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Centro de Referência e Treinamento DST/Aids Fundação Seade
DaDos para repensar a aiDs no estaDo De são paulo resultados da parceria entre programa estadual Dst/aids e Fundação seade organizadoras Bernadette Cunha Waldvogel Ângela Tayra Ione Aquemi Guibu
São Paulo Fundação Seade 2010
SECRETARIA DA SAÚDE
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SECRETARIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO REGIONAL
GOVERNO DE
SÃO PAULO
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Governador do Estado Geraldo Alckmin Vice-Governador do Estado Guilherme Afif Domingos Secretário de Planejamento e Desenvolvimento Regional Emanuel Fernandes Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados Diretora Executiva Felícia Reicher Madeira Diretor Adjunto Administrativo e Financeiro Marcos Martins Paulino Diretor Adjunto de Análise e Disseminação de Informações Sinésio Pires Ferreira Diretora Adjunta de Metodologia e Produção de Dados Marise Borem Pimenta Hoffmann Chefia de Gabinete Ana Celeste de Alvarenga Cruz Conselho de Curadores Carlos Antonio Luque (Presidente) Carlos Antonio Gamero, Geraldo Biasoto Junior, Haroldo da Gama Torres, José Paulo Zeetano Chahad, Márcio Percival Alves Pinto, Michael Paul Zeitlin, Saulo Pereira Vieira, Sérgio Besserman Vianna, Tania Di Giacomo do Lago Conselho Fiscal Inês Paz de Oliveira, Shigueru Kuzuhara, Gustavo Ogawa Coordenação técnica Bernadette Cunha Waldvogel Equipe técnica Bernadette Cunha Waldvogel, Lilian Cristina Correia, Monica La Porte Teixeira, Margarete da Silva Jordani, Antonio Etevaldo Teixeira Júnior Editoração e diagramação Icléia Alves Cury (gerente), Cristiane de Rosa Meira, Denise Yoshie Niy, Elisabeth Magalhães Erharter, Maria Aparecida B. de Andrade, Tânia Pinaffi Rodrigues, Vania Regina Fontanesi Estagiárias Marília Garrido Silvestre, Natália Zanchetta Dametto
Secretário Estadual de Saúde Luiz Roberto Barradas Barata (in memorian) Giovanni Guido Cerri Coordenadoria de Controle de Doenças Clelia Maria Sarmento de Souza Aranda Centro de Referência e Treinamento – Coordenação Estadual de DST/Aids Diretora de Departamento Maria Clara Gianna Garcia Ribeiro Diretor Adjunto Artur Kalichman Gerência de Vigilância Epidemiológica Ângela Tayra Coordenação técnica Ângela Tayra, Ione Aquemi Guibu Equipe técnica Ângela Tayra, Carmen Sílvia Bruniera Domingues, Ione Aquemi Guibu, Mariza Vono Tancredi, Márcia Cristina Polon do Carmo, Márcia Moreira Holcman, Marta de Oliveira Ramalho, Naila Janilde Seabra Santos, Norma Suely de Oliveira Farias Dados para repensar a Aids no Estado de São Paulo: resultados da parceria entre Programa Estadual DST/Aids e Fundação Seade. São Paulo: DST/Aids; Fundação Seade, 2010. 256p. ISBN 978-85-85016-95-1 1.Aids. 2.Doenças sexualmente transmissíveis. I. Centro de Referência e Treinamento DST/Aids. II. Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados – Seade. CDD 614.57098161
Direitos reservados Centro de Referência e Treinamento DST/Aids – Rua Santa Cruz, 81 – São Paulo/SP – fone: (11) 5087-9864 www.crt.saude.sp.gov.br – epidemio@crt.saude.sp.gov.br Fundação Seade – Av. Cásper Líbero, 464 – São Paulo/SP – fone: (11) 3324-7200 www.seade.gov.br – atendimento@seade.gov.br Impresso em junho de 2011
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Índice Apresentação
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Capítulo 1
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Base Integrada Paulista de Aids: recuperação, gerência e vinculação de dados para melhoria da qualidade da informação Bernadette Cunha Waldvogel Lilian Cristina Correia Morais Ione Aquemi Guibu
Capítulo 2
25
Panorama da Aids no Estado de São Paulo Ione Aquemi Guibu Ângela Tayra Márcia Cristina Polon do Carmo
Capítulo 3
59
Mortalidade por Aids na população residente no Estado de São Paulo Carmen Sílvia Bruniera Domingues Bernadette Cunha Waldvogel Lilian Cristina Correia Morais Ângela Tayra
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Capítulo 4
83
Análise da sobrevida de pacientes com Aids no Estado de São Paulo Mariza Vono Tancredi Márcia Moreira Holcman Antonio Etevaldo Teixeira Júnior Norma Suely de Oliveira Farias
Capítulo 5
111
Causas múltiplas de morte por Aids no Estado de São Paulo Marta de Oliveira Ramalho Naila Janilde Seabra Santos Margarete Silva Jordani Ione Aquemi Guibu Bernadette Cunha Waldvogel
Capítulo 6
145
Análise regional da Aids Ângela Tayra Ione Aquemi Guibu Bernadette Cunha Waldvogel Lilian Cristina Correia Morais Carmen Sílvia Bruniera Domingues
Capítulo 7
173
Morbidade por Aids nos Grupos de Vigilância Epidemiológica Ângela Tayra Ione Aquemi Guibu Márcia Cristina Polon do Carmo
Capítulo 8
219
Mortalidade por Aids nos Grupos de Vigilância Epidemiológica Monica La Porte Teixeira Lilian Cristina Correia Morais
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apresentação
O
sucesso do programa brasileiro de combate à epidemia de HIV/Aids pode ser atribuído a uma série de mudanças sociais e políticas que ocorreram a partir da década de 1980, tais como a redemocratização do país e construção do SuS, a determinação política de profissionais da saúde, a participação de diversos setores da sociedade civil, o equilíbrio entre prevenção e tratamento e a promoção sistemática dos direitos humanos em todas as estratégias e ações. Ao longo deste tempo, investiu-se muito em formação, atualização e estruturação em todas as áreas relacionadas às DST/Aids. Em três décadas de epidemia, foram estruturados os Serviços de Vigilância Epidemiológica em todo o Estado de São Paulo, com ampla rede assistencial e laboratorial e o sistema de monitoramento e distribuição de medicamentos, além de desenvolvidas estratégias e ações de prevenção voltadas para a população em geral e grupos específicos. O Centro de Referência e Treinamento DST/Aids, sede da coordenação do Programa Estadual DST/Aids-SP, tem exercido, desde o início da epidemia, papel fundamental no conhecimento de sua expansão territorial e na orientação de ações de prevenção. A Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados – Seade, ligada à Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Regional do Estado de São Paulo, é a instituição pública responsável pela produção de diversas estatísticas relativas à população paulista, com destaque para o Sistema de Estatísticas Vitais. Este sistema existe há mais de um século e se alimenta das informações sobre nascimentos, óbitos e casamentos enviadas pelos Cartórios de Registro Civil. As linhas de pesquisa desenvolvidas no Seade têm orientação direta para a melhoria da qualidade dos dados produzidos. Neste sentido, desde 1997, o CRT DST/Aids-SP e a Fundação Seade mantêm parceria com o objetivo específico de melhorar a qualidade e a magnitude dos dados sobre a epidemia de Aids no Estado de São Paulo. Fruto importante da experiência conjunta entre as duas instituições públicas paulistas foi a recuperação histórica de todos os casos de Aids ocorridos no Estado, o que resultou na elaboração da Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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DADOS PARA REPENSAR A AIDS NO ESTADO DE SãO PAuLO
A presente publicação traz os principais resultados desta parceria. Todas as análises e os estudos realizados neste livro consideram as informações contidas na BIP-Aids, mais completa e de melhor qualidade. Sua construção considera o relacionamento da base de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação – Sinan, produzido pelo CRT DST/Aids-SP, com a base de dados do Sistema de Estatísticas Vitais – SEV, elaborado pela Fundação Seade. No capítulo 1 são apresentados o histórico desta parceria e a metodologia utilizada para elaborar a BIP-Aids. O panorama da Aids no Estado de São Paulo encontra-se no capítulo 2, destacando-se as principais características da distribuição dos casos da doença e das taxas de incidência. Os estudos a partir dos óbitos contidos na BIP-Aids compõem os três capítulos seguintes: a análise da mortalidade aparece no capítulo 3; as estimativas da sobrevida são detalhadas no capítulo 4; e as informações sobre as causas associadas à Aids são descritas no capítulo 5. A análise das informações relativas às regionais de saúde – Grupos de Vigilância Epidemiológica (GVE) – foi também desmembrada em três capítulos. O estudo da morbimortalidade por Aids aparece no capítulo 6; a morbidade detalhada para cada um dos GVEs encontra-se no capítulo 7; e a mortalidade, também para cada um dos GVEs, está no capítulo 8. Com esta publicação, queremos homenagear o Dr. Luiz Roberto Barradas Barata, secretário de Estado da Saúde de São Paulo no período de janeiro de 2003 a 17 de julho de 2010, data do seu precoce falecimento. Dr. Barradas sempre estimulou e apoiou as propostas do Programa Estadual DST/Aids-SP. Este livro também é dedicado às pessoas vivendo com HIV/Aids e aos gestores públicos, profissionais da área da saúde e representantes de organizações não governamentais. Esperamos continuar com esta parceria, ampliando nossa base de dados com a incorporação de informações provenientes de outras fontes de dados, como o Sistema de Controle de Exames Laboratoriais – Siscel e o Sistema de Controle Logístico de Medicamentos – Siclom. Desejamos que os dados aqui apresentados iluminem a análise e a reflexão sobre esta epidemia e auxiliem a repensar seu rumo para os próximos anos.
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Dra. Maria Clara Gianna – Dr. Artur Kalichman
Felícia Reicher Madeira
Coordenação do Programa Estadual DST/Aids de São Paulo
Diretora Executiva da Fundação Seade
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1 Base Integrada Paulista de Aids: recuperação, gerência e vinculação de dados para melhoria da qualidade da informação Bernadette Cunha Waldvogel Lilian Cristina Correia Morais Ione Aquemi Guibu
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desenvolvimento e a implementação de ações e medidas preventivas, de modo especial na área da saúde, reforçam a necessidade de se contar com informações confiáveis e completas sobre o fenômeno a ser estudado. A ocorrência de subenumeração nas bases de dados disponíveis interfere no real conhecimento da dimensão e gravidade de cada doença. Por outro lado, a existência de diversas fontes de dados independentes, criadas com objetivos específicos, pode revelar aspectos parciais ou fragmentados da questão de saúde analisada. A epidemia de Aids é um bom exemplo dessa questão, pois existem informações disponíveis em pelo menos quatro sistemas: de mortalidade; de agravos de notificação; de logística de medicamentos; e de exames de laboratório. Entretanto, quando adotados isoladamente, tais sistemas não oferecem quantificação e detalhamento suficientes para se entender adequadamente a caracterização da população atingida e a evolução deste problema de saúde pública. A importância da análise dos dados existentes vem estimulando a necessidade crescente de se analisar, de forma conjunta, as diferentes bases de dados. Com essa perspectiva, a Vigilância Epidemiológica do Programa Estadual DST/Aids – VE-PEDST/Aids, da Secretaria da Saúde, e a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados – Seade, da Secretaria de Economia e Planejamento, do governo do Estado de São Paulo, firmaram parceria desde 1997, envolvendo suas competências técnicas multidisciplinares e redesenhando seus processos de produção e utilização das informações sobre Aids neste Estado. Tal objetivo veio ao encontro de nova linha de pesquisa desenvolvida e aprimorada na Fundação Seade para vinculação de diferentes bases de dados, procurando ampliar a cobertura destas bases, melhorar a qualidade de seus dados e complementar as informações disponíveis em cada uma delas. A parceria estabelecida naquele momento, entre as duas instituições públicas paulistas, teve início com a realização de projeto pioneiro no Brasil, que consistiu na recuperação histórica de todos os casos de Aids ocorridos no Estado de São Paulo desde 1980 – início da epidemia – até 1997. O trabalho baseou-se no levantamento dos óbitos existentes no sistema de estatísticas vitais
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do Seade que apresentavam menção de Aids ou HiV entre as causas de morte e no tratamento conjunto com os casos notificados de Aids no Sistema de informação de Agravos de notificação – Sinan do Programa Estadual DST/Aids. A base de dados resultante possibilitou o monitoramento dos casos de Aids da população paulista até aquele momento. A recuperação histórica dos casos de Aids considerou o levantamento das informações enviadas mensalmente pelos Cartórios de registro Civil do Estado e processadas tradicionalmente pelo Seade, coletando-se as respectivas declarações de óbito arquivadas no acervo de documentos da instituição. Esta pesquisa especial contou com financiamento da unesco e do Programa nacional DST/Aids do Ministério da Saúde. Os óbitos por Aids assim localizados foram relacionados aos casos notificados presentes na base paulista do Sistema de informação de Agravos de notificação – Sinan/Aids. Este procedimento permitiu informar o óbito para os casos já notificados, bem como notificar o caso a partir do óbito, quando ele não aparecia na base do Sinan. Após o projeto de recuperação histórica das mortes por Aids, os dois parceiros continuaram a trabalhar juntos e firmaram Convênio de Cooperação Técnica para dar continuidade a esta importante iniciativa de tratamento conjunto das duas bases de dados: sistema de estatísticas vitais do Seade e sistema de notificação de Aids do Programa Estadual DST/Aids, implantando rotinas automatizadas para relacionar tais bases, no sentido de agilizar e aperfeiçoar os instrumentos de acompanhamento da epidemia no Estado. Este tratamento conjunto gerou a “Base integrada Paulista de Aids – BiP-Aids”. Com a riqueza de informações contidas nesta nova base atualizada anualmente, que possibilita a análise conjunta da morbidade e da mortalidade por Aids, ficam fortalecidos os programas de monitoramento da epidemia que subsidiam as ações de tratamento e prevenção desta questão de saúde pública. isso representa avanço no conhecimento de sua evolução no Estado de São Paulo e na otimização dos esforços despendidos pelos dois órgãos estaduais envolvidos nesta parceria, visando principalmente a melhoria da qualidade de vida e de saúde da população paulista. Breve histórico sobre o início da parceria A Vigilância Epidemiológica do Programa Estadual DST/ Aids – VE-PEDST/Aids responde pela coordenação das ações de
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vigilância epidemiológica e pelo gerenciamento de dados no Sinan, no que se refere às doenças sexualmente transmissíveis, sífilis congênita, sífilis na gestação, gestante HiV, criança exposta à transmissão vertical do HiV e acidente em profissionais da saúde com material biológico. Entre suas atribuições estão o dimensionamento e a caracterização destes agravos ocorridos no Estado de São Paulo. A vigilância tornou-se instrumento universalmente utilizado, sendo crescente a necessidade de aprimoramento contínuo, pois a demanda por respostas revela-se cada vez mais complexa (FOEGE; HOGAn; nEWTOn, 1976). Em 1990, procurando ampliar esse universo, a VE-DST/Aids, em parceria com o Centro Colaborador da Organização Mundial de Saúde para a Classificação de Doenças em Português, entidade ligada à Faculdade de Saúde Pública da universidade de São Paulo, pesquisou os 48 óbitos por Aids ocorridos em 1984. Foram resgatadas 40 declarações de óbito dos arquivos do Seade, sendo que em apenas 19 (47,5%) existia a menção de Aids como causa básica ou associada de morte (SãO PAulO, 1998). Em 1989, a VE-DST/Aids iniciou investigações dos óbitos ocorridos no Município de São Paulo, em estreita colaboração com o Programa de Aprimoramento das informações de Mortalidade no Município de São Paulo – PrO-AiM, que separava as declarações de óbito em que aparecesse HiV, Aids, ou termo correlato, entre as causas de óbito e encaminhava cópias para a VE-DST/Aids. A verificação destes casos no banco de Aids era realizada de forma manual. Se o caso já estivesse notificado, acrescentava-se a informação sobre o óbito. Caso contrário, encaminhava-se ofício ou ao serviço de saúde onde ocorrera o óbito, ou ao médico que assinara a declaração, solicitando sua notificação e o envio de informações adicionais para que a própria VE-DST/Aids a fizesse. Entretanto, parcela relevante destas investigações não era realizada, acumulando-se grande quantidade de óbitos por Aids sem notificação. Este problema foi apresentado à Coordenação nacional que, no final de 1996, instituiu novo critério para definição de caso de Aids: o “critério óbito”. Este novo procedimento permitiu incluir cerca de 2.000 novos casos de óbitos informados como Aids no Sinan, tendo sido considerada a data de diagnóstico coincidente com a data do óbito. Ciente da importância de investigar tais óbitos, a VE-DST/ Aids abriu outra frente de trabalho com o Serviço de Verificação de Óbitos – SVO, da Faculdade de Medicina da uSP, para avaliar os laudos de necrópsia com suspeita de Aids. Assim, em 1997, durante oito meses os legistas deste serviço colheram sangue do ventrículo cardíaco dos cadáveres com tal suspeita e encaminharam as amostras ao laboratório da vigilância para as sorologias
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anti-HiV, ainda não realizadas rotineiramente naquela época. Das 206 amostras investigadas, em 134 (65%) a sorologia anti-HiV foi positiva. no final de 1998, outro estudo coletou, durante dois meses, amostras de sangue de todos os cadáveres que chegavam para investigação. O exame de sorologia anti-HiV detectou 82 casos (3,84%) reagentes, entre as 2.137 amostras colhidas, sendo 74 homens (29 casos já notificados) e oito mulheres (nenhum caso já notificado). Por sua vez, a Fundação Seade realiza mensalmente pesquisa nos Cartórios de registro Civil de todos os municípios do Estado de São Paulo, coletando informações sobre o registro legal dos eventos vitais: nascimentos, óbitos e casamentos. Os dados do Sistema de Estatísticas Vitais – SEV do Seade são enviados para a Secretaria de Estado da Saúde, integrando, a seguir, o Sistema de informações sobre Mortalidade – SiM e o Sistema de informações sobre nascido Vivo – Sinasc, coordenados pelo Ministério da Saúde, além de compor com o instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – iBGE o Sistema de Estatísticas do registro Civil do Brasil. A produção dos dados de mortalidade realizada pela Fundação Seade considera dois tipos de instrumentos de coleta: mapas estatísticos, contendo dados específicos dos registros legais; e cópias das declarações de óbito. O processamento desses eventos gera bancos de mortalidade por sexo, idade, causas de morte e uma série de outras variáveis, que estão desagregadas para todos os municípios paulistas e distritos da capital, permitindo estudos minuciosos da população, como, por exemplo, o acompanhamento contínuo da mortalidade por Aids. Em 1997, a parceria firmada entre a VE-DST/Aids e o Seade possibilitou a ampliação das investigações de óbito por Aids em todos os municípios paulistas. Os casos fatais não notificados no Sinan e presentes no sistema de estatísticas vitais do Seade passaram a ser encaminhados às regionais de saúde e aos municípios, para serem investigados, o que permitia o levantamento de informações adicionais, como categoria de exposição ao HiV. Entretanto, caso não houvesse retorno em um período de seis meses, estes casos eram notificados no Sinan por meio do critério óbito. Como primeiro resultado desta parceria, a equipe da VEDST/Aids investigou manualmente todas as declarações de óbito recebidas no Seade em 1995, que não ocorreram na capital. Dos cerca de 100 mil óbitos avaliados, detectaram-se 2.730 casos com Aids como causa básica de morte, sendo 710 ainda sem notificação no Sinan, que representavam 26% do total de óbitos por Aids e aproximadamente 8% dos casos notificados até aquele ano. Foram encontrados, também, 649 casos (24%) que, apesar de já notificados, não dispunham de informação sobre o óbito, além
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de 1.371 óbitos (50%) corretamente notificados e atualizados no banco estadual. Esta investigação inicial, indicativo do grande potencial de análise possível com o tratamento conjunto das duas bases de dados, incentivou a proposta de se realizar busca intensiva e detalhada de todos os casos de Aids ocorridos no Estado de São Paulo e motivou a elaboração do projeto de recuperação histórica dos casos fatais de Aids presentes no sistema de estatísticas vitais produzido no Seade. na base de mortalidade do Seade, voltada para fins estatísticos, não estava incluída a variável nome, tão necessária para o tratamento conjunto das duas bases de dados. Para solucionar esta questão, desenvolveu-se um procedimento específico, que partiu da elaboração de subarquivo de dados do sistema de estatísticas vitais do Seade, desde o início da epidemia na década de 1980, com os óbitos que apresentavam Aids como causa de morte. A variável-chave para identificação dos casos contidos neste arquivo foi o cartório de registro civil onde fora registrado este óbito. Com tal informação, pesquisaram-se as declarações de óbito arquivadas no acervo de documentos do Seade, além de levantamento especial em alguns cartórios, pois não foi possível localizar parcela das declarações arquivadas. Foram levantadas principalmente as variáveis nome do indivíduo e nome de sua mãe. O Seade criou processos informatizados para a vinculação dos casos de Aids presentes no Sinan e no sistema de estatísticas vitais, procurando maior precisão e agilidade no relacionamento das informações inicialmente feitas de forma manual. O tratamento conjunto adotado para os casos de Aids no Estado de São Paulo gerou a BiP-Aids – Base integrada Paulista de Aids, que é atualizada anualmente pelos dois parceiros e representa importante instrumento de monitoramento para a vigilância dos casos da epidemia, fornecendo informações mais completas, de melhor qualidade e com maior riqueza de detalhes. Metodologia adotada para elaboração da BIP-Aids Adotou-se a técnica de vinculação de dados, também conhecida como linkage, para a elaboração da BiP-Aids, que procura identificar registros referentes à mesma pessoa e que estão presentes tanto no banco de óbitos, como no de notificações. isso é feito a partir da comparação de campos selecionados, para verificar se são idênticos.
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A vinculação utilizada é determinística, formando pares e relacionando variáveis somente com a certeza de identidade. Quando surgem dúvidas, os casos passam por análise individualizada, contando com informações adicionais que melhor identifiquem o par. Tal precisão torna-se necessária, pois o banco resultante é utilizado para orientar políticas de saúde pública e dimensionamento de medidas específicas, como dispensa de medicamento e atendimento nas regionais especializadas de saúde, gerando constrangimentos se o caso for indevidamente considerado óbito. Como já mencionado anteriormente, os óbitos detectados no banco do Seade e não presentes no banco do Sinan são encaminhados às regionais de saúde, visando sua investigação, para serem posteriormente incluídos no banco integrado. Para a técnica de vinculação de bases de dados, a variável “nome” é de fundamental importância, principalmente quando se pretende realizar vinculação determinística. Foram desenvolvidas rotinas automatizadas que possibilitaram: digitação dos campos adicionais na base de dados de óbitos; compatibilização das variáveis nas duas bases de dados; uniformização dos nomes nas duas bases; introdução de campos com iniciais dos nomes nas duas bases; vinculação dos bancos; e formação dos pares selecionados. As rotinas utilizadas têm sido aprimoradas ao longo do tempo, permitindo ampliar os recursos de análise para o preparo das variáveis a serem comparadas, assim como utilizar maior número de variáveis na comparação dos bancos, oferecendo maior diversidade na elaboração dos critérios de comparação. Algumas dificuldades foram encontradas no tratamento conjunto das duas bases de dados. O processo de alimentação da base do Sinan permite a duplicidade de casos, que podem ser notificados por mais de uma regional, apresentando, consequentemente, informações divergentes ou complementares. Outra questão importante é a existência de versões em duas linguagens diferenciadas, Windows e net, resultante da evolução tecnológica das máquinas e dos gerenciadores de bases de dados utilizados pelo Sinan. O desenvolvimento do processo de vinculação informatizado requer, portanto, rotinas para preparar os bancos de dados e tornálos compatíveis. As rotinas utilizadas pelo Seade neste processo foram elaboradas em visual basic, sendo que no início da parceria utilizava-se sistema operacional DOS e os dados ficavam armazenados em DBase, ao passo que atualmente o sistema operacional passou a ser Windows e as bases são hospedadas em Access.
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O processo de padronização das variáveis é de fundamental importância para obter maior eficácia na identificação dos casos comuns às duas bases, contando com informações que utilizam regras idênticas de escrita nos dois bancos relacionados. no início, durante a recuperação histórica, a rotina desenvolvida em DOS padronizava as informações da seguinte maneira: conversão dos nomes (do indivíduo e da mãe) para caixa-alta; retirada de acentuação, preposições e outros caracteres gráficos dispensáveis; e gravação da abreviação dos nomes do indivíduo e da mãe. A padronização posterior, atualmente utilizada em visual basic, permite trabalhar com as variáveis nomes de pessoas, datas e números de documentos. São também gerados campos, como iniciais dos nomes, além de ser possível a utilização de um só nome (primeiro à direita ou primeiro à esquerda). Valendo-se das bases de dados preparadas conforme a descrição anterior, são aplicados os critérios de combinação das variáveis selecionadas. no processo de vinculação, são elaborados critérios para formação de pares, que podem ser de dois tipos: por igualdade e por semelhança. na comparação por igualdade, observa-se se a variável selecionada possui preenchimento idêntico nas duas bases. na comparação por semelhança, verifica-se se a semelhança no preenchimento é igual ou superior a um nível preestabelecido, que no presente projeto corresponde a 80%. A seleção dos pares é então realizada em duas etapas: automática e visual. A seleção automática ocorre quando todas as variáveis definidas para a vinculação coincidem totalmente. Quando o par selecionado apresenta algum tipo de discordância, tornase necessária uma análise visual, que é realizada caso a caso, comparando-se as demais informações contidas nas bases, para posterior confirmação ou não. A seleção visual é realizada com dupla verificação, ou seja, por dois técnicos da VE, que têm seus trabalhos comparados e, na ocorrência de seleção discordante, nova análise conjunta é realizada para a decisão final a ser tomada. Este procedimento reduz a possibilidade de erro na seleção, pois os casos divergentes costumam ser os mais complicados, além de diminuir o erro aleatório do técnico no processo de seleção visual. Os óbitos da base de mortalidade por Aids do Seade que não puderem ser vinculados são enviados às regionais de vigilância epidemiológica correspondentes aos municípios de residência do falecido e/ou ocorrência do óbito para serem investigados,
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visando enquadrá-los em um dos critérios de definição de caso de Aids. A BiP-Aids é composta, então, pelos casos comuns, cujo óbito ou já estava informado ou passa a ser incluído com os dados do Seade, pelos casos existentes apenas na base de notificados do Sinan e pelos óbitos da base do Seade que não foram vinculados, sendo assim, introduzidos no banco por meio do critério óbito. Retirada da duplicidade de casos no banco do Sinan uma importante dificuldade encontrada no processo de vinculação é a existência de duplicidades no banco do Sinan. Embora os responsáveis pelo gerenciamento deste banco no Estado de São Paulo disponham de rotinas para retirá-las, este procedimento não resolve tal questão de forma integral. Em 2007, houve acordo entre as duas instituições e a Fundação Seade passou a participar do processo de retirada das duplicidades, utilizando metodologia semelhante à vinculação de bases de dados. Foram introduzidas algumas adaptações para tornar este trabalho mais eficaz, resultando em redução considerável do número de duplicidades. Foi preciso aplicar este procedimento para os casos notificados existentes nas duas versões do banco do Sinan (net e Windows) para então retirar as duplicidades do arquivo elaborado nas vinculações já realizadas anteriormente. A metodologia utilizada na retirada de duplicidades inclui, além das rotinas já citadas anteriormente, a seleção de qual registro duplicado deverá permanecer ou ser excluído. Foram elaborados critérios de seleção, de acordo com a hierarquia de informações definidas pela equipe técnica do VE-PEDST/Aids. nos casos em que o registro duplicado e selecionado não apresentava alguma das variáveis sexo, escolaridade, raça, data de nascimento, categoria de exposição ou evolução da doença, procurou-se recuperá-las no seu respectivo par não selecionado. Vale lembrar que esta etapa de retirada de duplicidades deve ser repetida a cada ano, pois sempre há a possibilidade de um mesmo caso ser notificado por outra regional de saúde e aparecer duplicado na base do Sinan. Esta questão precisa ser adequadamente resolvida na rotina de notificação de casos de Aids, para que não ocorram novas duplicidades que interferem na precisão do dimensionamento da ordem de grandeza da epidemia no Estado de São Paulo e no Brasil.
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Resultados A elaboração da BiP-Aids, a partir do relacionamento da base de dados de mortalidade do Seade com a do Sinan, além de revelar universo mais completo de casos da doença e complementar as informações disponíveis em cada base individualizada, permite avaliar a cobertura de cada sistema e incorporar os óbitos por Aids tanto na base do Seade quanto na do Sinan, bem como identificar, nesta última, os casos que, apesar de notificados, não dispunham de informações sobre o óbito. Analisando-se o processo de vinculação desde o princípio, fica evidente a contribuição para a redução da subnotificação nos registros da Aids, certificando-se a notória melhora da abrangência e da qualidade das informações contidas nestes bancos. Outro importante resultado é a avaliação da situação de vida dos doentes já notificados no Sinan. Analisando-se os dados constantes na segunda coluna da Tabela 1, relativos à primeira vinculação realizada, observa-se que, do total de pares vinculados, 79,8% dos óbitos já estavam notificados no Sinan e a data do óbito era coincidente com a data constante no sistema de estatísticas vitais do Seade; 9,2% deles, apesar de contar com a informação sobre o óbito, apresentavam datas divergentes nas duas bases; e 11% dos óbitos não estavam informados no Sinan. Tabela 1 Vinculação dos casos fatais de Aids das bases Sinan e Seade Estado de São Paulo – 1980-2002 Participação (%) Em Em relação relação ao aos pares total de vinculados óbitos do Seade
Casos de Aids
Total (Nos abs.)
Casos fatais na base do Seade
73.198
Pares de casos vinculados
62.345
100,0
85,2
Com óbito já informado e datas coincidentes
49.762
79,8
68,0
Com óbito já informado e datas divergentes
5.731
9,2
7,8
6.852
11,0
9,4
Óbito não informado no Sinan Óbitos da base do Seade sem correspondência no Sinan
10.853
100,0
14,8
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids. Nota: Estavam notificados 117.629 casos de Aids no Sinan.
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Também evidenciou-se a existência de importante subnotificação do banco do Sinan em relação ao total de óbitos do banco do Seade para aquele período, da ordem de 14,8%, que foram incorporados à base do Sinan a partir do critério óbito. ressalte-se que parcela dos óbitos presentes no Sinan com data de morte idêntica nas duas bases já é consequência do trabalho de relacionamento manual realizado anteriormente pelas duas instituições. A rotina automatizada elaborada na parceria permite o aprimoramento contínuo da qualidade das informações contidas na Base integrada Paulista de Aids. uma síntese da vinculação final realizada para os casos fatais na população com 13 anos e mais ocorridos no Estado de São Paulo até 2006 é apresentada na Figura 1. Figura 1 Vinculação entre as bases Sinan e Seade de óbitos por Aids da população com 13 anos e mais Estado de São Paulo – 1980-2006 Sinan 8.882
6.642
Seade 605.287
6.636
78.728
7.848
Os registros de casos fatais de Aids em pessoas com 13 anos e mais totalizavam 86.576 eventos na base de mortalidade do Seade e 85.370 no banco do Sinan. Como resultado da vinculação, na BiP-Aids, o número de óbitos ocorridos até 2006 foi de 93.218 eventos, indicando subnotificação de 7,1% e 8,4%, respectivamente, para as duas bases de dados. Os registros não captados pelo Seade são, em grande parte, datados do início da epidemia, quando havia certo desconhecimento e também notório preconceito para com a doença, levando muitas vezes à omissão da Aids como causa de morte. Por outro lado, os óbitos não notificados no banco Sinan somavam 14.804 casos no início do processo de tratamento conjunto das bases de dados. Após o trabalho de investigação nas
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regionais da saúde e inclusão na base do Sinan, este total foi reduzido para 7.848 eventos em 2006, representando relevante queda na subnotificação de óbitos desta base. Como a variável nome (do falecido e da mãe) não constava da base de mortalidade do Seade até 2000, não foi possível realizar a vinculação dos casos notificados de Aids com todos os óbitos, independentemente da causa de morte mencionada. Com a incorporação dessa variável a partir daquele ano, tal procedimento tornou-se possível, o que tornou a vinculação mais abrangente, pois inclui a totalidade dos óbitos, ampliando o potencial de formação de pares com casos comuns às duas bases ao identificar aqueles casos que vieram a óbito devido a causa distinta de Aids. Para se ter uma ideia da importância desta incorporação, verificou-se, na última vinculação realizada com os óbitos de 2006, que 505 casos notificados no Sinan vieram a óbito devido a causas de morte não relacionadas à Aids, respondendo por 12,6% dos óbitos do Seade considerados nesta segunda vinculação. Estes resultados são apresentados na Tabela 2. A síntese dos resultados das sucessivas vinculações, realizadas durante a referida parceria, sinaliza que o índice de subnotificação dos casos de Aids da base do Sinan, em 2006, era estimado em 8,2%, forte indicativo de que houve processo contínuo de melhoria na cobertura deste sistema, como consequência especial do tratamento conjunto adotado com as bases de dados. Tabela 2 Vinculação dos casos fatais de Aids das bases Sinan e Seade, por faixa etária Estado de São Paulo – 1980/2007 (1) Resultado da vinculação
Até 12 anos
13 anos e mais
Total
Total geral
40
3.976
4.016
Causa básica Aids
35
3.347
3.382
29
2.675
2.704
6
672
678
1
128
129
1
97
98
0
31
31
4
501
505
Vinculado Não vinculado Causa múltipla Aids e causa básica diferente de Aids Vinculado Não vinculado Sem menção de Aids em nehuma das linhas (vinculados)
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids. (1) Dados do Sinan (1980/2007) e Seade (2006).
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A Figura 2 mostra os casos presentes na BiP-Aids, para a população com 13 anos e mais, resultantes da última vinculação realizada entre os casos notificados no Estado de São Paulo, de 1980 a junho de 2008, e os óbitos registrados até 2006. Assim, têm-se: 80.218 casos comuns (óbitos) às duas bases de dados; 8.269 óbitos presentes somente na base do Seade; e 83.160 casos constantes apenas na base do Sinan. Estes últimos correspondem principalmente aos doentes que permanecem vivos e também àqueles que já morreram, mas cujos óbitos não foram localizados na base do Seade. Figura 2 Vinculação entre as bases de dados Sinan e Seade da população com 13 anos e mais Estado de São Paulo – 1980-2008 Casos Sinan 8.882
83.160
Óbitos Seade 605.287
6.636
80.218
8.269
Considerações finais Os dados existentes no Sinan e no Seade trazem informações importantes para o acompanhamento da epidemia de Aids no Estado de São Paulo. Com a vinculação e a integração de tais bases, que se complementam, obtêm-se análises muito mais detalhadas das tendências desta epidemia, além de aumentar a cobertura dos casos notificados e atualizar o conhecimento da situação de vida dos doentes. Os resultados deste trabalho conjunto revelam a importância de se relacionarem informações contidas em diferentes bases de dados sobre Aids. A vinculação entre os casos fatais e os notificados permite: dimensionamento mais próximo do real do número de casos da epidemia; ampliação do potencial de análise e de cruzamento das variáveis; estimativa de indicadores de letalidade, prevalência, sobrevida, diferenciais regionais, por sexo, idade, etc. Além disso, sua realização sistemática acarreta aprimoramento do Sistema de Vigilância Epidemiológica da Aids.
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A principal vantagem da integração realizada é a racionalização do uso dos sistemas já existentes, extraindo dos mesmos as informações relevantes para o monitoramento mais eficiente da epidemia. Este trabalho tem contribuído muito para a redução da subnotificação dos casos no Sinan-Aids. A substituição do processo manual de relacionamento das informações por um automatizado torna mais rápida e eficaz a rotina de vinculação e complementação dos dados produzidos sobre a epidemia, resultando na melhoria de sua qualidade e dos estudos sobre a evolução e tendência da doença. A participação ativa das equipes envolvidas nos dois órgãos estaduais e a correta identificação dos indivíduos comuns às duas bases são indispensáveis para a precisão desse procedimento e o acompanhamento de cada caso pelos órgãos locais e regionais. As equipes das duas instituições estão empenhadas em manter esta cooperação e gerar anualmente a Base integrada Paulista de Aids – BiP-Aids. Futuramente, esta base também deverá ser relacionada ao Sistema de informação de Exames laboratoriais – Siscel e ao Sistema de Controle logístico de Medicamentos – Siclom, o que resultará em novo banco de dados ainda mais completo para a análise da epidemia de Aids no Estado.
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2 Panorama da Aids no Estado de São Paulo Ione Aquemi Guibu Ângela Tayra Márcia Cristina Polon do Carmo
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A
história da Aids no mundo e no Brasil já foi amplamente descrita em livros, artigos de revistas e até mesmo em filmes e peças de teatro, abordando-se diversos aspectos relacionados a esta complexa doença, que transcende a esfera da saúde. Neste capítulo, como introdução, serão citados alguns marcos importantes desta história, principalmente relacionados à Vigilância Epidemiológica, sem a pretensão de ser completo, apenas para contextualizar a Aids. A principal referência histórica utilizada foi o site do Programa Nacional DST/Aids e Hepatites Virais (www.aids.gov.br). Entre 1977 e 1978, constatou-se, nos Estados Unidos, no Haiti e na África Central, um quadro clínico incomum em pessoas jovens que, posteriormente, em 1982, foi identificado como uma síndrome, denominada Aids (Acquired Immunodeficiency Syndrome). A nova doença foi chamada de Doença dos “5 H”, pois incidia principalmente em homossexuais, hemofílicos, heroinômanos (usuários de heroína injetável), haitianos e hookers (profissionais do sexo, em inglês). Em 1984, a equipe de Luc Montagner, do Instituto Pasteur de Paris, isolou o agente etiológico responsável pela doença, um retrovírus. Nos EUA, Robert Gallo também pesquisava o retrovírus e, assim, iniciou-se uma disputa entre estes dois grupos pela primazia da descoberta do vírus que, mais tarde, por mais de um acordo entre as partes, foi denominado de Human Immunodeficiency Vírus (HIV) – vírus da imunodeficiência humana. No Brasil, o primeiro caso ocorreu em um homem em São Paulo, em 1980, porém classificado apenas em 1982. A primeira mulher diagnosticada no país como portadora da doença foi registrada em 1983. Nesse mesmo ano, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo organizou o primeiro programa de controle da Aids no Brasil. Ainda durante a década de 1980, com o aumento progressivo de casos, as pesquisas foram se desenvolvendo e, em 1985, disponibilizou-se um teste diagnóstico para detectar anticorpos
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contra o vírus no sangue (teste anti-HIV). o Center of Disease Control (CDC) estabeleceu, em 1984, o primeiro critério de definição de caso de Aids, denominado critério CDC. Desde o início da epidemia, foi fundamental o papel da sociedade civil em todo o mundo, não somente para pressionar as autoridades sanitárias no sentido de estruturar um sistema de saúde a fim de enfrentar a expansão dessa nova doença, mas também na arrecadação de recursos financeiros para o desenvolvimento de pesquisas e no apoio direto aos doentes. Em São Paulo, criou-se o Grupo de Apoio à Prevenção da Aids – Gapa, primeira organização não-governamental (oNG) na luta contra Aids da América Latina. Ainda em 1985 foram implantados dez programas estaduais de DST/Aids no país e publicada a Portaria nº 236/MS de 02/05/1985, definindo como grupo de risco para o HIV os homossexuais masculinos, bissexuais masculinos, hemofílicos e politransfundidos. Entretanto, os ativistas não concordavam com esta denominação de “grupos de risco”, pois acreditavam que este termo provocaria mais preconceitos e não contribuiria para a discussão e prevenção da doença. Assim, optou-se por utilizar o termo “comportamento de risco” ao HIV. Em 1986 o Ministério da Saúde criou a Comissão Nacional de Aids e, no mesmo ano, a Aids tornou-se doença de notificação compulsória. Também em 1986, aconteceu a II Conferência Internacional de Aids, em Paris, e foi criado o Programa Especial de Aids da organização Mundial de Saúde, tornando-se, no ano seguinte, o Programa Global de Aids. Em 1987, a organização das Nações Unidas estabeleceu 1º de dezembro como o Dia Mundial de Luta contra a Aids para “reforçar a solidariedade, a tolerância, a compaixão e a compreensão em relação às pessoas infectadas pelo HIV”. outro marco importante no controle da epidemia foi a obrigatoriedade, por meio de lei federal, da realização de testes anti-HIV nos doadores de sangue de todo o país, a partir de 1986, seguindo o já estabelecido, anteriormente, pelo Estado de São Paulo. o primeiro medicamento a ser utilizado para reduzir a multiplicação do HIV foi zidovudina (AZT), em 1987. Esta medicação foi adquirida pelo Ministério da Saúde somente em 1991, para ser distribuída gratuitamente, e em 1993 iniciou-se sua produção nacional. o segundo critério de definição de caso de Aids, para fins de vigilância epidemiológica, foi discutido e definido no Congresso de Caracas, na Venezuela, em 1989, e validado na cidade do Rio
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de Janeiro. Este critério foi publicado em 1992 com o nome de “Rio de Janeiro/Caracas”, passando a considerar como adultos os indivíduos com 13 anos e mais de idade, diferente do critério anterior voltado para os maiores de 15 anos. Em 1993 iniciou-se a notificação de Aids pelo Sistema Nacional de Notificação de Doenças (Sinan). Em 1994, foi publicado o resultado do Protocolo Aids Clinical Trial Group 076 (ACTG076), comprovando a eficácia das medidas de prevenção para a transmissão vertical do HIV da mãe para o concepto, com a utilização do AZT. o Ministério da Saúde, em 1994, assinou acordo com o Banco Mundial para empréstimo de 250 milhões de dólares, o que impulsionou as ações previstas pelo Programa Nacional DST/ Aids, possibilitando compra de medicamentos, equipamentos, pesquisas e capacitação de recursos humanos. Além do AZT, em 1995, existiam outras opções de medicamentos antirretrovirais: a didanosina (DDI), a zalcitabina (DDC) e a lamivudina (3TC). Surgiram também os primeiros inibidores de protease: indinavir (IDV), saquinavir (SQV) e ritonavir (RTV). A combinação de tratamento com estas medicações foi chamada de “coquetel”, proposta em 1996 pelo pesquisador norte-americano David Ho. Neste mesmo ano, o Programa Global da Aids da oMS passou a ser Unaids ou onusida. Conforme descrito no capítulo 1, o trabalho de investigação de óbitos realizado pela VE-DST/Aids propiciou evidências para o estabelecimento de um novo critério de definição de casos de Aids, que foi o critério excepcional óbito, em 1996. o segundo acordo de empréstimo com o Banco Mundial, chamado “Aids II: desafios e propostas”, foi assinado em 1998. Nesse ano também foram redefinidas as responsabilidades pelo financiamento dos gastos com a Aids nos três níveis de governo: a compra de antirretrovirais ficou para a União e o tratamento das infecções oportunistas para Estados e municípios. Em 1998, foi instituído o critério CD4 para diagnóstico e notificação de Aids, após implantação da Rede Nacional de Laboratórios para monitoramento de pacientes com HIV em terapia com antirretroviral, com a realização de exames de carga viral e contagem de células linfócitos CD4. Gradativamente foram sendo implantados Serviços Ambulatoriais Especializados (SAE), Hospitais-Dia (HD) e Serviços de Assistência Domiciliar Terapêutica (ADT) em todas as regiões do país. Além disso, muitas oNGs criaram casas de apoio ou grupos
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de convivência para pessoas com HIV/Aids, colaborando de forma expressiva na assistência a estes pacientes. Do primeiro caso de Aids diagnosticado no país até os dias atuais, o programa brasileiro de controle da epidemia se desenvolveu, ganhou projeção mundial e é considerado modelo. Entretanto, muitos desafios persistem, principalmente aqueles relacionados às desigualdades sociais e regionais existentes. o objetivo deste capítulo é caracterizar os casos de Aids por meio da Base Integrada Paulista de Aids (BIP-Aids), que engloba os casos notificados no Sinan-Aids do Estado de São Paulo e o banco de óbitos do Seade, como explanado no capítulo anterior. Critérios de definição de caso de Aids Nestes 30 anos de vigência da epidemia, o critério de definição de caso de Aids (BRASIL, 2004) sofreu mudanças. Atualmente, os critérios existentes são três para adultos (com 13 anos de idade e mais) e dois para crianças (menores de 13 anos). Para os adultos, os critérios são: • CDC adaptado – evidência laboratorial de HIV e apresentação de pelo menos uma das seguintes doenças: câncer cervical invasivo; candidose de esôfago; candidose de traqueia, brônquios ou pulmão; citomegalovirose (exceto fígado, baço ou linfonodos); criptococose extrapulmonar; criptosporidiose intestinal crônica; histoplasmose disseminada; isosporidiose intestinal crônica; leucoencefalopatia multifocal progressiva; linfoma não Hodgkin e outros linfomas; linfoma primário do cérebro; micobacteriose disseminada exceto tuberculose e hanseníase; pneumonia por Pneumocystis jiroveci; reativação da doença de Chagas; salmonelose; toxoplasmose cerebral; e contagem de linfócitos T CD4 menor que 350 por mm3. • Rio de Janeiro/Caracas – evidência laboratorial de HIV e contagem de pelo menos 10 pontos, conforme a seguinte pontuação: sarcoma de Kaposi (10); Tuberculose disseminada/ extra-pulmonar/ pulmonar não cavitária (10); candidose oral ou leucoplasia pilosa (5); herpes zoster em pessoas com 60 anos ou mais (5); disfunção do sistema nervoso central (5); diarreia igual ou superior a um mês (2); febre maior ou igual a 38º C por tempo superior ou igual a um mês (2); caquexia ou perda de peso maior que 10% (2); astenia maior ou igual a um mês (2); dermatite persistente (2); anemia e/ ou linfopenia e/ou trombocitopenia (2); tosse persistente
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ou qualquer pneumonia (2); linfadenopatia maior ou igual a um cm, maior ou igual a dois sítios extra-inguinais e por tempo maior ou igual a um mês (2). • Óbito – quando há menção de Aids ou HIV e causa de morte associada à imunodeficiência e que, após investigação, não pode ser classificado num dos dois critérios mencionados. Para as crianças, os critérios de caso são: • CDC adaptado – evidência laboratorial de HIV e diagnóstico de pelo menos duas doenças indicativas de Aids de caráter leve e/ou pelo menos uma doença indicativa de caráter moderado ou grave e/ou contagem de T CD4 menor que o esperado para a idade atual da criança. Doença de caráter leve: aumento crônico da parótida; dermatite persistente; esplenomegalia; hepatomegalia; infecções persistentes ou recorrentes de vias aéreas superiores (otite ou sinusite); linfadenopatia maior ou igual a 0,5cm em mais de dois sítios. Doença de caráter moderado ou grave: anemia por mais de 30 dias; candidose do esôfago; candidose de traqueia, brônquios ou pulmões; candidose oral resistente ao tratamento; citomegalovirose (exceto em fígado, baço ou linfonodo); criptococose pulmonar; criptosporidiose com diarreia há mais de um mês; diarreia recorrente ou crônica; encefalopatia pelo HIV; febre persistente há mais de um mês; gengivo-estomatite herpética recorrente (mais de dois episódios em um ano); hepatite por HIV; herpes simples em brônquios, pulmões ou trato gastrointestinal; herpes simples mucocutâneo há mais de um mês em maiores de um mês de idade; herpes zoster (ao menos dois episódios distintos ou em mais de um dermátomo); histoplasmose disseminada; infecções bacterianas de repetição/ múltiplas (sepse, pneumonia, meningite, osteoartrites, abcessos em órgãos internos); infecção por citomegalovirus em menores de um mês de idade; isosporidiose intestinal crônica, leiomiossarcoma; leucoencefalopatia multifocal progressiva; linfopenia por mais de 30 dias, linfoma não Hodgkin e outros linfomas; linfoma primário de cérebro; miocardiopatia; micobacteriose disseminada (exceto tuberculose e hanseníase); meningite bacteriana, pneumonia ou sepse (único episódio); nefropatia; nocardiose; pneumonia linfóide intersticial; pneumonia por Pneumocystis jiroveci; salmononelose; sarcoma de Kaposi; síndrome de emaciação; toxoplasmose cerebral em crianças com mais de um mês de idade ou toxoplamose iniciada antes de um mês de idade; trombocitopenia por mais
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de 30 dias; tuberculose pulmonar; tuberculose disseminada ou extrapulmonar; varicela disseminada. • Óbito – quando há menção de Aids ou HIV e causa de morte associada à imunodeficiência e que, após investigação, não pode ser classificado no critério CDC adaptado. Análise da morbidade por Aids As análises foram realizadas a partir do BIP-Aids, com dados do Sinan-Aids até 30/06/2008 e relacionados com o banco de óbitos do Seade até 31/12/2006. É importante ressaltar que existe uma demora no fluxo de notificações de casos de Aids, podendo chegar a dois anos de atraso. Assim, o último ano mais completo para análise é o de 2006. observa-se que, no Boletim Epidemiológico do Departamento Nacional de DST/Aids e Hepatites Virais, do Ministério da Saúde, com dados até 30/06/2008, foi apresentada a análise de 432.890 casos de Aids notificados no Sinan, sendo que 178.025 corresponderam a residentes no Estado de São Paulo, equivalendo a 41% do total do país (BRASIL, 2008). o número de casos de Aids registrado no boletim nacional não é coincidente com aquele apresentado pela BIP-Aids, uma vez que são diferentes as metodologias utilizadas no Estado de São Paulo para retirada de duplicidades e investigações. Além disso, desde 2004, o Departamento Nacional passou a apresentar no seu Boletim as análises de Aids com os dados do Sinan acrescidos daqueles resultantes do relacionamento com outras bases de dados: • com os óbitos por Aids registrados no Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) e não notificados; • com o banco de indivíduos que realizaram exames de contagem de células CD4 e carga viral registrados no Sistema de Informação de Exames Laboratorial (Siscel); • com o banco de indivíduos que retiraram antirretrovirais registrados no Sistema de Informação de Controle Logístico de Medicamentos (Siclom). Dessa forma, o número de casos resultantes destes relacionamentos de bancos aumentou para 506.499, no Brasil, e para 192.187 (38%), no Estado de São Paulo, ou seja, um acréscimo de 14,5% e 7,4%, respectivamente. No período de 1980 a 30/06/2008, ocorreram, no Estado de São Paulo, 171.647 casos de Aids, dos quais 165.373 até o final de 2006.
