2
3,0
0,2
3,6
0,6
2,6
1,0
6,7
4,2
0,3
0,2
0,7
2,7
0,9
0,9
6,9
0,6
1,9
1,1
0,6
2,1
1,3
4,2
0,7
3,6
5,3
41,6
%
TABELA 17 - Casos notificados de Aids segundo Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE) de residência e ano de diagnóstico, Estado de São Paulo, 1980 a 2008*
Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1
21
22
80 a 90 nº 7.496 549 329 92 453 74 127 69 94 118 57 586 68 87 161 65 18 15 439 1.227 54 208 25 330 11 250 11 134 2 13.149
91 a 95 nº 18.448 2.254 1.207 257 1.523 451 718 204 526 852 195 2.332 373 303 960 257 60 64 1.620 3.350 308 1.055 167 1.561 52 1.306 63 793 5 41.264
1996 nº 4.120 588 272 77 432 145 220 55 135 250 43 737 100 84 279 74 16 30 456 806 87 304 51 408 26 344 20 251 1 10.411
1997 nº 4.285 629 343 60 446 125 255 57 165 210 45 673 128 78 332 75 22 41 529 656 95 291 38 440 15 265 15 264 3 10.580
1998 nº 4.489 631 565 70 506 150 262 60 153 195 54 812 103 104 312 72 23 51 516 702 140 334 115 531 19 393 22 284 2 11.670
1999 nº 3.959 536 457 53 424 141 248 53 91 177 56 682 97 132 282 59 20 40 476 655 106 265 48 380 22 308 24 238 3 10.032
Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PEDST/Aids-SP) (*) Dados preliminares até 30/06/08, sujeitos a revisão mensal
GVE 1 CAPITAL GVE 7 SANTO ANDRE GVE 8 MOGI DAS CRUZES GVE 9 FRANCO DA ROCHA GVE 10 OSASCO GVE 11 ARACATUBA GVE 12 ARARAQUARA GVE 13 ASSIS GVE 14 BARRETOS GVE 15 BAURU GVE 16 BOTUCATU GVE 17 CAMPINAS GVE 18 FRANCA GVE 19 MARILIA GVE 20 PIRACICABA GVE 21 PRESIDENTE PRUDENTE GVE 22 PRESIDENTE VENCESLAU GVE 23 REGISTRO GVE 24 RIBEIRAO PRETO GVE 25 SANTOS GVE 26 SAO JOAO DA BOA VISTA GVE 27 SAO JOSE DOS CAMPOS GVE 28 CARAGUATATUBA GVE 29 SAO JOSE DO RIO PRETO GVE 30 JALES GVE 31 SOROCABA GVE 32 ITAPEVA GVE 33 TAUBATE Ignorado Total
GVE de Residência
Ano de Diagnóstico 2000 2001 2002 nº nº nº 3.430 3.377 3.269 518 492 491 429 316 339 42 57 60 448 429 439 186 143 144 226 259 210 56 59 60 109 116 99 198 165 229 56 63 58 763 719 694 84 95 87 95 85 117 318 263 266 72 78 88 22 30 34 31 32 21 461 423 354 591 511 471 122 114 125 302 268 301 88 93 63 386 313 324 30 39 21 398 324 285 22 19 17 304 248 220 1 3 3 9.788 9.133 8.889 2003 nº 3.118 425 307 47 373 124 183 60 85 177 69 743 59 67 249 76 28 40 323 437 135 209 82 339 19 289 25 220 8.308
2004 nº 2.537 415 288 64 327 128 151 51 62 116 74 611 33 69 190 75 26 42 301 412 73 164 59 225 28 222 31 177 1 6.952
2005 nº 2.557 327 273 51 264 123 150 52 45 164 55 557 32 73 207 69 25 45 246 351 72 160 57 168 23 184 29 115 1 6.475
2006 nº 2.426 283 245 58 284 105 138 35 62 130 51 568 56 41 184 64 28 27 199 239 71 132 31 138 24 144 17 121 1 5.902
2007 nº 2.079 210 176 50 205 97 136 27 64 83 30 411 50 16 166 57 22 34 220 179 72 131 26 143 12 50 6 78 4.830
2008 nº 603 47 45 7 50 14 41 7 13 18 10 111 7 3 51 15 4 13 64 55 23 30 13 75 1 16 5 24 1.365 nº 66.193 8.395 5.591 1.045 6.603 2.150 3.324 905 1.819 3.082 916 10.999 1.372 1.354 4.220 1.196 378 526 6.627 10.642 1.597 4.154 956 5.761 342 4.778 326 3.471 26 158.748
Total % 41,7 5,3 3,5 0,7 4,2 1,4 2,1 0,6 1,1 1,9 0,6 6,9 0,9 0,9 2,7 0,8 0,2 0,3 4,2 6,7 1,0 2,6 0,6 3,6 0,2 3,0 0,2 2,2 0,0 100,0
TABELA 18 - Casos notificados de Aids em indivíduos com 13 anos de idade ou mais, segundo Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE) de residência e ano de diagnóstico,Estado de São Paulo, 1980 a 2008*
Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1
Dezembro 2008
Dezembro 2008 10 1 5 -
GVE 31 SOROCABA
GVE 32 ITAPEVA
GVE 33 TAUBATÉ
Ignorado 1.385
-
34
3
48
5
42
12
45
13
106
60
1
1
8
22
12
11
83
7
18
9
3
29
12
77
10
41
71
602
408
-
8
-
17
2
14
5
11
5
34
24
-
2
3
16
7
2
20
-
9
5
1
4
2
17
8
21
14
157
nº
1996
439
1
10
1
5
1
12
3
13
3
32
25
2
-
2
21
7
4
32
1
14
8
2
11
2
17
5
20
15
170
nº
1997
352
-
8
2
7
2
15
1
10
3
27
11
-
1
1
10
5
7
25
3
4
2
5
9
3
17
4
14
21
135
nº
1998
Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PEDST/Aids-SP) (*) Dados preliminares até 30/06/08, sujeitos a revisão mensal
455
-
GVE 30 JALES
Total
1 12
GVE 29 SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
GVE 27 SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
GVE 28 CARAGUATATUBA
2 3
GVE 26 SÃO JOÃO DA BOA VISTA
58
-
GVE 22 PRESIDENTE VENCESLAU
GVE 25 SANTOS
1
GVE 21 PRESIDENTE PRUDENTE 2
5
GVE 20 PIRACICABA
20
-
GVE 19 MARÍLIA
GVE 24 RIBEIRÃO PRETO
1
GVE 18 FRANCA
GVE 23 REGISTRO
4 16
3
GVE 15 BAURU
GVE 17 CAMPINAS
-
GVE 14 BARRETOS
GVE 16 BOTUCATU
5
GVE 13 ASSIS
27
GVE 10 OSASCO 5
1
GVE 9 FRANCO DA ROCHA
4
14
GVE 8 MOGI DAS CRUZES
GVE 12 ARARAQUARA
22
GVE 11 ARAÇATUBA
233
GVE 7 SANTO ANDRÉ
nº
nº
GVE 1 CAPITAL
91 a 95
349
-
5
-
16
-
12
1
8
2
28
14
2
-
-
8
5
5
28
2
6
4
1
11
2
16
2
17
24
130
nº
1999
372
-
11
1
15
2
17
3
14
4
31
11
2
2
2
11
4
1
24
3
7
7
-
7
-
30
2
20
19
122
nº
2000
344
-
11
1
7
3
11
2
11
4
16
15
2
1
2
6
1
3
30
2
10
2
2
6
2
28
8
22
21
115
nº
2001
258
-
7
1
7
-
3
2
12
1
14
18
1
1
1
5
1
5
24
2
7
3
-
-
3
20
4
18
13
85
nº
2002
Ano de Diagnóstico
225
-
4
3
6
-
5
3
6
2
13
5
1
-
3
6
3
2
22
1
1
3
-
-
2
11
5
13
15
90
nº
2003
160
-
9
-
2
-
4
-
6
5
15
11
-
-
-
11
1
1
8
-
2
1
2
2
2
7
6
9
5
51
nº
2004
130
-
4
-
3
-
1
-
4
-
7
4
-
1
1
6
-
2
10
1
1
3
2
2
2
7
4
12
8
45
nº
2005
95
-
1
-
1
1
2
1
4
-
6
3
2
-
-
4
-
1
4
-
1
3
-
-
-
7
3
9
-
42
nº
2006
64
-
1
1
-
-
2
2
-
1
-
2
-
-
-
3
-
-
8
2
-
-
-
1
1
1
1
4
2
32
nº
2007
15
-
-
-
1
-
-
-
-
-
1
2
-
-
-
-
-
-
1
-
-
-
-
-
-
2
-
1
1
6
nº
2008
0,0
2,3
0,3
2,9
0,3
3,0
0,7
2,9
0,9
7,7
4,5
0,3
0,2
0,5
2,7
0,9
0,9
6,6
0,6
1,6
1,0
0,5
1,7
0,8
5,6
1,2
4,7
5,0
39,9
%
5.051 100,0
1
118
14
145
16
152
36
147
45
388
225
15
9
24
134
46
45
335
28
83
50
23
86
38
284
63
235
251
2.015
nº
Total
TABELA 19 - Casos notificados de Aids em menores de 13 anos de idade, segundo Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE) de residência e ano de diagnóstico, Estado de São Paulo, 1984 a 2008*
84 a 90
ANO XXV – Nº 1
GVE de Residência
Boletim Epidemiológico
23
Boletim Epidemiológico
ANO XXV – Nº 1
TABELA 20 - Casos notificados de Aids segundo 150 municípios de residência com maior número de casos e ano de diagnóstico, Estado de São Paulo, 1980 a 2008* Ano de Diagnóstico 91-99
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2.008
Subtotal SINAN
Subtotal SEADE
Total SINAN + SEADE
Município de Residência
80-90 nº
nº
nº
nº
nº
nº
nº
nº
nº
nº
nº
nº
nº
nº
%
Total Estado de São Paulo
13.604
86.890
10.160
9.477
9.147
8.533
7.112
6.605
5.997
4.894
1.380
163.799
7848
171.647
100,0 40,6
1
355030 São Paulo
7.729
36.495
3.552
3.492
3.354
3.208
2.588
2.602
2.468
2.111
609
68.208
1454
69.662
2
354850 Santos
730
3.133
222
202
148
136
137
136
114
92
37
5.087
240
5.327
3,1
3
350950 Campinas
369
2.495
310
303
298
292
267
242
238
200
50
5.064
163
5.227
3,0
4
354340 Ribeirão Preto
395
2.800
309
301
231
220
216
148
126
152
44
4.942
168
5.110
3,0
5
354980 São José do Rio Preto
232
2.116
231
155
180
192
106
94
68
71
38
3.483
134
3.617
2,1
6
351880 Guarulhos
224
1.753
235
165
160
158
148
130
127
76
18
3.194
333
3.527
2,1
7
354780 Santo André
226
1.795
170
164
164
142
111
92
86
77
16
3.043
210
3.253
1,9
8
354990 São José dos Campos
141
1.347
196
167
207
149
114
116
90
105
24
2.656
93
2.749
1,6
9
355220 Sorocaba
160
1.519
188
141
133
145
85
74
48
15
1
2.509
159
2.668
1,6
10
353440 Osasco
201
1.350
154
148
148
101
89
57
77
43
16
2.384
239
2.623
1,5
11
354870 São Bernardo do Campo
157
1.206
134
129
132
118
111
113
88
43
9
2.240
73
2.313
1,3
12
355100 São Vicente
237
1.193
114
90
81
76
69
60
30
20
5
1.975
121
2.096
1,2
13
350600 Bauru
57
985
105
91
139
85
63
66
57
36
12
1.696
69
1.765
1,0
14
351870 Guarujá
162
809
102
82
99
76
90
51
29
25
-
1.525
200
1.725
1,0
15
355410 Taubaté
68
823
118
104
75
99
75
41
41
23
4
1.471
107
1.578
0,9
16
352590 Jundiaí
47
730
109
92
71
94
61
71
66
31
9
1.381
97
1.478
0,9
17
353870 Piracicaba
60
729
83
66
54
50
49
66
66
69
12
1.304
153
1.457
0,8
18
350320 Araraquara
54
768
77
77
72
58
61
51
45
39
16
1.318
9
1.327
0,8
19
352940 Mauá
48
607
78
76
85
63
66
45
11
17
8
1.104
210
1.314
0,8
20
351380 Diadema
63
591
106
86
69
56
85
53
67
60
11
1.247
47
1.294
0,8
21
351060 Carapicuíba
72
511
76
71
57
62
43
41
38
41
3
1.015
94
1.109
0,6
22
354100 Praia Grande
63
554
83
73
64
58
57
43
36
26
2
1.059
35
1.094
0,6
23
351620 Franca
54
589
57
55
56
37
23
23
40
34
4
972
61
1.033
0,6
24
352690 Limeira
47
517
86
68
87
63
35
41
33
12
6
995
25
1.020
0,6
25
352440 Jacareí
49
576
58
55
47
42
37
26
33
22
2
947
69
1.016
0,6
26
350280 Araçatuba
32
492
74
45
50
51
49
42
49
45
3
932
20
952
0,6
27
354890 São Carlos
38
407
72
74
60
46
41
41
48
57
15
899
8
907
0,5
28
351110 Catanduva
58
497
63
50
45
40
33
27
23
26
16
878
24
902
0,5
29
354140 Presidente Prudente
54
412
47
58
52
52
39
50
34
39
7
844
49
893
0,5
30
350550 Barretos
37
498
59
44
42
31
30
14
28
20
4
807
51
858
0,5
31
352900 Marília
43
446
51
46
65
35
31
34
25
10
2
788
17
805
0,5
32
353060 Moji das Cruzes
31
323
49
43
49
50
39
41
30
30
7
692
82
774
0,5
33
354880 São Caetano do Sul
65
428
27
33
42
40
23
19
18
11
3
709
54
763
0,4
34
351350 Cubatão
50
429
53
50
45
48
25
30
15
1
4
750
12
762
0,4
35
355280 Taboão da Serra
68
379
28
30
45
30
36
31
31
25
5
708
49
757
0,4
36
354390 Rio Claro
30
374
61
51
30
31
39
38
40
24
19
737
14
751
0,4
37
350610 Bebedouro
42
411
31
41
36
33
20
13
21
22
2
672
7
679
0,4
38
350850 Caçapava
18
391
58
53
53
22
16
19
13
3
2
648
31
679
0,4
39
350160 Americana
21
297
45
42
44
46
40
43
42
33
13
666
12
678
0,4
40
350570 Barueri
26
247
47
48
45
35
37
32
43
22
7
589
60
649
0,4
41
352310 Itaquaquecetuba
29
258
50
39
62
34
37
36
39
25
6
615
4
619
0,4
42
352250 Itapevi
36
246
49
41
34
38
19
35
29
19
8
554
56
610
0,4
43
352390 Itu
17
286
45
33
37
34
25
14
33
9
-
533
31
564
0,3
44
351500 Embu
27
247
44
41
27
23
22
16
26
13
6
492
42
534
0,3
45
355250 Suzano
15
218
32
34
35
32
30
31
27
24
9
487
43
530
0,3
46
351640 Franco da Rocha
57
193
15
17
20
27
29
18
25
27
-
428
93
521
0,3
47
350330 Araras
6
229
27
30
39
40
26
19
13
26
4
459
37
496
0,3
48
351907 Hortolândia
1
204
47
35
31
41
36
21
27
18
6
467
27
494
0,3
49
355240 Sumaré
26
231
31
23
35
27
17
9
23
14
4
440
51
491
0,3
50
352230 Itapetininga
18
200
39
34
24
17
31
20
7
1
1
392
65
457
0,3
51
351340 Cruzeiro
10
189
36
23
26
21
22
16
11
15
5
374
61
435
0,3
52
351840 Guaratinguetá
13
191
39
20
37
21
26
12
19
10
4
392
30
422
0,2
53
351570 Ferraz de Vasconcelos
16
189
39
25
21
20
20
22
11
5
2
370
38
408
0,2
54
351050 Caraguatatuba
7
135
39
40
22
36
32
24
19
23
3
380
18
398
0,2
55
352430 Jaboticabal
14
205
36
21
20
15
18
16
10
11
3
369
23
392
0,2
56
353080 Moji-Mirim
14
163
28
29
28
30
27
18
20
18
4
379
12
391
0,2
57
351300 Cotia
18
157
17
23
40
24
27
21
14
13
1
355
33
388
0,2
58
355710 Votuporanga
13
210
23
24
18
31
15
16
9
9
5
373
12
385
0,2
59
355370 Taquaritinga
12
220
26
27
21
20
6
17
7
3
4
363
17
380
0,2
60
350760 Bragança Paulista
18
172
16
25
30
28
13
20
17
11
3
353
24
377
0,2
61
351630 Francisco Morato
19
136
14
20
24
11
19
23
22
3
3
294
79
373
0,2
62
355400 Tatuí
17
172
29
30
33
18
17
17
15
7
3
358
9
367
0,2
63
355170 Sertãozinho
15
169
24
20
27
21
12
14
11
5
2
320
34
354
0,2
64
350400 Assis
20
149
19
28
14
18
25
18
15
12
2
320
26
346
0,2
65
352260 Itapira
4
185
33
26
22
23
8
10
9
8
2
330
14
344
0,2
continua
24
Dezembro 2008
Boletim Epidemiológico
ANO XXV – Nº 1
continuação Ano de Diagnóstico 91-99
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2.008
Subtotal SINAN
Subtotal SEADE
Total SINAN + SEADE
Município de Residência
80-90 nº
nº
nº
nº
nº
nº
nº
nº
nº
nº
nº
nº
nº
nº
%
Total Estado de São Paulo
13.604
86.890
10.160
9.477
9.147
8.533
7.112
6.605
5.997
4.894
1.380
163.799
7848
171.647
100,0
66
353470 Ourinhos
15
145
23
18
31
19
10
15
10
5
2
293
51
344
0,2
67
355070 São Sebastião
13
156
25
31
17
16
9
17
7
3
8
302
37
339
0,2
68
350410 Atibaia
24
183
25
18
10
7
7
12
7
1
2
296
29
325
0,2
69
350650 Birigui
8
145
23
21
23
25
26
15
9
9
-
304
5
309
0,2
70
353800 Pindamonhangaba
10
139
30
24
23
20
11
8
10
11
2
288
15
303
0,2
71
353070 Moji-Guaçu
8
123
24
15
27
34
17
17
8
15
5
293
8
301
0,2
72
352530 Jaú
12
173
22
8
10
19
8
15
12
11
-
290
10
300
0,2
73
355480 Tremembé
11
181
19
19
13
11
12
5
5
3
2
281
19
300
0,2
74
355650 Várzea Paulista
7
146
27
15
9
20
13
16
15
5
3
276
19
295
0,2
75
352720 Lorena
15
146
11
16
16
11
14
9
13
1
3
255
37
292
0,2
76
350750 Botucatu
29
124
21
19
13
15
20
12
17
9
4
283
6
289
0,2
77
354580 Santa Bárbara d'Oeste
12
93
16
21
25
27
21
19
17
15
7
273
15
288
0,2
78
354330 Ribeirão Pires
10
127
15
21
9
14
20
11
11
4
-
242
44
286
0,2
79
352210 Itanhaém
21
111
14
7
23
25
16
22
11
8
5
263
22
285
0,2
80
353030 Mirassol
7
155
16
23
20
14
15
5
4
9
2
270
13
283
0,2
81
355540 Ubatuba
6
128
22
21
25
25
16
11
4
2
1
261
22
283
0,2
82
353980 Poá
15
122
23
10
16
12
10
12
7
10
2
239
36
275
0,2
83
352670 Leme
6
104
20
21
13
17
14
10
8
6
2
221
46
267
0,2
84
352710 Lins
13
124
18
16
15
11
11
11
9
7
1
236
20
256
0,1
85
352050 Indaiatuba
6
104
13
21
19
24
17
11
11
13
-
239
13
252
0,1
86
352220 Itapecerica da Serra
9
107
16
17
11
25
21
11
5
8
2
232
20
252
0,1
87
352340 Itatiba
8
77
24
19
21
17
23
15
17
9
2
232
12
244
0,1
88
350450 Avaré
18
122
17
12
8
13
13
13
2
1
2
221
10
231
0,1
89
353130 Monte Alto
6
109
19
20
16
14
8
7
5
8
5
217
11
228
0,1
90
355700 Votorantim
13
107
17
11
9
14
8
5
3
1
1
189
39
228
0,1
91
350190 Amparo
9
79
26
17
6
27
15
13
9
6
3
210
13
223
0,1
92
350210 Andradina
7
103
16
16
17
11
10
10
6
8
3
207
7
214
0,1
93
355060 São Roque
5
86
20
18
13
10
12
16
6
3
4
193
16
209
0,1
94
352500 Jandira
9
89
15
5
14
7
14
6
6
6
2
173
33
206
0,1
95
353930 Pirassununga
6
104
14
11
21
16
13
6
2
3
1
197
5
202
0,1
96
350250 Aparecida
-
87
18
17
9
13
7
10
7
5
3
176
21
197
0,1
97
350960 Campo Limpo Paulista
6
90
11
14
14
8
12
12
8
5
1
181
16
197
0,1
98
352930 Matão
3
90
12
21
11
15
9
5
11
14
-
191
3
194
0,1
99
353050 Mococa
13
94
9
13
13
11
7
6
7
4
1
178
15
193
0,1
100 352850 Mairiporã
6
109
4
7
9
5
7
8
5
9
2
171
14
185
0,1
101 354910 São João da Boa Vista
6
56
13
15
17
18
6
9
14
14
5
173
10
183
0,1
102 350590 Batatais
8
79
18
15
14
11
7
7
3
4
2
168
11
179
0,1
103 353760 Peruíbe
13
77
15
11
15
11
12
5
3
3
-
165
14
179
0,1
104 353650 Paulínia
8
77
14
19
8
16
3
2
1
1
2
151
19
170
0,1
105 355620 Valinhos
7
57
13
8
18
15
9
9
11
4
2
153
17
170
0,1
106 354520 Salto
5
62
14
12
12
12
12
7
9
2
5
152
14
166
0,1
107 351280 Cosmópolis
5
60
9
23
11
13
11
3
12
2
-
149
15
164
0,1
108 353010 Mirandópolis
6
81
22
11
5
1
6
8
9
3
-
152
9
161
0,1
109 353890 Pirajuí
8
77
11
9
13
5
4
8
6
2
-
143
12
155
0,1
110 351040 Capivari
3
66
11
10
12
12
5
10
6
9
1
145
9
154
0,1
111 350970 Campos do Jordão
6
54
18
12
9
5
3
3
7
-
-
117
36
153
0,1
112 353110 Mongaguá
9
51
7
8
3
12
13
9
5
-
2
119
30
149
0,1
113 355500 Tupã
9
70
10
6
11
12
8
6
3
2
-
137
12
149
0,1
114 351550 Fernandópolis
2
57
10
18
4
7
10
10
8
5
-
131
12
143
0,1
115 350900 Caieiras
10
48
7
11
7
4
8
4
3
8
2
112
21
133
0,1
116 353730 Penápolis
7
66
7
9
9
3
6
6
5
5
2
125
7
132
0,1
117 350390 Arujá
10
50
7
13
7
5
7
8
4
6
1
118
12
130
0,1
118 352240 Itapeva
4
64
11
6
4
13
6
11
3
3
1
126
3
129
0,1
119 352680 Lençóis Paulista
2
55
6
11
9
13
7
11
4
-
2
120
7
127
0,1
120 354730 Santana de Parnaíba
3
40
9
13
9
12
5
7
14
8
-
120
7
127
0,1
121 354070 Porto Ferreira
3
49
10
10
8
9
8
9
8
4
1
119
4
123
0,1
122 350920 Cajamar
1
60
4
10
4
5
7
2
6
4
-
103
12
115
0,1
123 351510 Embu-Guaçu
3
46
10
8
11
5
9
4
2
1
-
99
15
114
0,1
124 353390 Olímpia
6
53
11
7
5
8
2
9
2
4
1
108
6
114
0,1
125 353550 Paraguaçu Paulista
25
46
4
4
6
7
5
6
2
2
1
108
6
114
0,1
126 352510 Jardinópolis
3
52
7
7
6
7
6
5
7
5
2
107
3
110
0,1
127 354260 Registro
4
45
6
13
4
6
3
11
5
1
3
101
8
109
0,1
128 355670 Vinhedo
5
46
4
3
8
5
6
6
2
8
1
94
13
107
0,1
129 354130 Presidente Epitácio
1
31
4
11
4
8
14
10
9
5
3
100
2
102
0,1
130 352410 Ituverava
2
44
7
8
7
4
2
3
4
5
2
88
13
101
0,1
131 352920 Martinópolis
1
20
5
12
9
9
16
9
8
5
4
98
2
100
0,1
132 352320 Itararé
3
28
7
8
8
8
15
9
4
2
1
93
5
98
0,1
133 354150 Presidente Venceslau
7
45
7
3
2
5
5
4
5
3
-
86
12
98
0,1
134 350635 Bertioga
-
39
12
4
7
8
8
2
2
4
1
87
9
96
0,1
135 354940 São Joaquim da Barra
3
44
7
11
13
-
1
-
3
1
-
83
11
94
0,1
continua
Dezembro 2008
25
Boletim Epidemiológico
ANO XXV – Nº 1
continuação Ano de Diagnóstico 91-99
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2.008
Subtotal SINAN
Subtotal SEADE
Total SINAN + SEADE
Município de Residência
80-90 nº
nº
nº
nº
nº
nº
nº
nº
nº
nº
nº
nº
nº
nº
%
Total Estado de São Paulo
13.604
86.890
10.160
9.477
9.147
8.533
7.112
6.605
5.997
4.894
1.380
163.799
7848
171.647
100,0
136 351310 Cravinhos
1
43
5
10
7
6
3
4
3
3
2
87
5
92
0,1
137 353180 Monte Mor
1
43
6
4
7
9
3
4
4
4
-
85
7
92
0,1
138 355150 Serrana
3
47
8
7
3
2
3
5
4
2
1
85
7
92
0,1 0,1
139 355645 Vargem Grande Paulista
1
33
8
3
9
11
7
4
4
3
-
83
6
89
140 350170 Américo Brasiliense
2
40
10
11
6
2
5
6
2
1
-
85
2
87
0,1
141 353670 Pederneiras
3
42
5
4
5
4
4
4
4
3
1
79
8
87
0,1
142 353780 Piedade
2
41
3
6
2
4
7
2
2
1
-
70
17
87
0,1
143 352470 Jaguariúna
2
36
4
3
7
5
4
5
5
8
1
80
5
85
0,0
144 354410 Rio Grande da Serra
2
29
7
4
3
7
4
2
2
-
1
61
22
83
0,0
145 353340 Nova Odessa
4
28
5
4
7
7
4
6
5
4
1
75
4
79
0,0
146 353740 Pereira Barreto
1
24
10
9
10
6
5
4
-
5
2
76
3
79
0,0
147 350925 Cajati
-
23
5
5
4
7
6
7
7
6
2
72
6
78
0,0
148 351670 Garça
12
41
3
5
5
3
4
1
-
-
-
74
4
78
0,0
149 352570 José Bonifácio
2
43
3
6
2
6
5
2
2
-
1
72
5
77
0,0
150 351860 Guariba Subtotal outros municípios prioritários** 157 354660 Santa Fé do Sul
1
36
8
6
3
3
1
5
4
3
-
70
6
76
0,0
13.301
83.602
9.587
8.898
8.569
7.968
6.629
6.128
5.581
4.552
1.297
156.112
7.139
163.251
95,1
15
172
31
26
15
18
13
24
19
16
2
351
29
380
0,2
2
31
7
10
4
2
-
5
2
2
1
66
4
70
0,0
163 352480 Jales
3
24
7
6
3
1
3
5
7
3
-
62
3
65
0,0
172 354680 Santa Isabel
3
15
8
1
1
6
1
2
4
1
-
42
16
58
0,0
198 354160 Promissão
4
27
2
3
3
3
1
3
1
1
-
48
1
49
0,0
205 352640 Laranjal Paulista
-
25
1
2
3
4
5
1
1
2
-
44
3
47
0,0
206 354970 São José do Rio Pardo
1
27
3
2
-
1
1
6
1
3
-
45
2
47
0,0
213 353620 Pariquera-Açu demais municípios do Estado
2
23
3
2
1
1
2
2
3
4
1
44
-
44
0,0
288
3.116
542
553
563
547
470
453
397
326
81
7.336
680
8.016
4,7
Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PEDST/Aids-SP) (*) Dados preliminares até 30/06/08, sujeitos a revisão mensal (**) incluido demais municípios prioritários que não estavam na relação dos 150 municípios com maior números de casos municípios prioritários
26
Dezembro 2008
Boletim Epidemiológico
ANO XXV – Nº 1
TABELA 21 - Taxa de incidência (TI) de Aids por 100.000 habitantes, nos 150 Municípios de residência com maior ocorrência de casos de 1980 a 2008 e maior TI* do ano de 2006, Estado de são Paulo, 1980 a 2008** Ano de Diagnóstico 1995
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006***
2007
Total SINAN+SEADE 1980 a 2008
Município de Residência
1990 TI
TI
TI
TI
TI
TI
TI
TI
TI
TI
nº
TOTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
16,4
29,8
27,5
25,3
24,1
22,1
18,2
16,6
16,4
12,0
171.647
1
353010 Mirandópolis
8,3
19,8
84,9
42,2
19,0
3,8
22,5
29,9
40,8
11,1
161
2
352920 Martinópolis
0,0
4,8
22,4
53,2
39,5
39,1
68,9
38,4
33,8
21,0
100
3
350550 Barretos
22,6
63,3
56,8
42,1
39,9
29,3
28,1
13,0
31,5
18,4
858
4
350280 Araçatuba
9,6
45,0
43,8
26,4
29,1
29,4
28,0
23,8
28,1
25,1
952
5
353890 Pirajuí
31,7
56,4
54,8
44,2
63,1
23,9
18,9
37,3
27,9
9,2
155
6
354850 Santos
51,2
87,0
53,1
48,1
35,1
32,1
32,2
31,8
27,8
21,4
5.327
7
350610 Bebedouro
35,3
70,4
41,5
54,6
47,6
43,4
26,2
16,9
27,2
28,4
679
8
351340 Cruzeiro
5,9
21,2
49,0
31,1
34,8
27,9
29,0
20,9
24,7
19,3
435
9
354890 São Carlos
9,1
26,5
37,4
37,7
29,9
22,5
19,6
19,3
24,5
25,9
907
10
354130 Presidente Epitácio
0,0
18,9
10,2
27,8
10,1
20,0
34,7
24,6
24,5
12,2
102
11
352390 Itu
6,8
30,3
33,3
24,0
26,4
23,7
17,1
9,4
24,5
5,9
564
12
350950 Campinas
20,3
33,7
32,0
30,9
30,0
29,1
26,3
23,5
23,9
19,0
5.227
13
355030 São Paulo
28,8
40,9
34,1
33,3
31,8
30,2
24,2
24,2
23,8
19,4
69.662
14
351050 Caraguatatuba
7,9
36,0
49,6
49,8
26,9
43,1
37,5
27,6
23,8
25,8
398
15
350925 Cajati
-
7,6
17,1
17,1
13,7
23,9
20,5
23,9
23,8
20,3
78
16
351110 Catanduva
31,9
61,5
59,6
46,9
41,9
37,0
30,3
24,6
23,5
23,3
902
17
354340 Ribeirão Preto
32,9
71,3
61,3
58,8
44,5
41,7
40,4
27,3
23,5
27,3
5.110
18
354390 Rio Claro
8,2
32,5
36,3
29,8
17,3
17,5
21,7
20,7
23,1
12,7
751
19
350320 Araraquara
15,4
47,1
42,3
41,8
38,6
30,7
31,9
26,4
23,0
19,7
1.327
20
351280 Cosmópolis
2,9
10,3
20,3
50,5
23,5
26,9
22,1
5,9
22,9
3,7
164
21
353080 Moji-Mirim
11,1
26,4
34,4
35,1
33,4
35,2
31,2
20,5
22,5
19,9
391
22
350160 Americana
5,3
19,8
24,7
22,7
23,5
24,2
20,7
22,0
22,2
16,5
678
23
351640 Franco da Rocha
46,9
24,3
13,9
15,4
17,8
23,5
24,7
15,0
22,2
21,8
521
24
350850 Caçapava
17,1
59,8
76,3
68,9
68,0
27,9
20,0
23,5
22,0
3,6
679
25
354150 Presidente Venceslau
8,5
5,4
18,7
8,0
5,3
13,3
13,3
10,6
21,2
7,9
98
26
350970 Campos do Jordão
5,6
12,5
40,7
26,8
19,8
10,8
6,4
6,3
20,8
0,0
153
27
351840 Guaratinguetá
4,0
33,8
37,5
19,0
34,7
19,5
23,8
10,9
20,6
8,9
422
28
352510 Jardinópolis
8,5
18,5
22,8
22,3
18,7
21,4
17,9
14,6
20,1
14,1
110
29
353870 Piracicaba
10,9
26,4
25,3
19,8
15,9
14,5
14,0
18,6
20,0
19,0
1.457
30
351040 Capivari
0,0
29,5
26,6
23,8
28,1
27,7
11,4
22,4
19,9
19,6
154
31
352590 Jundiaí
7,0
23,1
33,7
28,1
21,4
28,0
18,0
20,6
19,8
8,8
1.478
32
354980 São José do Rio Preto
30,5
71,3
64,6
42,5
48,4
50,6
27,4
23,8
19,5
17,5
3.617
33
350250 Aparecida
0,0
32,2
51,6
48,4
25,4
36,4
19,5
27,6
19,2
13,6
197
34
351380 Diadema
7,4
26,0
29,7
23,8
18,9
15,1
22,6
13,9
18,7
15,4
1.294
35
351860 Guariba
3,6
20,1
25,8
19,2
9,5
9,4
3,1
15,4
18,4
9,1
76
36
352340 Itatiba
8,5
12,9
29,6
22,9
24,7
19,5
25,8
16,4
18,2
9,5
244
37
352440 Jacareí
13,3
51,3
30,4
28,4
23,9
21,1
18,3
12,7
17,9
10,5
1.016
38
350570 Barueri
8,9
20,4
22,7
22,3
20,1
15,1
15,3
12,8
17,8
8,3
649
39
350600 Bauru
10,7
53,1
33,3
28,4
42,6
25,6
18,7
19,2
17,8
10,2
1.765
40
355480 Tremembé
3,8
78,4
54,7
53,4
35,6
29,4
31,3
12,7
17,5
7,4
300
41
354140 Presidente Prudente
11,1
22,1
24,9
30,4
26,9
26,6
19,7
25,0
17,4
19,2
893
42
354910 São João da Boa Vista
4,4
6,9
16,8
19,2
21,6
22,7
7,5
11,1
17,2
17,1
183
43
352720 Lorena
9,8
32,5
14,1
20,3
20,2
13,7
17,3
11,0
17,0
1,2
292
44
355410 Taubaté
13,3
45,8
48,4
42,0
29,9
38,9
29,0
15,6
16,9
8,5
1.578
45
350190 Amparo
4,0
27,3
43,1
27,8
9,7
43,0
23,5
20,1
16,8
9,1
223
46
351907 Hortolândia
-
25,6
31,0
22,3
19,0
24,3
20,6
11,6
16,7
9,4
494
47
352470 Jaguariúna
4,2
11,5
13,5
9,8
22,1
15,3
11,8
14,2
16,6
21,5
85
48
355280 Taboão da Serra
20,4
22,5
14,2
14,9
21,8
14,2
16,7
14,1
16,5
11,0
757
49
355370 Taquaritinga
15,3
38,7
50,0
51,3
39,5
37,2
11,0
30,9
16,2
5,3
380
50
351630 Francisco Morato
6,7
26,9
10,5
14,6
17,1
7,6
12,9
15,2
16,2
1,9
373
51
352250 Itapevi
18,9
13,9
30,3
24,4
19,6
21,1
10,2
18,1
16,1
9,3
610
52
350400 Assis
9,6
19,8
21,8
31,8
15,7
19,9
27,4
19,5
16,1
12,7
346
53
352710 Lins
12,0
32,1
27,3
24,1
22,3
16,2
16,1
15,9
15,8
10,0
256
54
352930 Matão
1,7
17,9
16,7
29,0
15,0
20,3
12,0
6,6
15,7
18,1
194
55
354990 São José dos Campos
16,3
40,6
36,4
30,4
37,0
26,1
19,6
19,6
15,6
17,1
2.749
56
354100 Praia Grande
20,7
34,1
43,1
36,7
31,1
27,3
26,0
19,0
15,5
10,9
1.094
57
355170 Sertãozinho
14,6
15,2
25,4
20,8
27,6
21,1
11,9
13,6
15,4
4,7
354
58
354070 Porto Ferreira
2,7
18,9
21,1
20,8
16,3
18,0
15,8
17,4
15,3
7,6
123
59
354780 Santo André
15,8
38,4
26,2
25,1
25,0
21,6
16,8
13,8
15,2
11,4
3.253
60
355500 Tupã
3,3
11,5
15,8
9,4
17,2
18,6
12,3
9,2
15,2
3,0
149
61
355240 Sumaré
7,7
15,2
15,8
11,5
17,0
12,8
7,9
4,1
14,7
6,1
491
62
352260 Itapira
3,6
36,8
52,1
40,6
33,9
35,0
12,0
14,9
14,7
11,7
344
63
355400 Tatuí
8,1
18,1
31,1
31,6
34,1
18,2
16,9
16,6
14,4
6,6
3 67
64
355650 Várzea Paulista
4,7
22,9
29,2
15,9
9,3
20,3
12,9
15,5
14,3
4,7
295
continua
Dezembro 2008
27
Boletim Epidemiológico
ANO XXV – Nº 1
continuação Ano de Diagnóstico Município de Residência
2007
Total SINAN+SEADE 1980 a 2008
1990
1995
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006***
TI
TI
TI
TI
TI
TI
TI
TI
TI
TI
nº
TOTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
16,4
29,8
27,5
25,3
24,1
22,1
18,2
16,6
16,4
12,0
171.647
65
353110 Mongaguá
33,8
23,4
20,1
22,2
8,0
31,1
32,5
21,8
14,2
0,0
149
66
350330 Araras
1,2
26,4
26,0
28,4
36,5
36,9
23,6
17,0
14,2
22,8
496
67
350210 Andradina
5,8
20,4
29,0
28,9
30,6
19,7
17,8
17,8
14,2
14,1
214
68
350750 Botucatu
8,0
19,4
19,4
17,3
11,6
13,1
17,2
10,1
14,2
7,4
289
69
354730 Santana de Parnaíba
6,1
7,6
12,1
16,6
11,0
13,9
5,5
7,3
14,1
7,7
127
70
352210 Itanhaém
6,9
17,6
19,5
9,5
30,1
31,7
19,6
26,2
14,0
9,1
285
71
352430 Jaboticabal
5,2
65,2
53,5
30,8
29,0
21,5
25,5
22,4
13,9
15,1
392
72
355070 São Sebastião
25,2
36,5
43,3
52,4
28,0
25,7
14,1
26,0
13,5
4,4
339
73
351350 Cubatão
18,9
54,1
49,0
45,5
40,2
42,2
21,6
25,5
13,4
0,8
762
74
353030 Mirassol
7,9
41,6
33,2
47,0
40,3
27,8
29,4
9,7
13,4
17,0
283
75
355150 Serrana
13,6
25,9
24,6
21,0
8,8
5,7
8,3
13,5
13,2
5,2
92
76
351880 Guarulhos
12,4
16,9
22,0
15,0
14,2
13,6
12,4
10,6
13,2
6,0
3.527
77
351620 Franca
8,1
24,6
19,8
18,8
18,8
12,2
7,4
7,3
13,1
10,4
1.033
78
353340 Nova Odessa
3,1
8,0
11,9
9,4
16,2
15,9
8,9
13,2
13,1
8,6
79
79
354880 São Caetano do Sul
13,9
37,6
19,3
23,4
29,6
28,0
16,0
13,1
13,1
7,5
763
80
352570 José Bonifácio
3,8
11,6
10,5
20,6
6,8
20,1
16,5
6,5
12,9
0,0
77
81
353470 Ourinhos
5,3
19,0
24,5
18,9
32,1
19,4
10,1
14,9
12,8
4,9
344
82
355100 São Vicente
28,9
67,4
37,6
29,4
26,2
24,3
21,8
18,8
12,7
6,1
2.096
83
350960 Campo Limpo Paulista
7,1
17,0
17,3
21,6
21,1
11,8
17,4
17,0
12,6
6,9
197
84
351310 Cravinhos
0,0
15,9
17,6
34,6
23,7
19,9
9,8
12,8
12,6
9,3
92
85
354870 São Bernardo do Campo
10,5
22,3
19,1
18,0
18,1
15,9
14,7
14,7
12,6
5,4
2.313
86
351550 Fernandópolis
0,0
15,3
16,2
29,0
6,4
11,1
15,8
15,7
12,5
7,7
143
87
351870 Guarujá
29,6
40,4
38,6
30,4
36,0
27,1
31,4
17,5
12,5
8,3
1.725
88
351500 Embu
6,7
15,9
21,2
19,2
12,3
10,2
9,5
6,7
12,3
5,2
534
89
353440 Osasco
13,6
27,9
23,6
22,4
22,1
14,9
13,0
8,2
12,3
6,1
2.623
90
351060 Carapicuíba
11,8
17,9
22,1
20,3
16,0
17,0
11,6
10,8
12,2
10,5
1.109
91
350760 Bragança Paulista
3,8
11,8
12,8
19,7
23,1
21,2
9,7
14,6
12,2
7,8
377
92
352690 Limeira
11,5
24,0
34,6
26,9
33,9
24,2
13,2
15,3
12,1
4,4
1.020
93
352530 Jaú
3,3
17,6
19,7
7,0
8,6
16,0
6,6
12,2
12,0
8,6
300
94
352900 Marília
12,8
22,1
25,9
22,9
31,8
16,8
14,7
15,8
11,9
4,5
805
95
352670 Leme
4,6
13,6
24,8
25,7
15,7
20,3
16,5
11,6
11,5
6,8
267
96
353180 Monte Mor
0,0
13,2
16,1
10,5
17,8
22,3
7,2
9,4
11,5
9,0
92
97
355620 Valinhos
3,0
6,7
15,7
9,4
20,6
16,7
9,7
9,5
11,3
4,0
170
98
352310 Itaquaquecetuba
7,3
8,1
18,4
13,8
20,9
11,0
11,5
10,7
11,2
6,9
619
99
354330 Ribeirão Pires
7,4
20,4
14,4
19,8
8,3
12,7
17,8
9,6
11,2
3,4
286
100
355710 Votuporanga
12,4
27,3
30,5
31,4
23,2
39,5
18,9
19,9
11,1
11,0
385
101
353130 Monte Alto
10,3
45,8
43,6
45,5
36,0
31,3
17,7
15,3
10,9
17,2
228
102
353730 Penápolis
8,5
7,8
12,8
16,4
16,3
5,4
10,7
10,6
10,6
8,8
132
103
352410 Ituverava
0,0
23,2
19,3
21,8
18,9
10,7
5,3
7,9
10,4
12,9
101
104
352500 Jandira
6,8
12,1
16,4
5,3
14,5
7,0
13,7
5,7
10,3
5,5
206
105
353050 Mococa
17,5
17,8
13,7
19,7
19,5
16,4
10,3
8,8
10,2
5,8
193
106
355220 Sorocaba
18,6
48,5
38,2
28,0
25,8
27,4
15,7
13,4
10,1
2,6
2.668
107
353670 Pederneiras
6,4
8,8
13,7
10,8
13,3
10,4
10,3
10,1
10,0
7,4
87
108
350920 Cajamar
0,0
26,9
7,9
19,2
7,4
9,0
12,3
3,4
10,0
6,5
115
109
354580 Santa Bárbara d'Oeste
5,1
6,4
9,4
12,2
14,3
15,3
11,7
10,5
9,8
8,1
288
110
350650 Birigui
5,5
29,9
24,4
22,0
23,8
25,5
26,2
14,9
9,8
8,8
309
111
355250 Suzano
4,0
15,0
14,0
14,4
14,4
12,7
11,6
11,6
9,8
8,5
530
112
354520 Salto
1,5
11,1
15,1
12,7
12,4
12,2
12,0
6,9
9,6
1,9
166
113
355645 Vargem Grande Paulista
0,0
26,3
24,6
8,9
25,5
29,9
18,2
10,0
9,6
7,0
89
114
353060 Moji das Cruzes
4,9
16,9
14,9
12,8
14,3
14,4
11,0
11,4
9,3
8,1
774
115
351300 Cotia
8,1
14,6
11,4
15,0
25,4
14,8
16,2
12,3
9,1
7,2
388
116
353760 Peruíbe
16,1
32,2
29,3
21,2
28,5
20,7
22,2
9,1
9,1
5,4
179
117
354940 São Joaquim da Barra
2,8
15,6
16,9
26,2
30,6
0,0
2,3
0,0
9,0
2,2
94
118
355540 Ubatuba
4,5
25,3
33,0
30,6
35,4
34,4
21,4
14,3
8,9
2,5
283
119
354260 Registro
4,2
3,9
11,2
24,0
7,3
10,9
5,4
19,6
8,9
1,8
109
120
350390 Arujá
11,5
15,2
11,9
21,3
11,1
7,7
10,4
11,5
8,4
8,2
130
121
355060 São Roque
3,2
18,1
30,1
26,7
19,0
14,4
17,1
22,5
8,3
4,1
209
122
353390 Olímpia
4,8
11,2
23,9
15,1
10,7
17,0
4,2
18,8
8,3
8,2
114
123
351510 Embu-Guaçu
2,9
13,5
17,6
13,9
18,9
8,5
15,0
6,6
8,2
1,6
114
124
353780 Piedade
0,0
10,8
6,0
12,1
4,0
8,1
14,3
4,1
8,1
2,0
87
125
352320 Itararé
4,6
11,3
15,1
17,0
16,8
16,6
30,7
18,2
8,0
4,0
98
126
352230 Itapetininga
6,8
29,5
31,1
26,6
18,5
12,9
23,0
14,6
7,9
0,7
457
127
353800 Pindamonhangaba
2,0
9,8
23,9
18,7
17,6
15,1
8,1
5,8
7,9
7,8
303
128
351570 Ferraz de Vasconcelos
3,3
21,8
27,5
17,0
13,8
12,8
12,3
13,1
7,5
2,8
408
129
353070 Moji-Guaçu
1,9
12,6
19,4
11,9
21,0
26,0
12,8
12,6
7,3
10,8
301
130
354410 Rio Grande da Serra
0,0
12,2
18,9
10,6
7,8
17,8
10,0
4,9
7,2
0,0
83
131
353550 Paraguaçu Paulista
49,1
11,0
10,1
10,0
14,8
17,1
12,0
14,3
7,1
4,7
114
132
352850 Mairiporã
10,4
24,8
6,7
11,3
14,1
7,6
10,3
11,4
7,0
12,2
185
continua
28
Dezembro 2008
Boletim Epidemiológico
ANO XXV – Nº 1
continuação Ano de Diagnóstico Município de Residência
2007
Total SINAN+SEADE 1980 a 2008
1990
1995
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006***
TI
TI
TI
TI
TI
TI
TI
TI
TI
TI
nº
TOTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
16,4
29,8
27,5
25,3
24,1
22,1
18,2
16,6
16,4
12,0
171.647
133
352680 Lençóis Paulista
0,0
10,1
10,9
19,7
15,9
22,6
12,0
18,5
6,6
0,0
127
134
353980 Poá
9,5
11,8
24,1
10,3
16,2
11,9
9,8
11,5
6,6
9,3
275
135
352220 Itapecerica da Serra
3,4
7,8
12,4
12,8
8,0
17,7
14,4
7,3
6,5
5,1
252
136
350410 Atibaia
8,5
16,5
22,5
15,9
8,6
5,9
5,8
9,8
6,4
0,8
325
137
352050 Indaiatuba
3,2
13,3
8,9
13,9
12,2
14,9
10,2
6,4
6,3
7,2
252
138
350170 Américo Brasiliense
5,3
46,8
35,5
38,0
20,2
6,5
15,9
18,6
6,1
3,0
87
139
355700 Votorantim
5,2
26,5
17,8
11,3
9,1
13,9
7,8
4,8
5,7
0,9
228
140
350590 Batatais
11,5
8,5
35,3
29,0
26,8
20,8
13,1
12,9
5,5
7,2
179
141
350635 Bertioga
-
21,2
40,3
12,8
21,3
23,1
22,0
5,2
5,0
9,7
96
142
352940 Mauá
4,9
26,0
21,5
20,6
22,6
16,5
16,9
11,3
4,7
4,2
1.314
143
352240 Itapeva
2,5
15,5
13,3
7,1
4,7
15,1
6,9
12,4
4,5
3,3
129
144
353930 Pirassununga
1,8
21,6
21,6
16,8
31,8
23,9
19,3
8,8
4,4
4,3
202
145
353740 Pereira Barreto
2,0
7,8
39,9
36,1
40,2
24,2
20,2
16,2
4,1
20,3
79
146
355670 Vinhedo
0,0
12,7
8,5
6,2
16,0
9,7
11,3
11,0
3,6
13,9
107
147
350900 Caieiras
10,7
11,4
9,9
15,0
9,3
5,1
10,0
4,8
3,5
9,1
133
148
353650 Paulínia
11,6
14,0
27,4
35,1
14,0
26,5
4,7
3,0
2,9
1,4
170
149
350450 Avaré
6,7
19,2
22,3
15,5
10,1
16,2
15,9
15,7
2,4
1,2
231
150
351670 Garça
14,5
4,7
7,0
11,5
11,5
6,8
9,1
2,3
0,0
0,0
78
outros municípios prioritários**** 157
354660 Santa Fé do Sul
0,0
24,4
26,4
37,4
14,8
7,4
0,0
18,1
7,2
7,1
70
163
352480 Jales
4,4
13,8
15,2
12,9
6,4
2,1
6,3
10,5
14,6
6,2
65
172
354680 Santa Isabel
5,4
2,5
18,3
2,3
2,2
13,2
2,2
4,3
19,2
2,1
58
198
354160 Promissão
3,7
6,8
6,4
9,5
9,3
9,1
3,0
8,8
2,9
2,8
49
205
352640 Laranjal Paulista
0,0
9,8
4,5
8,9
13,1
17,2
21,2
4,2
4,1
8,1
47
206
354970 São José do Rio Pardo
0,0
2,1
6,0
4,0
0,0
1,9
1,9
11,4
1,9
5,6
47
213
353620 Pariquera-Açu
7,7
26,4
17,0
11,2
5,5
5,4
10,6
10,4
15,3
20,2
44
Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PEDST/Aids-SP) (*) Utilizada projeção populacional da Fundação SEADE (**) Dados preliminares até 30/06/08, sujeitos a revisão mensal (***) TI do ano de 2006 foi calculado com o total de casos do SINAN + SEADE (****) Incluido demais municípios prioritários que não estavam na relação dos 150 municípios com maior números de casos municípios prioritários
Dezembro 2008
29
Boletim Epidemiológico
ANO XXV – Nº 1
Tabela 22 - Óbitos e taxas de mortalidade (TM) por AIDS (por 100.000 hab.), segundo sexo e ano de ocorrência, Estado de São Paulo 1988 a 2007 Ano
Óbitos Homem
Mulher
Total
Razão de Sexo
TM* Homem
Mulher
Total
1988
933
138
1.071
7/1
6,4
0,9
3,6
1989
1.429
232
1.661
6/1
9,6
1,5
5,5
1990
2.636
462
3.098
6/1
17,3
3,0
10,1
1991
3.496
722
4.218
5/1
22,5
4,5
13,4
1992
4.113
908
5.021
5/1
26,0
5,6
15,7
1993
5.163
1.270
6.433
4/1
32,1
7,7
19,7
1994
5.606
1.485
7.091
4/1
34,2
8,8
21,3
1995
5.850
1.889
7.739
3/1
35,1
11,0
22,9
1996
5.371
1.898
7.269
3/1
31,7
10,8
21,1
1997
3.983
1.553
5.536
3/1
23,1
8,7
15,8
1998
3.255
1.336
4.591
2/1
18,6
7,4
12,9
1999
3.057
1.200
4.257
3/1
17,2
6,5
11,7
2000
2.940
1.241
4.181
2/1
16,2
6,6
11,3
2001
2.752
1.210
3.962
2/1
15,0
6,3
10,6
2002
2.677
1.175
3.852
2/1
14,4
6,1
10,1
2003
2.511
1.115
3.626
2/1
13,3
5,7
9,4
2004
2.304
1.028
3.332
2/1
12,0
5,1
8,5
2005
2.351
1.134
3.485
2/1
12,1
5,6
8,8
2006
2.267
1.096
3.363
2/1
11,5
5,3
8,4
2007
2.219
1.045
3.264
2/1
11,2
5,0
8,0
Total
64.913
22.137
87.050
3/1
-
-
-
Fonte: Fundação Seade (*) Utilizada projeção populacional da Fundação SEADE
30
Dezembro 2008
Boletim Epidemiológico
ANO XXV – Nº 1
Tabela 23 - 50 munícipios com maior número de óbitos por Aids, segundo ano de ocorrência, Estado de São Paulo, 1990 a 2007 Ano de Ocorrência Município
Estado de São Paulo
Total 1990 a 2007
1990
1995
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
nº
nº
nº
nº
nº
nº
nº
nº
nº
nº
nº
%
3.098
7.739
4.181
3.962
3.852
3.626
3.332
3.485
3.363
3.264
84.319
100,0 38,3
1
São Paulo
1.669
3.158
1.379
1.245
1.210
1.139
1.018
1.025
1068
958
32.276
2
Santos
166
272
119
115
78
89
59
67
68
72
2.799
3,3
3
Ribeirão Preto
90
266
127
117
105
80
95
97
81
80
2.594
3,1
4
Guarulhos
60
164
108
91
114
103
105
89
79
93
2.012
2,4
5
Campinas
74
198
101
95
80
80
77
85
64
65
2.006
2,4
6
São José do Rio Preto
67
176
89
65
68
61
72
66
58
52
1.756
2,1
7
Santo André
72
158
56
67
63
70
49
66
68
55
1.667
2,0
8
Sorocaba
36
167
68
69
76
65
45
63
50
50
1.484
1,8
9
Osasco
74
132
65
64
74
51
39
44
56
40
1.446
1,7
10 São José dos Campos
25
125
70
54
60
55
52
46
41
40
1.164
1,4 1,4
11 São Vicente
44
113
75
57
39
46
38
67
41
54
1.164
12 Bauru
19
114
52
48
56
53
46
56
48
51
1.022
1,2
13 São Bernardo do Campo
47
87
43
36
34
58
41
44
46
37
1.004
1,2
14 Guarujá
34
98
50
47
55
38
34
40
32
30
993
1,2
15 Piracicaba
13
70
70
61
50
56
38
37
46
38
908
1,1
16 Taubaté
17
91
47
41
36
40
38
42
35
36
882
1,0
17 Mauá
32
64
34
33
31
37
44
22
17
28
756
0,9
18 Araraquara
10
63
41
39
40
20
29
26
28
30
718
0,9
19 Jundiaí
13
67
35
35
33
33
31
31
31
21
659
0,8
20 Franca
7
55
21
38
33
35
31
33
33
26
612
0,7
21 Diadema
16
46
24
29
26
27
15
25
32
33
577
0,7
22 Jacareí
9
42
35
39
32
24
32
23
23
15
561
0,7
23 Carapicuíba
25
41
29
20
32
28
27
21
23
24
554
0,7
24 Barretos
11
36
35
33
32
37
26
26
22
19
541
0,6
25 Catanduva
7
59
26
32
31
11
22
23
18
27
492
0,6
26 São Caetano do Sul
21
49
18
24
14
20
11
18
14
19
492
0,6
27 Praia Grande
12
52
21
14
21
19
16
23
24
29
471
0,6
28 Araçatuba
4
50
23
21
24
21
20
21
26
24
463
0,5
29 Limeira
8
39
27
29
26
27
22
20
14
25
461
0,5
30 São Carlos
8
31
31
27
25
19
13
15
33
26
425
0,5
31 Mogi das Cruzes
10
33
16
30
21
19
23
33
24
21
424
0,5
32 Presidente Prudente
7
41
27
29
29
14
15
14
14
20
420
0,5
33 Taboão da Serra
12
32
12
20
20
14
18
22
18
22
403
0,5
34 Bebedouro
4
39
22
26
19
14
13
8
14
16
391
0,5
35 Caçapava
8
41
29
26
26
25
17
13
12
9
385
0,5
36 Rio Claro
10
37
23
14
16
17
17
14
15
18
362
0,4
37 Cubatão
11
24
21
13
10
16
10
13
17
13
348
0,4
38 Marília
3
36
11
19
28
12
14
13
18
16
344
0,4
39 Itaquaquecetuba
7
23
18
14
28
17
23
21
17
15
324
0,4
40 Barueri
7
22
26
16
17
16
15
21
14
12
319
0,4
41 Itu
4
37
25
20
23
11
21
6
19
15
318
0,4
42 Franco da Rocha
14
31
11
10
5
17
16
12
12
22
304
0,4
43 Itapevi
12
23
17
20
18
8
20
16
12
15
304
0,4
44 Embu
6
29
22
16
12
17
16
15
17
10
285
0,3
45 Suzano
8
21
12
11
17
22
21
15
11
16
278
0,3
46 Sumaré
6
12
13
11
8
6
9
12
20
9
256
0,3
47 Cruzeiro
4
11
17
19
34
18
13
22
16
15
254
0,3
48 Americana
4
18
18
16
19
14
21
14
18
11
252
0,3
49 Araras
1
21
13
20
18
17
17
15
11
19
247
0,3
50 Francisco Morato
6
17
16
12
20
9
19
17
10
15
245
0,3
2.834
6.631
3.288
3.047
2.986
2.745
2.523
2.577
2.528
2.406
69.422
82,3
264
1.108
893
915
866
881
809
908
835
858
14.897
17,7
Sub-total Demais Municípios
Fonte: Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados - SEADE
Dezembro 2008
31
Boletim Epidemiológico
ANO XXV – Nº 1
Tabela 24 - Municípios com taxas de mortalidade (TM)* por AIDS em 2007 maior que a do Estado segundo ano de ocorrência, Estado de São Paulo, 1990 a 2007 (entre os 150 municípios com maior nº de óbitos de 1990 a 2007) Ano de Ocorrência Município
Estado de São Paulo
Total 1990 a 2007
1990
1995
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
TM
TM
TM
TM
TM
TM
TM
TM
TM
TM
nº
%
10,1
22,9
11,3
10,6
10,1
9,4
8,5
8,8
8,4
8,0
84.319
100,0
1
Aparecida
-
11,7
22,9
22,8
11,3
22,4
11,1
24,8
5,5
24,5
103
0,1
2
Catanduva
7,7
60,5
24,6
30,0
28,9
10,2
20,2
20,9
16,3
24,2
492
0,6
3
Mirandópolis
8,3
-
11,6
11,5
11,4
-
7,5
3,7
14,8
22,2
60
0,1
4
Monte Alto
7,7
21,7
18,4
15,9
15,8
8,9
8,8
13,2
8,7
21,6
112
0,1
5
Bebedouro
6,1
54,9
29,4
34,6
25,1
18,4
17,0
10,4
18,2
20,7
391
0,5
6
Lorena
5,6
16,2
20,5
17,8
12,6
13,7
11,1
19,6
14,6
20,5
211
0,3
7
Bertioga
-
10,6
10,1
12,8
15,2
14,5
11,0
5,2
-
19,4
53
0,1
8
Cruzeiro
5,9
15,5
23,1
25,7
45,5
23,9
17,1
28,8
20,8
19,3
254
0,3
9
Guariba
10
Franco da Rocha
-
16,7
12,9
12,8
9,5
6,3
3,1
3,1
12,2
18,2
48
0,1
17,3
32,8
10,2
9,1
4,4
14,8
13,6
10,0
9,8
17,7
304
0,4
11
Barretos
11,8
36,2
33,7
31,6
30,4
34,9
24,4
24,2
20,4
17,5
541
0,6
12
Santos
38,8
65,2
28,5
27,4
18,5
21,0
13,9
15,7
15,9
16,8
2.799
3,3
13
Araras
1,2
22,1
12,5
19,0
16,8
15,7
15,5
13,4
9,7
16,6
247
0,3
14
São Vicente
16,9
39,9
24,7
18,6
12,6
14,7
12,0
21,0
12,7
16,6
1.164
1,4
15
Jaboticabal
5,2
42,9
23,8
17,6
14,5
15,8
12,7
16,8
6,9
16,5
227
0,3
16
Votuporanga
6,2
20,1
2,6
7,8
12,9
7,6
12,6
8,7
8,6
15,8
159
0,2
17
Araraquara
6,2
37,1
22,5
21,1
21,4
10,6
15,2
13,4
14,3
15,2
718
0,9
18
Caraguatatuba
2,0
17,2
6,4
15,0
11,0
1,2
12,9
10,3
5,7
14,6
142
0,2
19
Bauru
7,5
40,1
16,5
15,0
17,2
16,0
13,6
16,3
13,8
14,5
1.022
1,2
20
Ribeirão Preto
21,3
57,5
25,2
22,9
20,2
15,2
17,8
17,9
14,7
14,4
2.594
3,1
21
Taquaritinga
-
20,4
25,0
30,4
15,0
24,2
9,2
16,4
10,8
14,3
169
0,2
22
Vinhedo
-
10,2
2,1
12,4
8,0
9,7
7,5
5,5
5,3
13,9
60
0,1
23
Araçatuba
2,6
31,2
13,6
12,3
13,9
12,1
11,4
11,9
14,6
13,4
463
0,5
24
Taubaté
8,4
40,9
19,3
16,6
14,3
15,7
14,7
16,0
13,2
13,4
882
1,0
25
Itapira
-
18,4
19,0
23,4
17,0
16,7
28,6
16,3
13,2
13,1
199
0,2
26
Serrana
-
18,5
9,2
6,0
2,9
-
2,8
2,7
10,6
13,0
48
0,1
27
São Caetano do Sul
13,9
33,5
12,8
17,0
9,9
14,0
7,6
12,4
9,6
13,0
492
0,6
28
São José do Rio Preto
24,7
56,0
24,9
17,8
18,3
16,1
18,6
16,7
14,5
12,8
1.756
2,1
29
Ubatuba
2,2
7,2
12,0
13,1
17,0
6,9
13,4
10,4
8,9
12,4
146
0,2
30
Praia Grande
10,4
34,1
10,9
7,0
10,2
9,0
7,3
10,2
10,3
12,2
471
0,6
31
São Carlos
5,2
17,9
16,1
13,7
12,5
9,3
6,2
7,0
15,3
11,8
425
0,5
32
Assis
1,2
18,6
6,9
14,7
6,7
10,0
12,0
6,5
5,4
11,7
175
0,2
33
Mirassol
2,6
25,4
10,4
10,2
6,0
27,8
17,6
11,6
11,5
11,3
129
0,2
34
Leme
1,5
13,6
9,9
11,0
15,7
11,9
7,1
11,6
9,2
11,3
181
0,2
35
Caçapava
12,5
58,4
38,1
33,8
33,4
31,7
21,3
16,1
14,7
10,9
385
0,5
36
Guaíra
-
15,4
11,6
2,9
2,8
8,4
5,6
5,5
-
10,9
38
0,0
37
Cubatão
12,3
24,5
19,4
11,8
8,9
14,1
8,7
11,1
14,3
10,8
348
0,4
38
Piracicaba
4,7
23,4
21,3
18,3
14,8
16,3
10,9
10,4
12,8
10,5
908
1,1
39
Ituverava
3,1
29,0
8,3
5,5
16,2
16,0
5,3
5,2
-
10,3
61
0,1
40
Olímpia
-
6,7
8,7
8,6
4,3
8,5
2,1
4,2
10,3
10,3
56
0,1
41
Moji Mirim
6,3
19,4
9,8
7,3
10,7
15,3
1,2
12,5
11,2
10,0
150
0,2
42
Guarujá
16,8
42,1
18,9
17,4
20,0
13,5
11,9
13,7
10,8
9,9
993
1,2
43
Presidente Prudente
4,3
23,3
14,3
15,2
15,0
7,2
7,6
7,0
6,9
9,8
420
0,5
44
Itu
3,9
31,1
18,5
14,5
16,4
7,7
14,4
4,0
12,6
9,8
318
0,4
45
Ourinhos
5,3
7,1
9,6
20,0
10,4
16,4
9,1
18,9
8,8
9,7
183
0,2
46
Taboão da Serra
7,9
18,5
6,1
9,9
9,7
6,6
8,4
10,0
8,0
9,6
403
0,5
47
Rio Claro
7,4
24,5
13,7
8,2
9,2
9,6
9,4
7,6
8,1
9,5
362
0,4
48
Francisco Morato
8,0
16,4
12,0
8,8
14,3
6,3
12,9
11,2
6,5
9,5
245
0,3
49
Sertãozinho
4,0
15,2
16,9
8,3
7,2
16,1
4,0
11,7
13,4
9,5
193
0,2
50
Cosmópolis
2,9
20,7
9,0
4,4
6,4
4,1
10,1
9,8
3,8
9,3
74
0,1
51
Pirajuí
-
35,9
14,9
14,7
24,3
4,8
4,7
9,3
27,9
9,2
57
0,1
52
Mongaguá
22,6
11,7
11,5
8,3
16,1
23,3
17,5
16,9
11,8
9,2
95
0,1
53
Itanhaém
2,3
14,1
11,2
8,1
1,3
10,1
3,7
11,9
12,8
9,1
103
0,1
54
Tupã
1,6
1,6
9,5
6,3
7,8
4,6
7,7
7,6
16,7
9,1
65
0,1
55
Limeira
4,0
17,3
10,9
11,5
10,1
10,4
8,3
7,4
5,1
9,1
461
0,5
56
Peruíbe
19,3
12,4
5,9
9,6
11,4
18,8
7,4
22,0
14,6
9,1
104
0,1
57
Batatais
4,6
6,3
13,7
13,5
7,6
9,4
5,6
9,2
5,5
9,0
84
0,1
58
Monte Mor
4,2
6,6
8,1
5,2
2,5
-
14,4
2,3
4,6
9,0
42
0,0
59
Indaiatuba
-
8,3
8,2
7,9
2,6
4,4
4,2
2,9
4,6
8,9
115
0,1
60
São Paulo
17,5
31,7
13,2
11,9
11,5
10,7
9,5
9,5
9,9
8,8
32.276
38,3
61
São Sebastião
3,1
43,4
19,0
16,9
11,5
16,1
14,1
3,1
10,5
8,8
171
0,2
62
Sorocaba
9,8
39,1
13,8
13,7
14,7
12,3
8,3
11,4
8,9
8,7
1.484
1,8
63
Lins
5,1
24,1
7,6
7,5
10,4
11,8
11,7
17,4
10,1
8,6
146
0,2
64
Diadema
5,4
14,1
6,7
8,0
7,1
7,3
4,0
6,6
8,3
8,5
577
0,7
65
Jardinópolis
4,2
18,5
13,0
-
9,4
9,2
6,0
5,8
2,9
8,5
49
0,1
66
Poá
4,1
20,1
7,3
11,3
5,1
5,0
4,9
6,7
4,7
8,4
163
0,2
67
Jandira
-
14,8
7,7
8,5
4,1
10,1
2,9
4,8
8,4
8,2
129
0,2
68
Santo André
11,8
25,1
8,6
10,3
9,6
10,6
7,4
9,9
10,2
8,2
1.667
2,0
69
Embu-Guaçu
2,9
17,9
5,3
7,0
8,6
3,4
3,3
6,6
8,2
8,2
78
0,1
70
Cajamar
-
7,3
2,0
3,8
1,9
5,4
3,5
8,5
3,3
8,1
67
0,1
71
Caieiras
-
13,3
4,2
10,9
9,3
5,1
2,5
4,8
3,5
8,0
89
0,1
72
Guaratinguetá
6,0
29,7
11,5
9,5
7,5
20,4
12,8
14,5
14,3
8,0
226
0,3
73
Franca
3,1
21,5
7,3
13,0
11,1
11,5
10,0
10,4
10,3
8,0
612
0,7
Fonte: Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados - SEADE (*) Por 100.000 habitantes
32
Dezembro 2008
Dezembro 2008
3.435
5.041
6.651
8.143
8.701
9.069
10.085
10.819
11.019
12.022
10.381
10.160
9.477
9.147
8.533
7.112
6.605
5.997
4.894
1.380
163.799
1989
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
TOTAL
88.471
186
832
1220
1460
1757
2236
2780
3311
4217
4482
5719
5930
7112
7831
7401
7376
6962
5822
4362
3051
2223
1315
501
282
71
23
8
-
1
n.o
54,01
13,48
17,00
20,34
22,10
24,70
26,20
30,39
34,94
41,51
43,18
47,57
53,82
65,74
77,65
81,61
84,77
85,50
87,54
86,53
88,82
87,94
85,89
82,00
82,94
84,52
92,00
100,00
-
100,00
% (TL)
óbitos SINAN+SEADE (BIP-Aids) reportados ao ano de diagnóstico
Fonte: Base Integrada Paulista de Aids (BIP-Aids) - Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação SEADE (*) Dados preliminares até 30/06/08 (SINAN) e 31/12/06 (SEADE), sujeitos a revisão mensal (**) Utilizada projeção populacional da Fundação SEADE (***) Excluídos 86 casos com data de óbito ignorada
2.528
1988
1985
611
340
1984
1.531
84
1983
1987
25
1982
1986
-
8
1981
1
n.o
casos SINAN
1980
ANO DE DIAGNÓSTICO
***88.385
269
969
3.404
3.334
3.337
3.654
3.721
4.074
4.539
4.357
4.891
5.312
7.467
8.018
7.008
6.283
5.056
4.386
3.342
2.270
1.411
745
303
169
49
14
2
1
-
n.o
-
-
-
8,47
8,40
8,53
9,47
9,78
10,86
12,28
11,99
13,70
15,15
21,67
23,69
21,08
19,26
15,78
13,95
10,86
7,53
4,78
2,58
1,07
0,61
0,18
0,05
0,01
0,00
-
TM**
óbitos SINAN + SEADE (BIP-Aids) segundo ano de ocorrência
-
75.414
74.303
70.378
67.785
64.514
60.739
55.860
50.434
45.031
39.410
33.386
26.255
20.548
17.196
15.129
13.068
10.650
7.563
5.298
3.599
2.434
1.317
531
223
52
17
6
-
1
n.o
-
183,31
182,77
175,18
170,72
164,85
157,44
146,87
134,50
121,79
108,43
93,52
74,88
59,64
50,80
45,51
40,05
33,25
24,06
17,21
11,94
8,25
4,56
1,88
0,80
0,19
0,06
0,02
-
-
TP**
casos vivendo com Aids (SINAN)
Quadro 1 - Casos notificados, óbitos reportados ao ano de diagnóstico e taxa de letalidade (TL), óbitos por ano de ocorrência, taxa de mortalidade (TM) e estimativa de taxa de prevalência (TP) (por 100.000 hab.) e casos vivendo com Aids, segundo ano de diagnóstico, Estado de São Paulo, 1980 a 2008*
Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1
33
Boletim Epidemiológico
ANO XXV – Nº 1
CASOS DE AIDS EM PESSOAS COM 50 ANOS OU MAIS DE IDADE NO ESTADO DE SÃO PAULO
A
o se avaliar a proporção de casos de aids em pessoas com 50 anos ou mais no estado de São Paulo, por ano de diagnóstico, nota-se que esta proporção aumentou gradativamente, com exceção do ano de 1982 que, em virtude de ter havido apenas 08 casos no total e 01 caso na faixa mais avançada, a proporção foi de 12,5%. A partir de 1983 as porcentagens cresceram de 4% em 1983 para 15% em 2007 (tabela 1). As taxas de incidência aumentaram até 1998 (15,24 casos por 100.000 habitantes) e diminuíram gradativamente, chegando a 12,31 em 2006. Para o sexo masculino, a taxa mais elevada foi observada em 1998 (22,28), diminuindo para 17,04 em 2006. No sexo feminino, a maior taxa ocorreu em 2000 (9,34) chegando a 8,38 em 2006. Interessante observar que, neste segmento de pessoas com 50 anos ou mais, as taxas mais altas, para ambos os sexos, ocorreram dois anos após aquelas encontradas no total de casos (tabela 3 da análise geral). A razão masculino/feminino é semelhante ao total geral de aids, ou seja, 2 casos em homens para 1 em mulheres (2:1). A distribuição dos casos por categoria de exposição (tabela 2) foi diferente do total de casos. A proporção de ignorados (24,2%) foi 8,3 pontos percentuais maior, e a de heterossexuais também (12 pontos percentuais a mais). A categoria HSH somou 18%, proporção pouco menor dessa mesma categoria no total geral, que foi de 19,7%. A categoria de exposição por uso de drogas intravenosas (UDI) apresentou nitidamente me-
34
nor freqüência que no total, pois a diferença foi de 19 pontos percentuais (4,6% vs 23,6%). As distribuições por categoria de exposição no sexo masculino (tabela 3) e no feminino (tabela 4) reforçaram a análise de que, entre os maiores de 49 anos, a transmissão da infecção ocorre principalmente por relações sexuais, em especial através de relações heterossexuais, e que as proporções de UDI são muito menores do que no total de casos. Entre este segmento etário, a distribuição por raça/cor (tabela 5) foi semelhante ao total geral, isto é, após 2003 diminuiu a proporção de ignorados e a maior freqüência, utilizando-se o ano de 2006 como referência, foi entre brancos (64%), pardos (17,4% ), pretos (10,3%) e amarelos (0,7%). Nesta parcela de casos com mais idade houve maior proporção de pessoas sem nenhum estudo, em relação às demais idades. Observou-se, no entanto, também uma tendência de aumento de escolaridade; por exemplo, a proporção de pessoas com 08 ou mais anos de estudo foi de 19,1% em 2000, aumentando para 26,3% em 2006. Estes dados indicam que há necessidade de propostas diferenciadas para a parcela da população com 50 ou mais anos de idade quanto à prevenção das DST/Aids, visto o risco considerável de infecção pelo HIV, principalmente através de contaminação sexual.