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Dos 165.373 casos, 70% eram do sexo masculino e 30% do feminino. A razão de sexo, em 1985, era de 34 homens para uma mulher, diminuindo para 2:1 a partir de 1996 (Tabela 1). As taxas de incidência de Aids (TI) aumentaram até atingir seu maior valor em 1998 (34,18 casos por 100 mil habitantes), Tabela 1 Casos notificados de Aids, taxas de incidência (TI) (1) por sexo, segundo ano de diagnóstico Estado de São Paulo – 1980-2006 Ano de diagnóstico Total 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
Homens Casos 116.358 1 8 24 81 339 594 1.412 2.245 3.003 4.462 5.793 6.839 7.228 7.393 7.634 7.837 7.822 7.994 7.079 6.700 6.235 6.151 5.780 4.898 4.527 4.279
TI (2) 0,01 0,06 0,18 0,60 2,46 4,22 9,84 15,34 20,11 29,29 37,28 43,23 44,90 45,13 45,81 46,25 45,40 45,62 39,72 36,99 33,95 33,03 30,61 25,58 23,30 21,77
Sexo Mulheres Casos 48.997 1 3 10 32 162 379 533 863 1.296 1.779 2.088 2.287 2.741 3.278 3.793 4.205 3.729 3.660 3.624 3.512 3.315 2.779 2.621 2.307
TI (2) 0,01 0,02 0,07 0,22 1,11 2,55 3,50 5,55 8,15 10,97 12,63 13,57 15,95 18,72 21,27 23,13 20,13 19,40 18,94 18,09 16,83 13,91 12,92 11,24
Total Ignorado
Casos
18 1 1 1 3 2 2 1 2 1 3 1 -
165.373 1 8 25 84 349 626 1.574 2.624 3.536 5.325 7.090 8.619 9.317 9.683 10.377 11.115 11.617 12.200 10.810 10.361 9.862 9.664 9.095 7.677 7.148 6.586
TI (2) 0,00 0,03 0,09 0,31 1,26 2,21 5,45 8,89 11,73 17,30 22,55 26,91 28,55 29,13 30,66 32,26 33,13 34,18 29,74 28,02 26,30 25,41 23,58 19,62 18,00 16,39
Razão de sexo (H/M) 2/1 24/1 27/1 34/1 19/1 9/1 6/1 6/1 5/1 5/1 4/1 3/1 3/1 3/1 2/1 2/1 2/1 2/1 2/1 2/1 2/1 2/1 2/1 2/1 2/1
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids. (1) Utilizada projeção populacional da Fundação Seade. (2) Por 100 mil habitantes.
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19/5/2011 10:45:21
34
DADoS PARA REPENSAR A AIDS No ESTADo DE São PAULo
decrescendo gradativamente a partir daí e chegando, em 2006, à metade deste valor (16,39). Entre os homens, a maior TI ocorreu em 1996 (46,25 por 100 mil), diminuindo para 21,77 em 2006, enquanto para as mulheres o maior valor foi registrado em 1998 (23,13), decrescendo para 11,24, neste último ano. Com os dados da BIP-Aids foram analisados os totais de casos e as taxas de incidência segundo faixa etária, nos anos de 1991, 1995, 2000 e 2006, que são apresentados na Tabela 2. observa-se que, em 1991 e 1995, a maior TI ocorreu na faixa de 25 a 29 anos (53,5 e 79,3 casos por 100 mil habitantes, respectivamente). Já em 2000 e 2006, as maiores taxas foram registradas no grupo de 30 a 39 anos. Nas idades acima de 40 anos, houve leve aumento das taxas entre 1995 e 2000, seguido de pequena diminuição em 2006, ao contrário das idades mais novas, em que o decréscimo foi bem maior, com redução de 71% na TI para a faixa de 25 a 29 anos, contra 21% para a de 40 a 49 anos. Estes dados apontam para uma tendência de “envelhecimento” da Aids. Dos 165.373 casos de Aids, 5.201 (3,1%) correspondiam a crianças menores de 13 anos de idade. Na faixa de 0 a 4 anos, a incidência diminuiu 5,5 vezes entre 2000 e 2006. Este é um dado importante, pois significa que houve redução da transmissão vertical, responsável por 88% dos casos de Aids entre os menores de 13 anos. As informações contempladas nas Tabelas 3 e 4 referem-se apenas aos casos notificados no Sinan, segundo categorias de exposição. observa-se que, entre os 152.553 casos de pessoas com 13 anos e mais de idade, 39,6% eram heterossexuais, 13,4% homossexuais masculinos, 6,3% bissexuais, 24,2% usuários de drogas injetáveis, 15,9% ignorados ou em investigação e apenas 0,6% outras exposições. Ao longo destes 30 anos de epidemia de Aids, seguindo o critério de hierarquização das categorias de exposição1 adotado no Brasil em 2002, as principais formas de transmissão variaram no tempo e por regional de saúde. Em todo o Estado, até 1987, a categoria de exposição predominante era a de homens que fazem sexo com homens (HSH). De 1988 a 1994, ocorreu maior frequência de Aids entre os usuários
1. Hierarquização – todas as categorias de exposição múltiplas, que envolvam uso de drogas injetáveis e a transmissão sexual, terão sempre como categoria de exposição principal o uso de drogas injetáveis (BRASIL, 2002).
Aids_Cap2_provafinal2.indd 34
19/5/2011 10:45:21
Aids_Cap2_provafinal2.indd 35
15.568
31.864
65.217
30.820
9.895
2.873
20-24 anos
25-29 anos
30-39 anos
40-49 anos
50-59 anos
60-69 anos 14
15
97
300
961
2.485
1.564
1.130
292
22
21
189
7.090
Nos abs.
1991
-
1,6
6,5
13,6
28,9
49,6
53,5
38,3
10,0
0,7
0,6
6,1
22,6
TI (2)
24
42
173
472
1.646
4.011
2.423
1.037
175
23
37
314
10.377
Nos abs.
1995
-
3,7
10,4
18,7
42,3
74,1
79,3
32,3
5,4
0,7
1,1
10,0
30,7
TI (2)
3
30
206
683
2.041
4.290
1.816
774
136
23
76
283
10.361
Nos abs.
2000
Ano de diagnóstico
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids. (1) Utilizada projeção populacional da Fundação Seade. (2) Por 100 mil habitantes.
202
3.115
15-19 anos
Ignorada
468
10-14 anos
618
891
5-9 anos
70 anos e mais
3.842
165.373
0-4 anos
Total
Faixas etárias
Nos de casos 19802006
Tabela 2 Casos notificados de Aids e taxas de incidência (TI) (1), segundo faixas etárias Estado de São Paulo – 1980-2006
-
2,1
11,0
23,1
43,5
72,5
56,7
21,9
3,7
0,7
2,4
8,9
28,0
TI (2)
4
46
217
709
1.860
2.414
831
333
67
25
30
50
6.586
Nos abs.
2006
-
2,6
9,6
18,2
33,6
37,7
23,0
9,1
2,0
0,8
0,9
1,6
16,4
TI (2)
Panorama da Aids no Estado de São Paulo
35
19/5/2011 10:45:22
36
DADoS PARA REPENSAR A AIDS No ESTADo DE São PAULo
Tabela 3 Casos notificados de Aids em indivíduos com 13 anos e mais de idade, por categoria de exposição, segundo ano de diagnóstico Estado de São Paulo – 1980-2006 Categoria de exposição
Ano de diagnósHomo tico os N abs. %
Bi N abs. os
Hetero %
N abs. os
UDI (1) %
N abs. os
Hemof
%
N abs. os
%
Total
20.415
13,4
9.562
6,3
60.354
39,6
36.952
24,2
355
0,2
1980
-
-
1
100,0
-
-
-
-
-
-
1981
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
1982
3
37,5
3
37,5
1
12,5
1
-
-
-
1983
12
48,0
6
24,0
2
8,0
3
12,0
-
-
1984
45
54,2
16
19,3
3
3,6
11
13,3
1
1,2
1985
164
49,0
82
24,5
20
6,0
31
9,3
5
1,5
1986
305
51,0
105
17,6
46
7,7
89
14,9
12
2,0
1987
563
38,0
195
13,2
161
10,9
398
26,9
24
1,6
1988
750
30,9
287
11,8
316
13,0
805
33,1
38
1,6
1989
865
26,0
341
10,3
513
15,4
1.278
38,5
26
0,8
1990
1.061
21,8
398
8,2
790
16,2
2.035
41,8
37
0,8
1991
1.195
18,6
488
7,6
1.262
19,6
2.739
42,6
39
0,6
1992
1.278
16,2
567
7,2
1.871
23,7
3.177
40,2
28
0,4
1993
1.147
13,6
476
5,6
2.334
27,7
3.189
37,8
27
0,3
1994
1.124
12,8
472
5,4
2.636
30,0
2.940
33,5
24
0,3
1995
1.061
10,9
490
5,0
3.073
31,6
2.897
29,8
27
0,3
1996
1.213
11,7
466
4,5
3.786
36,4
2.843
27,3
25
0,2
1997
1.215
11,5
573
5,4
4.525
42,8
2.650
25,0
33
0,3
1998
1.226
10,5
671
5,7
5.034
43,1
2.536
21,7
-
-
1999
1.030
10,3
616
6,1
4.665
46,5
1.979
19,7
-
-
2000
963
9,8
569
5,8
4.694
48,0
1.787
18,3
-
-
2001
940
10,3
515
5,6
4.613
50,5
1.410
15,4
-
-
2002
1.007
11,3
506
5,7
4.657
52,4
1.194
13,4
2
0,0
2003
906
10,9
483
5,8
4.605
55,4
1.057
12,7
5
0,1
2004
799
11,5
437
6,3
3.880
55,8
736
10,6
1
0,0
2005
754
11,6
395
6,1
3.676
56,8
630
9,7
1
0,0
2006
789
13,4
404
6,8
3.191
54,1
537
9,1
-
-
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids. (1) UDI - Uso de drogas injetáveis. (2) Todos os casos por transfusão de sangue estão sendo reinvestigados de acordo com o algoritmo da CNDST/Aids-MS.
Aids_Cap2_provafinal2.indd 36
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Panorama da Aids no Estado de São Paulo
Categoria de exposição T. Sangue (2) Nos abs.
Aids_Cap2_provafinal2.indd 37
Ac.Profis
%
Nos abs.
Vertical
%
Nos abs.
Total
Invest %
Nos abs.
37
%
Nos abs.
15,9 152.553
%
600
0,4
1
0,0
57
0,0
24.257
100,0
-
-
-
-
-
-
-
-
1
100,0
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
8
100,0
-
-
-
-
-
-
2
8,0
25
100,0
-
-
-
-
-
-
7
8,4
83
100,0
1
0,3
-
-
-
-
32
9,6
335
100,0
6
1,0
-
-
-
-
35
5,9
598
100,0
14
0,9
-
-
-
-
126
8,5
1.481
100,0
27
1,1
-
-
-
-
206
8,5
2.429
100,0
32
1,0
-
-
-
-
266
8,0
3.321
100,0
45
0,9
-
-
-
-
502
10,3
4.868
100,0
68
1,1
-
-
-
-
646
10,0
6.437
100,0
88
1,1
-
-
-
-
885
11,2
7.894
100,0
70
0,8
-
-
-
-
1.191
14,1
8.434
100,0
63
0,7
-
-
-
-
1.518
17,3
8.777
100,0
95
1,0
-
-
1
0,0
2.078
21,4
9.722
100,0
64
0,6
1
0,0
-
-
2.013
19,3
10.411
100,0
24
0,2
-
-
2
0,0
1.558
14,7
10.580
100,0
2
0,0
-
-
3
0,0
2.198
18,8
11.670
100,0
-
-
-
-
2
0,0
1.740
17,3
10.032
100,0
-
-
-
-
3
0,0
1.772
18,1
9.788
100,0
-
-
-
-
6
0,1
1.649
18,1
9.133
100,0
-
-
-
-
6
0,1
1.517
17,1
8.889
100,0
-
-
-
-
9
0,1
1.243
15,0
8.308
100,0
-
-
-
-
9
0,1
1.090
15,7
6.952
100,0
1
0,0
-
-
6
0,1
1.012
15,6
6.475
100,0
-
-
-
-
10
0,2
971
16,5
5.902
100,0
19/5/2011 10:45:23
38
DADoS PARA REPENSAR A AIDS No ESTADo DE São PAULo
de drogas injetáveis (UDI), para ambos os sexos. Concomitantemente, houve tendência crescente na transmissão heterossexual, tanto em homens como em mulheres. A partir de 1998, passou a predominar a transmissão heterossexual em mulheres, superando a dos homens heterossexuais. Devido ao controle de sangue e hemoderivados, instituído a partir de 1987 no Estado de São Paulo, os casos confirmados por transfusão de sangue e/ou hemoderivados (em especial nos hemofílicos) foram identificados até 1997. Em 1986, 5% dos casos de Aids tiveram esta categoria de exposição, sendo que, a partir de 1996, esta proporção diminuiu para menos de 1% e é praticamente nula nesta última década, o que revela o impacto da medida de controle adotada. os raríssimos casos detectados a partir de 2000 foram consequentes à existência de provável condição de janela imunológica dos doadores. Este problema será minimizado à medida que forem instituídos testes sorológicos mais sensíveis e com detecção da infecção mais precoce, além da conscientização dos doadores de sangue em situação de risco, para buscarem nos Centro de Testagem e Aconselhamento – CTA o diagnóstico de possível infecção. Foi confirmado somente um caso de Aids em profissional de saúde (auxiliar de enfermagem), resultante de acidente com instrumento pérfuro-cortante contaminado pelo HIV, ocorrido em hospital do município de São Paulo, em 1996. A partir de 1997, foram notificados os primeiros casos de Aids em jovens com 13 anos e mais, infectados pelo HIV por transmissão vertical (TV), ou seja, estas crianças tornaram-se casos de Aids bem mais tarde. os casos confirmados de Aids por TV mostraram aumento do período de incubação do vírus, revelando uma resposta favorável do seguimento clínico das crianças infectadas por esta forma. Infelizmente, a proporção de formas de exposição ignorada ou em investigação tem sido da ordem de 16%. Estes casos, como apresentam uma distribuição normal em toda a série histórica, não serão considerados na presente análise. Entre os casos em menores de 13 anos de idade notificados no Sinan (Tabela 4), 87,7% ocorreram por transmissão vertical e 8,5% estão em investigação. As outras categorias foram responsáveis por apenas 3,8% dos casos. Nota-se acentuada redução dos casos nas crianças, que passaram de 408 em 1996, para 95 em 2006, ou seja, houve diminuição de mais de quatro vezes em dez anos, resultado das ações de prevenção da transmissão vertical do HIV implementadas pelos diversos serviços de DST/ Aids.
Aids_Cap2_provafinal2.indd 38
19/5/2011 10:45:23
Aids_Cap2_provafinal2.indd 39
3 1 1 1 -
0,1 1,0 0,6 0,6 -
4 1 1 1 1 -
Nos abs. 0,1 0,2 0,3 0,4 -
%
Hetero 6 2 1 1 1 1 -
Nos abs. 0,1 2,0 0,9 0,6 0,4 0,3 -
% 69 1 4 7 12 4 9 16 4 4 3 1 2 1 1 -
Nos abs. 1,4 100,0 80,0 53,8 24,0 4,0 7,9 9,2 1,9 1,6 1,1 0,3 0,6 0,2 0,3 -
% 108 1 4 10 17 12 10 10 14 9 7 8 4 1 1 -
Nos abs. 2,2 20,0 30,8 20,0 17,2 10,5 5,8 4,7 5,6 3,4 2,4 2,2 1,0 0,3 -
%
Categoria de exposição UDI (1) Hemof T.Sangue (2) 4.360 25 67 84 134 191 212 232 264 327 369 418 323 316 321 299 228 195 147 124 84
Nos abs. 87,7 50,0 67,7 73,7 77,5 89,3 85,1 86,9 90,4 90,1 90,4 95,2 91,8 90,5 86,3 86,9 88,4 86,7 91,9 95,4 88,4
%
Vertical
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids. (1) UDI - Uso de drogas injetáveis. (2) Todos os casos por transfusão de sangue estão sendo reinvestigados de acordo com o algoritmo da CNDST/Aids-MS.
Total 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
Ano de Homo diagnósos tico N abs. % 422 2 3 8 8 11 9 19 22 20 26 34 20 29 31 50 43 30 29 11 6 11
Nos abs.
% 8,5 15,4 6,0 8,1 7,0 6,4 4,2 7,6 8,2 6,8 7,2 8,3 4,6 8,2 8,9 13,4 12,5 11,6 12,9 6,9 4,6 11,6
Invest
4.972 1 5 13 50 99 114 173 214 249 267 292 363 408 439 352 349 372 344 258 225 160 130 95
Nos abs.
% 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Total
Tabela 4 Casos notificados de Aids em menores de 13 anos de idade, por categoria de exposição, segundo ano de diagnóstico Estado de São Paulo – 1984-2006
Panorama da Aids no Estado de São Paulo
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DADoS PARA REPENSAR A AIDS No ESTADo DE São PAULo
Padrões de categoria de exposição ao HIV no Estado de São Paulo Nos Boletins Epidemiológico de Aids de 2001 e 2007, a VEDST/Aids apresentou análise das distribuições dos casos de Aids segundo categoria de exposição ao HIV para as 24 regionais de saúde existentes nestes anos, considerando-se somente as principais categorias: HSH, UDI, heterossexual masculino e feminino, no período de 1980 a 2005. Verificaram-se semelhanças entre estas distribuições, que foram classificadas em quatro padrões de transmissão do HIV (São PAULo, 2001, 2007). o Padrão 1 correspondia apenas ao Município de São Paulo, com característica singular, pois, desde a década de 1980 até o final dos anos 1990 apresentou predomínio dos HSH. outra importante categoria existente era dos UDI, com tendência crescente a partir de 1985 até 1992, quando iniciou expressiva queda de incidência. os casos entre heterossexuais elevaram-se gradualmente, superando as demais em 1998, principalmente os casos do sexo feminino (Gráfico 1). Foram classificadas no Padrão 2 as regionais de Santo André, Mogi das Cruzes, osasco, Bauru, Botucatu, Campinas, São João da Boa Vista, São José dos Campos e Taubaté, além do total do Gráfico 1 Casos notificados de Aids em indivíduos com 13 anos e mais de idade, por ano de diagnóstico, segundo categoria de exposição Município de São Paulo – 1980-2004 1.400
N. de casos
HSH
Hetero - Feminino
Hetero - Masculino
UDI
Outros
1.200 1.000 800 600 400 200
83 19 84 19 85 19 86 19 87 19 88 19 89 19 90 19 91 19 92 19 93 19 94 19 95 19 96 19 97 19 98 19 99 20 00 20 01 20 02 20 03 20 04
82
19
19
19
80
0
Ano de diagnóstico
Fonte: São Paulo (2007).
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Panorama da Aids no Estado de São Paulo
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Estado de São Paulo. A categoria HSH também era a mais importante, no início da década de 1980, porém em menor proporção do que no Padrão 1, sendo superada pela referente ao UDI no final dos anos 1980, que se manteve como principal categoria até 1995. Após este ano, a categoria mais frequente passou a ser a dos heterossexuais. A distribuição dos casos da Regional de Saúde de Santo André (Gráfico 2) serve de modelo para este padrão de transmissão. Gráfico 2 Casos notificados de Aids em indivíduos com 13 anos e mais de idade, por ano de diagnóstico, segundo categoria de exposição Regional de Saúde de Santo André – 1982-2004 HSH
N. de casos
180
Hetero - Feminino
Hetero - Masculino
UDI
Outros
160 140 120 100 80 60 40 20
99 20 00 20 01 20 02 20 03 20 04
98
19
97
19
96
19
95
19
94
19
19
93
92
19
91
19
90
19
89
19
19
88
87
19
86
19
19
85
84
19
83
19
19
19
82
0 Ano de diagnóstico
Fonte: São Paulo (2007).
As regionais classificadas no Padrão 3 foram Franco da Rocha, Araçatuba, Araraquara, Assis, Barretos, Franca, Marilia, Piracicaba, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Santos, São José do Rio Preto e Sorocaba. Neste Padrão, de meados da década de 1980 até o final dos anos 1990, prevaleceu a categoria UDI, quando então a transmissão heterossexual tornou-se a mais importante. A distribuição da regional de Ribeirão Preto exemplifica este padrão, como aparece no Gráfico 3. Apenas a regional de Registro apresentou distribuição peculiar, diferente das demais e, por isso, foi classificada à parte, no Padrão 4. Neste padrão, a forma de transmissão heterossexual tornou-se a principal a partir de 1997, com ênfase no sexo feminino (Gráfico 4).
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DADoS PARA REPENSAR A AIDS No ESTADo DE São PAULo
Gráfico 3 Casos notificados de Aids em indivíduos com 13 anos e mais de idade, por ano de diagnóstico, segundo categoria de exposição Regional de Saúde de Ribeirão Preto – 1984-2004 HSH 200
Hetero - Feminino
Hetero - Masculino
UDI
Outros
N. de casos
180 160 140 120 100 80 60 40 20
03 20 04
20
02
01
20
20
00 20
99
98
19
19
96
97 19
19
95 19
94
93
19
92
19
19
91 19
90 19
89 19
88
19
87 19
86
85
19
19
19
84
0 Ano de diagnóstico
Fonte: São Paulo (2007).
Gráfico 4 Casos notificados de Aids em indivíduos com 13 anos e mais de idade, por ano de diagnóstico, segundo categoria de exposição Regional de Saúde de Registro – 1987-2004 20
N. de casos
HSH
Hetero - Feminino
Hetero - Masculino
UDI
Outros
1998 1999 2000 2001
2002 2003 2004
18 16 14 12 10 8 6 4 2 0
1987 1988 1989 1990 1991
1992 1993 1994 1995 1996 1997 Ano de diagnóstico
Fonte: São Paulo (2007).
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Panorama da Aids no Estado de São Paulo
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A distribuição das categorias de exposição ao HIV segundo os diferentes padrões teve, como principal finalidade, possibilitar a discussão com as regionais de saúde e seus municípios, no sentido de auxiliar no planejamento de suas ações de prevenção, estimulando-as a analisar e a conhecer mais detalhadamente as características de tal transmissão em seu território. A divisão do Estado de São Paulo segundo estes padrões (Mapa 1) mostra que a maioria das regionais apresenta o Padrão 3. Mapa 1 Distribuição das regionais de saúde, segundo padrões de categoria de exposição ao HIV Estado de São Paulo Padrão 1
Padrão 2
Padrão 3
Padrão 4
Jales
São José do Rio Preto
Araçatuba
Franca
Barretos
Ribeirão Preto São João da Boa Vista
Araraquara
Presidente Venceslau
Presidente Prudente
Marília
Bauru Piracicaba
Assis
Campinas
Botucatu Sorocaba
Franco da Rocha Osasco
Itapeva
Taubaté
São José dos Campos
Mogi Capital das Cruzes Santo André
Caraguatatuba
Santos Registro
Fonte: São Paulo (2007).
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DADoS PARA REPENSAR A AIDS No ESTADo DE São PAULo
Atualização da situação de vida dos casos de Aids em indivíduos com 13 anos e mais de idade A Tabela 5 apresenta as análises dos 160.397 casos de Aids em pessoas com 13 anos e mais de idade. A maior taxa de incidência de Aids (TI) permaneceu ocorrendo em 1998, com 43,4 casos por 100 mil habitantes. Em dez anos de epidemia, esta taxa foi reduzida pela metade, passando de 41,1 em 1996, para 20,4 em 2006. Do total de casos, em 93.519 existia a informação sobre o óbito (58,3%). As proporções de óbito por ano de diagnóstico de Aids, que para anos mais recentes podem ser consideradas como taxa de letalidade da doença, aproximavam-se de 85% até 1995, enquanto entre 2004 e 2006 mantiveram-se por volta de 29%. A análise destas taxas foi realizada em períodos de observação mais reduzido. Com a redução da taxa de mortalidade, conforme apresentada no capítulo 3, e o aumento da sobrevida (que é descrito no capítulo 4), verifica-se que o número de pessoas vivendo com Aids vem aumentando ano a ano. Das 160.397 pessoas com diagnóstico de Aids até 2006, 66.878 estavam vivas, como aparece no Gráfico 5. Vale ressaltar que até junho de 2008, não havia informação sobre óbito para 71.978 casos de Aids notificados. Este dado se aproxima daquele constante no Sistema de Informação de Logística de Medicamentos antirretrovirais (Siclom), que até meados de 2009 registrou cerca de 73.200 pacientes como tendo passado a receber estes medicamentos no Estado de São Paulo. Considerando-se que muitos destes doentes podem já ter falecido e tal informação não constar ainda deste sistema, acrescido da persistência no atraso das notificações de Aids, a taxa de prevalência da doença estimada pelo número de pessoas vivendo com Aids, a partir da BIP-Aids e do Siclon é muito próxima. Casos de Aids segundo escolaridade A escolaridade foi analisada para os casos de Aids em indivíduos com 19 anos de idade na época de diagnóstico, reduzindo-se o efeito de adolescentes estarem ou não na escola e considerando-se maior estabilidade para essa variável. Verifica-se, na Tabela 6, que a escolaridade tem apresentado porcentagem de ignorado ou sem preenchimento em torno de 19%, tanto para homens como para mulheres. Entretanto, o grande número de casos disponível na consistente série histórica utilizada permite observar que os homens, em relação às mulhe-
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res, sempre apresentaram proporção maior na faixa de escolaridade de 12 anos e mais de estudo e menor naquela sem nenhuma instrução. Em ambos os sexos, a proporção de indivíduos com 8 a 11 anos de estudo tem aumentado e, consequentemente, diminuído na categoria de 1 a 3 anos de escolaridade. Igualmente, entre os homens ocorreu aumento da proporção de casos para aqueles com 12 anos e mais de estudo, entre 1995 e 2006 (de 7,3% para 11%), enquanto para as mulheres o crescimento foi menor (de 3,1% para 5,1%). Este aparente aumento da escolaridade entre os casos de Aids é reflexo da melhoria ocorrida para toda a população brasileira, como já analisado em trabalhos anteriores (São PAULo, 2006). Casos de Aids segundo cor da pele A variável raça/cor foi introduzida na ficha de investigação epidemiológica da Aids somente em 2000. Neste ano, a proporção de não preenchimento ou ignorado foi muito alta (78%), sem diferença entre os sexos. Com as capacitações, os treinamentos e as reuniões com equipes dos serviços e de vigilância epidemiológica, realizados para discutir a importância deste quesito, houve melhora significativa do preenchimento, diminuindo esta porcentagem para 7,3% em 2006 (Tabela 7). A orientação fornecida para preencher este campo é a de autoclassificação, conforme critério adotado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE. Entretanto, nem todos os serviços de saúde adotam este método, e muitas vezes a classificação deste quesito fica a cargo do profissional que preenche a matrícula do paciente no serviço. No período de 2000 a 2006, não se observaram diferenças entre os sexos na variável raça/cor, com predominância da cor branca (41,9%). A cor parda representou 12,8% e os pretos corresponderam a 6,5% dos casos. orientais e indígenas não atingiram 0,5% dos casos. Ressalte-se a notificação de 18 indígenas no Estado, neste período. o cálculo da taxa de incidência possibilita avaliar os riscos para esta variável. Apesar das limitações na qualidade da variável cor e da parcela de ignorados existente, optou-se por estimar estas taxas para o período entre 2003 e 2005. Para a estimativa dos denominadores desta taxa, foram utilizadas as proporções obtidas na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio – PNAD de 2004 (IBGE) aplicadas na projeção populacional realizada pela Fundação Seade para este ano (Sistema
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DADoS PARA REPENSAR A AIDS No ESTADo DE São PAULo
Tabela 5 Casos notificados de Aids em indivíduos com 13 anos e mais de idade, taxas de incidência, óbitos reportados ao ano de diagnóstico, taxas de letalidade, óbitos por ano de ocorrência, taxas de mortalidade, pessoas vivendo com Aids e taxas de prevalência, segundo ano de diagnóstico Estado de São Paulo – 1980-2006
Ano de diagnóstico Total 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
Casos notificados 160.397 1 8 25 83 344 612 1.521 2.522 3.421 5.150 6.876 8.370 9.051 9.391 10.015 10.708 11.180 11.848 10.461 9.990 9.518 9.407 8.868 7.519 7.018 6.490
Taxas de incidência (1) 0,0 0,0 0,1 0,4 1,7 3,0 7,3 11,8 15,6 22,9 29,9 35,4 37,4 37,8 39,4 41,1 41,9 43,4 37,4 34,9 32,7 31,7 29,3 24,4 22,4 20,4
Óbitos reportados ao ano diagnóstico 93.519 1 8 23 70 287 507 1.316 2.244 3.059 4.526 6.110 7.286 7.832 7.865 7.970 7.245 6.397 5.794 4.830 4.342 3.642 3.259 2.784 2.306 2.000 1.816
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids. (1) Por 100 mil habitantes.
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Panorama da Aids no Estado de São Paulo
“Taxas de letalidade” (% óbitos conhecidos) 100,0 100,0 92,0 84,3 83,4 82,8 86,5 89,0 89,4 87,9 88,9 87,0 86,5 83,8 79,6 67,7 57,2 48,9 46,2 43,5 38,3 34,6 31,4 30,7 28,5 28,0
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Óbitos por ano ocorrência
Taxas de mortalidade (1)
Pessoas vivendo com Aids
Taxas de prevalência (1)
93.283 1 2 14 48 177 313 763 1.459 2.294 3.542 4.708 5.391 6.765 7.470 8.139 7.592 5.794 4.953 4.682 4.646 4.397 4.200 4.185 3.876 3.879 3.993
0,0 0,0 0,1 0,2 0,9 1,5 3,7 6,8 10,5 15,8 20,4 22,8 27,9 30,1 32,0 29,1 21,7 18,1 16,7 16,2 15,1 14,2 13,9 12,6 12,4 12,6
1 2 15 72 177 382 660 1.022 1.646 2.412 3.496 4.715 6.241 8.286 11.749 16.532 22.586 28.217 33.865 39.741 45.889 51.973 57.186 62.204 66.878
0,0 0,1 0,4 0,9 1,8 3,1 4,7 7,3 10,5 14,8 19,5 25,1 32,6 45,1 62,0 82,7 100,8 118,3 136,3 154,6 172,0 185,8 198,5 210,2
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DADoS PARA REPENSAR A AIDS No ESTADo DE São PAULo
Gráfico 5 Casos notificados de Aids em indivíduos com 13 anos e mais de idade, óbitos e pessoas vivendo com Aids, por ano de diagnóstico Estado de São Paulo – 1980-2006 Casos notificados
Óbitos por ano ocorrência
Pessoas vivendo com Aids
14.000
Pessoas vivendo com Aids 80.000
12.000
70.000
Casos/Óbitos
60.000
10.000
50.000
8.000
40.000 6.000
30.000
4.000
20.000
2.000 0
10.000 1980
1982
1984
1986
1988
1990
1992
1994
1996
1998
2000
2002
2004
2006
0
Ano de diagnóstico
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
Seade de Projeção Populacional). Na PNAD, 70,5% da população foi classificada como branca; 28,3% como parda ou preta; 1,1% como amarela; e apenas 0,1% indígena. Para o cálculo das taxas médias de incidência de Aids, no numerador da taxa de incidência adotou-se o número médio de casos de Aids, segundo a variável cor, entre 2003 e 2005. Neste período, em 10,5% destes casos a variável cor aparecia ignorada. observa-se que o maior valor para as taxas médias de incidência segundo a variável raça/cor corresponde a pretos e pardos, seguidos por brancos e amarelos, conforme apresenta a Tabela 8. Não foram calculadas as taxas para indígenas, devido ao reduzido número de casos. optou-se, também, por agrupar pretos e pardos, visando diminuir possíveis problemas de classificação realizada nos serviços de saúde. A taxa de incidência média para pretos e pardos, 18,7 casos por 100 mil habitantes, foi maior do que a correspondente aos brancos (16,4). o risco relativo (RR) para pretos e pardos, em relação a brancos, foi de 1,14, indicando que os primeiros teriam risco 14% mais elevado de ter Aids, quando comparado aos brancos, e 80% mais do que os amarelos (RR= 1,8), neste período. Já a
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100,0 4,4 32,5 30,1 12,0 3,1 17,8
432
17,9
1.281
2.421 106 788 729 291 75
100,0 2,6 29,2 28,7 14,3 7,3
17,9
1.713
7.171 183 2.097 2.058 1.028 524
100,0 3,0 30,1 29,1 13,8 6,2
%
9.592 289 2.885 2.787 1.319 599
Nos abs.
1995
557
3.362 152 1.101 960 467 125
1.100
6.344 157 1.887 1.732 1.024 444
1.657
9.706 309 2.988 2.692 1.491 569
Nos abs.
2000
16,6
100,0 4,5 32,7 28,6 13,9 3,7
17,3
100,0 2,5 29,7 27,3 16,1 7,0
17,1
100,0 3,2 30,8 27,7 15,4 5,9
%
392
2.350 80 293 815 602 168
684
4.075 84 422 1.322 1.103 460
1.076
6.425 164 715 2.137 1.705 628
Nos abs.
2005
16,7
100,0 3,4 12,5 34,7 25,6 7,1
16,8
100,0 2,1 10,4 32,4 27,1 11,3
16,7
100,0 2,6 11,1 33,3 26,5 9,8
%
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
Mulheres Nenhuma De 1 a 3 De 4 a 7 De 8 a 11 De 12 e mais Ignorado/Sem preenchimento
Homens Nenhuma De 1 a 3 De 4 a 7 De 8 a 11 De 12 e mais Ignorado/Sem preenchimento
Total Nenhuma De 1 a 3 De 4 a 7 De 8 a 11 De 12 e mais Ignorado/Sem preenchimento
Sexo e escolaridade
Ano de diagnóstico
531
2.041 64 216 623 503 104
1.032
3.815 80 320 1.037 927 419
1.563
5.856 144 536 1.660 1.430 523
Nos abs.
2006
26,0
100,0 3,1 10,6 30,5 24,6 5,1
27,1
100,0 2,1 8,4 27,2 24,3 11,0
26,7
100,0 2,5 9,2 28,3 24,4 8,9
%
6.274
35.666 1.445 9.292 11.085 6.060 1.510
13.104
71.183 1.791 16.859 20.691 13.031 5.707
19.378
106.849 3.236 26.151 31.776 19.091 7.217
Nos abs.
17,6
100,0 4,1 26,1 31,1 17,0 4,2
18,4
100,0 2,5 23,7 29,1 18,3 8,0
18,1
100,0 3,0 24,5 29,7 17,9 6,8
%
Total de casos de 1995 a 2006
Tabela 6 Casos notificados de Aids em indivíduos com 19 anos e mais de idade, por ano de diagnóstico, segundo sexo e escolaridade Estado de São Paulo - 1995-2006
Panorama da Aids no Estado de São Paulo
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DADoS PARA REPENSAR A AIDS No ESTADo DE São PAULo
Tabela 7 Casos notificados de Aids em indivíduos com 13 anos e mais de idade, por raça/cor, segundo ano de diagnóstico e sexo Estado de São Paulo – 1995-2006
Ano de diagnóstico e sexo
Raça/cor Branca Nos abs.
Preta %
Nos abs.
Parda %
Nos abs.
%
Total
23.924
41,9
3.704
6,5
7.293
12,8
2000
1.556
15,3
230
2,3
438
4,3
2001
1.973
20,8
259
2,7
540
5,7
2002
3.323
36,3
455
5,0
856
9,4
2003
5.157
60,4
761
8,9
1.450
17,0
2004
4.281
60,2
754
10,6
1.357
19,1
2005
3.948
59,8
666
10,1
1.395
21,1
2006
3.686
61,5
579
9,7
1.257
21,0
15.589
43,0
2.200
6,1
4.385
12,1
2000
1.041
15,9
142
2,2
246
3,8
2001
1.238
20,8
151
2,5
307
5,1
2002
2.170
37,4
271
4,7
513
8,8
2003
3.300
61,2
458
8,5
898
16,7
2004
2.785
61,7
452
10,0
822
18,2
2005
2.599
62,6
366
8,8
827
19,9
2006
2.456
63,3
360
9,3
772
19,9
Mulheres
8.335
40,1
1.504
7,2
2.908
14,0
2000
515
14,3
88
2,4
192
5,3
2001
735
20,9
108
3,1
233
6,6
2002
1.153
34,5
184
5,5
343
10,3
2003
1.857
59,0
303
9,6
552
17,6
2004
1.496
57,6
302
11,6
535
20,6
2005
1.349
55,0
300
12,2
568
23,2
2006
1.230
58,2
219
10,4
485
22,9
Homens
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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Panorama da Aids no Estado de São Paulo
Raça/cor Amarela Nos abs.
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Ignorada/Sem preenchimento
Indígena
%
Nos abs.
%
Nos abs.
%
51
Total Nos abs.
%
214
0,4
18
0,0
21.878
1,2
57.031
100,0
13
0,1
1
0,0
7.922
78,0
10.160
100,0
15
0,2
2
0,0
6.688
70,6
9.477
100,0
29
0,3
-
-
4.484
49,0
9.147
100,0
47
0,6
-
-
1.118
13,1
8.533
100,0
38
0,5
1
0,0
681
9,6
7.112
100,0
44
0,7
6
0,1
546
8,3
6.605
100,0
28
0,5
8
0,1
439
7,3
5.997
100,0
147
0,4
9
0,0
13.930
1,8
36.260
100,0
11
0,2
-
-
5.116
78,0
6.556
100,0
14
0,2
-
-
4.253
71,3
5.963
100,0
17
0,3
-
-
2.831
48,8
5.802
100,0
31
0,6
-
701
13,0
5.388
100,0
25
0,6
1
0,0
431
9,5
4.516
100,0
30
0,7
3
0,1
327
7,9
4.152
100,0
19
0,5
5
0,1
271
7,0
3.883
100,0
67
0,3
9
0,0
7.948
3,2
20.771
100,0
2
0,1
1
0,0
2.806
77,9
3.604
100,0
1
0,0
2
0,1
2.435
69,3
3.514
100,0
12
0,4
-
-
1.653
49,4
3.345
100,0
16
0,5
-
-
417
13,3
3.145
100,0
13
0,5
-
-
250
9,6
2.596
100,0
14
0,6
3
0,1
219
8,9
2.453
100,0
9
0,4
3
0,1
168
7,9
2.114
100,0
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52
DADoS PARA REPENSAR A AIDS No ESTADo DE São PAULo
Tabela 8 Número médio de casos e taxas médias de incidência de Aids, por sexo, segundo raça/cor Estado de São Paulo 2003-2005 Raça/cor
Homens
Mulheres
Total
Total Média anual ESP (1) Taxas médias de incidência (2)
4.685
2.731
7.417
24,3
13,6
18,9
2.943
1.596
4.539
22,0
11,1
16,4
1.297
853
2.150
23,0
15,5
18,7
29
14
43
14,8
6,4
10,3
Branca Número médio de casos Taxas médias de incidência (2) Preto+pardo Número médio de casos Taxas médias de incidência (2) Amarela Número médio de casos Taxas médias de incidência (2)
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids. (1) Inclui ignorados e indígenas. (2) Por 100 mil habitantes.
comparação entre brancos e amarelos resultou em RR de 1,59, ou seja um risco 59% maior entre eles. Takita e colaboradores desenvolveram um trabalho sobre incidência de Aids, apenas na população nipo-brasileiros (NB) de residentes no Estado de São Paulo, e encontraram a maior taxa de incidência, 7,6 casos de Aids por 100 mil NB, em 1994, enquanto em 2005, ficou próxima de 5 por 100 mil. Neste último ano, eles estimaram que a população total do Estado apresentava risco relativo de ter Aids quase três vezes maior que os nipo-brasileiros. os homens apresentaram quase o dobro de risco de ter Aids quando comparados às mulheres (RR=1,8). os homens pretos e pardos tiveram risco de ter Aids 5% a mais do que os brancos (RR=1,05) e 55% a mais que os amarelos (RR= 1,55). As mulheres pretas e pardas apresentaram riscos 40% superiores às brancas (RR= 1,4) e 142% maiores que as amarelas (RR=2,42).
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Panorama da Aids no Estado de São Paulo
53
Avaliação da subnotificação de casos de Aids Como descrito no capítulo 1, a subnotificação dos casos de Aids foi se reduzindo ao longo do período de vigência da parceira entre o CRT-Aids e a Fundação Seade. Assim, desde 1999, os serviços municipais e regionais de vigilância epidemiológica têm incorporado, em sua rotina de trabalho, a investigação e a notificação dos óbitos por Aids, a partir tanto das informações do Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, quanto do resultado da BIP-Aids anualmente atualizada na parceria Seade/ CRT-Aids. Considerando-se os resultados da BIP-Aids de 2006, quando vários óbitos já haviam sido incorporados ao Sinan, estima-se que a subnotificação do total de casos de Aids tenha atingido o patamar de 4,7%, como mostra a Tabela 9. o ano de 1998 apresentou o menor índice, como reflexo direto do início da referida parceria. os últimos anos da série, por outro lado, registram elevados índices de subnotificação, uma vez que os óbitos identificados na base do Seade ainda não foram plenamente incorporados ao Sinan. Verifica-se diferencial importante entre os índices de subnotificação para cada um dos 28 Grupos de Vigilância Epidemiológica – GVE, considerando-se a variável residência das pessoas, que variaram entre 1,9% e 17,3%. o GVE de Araraquara e da Capital apresentaram os menores índices de subnotificação, enquanto Franco da Rocha e Assis registraram os maiores (Tabela 10).
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DADoS PARA REPENSAR A AIDS No ESTADo DE São PAULo
Tabela 9 Casos notificados e óbitos por Aids e proporção de subnotificação em relação ao total de casos estimados, segundo ano de diagnóstico Estado de São Paulo – 1980-2006 Casos Ano de notificados no diagnóstico Sinan (A) Total 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
157.525 1 8 25 84 340 611 1.531 2.528 3.435 5.041 6.651 8.143 8.701 9.069 10.085 10.819 11.019 12.022 10.381 10.160 9.477 9.147 8.533 7.112 6.605 5.997
Óbitos não notificados no Sinan (B) 7.848 9 15 43 96 101 284 439 476 616 614 292 296 598 178 429 201 385 517 562 565 543 589
Total de casos (A+B)
Subnotificação de casos (%)
165.373 1 8 25 84 349 626 1.574 2.624 3.536 5.325 7.090 8.619 9.317 9.683 10.377 11.115 11.617 12.200 10.810 10.361 9.862 9.664 9.095 7.677 7.148 6.586
4,7 2,6 2,4 2,7 3,7 2,9 5,3 6,2 5,5 6,6 6,3 2,8 2,7 5,1 1,5 4,0 1,9 3,9 5,3 6,2 7,4 7,6 8,9
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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Panorama da Aids no Estado de São Paulo
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Tabela 10 Casos notificados e óbitos por Aids e proporção de subnotificação em relação ao total de casos estimados, segundo Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Estado de São Paulo – 1995-2006
GVE de residência Total GVE Capital GVE Santo André GVE Mogi das Cruzes GVE Franco da Rocha GVE Osasco GVE Araçatuba GVE Araraquara GVE Assis GVE Barretos GVE Bauru GVE Botucatu GVE Campinas GVE Franca GVE Marília GVE Piracicaba GVE Presidente Prudente GVE Presidente Venceslau GVE Registro GVE Ribeirão Preto GVE Santos GVE São João da Boa Vista GVE São José dos Campos GVE Caraguatatuba GVE São José do Rio Preto GVE Jales GVE Sorocaba GVE Itapeva GVE Taubaté Não classificado
Casos Óbitos não notificados notificados no Sinan no Sinan (A) (B) 157.525 65.488 8.386 5.600 1.050 6.629 2.076 3.232 894 1.792 3.064 902 10.803 1.360 1.381 4.134 1.148 361 494 6.564 10.795 1.546 4.140 951 5.693 345 4.856 328 3.486 27
7.848 1.454 660 572 219 664 64 61 109 90 161 33 612 117 64 317 67 36 34 292 683 87 200 84 237 32 425 25 367 82
Total de casos (A+B) 165.373 66.942 9.046 6.172 1.269 7.293 2.140 3.293 1.003 1.882 3.225 935 11.415 1.477 1.445 4.451 1.215 397 528 6.856 11.478 1.633 4.340 1.035 5.930 377 5.281 353 3.853 109
Subnotificação de casos (%) 4,7 2,2 7,3 9,3 17,3 9,1 3,0 1,9 10,9 4,8 5,0 3,5 5,4 7,9 4,4 7,1 5,5 9,1 6,4 4,3 6,0 5,3 4,6 8,1 4,0 8,5 8,0 7,1 9,5 -
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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DADoS PARA REPENSAR A AIDS No ESTADo DE São PAULo
Considerações finais A análise das informações relativas a um agravo, por meio de banco de dados de notificações, como o Sinan-Aids, possui algumas limitações, tais como: não notificação do próprio agravo apesar de compulsório; existência de campos nem sempre bem preenchidos e com critérios homogêneos; problemas de digitação dos dados; problemas com o próprio sistema de informação; entre outros. Entretanto, nota-se melhora na qualidade das informações à medida que estes programas são adotados e utilizados nos serviços de saúde, como foi observado com o exemplo da variável cor da pele. o papel de quem trabalha com informação é sempre aprofundar e detalhar o máximo possível as informações sobre o agravo, para tornar viável o planejamento de ações de controle e prevenção. Uma das maneiras que a VE-DST/Aids encontrou para aprimorar o sistema de informação foi trabalhar em parceria com a Fundação Seade, consolidando a metodologia de relacionamento de seus bancos de dados, o que possibilitou análises mais ricas e aprofundadas. Dessa forma, foi possível verificar que a Aids, no Estado de São Paulo, tem apresentado tendência contínua de queda nos últimos anos da série analisada, embora ainda permaneçam muitos desafios a serem enfrentados, que dependem, em grande parte, da diminuição das desigualdades sociais e do aprofundamento de delicadas discussões ligadas a comportamentos, principalmente entre os jovens, e para os quais não existe receita provada e pronta. Nestes 30 anos de epidemia de Aids, muitos avanços científicos e tecnológicos foram alcançados graças aos esforços dos pesquisadores e profissionais da saúde e, sem nenhuma dúvida, à organização da sociedade civil, que não apenas pressionou os governantes, mas também criou serviços para apoio às pessoas que vivem com HIV/Aids.
Referências bibliográficas BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde, Programa Nacional de DST/Aids. História da Aids no mundo e no Brasil. Brasília. Disponível em: <www.aids.gov.br>. Acesso em: ago. 2009. ______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde, Programa Nacional de DST/Aids. Boletim Epidemiológico Aids e DST, ano V, n. 1, dez. 2008.
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Panorama da Aids no Estado de São Paulo
57
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde, Programa Nacional de DST/Aids. Critérios de definição de casos de Aids em adultos e crianças. Brasília: Ministério da Saúde, 2004. (Série Manuais, n. 60). Disponível em: <www.aids.gov.br/sites/default/files/criterios_aids_2004.pdf>. ______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde, Programa Nacional de DST/Aids. Alteração da categoria de hierarquização. Boletim Epidemiológico Aids, ano XV, n. 1, out. 2001 a mar. 2002. ______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde, Programa Nacional de DST/Aids. Categoria hierarquizada. Boletim Epidemiológico Aids, ano XIII, n. 3, dez. 2000. FUNDAção SEADE. Sistema de Estatísticas Vitais. São Paulo. Disponível em: <www.seade.gov.br>. ______. Sistema Seade de Projeção Populacional. São Paulo. Disponível em: <www.seade.gov.br>. IBGE. Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio, 2004. Rio de Janeiro. Disponível em: <www.ibge.gov.br>. São PAULo (Estado). Secretaria de Estado da Saúde. Programa Estadual de DST/Aids. Formas de transmissão do HIV em adultos (maiores de 12 anos) no Estado de São Paulo e regiões de saúde. Boletim Epidemiológico Aids, ano XXVI, dez. 2007. ______. Secretaria de Estado da Saúde. Programa Estadual de DST/Aids. Boletim Epidemiológico Aids, ano XXV, dez. 2006. ______. Secretaria de Estado da Saúde. Programa Estadual de DST/Aids. Boletim Epidemiológico Aids, ano XX, dez. 2000. TAKITA, SMY; TAYRA, A; GUIBU, IA. Casos de Aids na população nipobrasileira do Estado de São Paulo de 1984 a 2006. In: CoNGRESSo MUNDIAL DE EPIDEMIoLoGIA, 18; CoNGRESSo BRASILEIRo DE EPIDEMIoLoGIA, 7. 2008. Anais... Porto Alegre, 20 a 24 set. 2008.
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Mortalidade por Aids na população residente no Estado de São Paulo
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3 Mortalidade por Aids na população residente no Estado de São Paulo
Carmen Sílvia Bruniera Domingues Bernadette Cunha Waldvogel Lilian Cristina Correia Morais Ângela Tayra
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61
N
o Brasil, de 1980 a 2007, foram identificados, por meio do Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, do Ministério da Saúde, 205.568 óbitos pela Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – Aids. Desse total, 5.673 (3%) ocorreram na Região Norte, 20.176 (10%) na Nordeste, 137.646 (67%) na Sudeste, 32.632 (16%) na Sul e 9.449 (5%) na CentroOeste. O Estado de São Paulo respondeu por 87.592 óbitos, ou 43% do total do país, seguido pelos Estados do Rio de Janeiro, com 34.089 mortes (17%), e do Rio Grande do Sul, com 18.045 (9%) (BRASIL, 2010). Os avanços da terapia antirretroviral altamente potente (Highly Active Antiretroviral Therapy – Haart) e a distribuição universal e gratuita dos medicamentos assegurada pelo Ministério da Saúde desde 1996 têm contribuído de forma importante para o aumento da sobrevida e para a melhoria da qualidade de vida dos portadores do vírus da imunodeficiência humana (HIV) ou da Aids. Assim, no período de 1996 a 2007, no país reduziu-se a mortalidade por Aids, que passou de 9,6 por 100 mil habitantes para 6,0 por 100 mil (BRASIL, 2010). Esse declínio foi ainda mais importante na Região Sudeste, especialmente no Estado de São Paulo, cujo índice de mortalidade atingiu 22,9 por 100 mil habitantes, em 1995, e passou para 8,2 por 100 mil, em 2008 (FUNDAÇÃO SEADE, 2009). Além da terapia Haart, a extensão de ambulatórios especializados para o atendimento de pacientes com Aids, na rede de serviços instalada em diversas regiões e municípios paulistas, contribuiu de forma importante para a sobrevida deste contingente populacional. O Brasil é reconhecido internacionalmente por sua política pública para portadores de HIV/Aids. O sucesso do seu programa pode ser atribuído a uma série de mudanças sociais e políticas na década de 1980, como a redemocratização do país e a construção do SUS, a participação da sociedade civil, a mobilização de diversos setores, o equilíbrio entre prevenção e tratamento e a promoção sistemática dos direitos humanos em todas as estratégias e ações.
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DADOS pARA REpENSAR A AIDS NO EStADO DE SÃO pAULO
Evolução dos óbitos na população com Aids Neste capítulo, são analisados os casos presentes na Base Integrada paulista de Aids – BIp-Aids relativos às pessoas vivendo com Aids no Estado de São Paulo que faleceram entre 1981 e 2006. Considerando a Aids como epidêmica, torna-se relevante a análise do número de óbitos por essa doença, que atingiu o patamar de 1.500 eventos em 1988 e manteve tendência fortemente crescente até 1995, quando registrou pico de 8.374 óbitos e aumento de 4,5 vezes (tabela 1). Nos últimos cinco anos do século XX, a evolução de casos fatais começou a delinear cenário mais otimista. A reversão da tendência pode ser avaliada em duas fases. Na primeira, a diminuição foi mais intensa e o número de óbitos reduziu-se 39% em três anos, de modo que 5.103 mortes foram registradas em 1998. Na segunda fase, a redução desacelerou-se, com decréscimo de 21% nos oito anos seguintes, e atingiu patamar de 4.011 mortes em 2006 (Gráfico 1). Do total de óbitos observados na população vivendo com Aids no Estado, cerca de 2,9% corresponderam a crianças com até 12 anos de idade no período analisado. Os primeiros eventos fatais neste contingente tiveram lugar entre 1984 e 1986, em crianças portadoras de hemofilia ou que receberam transfusão de sangue. Em 1986, ocorreram seis óbitos no segmento infantil, o que correspondeu a taxa de mortalidade de 0,1 por 100 mil crianças de 1 a 12 anos. Em 1987, com o aparecimento dos primeiros casos de transmissão vertical, principal categoria de exposição das crianças a partir dessa data, a proporção de óbitos infantis aumentou discretamente, representando 0,37% do total de ocorrências. Neste ano, a taxa de mortalidade foi de 2,7 por 100 mil crianças menores de um ano de idade, seguindo tendência crescente até 1995, quando atingiu o valor mais elevado (18,7 por 100 mil), decrescendo no ano seguinte de forma acentuada até 2004 (1,2 óbito por 100 mil), e mantendo-se estável nesse patamar até 2006 (Gráficos 2 e 3). Ressalte-se que as políticas nacional e estadual vêm centrando esforços nas intervenções para a redução da transmissão vertical do HIV desde 1996. Medidas como o oferecimento de testagem sorológica para o HIV durante o pré-natal ou no momento do parto, a administração de esquemas antirretrovirais (ARV) altamente eficazes, a cesariana eletiva e a substituição do aleitamento materno por fórmula láctea contribuíram de forma bastante expressiva para a redução da incidência de casos de Aids por esta via de transmissão.
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Mortalidade por Aids na população residente no Estado de São Paulo
63
Tabela 1 Óbitos e taxas de mortalidade por Aids, por faixa etária Estado de São Paulo – 1981-2006 Taxas de mortalidade (por 100 mil hab.)
Óbitos (Nos abs.) Anos
Até 12 anos
13 anos e mais
Total
Até 12 anos
13 anos e mais
Total
1981
-
1
1
0,00
0,01
0,00
1982
-
2
2
0,00
0,01
0,01
1983
-
14
14
0,00
0,07
0,05
1984
1
48
49
0,01
0,25
0,18
1985
1
177
178
0,01
0,89
0,64
1986
6
313
319
0,08
1,54
1,13
1987
29
763
792
0,37
3,65
2,75
1988
54
1.459
1.513
0,67
6,82
5,14
1989
95
2.294
2.389
1,17
10,46
7,95
1990
110
3.542
3.652
1,34
15,76
11,90
1991
142
4.708
4.850
1,71
20,45
15,48
1992
183
5.391
5.574
2,18
22,83
17,41
1993
184
6.765
6.949
2,19
27,94
21,30
1994
210
7.470
7.680
2,49
30,10
23,10
1995
235
8.139
8.374
2,79
32,00
24,74
1996
230
7.592
7.822
2,73
29,15
22,70
1997
196
5.794
5.990
2,33
21,72
17,08
1998
150
4.953
5.103
1,79
18,13
14,29
1999
146
4.682
4.828
1,74
16,73
13,28
2000
124
4.646
4.770
1,48
16,23
12,89
2001
107
4.397
4.504
1,28
15,08
12,01
2002
89
4.200
4.289
1,07
14,15
11,28
2003
71
4.185
4.256
0,85
13,85
11,03
2004
66
3.876
3.942
0,79
12,60
10,07
2005
68
3.879
3.947
0,81
12,38
9,94
2006
18
3.993
4.011
0,22
12,55
9,98
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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DADOS pARA REpENSAR A AIDS NO EStADO DE SÃO pAULO
Gráfico 1 Evolução dos óbitos na população com Aids Estado de São Paulo – 1981-2006 N. de óbitos
9.000 8.000 7.000 6.000 5.000 4.000 3.000 2.000 1.000
4 198 5 198 6 198 7 198 8 198 9 199 0 199 1 199 2 199 3 199 4 199 5 199 6 199 7 199 8 199 9 200 0 200 1 200 2 200 3 200 4 200 5 200 6
198
2
3
198
198
198
1
0
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
Gráfico 2 Taxas de mortalidade por Aids em menores de 13 anos, segundo faixa etária Estado de São Paulo – 1984-2006 < 1 ano 20
1 a 4 anos
5 a 9 anos
10 a 12 anos
Por 100 mil
18 16 14 12 10 8 6 4 2
198
4 198 5 198 6 198 7 198 8 198 9 199 0 199 1 199 2 199 3 199 4 199 5 199 6 199 7 199 8 199 9 20 00 20 01 20 02 20 03 20 04 20 05 20 06
0
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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Mortalidade por Aids na população residente no Estado de São Paulo
65
Gráfico 3 Taxas de mortalidade por Aids em menores de 13 anos, por idade Estado de São Paulo – 1991-2006 1991
1996
2001
2006
Por 100 mil 18 16 14 12 10 8 6 4 2 Idade
nos 12 a
nos 11 a
nos 10 a
nos 9a
nos 8a
os 7 an
nos 6a
os 5 an
nos 4a
os 3 an
os 2 an
o 1 an
<1a
no
0
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
Quando identificada, no início da década de 1980, a Aids parecia estar confinada a indivíduos de determinadas categorias de exposição. Hoje, a doença atinge vários segmentos da população, apesar de ser uma epidemia concentrada no país. A evolução da doença entre homens e mulheres e a redução dos diferenciais por sexo são indicadores deste fenômeno, que pode ser ilustrado pela razão entre os sexos para os óbitos causados por Aids. Em 1991, na população acima de 13 anos, observaram-se 5,3 casos fatais de Aids entre homens para cada caso entre mulheres. A cada ano, esta razão se reduziu, atingindo 2,2 homens para cada mulher, em 2006. No grupo etário de 13 a 19 anos, tal razão apresentou importante redução e inverteu-se a relação entre os sexos, que passou de 4,4 para 0,4 casos fatais entre homens para cada mulher no período de 1991 a 2006 (tabela 2). Com a redução gradativa dos diferenciais registrados entre homens e mulheres, o indicador mais consistente para avaliar os níveis da mortalidade é a taxa de mortalidade segundo sexo. O Gráfico 4 apresenta estas taxas, entre 1981 e 2006, explicitando o agravamento da situação da população feminina, sobretudo até 1996. Apesar das diferenças verificadas entre os níveis de mortalidade, a tendência para a população feminina acompanha a masculina, revelando, entretanto, que há defasagem entre as curvas de mortalidade no momento de reversão da tendência.
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DADOS pARA REpENSAR A AIDS NO EStADO DE SÃO pAULO
Tabela 2 Razão de sexo dos óbitos por Aids na população com 13 anos e mais, segundo faixa etária Estado de São Paulo – 1991-2006 Faixa etária
1991
1996
2001
2006
Total 13 a 19 anos 20 a 24 anos 25 a 29 anos 30 a 34 anos 35 a 39 anos 40 a 44 anos 45 a 49 anos 50 a 54 anos 55 a 59 anos 60 a 64 anos 65 a 69 anos 70 a 74 anos 75 anos e mais
5,3 4,4 3,1 5,3 6,6 5,9 6,8 5,2 7,6 5,6 4,3 7,5 2,5 -
3,0 1,8 1,8 2,8 3,0 3,6 3,6 3,2 2,6 2,9 2,4 3,9 3,3 3,0
2,3 1,1 1,3 2,0 2,2 2,7 2,3 3,1 2,9 3,3 2,0 1,3 4,3 5,0
2,2 0,4 1,8 1,6 1,8 2,3 2,6 2,4 2,6 2,3 1,7 1,9 1,6 1,4
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
para os homens, a inflexão em 1995 é bem nítida, enquanto para as mulheres nota-se certa estabilidade entre 1995 e 1996, e só a partir de então define-se clara tendência declinante. Em 1987, a taxa de mortalidade por Aids para a população masculina foi de 6,8 óbitos por 100 mil homens. Em três anos, esta taxa quadruplicou, atingindo 27,8 e, cinco anos mais tarde, registrou-se o índice mais alto: 50,2. Com redução gradativa, a taxa de mortalidade chegou a 17,6 óbitos por 100 mil homens em 2006, nível muito inferior ao verificado no início da década de 1990. para as mulheres, em 1987, a taxa de mortalidade por Aids foi inferior a um óbito para cada 100 mil mulheres e, em 1990, equivaleu a 4,1. Entre os anos de 1995 e 1996, a taxa alcançou 14,6, ou seja, quase um terço daquela verificada para a população masculina no período. Em 2006, registraram-se 7,6 óbitos para 100 mil mulheres, taxa que ainda supera o patamar registrado no início da década de 1990. Enquanto para os homens desde 1998 os níveis de mortalidade são inferiores aos registrados em 1990, para as mulheres
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Mortalidade por Aids na população residente no Estado de São Paulo
67
Gráfico 4 Taxas de mortalidade por Aids na população com 13 anos e mais, segundo sexo Estado de São Paulo – 1981-2006 60
Por 100 mil
Homens
Mulheres
Total
50
40
30
20
10
2 198 3 198 4 198 5 198 6 198 7 198 8 198 9 199 0 199 1 199 2 199 3 199 4 199 5 199 6 199 7 199 8 199 9 20 00 20 01 20 02 20 03 20 04 20 05 20 06
198
198
1
0
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
não se obteve o mesmo resultado, de modo que o nível de 2006 ainda se situa próximo à taxa verificada em 1992. Isso reforça a observação empírica de que houve redução maior na mortalidade por Aids na população masculina. porém, como existe defasagem na evolução da doença entre os sexos, espera-se que, para a população feminina, tal indicador demore um pouco mais para atingir o patamar de 1990. O padrão da mortalidade por Aids é bem distinto tanto entre grupos etários da população, quanto entre sexos e período temporal considerado. Foram selecionados quatro momentos no tempo – 1991, 1996, 2001 e 2006 – para ilustrar as mudanças ocorridas no padrão etário da mortalidade. De modo geral, evidenciam-se tendências à mudança no padrão etário da mortalidade, para ambos os sexos, com maior concentração nas idades adultas. Para os homens, nas duas primeiras fases de evolução da Aids, a maior taxa de mortalidade era observada entre 30 e 34 anos. Essa faixa etária ganha expressão e atinge seu patamar máximo em 1995, com taxa de 108,5 óbitos para cada 100 mil
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DADOS pARA REpENSAR A AIDS NO EStADO DE SÃO pAULO
homens. Na terceira fase de evolução da mortalidade por Aids, as maiores taxas tendem a se deslocar para as idades entre 35 e 39 anos, indicando padrão mais envelhecido da epidemia. O deslocamento se acentua em 2006, concentrando a maior taxa de mortalidade masculina no grupo de 40 a 44 anos. O padrão etário da mortalidade feminina apresenta pico mais jovem que o masculino. Assim, verifica-se que as maiores taxas, na primeira fase da epidemia, quando a tendência da mortalidade era crescente, concentravam-se nas idades entre 25 e 29 anos, sendo que em 1995 esta faixa etária registrou 28,5 óbitos por 100 mil mulheres. Chama a atenção o deslocamento do ponto máximo da curva: se em 1995 ocorria na faixa etária entre 25 e 29 anos, em 2006 passou a ocorrer na faixa entre 35 e 39 anos, indicando envelhecimento no padrão da mortalidade feminina ao longo do tempo. Comparando-se as curvas de 2001 e 2006, nota-se que a redução da mortalidade feminina nesse intervalo de tempo deu-se, principalmente, nas idades mais jovens, de até 34 anos. Merece destaque o aumento de 40% da taxa de mortalidade masculina na faixa etária entre 60 e 64 anos, passando de 9,6 para 13,4 óbitos por 100 mil homens, entre 1991 e 2006. para as mulheres mais velhas, no mesmo período, a taxa aumentou 204% na faixa etária entre 50 e 54 anos, com registros de 2,8 e 8,5 óbitos por 100 mil mulheres. Na faixa etária de 60 a 64 anos o porcentual de acréscimo foi mais importante, chegando a 235%, passando de 2,0 para 6,7 óbitos por 100 mil mulheres. As pirâmides etárias retratam de forma sintética a evolução proporcional dos óbitos da população com Aids em 1991, 1996, 2001 e 2006. Observam-se crescente participação do sexo feminino, redução da proporção de óbitos nas faixas etárias mais jovens, especialmente em adolescentes, e aumento das ocorrências nas faixas mais elevadas. O padrão de mortalidade mais envelhecido pode ser atribuído, em grande parte, à maior sobrevida dos doentes de Aids com a aplicação da terapia medicamentosa, mencionada no início deste capítulo. Os Gráficos 5 a 8 permitem avaliação detalhada da distribuição da mortalidade por Aids por grupos etários e sexo. Avaliando-se a distribuição dos óbitos segundo as principais causas de morte, em 1996, a Aids ocupou a primeira posição para a população feminina entre 25 e 34 anos e a segunda, nas idades de 35 a 44 anos. Quanto aos homens, foi a segunda causa de morte para a faixa de 25 a 44 anos, sendo superada apenas
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Mortalidade por Aids na população residente no Estado de São Paulo
69
Gráfico 5 Taxas de mortalidade por Aids na população com 13 anos e mais, por sexo e faixa etária Estado de São Paulo – 1991-2006 1991
120
1996
2001
2006
Homens
Por 100 mil
100 80 60 40 20
e+ 75
70
a6 65
60
a7 4
9
4 a6
9 55
a5
a5 50
a4 45
4
9
4 40
a3 35
30
a4
9
4 a3
9 a2 25
20
a1 15
a2
9
4 a1 13 120
4
0
Mulheres
Por 100 mil
100 80 60 40 20
e+ 75
a7 4 70
9 a6 65
4 a6 60
9 a5 55
54 50 a
9 a4 45
4 a4 40
9 a3 35
4 a3 30
9 a2 25
4 a2 20
9 a1 15
13
a1
4
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Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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DADOS pARA REpENSAR A AIDS NO EStADO DE SÃO pAULO
Gráfico 6 Taxas de mortalidade por Aids na população masculina com 13 anos e mais, segundo faixa etária Estado de São Paulo – 1981-2006 Homens de 13 a 49 anos
Por 100 mil
120
13 a 14
15 a 19
20 a 24
25 a 29
30 a 34
35 a 39
40 a 44
45 a 49
100
80
60
40
20
06
2 198 3 198 4 198 5 198 6 198 7 198 8 198 9 199 0 199 1 199 2 199 3 199 4 199 5 199 6 199 7 199 8 199 9 20 00 20 01 20 02 20 03 20 04 20 05
20
198
198
1
0
Homens de 50 anos e mais
35
Por 100 mil
50 a 54
55 a 59
60 a 64
65 a 69
70 a 74
75 e +
30 25 20 15 10 5
06
20
2 198 3 198 4 198 5 198 6 198 7 198 8 198 9 199 0 199 1 199 2 199 3 199 4 199 5 199 6 199 7 199 8 199 9 20 00 20 01 20 02 20 03 20 04 20 05
198
198
1
0
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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Mortalidade por Aids na população residente no Estado de São Paulo
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Gráfico 7 Taxas de mortalidade por Aids na população feminina com 13 anos e mais, segundo faixa etária Estado de São Paulo – 1981-2006 Mulheres de 13 a 49 anos
Por 100 mil
35
13 a 14
15 a 19
20 a 24
25 a 29
30 a 34
35 a 39
40 a 44
45 a 49
30 25 20 15 10 5
20
06
2 198 3 198 4 198 5 198 6 198 7 198 8 198 9 199 0 199 1 199 2 199 3 199 4 199 5 199 6 199 7 199 8 199 9 20 00 20 01 20 02 20 03 20 04 20 05
198
198
1
0
Mulheres de 50 anos e mais
12
Por 100 mil
50 a 54
55 a 59
60 a 64
65 a 69
70 a 74
75 e +
10
8
6
4
2
06
20
2 198 3 198 4 198 5 198 6 198 7 198 8 198 9 199 0 199 1 199 2 199 3 199 4 199 5 199 6 199 7 199 8 199 9 20 00 20 01 20 02 20 03 20 04 20 05
198
198
1
0
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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DADOS pARA REpENSAR A AIDS NO EStADO DE SÃO pAULO
Gráfico 8 Distribuição dos óbitos por Aids na população com 13 anos e mais, por faixa etária, segundo sexo Estado de São Paulo – 1991-2006 1991
Homens
% 20,0 15,0 10,0
Mulheres
70 a 74
70 a 74
65 a 69
65 a 69
60 a 64
60 a 64
55 a 59
55 a 59
50 a 54
50 a 54
45 a 49
45 a 49
40 a 44
40 a 44
35 a 39
35 a 39
30 a 34
30 a 34
25 a 29
25 a 29
20 a 24
20 a 24
15 a 19
15 a 19
13 a 14
13 a 14 0,0
2001
5,0
1996 75 e +
5,0 0,0
%
Homens
75 e +
Homens
20,0 15,0 10,0
Mulheres
5,0
10,0
15,0 20,0
Mulheres
20,0 15,0 10,0
5,0
Homens
0,0
% 0,0
2006
75 e +
75 e +
70 a 74
70 a 74
65 a 69
65 a 69
60 a 64
60 a 64
55 a 59
55 a 59
50 a 54
50 a 54
45 a 49
45 a 49
40 a 44
40 a 44
35 a 39
35 a 39
30 a 34
30 a 34
25 a 29
25 a 29
20 a 24
20 a 24
15 a 19
15 a 19
13 a 14
13 a 14
0,0
0,0
5,0
10,0
15,0 20,0
20,0 15,0 10,0
5,0
5,0
0,0
10,0
15,0 20,0
Mulheres
% 0,0
5,0
10,0
15,0 20,0
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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Mortalidade por Aids na população residente no Estado de São Paulo
73
pelo grupo das agressões, do Capítulo XX – Causas Externas de Morbidade e Mortalidade, da Classificação Internacional de Doenças – CID-10. Apesar da tendência contínua de decréscimo, a Aids ocupa, ainda, lugar de destaque na mortalidade da população paulista adulta. Em 2007, aparecia ainda entre as dez primeiras causas em três grupos de idade para ambos os sexos. para a população feminina em idade reprodutiva, de 25 a 34 anos e de 35 a 44 anos, a Aids continuava ocupando as mesmas posições observadas em 1996, representando 10% e 8% dos óbitos ocorridos em cada grupo, respectivamente. Já para os homens, houve pequena mudança e a Aids passou a representar a terceira causa de morte entre homens de 25 a 34 anos e a quarta, no grupo de 35 a 44 anos (tabela 3). Tabela 3 Importância da Aids como causa de morte, por sexo, segundo faixa etária Estado de São Paulo – 1996-2007 Homens
Faixa etária
Mulheres
Total
1996
2007
1996
2007
1996
2007
6º
15º
9º
17º
8º
16º
11º
17º
10º
20º
11º
19º
13 a 24 anos
4º
8º
3º
10º
4º
7º
25 a 34 anos
2º
3º
1º
1º
2º
3º
35 a 44 anos
2º
4º
2º
2º
1º
1º
45 a 54 anos
7º
6º
10º
10º
8º
6º
33º
35º
43º
40º
43º
46º
Total Menor de 13 anos
55 anos e mais
Fonte: Fundação Seade. Nota: Foi considerada a lista condensada de causas de morte.
As diferentes categorias de exposição da Aids Do primeiro caso de Aids diagnosticado no Brasil, ocorrido no Estado de São Paulo em 1980, até os dias atuais, várias formas de transmissão da infecção foram detectadas, pois a propagação do HIV depende de vários fatores, além das desigualdades sociais e regionais, o que ocasionou transformações no seu perfil epidemiológico (BRItO, 2001). Os óbitos acompanharam o perfil da epidemia no Estado, destacando-se três períodos (Gráficos 9 e 10), conforme as ca-
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74
DADOS pARA REpENSAR A AIDS NO EStADO DE SÃO pAULO
Gráfico 9 Número de óbitos por Aids na população com 13 anos e mais, segundo categoria de exposição Estado de São Paulo – 1981-2006 HSH+ Bi UDI Feminino
N. de óbitos
2.500
Hetero - Feminino UDI Masculino
Hetero - Masculino Outros
2.000
1.500
1.000
500
5 198 6 198 7 198 8 198 9 199 0 199 1 199 2 199 3 199 4 199 5 199 6 199 7 199 8 199 9 20 00 20 01 20 02 20 03 20 04 20 05 20 06
4
198
3
198
198
1
198
198
2
0
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
Gráfico 10 Distribuição dos óbitos por Aids na população com 13 anos e mais, segundo categoria de exposição Estado de São Paulo – 1981-2006 HSH+ Bi
Em %
100,0
Hetero - Feminino
Hetero - Masculino
UDI
Outros
80,0 60,0 40,0 20,0
198 3 198 4 198 5 198 6 198 7 198 8 198 9 199 0 199 1 199 2 199 3 199 4 199 5 199 6 199 7 199 8 199 9 200 0 200 1 200 2 200 3 200 4 200 5 200 6
2
198
198
1
0,0
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
Aids_Cap3_provafinal2.indd 74
19/5/2011 10:47:53
Mortalidade por Aids na população residente no Estado de São Paulo
75
tegorias de exposição de portadores do HIV/Aids. No primeiro, entre 1981 e 1989, o maior número de eventos fatais ocorreu entre homens que fazem sexo com homens (HSH); no segundo período, de 1990 a 2002, entre os usuários de drogas injetáveis (UDI), principalmente no sexo masculino; e no terceiro período, a partir de 2003, entre os heterossexuais de ambos os sexos. Óbitos precoces em pessoas vivendo com HIV/Aids Segundo o relatório da Sessão Especial sobre HIV/Aids da Assembleia Geral das Nações Unidas (Ungass Aids) – Resposta Brasileira 2005-2007, na análise de sobrevida em coortes de pessoas com 15 ou mais anos de idade, vivendo com HIV, no período de 2003 a 2006, a probabilidade de estar vivo após 12 meses do início de seguimento clínico é de 95%. Após quatro anos de acompanhamento, este porcentual passa para 90,7%. para as pessoas que iniciaram o seguimento no momento oportuno, ou seja, com contagem de t-CD4+ igual ou maior a 200 células/mm³ e ausência de doença associada à Aids, o risco de morrer é extremamente baixo, verificando-se cerca de 99% de pessoas vivas após 12 meses de acompanhamento nos serviços (BRASIL, 2008). Em contrapartida, é menor a probabilidade de estarem vivas as pessoas que chegam tardiamente ao serviço público, principalmente aquelas com contagem de t-CD4+ inferior a 100 células/mm³. Aproximadamente 13% delas morrem antes de completarem 12 meses de tratamento (BRASIL, 2008). Ainda segundo este relatório, do total de 115.221 pessoas vivendo com HIV que iniciaram seguimento clínico entre 2003 e 2006, cerca de 44% (50.393 pessoas) chegaram aos serviços de saúde com deficiência imunológica grave ou quadro clínico associado à Aids (BRASIL, 2008). No Estado de São paulo, a análise dos dados da BIp-Aids até 2006 mostrou que dos 160.397 casos notificados de pessoas com 13 ou mais anos de idade, 64.762 (40,4%) evoluíram precocemente para o óbito, ou seja, morreram menos de um ano após o diagnóstico de Aids. Esta proporção tem diminuído consideravelmente ao longo dos anos: em 1990 representava 62,5%, atingindo porcentual de 27,5% em 2006. A classificação dos casos pelo critério declaração de óbito (data de diagnóstico de Aids igual à data do falecimento) representou 16,8% (27.016 casos) do total de óbitos registrados na BIp-Aids. A parceria desenvolvida entre a Fundação Seade e o CRt-Aids, conforme descrita no capítulo 1, possibilitou sensível diminuição da frequência deste critério
Aids_Cap3_provafinal2.indd 75
19/5/2011 10:47:53
76
DADOS pARA REpENSAR A AIDS NO EStADO DE SÃO pAULO
entre 1995 e 2006, que passou de 2.354 casos (23,5%) para 920 (14,2%) (Gráfico 11 e tabela 4). O conhecimento da ocorrência de óbitos precoces em pessoas vivendo com HIV/Aids constitui ferramenta fundamental para a elaboração de propostas de controle da epidemia. Este problema pode ser analisado por dois grandes ângulos. O primeiro corresponde às questões socioeconômicas e culturais das pessoas infectadas pelo HIV, que demoram a procurar os serviços de saúde, contribuindo para o diagnóstico e tratamento tardios. O segundo refere-se aos problemas nos serviços de saúde, que não notificam os pacientes em acompanhamento dentro dos critérios previamente estabelecidos pela vigilância epidemiológica, podendo ocorrer atraso de tais notificações ou até mesmo inclusão de data de diagnóstico errada, próximo ou no momento do óbito, o que contribui para a estimativa incorreta do porcentual de óbitos precoces. Os dados da tabela 5 mostram que a maior concentração de óbitos precoces ocorreu em 1994, com 3.365 eventos. Em seguida houve tendência de redução e, em 2006, registraram-se 865 mortes precoces. A relação entre os sexos para esses óbitos
Gráfico 11 Proporção de óbitos por Aids com diagnóstico de Aids na data do óbito ou até um ano antes, por ano de diagnóstico Estado de São Paulo – 1990-2005
70,0
Diagnóstico até um ano antes do óbito Diagnóstico na data do óbito
Em %
60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0 1990
1995 2000 Ano de diagnóstico de Aids
2005
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
Aids_Cap3_provafinal2.indd 76
19/5/2011 10:47:54
Aids_Cap3_provafinal2.indd 77
1.004
859
804
920
2003
2004
2005
2006
14,2
11,5
11,4
11,3
12,3
12,9
13,2
13,2
13,5
15,8
19,6
23,5
22,7
22,0
21,7
25,1
26,0
19,8
18,0
14,5
12,6
18,9
13,3
28,0
12,5
-
16,8
%
185
174 2,9
2,5
2,7
2,4
213
205
2,1
2,5
2,5
2,7
2,4
2,9
4,3
4,5
4,9
4,6
4,0
4,0
3,6
3,9
4,2
7,0
6,0
7,0
3,6
4,0
-
-
3,3
%
197
234
247
280
289
322
456
455
456
416
334
273
184
135
106
106
37
24
3
1
-
-
5.332
Nos abs.
7 dias
247
267
307
354
319
351
417
426
434
493
543
565
529
517
445
425
304
223
165
117
47
36
9
1
1
-
7.542
Nos abs.
3,8
3,8
4,1
4,0
3,4
3,7
4,2
4,1
3,7
4,4
5,1
5,6
5,6
5,7
5,3
6,2
5,9
6,5
6,5
7,7
7,7
10,5
10,8
4,0
12,5
-
4,7
%
8-29 dias
353
464
498
539
562
573
671
736
779
894
1.143
1.359
1.399
1.380
1.232
1.105
861
647
479
244
119
48
20
6
-
1
16.112
Nos abs.
5,4
6,6
6,6
6,1
6,0
6,0
6,7
7,0
6,6
8,0
10,7
13,6
14,9
15,2
14,7
16,1
16,7
18,9
19,0
16,0
19,4
14,0
24,1
24,0
-
100,0
10,0
%
3-6 meses
Tempo de vida
80
139
148
145
198
201
235
295
372
416
613
892
981
954
864
655
535
451
289
179
78
28
8
3
1
-
8.760
Nos abs.
1,2
2,0
2,0
1,6
2,1
2,1
2,4
2,8
3,1
3,7
5,7
8,9
10,4
10,5
10,3
9,5
10,4
13,2
11,5
11,8
12,7
8,1
9,6
12,0
12,5
-
5,5
%
6-11 meses 29 dias
29
138
183
192
276
285
360
382
487
528
610
951
1.176
1.217
1.094
737
488
348
259
154
43
24
3
1
1
-
9.966
Nos abs.
0,4
2,0
2,4
2,2
2,9
3,0
3,6
3,7
4,1
4,7
5,7
9,5
12,5
13,4
13,1
10,7
9,5
10,2
10,3
10,1
7,0
7,0
3,6
4,0
12,5
-
6,2
%
1-2 anos
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
1.224
1.159
2001
1.321
2000
2002
1.598
1.382
1998
1999
2.102
1.772
1996
2.354
1995
1997
1.991
2.135
1993
1994
1.727
1.337
1990
1.816
677
1989
1991
453
1988
1992
77
220
1986
65
1985
1987
7
11
1983
1984
-
1
1980
1982
27.016
Nos abs.
zero
Total
Ano de diagnóstico
1
13
103
336
547
773
1.090
1.328
1.834
1.972
1.778
1.394
1.189
1.355
1.500
1.186
815
577
493
296
106
62
16
4
4
-
18.772
Nos abs.
0,0
0,2
1,4
3,8
5,8
8,1
10,9
12,7
15,5
17,6
16,6
13,9
12,7
15,0
17,9
17,2
15,8
16,9
19,5
19,5
17,3
18,0
19,3
16,0
50,0
-
11,7
%
Mais de 2 anos
4.675
5.019
5.216
6.085
6.149
5.877
5.649
5.632
6.055
4.783
3.463
2.045
1.526
1.221
1.085
768
626
363
278
205
105
57
13
2
-
-
66.897
Nos abs.
Nos abs. -
72,0
71,5
69,4
68,6
65,4
61,7
56,5
53,8
51,1
42,8
32,3
20,4
16,2
13,5
13,0
11,2
12,2
10,6
11,0
13,5
17,2
16,6
15,7
8,0
-
1
6.490
7.018
7.519
8.868
9.407
9.518
9.990
10.461
11.848
11.180
10.708
10.015
9.391
9.051
8.370
6.876
5.150
3.421
2.522
1.521
612
344
83
25
8
% 100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
Total
41,7 160.397
%
Continua vivo
Tabela 4 Casos notificados de Aids na população com 13 e mais, por tempo de vida após diagnóstico, segundo ano de diagnóstico Estado de São Paulo – 1980-2006
Mortalidade por Aids na população residente no Estado de São Paulo
77
19/5/2011 10:47:54
78
DADOS pARA REpENSAR A AIDS NO EStADO DE SÃO pAULO
Tabela 5 Óbitos por Aids na população de 13 anos e mais ocorridos entre 1 e 364 dias após o diagnóstico, por sexo, segundo ano de diagnóstico Estado de São Paulo – 1980-2006 Ano de diagnóstico
Mulheres Nos abs.
Homens
Total
%
Nos abs.
%
Nos abs.
%
Total
8.632
22,9
29.114
77,1
37.746
100,0
1980
-
-
1
100,0
1
100,0
1982
-
-
2
100,0
2
100,0
1983
-
-
11
100,0
11
100,0
1984
-
-
40
100,0
40
100,0
1985
2
1,5
134
98,5
136
100,0
1986
11
3,9
270
96,1
281
100,0
1987
59
9,1
587
90,9
646
100,0
1988
115
11,1
924
88,9
1.039
100,0
1989
183
12,6
1.273
87,4
1.456
100,0
1990
255
13,5
1.629
86,5
1.884
100,0
1991
390
15,9
2.068
84,1
2.458
100,0
1992
524
18,2
2.351
81,8
2.875
100,0
1993
678
20,8
2.589
79,2
3.267
100,0
1994
746
22,2
2.619
77,8
3.365
100,0
1995
816
24,9
2.455
75,1
3.271
100,0
1996
706
25,6
2.049
74,4
2.755
100,0
1997
596
28,0
1.529
72,0
2.125
100,0
1998
543
29,0
1.331
71,0
1.874
100,0
1999
487
28,0
1.250
72,0
1.737
100,0
2000
455
29,0
1.115
71,0
1.570
100,0
2001
421
31,0
938
69,0
1.359
100,0
2002
361
28,3
915
71,7
1.276
100,0
2003
370
29,6
881
70,4
1.251
100,0
2004
324
28,0
834
72,0
1.158
100,0
2005
336
32,2
708
67,8
1.044
100,0
2006
254
29,4
611
70,6
865
100,0
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
Aids_Cap3_provafinal2.indd 78
19/5/2011 10:47:55
Mortalidade por Aids na população residente no Estado de São Paulo
79
tem se mantido próxima de três casos masculinos para cada óbito feminino, superior ao observado para o total dos casos de Aids, que é de dois homens para cada mulher. pode-se atribuir essa diferença ao fato de as mulheres acessarem os serviços de saúde em momento mais oportuno do que os homens. Segundo o relatório Ungass Aids, 35,7% das mulheres vivendo com HIV chegam tardiamente ao serviço para início de tratamento, enquanto entre os homens o porcentual é mais elevado, atingindo a metade deles (BRASIL, 2008). por categoria de exposição, no período de 1987 a 1995, os óbitos precoces predominavam entre os usuários de drogas intravenosas (UDI), atingindo o maior porcentual de eventos fatais em 1991 (46,1%). A partir de 1996, a categoria de exposição heterossexual passa a ser a de maior ocorrência destes eventos (tabela 6). Chama atenção o aumento da proporção de óbitos precoces com categoria de exposição ignorada, que passa de 20,3%, em 1998, para 35,1%, em 2006. A partir de 2003, com a melhor qualidade no preenchimento dos instrumentos de coleta de dados, a variável raça/cor branca apresentou a maior proporção de casos de óbitos precoces, com 39,8% do total de ocorrências fatais, seguida pela preta/parda, que somou 20,1% (tabela 7).
Aids_Cap3_provafinal2.indd 79
19/5/2011 10:47:55
80
DADOS pARA REpENSAR A AIDS NO EStADO DE SÃO pAULO
Tabela 6 Óbitos por Aids na população com 13 anos e mais ocorridos entre 1 e 364 dias após o diagnóstico, por categoria de exposição, segundo ano de diagnóstico Estado de São Paulo – 1980-2006 HSH (1)
Hetero
Ano de diagnóstico
Nos abs.
%
Total
7.672
20,3 11.932
Nos abs.
UDI (2) Nos abs.
%
Outras Nos abs.
%
31,6 11.998
Ignorada Nos abs.
%
31,8
379
Total Nos abs.
%
1,0 5.765
%
15,3 37.746
100,0
1980
1 100,0
-
-
-
-
-
-
-
-
1
100,0
1982
2 100,0
-
-
-
-
-
-
-
-
2
100,0
1983
10
90,9
-
-
1
9,1
-
-
-
-
11
100,0
1984
38
95,0
-
-
-
-
1
2,5
1
2,5
40
100,0
1985
113
83,1
4
2,9
8
5,9
2
1,5
9
6,6
136
100,0
1986
215
76,5
23
8,2
22
7,8
8
2,8
13
4,6
281
100,0
1987
380
58,8
68
10,5
118
18,3
25
3,9
55
8,5
646
100,0
1988
493
47,4
152
14,6
280
26,9
33
3,2
81
7,8
1.039
100,0
1989
591
40,6
234
16,1
513
35,2
25
1,7
93
6,4
1.456
100,0
1990
597
31,7
320
17,0
812
43,1
37
2,0
118
6,3
1.884
100,0
1991
617
25,1
498
20,3 1.132
46,1
24
1,0
187
7,6
2.458
100,0
1992
670
23,3
664
23,1 1.287
44,8
36
1,3
218
7,6
2.875
100,0
1993
609
18,6
950
29,1 1.349
41,3
39
1,2
320
9,8
3.267
100,0
1994
589
17,5 1.097
32,6 1.287
38,2
47
1,4
345
10,3
3.365
100,0
1995
535
16,4 1.147
35,1 1.182
36,1
56
1,7
351
10,7
3.271
100,0
1996
392
14,2 1.038
37,7
947
34,4
23
0,8
355
12,9
2.755
100,0
1997
287
13,5
816
38,4
661
31,1
11
0,5
350
16,5
2.125
100,0
1998
276
14,7
673
35,9
544
29,0
1
0,1
380
20,3
1.874
100,0
1999
234
13,5
665
38,3
431
24,8
-
-
407
23,4
1.737
100,0
2000
190
12,1
634
40,4
394
25,1
1
0,1
351
22,4
1.570
100,0
2001
168
12,4
591
43,5
254
18,7
1
0,1
345
25,4
1.359
100,0
2002
159
12,5
536
42,0
220
17,2
2
0,2
359
28,1
1.276
100,0
2003
143
11,4
530
42,4
187
14,9
1
0,1
390
31,2
1.251
100,0
2004
146
12,6
475
41,0
145
12,5
4
0,3
388
33,5
1.158
100,0
2005
117
11,2
456
43,7
125
12,0
1
0,1
345
33,0
1.044
100,0
2006
100
11,6
361
41,7
99
11,4
1
0,1
304
35,1
865
100,0
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids. (1) HSH – Homens que fazem sexo com homens. (2) UDI – Usuário de droga intravenosa.
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Mortalidade por Aids na população residente no Estado de São Paulo
81
Tabela 7 Óbitos por Aids na população de 13 anos e mais ocorridos entre 1 e 364 dias após o diagnóstico, por raça/cor, segundo ano de diagnóstico Estado de São Paulo – 2000-2006 Ano de diagnóstico Total
Branca Nos abs.
%
Preta Nos abs.
3.390 39,8 642
%
Amarela Nos abs.
7,5
34
Parda Nos abs.
%
%
0,4 1.072 12,6
Indígena Nos % abs.
Ignorada Nos abs.
Total Nos abs.
%
%
2 0,0 3.383 39,7 8.523 100,0
2000
43
2,7
7
0,4
-
-
13
0,8
-
- 1.507 96,0 1.570 100,0
2001
106
7,8
14
1,0
-
-
29
2,1
-
- 1.210 89,0 1.359 100,0
2002
439 34,4
62
4,9
4
0,3 121
9,5
-
-
2003
839 67,1 151 12,1
6
0,5 245 19,6
-
-
10
0,8 1.251 100,0
2004
744 64,2 172 14,9
6
0,5 234 20,2
-
-
2
0,2 1.158 100,0
2005
667 63,9 130 12,5
10
1,0 235 22,5
2 0,2
-
- 1.044 100,0
2006
552 63,8 106 12,3
8
0,9 195 22,5
-
4
-
650 50,9 1.276 100,0
0,5
865 100,0
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
Considerações finais A análise da Base Integrada paulista de Aids – BIp-Aids revela que a trajetória da mortalidade devida à Aids no Estado de São Paulo foi de crescimento contínuo entre 1980 e 1995, e de forte declínio desde então. Apesar dessa queda relevante nos últimos anos, a Aids ainda representa uma das principais causas de morte dos adultos jovens no Estado, mantendo-se como a primeira causa para a população entre 35 e 44 anos. Ao incidir predominantemente na população em idade reprodutiva e economicamente ativa, esta doença assumiu papel desestabilizador dos níveis de mortalidade desse seguimento populacional na década de 1990. Neste início de século XXI, com a reversão e manutenção da tendência de redução destas mortes, abre-se nova perspectiva de sobrevida, mais otimista e positiva. O monitoramento dos casos fatais de Aids, aprimorado com a parceria entre as duas instituições públicas paulistas, Fundação Seade e Programa Estadual de Aids, permite acompanhar detalhadamente as ocorrências nas diversas faixas etárias da população. Representa, assim, indicador sensível para a análise da situação desta doença e para o planejamento de ações no Estado de São Paulo.