Dezembro 2008
Boletim Epidemiológico
ANO XXV – Nº 1
TABELA 1- Casos notificados de Aids em indivíduos com 50 anos de idade e mais, taxa de incidência (TI)* por 100.000 habitantes, segundo ano de diagnóstico, sexo, razão de sexo e proporção em relação ao total de casos Estado de São Paulo, 1982 a 2008** Ano de Diagnóstico
Sexo Masculino
Total
Feminino
Proporção
casos
TI
casos
TI
casos
TI
%
1982
1
0,06
-
-
1
0,03
12,50
1983
1
0,06
-
-
1
0,03
4,00
1984
4
0,23
-
-
4
0,11
4,76
1985
21
1,16
2
0,10
23
0,60
6,59
1986
38
2,04
2
0,10
40
1,01
6,39
1987
92
4,79
7
0,32
99
2,42
6,29
1988
130
6,58
16
0,71
146
3,46
5,56
1989
181
8,90
32
1,38
213
4,90
6,02
1990
232
11,09
30
1,25
262
5,84
4,92
1991
350
16,27
62
2,51
412
8,91
5,81
1992
379
17,05
91
3,55
470
9,82
5,45
1993
409
17,81
118
4,44
527
10,63
5,66
1994
426
17,95
135
4,90
561
10,94
5,79
1995
486
19,83
200
7,00
686
12,92
6,61
1996
469
18,55
204
6,89
673
12,26
6,05
1997
504
19,32
255
8,32
759
13,38
6,53
1998
600
22,28
294
9,26
894
15,24
7,33
1999
585
21,05
269
8,18
854
14,08
7,90
2000
601
20,97
318
9,34
919
14,66
8,87
2001
608
20,44
328
9,27
936
14,37
9,49
2002
667
21,61
309
8,39
976
14,42
10,10
2003
655
20,45
361
9,43
1.016
14,45
11,17
2004
604
18,17
365
9,17
969
13,26
12,62
2005
604
17,50
367
8,86
971
12,79
13,58
2006
611
17,04
361
8,38
972
12,31
14,76
2007
451
12,11
286
6,38
737
8,98
15,06
2008
134
3,46
73
1,82
207
2,63
15,00
Total
9.843
-
4.485
-
***14.328
-
8,35
Fonte: Base Integrada Paulista de Aids (BIP-Aids) - Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação SEADE (*) Utilizada projeção populacional da Fundação SEADE (**) Dados preliminares até 30/06/08 (SINAN) e 31/12/06 (SEADE), sujeitos a revisão mensal (***) Excluídos 2 casos com sexo ignorado
Dezembro 2008
35
36
42
47
60
71
85
79
72
70
62
65
61
84
51
74
55
73
53
50
61
56
41
16
1.356
1987
1988
1989
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
Total
-
10,1
7,7
5,6
6,6
6,9
5,8
5,8
8,0
6,3
8,2
6,3
9,7
8,6
9,9
9,7
13,6
14,8
18,0
23,2
29,0
28,8
35,1
45,7
64,7
20,0
25,0
1.062
13
33
55
48
43
53
66
55
52
67
77
48
52
56
43
50
61
61
41
34
25
13
6
7
2
1
-
nº
Bi
7,9
6,3
4,5
6,5
5,5
5,0
5,8
7,2
6,3
5,8
8,3
8,9
6,7
8,0
8,7
8,4
10,3
13,9
16,6
16,7
16,3
18,7
14,1
17,6
35,0
50,0
100,0
%
6.964
133
486
509
536
553
576
496
486
476
432
413
381
328
288
230
203
166
111
59
56
27
14
3
2
-
-
-
nº
-
-
-
%
52,1
64,3
65,9
60,4
61,0
63,8
63,0
54,0
55,5
53,0
53,7
47,6
53,5
50,2
44,9
44,8
41,8
37,9
30,2
24,1
26,9
20,1
15,2
8,8
10,0
Hetero
610
9
23
36
25
28
31
28
30
49
33
39
39
37
36
26
30
33
27
26
18
3
2
-
2
-
-
-
nº
-
-
-
%
4,6
4,3
3,1
4,3
2,8
3,2
3,4
3,1
3,4
5,5
4,1
4,5
5,5
5,7
5,6
5,1
6,2
7,5
7,4
10,6
8,7
2,2
2,2
-
10,0
UDI(**)
Categoria de Exposição
Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PEDST/Aids-SP) (*) Dados preliminares até 30/06/08, sujeitos a revisão mensal (**) UDI - Uso de drogas injetáveis (&) Todos os casos por transfusão de sangue estão sendo reinvestigados de acordo com o algoritmo da CNDST/Aids-MS
4
22
1986
1984
%
100,0
Homo
1985
-
1
1983
1
nº
1982
Ano de Diagnóstico
18
-
1
-
-
-
-
-
-
-
-
-
2
1
1
2
2
-
1
1
2
3
2
-
-
-
-
-
nº
Hemof
0,1
-
0,1
-
-
-
-
-
-
-
-
-
0,3
0,2
0,2
0,4
0,4
-
0,3
0,4
1,0
2,2
2,2
-
-
-
-
-
%
114
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
1
5
14
9
9
14
21
14
8
6
9
4
-
-
-
-
-
nº
0,9
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
0,1
0,7
2,1
1,4
1,8
2,9
4,8
3,8
3,3
2,9
6,7
4,3
-
-
-
-
-
%
T.Sangue(&)
3.237
36
153
187
209
193
201
255
250
247
222
253
176
157
189
133
115
78
68
39
32
20
15
3
5
1
-
-
nº -
-
%
24,2
17,4
20,8
22,2
23,8
22,3
22,0
27,8
28,5
27,5
27,6
29,2
24,7
24,0
29,5
25,9
23,7
17,8
18,5
15,9
15,4
14,9
16,3
8,8
25,0
25,0
Invest
13.361
207
737
843
879
867
914
918
876
898
805
867
712
654
641
513
486
438
367
245
208
134
92
34
20
4
1
1
nº
%
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
Total
TABELA 2 - Casos notificados de Aids em indivíduos com 50 anos de idade e mais, segundo categoria de exposição e ano de diagnóstico, Estado de São Paulo, 1982 a 2008*
Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1
Dezembro 2008
Dezembro 2008
47
60
71
85
79
72
70
62
65
61
84
51
74
55
73
53
50
61
56
41
16
1.356
1988
1989
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
Total
-
14,8
11,9
9,1
10,6
11,4
9,3
9,1
11,6
9,8
12,6
9,3
14,4
13,0
14,3
13,5
17,9
18,9
22,5
27,3
32,6
33,7
39,8
49,4
66,7
21,1
25,0
1.062
13
33
55
48
43
53
66
55
52
67
77
48
52
56
43
50
61
61
41
34
25
13
6
7
2
1
-
nº
Bi
11,6
9,7
7,3
10,5
9,0
8,0
9,1
10,5
9,8
8,8
12,2
13,2
10,2
11,5
12,2
11,0
13,1
17,4
19,6
18,8
19,1
21,2
15,3
18,2
36,8
50,0
100,0
-
%
3.721
74
247
251
262
287
310
278
250
249
231
208
201
172
147
135
129
108
74
44
35
17
9
2
1
-
-
-
nº
-
-
-
%
40,7
55,2
54,8
47,7
48,9
53,1
53,0
44,3
44,6
42,3
41,9
35,7
42,9
37,9
32,1
34,6
33,9
30,8
23,8
20,2
19,7
14,4
10,6
6,1
5,3
Hetero
505
8
20
30
22
23
26
27
21
40
28
31
32
30
33
20
24
25
23
20
15
3
2
-
2
-
-
-
nº
-
-
-
%
5,5
6,0
4,4
5,7
4,1
4,3
4,4
4,3
3,8
6,8
5,1
5,3
6,8
6,6
7,2
5,1
6,3
7,1
7,4
9,2
8,4
2,5
2,4
-
10,5
UDI(**)
Categoria de Exposição
Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PEDST/Aids-SP) (*) Dados preliminares até 30/06/08, sujeitos a revisão mensal (**) UDI - Uso de drogas injetáveis (&) Todos os casos por transfusão de sangue estão sendo reinvestigados de acordo com o algoritmo da CNDST/Aids-MS
22
42
1986
4
1985
%
100,0
Homo
1987
-
1
1983
1984
1
nº
1982
Ano de Diagnóstico
18
-
1
-
-
-
-
-
-
-
-
-
2
1
1
2
2
-
1
1
2
3
2
-
-
-
-
-
nº
Hemof
0,2
-
0,2
-
-
-
-
-
-
-
-
0,4
0,2
0,2
0,5
0,5
-
0,3
0,5
1,1
2,5
2,4
-
-
-
-
-
%
64
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
1
7
6
4
9
12
8
5
4
5
3
-
-
-
-
-
nº
0,7
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
0,2
1,5
1,3
1,0
2,4
3,4
2,6
2,3
2,2
4,2
3,5
-
-
-
-
-
%
T.Sangue(&)
2.426
23
109
134
143
137
143
183
179
174
174
182
124
127
153
116
95
66
59
36
28
18
14
3
5
1
-
-
nº -
-
%
26,5
17,2
24,2
25,5
26,7
25,4
24,4
29,2
32,0
29,5
31,6
31,3
26,4
28,0
33,4
29,7
24,9
18,8
19,0
16,5
15,7
15,3
16,5
9,1
26,3
25,0
Invest
9.152
134
451
526
536
540
585
627
560
589
551
582
469
454
458
390
381
351
311
218
178
118
85
33
19
4
1
1
nº
%
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
Total
TABELA 3 - Casos notificados de Aids em indivíduos do sexo masculino com 50 anos de idade e mais, segundo categoria de exposição e ano de diagnóstico, Estado de São Paulo, 1982 a 2008*
Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1
37
38
1
5
10
21
15
37
58
74
95
141
156
180
205
201
227
236
218
266
266
274
258
239
59
3243
1986
1987
1988
1989
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
Total
Hetero
77,0
80,8
83,6
81,4
79,9
81,3
80,9
74,9
74,7
73,5
79,1
71,9
74,1
78,0
77,0
77,2
70,5
66,7
66,1
55,6
70,0
62,5
71,4
100,0
100,0
%
105
1
3
6
3
5
5
1
9
9
5
8
7
7
3
6
6
8
4
6
3
-
-
-
-
nº
UDI(**)
2,5
1,4
1,0
1,9
0,9
1,5
1,5
0,3
2,8
2,9
2,0
2,8
2,9
3,5
1,6
4,9
5,7
9,2
7,1
22,2
10,0
-
-
-
-
%
50
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
1
4
7
3
5
5
9
6
3
2
4
1
-
-
nº
1,2
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
0,4
1,6
3,5
1,6
4,1
4,8
10,3
10,7
11,1
6,7
25,0
14,3
-
-
%
T.Sangue(&)
Categoria de Exposição
Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PEDST/Aids-SP) (*) Dados preliminares até 30/06/08, sujeitos a revisão mensal (**) UDI - Uso de drogas injetáveis (&) Todos os casos por transfusão de sangue estão sendo reinvestigados de acordo com o algoritmo da CNDST/Aids-MS
1
nº
1985
Ano de Diagnóstico
811
13
44
53
66
56
58
72
71
73
48
71
52
30
36
17
20
12
9
3
4
2
1
-
-
nº
Invest
19,3
17,8
15,4
16,7
19,2
17,1
17,6
24,7
22,5
23,6
18,9
24,9
21,4
15,0
19,7
13,8
19,0
13,8
16,1
11,1
13,3
12,5
14,3
-
-
%
4.209
73
286
317
343
327
329
291
316
309
254
285
243
200
183
123
105
87
56
27
30
16
7
1
1
nº
Total
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
%
TABELA 4 - Casos notificados de aids em mulheres com 50 anos de idade e mais, segundo categoria de exposição e ano de diagnóstico, Estado de São Paulo, 1985 a 2008*
Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1
Dezembro 2008
Dezembro 2008
-
2
27
-
734
Amarela
Parda
Indigena
Ign/Branco
100,0
19,0
7,2 876
188
62
96
189
273
68
653
-
34
2
20
167
nº
%
100,0
21,5
7,1
11,0
21,6
31,2
7,8
74,5
-
3,9
0,2
2,3
19,1
2001
918
206
81
110
238
211
72
467
-
56
1
41
353
nº
%
100,0
22,4
8,8
12,0
25,9
23,0
7,8
50,9
-
6,1
0,1
4,5
38,5
2002
914
187
83
118
269
200
57
113
-
138
7
78
578
nº
%
100,0
20,5
9,1
12,9
29,4
21,9
6,2
12,4
-
15,1
0,8
8,5
63,2
2003
Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PEDST/Aids-SP) (**) Dados preliminares até 30/06/08, sujeitos a revisão mensal
898
171
Ign/Branco
Total
65
De 12 e mais
11,9
16,6
149
107
De 4 a 7
De 8 a 11
38,2
63
343
De 1 a 3
7,0
81,7
0,2
Nenhuma
Escolaridade
3,0
15
1,7
120
13,4
%
Preta
nº
2000
Branca
Raça/Cor
Características
867
170
60
144
285
144
64
77
-
116
8
88
578
nº
%
100,0
19,6
6,9
16,6
32,9
16,6
7,4
8,9
-
13,4
0,9
10,1
66,7
2004
Ano de Diagnóstico
879
156
89
140
281
151
62
72
1
148
8
91
559
nº
%
100,0
17,7
10,1
15,9
32,0
17,2
7,1
8,2
0,1
16,8
0,9
10,4
63,6
2005
843
229
77
145
246
108
38
64
-
147
6
87
539
nº
%
100,0
27,2
9,1
17,2
29,2
12,8
4,5
7,6
-
17,4
0,7
10,3
63,9
2006
737
293
44
138
166
82
14
46
-
141
7
78
465
nº
%
100,0
39,8
6,0
18,7
22,5
11,1
1,9
6,2
-
19,1
0,9
10,6
63,1
2007
207
48
20
51
51
30
7
13
-
44
1
26
123
nº
%
100,0
23,2
9,7
24,6
24,6
14,5
3,4
6,3
-
21,3
0,5
12,6
59,4
2008
7.139
1.648
581
1.049
1.874
1.542
445
2.239
1
851
42
524
3.482
nº
%
100,0
23,1
8,1
14,7
26,3
21,6
6,2
31,4
0,0
11,9
0,6
7,3
48,8
Total
TABELA 5 - Casos notificados de Aids em indivíduos com 50 anos de idade e mais, segundo características socio-demográficas e ano de diagnóstico, Estado de São Paulo, 2000 a 2008*
Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1
39
Boletim Epidemiológico
ANO XXV – Nº 1
O SISTEMA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA GESTANTE HIV E CRIANÇA EXPOSTA NO ESTADO DE SÃO PAULO
A
epidemia de aids no estado de São Paulo concentra, atualmente, cerca de 171.647 casos confirmados por esse agravo. Desse total, 51.124 casos (30%) são do sexo feminino e, desde 1996, a relação masculino/feminino dos casos de aids é de 2/1. Anualmente, cerca de 600 mil mulheres dão à luz no estado de São Paulo (MS/SVS/DASIS - Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos – SINASC, 2003 a 2007). Segundo estudo sentinela realizado em maternidades selecionadas no Estado, no ano de 2004¹, a taxa de prevalência de mulheres portadoras do HIV no momento do parto foi de 0,49%, correspondendo a uma estimativa anual de cerca de três mil parturientes infectadas. Diante desta situação, e com a disponibilidade de intervenções para a redução da transmissão vertical do HIV, principalmente com a administração de esquemas anti-retrovirais (ARV) altamente eficazes, a cesariana eletiva e a substituição do aleitamento materno por fórmula láctea, torna-se de grande importância o conhecimento precoce do estado sorológico das gestantes, a fim de iniciar a profilaxia adequada ou a terapêutica da doença, no caso de mães portadoras de aids, para evitar a transmissão vertical do vírus. As medidas de controle da transmissão vertical não podem ser negligenciadas em nenhuma hipótese. A ocorrência de casos de aids em crianças menores de cinco anos de idade, em decorrência da transmissão vertical, é de tal forma um sinalizador importante da efetividade da resposta à epidemia de aids, constando como indicador desse agravo no Pacto pela Saúde para o ano de 2008. O estado de São Paulo tem conseguido manter uma queda constante dessas ocorrências nos últimos dez anos o que pode ser atribuído às medidas de controle efetivas na área da assistência materno-infantil. No entanto, a análise dos dados abaixo, referentes às gestantes e crianças expostas revela situações importantes sobre as quais gestores e profissionais de saúde devem se debruçar para o enfrentamento do desafio que é a redução da transmissão vertical às menores taxas possíveis. As políticas nacional e estadual determinam a obrigatoriedade da oferta do teste anti-HIV no pré-natal e no momento do parto. Sendo, o primeiro teste oferecido na primeira consulta do pré-natal e o segundo teste, se possível, no início do terceiro trimestre de gestação. No momento do parto, deverá ser oferecido o teste anti-HIV para os casos que não realizaram esse exame no terceiro trimestre de gestação ou no caso de indicação epidemiológica. É importante realizar o monitoramento das ações de controle da infecção pelo HIV entre as gestantes e crianças expostas, desencadeando e aprimorando as políticas públicas no âmbito
40
da vigilância epidemiológica, da prevenção e da assistência para evitar casos futuros de aids na população infantil. Vale lembrar que o “Plano Nacional de Redução da Transmissão Vertical do HIV e da Sífilis”, lançado em outubro de 2007, pactua com os estados e municípios metas para redução das taxas de transmissão mãe-filho do HIV e da sífilis até 2011². O estado de São Paulo, através da Coordenação do Programa Estadual de DST/Aids (CPE-DST/Aids-SP), no Pacto pela Saúde (eixo Pacto pela Vida), propôs para 2008, junto aos municípios e DRS/GVE, com aprovação na Comissão de Intergestores Bipartite* (CIB) 50/2008, metas para redução em 15% da incidência de aids em menores de cinco anos de idade. No Plano Estadual de Saúde (PES), São Paulo pactuou a redução para menos de 2% da taxa de transmissão vertical do HIV até 2012. Os dados apresentados neste boletim referem-se aos 12.210 casos notificados de gestantes HIV positivas e crianças expostas no período de 2000 (quando se iniciou o registro dessa ocorrência) a 30/06/2008. Nesse período, o número de notificações de casos de gestantes HIV positivas e crianças expostas apresentou um aumento gradual, chegando a 2.280 casos de gestantes HIV+ notificadas em 2004, seguido de queda de 1,24 vezes, passando a 1.836 casos em 2006 (Tabela 1). As Tabelas 1 e 2, apresentam respectivamente, os casos de gestante HIV positiva e crianças expostas do Estado São Paulo, segundo Grupos de Vigilância Epidemiológica (GVE) de notificação e de residência. O GVE-1 (Capital) concentra a maior parte dos casos notificados e residentes, 4615 (38%) e 4130 (34%) respectivamente, seguido do GVE-17 (Campinas), GVE-25 (Santos) e GVE-8 (Mogi das Cruzes). Alguns GVEs apresentam percentuais de casos, segundo a unidade de notificação, inferiores aos percentuais de casos por local residência. Revelando uma possível evasão dessas gestantes. Esse fato foi observado principalmente entre os GVE que compõem a região da grande São Paulo e Taubaté, e pode ser decorrente de um conjunto de situações, como: a falta de acesso e/ou desconhecimento dos serviços de diagnóstico e tratamento na região, preconceito em relação à revelação do status sorológico no próprio município de residência, sub-notificação dos casos etc. É importante que as equipes de vigilância epidemiológica, dessas regiões, promovam discussões e avaliações das possíveis causas da evasão dos casos. Dentre os 645 municípios do estado de São Paulo, 117 (18%) possuem pelo menos 10 casos residentes de gestantes HIV positivas e crianças expostas, e representam cerca de *
CIB formada por Secretários Municipais de Saúde, DRSs e Secretaria Estadual de Saúde
Dezembro 2008
Boletim Epidemiológico
ANO XXV – Nº 1
90% do total de casos notificados no período (Tabela 3). Vale ressaltar que dos 117 municípios, 103 possuem Plano de Ações e Metas (PAM) e representam 71% do total de 145 municípios prioritários do Estado. Com relação à escolaridade, 48% das gestantes têm entre um e sete anos de estudos concluídos, 26% tem oito anos ou mais, e 2,5% não possuem escolaridade. Ressalta-se que em 21% do total de casos, essa informação encontra-se ignorada ou sem preenchimento, comprometendo a análise das tendências temporais dessa variável (Tabela 4). Quanto à variável raça/cor, 52% e 34% dos casos foram classificados, respectivamente, como brancos e pardos/negros. Apesar das limitações dessa informação, como a dificuldade de classificação da raça/cor e o alto índice de informação desconhecida, observa-se entre 2000 e 2007 uma redução do percentual de ignorados, passando de 29% para 9% (Tabela 4). As primeiras medidas necessárias para a redução da transmissão vertical ocorrem, prioritariamente, na atenção básica, nos serviços que realizam o pré-natal. Nesse momento, é de extrema importância o acesso precoce, amplo e de boa qualidade a essa assistência para garantir o diagnóstico em momento oportuno, permitindo a profilaxia e/ou o tratamento adequado. É necessário que os serviços promovam monitoramentos e avaliações para identificar as possíveis barreiras impeditivas desse processo. Apesar das políticas públicas de incentivo para testagem do HIV, principalmente durante o pré-natal, os serviços ainda apresentam dificuldades em prover o diagnóstico a esta população, pois, das 12.210 gestantes notificadas, 1.493 (12%) só tiveram acesso ao diagnóstico no momento do parto ou após o nascimento da criança. A proporção de mulheres que tinham conhecimento do seu status sorológico no período anterior ao pré-natal foi de 52% (Tabela 5), devendo ser lembrada a importância de se promover discussões sobre direito reprodutivo nas portadoras do HIV/aids e estratégias para a redução da transmissão vertical. Na Tabela 5 verifica-se que 10.898 gestantes (89%) realizaram o pré-natal e deste total 73% tiveram acesso à terapia com ARV. Para análise desta variável, considerou-se como “uso de ARV no pré-natal”, as gestantes que iniciaram a terapia ARV como profilaxia e as que estavam em tratamento para a infecção pelo HIV/aids. Chama a atenção o percentual de gestantes com início tardio do pré-natal, 16% no terceiro trimestre, perdendo a chance de instituir mais precocemente a profilaxia com ARV. No período é mantido um percentual relativamente constante, em torno de 5%, de gestantes que não utilizaram ARV, entretanto, em 2007 e 2008 esta proporção apresenta um preocupante aumento, passando para 19% e 18% respectivamente (Tabela 5). Recomenda-se que a vigilância epidemiológica de cada serviço promova a revisão desses casos, para descartar a possibilidade de entendimento incorreto e/ou preenchimento inadequado desta variável, adicionando-se o fato de que, em 2007, houve a implantação do novo instrumento de notificação, exclusivo para gestantes HIV, pertencente à plataforma do SINAN-NET. De 10.551 partos informados, 61% evoluíram para cesárea e 31% para parto vaginal. O percentual ignorado nesse quesito foi de 7%, valor acima do observado no Boletim Epidemiológico de Aids em
Dezembro 2008
2007³. Chama a atenção os 262 casos (2,5%) em que o produto da gestação foi aborto ou natimorto. Em relação às ações de prevenção na assistência ao parto, excluindo 92 casos de abortos, nota-se que 1370 casos (13%) não tiveram acesso ao uso de ARV no momento do parto. Dos 9.773 nascidos vivos, 88% iniciaram o uso de ARV nas primeiras 24 horas, entretanto 214 crianças expostas (2%) não receberam ARV e em 805 casos (8%) essa informação encontravase ignorada ou sem preenchimento (Tabela 6). Apesar do aumento histórico do percentual de mulheres e de crianças que fizeram uso do ARV no parto e no nascimento respectivamente, ainda há necessidade de investigar as oportunidades perdidas para a redução da transmissão vertical do HIV nesses dois momentos, pois as medidas existem, são comprovadamente eficazes e não pode ser justificável a falta de acesso para gestantes e crianças. O SINAN-NET disponibilizado até o momento, não contempla a ficha da criança exposta, mas há previsão de que em 2009 haja a inclusão desse agravo. A Vigilância Epidemiológica da Coordenação Estadual de DST/Aids, preocupada com o controle e seguimento desses casos, publicou no Boletim Epidemiológico de Aids em 2007³ as orientações aos serviços para condução da notificação de casos de crianças expostas ao HIV. Entretanto, um número muito baixo de crianças nascidas a partir de janeiro de 2007, foi informado à Divisão de Vigilância Epidemiológica, comprometendo a análise desses casos. Na análise das informações referentes ao acompanhamento das crianças expostas, apresentada na Tabela 7, observa-se que, ao longo do período houve uma diminuição no número de crianças que receberam aleitamento materno, porém ainda detecta-se 17 casos (1,5%) em 2006. Neste mesmo ano, foram registrados seis casos (0,5%) de aleitamento materno cruzado. Apesar da importância da informação para a adoção de medidas preventivas, devido à possibilidade de infecção por essa via, observa-se no tempo um aumento dos dados ignorados para esse quesito. Foi importante a redução no percentual de crianças que não utilizaram ARV, passando de 10% em 2000 para 1,6% em 2006, porém, tem sido observado um aumento dos dados ignorados para esse quesito, 16% e 39% em 2000 e 2006, respectivamente. Em relação ao uso do ARV por tempo inferior a seis semanas verifica-se um aumento no último ano analisado, passando de 8% (N= 62 casos) em 2000 para 11% (N=127) em 2006. Fazse necessária à investigação desses casos pelos serviços de atenção a saúde. As informações referentes ao encerramento dos casos pelo serviço de saúde apresentaram melhora em comparação aos anos anteriores. No Boletim Epidemiológico de Aids em 2007³, os casos em andamento ou com informação ignorada somavam 42% (N=3870) do total, atualmente o número de casos em aberto somam 24% (N=2121), uma queda importante em relação aos anos anteriores. Apesar da melhora na qualidade do encerramento dos casos de criança, ainda não é possível, utilizar essa informação como indicador para a taxa de transmissão vertical do HIV, já que o número de casos com perda de seguimento e ignorado é bastante significativo. Os dados apresentados confirmam a relevância das ações recomendadas pelo Ministério da Saúde e Coorde-
41
Boletim Epidemiológico nação do Programa Estadual de DST/Aids de São Paulo. Os números apontam melhorias na prevenção e assistência às gestantes portadoras do HIV e crianças expostas, mas ainda há necessidade de implementar ações que possam garantir a qualidade, validade, completitude e consistência dos dados inseridos no sistema, para que as informações geradas possam contribuir para o planejamento e adequação das ações que visam a redução da transmissão vertical do HIV.
42
ANO XXV – Nº 1
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 1 - São Paulo. Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Boletim Epidemiológico de AIDS. 2006;25(1):37-42. 2 - Brasília. Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico - Aids e DST. 2007; 4(1):34. 3 - São Paulo. Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Boletim Epidemiológico de AIDS. 2007;26(1):36-50. 4 - Brasília, Ministério da Saúde - Secretaria de Vigilância em Saúde – Programa Nacional de DST e Aids. Recomendação para Profilaxia da Transmissão Vertical do HIV e Terapia Anti-Retroviral 2007.
Dezembro 2008
Dezembro 2008 1
GVE 10 OSASCO
GVE 19 MARILIA
2 -
GVE 32 ITAPEVA
GVE 33 TAUBATE
-
0,8
17,6
0,4
4,7
2,7
0,4
0,4
14,1
2,0
-
-
-
-
2,4
2,4
3,9
-
-
2,0
-
1,2
0,8
0,4
-
4,3
15,3
24,3
%
100,0
2000
762
2
10
72
-
60
9
23
10
53
54
3
1
-
2
20
4
71
6
-
14
-
34
8
17
-
14
68
207
nº
0,3
1,3
9,4
-
7,9
1,2
3,0
1,3
7,0
7,1
0,4
0,1
-
0,3
2,6
0,5
9,3
0,8
-
1,8
-
4,5
1,0
2,2
-
1,8
8,9
27,2
%
100,0
2001
1291
4
24
62
6
33
28
72
16
66
80
9
2
1
10
14
2
144
5
20
14
2
61
20
56
7
65
65
403
nº
0,3
1,9
4,8
0,5
2,6
2,2
5,6
1,2
5,1
6,2
0,7
0,2
0,1
0,8
1,1
0,2
11,2
0,4
1,5
1,1
0,2
4,7
1,5
4,3
0,5
5,0
5,0
31,2
%
100,0
2002
Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/AIDS - SP) (*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal
255
45
GVE 31 SOROCABA
Total
1
GVE 30 JALES
GVE 27 SAO JOSE DOS CAMPOS 7
1
GVE 26 SAO JOAO DA BOA VISTA
12
1
GVE 25 SANTOS
GVE 29 SAO JOSE DO RIO PRETO
36
GVE 24 RIBEIRAO PRETO
GVE 28 CARAGUATATUBA
5
GVE 23 REGISTRO
-
6
GVE 18 FRANCA
GVE 22 PRESIDENTE VENCESLAU
6
GVE 17 CAMPINAS
-
10
GVE 16 BOTUCATU
-
-
GVE 15 BAURU
GVE 21 PRESIDENTE PRUDENTE
-
GVE 14 BARRETOS
GVE 20 PIRACICABA
5
GVE 13 ASSIS
2
-
GVE 9 FRANCO DA ROCHA
3
11
GVE 8 MOGI DAS CRUZES
GVE 12 ARARAQUARA
39
GVE 7 SANTO ANDRE
GVE 11 ARACATUBA
62
nº
GVE 1 CAPITAL
GVE de notificação
2083
2
30
64
5
87
26
78
31
159
101
4
5
7
34
32
4
161
38
22
26
15
36
29
65
5
132
97
788
nº
0,1
1,4
3,1
0,2
4,2
1,2
3,7
1,5
7,6
4,8
0,2
0,2
0,3
1,6
1,5
0,2
7,7
1,8
1,1
1,2
0,7
1,7
1,4
3,1
0,2
6,3
4,7
37,8
%
100,0
2003
2280
12
58
66
12
67
18
44
26
183
102
13
6
3
69
17
31
181
20
26
13
14
44
30
67
12
91
112
943
nº
0,5
2,5
2,9
0,5
2,9
0,8
1,9
1,1
8,0
4,5
0,6
0,3
0,1
3,0
0,7
1,4
7,9
0,9
1,1
0,6
0,6
1,9
1,3
2,9
0,5
4,0
4,9
41,4
%
100,0
2004
Ano de Notificação
1838
5
36
46
5
63
14
37
27
159
79
6
4
2
54
20
20
120
21
15
15
9
56
20
55
7
103
89
751
nº
0,3
2,0
2,5
0,3
3,4
0,8
2,0
1,5
8,7
4,3
0,3
0,2
0,1
2,9
1,1
1,1
6,5
1,1
0,8
0,8
0,5
3,0
1,1
3,0
0,4
5,6
4,8
40,9
%
100,0
2005
1836
5
47
46
2
41
16
38
24
159
118
11
4
8
42
19
14
139
12
30
17
13
27
31
73
16
112
62
710
nº
0,3
2,6
2,5
0,1
2,2
0,9
2,1
1,3
8,7
6,4
0,6
0,2
0,4
2,3
1,0
0,8
7,6
0,7
1,6
0,9
0,7
1,5
1,7
4,0
0,9
6,1
3,4
38,7
%
100,0
2006
1323
5
21
34
5
38
5
7
15
70
56
11
2
10
43
13
9
131
13
26
6
13
31
19
37
5
96
73
529
nº
0,4
1,6
2,6
0,4
2,9
0,4
0,5
1,1
5,3
4,2
0,8
0,2
0,8
3,3
1,0
0,7
9,9
1,0
2,0
0,5
1,0
2,3
1,4
2,8
0,4
7,3
5,5
40,0
%
100,0
2007
542
5
14
19
2
13
10
3
4
40
20
5
3
-
19
1
6
43
7
7
17
5
9
8
20
5
26
9
222
nº
0,9
2,6
3,5
0,4
2,4
1,8
0,6
0,7
7,4
3,7
0,9
0,6
-
3,5
0,2
1,1
7,9
1,3
1,3
3,1
0,9
1,7
1,5
3,7
0,9
4,8
1,7
41,0
%
100,0
2008
12210
40
242
454
38
414
133
303
154
925
615
62
27
31
273
142
96
1000
122
146
127
71
301
167
391
57
650
614
%
0,3
2,0
3,7
0,3
3,4
1,1
2,5
1,3
7,6
5,0
0,5
0,2
0,3
2,2
1,2
0,8
8,2
1,0
1,2
1,0
0,6
2,5
1,4
3,2
0,5
5,3
5,0
37,8
100,0
Total
4615
nº
TABELA 1 - Casos de Gestantes HIV+ e Crianças Expostas segundo Grupo de Vigilância Epidemiológica ( GVE ) e ano de notificação, Estado de São Paulo, 2000 - 2008*
Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1
43
44
nº 57 38 11 5 2 3 5 10 6 6 5 35 1 1 8 12 1 45 3 1 255
% 22,4 14,9 4,3 2,0 0,8 1,2 2,0 3,9 2,4 2,4 2,0 13,7 0,4 0,4 3,1 4,7 0,4 17,6 1,2 0,4 100,0
2000 nº 187 66 20 3 28 8 34 1 14 1 6 71 4 20 2 1 5 53 52 10 23 9 59 71 3 10 1 762
% 24,5 8,7 2,6 0,5 3,7 1,0 4,5 0,1 1,8 0,1 0,8 9,3 0,5 2,6 0,3 0,1 0,7 7,0 6,8 1,3 3,0 1,2 7,7 9,3 0,4 1,3 0,1 100,0
2001 nº 376 65 80 7 68 20 62 3 14 24 1 142 3 12 10 1 2 9 78 65 17 72 28 31 6 62 4 24 5 1291
% 29,1 5,0 6,2 0,5 5,3 1,5 4,8 0,2 1,1 1,9 0,1 11,0 0,2 0,9 0,8 0,1 0,2 0,7 6,0 5,0 1,3 5,6 2,2 2,4 0,5 4,8 0,3 1,9 0,4 100,0
2002
(*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal
Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/AIDS - SP)
GVE 1 CAPITAL GVE 7 SANTO ANDRE GVE 8 MOGI DAS CRUZES GVE 9 FRANCO DA ROCHA GVE 10 OSASCO GVE 11 ARACATUBA GVE 12 ARARAQUARA GVE 13 ASSIS GVE 14 BARRETOS GVE 15 BAURU GVE 16 BOTUCATU GVE 17 CAMPINAS GVE 18 FRANCA GVE 19 MARILIA GVE 20 PIRACICABA GVE 21 PRESIDENTE PRUDENTE GVE 22 PRESIDENTE GVE 23 REGISTRO GVE 24 RIBEIRAO PRETO GVE 25 SANTOS GVE 26 SAO JOAO DA BOA VISTA GVE 27 SAO JOSE DOS CAMPOS GVE 28 CARAGUATATUBA GVE 29 SAO JOSE DO RIO PRETO GVE 30 JALES GVE 31 SOROCABA GVE 32 ITAPEVA GVE 33 TAUBATE GVE Ignorada Total geral
GVE de residência nº 694 107 157 13 109 30 35 15 26 42 14 157 9 30 37 6 6 4 93 162 32 79 27 84 6 66 5 30 8 2083
2003
Ano de Notificação 2004 2005 % nº % nº % 33,3 823 36,1 664 36,1 5,1 118 5,2 102 5,5 7,5 135 5,9 139 7,6 0,6 22 1,0 10 0,5 5,2 122 5,4 85 4,6 1,4 30 1,3 21 1,1 1,7 45 2,0 58 3,2 0,7 15 0,7 8 0,4 1,2 14 0,6 16 0,9 2,0 27 1,2 21 1,1 0,7 12 0,5 15 0,8 7,5 177 7,8 114 6,2 0,4 31 1,4 22 1,2 1,4 17 0,7 20 1,1 1,8 72 3,2 57 3,1 0,3 2 0,1 2 0,1 0,3 7 0,3 4 0,2 0,2 13 0,6 6 0,3 4,5 100 4,4 75 4,1 7,8 185 8,1 157 8,5 1,5 26 1,1 30 1,6 3,8 43 1,9 37 2,0 1,3 19 0,8 14 0,8 4,0 64 2,8 61 3,3 0,3 12 0,5 6 0,3 3,2 69 3,0 47 2,6 0,2 17 0,7 6 0,3 1,4 59 2,6 37 2,0 0,4 4 0,2 4 0,2 100,0 2280 100,0 1838 100,0 nº 636 72 132 26 101 32 31 12 20 32 8 131 14 19 47 6 7 11 112 156 29 39 16 39 2 47 6 45 8 1836
% 34,6 3,9 7,2 1,4 5,5 1,7 1,7 0,7 1,1 1,7 0,4 7,1 0,8 1,0 2,6 0,3 0,4 0,6 6,1 8,5 1,6 2,1 0,9 2,1 0,1 2,6 0,3 2,5 0,4 100,0
2006 nº 489 76 109 10 56 19 33 13 6 30 7 124 9 13 46 10 2 10 54 70 20 7 5 38 5 36 5 21 1323
% 37,0 5,7 8,2 0,8 4,2 1,4 2,5 1,0 0,5 2,3 0,5 9,4 0,7 1,0 3,5 0,8 0,2 0,8 4,1 5,3 1,5 0,5 0,4 2,9 0,4 2,7 0,4 1,6 100,0
2007 nº 204 11 29 6 29 8 9 5 17 7 7 42 6 1 19 1 3 5 20 41 6 3 10 13 2 19 5 14 542
Total
% nº % 37,6 4130 33,8 2,0 655 5,4 5,4 812 6,7 1,1 97 0,8 5,4 603 4,9 1,5 170 1,4 1,7 310 2,5 0,9 72 0,6 3,1 132 1,1 1,3 184 1,5 1,3 70 0,6 7,7 968 7,9 1,1 104 0,9 0,2 138 1,1 3,5 290 2,4 0,2 28 0,2 0,6 32 0,3 0,9 63 0,5 3,7 590 4,8 7,6 923 7,6 1,1 171 1,4 0,6 304 2,5 1,8 136 1,1 2,4 401 3,3 0,4 40 0,3 3,5 462 3,8 0,9 51 0,4 2,6 243 2,0 31 0,3 100,0 12210 100,0
2008
TABELA 2 - Casos de Gestantes HIV+ e Crianças Expostas segundo Grupo de Vigilância Epidemiológica ( GVE ) de residência e ano de notificação, Estado de São Paulo, 2000 - 2008 *
Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1
Dezembro 2008
Boletim Epidemiológico
ANO XXV – Nº 1
TABELA 3 - Gestantes HIV+ e Crianças Expostas segundo município de residência com maior ocorrência de casos (acima de dez casos) e ano de notificação, Estado de São Paulo, 2000 - 2008* Ano de Notificação Município de residência
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
Total
2008
nº
%
nº
%
nº
%
nº
%
nº
%
nº
%
nº
%
nº
%
nº
%
nº
%
1
SÃO PAULO
57
22,4
187
24,5
376
29,1
694
33,3
823
36,1
664
36,1
636
34,6
487
36,8
202
37,3
4126
33,8
2
GUARULHOS
12
4,7
15
2,0
43
3,3
105
5,0
71
3,1
77
4,2
54
2,9
58
4,4
11
2,0
446
3,7
3
CAMPINAS
4
1,6
37
4,9
60
4,6
60
2,9
58
2,5
46
2,5
48
2,6
43
3,3
19
3,5
375
3,1
4
RIBEIRÃO PRETO
5
2,0
42
5,5
53
4,1
53
2,5
57
2,5
38
2,1
75
4,1
36
2,7
9
1,7
368
3,0
5
SANTOS
21
8,2
22
2,9
33
2,6
50
2,4
75
3,3
42
2,3
43
2,3
33
2,5
25
4,6
344
2,8
6
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
1
0,4
17
2,2
60
4,6
47
2,3
25
1,1
22
1,2
27
1,5
15
1,1
3
0,6
217
1,8
7
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
8
3,1
44
5,8
16
1,2
43
2,1
16
0,7
39
2,1
21
1,1
16
1,2
7
1,3
210
1,7
8
OSASCO
1
0,4
5
0,7
21
1,6
31
1,5
43
1,9
24
1,3
35
1,9
20
1,5
7
1,3
187
1,5 1,5
9
SÃO VICENTE
10
3,9
7
0,9
6
0,5
42
2,0
27
1,2
39
2,1
39
2,1
11
0,8
3
0,6
184
10
SÃO B. DO CAMPO
1
0,4
23
3,0
16
1,2
23
1,1
32
1,4
26
1,4
19
1,0
23
1,7
3
0,6
166
1,4
11
MAUA
25
9,8
24
3,1
9
0,7
33
1,6
25
1,1
19
1,0
7
0,4
14
1,1
4
0,7
160
1,3
12
SANTO ANDRÉ
5
2,0
9
1,2
24
1,9
27
1,3
25
1,1
28
1,5
16
0,9
16
1,2
2
0,4
152
1,2
13
SOROCABA
18
7,1
36
4,7
36
2,8
5
0,2
11
0,5
7
0,4
5
0,3
20
1,5
2
0,4
140
1,1
14
PRAIA GRANDE
1
0,4
-
-
4
0,3
34
1,6
30
1,3
31
1,7
20
1,1
15
1,1
3
0,6
138
1,1
15
DIADEMA
6
2,4
10
1,3
13
1,0
19
0,9
29
1,3
21
1,1
19
1,0
12
0,9
1
0,2
130
1,1
16
ITAQUAQUECETUBA
-
-
2
0,3
9
0,7
18
0,9
21
0,9
21
1,1
26
1,4
11
0,8
5
0,9
113
0,9
17
JUNDIAI
1
0,4
12
1,6
31
2,4
18
0,9
13
0,6
9
0,5
10
0,5
15
1,1
2
0,4
111
0,9
18
TAUBATÉ
-
-
9
1,2
19
1,5
18
0,9
15
0,7
23
1,3
9
0,5
6
0,5
6
1,1
105
0,9
19
ARARAQUARA
2
0,8
19
2,5
33
2,6
10
0,5
11
0,5
11
0,6
9
0,5
7
0,5
1
0,2
103
0,8
20
JACAREI
-
-
6
0,8
6
0,5
31
1,5
17
0,7
13
0,7
10
0,5
5
0,4
3
0,6
91
0,7
21
PIRACICABA
-
-
-
-
5
0,4
12
0,6
21
0,9
21
1,1
10
0,5
11
0,8
9
1,7
89
0,7
22
MARILIA
4
1,6
16
2,1
6
0,5
22
1,1
10
0,4
9
0,5
12
0,7
8
0,6
-
-
87
0,7
23
SÃO CARLOS
1
0,4
7
0,9
7
0,5
7
0,3
13
0,6
20
1,1
10
0,5
9
0,7
5
0,9
79
0,6
24
SUZANO
-
-
1
0,1
12
0,9
10
0,5
10
0,4
9
0,5
18
1,0
13
1,0
5
0,9
78
0,6
25
GUARUJA
1
0,4
1
0,1
7
0,5
6
0,3
21
0,9
18
1,0
25
1,4
-
-
-
-
78
0,6
26
BAURU
-
-
-
-
14
1,1
11
0,5
14
0,6
7
0,4
18
1,0
10