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DADOS pARA REpENSAR A AIDS NO EStADO DE SÃO pAULO
A análise temporal da distribuição dos óbitos precoces por Aids no Estado de São Paulo, outro aspecto importante deste estudo, mostra redução na proporção de pessoas com Aids que morrem menos de um ano depois do diagnóstico. Parte dessa diminuição é atribuída ao processo desenvolvido por meio da parceria mencionada, que possibilitou a identificação dos casos fatais presentes na base de mortalidade do Seade que não se encontravam notificados na base do Sinan. A posterior investigação destes casos pelas regionais de saúde permite o conhecimento mais aprofundado de tais óbitos, como descrito no capítulo 1 deste livro, aprimorando as informações existentes na BIp-Aids. O monitoramento de todos os casos fatais representa, assim, vigilância sempre necessária. Referências bibliográficas BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DSt, Aids e Hepatites Virais. Boletim Epidemiológico – Aids e DST, ano VI, n. 1, 2010. ______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. programa Nacional de DSt e Aids. UNGASS: Resposta brasileira à epidemia de Aids 20052007. Relatório de progresso do país. Brasília: DF, 2008. BRItO, A.M.; CAStILHO, E.A.; SZWARCWALD, C.L. Aids e infecção pelo HIV no Brasil: uma epidemia multifacetada. Rev. Soc. Bras. Med. Trop. 2001, v. 34, n. 2, p. 207-217. FUNDAÇÃO SEADE. Sistema de Estatísticas Vitais. São paulo, 2009. Disponível em: <www.seade.gov.br>. OtERO, M.R.G. Mortalidade por Aids no Brasil. Boletim Epidemiológico Aids. Ministério da Saúde, n. 1, 1999. SÃO pAULO (Estado). Secretaria da Saúde. Vigilância Epidemiológica de Aids no Estado de São Paulo. Boletim Epidemiológico CRT-DST/Aids – CVE, ano XXVI, n. 1, 2009. ______. Secretaria da Saúde. Análise dos dados referentes à Aids no Estado de São Paulo. Boletim Epidemiológico CRT–DST/Aids – CVE, ano XXV, n. 1, dez. 2008. ______. Secretaria da Saúde. A vigilância epidemiológica da Aids no Estado de São Paulo. Boletim Epidemiológico CRT–DST/Aids – CVE, ano XXIV, n. 1, dez. 2007. WALDVOGEL, B.C. O número da Aids: São paulo surpreende. São Paulo em Perspectiva, v. 6, n. 4, out./dez. 1992. WALDVOGEL, B.C.; MORAIS, L.C.C. Mortalidade por Aids em São paulo: dezoito anos de história. Boletim Epidemiológico CRT-DST/Aids – CVE, ano XVI, n. 2, jun. 1998. WALDVOGEL, B.C.; tEIXEIRA, M.L.p. Mortalidade por Aids no Estado: redução continua desde 1996. SP Demográfico, Fundação Seade, ano 5, n. 13, nov. 2004.
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Análise da sobrevida de pacientes com Aids no Estado de São Paulo
83
4 Análise da sobrevida de pacientes com Aids no Estado de São Paulo
Mariza Vono Tancredi Márcia Moreira Holcman Antonio Etevaldo Teixeira Júnior Norma Suely de Oliveira Farias
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A
Aids destaca-se entre as enfermidades infecciosas emergentes pela grande magnitude e extensão dos danos causados às populações e, desde a sua origem, cada uma de suas características e repercussões tem sido exaustivamente discutida pela comunidade científica e pela sociedade em geral (BRITO, 2001). A introdução da terapia antirretroviral de alta potência (Haart), somada às ações de prevenção e controle da infecção pelo vírus da imunodeficiência adquirida (HIV) e outras doenças sexualmente transmissíveis, tem resultado em alterações no padrão da epidemia de Aids (DOURADO, 2006). Considera-se extremamente importante identificar os determinantes de sobrevida entre pacientes com Aids, tanto para os prestadores de assistência, por meio de estudos de novas terapias e informações mais acuradas de diagnóstico e de resultados de tratamentos, quanto para os tomadores de decisão e gestores em saúde pública, que contam com dados prognósticos agregados para projetar e planejar os cuidados de saúde de que os indivíduos com Aids necessitam (CHEQUER,1992). Na Europa e América do Norte, em 12 estudos de coorte, verificou-se que, entre 22 mil indivíduos que receberam Haart, a proporção de mulheres passou de 16% em 1995-1996 para 32% em 2002-2003. A infecção por via heterossexual passou de 20% para 47% e a porcentagem da categoria de exposição de homens que fazem sexo com homens (HSH) caiu de 56% para 34% nos mesmos períodos (EGGER, 2006). A experiência de sobrevida e a morte por Aids foram estudadas numa coorte de 3.699 pacientes no Estado de New York EUA, cujos indivíduos foram diagnosticados com Aids, entre 1980 e 1990, e tinham mais de 13 anos. O tempo mediano de sobrevida para todos os casos foi de 11,5 meses; e esse tempo aumentou de 5,3 meses (antes de 1984) para 9,3 meses (1984-1986) e para 13,2 meses no período de 1987-1989 (CHANG, 1993). Mocroft et al. (1997) realizaram um estudo de coorte com 2.625 pacientes com Aids na cidade de Londres, entre 1982 e
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DADOS pARA REpENSAR A AIDS NO ESTADO DE SãO pAULO
1995. Os autores mostraram que o tempo mediano de sobrevida (TMS) foi de 20 meses. A contagem de células CD4 antes da doença definidora de Aids decresceu significativamente ao longo do tempo, de 90 cel/mm³, em 1987, para 40 cel/mm³ durante 1994 e 1995. Nos primeiros três meses depois do diagnóstico, aqueles pacientes que apresentaram Aids após 1987 tiveram menor risco de morte (RR= 0,44) comparados com aqueles pacientes diagnosticados antes de 1987. No Brasil, alguns estudos de sobrevida foram realizados nas eras pré e pós-Haart. O primeiro estudo que documentou a sobrevida de pacientes adultos vivendo com Aids foi publicado em 1992, com amostra de 2.135 pacientes, em que foi encontrada mediana de sobrevida de 5,1 meses depois do diagnóstico de Aids. Não foi encontrada diferença significativa entre homens e mulheres. A sobrevida por idade, por sua vez, mostrou diferença, e pacientes adultos jovens viveram mais que os indivíduos maiores de 30 anos (CHEQUER, 1992). Marins et al. (2003) analisaram a sobrevida dos pacientes com Aids com 13 anos e mais de idade no Brasil, diagnosticados em 1995 e 1996. Revelaram que a mediana da sobrevida desses pacientes sofreu grande mudança de 1982 a 1989 e de 1995 a 1996. No primeiro período, 50% dos pacientes sobreviviam cerca de seis meses após o diagnóstico, enquanto os diagnosticados em 1995 sobreviveram 16 meses e os diagnosticados em 1996, com grande acréscimo, tiveram sobrevida de 58 meses. Dados de pacientes de um centro de referência da cidade do Rio de Janeiro foram analisados no período 1991-1995, com diferença significativa entre os sexos. A mediana do tempo de sobrevida foi de 20,4 meses, para os homens, e de 11,0 meses para as mulheres, mesmo após controle de co-variáveis clínicas e laboratoriais (HACKER, 2007). Outro estudo realizado em Santos, no Estado de São paulo, no período 1989-1990, apontou que 51,7% e 38,8% dos casos de Aids sobreviveram, respectivamente, 6 e 12 meses após o diagnóstico de Aids (HENRIQUES, 1992). Estudo brasileiro mais recente, realizado nas regiões Sul e Sudeste, entre pacientes adultos com Aids, diagnosticados em 1998 e 1999, revelou que 59% deles sobreviveram 108 meses. As características associadas ao aumento da sobrevida foram: ser do sexo feminino, ter menos de 30 anos e cor da pele branca. Os usuários de droga injetável (UDI) atingiram TMS de 72 a 84 meses, e aos 108 meses, a probabilidade acumulada de sobrevida foi de 45%. Quando o diagnóstico de Aids foi realizado pelo “critério CD4”, o paciente sobreviveu mais (71% em 108 meses) do que
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Análise da sobrevida de pacientes com Aids no Estado de São Paulo
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aqueles diagnosticados com os critérios “CDC modificado” (44% em 108 meses) ou “Rio de Janeiro/Caracas” (50% em 108 meses) (GUIBU, 2008a). Outro estudo realizado em São paulo, no Centro de Referência e Treinamento DST/Aids-Sp, com 6.594 pacientes adultos com Aids, no período de 1988 a 2003, acompanhados até 2005, também revelou expressivo aumento da sobrevida na era pósHaart. A probabilidade de sobrevida até 108 meses, entre os pacientes com diagnóstico de Aids entre 1988 e 1993, foi de 10,6%. para os pacientes com diagnóstico de Aids entre 1994 e 1996, a probabilidade foi de 24,4% e para aqueles que tiveram diagnóstico no período de 1997 a 2003, correspondeu a 72,0%. Mostraram-se associados ao óbito por Aids independentemente das demais exposições: diagnóstico de Aids entre 1994 e 1996 (HR=2,0); diagnóstico de Aids entre 1988 e 1993 (HR=3,2); pertencer ao grupo etário de 30 a 49 anos (HR=1,4); possuir 50 anos ou mais (HR=2,0); pertencer à categoria de exposição HSH (HR=1,1); e UDI (HR=1,5); ter até 8 anos de estudo (HR=1,4); não ter estudado (HR=2,1); ter CD4+ entre 350 a 500 cel/mm³ (HR=1,2); e abaixo de 350 cel/mm³(HR=1,3) (TANCREDI, 2010). Matida (1999) estudou uma coorte no Estado de São paulo com 1.066 crianças infectadas pelo HIV por via vertical, e avaliou o risco de morte aos 18 meses para crianças diagnosticadas nos períodos de 1988 a 1991 e de 1992 a 1994, em comparação com aquelas diagnosticadas em 1987 e antes desta data. O risco de morte aos 18 meses para crianças diagnosticadas de 1988 a 1991 foi de 0,59 e para as diagnosticadas de 1992 a 1994, período em que a terapia antirretroviral começou a tornar-se disponível, foi de 0,45. Dessa forma, este estudo visa determinar o tempo de sobrevida da coorte formada pelos indivíduos notificados com Aids presentes na Base Integrada de Aids – BIP-Aids, e avaliar os efeitos individuais e em conjunto das variáveis que expressam os fatores prognósticos para a sobrevida desses pacientes, residentes no Estado de São paulo, nos anos de 1990, 1992, 1994, 1996, 1998, 2000 e 2002. Trata-se, portanto, de uma contribuição para o estudo da epidemia, a identificação de fatores que corroborem com o aprimoramento da assistência, para o investimento de melhoria do tempo mediano de sobrevida dos pacientes e sua qualidade de vida e, ainda, fornecer elementos para a construção de indicadores de saúde mais específicos para os gestores da saúde pública. A BIp-Aids permitiu, de modo inovador, analisar a sobrevida de Aids para todo o Estado de São paulo. Esta base de dados
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DADOS pARA REpENSAR A AIDS NO ESTADO DE SãO pAULO
é mais completa, pois incorpora maior quantidade de casos existentes de Aids no Estado por meio da vinculação dos casos com os óbitos, ampliando e melhorando o cálculo do tempo de sobrevida. Material e método Este estudo de coorte retrospectivo utilizou a Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids e teve como população os casos de Aids em indivíduos com 13 anos e mais de idade, residentes no Estado de São paulo e diagnosticados entre 1990 e 2002. Foram incluídos os casos diagnosticados nos anos pares e que possuíam tempo entre diagnóstico e óbito maior que sete dias. Excluíram-se os casos definidos pelo critério óbito e aqueles que não possuíam informação para alguma das seguintes variáveis: idade, sexo, critério de definição de caso e categoria de exposição. Foram excluídos também os casos com as seguintes categorias de exposição: transmissão vertical, acidente de trabalho e transfusão sanguínea. As seguintes características dos indivíduos notificados foram consideradas: ano de diagnóstico (1990, 1992, 1994, 1996, 1998, 2000 e 2002); faixa etária ao diagnóstico (13 a 29 anos, 30 a 39 anos e 40 anos e mais); sexo; critério de definição de caso Aids (CDC, CD4 e Rio de Janeiro/Caracas); categoria de exposição ao vírus (heterossexual, HSH, usuários de drogas injetáveis (UDI) e com categoria de exposição ignorada); e data do óbito. para a análise de sobrevida, o tempo foi considerado em meses, com início na data do diagnóstico da doença ou na data de notificação, na falta daquela, e como final foi considerada a data do óbito, independentemente da causa básica da morte ter sido Aids. Foram censurados todos os diagnosticados com Aids que permaneceram vivos até a data final de seguimento (31 de dezembro de 2006). As estimativas das probabilidades de sobrevida acumuladas foram calculadas de acordo com o método proposto por Kaplan e Meier (1958). Foram apresentadas as estimativas das probabilidades de sobrevida acumuladas até o primeiro, segundo, terceiro, quinto e sétimo ano de acompanhamento. As informações obtidas pela análise foram descritas utilizando gráficos com as curvas de sobrevida, agrupadas segundo as variáveis selecionadas para o estudo. As probabilidades de sobrevida acumulada, segundo as categorias das variáveis utilizadas para análise, foram comparadas utilizando-se o teste log rank (MANTEL, 1966) e as diferenças foram consideradas significativas se p <0,05. para maior simplicidade
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Análise da sobrevida de pacientes com Aids no Estado de São Paulo
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neste estudo, as “estimativas das probabilidades de sobrevida acumulada” são denominadas simplesmente “sobrevida”. O modelo de regressão de riscos proporcionais de Cox (1972) foi utilizado para estimar o risco de óbito levando-se em consideração cada uma das variáveis utilizadas neste estudo. Em todos os cálculos das razões das funções de risco (hazard ratio – HR) e os respectivos intervalos de 95% de confiança, foram utilizadas como categorias de referência aquelas que apresentaram menor força de mortalidade. Ou seja, o valor do HR representa o risco de óbito da categoria de maior efeito comparada à categoria de referência (menor risco). Valores acima de um (1) representam risco aumentado e valores abaixo de 1, proteção. Todos os intervalos de confiança que não incluem o valor 1 indicam que a estimativa desse risco é estatisticamente significativa. A proporcionalidade dos riscos ao longo do tempo é um pressuposto do modelo de Cox, para tanto utilizou-se nesta avaliação o método gráfico descritivo por Colosimo e Giolo (2006, p. 167). para análise estatística, utilizaram-se os programas Stata versão 9.0 e SpSS versão 13.0. Resultados e discussão Com relação às características da população estudada (Tabela 1), aumentou a proporção de pessoas do sexo feminino notificadas como caso de Aids, que em 1990 perfaziam 15,5% e, em 2002, passaram a representar 36,7% do total. Em relação à idade, observa-se uma diminuição da participação da população notificada com idades entre 13 e 29 anos de 47,0% (1990) para 25,2% (2002). Em contraposição, a proporção de pessoas mais velhas no total de casos notificados aumentou gradativamente. Em 1990, 17,5% da população estudada tinha 40 anos ou mais e, em 2002, 31,8% dos notificados estavam nessa faixa etária. O critério CD4, introduzido em 1998, manteve-se estável até o final do período de seguimento. O critério CDC, por sua vez, constituiu a definição de caso mais frequente e predominou em todo o período. Quanto à categoria de exposição, decresceu a proporção de indivíduos notificados com as categorias HSH e UDI, que em 1990 somavam aproximadamente 80% do total e, em 2002, representavam 32,3%. Neste último ano, a maior parcela dos notificados (56,3%) pertenceu à categoria de exposição heterossexual, e a maioria era do sexo feminino (30,6%). Nota-se também que, mesmo em 2002, 11,5% das notificações não exibia a informação de categoria de exposição preenchida.
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%
Nos abs. %
Nos abs.
%
1.378 2.296 1.132 1.164 2.514 522
0,0 0 71,7 4.631 28,3 2.079
18,0 1.528 82,0 5.182
25,4 26,1 12,3 13,8 43,5 5,0
44,5 2.607 37,3 2.756 18,2 1.347
20,2 1.596 79,8 5.114
1.531 3.390 1.829 1.561 2.464 663
0,0 805 69,0 4.542 31,0 2.701
22,8 3.462 77,2 4.586
20,5 34,2 16,9 17,3 37,5 7,8
38,9 2.748 41,1 3.514 20,1 1.786
23,8 2.373 76,2 5.675
1.822 4.812 2.774 2.038 2.332 961
10,0 3.482 56,4 4.065 33,6 2.380
43,0 6.091 57,0 3.836
19,0 42,1 22,7 19,4 30,6 8,2
34,1 3.152 43,7 4.338 22,2 2.437
29,5 3.497 70,5 6.430
1.479 4.516 2.518 1.998 1.643 759
35,1 3.023 40,9 3.383 24,0 1.991
61,4 5.669 38,6 2.728
18,4 48,5 27,9 20,5 23,5 9,7
31,8 2.442 43,7 3.640 24,5 2.315
35,2 2.991 64,8 5.406
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
0,0 0 77,1 4.330 22,9 1.705
17,5 1.085 82,5 4.950
33,3 1.535 17,7 1.574 7,8 742 9,9 832 44,6 2.626 4,4 300
47,0 2.683 35,5 2.253 17,5 1.099
15,5 1.219 84,5 4.816
1.462 4.501 2.446 2.055 1.117 918
36,0 3.047 40,3 3.243 23,7 1.708
67,5 6.167 32,5 1.831
17,6 53,8 30,0 23,8 19,6 9,0
29,1 2.019 43,3 3.439 27,6 2.540
35,6 2.936 64,4 5.062
10.332 21.687 11.703 9.984 14.205 4.271
38,1 10.357 40,5 26.799 21,4 13.339
77,1 24.592 22,9 25.903
18,3 56,3 30,6 25,7 14,0 11,5
25,2 17.241 43,0 21.140 31,8 12.114
36,7 15.135 63,3 35.360
20,5 53,1 26,4
48,7 51,3
20,5 42,9 23,2 19,8 28,1 8,5
34,1 41,9 24,0
30,0 70,0
0 2.605 775
Nos abs.
Critério de definição CD4 CDC Caracas
%
590 2.790
Nos abs.
Situação Vivo ou ignorado Morto
%
1.125 598 262 336 1.509 148
Nos abs.
Total
Categoria de exposição HSH Heterossexual Feminino Masculino UDI Ignorado
%
2002
1.590 1.200 590
Nos abs.
2000
Faixa etária 13 a 29 anos 30 a 39 anos 40 anos ou mais
%
1998
523 2.857
Nos abs.
1996
Sexo Mulheres Homens
%
1994
3.380 100,0 6.035 100,0 6.710 100,0 8.048 100,0 9.927 100,0 8.397 100,0 7.998 100,0 50.495 100,0
Nos abs.
1992
Total
Atributos
1990
Tabela 1 Casos notificados de Aids em indivíduos com 13 anos e mais de idade, por categoria de exposição, segundo atributos Estado de São Paulo – 1990-2002
90 DADOS pARA REpENSAR A AIDS NO ESTADO DE SãO pAULO
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Análise da sobrevida de pacientes com Aids no Estado de São Paulo
91
Atualmente o HIV não atinge só a população classificada outrora como “grupos de maior risco”. No entanto, quando se considera a incidência por categoria de exposição, o que foi observado por Guibu et al. (2008b), a partir de estimativas da população exposta de UDI, HSH e heterossexual, de 15 a 49 anos no Estado de São paulo, entre 2000 e 2005, os UDI e HSH apresentaram maior risco de adoecer comparados à população heterossexual. Esses achados remetem à questão de “contextos” de vulnerabilidades, que devem estar no foco das ações de luta contra a Aids, tanto pelos setores governamentais, como pelas organizações da sociedade civil. No presente estudo, a sobrevida aumentou ao longo do período, como apresentado no Gráfico 1, que compara a sobrevida geral de acordo com o ano de diagnóstico. Entre os indivíduos diagnosticados em 1990, 31% sobreviveram 36 meses após o diagnóstico. para aqueles diagnosticados em 2002 esse porcentual aumentou para 81% (Tabela 2). Em relação ao sexo, as mulheres apresentaram sobrevida estatisticamente maior que os homens em todos os períodos (teste log rank, p<0,05). Em 1996, houve menor distância entre
Gráfico 1 Sobrevida de casos de Aids em indivíduos com 13 anos e mais de idade, segundo ano de diagnóstico Estado de São Paulo – 1990-2002
1,00
Probabilidade
1990
1992
1994
1996
1998
2000
2002
0,75
0,50
0,25
Anos
0 0
1
2
3
4
5
6
7
8
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
Aids_Cap4_provafinal2.indd 91
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92
DADOS pARA REpENSAR A AIDS NO ESTADO DE SãO pAULO
Tabela 2 Estimativas da probabilidade de sobrevida acumulada de casos de Aids em indivíduos com 13 anos e mais de idade, por tempo de sobrevida, segundo ano de diagnóstico Estado de São Paulo – 1990-2002 Ano de diagnóstico
Tempo de sobrevida (em meses) 0
12
36
60
84
1990
1,00
0,54
0,35
0,28
0,23
1992
1,00
0,59
0,33
0,25
0,22
1994
1,00
0,57
0,34
0,29
0,27
1996
1,00
0,72
0,60
0,54
0,49
1998
1,00
0,85
0,76
0,70
0,65
2000
1,00
0,84
0,77
0,72
-
2002
1,00
0,87
0,81
-
-
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
as curvas, indicando decréscimo nessas diferenças (Gráfico 2 e Tabela 3). Os estudos realizados em diferentes épocas apontaram para direções opostas ou nenhuma diferença na sobrevida entre homens e mulheres. No Brasil, Chequer et al., utilizando informações de 1981 a 1989, relataram menor sobrevida para as mulheres, mas sem diferença estatística. Em Ribeirão preto, a sobrevida analisada de 1986 a 1987 (MENESIA, 2001) apontou o maior risco de óbito entre homens. Já outro estudo realizado com dados para o Brasil de 1995 e 1996 indicou risco 15% maior de óbito para os homens (MARINS, 2003). Nos relatórios dos Centers of disease control and prevention – CDC, que descrevem a proporção de sobrevida após o diagnóstico de Aids nos Estados Unidos e áreas dependentes, apresentam a mesma proporção de sobrevida para homens e mulheres (0,91) após um ano, e pouco menor (0,88 para homens e 0,87 para mulheres) após dois anos do diagnóstico. Outras variáveis podem interferir neste indicador, tais como a categoria de exposição UDI entre os homens e mulheres. No presente estudo, esta característica apresentou diferença significativa, com melhor sobrevida para as mulheres, mesmo nas coortes iniciais. Considerando a faixa etária (Gráfico 3 e Tabela 4), os casos notificados com idades abaixo de 40 anos apresentaram melhor sobrevida. As diferenças são marcantes e estatisticamente significativas em 1990 e 1992, e em 1994, as distâncias entre as curvas
Aids_Cap4_provafinal2.indd 92
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Análise da sobrevida de pacientes com Aids no Estado de São Paulo
93
Gráfico 2 Sobrevida de casos de Aids em indivíduos com 13 anos e mais de idade, segundo sexo Estado de São Paulo – 1990-2002 1,00
1990
Probabilidade
Mulheres
0,75
Homens
0,50 0,25 0
1,00
0
1
2
3
4
5
6
7
8
Anos
1992
Probabilidade
1,00
0,75
0,75
0,50
0,50
0,25
0,25
0
1,00
0
1
2
3
4
5
6
7
8
Anos
0
1996
Probabilidade
1,00
0,75
0,75
0,50
0,50
0,25
0,25
0
1,00
0
1
2
3
4
5
6
7
8
Anos
0
2000
Probabilidade
1,00
0,75
0,75
0,50
0,50
0,25
0,25
0
0
1
2
3
4
5
6
7
8
Anos
0
1994
Probabilidade
0
1
2
1
2
1
5
6
7
8
4
5
6
7
8
4
5
6
7
8
Anos
3
Anos
2002
Probabilidade
0
4
1998
Probabilidade
0
3
2
3
Anos
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
Aids_Cap4_provafinal2.indd 93
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94
DADOS pARA REpENSAR A AIDS NO ESTADO DE SãO pAULO
Tabela 3 Estimativas da probabilidade de sobrevida acumulada de casos de Aids em indivíduos com 13 anos e mais de idade, por tempo de sobrevida, segundo ano de diagnóstico e sexo Estado de São Paulo – 1990-2002 Ano de diagnóstico e sexo 1990
Tempo de sobrevida (em meses) 0
12
36
60
84
Mulheres
1,00
0,59
0,41
0,35
0,26
Homens
1,00
0,53
0,33
0,27
0,22
Mulheres
1,00
0,64
0,40
0,32
0,29
Homens
1,00
0,58
0,31
0,23
0,21
Mulheres
1,00
0,60
0,37
0,33
0,30
Homens
1,00
0,56
0,33
0,28
0,26
Mulheres
1,00
0,76
0,64
0,58
0,54
Homens
1,00
0,70
0,59
0,52
0,47
Mulheres
1,00
0,87
0,80
0,75
0,70
Homens
1,00
0,83
0,74
0,67
0,62
Mulheres
1,00
0,87
0,81
0,76
-
Homens
1,00
0,83
0,75
0,69
-
Mulheres
1,00
0,90
0,85
-
-
Homens
1,00
0,85
0,79
-
-
1992
1994
1996
1998
2000
2002
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
diminuem, revelando menor diferença na sobrevida entre as diversas faixas etárias. Em 1996 as curvas praticamente se tornam indistintas e as diferenças entre as idades não são estatisticamente significativas (teste log rank, p>0,05). Dois anos mais tarde elas começam a se separar novamente, praticamente formando dois grupos: dos indivíduos com 40 anos e mais e outro abaixo dessa idade. Em
Aids_Cap4_provafinal2.indd 94
19/5/2011 10:52:19
Análise da sobrevida de pacientes com Aids no Estado de São Paulo
95
1998 e 2000, estas diferenças observadas são estatisticamente significativas. Dessa forma, a idade mais elevada foi fator de risco para o óbito no presente estudo, principalmente para os maiores de 40 anos. Nos Estados Unidos, quanto maior a idade na época do diagnóstico, menor a sobrevida estimada (CDC, 2008). No Reino Unido, o comportamento foi semelhante, com maior risco de óbito para as idades mais elevadas (ROGERS, 2000). No que concerne à categoria de exposição, em 1990 não houve diferença estatisticamente significativa entre as sobrevidas. Apesar disso, no início do seguimento a população com categoria de exposição ignorada apresenta pior sobrevida; após o primeiro ano há cruzamento desta com as outras curvas, e após o quinto ano de seguimento, a categoria de exposição ignorada apresenta maior sobrevida. Em 1992, o comportamento dessa categoria é semelhante ao descrito anteriormente, mas neste período o encontro das curvas ocorre a partir do segundo ano e, ao final, a sobrevida de indivíduos na categoria de exposição ignorada não ultrapassa a sobrevida dos heterossexuais. Em 1994 também há entrelaçamento das curvas e a melhor sobrevida é dos HSH, em todo o período de seguimento. A partir de 1996 as curvas começam a esboçar a formação de dois grupos: de HSH mais heterossexuais, e de UDI somados à categoria ignorada, que apresentam maior e menor sobrevida, respectivamente (Gráfico 4 e Tabela 5). A categoria de exposição ignorada corresponde a indivíduos cujas fichas de notificação ficaram incompletas nos serviços de assistência, muitas vezes porque preferiram preservar o sigilo dessa informação. Esta categoria apresentou risco aumentado de 27% para o óbito no estudo nacional (MARINS et al., 2003) e menor sobrevida no relatório norte-americano (CDC, 2008). O estudo realizado de 1997 a 1999, analisando os pacientes soropositivos para HIV em 51 centros da Europa, a fim de comparar a sobrevida e o início da terapêutica Haart, concluiu que os pacientes UDI têm a menor probabilidade de utilizar a Haart comparados com os HSH, embora não tenha sido detectada diferença de sobrevida para as categorias de exposição entre os que receberam terapia (MOCROFT, 1999). O estudo prospectivo de base populacional, intitulado Observational Medical Evaluation and Research, realizado na Columbia Britânica, no Canadá, de 1996 a 2006, avaliou que o risco de óbito dos UDI em comparação com o dos pacientes sem histórico de UDI foi de 1,09 (IC 0,92-1,29), ajustado por sexo, idade,
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96
DADOS pARA REpENSAR A AIDS NO ESTADO DE SãO pAULO
Gráfico 3 Sobrevida de casos de Aids em indivíduos com 13 anos e mais de idade, por ano de diagnóstico, segundo faixa etária Estado de São Paulo – 1990-2002
1,00
1990
Probabilidade
13 a 29 anos
0,75
30 a 39 anos
0,50
40 anos e mais
0,25 0
1,00
Anos 0
1
2
3
4
5
6
7
8
1992
Probabilidade
1,00
0,75
0,75
0,50
0,50
0,25
0,25
0
1,00
Anos 0
1
2
3
4
5
6
7
8
0
1996
Probabilidade
1,00
0,75
0,75
0,50
0,50
0,25
0,25
0
1,00
Anos 0
1
2
3
4
5
6
7
8
0
2000
Probabilidade
1,00
0,75
0,75
0,50
0,50
0,25
0,25
0
Anos 0
1
2
3
4
5
6
7
8
0
1994
Probabilidade
Anos 0
1
2
3
4
5
6
7
8
5
6
7
8
5
6
7
8
1998
Probabilidade
Anos 0
1
2
3
4
2002
Probabilidade
Anos 0
1
2
3
4
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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Análise da sobrevida de pacientes com Aids no Estado de São Paulo
97
Tabela 4 Estimativas da probabilidade de sobrevida acumulada de casos de Aids em indivíduos com 13 anos e mais de idade, por tempo de sobrevida, segundo ano de diagnóstico e faixa etária Estado de São Paulo – 1990-2002 Ano de diagnóstico e faixa etária
Tempo de sobrevida (em meses) 0
12
36
60
84
1990 13 – 29 anos 30 – 39 anos 40 anos e mais
1,00 1,00 1,00
0,56 0,52 0,50
0,38 0,33 0,27
0,32 0,26 0,20
0,26 0,22 0,17
1992 13 – 29 anos 30 – 39 anos 40 anos e mais
1,00 1,00 1,00
0,61 0,60 0,56
0,37 0,32 0,27
0,28 0,23 0,20
0,25 0,21 0,18
1994 13 – 29 anos 30 – 39 anos 40 anos e mais
1,00 1,00 1,00
0,59 0,57 0,53
0,36 0,33 0,31
0,31 0,29 0,27
0,28 0,27 0,25
1996 13 – 29 anos 30 – 39 anos 40 anos e mais
1,00 1,00 1,00
0,72 0,73 0,70
0,60 0,60 0,60
0,53 0,54 0,53
0,49 0,50 0,50
1998 13 – 29 anos 30 – 39 anos 40 anos e mais
1,00 1,00 1,00
0,85 0,85 0,82
0,76 0,77 0,73
0,70 0,71 0,68
0,65 0,66 0,62
2000 13 – 29 anos 30 – 39 anos 40 anos e mais
1,00 1,00 1,00
0,87 0,85 0,80
0,81 0,77 0,73
0,75 0,72 0,68
-
2002 13 – 29 anos 30 – 39 anos 40 anos e mais
1,00 1,00 1,00
0,91 0,88 0,83
0,85 0,81 0,78
-
-
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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98
DADOS pARA REpENSAR A AIDS NO ESTADO DE SãO pAULO
Gráfico 4 Sobrevida de casos de Aids em indivíduos com 13 anos e mais de idade, por ano de diagnóstico, segundo categoria de exposição Estado de São Paulo – 1990-2002
1,00
1990
Probabilidade
HSH
0,75
Hetero UDI
0,50
Sem inf ormação
0,25 0
1,00
Anos 0
1
2
3
4
5
6
7
8
1992
Probabilidade
1,00
0,75
0,75
0,50
0,50
0,25
0,25
0
1,00
Anos 0
1
2
3
4
5
6
7
8
0
1996
Probabilidade
1,00
0,75
0,75
0,50
0,50
0,25
0,25
0
1,00
Anos 0
1
2
3
4
5
6
7
8
0
2000
Probabilidade
1,00
0,75
0,75
0,50
0,50
0,25
0,25
0
Anos 0
1
2
3
4
5
6
7
8
0
1994
Probabilidade
Anos 0
1
2
3
4
5
6
7
8
5
6
7
8
5
6
7
8
1998
Probabilidade
Anos 0
1
2
3
4
2002
Probabilidade
Anos 0
1
2
3
4
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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Análise da sobrevida de pacientes com Aids no Estado de São Paulo
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Tabela 5 Estimativas da probabilidade de sobrevida acumulada de casos de Aids em indivíduos com 13 anos e mais de idade, por tempo de sobrevida, segundo ano de diagnóstico e categoria de exposição Estado de São Paulo – 1990-2002 Ano de diagnóstico e categoria de exposição 1990 HSH Hetero UDI Ignorado
0
12
36
60
84
1,00 1,00 1,00 1,00
0,54 0,56 0,53 0,49
0,32 0,37 0,35 0,37
0,26 0,31 0,28 0,32
0,21 0,25 0,22 0,30
1992 HSH Hetero UDI Ignorado
1,00 1,00 1,00 1,00
0,61 0,63 0,57 0,55
0,32 0,36 0,32 0,35
0,24 0,28 0,23 0,27
0,23 0,26 0,20 0,23
1994 HSH Hetero UDI Ignorado
1,00 1,00 1,00 1,00
0,62 0,58 0,55 0,53
0,36 0,35 0,32 0,34
0,32 0,31 0,26 0,30
0,31 0,29 0,23 0,28
1996 HSH Hetero UDI Ignorado
1,00 1,00 1,00 1,00
0,78 0,74 0,68 0,63
0,68 0,63 0,54 0,51
0,62 0,57 0,46 0,46
0,59 0,53 0,40 0,42
1998 HSH Hetero UDI Ignorado
1,00 1,00 1,00 1,00
0,87 0,88 0,80 0,75
0,81 0,80 0,67 0,69
0,76 0,74 0,59 0,65
0,71 0,69 0,52 0,61
2000 HSH Hetero UDI Ignorado
1,00 1,00 1,00 1,00
0,88 0,88 0,79 0,67
0,82 0,81 0,69 0,61
0,78 0,76 0,61 0,57
-
2002 HSH Hetero UDI Ignorado
1,00 1,00 1,00 1,00
0,90 0,90 0,83 0,73
0,86 0,84 0,75 0,67
-
-
Tempo de sobrevida (em meses)
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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DADOS pARA REpENSAR A AIDS NO ESTADO DE SãO pAULO
critério de notificação, contagem de CD4, aderência e experiência do médico de acompanhamento (WOOD et al., 2008). Apesar dos avanços tecnológicos e do atual estágio do conhecimento científico, além das políticas públicas de assistência ampla e gratuita às pessoas vivendo com HIV/Aids, persistem profundos contrastes na sobrevida dos grupos populacionais, com a necessidade de estratégias de abordagem diferenciadas, como para os UDI. Os resultados apresentados podem refletir o menor vínculo destes indivíduos com a sociedade. A Tabela 6 e o Gráfico 5 apresentam o comportamento da sobrevida segundo o critério de definição de caso de Aids. Notase que em todas as coortes estudadas, os indivíduos notificados com o critério CDC apresentaram a pior sobrevida. por outro lado, observa-se que todos os indivíduos notificados pelo critério CD4 apresentaram melhor sobrevida, o que se justifica pelo fato de a contagem de CD4+ constituir importante marcador biológico das condições do estado imunológico do paciente, permitindo a realização de diagnóstico de Aids mais precoce e consequente introdução de Haart em momento mais oportuno. Vale registrar que apesar de o critério CD4 ter entrado só em 1998, muitos serviços do Estado de São paulo, ao realizarem as notificações dos pacientes, utilizaram este critério retroativamente, pois de 1996 a 1998 já se fazia contagem de CD4, embora nem toda a rede utilizasse essa técnica. A Tabela 7 resume os resultados do modelo de regressão de Cox univariado e multivariado, em todo o período considerado. A variável ano de diagnóstico apresenta a maior importância tanto separadamente como no modelo multivariado, indicando que o risco de morte nos indivíduos diagnosticados em 1990 é o triplo do exibido pelas pessoas diagnosticadas em 2002, ajustado por sexo, faixa etária, critério de definição e categoria de exposição. Os homens apresentam risco de morte 16% superior às mulheres e os indivíduos na faixa de 40 anos e mais, 26% superior aos indivíduos de 13 a 29 anos. O critério de definição do caso constitui importante fator prognóstico para a sobrevida e o maior risco é representado pelo grupo de pessoas notificadas pelo critério CDC, que apresenta risco de óbito 193% superior ao grupo notificado pelo CD4. Com relação à categoria de exposição, os heterossexuais apresentam risco de morte 13% maior que os HSH e os UDI, 43%, assim como os ignorados. Os Gráficos de 6 a 13 apresentam a tendência ao longo dos anos do comportamento das razões de risco em relação às categorias basais, que são as seguintes: sexo feminino, faixa etária de
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Tabela 6 Estimativas da probabilidade de sobrevida acumulada de casos de Aids em indivíduos com 13 anos e mais de idade, por tempo de sobrevida, segundo ano de diagnóstico e critério de definição de caso Estado de São Paulo – 1990-2002 Ano de diagnóstico e critério de definição de caso
Tempo de sobrevida (em meses) 0
12
36
60
84
CDC
1,00
0,52
0,31
0,25
0,20
Caracas
1,00
0,59
0,45
0,37
0,32
CDC
1,00
0,57
0,28
0,20
0,18
Caracas
1,00
0,65
0,45
0,36
0,33
CDC
1,00
0,55
0,30
0,26
0,24
Caracas
1,00
0,62
0,42
0,37
0,35
CD4
1,00
1,00
0,97
0,93
0,90
CDC
1,00
0,67
0,53
0,47
0,42
Caracas
1,00
0,72
0,61
0,54
0,49
CD4
1,00
0,97
0,92
0,87
0,82
CDC
1,00
0,76
0,65
0,59
0,54
Caracas
1,00
0,81
0,71
0,65
0,59
CD4
1,00
0,96
0,91
0,85
-
CDC
1,00
0,76
0,68
0,64
-
Caracas
1,00
0,80
0,71
0,65
-
CD4
1,00
0,96
0,91
-
-
CDC
1,00
0,81
0,76
-
-
Caracas
1,00
0,83
0,75
-
-
1990
1992
1994
1996
1998
2000
2002
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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Gráfico 5 Sobrevida de casos de Aids em indivíduos com 13 anos e mais de idade, por ano de diagnóstico, segundo critério de definição de caso Estado de São Paulo – 1990-2002
1,00
1990
Probabilidade
CD4 CDC
0,75
Caracas
0,50 0,25 0
1,00
Anos 0
1
2
3
4
5
6
7
8
1992
Probabilidade
1,00
0,75
0,75
0,50
0,50
0,25
0,25
0
1,00
Anos 0
1
2
3
4
5
6
7
8
0
1996
Probabilidade
1,00
0,75
0,75
0,50
0,50
0,25
0,25
0
1,00
Anos 0
1
2
3
4
5
6
7
8
0
2000
Probabilidade
1,00
0,75
0,75
0,50
0,50
0,25
0,25
0
Anos 0
1
2
3
4
5
6
7
8
0
1994
Probabilidade
Anos 0
1
2
3
4
5
6
7
8
5
6
7
8
5
6
7
8
1998
Probabilidade
Anos 0
1
2
3
4
2002
Probabilidade
Anos 0
1
2
3
4
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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1,00 1,25 1,00 0,92 0,97 1,00 4,77 3,67 1,00 0,81 1,51 1,14
Sexo Mulheres Homens
Faixa etária 13 – 29 anos 30 – 39 anos 40 anos e mais
Critério de definição CD4 CDC Caracas
Categoria de exposição HSH Hetero UDI Ignorado 0,79 1,47 1,14
4,55 3,49
0,90 0,93
1,14
4,33 4,27 4,01 2,25 1,35 1,22 -
0,85 1,57 1,45
5,00 3,87
0,95 1,00
1,50
4,88 4,76 4,46 2,52 1,52 1,37 -
Intervalo de confiança Inferior Superior
1,00 1,13 1,43 1,43
1,00 2,93 2,33
1,00 1,07 1,26
1,00 1,16
3,25 3,23 3,04 1,92 1,42 1,29 1,00
Razão de risco ajustada
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
4,63 4,51 4,23 2,38 1,43 1,29 1,00
Razão de risco bruta
Ano de diagnóstico 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002
Atributos
1,09 1,38 1,36
2,79 2,21
1,04 1,21
1,13
3,05 3,05 2,87 1,81 1,34 1,22 -
1,17 1,48 1,51
3,09 2,46
1,10 1,30
1,20
3,45 3,41 3,21 2,02 1,50 1,37 -
Intervalo de confiança Inferior Superior
Tabela 7 Modelo univariado e multivariado de Cox para sobrevida de casos de Aids em indivíduos com 13 anos e mais de idade Estado de São Paulo – 1990-2002
Análise da sobrevida de pacientes com Aids no Estado de São Paulo
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Gráfico 6 Razão de risco da categoria de exposição ignorada em relação à HSH, por ano de diagnóstico Estado de São Paulo – 1990-2002 Mínimo
Esperado
Máximo
2,40 2,20
2,23
2,17
2,00
1,99 1,87
1,80
1,71
1,60
1,56
1,40 1,20
1,21
1,00
1,10 1,01
1,32 1,23 1,14
1,92
1,90
1,69
1,62
1,80 1,62
1,41 1,31 1,21
0,80 1990
1992
1994
1996
1998
2000
2002
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
Gráfico 7 Razão de risco da categoria de exposição UDI em relação à HSH, por ano de diagnóstico Estado de São Paulo – 1990-2002 Mínimo
Esperado
Máximo 2,71
2,70
2,62
2,26
2,20
1,95
1,88 1,70
1,66 1,47
1,36 1,20
1,12 0,92
1,31
1,21
1,14 0,99
1,08
2,30 1,95
1,65 1,45 1,27
0,75
0,70 1990
1992
1994
1996
1998
2000
2002
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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Análise da sobrevida de pacientes com Aids no Estado de São Paulo
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Gráfico 8 Razão de risco da categoria de exposição heterossexual em relação à HSH, por ano de diagnóstico Estado de São Paulo – 1990-2002 Mínimo
Esperado
Máximo
1,60 1,53
1,50 1,40
1,51
1,39
1,38 1,34
1,30
1,25
1,20 1,10
1,13
1,10
1,04
1,00
0,97
0,90
1,30
1,27 1,21
1,15
1,22 1,12
1,09
1,06
1,08
0,95
0,86
0,80 1990
1992
1994
1996
1998
2000
2002
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
Gráfico 9 Razão de risco do sexo masculino em relação ao feminino, por ano de diagnóstico Estado de São Paulo – 1990-2002 Mínimo
Esperado
Máximo
1,60 1,51
1,50 1,40
1,36 1,30 1,20 1,10 1,00
1,29 1,21
1,08
1,19
1,21
1,10
1,13 1,05
1,25
1,25
1,17
1,16
1,08
1,07
1,27 1,21 1,16 1,06
0,96 0,90 1990
1992
1994
1996
1998
2000
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Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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Gráfico 10 Razão de risco do critério CDC em relação ao Caracas, por ano de diagnóstico Estado de São Paulo – 1990-2002 Mínimo
Esperado
Máximo
1,60 1,55 1,50 1,45
1,45
1,40 1,32
1,30
1,40
1,36
1,31 1,24
1,21
1,20
1,32 1,28
1,22
1,20
1,14
1,13
1,10
1,18 1,08
1,00
1,06
0,99
0,95
0,90
0,85
0,80 1990
1992
1994
1996
1998
2000
2002
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
Gráfico 11 Razão de risco do critério CD4 em relação ao Caracas, por ano de diagnóstico Estado de São Paulo – 1996-2002 Mínimo
Esperado
Máximo
0,55 0,50 0,48 0,45 0,40
0,50
0,44
0,45
0,40
0,40
0,48
0,42 0,37
0,35 0,30
0,29
0,25
0,24
0,20
0,21 1996
1998
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Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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Análise da sobrevida de pacientes com Aids no Estado de São Paulo
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Gráfico 12 Razão de risco da faixa etária de 40 anos e mais em relação à de 13 a 29 anos, por ano de diagnóstico Estado de São Paulo – 1990-2002 Mínimo
Esperado
Máximo
1,70 1,65 1,60 1,55 1,50 1,43
1,45
1,40
1,40
1,36 1,28
1,30 1,20
1,28
1,25
1,18
1,16
1,14
1,10
1,10
1,25 1,16 1,07
1,26
1,27
1,27
1,15 1,06
1,00 1990
1992
1994
1996
1998
2000
2002
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
Gráfico 13 Razão de risco da faixa etária de 30 a 39 anos em relação à de 13 a 29 anos, por ano de diagnóstico Estado de São Paulo – 1990-2002 Mínimo
Esperado
Máximo
1,40 1,32
1,30 1,20
1,20
1,19
1,10
1,09
1,00
1,00
1,20
1,13
1,13
1,06
1,06
1,07
1,00
1,00 0,93
0,90
1,17
1,09 1,03 0,96
1,03 0,99
0,89
0,80 1990
1992
1994
1996
1998
2000
2002
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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13 a 29 anos, categoria de exposição HSH, critério de definição de caso Rio de Janeiro/Caracas. O Gráfico 6 mostra que a razão de risco (HR) da categoria de exposição ignorada aumentou ao longo do período, com destaque para a elevação observada entre 1994 e 1996. O risco da categoria de exposição ignorada permaneceu mais elevado que o dos HSH, e aumentou ao longo do tempo, passando de 1,31 (1994) para 1,90 (2002). Nota-se que os indivíduos da categoria UDI apresentam aumento do risco em quase todo o período, exceto entre 1996 e 1998 e entre 2000 e 2002, quando exibem tendência à estabilidade (Gráfico 7). para a categoria de exposição heterossexual a razão de risco cresce até 1996, com redução em 1998 e novo aumento a partir de 2000 (Gráfico 8). para os homens, a razão de risco amplia-se entre 1990 e 1992, estabiliza-se entre 1992 e 2000 e volta a crescer entre 2000 e 2002 (Gráfico 9). Já para o critério CDC há decréscimo em relação ao Caracas, porém com riscos semelhantes (Gráfico 10). O critério CD4 apresenta razão de risco menor que o critério Caracas ao longo de todo o período (Gráfico 11). A faixa etária de 40 anos e mais apresentou leve redução da razão de risco (HR) de 1990 a 1998. Em 2000, aumentou o risco de morte, que mostrou tendência à estabilidade em 2002 (Gráfico 12). As curvas referentes às pessoas de 30 a 39 anos são semelhantes às dos que possuem 40 anos e mais, e o risco de óbito em relação à faixa de 13 a 29 anos nem sempre foi mais elevado, sendo a maior diferença registrada em 2002 (Gráfico 13). Considerações finais O presente estudo confirma a mudança de perfil dos indivíduos notificados com Aids de 1990 a 2002 e o aumento da sobrevida deste grupo no Estado de São paulo. As diferenças na sobrevida são constatadas ao longo do tempo segundo as características demográficas, o tipo de exposição e de definição de critério de caso. A probabilidade de sobrevida praticamente triplicou no período analisado. Os resultados apresentados fazem parte do estudo de sobrevida realizado pelo programa Estadual de DST/Aids e a Fundação Seade com base na BIp-Aids. A metodologia utilizada, com a incorporação de técnicas de vinculação (linkage) dos registros de casos de Aids com os registros de óbitos, constitui avanço tecnológico para o sistema estadual de informação, e permite que a avaliação de sobrevida de Aids seja realizada periodicamente para todo o Estado. Os estudos de sobrevida são importantes
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para o conhecimento epidemiológico e para o monitoramento da gestão de políticas públicas, e seus resultados podem inferir o impacto positivo das intervenções do programa de DST/Aids. A história natural da doença tem sido modificada na última década pelo acesso universal ao tratamento. Da mesma forma, a estruturação da rede de assistência, a disponibilização dos testes de carga viral e CD4, a implantação da rede de genotipagem, entre outros, constituem elementos importantes na melhoria da qualidade da assistência às pessoas vivendo com HIV/Aids. De forma geral, o estudo aponta, principalmente, o grande impacto da Haart na sobrevida de pacientes diagnosticados com Aids, corroborando resultados de outros estudos no Brasil e em outros países. Espera-se que os resultados sejam apropriados pelas diversas instâncias do sistema estadual de saúde, por profissionais e gestores, bem como pelas organizações da sociedade civil e instituições produtoras de conhecimento. Referências bibliográficas BRITO, A.M.; CASTILHO, E.A.; SZWARCWALD, C.L. Aids e infecção pelo HIV no Brasil: uma epidemia multifacetada. Rev. Soc. Bras. Med. Trop., Uberaba, v. 34, p. 207-217, 2001. CARVALHO, M.S. et al. Análise de sobrevida: teoria e aplicações em saúde. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2005. CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND pREVENTION. HIV/AIDS Surveillance Report, 2006, Atlanta, U.S. Department of Health and Human Services, Centers for Disease Control and prevention, v. 18, p. 26, 2008. Disponível em: <http:// www.cdc.gov/hiv/topics/surveillance/resources/reports/>. Acesso em: 28 set. 2010. CHANG, H.H. et al. Survival and mortality patterns of an Acquired Immunodeficiency Syndrome (Aids) cohort in New York State. Am J Epidemiol., Oxford, v. 138, p. 341-349, 1993. CHEQUER, p. et al. Determinants of survival in adult Brazilian Aids patients, 1982-1989. Aids, v. 6, p. 483-487, 1992. COLOSIMO, E.A.; GIOLO, S.R. Análise de sobrevivência aplicada. São paulo: Edgard Blucher, 2006. DOURADO, I. et al. Aids epidemic trends after the introduction of antiretroviral therapy in Brazil. Rev. Saúde Pública, São paulo, v. 40, supl., p. 9-17, 2006. COX, D.R. Regression models and life tables. Journal of the Royal Statistical Society, Series B, v. 34, p. 187-220, 1972. EGGER, M. et al. The Antiretroviral Therapy (ART) Cohort Collaboration. HIV treatment response and prognosis in Europe and North America in the first decade of Haart: a collaborative analysis. Lancet, v. 368, p. 451-458, 2006.
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DADOS pARA REpENSAR A AIDS NO ESTADO DE SãO pAULO
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5 Causas múltiplas de morte por Aids no Estado de São Paulo
Marta de Oliveira Ramalho Naila Janilde Seabra Santos Margarete Silva Jordani Ione Aquemi Guibu Bernadette Cunha Waldvogel
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O
ápice da epidemia de Aids no Estado de São Paulo ocorreu em meados dos anos 1990 e foi, por diversos anos desta década, a principal causa de mortalidade em adultos jovens. Apesar das condições socioeconômicas pouco privilegiadas da maioria da população, a morbidade e a mortalidade da infecção pelo HIV tiveram um declínio acentuado no Estado, após a disponibilização universal e gratuita dos esquemas antirretrovirais altamente potentes (Highly Active Antiretroviral Therapy – Haart) pelo SUS. Embora diversos estudos demonstrem que os indivíduos infectados pelo HIV continuam a morrer mais precocemente do que os não contaminados, a Haart alterou de forma abrupta o manejo e a perspectiva de vida dos portadores do vírus. Vários estudos apontam redução nas mortes causadas por eventos definidores de Aids e aumento nas mortes por eventos não previamente associados ao HIV. Um estudo brasileiro (PAcHEco, 2008) analisou os quase seis milhões de óbitos ocorridos no país, entre 1999 e 2004, dos quais 1,15% tinham HIV/Aids relatados nas declarações de óbitos, e concluiu que as causas não associadas ao vírus cresceram 7,98% no grupo de indivíduos contaminados e 2,98% para os demais óbitos, corroborando os resultados de estudos internacionais, que também apontaram um acréscimo de causas não relacionadas ao HIV entre os óbitos de pessoas afetadas pela Aids (ormAASEn, 2007; mArtInEz, 2007). Entretanto, ainda hoje a Aids figura entre as principais causas de mortalidade para adultos jovens em nosso meio, tornando imprescindível, para a adequação das políticas públicas, a investigação das causas que corroboram com a evolução para óbito nos indivíduos infectados pelo HIV. Assim, este estudo propôs-se a avaliar a evolução histórica das causas múltiplas de morte em indivíduos adultos, com 13 anos de idade e mais, e em crianças, que morreram de Aids, segundo sexo e categoria de exposição. Além disso, buscou-se comparar os casos que evoluíram para óbito com infecção pelo HIV ou com
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Aids e a população em geral, em 2006, considerando-se todas as menções existentes nas declarações de óbito de residentes no Estado de São Paulo, segundo determinados grupos de afecções. Classificação segundo causa básica e múltipla de morte A mortalidade pode ser considerada a etapa terminal de um processo dinâmico mais amplo entre saúde e doença. Em geral, este tema é analisado considerando-se a classificação por causa básica de morte. no presente capítulo, pretende-se estudar a mortalidade por Aids introduzindo o conceito de distribuição segundo causas múltiplas de morte. Desta forma, introduz-se importante perspectiva multidimensional para o entendimento desta mortalidade específica. A fonte primária das estatísticas de mortalidade no Brasil é a declaração de óbito, na qual se encontram registradas diversas características do falecido, como sexo, idade, grau de instrução, residência, entre outras, além das causas que o levaram à morte. A causa básica de morte corresponde à doença ou à lesão que iniciou a sucessão de eventos que resultaram em morte, e as circunstâncias do acidente ou da violência que produziram a lesão fatal. As causas contributivas ou associadas são aquelas que, embora não tenham participado diretamente na morte, contribuíram de maneira relevante, segundo a opinião do médico que atestou a morte, no agravamento do estado mórbido do indivíduo. As análises que utilizam a distribuição dos óbitos segundo causa básica de morte são facilmente compreensíveis, por ser esta uma variável unidimensional e reconhecida como medida de mortalidade bastante aceitável. Por outro lado, naquelas análises em que se considera a distribuição dos óbitos segundo causas múltiplas, amplia-se o escopo dos estudos sobre a mortalidade, auxiliando no entendimento da magnitude real dos problemas de saúde. Entretanto, como neste tipo de classificação são consideradas todas as doenças, as condições mórbidas e as lesões que resultaram ou contribuíram para a morte, presentes nas declarações de óbito, sua aplicação torna-se mais complexa e sua compreensão mais difícil. Como ressalta Saad (1987): (...) o que se objetiva conseguir com este instrumento é maximizar a utilização da informação disponível, mostrando a importância relativa das diversas doenças, lesões e atos de violência dentro do processo mórbido que levou à morte (...) Com esta classificação é possível obter dois tipos importantes de informação: quanto à freqüência total das
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causas múltiplas e quanto à associação de causas (...) Em ambos os casos a compreensão dos possíveis indicadores (proporções, taxas, coeficientes, etc.) não é tão imediata quanto no caso de causa básica, justamente pelo fato de se evoluir de uma perspectiva unidimensional para outra multidimensional.
Importante dificuldade ao se trabalhar com a classificação por causa múltipla é que sempre a frequência das causas mencionadas será maior do que o número total de óbitos, pois, em um mesmo registro, podem estar reportadas duas ou mais causas, como Saad (1987) também chama a atenção em seu artigo. Outra questão a ser levada em conta refere-se à ocorrência de duplicidade de causas de determinado capítulo contidas no mesmo registro de óbito. Metodologia os dados trabalhados neste capítulo correspondem aos óbitos da população residente no Estado de São Paulo, processados pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados – Seade. As causas de morte são classificadas segundo a classificação Internacional de Doenças, na versão IX (CID-9) para os óbitos ocorridos até 1995, e na versão X (CID-10) para aqueles após 1996. As causas múltiplas de óbito aqui utilizadas foram classificadas pelo “tabulador de causas múltiplas” (SAnto; PInHEIro, 1999). Este é um instrumento habitualmente utilizado pelo Seade, quando se pretende analisar a relevância das diversas causas citadas nas declarações de óbito e não apenas trabalhar com as causas básicas de óbito. Em artigo de 2000, Santo, Pinheiro e Jordani propõem reagrupar estas causas segundo critérios previamente estabelecidos, considerando a definição de causa básica de morte da organização mundial de Saúde, além de designar as demais causas como causas associadas de morte. no presente estudo, estas definições foram de certa forma modificadas, visando adequá-las à análise, considerando-se os agravos atualmente relevantes na evolução clínica-epidemiológica da Aids no Brasil. Elaborou-se tabulação especial, a partir do Sistema de Estatísticas Vitais produzido na Fundação Seade, contendo os óbitos ocorridos no Estado de São Paulo em anos selecionados, com todas as causas de morte mencionadas nas declarações de óbito ali trabalhadas. Para tanto, foram considerados todos os óbitos em que houvesse, entre as causas de morte, alguma menção a Aids, HIV ou termos assemelhados, além dos casos notificados no Sinan-Aids, cuja causa de morte mencionada nas declarações de óbito originais não estava associada à Aids.
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nas primeiras avaliações realizadas neste capítulo, apenas foram inclusos os casos em que houvesse pelo menos duas causas de morte associadas a cada óbito. na segunda etapa de análise, ao se compararem os óbitos ocorridos em 2006 entre pessoas com Aids e o total da população paulista, a tabulação efetuada considerou todas as causas, fossem estas únicas ou múltiplas. Agrupamento de causas de morte para crianças menores de 13 anos A análise realizada para os menores de 13 anos contemplou os anos de 1991, 1996, 2001, 2006, 2007 e 2008. As causas associadas foram separadas e agregadas, segundo a classificação Internacional de Doenças, em 11 grupos. como mencionado anteriormente, utilizaram-se a cID-9, para classificar as causas de morte de 1991, e a cID-10, para os demais anos. A seguir são descritos estes 11 grupos, com as correspondentes causas de morte selecionadas para os óbitos de crianças menores de 13 anos. os dois primeiros grupos são compostos por doenças definidoras de Aids, enquanto os demais agregam doenças não definidoras de Aids ou não pontuadoras para o diagnóstico deste agravo. 1. Doenças definidoras de Aids – grupo composto por afecções classificadas como de caráter moderado ou grave, cuja presença de um episódio, em indivíduos com evidência da infecção pelo HIV, define um caso de Aids pediátrico segundo os critérios de Definição de casos de Aids em Adultos e crianças (BrASIL, 2003). Neste grupo figuram: infecções bacterianas graves, múltiplas ou recorrentes, incluindo as septicemias, septicemia por salmonela, criptosporidiose, isosporidíase, tuberculose pulmonar e extrapulmonar, infecções por outras micobactérias, leucoencefalopatia multifocal progressiva, herpes simples e zóster, citomegalovirose, candidíase, histoplasmose, criptococose, toxoplasmose, pneumocistose, sarcoma de Kaposi, linfomas não Hodgkin, hepatite, miocardiopatia, nefropatia, nocardiose, varicela disseminada, leiomiossarcoma, meningite bacteriana, pneumonia linfoide intersticial, diarreia crônica, anemia, febre, linfopenia e trombocitopenia (sendo as quatro últimas condições mantidas por mais de 30 dias). 2. Doenças de caráter leve – grupo composto por sinais, sintomas ou doenças classificados como de caráter leve. São necessários pelo menos dois diagnósticos de caráter leve e mais a evidência da infecção pelo HIV para definir um caso de Aids pediátrico. compõem este grupo o aumento crônico da parótida, dermatite persistente, esplenomegalia, hepatomegalia,
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linfadenopatia e infecções persistentes ou recorrentes de vias aéreas superiores (otite média ou sinusite). 3. Doenças sanguíneas – grupo composto pelas seguintes doenças: D65, D66, D71 e D80 da CID 10. 4. Desnutrição – grupo composto pelas seguintes doenças: E40, E86, E89 e r64 da cID 10. 5. Doenças do SNC – grupo composto pelas seguintes doenças: F99, G91, G93, e G98 da cID 10. 6. Outras cardiorrespiratórias – grupo composto pelas seguintes doenças: I26, I99, J40, J69, J80, J84, J90, J93 e J98 da CID 10. 7. Insuficiência respiratória (J96) – separada pela importância de sua frequência. 8. Doenças do aparelho digestivo – grupo composto pelas seguintes doenças: K20, K52, K65, K72, K76, K85, K92, K99 da cID 10. 9. Doenças perinatais ou congênitas – este grupo foi composto por doenças congênitas ou perinatais (P00 e Q00 da CID 10). 10. Causas externas – grupo das causas externas (V01). 11. Restantes de causas – todas as demais classificações não incluídas nas categorias anteriores, referentes ao grupo de doenças B99, n99 e r00 da cID10. Agrupamento de causas de morte para pessoas com 13 anos e mais neste seguimento etário, foram selecionados os óbitos ocorridos em 1992, 1996, 2002 e 2006. As causas associadas presentes nestes anos foram separadas e agregadas em 15 grupos. De maneira semelhante, considerou-se a classificação Internacional de Doenças, utilizando-se, para 1992, as definições contidas na cID 9 e, para os demais anos, a cID 10. A seguir são descritos os 15 grupos, com as correspondentes causas de morte selecionadas para os óbitos de pessoas com 13 anos e mais. 1. Doenças definidoras de Aids (DEF) – grupo composto por infecções ou neoplasias definidoras de Aids segundo os critérios de Definição de casos de Aids em Adultos e crianças (BrASIl, 2003). Foram inclusas, neste grupo, todas as doenças que definem Aids pelo critério cDc modificado ou rio de Janeiro/ caracas (neste caso, somente as afecções que definem dez pontos isoladamente). Neste grupo figuram: septicemia por
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salmonela, criptosporidiose, isosporidíase, tuberculose não respiratória, infecções por outras micobactérias, leucoencefalopatia multifocal progressiva, herpes simples, citomegalovirose, candidíase pulmonar, histoplasmose, criptococose, mal de chagas agudizado, toxoplasmose, pneumocistose, sarcoma de Kaposi, câncer do colo do útero, tumor de Burkitt, outros linfomas não Hodgkin e inflamação coriorretiniana. 2. Doenças pontuadoras para Aids (PON) – grupo composto por sinais, sintomas ou doenças que geram pontuação para o diagnóstico epidemiológico de Aids, segundo o critério rio de Janeiro/caracas. Segundo este critério, são necessários, no mínimo, dez pontos para que se estabeleça o diagnóstico da Aids. Por exemplo, neste grupo figuram herpes-zóster, que soma cinco pontos, candidose oral, que contribue com cinco pontos, e diarreia prolongada (período igual ou maior que um mês), que soma dois pontos para o diagnóstico de Aids. Neste grupo estão as seguintes condições: diarreia, tuberculose de vias respiratórias, herpes-zóster, candidose oral, anemia em doença crônica, desnutrição, demência, doença inflamatória de sistema nervoso central, pneumonia bacteriana, linfadenopatia, astenia, convulsões, caquexia e confusão mental. 3. Outras infecções (OUTINF) – grupo composto por outras infecções não definidoras de Aids ou pontuadoras para o diagnóstico do agravo. Este grupo é composto por todas as outras infecções existentes no capítulo de infecções da cID 10 (de A00 a B99), endocardites, infecções pulmonares diferentes de pneumonias e peritonite. 4. Hepatites virais crônicas (HEPCRO) – grupo definido por hepatite crônica pelos vírus causadores das hepatites C (HCV) e B (HBV), sem equivalência na CID 9. 5. Outras neoplasias (CAN) – grupo composto por neoplasias não definidoras de Aids, incluindo neoplasias malignas, neoplasias in situ, benignas e neoplasias de comportamento incerto. 6. Doenças do aparelho circulatório relacionadas a distúrbio metabólico (CARDP) – grupo composto por doenças isquêmicas do coração e doenças cerebrovasculares. 7. Demais doenças do aparelho circulatório (CARD) – grupo que agrega os demais agravos do capítulo de Doenças do Aparelho Circulatório (I00-I99), exceto as doenças isquêmicas do coração, doenças cerebrovasculares e endocardites. 8. Diabetes mellitus (DM) – grupo que abrange as classificações da cID de E10 a E14, correspondentes ao agravo citado.
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9. Insuficiência renal (INSREN) – grupo que engloba as classificações da cID de n17 a n19, incluindo insuficiência renal aguda, crônica e não especificada. 10. Insuficiência respiratória (INSRES) – grupo definido pela CID J 96, que inclui insuficiência respiratória aguda, crônica e não especificada. 11. Transtornos mentais e comportamentais devido ao uso de substâncias psicoativas e doença hepática alcoólica (PQ1) – grupo composto por doenças relacionadas ao uso de substâncias psicoativas (álcool e demais drogas), incluídas na CID F10 a F19, acrescido de doença alcoólica do fígado (K70.0 a K70.9). 12. Demais transtornos mentais (PQ) – grupo formado pelas demais classificações encontradas na cID de F00 a F99, que definem os transtornos mentais e comportamentais, excluídas as que estão englobadas no item anterior. 13. Suicídio – grupo que compreende as classificações de suicídio, dentro do grupo de causas externas. 14. Causas externas – grupo que engloba todas as causas externas, exceto os suicídios. 15. Restantes de causas (RES) – grupo que agrega todas as demais classificações não incluídas nas categorias anteriores. Estrutura etária da população em geral e daquela com Aids Para analisar a composição das causas de morte no grupo de pessoas com Aids e na população em geral, é importante conhecer as diferenças entre as distribuições etárias específicas. os dados apresentados na tabela 1, para 2006, indicam que estas duas populações possuem estruturas por idade muito distinta. A estimativa do contingente populacional do grupo com Aids foi feita considerando-se o número de pessoas na Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids, que estavam vivas em 2006. Este volume foi obtido somando-se todas as notificações de Aids com diagnóstico até este ano e subtraindo-se os óbitos correspondentes. o total resultante foi de 66.804 pessoas com 13 anos e mais de idade vivendo com Aids. Para a população total residente no Estado de São Paulo, foi considerada a projeção realizada pela Fundação Seade para este ano e disponível no Sistema Seade de Projeção Populacional (www.seade.gov.br). na comparação da distribuição etária entre os dois grupos, observa-se que os indivíduos vivos com Aids apresentaram distribuição etária bem mais jovens do que a população em geral.
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Tabela 1 Distribuição da população total e daquela com Aids, segundo faixas etárias Estado de São Paulo – 2006 Faixas etárias Total 13 a 24 anos 25 a 39 anos 40 a 49 anos 50 a 59 anos 60 anos e mais
População total N abs. % 31.811.465 100,0 8.371.797 26,3 10.014.034 31,5 5.530.931 17,4 3.890.511 12,2 4.004.192 12,6 os
População com Aids Nos abs. % 66.804 100,0 7.294 10,9 41.023 61,5 13.315 19,9 4.072 6,1 1.100 1,6
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
Análise das causas múltiplas de morte em crianças com Aids Entre 1996 e 2008, observou-se importante redução no número de mortes por Aids em menores de 13 anos, passando de 197, para 28 óbitos, nesse período. Este decréscimo está claramente ligado à diminuição da contaminação transmissão vertical, que responde por mais de 90% dos casos pediátricos de Aids. na década de 1990, verificou-se redução bastante satisfatória da infecção pelo HIV por transfusões sanguíneas e de hemoderivados, tanto em crianças quanto em adultos, graças a medidas então preconizadas para o controle da qualidade do sangue transfundido (SANTOS, 2002). Na última década, analogamente, conquistou-se uma grande queda da transmissão materno-infantil. Segundo os dados da Vigilância Epidemiológica de Aids (SÃO PAULO, 2008), a partir de 2003 tal redução foi mais acelerada, o que demonstra a eficácia das medidas de profilaxia da transmissão vertical (BRASIL, 2007). Embora o pequeno número de óbitos por Aids em crianças, entre 2006 e 2008, constitua um fator limitante para esta análise, é possível verificar a manutenção do padrão das causas associadas. A tabela 2 permite avaliar, para os menores de 13 anos de idade que morreram com causa básica Aids, o número e a proporção de vezes em que específicos diagnósticos ou causas mencionadas aparecem em cada registro de óbito. As doenças definidoras são mencionadas na maioria dos casos analisados. As causas associadas mais frequentes, em todos os anos selecionados, aparecem na seguinte ordem: pneumonias
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27 26 25 10 99 100
Septicemia
Insuficiência respiratória
Desnutrição
Diarreias
Todas demais causas
Total de óbitos
99,0
10,0
25,0
26,0
27,0
62,0
%
197
135
22
37
43
54
75
No de vezes %
68,5
11,2
18,8
21,8
27,4
38,1
1996
85
98
4
13
34
27
49
No de vezes %
115,3
4,7
15,3
40,0
31,8
57,6
2001
-
-
30,4
60,9
23
31 134,8
-
-
7
14
12
%
52,2
2006 No de vezes
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
62
No de vezes
1991
Pneumonia bacteriana
Causas múltiplas de morte
Causas múltiplas de morte e total de óbitos
14,8
18,5
18,5
48,1
40,7
%
27
35 129,6
4
5
5
13
11
No de vezes
2007
-
3,6
28,6
50,0
57,1
%
28
28 100,0
-
1
8
14
16
No de vezes
2008
Tabela 2 Número e proporção de vezes em que as específicas causas múltiplas de morte aparecem nos óbitos da população com Aids com até 13 anos de idade Estado de São Paulo – 1991-2008
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bacterianas; septicemias; insuficiência respiratória; desnutrição; e diarreias. A tabela 3 mostra as causas associadas, para as crianças com até 13 anos de idade, agregadas segundo os grupos de doenças relacionadas à Aids, descritos no item metodologia, bem como as respectivas proporções em relação ao total de óbitos. Em todos os anos analisados, as principais causas de óbito foram aquelas agrupadas como de caráter grave. As proporções de causas por insuficiência respiratória e outras cardiorrespiratórias também foram expressivas. Ao contrário dos adultos, não houve crescimento dos casos de hepatites virais entre os óbitos por Aids em menores de 13 anos, cuja participação desponta como causa associada importante a partir do adulto jovem. o mesmo ocorreu em relação às causas externas, que responderam por baixa participação entre os óbitos. Analisando-se os óbitos por Aids segundo três grupos de idade de crianças, no período 1991-2006 (Tabelas 4 e 5), verificase que, para os menores de um ano e os de 1 a 6 anos, houve aumento no número de casos fatais de Aids, entre 1991 e 1996, e queda a partir de 2001, enquanto para o terceiro grupo, formado por crianças de 7 e 12 anos, a redução só ocorreu em 2006. A faixa etária de 1 a 6 anos é a que apresenta maior frequência de óbito em quase todos os anos do período estudado. Entretanto, os grupos de 1 a 6 e de 7 a 12 anos de idade são compostos, cada um, por seis anos. Assim, se dividirmos as proporções de óbito destes grupos por seis, obteremos médias de mortes por ano de idade inferiores às do grupo de menores de um ano. ressalte-se, porém, que, apesar de os menores de um ano continuarem sendo o grupo de maior proporção de óbitos, a tendência geral é diminuir, proporcionalmente, os óbitos nesta faixa etária e na de 1 a 6 anos e aumentar na de 7 a 12 anos. observa-se que, nesta última faixa etária, a proporção aumenta em 2001 e 2006, em comparação com 1991 e 1996, reiterando os estudos que apontam para um crescimento da sobrevida das crianças (MATIDA, 2008). não houve diferença importante na participação de principais causas de morte nas três faixas etárias analisadas. ocorreram apenas dois casos de doenças classificadas como de caráter leve: um em 1991 e outro em 1996. As doenças de caráter moderado ou grave foram mais frequentes, principalmente nas crianças com menos de seis anos, sendo as maiores proporções registradas em 1991 e 1996. Ao contrário da população adulta, que apresenta diversas categorias de exposição ao HIV, a maioria absoluta dos casos
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3,5
Média de diagnóstico por óbito
81,0 20,0 1,0 9,0 27,0 1,0 26,0 26,0 9,0 2,0 47,0 -
% (1)
2,9
197
139 43 1 9 48 4 43 23 12 4 40 -
Nos abs.
% (1) 70,6 21,8 0,5 4,6 24,4 2,0 21,8 11,7 6,1 2,0 20,3 -
1996
3,6
85
79 17 10 15 6 34 19 6 4 34 1
Nos abs.
% (1) 92,9 20,0 11,8 17,6 7,1 40,0 22,4 7,1 4,7 40,0 1,2
2001
2006 % (1)
3,8
23
28 121,7 8 34,8 2 8,7 0 0,0 2 8,7 7 30,4 4 17,4 3 13,0 1 4,3 9 39,1 -
Nos abs.
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids. (1) Proporção de causa múltipla de morte por óbito, tendo como causa básica Aids.
100
81 20 1 9 27 1 26 26 9 2 47 -
Nos abs.
1991
Total de óbitos
Causas múltiplas de morte Caráter grave Caráter moderado Caráter leve Doenças sanguíneas Desnutrição Doenças do SNC Insuf. respiratória Outras cardiorrespiratórias Doenças do ap. digestivo Perinatais/congênitas Outras Causas externas
Grupos de causas múltiplas de morte e total de óbitos
3,7
27
22 11 6 7 0 5 5 3 0 14 -
Nos abs.
% (1) 81,5 40,7 22,2 25,9 0,0 18,5 18,5 11,1 0,0 51,9 -
2007
3,4
28
32 3 3 2 3 8 7 2 0 7 -
Nos abs.
% (1) 114,3 10,7 10,7 7,1 10,7 28,6 25,0 7,1 0,0 25,0 -
2008
Tabela 3 Óbitos de crianças menores de 13 anos de idade que tiveram como causa básica Aids, segundo grupos de causas múltiplas de morte na definição de caso de Aids Estado de São Paulo – 1991-2008
Causas múltiplas de morte por Aids no Estado de São Paulo
123
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Aids_Cap5_provafinal2.indd 124
2,6
2,2
Média de diagnóstico por óbito
55,3 -
33,3
69,2
3,0
14
6 -
3
2
2 14 5 5 5
12,8 -
33,3
7,7
10,0 17,3 55,6 18,5 19,2
1,9
91
3 23 -
4
18
19 63 6 21 3 9
75,0 57,5 -
33,3
41,9
43,2 45,7 66,7 43,8 75,0 39,1
Menores de 7 a 12 anos 1ano os os N % N % abs. (1) abs. (1)
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids. (1) Proporção de causa múltipla de morte por óbito, tendo como causa básica Aids.
47
39
26 -
3
Total de óbitos
33,3
18
2 100,0 15 31,9 -
3
Doenças do ap. digestivo
23,1
% (1)
12 60,0 37 45,7 2 22,2 13 48,1 1 100,0 9 34,6
Nos abs.
1 a 6 anos
1991
Perinatais/congênitas Outras Causas externas
6
1 100,0 6 30,0 30 37,0 2 22,2 9 33,3 12 46,2
Outras cardiorrespiratórias
Causas múltiplas de morte Caráter leve Caráter moderado Caráter grave Doenças sanguíneas Desnutrição Doenças do SNC Insuf. respiratória
Causas múltiplas de morte e total de óbitos
Menores de 1ano os N % abs. (1) % (1)
1,8
85
1 15 -
5
20
25,0 37,5 -
41,7
46,5
1 100,0 20 45,5 52 37,7 2 22,2 22 45,8 1 25,0 12 52,2
Nos abs.
1 a 6 anos
1996
2,2
21
2 -
3
5
5 23 1 5 2
Nos abs.
5,0 -
25,0
11,6
11,4 16,7 11,1 10,4 8,7
% (1)
7 a 12 anos
Tabela 4 Óbitos de crianças menores de 13 anos de idade que tiveram como causa básica Aids, segundo grupos de causas múltiplas de morte na definição de caso de Aids Estado de São Paulo – 1991-1996
124 DADoS PArA rEPEnSAr A AIDS no EStADo DE São PAUlo
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33,3
32,4
41,2 39,2 40,0 40,0 66,7 63,2
% (1)
3,0
21
8 -
3
12
6 24 3 6 2
23,5 -
50,0
35,3
35,3 30,4 30,0 40,0 10,5 33,3
28,6
25,0 35,7 50,0
3,0
8
1 100,0 4 44,4 -
1
2
2 10 2
Menores de 7 a 12 anos 1ano os os N % N % abs. (1) abs. (1)
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids. (1) Proporção de causa múltipla de morte por óbito, tendo como causa básica Aids.
2,7
1 25,0 17 50,0 1 100,0
2,3
75,0 26,5 -
2
Média de diagnóstico por óbito
3 9 -
Perinatais/congênitas Outras Causas externas
16,7
11
36
1
Doenças do ap. digestivo
32,4
7 31 4 6 4 12
28
11
Outras cardiorrespiratórias
23,5 30,4 30,0 20,0 33,3 26,3
Nos abs.
1 a 6 anos
2001
Total de óbitos
4 24 3 3 2 5
Causas múltiplas de morte Caráter leve Caráter moderado Caráter grave Doenças sanguíneas Desnutrição Doenças do SNC Insuf. respiratória
Causas múltiplas de morte e total de óbitos
Menores de 1ano os N % abs. (1)
2,6
9
2 -
1
4
2 11 1 1 1
Nos abs.
22,2 -
33,3
57,1
25,0 39,3 50,0 50,0 25,0
% (1)
1 a 6 anos
2006
3,2
6
3 -
1
1
4 7 1 1 1
Nos abs.
33,3 -
33,3
14,3
50,0 25,0 50,0 50,0 25,0
% (1)
7 a 12 anos
Tabela 5 Óbitos de crianças menores de 13 anos de idade que tiveram como causa básica Aids, segundo grupos de causas múltiplas de morte na definição de caso de Aids Estado de São Paulo – 2001-2006
Causas múltiplas de morte por Aids no Estado de São Paulo
125
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126
DADoS PArA rEPEnSAr A AIDS no EStADo DE São PAUlo
Tabela 6 Óbitos de crianças menores de 13 anos de idade na população geral e naquela que teve como causa básica Aids, segundo causas múltiplas de morte Estado de São Paulo – 2006 Causas múltiplas de morte e total de óbitos Causas múltiplas de morte Septicemia Pneumonia bacteriana Insuficiência respiratória Sintomas restantes Candidíase oral Hemofilia/deficiências coagulação Outros transtornos encefálicos SDRA e edema pulmonar Toxoplasmose Burkitt Citomegalovírus Derrame pleural Doenças inflamatórias do SNC Hemorragia gastrointestinal Insuficiência hepática não classificada Insuficiência renal Malformações congênitas Outras doenças do ap. geniturinário Outras doenças do ap. respiratório Outras doenças do fígado Outras hepatites virais Outras infecções parasitárias Outras neoplasias malignas Outras tuberculoses Tuberculose respiratória Perinatais Lesões Causas externas Demais causas Total de óbitos
População geral Nos abs.
% (1)
1.516 1.406 896 1.914 3 77 366 264 2 5 5 45 217 24 54 216 2.392 85 337 52 5 222 242 5 8 5.681 1.114 1.397 3.054
14,20 13,17 8,39 17,93 0,03 0,72 3,43 2,47 0,02 0,05 0,05 0,42 2,03 0,22 0,51 2,02 22,40 0,80 3,16 0,49 0,05 2,08 2,27 0,05 0,07 53,21 10,43 13,08 28,61
10.677
População com Aids Nos abs. 14 10 7 7 2 2 2 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 -
% (1) 60,87 43,48 30,43 30,43 8,70 8,70 8,70 8,70 8,70 4,35 4,35 4,35 4,35 4,35 4,35 4,35 4,35 4,35 4,35 4,35 4,35 4,35 4,35 4,35 4,35 -
23
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids. (1) Proporção de causa múltipla de morte por óbito, tendo como causa básica Aids.
Aids_Cap5_provafinal2.indd 126
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Causas múltiplas de morte por Aids no Estado de São Paulo
127
entre crianças ocorreu pela transmissão vertical, não havendo relevância a análise desses casos por categoria de exposição. A comparação entre os óbitos ocorridos em crianças com e sem HIV/Aids, em 2006 (Tabela 6), revela diferenças importantes. As causas múltiplas de morte perinatais foram responsáveis por 53,21% dos óbitos de crianças na população paulista e as malformações congênitas responderam por 22,4%, constituindo-se nas principais causas de morte deste segmento. Por outro lado, entre as crianças com Aids, foi registrado apenas um óbito por malformação congênita (4,3%). Para as crianças infectadas pelo HIV, as septicemias (60,9%), as pneumonias bacterianas (43,5%), a insuficiência respiratória (30,4%) e outras doenças do aparelho respiratório (4,35%) apareceram como as principais causas associadas de morte, em 2006. Estas causas também figuram entre as principais para as crianças da população em geral, entretanto com participações bem inferiores (14,2%, 13,2%, 8,4% e 3,2%, respectivamente). Entre os óbitos da população com menos de 13 anos, as causas externas responderam por 13% e as lesões por 10,4% das causas associadas, enquanto entre as crianças com Aids não houve caso de morte com estas classificações, em 2006. como já apontado anteriormente, o número de óbitos em crianças com Aids diminuiu expressivamente por reflexo da redução de casos pediátricos por transmissão vertical. Vale ressaltar que, além deste decréscimo, houve importante aumento da sobrevida das crianças nascidas de mães HIV positivas (mAtIDA, 2008). Muitas delas evoluíram para óbito após 13 anos de idade e tais casos não foram utilizados na presente análise. Assim, o perfil aqui descrito refere-se aos óbitos ocorridos até 13 anos de idade, sabendo-se que a transmissão vertical responde por mais de 90% dos casos e óbitos pediátricos de Aids. Análise das causas múltiplas de morte em adultos com Aids Utilizando-se o tabulador de causas múltiplas acrescido das novas definições para o estudo de agravos de interesse, mencionados na metodologia, as causas associadas de morte foram reunidas em 104 doenças e agregadas em 15 grupos, considerando-se quatro momentos de análise: 1992, 1996, 2002 e 2006. os dados apresentados nas tabelas 7 a 9 e nos Gráficos 1 a 4 referem-se a óbitos de indivíduos com 13 anos e mais. como a proposta era analisar a distribuição segundo causas múltiplas,
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128
DADoS PArA rEPEnSAr A AIDS no EStADo DE São PAUlo
Tabela 7 Total de causas múltiplas nos óbitos de indivíduos com Aids ou infecção pelo HIV Estado de São Paulo – 1992-2006 Causas múltiplas de morte e total de óbitos
1992 Nos abs.
1996
% (1)
Nos abs.
2002
% (1)
Nos abs.
2006
% (1)
Nos abs.
% (1)
Causas múltiplas de morte Sida
3.914 99,9 4.848 100,0 3.655 93,3 3.415 90,0
Definidoras
1.551 39,6 1.907 39,3 1.426 36,4 1.202 31,7
Pontuadoras
2.238 57,1 3.185 65,7 2.527 64,5 2.353 62,0
Outras infecções Hepatites crônicas
794 20,3 1.199 24,7 1.252 31,9 1.417 37,3 -
-
21
0,4
170
4,3
228
6,0
Câncer
145
3,7
65
1,3
122
3,1
225
5,9
Doenças do ap. circulatório
100
2,6
138
2,8
262
6,7
282
7,4
Ap. circul. + alterações metabólicas
39
1,0
42
0,9
112
2,9
160
4,2
Diabetes mellitus
15
0,4
29
0,6
56
1,4
74
2,0
Insuficiência renal
79
2,0
106
2,2
230
5,9
223
5,9
Insuficiência respiratória
855 21,8 1.783 36,8 1.290 32,9 1.102 29,0
Psicoativa + álcool
25
0,6
37
0,8
124
3,2
152
4,0
Transtorno mental
11
0,3
7
0,1
16
0,4
11
0,3
Demais causas Causa externa Suicídio Total de óbitos
3.266 83,4 2.270 46,8 2.733 69,7 2.737 72,1 10
0,3
9
0,2
100
2,6
111
2,9
-
-
-
-
7
0,2
14
0,4
3.917
4.848
3.919
3.794
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids. (1) Proporção de causa múltipla de morte por óbito, tendo como causa básica Aids.
Aids_Cap5_provafinal2.indd 128
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Aids_Cap5_provafinal2.indd 129
629
Total de óbitos
99,8 33,1 57,6 20,8 1,6 2,1 1,0 0,3 2,1 21,5 0,5 0,2 85,2 0,5 -
% (2)
3.288
3.286 1.343 1.876 663 135 87 33 13 66 720 22 10 2.730 7 -
99,9 40,8 57,1 20,2 4,1 2,6 1,0 0,4 2,0 21,9 0,7 0,3 83,0 0,2 -
% (2)
Homens Nos abs.
1992
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids. (1) Foram retirados os óbitos com apenas uma causa de morte. (2) Proporção de causa múltipla de morte por total de óbitos.
628 208 362 131 10 13 6 2 13 135 3 1 536 3 -
Nos abs.
Mulheres
Causas múltiplas de morte Sida Definidoras Pontuadoras Outras infecções Hepatites crônicas Câncer Doenças ap. circulatório Ap. circul. + alterações metabólicas Diabetes mellitus Insuficiência renal Insuficiência respiratória Psicoativa+ álcool Transtorno mental Demais causas Causa externa Suicídio
Causas múltiplas de morte e total de óbitos
Tabela 8 Total de causas múltiplas nas declarações de óbito e proporções de causas em relação ao número de óbitos, por sexo de indivíduos com Aids (1) Estado de São Paulo – 1992-1996
1.168
1.168 446 782 317 7 11 37 12 4 15 398 4 1 556 3 -
Nos abs. 100,0 38,2 67,0 27,1 0,6 0,9 3,2 1,0 0,3 1,3 34,1 0,3 0,1 47,6 0,3 -
% (2)
Mulheres
3.680
3.680 1.461 2.403 882 14 54 101 30 25 91 1.385 33 6 1.714 6 -
100,0 39,7 65,3 24,0 0,4 1,5 2,7 0,8 0,7 2,5 37,6 0,9 0,2 46,6 0,2 -
% (2)
Homens Nos abs.
1996
Causas múltiplas de morte por Aids no Estado de São Paulo
129
19/5/2011 10:58:02
Aids_Cap5_provafinal2.indd 130
1.157
Total de óbitos
94,8 37,7 64,4 34,1 1,8 3,4 7,1 2,8 1,6 5,8 31,7 1,9 0,5 71,0 1,4 -
% (2)
2.762
2.558 990 1.782 857 149 83 180 80 38 163 923 102 10 1.911 84 7
Nos abs. 92,6 35,8 64,5 31,0 5,4 3,0 6,5 2,9 1,4 5,9 33,4 3,7 0,4 69,2 3,0 0,3
% (2)
Homens
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids. (1) Foram retirados os óbitos com apenas uma causa de morte. (2) Proporção de causa múltipla de morte por total de óbitos.
1.097 436 745 395 21 39 82 32 18 67 367 22 6 822 16 -
Nos abs.
Mulheres
Causas múltiplas de morte Sida Definidoras Pontuadoras Outras infecções Hepatites crônicas Câncer Doenças ap. circulatório Ap. circul. + alterações metabólicas Diabetes mellitus Insuficiência renal Insuficiência respiratória Psicoativa+ álcool Transtorno mental Demais causas Causa externa Suicídio
Causas múltiplas de morte e total de óbitos
2002
Tabela 9 Total de causas múltiplas nas declarações de óbito e proporções de causas em relação ao número de óbitos, por sexo de indivíduos com Aids (1) Estado de São Paulo – 2002-2006
1.204
1.106 403 746 474 53 71 106 48 25 72 342 20 4 859 22 1
Nos abs. 91,9 33,5 62,0 39,4 4,4 5,9 8,8 4,0 2,1 6,0 28,4 1,7 0,3 71,3 1,8 0,1
% (2)
Mulheres
2.590
2.309 799 1.607 943 175 154 176 112 49 151 760 132 7 1.878 89 13
89,2 30,8 62,0 36,4 6,8 5,9 6,8 4,3 1,9 5,8 29,3 5,1 0,3 72,5 3,4 0,5
% (2)
Homens Nos abs.
2006
130 DADoS PArA rEPEnSAr A AIDS no EStADo DE São PAUlo
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Causas múltiplas de morte por Aids no Estado de São Paulo
131
os óbitos com apenas uma causa de morte informada foram retirados nesta etapa do trabalho. Foram trabalhados 3.917 casos de óbitos em indivíduos com Aids em 1992; 4.848 em 1996; 3.919 em 2002; e 3.794 em 2006, sendo que, para cada ano avaliado, as médias de causas de morte mencionadas foram: 4,3; 3,2; 3,6; e 3,6; respectivamente. tais cifras indicam relevante detalhamento do processo mórbido associado à Aids, informado pelos médicos que assinaram as respectivas declarações de óbitos. Avaliando-se a distribuição das causas múltiplas no período selecionado, observa-se redução das doenças definidoras de Aids, mais pronunciada a partir de 2002, quando o decréscimo é de quase 5 pontos porcentuais na comparação com 2006. Por outro lado, a menção a outras infecções apresentou aumento progressivo no período, estando presente em 20,3% dos óbitos, em 1992, e em 37,3%, em 2006. não foi possível avaliar a participação das hepatites virais crônicas em 1992, devido à não equivalência desta causa na passagem da classificação da cID-9 para cID-10, utilizada a partir de 1996. Entretanto, desde então, observou-se progressivo aumento desta menção entre as causas nos óbitos. nos anos estudados, verifica-se também elevação porcentual progressiva de doenças cardiovasculares (relacionadas ou não a distúrbio metabólico), diabetes mellitus, insuficiência renal, distúrbios mentais ou hepáticos decorrentes do abuso de drogas psicoativas, causas externas e suicídios entre as causas múltiplas de morte em indivíduos com Aids com 13 anos e mais de idade. os cânceres não definidores de casos de Aids e os demais tumores reduziram-se, entre 1992 e 1996, passando a apresentar porcentuais crescentes de participação nos óbitos a partir desta data. como já avaliado em capítulos anteriores, há predominância de óbitos do sexo masculino, representando 83,9% em 1992, 75,9% em 1996, 70,5% em 2002 e 68,3% em 2006. Para estes indivíduos, em praticamente todo o período, foram verificados porcentuais mais elevados de menção, entre as causas múltiplas de morte, as hepatites crônicas, transtornos psiquiátricos e hepáticos relacionados ao abuso de substâncias psicotrópicas, e causas externas, quando comparados ao contingente feminino. Interessante observar que o suicídio foi causa quase exclusivamente do sexo masculino, tendo sido registrados sete casos de homens com Aids em 2002, aumentando para 13 casos em 2006. Apenas uma mulher com Aids apresentou suicídio como causa mencionada.
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19/5/2011 10:58:02
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13,30
24,32
0,87
29,50
29,52
15,80
1996
35,21
0,15
20,13
33,10
11,40
2002
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
IGN
1,53
38,73
UDI
OUTSAN
20,04
Hetero
1992 26,40
Em %
Homo-Bi
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
Gráfico 1 Proporção de óbitos de pessoas com Aids, segundo categoria de exposição Estado de São Paulo – 1992-2006
33,18
0,21
17,03
38,19
11,40
2006
132 DADoS PArA rEPEnSAr A AIDS no EStADo DE São PAUlo
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Causas múltiplas de morte por Aids no Estado de São Paulo
133
Para os demais grupos de causas múltiplas não foram observadas diferenças entre os sexos, nos quatro anos avaliados. nos anos selecionados para análise, verificam-se redução da proporção de óbitos correspondentes à categoria de exposição de homens que fazem sexo com homens (HSH), aumento de heterossexuais e redução acentuada de usuários de drogas injetáveis (UDI). Os óbitos relativos aos indivíduos infectados por transfusão de sangue ou hemoderivados (OutSang) sempre responderam por participação bastante baixa e reduziram-se ainda mais ao longo deste período (Gráfico 1). Entretanto, observa-se que a proporção de óbitos de indivíduos com categoria de exposição ignorada aumentou ao longo do tempo, passando de 13,3%, em 1992, para 35,2%, em 2002, e 33,2%, em 2006. Este fato pode decorrer da incorporação de maior número de casos notificados pelo critério óbito, possibilitada pela elaboração da Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids, a partir da vinculação entre as bases de notificações de Aids do Sinan e da base de óbitos do Seade, e que frequentemente não apresentam categoria de exposição conhecida. São apresentadas, nos Gráficos 2 a 4, as distribuições das causas múltiplas de morte presentes nos óbitos de pacientes com Aids, segundo as principais categorias de exposição ao HIV. Entre os HSH, verifica-se, ao longo do tempo, que o acréscimo nas menções a outras infecções, cânceres, diabetes mellitus e doenças cardiovasculares relacionadas a distúrbio metabólico foi mais acentuado do que nas categorias de UDI e heterossexuais. Este fato pode refletir uma maior qualidade de assistência, ou melhor adesão ao serviço por parte dos HSH, em relação aos indivíduos de outras categorias de exposição, o que lhes conferiria maior especificação das causas associadas de óbito quando de seu falecimento. Poderia também indicar maior sobrevida deste grupo que, por consequência, estaria relacionada à maior chance de surgimento de novos agravos à saúde decorrentes do envelhecimento natural. Entre heterossexuais e UDI, observa-se a presença de aproximadamente 40% de causas definidoras de Aids (DEF), em 1992 e 1996, reduzindo-se nos anos posteriores. Para os HSH, tais causas múltiplas aparecem em 53% dos casos, em 1996, decrescendo a partir de então. nos óbitos de indivíduos categorizados como UDI, encontram-se mais citações de hepatopatias crônicas e causas externas, do que entre os óbitos das demais categorias de exposição ao HIV, em especial nos anos de 2002 e 2006.
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55,51
60,31
49,32
53,00
40,63
34,03
1992
1996
2002
2006
41,20
34,82
24,93
20,79
OUTINF
5,56
6,03
0,13
0,00
HEPCRO
7,41
4,46
2,61
7,83
CAN
9,72
8,26
2,35
2,51
CARD
6,25
3,35
0,65
0,87
CARDP
3,24
2,23
0,78
0,19
DM
6,71
6,47
1,96
2,51
INSREN
26,16
31,92
38,77
23,89
INSRES
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
59,49
60,27
PON
Em %
DEF
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
3,24
2,23
0,39
0,19
PQ 1
0,23
0,67
0,13
0,29
PQ
Gráfico 2 Proporção de óbitos de pessoas com Aids categorizadas como HSH, por causas múltiplas de morte Estado de São Paulo – 1992-2006
70,37
69,20
49,22
82,21
RES
...