0,8
3
0,6
77
0,6
27
TABOÃO DA SERRA
-
-
1
0,1
4
0,3
17
0,8
11
0,5
13
0,7
13
0,7
8
0,6
4
0,7
71
0,6
28
AMERICANA
-
-
11
1,4
8
0,6
6
0,3
12
0,5
16
0,9
10
0,5
5
0,4
2
0,4
70
0,6
29
MOJI DAS CRUZES
-
-
1
0,1
7
0,5
6
0,3
13
0,6
13
0,7
10
0,5
14
1,1
5
0,9
69
0,6
30
CUBATÃO
-
-
2
0,3
7
0,5
14
0,7
10
0,4
15
0,8
16
0,9
1
0,1
3
0,6
68
0,6
31
ITU
14
5,5
11
1,4
4
0,3
13
0,6
6
0,3
12
0,7
4
0,2
3
0,2
-
-
67
0,5
32
CARAGUATATUBA
6
2,4
9
1,2
10
0,8
11
0,5
8
0,4
6
0,3
7
0,4
2
0,2
5
0,9
64
0,5
33
CARAPICUÍBA
1
0,4
3
0,4
4
0,3
14
0,7
20
0,9
13
0,7
7
0,4
-
-
1
0,2
63
0,5
34
FRANCA
5
2,0
3
0,4
2
0,2
4
0,2
20
0,9
11
0,6
9
0,5
8
0,6
4
0,7
67
0,5
35
ITAPEVI
-
-
5
0,7
15
1,2
3
0,1
9
0,4
7
0,4
14
0,8
5
0,4
2
0,4
60
0,5
36
ARAÇATUBA
-
-
5
0,7
9
0,7
11
0,5
1
0,0
13
0,7
7
0,4
7
0,5
2
0,4
55
0,5
37
EMBU
2
0,8
-
-
4
0,3
10
0,5
13
0,6
6
0,3
7
0,4
8
0,6
3
0,6
53
0,4
38
BEBEDOUROS
1
0,4
6
0,8
8
0,6
16
0,8
5
0,2
7
0,4
7
0,4
1
0,1
2
0,4
53
0,4
39
SUMARÉ
-
-
2
0,3
3
0,2
10
0,5
8
0,4
7
0,4
8
0,4
11
0,8
-
-
49
0,4
40
HORTOLANDIA
-
-
3
0,4
8
0,6
3
0,1
14
0,6
5
0,3
7
0,4
5
0,4
2
0,4
47
0,4
41
ITAPETININGA
1
0,4
1
0,1
6
0,5
10
0,5
14
0,6
6
0,3
2
0,1
3
0,2
3
0,6
46
0,4
42
LIMEIRA
-
-
-
-
-
-
-
-
20
0,9
3
0,2
9
0,5
10
0,8
3
0,6
45
0,4
43
CATANDUVA
-
-
1
0,1
-
-
8
0,4
16
0,7
8
0,4
3
0,2
8
0,6
1
0,2
45
0,4
44
VOTUPORANGA
3
1,2
6
0,8
5
0,4
6
0,3
13
0,6
-
-
5
0,3
4
0,3
1
0,2
43
0,4
45
PINDAMONHANGABA
-
-
-
-
-
-
3
0,1
26
1,1
4
0,2
4
0,2
3
0,2
2
0,4
42
0,3
46
FERRAZ DE VASCONCELOS
-
-
1
0,1
2
0,2
8
0,4
11
0,5
5
0,3
6
0,3
5
0,4
3
0,6
41
0,3
47
BARUERI
1
0,4
2
0,3
5
0,4
11
0,5
4
0,2
2
0,1
12
0,7
-
-
4
0,7
41
0,3
48
MOJI - GUAÇU
-
-
2
0,3
-
-
7
0,3
7
0,3
6
0,3
11
0,6
5
0,4
2
0,4
40
0,3
49
ITANHAEM
-
-
7
0,9
5
0,4
11
0,5
6
0,3
4
0,2
3
0,2
2
0,2
2
0,4
40
0,3
50
BIRIGUI
-
-
2
0,3
4
0,3
9
0,4
10
0,4
4
0,2
7
0,4
3
0,2
1
0,2
40
0,3
51
PERUÍBE
2
0,8
12
1,6
2
0,2
1
0,0
10
0,4
6
0,3
4
0,2
1
0,1
1
0,2
39
0,3
52
MOJI - MIRIM
-
-
4
0,5
5
0,4
9
0,4
5
0,2
6
0,3
7
0,4
3
0,2
-
-
39
0,3
53
FRANCISCO MORATO
-
-
-
-
5
0,4
4
0,2
11
0,5
3
0,2
8
0,4
2
0,2
4
0,7
37
0,3
54
BARRETOS
3
1,2
5
0,7
4
0,3
5
0,2
4
0,2
2
0,1
3
0,2
-
-
11
2,0
37
0,3
55
RIO CLARO
-
-
-
-
1
0,1
12
0,6
9
0,4
4
0,2
7
0,4
2
0,2
1
0,2
36
0,3
56
VOTORATINS
4
1,6
8
1,0
2
0,2
5
0,2
6
0,3
5
0,3
3
0,2
-
-
2
0,4
35
0,3
57
UBATUBA
1
0,4
-
-
9
0,7
8
0,4
7
0,3
4
0,2
4
0,2
-
-
1
0,2
34
0,3
58
TAQUARITINGA
-
-
5
0,7
8
0,6
2
0,1
4
0,2
9
0,5
4
0,2
-
-
-
-
32
0,3
59
SERTANZINHO
-
-
4
0,5
5
0,4
5
0,2
6
0,3
5
0,3
5
0,3
2
0,2
-
-
32
0,3
60
ARUJA
-
-
-
-
2
0,2
6
0,3
3
0,1
6
0,3
11
0,6
4
0,3
-
-
32
0,3
61
ARARAS
-
-
1
0,1
1
0,1
7
0,3
7
0,3
4
0,2
3
0,2
7
0,5
2
0,4
32
0,3
62
AMPARO
1
0,4
1
0,1
4
0,3
9
0,4
6
0,3
4
0,2
3
0,2
3
0,2
1
0,2
32
0,3
63
SÃO SEBASTIÃO
1
0,4
-
-
8
0,6
7
0,3
3
0,1
3
0,2
5
0,3
2
0,2
2
0,4
31
0,3
64
TATUI
-
-
-
-
3
0,2
6
0,3
3
0,1
7
0,4
4
0,2
3
0,2
4
0,7
30
0,2
65
ITATIBA
-
-
2
0,3
2
0,2
13
0,6
6
0,3
1
0,1
3
0,2
2
0,2
1
0,2
30
0,2
66
ITAPECERICA DA SERRA
-
-
3
0,4
2
0,2
8
0,4
7
0,3
4
0,2
3
0,2
3
0,2
-
-
30
0,2
67
COTIA
-
-
1
0,1
1
0,1
7
0,3
8
0,4
5
0,3
3
0,2
-
-
3
0,6
28
0,2
68
MATÃO
-
-
-
-
7
0,5
5
0,2
5
0,2
3
0,2
3
0,2
3
0,2
1
0,2
27
0,2
69
JABOTICABAL
-
-
1
0,1
5
0,4
6
0,3
4
0,2
2
0,1
6
0,3
-
-
3
0,6
27
0,2
70
BATATAIS
-
-
2
0,3
2
0,2
4
0,2
6
0,3
10
0,5
2
0,1
-
-
1
0,2
27
0,2
71
FRANCO DA ROCHA
-
-
1
0,1
2
0,2
2
0,1
7
0,3
4
0,2
7
0,4
2
0,2
1
0,2
26
0,2
72
OURINHOS
-
-
-
-
-
-
6
0,3
7
0,3
3
0,2
4
0,2
4
0,3
1
0,2
25
0,2
73
BRAGANÇA PAULISTA
-
-
-
-
3
0,2
4
0,2
6
0,3
2
0,1
4
0,2
4
0,3
2
0,4
25
0,2
continua
Dezembro 2008
45
Boletim Epidemiológico
ANO XXV – Nº 1
continuação Ano de Notificação Município de residência
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
Total
2008
nº
%
nº
%
nº
%
nº
%
nº
%
nº
%
nº
%
nº
%
nº
%
nº
%
74
SANTA BARBARA D´OESTE
-
-
1
0,1
4
0,3
7
0,3
5
0,2
2
0,1
1
0,1
1
0,1
2
0,4
23
0,2
75
JANDIRA
-
-
1
0,1
1
0,1
4
0,2
4
0,2
1
0,1
3
0,2
5
0,4
2
0,4
21
0,2
76
COSMOPOLIS
-
-
-
-
2
0,2
3
0,1
7
0,3
-
-
2
0,1
4
0,3
3
0,6
21
0,2
77
POA
-
-
-
-
4
0,3
2
0,1
1
0,0
3
0,2
6
0,3
4
0,3
-
-
20
0,2
78
PENAPOLIS
1
0,4
-
-
-
-
-
-
10
0,4
1
0,1
5
0,3
3
0,2
-
-
20
0,2
79
SÃO CAETANO DO SUL
-
-
-
-
-
-
3
0,1
5
0,2
2
0,1
5
0,3
3
0,2
1
0,2
19
0,2
80
INDAIATUBA
-
-
-
-
2
0,2
1
0,0
5
0,2
4
0,2
2
0,1
5
0,4
-
-
19
0,2
81
SÃO ROQUE
-
-
-
-
-
-
8
0,4
1
0,0
1
0,1
4
0,2
2
0,2
2
0,4
18
0,1
82
RIBEIRÃO PIRES
1
0,4
-
-
3
0,2
1
0,0
1
0,0
4
0,2
3
0,2
5
0,4
-
-
18
0,1
83
JARDINOPOLIS
-
-
-
-
4
0,3
6
0,3
2
0,1
-
-
5
0,3
1
0,1
-
-
18
0,1
84
ITAPIRA
1
0,4
1
0,1
2
0,2
4
0,2
3
0,1
4
0,2
1
0,1
2
0,2
-
-
18
0,1
85
CRUZEIRO
-
-
-
-
1
0,1
2
0,1
1
0,0
2
0,1
7
0,4
5
0,4
-
-
18
0,1
86
BOTUCATU
-
-
4
0,5
-
-
4
0,2
4
0,2
2
0,1
4
0,2
-
-
-
-
18
0,1
87
PIRASSUNUNGA
-
-
-
-
2
0,2
1
0,0
2
0,1
4
0,2
5
0,3
3
0,2
-
-
17
0,1
88
MONTE ALTO
-
-
-
-
3
0,2
3
0,1
3
0,1
5
0,3
2
0,1
-
-
1
0,2
17
0,1
89
MAIRINQUE
-
-
2
0,3
1
0,1
1
0,0
4
0,2
-
-
6
0,3
2
0,2
1
0,2
17
0,1
90
LEME
-
-
1
0,1
-
-
-
-
1
0,0
8
0,4
3
0,2
4
0,3
-
-
17
0,1
91
PEREIRA BARRETO
1
0,4
1
0,1
-
-
3
0,1
3
0,1
2
0,1
6
0,3
-
-
-
-
16
0,1
92
CAPIVARI
-
-
-
-
1
0,1
-
-
2
0,1
6
0,3
3
0,2
2
0,2
2
0,4
16
0,1
93
CAJURU
-
-
1
0,1
-
-
5
0,2
2
0,1
2
0,1
5
0,3
-
-
1
0,2
16
0,1
94
BARRINHA
-
-
-
-
2
0,2
3
0,1
1
0,0
2
0,1
4
0,2
3
0,2
1
0,2
16
0,1
95
ASSIS
-
-
1
0,1
-
-
4
0,2
3
0,1
3
0,2
5
0,3
-
-
-
-
16
0,1
96
VARZEA PAULISTA
2
0,8
-
-
1
0,1
1
0,0
3
0,1
5
0,3
2
0,1
1
0,1
-
-
15
0,1
97
SÃO JOÃO DA BOA VISTA
-
-
1
0,1
2
0,2
-
-
2
0,1
5
0,3
3
0,2
1
0,1
1
0,2
15
0,1
98
PIEDADE
-
-
2
0,3
1
0,1
4
0,2
4
0,2
1
0,1
3
0,2
-
-
-
-
15
0,1
99
MAIRIPORÃ
-
-
-
-
-
-
3
0,1
2
0,1
1
0,1
4
0,2
4
0,3
1
0,2
15
0,1
100
ITAPEVA
-
-
-
-
2
0,2
1
0,0
6
0,3
2
0,1
2
0,1
-
-
2
0,4
15
0,1
101
CAMPO LIMPO PAULISTA
-
-
1
0,1
2
0,2
2
0,1
3
0,1
1
0,1
5
0,3
-
-
1
0,2
15
0,1
102
EMBU - GUAÇU
-
-
2
0,3
3
0,2
1
0,0
1
0,0
4
0,2
1
0,1
1
0,1
1
0,2
14
0,1
103
BERTIOGA
-
-
-
-
1
0,1
3
0,1
4
0,2
2
0,1
4
0,2
-
-
-
-
14
0,1
104
APARECIDA
1
0,4
1
0,1
2
0,2
3
0,1
3
0,1
2
0,1
2
0,1
-
-
-
-
14
0,1
105
MOCOCA
-
-
1
0,1
-
-
2
0,1
2
0,1
4
0,2
2
0,1
1
0,1
1
0,2
13
0,1
106
SANTO ANDTONIO DE POSSE
-
-
-
-
2
0,2
1
0,0
5
0,2
-
-
2
0,1
1
0,1
1
0,2
12
0,1
107
PEDREIRA
-
-
-
-
1
0,1
3
0,1
4
0,2
-
-
3
0,2
1
0,1
-
-
12
0,1
108
MIRASSOL
-
-
3
0,4
-
-
4
0,2
1
0,0
2
0,1
2
0,1
-
-
-
-
12
0,1
109
JAU
-
-
-
-
1
0,1
7
0,3
-
-
-
-
2
0,1
2
0,2
-
-
12
0,1
110
FERNANDOPOLIS
1
0,4
-
-
1
0,1
2
0,1
3
0,1
3
0,2
0
0,0
1
0,1
1
0,2
12
0,1
111
CAPÃO BONITO
-
-
2
0,3
1
0,1
1
0,0
4
0,2
3
0,2
1
0,1
-
-
-
-
12
0,1
112
SANTANA DO PARNAÍBA
-
-
3
0,4
2
0,2
2
0,1
1
0,0
1
0,1
1
0,1
1
0,1
-
-
11
0,1
113
SANTA ISABEL
-
-
-
-
1
0,1
2
0,1
3
0,1
4
0,2
1
0,1
-
-
-
-
11
0,1
114
SALTO
-
-
-
-
1
0,1
1
0,0
6
0,3
1
0,1
2
0,1
-
-
-
-
11
0,1
115
ATIBAIA
-
-
-
-
2
0,2
1
0,0
4
0,2
2
0,1
1
0,1
-
-
1
0,2
11
0,1
116
CAJAMAR
-
-
1
0,1
-
-
1
0,0
2
0,1
2
0,1
3
0,2
1
0,1
-
-
10
0,1
117
BRODOSQUI
118
DEMAIS MUNICÍPIOS
TOTAL
-
-
-
-
1
0,1
2
0,1
4
0,2
2
0,1
1
0,1
-
-
-
-
10
0,1
17
6,7
47
6,2
110
8,5
190
9,1
213
9,3
161
8,8
187
10,2
172
13,0
77
14,2
1174
9,6
255
100,0
762
100,0
1291
100,0
2083
100,0
2280
100,0
1838
100,0
1836
100,0
1323
100,0
542
100,0
12210
100,0
Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/AIDS - SP) (*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal
46
Dezembro 2008
Dezembro 2008
De 12 e mais
Ign/Branco
28
2
-
73
Preta
Amarela
Indígena
Ign/Branco
255
39
Parda
2000
100,0
28,6
-
0,8
11,0
15,3
44,3
100,0
31,0
2,7
16,5
37,3
10,2
2,4
%
762
157
-
2
75
130
398
762
190
13
139
286
120
14
nº
20,6
-
0,3
9,8
17,1
52,2
100,0
24,9
1,7
18,2
37,5
15,7
1,8
%
100,00
2001
1291
275
1
10
130
227
648
1291
338
34
207
492
174
46
nº
2002
100,0
21,3
0,1
0,8
10,1
17,6
50,2
100,0
26,2
2,6
16,0
38,1
13,5
3,6
%
2083
346
1
7
233
434
1062
2083
500
54
410
766
281
72
nº
2003
100,0
16,6
0,0
0,3
11,2
20,8
51,0
100,0
24,0
2,6
19,7
36,8
13,5
3,5
%
12,2 100,0
2280
0,1
0,3
12,7
22,1
52,7
100,0
18,9
3,2
27,1
36,2
11,5
2,9
%
278
2
6
290
503
1201
2280
432
74
619
826
262
67
nº
2004
Ano de Notificação
1838
263
4
3
215
413
940
1838
403
65
482
671
169
48
nº
2005
100,0
14,3
0,2
0,2
11,7
22,5
51,1
100,0
21,9
3,5
26,2
36,5
9,2
2,6
%
1836
179
1
7
223
469
957
1836
318
70
503
771
137
37
nº
2006
100
9,7
0,1
0,4
12,1
25,5
52,1
100,0
17,3
3,8
27,4
42,0
7,5
2,0
%
1323
100
1
10
156
361
695
1323
195
34
556
454
77
7
nº
2007
100,0
7,6
0,1
0,8
11,8
27,3
52,5
100,0
14,7
2,6
42,0
34,3
5,8
0,5
%
542
48
-
4
68
150
272
542
86
12
224
180
32
8
nº
2008*
100,0
8,9
-
0,7
12,5
27,7
50,2
100,0
15,9
2,2
41,3
33,2
5,9
1,5
%
12210
1719
10
51
1418
2726
6286
12210
2541
363
3182
4541
1278
305
nº
Total
100,0
14,1
0,1
0,4
11,6
22,3
51,5
100,0
20,8
3,0
26,1
37,2
10,5
2,5
%
91
16
14
36
Durante o pré-natal
Durante o parto
Após o parto
Ign/Branco
17
Ignorado
70
37
39
2º Trimestre
3º Trimestre
Ign/Branco
49
Ignorado
2000
100,0
21,4
4,4
74,2
17,0
16,2
30,6
36,2
100,0
6,7
3,5
89,8
14,1
5,5
6,3
35,7
38,4
%
692
125
34
533
126
130
250
186
762
32
38
692
54
28
43
275
362
nº
2001
100,0
18,1
4,9
77,0
18,2
18,8
36,1
26,9
100,0
4,2
5,0
90,8
7,1
3,7
5,6
36,1
47,5
%
1145
201
70
874
216
188
410
331
1291
65
81
1145
82
70
92
422
625
nº
2002
100,0
17,6
6,1
76,3
18,9
16,4
35,8
28,9
100,0
5,0
6,3
88,7
6,4
5,4
7,1
32,7
48,4
%
1835
375
97
1363
388
262
675
510
2083
129
119
1835
95
111
194
644
1039
nº
2003
100,0
20,4
5,3
74,3
21,1
14,3
36,8
27,8
100,0
6,2
5,7
88,1
4,6
5,3
9,3
30,9
49,9
%
2013
423
100
1490
467
272
693
581
2280
109
158
2013
6
106
200
756
1212
nº
2004
100,0
21,0
5,0
74,0
23,2
13,5
34,4
28,9
100,0
4,8
6,9
88,3
0,3
4,6
8,8
33,2
53,2
%
Ano de Notificação
1643
400
105
1138
411
184
560
488
1838
98
97
1643
53
87
170
521
1007
nº
2005
100,0
24,3
6,4
69,3
25,0
11,2
34,1
29,7
100,0
5,3
5,3
89,4
2,9
4,7
9,2
28,3
54,8
%
1645
416
71
1158
382
220
541
502
1836
88
103
1645
20
67
177
532
1040
nº
2006
100,0
25,3
4,3
70,4
23,2
13,4
32,9
30,5
100,0
4,8
5,6
89,6
1,1
3,6
9,6
29,0
56,6
%
1194
85
227
882
241
300
326
327
1323
65
64
1194
30
26
66
483
718
nº
2007
100,0
7,1
19,0
73,9
20,2
25,1
27,3
27,4
100,0
4,9
4,8
90,2
2,3
2,0
5,0
36,5
54,3
%
502
41
92
369
90
155
121
136
542
15
25
502
2
5
22
210
303
nº
2008
100,0
8,2
18,3
73,5
17,9
30,9
24,1
27,1
100,0
2,8
4,6
92,6
0,4
0,9
4,1
38,7
55,9
%
%
100,0
10898
7,4
73,2
21,7
16,0
33,5
28,8
100,0
5,1
5,7
89,3
3,1
4,2
8,0
32,2
52,4
19,4
Total
2115
806
7977
2360
1748
3646
3144
12210
618
694
10898
378
514
979
3935
6404
nº
Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/AIDS - SP) (*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal (**) Sinan- W - "Realização de PN" considerado o preenchimento dos campos 32 (municipio do PN), campo 33 (unidade do PN) e campo 45 (fez PN=sim) (***) Sinan-W - "Início de realização de PN" considerado o preenchimento do campo 35 (idade gestacional na 1ª consulta) (****) Sinan-W"Uso de ARV no PN" considerado o preenchimento do campo 38 (ARV para tratamento=sim) ou campo 39 (inicio de profilaxia >00), ou seja, casos que usaram ARV para o tratamento ou profilaxia
229
10
Não
Total
170
Sim
Uso de ARV no Pré-Natal****
83
1º Trimestre
Trimestre de início do Pré-Natal***
255
9
Não
Total
229
Sim
Realização do Pré-Natal**
98
nº
Anterior ao pré-natal
Evidência Laboratorial do HIV
Características
TABELA 5 - Casos notificados de Gestantes HIV+ e Crianças Expostas segundo época da evidência laboratorial do HIV materno, características do pré-natal e ano de notificação, Estado de São Paulo, 2000 - 2008*
Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/AIDS - SP) (*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal
Total
113
Branca
Raça / Cor
255
7
79
De 8 a 11
Total
95
42
De 4 a 7
6
26
De 1 a 3
nº
nenhuma
Escolaridade
Características da mãe
TABELA 4 - Casos notificados de Gestantes HIV+ e Crianças Expostas segundo características maternas de escolaridade (em anos de estudo) e raça/cor, por ano de notificação, Estado de São Paulo, 2000 - 2008*
Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1
47
48
Ign/Branco
36
130
Não realizado
Ign/Branco
8,7
0,4
39,9
51,0
%
100,0
17,4
4,8
3,5
74,2
100,0
4,1
1,1
94,8
100,0
14,9
17,0
68,1
100,0
2000
1068
146
37
29
856
1116
31
17
1068
1116
125
176
815
1124
80
8
371
665
nº
7,1
0,7
33,0
59,2
%
100,0
13,7
3,5
2,7
80,1
100,0
2,8
1,5
95,7
100,0
11,2
15,8
73,0
100,0
2001
1338
146
48
40
1104
1435
73
24
1338
1435
167
240
1028
1447
115
12
500
820
nº
7,9
0,8
34,6
56,7
%
100,0
10,9
3,6
3,0
82,5
100,0
5,1
1,7
93,2
100,0
11,6
16,7
71,6
100,0
2002
1457
116
31
26
1284
1577
93
27
1457
1577
169
227
1181
1583
122
6
513
942
nº
7,7
0,4
32,4
59,5
%
100,0
8,0
2,1
1,8
88,1
100,0
5,9
1,7
92,4
100,0
10,7
14,4
74,9
100,0
2003
Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/AIDS - SP) (*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal (**) “Ano de parto” considerado os casos com data de parto informada/preenchida (***) Excluído casos de aborto (N=92) (****) Excluído natimorto (N=170) e aborto (N=92)
745
26
Total
553
Nas primeiras 24h
Após 24h do nascimento
Início do ARV na criança****
786
32
Ign/Branco
Total
9
745
Natimorto
Vivo
Status Vital da Criança***
786
117
Não
Total
535
134
Sim
Fez uso ARV no parto***
789
69
Ign/Branco
Total
3
315
Aborto
402
Parto Vaginal
nº
Cesariana
Tipo de Parto
Características
1508
90
30
29
1359
1636
104
24
1508
1636
180
189
1267
1649
132
13
508
996
nº
8,0
0,8
30,8
60,4
%
100,0
6,0
2,0
1,9
90,1
100,0
6,4
1,5
92,2
100,0
11,0
11,6
77,4
100,0
2004
Ano de Parto**
1304
75
12
13
1204
1396
62
30
1304
1396
117
154
1125
1412
88
16
386
922
nº
6,2
1,1
27,3
65,3
%
100,0
5,8
0,9
1,0
92,3
100,0
4,4
2,1
93,4
100,0
8,4
11,0
80,6
100,0
2005
1133
65
13
14
1041
1219
74
12
1133
1219
115
124
980
1232
85
13
335
799
nº
6,9
1,1
27,2
64,9
%
100,0
5,7
1,1
1,2
91,9
100,0
6,1
1,0
92,9
100,0
9,4
10,2
80,4
100,0
2006
919
31
6
6
876
973
35
19
919
973
61
100
812
990
32
17
259
682
nº
3,2
1,7
26,2
68,9
%
100,0
3,4
0,7
0,7
95,3
100,0
3,6
2,0
94,5
100,0
6,3
10,3
83,5
100,0
2007
307
6
1
2
298
321
6
8
307
321
22
26
273
325
9
4
88
224
nº
2,8
1,2
27,1
68,9
%
100,0
2,0
0,3
0,7
97,1
100,0
1,9
2,5
95,6
100,0
6,9
8,1
85,0
100,0
2008*
9779
805
214
185
8575
10459
510
170
9779
10459
1073
1370
8016
10551
732
92
3275
6452
nº
6,9
0,9
31,0
61,2
%
100,0
8,2
2,2
1,9
87,7
100,0
4,9
1,6
93,5
100,0
10,3
13,1
76,6
100,0
Total
TABELA 6 - Casos notificados de Gestantes HIV+ e Crianças Expostas segundo características no parto e na criança, por ano de parto, Estado de São Paulo, 2000 - 2008*
Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1
Dezembro 2008
Dezembro 2008
69
Ign/Branco
85
Não
Ign/Branco
37
491
73
119
De 3 a 5 semanas
6 semanas
Não usou
Ign/Branco
18
2000
100,0
2,4
1,6
1,9
11,9
-
9,3
72,9
16,0
9,8
65,9
5,0
3,4
11,4
88,6
-
9,3
80,8
9,9
%
1068
42
72
12
132
-
61
749
213
75
703
43
34
147
910
11
114
901
53
nº
2001
100,0
3,9
6,7
1,1
12,4
-
5,7
70,1
19,9
7,0
65,8
4,0
3,2
13,8
85,2
1,0
10,7
84,4
5,0
%
1338
78
96
27
158
5
57
917
263
73
864
67
71
184
1140
14
150
1121
67
nº
2002
100,0
5,8
7,2
2,0
11,8
0,4
4,3
68,5
19,7
5,5
64,6
5,0
5,3
13,8
85,2
1,0
11,2
83,8
5,0
%
1457
67
201
23
189
8
37
932
345
49
941
69
53
221
1229
7
186
1219
52
nº
2003
100,0
4,6
13,8
1,6
13,0
0,5
2,5
64,0
23,7
3,4
64,6
4,7
3,6
15,2
84,4
0,5
12,8
83,7
3,6
%
Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/AIDS - SP) (*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal (**) Casos com data de nascimento informada/preenchida (***) Sem informação da criança no sistema SINAN-NET
745
Ign/Branco
Total
14
89
Perda de seguimento
12
-
Indeterminada
Em andamento
69
Infectada
Óbito
543
Não infectada
Encerramento do caso
25
Menos de 3 semanas
Tempo total uso AZT xarope
-
660
Sim
Aleitamento cruzado
74
602
Não
nº
Sim
Aleitamento materno
Características
1508
225
113
18
185
4
40
923
407
48
950
59
44
239
1262
7
197
1277
34
nº
2004
100,0
14,9
7,5
1,2
12,3
0,3
2,7
61,2
27,0
3,2
63,0
3,9
2,9
15,8
83,7
0,5
13,1
84,7
2,3
%
Ano de Nascimento**
1304
286
120
24
122
1
20
731
410
24
768
43
59
211
1080
13
180
1104
20
nº
2005
100,0
21,9
9,2
1,8
9,4
0,1
1,5
56,1
31,4
1,8
58,9
3,3
4,5
16,2
82,8
1,0
13,8
84,7
1,5
%
1133
429
231
27
121
1
19
305
437
18
551
67
60
239
888
6
201
915
17
nº
2006
100,0
37,9
20,4
2,4
10,7
0,1
1,7
26,9
38,6
1,6
48,6
5,9
5,3
21,1
78,4
0,5
17,7
80,8
1,5
%
154
77
54
3
8
-
1
11
67
1
80
2
4
20
134
-
18
136
-
nº -
%
100,0
50,0
35,1
1,9
5,2
-
0,6
7,1
43,5
0,6
51,9
1,3
2,6
13,0
87,0
-
11,7
88,3
2007***
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
nº
2008***
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
%
8707
1222
899
148
1004
19
304
5111
2261
361
5348
387
350
1346
7303
58
1115
7275
317
nº
Total
100,0
14,0
10,3
1,7
11,5
0,2
3,5
58,7
26,0
4,1
61,4
4,4
4,0
15,5
83,9
0,7
12,8
83,6
3,6
%
TABELA 7 - Casos notificados de Gestantes HIV+ e Crianças Expostas, segundo características da criança e ano de nascimento, Estado de São Paulo, 2000 - 2008*
Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1
49
Boletim Epidemiológico
ANO XXV – Nº 1
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA SÍFILIS NA GESTAÇÃO E SÍFILIS CONGÊNITA NO ESTADO DE SÃO PAULO
O
Sistema Único de Saúde - SUS é uma política pública que acaba de completar vinte anos de existência. Foi criado com o propósito de promover a justiça social e superar as desigualdades na assistência à saúde da população. “Muitos avanços e desafios têm exigido, dos gestores do SUS, um movimento constante de mudanças, pela via das reformas incrementais. Contudo, esse modelo parece ter se esgotado, de um lado, pela dificuldade de imporem-se normas gerais a um país tão grande e desigual; de outro, pela sua fixação em conteúdos normativos de caráter técnico-processual, tratados, em geral, com detalhamento excessivo e enorme complexidade”¹. Aprovado pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) através da Portaria 399 GM – 22/02/2006, o Pacto pela Saúde 2006 – Consolidação do SUS, fruto do compromisso público assumido pelos gestores do SUS, foi construído buscando superar as dificuldades acima apontadas. Anualmente revisado, o Pacto pela Saúde tem como base os princípios constitucionais do SUS, com ênfase nas necessidades de saúde da população, e apresenta-se sob a forma de três eixos articulados e integrados: Pacto pela Vida, Pacto em Defesa do SUS e Pacto de Gestão do SUS¹. “O Pacto pela Saúde fortalece a gestão compartilhada entre as diversas esferas de governo. Estabelece aos estados e aos municípios o desenvolvimento de ações necessárias para o cumprimento das metas, de acordo com a realidade local, de maneira que as prioridades estaduais e municipais também possam ser agregadas à agenda nacional” ². O Pacto pela Vida, um dos eixos do Pacto pela Saúde, constituído por um conjunto de compromissos sanitários, abrange diversas prioridades, dentre elas a redução da mortalidade infantil e materna. Um dos componentes para execução dessa prioridade básica é a redução das taxas de transmissão vertical do HIV e da sífilis. O estado de São Paulo, em consonância com as propostas do Pacto pela Vida, porém preocupado com a sub-notificação da sífilis congênita (SC), propôs inicialmente para os municípios, como meta em 2008, o aumento em 50% no número de casos notificados de SC. Para cumprir essa meta, as vigilâncias epidemiológicas dos municípios e dos Grupos de Vigilância Epidemiológica (GVE) do estado devem incentivar e intensificar a busca ativa de casos de SC em maternidades e ambulatórios de pediatria. Ainda em 2006, surge a Programação Pactuada e Integrada (PPI) da assistência em saúde, onde em consonância com o processo de planejamento são definidas e quantificadas as ações de saúde, bem como efetuados os pactos intergestores para garantia de acesso da população aos serviços de saúde.
50
Em 2008, o governo federal, através da Portaria nº 64 de 30/05/2008, estabeleceu a Programação das Ações de Vigilância em Saúde (PAVS) como instrumento de planejamento para definição de um elenco norteador das ações de vigilância em saúde que serão acordadas e operacionalizadas pelas três esferas de gestão: a federal, estadual e municipal³. Anualmente revisado, e com várias ações, dentre as quais se ressaltam a melhoria na notificação dos casos e o diagnóstico de agravos de saúde pública. Para esse programa o estado de São Paulo discutiu e pactuou junto aos municípios duas metas para a eliminação da SC: aumentar em 100% o número de casos notificados de sífilis na gestação (SG) e realizar o teste não treponêmico (VDRL) em 100% das parturientes e das mulheres internadas por abortamento. Para captação dos casos de gestantes com sífilis devem ser utilizadas todas as fontes de informação, tais como: os laboratórios públicos e privados, profissionais de saúde, serviços da rede pública e da saúde suplementar. Avaliar a proporção dos partos realizados nos municípios cujas Autorizações de Internação Hospitalar (AIH) apresentaram a realização do VDRL. É importante a visita às maternidades e laboratórios com a análise de prontuários e verificação do resultado do VDRL. As estratégias preconizadas para a prevenção e controle da transmissão vertical da sífilis estão centradas, principalmente, na assistência ao pré-natal e ao parto. É imprescindível a ampliação do acesso ao diagnóstico e a instituição do tratamento materno e dos parceiros sexuais de forma oportuna, buscando interromper o ciclo da infecção no casal e suas conseqüências para o concepto. A eliminação da SC requer insumos de baixo custo que precisam ser garantidos, assim como a qualificação dos profissionais envolvidos na assistência pré-natal. Observa-se que a sífilis permanece como uma complicação comum na gravidez, apesar das recomendações preconizadas para o adequado atendimento das gestantes, da disponibilidade de testes diagnósticos baratos e acurados e da reconhecida sensibilidade do Treponema pallidum à penicilina. Tomando como justificativa a ocorrência de eventos adversos, principalmente de reação anafilática relacionada com o uso da penicilina, situação rara e na maioria das vezes mal diagnosticada, muitos serviços na esfera da atenção primária se recusam a realizar a aplicação desse medicamento2,4. É utilizado, como argumento, a falta de condições técnicas no manejo das anafilaxias na rede básica. Na maior parte dos casos, as reações adversas referem-se a distúrbios neurovegetativos ou reações vasovagais, caracterizados por ansiedade, medo, sudorese, associados à dor. Frente a esse cenário, são adotadas práticas
Dezembro 2008
Boletim Epidemiológico
ANO XXV – Nº 1
que acabam limitando o uso da penicilina, como o encaminhamento dos indivíduos que necessitam desse medicamento para os serviços de emergências de unidades hospitalares. Diante da dificuldade de acesso a esses serviços, muitas pessoas acabam não realizando o tratamento preconizado4. O “Plano Estadual de Eliminação da Sífilis Congênita”, lançado em 2007, no evento realizado pela Coordenação do Programa Estadual de DST/Aids de São Paulo (PE-DST/AidsSP), foi elaborado justamente com a finalidade, entre outras, de reverter este quadro e propõe a eliminação desse agravo até o ano de 2012. Os principais desafios para o alcance desta meta são aumentar a cobertura e a qualidade do pré-natal e ampliar o diagnóstico laboratorial do Treponema pallidum, assim como o tratamento da gestante e seu parceiro sexual. Após esse evento, cerca de 08 fóruns regionais foram realizados no estado de São Paulo no ano de 2007, contribuindo para a sensibilização e atualização de aproximadamente 1629 profissionais da rede de atenção à saúde. As informações disponibilizadas através do SINAN da SG e SC permitem analisar os fatores que contribuem para a perda de oportunidades para eliminação desse agravo na criança. O presente boletim tem por objetivo apresentar os dados gerados por esse sistema. Sífilis na Gestação (SG) No período de 2002 a 30/06/2008 foram notificados no estado de São Paulo 2185 gestantes com sífilis. Desse total, 32% foram notificados pela GVE-1 (capital) e 7,2% pela GVE-8 (Mogi das Cruzes) (Tabela 1). Observa-se que as notificações vêm apresentando um aumento crescente desde 2005, quando passou a ser compulsória a nível Nacional. Dentre os 645 municípios do Estado, 82 possuem cinco ou mais casos de SG e representam cerca de 87% do total de casos notificados. A maior parte dos casos (n=698) reside no município de São Paulo, seguido por Guarulhos (n=94), Osasco (n=58), Santos (n= 53) e Campinas (n=50) (Tabela 2). Aproximadamente 29% das gestantes iniciaram o prénatal idealmente no primeiro trimestre de gestação e 59% no segundo ou terceiro trimestre. Chama a atenção à disparidade da classificação clínica com o tratamento realizado, 34,5% dos casos foram classificados com a forma clínica primária e cerca de 28% receberam tratamento com penicilina benzatina 2.400.000 UI, 10% das gestantes com forma clínica secundária e 8% tratadas com 4.800.000UI, 25,5% com forma clínica latente ou terciária e 46% receberam 7.200.000UI, provavelmente esse fato pode ser decorrente do desconhecimento do estadiamento da doença. Ressalta-se o percentual de casos (6%) que não recebeu tratamento, apesar das gestantes terem realizado prénatal (Tabela 3). A definição da classificação clínica pelo profissional de saúde é essencial para a prescrição do tratamento adequado. O esquema preconizado é diferenciado para cada fase clínica da doença. Vale lembrar que os casos de sífilis adquirida, com duração ignorada, deverão ser tratados com a mesma dose de Penicilina G Benzatina (dose total de 7.200.000UI) recomendada para a classificação terciária ou latente tardia5.
Dezembro 2008
Sífilis Congênita (SC) No período de 1998 a 2008, foram notificados 9151 casos de SC. O município de São Paulo (GVE-1) foi responsável por 52% desse total, seguido pela GVE-8 (Mogi das Cruzes) e GVE-10 (Osasco) com 7% das notificações, GVE-7 (Santo André) com 6% e GVE-17 (Campinas) com 5% (Tabela 4). Setenta e dois municípios de residência apresentaram dez ou mais casos de SC, representando 92% do total de casos do Estado (Tabela 5). A taxa de incidência (TI) do estado de São Paulo em 2007 foi de 1,4 por 1000 nascidos vivos, o mesmo apresentado no ano de 2006. Os municípios com maiores TI em 2007 foram Riolândia com 13,7 por 1000 nascidos vivos (2 casos em 146 NV), Pariquera-Açu com 11,0, Santa Rita do Passa Quatro com 9,7 e Junqueirópolis com 9,4. O município de São Paulo apresentou TI de 2,3 no referido ano(Tabela 6). Ao analisar as características das mães dos casos de SC, observa-se que 11% do total de casos são adolescentes (entre 10 e 19 anos de idade). Com relação à escolaridade, 43% das mães têm entre um e sete anos de estudos concluídos, 15% tem oito anos ou mais e 4% não possuem escolaridade. Ressalta-se que em 38% dos casos essa informação encontra-se ignorada ou sem preenchimento, comprometendo a análise dessa variável (Tabela 7). O parto é considerado a última oportunidade para o diagnóstico e tratamento da mãe e da criança, porém em 4% dos casos notificados (n=405) o VDRL da parturiente não foi realizado nesse momento (Tabela 7). Apesar do pagamento da AIH parto estar vinculado à realização do VDRL na parturiente, ainda existe perda importante de casos que não seguem as recomendações preconizadas. Das mães que realizaram o pré-natal, cerca de 76% (n=6958) do total de casos, apenas 13% tiveram tratamento adequado, em 44% (n=3039) o tratamento foi inadequado ou não realizado (Tabela 8). O baixo percentual de tratamento dos parceiros, cerca de 15%, sempre foi uma constante em toda série histórica. Por essa razão, o Plano de Eliminação da Sífilis Congênita elaborou a Nota Técnica CCD-001/2007, a qual recomenda que seja solicitada e incentivada a participação do parceiro sexual no atendimento prénatal de todas as gestantes, abordando as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e o HIV/Aids. Nesse momento, podem ser informadas e discutidas as formas de prevenção, o uso correto de preservativos e o tratamento adequado para a sífilis, no caso de gestante portadora do Treponema pallidum. A Tabela 9 mostra que 90% dos casos de SC são notificados com menos de sete dias de vida, o que demonstra precocidade no diagnóstico, durante o período de permanência na maternidade. Ainda assim, não é possível descartar a possibilidade de SC tardia, visto que 32 casos (0,5%) foram notificados em crianças com idade superior a dois anos. A investigação clínica, de imagem e laboratorial das crianças filhas de mães com sífilis são essenciais para o diagnóstico e acompanhamento dos casos de SC. Dos casos notificados, observa-se que um pequeno número dessas crianças não teve acesso a este protocolo. Nas que realizaram os exames recomendados, o VDRL em sangue periférico foi reagente em 42%
51
Boletim Epidemiológico dos casos, o VDRL no líquor apresentou reatividade em 3%, a presença de alteração liquórica ocorreu em 4,5% e em 2,5% foi observado alteração de ossos longos. Em relação ao tratamento, ressalta-se a não realização de qualquer esquema terapêutico em 6% (n=424) do total de casos de SC (Tabela 9). O PE-DST/Aids-SP propõe que todo caso diagnosticado e notificado de SC seja investigado, a fim de que sejam detectadas todas as oportunidades perdidas para que essa gestante e seu parceiro sexual tivessem sido adequadamente diagnosticados e tratados. A identificação dessas oportunidades deverá orientar o planejamento, o monitoramento e a avaliação das ações necessárias para o controle desse agravo. A subnotificação de casos (SC e SG) dificulta não só o controle das ações preconizadas para a eliminação da SC, mas também compromete as metas estabelecidas para o Estado. Apesar da SC permanecer como um incômodo desafio para a saúde pública, espera-se que sejam investidos esforços na busca ativa de casos, visando à redução da subnotificação, na priorização da sífilis na gestação com a identificação de oportunidades perdidas, na melhoria da qualidade do atendimento, do acesso ao diagnóstico e tratamento das gestantes e seu parceiro sexual e do envolvimento das Áreas Técnicas da Atenção Básica, da Saúde da Mulher, da Criança e das DST/Aids em todos os níveis, com a inclusão do tema SC e gestante com sífilis nas agendas dos gestores.
52
ANO XXV – Nº 1
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1– Ministério da Saúde. Portaria nº 399, de 22 de fevereiro de 2006. Divulga o Pacto pela Saúde 2006 – Consolidação do SUS e aprova as Diretrizes Operacionais do Referido Pacto. Diário Oficial da União. 23 fev 2006; Seção 1:43. 2 – Ferreira C, Ribeiro D, Oliveira EC, Barbosa MJ, Simão MBG, Pinto VM. Informe Técnico: O Desafio da Redução da Transmissão Vertical do HIV e da Sífilis no Brasil. DST – J bras Doenças Sex Transm. 2007;19(3-4):184-186-ISSN: 0103-4065. 3 – Ministério da Saúde. Portaria nº 64, de 30 de maio de 2008. Estabelece a Programação das Ações de Vigilância em Saúde (PAVS) como instrumento de planejamento para definição de um elenco norteador das ações de vigilância em saúde que serão operacionalizadas pelas três esferas de gestão e da outras providências. Diário Oficial da União. 02 jun 2008; Seção 1:68. 4 – Grumach AS, Matida LH, Heukelbach J, Coelho HLL, Ramos Junior AN. A(Des) Informação Relativa à Aplicação da Penicilina na Rede do Sistema de Saúde do Brasil: O Caso da Sífilis. DST – J bras Doenças Sex Transm. 2007;19(3-4 ):120-127-ISSN:0103-4065. 5 – Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST e Aids. Diretrizes para o Controle da Sífilis Congênita. 2005, 31. 6 – Szwarcwald CL, Barbosa Junior A, Miranda AE, Paz LC. Resultados do Estudo Sentinela-Parturiente, 2006: Desafios para o Controle da Sífilis Congênita no Brasil. DST – J bras Doenças Sex Transm. 2007;19(3-4):128-133-ISSN:010 3-4065. 7 – Matida LH, Gianna MC. Informe Técnico: Enfrentamento Desigual da Transmissão Vertical do HIV e da Sífilis. BEPA. 2006;3(36):14-16 – ISSN: 1806-4272.
Dezembro 2008
Boletim Epidemiológico
ANO XXV – Nº 1
TABELA 1 - Casos notificados de Gestantes com Sífilis , segundo Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE) notificante e ano de notificação, Estado de São Paulo, 2002 a 2008*
GVE de notificação
2005
2006
2007
2008*
Total
nº
%
nº
%
nº
%
nº
%
nº
%
1 CAPITAL
50
32,9
149
28,4
317
31,5
182
36,2
698
31,9
7 SANTO ANDRÉ
2
1,3
13
2,5
91
9,1
46
9,1
152
7,0
8 MOGI DAS CRUZES
6
3,9
60
11,4
71
7,1
20
4,0
157
7,2
9 FRANCO DA ROCHA
1
0,7
3
0,6
5
0,5
4
0,8
13
0,6
10 OSASCO
2
1,3
28
5,3
65
6,5
28
5,6
123
5,6
11 ARAÇATUBA
1
0,7
11
2,1
19
1,9
9
1,8
40
1,8
12 ARARAQUARA
20
13,2
9
1,7
21
2,1
19
3,8
69
3,2
13 ASSIS
4
2,6
5
1,0
16
1,6
11
2,2
36
1,6
14 BARRETOS
_
_
_
_
18
1,8
4
0,8
22
1,0
15 BAURU
2
1,3
14
2,7
13
1,3
7
1,4
36
1,6
16 BOTUCATU
3
2,0
13
2,5
13
1,3
8
1,6
37
1,7
17 CAMPINAS
10
6,6
41
7,8
69
6,9
31
6,2
151
6,9
18 FRANCA
_
_
_
_
6
0,6
6
1,2
12
0,5
19 MARÍLIA
_
_
3
0,6
9
0,9
5
1,0
17
0,8
20 PIRACICABA
4
2,6
37
7,0
32
3,2
13
2,6
86
3,9
21 PRESIDENTE PRUDENTE
_
_
2
0,4
1
0,1
2
0,4
5
0,2
22 PRESIDENTE VENCESLAU
4
2,6
10
1,9
5
0,5
3
0,6
22
1,0
23 REGISTRO
1
0,7
2
0,4
6
0,6
4
0,8
13
0,6
24 RIBEIRÃO PRETO
7
4,6
23
4,4
45
4,5
16
3,2
91
4,2
25 SANTOS
10
6,6
30
5,7
30
3,0
17
3,4
87
4,0
26 SÃO JOAO DA BOA VISTA
6
3,9
30
5,7
16
1,6
7
1,4
59
2,7
27 SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
_
_
1
0,2
32
3,2
13
2,6
46
2,1
28 CARAGUATATUBA
2
1,3
7
1,3
9
0,9
2
0,4
20
0,9
29 SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
_
_
5
1,0
35
3,5
15
3,0
55
2,5
30 JALES
_
_
_
_
4
0,4
3
0,6
7
0,3
31 SOROCABA
16
10,5
20
3,8
36
3,6
13
2,6
85
3,9
32 ITAPEVA
_
_
_
_
9
0,9
4
0,8
13
0,6
33 TAUBATÉ
1
0,7
9
1,7
12
1,2
11
2,2
33
1,5
152
100,0
525
100,0
1005
100,0
503
100,0
2185
100,0
Total
Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/AIDS - SP) (*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal
Dezembro 2008
53
Boletim Epidemiológico
ANO XXV – Nº 1
TABELA 2 - Gestantes com Sífilis segundo município de residência com maior ocorrência de casos (acima de cinco casos) e ano de notificação, Estado de São Paulo, 2002 a 2008*
Município de Residência
2005
2006
2007
2008*
Total
nº
%
nº
%
nº
%
nº
%
nº
%
São Paulo
51
33,6
154
29,3
311
30,9
182
36,2
698
31,9
Guarulhos
2
1,3
47
9,0
37
3,7
8
1,6
94
4,3
Osasco
1
0,7
20
3,8
22
2,2
15
3,0
58
2,7
Santos
8
5,3
16
3,0
21
2,1
8
1,6
53
2,4
Campinas
3
2,0
15
2,9
20
2,0
12
2,4
50
2,3
Ribeirão Preto
2
1,3
14
2,7
22
2,2
10
2,0
48
2,2
São Bernardo do Campo
2
1,3
5
1,0
23
2,3
11
2,2
41
1,9
Mauá
-
-
-
-
27
2,7
9
1,8
36
1,6
16
10,5
8
1,5
6
0,6
6
1,2
36
1,6
São José dos Campos
-
-
-
-
26
2,6
12
2,4
38
1,7
Limeira
4
2,6
20
3,8
9
0,9
2
0,4
35
1,6
Diadema
-
-
1
-
17
1,7
16
3,2
34
1,6
Santo André
-
-
4
0,8
21
2,1
9
1,8
34
1,6
13
8,6
3
0,6
6
0,6
-
-
22
1,0
Americana
-
-
8
1,5
12
1,2
2
0,4
22
1,0
Mogi das Cruzes
2
1,3
7
1,3
11
1,1
2
0,4
22
1,0
São José do Rio Preto
-
-
2
0,4
13
1,3
5
1,0
20
0,9
Santa Cruz do Rio Pardo
4
2,6
5
1,0
7
0,7
3
0,6
19
0,9
Piracicaba
-
-
4
0,8
7
0,7
6
1,2
17
0,8
Bauru
2
1,3
8
1,5
2
0,2
4
0,8
16
0,7
Conchal
-
-
3
0,6
12
1,2
1
0,2
16
0,7
Mogi-Guaçu
2
1,3
11
2,1
2
0,2
1
0,2
16
0,7
Suzano
-
-
1
0,2
13
1,3
1
0,2
15
0,7
Mogi-Mirim
3
2,0
5
1,0
4
0,4
2
0,4
14
0,6
Itaquaquecetuba
1
0,7
5
1,0
4
0,4
1
0,2
11
0,5
Itapevi
-
-
3
0,6
7
0,7
3
0,6
13
0,6
Itapetininga
2
1,3
1
0,2
5
0,5
5
1,0
13
0,6
Catanduva
-
-
-
-
8
0,8
3
0,6
11
0,5
São Carlos
1
0,7
-
-
5
0,5
5
1,0
11
0,5
Taubaté
-
-
4
0,8
3
0,3
4
0,8
11
0,5
Barueri
-
-
-
-
9
0,9
3
-
12
0,5
Barretos
-
-
1
-
7
0,7
-
-
8
0,4
Cotia
-
-
-
-
6
0,6
4
0,8
10
0,5
Itapeva
-
-
-
-
7
0,7
3
0,6
10
0,5
Penápolis
-
-
-
-
7
0,7
7
1,4
14
0,6
Ourinhos
1
-
-
-
3
0,3
2
0,4
6
0,3
Araraquara
Itu
continua
54
Dezembro 2008
Boletim Epidemiológico
ANO XXV – Nº 1
continuação
Município de Residência
2005
2006
2007
2008*
Total
nº
%
nº
%
nº
%
nº
%
nº
%
Sorocaba
-
-
3
0,6
7
0,7
-
-
10
0,5
Sumaré
-
-
1
0,2
6
0,6
3
0,6
10
0,5
Botucatu
1
0,7
3
0,6
3
0,3
2
0,4
9
0,4
Cubatão
2
1,3
5
1,0
-
-
2
0,4
9
0,4
Ferraz de Vasconcelos
-
-
-
-
5
0,5
4
0,8
9
0,4
Franca
-
-
-
-
6
0,6
3
0,6
9
0,4
Marília
-
-
2
0,4
6
0,6
1
0,2
9
0,4
Avaré
1
0,7
5
1,0
1
0,1
1
0,2
8
0,4
Bragança Paulista
-
-
1
0,2
5
0,5
2
0,4
8
0,4
Franco da Rocha
1
0,7
3
0,6
2
0,2
2
0,4
8
0,4
Hortolândia
-
-
4
0,8
4
0,4
-
-
8
0,4
Ilhabela
1
0,7
4
0,8
3
0,3
-
-
8
0,4
Itatiba
-
-
5
1,0
2
0,2
1
0,2
8
0,4
Jacareí
-
-
1
0,2
6
0,6
1
0,2
8
0,4
Pindamonhangaba
-
-
1
0,2
4
0,4
3
0,6
8
0,4
Praia Grande
-
-
3
0,6
5
0,5
-
-
8
0,4
Santo Anastácio
4
2,6
4
0,8
-
-
-
-
8
0,4
São João da Boa Vista
-
-
4
0,8
4
0,4
-
-
8
0,4
Taboão da Serra
-
-
-
-
8
0,8
-
-
8
0,4
Guariba
-
-
2
0,4
5
0,5
-
-
7
0,3
Votorantim
-
-
1
0,2
3
0,3
3
0,6
7
0,3
Assis
-
-
-
-
5
0,5
1
0,2
6
0,3
Atibaia
3
2,0
3
0,6
-
-
-
-
6
0,3
Jales
-
-
-
-
3
0,3
3
0,6
6
0,3
Riolândia
-
-
-
-
4
0,4
2
0,4
6
0,3
Salto
1
0,7
-
-
5
0,5
-
-
6
0,3
Santa Bárbara d'Oeste
1
0,7
-
-
4
0,4
1
0,2
6
0,3
Santa Cruz das Palmeiras
-
-
2
0,4
3
0,3
1
0,2
6
0,3
Tatuí
-
-
-
-
4
0,4
2
0,4
6
0,3
Araçatuba
-
-
2
0,4
1
0,1
2
0,4
5
0,2
Batatais
-
-
-
-
3
0,3
2
0,4
5
0,2
Bebedouro
-
-
-
-
4
0,4
1
0,2
5
0,2
Capivari
-
-
3
0,6
1
0,1
1
0,2
5
0,2
Carapicuíba
-
-
2
0,4
3
0,3
-
-
5
0,2
Embu
-
-
1
0,2
4
0,4
-
-
5
0,2
Embu-Guaçu
-
-
-
-
3
0,3
2
0,4
5
0,2
Garça
-
-
-
-
1
0,1
4
0,8
5
0,2
Itapecerica da Serra
-
-
-
-
3
0,3
2
0,4
5
0,2
Junqueirópolis
-
-
3
0,6
1
0,1
1
0,2
5
0,2 continua
Dezembro 2008
55
Boletim Epidemiológico
ANO XXV – Nº 1
continuação
Município de Residência
2005
2006
2007
2008*
Total
nº
%
nº
%
nº
%
nº
%
nº
%
Mairiporã
-
-
-
-
3
0,3
2
0,4
5
0,2
Peruíbe
-
-
4
0,8
1
0,1
-
-
5
0,2
Porto Ferreira
-
-
-
-
2
0,2
3
0,6
5
0,2
Registro
-
-
1
0,2
4
0,4
-
-
5
0,2
Ubatuba
-
-
1
0,2
4
0,4
-
-
5
0,2
Valinhos
2
1,3
1
0,2
1
0,1
1
0,2
5
0,2
Vargem Grande Paulista
-
-
1
0,2
4
0,4
-
-
5
0,2
Sub-Total
137
90,1
451
85,9
878
87,4
426
84,7
1892
86,6
Demais Municípios
15
9,9
74
14,1
127
12,6
77
15,3
293
13,4
Total
152
100,0
525
100,0
1005
100,0
503
100,0
2185
100,0
Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/AIDS - SP) (*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal
TABELA 3 - Casos notificados de Gestantes com Sífilis, segundo características do Pré-Natal (PN) e ano de notificação, Estado de São Paulo, 2007 - 2008* Características do Pré-Natal**
Ano de Notificação 2007
Total
2008*
nº
%
nº
%
nº
%
Reagente
904
90,0
449
89,3
1353
89,7
Não reagente
14
1,4
13
2,6
27
1,8
Ign/Branco
87
8,7
41
8,2
128
8,5
1º trimestre
308
30,6
135
26,8
443
29,4
2º trimestre
311
30,9
151
30,0
462
30,6
3º trimestre
259
25,8
176
35,0
435
28,8
Ign/Branco
127
12,6
41
8,2
168
11,1
VDRL no PN
Trimestre de gestação
Classificação Clínica Primária
358
35,6
163
32,4
521
34,5
Secundária
108
10,7
49
9,7
157
10,4
Terciária
60
6,0
41
8,2
101
6,7
Latente
184
18,3
100
19,9
284
18,8
Ign/Branco
295
29,4
150
29,8
445
29,5
Penicilina 2400.00UI
279
27,8
144
28,6
423
28,1
Penicilina 4800.00UI
80
8,0
39
7,8
119
7,9
Penicilina 7200.00UI
464
46,2
235
46,7
699
46,4
Outro Esquema
44
4,4
23
4,6
67
4,4
Não realizado
50
5,0
37
7,4
87
5,8
Ign/Branco
88
8,8
25
5,0
113
7,5
1005
100,0
503
100,0
1508
100,0
Tratamento Prescrito
Total
Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/AIDS - SP) (*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal (**) Dados disponíveis a partir de 2007 no Sinan Net
56
Dezembro 2008
Dezembro 2008
1998 a 2000 nº % 1562 61,2 95 3,7 58 2,3 1 0,0 71 2,8 5 0,2 18 0,7 1 0,0 1 0,0 2 0,1 5 0,2 88 3,4 2 0,1 14 0,5 5 0,2 32 1,3 3 0,1 35 1,4 95 3,7 98 3,8 12 0,5 209 8,2 8 0,3 24 0,9 2 0,1 21 0,8 19 0,7 68 2,7 2554 100,0 nº 472 60 69 1 75 4 5 1 3 3 23 1 4 4 3 1 11 18 39 3 32 4 5 13 16 870
% 54,3 6,9 7,9 0,1 8,6 0,5 0,6 0,1 0,3 0,3 2,6 0,1 0,5 0,5 0,3 0,1 1,3 2,1 4,5 0,3 3,7 0,5 0,6 1,5 1,8 100,0
2001 nº 478 60 69 1 88 3 3 3 6 3 35 3 16 2 11 3 6 9 45 3 21 8 4 6 6 17 909
% 52,6 6,6 7,6 0,1 9,7 0,3 0,3 0,3 0,7 0,3 3,9 0,3 1,8 0,2 1,2 0,3 0,7 1,0 5,0 0,3 2,3 0,9 0,4 0,7 0,7 1,9 100,0
2002
Ano de notificação 2004 2005 % nº % nº % 53,2 400 43,8 378 43,6 6,3 57 6,2 51 5,9 8,9 106 11,6 54 6,2 0,6 6 0,7 6 0,7 6,7 70 7,7 85 9,8 0,2 8 0,9 4 0,5 1,3 8 0,9 12 1,4 0,4 6 0,7 0,4 3 0,3 6 0,7 0,7 4 0,4 11 1,3 0,2 6 0,7 4 0,5 4,6 66 7,2 78 9,0 1,0 1 0,1 7 0,8 0,4 5 0,5 5 0,6 1,1 19 2,1 8 0,9 0,7 4 0,4 3 0,3 2 0,2 1 0,1 0,5 9 1,0 10 1,2 1,6 13 1,4 11 1,3 2,8 53 5,8 39 4,5 0,6 7 0,8 7 0,8 2,2 11 1,2 32 3,7 0,4 3 0,3 8 0,9 1,3 16 1,8 16 1,8 0,1 1 0,1 2,4 21 2,3 15 1,7 1,1 5 0,5 5 0,6 0,4 10 1,1 4 0,5 100,0 914 100,0 866 100,0 2003 nº 538 64 90 6 68 2 13 4 4 7 2 47 10 4 11 7 5 16 28 6 22 4 13 1 24 11 4 1011
Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/AIDS - SP) (*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal
1 CAPITAL 7 SANTO ANDRÉ 8 MOGI DAS CRUZES 9 FRANCO DA ROCHA 10 OSASCO 11 ARAÇATUBA 12 ARARAQUARA 13 ASSIS 14 BARRETOS 15 BAURU 16 BOTUCATU 17 CAMPINAS 18 FRANCA 19 MARÍLIA 20 PIRACICABA 21 PRESIDENTE PRUDENTE 22 PRESIDENTE VENCESLAU 23 REGISTRO 24 RIBEIRÃO PRETO 25 SANTOS 26 SÃO JOAO DA BOA VISTA 27 SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 28 CARAGUATATUBA 29 SÃO JOSÉ DO RIO PRETO 30 JALES 31 SOROCABA 32 ITAPEVA 33 TAUBATÉ Total
GVE de notificação nº 358 72 89 5 80 5 7 7 10 8 58 3 4 16 3 12 9 43 8 24 2 14 1 15 5 4 862
% 41,5 8,4 10,3 0,6 9,3 0,6 0,8 0,8 1,2 0,9 6,7 0,3 0,5 1,9 0,3 1,4 1,0 5,0 0,9 2,8 0,2 1,6 0,1 1,7 0,6 0,5 100,0
2006 nº 399 53 81 2 59 7 18 10 2 7 2 47 3 7 5 2 9 14 29 5 36 4 17 1 13 3 8 843
% 47,3 6,3 9,6 0,2 7,0 0,8 2,1 1,2 0,2 0,8 0,2 5,6 0,4 0,8 0,6 0,2 1,1 1,7 3,4 0,6 4,3 0,5 2,0 0,1 1,5 0,4 0,9 100,0
2007
2008* nº % 140 43,5 34 10,6 13 4,0 1 0,3 26 8,1 2 0,6 3 0,9 7 2,2 3 0,9 1 0,3 18 5,6 1 0,3 4 1,2 2 0,6 2 0,6 10 3,1 11 3,4 1 0,3 14 4,3 4 1,2 3 0,9 2 0,6 17 5,3 3 0,9 322 100,0 nº 4725 546 629 29 622 40 87 38 17 53 34 460 28 59 72 70 14 97 195 385 52 401 41 111 8 137 67 134 9151
% 51,6 6,0 6,9 0,3 6,8 0,4 1,0 0,4 0,2 0,6 0,4 5,0 0,3 0,6 0,8 0,8 0,2 1,1 2,1 4,2 0,6 4,4 0,4 1,2 0,1 1,5 0,7 1,5 100,0
Total
TABELA 4 - Casos notificados de Sífilis Congênita, segundo Grupo de Vigilância Epidemiologica (GVE) notificante e ano de notificação, Estado de São Paulo, 1998 a 2008*
Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1
57
58
12
28
41
73
Carapicuíba
Campinas
Santos
Ribeirão Preto
33
30
São Vicente
Taboão da Serra
9
Cubatão
-
3
4
16
18
8
3
4
4
3
4
-
3
12
Suzano
Praia Grande
Sumaré
Jacareí
Presidente Prudente
Hortolândia
Araraquara
Sorocaba
Itu
Itapeva
Cotia
Limeira
Barueri
Guarujá
continua
5
Itapevi
Rio Preto
12
3
Mauá
São José do
3
17
Jundiaí
15
Embu
Itapecerica da Serra
45
Taubaté
Vasconcelos
25
7
Itaquaquecetuba
Ferraz de
33
Santo André
do Campo
14
23
Osasco
São Bernardo
48
Diadema
Campos
186
57
Guarulhos
São José dos
1486
nº
0,5
0,1
-
0,2
0,1
0,2
0,2
0,1
0,3
0,7
0,6
0,2
0,1
-
0,2
0,5
0,4
0,1
0,7
0,1
0,6
1,8
1,0
1,2
1,3
0,3
1,3
0,5
2,9
1,6
1,1
0,5
0,9
1,9
7,3
2,2
58,2
%
1998-2000
São Paulo
Residência
Município de nº
5
-
-
7
9
-
1
1
2
2
-
-
3
3
5
2
3
4
7
12
12
8
15
17
5
8
7
10
14
21
1
16
10
33
32
45
459
%
0,6
-
-
0,8
1,0
-
0,1
0,1
0,2
0,2
-
-
0,3
0,3
0,6
0,2
0,3
0,5
0,8
1,4
1,4
0,9
1,7
2,0
0,6
0,9
0,8
1,1
1,6
2,4
0,1
1,8
1,1
3,8
3,7
5,2
52,8
2001 nº
2
2
-
3
5
-
1
1
-
6
2
-
2
7
9
-
6
-
7
9
6
9
8
9
4
14
4
28
3
30
15
34
16
29
17
37
462
%
0,2
0,2
-
0,3
0,6
-
0,1
0,1
-
0,7
0,2
-
0,2
0,8
1,0
-
0,7
-
0,8
1,0
0,7
1,0
0,9
1,0
0,4
1,5
0,4
3,1
0,3
3,3
1,7
3,7
1,8
3,2
1,9
4,1
50,8
2002 nº
3
2
6
1
7
13
8
6
-
1
-
4
-
8
3
2
6
2
11
11
4
3
14
5
5
30
9
23
10
8
3
22
17
27
20
24
530
%
0,3
0,2
0,6
0,1
0,7
1,3
0,8
0,6
-
0,1
-
0,4
-
0,8
0,3
0,2
0,6
0,2
1,1
1,1
0,4
0,3
1,4
0,5
0,5
3,0
0,9
2,3
1,0
0,8
0,3
2,2
1,7
2,7
2,0
2,4
52,4
2003 nº
1
3
9
2
2
10
4
8
10
1
2
14
12
4
-
7
10
5
2
4
1
3
7
3
12
14
10
14
7
9
22
24
30
20
9
78
387
%
0,1
0,3
1,0
0,2
0,2
1,1
0,4
0,9
1,1
0,1
0,2
1,5
1,3
0,4
-
0,8
1,1
0,5
0,2
0,4
0,1
0,3
0,8
0,3
1,3
1,5
1,1
1,5
0,8
1,0
2,4
2,6
3,3
2,2
1,0
8,5
42,3
2004
Ano de Notificação nº
1
3
7
5
1
2
4
4
5
3
11
6
12
6
8
9
6
3
-
7
5
1
2
6
13
7
12
14
8
6
43
30
23
15
19
35
372
%
0,1
0,3
0,8
0,6
0,1
0,2
0,5
0,5
0,6
0,3
1,3
0,7
1,4
0,7
0,9
1,0
0,7
0,3
-
0,8
0,6
0,1
0,2
0,7
1,5
0,8
1,4
1,6
0,9
0,7
5,0
3,5
2,7
1,7
2,2
4,0
43,0
2005 nº
3
7
5
2
2
1
2
5
9
3
8
8
8
7
7
4
7
12
2
3
10
3
1
4
1
11
22
7
4
20
28
24
25
26
15
69
350
%
0,3
0,8
0,6
0,2
0,2
0,1
0,2
0,6
1,0
0,3
0,9
0,9
0,9
0,8
0,8
0,5
0,8
1,4
0,2
0,3
1,2
0,3
0,1
0,5
0,1
1,3
2,6
0,8
0,5
2,3
3,2
2,8
2,9
3,0
1,7
8,0
40,6
2006 nº
-
7
1
4
-
-
3
7
2
2
2
4
3
7
5
7
-
13
2
-
4
-
2
8
7
9
12
7
6
16
23
11
25
17
32
57
390
%
-
0,8
0,1
0,5
-
-
0,4
0,8
0,2
0,2
0,2
0,5
0,4
0,8
0,6
0,8
-
1,5
0,2
-
0,5
-
0,2
0,9
0,8
1,1
1,4
0,8
0,7
1,9
2,7
1,3
3,0
2,0
3,8
6,8
46,3
2007 nº
-
-
-
-
-
-
4
1
-
2
-
3
1
3
3
3
1
6
1
-
1
-
1
-
2
1
7
9
6
6
9
1
15
7
14
7
140
%
-
-
-
-
-
-
1,2
0,3
-
0,6
-
0,9
0,3
0,9
0,9
0,9
0,3
1,9
0,3
-
0,3
-
0,3
-
0,6
0,3
2,2
2,8
1,9
1,9
2,8
0,3
4,7
2,2
4,3
2,2
43,5
2008 nº
27
27
28
28
29
30
31
36
36
38
41
43
44
45
45
46
48
48
49
49
58
72
75
82
82
101
116
126
131
157
172
174
184
222
344
409
4576
%
continua
0,3
0,3
0,3
0,3
0,3
0,3
0,3
0,4
0,4
0,4
0,4
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,5
0,6
0,8
0,8
0,9
0,9
1,1
1,3
1,4
1,4
1,7
1,9
1,9
2,0
2,4
3,8
4,5
50,0
Total
TABELA 5 - Sífilis Congênita segundo município de residência com maior ocorrência de casos (acima de 10 casos) e ano de notificação, Estado de São Paulo, 1998 a 2008*
Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1
Dezembro 2008
Dezembro 2008
Jacupiranga
%
100,0
6,3
93,7
0,1
-
0,3
0,1
-
0,0
0,0
0,2
0,1
-
-
-
0,1
0,0
-
0,4
-
-
0,0
0,1
0,2
0,4
0,0
0,0
0,0
0,3
0,0
0,1
0,4
-
0,4
0,1
0,4
0,2
0,1
870
49
821
2
1
2
3
-
1
1
-
2
1
1
-
1
-
-
1
1
1
-
-
7
1
1
1
1
2
1
4
1
-
-
1
1
2
1
nº
%
0,2
0,1
0,2
0,3
-
0,1
0,1
-
0,2
0,1
0,1
-
0,1
-
-
0,1
0,1
0,1
-
-
0,8
0,1
0,1
0,1
0,1
0,2
0,1
0,5
0,1
-
-
0,1
0,1
0,2
0,1
100,0
5,6
94,4
2001
909
73
836
-
2
-
2
-
2
1
-
-
1
-
-
-
-
1
2
3
-
2
-
-
1
-
-
3
3
2
1
1
1
5
1
1
8
6
nº
%
-
0,2
-
0,2
-
0,2
0,1
-
-
0,1
-
-
-
-
0,1
0,2
0,3
-
0,2
-
-
0,1
-
-
0,3
0,3
0,2
0,1
0,1
0,1
0,6
0,1
0,1
0,9
0,7
100,0
8,0
92,0
2002
1011
91
920
1
3
-
2
2
1
1
1
1
3
1
2
3
2
-
1
2
2
-
-
1
3
1
5
2
3
7
1
1
-
2
7
1
2
8
nº
%
0,1
0,3
-
0,2
0,2
0,1
0,1
0,1
0,1
0,3
0,1
0,2
0,3
0,2
-
0,1
0,2
0,2
-
-
0,1
0,3
0,1
0,5
0,2
0,3
0,7
0,1
0,1
-
0,2
0,7
0,1
0,2
0,8
100,0
9,0
91,0
2003
Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/AIDS - SP) (*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal
161
3
Itatiba
2554
-
Itararé
Total
8
Ribeirão Pires
Demais Municípios
2
Mogi-Guaçu
2393
-
Ilhabela
Sub-Total
1
1
Franco da Rocha
4
Apiaí
-
Pindamonhangaba
-
-
Americana
3
2
Leme
Tatuí
1
Bragança Paulista
Promissão
-
Bauru
-
Catanduva
-
1
Salto
9
2
Itapetininga
Juquiá
6
Embu-Guaçu
10
1
Itanhaém
Várzea Paulista
8
Casa Branca
Serrana
1
Franca
1
3
Cajati
1
9
Atibaia
São Caetano do Sul
-
Ourinhos
Francisco Morato
3
9
Ubatuba
São Carlos
Poá
4
11
Marília
2
nº
1998-2000
Mogi das Cruzes
Residência
Município de
continuação
914
84
830
1
1
-
2
4
1
2
1
1
2
5
-
4
1
1
-
2
3
2
3
-
1
3
3
7
-
1
3
2
3
2
4
-
2
3
nº
%
100,0
9,2
90,8
0,1
0,1
-
0,2
0,4
0,1
0,2
0,1
0,1
0,2
0,5
-
0,4
0,1
0,1
-
0,2
0,3
0,2
0,3
-
0,1
0,3
0,3
0,8
-
0,1
0,3
0,2
0,3
0,2
0,4
-
0,2
0,3
2004
Ano de Notificação
866
90
776
-
-
-
-
1
4
1
1
5
1
-
-
1
5
7
-
2
2
1
-
1
-
2
4
-
-
4
4
4
3
3
2
1
2
1
nº
%
100,0
10,4
89,6
-
-
-
-
0,1
0,5
0,1
0,1
0,6
0,1
-
-
0,1
0,6
0,8
-
0,2
0,2
0,1
-
0,1
-
0,2
0,5
-
-
0,5
0,5
0,5
0,3
0,3
0,2
0,1
0,2
0,1
2005
862
88
774
3
1
-
-
1
1
3
2
-
2
-
3
2
2
3
1
1
6
5
3
-
-
3
-
-
-
2
-
-
-
-
1
-
2
2
nº
%
100,0
10,2
89,8
0,3
0,1
-
-
0,1
0,1
0,3
0,2
-
0,2
-
0,3
0,2
0,2
0,3
0,1
0,1
0,7
0,6
0,3
-
-
0,3
-
-
-
0,2
-
-
-
-
0,1
-
0,2
0,2
2006 nº
843
88
755
-
1
-
-
2
-
1
2
-
2
4
6
-
2
1
-
-
-
3
5
1
-
1
2
2
1
-
2
-
7
-
4
8
-
3
%
100,0
10,4
89,6
-
0,1
-
-
0,2
-
0,1
0,2
-
0,2
0,5
0,7
-
0,2
0,1
-
-
-
0,4
0,6
0,1
-
0,1
0,2
0,2
0,1
-
0,2
-
0,8
-
0,5
0,9
-
0,4
2007 nº
322
41
281
-
1
-
-
1
-
-
-
-
-
1
1
-
-
-
-
3
-
1
2
-
-
4
-
1
-
-
-
-
6
-
-
2
3
1
%
100,0
12,7
87,3
-
0,3
-
-
0,3
-
-
-
-
-
0,3
0,3
-
-
-
-
0,9
-
0,3
0,6
-
-
1,2
-
0,3
-
-
-
-
1,9
-
-
0,6
0,9
0,3
2008 nº
9151
765
8386
10
10
10
11
11
11
11
11
12
12
12
12
13
13
13
14
14
14
15
15
16
16
16
16
17
17
18
18
18
20
21
23
25
25
27
%
100,0
8,4
91,6
0,1
0,1
0,1
0,1
0,1
0,1
0,1
0,1
0,1
0,1
0,1
0,1
0,1
0,1
0,1
0,2
0,2
0,2
0,2
0,2
0,2
0,2
0,2
0,2
0,2
0,2
0,2
0,2
0,2
0,2
0,2
0,3
0,3
0,3
0,3
Total
Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1
59
Boletim Epidemiológico
ANO XXV – Nº 1
TABELA 6 - Taxa de incidência (TI) de Sífilis Congênita por 1000 nascidos vivos, nos 50 municípios de residência com maior TI no ano de 2007, Estado de São Paulo, 2001 a 2007* Ano notificação Municipio de Residência
2001
2002
2003
2004
2005
2006
TI
TI
TI
TI
TI
TI
TI
Estado de São Paulo
1,4
1,5
3,0
2,2
1,0
1,4
1,4
1
Riolândia
0,6
0,6
4,0
2,2
1,1
3,8
13,7
2
Pariquera-Açu
4,3
3,9
3,8
2,8
2,2
3,8
11,0
1,3
2,8
2,9
4,8
2,9
3,5
9,7
3
Santa Rita do Passa Quatro
2007
4
Junqueirópolis
2,5
2,6
3,0
2,2
2,1
3,5
9,4
5
Mirandópolis
2,3
1,7
1,2
3,6
0,7
3,4
6,5
6
Ourinhos
2,4
5,1
3,2
3,8
4,4
2,3
5,2
7
Conchal
2,0
0,9
0,3
0,6
1,6
2,3
5,0
8
Porto Ferreira
0,8
0,6
-
3,2
3,2
2,2
4,2
9
Promissão
0,0
0,6
-
0,9
3,4
2,2
3,9
10
Cajati
2,5
2,6
3,0
2,2
2,1
2,2
3,8
11
São José dos Campos
0,6
0,4
1,0
1,1
1,3
2,2
3,6
12
Votuporanga
-
-
1,6
2,4
1,8
2,1
3,2
13
Santos
0,7
-
-
3,8
1,9
2,0
3,0
14
Araraquara
2,5
2,6
3,0
2,2
2,1
2,0
3,0
15
Guarulhos
0,1
1,1
0,2
1,6
3,1
2,0
2,8
16
São Carlos
0,7
-
0,5
0,8
0,6
1,9
2,8
17
Guararapes
1,6
2,4
0,8
-
2,2
1,9
2,7
18
Apiaí
3,6
1,9
2,2
1,0
2,1
1,7
2,6
19
Diadema
0,4
0,4
2,7
3,3
1,6
1,6
2,5
20
Cosmópolis
3,7
1,9
1,0
1,1
2,5
1,4
2,5
21
São Sebastião
-
0,4
0,4
0,6
0,4
1,3
2,4
22
Americana
0,9
1,6
1,6
2,6
2,0
1,3
2,4
23
Osasco
5,0
2,8
4,1
1,2
0,6
1,2
2,3
24
Santa Cruz das Palmeiras
-
-
1,2
4,3
2,3
1,1
2,3
25
Itapetininga
0,8
2,5
1,9
1,1
1,2
1,1
2,3
26
São Paulo
4,9
3,3
3,6
1,3
2,3
1,0
2,3
27
Salto
2,5
2,6
3,0
2,2
2,1
0,8
2,1
28
Poá
-
3,6
1,5
2,3
2,2
0,8
2,1
29
Mauá
0,7
2,8
0,7
0,7
0,7
0,7
2,1
30
Jales
1,0
-
0,4
1,4
1,9
0,6
2,1
31
Barrinha
1,3
2,4
5,6
2,5
1,3
0,6
2,0
32
Pindamonhangaba
0,7
1,5
1,7
0,9
1,3
0,5
1,9
33
Garça
-
-
4,7
5,4
0,9
0,4
1,9
34
Taboão da Serra
1,4
1,4
2,4
0,4
-
0,4
1,8
35
Mairiporã
0,2
0,4
1,4
0,4
0,8
0,4
1,8
36
Carapicuíba
0,9
0,4
0,8
0,4
0,2
0,4
1,7
37
Suzano
4,9
2,3
5,0
2,4
0,7
0,4
1,7
38
Campinas
0,2
1,0
1,3
0,5
0,2
0,3
1,6
39
Itaquaquecetuba
2,2
2,3
0,8
0,8
0,2
0,3
1,6
40
Itanhaém
0,2
0,1
1,0
0,5
0,6
0,3
1,5
41
São José do Rio Preto
1,0
0,7
1,0
2,2
2,5
0,2
1,4
42
Barueri
2,8
1,3
0,9
0,2
1,1
0,1
1,4
43
Santo André
6,3
1,7
1,7
4,6
6,4
-
1,4
44
Itapevi
7,8
6,2
-
-
2,2
-
1,3
45
São Vicente
0,5
0,5
0,5
1,0
2,1
-
1,3
46
Cotia
0,3
0,4
0,3
-
0,7
-
1,3
47
Sumaré
4,3
-
0,6
0,7
0,6
-
1,1
48
Mogi-Guaçu
1,6
1,6
4,6
1,6
-
-
1,1
49
Bragança Paulista
5,8
7,6
7,7
-
-
-
1,0
50
Embu
0,7
2,2
1,4
5,0
-
-
0,9
Fonte: SINAN e SEADE - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/AIDS - SP) (*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal
60
Dezembro 2008
Dezembro 2008
601
568
450
262
74
279
20 a 24
25 a 29
30 a 34
35 a 39
> 40 anos
Ign/Branco
4
213
20
De 4 a 7 anos
De 8 a 11 anos
De 12 e mais anos
394
17
327
1967
Inadequado
Não realizado
Ign/Branco
568
1695
Não
Ign/Branco
110
725
Não realizado
Ign/Branco
100,0
28,4
4,3
5,7
61,6
66,4
22,2
11,4
77,0
12,8
0,7
870
206
32
88
544
485
267
118
649
106
16
99
104
123
643
368
4
77
29
345
47
96
28
104
123
198
223
96
2
nº
23,7
3,7
10,1
62,5
55,7
30,7
13,6
74,6
12,2
1,8
11,4
12,0
14,1
73,9
42,3
0,5
8,9
3,3
39,7
5,4
11,0
3,2
12,0
14,1
22,8
25,6
11,0
0,2
%
100,0
2001
909
180
56
70
603
458
338
113
635
111
24
139
127
123
659
375
21
75
196
202
40
122
28
95
175
184
222
82
1
nº
19,8
6,2
7,7
66,3
50,4
37,2
12,4
69,9
12,2
2,6
15,3
14,0
13,5
72,5
41,3
2,3
8,3
21,6
22,2
4,4
13,4
3,1
10,5
19,3
20,2
24,4
9,0
0,1
%
100,0
2002
1011
107
61
89
754
385
440
186
663
117
29
202
60
115
836
353
23
139
297
158
41
49
42
118
200
258
227
114
3
nº
10,6
6,0
8,8
74,6
38,1
43,5
18,4
65,6
11,6
2,9
20,0
5,9
11,4
82,7
34,9
2,3
13,7
29,4
15,6
4,1
4,8
4,2
11,7
19,8
25,5
22,5
11,3
0,3
%
100,0
2003
(*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal
Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/AIDS - SP)
2554
146
Não reativo
Total
1573
Reativo
Realização de VDRL no parto
291
Sim
Tratamento do parceiro
243
Adequado
Tratamento materno
9,5
15,4
437
Ign/Branco
17,1
1723
Não
67,5
42,4
0,8
8,3
0,2
42,2
6,1
10,9
2,9
10,3
17,6
22,2
23,5
12,3
0,3
%
Sim
Realização de pré-natal
1083
1077
De 1 a 3 anos
Ign/Branco
157
Nenhum
Anos de Estudo
7
313
15 a 19
nº
98-2000
10 a 14
Faixa Etária
da mãe
Características
914
84
45
113
672
221
596
97
173
238
466
37
56
105
753
298
25
143
298
118
32
31
39
114
182
226
227
93
2
nº
9,2
4,9
12,4
73,5
24,2
65,2
10,6
18,9
26,0
51,0
4,0
6,1
11,5
82,4
32,6
2,7
15,6
32,6
12,9
3,5
3,4
4,3
12,5
19,9
24,7
24,8
10,2
0,2
%
100,0
2004
Ano de notificação
866
88
21
62
695
205
569
92
138
221
471
36
64
105
697
310
14
144
267
109
22
36
46
115
171
206
198
94
0
nº
10,2
2,4
7,2
80,3
23,7
65,7
10,6
15,9
25,5
54,4
4,2
7,4
12,1
80,5
35,8
1,6
16,6
30,8
12,6
2,5
4,2
5,3
13,3
19,7
23,8
22,9
10,9
0,0
%
100,0
2005
862
69
43
76
674
223
549
90
136
208
481
37
59
92
711
301
19
158
278
82
24
37
56
107
162
213
197
84
6
nº
8,0
5,0
8,8
78,2
25,9
63,7
10,4
15,8
24,1
55,8
4,3
6,8
10,7
82,5
34,9
2,2
18,3
32,3
9,5
2,8
4,3
6,5
12,4
18,8
24,7
22,9
9,7
0,7
%
100,0
2006
843
47
32
81
683
160
547
136
97
242
426
78
52
115
676
261
9
237
251
76
9
30
51
90
161
212
209
88
2
nº
5,6
3,8
9,6
81,0
19,0
64,9
16,1
11,5
28,7
50,5
9,3
6,2
13,6
80,2
31,0
1,1
28,1
29,8
9,0
1,1
3,6
6,0
10,7
19,1
25,1
24,8
10,4
0,2
%
100,0
2007
TABELA 7 - Casos de Sífilis Congênita, segundo características da mãe e ano de notificação, Estado de São Paulo, 1998 a 2008*
322
13
5
32
272
73
193
56
42
89
149
42
24
38
260
120
3
87
81
29
2
13
15
41
53
93
64
41
2
nº 0,6
%
100,0
4,0
1,6
9,9
84,5
22,7
59,9
17,4
13,0
27,6
46,3
13,0
7,5
11,8
80,7
37,3
0,9
27,0
25,2
9,0
0,6
4,0
4,7
12,7
16,5
28,9
19,9
12,7
2008*
9151
1519
405
757
6470
3905
4067
1179
4500
1659
2079
913
940
1253
6958
3469
138
1273
1701
2196
374
693
379
1046
1677
2158
2168
1005
25
nº
11,0
0,3
%
100,0
16,6
4,4
8,3
70,7
42,7
44,4
12,9
49,2
18,1
22,7
10,0
10,3
13,7
76,0
37,9
1,5
13,9
18,6
24,0
4,1
7,6
4,1
11,4
18,3
23,6
23,7
Total
Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1
61
62
14
224
1251
Inadequado
Não Realizado
Ign/Branco
Ign/Branco 100,0
61,6
26,8
11,5
72,6
13,0
0,8
13,6
%
643
308
227
108
453
77
16
97
nº
100,0
47,9
35,3
16,8
70,5
12,0
2,5
15,1
%
2001
659
270
286
103
419
81
22
137
nº
100,0
41,0
43,4
15,6
63,6
12,3
3,3
20,8
%
2002
836
266
393
177
515
93
27
201
nº
100,0
31,8
47,0
21,2
61,6
11,1
3,2
24,0
%
2003
Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/AIDS - SP) (*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal
1723
1062
Não
Total
199
462
Sim
Parceiro Tratado
234
nº
98-2000
Adequado
Tratamento da Mãe
tratamento no PN
Características do
753
165
491
97
128
173
417
35
nº
100,0
21,9
65,2
12,9
17,0
23,0
55,4
4,6
%
2004
697
141
464
92
88
155
419
35
nº
Ano de notificação
100,0
20,2
66,6
13,2
12,6
22,2
60,1
5,0
%
2005
711
164
457
90
91
157
427
36
nº
100,0
23,1
64,3
12,7
12,8
22,1
60,1
5,1
%
2006
676
104
447
125
60
174
370
72
nº
100,0
15,4
66,1
18,5
8,9
25,7
54,7
10,7
%
2007
260
52
156
52
27
65
128
40
nº
100,0
20,0
60,0
20,0
10,4
25,0
49,2
15,4
%
2008
6958
2532
3383
1043
3.032
1199
1840
887
nº
Total
100,0
36,4
48,6
15,0
43,6
17,2
26,4
12,7
%
TABELA 8 - Casos notificados de Sífilis Congênita, segundo características do tratamento do parceiro e das mães durante o Pré-Natal (PN), por ano de notificação, Estado de São Paulo, 1998 a 2008*
Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1
Dezembro 2008
Boletim Epidemiológico
ANO XXV – Nº 1
TABELA 9 - Casos de Sífilis Congênita segundo características da criança e ano de notificação, Estado de São Paulo, 2001 a 2008* Ano de notificação
Características da criança**
2001
2002
2003
2004
Total
2005
2006
2007
2008*
nº
%
nº
%
nº
%
nº
%
nº
%
nº
%
nº
%
nº
%
nº
%
700
80,5
797
87,7
894
88,4
853
93,3
810
93,5
797
92,5
769
91,2
304
94,4
5924
89,8
Faixa Etária < 7 dias 7-27 dias
82
9,4
56
6,2
53
5,2
25
2,7
32
3,7
23
2,7
30
3,6
9
2,8
310
4,7
28 dias a 1 ano
73
8,4
44
4,8
50
4,9
31
3,4
21
2,4
38
4,4
35
4,2
9
2,8
301
4,6
2 a 12 anos
5
0,6
2
0,2
6
0,6
5
0,5
3
0,3
2
0,2
9
1,1
-
-
32
0,5
Ign/Branco
10
1,1
10
1,1
8
0,8
-
-
-
-
2
0,2
-
-
-
-
30
0,5
VDRL sangue periférico Reativo
346
39,8
392
43,1
477
47,2
317
34,7
275
31,8
297
34,5
475
56,3
186
57,8
2765
41,9
Não reativo
219
25,2
238
26,2
272
26,9
107
11,7
101
11,7
88
10,2
246
29,2
95
29,5
1366
20,7
Não realizado
88
10,1
89
9,8
138
13,6
282
30,9
279
32,2
306
35,5
68
8,1
27
8,4
1277
19,4
Ign/Branco
217
24,9
190
20,9
124
12,3
208
22,8
211
24,4
171
19,8
54
6,4
14
4,3
1189
18,0
VDRL Liquor Reativo
24
2,8
25
2,8
29
2,9
26
2,8
19
2,2
35
4,1
13
1,5
17
5,3
188
2,8
Não Reativo
403
46,3
465
51,2
537
53,1
518
56,7
466
53,8
454
52,7
429
50,9
171
53,1
3443
52,2
Não realizado
170
19,5
196
21,6
255
25,2
244
26,7
224
25,9
234
27,1
300
35,6
94
29,2
1717
26,0
Ign/Branco
273
31,4
223
24,5
190
18,8
126
13,8
157
18,1
139
16,1
101
12,0
40
12,4
1249
18,9
Evidência de T. Pallidum Sim
9
1,0
11
1,2
22
2,2
27
3,0
19
2,2
16
1,9
30
3,6
6
1,9
140
2,1
Não
288
33,1
447
49,2
564
55,8
547
59,8
468
54,0
446
51,7
319
37,8
106
32,9
3185
48,3
Não realizado*** Ign/Branco
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
...
276
32,7
110
34,2
386
5,9
573
65,9
451
49,6
425
42,0
340
37,2
379
43,8
400
46,4
218
25,9
100
31,1
2886
43,7
Alteração Liquórica Sim
48
5,5
59
6,5
46
4,5
48
5,3
37
4,3
33
3,8
11
1,3
15
4,7
297
4,5
Não
347
39,9
470
51,7
628
62,1
588
64,3
512
59,1
491
57,0
496
58,8
180
55,9
3712
56,3
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
204
24,2
74
23,0
278
4,2
475
54,6
380
41,8
337
33,3
278
30,4
317
36,6
338
39,2
132
15,7
53
16,5
2310
35,0
Não realizado Ign/Branco Alteração de Ossos Longos Sim
23
2,6
22
2,4
34
3,4
21
2,3
16
1,8
23
2,7
20
2,4
9
2,8
168
2,5
Não
563
64,7
590
64,9
670
66,3
658
72,0
594
68,6
559
64,8
564
66,9
199
61,8
4397
66,7
Não realizado Ign/Branco
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
142
16,8
51
15,8
193
2,9
284
32,6
297
32,7
307
30,4
235
25,7
256
29,6
280
32,5
117
13,9
63
19,6
1839
27,9
522
60,0
523
57,5
614
60,7
4
0,4
-
-
-
-
392
46,5
167
51,9
2222
33,7
57
6,6
65
7,2
67
6,6
2
0,2
-
-
-
-
55
6,5
20
6,2
266
4,0
42
4,8
45
5,0
87
8,6
-
-
-
-
1
0,1
116
13,8
43
13,4
334
5,1
83
9,5
77
8,5
80
7,9
2
0,2
-
-
-
-
51
6,0
20
6,2
313
4,7
Esquema de tratamento Penic G cristal 100.000 UI Kg/dia/10 14 Dias Penic G Procaina 50.000 UI Kg/dia/10 Dias Penic G Benzatin 50.000 UI Kg/dia Dose Única Outro Esquema Não realizado
66
7,6
81
8,9
124
12,3
1
0,1
-
-
-
-
109
12,9
43
13,4
424
6,4
Ign/Branco
100
11,5
118
13,0
39
3,9
905
99,0
866
100,0
861
99,9
120
14,2
29
9,0
3038
46,1
870
100,0
909
100,0
1011
100,0
914
100,0
866
100,0
862
100,0
843
100,0
322
100,0
6597
100,0
Total
Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/AIDS - SP) (*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal (**) Excluído aborto e nati morto (***)Dados disponíveis a partir de 2007 no Sinan Net
Dezembro 2008
63
Boletim Epidemiológico
ANO XXV – Nº 1
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DOS ACIDENTES OCUPACIONAIS COM EXPOSIÇÃO A MATERIAIS BIOLÓGICOS NO ESTADO DE SÃO PAULO
N
o Estado de São Paulo, desde 1999 existe um sistema de notificação e monitoramento de acidentes ocupacionais com exposição à material biológico denominado SINABIO, desenvolvido pelo Programa Estadual DST/AIDS, SES - SP. Este sistema de notificação, cuja base repousa na recomendação de notificação destes acidentes foi amplamente utilizado e usado como referência nacional no que tange ao conhecimento dos acidentes biológicos em nosso meio. A partir de 2007 a ficha de notificação deste evento foi incluída no Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN). O Quadro 1 resume as principais informações dos 14.096 casos notificados de Acidente Ocupacional com Material Biológico (AMB) provenientes do SINABIO referentes ao período de 1999 a 31/12/2006. A partir deste boletim, serão apresentadas as informações deste evento notificado no SINAN, sendo neste atual boletim apresentados os casos com data de notificação até 30/06/08. Em 18 meses de SINAN, foram notificados 11.870 casos de AMB. O município de São Paulo foi responsável por 20% do total de notificações, seguido de São José do Rio Preto com 5%, Campinas 4% e Ribeirão Preto com 3,5% (Tabela 1). Observa-se que 228 dos 645 municípios do estado de São Paulo notificaram algum caso de AMB nos oito anos de SINABIO e que 336 passaram a notificar a partir do SINAN, ou seja, um aumento de cerca de 45% de municípios notificadores. Na Tabela 2, verifica-se que 19,7% das notificações são originadas da GVE-1 (Capital), 10,9% da GVE-17 (Campinas) e 7,0% da GVE-29 (São José do Rio Preto). Do total de casos notificados, observa-se 9.091 (77%) do sexo feminino e 5.047 casos (42,5%) na faixa etária de 20 a 29 anos de idade. A maior parte dos AMB notificados ocorreu entre auxiliares de enfermagem (39,6%), seguidos por técnicos de enfermagem (14,0%) (Tabelas 3 e 4). O tipo de exposição percutâneo foi responsável por 70% do total de casos reportados, seguido de pele íntegra (17%) e mucosa (8,5%) (Gráfico 1). A maior parte dos acidentes notificados ocorreu durante a administração de medicações (N=1.904 – 16%) ou durante o descarte inadequado de material (N=1716 - 14,4%). A informação em relação à circunstância de ocorrência do acidente foi ignorada em 8,3% das exposições; 18,9% dos acidentes ocorreram por outras situações, não previstas na versão atualmente utilizada no SINAN (Gráfico 2). Em 8.334 acidentes, 70% dos 11.870 casos notificados, o paciente-fonte da exposição era conhecido. Destes, 7.128 (85,5%) tiveram o resultado da sorologia anti-HIV conhecido; 6.136 (74%) e 6.131 (73,5%) tiveram registrados, respectivamente, os resultados de HBsAg e anti-HCV (Tabela 5). Observa-se também que entre os pacientes-fonte do acidente com sorologia conhecida, 6,4% possuíam resultado reagente para o HIV, 1,1% para HBsAg e 3,0% para HCV .