...
3,94
0,46
0,89
...
...
2,68
Suicídio
Causa Externa
134 DADoS PArA rEPEnSAr A AIDS no EStADo DE São PAUlo
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55,80
66,11
64,02
60,66
38,73
41,37
37,25
31,82
1992
1996
2002
2006
35,68
29,67
26,69
21,15
OUTINF
5,04
2,85
0,49
0,00
HEPCRO
6,42
3,00
1,05
3,06
CAN
8,56
7,16
2,45
1,78
CARD
4,14
3,00
0,49
1,27
CARDP
1,79
2,03
0,42
0,64
DM
5,38
5,74
2,24
2,04
INSREN
29,88
34,15
36,48
22,04
INSRES
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
PON
Em %
DEF
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2,69
2,44
0,56
0,13
PQ 1
0,28
0,36
0,21
0,25
PQ
74,81
68,55
48,50
88,54
RES
2,90
2,18
0,14
0,25
Causa Externa
Gráfico 3 Proporção de óbitos de pessoas com Aids categorizadas como heterossexuais, por causas múltiplas de morte Estado de São Paulo – 1992-2006
0,41
...
...
...
Suicídio
Causas múltiplas de morte por Aids no Estado de São Paulo
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59,46
65,73
66,51
62,38
39,16
38,39
32,87
23,53
1992
1996
2002
2006
33,59
28,82
24,90
18,66
OUTINF
12,85
9,77
0,70
0,00
HEPCRO
4,80
1,58
1,12
1,45
CAN
6,66
5,43
3,22
2,64
CARD
3,25
2,06
0,63
0,92
CARDP
1,24
0,48
0,42
0,26
DM
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5,16
2,38
1,71
INSREN
29,41
32,39
36,50
21,42
INSRES
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
PON
Em %
DEF
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
6,97
5,02
1,26
1,25
PQ 1
0,31
0,34
0,21
0,40
PQ
Gráfico 4 Proporção de óbitos de pessoas com Aids categorizadas como UDI, por causas múltiplas de morte Estado de São Paulo – 1992-2006
79,41
77,44
46,29
80,22
RES
4,49
4,88
0,07
0,26
Causa Externa
0,93
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...
...
Suicídio
136 DADoS PArA rEPEnSAr A AIDS no EStADo DE São PAUlo
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Causas múltiplas de morte por Aids no Estado de São Paulo
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Principais causas múltiplas de morte de indivíduos com Aids e da população em geral É importante conhecer as diferenças existentes entre as principais causas múltiplas de morte nos óbitos de indivíduos com Aids e naqueles da população em geral. nesta comparação, foram adotadas duas bases de dados distintas para a população residente no Estado de São Paulo, em 2006. Para os indivíduos com Aids, utilizou-se a Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids, enquanto para a população em geral contou-se com a base de mortalidade do Seade. nesta análise foram consideradas todas as causas de morte, tanto únicas quanto múltiplas, diferentemente do procedimento adotado no item anterior, de modo que os totais de causas de morte avaliados resultaram maiores, se comparados com aqueles apresentados anteriormente. A tabela 10 apresenta a distribuição das causas múltiplas de morte nos óbitos de pessoas com Aids e na população total do Estado, em 2006. Verifica-se que o número médio de causas mencionadas no grupo com Aids (3,5 causas por óbito) foi maior do que na população em geral (2,9 causas). no estudo constatou-se que, das 3.948 pessoas com mais de 13 anos que tinham Aids e morreram, 482 (12%) faleceram devido a outra causa. Este contingente só pode ser detectado em função da vinculação realizada na elaboração da BIP-Aids, uma vez que em tais casos não havia menção de HIV ou Aids entre as causas de morte. Esta análise contemplou dois distintos denominadores para o cálculo das proporções de causas de morte, para cada grupo populacional analisado. A primeira proporção considerou o total de causas mencionadas, enquanto a segunda foi calculada em relação ao total de óbitos. Para o grupo de pessoas com Aids, observa-se que, entre as 13.901 causas múltiplas de morte, 24,9% referiam-se a esta doença. Uma constatação, de certa forma já esperada, foi a maior presença de doenças definidoras ou pontuadoras para Aids, outras infecções e insuficiência respiratória, além de hepatites virais crônicas, na parcela da população com Aids do que naquela sem esta doença. ressalte-se que 5,8% dos óbitos de pessoas que tinham Aids tiveram hepatites virais, enquanto na população sem Aids esta porcentagem foi de apenas 0,6%. tal participação reforça a importância da coinfecção dos vírus das hepatites B e c no acompanhamento de pessoas com HIV. As proporções das demais causas múltiplas, em relação ao total de óbitos, foram sempre maiores na população sem Aids. Esta
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DADoS PArA rEPEnSAr A AIDS no EStADo DE São PAUlo
Tabela 10 Distribuição dos óbitos (1) de pessoas com 13 anos e mais na população total e naquela com Aids, segundo causas múltiplas de morte Estado de São Paulo – 2006 População com Aids Causas múltiplas de morte e total de óbitos Causas múltiplas de morte
População Total
% de % de % no % no causas causas total de total de Nos abs. no Nos abs. no causas causas total de total de múltiplas múltiplas óbitos óbitos 13.901
674.260
100,0
Sida
3.466
24,9
87,8
3.466
0,5
1,5
Definidoras
1.208
8,7
30,6
5.089
0,8
2,2
Pontuadoras
2.388
17,2
60,5
64.515
9,6
28,0
Outras infecções
1.431
10,3
36,2
45.728
6,8
19,9
Hepatites virais crônicas
228
1,6
5,8
1.448
0,2
0,6
Câncer
226
1,6
5,7
42.772
6,3
18,6
283
2,0
7,2
101.755
15,1
44,2
166
1,2
4,2
60.187
8,9
26,2
Diabetes mellitus
75
0,5
1,9
22.916
3,4
10,0
Insuficiência renal
223
1,6
5,6
20.336
3,0
8,8
1.107
8,0
28,0
45.179
6,7
19,6
153
1,1
3,9
10.088
1,5
4,4
11
0,1
0,3
1.019
0,2
0,4
121
0,9
3,1
29.233
4,3
12,7
14
0,1
0,4
1.732
0,3
0,8
Demais causas
2.801
20,1
70,9
218.797
32,4
95,1
Total de óbitos
3.948
Doenças aparelho circulatório Ap.circul + alterações metabólicas
Insuficiência respiratória Psicoativa+álcool Transtorno mental Causas externas Suicidio
230.049
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids. (1) Foram considerados todos os óbitos, independentemente do número de causas múltiplas de morte.
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Causas múltiplas de morte por Aids no Estado de São Paulo
139
constatação provavelmente reflete o padrão da estrutura etária da população em geral, em que a concentração mais expressiva da população idosa implica a maior ocorrência de determinadas causas de morte, principalmente câncer e cardiopatias. na tabela 11, são apresentadas algumas das principais causas múltiplas de morte, tanto em números absolutos quanto proporções, para os indivíduos com Aids e na população paulista sem esta infecção, desagregadas em três faixas etárias. Especial destaque foi dado à tuberculose, entre as doenças classificadas como definidoras, devido ao relevante papel desta coinfecção com o HIV. nota-se que, no grupo com Aids, todas as causas múltiplas selecionadas incidem com mais frequência na faixa de 40 a 59 anos. ressalte-se que 25% dos indivíduos que viviam com Aids, em 2006, tinham esta idade. Para os óbitos de pessoas com 13 a 39 anos, que concentravam 72,4% dos indivíduos com Aids, foram registradas expressivas proporções de todas as causas múltiplas, em especial a tuberculose (48,2%) e as hepatites virais (33,8%). Para aqueles com 60 anos e mais, as causas múltiplas mais frequentes foram os problemas cardiovasculares com distúrbio metabólico e a diabetes. observa-se diferencial importante na distribuição das causas múltiplas de morte para os dois grupos avaliados. As maiores frequências de causas selecionadas para a população paulista em geral, sem Aids, ocorreram entre os mais velhos, com 60 anos e mais. As exceções foram as hepatites virais e a tuberculose, com maiores frequências no grupo de 40 a 59 anos.
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163 2.100 2.864 1.537 337 2.448 3.246 436
População total Hepatites virais crônicas Câncer Doenças apar. circulatório Ap. circul. + alterações metabólicas Diabetes mellitus Insuficiência respiratória Outras infecções Tuberculose 11,3 4,9 2,8 6,7 1,5 5,4 7,1 25,5
33,8 28,8 29,3 22,3 12,0 44,9 44,6 48,2
%
707 11.766 19.216 12.560 4.098 8.517 9.373 808
138 137 169 96 52 552 705 235
Nos abs.
48,8 27,5 18,9 20,9 17,9 18,9 20,5 47,3
60,5 60,6 59,7 57,8 69,3 49,9 49,3 48,5
%
40 a 59 anos
578 28.906 79.675 46.090 18.481 34.214 33.109 466
13 24 31 33 14 58 88 16
39,9 67,6 78,3 76,6 80,6 75,7 72,4 27,3
5,7 10,6 11,0 19,9 18,7 5,2 6,1 3,3
%
60 anos e mais Nos abs.
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids. (1) Foram considerados todos os óbitos, independentemente do número de causas múltiplas de morte.
77 65 83 37 9 497 638 234
Nos abs.
13 a 39 anos
População com Aids Hepatites virais crônicas Câncer Doenças apar. circulatório Ap. circul. + alterações metabólicas Diabetes mellitus Insuficiência respiratória Outras infecções Tuberculose
Causas múltiplas de morte
1.448 42.772 101.755 60.187 22.916 45.179 45.728 1.710
228 226 283 166 75 1.107 1.431 485
Nos abs.
Total
Tabela 11 Distribuição dos óbitos (1) de pessoas com 13 anos e mais na população total e naquela com Aids, por faixa etária, segundo grupos de causas múltiplas de morte Estado de São Paulo – 2006
100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
%
140 DADoS PArA rEPEnSAr A AIDS no EStADo DE São PAUlo
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Causas múltiplas de morte por Aids no Estado de São Paulo
141
Considerações finais A análise da mortalidade por causas múltiplas reveste-se de maior complexidade em decorrência da perspectiva multidimensional que ela permite. Porém, se este tipo de estudo, por um lado, amplia o conhecimento de uma doença específica, por outro, exige maior cuidado e impõe limitações na estimativa dos indicadores usuais de mortalidade. A Aids, que é uma doença relativamente nova e com pioneiras terapias medicamentosas, revela muitas dimensões ainda pouco conhecidas. neste contexto, a análise das causas múltiplas associadas à Aids aparece como recurso especial para aprimorar tais conhecimentos e interpretar melhor as circunstâncias envolvidas no processo que leva o indivíduo portador desta infecção à morte. A utilização da Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids, elaborada na parceria entre crt-Aids e Fundação Seade a partir da vinculação entre os casos notificados no Sinan e nas bases de mortalidade do Seade, possibilitou minimizar expressivamente a subnotificação tanto dos casos notificados quanto dos óbitos por Aids. Por outro lado, nota-se também contínua melhoria na qualidade de preenchimento das causas de morte nas declarações de óbito processadas na base de mortalidade. Vale lembrar que, no início da epidemia, principalmente devido aos preconceitos existentes, muitos casos, cujo diagnóstico correto sabidamente era Aids, não apresentavam esta informação. outro ponto decisivo para a realização desta análise foi a existência de classificação das causas múltiplas de morte processadas pela Fundação Seade desde meados da década de 1980. A disponibilidade de tais bases, mais completas quanto às causas associadas de morte, permitiu acompanhar a evolução das causas informadas antes e após a adoção de terapias antirretrovirais no tratamento dos doentes com Aids. As análises aqui formuladas representam um primeiro passo em direção ao aprofundamento constante que deve ser realizado no futuro. A elaboração de indicadores mais robustos, para estudar a mortalidade por causas múltiplas, ampliaria ainda mais a possibilidade de avaliar e comparar a população com e sem Aids. Seria interessante poder estimar taxas de mortalidade específicas segundo todas as menções das causas de morte. Entretanto, ainda não foi viável utilizar uma metodologia para estimar adequadamente estes riscos. muito embora a sobrevida dos pacientes com Aids tenha aumentado significativamente desde o início da epidemia, con-
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forme apresentado no capítulo 4, ainda persiste importante diferencial de mortalidade segundo determinadas patologias entre os pacientes com e sem Aids, em especial aquelas que em pacientes com Aids são adquiridas em idades mais jovens do que ocorre na população em geral. Este panorama reforça a necessidade premente de intensificação de ações de prevenção da infecção pelo HIV, realização de diagnósticos mais precoces e implementação de assistência especializada aos indivíduos vivendo com HIV/Aids.
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Causas múltiplas de morte por Aids no Estado de São Paulo
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Análise regional da Aids
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6 Análise regional da Aids Ângela Tayra Ione Aquemi Guibu Bernadette Cunha Waldvogel Lilian Cristina Correia Morais Carmen Sílvia Bruniera Domingues
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147
A
Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo é dividida administrativamente em várias coordenadorias. A Coordenadoria de Regiões de Saúde coordena os Departamentos Regionais de Saúde – DRS, criados pelo Decreto DOE n. 51.433, de 28 de dezembro de 2006. O Estado foi dividido em 17 DRS, que são responsáveis pelas atividades da Secretaria no âmbito regional e pela promoção e articulação intersetorial, com municípios e organismos da sociedade civil. Por sua vez, a Coordenadoria de Controle de Doenças – CCD responde pelo planejamento das ações que proporcionam conhecimento, detecção e prevenção de quaisquer mudanças nos fatores determinantes do processo de saúde individual e coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar medidas de prevenção e controle de agravos e doenças. Na estrutura da CCD estão inseridas instituições ligadas à saúde coletiva, que desenvolvem atividades de vigilância epidemiológica e sanitária, diagnóstico laboratorial, controle de vetores, imunização, documentação histórica e educação continuada. Dessa forma, cabe à CCD toda a coordenação das vigilâncias em saúde. O Sistema de Vigilância Epidemiológica Estadual – SVE possui uma instância no nível central da administração, subordinada à CCD, que é o Centro de Vigilância Epidemiológica Dr. Alexandre Vranjac – CVE. Por meio do Decreto n. 49.343, de 24 de janeiro de 2005, foram criados e transferidos para o CVE os Grupos de Vigilância Epidemiológica – GVE. Os GVEs estão técnica e administrativamente subordinados ao CVE, mas também devem se articular com os Departamentos Regionais de Saúde – DRS de seus respectivos territórios. Eles são heterogêneos na abrangência territorial, no número de municípios englobados e nas características epidemiológicas. As sedes destes GVEs localizam-se, em geral, no principal município da região. Existem 28 Grupos de Vigilância Epidemiológica distribuídos no Estado de São Paulo, conforme relação e Mapa 1:
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148
DADOS PARA REPEnSAR A AiDS nO EStADO DE SãO PAulO
•
GVE Capital
•
GVE Araçatuba
•
GVE Araraquara
•
GVE Assis
•
GVE Barretos
•
GVE Bauru
•
GVE Botucatu
•
GVE Campinas
•
GVE Caraguatatuba
•
GVE Franca
•
GVE Franco da Rocha
•
GVE itapeva
•
GVE Jales
•
GVE Marília
•
GVE Mogi das Cruzes
•
GVE Osasco
•
GVE Piracicaba
•
GVE Presidente Prudente
•
GVE Presidente Venceslau
•
GVE Registro
•
GVE Ribeirão Preto
•
GVE Santo André
•
GVE Santos
•
GVE São João da Boa Vista
•
GVE São José dos Campos
•
GVE São José do Rio Preto
•
GVE Sorocaba
•
GVE taubaté
A vigilância epidemiológica estadual da Aids está situada junto à Coordenação Estadual DSt/Aids e se articula, do ponto de vista técnico, ao CVE, seguindo todas as diretrizes do SVE estadual. também é fundamental, para o desenvolvimento de suas atividades, a estreita articulação com os GVEs. Algumas características epidemiológicas da Aids nos GVEs já foram apresentadas nos capítulos 2 e 3, assim como a descrição
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Análise regional da Aids
149
Mapa 1 Grupos de Vigilância Epidemiológica existentes no Estado Estado de São Paulo – 2009 Jales São José do Rio Preto
Franca Barretos
Araçatuba
Ribeirão Preto São João da Boa Vista
Araraquara
Presidente Venceslau
Marília
Presidente Prudente
Bauru Piracicaba
Assis
Campinas
Botucatu Sorocaba
Franco da Rocha Osasco
Itapeva
Taubaté
São José dos Campos
Capital Mogi das Cruzes Santo André
Caraguatatuba
Santos Registro
Fonte: CVE-SES/SP.
dos padrões da epidemia de Aids e a agregação das regionais segundo categorias de exposição ao HiV. O presente capítulo contempla outros detalhes da morbidade e da mortalidade por Aids da população com 13 anos e mais de idade, nas regionais do Estado de São Paulo. Esta parcela representa o maior contingente dos casos existentes de Aids no território paulista. Para a análise foram selecionados os anos de 1991, 1996, 2001 e 2006, da série histórica disponível na BiP-Aids no momento deste estudo. Taxas de incidência de Aids Avaliando-se a série histórica de casos de Aids desde o início da epidemia, em 1980, é possível acompanhar sua distribuição no território paulista, considerando-se o agrupamento por GVE. Para fins de análise, os casos das duas primeiras décadas foram acumulados e aqueles notificados a partir de 2000 aparecem desagregados por ano, conforme mostra a tabela 1.
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150
DADOS PARA REPEnSAR A AiDS nO EStADO DE SãO PAulO
Tabela 1 Casos notificados de Aids em indivíduos com 13 anos e mais de idade, segundo Grupos de Vigilância Epidemiológica – GVE Estado de São Paulo – 1980-2006 Ano de diagnóstico GVE de residência
1980-89 Nos abs.
%
1990-99 Nos abs.
%
2000 Nos abs.
2001 %
Nos abs.
%
Estado de São Paulo
8.537 100,00 93.050 100,00
9.990 100,00
9.518 100,00
GVE Capital
4.950
41,63
3.457
34,60
3.421
35,94
57,98 38.739
GVE Santo André
366
4,29
5.283
5,68
529
5,30
512
5,38
GVE Mogi das Cruzes
203
2,38
3.274
3,52
434
4,34
347
3,65
GVE Franco da Rocha
44
0,52
700
0,75
49
0,49
66
0,69
269
3,15
3.909
4,20
469
4,69
463
4,86
GVE Araçatuba
40
0,47
1.082
1,16
187
1,87
145
1,52
GVE Araraquara
78
0,91
1.781
1,91
227
2,27
260
2,73
GVE Assis
38
0,45
502
0,54
59
0,59
66
0,69
GVE Barretos
43
0,50
1.151
1,24
114
1,14
121
1,27
GVE Bauru
65
0,76
1.828
1,96
203
2,03
172
1,81
GVE Botucatu
40
0,47
426
0,46
56
0,56
64
0,67
GVE Campinas
363
4,25
5.780
6,21
780
7,81
757
7,95
GVE Franca
47
0,55
885
0,95
86
0,86
99
1,04
GVE Marília
52
0,61
754
0,81
97
0,97
90
0,95
GVE Piracicaba
99
1,16
2.354
2,53
336
3,36
297
3,12
GVE Presidente Prudente
44
0,52
591
0,64
75
0,75
88
0,92
GVE Registro
11
0,13
248
0,27
34
0,34
33
0,35
GVE Ribeirão Preto
282
3,30
3.986
4,28
470
4,70
430
4,52
GVE Santos
855
10,02
6.978
7,50
602
6,03
549
5,77
GVE São João da Boa Vista
33
0,39
799
0,86
126
1,26
121
1,27
GVE São José dos Campos
113
1,32
2.446
2,63
312
3,12
275
2,89
95
1,11
2.043
2,20
320
3,20
271
2,85
GVE Sorocaba
160
1,87
2.954
3,17
407
4,07
351
3,69
GVE São José do Rio Preto
208
2,44
3.585
3,85
389
3,89
317
3,33
GVE Presidente Venceslau
12
0,14
156
0,17
23
0,23
32
0,34
GVE Jales
10
0,12
154
0,17
30
0,30
41
0,43
4
0,05
162
0,17
23
0,23
20
0,21
12
0,14
480
0,52
90
0,90
99
1,04
1
0,01
20
0,02
6
0,06
11
0,12
GVE Osasco
GVE Taubaté
GVE Itapeva GVE Caraguatatuba Ignorado
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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An谩lise regional da Aids
Ano de diagn贸stico 2002 Nos abs.
2003 %
Nos abs.
2004 %
Nos abs.
2005 %
Nos abs.
Total
2006 %
Nos abs.
%
Nos abs.
%
9.407 100,00
8.868 100,00
7.519 100,00
7.018 100,00
6.490 100,00 160.397 100,00
3.345 35,56
3.227 36,39
2.635 35,04
2.651 37,77
2.539 39,12
64.964
40,50
514
5,46
466
5,25
452
6,01
349
4,97
326
5,02
8.797
5,48
375
3,99
360
4,06
338
4,50
316
4,50
294
4,53
5.941
3,70
74
0,79
69
0,78
80
1,06
62
0,88
63
0,97
1.207
0,75
492
5,23
408
4,60
368
4,89
299
4,26
335
5,16
7.012
4,37
148
1,57
126
1,42
134
1,78
125
1,78
116
1,79
2.103
1,31
211
2,24
188
2,12
154
2,05
157
2,24
152
2,34
3.208
2,00
72
0,77
72
0,81
61
0,81
69
0,98
41
0,63
980
0,61
104
1,11
90
1,01
78
1,04
59
0,84
72
1,11
1.832
1,14
236
2,51
186
2,10
128
1,70
180
2,56
144
2,22
3.142
1,96
60
0,64
71
0,80
81
1,08
56
0,80
55
0,85
909
0,57
753
8,00
788
8,89
659
8,76
603
8,59
606
9,34
11.089
6,91
91
0,97
69
0,78
46
0,61
44
0,63
65
1,00
1.432
0,89
123
1,31
71
0,80
82
1,09
79
1,13
51
0,79
1.399
0,87
296
3,15
280
3,16
216
2,87
239
3,41
203
3,13
4.320
2,69
93
0,99
78
0,88
80
1,06
75
1,07
67
1,03
1.191
0,74
23
0,24
45
0,51
44
0,59
46
0,66
29
0,45
513
0,32
362
3,85
330
3,72
306
4,07
255
3,63
214
3,30
6.635
4,14
526
5,59
497
5,60
442
5,88
374
5,33
268
4,13
11.091
6,91
131
1,39
139
1,57
79
1,05
84
1,20
77
1,19
1.589
0,99
308
3,27
224
2,53
191
2,54
178
2,54
146
2,25
4.193
2,61
255
2,71
246
2,77
210
2,79
148
2,11
148
2,28
3.736
2,33
314
3,34
314
3,54
243
3,23
218
3,11
176
2,71
5.137
3,20
340
3,61
347
3,91
236
3,14
189
2,69
169
2,60
5.780
3,60
38
0,40
30
0,34
33
0,44
26
0,37
38
0,59
388
0,24
22
0,23
23
0,26
30
0,40
25
0,36
26
0,40
361
0,23
21
0,22
27
0,30
32
0,43
31
0,44
19
0,29
339
0,21
69
0,73
84
0,95
64
0,85
65
0,93
38
0,59
1.001
0,62
11
0,12
13
0,15
17
0,23
16
0,23
13
0,20
108
0,07
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151
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152
DADOS PARA REPEnSAR A AiDS nO EStADO DE SãO PAulO
Dos 160.397 casos notificados no Estado de São Paulo em pessoas com 13 anos e mais, entre 1980 e 2006, observa-se que 40,5% eram de residentes na capital paulista, 6,9% no GVE Campinas e 6,9% no GVE Santos. Outras regionais que se destacam com número maior de casos são Santo André (5,5%), Osasco (4,4%) e Ribeirão Preto (4,1%). As demais respondem por parcela bem reduzida de casos de Aids. Da década de 1980 a 2006, nota-se que o GVE Capital sempre apresentou o maior número de notificações, porém a proporção diminuiu ao longo do tempo, passando de 58,0% para 39,1%, nesse período. O GVE Santos também apresentou redução das proporções de 10,0% para 4,1%. O GVE Campinas registrou movimento diferente, ou seja, as proporções das notificações aumentaram de 4,3%, na década de 1980, para 9,3%, em 2006, o mesmo ocorrendo no GVE Mogi das Cruzes (de 2,4% para 4,5%). Os demais GVEs mantiveram-se com as aproximadas proporções de notificações ou apresentaram crescimento, porém com importância numérica menor em relação ao total de casos. Como já discutido no capítulo 2, houve aumento de casos da década de 1980 até final de 1990, e queda no início do século XXi no Estado e na maioria das regionais. As exceções, com permanência de crescimento no número de casos, ocorreram no GVE Franco da Rocha, que em 2000 notificou 49 casos e em 2006, 63; o GVE de Presidente Venceslau tinha 23 casos em 2000 e 38 em 2006. Através destes dados conclui-se que a Aids espalhou-se pelo território estadual, porém não de forma homogênea. A análise das taxas de incidência de Aids mostra outro aspecto, que é o risco de adoecer por esta infecção. Entre 1991 e 1996, todas as regionais do Estado de São Paulo registraram aumento nas taxas de incidência (ti) de Aids, por 100 mil habitantes. Já no período 1996-2006, verifica-se importante decréscimo destas taxas, que diminuíram quase pela metade em várias regionais. Em 1996, a taxa de incidência mais elevada correspondia ao GVE Santos (79,8 casos por 100 mil habitantes), que apresentou também a maior redução até 2006: 3,8 vezes. Outro importante decréscimo nas taxas de incidência ocorreu na regional de Ribeirão Preto: 2,7 vezes, passando de 60,1, para 22,0 casos por 100 mil habitantes, entre 1996 e 2006. Dois GVEs apresentaram perfil diferente dos demais: Botucatu e Presidente Venceslau. no primeiro, a maior taxa de
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Análise regional da Aids
153
incidência foi registrada em 2001 (16,4), sendo que em 2006 tal taxa reduziu-se e ficou semelhante à de 1996. Já o GVE Presidente Venceslau foi o único a apresentar aumento constante nas taxas de incidência no período analisado, de 5,5 em 1991 para 15,8 em 2006. uma hipótese para tal comportamento é a instalação de presídios nesta região, com provável impacto na maior ocorrência de Aids. nos demais 24 GVEs a redução das taxas de incidência de Aids variou entre 1,3 e 3 vezes, no período 1996-2006. Estes resultados são apresentados na tabela 2. nos Mapas 2 a 7, que apresentam o comportamento das taxas de incidência nos GVEs, segundo o sexo, observa-se a superioridade das taxas de incidência entre os homens, quando comparadas às mulheres, além da tendência de crescimento até 1996 e depois decréscimo, para as taxas de ambos os sexos. no entanto, para os homens, apenas o GVE Capital mantevese com alta taxa de incidência em 2006 (Mapas 4 e 5). todas as taxas para o sexo feminino ficaram abaixo de 20 casos por 100 mil habitantes em todos os GVEs, em 2006 (Mapas 6 e 7).
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DADOS PARA REPEnSAR A AiDS nO EStADO DE SãO PAulO
Tabela 2 Taxas de incidência (1) de Aids na população com 13 anos e mais de idade, segundo Grupos de Vigilância Epidemiológica – GVE Estado de São Paulo – 1991-2006
GVE de residência Estado de São Paulo GVE Capital GVE Santo André GVE Mogi das Cruzes GVE Franco da Rocha GVE Osasco GVE Araçatuba GVE Araraquara GVE Assis GVE Barretos GVE Bauru GVE Botucatu GVE Campinas GVE Franca GVE Marília GVE Piracicaba GVE Presidente Prudente GVE Registro GVE Ribeirão Preto GVE Santos GVE São João da Boa Vista GVE São José dos Campos GVE Taubaté GVE Sorocaba GVE São José do Rio Preto GVE Presidente Venceslau GVE Jales GVE Itapeva GVE Caraguatatuba
Ano de diagnóstico 1991
1996
2001
2006
29,9 45,1 25,8 17,2 18,4 20,9 14,0 16,0 10,7 27,2 15,9 9,5 19,6 17,5 15,1 18,1 18,5 9,7 37,1 67,7 10,7 30,3 20,1 23,4 31,6 5,5 4,5 3,0 24,4
41,1 54,4 35,9 19,5 31,6 31,1 30,4 36,4 19,4 48,7 37,0 12,4 33,2 24,9 19,7 32,4 26,9 17,6 60,1 79,8 17,5 53,4 40,3 33,0 52,7 7,5 14,2 9,6 40,5
32,7 41,4 27,5 19,8 20,7 25,7 27,4 38,2 19,7 39,5 22,2 16,4 28,0 21,5 19,3 29,9 28,2 16,7 49,0 47,0 21,0 41,3 37,9 27,5 35,9 14,1 20,3 8,5 57,8
20,4 29,8 16,1 14,2 16,8 16,2 20,3 20,2 11,3 21,9 16,8 12,7 19,9 12,8 10,1 18,4 20,0 13,6 22,0 20,9 12,2 19,6 18,8 12,1 17,4 15,8 12,2 7,5 19,1
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids. (1) Por 100 mil habitantes.
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Análise regional da Aids
155
Mapa 2 Taxas de incidência de Aids na população com 13 anos e mais de idade, por Grupos de Vigilância Epidemiológica – GVE Estado de São Paulo – 1991-1996
1991 ESP = 29,9
1996 ESP = 41,1
Taxas (por 100 mil hab.) Até 10,00 Mais de 10,00 a 20,00 Mais de 20,00 a 30,00 Mais de 30,00 a 40,00 Mais de 40,00
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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DADOS PARA REPEnSAR A AiDS nO EStADO DE SãO PAulO
Mapa 3 Taxas de incidência de Aids na população com 13 anos e mais de idade, por Grupos de Vigilância Epidemiológica – GVE Estado de São Paulo – 2001-2006
2001 ESP = 32,7
2006 ESP = 20,4
Taxas (por 100 mil hab.) Até 10,00 Mais de 10,00 a 20,00 Mais de 20,00 a 30,00 Mais de 30,00 a 40,00 Mais de 40,00
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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Análise regional da Aids
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Mapa 4 Taxas de incidência de Aids na população masculina com 13 anos e mais de idade, por Grupos de Vigilância Epidemiológica – GVE Estado de São Paulo – 1991-1996
1991 ESP = 50,5
1996 ESP = 60,3
Taxas (por 100 mil hab.) Até 10,00 Mais de 10,00 a 20,00 Mais de 20,00 a 30,00 Mais de 30,00 a 40,00 Mais de 40,00
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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DADOS PARA REPEnSAR A AiDS nO EStADO DE SãO PAulO
Mapa 5 Taxas de incidência de Aids na população masculina com 13 anos e mais de idade, por Grupos de Vigilância Epidemiológica – GVE Estado de São Paulo – 2001-2006
2001 ESP = 43,0
2006 ESP = 27,5
Taxas (por 100 mil hab.) Até 10,00 Mais de 10,00 a 20,00 Mais de 20,00 a 30,00 Mais de 30,00 a 40,00 Mais de 40,00
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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Análise regional da Aids
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Mapa 6 Taxas de incidência de Aids na população feminina com 13 anos e mais de idade, por Grupos de Vigilância Epidemiológica – GVE Estado de São Paulo – 1991-1996
1991 ESP = 26,1
1996 ESP = 25,8
Taxas (por 100 mil hab.) Até 10,00 Mais de 10,00 a 20,00 Mais de 20,00 a 30,00 Mais de 30,00 a 40,00 Mais de 40,00
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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DADOS PARA REPEnSAR A AiDS nO EStADO DE SãO PAulO
Mapa 7 Taxas de incidência de Aids na população feminina com 13 anos e mais de idade, por Grupos de Vigilância Epidemiológica – GVE Estado de São Paulo – 2001-2006
2001 ESP = 15,1
2006 ESP = 13,8
Taxas (por 100 mil hab.) Até 10,00 Mais de 10,00 a 20,00 Mais de 20,00 a 30,00 Mais de 30,00 a 40,00 Mais de 40,00
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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Análise regional da Aids
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Mortalidade por Aids As taxas de mortalidade por Aids, nos Grupos de Vigilância Epidemiológica, apresentaram aumento crescente até 1996, seguido de tendência de decréscimo nos anos posteriores. As únicas exceções foram os GVEs Jales e Presidente Venceslau, que, apesar de reduzidas taxas de mortalidade, registraram crescimento contínuo no período analisado. Já em 1991, primeiro ano da série selecionada, a taxa de mortalidade por Aids no GVE Santos ocupava a liderança entre as regiões do Estado de São Paulo, com 47,2 mortes devidas a Aids para cada 100 mil habitantes. O GVE manteve-se nesta posição nos anos subsequentes e só foi superado em 2006 (18,5), por Barretos (20,7). O GVE Capital ocupava o segundo lugar em 1991 (33,0 óbitos por 100 mil), seguido por Ribeirão Preto (29,8). Em 1996, Ribeirão Preto (44,4) assumiu o segundo lugar, seguido de perto por São José dos Campos (42,4). A redução observada em todos os GVEs é importante até 2006, quando apenas Barretos ainda mantinha taxa de mortalidade por Aids acima de 20 óbitos por 100 mil. Em 13 regionais, as taxas variaram entre 10 e 20 por 100 mil e em 14 os valores foram inferiores a 10 óbitos por 100 mil. Durante todo o período de existência da Aids no Estado de São Paulo, o GVE Capital sempre registrou o maior número de casos fatais da epidemia, concentrando metade deles em 1991 e, após contínuo decréscimo, em 2006 respondia por 33,4% do total. O GVE Santos manteve-se em segundo lugar quanto à concentração de casos fatais até 1996, sendo superado em 2001 e 2006 por Campinas. A tabela 3 retrata a trajetória da mortalidade por Aids nas regionais do Estado de São Paulo, nos anos selecionados. Para a população masculina, observa-se que, em 1991, 12 GVEs apresentavam taxas de mortalidade acima de 20 óbitos por 100 mil homens. Com a queda registrada nas taxas de mortalidade nos anos subsequentes, em 2006 apenas oito GVEs registravam valores neste patamar. Por outro lado, verifica-se que, nos anos analisados, apenas três GVEs apresentavam taxas inferiores a cinco óbitos por 100 mil homens. Para a população feminina, é maior o número de GVEs com reduzidas taxas de mortalidade, sendo que, já em 1991, 18 deles mostravam taxas inferiores a cinco óbitos por 100 mil mulheres. Destaca-se, em 2001, variação entre 5 e 10 eventos fatais por 100 mil mulheres em 20 GVEs. Ainda neste ano, a taxa mais alta foi
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DADOS PARA REPEnSAR A AiDS nO EStADO DE SãO PAulO
Tabela 3 Taxas de mortalidade (1) por Aids na população com 13 anos e mais de idade, segundo Grupos de Vigilância Epidemiológica – GVE Estado de São Paulo – 1991-2006
GVE de residência Estado de São Paulo GVE Capital GVE Santo André GVE Mogi das Cruzes GVE Franco da Rocha GVE Osasco GVE Araçatuba GVE Araraquara GVE Assis GVE Barretos GVE Bauru GVE Botucatu GVE Campinas GVE Franca GVE Marília GVE Piracicaba GVE Presidente Prudente GVE Registro GVE Ribeirão Preto GVE Santos GVE São João da Boa Vista GVE São José dos Campos GVE Taubaté GVE Sorocaba GVE São José do Rio Preto GVE Presidente Venceslau GVE Jales GVE Itapeva GVE Caraguatatuba
Ano de diagnóstico 1991
1996
2001
2006
20,4 33,0 16,5 10,6 17,3 16,8 8,8 11,7 5,9 11,8 7,9 4,9 12,0 7,5 6,1 7,5 7,7 6,5 29,8 47,2 5,7 17,8 12,7 12,8 24,1 2,0 3,4 2,5 13,7
29,1 38,7 24,6 19,2 22,5 20,9 21,1 25,5 14,8 32,7 25,3 11,5 21,1 18,3 13,0 22,3 20,6 9,6 44,4 54,2 14,0 42,4 30,8 25,6 31,5 6,1 4,2 6,8 29,4
15,1 18,1 11,7 10,2 9,1 11,0 10,4 16,7 11,9 22,9 14,7 8,0 11,4 12,8 11,1 16,9 13,8 9,1 21,1 24,6 11,6 21,3 17,8 12,7 16,8 7,5 7,9 4,2 19,8
12,6 15,7 10,7 8,8 8,5 9,3 12,4 15,4 7,7 20,7 13,4 5,8 8,7 9,2 9,5 12,7 11,0 8,9 15,0 18,5 7,0 14,1 17,6 9,9 15,3 8,3 8,5 6,0 14,6
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids. (1) Por 100 mil habitantes.
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Análise regional da Aids
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observada no GVE Caraguatatuba, com 16,5 óbitos por 100 mil mulheres. O processo de redução das taxas para a população feminina se manteve em 2006, apesar de cinco GVEs apresentarem aumento em relação a 2001: Barretos (de 9,7 para 16,8 óbitos por 100 mil mulheres); taubaté (de 9,4 para 12,0); Araraquara (de 8,4 para 10,7); Araçatuba (de 6,7 para 10,7); e Franca (de 5,6 para 6,6). Os Mapas 8 a 12 apresentam o comportamento registrado pelos GVEs nos anos selecionados para a análise, segundo o sexo.
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DADOS PARA REPEnSAR A AiDS nO EStADO DE SãO PAulO
Mapa 8 Taxas de mortalidade por Aids na população masculina com 13 anos e mais de idade, por Grupos de Vigilância Epidemiológica – GVE Estado de São Paulo – 1991-1996
1991 ESP = 35,1
1996 ESP = 44,7
Taxas (por 100 mil hab.) Até 5,00 Mais de 5,00 a 10,00 Mais de 10,00 a 15,00 Mais de 15,00 a 20,00 Mais de 20,00 a 75,00
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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Análise regional da Aids
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Mapa 9 Taxas de mortalidade por Aids na população masculina com 13 anos e mais de idade, por Grupos de Vigilância Epidemiológica – GVE Estado de São Paulo – 2001-2006
2001 ESP = 21,8
2006 ESP = 17,8
Taxas (por 100 mil hab.) Até 5,00 Mais de 5,00 a 10,00 Mais de 10,00 a 15,00 Mais de 15,00 a 20,00 Mais de 20,00 a 75,00
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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DADOS PARA REPEnSAR A AiDS nO EStADO DE SãO PAulO
Mapa 10 Taxas de mortalidade por Aids na população feminina com 13 anos e mais de idade, por Grupos de Vigilância Epidemiológica – GVE Estado de São Paulo – 1991-1996
1991 ESP = 6,4
1996 ESP = 14,4
Taxas (por 100 mil hab.) Até 5,00 Mais de 5,00 a 10,00 Mais de 10,00 a 15,00 Mais de 15,00 a 20,00 Mais de 20,00 a 35,00
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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Análise regional da Aids
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Mapa 11 Taxas de mortalidade por Aids na população feminina com 13 anos e mais de idade, por Grupos de Vigilância Epidemiológica – GVE Estado de São Paulo – 2001-2006
2001 ESP = 8,7
2006 ESP = 7,6
Taxas (por 100 mil hab.) Até 5,00 Mais de 5,00 a 10,00 Mais de 10,00 a 15,00 Mais de 15,00 a 20,00 Mais de 20,00 a 35,00
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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DADOS PARA REPEnSAR A AiDS nO EStADO DE SãO PAulO
Mapa 12 Taxas de mortalidade por Aids na população com 13 anos e mais de idade Estado de São Paulo – 1994-2006
1994/1996 ESP = 30,3
2004/2006 ESP = 12,4
Taxas (por 100 mil hab.) Até 5,00 Mais de 5,00 a 10,00 Mais de 10,00 a 15,00 Mais de 15,00 a 20,00 Mais de 20,00 a 85,00
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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Análise regional da Aids
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Óbitos precoces e pessoas vivendo com Aids importante resultado da BiP-Aids é a estimativa da proporção de óbitos precoces ocorridos a cada ano, o que pode apontar questões de qualidade da assistência prestada, como diagnóstico tardio de infecção pelo HiV e o intervalo entre diagnóstico e início de acompanhamento em serviços especializados. no capítulo 3, realizou-se discussão para o total do Estado de São Paulo sobre os óbitos precoces, definidos como a proporção de pessoas com Aids que evoluíram a óbito, em intervalo inferior a um ano após a data de diagnóstico da doença. Em 1990, este índice era de 62,5% diminuindo para 26,3%, em 2005. no GVE Registro, 100% dos óbitos, em 1990, ocorreram com menos de um ano de diagnóstico de Aids. Os GVEs taubaté e itapeva também apresentaram altos índices de mortes precoces: 75,9% e 75%, respectivamente. Em 2005, 14 GVEs registraram proporções de mortes precoces superiores à média do Estado (26,3%), sendo a maior verificada em Franco da Rocha (61,5%), seguido por Franca (59,5%), Sorocaba (48,6%) e taubaté (44,6%). Por outro lado, em cinco regionais esta proporção foi inferior a 20%. A tabela 4 apresenta as proporções de óbitos precoces segundo os GVEs, em quatro momentos da evolução da Aids. Foi possível identificar a proporção de óbitos por Aids de pessoas com 13 anos e mais, no total de casos conhecidos da doença, ou seja, a letalidade em cada regional. Os dados da tabela 5 mostram que o GVE Franca apresenta a maior proporção de óbitos entre os casos notificados (65,4%), enquanto a menor proporção foi registrada em Presidente Venceslau (48,7%). Os GVEs Barretos e Santos também apresentaram alta letalidade, pouco acima de 64%. Outro importante resultado da Base integrada de Aids – BiPAids é a possibilidade de se conhecer o número de pessoas com 13 anos e mais de idade vivendo com Aids em cada regional de saúde. tal estimativa foi elaborada a partir dos dados desta base em 2006, subtraindo-se, do acumulado de casos notificados, o número de óbitos ocorridos até este ano. A cidade de São Paulo contava com maior número de pessoas vivendo com Aids (aproximadamente 27 mil pessoas). O GVE Campinas aparecia em segundo lugar, com 5.528 pessoas vivas, seguido pelo GVE Santos e Santo André. O GVE com menor número de pessoas vivendo com Aids foi itapeva, que, do total de 339 casos notificados de 1980 a 2006,
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DADOS PARA REPEnSAR A AiDS nO EStADO DE SãO PAulO
Tabela 4 Proporção de óbitos por Aids na população com 13 anos e mais de idade, ocorridos em intervalo menor de um ano a partir da data de diagnóstico, segundo Grupos de Vigilância Epidemiológica – GVE Estado de São Paulo – 1990-2005 Em porcentagem GVE Estado de São Paulo GVE Capital GVE Santo André GVE Mogi das Cruzes GVE Franco da Rocha GVE Osasco GVE Araçatuba GVE Araraquara GVE Assis GVE Barretos GVE Bauru GVE Botucatu GVE Campinas GVE Franca GVE Marília GVE Piracicaba GVE Presidente Prudente GVE Registro GVE Ribeirão Preto GVE Santos GVE São João da Boa Vista GVE São José dos Campos GVE Taubaté GVE Sorocaba GVE São José do Rio Preto GVE Presidente Venceslau GVE Jales GVE Itapeva GVE Caraguatatuba
Ano de diagnóstico 1990
1995
2000
2005
62,54 63,52 68,92 61,27 52,46 71,29 54,05 62,96 64,71 45,10 59,32 47,06 61,23 43,48 33,33 42,65 42,31 100,00 57,69 65,12 36,00 58,88 75,86 58,49 68,84 16,67 0,00 75,00 42,86
56,17 55,96 53,06 63,88 62,20 62,17 53,73 61,50 54,55 46,21 55,65 38,78 49,08 52,04 50,75 51,74 50,00 70,00 64,81 55,78 57,69 55,17 59,24 60,00 55,96 33,33 61,90 54,17 63,16
28,94 27,97 22,87 33,18 48,98 29,85 26,74 29,96 30,51 31,58 30,54 26,79 24,36 33,72 24,74 38,99 30,67 50,00 28,09 32,39 34,92 31,41 31,25 32,43 22,88 30,43 16,67 34,78 18,89
26,33 22,15 20,82 36,32 61,54 32,34 25,81 21,48 37,31 39,29 36,99 15,94 21,14 59,46 17,11 31,17 18,52 20,00 23,02 37,57 32,53 25,42 44,59 48,57 28,64 30,00 20,00 17,86 19,35
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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Análise regional da Aids
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Tabela 5 Casos notificados de Aids, óbitos conhecidos e pessoas vivendo com Aids na população com 13 anos e mais de idade, segundo Grupos de Vigilância Epidemiológica – GVE Estado de São Paulo – 1991-2006
GVE Estado de São Paulo GVE Capital GVE Santo André GVE Mogi das Cruzes GVE Franco da Rocha GVE Osasco GVE Araçatuba GVE Araraquara GVE Assis GVE Barretos GVE Bauru GVE Botucatu GVE Campinas GVE Franca GVE Marília GVE Piracicaba GVE Presidente Prudente GVE Registro GVE Ribeirão Preto GVE Santos GVE São João da Boa Vista GVE São José dos Campos GVE Taubaté GVE Sorocaba GVE São José do Rio Preto GVE Presidente Venceslau GVE Jales GVE Itapeva GVE Caraguatatuba
(Nos abs.)
Total de óbitos conhecidos
% de óbitos conhecidos
160.397 64.964 8.797 5.941 1.207 7.012 2.103 3.208 980 1.832 3.142 909 11.089 1.432 1.399 4.320 1.191 513 6.635 11.091 1.589 4.193 3.736 5.137 5.780 388 361 339 1.001
93.519 37.965 5.008 3.565 732 3.854 1.124 1.879 572 1.179 1.956 484 5.561 937 778 2.622 616 280 3.937 7.129 947 2.479 2.287 3.128 3.355 189 178 194 489
58,30 58,44 56,93 60,01 60,65 54,96 53,45 58,57 58,37 64,36 62,25 53,25 50,15 65,43 55,61 60,69 51,72 54,58 59,34 64,28 59,60 59,12 61,22 60,89 58,04 48,71 49,31 57,23 48,85
Total de casos
(Nos abs.)
Total de pessoas vivendo com Aids (Nos abs.)
66.878 26.999 3.789 2.376 475 3.158 979 1.329 408 653 1.186 425 5.528 495 621 1.698 575 233 2.698 3.962 642 1.714 1.449 2.009 2.425 199 183 145 512
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no final do período, 145 permaneciam vivas, isto é, a proporção de óbitos foi de 57,2%. Considerações finais Apesar de todo o cuidado nas análises realizadas, é preciso considerar que elas têm limitações. Ainda persistem subnotificação de casos de Aids, atraso das notificações e possíveis erros na data de diagnóstico. Embora grande parte dos óbitos de residentes no Estado de São Paulo ocorra no próprio Estado, uma parcela acontece fora deste território e não pode ser conhecida na elaboração da BiP-Aids, que considera o cruzamento entre os bancos Sinan e Seade, restritos aos dados de residentes no Estado de São Paulo. A proporção de óbitos precoces demonstrou ser indicador potencial de processo, que deve ser monitorado e pode indicar problemas importantes na rede de prevenção e assistência, tais como: diagnóstico tardio de infecção pelo HiV; chegada tardia nos serviços de acompanhamento de pessoas vivendo com HiV/ Aids; casos de Aids em que o diagnóstico de infecção é conhecido na internação e na evolução para óbito; e casos descobertos com o cruzamento entre os bancos do Sinan e do Seade. Este indicador revela, além disso, possível falha na vigilância epidemiológica em relação à classificação e à notificação de casos, além de erros cometidos na informação da data de diagnóstico de Aids e o correspondente atraso desta notificação. Representa, portanto, marcadores de problemas de ordem técnica e administrativa. A proporção de óbitos em relação aos casos de Aids pode ser analisada como estimativa da taxa de letalidade da doença, sinalizando o grau de gravidade desses pacientes. Assim, apesar das limitações, as estimativas do número de pessoas vivendo com Aids, por região e municípios, trazem a oportunidade de planejar a assistência e a prevenção de forma mais adequada de acordo com o cenário epidemiológico local. torna-se possível conhecer outras importantes informações para programar atividades e abordagens específicas: número de pacientes que necessitem de transporte para locomoção entre o domicílio e o serviço especializado; número de mulheres com Aids em idade fértil que podem desejar ter filhos; número de crianças com Aids que se tornarão adolescentes; aparecimento de enfermidades que acometem os doentes com mais idade; e outros inúmeros exemplos passíveis de serem dimensionados.
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Morbidade por Aids nos Grupos de Vigilância Epidemiológica
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7 Morbidade por Aids nos Grupos de Vigilância Epidemiológica
Ângela Tayra Ione Aquemi Guibu Márcia Cristina Polon do Carmo
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P
ara a análise da epidemia de Aids nos Grupos de Vigilância Epidemiológica, foram calculadas as taxas médias de incidência (TI) dos triênios 1994-1996 e 2004-2006, tendo como numerador a média do total de casos notificados com diagnóstico de Aids e, como denominador, a população residente no meio do período, ou seja, 1995 e 2005. A Tabela 1 resume a comparação das TI de Aids em cada GVE. Tabela 1 Taxas de incidência de Aids (1), por sexo, segundo Grupos de Vigilância Epidemiológica (GVE) Estado de São Paulo – 1994-2006 GVE
Homens Mulheres Total 1994-1996 2004-2006 1994-1996 2004-2006 1994-1996 2004-2006
Capital
65,55
33,59
20,61
16,51
42,18
24,65
Santo André
42,10
19,58
13,64
10,91
27,61
15,12
Mogi das Cruzes
23,65
15,78
9,59
9,02
16,59
12,35
Franco da Rocha
35,01
18,57
14,66
11,49
24,96
15,04
Osasco
31,19
15,86
12,14
9,94
21,56
12,84
Araçatuba
31,07
24,69
11,47
11,94
21,22
18,30
Araraquara
37,29
20,38
13,54
13,77
25,42
17,05
Assis
18,66
16,27
8,39
9,85
13,50
13,02
Barretos
54,51
22,29
21,00
13,47
37,77
17,85
Bauru
43,09
20,20
13,86
8,82
28,42
14,49
Botucatu
15,83
15,84
5,29
8,06
10,60
11,96
Campinas
32,93
22,26
11,20
11,67
22,03
16,91
Franca
26,55
10,35
9,81
6,37
18,19
8,35
Marília
19,76
16,18
7,48
7,03
13,60
11,58
Piracicaba
36,89
22,14
10,22
11,40
23,55
16,73
Presidente Prudente
25,83
25,59
8,19
10,71
16,95
18,05 (continua)
Aids_Cap7_provafinal2.indd 175
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176
DADos pArA rEpEnsAr A AIDs no EsTADo DE são pAulo
Tabela 1 Taxas de incidência de Aids (1), por sexo, segundo Grupos de Vigilância Epidemiológica (GVE) Estado de São Paulo – 1994-2006 GVE
Homens
Mulheres
Total
1994-1996 2004-2006 1994-1996 2004-2006 1994-1996 2004-2006
Registro
11,53
14,73
6,04
13,97
8,85
14,35
Ribeirão Preto
65,83
27,87
25,35
16,43
45,43
22,06
Santos
86,27
28,35
36,83
18,30
60,96
23,15
São João da Boa Vista
16,67
14,80
7,58
6,39
12,16
10,59
São José dos Campos
58,82
24,79
19,93
13,35
39,31
19,00
Taubaté
40,94
23,99
13,74
11,48
27,28
17,69
Sorocaba
36,80
14,91
13,67
8,81
25,28
11,86
São José do Rio Preto
54,62
21,67
23,43
13,02
38,95
17,29
Presidente Venceslau
8,23
14,57
2,84
7,40
5,55
10,99
Jales
9,56
13,96
7,72
7,54
8,64
10,73
Itapeva
8,45
9,85
4,77
6,58
6,63
8,22
35,25
26,79
21,27
17,22
28,41
22,05
Caraguatatuba
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids. (1) Por 100 mil habitantes.
GVE Capital o GVE Capital compreende apenas o Município de são paulo. o primeiro caso de Aids, nesta área, foi registrado em 1980 e, até 2006, eram 66.942 casos (72,7% homens e 27,2% mulheres). nesse período, ocorreram 2.014 casos em menores de 13 anos de idade. A taxa de incidência, em 2004-2006, foi de 24,6 por 100 mil habitantes, 16,5 para as mulheres e 33,5 para os homens. o maior número de casos e a taxa de incidência (TI) mais elevada (45,6 por 100 mil habitantes) foram verificados em 1998. no triênio 1994-1996, a maior TI para os homens correspondeu à faixa etária de 30 a 34 anos, de 182,1 casos por 100 mil hab., que apresentou decréscimo de 59,9%, chegando a 73,0 por 100 mil hab., entre 2004 e 2006. neste período mais recente, a maior TI foi observada entre os homens de 35 a 39 anos (89,8 por 100 mil hab.). Já para as mulheres, a maior TI ocorreu na faixa de 30 a 34 anos e passou de 47,9 por 100 mil hab. (1994-1996) para 36,8 (2004-2006), com redução de 23,3%. neste último triênio, as mulheres de 35 a 39 anos foram responsáveis pela TI mais elevada (39,2 casos por 100 mil hab.).
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Morbidade por Aids nos Grupos de Vigilância Epidemiológica
177
Gráfico 1 Casos notificados de Aids, por ano de diagnóstico, segundo sexo, razão masculino/feminino Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Capital – 1980-2006 Mulheres
Homens
Total
Razão M/F
N. de casos
5.000
Razão M/F
70,0
4.500
60,0
4.000 50,0
3.500 3.000
40,0
2.500 30,0
2.000 1.500
20,0
1.000 10,0
500
0,0
91 19 92 19 93 19 94 19 95 19 96 19 97 19 98 19 99 20 00 20 01 20 02 20 03 20 04 20 05 20 06
90
19
89
19
88
19
19
19
87
85 86 19
84
19
83
19
82
19
19
19
80
0
Ano de diagnóstico
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
Gráfico 2 Taxas de incidência de Aids, por faixa etária, segundo sexo Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Capital – 1994-2006 Mulheres
200,0
1994-1996
Por 100 mil hab.
200,0
180,0
180,0
160,0
160,0
140,0
140,0
120,0
120,0
100,0
100,0
80,0
80,0
60,0
60,0
40,0
40,0
20,0
20,0
0,0 0-
4
5-
12
13
19
20
24
25
29
30
34
Faixa etária
35
39
40
49
50
ais
59 6
m 0e
Homens
Total
2004-2006
Por 100 mil hab.
0,0 0-
4
5-
12
13
9
-1
20
4
-2
25
9
-2
30
4
-3
35
9
-3
40
9
-4
50
ais
9
-5
60
em
Faixa etária
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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178
DADos pArA rEpEnsAr A AIDs no EsTADo DE são pAulo
GVE Santo André no GVE santo André, composto por sete municípios, o primeiro caso de Aids foi registrado em 1982 e, até 2006, eram totalizados 9.046 casos, sendo 70,3% do sexo masculino e 29,7% do feminino. nesse período, ocorreram 255 casos em menores de 13 anos de idade. A taxa média de incidência (TI), em 2004-2006, foi de 15,1 por 100 mil habitantes, 10,9 para as mulheres e 19,6 para os homens. o maior número de casos e a TI mais elevada (30,9 por 100 mil habitantes) foram verificados em 1997. no período 1994-1996, a maior TI entre os homens correspondeu à faixa etária de 30 a 34 anos, de 117,2 casos por 100 mil hab., que apresentou decréscimo de 62,8%, alcançando 43,6, entre 2004 e 2006. neste período mais recente, a maior TI foi observada entre os homens de 35 a 39 anos (51,6 por 100 mil hab.). Já para as mulheres, a maior TI ocorreu na faixa de 30 a 34 anos e passou de 32,6 por 100 mil hab. (1994-1996) para 23,0 (20042006), com redução de 29,5%. neste último triênio, as mulheres
Gráfico 3 Casos notificados de Aids, por ano de diagnóstico, segundo sexo, razão masculino/feminino Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Santo André – 1982-2006 Mulheres
Homens
Total
Razão M/F Razão M/F
N. de casos 700
20,0 18,0
600
16,0
500
14,0 12,0
400
10,0 300
8,0 6,0
200
4,0
100
2,0
0 19
82 19 83 19 84 19 85 19 86 19 87 19 88 19 89 19 90 19 91 19 92 19 93 19 94 19 95 19 96 19 97 19 98 19 99 20 00 20 01 20 02 20 03 20 04 20 05 20 06
0,0
Ano de diagnóstico
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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Morbidade por Aids nos Grupos de Vigilância Epidemiológica
179
de 35 a 39 anos foram responsáveis pela TI mais elevada, de 24,2 casos por 100 mil hab. na comparação entre 1994-1996 e 20042006, a TI reduziu-se em todos os municípios do GVE.
Gráfico 4 Taxas de incidência de Aids, por faixa etária, segundo sexo Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Santo André – 1994-2006 Mulheres 1994-1996
Por 100 mil hab. 120,0
120,0
100,0
100,0
80,0
80,0
60,0
60,0
40,0
40,0
20,0
20,0
0,0 0-
4
2
1 5-
9
1
1 3-
9
4
2
2 0-
2 5-
2
9
4
3 0-
3
3
3 5-
4
ais
9
9
4 0-
5
5 0-
m 0e
6
Faixa etária
Homens
Total
2004-2006
Por 100 mil hab.
0,0 0-
4
5-
12
13
9
-1
20
4
-2
25
9
-2
30
4
-3
35
9
-3
40
9
-4
50
ais
9
-5
60
em
Faixa etária
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
GVE Mogi das Cruzes Englobando 11 municípios, o GVE Mogi das Cruzes registrou o primeiro caso de Aids em 1985, totalizando, até 2006, 6.172 casos (67,7% do sexo masculino e 32,3% do feminino). nesse período, ocorreram 233 casos em menores de 13 anos de idade. A taxa de incidência (TI), em 2004-2006, foi de 12,35 por 100 mil habitantes, 9,02 para as mulheres e 15,8 para os homens. o maior número de casos e a TI mais elevada (27,2 por 100 mil habitantes) foram verificados em 1998. no período 1994-1996, a maior TI entre os homens correspondeu à faixa etária, de 30 a 34 anos, de 69,4 casos por 100 mil hab., que apresentou decréscimo de 59,5%, alcançando 28,1 por 100 mil hab., entre 2004 e 2006. neste período mais recente, a maior TI foi observada para os homens de 35 a 39 anos (48,9 por 100 mil hab.). Já para as mulheres, em ambos os períodos a maior TI foi verificada na faixa de 30 a 34 anos, que passou de 25,8 por 100 mil hab. (1994-1996) para 20,4 (2004-2006), com redução de 21,0%. na comparação entre os triênios 1994-1996 e 2004-2006, em nove municípios da GVE a TI reduziu-se e em apenas dois houve acréscimo.
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180
DADos pArA rEpEnsAr A AIDs no EsTADo DE são pAulo
Gráfico 5 Casos notificados de Aids, por ano de diagnóstico, segundo sexo, razão masculino/feminino Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Mogi das Cruzes – 1985-2006 Mulheres
Homens
Razão M/F
Total
Razão M/F
N. de casos
40,0
600
35,0
500
30,0 400
25,0 20,0
300
15,0
200
10,0 100
5,0 0,0 06 20
05
04
20
20
02 20 03
20
20
01
00
99
20
19
98
97
19
19
96 19
95 19
93
94 19
19
92
91
19
90
19
19
89
88
19
87
19
19
19
85 19 86
0
Ano de diagnóstico
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
Gráfico 6 Taxas de incidência de Aids, por faixa etária, segundo sexo Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Mogi das Cruzes – 1994-2006 Mulheres 1994-1996
Por 100 mil hab. 120,0
120,0
100,0
100,0
80,0
80,0
60,0
60,0
40,0
40,0
20,0
20,0
0,0 0-
4
5-
12
13
19
20
24
25
29
30
34
Faixa etária
35
39
40
49
50
ais
59 6
m 0e
Homens
Total
2004-2006
Por 100 mil hab.
0,0 0-
4
5-
12
13
9
-1
20
4
-2
25
9
-2
30
4
-3
35
9
-3
40
9
-4
50
ais
9
-5
60
em
Faixa etária
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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Morbidade por Aids nos Grupos de Vigilância Epidemiológica
181
GVE Franco da Rocha no GVE Franco da rocha, composto por cinco municípios, o primeiro caso de Aids foi registrado em 1986, totalizando, até 2006, 1.269 casos (70,0% do sexo masculino e 30,0% do feminino). nesse período, ocorreram 64 casos em menores de 13 anos de idade. A taxa de incidência (TI), em 2004-2006, foi de 15,0 por 100 mil habitantes, 11,5 para as mulheres e 18,6 para os homens. o maior número de casos e a TI mais elevada (29,4 por 100 mil habitantes) foram verificados em 1993. no período 1994-1996, a maior TI para os homens correspondeu à faixa etária de 30 a 34 anos, de 92,8 casos por 100 mil hab., que apresentou decréscimo de 60,3%, chegando a 36,8 por 100 mil hab., entre 2004 e 2006. neste período mais recente, a maior TI foi observada entre os homens de 35 a 39 anos (45,3 por 100 mil hab.). Já para as mulheres, a maior TI ocorreu na faixa de 35 a 39 anos e passou de 39,6 por 100 mil hab. (1994-1996) para 19,9 (2004-2006), com redução de 49,6%. neste último triênio, as
Gráfico 7 Casos notificados de Aids, por ano de diagnóstico, segundo sexo, razão masculino/feminino Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Franco da Rocha – 1986-2006 Mulheres
Homens
Razão M/F
Total
Razão M/F
N. de casos 100
30,0
90 25,0
80 70
20,0
60 50
15,0
40 10,0
30 20
5,0
10 0,0 06 20
04 20 05
03
20
02
20
01
20
20
99
00 20
19
97
98 19
19
96
95
19
19
94
93
19
92
19
91
90
19
19
19
89
88
19
87
19
19
19
86
0
Ano de diagnóstico
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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182
DADos pArA rEpEnsAr A AIDs no EsTADo DE são pAulo
mulheres de 30 a 34 anos foram responsáveis pela TI mais elevada, (32,0 casos por 100 mil hab.). na comparação entre 1994-1996 e 2004-2006, a TI reduziu-se em todos os municípios do GVE. Gráfico 8 Taxas de incidência de Aids, por faixa etária, segundo sexo Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Franco da Rocha – 1994-2006 Mulheres 1994-1996
Por 100 mil hab. 120,0
120,0
100,0
100,0
80,0
80,0
60,0
60,0
40,0
40,0
20,0
20,0
0,0 0-
4
5-
12
13
19
20
24
25
29
30
34
Faixa etária
35
39
40
49
50
ais
59 6
m 0e
Homens
Total
2004-2006
Por 100 mil hab.
0,0 0-
4
5-
12
13
9
-1
20
4
-2
25
9
-2
30
4
-3
35
9
-3
40
9
-4
50
ais
9
-5
60
em
Faixa etária
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
GVE Osasco o GVE osasco, que engloba 15 municípios, registrou o primeiro caso de Aids em 1982 e, até 2006, totalizam-se 7.293 casos (65,8% do sexo masculino e 34,2% do feminino). nesse período, ocorreram 288 casos em menores de 13 anos de idade. A taxa de incidência (TI), em 2004-2006, foi de 12,8 por 100 mil habitantes, 9,9 para as mulheres e 15,8 para os homens. o maior número de casos e a TI mais elevada (24,3 por 100 mil habitantes) foram verificados em 1998. no período 1994-1996, a maior TI entre os homens correspondeu à faixa etária de 30 a 34 anos, de 97,1 casos por 100 mil hab., que apresentou decréscimo de 69,7%, chegando a 29,4 por 100 mil hab., entre 2004 e 2006. neste período mais recente, a maior TI foi observada entre os homens de 35 a 39 anos (46,0 por 100 mil hab.). Já para as mulheres, a maior TI ocorreu na faixa de 25 a 29 anos e passou de 31,9 por 100 mil hab. (1994-1996), para 12,7 (2004-2006), com redução de 60,3%. neste último triênio, as mulheres de 40 a 49 anos foram responsáveis pela TI mais elevada (21,3 casos por 100 mil hab.). na comparação entre 1994-1996 e 2004-2006, em 13 municípios do GVE a TI reduziu-se e, em dois, houve acréscimo.
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Morbidade por Aids nos Grupos de Vigilância Epidemiológica
183
Gráfico 9 Casos notificados de Aids, por ano de diagnóstico, segundo sexo, razão masculino/feminino Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Osasco – 1982-2006 Mulheres
Homens
Razão M/F
Total
Razão M/F
N. de casos 600
25,0
500
20,0
400 15,0 300 10,0 200 5,0
100 0 84 19 85 19 86 19 87 19 88 19 89 19 90 19 91 19 92 19 93 19 94 19 95 19 96 19 97 19 98 19 99 20 00 20 01 20 02 20 03 20 04 20 05 20 06
83
19
19
19
82
0,0
Ano de diagnóstico
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
Gráfico 10 Taxas de incidência de Aids, por faixa etária, segundo sexo Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Osasco – 1994-2006 Mulheres 1994-1996
Por 100 mil hab.
120,0
100,0
100,0
80,0
80,0
60,0
60,0
40,0
40,0
20,0
20,0
0,0 0-
4
5-
12
13
9
-1
20
4
-2
25
9
-2
30
4
-3
Faixa etária
35
9
-3
40
9
-4
50
9
-5
e 60
ais
m
Total
2004-2006
Por 100 mil hab.
120,0
Homens
0,0 0-
4
5-
12
13
9
-1
20
4
-2
25
9
-2
30
4
-3
35
9
-3
40
9
-4
50
ais
9
-5
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em
Faixa etária
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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DADos pArA rEpEnsAr A AIDs no EsTADo DE são pAulo
GVE Araçatuba no GVE Araçatuba, composto por 40 municípios, o primeiro caso de Aids foi registrado em 1985 e, até 2006, totalizam-se 2.140 casos (70,1% do sexo masculino e 29,9% do feminino). nesse período, ocorreram 37 casos em menores de 13 anos de idade. A taxa de incidência (TI), em 2004-2006, foi de 18,3 por 100 mil habitantes, 11,9 para as mulheres e 24,7 para os homens. o maior número de casos e a TI mais elevada (28,5 por 100 mil habitantes) foram verificados em 2000. no período 1994-1996, a maior TI entre os homens correspondeu à faixa etária de 25 a 29 anos, de 101,9 casos por 100 mil hab., que apresentou decréscimo de 65,3%, chegando a 35,3 por 100 mil hab., entre 2004 e 2006. neste período mais recente, a maior TI foi observada para os homens de 35 a 39 anos (70,2 por 100 mil hab.). Já para as mulheres, a maior TI ocorreu na faixa de 25 a 29 anos e passou de 31,8 por 100 mil hab. (1994-1996) para 27,1 (2004-2006), com redução de 14,7%. neste último triênio, as mulheres de 35 a 39 anos foram responsáveis pela TI mais elevada
Gráfico 11 Casos notificados de Aids, por ano de diagnóstico, segundo sexo, razão masculino/feminino Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Araçatuba – 1985-2006 Mulheres
Homens
Total
Razão M/F Razão M/F
N. de casos 200
6,0
180 5,0
160 140
4,0
120 100
3,0
80 2,0
60 40
1,0
20 0,0 86 19 87 19 88 19 89 19 90 19 91 19 92 19 93 19 94 19 95 19 96 19 97 19 98 19 99 20 00 20 01 20 02 20 03 20 04 20 05 20 06
19
19
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0
Ano de diagnóstico
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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Morbidade por Aids nos Grupos de Vigilância Epidemiológica
185
(27,4 casos por 100 mil hab.). na comparação entre 1994-1996 e 2004-2006, em 13 municípios do GVE a TI reduziu-se e, em 21, houve acréscimo. Destaca-se que seis municípios não registraram casos em ambos os períodos.
Gráfico 12 Taxas de incidência de Aids, por faixa etária, segundo sexo Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Araçatuba – 1994-2006 Mulheres 1994-1996
Por 100 mil hab.
120,0
100,0
100,0
80,0
80,0
60,0
60,0
40,0
40,0
20,0
20,0
0,0 0-
4
5-
12
13
9
-1
20
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25
9
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30
4
-3
35
9
-3
40
49
50
Faixa etária
9
-5
e 60
ais
m
Total
2004-2006
Por 100 mil hab.
120,0
Homens
0,0 0-
4
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12
13
9
-1
20
4
-2
25
9
-2
30
4
-3
35
9
-3
40
9
-4
50
ais
9
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60
em
Faixa etária
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
GVE Araraquara no GVE Araraquara, composto por 25 municípios, o primeiro caso de Aids foi registrado em 1985 e, até 2006, totalizam-se 3.293 casos (67,2% do sexo masculino e 32,8% do feminino). nesse período, ocorreram 87 casos em menores de 13 anos de idade. A taxa de incidência (TI), em 2004-2006, foi de 17,0 por 100 mil habitantes, 13,7 para as mulheres e 20,4 para os homens. o maior número de casos e a TI mais elevada (33,5 por 100 mil habitantes) foram verificados em 1997. no período 1994-1996, a maior TI entre os homens correspondeu à faixa etária de 30 a 34 anos, de 95,2 casos por 100 mil hab., que apresentou decréscimo de 52,6%, chegando a 45,1 por 100 mil hab., entre 2004 e 2006. neste período mais recente, a maior TI foi observada entre os homens de 35 a 39 anos (56,7 por 100 mil hab.). Já para as mulheres, a maior TI ocorreu na faixa de 30 a 34 anos e passou de 46,6 por 100 mil hab. (1994-1996) para 23,1 (2004-2006), com redução de 50,5%. neste último triênio, as mulheres de 35 a 39 anos foram responsáveis pela TI mais elevada (37,4 casos por 100 mil hab.). na comparação entre 1994-1996 e 2004-2006, em 14 municípios do GVE a TI reduziu-se e, em dez,
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DADos pArA rEpEnsAr A AIDs no EsTADo DE são pAulo
houve acréscimo. um município não apresentou casos em ambos os períodos. Gráfico 13 Casos notificados de Aids, por ano de diagnóstico, segundo sexo, razão masculino/feminino Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Araraquara – 1985-2006 Mulheres
Homens
Razão M/F
Total
Razão M/F
N. de casos
6,0
250
5,0
200
4,0
150
3,0
100
2,0
50
1,0
0
0,0 19
85 19 86 19 87 19 88 19 89 19 90 19 91 19 92 19 93 19 94 19 95 19 96 19 97 19 98 19 99 20 00 20 01 20 02 20 03 20 04 20 05 20 06
300
Ano de diagnóstico
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
Gráfico 14 Taxas de incidência de Aids, por faixa etária, segundo sexo Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Araraquara – 1994-2006 Mulheres 1994-1996
Por 100 mil hab.
120,0
100,0
100,0
80,0
80,0
60,0
60,0
40,0
40,0
20,0
20,0
0,0 4 0-
2
1 5-
9
1
1 3-
9
4
2
2 0-
2 5-
2
9
4
3 0-
3
Faixa etária
3
3 5-
4
ais
9
9
4 0-
5
5 0-
6
m 0e
Total
2004-2006
Por 100 mil hab.
120,0
Homens
0,0 0-
4
5-
12
13
9
-1
20
4
-2
25
9
-2
30
4
-3
35
9
-3
40
9
-4
50
ais
9
-5
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em
Faixa etária
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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Morbidade por Aids nos Grupos de Vigilância Epidemiológica
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GVE Assis Englobando 25 municípios, o GVE Assis registrou o primeiro caso de Aids em 1984, totalizando 1.003 casos até 2006 (65,2% do sexo masculino e 34,8% do feminino). nesse período, ocorreram 23 casos em menores de 13 anos de idade. A taxa de incidência (TI), em 2004-2006, foi de 13,0 por 100 mil habitantes (9,8 para as mulheres e 16,3 para os homens). o maior número de casos e a taxa de incidência (TI) mais elevada (16,6 por 100 mil habitantes) foram verificados em 2002. no período 1994-1996, a maior TI entre os homens correspondeu à faixa etária de 25 a 29 anos, de 67,0 casos por 100 mil hab., que apresentou decréscimo de 60,5%, chegando a 26,5 por 100 mil hab., entre 2004 e 2006. neste período mais recente, a maior TI foi observada entre os homens de 40 a 49 anos (39,7 por 100 mil hab.). Já para as mulheres, a maior TI ocorreu na faixa de 25 a 29 anos e passou de 34,3 por 100 mil hab. (1994-1996) para 14,1 (2004-2006), com redução de 58,8%. neste último triênio, as mulheres de 40 a 49 anos foram responsáveis pela TI mais elevada
Gráfico 15 Casos notificados de Aids, por ano de diagnóstico, segundo sexo, razão masculino/feminino Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Assis – 1984-2006 Mulheres
Homens
Total
Razão M/F Razão M/F
N. de casos 80
7,0
70
6,0
60
5,0
50
4,0
40 3,0
30
2,0
20
0
0,0 19
19
85 19 86 19 87 19 88 19 89 19 90 19 91 19 92 19 93 19 94 19 95 19 96 19 97 19 98 19 99 20 00 20 01 20 02 20 03 20 04 20 05 20 06
1,0
84
10
Ano de diagnóstico
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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DADos pArA rEpEnsAr A AIDs no EsTADo DE são pAulo
(20,3 casos por 100 mil hab.). na comparação entre 1994-1996 e 2004-2006, em 11 municípios do GVE a TI reduziu-se e, em oito, houve acréscimo. Destaca-se que seis municípios não registraram casos em ambos os períodos. Gráfico 16 Taxas de incidência de Aids, por faixa etária, segundo sexo Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Assis – 1994-2006 Mulheres 1994-1996
Por 100 mil hab. 120,0
120,0
100,0
100,0
80,0
80,0
60,0
60,0
40,0
40,0
20,0
20,0
0,0 0-
4
5-
12
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19
20
24
25
29
30
34
Faixa etária
35
39
40
49
50
ais
59 6
m 0e
Homens
Total
2004-2006
Por 100 mil hab.
0,0 0-
4
5-
12
13
9
-1
20
4
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25
9
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30
4
-3
35
9
-3
40
9
-4
50
ais
9
-5
60
em
Faixa etária
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
GVE Barretos no GVE Barretos, composto por 19 municípios, o primeiro caso de Aids foi registrado em 1987 e, até 2006, totalizam-se 1.882 casos (68,0% do sexo masculino e 32,0% do feminino). nesse período, ocorreram 51 casos em menores de 13 anos de idade. A taxa de incidência (TI), em 2004-2006, foi de 17,8 por 100 mil habitantes, 13,5 para as mulheres e 22,3 para os homens. o maior número de casos e a taxa de incidência (TI) mais elevada (47,1 por 100 mil habitantes) foram verificados em 1997. no período 1994-1996, a maior TI entre os homens correspondeu à faixa etária de 25 a 29 anos, de 176,0 casos por 100 mil hab., que apresentou decréscimo de 86,9%, chegando a 23,1 por 100 mil hab., entre 2004 e 2006. neste período mais recente, a maior TI foi observada para os homens de 35 a 39 anos (62,7 por 100 mil hab.). Já para as mulheres, a maior TI ocorreu na faixa de 30 a 34 anos e passou de 59,8 por 100 mil hab. (1994-1996) para 30,5 (2004-2006), com redução de 49,0%. neste último triênio, as mulheres de 35 a 39 anos foram responsáveis pela TI mais elevada (34,8 casos por 100 mil hab.). na comparação entre 1994-1996 e 2004-2006, em dez municípios do GVE a TI reduziu-se e, em sete,
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Morbidade por Aids nos Grupos de Vigilância Epidemiológica
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houve acréscimo. Destaca-se que dois municípios não registraram casos em ambos os períodos.
Gráfico 17 Casos notificados de Aids, por ano de diagnóstico, segundo sexo, razão masculino/feminino Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Barretos – 1987-2006 Mulheres
Homens
Razão M/F
Total
Razão M/F
N. de casos
60
3,0
40
2,0
20
1,0
0
0,0 06 20
20
20
20
20
20
19
98
97 19
19
19
95 19
19
19
19
19
89
19
19
19
19
05
4,0
04
80
02 20 03
5,0
01
100
00
6,0
99
120
96
7,0
94
140
93
8,0
92
160
91
9,0
90
180
88
10,0
87
200
Ano de diagnóstico
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
Gráfico 18 Taxas de incidência de Aids, por faixa etária, segundo sexo Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Barretos – 1994-2006 Mulheres 1994-1996
Por 100 mil hab. 200,0
200,0
180,0
180,0
160,0
160,0
140,0
140,0
120,0
120,0
100,0
100,0
80,0
80,0
60,0
60,0
40,0
40,0
20,0
20,0
0,0 0-
4
2
1 5-
9
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1 3-
4
2
2 0-
25
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4
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3
Faixa etária
35
39
4
ais
9
9
4 0-
5
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m 0e
Homens
Total
2004-2006
Por 100 mil hab.
0,0 0-
4
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12
13
9
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20
4
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25
9
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4
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35
9
-3
40
9
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ais
9
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em
Faixa etária
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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DADos pArA rEpEnsAr A AIDs no EsTADo DE são pAulo
GVE Bauru no GVE Bauru, composto por 38 municípios, o primeiro caso de Aids foi registrado em 1984 e, até 2006, totalizam-se 3.225 casos (71,2% do sexo masculino e 28,8% do feminino). nesse período, ocorreram 84 casos em menores de 13 anos de idade. A taxa de incidência (TI), em 2004-2006, foi de 14,5 por 100 mil habitantes, 8,8 para as mulheres e 20,2 para os homens. o maior número de casos e a TI mais elevada (29,2 por 100 mil habitantes) foram verificados em 1996. no período 1994-1996, a maior TI entre os homens correspondeu à faixa etária de 25 a 29 anos, de 129,0 casos por 100 mil hab., que apresentou decréscimo de 80,7%, chegando a 24,9 por 100 mil hab., entre 2004 e 2006. neste período mais recente, a maior TI foi observada para os homens de 35 a 39 anos (62,1 por 100 mil hab.). Já para as mulheres, a maior TI ocorreu na faixa de 30 a 34 anos e passou de 42,2 por 100 mil hab. (1994-1996) para 19,8 (2004-2006), com redução de 53,1%. neste último triênio, as mulheres de 35 a 39 anos foram responsáveis pela TI mais elevada
Gráfico 19 Casos notificados de Aids, por ano de diagnóstico, segundo sexo, razão masculino/feminino Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Bauru – 1984-2006 Mulheres
Homens
Total
Razão M/F Razão M/F
N. de casos
14,0
300
12,0
250
10,0
200
8,0 150 6,0 100
4,0
50
2,0
0 85 19 86 19 87 19 88 19 89 19 90 19 91 19 92 19 93 19 94 19 95 19 96 19 97 19 98 19 99 20 00 20 01 20 02 20 03 20 04 20 05 20 06
19
19
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0,0
Ano de diagnóstico
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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Morbidade por Aids nos Grupos de Vigilância Epidemiológica
191
(22,2 casos por 100 mil hab.). na comparação entre 1994-1996 e 2004-2006, em 21 municípios do GVE a TI reduziu-se e, em 14, houve acréscimo. Destaca-se que três municípios não registraram casos em ambos os períodos. Gráfico 20 Taxas de incidência de Aids, por faixa etária, segundo sexo Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Bauru – 1994-2006 Mulheres 1994-1996
Por 100 mil hab. 200,0
200,0
180,0
180,0
160,0
160,0
140,0
140,0
120,0
120,0
100,0
100,0
80,0
80,0
60,0
60,0
40,0
40,0
20,0
20,0
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4
2
1 5-
9
1
1 3-
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2
9
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3 0-
3
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4
Faixa etária
ais
9
9
4 0-
5
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6
m 0e
Homens
Total
2004-2006
Por 100 mil hab.
0,0 0-
4
5-
12
13
9
-1
20
4
-2
25
9
-2
30
4
-3
35
9
-3
40
9
-4
50
ais
9
-5
60
em
Faixa etária
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
GVE Botucatu no GVE Botucatu, composto por 30 municípios, o primeiro caso de Aids foi registrado em 1985 e, até 2006, totalizam-se 935 casos (70,1% do sexo masculino e 29,9% do feminino). nesse período, ocorreram 27 casos em menores de 13 anos de idade. A taxa de incidência (TI), em 2004-2006, foi de 11,9 por 100 mil habitantes, 8,0 para as mulheres e 15,8 para os homens. o maior número de casos e a TI mais elevada (15,3 por 100 mil habitantes) foram verificados em 2004. no período 1994-1996, a maior TI entre os homens correspondeu à faixa etária de 30 a 34 anos, de 47,7 casos por 100 mil hab., que apresentou decréscimo de 42,6%, chegando a 27,3 por 100 mil hab., entre 2004 e 2006. neste período mais recente, a maior TI foi observada para os homens de 40 a 49 anos (35,3 por 100 mil hab.). Já para as mulheres, em ambos os triênios a maior TI ocorreu na faixa de 35 a 39 anos, passando de 18,9 por 100 mil hab. (1994-1996) para 22,7 (2004-2006), com acréscimo de 20,1%. na comparação entre 1994-1996 e 2004-2006, em 12 municípios do GVE a TI reduziu-se e, em 12, houve aumento. Destaca-se que seis municípios não registraram casos em ambos os períodos.
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DADos pArA rEpEnsAr A AIDs no EsTADo DE são pAulo
Gráfico 21 Casos notificados de Aids, por ano de diagnóstico, segundo sexo, razão masculino/feminino Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Botucatu – 1985-2006 Mulheres
Homens
Razão M/F
Total
Razão M/F
N. de casos 90
16,0
80
14,0
70
12,0
60
10,0
50
8,0
40
6,0
30
4,0
20
2,0
0
0,0 19
85 19 86 19 87 19 88 19 89 19 90 19 91 19 92 19 93 19 94 19 95 19 96 19 97 19 98 19 99 20 00 20 01 20 02 20 03 20 04 20 05 20 06
10
Ano de diagnóstico
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
Gráfico 22 Taxas de incidência de Aids, por faixa etária, segundo sexo Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Botucatu – 1994-2006 Mulheres 1994-1996
Por 100 mil hab.
120,0
100,0
100,0
80,0
80,0
60,0
60,0
40,0
40,0
20,0
20,0
0,0 0-
4
5-
12
13
9
-1
20
24
25
9
-2
30
34
Faixa etária
35
9
-3
40
49
50
59
e 60
ais
m
Total
2004-2006
Por 100 mil hab.
120,0
Homens
0,0 0-
4
5-
12
13
9
-1
20
4
-2
25
9
-2
30
4
-3
35
9
-3
40
9
-4
50
ais
9
-5
60
em
Faixa etária
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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Morbidade por Aids nos Grupos de Vigilância Epidemiológica
193
GVE Campinas no GVE Campinas, composto por 42 municípios, o primeiro caso de Aids foi registrado em 1982 e, até 2006, totalizam-se 11.415 casos (70,2% do sexo masculino e 29,8% do feminino). nesse período, ocorreram 333 casos em menores de 13 anos de idade. A taxa de incidência (TI), em 2004-2006, foi de 16,9 por 100 mil habitantes, 11,7 para as mulheres e 22,3 para os homens. o maior número de casos e a TI mais elevada (26,4 por 100 mil habitantes) foram verificados em 1998. no período 1994-1996, a maior TI entre os homens correspondeu à faixa etária de 30 a 34 anos, de 94,4 casos por 100 mil hab., que apresentou decréscimo de 40,8%, chegando a 55,9 por 100 mil hab., entre 2004 e 2006. neste período mais recente, a maior TI foi observada para os homens de 35 a 39 anos (60,7 por 100 mil hab.). Já para as mulheres, a maior TI ocorreu na faixa de 25 a 29 anos e passou de 37,8 por 100 mil hab. (1994-1996) para 21,4 (2004-2006), com redução de 32,9%. neste último triênio, as mulheres de 35 a 39 anos foram responsáveis pela TI mais elevada
Gráfico 23 Casos notificados de Aids, por ano de diagnóstico, segundo sexo, razão masculino/feminino Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Campinas – 1982-2006 Mulheres
Homens
Total
Razão M/F Razão M/F
N. de casos
18,0
800
16,0
700
14,0
600
12,0
500
10,0
400
8,0
300
6,0
200
4,0
100
2,0
0
0,0
19
82 19 83 19 84 19 85 19 86 19 87 19 88 19 89 19 90 19 91 19 92 19 93 19 94 19 95 19 96 19 97 19 98 19 99 20 00 20 01 20 02 20 03 20 04 20 05 20 06
900
Ano de diagnóstico
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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DADos pArA rEpEnsAr A AIDs no EsTADo DE são pAulo
(26,0 casos por 100 mil hab.). na comparação entre 1994-1996 e 2004-2006, em 17 municípios do GVE a TI reduziu-se e, em 23, houve acréscimo. Destaca-se que dois municípios não registraram casos em ambos os períodos.
Gráfico 24 Taxas de incidência de Aids, por faixa etária, segundo sexo Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Campinas – 1994-2006 Mulheres 1994-1996
Por 100 mil hab.
120,0
100,0
100,0
80,0
80,0
60,0
60,0
40,0
40,0
20,0
20,0
0,0 0-
4
5-
12
13
9
-1
20
4
-2
25
9
-2
30
34
Faixa etária
35
9
-3
40
49
50
9
-5
e 60
ais
m
Total
2004-2006
Por 100 mil hab.
120,0
Homens
0,0 0-
4
5-
12
13
9
-1
20
4
-2
25
9
-2
30
4
-3
35
9
-3
40
9
-4
50
ais
9
-5
60
em
Faixa etária
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
GVE Franca Englobando 22 municípios, o GVE Franca registrou o primeiro caso de Aids em 1984, totalizando, até 2006, 1.477 casos (70,4% do sexo masculino e 29,6% do feminino). nesse período, ocorreram 47 casos em menores de 13 anos de idade. A taxa de incidência (TI), em 2004-2006, foi de 8,35 por 100 mil habitantes, 6,37 para as mulheres e 10,3 para os homens. o maior número de casos e a TI mais elevada (24,9 por 100 mil habitantes) foram verificados em 1997. no período 1994-1996, a maior TI entre os homens correspondeu à faixa etária de 25 a 29 anos, de 82,7 casos por 100 mil hab., que apresentou decréscimo de 77,2%, chegando a 18,9 por 100 mil hab., entre 2004 e 2006. neste período mais recente, a maior TI foi observada para os homens de 35 a 39 anos (28,1 por 100 mil hab.). Já para as mulheres, a maior TI ocorreu na faixa de 25 a 29 anos e passou de 29,9 por 100 mil hab. (1994-1996) para 9,7 (2004-2006), com redução de 67,6%. neste último triênio, as mulheres de 35 a 39 anos foram responsáveis pela TI mais elevada (20,8 casos por 100 mil hab.). na comparação entre 1994-1996 e 2004-2006, em dez municípios do GVE a TI reduziu-se e, em
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Morbidade por Aids nos Grupos de Vigilância Epidemiológica
195
oito, houve acréscimo. Destaca-se que quatro municípios não registraram casos em ambos os períodos. Gráfico 25 Casos notificados de Aids, por ano de diagnóstico, segundo sexo, razão masculino/feminino Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Franca – 1984-2006 Mulheres
Homens
Razão M/F
Total
Razão M/F
N. de casos 150
12,0 10,0
120
8,0 90 6,0 60 4,0 30
2,0 0,0 85 19 86 19 87 19 88 19 89 19 90 19 91 19 92 19 93 19 94 19 95 19 96 19 97 19 98 19 99 20 00 20 01 20 02 20 03 20 04 20 05 20 06
19
19
84
0
Ano de diagnóstico
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
Gráfico 26 Taxas de incidência de Aids, por faixa etária, segundo sexo Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Franca – 1994-2006 Mulheres 1994-1996
Por 100 mil hab. 120,0
120,0
100,0
100,0
80,0
80,0
60,0
60,0
40,0
40,0
20,0
20,0
0,0 0-
4
5-
12
13
19
20
24
25
29
30
34
Faixa etária
35
39
40
49
50
ais
59 6
m 0e
Homens
Total
2004-2006
Por 100 mil hab.
0,0 0-
4
5-
12
13
9
-1
20
4
-2
25
9
-2
30
4
-3
35
9
-3
40
9
-4
50
ais
9
-5
60
em
Faixa etária
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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DADos pArA rEpEnsAr A AIDs no EsTADo DE são pAulo
GVE Marília no GVE Marília, composto por 37 municípios, o primeiro caso de Aids foi registrado em 1985 e, até 2006, totalizam-se 1.445 casos (72,1% do sexo masculino e 27,9% do feminino). nesse período, ocorreram 46 casos em menores de 13 anos de idade. A taxa de incidência (TI), em 2004-2006, foi de 11,6 por 100 mil habitantes, 7,0 para as mulheres e 16,2 para os homens. o maior número de casos e a taxa de incidência (TI) mais elevada (24,4 por 100 mil habitantes) foram verificados em 1999. no período 1994-1996, a maior TI entre os homens correspondeu à faixa etária de 25 a 29 anos, de 65,4 casos por 100 mil hab., que apresentou decréscimo de 58,6%, chegando a 27,1 por 100 mil hab., entre 2004 e 2006. neste período mais recente, a maior TI foi observada para os homens de 35 a 39 anos (48,2 por 100 mil hab.). Já para as mulheres, em ambos os períodos, a maior TI ocorreu na faixa de 25 a 29 anos e passou de 15,9 por 100 mil hab. (1994-1996) para 20,7 (2004-2006), com aumento de 30,1%. na comparação entre os triênios 1994-1996 e 2004-
Gráfico 27 Casos notificados de Aids, por ano de diagnóstico, segundo sexo, razão masculino/feminino Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Marília – 1985-2006 Mulheres
Homens
Total
Razão M/F Razão M/F
N. de casos
7,0
150
6,0
120
5,0 90
4,0 3,0
60
2,0 30
1,0
0 19
85 19 86 19 87 19 88 19 89 19 90 19 91 19 92 19 93 19 94 19 95 19 96 19 97 19 98 19 99 20 00 20 01 20 02 20 03 20 04 20 05 20 06
0,0
Ano de diagnóstico
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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Morbidade por Aids nos Grupos de Vigilância Epidemiológica
197
2006, em 13 municípios do GVE a TI reduziu-se e, em 17, houve acréscimo. Destaca-se que sete municípios não registraram casos em ambos os períodos. Gráfico 28 Taxas de incidência de Aids, por faixa etária, segundo sexo Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Marília – 1996-2006 Mulheres 1996
Por 100 mil hab.
120,0
100,0
100,0
80,0
80,0
60,0
60,0
40,0
40,0
20,0
20,0
0,0 0-
4
5-
12
13
19
20
24
25
29
30
34
35
39
40
49
50
Faixa etária
ais
59 6
m 0e
Total
2006
Por 100 mil hab.
120,0
Homens
0,0 0-
4
5-
12
13
9
-1
20
4
-2
25
9
-2
30
4
-3
35
9
-3
40
9
-4
50
ais
9
-5
60
em
Faixa etária
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
GVE Piracicaba no GVE piracicaba, composto por 26 municípios, o primeiro caso de Aids foi registrado em 1982 e, até 2006, totalizam-se 4.451 casos (72,2% do sexo masculino e 27,8% do feminino). nesse período, ocorreram 133 casos em menores de 13 anos de idade. A taxa de incidência (TI), em 2004-2006, foi de 16,7 por 100 mil habitantes, 11,4 para as mulheres e 22,1 para os homens. o maior número de casos e a TI mais elevada (32,5 por 100 mil habitantes) foram verificados em 1997. no período 1994-1996, a maior TI entre os homens correspondeu à faixa etária de 25 a 29 anos, de 117,5 casos por 100 mil hab., que apresentou decréscimo de 72,5%, chegando a 32,4 por 100 mil hab., entre 2004 e 2006. neste período mais recente, a maior TI foi observada para os homens de 35 a 39 anos (59,9 por 100 mil hab.). Já para as mulheres, a maior TI ocorreu na faixa de 25 a 29 anos e passou de 29,2 por 100 mil hab. (1994-1996) para 18,9 (2004-2006), com redução de 35,3%. neste último triênio, as mulheres de 35 a 39 anos foram responsáveis pela TI mais elevada (24,6 casos por 100 mil hab.). na comparação entre 1994-1996 e 2004-2006, em 13 municípios do GVE a TI reduziu-se e, em 11, houve acréscimo. Destaca-se que dois municípios não registraram casos em ambos os períodos.
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198
DADos pArA rEpEnsAr A AIDs no EsTADo DE são pAulo
Gráfico 29 Casos notificados de Aids, por ano de diagnóstico, segundo sexo, razão masculino/feminino Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Piracicaba – 1982-2006 Mulheres
Homens
Razão M/F
Total
Razão M/F
N. de casos 400
6,0
350
5,0
300 4,0
250 200
3,0
150
2,0
100 1,0
50
0,0 83 19 84 19 85 19 86 19 87 19 88 19 89 19 90 19 91 19 92 19 93 19 94 19 95 19 96 19 97 19 98 19 99 20 00 20 01 20 02 20 03 20 04 20 05 20 06
19
19
82
0
Ano de diagnóstico
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
Gráfico 30 Taxas de incidência de Aids, por faixa etária, segundo sexo Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Piracicaba – 1996-2006 Mulheres 1996
Por 100 mil hab.
120,0
100,0
100,0
80,0
80,0
60,0
60,0
40,0
40,0
20,0
20,0
0,0 0-
4
5-
12
13
19
20
24
25
29
30
34
Faixa etária
35
39
40
49
50
ais
59 6
m 0e
Total
2006
Por 100 mil hab.