64
Do total de AMB para os quais a história de vacinação prévia contra hepatite B era conhecida, em 9.397 casos (79%) os profissionais referiram esquema completo de vacinação (Tabela 6). Na Tabela 7 observa-se que 19,4% dos acidentes não tinham indicação do uso de quimioprofilaxia e que 13% dos profissionais receberam medicamentos anti-retrovirais após o acidente. Ressalta-se que em 7.477 (63%) casos de AMB, a conduta tomada no momento da notificação não foi registrada, o que dificulta o monitoramento das recomendações preconizadas. Em relação ao encerramento dos casos, não houve caso de conversão sorológica para nenhuma das infecções, 49% receberam alta sem conversão sorológica ou pelo fato do paciente-fonte ser negativo. Nota-se que apenas 6% abandonaram o seguimento. A proporção de casos com evolução sem informação/em andamento (45%) é bastante grande, pelo fato de que os casos notificados no primeiro semestre de 2008 ainda estão em acompanhamento e, para os AMB ocorridos em 2007, o SINAN provavelmente não foi atualizado após o término do acompanhamento, prejudicando a análise dessa variável. A Coordenadoria de Controle de Doenças (CCD) por meio da Portaria CCD-16, de 31/12/2008 constituiu um Grupo de Trabalho, (com representantes do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE), Centro de Vigilância Sanitária (CVS), Conselho de Secretários Municipais de Saúde (COSEMS), Centro Estadual de Referência à Saúde do Trabalhador (CEREST), Programa Estadual de DST/Aids (PEDST/Aids) e Grupo Técnico de Ações Estrategicas/ Coordenadoria de Planejamento de Saúde (GTAE/ CPS) para definição do fluxograma das notificações de agravos à saúde do trabalhador no âmbito do estado de São Paulo, focado na produção e análise de informações para subsidiar as proposições de políticas públicas na área. Neste sentido é fundamental aprimorar o monitoramento da qualidade das informações obtidas pelas notificações de Acidente Ocupacional com Exposição à Material Biológico do SINAN. No boletim anterior foram referidos vários indicadores a serem propostos a partir da vigilância destes acidentes: - Proporção dos trabalhadores previamente vacinados contra hepatite B; - Proporção de acidentes adequadamente medicados com anti-retrovirais dentro do tempo preconizado; - Proporção de acidentes que poderiam ser evitados pela utilização de dispositivos seguros ou de equipamentos de proteção individual; A implementação da Vigilância dos Acidentes continua sendo uma das prioridades do Programa Estadual DST/Aids, em consonância com as diretrizes da saúde do trabalhador, buscando as melhorias necessárias no sentido de proteger a saúde e a vida dos profissionais da área da saúde.
Dezembro 2008
Boletim Epidemiológico
ANO XXV – Nº 1
QUADRO 1 - Casos notificados de Acidente Ocupacional com Material Biológico segundo principais informações provenientes do SINABIO, Estado de São Paulo, 1999 a 2006*
Total de Casos Notificados
14.096
Total de Municípios Notificantes
228 (30% pelo município de SP)
Distribuição por Sexo
78,9% sexo feminino
Distribuição por Faixa Etária
38,9% entre 20 e 39 anos
Distribuição por Profissional
46,4% de auxiliares de enfermagem
Distribuição por Tipo de Exposição
85,5% acidentes perfuro-cortantes
Distribuição por material envolvido
74% com sangue
Conhecimento de paciente-fonte
58% dos casos
Sorologia anti-HIV do paciente-fonte
93% com sorologia conhecida
Sorologia HBsAg do paciente-fonte
56,5% com sorologia conhecida
Sorologia anti-HCV do paciente-fonte
55,8% com sorologia conhecida
Vacinação contra Hepatite B
75,3% c/ vacinação completa e 72,7% c/ anti-HBs positivo
Indicação de ARV
53,3% nenhum ARV e 27,75% – AZT+3TC
Encerramento de Caso
56% por fonte negativa
Fonte: SINABIO – Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/Aids -SP) (*) Dados até 31/12/07
Dezembro 2008
65
Boletim Epidemiológico
ANO XXV – Nº 1
TABELA 1 – Casos notificados de Acidente Ocupacional com Material Biológico segundo municípios com maior número de notificações nos anos de 2007 e 2008*, Estado de São Paulo
Município de notificação
2007
2008
Total
nº
%
nº
%
nº
%
1.661
20,2
681
18,7
2.342
19,7
São José do Rio Preto
336
4,1
246
6,8
582
4,9
Campinas
255
3,1
167
4,6
422
3,6
Ribeirão Preto
273
3,3
140
3,8
413
3,5
Marília
221
2,7
97
2,7
318
2,7
São Bernardo do Campo
199
2,4
81
2,2
280
2,4
Taubaté
204
2,5
75
2,1
279
2,4
Botucatu
186
2,3
81
2,2
267
2,2
Araraquara
159
1,9
79
2,2
238
2,0
Guarulhos
202
2,5
25
0,7
227
1,9
Barretos
148
1,8
61
1,7
209
1,8
Jundiaí
150
1,8
46
1,3
196
1,7
São José dos Campos
192
2,3
4
0,1
196
1,7
Mogi das Cruzes
137
1,7
46
1,3
183
1,5
Osasco
137
1,7
32
0,9
169
1,4
Catanduva
111
1,3
52
1,4
163
1,4
Mogi-Guaçu
108
1,3
52
1,4
160
1,3
Bauru
95
1,2
42
1,2
137
1,2
Araçatuba
87
1,1
42
1,2
129
1,1
Pindamonhangaba
85
1,0
36
1,0
121
1,0
Bragança Paulista
76
0,9
39
1,1
115
1,0
Limeira
50
0,6
63
1,7
113
1,0
São João da Boa Vista
75
0,9
32
0,9
107
0,9
Outros
3.080
37,4
1.424
39,1
4.504
37,9
Total
8.227
100,0
3.643
100,0
11.870
100,0
São Paulo
Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/Aids -SP) (*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal
66
Dezembro 2008
Boletim Epidemiológico
ANO XXV – Nº 1
TABELA 2 – Casos notificados de Acidente Ocupacional com Material Biológico segundo Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE) de notificação, Estado de São Paulo, 2007 - 2008*
GVE de notificação
2007
2008
Total
nº
%
nº
%
nº
%
1.661
20,2
681
18,7
2.342
19,7
GVE 17 CAMPINAS
857
10,4
436
12,0
1.293
10,9
GVE 29 SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
498
6,1
334
9,2
832
7,0
GVE 8 MOGI DAS CRUZES
474
5,8
120
3,3
594
5,0
GVE 33 TAUBATÉ
417
5,1
144
4,0
561
4,7
GVE 7 SANTO ANDRÉ
390
4,7
141
3,9
531
4,5
GVE 26 SÃO JOÃO DA BOA VISTA
357
4,3
160
4,4
517
4,4
GVE 10 OSASCO
425
5,2
86
2,4
511
4,3
GVE 20 PIRACICABA
246
3,0
220
6,0
466
3,9
GVE 24 RIBEIRÃO PRETO
302
3,7
160
4,4
462
3,9
GVE 19 MARÍLIA
338
4,1
123
3,4
461
3,9
GVE 25 SANTOS
240
2,9
143
3,9
383
3,2
GVE 12 ARARAQUARA
247
3,0
134
3,7
381
3,2
GVE 14 BARRETOS
262
3,2
106
2,9
368
3,1
GVE 11 ARAÇATUBA
251
3,1
105
2,9
356
3,0
GVE 16 BOTUCATU
222
2,7
84
2,3
306
2,6
GVE 15 BAURU
171
2,1
92
2,5
263
2,2
GVE 27 SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
215
2,6
14
0,4
229
1,9
GVE 31 SOROCABA
134
1,6
91
2,5
225
1,9
GVE 13 ASSIS
99
1,2
34
0,9
133
1,1
GVE 28 CARAGUATATUBA
96
1,2
18
0,5
114
1,0
GVE 18 FRANCA
64
0,8
49
1,3
113
1,0
GVE 21 PRESIDENTE PRUDENTE
70
0,9
35
1,0
105
0,9
GVE 9 FRANCO DA ROCHA
26
0,3
55
1,5
81
0,7
GVE 30 JALES
59
0,7
18
0,5
77
0,6
GVE 23 REGISTRO
44
0,5
19
0,5
63
0,5
GVE 32 ITAPEVA
32
0,4
27
0,7
59
0,5
GVE 22 PRESIDENTE VENCESLAU
30
0,4
14
0,4
44
0,4
8.227
100,0
3.643
100,0
11.870
100,0
GVE 1 CAPITAL
TOTAL
Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/Aids -SP) (*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal
Dezembro 2008
67
68
100,0
0,6
0,9
7,6
18,8
29,2
40,5
2,4
%
sexo
1890
25
19
110
256
568
885
27
nº
100,0
1,3
1,0
5,8
13,5
30,1
46,8
1,4
%
Masculino
8227
65
78
589
1450
2417
3449
179
nº
%
100,0
0,8
0,9
7,2
17,6
29,4
41,9
2,2
sub-total
2754
24
27
230
493
743
1186
51
nº
100,0
0,9
1,0
8,4
17,9
27,0
43,1
1,9
%
Feminino
Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/Aids -SP) (*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal
6337
Total
479
50 a 59 anos
59
1194
40 a 49 anos
40
1849
30 a 39 anos
Ignorado
2564
20 a 29 anos
60 +
152
nº
Feminino
16 a 19 anos
Faixa Etária
2007 sexo
889
18
11
42
126
267
412
13
nº
100,0
2,0
1,2
4,7
14,2
30,0
46,3
1,5
%
Masculino
2008
3643
42
38
272
619
1010
1598
64
nº
%
100,0
1,2
1,0
7,5
17,0
27,7
43,9
1,8
sub-total
9091
64
86
709
1687
2592
3750
203
nº
100,0
0,7
0,9
7,8
18,6
28,5
41,2
2,2
%
Feminino
sexo
2779
43
30
152
382
835
1297
40
nº
100,0
1,5
1,1
5,5
13,7
30,0
46,7
1,4
%
Masculino
Total
11870
107
116
861
2069
3427
5047
243
nº
total
100,0
0,9
1,0
7,3
17,4
28,9
42,5
2,0
%
TABELA 3 – Casos notificados de Acidente Ocupacional com Material Biológico segundo faixa etária (em anos) e sexo, Estado de São Paulo, 2007 - 2008*
Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1
Dezembro 2008
Boletim Epidemiológico
ANO XXV – Nº 1
TABELA 4 – Casos notificados de Acidente Ocupacional com Material Biológico segundo categoria profissional, Estado de São Paulo, 2007 e 2008* 2007
Categoria Profissional
2008
Total
nº
%
nº
%
nº
%
Auxiliar de enfermagem
3.262
39,6
1.318
36,2
4.580
39,6
Té cnico de enfermagem
1.154
14,0
545
15,0
1.699
14,0
Médico
847
10,3
421
11,6
1.268
10,3
Enfermeiro
531
6,5
300
8,2
831
6,5
Estudante
464
5,6
201
5,5
665
5,6
Auxiliar de limpeza
340
4,1
172
4,7
512
4,1
Dentista
210
2,6
87
2,4
297
2,6
Funcionarios de lavanderia
93
1,1
45
1,2
138
1,1
Funcionarios de laboratório
85
1,0
39
1,1
124
1,0
Atendente de enfermagem
19
0,2
10
0,3
29
0,2
Outros
1024
12,4
486
13,3
1.510
12,4
Ignorado
198
2,4
19
0,5
217
2,4
8.227
100,0
3.643
100,0
11.870
100,0
Total
Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/Aids -SP) (*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal
TABELA 5 – Casos notificados de Acidente Ocupacional com Material Biológico e paciente-fonte conhecido segundo resultado de sorologia para HIV e hepatites B e C, Estado de São Paulo, 2007 e 2008* Resultado de sorologia do paciente-fonte
2007
2008
Total
nº
%
nº
%
nº
%
Positivo
58
1,0
30
1,1
88
1,1
Negativo
3400
59,6
1454
55,3
4.854
58,2
Inconclusivo/em Andamento
837
14,7
357
13,6
1.194
14,3
Ign/Brano
1410
24,7
788
30,0
2.198
26,4
Positivo
160
2,8
77
2,9
237
2,8
Negativo
3.227
56,6
1.406
53,5
4.633
55,6
Inconclusivo/em Andamento
891
15,6
370
14,1
1.261
15,1
Ign/Brano
1427
25,0
776
29,5
2.203
26,4
Positivo
363
6,4
168
6,4
531
6,4
Negativo
4321
75,7
1930
73,4
6.251
75,0
Inconclusivo/em Andamento
234
4,1
112
4,3
346
4,2
Ign/Brano
787
13,8
419
15,9
1.206
14,5
5.705
100,0
2.629
100,0
8.334
100,0
HbsAg
Anti-HCV
ANTI-HIV
Total
Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/Aids -SP) (*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal
Dezembro 2008
69
Boletim Epidemiológico
ANO XXV – Nº 1
Gráfico 1 - Acidentes Ocupacionais com Material Biológico, segundo tipo de exposição, Estado de São Paulo, 2007 - 2008* 80
70
60
% de casos
50
40
30
20
10
0 %
PERCUTANEA
MUCOSA
PELE INTEGRA
PELE NÃO INTEGRA
OUTRO
IGNORADO/BRANCO
70
8,5
17
2
1,5
1
Tipo de exposição
Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/Aids-SP) (*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal
Gráfico 2 - Acidentes Ocupacionais com Material Biológico, segundo circunstância do acidente, Estado de São Paulo, 2007 - 2008* Outros
2.255
Ignorado /Branco
986
Reencape
335
Dextro
928
Proced. Odontológico
396
Proced. Cirúrgico
1.204
Manip. Caixa perfuro/cortante
473
Lavagem de material
348
Descarte Inadequado
1.716
Punção (coleta e outros)
1.325
Adm. Medicação
1.904 0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/Aids-SP) (*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal
70
Dezembro 2008
Boletim Epidemiológico
ANO XXV – Nº 1
TABELA 6 – Casos notificados de Acidente Ocupacional com Material Biológico segundo condição vacinal para hepatite B e ano de ocorrência do acidente, Estado de São Paulo, 2007 e 2008* 2007
Condição Vacinal
2008
Total
nº
%
nº
%
nº
%
6.353
77,2
3.044
83,6
9.397
79,2
707
8,6
289
7,9
996
8,4
Ign/Brano
1.167
14,2
310
8,5
1.477
12,4
Total
8.227
100,0
3.643
100,0
11.870
100,0
Esquema completo Esquema incompleto/não vacinado
Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/Aids -SP) (*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal
TABELA 7 – Casos notificados de Acidente Ocupacional com Material Biológico segundo conduta após acidente, Estado de São Paulo, 2007 e 2008* ESQUEMA PARA PROFILAXIA Sem Indicação de ARV** AZT+3TC
2007
2008
Total
nº
%
nº
%
nº
%
1.812
22,0
492
13,5
2.304
19,4
411
5,0
198
5,4
609
5,1
AZT+3TC+IDV
225
2,7
82
2,3
307
2,6
AZT+3TC+NFV
124
1,5
9
0,2
133
1,1
OUTROS ARV
245
3,0
245
6,7
490
4,1
RECUSA DE ARV**
36
0,4
18
0,5
54
0,5
HBIG
37
0,4
21
0,6
58
0,5
VACINA C/ HEP B
326
4,0
112
3,1
438
3,7
Ign/Brano
5.011
60,9
2.466
67,7
7.477
63,0
Total
8.227
100,0
3.643
100,0
11.870
100,0
Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/Aids -SP) (*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal (**) ARV - Anti-retroviral
TABELA 8 – Casos notificados de Acidente Ocupacional com Material Biológico segundo tipo de encerramento dos casos, Estado de São Paulo, 2007 e 2008* Evolução do caso
2007 nº
2008 %
nº
Total %
nº
%
Alta com conversão sorológica
-
-
-
-
-
-
Alta sem conversão sorológica
1.518
18,5
398
10,9
1.916
16,1
Alta paciente fonte negativo
2.763
33,6
1.143
31,4
3.906
32,9
581
7,1
98
2,7
679
5,7
1
0,0
1
0,0
2
0,0
Ign/Branco
3.364
40.9
2.003
55,0
5.367
45,2
Total
8.227
100,0
3.643
100,0
11.870
100,0
Abandono Óbito por outra causa
Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/Aids -SP) (*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal
Dezembro 2008
71
Boletim Epidemiológico
ANO XXV – Nº 1
VIGILÂNCIA DAS DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS NO ESTADO DE SÃO PAULO O Programa Estadual de DST/Aids do Estado de São Paulo tem adotado a abordagem sindrômica como estratégia de acompanhamento das doenças sexualmente transmissíveis (DST’s), por meio da notificação no Sistema Nacional de Informação de Agravos- SINAN. Essa notificação não é compulsória, porém faz parte de recomendação do Programa Estadual de DST/Aids do Estado de São Paulo, sendo estimulada a adesão dos municípios, tendo em vista a necessidade de captação e tratamento ágil das pessoas com DST nos diversos níveis de atenção do Sistema de Saúde. Portanto, o objetivo principal é impedir a cadeia de transmissão das infecções, visando à prevenção e o controle das DST’s, não se configurando em informações que possam refletir tendências epidemiológicas ou se fazer inferências populacionais. A abordagem sindrômica caracteriza-se pela utilização de fluxogramas de acordo com as queixas dos pacientes, exames físicos e laboratoriais, os quais orientam os profissionais de saúde a identificar as síndromes. A realização dos exames depende das condições técnico-operacionais e da complexidade de cada serviço, onde é feita a escolha do tratamento para a cobertura dos agentes etiológicos mais freqüentes no diagnóstico sindrômico. O emprego dessa abordagem é detalhado no manual elaborado pelo Ministério da Saúde – Programa Nacional de DST/Aids: “Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST). Série Manuais n0 68, 4a edição; Brasília, 2006”. A análise de dados dos casos de DST notificados ao SINAN no estado de São Paulo (ESP) entre junho de 1998 e junho de 2008, mostra que foram registrados 97.554 casos nesse período. A distribuição do número e percentual de casos por ano de notificação segundo os Grupos de Vigilância Epidemiológica (GVE) do ESP são mostrados na tabela 1. Os principais GVE’s notificantes no período correspondem ao GVE Capital (N=7.876), Mogi das Cruzes (N= 7.654), Campinas (N=7.118), Assis (N= 6.908) e Botucatu (N=6.807). Nota-se que os GVE Franco da Rocha e Franca não apresentaram notificações desde o ano de 2007. Os GVE’s que apresentaram incremento na proporção de notificações nos anos de 2004 a 2007 foram os seguintes: Capital, Osasco, Araraquara, Barretos, Bauru, Campinas, Piracicaba, São João da Boa Vista, São José dos Campos, São José do Rio Preto, Sorocaba e Itapeva. Os demais apresentaram diminuição ou estabilidade na proporção de casos notificados (Tabela 1). Em relação à distribuição por sexo, o percentual de notificações para o sexo feminino foi cerca de 75% (N = 72.749), contra 25% de notificações para o sexo masculino (N = 24.805) (Tabela 2). A razão de sexo masculino/feminino dos casos notificados nos GVE 1 (Capital) e GVE 9 (Franco da Rocha) difere dos demais, apresentando no período maior número de homens notificados, com uma razão de sexo de cerca de um homem para uma mulher (1/1) (Tabela 2). Deve ser observado que o
72
tipo de serviço de saúde notificador irá influenciar a proporção dos sexos notificados. Se grande parte desses serviços são Unidades Básicas de Saúde, é de se esperar o predomínio de notificações em mulheres que também são os maiores usuários daquele tipo de serviço. No que concerne à faixa etária dos 97.554 casos notificados, nota-se que ao longo da série histórica, a faixa etária de 20 a 34 anos concentrou 50% desse total, seguida pela faixa etária de 35 a 49 anos com 25% e de 15 a 19 anos com 14% (Tabela 3). A distribuição de casos por faixa etária em cada GVE, mostrou que a maior freqüência registrada pelos serviços de saúde durante o período de 1998 a 2008, ocorreu para as pessoas de 20 a 34 anos, sendo o maior percentual observado para a Capital (58%). A segunda faixa etária mais freqüente foi aquela de 35 a 49 anos, com a maioria dos GVE apresentando um percentual de notificação de mais de 20% (Tabela 4). Esse achado levanta a questão do desenvolvimento de estratégias pela rede de atenção à saúde para a captação da população masculina nos serviços de DST. Em relação à notificação do quesito raça/cor, observou-se que houve uma redução da categoria “ignorada”, caindo de 49% no período 1998-2003 para 13% no ano de 2007, provavelmente como conseqüência da implantação da política de sensibilização e coleta do dado pelos serviços, que vem sendo promovida pelo Programa Estadual de DST/Aids, desde 2002. Os percentuais de casos notificados de raça preta e parda aumentaram de 5,5% e 13% em 2004, para 7% e 19% em 2007, respectivamente (Tabela 3). A análise da escolaridade mostrou que houve um aumento das notificações de pessoas com mais de 8 a 11 anos de estudo, e de 12 anos e mais, que passou de 19% entre 1998-2003 para 30% em 2006 na primeira categoria, e de 3,4% para 7,5% na segunda categoria. O percentual de casos sem informação para a escolaridade vem diminuindo ao longo dos anos, passando de 36% entre 1998-2003, para 18% em 2006 (Tabela 3). As análises da distribuição dos agravos de notificação (sífilis latente; infecções anogenitais pelo vírus do herpes simples- apenas o primeiro episódio; verrugas anogenitais/HPV- apenas o primeiro episódio; síndrome da úlcera genital- excluído infecções anogenitais pelo vírus do herpes simples; síndrome do corrimento cervical; síndrome do corrimento uretral) são apresentadas nas tabelas 5, 6 e 7. Observou-se que no sexo masculino, 10.897 casos (45%) foram devidos às verrugas anogenitais/HPV, 5.360 casos (22%) a síndrome do corrimento uretral e 4.759 casos (20%) a sífilis latente. No sexo feminino, a síndrome do corrimento cervical ocorreu em 45.026 (62%) dos casos notificados, as verrugas anogenitais/HPV em 17.079 (23,5%) casos e a sífilis latente em 6.886 (9,5%) dos casos (Tabela 5).
Dezembro 2008
Boletim Epidemiológico
ANO XXV – Nº 1
A distribuição dos agravos segundo o ano de notificação é mostrada na tabela 6. Observou-se que no período 1998-2003 e nos anos de 2004 a 2008, a síndrome do corrimento cervical correspondeu à maioria dos casos notificados, seguida das verrugas anogenitais/HPV. Em todo o período a primeira representou cerca de 47% e a segunda 29% dentre os 97.554 casos notificados. A análise da freqüência dos agravos notificados por GVE, confirma também que o corrimento cervical apresentou a maior proporção dentre os casos notificados na maioria dos GVE, representando cerca ou mais de 40% das notificações em 16 dos 28 GVE’s do Estado, sendo as menores proporções observadas no GVE 1- Capital e GVE 25- Santos (cerca de 9%) (Tabela 7). Esses achados chamam a atenção para a provável superestimação da proporção de corrimentos cervicais notificados pelos municípios no SINAN, o que pode ser devida a erros de classificação em relação aos corrimentos, sendo os corrimentos vaginais classificados como corrimentos cervicais. O estudo de prevalência das DST realizado pela Coordenação Nacional de
Dezembro 2008
DST/Aids revelou uma prevalência de 2,4% para o corrimento cervical no município de São Paulo, em mulheres que freqüentaram clínicas de DST no ano de 20051. Atualmente, no estado de São Paulo, existem 145 municípios elegíveis como prioritários e, portanto, obrigatoriamente apresentam o Plano de Ações e Metas (PAM). Desse total cerca de 20% (N=29) dos municípios prioritários não apresentaram qualquer notificação no período analisado. Vale salientar que dentre os 645 municípios do Estado, 356 (55%) também não notificaram casos de DST. A abordagem sindrômica das doenças sexualmente transmissíveis constitui uma estratégia no manejo desses agravos pelos sistemas locais de saúde, cuja sustentabilidade é dada, sobretudo, pela oportunidade na captação da demanda e tratamento de casos, contribuindo para a prevenção e controle.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 1– Brasil. Ministério da Saúde. DST-AIDS. Transferência fundo a fundo na forma de incentivo. Disponível em URL < http://www.aids.gov.br/incentivo/> [ 14 outubro 2008].
73
74 2.446
GVE 24 - RIBEIRÃO PRETO
GVE 25 - SANTOS
508 338 46
GVE 30 - JALES
GVE 31 - SOROCABA
GVE 32 - ITAPEVA
GVE 33 - TAUBATÉ
%
100,0
0,2
1,7
2,5
1,1
2,3
0,3
5,5
-
12,2
9,2
7,6
0,8
0,7
1,5
2,3
-
7,9
10,1
5,7
2,2
3,1
1,6
4,3
1,2
0,1
6,6
3,7
5,5
nº
14.695
158
154
323
304
350
3
114
9
804
1.044
1.827
359
82
337
473
-
648
1.036
609
224
1.456
180
727
359
58
1.936
539
582
2004 %
100,0
1,1
1,0
2,2
2,1
2,4
0,0
0,8
0,1
5,5
7,1
12,4
2,4
0,6
2,3
3,2
-
4,4
7,1
4,1
1,5
9,9
1,2
4,9
2,4
0,4
13,2
3,7
4,0
nº
%
100,0
0,6
2,1
4,9
1,4
3,6
0,3
0,9
0,1
2,9
6,6
10,1
4,3
0,6
3,7
3,1
0,0
5,3
7,2
4,3
1,7
9,8
0,6
4,7
0,9
0,3
11,2
5,4
3,5
nº
18.723
114
526
881
198
752
139
114
369
873
1.233
1.760
488
199
890
392
2
1.682
988
909
390
1.572
194
544
694
69
1.270
933
548
2006
Ano de notificação 2005
16.282
98
341
797
232
582
54
141
12
467
1.079
1.643
693
101
598
508
1
862
1.173
700
277
1.590
96
758
147
54
1.824
885
569
Fonte: SINAN -Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual de DST/AIDS-SP (VE-PE DST/AIDS-SP) (*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal
20.029
218
GVE 29 - SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
Total
70 461
GVE 28 - CARAGUATATUBA
-
1.837
GVE 23 - REGISTRO
1.100
1.517
GVE 22 - PRESIDENTE VENCESLAU
GVE 27 - SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
160
GVE 21 - PRESIDENTE PRUDENTE
GVE 26 - SÃO JOÃO DA BOA VISTA
297 139
GVE 20 - PIRACICABA
462
GVE 17 - CAMPINAS
GVE 19 - MARÍLIA
2.013 1.581
GVE 16 - BOTUCATU
GVE 18 - FRANCA
450 1.138
GVE 13 - ASSIS
GVE 15 - BAURU
627
GVE 12 - ARARAQUARA
GVE 14 - BARRETOS
860 323
GVE 11 - ARAÇATUBA
28 245
GVE 10 - OSASCO
GVE 8 - MOGI DAS CRUZES
GVE 9 - FRANCO DA ROCHA
742 1.320
GVE 7 - SANTO ANDRÉ
1.103
nº
1998-2003
GVE 1 - CAPITAL
GVE de Notificação %
100,0
0,6
2,8
4,7
1,1
4,0
0,7
0,6
2,0
4,7
6,6
9,4
2,6
1,1
4,8
2,1
0,0
9,0
5,3
4,9
2,1
8,4
1,0
2,9
3,7
0,4
6,8
5,0
2,9
nº
18.717
76
413
1.633
41
405
73
750
444
640
961
212
31
68
507
76
-
1.706
1.007
793
361
1.292
354
439
752
-
1.045
1.419
3.219
2007 %
100,0
0,4
2,2
8,7
0,2
2,2
0,4
4,0
2,4
3,4
5,1
1,1
0,2
0,4
2,7
0,4
-
9,1
5,4
4,2
1,9
6,9
1,9
2,3
4,0
-
5,6
7,6
17,2
nº
9.108
122
151
423
106
224
27
406
172
423
662
131
30
40
322
-
-
639
590
507
283
371
239
234
337
-
259
555
1.855
2008 %
100,0
1,3
1,7
4,6
1,2
2,5
0,3
4,5
1,9
4,6
7,3
1,4
0,3
0,4
3,5
-
-
7,0
6,5
5,6
3,1
4,1
2,6
2,6
3,7
-
2,8
6,1
20,4
nº
97.554
614
1.923
4.565
1.099
2.774
366
2.625
1.006
5.653
6.816
7.090
1.761
629
2.951
1.911
3
7.118
6.807
4.656
1.985
6.908
1.386
3.562
2.534
209
7.654
5.073
7.876
Total
100,0
0,6
2,0
4,7
1,1
2,8
0,4
2,7
1,0
5,8
7,0
7,3
1,8
0,6
3,0
2,0
0,0
7,3
7,0
4,8
2,0
7,1
1,4
3,7
2,6
0,2
7,8
5,2
8,1
%
TABELA 1 - Casos notificados de DST segundo Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE) notificante e ano de notificação, Estado de São Paulo, 1998 a 2008*
Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1
Dezembro 2008
Dezembro 2008 1.140 135 794 160 912 196 233
GVE 26 SÃO JOÃO DA BOA VISTA
GVE 27 SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
GVE 28 CARAGUATATUBA
GVE 29 SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
GVE 30 JALES
GVE 31 SOROCABA
GVE 32 ITAPEVA
GVE 33 TAUBATÉ
Masculino %
25,4
37,9
10,2
20,0
14,6
28,6
36,9
43,4
31,5
47,0
34,5
4,9
3,5
22,9
32,4
27,0
33,3
31,9
15,5
12,5
19,8
6,5
22,6
26,4
17,8
53,1
17,0
25,9
59,8
Sexo
Fonte: SINAN -Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual de DST/AIDS-SP (VE-PE DST/AIDS-SP) (*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal (**) razão de sexo masculino e feminino
24.805
317
GVE 25 SANTOS
Total
2.352 2.656
GVE 24 RIBEIRÃO PRETO
62 344
GVE 23 REGISTRO
GVE 21 PRESIDENTE PRUDENTE
GVE 22 PRESIDENTE VENCESLAU
956 144
GVE 20 PIRACICABA
516
GVE 19 MARÍLIA
2.269
GVE 17 CAMPINAS 1
1.056
GVE 16 BOTUCATU
GVE 18 FRANCA
394 583
GVE 15 BAURU
451
GVE 13 ASSIS
GVE 14 BARRETOS
941
451
GVE 10 OSASCO 313
111
GVE 9 FRANCO DA ROCHA
GVE 12 ARARAQUARA
1.298
GVE 8 MOGI DAS CRUZES
GVE 11 ARAÇATUBA
1.312
GVE 7 SANTO ANDRÉ
nº 4.708
GVE 1 CAPITAL
GVE de notificação nº
72.749
381
1.727
3.653
939
1.980
231
1.485
689
2.997
4.464
6.746
1.699
485
1.995
1.395
2
4.849
5.751
4.073
1.591
6.457
1.073
2.621
2.083
98
6.356
3.761
3.168
Feminino %
74,6
62,1
89,8
80,0
85,4
71,4
63,1
56,6
68,5
53,0
65,5
95,1
96,5
77,1
67,6
73,0
66,7
68,1
84,5
87,5
80,2
93,5
77,4
73,6
82,2
46,9
83,0
74,1
40,2
1/3
1/2
1/9
1/4
1/6
1/2
1/2
1/1
1/2
1/1
1/2
1/20
1/27
1/3
1/2
1/3
1/2
1/2
1/5
1/7
1/4
1/14
1/3
1/3
1/5
1/1
1/5
1/3
1/1
RazãoM/F** nº
97.554
614
1.923
4.565
1.099
2.774
366
2.625
1.006
5.653
6.816
7.090
1.761
629
2.951
1.911
3
7.118
6.807
4.656
1.985
6.908
1.386
3.562
2.534
209
7.654
5.073
7.876
Total
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
%
TABELA 2 - Distribuição de casos notificados de DST segundo Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE) notificante, sexo e razão de sexo, Estado de São Paulo, 1998 a 2008*
Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1
75
76
5.363
10.589
4.635
1.104
199
55
15-19
20-34
35-49
50-64
65 e +
Ignorado
Ignorado
3.723
686
7.139
De 4 a 7
De 8 a 11
De 12 e mais
Ign/Branco 100,0
35,6
3,4
18,6
30,4
9,7
2,2
48,9
0,1
0,4
7,7
3,0
39,9
0,3
1,0
5,5
23,1
52,9
15,9
1,3
26,8
73,2
%
14.695
3.639
885
4.017
4.314
1.489
351
3.092
19
73
1.865
813
8.833
55
214
1.024
3.786
7.325
2.103
188
2.643
12.052
nº
2004
100,0
24,8
6,0
27,3
29,4
10,1
2,4
21,0
0,1
0,5
12,7
5,5
60,1
0,4
1,5
7,0
25,8
49,8
14,3
1,3
18,0
82,0
%
16.282
3.186
1.029
4.737
5.153
1.771
406
2.597
25
83
2.222
904
10.451
52
230
1.306
4.270
7.991
2.260
173
3.133
13.149
nº
Fonte: SINAN -Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual de DST/AIDS-SP (VE-PE DST/AIDS-SP) (*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal
20.029
6.091
De 1 a 3
Total
440
1.950
Nenhuma
Escolaridade (em anos de estudo)
11
9.801
Indígena
Parda
75
598
1.551
Preta
Amarela
7.993
Branca
Raça/Cor
264
3.183
<= 14
Faixa etária (anos)
14.666
Masculino
nº
1998 - 2003
Feminino
Sexo
demográficas
Características sócio2005
100,0
19,6
6,3
29,1
31,6
10,9
2,5
16,0
0,2
0,5
13,6
5,6
64,2
0,3
1,4
8,0
26,2
49,1
13,9
1,1
19,2
80,8
%
18.723
3.343
1.407
5.645
5.904
2.015
409
2.998
13
113
2.875
1.114
11.610
61
227
1.432
4.852
9.207
2.691
253
3.864
14.859
nº
2006
Ano de notificação
100,0
17,9
7,5
30,2
31,5
10,8
2,2
16,0
0,1
0,6
15,4
5,9
62,0
0,3
1,2
7,6
25,9
49,2
14,4
1,4
20,6
79,4
%
18.717
3.833
679
3.156
10.200
750
99
2.513
51
151
3.532
1.294
11.176
1
254
1.395
4.704
9.609
2.546
208
6.579
12.138
nº
2007
100,0
20,5
3,6
16,9
54,5
4,0
0,5
13,4
0,3
0,8
18,9
6,9
59,7
0,0
1,4
7,5
25,1
51,3
13,6
1,1
35,1
64,9
%
9.108
2.349
286
1.999
3.964
453
57
1.349
25
47
1.841
623
5.223
-
133
743
2.242
4.579
1.266
145
3.223
5.885
nº
2008
100,0
25,8
3,1
21,9
43,5
5,0
0,6
14,8
0,3
0,5
20,2
6,8
57,3
-
1,5
8,2
24,6
50,3
13,9
1,6
35,4
64,6
%
Total
97.554
23.489
4.972
23.277
35.626
8.428
1.762
22.350
144
542
13.886
5.346
55.286
224
1.257
7.004
24.489
49.300
14.049
1.231
24.805
72.749
nº
TABELA 3 - Casos notificados de DST segundo características sócio-demográficas, por ano de notificação, Estado de São Paulo, 1998 a 2008*
100,0
24,1
5,1
23,9
36,5
8,6
1,8
22,9
0,1
0,6
14,2
5,5
56,7
0,2
1,3
7,2
25,1
50,5
14,4
1,3
25,4
74,6
%
Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1
Dezembro 2008
Dezembro 2008 8
GVE 33 - TAUBATÉ
<=14 %
1,3
1,3
1,1
0,9
1,5
1,8
0,3
1,1
1,8
1,6
1,5
1,5
0,9
1,1
1,5
1,7
-
0,7
1,2
1,3
2,8
1,1
1,5
1,8
1,7
1,4
1,2
0,9
0,7
nº
14.049
98
293
689
157
487
64
223
181
1.109
998
823
186
86
447
343
2
932
1.015
778
342
810
239
631
383
31
1.049
743
910
%
14,4
16,0
15,2
15,1
14,3
17,6
17,5
8,5
18,0
19,6
14,6
11,6
10,6
13,7
15,1
17,9
66,7
13,1
14,9
16,7
17,2
11,7
17,2
17,7
15,1
14,8
13,7
14,6
11,6
15 a 19 nº
292
909
2.209
438
1.332
212
1.298
524
3.181
3.557
3.273
760
311
1.517
928
1
3.954
3.243
2.225
1.001
3.185
678
1.731
1.282
117
3.864
2.677
4.601
%
50,5
47,6
47,3
48,4
39,9
48,0
57,9
49,4
52,1
56,3
52,2
46,2
43,2
49,4
51,4
48,6
33,3
55,5
47,6
47,8
50,4
46,1
48,9
48,6
50,6
56,0
50,5
52,8
58,4
20 a 34
49.300
Fonte: SINAN -Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual de DST/AIDS-SP (VE-PE DST/AIDS-SP) (*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal
1.231
22
Total
39
GVE 32 - ITAPEVA
1
GVE 28 - CARAGUATATUBA
GVE 31 - SOROCABA
28
GVE 27 - SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 51
18
GVE 26 - SÃO JOÃO DA BOA VISTA
16
90
GVE 25 - SANTOS
GVE 30 - JALES
102
GVE 29 - SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
103
44
GVE 20 - PIRACICABA
GVE 24 - RIBEIRÃO PRETO
33
GVE 19 - MARILIA
GVE 23 - REGISTRO
-
GVE 18 - FRANCA
7
51
GVE 17 - CAMPINAS
15
84
GVE 16 - BOTUCATU
GVE 22 - PRESIDENTE VENCESLAU
59
GVE 15 - BAURU
GVE 21 - PRESIDENTE PRUDENTE
76 56
GVE 14 - BARRETOS
GVE 12 - ARARAQUARA
GVE 13 - ASSIS
65 21
GVE 11 - ARAÇATUBA
3 44
GVE 10 - OSASCO
91
GVE 8 - MOGI DAS CRUZES
GVE 9 - FRANCO DA ROCHA
46
GVE 7 - SANTO ANDRÉ
nº 58
GVE 1 - CAPITAL
GVE de notificação nº
24.489
151
515
1.255
311
635
61
789
198
986
1.552
1.891
656
175
707
455
-
1.628
1.808
1.186
432
2.117
317
850
639
45
2.078
1.285
1.767
%
25,1
24,6
26,8
27,5
28,3
22,9
16,7
30,1
19,7
17,4
22,8
26,7
37,3
27,8
24,0
23,8
-
22,9
26,6
25,5
21,8
30,6
22,9
23,9
25,2
21,5
27,1
25,3
22,4
35 a 49
Faixa etária (anos) nº
7.004
54
152
320
143
214
21
227
71
234
470
781
122
39
210
125
-
457
561
353
133
613
107
247
164
9
433
278
466
50-64 %
7,2
8,8
7,9
7,0
13,0
7,7
5,7
8,6
7,1
4,1
6,9
11,0
6,9
6,2
7,1
6,5
-
6,4
8,2
7,6
6,7
8,9
7,7
6,9
6,5
4,3
5,7
5,5
5,9
nº
1.257
10
29
48
28
44
4
52
14
43
132
196
19
11
22
25
-
80
93
32
15
91
23
29
17
4
92
34
70
65 e + %
1,3
1,6
1,5
1,1
2,5
1,6
1,1
2,0
1,4
0,8
1,9
2,8
1,1
1,7
0,7
1,3
-
1,1
1,4
0,7
0,8
1,3
1,7
0,8
0,7
1,9
1,2
0,7
0,9
224
1
3
5
6
11
3
8
-
10
5
23
3
0
4
2
-
16
3
23
6
16
1
9
5
-
47
10
4
nº
0,2
0,2
0,2
0,1
0,5
0,4
0,8
0,3
-
0,2
0,1
0,3
0,2
-
0,1
0,1
-
0,2
0,0
0,5
0,3
0,2
0,1
0,3
0,2
-
0,6
0,2
0,1
%
Ignorada
TABELA 4 - Casos notificados de DST segundo Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE) notificante e faixa etária, Estado de São Paulo, 1998 a 2008*
Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1
77
78 Masculino %
100,0
22,1
-
6,0
44,8
7,6
19,6
Sexo nº
72.749
944
45.026
967
17.079
1.847
6.886
1.255 20.029
R36 - Sínfrome do corrimento uretral
Total
%
100,0
6,3
37,6
2,6
29,4
3,6
20,6
nº
14.695
844
8.221
248
3.585
477
1.320
2004 %
100,0
5,7
55,9
1,7
24,4
3,2
9,0
Fonte: SINAN -Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual de DST/AIDS-SP (VE-PE DST/AIDS-SP) (*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal (**) CID10 - Classificação Internacional de Doenças - Décima Revisão
7.525
511
5.889
725
4.124
nº
1998-2003
N72 - Síndrome do corrimento cervical
vírus do herpes simples)
(excluindo infec. anogenitais pelo
N48.5 - Síndrome da úlcera genital
HPV (apenas 1º episódio)
A63.0 - Verrugas anogenitais/
(apenas 1º episódio)
A60 - Infecções anogenitais pelo vírus herpes simples
A53.0 - Sífilis latente
Agravo (CID 10)** nº
16.282
887
9.281
314
3.959
490
1.351
%
100,0
5,4
57,0
1,9
24,3
3,0
8,3
nº
18.723
1.019
10.050
388
5.166
653
1.447
2006
Ano de notificação 2005
%
100,0
5,4
53,7
2,1
27,6
3,5
7,7
nº
18.717
1.540
7.043
699
6.203
933
2.299
% 2,5
9,5
100,0
8,2
37,6
3,7
33,1
5,0
12,3
%
100,0
1,3
61,9
1,3
23,5
2007
Feminino
TABELA 6 - Casos notificados de DST segundo agravo e ano de notificação, Estado de São Paulo, 1998 a 2008*
Fonte: SINAN -Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual de DST/AIDS-SP (VE-PE DST/AIDS-SP) (*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal (**) CID10 - Classificação Internacional de Doenças - Décima Revisão (***) Excluídos 499 casos c om agravo inconsistente para o sexo masculino
24.306***
R36 - Sínfrome do corrimento uretral
Total
5.360
N72 - Síndrome do corrimento cervical
anogenitais pelo vírus do herpes simples)
1.449
10.897
A63.0 - Verrugas anogenitais/HPV (apenas 1º episódio)
N48.5 - Síndrome da úlcera genital (excluindo infec.
1.841
A60 - Infecções anogenitais pelo vírus herpes simples (apenas 1º episódio)
nº 4.759
A53.0 - Sífilis latente
Agravo (código CID 10)**
TABELA 5 - Casos notificados de DST segundo agravo e sexo, Estado de São Paulo, 1998 a 2008*
nº
9.108
759
3.405
256
3.174
410
1.104
nº
2008
100,0
8,3
37,4
2,8
34,8
4,5
12,1
%
97.055***
6.304
45.026
2.416
27.976
3.688
11.645
97.554
6.304
45.525
2.416
6,5
46,4
2,5
28,8
3,8
%
100,0
6,5
46,7
2,5
28,7
3,8
11,9
100,0
27.976
3.688
% 12,0
Total
11.645
nº
Total
Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1
Dezembro 2008
Dezembro 2008 291 238 209
GVE 31 - SOROCABA
GVE 32 - ITAPEVA
GVE 33 - TAUBATÉ
%
11,9
34,0
12,4
6,4
8,6
14,1
22,4
53,6
9,3
16,0
14,1
1,2
4,2
16,9
12,7
5,9
33,3
16,2
5,0
4,8
10,2
1,7
11,8
10,4
6,9
23,9
12,1
7,9
26,5
nº
3.688
12
58
119
33
213
6
111
26
375
312
87
6
19
148
57
-
280
129
102
106
74
67
123
116
16
285
215
593
A60 %
3,8
2,0
3,0
2,6
3,0
7,7
1,6
4,2
2,6
6,6
4,6
1,2
0,3
3,0
5,0
3,0
-
3,9
1,9
2,2
5,3
1,1
4,8
3,5
4,6
7,7
3,7
4,2
7,5
nº
A63.0
27.976
205
427
1.595
214
826
171
559
595
3.020
2.482
464
50
243
1.030
892
1
2.090
1.507
1.385
622
552
419
1.375
1.000
72
1.434
1.559
3.187
Fonte: SINAN -Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual de DST/AIDS-SP (VE-PE DST/AIDS-SP) (*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal (**) Agravos CID 10: A53.0 - Sífilis latente A60 - Infecções anogenitais pelo vírus do herpes simples (apenas o primeiro episódio) A63.0 - Verrugas anogenitais/HPV (apenas o primeiro episódio) N48.5 - Síndrome da úlcera genital (excluído Infecções anogenitais pelo vírus do herpes simples) N72 - Síndrome do corrimento cervical R36 - Síndrome do corrimento uretral
11.645
94
GVE 30 - JALES
Total
82 391
GVE 29 - SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
GVE 27 - SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
GVE 28 - CARAGUATATUBA
94 1.408
GVE 26 - SÃO JOÃO DA BOA VISTA
86
GVE 23 - REGISTRO 962
74
GVE 22 - PRESIDENTE VENCESLAU
907
106
GVE 21 - PRESIDENTE PRUDENTE
GVE 25 - SANTOS
374
GVE 20 - PIRACICABA
GVE 24 - RIBEIRÃO PRETO
113
1.153
GVE 17 - CAMPINAS
GVE 19 - MARILÍA
343
GVE 16 - BOTUCATU 1
223
GVE 15 - BAURU
GVE 18 - FRANCA
118 203
163
GVE 12 - ARARAQUARA
GVE 14 - BARRETOS
370
GVE 11 - ARAÇATUBA
GVE 13 - ASSIS
50 174
GVE 10 - OSASCO
929
GVE 8 - MOGI DAS CRUZES
GVE 9 - FRANCO DA ROCHA
400
GVE 7 - SANTO ANDRÉ
nº 2.089
A53.0
GVE 1 - CAPITAL
GVE de notificação %
28,7
33,4
22,2
34,9
19,5
29,8
46,7
21,3
59,1
53,4
36,4
6,5
2,8
38,6
34,9
46,7
33,3
29,4
22,1
29,7
31,3
8,0
30,2
38,6
39,5
34,4
18,7
30,7
40,5
nº
2.416
14
9
74
3
85
2
51
35
152
172
49
1
7
72
28
-
268
64
43
53
44
39
63
43
11
292
311
431
N48.5
Agravo (CID 10)** %
2,5
2,3
0,5
1,6
0,3
3,1
0,5
1,9
3,5
2,7
2,5
0,7
0,1
1,1
2,4
1,5
-
3,8
0,9
0,9
2,7
0,6
2,8
1,8
1,7
5,3
3,8
6,1
5,5
nº
45.525
150
1.140
2.293
713
951
60
343
162
525
2.187
6.239
1.617
219
1.151
599
-
2.815
4.471
2.828
934
5.944
602
1.476
1.096
38
4.012
2.242
718
N72 %
46,7
24,4
59,3
50,2
64,9
34,3
16,4
13,1
16,1
9,3
32,1
88,0
91,8
34,8
39,0
31,3
-
39,5
65,7
60,7
47,1
86,0
43,4
41,4
43,3
18,2
52,4
44,2
9,1
nº
6.304
24
51
193
42
308
45
153
94
674
701
165
13
35
176
222
1
512
293
75
67
176
96
155
105
22
702
346
858
R36 %
6,5
3,9
2,7
4,2
3,8
11,1
12,3
5,8
9,3
11,9
10,3
2,3
0,7
5,6
6,0
11,6
33,3
7,2
4,3
1,6
3,4
2,5
6,9
4,4
4,1
10,5
9,2
6,8
10,9
nº
97.554
614
1.923
4.565
1.099
2.774
366
2.625
1.006
5.653
6.816
7.090
1.761
629
2.951
1.911
3
7.118
6.807
4.656
1.985
6.908
1.386
3.562
2.534
209
7.654
5.073
7.876
Total
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
%
TABELA 7 - Casos notificados de DST segundo Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE) notificante e agravo notificado, Estado de São Paulo, 1998 a 2008*
Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1
79
Boletim Epidemiológico
ANO XXV – Nº 1
PREVALÊNCIA DAS DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO Elisebete Taeko Onaga, Herculano D. R. Alencar, Mariza Vono Tancredi, Norma Suely de Oliveira Farias e Wong Kuen Alencar
U
m importante papel da epidemiologia é servir de base para o desenvolvimento de políticas relacionadas à saúde humana, incluindo a prevenção e o controle de doenças. Os achados dos estudos epidemiológicos podem ser relevantes tanto para questões da prática clínica e da saúde comunitária quanto para abordagens populacionais para a prevenção de doenças e promoção da saúde1.
Homens trabalhadores de pequenas indústrias: Foram captados nas linhas de produção de micro e pequenas indústrias (um máximo de 99 empregados), que fossem sexualmente ativos e que não tivessem utilizado antibióticos nos 15 dias anteriores, em número de 3.600 (600 por cidade). Para o Município de São Paulo, conseguiu-se incluir no estudo 348 indivíduos (12,4%).
A Organização Mundial da Saúde (OMS) realizou em 1990, a primeira estimativa de incidência global das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e, no ano de 1999, a estimativa para a incidência de DST curáveis (gonorréia, clamídia, sífilis e tricomoníase) foi de 340 milhões de casos novos, sendo 12 milhões de casos no Brasil.
Homens e mulheres que procuraram atendimento em clínicas de DST: Foram selecionados, de maneira consecutiva, a partir de um dia aleatoriamente escolhido, entre os que procuraram atendimento em clínicas de DST (uma para cada cidade selecionada), na primeira consulta para o atual problema, de qualquer faixa etária, que não tivessem recebido tratamento ou utilizado por conta própria qualquer antibiótico ou tratamento tópico nos últimos 15 dias. Foram excluídos os que conhecessem a sua soropositividade para o HIV ou que, por este motivo, estivessem sendo atendidos nos serviços selecionados.
Considerando as dificuldades em se obter informações sobre a distribuição e freqüência dessas e outras DST no país, o Programa Nacional de DST e Aids, juntamente com as Coordenações Estaduais e Municipais, SESI, Universidades, LACEN e a Agência de Cooperação Técnica Alemã – GTZ, realizou um estudo epidemiológico tipo corte transversal, efetuado através de um inquérito populacional, em seis capitais brasileiras nas cinco macrorregiões do país, com o objetivo de conhecer a prevalência das principais infecções sexualmente transmitidas em diferentes grupos populacionais. O estudo foi desenvolvido nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Manaus, Goiânia, e Fortaleza, nos anos de 2004 e 20052 . A população-alvo foi constituída de pessoas sexualmente ativas, residentes nas cidades selecionadas, abordadas em três sub-populações: 1) pessoas de ambos os sexos que buscaram assistência em clínicas selecionadas de DST, 2) gestantes em clínicas de pré-natal e 3) homens trabalhadores de pequenas indústrias. O projeto estimou um tamanho amostral de 3.600 pessoas para os grupos de gestantes e de homens trabalhadores de pequenas indústrias e de 4.560 para o grupo de pessoas que procuraram assistência em clínicas de DST, totalizando 11.760 pessoas dos três grupos para as seis cidades participantes, as quais foram recrutadas de acordo com os seguintes pressupostos: Gestantes: foram selecionadas aleatoriamente, em cada cidade, junto ao serviço de duas unidades básicas de saúde, na primeira consulta pré-natal, independentemente da idade e do período de gestação, que não tivessem sido tratadas com antibióticos ou usado qualquer substância química intravaginal nos 15 dias anteriores, em número de 3.600 (600 por cidade). Entre as gestantes que procuraram atendimento em clínicas de pré-natal a amostra foi constituída por um total de 3.303 gestantes, correspondendo a 603 (18,3%) gestantes em São Paulo, no Ambulatório de Especialidades Mauricio Patê e no Serviço de Assistência Especializada (SAE) Várzea do Carmo.
80
Foi incluído um total de 3.210 pessoas nas seis capitais, sendo 684 (21,3%) o número obtido na cidade de São Paulo para as principais síndromes de DST (corrimento vaginal, corrimento uretral, úlcera genital) e verrugas genitais. Os serviços selecionados foram o Centro de Referência e Treinamento de DST/Aids de São Paulo e o Serviço de Assistência Especializada (SAE) Campos Elíseos2 . Os resultados das prevalências de DST e síndromes, em cada grupo populacional, no Município de São Paulo são apresentados na quadro 1. Para a população masculina atendida em clínicas de DST, nota-se que, para as síndromes, a mais freqüente foi o corrimento uretral (40%). Em relação aos diagnósticos etiológicos de DST, o HPV de médio e baixo risco foi o de maior prevalência (30,3%), enquanto que a prevalência do HPV de alto risco foi 19,5%, e da infecção por clamídia 17,5%. A infecção pelo vírus da hepatite B (HBV) foi a DST de menor ocorrência nessa população (2,2%). Nas mulheres, a maior prevalência entre as síndromes foi o corrimento vaginal (37,5%) e a menor o corrimento cervical (2,4%). Entre as DST identificadas por diagnóstico etiológico em mulheres, observou-se que o HPV total foi o mais prevalente (36,3%), sendo superior a prevalência registrada entre os homens. As menores prevalências de DST no sexo feminino foram para a infecção pelo HIV (0,7%), para o vírus da hepatite B (0,7%) e para a gonorréia (0,9%). A prevalência de clamídia (5,5%) contrastou com aquela encontrada entre os homens, sendo cerca de três vezes menor. Nas gestantes, também o corrimento vaginal foi a mais freqüente das síndromes com 19,6% contra 2,8% do corrimento cervical. O HPV total apresentou a mais alta prevalência: 35,2%, achado semelhante ao da população de mulheres em geral
Dezembro 2008
Boletim Epidemiológico
ANO XXV – Nº 1
atendidas em clínicas de DST. Os menores percentuais de DST diagnosticadas em gestantes foram também para a gonorréia (0,2%), HIV (0,3%) e HBV (1,3%). No que concerne aos homens trabalhadores em pequenas indústrias, foram realizados exames apenas para sífilis, gonorréia, clamídia e HBV, com uma prevalência de 3,4%, 0,4%, 1,6% e 1,6%, respectivamente. A OMS estabeleceu que as DST representam ônus para uma população quando: •
A prevalência das DST curáveis na população em geral se situa em, ou cerca de 5%;
•
A prevalência da sífilis em gestantes é maior que 1%;
•
A prevalência das DST curáveis é maior que 10% em certas sub-populações (profissionais do sexo, jovens, usuários de drogas injetáveis e outras)3.
Entre as limitações desse estudo devemos apontar que o mesmo não é representativo para o Município de São Paulo
como um todo, da mesma forma que não o é para o Brasil, os resultados obtidos permitem realizar inferências sobre algumas características da população sexualmente ativa das seis cidades, além de facilitar a identificação dos fatores que incrementam sua vulnerabilidade para adquirir DST, assim como os comportamentos de risco que incidem nas elevadas taxas de infecções verificáveis em determinadas sub-populações. Conhecer a prevalência das DST é, portanto, um indicador de vital importância para gestores e gerentes dos programas de prevenção e controle nos níveis local e nacional, visto que esse dado permite avaliar se essas doenças representam ou não um ônus relevante para os serviços de saúde e, com base nisso, tomar decisões para intervenções de importância ou advogar pela alocação de novos recursos humanos, materiais e financeiros.1 Concluímos, portanto que a existência, no Município de São Paulo, de uma prevalência de sífilis em gestantes de 2,3% e de DST curáveis de 5,4% representam um grave ônus para a população, da mesma forma que ocorre nas demais cidades participantes do estudo.
QUADRO 1 - Prevalência de DST e agravos sindrômicos em gestantes, homens e mulheres em clínicas de DST e homens trabalhadores de indústrias no município de São Paulo, 2005 DST/Agravos Sindrômicos Total *
Mulheres em Clínicas de DST
Gestantes
Homens em Clínicas de DST
Trabalhadores de indústria
São Paulo
Brasil
São Paulo
Brasil
São Paulo
Brasil
São Paulo
Brasil
n= 603
n=3.303
n= 471
n=2.274
n= 213
n=936
n= 348
n=2.814
%
%
%
%
%
%
%
%
40,0
43,3
Síndrome Corrimento uretral Corrimento vaginal
19,6
32,0
37,5
Corrimento cervical
2,8
10,9
2,4
40,2 4,2
Verrugas
1,8
5,7
22,3
21,5
26,8
36,8
Úlceras
2,0
5,4
7,4
8,6
24,9
16,6
Vesículas
0,8
1,3
3,2
5,2
11,7
6,2
DST Sífilis
2,3
2,6
2,8
3,4
4,8
3,3
3,4
1,9
Gonorréia
0,2
1,5
0,9
3,3
16,9
18,5
0,4
0,9
Clamídia
9,1
9,4
5,5
7,3
17,5
13,1
1,6
3,4
1,6
0,9
HIV
0,3
0,5
0,7
0,6
3,7
1,7
HBV**
1,3
0,9
0,7
0,7
2,2
1,6
HPV TOTAL***
35,2
40,4
36,3
44,7
27,2
32,6
HPV AR***
27,3
33,5
30,4
38,0
19,5
21,9
HPV MBR***
13,0
17,4
18,3
26,1
30,3
38,1
Fonte: Ministério da Saúde - Secretaria de Vigilância em Saúde - Programa Nacional DST/Aids * O número total não se aplica igualmente à todas as DST ** Prevalência de HBV estimada com base em resultados de teste para HBs Ag *** O cálculo do HPV total não é a soma de HPV AR (alto risco) e HPV MBR (médio e baixo risco), mas corresponde ao somatório das capturas híbridas positivas Exames não realizados
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 1- Gordis, Leon. Epidemiologia. Segunda Edição, Capítulo 18, Epidemiologia e Políticas Públicas. Editora Revinter, pag. 277-288, 2004. 2- Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Programa Nacional de DST e AIDS. Prevalências e freqüências relativas de Doenças Sexual-
Dezembro 2008
mente Transmissíveis (DST) em populações selecionadas de seis capitais brasileiras, 2005. 3- OMS/OPS. Infecciones de Transmisión Sexual: Marco de referencia para la prevención, atención y control de las ITS. Herramientas para su implementación. OPS, UNIDADE DE HIV/AIDS/DST. Grupo de Trabalho Técnico. DST – PAC. JUNHO DE 2004.
81
Boletim Epidemiológico
ANO XXV – Nº 1
CIRCUNCISÃO MASCULINA COMO MÉTODO DE PREVENÇÃO PARA HIV E DST: EFICÁCIA E FACTIBILIDADE Naila J. Seabra Santos Elvira Ventura Filipe
Introdução
Os três ensaios clínicos
Em 28/03/2007 a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS), após uma consulta internacional para discutir a circuncisão masculina como política de saúde, lançou o documento: “New data on male circumcision and HIV prevention: policy and programe implications” (Novos dados sobre circuncisão masculina e prevenção do HIV: implicações políticas e programáticas). Nele, as Organizações reconhecem que a circuncisão masculina pode ser uma intervenção eficaz para a prevenção do HIV em homens heterossexuais. Reconhecem também que promover a circuncisão masculina pode ser uma estratégia adicional importante para diminuir o risco de transmissão do HIV da mulher para o homem, e fazem recomendações sobre a sua aplicação como medida de saúde pública (WHO/ UNAIDS, 2007). No documento as Organizações afirmam que o impacto da circuncisão masculina será maior onde a transmissão heterossexual do HIV é predominante e referencia o estudo de Williams e colaboradores (2006) que demonstra que em 20 anos na África subsaariana, a aplicação da circuncisão masculina poderá prevenir 5,7 milhões de casos novos de HIV e três milhões de mortes.
O estudo realizado na África do Sul – The South África Orange Farm Intervention Trial - (Auvert et al., 2005) recrutou 3274 homens, de 18 a 24 anos de idade, não circuncidados. Eles foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos e acompanhados nos meses 3, 12 e 21 do estudo. A circuncisão foi oferecida para o grupo de intervenção logo após o sorteio e para o grupo controle ao fim do acompanhamento. No grupo de intervenção houve 20 infecções (taxa de incidência de 0,85) e no grupo controle 49 (taxa de incidência de 2,1), o que significou um risco relativo de 0,4 (IC 95%, p < 0,001). Este risco correspondeu a uma proteção de 60%. O estudo foi interrompido seguindo determinação do comitê de ética, quando os pesquisadores concluíram que havia forte evidência de proteção, com redução importante do risco de infecção pelo HIV nos homens que haviam sido circuncidados no início do estudo.
As recomendações apresentadas no documento da OMS/ UNAIDS foram baseadas em estudos epidemiológicos, mas principalmente nos resultados de três ensaios clínicos realizados na África do Sul (Auvert et al., 2005), Quênia (Bailey et al., 2007) e em Uganda (Gray et al., 2007). Desde os anos 1990 inúmeros estudos sobre a circuncisão masculina e fatores de risco para contrair doenças sexualmente transmissíveis (DST) e para a transmissão do HIV na população heterossexual têm sido realizados. Uma revisão dos estudos sobre circuncisão masculina publicada em 2001 (Bailey, Plummer, & Moses, 2001), mostrava a sua efetividade para reduzir a incidência de HIV, embora os autores apontassem que as limitações dos estudos epidemiológicos não permitissem recomendar a circuncisão como medida de prevenção ao HIV. Mais recentemente, uma revisão da Biblioteca Cochrane (Siegfried et al., 2007) sugeria que a circuncisão masculina era fator protetor contra a infecção pelo HIV em homens e que poderia contribuir para a prevenção do HIV. Como os estudos analisados eram observacionais suas limitações inerentes, não permitiam recomendar a circuncisão como medida de prevenção ao HIV. Os autores concluíram que a circuncisão masculina só poderia ser indicada como uma intervenção de saúde pública, após uma análise cuidadosa dos ensaios clínicos (descritos a seguir), que estavam sendo realizados, quando a revisão foi feita.
82
Já o estudo realizado em Rakai, Uganda (Gray et al., 2007) recrutou 4996 homens não circuncidados com idade entre 15 e 49 anos que foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos. Os homens do grupo de intervenção foram circuncidados imediatamente (n = 2474) e os do grupo controle após 24 meses do início do estudo (n = 2522). No grupo de intervenção, a incidência de HIV foi de 0,66 por 100 pessoas ano enquanto no grupo controle foi de 1,33 por 100 pessoas ano. A eficácia foi de 55% (IC 95% 22–75; p=0·002). O outro ensaio clínico foi realizado em Kisumu, Quênia (Bailey et al., 2007) e recrutou 2784 homens com idade entre 18 e 24 anos. No grupo de intervenção (n = 1391) os participantes foram circuncidados no início do estudo e no grupo controle (n = 1393) após 24 meses. A incidência de HIV após dois anos foi de 2,1% no grupo de intervenção (IC 95% 1,2-3,0) e de 4,2% no grupo controle (3,0-5,4) (p=0,0065). O risco relativo para adquirir HIV no grupo de intervenção foi de 0,47 (0,28-0,78), o que correspondeu a uma redução no risco de adquirir HIV de 53%. O estudo terminou antes do tempo previsto depois que a terceira análise interina foi revisada pelos comitês de monitoramento. Controvérsias sobre o término dos ensaios clínicos antes do tempo previsto devido aos aparentes benefícios encontrados Recentemente tem havido controvérsias e questionamentos a respeito da freqüência e do número de ensaios clínicos que terminam antes do tempo previsto devido aos benefícios encontrados pela intervenção ou tratamento avaliado (Montori et al., 2005; Mueller, Montori, Bassler, Koenig & Guyatt, 2007; Pocock, 2005). Uma revisão sistemática sobre a qualidade dos
Dezembro 2008
Boletim Epidemiológico
ANO XXV – Nº 1
ensaios clínicos terminados antes do previsto devido aos benefícios encontrados (Montori et al., 2005) indica que os resultados desses estudos devem ser considerados com cuidado e crítica. De 143 estudos identificados na revisão, a maioria deles (92) era de medicamentos financiados pela indústria em câncer, cardiologia e HIV. Os autores observaram que a proporção de ensaios clínicos que terminam antes tem aumentado significativamente: de 0,5% em 1990-1994 para 1,2% em 2000-2004.
e não circuncidados e presença de DST em um estudo realizado na Nova Zelândia (Dickson, van Roode, Herbison, & Paul, 2008). Homens nascidos em 1972 e 1973 foram entrevistados na idade adulta aos 18, 21, 26 e 32 anos. A porcentagem de homens que tiveram alguma DST foi praticamente a mesma: 23,4% para toda a coorte, 23,4% para os circuncidados e 23,5% para os não circuncidados. Também não houve diferenças entre os grupos para DST específicas.
Do ponto de vista metodológico a decisão de terminar os ensaios clínicos mais cedo também é controversa. Pocock (2005) recomenda que a decisão de terminar um ensaio clínico tenha um limite estatístico do resultado primário pré-definido e que esse limite seja rigoroso (por exemplo, evidência muito forte das diferenças do tratamento com um valor de p muito pequeno). Além disso, os benefícios dos estudos que terminam antes, frequentemente não se mantêm se avaliados por mais tempo e os efeitos do tratamento são geralmente superestimados (Montori et al., 2005). No caso dos ensaios clínicos sobre a circuncisão pode-se argumentar que não se sabe se os efeitos encontrados se manteriam caso os estudos continuassem por mais tempo.
Estudos realizados em outros países ocidentais como os Estados Unidos (Laumann, Masi, & Zuckerman, 1997), Grã Bretanha (Dave et al., 2003) e Austrália (Richters, Smith, de Visser, Grulich, & Rissel, 2006) para avaliar os efeitos da circuncisão e DST também não encontraram diferenças entre homens circuncidados e não circuncidados para adquirir DST.
Efeito Protetor da Circuncisão Masculina – Mecanismos biológicos Os mecanismos biológicos considerados responsáveis pelo efeito protetor da circuncisão nos homens parecem estar associados a dois fatores biológicos: a remoção das células de Langerhans do prepúcio e a queratinização da mucosa da glande do pênis (Quinn, 2007). Remoção das células de Langerhans: A face interna do prepúcio contém células de Langerhans, que são ricas em receptores do vírus. A circuncisão removeria o local de entrada do HIV (Quinn, 2007). No entanto, de acordo com Cold & Taylor (1999) a circuncisão não remove totalmente essas células e mesmo após o procedimento há células de Langerhans na haste peniana. Queratinização: a circuncisão leva a um aumento da queratinização da mucosa da glande, cobrindo toda a superfície do pênis. Como a glande se torna mais seca e dura, diminui o atrito e fornece uma barreira protetora contra a infecção pelo HIV (Quinn, 2007). Há ainda um terceiro mecanismo indireto considerado protetor. A circuncisão diminui o risco de úlcera genital, que está associada com aumento do risco de infecção e transmissão do HIV (Weiss, Thomas, Munabi, & Hayes, 2006), portanto a circuncisão diminuiria o risco do HIV. Circuncisão e Doenças Sexualmente Transmissíveis Os estudos sobre a associação da circuncisão com as DST são contraditórios. Uma revisão bibliográfica publicada em 1999 (van Howe, 1999) concluiu que não havia evidências epidemiológicas que indicassem que a circuncisão protegia contra as DST. Já a revisão de Weiss et al. (2006) mostra que os homens circuncidados apresentavam menos risco para úlcera genital e sífilis, mas não para herpes simples. Por outro lado, não foram encontradas diferenças entre homens circuncidados
Dezembro 2008
Circuncisão e prevenção de DST/HIV nas mulheres Um número menor de estudos discute o efeito da circuncisão masculina como forma de prevenção para as mulheres. Em um estudo realizado em Uganda e no Zimbábue (Turner et al., 2007) não foi encontrada associação entre o risco de HIV em mulheres e a circuncisão de seus parceiros principais. As análises não ajustadas indicaram que as mulheres com parceiros circuncidados tinham menos risco para HIV do que aquelas com parceiros não circuncidados. No entanto, o efeito protetor desapareceu nas análises ajustadas para outros fatores de risco. Já um estudo caso-controle no Quênia indicou que as mulheres que tinham parceiros não circuncidados tinham o risco para HIV aumentado em três vezes (Hunter, Maggwa, Mati, Tukei, & Mbugua, 1994). A análise de uma série de estudos caso-controle sobre os efeitos da circuncisão e infecção por HPV em homens e o risco de câncer cervical das suas parceiras indicou que a circuncisão pode ter um efeito protetor (Castellsagué et al., 2002). O HPV foi detectado em 19,6% dos homens não circuncidados e em 5,5% dos circuncidados (p<0,001). Estes tiveram menos probabilidade de ter infecção por HPV. As mulheres monogâmicas de parceiros circuncidados que tiveram seis ou mais parceiras apresentaram menos risco de câncer do que as mulheres que tinham parceiros não circuncidados. Esse mesmo estudo também avaliou a associação entre infecção por Clamidia trachomatis nas mulheres e a circuncisão de seus parceiros (Castellsague et al., 2005). Mulheres com parceiros circuncidados tiveram 5,6 vezes menos risco (OR 0,18, IC 95% 0,05-0,58, p=0,004) de soropositividade para Clamidia trachomatis. Circuncisão e homens que fazem sexo com homens Os dados de estudos sobre os efeitos da circuncisão em homens que fazem sexo com homens (HSH) apresentam resultados conflitantes. Um estudo transversal (Kreiss & Hopkins, 1993) realizado com 502 homossexuais nos Estudos Unidos, dos quais 85% eram circuncidados, mostrou que os não circuncidados apresentavam um risco duas vezes maior de adquirir o HIV. Um estudo de coorte australiano recrutou 1427 homossexuais entre 2001 e 2004 (Templeton et al., 2007). Em 2006
83
Boletim Epidemiológico houve 49 soroconversões para HIV, uma taxa de incidência de 0,80 por 100 pessoas ano, mas não houve associação entre ser circuncidado e a soroconversão. Entre os homens que relataram não ter praticado sexo anal insertivo houve nove soroconversões, uma taxa de incidência de 0,35 por 100 pessoas ano A análise deste grupo também não mostrou associação entre circuncisão e soroconversão para HIV (RR 0-99, IC 95% 0,25-3,96). Em um estudo para verificar a factibilidade de realizar um ensaio clínico sobre circuncisão no Peru e no Equador 2048 homossexuais foram recrutados (Guanira et al., 2007). A taxa de circuncisão foi de 3,7% e não foram encontradas diferenças entre a taxa de circuncisão e soropositividade para HIV e sífilis. Recentemente, uma meta-análise dos estudos sobre a associação entre circuncisão masculina e risco para HIV e DST em HSH (Millett, Flores, Marks, Reed, & Herbst, 2008) concluiu que há necessidade de mais pesquisas. A chance de ser HIV positivo entre os HSH circuncidados foi menor do que entre os não circuncidados, mas a diferença não foi estatisticamente significativa (OR 0,86, IC 95% 0,65-1,13). Similarmente, entre os HSH que tinham o sexo anal insertivo como prática sexual principal, a circuncisão teve um efeito protetor para o HIV, que não foi estatisticamente significativa (OR 0,47, IC 95% 0,32-0,68). A circuncisão só mostrou associação estatisticamente significativa com proteção para o HIV nos estudos realizados antes da introdução da terapia anti-retroviral. E, com relação a outras DST não houve associação com a circuncisão. Aceitação da circuncisão masculina Os estudos sobre a aceitabilidade da circuncisão indicam uma grande variação no grau de aceitação. Uma revisão da literatura sobre a aceitação da circuncisão masculina na África subsaariana (Westercamp & Bailey, 2007) mostrou que entre homens não circuncidados a aceitação variou de 29 a 87% com média de 65%. Entre as mulheres que eram favoráveis a circuncisão de seus parceiros a média foi de 69% com variação de 47 a 79%. Scott, Weiss & Viljoen (2005) em estudo realizado na África do Sul encontraram que 56% dos homens aceitavam a circuncisão e 68% das mulheres disseram que preferiam que seus parceiros fossem circuncidados. Os motivos para a aceitação da circuncisão pelos homens incluem: crenças sobre a sua influência no prazer sexual próprio ou no da parceira (Mattson, Bailey, Muga, Poulussen & Onyango, 2005; Ngalande, Levy, Kapondo, & Bailey, 2006; Scott et al., 2005) e proteção contra câncer genital, DST, HIV/Aids (Lagarde, Dirk, Puren, Reathe, & Auvert, 2003; Mattson et al., 2005; Ngalande et al., 2006; Soori et al., 2001). Outros fatores como: maior nível educacional (Scott et al., 2005; Soori et al., 2001), ser solteiro (Scott et al., 2005), ser jovem (Soori et al., 2001), e a higiene genital (Ngalande et al., 2006; Soori et al., 2001) também parecem influenciar a aceitação da circuncisão. Já os fatores que dificultam a aceitação da circuncisão incluem: medo de infecção (Ngalande et al., 2006), dor (Mattson et al., 2005; Ngalande et al., 2006; Scott et al., 2005), sangramento (Ngalande et al., 2006), custo do procedimento (Mattson et al., 2005; Ngalande et al., 2006) e medo da morte (Scott et al., 2005).
84
ANO XXV – Nº 1
Efeitos adversos e a segurança da aplicação da circuncisão masculina Em função dos resultados aparentemente benéficos e promissores dos estudos realizados, a circuncisão masculina já vem sendo introduzida em determinadas populações em alguns países da África subsaariana. Isso gera preocupação com a segurança da sua aplicação em um grande número de homens adultos nessa região (Bailey, Egesah, & Rosenberg, 2008). Os dados existentes sugerem que a circuncisão realizada em recém nascidos ou na infância em condições adequadas acarreta poucos efeitos adversos (Bailey et al., 2008). Contrariamente, quando realizada sem segurança pode levar a eventos adversos como: hemorragias, infecção no ferimento, inchaço e retenção de urina (Krieger et al., 2005; Bailey et al., 2008). Uma revisão dos estudos sobre a prevalência de complicações decorrentes da circuncisão masculina na África subsaariana (Muula, Prozesky, Mataya, & Ikechebelu, 2007) aponta que há necessidade de mais investigação sobre o assunto, uma vez que alguns dos estudos analisados apresentam incidências significativas de efeitos adversos. Na Nigéria, um estudo que acompanhou 370 crianças por três meses com exame físico e entrevistas com as mães, mostrou que 65 crianças haviam apresentado complicações decorrentes da circuncisão, tais como perda excessiva do prepúcio (Okeke, Asinobi, & Ikuerowo, 2005). Um estudo realizado em Bungoma no Quênia, uma região onde a circuncisão é universalmente praticada avaliou a segurança da circuncisão realizada de maneira tradicional (isto é realizada por um “especialista”, na comunidade ou em casa, sem instrumentos apropriados e assepsia adequada) e por método clínico, (ou seja, realizada em uma clínica médica e por cirurgiões) (Bailey et al., 2008). Foram entrevistados 1007 jovens com idade entre 5 e 21 anos no período entre 30 e 89 dias após a circuncisão. Aqueles que foram circuncidados por método tradicional tiveram 2,53 vezes mais chance de apresentar eventos adversos do que aqueles que foram circuncidados por procedimento clínico. De 443 jovens circuncidados tradicionalmente 156 (35,2%) apresentaram eventos adversos comparado com 99 de 559 (17,7%) circuncidados clinicamente. Os efeitos adversos mais comuns foram sangramento e infecção, mas também houve dor excessiva e lacerações na glande, no escroto e nas coxas. Em 24% dos casos realizados por método tradicional e em 19% dos casos realizados clinicamente o ferimento não havia cicatrizado após 60 dias da operação, período muito longo principalmente em se tratando de jovens ativos sexualmente. Contestações sobre a aplicação da circuncisão masculina como intervenção em saúde pública A criação de programas de prevenção incentivando a circuncisão como medida de saúde pública para a prevenção da transmissão heterossexual do HIV na África subsaariana tem sido contestada devido a aspectos sociais e culturais.
Dezembro 2008
Boletim Epidemiológico
ANO XXV – Nº 1
As dimensões e os significados da circuncisão masculina
Conclusões
As dimensões e significados culturais, religiosos, éticos, de direitos humanos e biomédicos da circuncisão masculina devem ser levados em consideração ao apresentá-la como intervenção para diminuir a transmissão do HIV (Dowsett & Couch, 2007; Niang & Boiro, 2007). Niang & Boiro (2007) afirmam que na África a ênfase no enfoque unicamente biológico da circuncisão masculina pode levar a crença de que ela é a solução mágica para prevenir a infecção pelo HIV o que é um engano e que pode levar a práticas sexuais de risco.
Os resultados atuais dos estudos sobre a circuncisão masculina mostram que ainda há necessidade de mais pesquisas para avaliar o impacto real que ela terá na epidemia de aids. Entretanto, algumas conclusões podem ser extraídas dos dados da literatura:
As questões de gênero – benefícios para as mulheres As evidências até o momento apontam que a circuncisão masculina é benéfica apenas no caso da transmissão do HIV de mulher para homem e somente por meio de intercurso vaginal. Assim, para que a circuncisão se torne uma medida de prevenção efetiva para as mulheres em termos populacionais, será necessário que a maioria dos homens de uma determinada população com alta prevalência de HIV seja circuncidada (Berer, 2007). A autora afirma ainda que para criar programas de prevenção que beneficiem as mulheres é preciso conhecer as características dos homens que procurarão realizar a circuncisão. E faz uma série de questionamentos para mostrar que no caso da promoção da circuncisão masculina, as mulheres dificilmente terão condições de conversar sobre o tema com seus parceiros (conforme indicado no documento da OMS/ UNAIDS) principalmente na África subsaariana. Um homem que não usa preservativos para sua proteção e a de sua(s) parceira(s) ou que não tem qualquer prática de sexo seguro concordará em ser circuncidado? E se concordar, será por qual motivo? Se as mulheres ainda têm dificuldade de negociar o uso de preservativos, como os programas de circuncisão masculina as ajudarão? (Berer, 2007). Variáveis de confusão Os efeitos protetores da circuncisão podem ser confundidos por variáveis comportamentais e culturais. Gray e co-autores (2000) afirmam que no ensaio clínico de Rakai a afiliação religiosa foi o maior determinante para ser circuncidado, o que criou problemas para a análise dos dados. Os homens circuncidados eram predominantemente mulçumanos (80,8%) e os homens mulçumanos eram circuncidados (99,1%). Ainda no mesmo estudo, o uso de álcool foi significantemente menos comum entre os circuncidados, o que é consistente com a predominância de mulçumanos entre os circuncidados. Os mulçumanos também se abstêm de álcool, variável esta que é associada a comportamentos de risco. Prevalência do HIV Uma limitação da avaliação da efetividade da circuncisão como medida de saúde pública está relacionada à prevalência do HIV. A circuncisão masculina só seria efetiva em regiões onde houvesse alta prevalência de HIV e com transmissão predominantemente heterossexual (Sullivan et al., 2007; WHO/UNAIDS, 2007). Um estudo de Drain, Halperin, Hughes, Klausner, & Bailey (2006) avaliou a relação entre a prevalência de circuncisão e DST usando dados de 118 países. A circuncisão foi associada com menor prevalência de HIV em países com transmissão do HIV principalmente por via sexual, mas não em países com transmissão do HIV primariamente por uso de drogas injetáveis.
Dezembro 2008
1. O documento da OMS/UNAIDS (2007) recomenda a circuncisão masculina somente em regiões onde a prevalência de HIV é alta entre os homens heterossexuais e apenas como medida adicional de prevenção. 2. A circuncisão masculina diminuiu o risco de infecção pelo HIV para os homens circuncidados, assim como diminui a ocorrência de úlceras genitais, que seria um fator de proteção indireto para a infecção pelo HIV. Mas esta diminuição não confere 100% de segurança. 3. Não há evidências de que a circuncisão masculina oferece proteção para as mulheres. 4. Nos países com transmissão predominantemente heterossexual do HIV, seriam necessários 10 a 20 anos de acompanhamento para que os resultados da circuncisão em massa fossem observados. 5. Várias questões sociais e culturais devem ser consideradas antes que a aplicação da circuncisão seja implantada como medida de saúde pública. 6. A apresentação da circuncisão masculina como meio de prevenção pode confundir a população e levá-la a desconsiderar a necessidade do uso de preservativos. 7. Finalmente é importante ressaltar que os programas de DST e aids devem apresentar a circuncisão masculina de maneira criteriosa e clara. Devem enfatizar que é uma intervenção importante para reduzir o risco de infecção pelo HIV no homem e por meio de intercurso vaginal. Não pode ser apresentada como uma intervenção que reduz o risco de transmissão heterossexual. Além disso, é importante enfatizar que ela não exclui os outros meios de prevenção e que o uso de preservativos ainda é o meio mais eficaz para reduzir o risco de infecção pelo HIV e outras DST.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Auvert, B., Taljaard, D., Lagarde, E., Sobngwi-Tambekou, J.I., Sitta, R., & Puren, A. (2005). Randomized, controlled intervention trial of male circumcision for reduction of HIV infection risk: The ANRS 1265 trial. PLoS Medicine, 2(11), e298. doi: 10.1371/journal.pmed.0020298 Bailey, R.C., Plummer, F.A., & Stephen Moses, S. (2001). Male circumcision and HIV prevention: current knowledge and future research directions. Lancet Infectious Diseases, 1, 223-231. Bailey, R.C., Moses, S., Parker, C.B., Agot, K., Maclean, I., Krieger, J.N. William, C.F.M., Campbell, R.T., & Ndinya-Achola, J.O. (2007). Male circumcision for HIV prevention in young men in Kisumu, Kenya: a randomised controlled trial. The Lancet, 369, 643-656. doi:10.1016/S0140-6736(07)60312-2 Bailey, R.C., Egesah, O., & Rosenberg, S. (2008). Male circumcision for HIV prevention: a prospective study of complications in clinical and traditional settings in Bungoma, Kenya. Bulletin of the World Health Organization, 86 (9), 669-677. doi:10.2471/BLT.08.051482 Berer, M. (2007). Male circumcision for HIV prevention: perspectives on gender and sexuality. Reproductive Health Matters, 15(29), 45-48.
85
Boletim Epidemiológico Castellsagué, X., Bosch, F.X., Muñoz, N., Meijer, J.L.M., Shah, K.V., De Sanjosé, S., Eluf-Neto, J., Ngelangel, C.A., Chichareon, S. Smith, J.S., Herrero, R., & Franceschi, S. (2002). Male circumcision, penile human papillomavirus infection, and cervical cancer in female partners. The New England Journal of Medicine, 346(15), 1105-1112. Castellsague X., Peeling R.W., Franceschi S., de Sanjose, S., Smith, J.S., Albero,G., Díaz, M., Herrero, R., Munõz, N., F., & Bosch, F.X. para o IARC Multicenter Cervical Cancer Study Group. (2005). Chlamydia trachomatis infection in female partners of circumcised and uncircumcised adult men. American Journal of Epidemiology, 162(9), 907–916. doi: 10.1093/aje/kwi284
ANO XXV – Nº 1
Early for benefit a systematic review. JAMA, 294(17), 2203-2209. doi:10.1001/ jama.294.17.2203 Mueller, P.S., Montori, V.M., Bassler, D., Koenig B.A., & Guyatt, G.H. (2007). Ethical issues in stopping randomized trials early because of apparent benefit. Annals of Internal Medicine,146, 878-881. Muula, A.S., Prozesky, H.W., Mataya, R.H., & Ikechebelu, J.I. (2007). Prevalence of complications of male circumcision in Anglophone Africa: a systematic review. BMC Urology, 7, 4. doi:10.1186/1471-2490-7-4
Cold, C.J., & Taylor, J.R. (1999). The prepuce. British Journal of Urology, 83(Suppl. 1), 34-44.
Ngalande, R.C., Levy, J., Kapondo, C.P.N., & Bailey, R.C. (2006). Acceptability of male circumcision for prevention of HIV infection in Malawi. AIDS and Behavior, 10(4), 377-385. doi: 10.1007/s10461-006-9076-8
Dave, S.S., Johnson, A.M., Fenton, K.A., Mercer, C.H., Erens, B., & Wellings, K. (2003). Male circumcision in Britain: findings from a national probability sample survey. Sexually Transmitted Infections, 79, 499-500.
Niang, C.I., & Boiro, H. (2007) “You can cut my finger!”: Social construction of male circumcision in West Africa, a case study of Senegal and Guinea-Bissau. Reproductive Health Matters, 15(29), 22-32.
Dickson, N.P., van Roode, T., Herbison, P., & Paul, C. (2008). Circumcision and risk of sexually transmitted infections in a birth cohort. Journal of Pediatrics, 152(3), 383-387. doi:10.1016/j.jpeds.2007.07.044
Okeke, L.I., Asinobi, A.A., & Ikuerowo O.S. (2006). Epidemiology of complications of male circumcision in Ibadan, Nigeria. BMC Urology, 6 (21). doi: 10.1186/1471-2490-6-21
Dowsett, G.W., & Couch M. (2007). Male circumcision and HIV prevention: Is there really enough of the right kind of evidence? Reproductive Health Matters, 15(29), 33-44.
Pocock, S.J. (2005). When (not) to stop a clinical trial for benefit. JAMA, 294(17), 2228-2230. doi:10.1001/jama.294.17.2228
Drain, P.K., Halperin, D.T., Hughes, J.P., Klausner, J.D., & Bailey, R.C. (2006). Male circumcision, religion, and infectious diseases: an ecologic analysis of 118 developing countries. BMC Infectious Diseases, 6,172. doi:10.1186/1471-2334-6-172 Gray, R.H., Kiwanuka, N., Quinn, T.C., Sewankambo, N.K., Serwadda, D., Mangen, F., Lutalo,T., Nalugoda, F., Kelly, R., Meehanf, M., Chena, M.Z., Li, C., & Wawer, M.J. para o Rakai Project Team. (2000). Male circumcision and HIV acquisition and transmission: cohort studies in Rakai, Uganda. AIDS, 14(25), 2371-2381. Gray, R.H., Kigozi, G., Serwadda, D., Makumbi, F., Watya, S., Nalugoda, F., Kiwanuka, N., Moulton,L.H., Chaudhary, M.A., Chen, M.Z., Sewankambo, N.K., Wabwire-Mangen, F., Bacon, M.C., Williams, C.F.M., Opendi, P., Reynolds, S.J., Laeyendecker, O., Quinn, T.C. & Wawer, M.J. (2007). Male circumcision for HIV prevention in men in Rakai, Uganda: a randomised trial. The Lancet, 369, 657-666. Guanira, J., Lama, J.R., Goicochea, P., Segura, P., Montoya, O., & Sanchez, J. How willing are gay men to “cut off” the epidemic? Circumcision among MSM in the Andean region. (2007). In 4th International AIDS Society Conference on HIV Pathogenesis, Treatment and Prevention. Acessado em 24 de setembro de 2008 de http://www.ias 2007.org. Hunter, D.J., Maggwa, B.N., Mati, J.K.G., Tukei, P.M., & Mbugua, S. (1994). Sexual behavior, sexually transmitted diseases, male circumcision and risk of HIV infection among women in Nairobi, Kenya. AIDS, 8(1), 93-100.
Quinn, T.C. (2007). Circumcision and HIV transmission. Current Opinion in Infectious Diseases, 20, 33-38. Richters, J., Anthony M A Smith, A.M.A., de Visser, R. O., Andrew E Grulich, A.E., Risse, C.E. (2006). Circumcision in Australia: prevalence and effects on sexual health. International Journal of STD and AIDS, 17, 547–554. Scott, B.E., Weiss, H.A., & Viljoen, J.I. (2005). The acceptability of male circumcision as an HIV intervention among a rural Zulu population, KwaZulu- Natal, South Africa. AIDS Care, 17(3), 304-313. Siegfried, N., Muller, M., Volmink, J., Deeks, J., Egger, M., Low, N., Weiss, H., Walker, S., & Williamson, P. (2007). Male circumcision for prevention of heterosexual acquisition of HIV in men (Cochrane Review). In: The Cochrane Library 2007, Issue 1, Oxford: Update Software. Soori, N., Washija, R., Urassa, M., &. Boerma, J.T. (2001). Dynamics of male circumcision practices in Northwest Tanzania. Sexually Transmitted Diseases, 28(4), 214-218. Sullivan, P.S., Kilmarx, P.H., Peterman, T.A., Taylor, A.W., Nakashima, A.K., Kamb, M.L., Warner, L., & Mastro, T.D. (2007). Male circumcision for prevention of HIV transmission: What the new data mean for HIV prevention in the United States. PlosMedicine, 4(7), e223. doi:10.1371/journal.pmed.0040223
Kreiss, J.K., & Hopkins, S.G. (1993).The association between circumcision status and human immunodeficiency virus infection among homosexual men. The Journal of Infectious Diseases, 168(6), 1404-1408.
Templeton, D.J., Jin F., Prestage, G.P., Donovan, B., Imrie, J., Kippax, S.C., Kaldor, J.M., & Grulich, A.E. (2007). Circumcision status and risk of HIV seroconversion in the HIM cohort of homosexual men in Sydney. In 4th International AIDS Society Conference on HIV Pathogenesis, Treatment and Prevention. Acesso em 24 de setembro de 2008 de http://www.ias2007.org.
Krieger, J.N., Bailey, R.C., Opeya, J., Ayieko, B., Opiyo, F., Agot, K., Parker, C., Ndinya-Achola, J.O., Magoha, G.A., & Moses, S. (2005). Adult male circumcision: results of a standardized procedure in Kisumu district, Kenya. BJU International, 96, 1109-1113. doi:10.1111/j.1464-410X.2005.05810.x
Turner, A. N., Morrison, C.S., Padian, N.S., Kaufman, J.S., Salata, R.A., Chipato,T., Mmiro, F.A., Mugerwa, R.D., Behets, F.M., & Miller, W.C. (2007). Men’s circumcision status and women’s risk of HIV acquisition in Zimbabwe and Uganda. AIDS, 21, 1779-1789.
Lagarde, E., Dirk, T., Puren,A., Reathe, R-T., & Auvert, A. (2003). Acceptability of male circumcision as a tool for preventing HIV infection in a highly infected community in South Africa. AIDS, 17(1), 89–95.
van Howe, R.S. (1999). Does circumcision influence sexually transmitted diseases? A literature review. BJU International, 83(Suppl. 1), 52-62.
Laumann, E.O, Mais, C.M., & Zucherman, E.W. (1997). Circumcision in the United States. Prevalence, prophylactic effects, and sexual practice. JAMA, 277 (13), 1052-1057.
Weiss, H.A., Thomas, S.L., Munabi, S.K., & Hayes, R.J. (2006). Male circumcision and risk of syphilis, chancroid, and genital herpes: a systematic review and meta-analysis. Sexually Transmitted Infections, 82,101-110. doi:10.1136/sti.2005.017442
Mattson, C.L., Bailey, R.C., Muga, R., Poulussen, R., & Onyango, T. (2005). Acceptability of male circumcision and predictors of circumcision preference among men and women in Nyanza Province Kenya. AIDS Care, 17(2), 182-194.
Westercamp, N., & Bailey, R.C. (2007). Acceptability of male circumcision for prevention of HIV/AIDS in Sub-Saharan Africa: A review. AIDS and Behavior, 11, 341-355 doi: 10.1007/s10461-006-9169-4
Millett, G.A., Flores, S.A., Gary, Mark, Reed, J.B., & Herbst, J.H. (2008). Circumcision status and risk of HIV and sexually transmitted infections among men who have sex with men: a meta-analysis. JAMA, 300(14), 1674-1684. doi: 10.1001/ jama.300.14.1674
Williams, B.G., Lloyd-Smith, J.O., Gouws, E., Hankins, C., Getz, W.M., Hargrove, J., de Zoysa, I., Dye, C., & Auvert, B. (2006). The potential impact of male circumcision on HIV in Sub-Saharan Africa. PLoS Medicine, 3(3), e262. doi: 10.1371/ journal.pmed.0030262
Montori, V.M., Devereaux, P.J., Adhikari, N.K.J., Burns, K.E.A., Eggert, C.H., Briel, M., Lacchetti, C., Leung, T.W., Darling, E., Bryant, D.M., Bucher, H.C., Schünemann, H.J., Meade, M.O., Cook, D.J., Erwin, P.J., Sood, A., Sood, R., Lo, B., Thompson, C.A., Zhou, Q., Mills, E., & Guyatt, G.H. (2005). Randomized trials stopped
WHO/UNAIDS Technical Consultation Male Circumcision and HIV Prevention: Research Implications for Policy and Programming (2007). New data on male circumcision and HIV prevention: policy and programme implications. www.who. int/hiv/mediacentre/MCrecommendations_en.pdf
86
Dezembro 2008
Boletim Epidemiológico
ANO XXV – Nº 1
A REDE DE CENTROS DE TESTAGEM E ACONSELHAMENTO (CTA) DO ESTADO DE SÃO PAULO: DISTRIBUIÇÃO, POPULAÇÃO ATENDIDA E FATORES RELACIONADOS AO ACESSO AO DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO Karina Wolffenbuttel1; Alexandre Grangeiro2,Maria Mercedes Escuder3, Dulce Ferraz2,4 , Ligia Rivero Pupo3, Paulo Nico Monteiro3 1 CRT DST/AIDS SP Faculdade de Medicina da USP 3 Instituto de Saúde de São Paulo 4 Programa Nacional de DST e Aids 2
A
s principais causas de morte por aids em São Paulo e no resto do mundo estão relacionadas ao acesso tardio ao diagnóstico do HIV (Fisher, 2008), à ocorrência de falha terapêutica, à não adesão ao tratamento, ao surgimento de resistência do HIV aos medicamentos em uso e à toxicidade dos medicamentos ARV. Todas essas situações provocam o desenvolvimento da doença e a ocorrência de infecções oportunistas graves e, muitas vezes, fatais (Hacker; et al, 2007). De acordo com o relatório que avaliou a resposta brasileira à epidemia de aids, segundo as metas definidas pela Sessão Especial da Assembléia das Nações Unidas para o HIV/Aids (UNGASS), apenas 58% dos portadores de HIV que estavam em seguimento no Brasil entre 2003 e 2006 havia iniciado o tratamento oportunamente, sem apresentar sintomas ou comprometimento grave do sistema imunológico (contagem de células T-CD4 acima de 200 mm3) (Ministério da Saúde, 2008). Em resposta a essa situação, o Programa Estadual de DST/Aids de São Paulo intensificou seus esforços para ampliar o acesso da população ao teste anti-HIV e melhorar a qualidade do cuidado oferecido nos serviços de saúde, priorizando populações com maior vulnerabilidade para a infecção e o desenvolvimento de aids. Nesse sentido, o Programa elaborou um plano específico de enfrentamento do problema, que foi discutido nas várias instâncias de gestão e aprovado pela Comissão Intergestora Bipartite (CIB) em 15 de maio de 2008. Os objetivos do plano são: diminuir o tempo de entrega do resultado do teste anti-HIV aos usuários; garantir que as pessoas soropositivas para o HIV acessem oportunamente os serviços de referência; incluir a testagem nas estratégias prioritárias de prevenção; ampliar a testagem para HIV na rotina de serviços prestados na rede pública de saúde; informar gestores da saúde pública no estado sobre a importância do diagnóstico precoce; viabilizar a ampliação dos insumos para realização do teste HIV; elaborar uma proposta estadual de educação permanente em aconselhamento; ampliar a abrangência das ações de estímulo à testagem em parceria com a sociedade civil organizada. Na implementação do plano terão papel estratégico os serviços de saúde que ofertam o diagnóstico do HIV e que desenvolvem ações de prevenção, com ênfase para a rede de Centros
Dezembro 2008
de Testagem e Aconselhamento do estado. Esses serviços têm como missão “promover a eqüidade de acesso ao aconselhamento, ao diagnóstico do HIV, hepatites B e C e sífilis e à prevenção dessas e das demais DST, favorecendo segmentos populacionais em situação de maior vulnerabilidade, com respeito aos direitos humanos, à voluntariedade e à integralidade da atenção, sem restrições territoriais”(Ministério da Saúde, 2007). Sendo assim, a rede de CTA no estado deve contribuir para a ampliação do acesso precoce ao teste anti-HIV, principalmente entre as populações que enfrentam maior dificuldade de acesso aos serviços de saúde. O presente artigo tem por finalidade apresentar as principais características da rede de CTA do estado quanto à distribuição, população atendida e acesso ao diagnóstico de HIV, sífilis e hepatites B e C, discutindo os desafios que esses serviços terão para ampliar o acesso ao diagnóstico e às ações de prevenção. Os dados são provenientes do “Diagnóstico Situacional dos CTA do Brasil”, elaborado por solicitação do Programa Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde. A pesquisa foi conduzida pelo Instituto de Saúde, em parceria com o CRT DST/AIDS SP, a Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e a Faculdade de Medicina da USP (Grangeiro; et al, 2008) A pesquisa teve por objetivo realizar o diagnóstico situacional dos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) existentes no Brasil, caracterizando-os em relação a: cobertura das ações; aspectos estruturais, organizacionais e operacionais; características da população atendida, os tipos de serviço ofertados; articulação com a rede pública de saúde e com organizações da sociedade civil; e tipos de aconselhamento oferecidos. Com isso, buscou identificar quantos são, onde estão, como se organizam e qual a contribuição desses serviços na promoção do acesso universal ao diagnóstico da infecção pelo HIV e outras DST e às ações de prevenção. O delineamento foi um estudo do tipo transversal, abrangendo as 27 Unidades da Federação e realizado entre agosto de 2006 e janeiro de 2007. A coleta de dados foi efetuada por meio de questionário auto-aplicado, enviado pelo correio e preenchido pelos responsáveis pelos serviços· Os resultados dessa pesquisa contribuíram para a revisão das diretrizes dos CTA que foram discutidas, em âmbito nacional,
87
Boletim Epidemiológico em setembro de 2007, em seminário organizado pelo Programa Nacional de DST e Aids e, em âmbito estadual, em dezembro de 2007, em seminário realizado pela CE DST/AIDS de São Paulo em parceria com o Instituto de Saúde. (Grangeiro; et al, 2007) Este último evento, realizado em São Paulo, teve por objetivos: •
Socializar os achados produzidos no diagnóstico situacional dos CTA, com enfoque no estado de São Paulo;
•
Apresentar a posição do Programa Nacional DST/Aids quanto à missão, objetivos, populações prioritárias e princípios de atuação dos CTA;
•
Apresentar a visão da Coordenação Estadual DST/ Aids sobre o papel do CTA, a inserção destes serviços na rede de saúde e suas atividades estratégicas nas áreas de prevenção, assistência, vigilância e diagnóstico das DST e Hepatites Virais;
•
Aprofundar o diagnóstico e identificar, a partir dos achados da pesquisa, das propostas do PN DST/ Aids, da CE DST/Aids SP e do Programa Estadual de Hepatites Virais, bem como da visão dos profissionais, gestores e membros da sociedade civil, os principais desafios a serem enfrentados para o fortalecimento das ações dos CTA.
Características da rede, clientela e acesso ao diagnóstico dos CTA do estado de São Paulo. Os Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) foram implantados no país a partir de 1988 e, no estado de São Paulo, a partir de 1989, com o objetivo de agilizar e ampliar o acesso ao diagnóstico do HIV. Até dezembro de 2006 foram implantados no estado 79 CTA, dos quais 69 responderam ao questionário. Esses serviços representam uma cobertura de 57,3% da população do estado e 68,0% dos casos de aids. A população geral constitui a principal clientela atendida em 88,4% dos CTA. Quando os dados são analisados considerando as três principais clientelas atendidas, as populações vulneráveis são referidas por 78,3% (tabela 1), sendo que profissionais do sexo e homens que fazem sexo com homens (HSH) foram os mais referidos (46,4%), em contraposição aos usuários de drogas, que aparecem entre a clientela principal de apenas 15,9% dos serviços (Gráfico1). Ao selecionarmos os municípios com proporções de casos de aids entre HSH e UD acima da média regional, observamos que apenas 51,4% dos CTA atendem prioritariamente a população HSH e 45,9% UD; mostrando incompatibilidade entre o perfil epidemiológico dos casos de aids do município e a clientela atendida no CTA (Gráfico 2). Em 92,8% dos CTA a origem da clientela atendida é constituída principalmente por demanda espontânea. As proporções de usuários que são referenciados por projetos de prevenção e por bancos de sangue são relativamente baixas, sendo de 43,5%
88
ANO XXV – Nº 1
e 21,7%, respectivamente (Tabela 1). Quanto ao volume de testes realizados, apenas 6,2% dos serviços realizam 15 ou mais testes/dia e uma proporção expressiva (49,2%) realiza até 5 teste/dia (Tabela 1). Em contrapartida ao baixo número de exames realizados pelos serviços, a maioria (82,3%) possui proporções de soropositividade acima da observada para a população geral, isto é, acima de 1%.(Tabela 1). A maioria dos CTA possui o elenco mínimo de testes disponíveis recomendados, que são: a triagem sorológica e o confirmatório para HIV, VDRL para triagem de sífilis e os marcadores sorológicos Anti-HBc e HBs-Ag para hepatite B e anti-HCV para hepatite C. No entanto, menos da metade dos CTA entregam o resultado positivo para HIV em até 15 dias (43,5%) (tabela 2). Principalmente nos CTA do interior do estado, ter acesso ao resultado de HIV positivo leva mais de 15 dias em 77,4% dos serviços (Gráfico 3). Quanto ao retorno dos usuários para retirada de resultados dos exames, apenas 25,5% dos CTA apresentam taxas de menos 90% de retorno, não havendo variação significativa entre os serviços do interior e da Grande São Paulo. A maioria dos CTA (52,9%) tem taxa de retorno entre 76% a 90%. (Tabela 2) Quanto ao horário de atendimento, apenas 29% dos CTA atendem em horário estendido, que inclui fim de semana ou após as 18h00. Esta característica aparentemente está associada ao grande número de CTA que funcionam inseridos em outros equipamentos de saúde, que possuem horários mais restritos de atendimento. Importante ressaltar que apenas 23,2% dos CTA, não estão inseridos em outra unidade de saúde (Tabela 2). Ao relacionarmos o período de atendimento com a população atendida, o desenvolvimento de atividades extramuros e o volume de testes realizados (porte do serviço), é possível observarmos que aqueles CTA que funcionam em regime parcial, ou seja, em até 7 períodos semanais, são os que menos realizam atividades extramuros e os que menos referem atender populações vulneráveis em seus serviços (Gráfico 4). Estratégias para ampliação do diagnóstico A rede de CTA do estado vem crescendo em consonância com a diretriz programática que recomenda que todo os 145 municípios prioritários para controle da epidemia de aids no estado de São Paulo conte com pelo menos um destes serviços, com o objetivo de fortalecer e ampliar o acesso de populações mais vulneráveis à testagem, aos insumos e ações de prevenção às DST/HIV/AIDS e hepatites virais . Até outubro de 2008 foram cadastrados junto ao Programa Estadual de DST/Aids de São Paulo 97 CTA inseridos em 60 municípios. Todos pertencem ao grupo de municípios prioritários para o controle da aids no estado, ou seja: recebem verba específica para o desenvolvimento de ações programáticas, possuem mais de 20.000 habitantes e apresentam incidência de pelo menos 25 casos de aids notificados por 100.000 habitantes. No mapa de São Paulo estão evidenciados os municípios que possuem CTA. Destacada em branco, vemos a ausência
Dezembro 2008
Boletim Epidemiológico
ANO XXV – Nº 1
de CTA nas regiões integrantes dos Grupos de Vigilância Epidemiológica (GVE) de Registro, São João da Boa Vista, Itapeva, Taubaté, Jales e Presidente Venceslau, compostas, no conjunto, por 22 municípios prioritários (Figura 1). Os GVE com 100% dos municípios prioritários com pelo menos um CTA são os de São Paulo, Santo André, Botucatu e Presidente Prudente. Os demais GVE variam entre 14% e 67% no nível de implantação (Tabela 3).
desenvolvidas na própria sede e também em campo, como as atividades extramuros e o CTA itinerante. •
Reduzir para, no máximo, 15 dias o prazo de entrega de resultados sorológicos aos usuários conforme a resolução SS - 41, de 24 de abril de 2001.
•
Reduzir as taxas de abandono na busca de resultados a partir da utilização da abordagem consentida. A implantação da abordagem consentida prevista na Instrução Normativa N.1.626, de 10 de julho de 2007, do Ministério da Saúde estabelece os procedimentos e as condutas para a abordagem de pessoas submetidas a testes de HIV e outras Doenças Sexualmente Transmissíveis - DST, e que não retornam ao estabelecimento de saúde para tomar conhecimento dos resultados dos exames, bem como àquelas que não comparecem ao tratamento já em curso. Além disso, o CTA deve responsabilizar-se por acompanhar a clientela até o momento de sua entrada na unidade em será feito acompanhamento assistencial. A isto se dá o nome de aconselhamento continuado, entendido como o acompanhamento, através da prática de aconselhamento, durante o período de assimilação do diagnóstico e de espera pela vaga agendada na referência assistencial.
Com o objetivo de ampliar o acesso de populações em situação de maior vulnerabilidade ao diagnóstico do HIV, em consonância com as diretrizes nacionais para utilização do teste rápido diagnóstico anti-HIV (TRD HIV), desde 2006 o estado de São Paulo adotou a estratégia de implantar esta metodologia diagnóstica em CTA e Serviços de Assistência Especializada em municípios prioritários que não possuem CTA. Recomenda-se, portanto, que todos os CTA do estado implantem esta estratégia diagnóstica de forma complementar à testagem convencional. Até junho de 2008, 45 CTA em todo estado estão ofertando esta modalidade diagnóstica, 25 dos quais no município de São Paulo (Tabela 4) Discussão e recomendação A contribuição dos CTA para universalizar o diagnóstico e promover a equidade depende da associação do trabalho desses serviços com outras estratégias voltadas ao mesmo objetivo. O CTA é um serviço de prevenção que responde potencialmente à equidade. No entanto, a pesquisa mostrou que para cumprir este papel, os CTA do estado devem aprimorar aspectos estruturais, organizacionais e de gestão, principalmente: •
Ampliar a rede de CTA no conjunto de municípios prioritários para o controle da epidemia de aids no estado, articulando estratégias de acesso universal e equitativo.
•
Adequar as ações de prevenção à realidade epidemiológica do município, priorizando as populações mais vulneráveis identificadas localmente e redirecionando suas ações de forma a acessá-las.
•
•
Definir estratégias de divulgação dos CTA e aumentar a oferta de sorologias incluindo a oferta do Teste Rápido Diagnóstico anti-HIV de forma complementar à testagem convencional. Ampliar o acesso da população aos serviços do CTA , estendendo seu funcionamento para além do horário comercial. Recomenda-se que todos CTA funcionem de 2ª a 6ª feira e, pelo menos uma vez por semana, em horário estendido (após as 18 horas ou nos fins de semana). Lembramos que o funcionamento do CTA inclui atividades
Dezembro 2008
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS –
Fisher M. Late diagnosis of HIV infection: major consequences and missed opportunities. Infectious Diseases 2008; 21(1): 1-3.
–
Grangeiro A, Escuder MM, Wolffenbüttel K, Ferraz D, Pupo LR, Gonçalves da Silva C, et al. Centro de testagem e aconselhamento do Brasil: desafios para a equidade e o acesso. Ministério da Saúde: Brasília, 2008.
–
Grangeiro A, Escuder MM, Wolffenbüttel K, Ferraz D, Pupo LR, Gonçalves da Silva C, et al. Relatório da pesquisa “Diagnóstico Situacional dos Centros de Testagem e Aconselhamento do Brasil” . São Paulo, Instituto de Saúde, 2007. (Relatório de Pesquisa) disponível em: http://www.aids.gov. br/data/documents/storedDocuments/%7BB8EF5DAF-23AE-4891-AD361903553A3174%7D/%7B1D6F289E-CEDA-42B0-94F5-89683D6772DA%7D/ relatorio_situacional_cta.pdf [acesso em 21 de outubro de 2008].
–
Hacker MA, Kaida A, Hogg RS, Bastos FI. The first ten years: achievements and challenges of the Brazilian program of universal access to HIV/Aids comprehensive management and care, 1996-2006. Cad. Saúde Publica. 2007; 23 (sup 3): S345-S359.
–
Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Programa Nacional de DST e Aids. Relatório do seminário “Atualização das diretrizes organizacionais dos CTA do Brasil” Brasília-DF, 2007- (mimeo)
–
Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Programa Nacional de DST e Aids. UNGASS: Resposta brasileira à epidemia de aids. 2005 – 2007. Brasília(DF), 2008. Disponível em http://www.aids.gov. br/data/documents/storedDocuments/%7BB8EF5DAF-23AE-4891-AD361903553A3174%7D/%7B99A24D99-A80D-4E04-B7C2-786F24B5B689%7D/ ungas2008%20portug06-final.pdf>. [acesso em 21 de outubro de 2008].
89
Boletim Epidemiológico
ANO XXV – Nº 1
TABELA 1 - Caracterização da população atendida pelos CTA de São Paulo, do Sudeste e do Brasil. Brasil, 2006. São Paulo % CTA
Sudeste % CTA
Brasil %CTA
População em geral
94,2
95,2
91,9
Populações mais vulneráveis
78,3
68,3
59,7
População referenciada
46,4
54,0
52,5
5,8
28,6
52,5
Demanda espontânea
92,8
92,9
92,8
Serviços de atenção básica (UBS)
66,7
73,8
80,3
Caracterização Grupos populacionais atendidos (3 principais )
(suspeita Hepatite ou DST) Gestantes Origem da população atendida (3 principais)
Serviços de referência
46,4
55,6
58,1
Projetos de prevenção
43,5
33,3
29,1
Bancos de Sangue
21,7
20,6
16,9
49,2
47,9
40,8
44,6
39,5
41,1
6,2
12,6
18,1
0 I----- 1%
17,7
25,9
36,9
1I----- 5%
64,5
57,1
50,4
5% ou +
17,7
17,0
12,7
Porte do serviço Pequeno (até 1200 testes/ano; até 5 testes/dia) Médio (1202 a 3600 testes/ano; 6 a 15 testes/dia) Grande (3601 testes/ano ou mais; 15 testes/dia ou mais) Taxa de positividade*: N=268
*Taxa de positividade - nº testes anti-HIV positivos / nº testes anti-HIV realizados
90
Dezembro 2008
Boletim Epidemiológico
ANO XXV – Nº 1
TABELA 2 - Características dos CTA de São Paulo, do Sudeste e do Brasil, segundo tipo de exames ofertados, tempo entrega de resultados e taxa de retorno de exames diagnósticos, tipo de inserção e períodos de atendimento nos CTA, Brasil, 2006
Características
São Paulo % CTA
Sudeste % CTA
Brasil %CTA
Cardápio Sorológico Oferta mínima de exames*
94,2
80,2
65,6
Anti-HIV: ELISA e confirmatório ou Teste
100,0
100,0
99,4
Sífilis – VDRL
100,0
91,3
87,5
Hepatite B e C: HBsAg, Anti-HBc, anti-HCV
92,8
78,6
64,4
Rápido Diagnóstico de HIV
Tempo de entrega resultado HIV confirmatório Até 15 dias
43,5
41,1
27,8
16 a 30 dias
55,1
49,2
52,2
30 dias ou +
1,4
9,7
20,1
Taxa de retorno: HIV Até 50%
-
6,4
5,0
51% a 75%
21,6
22,1
30,3
76% a 90%
52,9
47,4
41,7
90% ou +
25,5
24,2
22,9
Não inserido em serviço assistencial
23,2
16,7
18,1
Inserido em SAE
53,6
50,8
40,9
Inserido em Serviço especializado
14,5
19,8
19,4
Inserido em UBS
8,7
12,7
21,6
Parcial (até 7 períodos)
10,1
15,1
24,1
Integral (8 a 10 períodos)
60,9
60,3
64,1
Estendido (mais de 10 e/ou após 18:00 e/ou finais de semana)
29,0
24,6
11,9
Tipo de Inserção
Períodos de atendimento semanais
*Oferta mínima: Diagnóstico de HIV, triagem sorológica de sífilis e hepatites B e C - Inclui: HIVELISA e confirmatório ou TRD-HIV; e VDRL ; e Anti-HBc ou HBsAg e anti-HCV
Dezembro 2008
91
Boletim Epidemiológico
ANO XXV – Nº 1
TABELA 3 - Taxa de implantação dos CTA em municípios prioritários do estado de São Paulo, segundo GVE, 2008 GVE
Nº municípios
Municípios
Nº de CTA
% de
por GVE
com CTA
GVE I - CAPITAL
1
1
26
implantação* 100,0
GVE VII - SANTO ANDRÉ
6
6
16
100,0
GVE VIII - MOGI
8
2
2
25,0
GVE IX - FRANCO DA ROCHA
5
3
3
60,0
GVE X - OSASCO
10
4
4
40,0
GVE XI - ARAÇATUBA
5
2
2
40,0
GVE XII - ARARAQUARA
6
2
2
3,3
GVE XIII - ASSIS
3
2
2
66,7
GVE XIV - BARRETOS
3
2
2
66,7
GVE XV - BAURU
7
4
4
57,1
GVE XVI - BOTUCATU
3
3
3
100,0
GVE XVII - CAMPINAS
18
8
8
44,4
3
1
1
33,3
GVE XVIII - FRANCA GVE XIX - MARÍLIA
3
1
1
33,3
GVE XX - PIRACICABA
7
2
2
28,6
GVE XXI - PRESIDENTE PRUDENTE
1
1
1
100,0
GVE XXII - PRESIDENTE VENCESLAU
2
-
-
-
GVE XXIII - REGISTRO
2
-
-
-
GVE XXIV - RIBEIRÃO PRETO
8
5
7
62,5
GVE XXV - SANTOS
9
6
6
66,7
GVE XXVI - SÃO JOÃO DA BOA VISTA
6
-
-
0,0
GVE XXVII - SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
3
2
2
66,7
GVE XXVIII - CARAGUATATUBA
3
1
1
33,3
GVE XXIX - SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
4
1
1
25,0
GVE XXX - JALES
3
-
-
-
GVE XXXI - SOROCABA
7
1
1
14,3
GVE XXXII - ITAPEVA
1
-
-
-
GVE XXXIII - TAUBATÉ
8
-
-
-
Fonte: Cadastramento dos CTA junto ao PE DST/AIDS - até outubro de 2008 * taxa média de implantação por GVE = 42,7%
92
Dezembro 2008
Boletim Epidemiológico
ANO XXV – Nº 1 TABELA 4 - Distribuição dos CTA cadastrados até outubro de 2008 e implantação do Teste Rápido Diagnóstico antiHIV (TRD HIV) até junho de 2008 por município n
Município
1 Amparo 2 Andradina 3 Araçatuba 4 Araraquara 5 Assis 6 Avaré 7 Barueri 8 Batatais 9 Bauru 10 Bebedouro 11 Botucatu 12 Campinas 13 Cubatão 14 Diadema 15 Franca 16 Francisco Morato 17 Franco da Rocha 18 Guarujá 19 Itanhaém 20 Itapecerica da Serra 21 Itatiba 22 Jaboticabal 23 Jacareí 24 Jandira 25 Jaú 26 Jundiaí 27 Laranjal Paulista 28 Lençóis Paulista 29 Mairiporã 30 Marília 31 Mauá 32 Mogi das Cruzes 33 Monte Alto 34 Olímpia 35 Osasco 36 Ourinhos 37 Pederneiras 38 Piracicaba 39 Praia Grande 40 Presidente Prudente 41 Ribeirão Pires 42 Rubeirão Preto 43 Rio Claro 44 Santa Bárbara d´Oeste 45 Santo André 46 Santos 47 São Bernardo do Campo 48 São Caetano do Sul 49 São José do Rio Preto 50 São José dos Campos 51 São Paulo 52 São Sebastião 53 São Vicente 54 Sertãozinho 55 Sorocaba 56 Suzano 57 Taquaritinga 58 valinhos 59 Várzea Paulista 60 Vinhedo Total
Nº CTA
Nº CTA com TRD
cadastrados 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 3 1 1 11 1 1 1 1 1 26 1 1 1 1 1 1 1 1 1 97
HIV implantados 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 3 1 1 1 25 1 45
Fonte: Cadastramento dos CTA junto ao PE DST/AIDS até outubro de 2008
Dezembro 2008
93
Boletim Epidemiológico
ANO XXV – Nº 1
Gráfico 1- População atendida prioritariamentenos CTA. São Paulo, 2005 UDI
1,4
Travestis
5,8
Gestantes
5,8
Portadores de Hepatites
13
UD
15,9
Pessoas vivendo com HIV
26,1
Portadores de DST
30,4
Prof issionais do sexo
46,4
HSH
46,4
População em geral
94,2 0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Gráfico 2 - Atendimento a HSH e UD em municípios com proporções de casos de aids nessas populações acima da média do estado. São Paulo, 2005.
51,4 52 51 50 49 %
45,9
48 47 46 45 44 43 HSH
UD categoria
94
Dezembro 2008
Boletim Epidemiológico
ANO XXV – Nº 1
Gráfico 3 - Tempo de entrega de resultados de exames anti-HIV em CTA. São Paulo, 2005 90,0
até 7 dias
8 a 15 dias
mais de 15 dias
80,0
70,0
60,0
50,0
40,0
30,0
20,0
10,0
0,0 GSP ELISA
Interior ELISA
GSP conf irmatório
Interior conf irmatório
Gráfico 4 - Período de atendimento por população, atividade e porte dos CTA, São Paulo, 2005 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0
Parcial (até 7 períodos semanais)
População Vulnerável
Dezembro 2008
Integral ( 8 a 10 períodos semanais)
Atividades Extramuros
Estendido (mais de 10 períodos ou após 18:00)
Porte Grande (15 tests/dia ou mais)
95
Boletim Epidemiológico
ANO XXV – Nº 1
Figura 1 - Distribuição dos 60 municípios co CTA no estado de São Paulo por região dos Grupos de vigilância Epidemiológicados em 2008
Fonte: cadastram ento dos CTA junto ao PE DST/AIDS - ATÉ OUTUBRO DE 2008
96
Dezembro 2008
ERRATA BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DST/AIDS - 2008 (Página 43) TABELA 1 - Casos de Gestantes HIV+ e Crianças Expostas segundo Grupo de Vigilância Epidemiológica ( GVE ) e ano de notificação, Estado de São Paulo, 2000 - 2008*
GVE de notificação GVE 1 CAPITAL GVE 7 SANTO ANDRE GVE 8 MOGI DAS CRUZES GVE 9 FRANCO DA ROCHA GVE 10 OSASCO GVE 11 ARACATUBA GVE 12 ARARAQUARA GVE 13 ASSIS GVE 14 BARRETOS GVE 15 BAURU GVE 16 BOTUCATU GVE 17 CAMPINAS GVE 18 FRANCA GVE 19 MARILIA GVE 20 PIRACICABA GVE 21 PRESIDENTE PRUDENTE GVE 22 PRESIDENTE VENCESLAU GVE 23 REGISTRO GVE 24 RIBEIRAO PRETO GVE 25 SANTOS GVE 26 SAO JOAO DA BOA VISTA GVE 27 SAO JOSE DOS CAMPOS GVE 28 CARAGUATATUBA GVE 29 SAO JOSE DO RIO PRETO GVE 30 JALES GVE 31 SOROCABA GVE 32 ITAPEVA GVE 33 TAUBATE Total
2000 nº % 62 24,3 39 15,3 11 4,3 1 0,4 2 0,8 3 1,2 5 2,0 10 3,9 6 2,4 6 2,4 5 2,0 36 14,1 1 0,4 1 0,4 7 2,7 12 4,7 1 0,4 45 17,6 2 0,8 255 100,0
2001 nº % 207 27,2 68 8,9 14 1,8 17 2,2 8 1,0 34 4,5 14 1,8 6 0,8 71 9,3 4 0,5 20 2,6 2 0,3 1 0,1 3 0,4 54 7,1 53 7,0 10 1,3 23 3,0 9 1,2 60 7,9 72 9,4 2 0,3 10 1,3 762 100,0
2002 nº 403 65 65 7 56 20 61 2 14 20 5 144 2 14 10 1 2 9 80 66 16 72 28 33 6 62 4 24 1291
Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/AIDS - SP) (*) Dados preliminares até 30/06/2008, sujeitos à revisão mensal
% 31,2 5,0 5,0 0,5 4,3 1,5 4,7 0,2 1,1 1,5 0,4 11,2 0,2 1,1 0,8 0,1 0,2 0,7 6,2 5,1 1,2 5,6 2,2 2,6 0,5 4,8 0,3 1,9 100,0
Ano de Notificação 2004 2005 % nº % nº % 37,8 943 41,4 751 40,9 4,7 112 4,9 89 4,8 6,3 91 4,0 103 5,6 0,2 12 0,5 7 0,4 3,1 67 2,9 55 3,0 1,4 30 1,3 20 1,1 1,7 44 1,9 56 3,0 0,7 14 0,6 9 0,5 1,2 13 0,6 15 0,8 1,1 26 1,1 15 0,8 1,8 20 0,9 21 1,1 7,7 181 7,9 120 6,5 0,2 31 1,4 20 1,1 1,5 17 0,7 20 1,1 1,6 69 3,0 54 2,9 0,3 3 0,1 2 0,1 0,2 6 0,3 4 0,2 0,2 13 0,6 6 0,3 4,8 102 4,5 79 4,3 7,6 183 8,0 159 8,7 1,5 26 1,1 27 1,5 3,7 44 1,9 37 2,0 1,2 18 0,8 14 0,8 4,2 67 2,9 63 3,4 0,2 12 0,5 5 0,3 3,1 66 2,9 46 2,5 0,1 12 0,5 5 0,3 1,4 58 2,5 36 2,0 100,0 2280 100,0 1838 100,0
2003 nº 788 97 132 5 65 29 36 15 26 22 38 161 4 32 34 7 5 4 101 159 31 78 26 87 5 64 2 30 2083
2006 nº 710 62 112 16 73 31 27 13 17 30 12 139 14 19 42 8 4 11 118 159 24 38 16 41 2 46 5 47 1836
% 38,7 3,4 6,1 0,9 4,0 1,7 1,5 0,7 0,9 1,6 0,7 7,6 0,8 1,0 2,3 0,4 0,2 0,6 6,4 8,7 1,3 2,1 0,9 2,2 0,1 2,5 0,3 2,6 100,0
2007 nº % 529 40,0 73 5,5 96 7,3 5 0,4 37 2,8 19 1,4 31 2,3 13 1,0 6 0,5 26 2,0 13 1,0 131 9,9 9 0,7 13 1,0 43 3,3 10 0,8 2 0,2 11 0,8 56 4,2 70 5,3 15 1,1 7 0,5 5 0,4 38 2,9 5 0,4 34 2,6 5 0,4 21 1,6 1323 100,0
2008 nº % 222 41,0 9 1,7 26 4,8 5 0,9 20 3,7 8 1,5 9 1,7 5 0,9 17 3,1 7 1,3 7 1,3 43 7,9 6 1,1 1 0,2 19 3,5 3 0,6 5 0,9 20 3,7 40 7,4 4 0,7 3 0,6 10 1,8 13 2,4 2 0,4 19 3,5 5 0,9 14 2,6 542 100,0
Total nº 4615 614 650 57 391 167 301 71 127 146 122 1000 96 142 273 31 27 62 615 925 154 303 133 414 38 454 40 242 12210
% 37,8 5,0 5,3 0,5 3,2 1,4 2,5 0,6 1,0 1,2 1,0 8,2 0,8 1,2 2,2 0,3 0,2 0,5 5,0 7,6 1,3 2,5 1,1 3,4 0,3 3,7 0,3 2,0 100,0
ERRATA BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DST/AIDS - 2008 (Página 60) TABELA 6 - 50 municípios de residência com maiores coeficientes de incidência (CI) de sífilis congênita (por 1000 nascidos vivos) no ano de 2007. Estado de São Paulo, 2001 a 2007*. Municipio de Residência Estado de São Paulo
2001 CI 1,3
2002 CI 1,4
2003 CI 1,6
Ano notificação 2004 2005 CI CI 1,5 1,4
2006 CI 1,4
2007 CI 1,3
1 Riolândia 0,6 0,6 4,0 2,2 1,1 3,8 13,7 2 Pariquera-Açu 4,3 3,9 3,8 2,8 2,2 3,8 11,0 3 Santa Rita do Passa Quatro 1,3 2,8 2,9 4,8 2,9 3,5 9,7 4 Junqueirópolis 2,5 2,6 3,0 2,2 2,1 3,5 9,4 5 Mirandópolis 2,3 1,7 1,2 3,6 0,7 3,4 6,5 6 Ourinhos 2,4 5,1 3,2 3,8 4,4 2,3 5,2 7 Conchal 2,0 0,9 0,3 0,6 1,6 2,3 5,0 8 Porto Ferreira 0,8 0,6 0,0 3,2 3,2 2,2 4,2 9 Promissão 0,0 0,6 0,0 0,9 3,4 2,2 3,9 10 Cajati 2,5 2,6 3,0 2,2 2,1 2,2 3,8 11 São José dos Campos 0,6 0,4 1,0 1,1 1,3 2,2 3,6 12 Votuporanga 0,0 0,0 1,6 2,4 1,8 2,1 3,2 13 Santos 0,7 0,0 0,0 3,8 1,9 2,0 3,0 14 Araraquara 2,5 2,6 3,0 2,2 2,1 2,0 3,0 15 Guarulhos 0,1 1,1 0,2 1,6 3,1 2,0 2,8 16 São Carlos 0,7 0,0 0,5 0,8 0,6 1,9 2,8 17 Guararapes 1,6 2,4 0,8 0,0 2,2 1,9 2,7 18 Apiaí 3,6 1,9 2,2 1,0 2,1 1,7 2,6 19 Diadema 0,4 0,4 2,7 3,3 1,6 1,6 2,5 20 Cosmópolis 3,7 1,9 1,0 1,1 2,5 1,4 2,5 21 São Sebastião 0,0 0,4 0,4 0,6 0,4 1,3 2,4 22 Americana 0,9 1,6 1,6 2,6 2,0 1,3 2,4 23 Osasco 5,0 2,8 4,1 1,2 0,6 1,2 2,3 24 Santa Cruz das Palmeiras 0,0 0,0 1,2 4,3 2,3 1,1 2,3 25 Itapetininga 0,8 2,5 1,9 1,1 1,2 1,1 2,3 26 São Paulo 4,9 3,3 3,6 1,3 2,3 1,0 2,3 27 Salto 2,5 2,6 3,0 2,2 2,1 0,8 2,1 28 Poá 0,0 3,6 1,5 2,3 2,2 0,8 2,1 29 Mauá 0,7 2,8 0,7 0,7 0,7 0,7 2,1 30 Jales 1,0 0,0 0,4 1,4 1,9 0,6 2,1 31 Barrinha 1,3 2,4 5,6 2,5 1,3 0,6 2,0 32 Pindamonhangaba 0,7 1,5 1,7 0,9 1,3 0,5 1,9 33 Garça 0,0 0,0 4,7 5,4 0,9 0,4 1,9 34 Taboão da Serra 1,4 1,4 2,4 0,4 0,0 0,4 1,8 35 Mairiporã 0,2 0,4 1,4 0,4 0,8 0,4 1,8 36 Carapicuíba 0,9 0,4 0,8 0,4 0,2 0,4 1,7 37 Suzano 4,9 2,3 5,0 2,4 0,7 0,4 1,7 38 Campinas 0,2 1,0 1,3 0,5 0,2 0,3 1,6 39 Itaquaquecetuba 2,2 2,3 0,8 0,8 0,2 0,3 1,6 40 Itanhaém 0,2 0,1 1,0 0,5 0,6 0,3 1,5 41 São José do Rio Preto 1,0 0,7 1,0 2,2 2,5 0,2 1,4 42 Barueri 2,8 1,3 0,9 0,2 1,1 0,1 1,4 43 Santo André 6,3 1,7 1,7 4,6 6,4 0,0 1,4 44 Itapevi 7,8 6,2 0,0 0,0 2,2 0,0 1,3 45 São Vicente 0,5 0,5 0,5 1,0 2,1 0,0 1,3 46 Cotia 0,3 0,4 0,3 0,0 0,7 0,0 1,3 47 Sumaré 4,3 0,0 0,6 0,7 0,6 0,0 1,1 48 Mogi-Guaçu 1,6 1,6 4,6 1,6 0,0 0,0 1,1 49 Bragança Paulista 5,8 7,6 7,7 0,0 0,0 0,0 1,0 0,7 2,2 1,4 5,0 0,0 0,0 0,9 50 Embu (*) Dados preliminares até 30/06/08, sujeitos à revisão mensal Fonte: SINAN - Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP (VE-PE DST/Aids-SP) e Fundação SEADE