120,0
Homens
0,0 0-
4
5-
12
13
9
-1
20
4
-2
25
9
-2
30
4
-3
35
9
-3
40
9
-4
50
ais
9
-5
60
em
Faixa etária
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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Morbidade por Aids nos Grupos de Vigilância Epidemiológica
199
GVE Presidente Prudente no GVE presidente prudente, composto por 24 municípios, o primeiro caso de Aids foi registrado em 1986 e, até 2006, totalizam-se 1.215 casos (70,9% do sexo masculino e 29,1% do feminino). nesse período, ocorreram 25 casos em menores de 13 anos de idade. A taxa de incidência (TI), em 2004-2006, foi de 18,0 por 100 mil habitantes, 10,7 para as mulheres e 25,6 para os homens. o maior número de casos e a taxa de incidência (TI) mais elevada (23,5 por 100 mil habitantes) foram verificados em 2002. no período 1994-1996, a maior TI entre os homens correspondeu à faixa etária de 25 a 29 anos, de 93,7 casos por 100 mil hab., que apresentou decréscimo de 58,3%, chegando a 39,1 por 100 mil hab., entre 2004 e 2006. neste período mais recente, a maior TI foi observada para os homens de 35 a 39 anos (67,7 por 100 mil hab.). Já para as mulheres, a maior TI ocorreu na faixa de 35 a 39 anos e passou de 24,4 por 100 mil hab. (1994-1996) para 28,5 (2004-2006), com aumento de 16,6%. neste último triênio, as
Gráfico 31 Casos notificados de Aids, por ano de diagnóstico, segundo sexo, razão masculino/feminino Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Presidente Prudente – 1986-2006 Mulheres
Homens
Razão M/F
Total
Razão M/F
N. de casos 100
4,5
90
4,0
80
3,5
70
3,0
60
2,5
50
2,0
40
1,5
30
98
99 20 00 20 01 20 02 20 03 20 04 20 05 20 06
19
97
19
19
95
96 19
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93
94 19
92
19
19
19
19
19
19
19
19
91
0,0 90
0 89
0,5
88
10
87
1,0
86
20
Ano de diagnóstico
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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200
DADos pArA rEpEnsAr A AIDs no EsTADo DE são pAulo
mulheres de 30 a 34 anos foram responsáveis pela TI mais elevada (29,2 casos por 100 mil hab.). na comparação entre 1994-1996 e 2004-2006, em seis municípios do GVE a TI reduziu-se e, em 12, houve acréscimo. Destaca-se que seis municípios não registraram casos em ambos os períodos. Gráfico 32 Taxas de incidência de Aids, por faixa etária, segundo sexo Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Presidente Prudente – 1996-2006 Mulheres 1996
Por 100 mil hab.
120,0
100,0
100,0
80,0
80,0
60,0
60,0
40,0
40,0
20,0
20,0
0,0 0-
4
5-
12
13
19
20
24
25
29
30
34
35
Faixa etária
39
40
49
50
ais
59 6
m 0e
Total
2006
Por 100 mil hab.
120,0
Homens
0,0 0-
4
5-
12
13
9
-1
20
4
-2
25
9
-2
30
4
-3
35
9
-3
40
9
-4
50
ais
9
-5
60
em
Faixa etária
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
GVE Presidente Venceslau no GVE presidente Venceslau, composto por 21 municípios, o primeiro caso de Aids foi registrado em 1985 e, até 2006, totalizam-se 397 casos (70,3% do sexo masculino e 29,7% do feminino). nesse período, ocorreram nove casos em menores de 13 anos de idade. A taxa de incidência (TI), em 2004-2006, foi de 10,9 por 100 mil habitantes, 7,4 para as mulheres e 14,6 para os homens. o maior número de casos e a TI mais elevada (13,3 por 100 mil habitantes) foram verificados em 2002. no período 1994-1996, a maior TI entre os homens correspondeu à faixa etária de 30 a 34 anos, de 37,1 casos por 100 mil hab., que apresentou decréscimo de 27,5%, chegando a 26,9 por 100 mil hab., entre 2004 e 2006. neste período mais recente, a maior TI foi observada para os homens de 35 a 39 anos (42,6 por 100 mil hab.). Já para as mulheres, a maior TI ocorreu na faixa de 30 a 34 anos e passou de 9,1 (1994-1996) para 18,3 por 100 mil hab. (2004-2006), com aumento de 101,7%. neste último triênio, as mulheres de 35 a 39 anos foram responsáveis pela TI mais elevada (23,7 casos por 100 mil hab.). na comparação entre 1994-1996 e 2004-2006, em três municípios do GVE a TI reduziu-
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Morbidade por Aids nos Grupos de Vigilância Epidemiológica
201
se e, em 14, houve acréscimo. Destaca-se que quatro municípios não registraram casos em ambos os períodos. Gráfico 33 Casos notificados de Aids, por ano de diagnóstico, segundo sexo, razão masculino/feminino Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Presidente Venceslau – 1985-2006 Mulheres
Homens
Razão M/F
Total
Razão M/F
N. de casos
12,0
45 40
10,0
35
8,0
30 25
6,0
20
4,0
15 10
2,0
5
0,0 19
85 19 86 19 87 19 88 19 89 19 90 19 91 19 92 19 93 19 94 19 95 19 96 19 97 19 98 19 99 20 00 20 01 20 02 20 03 20 04 20 05 20 06
0
Ano de diagnóstico
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
Gráfico 34 Taxas de incidência de Aids, por faixa etária, segundo sexo Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Presidente Venceslau – 1994-2006 Mulheres 1994-1996
Por 100 mil hab. 120,0
120,0
100,0
100,0
80,0
80,0
60,0
60,0
40,0
40,0
20,0
20,0
0,0 0-
4
5-
12
13
19
20
24
25
29
30
34
Faixa etária
35
39
40
49
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ais
59 6
m 0e
Homens
Total
2004-2006
Por 100 mil hab.
0,0 0-
4
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12
13
9
-1
20
4
-2
25
9
-2
30
4
-3
35
9
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40
9
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50
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9
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em
Faixa etária
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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DADos pArA rEpEnsAr A AIDs no EsTADo DE são pAulo
GVE Registro o GVE registro, que engloba 15 municípios, registrou o primeiro caso de Aids em 1985 e, até 2006, totalizam-se 528 casos (57,8% do sexo masculino e 42,2% do feminino). nesse período, ocorreram 16 casos em menores de 13 anos de idade. A taxa de incidência (TI), em 2004-2006, foi de 14,3 por 100 mil habitantes, 13,9 para as mulheres e 14,7 para os homens. o maior número de casos e a TI mais elevada (19,5 por 100 mil habitantes) foram verificados em 1998. no período 1994-1996, a maior TI entre os homens correspondeu à faixa etária de 30 a 34 anos, de 46,9 casos por 100 mil hab., que apresentou decréscimo de 26,0%, chegando a 34,7 por 100 mil hab., entre 2004 e 2006. neste período mais recente, a maior TI foi observada para os homens de 35 a 39 anos (56,9 por 100 mil hab.). Já para as mulheres, em ambos os triênios, a maior TI ocorreu na faixa de 35 a 39 anos e passou de 26,6 por 100 mil hab. (1994-1996) para 44,5 (2004-2006), com aumento de 67,4%.
Gráfico 35 Casos notificados de Aids, por ano de diagnóstico, segundo sexo, razão masculino/feminino Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Registro – 1985-2006 Mulheres
Homens
Total
Razão M/F Razão M/F
N. de casos 50
4,0
45
3,5
40
3,0
35
2,5
30
2,0
25 20
1,5
15
1,0
10
0,5
5
0,0 19
85 19 86 19 87 19 88 19 89 19 90 19 91 19 92 19 93 19 94 19 95 19 96 19 97 19 98 19 99 20 00 20 01 20 02 20 03 20 04 20 05 20 06
0
Ano de diagnóstico
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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Morbidade por Aids nos Grupos de Vigilância Epidemiológica
203
na comparação entre 1994-1996 e 2004-2006, em quatro municípios do GVE a TI reduziu-se e, em 11, houve acréscimo.
Gráfico 36 Taxas de incidência de Aids, por faixa etária, segundo sexo Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Registro – 1996-2006 Mulheres 1996
Por 100 mil hab.
120,0
100,0
100,0
80,0
80,0
60,0
60,0
40,0
40,0
20,0
20,0
0,0 0-
4
5-
12
13
19
20
24
25
29
30
34
35
39
40
49
50
ais
59
m 0e
6
Faixa etária
Total
2006
Por 100 mil hab.
120,0
Homens
0,0 0-
4
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12
13
9
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20
4
-2
25
9
-2
30
4
-3
35
9
-3
40
9
-4
50
ais
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em
Faixa etária
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
GVE Ribeirão Preto no GVE ribeirão preto, composto por 25 municípios, o primeiro caso de Aids foi registrado em 1984 e, até 2006, totalizamse 6.856 casos (68,4% do sexo masculino e 31,6% do feminino). nesse período, ocorreram 225 casos em menores de 13 anos de idade. A taxa de incidência (TI), em 2004-2006, foi de 22,0 por 100 mil habitantes, 16,4 para as mulheres e 27,9 para os homens. o maior número de casos e a TI mais elevada (55,7 por 100 mil habitantes) foram verificados em 1997. no período 1994-1996, a maior TI entre os homens correspondeu à faixa etária de 30 a 34 anos, de 206,9 casos por 100 mil hab., que apresentou decréscimo de 71,2%, chegando a 59,5 por 100 mil hab., entre 2004 e 2006. neste período mais recente, a maior TI foi observada para os homens de 35 a 39 anos (78,2 por 100 mil hab.). Já para as mulheres, a maior TI ocorreu na faixa de 25 a 29 anos e passou de 81,9 por 100 mil hab. (1994-1996) para 33,6 (2004-2006), com redução de 59,0%. neste último triênio, as mulheres de 30 a 34 anos foram responsáveis pela TI mais elevada (40,7 casos por 100 mil hab.). na comparação entre 1994-1996 e 2004-2006, em 12 municípios do GVE a TI reduziu-se e, em 12, houve acréscimo. Destaca-se que um município não registrou casos em ambos os períodos.
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DADos pArA rEpEnsAr A AIDs no EsTADo DE são pAulo
Gráfico 37 Casos notificados de Aids, por ano de diagnóstico, segundo sexo, razão masculino/feminino Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Ribeirão Preto – 1984-2006 Mulheres
Homens
Razão M/F
Total
Razão M/F
N. de casos
9,0
600
8,0
500
7,0 6,0
400
5,0
300
4,0 3,0
200
2,0
100
1,0 0,0 19
19
84
85 19 86 19 87 19 88 19 89 19 90 19 91 19 92 19 93 19 94 19 95 19 96 19 97 19 98 19 99 20 00 20 01 20 02 20 03 20 04 20 05 20 06
0
Ano de diagnóstico
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
Gráfico 38 Taxas de incidência de Aids, por faixa etária, segundo sexo Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Ribeirão Preto – 1996-2006 Mulheres 1996
Por 100 mil hab. 220,0
220,0
200,0
200,0
180,0
180,0
160,0
160,0
140,0
140,0
120,0
120,0
100,0
100,0
80,0
80,0
60,0
60,0
40,0
40,0
Homens
Total
2006
Por 100 mil hab.
20,0
20,0 0,0 0-
4
2
1 5-
9
1
1 3-
4
2
2 0-
25
29
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3
Faixa etária
35
39
9
9
4
4 0-
ais
5
5 0-
6
m 0e
0,0 0-
4
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12
13
9
-1
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-3
35
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-3
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9
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Faixa etária
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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Morbidade por Aids nos Grupos de Vigilância Epidemiológica
205
GVE Santos no GVE santos, composto por nove municípios, o primeiro caso de Aids foi registrado em 1983 e, até 2006, totalizam-se 11.478 casos (67,1% do sexo masculino e 32,8% do feminino). nesse período, ocorreram 392 casos em menores de 13 anos de idade. A taxa de incidência (TI), em 2004-2006, foi de 23,1 por 100 mil habitantes, 18,3 para as mulheres e 28,3 para os homens. o maior número de casos e a taxa de incidência (TI) mais elevada (65,8 por 100 mil habitantes) foram verificados em 1992. no período 1994-1996, a maior TI entre os homens correspondeu à faixa etária de 30 a 34 anos, de 249,4 casos por 100 mil hab., que apresentou decréscimo de 79,4%, chegando a 51,5 por 100 mil hab., entre 2004 e 2006. neste período mais recente, a maior TI foi observada para os homens de 40 a 49 anos (73,4 por 100 mil hab.). Já para as mulheres, a maior TI ocorreu na faixa de 30 a 34 anos e passou de 108,9 por 100 mil hab. (1994-1996) para 35,9 (2004-2006), com redução de 67,0%. neste último triênio, as
Gráfico 39 Casos notificados de Aids, por ano de diagnóstico, segundo sexo, razão masculino/feminino Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Santos – 1983-2006 Mulheres
Homens
Total
Razão M/F Razão M/F
N. de casos
8,0
700
7,0
600
6,0
500
5,0
400
4,0
300
3,0
200
2,0
100
1,0
0
0,0
19
19
19
85 19 86 19 87 19 88 19 89 19 90 19 91 19 92 19 93 19 94 19 95 19 96 19 97 19 98 19 99 20 00 20 01 20 02 20 03 20 04 20 05 20 06
800
84
9,0
83
900
Ano de diagnóstico
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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DADos pArA rEpEnsAr A AIDs no EsTADo DE são pAulo
mulheres de 35 a 39 anos foram responsáveis pela TI mais elevada (40,4 casos por 100 mil hab.). na comparação entre 1994-1996 e 2004-2006, a TI reduziu-se em todos os municípios do GVE. Gráfico 40 Taxas de incidência de Aids, por faixa etária, segundo sexo Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Santos – 1994-2006 Mulheres 1994-1996
Por 100 mil hab.
Homens
Total
2004-2006
Por 100 mil hab. 250,0
250,0 225,0
225,0
200,0
200,0
175,0
175,0
150,0
150,0
125,0
125,0
100,0
100,0
75,0
75,0
50,0
50,0
25,0
25,0
0,0 0-
4
2
1 5-
9
1
1 3-
4
2
2 0-
25
29
4
3 0-
3
35
39
Faixa etária
9
4
4 0-
50
ais
59 6
m 0e
0,0 0-
4
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12
13
9
-1
20
4
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25
9
-2
30
4
-3
35
9
-3
40
9
-4
50
ais
9
-5
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em
Faixa etária
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
GVE São João da Boa Vista Englobando 20 municípios, o GVE são João da Boa Vista registrou o primeiro caso de Aids em 1986 e, até 2006, totalizamse 1.633 casos (69,9% do sexo masculino e 30,1% do feminino). nesse período, ocorreram 46 casos em menores de 13 anos de idade. A taxa de incidência (TI), em 2004-2006, foi de 10,6 por 100 mil habitantes, 6,4 para as mulheres e 14,8 para os homens. o maior número de casos e a TI mais elevada (20,5 por 100 mil habitantes) foram verificados em 1998. no período 1994-1996, a maior TI entre os homens correspondeu à faixa etária de 25 a 29 anos, de 56,2 casos por 100 mil hab., que apresentou decréscimo de 61,4%, chegando a 21,7 por 100 mil hab., entre 2004 e 2006. neste período mais recente, a maior TI foi observada para os homens de 30 a 34 anos (49,5 por 100 mil hab.). Já para as mulheres, a maior TI ocorreu na faixa de 25 a 29 anos e passou de 26,3 por 100 mil hab. (1994-1996) para 11,4 (2004-2006), com redução de 56,7%. neste último triênio, as mulheres de 30 a 34 anos foram responsáveis pela TI mais elevada (15,1 casos por 100 mil hab.). na comparação entre 1994-1996 e 2004-2006, em 11 municípios do GVE a TI reduziu-se e, em seis, houve acréscimo. Destaca-se que três municípios não registraram casos em ambos os períodos.
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Morbidade por Aids nos Grupos de Vigilância Epidemiológica
207
Gráfico 41 Casos notificados de Aids, por ano de diagnóstico, segundo sexo, razão masculino/feminino Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE São João da Boa Vista – 1986-2006 Mulheres
Homens
Razão M/F
Total
Razão M/F
N. de casos
0
0,0 20
20
20
20
20
19
19
19
95
19
19
19
19
91
19
19
19
19
87
19
19
19
06
2,0
04 20 05
20
02 20 03
4,0
01
40
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99
60
98
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97
80
96
10,0
94
100
93
12,0
92
120
90
14,0
89
140
88
16,0
86
160
Ano de diagnóstico
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
Gráfico 42 Taxas de incidência de Aids, por faixa etária, segundo sexo Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE São João da Boa Vista – 1994-2006 Mulheres 1994-1996
Por 100 mil hab. 120,0
120,0
100,0
100,0
80,0
80,0
60,0
60,0
40,0
40,0
20,0
20,0
0,0 0-
4
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9
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4
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3
Faixa etária
35
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4
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9
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5
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Homens
Total
2004-2006
Por 100 mil hab.
0,0 0-
4
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12
13
9
-1
20
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25
9
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35
9
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40
9
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9
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Faixa etária
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DADos pArA rEpEnsAr A AIDs no EsTADo DE são pAulo
GVE São José dos Campos no GVE são José dos Campos, composto por oito municípios, o primeiro caso de Aids foi registrado em 1984 e, até 2006, totalizam-se 4.340 casos (70,4% do sexo masculino e 29,6% do feminino). nesse período, ocorreram 149 casos em menores de 13 anos de idade. A taxa de incidência (TI), em 2004-2006, foi de 19,0 por 100 mil habitantes, 13,3 para as mulheres e 24,8 para os homens. o maior número de casos e a TI mais elevada (43,2 por 100 mil habitantes) foram verificados em 1995. no período 1994-1996, a maior TI entre os homens correspondeu à faixa etária de 30 a 34 anos, de 185,6 casos por 100 mil hab., que apresentou decréscimo de 75,7%, chegando a 45,1 por 100 mil hab., entre 2004 e 2006. neste período mais recente, a maior TI foi observada para os homens de 35 a 39 anos (76,3 por 100 mil hab.). Já para as mulheres, a maior TI ocorreu na faixa de 25 a 29 anos e passou de 55,4 por 100 mil hab. (1994-1996) para 25,0 (2004-2006), com redução de 54,8%. neste último triênio, as mulheres de 30 a 34 anos foram responsáveis pela TI mais elevada
Gráfico 43 Casos notificados de Aids, por ano de diagnóstico, segundo sexo, razão masculino/feminino Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE São José dos Campos – 1984-2006 Mulheres
Homens
Total
Razão M/F Razão M/F
N. de casos 350
25,0
300
20,0
250 15,0
200 150
10,0
100 5,0
50 0 85 19 86 19 87 19 88 19 89 19 90 19 91 19 92 19 93 19 94 19 95 19 96 19 97 19 98 19 99 20 00 20 01 20 02 20 03 20 04 20 05 20 06
19
19
84
0,0
Ano de diagnóstico
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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Morbidade por Aids nos Grupos de Vigilância Epidemiológica
209
(32,4 casos por 100 mil hab.). na comparação entre 1994-1996 e 2004-2006, em seis municípios do GVE a TI reduziu-se e, em um, houve acréscimo. Destaca-se que um município não registrou casos em ambos os períodos. Gráfico 44 Taxas de incidência de Aids, por faixa etária, segundo sexo Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE São José dos Campos – 1994-2006 Mulheres 1994-1996
Por 100 mil hab. 200,0
200,0
160,0
160,0
120,0
120,0
80,0
80,0
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40,0
0,0 4 0-
2
1 5-
9
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1 3-
9
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2
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3
3
3 5-
4
ais
9
9
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6
Faixa etária
Homens
Total
2004-2006
Por 100 mil hab.
0,0 0-
4
5-
12
13
9
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20
4
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25
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30
4
-3
35
9
-3
40
9
-4
50
ais
9
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60
em
Faixa etária
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
GVE Caraguatatuba no GVE Caraguatatuba, composto por quatro municípios, o primeiro caso de Aids foi registrado em 1984 e, até 2006, totalizam-se 1.035 casos (61,5% do sexo masculino e 38,5% do feminino). nesse período, ocorreram 34 casos em menores de 13 anos de idade. A taxa de incidência (TI), em 2004-2006, foi de 22,0 por 100 mil habitantes, 17,2 para as mulheres e 26,8 para os homens. o maior número de casos e a TI mais elevada (57,4 por 100 mil habitantes) foram verificados em 1998. no período 1994-1996, a maior TI entre os homens correspondeu à faixa etária de 35 a 39 anos, de 142,9 casos por 100 mil hab., que apresentou decréscimo de 62,3%, chegando a 53,8 por 100 mil hab., entre 2004 e 2006. neste período mais recente, a maior TI foi observada para os homens de 40 a 49 anos (61,4 por 100 mil hab.). Já para as mulheres, a maior TI ocorreu na faixa de 30 a 34 anos e passou de 79,8 por 100 mil hab. (1994-1996) para 34,5 (2004-2006), com redução de 56,8%. neste último triênio, as mulheres de 35 a 39 anos foram responsáveis pela TI mais elevada (38,5 casos por 100 mil hab.). na comparação entre 1994-1996 e 2004-2006, em dois municípios do GVE a TI reduziu-se e, em dois, houve acréscimo.
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DADos pArA rEpEnsAr A AIDs no EsTADo DE são pAulo
Gráfico 45 Casos notificados de Aids, por ano de diagnóstico, segundo sexo, razão masculino/feminino Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Caraguatatuba – 1984-2006 Mulheres
Homens
Razão M/F
Total
Razão M/F
N. de casos
4,5
120
4,0
100
3,5
80
3,0 2,5
60
2,0
40
1,5 1,0
20
0,5
0 19
19
84
85 19 86 19 87 19 88 19 89 19 90 19 91 19 92 19 93 19 94 19 95 19 96 19 97 19 98 19 99 20 00 20 01 20 02 20 03 20 04 20 05 20 06
0,0
Ano de diagnóstico
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
Gráfico 46 Taxas de incidência de Aids, por faixa etária, segundo sexo Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Caraguatatuba – 1994-2006 Mulheres 1994-1996
Por 100 mil hab.
200,0
180,0
180,0
160,0
160,0
140,0
140,0
120,0
120,0
100,0
100,0
80,0
80,0
60,0
60,0
40,0
40,0
20,0
20,0
0,0 0-
4
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-1
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Faixa etária
35
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50
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e 60
ais
m
Total
2004-2006
Por 100 mil hab.
200,0
Homens
0,0 0-
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20
4
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25
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4
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35
9
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40
9
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50
ais
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em
Faixa etária
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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Morbidade por Aids nos Grupos de Vigilância Epidemiológica
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GVE São José do Rio Preto no GVE são José do rio preto, composto por 66 municípios, o primeiro caso de Aids foi registrado em 1984 e, até 2006, totalizam-se 5.930 casos (67,2% do sexo masculino e 32,8% do feminino). nesse período, ocorreram 155 casos em menores de 13 anos de idade. A taxa de incidência (TI), em 2004-2006, foi de 17,3 por 100 mil habitantes, 13,0 para as mulheres e 21,7 para os homens. o maior número de casos e a TI mais elevada (52,6 por 100 mil habitantes) foram verificados em 1998. no período 1994-1996, a maior TI entre os homens correspondeu à faixa etária de 25 a 29 anos, de 181,4 casos por 100 mil hab., que apresentou decréscimo de 85,0%, chegando a 27,1 por 100 mil hab., entre 2004 e 2006. neste período mais recente, a maior TI foi observada para os homens de 35 a 39 anos (58,2 por 100 mil hab.). Já para as mulheres, a maior TI ocorreu na faixa de 25 a 29 anos e passou de 69,4 por 100 mil hab. (1994-1996) para 16,6 (2004-2006), com redução de 76,1%. neste último triênio, as mulheres de 30 a 34 anos foram responsáveis pela TI mais elevada
Gráfico 47 Casos notificados de Aids, por ano de diagnóstico, segundo sexo, razão masculino/feminino Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE São José do Rio Preto – 1984-2006 Mulheres
Homens
Total
Razão M/F Razão M/F
N. de casos
8,0
600
7,0
500
6,0 400
5,0 4,0
300
3,0
200
2,0 100
1,0 0,0 85 19 86 19 87 19 88 19 89 19 90 19 91 19 92 19 93 19 94 19 95 19 96 19 97 19 98 19 99 20 00 20 01 20 02 20 03 20 04 20 05 20 06
19
19
84
0
Ano de diagnóstico
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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DADos pArA rEpEnsAr A AIDs no EsTADo DE são pAulo
(32,0 casos por 100 mil hab.). na comparação entre 1994-1996 e 2004-2006, em 27 municípios do GVE a TI reduziu-se e, em 32, houve acréscimo. Destaca-se que sete municípios não registraram casos em ambos os períodos.
Gráfico 48 Taxas de incidência de Aids, por faixa etária, segundo sexo Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE São José do Rio Preto – 1994-2006 Mulheres 1994-1996
Por 100 mil hab. 200,0
200,0
160,0
160,0
120,0
120,0
80,0
80,0
40,0
40,0
0,0 0-
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5-
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34
Faixa etária
35
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Homens
Total
2004-2006
Por 100 mil hab.
0,0 0-
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20
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9
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30
4
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35
9
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40
9
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50
ais
9
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60
em
Faixa etária
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
GVE Jales o GVE Jales, que engloba 35 municípios, registrou o primeiro caso de Aids em 1986 e, até 2006, totalizam-se 377 casos (61,5% do sexo masculino e 38,5% do feminino). nesse período, ocorreram 16 casos em menores de 13 anos de idade. A taxa de incidência (TI), em 2004-2006, foi de 10,7 por 100 mil habitantes, 7,5 para as mulheres e 13,9 para os homens. o maior número de casos e a TI mais elevada (17,6 por 100 mil habitantes) foram verificados em 2001. no período 1994-1996, a maior TI entre os homens correspondeu à faixa etária de 25 a 29 anos, de 24,1 casos por 100 mil hab., que apresentou decréscimo de 9,9%, chegando a 21,7 por 100 mil hab., entre 2004 e 2006. neste período mais recente, a maior TI foi observada para os homens de 40 a 49 anos (41,6 por 100 mil hab.). Já para as mulheres, a maior TI ocorreu na faixa de 40 a 49 anos e passou de 18,2 por 100 mil hab. (1994-1996) para 14,5 (2004-2006), com redução de 20,6%. no último triênio, as mulheres de 30 a 34 anos foram responsáveis pela TI mais elevada (17,7 casos por 100 mil hab.). na comparação entre 1994-1996 e 2004-2006, em nove municípios do GVE a TI reduziu-se e, em 14,
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Morbidade por Aids nos Grupos de Vigilância Epidemiológica
213
houve acréscimo. Destaca-se que 12 municípios não registraram casos em ambos os períodos. Gráfico 49 Casos notificados de Aids, por ano de diagnóstico, segundo sexo, razão masculino/feminino Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Jales – 1986-2006 Mulheres
Homens
Razão M/F
Total
Razão M/F
N. de casos 50
9,0
45
8,0
40
7,0
35
6,0
30
5,0
25
4,0
20
3,0
15
06 20
04 20 05
20
02 20 03
20
01
00
20
98
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19
97
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94
19
19
93
19
19
19
19
19
87
19
19
19
92
0,0 91
0 90
1,0
89
5
88
2,0
86
10
Ano de diagnóstico
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
Gráfico 50 Taxas de incidência de Aids, por faixa etária, segundo sexo Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Jales – 1994-2006 Mulheres 1994-1996
Por 100 mil hab. 120,0
120,0
100,0
100,0
80,0
80,0
60,0
60,0
40,0
40,0
20,0
20,0
0,0 0-
4
5-
12
13
19
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24
25
29
30
34
Faixa etária
35
39
40
49
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ais
59 6
m 0e
Homens
Total
2004-2006
Por 100 mil hab.
0,0 0-
4
5-
12
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9
-1
20
4
-2
25
9
-2
30
4
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35
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em
Faixa etária
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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DADos pArA rEpEnsAr A AIDs no EsTADo DE são pAulo
GVE Sorocaba no GVE sorocaba, composto por 31 municípios, o primeiro caso de Aids foi registrado em 1985 e, até 2006, totalizam-se 5.281 casos (68,2% do sexo masculino e 31,7% do feminino). nesse período, ocorreram 149 casos em menores de 13 anos de idade. A taxa de incidência (TI), em 2004-2006, foi de 11,8 por 100 mil habitantes, 8,8 para as mulheres e 14,9 para os homens. o maior número de casos e a TI mais elevada (26,8 por 100 mil habitantes) foram verificados em 1998. no período 1994-1996, a maior TI entre os homens correspondeu à faixa etária de 30 a 34 anos, de 113,5 casos por 100 mil hab., que apresentou decréscimo de 61,8%, chegando a 43,3 por 100 mil hab., entre 2004 e 2006. neste período mais recente, a maior TI foi observada para os homens de 35 a 39 anos (45,0 por 100 mil hab.). Já para as mulheres, a maior TI ocorreu na faixa de 25 a 29 anos e passou de 36,1 por 100 mil hab. (1994-1996) para 16,6 (2004-2006), com redução de 54,2%. neste último triênio, as mulheres de 30 a 34 anos foram responsáveis pela TI mais elevada
Gráfico 51 Casos notificados de Aids, por ano de diagnóstico, segundo sexo, razão masculino/feminino Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Sorocaba – 1985-2006 Mulheres
Homens
Total
Razão M/F Razão M/F
N. de casos 450
10,0
400
9,0
350
8,0 7,0
300
6,0
250
5,0
200
4,0
150
3,0 2,0
50
1,0
0
0,0 19
85 19 86 19 87 19 88 19 89 19 90 19 91 19 92 19 93 19 94 19 95 19 96 19 97 19 98 19 99 20 00 20 01 20 02 20 03 20 04 20 05 20 06
100
Ano de diagnóstico
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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Morbidade por Aids nos Grupos de Vigilância Epidemiológica
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(19,3 casos por 100 mil hab.). na comparação entre 1994-1996 e 2004-2006, em 20 municípios do GVE a TI reduziu-se e, em nove, houve acréscimo. Destaca-se que dois municípios não registraram casos em ambos os períodos. Gráfico 52 Taxas de incidência de Aids, por faixa etária, segundo sexo Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Sorocaba – 1994-2006 Mulheres 1994-1996
Por 100 mil hab. 120,0
120,0
100,0
100,0
80,0
80,0
60,0
60,0
40,0
40,0
20,0
20,0
0,0 0-
4
2
1 5-
9
1
1 3-
9
4
2
2 0-
2 5-
2
9
4
3 0-
3
3
3 5-
4
Faixa etária
ais
9
9
4 0-
5
5 0-
6
m 0e
Homens
Total
2004-2006
Por 100 mil hab.
0,0 0-
4
5-
12
13
9
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20
4
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25
9
-2
30
4
-3
35
9
-3
40
9
-4
50
ais
9
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60
em
Faixa etária
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
GVE Itapeva no GVE Itapeva, composto por 17 municípios, o primeiro caso de Aids foi registrado em 1987 e, até 2006, totalizam-se 353 casos (57,5% do sexo masculino e 42,5% do feminino). nesse período, ocorreram 13 casos em menores de 13 anos de idade. A taxa de incidência (TI), em 2004-2006, foi de 8,2 por 100 mil habitantes, 6,6 para as mulheres e 9,8 para os homens. o maior número de casos e a TI mais elevada (9,6 por 100 mil habitantes) foram verificados em 2004. no período 1994-1996, a maior TI entre os homens correspondeu à faixa etária de 25 a 29 anos, de 26,9 casos por 100 mil hab., que apresentou decréscimo de 27,3%, chegando a 19,5 por 100 mil hab., entre 2004 e 2006. neste período mais recente, a maior TI foi observada para os homens de 30 a 34 anos (42,2 por 100 mil hab.). Já para as mulheres, a maior TI ocorreu na faixa de 30 a 34 anos e passou de 21,1 por 100 mil hab. (1994-1996) para 14,0 (2004-2006), com redução de 33,7%. neste último triênio, as mulheres de 25 a 29 anos foram responsáveis pela TI mais elevada (25,2 casos por 100 mil hab.). na comparação entre 1994-1996 e 2004-2006, em cinco municípios do GVE a TI reduziu-se e, em seis,
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houve acréscimo. Destaca-se que seis municípios não registraram casos em ambos os períodos. Gráfico 53 Casos notificados de Aids, por ano de diagnóstico, segundo sexo, razão masculino/feminino Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Itapeva – 1987-2006 Mulheres
Homens
Razão M/F
Total
Razão M/F
N. de casos
5,0
35
4,5
30
4,0
25
3,5 3,0
20
2,5 15
2,0 1,5
10
1,0
5
0,5
0 06
05
20
04
20
20
02 20 03
20
01
00
20
99
20
98
19
97
19
96
19
95
19
19
94 19
93
92 19
19
91 19
90
89
19
88
19
19
19
87
0,0
Ano de diagnóstico
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
Gráfico 54 Taxas de incidência de Aids, por faixa etária, segundo sexo Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Itapeva – 1994-2006 Mulheres 1994-1996
Por 100 mil hab.
120,0
100,0
100,0
80,0
80,0
60,0
60,0
40,0
40,0
20,0
20,0
0,0 0-
4
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12
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9
-1
20
4
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25
9
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Faixa etária
35
9
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40
49
50
9
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ais
m
Total
2004-2006
Por 100 mil hab.
120,0
Homens
0,0 0-
4
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12
13
9
-1
20
4
-2
25
9
-2
30
4
-3
35
9
-3
40
9
-4
50
ais
9
-5
60
em
Faixa etária
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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Morbidade por Aids nos Grupos de Vigilância Epidemiológica
217
GVE Taubaté no GVE Taubaté, composto por 27 municípios, o primeiro caso de Aids foi registrado em 1983 e, até 2006, totalizam-se 3.853 casos (70,8% do sexo masculino e 29,2% do feminino). nesse período, ocorreram 117 casos em menores de 13 anos de idade. A taxa de incidência (TI), em 2004-2006, foi de 17,7 por 100 mil habitantes, 11,5 para as mulheres e 23,9 para os homens. o maior número de casos e a TI mais elevada (36,2 por 100 mil habitantes) foram verificados em 2000. Tanto no período 1994-1996 como entre 2004 e 2006, a maior TI para os homens correspondeu à faixa etária de 30 a 34 anos, passou de 126,5 casos por 100 mil hab. para 71,6, com decréscimo de 43,4%. Já para as mulheres, a maior TI, em ambos os períodos, também ocorreu na faixa de 30 a 34 anos e passou de 39,9 por 100 mil hab. (1994-1996) para 24,5 (2004-2006), com redução de 38,6%. na comparação entre 1994-1996 e 2004-2006, em 13 municípios do GVE a TI reduziu-se e, em dez, houve acréscimo. Destaca-se que quatro municípios não registraram casos em ambos os períodos. Gráfico 55 Casos notificados de Aids, por ano de diagnóstico, segundo sexo, razão masculino/feminino Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Taubaté – 1983-2006 Mulheres
Homens
Total
Razão M/F Razão M/F
N. de casos 350
5,0 4,5
300
4,0
250
3,5 3,0
200
2,5 150
2,0 1,5
100
1,0
50
0,5
0 85 19 86 19 87 19 88 19 89 19 90 19 91 19 92 19 93 19 94 19 95 19 96 19 97 19 98 19 99 20 00 20 01 20 02 20 03 20 04 20 05 20 06
19
19
83 19 84
0,0
Ano de diagnóstico
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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DADos pArA rEpEnsAr A AIDs no EsTADo DE são pAulo
Gráfico 56 Taxas de incidência de Aids, por faixa etária, segundo sexo Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Taubaté – 1994-2006 Mulheres 1994-1996
Por 100 mil hab.
200,0
180,0
180,0
160,0
160,0
140,0
140,0
120,0
120,0
100,0
100,0
80,0
80,0
60,0
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40,0
20,0
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4
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Faixa etária
35
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40
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m
Total
2004-2006
Por 100 mil hab.
200,0
Homens
0,0 0-
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12
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9
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9
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ais
9
-5
60
em
Faixa etária
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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Mortalidade por Aids nos Grupos de Vigil芒ncia Epidemiol贸gica
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8 Mortalidade por Aids nos Grupos de Vigil芒ncia Epidemiol贸gica
Monica La Porte Teixeira Lilian Cristina Correia Morais
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P
ara a análise da mortalidade por Aids nos Grupos de Vigilância Epidemiológica – GVE, calcularam-se as taxas nos triênios 1994-1996 e 2004-2006, para a população com 13 anos e mais, utilizando-se, como numerador, a média do total de óbitos por Aids, segundo ano do óbito e município de residência, e, como denominador, a população residente de 13 anos e mais no meio do período, ou seja, 1995 e 2005. A maior variabilidade nas taxas, em alguns municípios, pode decorrer do número reduzido de óbitos por Aids, ocorrido em cada ano considerado. A Tabela 1 apresenta o número de óbitos e as taxas de mortalidade por Aids nos GVEs, para homens e mulheres, nos períodos 1994-1996 e 2004-2006. Para os homens, no triênio 1994-1996, os GVEs que apresentaram taxas superiores a 50 óbitos por 100 mil habitantes com mais de 13 anos foram Santos (64,6), Ribeirão Preto (55,4) e Capital (51,5), sendo que essas áreas continuaram entre as taxas mais elevadas no último período 2004-2006, porém em patamar inferior a 20 óbitos por 100 mil (19,0, 19,7 e 17,6, respectivamente). Nesse último triênio, destacaram-se, também entre as taxas mais elevadas, os GVEs Taubaté (20,0) e Barretos (18,5). Para as mulheres, entre 1994 e 1996, dois foram os GVEs que registraram taxas de mortalidade acima de 15 óbitos por 100 mil habitantes: Santos (25,3) e Ribeirão Preto (16,9). Já para o período 2004-2006, todos os GVEs, exceto Santos (10,0), alcançaram taxa inferior a 10 óbitos por 100 mil habitantes.
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DADoS PARA REPENSAR A AiDS No ESTADo DE São PAulo
Tabela 1 Óbitos e taxas de mortalidade por Aids na população com 13 anos ou mais de idade, por sexo, segundo Grupos de Vigilância Epidemiológica (GVE) Estado de São Paulo – 1994-2006 Óbitos por Aids GVE Estado de São Paulo Capital Santo André Mogi das Cruzes Franco da Rocha Osasco Araçatuba Araraquara Assis Barretos Bauru Botucatu Campinas Franca Marília Piracicaba Presidente Prudente Presidente Venceslau Registro Ribeirão Preto Santos São João da Boa Vista São José dos Campos Caraguatatuba São José do Rio Preto Jales Sorocaba Itapeva Taubaté Estado sem especificação
Homens 1994- 20041996 2006 5.948 2.686 2.458 902 335 154 211 126 48 26 240 110 67 48 112 65 30 22 67 37 140 77 29 25 355 192 59 31 39 28 157 96 38 21 7 15 10 11 277 116 417 146 45 39 171 72 26 17 222 98 6 9 218 97 9 5 143 96 12
5
Mulheres 1994- 20041996 2006 1.769 1.201 684 379 87 57 71 58 16 12 74 67 24 23 31 33 14 11 22 19 35 31 8 6 97 82 11 17 17 10 43 39 10 10 1 4 5 7 86 45 172 83 20 12 53 33 13 11 66 50 3 4 59 50 4 5 35 40 8
3
Taxas de mortalidade por Aids (1) Homens Mulheres 1994- 2004- 1994- 20041996 2006 1996 2006 35,67 13,84 10,32 5,91 51,47 17,58 13,19 6,73 31,46 12,63 8,04 4,41 21,95 9,68 7,50 4,32 27,85 11,14 8,92 4,99 24,22 8,53 7,37 4,95 21,82 13,65 7,95 6,65 28,73 13,90 7,97 7,17 15,27 10,84 7,04 4,85 36,37 18,47 11,97 9,36 31,53 14,96 8,05 5,90 12,64 9,28 3,97 2,23 23,76 10,37 6,38 4,35 22,34 9,82 4,10 5,33 14,37 9,84 6,06 3,24 27,85 14,30 7,44 5,72 20,59 10,33 5,88 4,79 5,64 9,42 1,42 2,69 7,08 7,72 4,95 5,06 55,39 19,67 16,86 7,40 64,59 19,00 25,30 10,03 13,24 9,87 5,98 3,11 44,83 15,92 13,72 7,03 29,44 14,05 13,67 8,74 44,69 17,13 13,43 8,53 4,92 8,69 3,31 3,12 30,27 10,74 8,54 5,53 6,34 3,55 3,25 2,99 33,97 19,95 8,48 8,10 -
-
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Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids. (1) Por 100 mil habitantes.
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Mortalidade por Aids nos Grupos de Vigilância Epidemiológica
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GVE Capital No GVE Capital, foram registrados 24.791 óbitos por Aids na população com 13 anos e mais, entre 1994 e 2006. A taxa de mortalidade reduziu-se de 38,7 óbitos por 100 mil habitantes nesta faixa etária, em 1996, para 15,6, em 2006. Entre 1994 e 1996, as maiores TMs para a população masculina e feminina ocorreram no grupo de idade de 30 a 34 anos, com 143,4 e 32,8 óbitos por 100 mil, respectivamente. No período 2004-2006, além da redução nas taxas, constatou-se envelhecimento nos grupos destacados com a maior TM, correspondendo à faixa etária de 40 a 44 anos, tanto para os homens (50,4 óbitos por 100 mil) como para as mulheres (17,1).
Gráfico 1 Taxas de mortalidade por Aids, por grupos de idade, segundo sexo Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Capital – 1994-2006 Homens
1994-1996
TMA (por 100 mil hab.)
Mulheres
160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0
Anos 13 a 14
15 a 19
20 a 24
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30 a 34
35 a 39
40 a 44 45 a 49
50 a 54
55 a 59
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60 a 64 65 a 69
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75 e +
2004-2006
TMA (por 100 mil hab.) 160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0
Anos 13 a 14
15 a 19
20 a 24 25 a 29
30 a 34
35 a 39
40 a 44 45 a 49
60 a 64 65 a 69
70 a 74
75 e +
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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DADoS PARA REPENSAR A AiDS No ESTADo DE São PAulo
GVE Santo André No GVE Santo André, foram registrados 3.600 óbitos por Aids na população com 13 anos e mais, entre 1994 e 2006. A taxa de mortalidade reduziu-se de 24,6 óbitos por 100 mil habitantes nesta faixa etária, em 1996, para 10,7, em 2006. No período estudado, houve diminuição nas taxas de mortalidade de todos os municípios desse GVE, sendo registrado o maior número de óbitos no município de Santo André (36,7%), com a TM de 35,0 óbitos por 100 mil habitantes, no triênio 19941996, decrescendo para 13,7, em 2004 e 2006. Na sequência com as maiores participações nos óbitos por Aids, vêm os municípios de São Bernardo do Campo (23,1%), Mauá (14,9%) e Diadema (12,3%). os outros três municípios do grupo apresentaram participação inferior a 9% do total de casos fatais do GVE nos anos analisados.
Gráfico 2 Taxas de mortalidade por Aids, por grupos de idade, segundo sexo Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Santo André – 1994-2006 TMA (por 100 mil hab.)
Homens
1994-1996
Mulheres
160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0
Anos 13 a 14
160,0
15 a 19
20 a 24 25 a 29
TMA (por 100 mil hab.)
30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49
50 a 54
55 a 59 60 a 64 65 a 69
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2004-2006
140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0
Anos 13 a 14
15 a 19
20 a 24 25 a 29
30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54
55 a 59 60 a 64 65 a 69
70 a 74
75 e +
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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Mortalidade por Aids nos Grupos de Vigilância Epidemiológica
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Entre 1994 e 1996, a maior TM, para os homens, ocorreu no grupo de idade de 30 a 34 anos (85,8 óbitos por 100 mil) e, para as mulheres, no de 25 a 29 anos (21,0 óbitos por 100 mil). Já no período de 2004 a 2006, a maior TM foi observada entre os homens de 40 a 44 anos (43,1 óbitos por 100 mil) e entre as mulheres de 35 a 39 anos (10,6). GVE Mogi das Cruzes Entre 1994 e 2006, ocorreram 2.811 óbitos por Aids na população com 13 anos e mais, no GVE Mogi das Cruzes. A taxa de mortalidade reduziu-se de 19,2 óbitos por 100 mil habitantes nesta faixa etária, em 1996, para 8,8, em 2006. Dos 11 municípios que compõem o GVE Mogi das Cruzes, oito registraram redução nas taxas entre o primeiro e o segundo triênios estudados, com destaque para Guarulhos, com maior parGráfico 3 Taxas de mortalidade por Aids, por grupos de idade, segundo sexo Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Mogi das Cruzes – 1994-2006 TMA (por 100 mil hab.)
Homens
1994-1996
Mulheres
160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0
Anos 13 a 14
15 a 19
20 a 24 25 a 29
TMA (por 100 mil hab.)
30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49
50 a 54
55 a 59 60 a 64 65 a 69
70 a 74
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2004-2006
160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0
Anos 13 a 14
15 a 19
20 a 24 25 a 29
30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54
55 a 59 60 a 64 65 a 69
70 a 74
75 e +
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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DADoS PARA REPENSAR A AiDS No ESTADo DE São PAulo
ticipação nos óbitos (56,6%) de 1994 a 2006, cuja TM reduziu-se de 26,3 óbitos por 100 mil, em 1994-1996, para 10,2, em 2004-2006. Ressalta-se que Salesópolis registrou taxa igual a zero óbito por 100 mil nos dois triênios analisados. As maiores TMs para a população masculina e feminina, no triênio 1994-1996, ocorreram no grupo de idade de 30 a 34 anos, com 67,0 e 21,4 óbitos por 100 mil, respectivamente. Já no período de 2004 a 2006, a maior TM foi observada entre os homens de 35 a 39 (36,0 óbitos por 100 mil) e entre as mulheres de 40 a 44 anos (11,4). GVE Franco da Rocha o GVE Franco da Rocha registrou 539 óbitos por Aids na população com 13 anos e mais, entre 1994 e 2006. A taxa de
Gráfico 4 Taxas de mortalidade por Aids, por grupos de idade, segundo sexo Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Franco da Rocha – 1994-2006 TMA (por 100 mil hab.)
1994-1996
Homens
Mulheres
160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0
Anos 13 a 14
15 a 19
20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 a 74 75 e +
TMA (por 100 mil hab.)
2004-2006
160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0
Anos 13 a 14
15 a 19
20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 a 74
75 e +
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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Mortalidade por Aids nos Grupos de Vigilância Epidemiológica
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mortalidade reduziu-se 38%, passando de 22,5 para 8,5 óbitos por 100 mil habitantes, nesse período. o processo de redução nas taxas de mortalidade foi observado, também, em todos os municípios do GVE nos períodos considerados. Destacam-se, com as maiores participações no total de óbitos, os municípios de Franco da Rocha (37,7%) e Francisco Morato (30,8%). No triênio 1994-1996, a maior TM para a população masculina correspondeu à faixa etária de 25 a 29 anos (78,6 óbitos por 100 mil) e, para feminina, à de 55 a 59 anos (24,8). Entre 2004 e 2006, a maior TM foi observada para os homens de 35 a 39 (38,1 óbitos por 100 mil) e para as mulheres de 40 a 44 anos (12,0). GVE Osasco o GVE osasco registrou 2.853 óbitos por Aids na população com 13 anos e mais, entre 1994 e 2006. A taxa de mortalidade reduziu-se 44,5%, passando de 20,9 para 9,3 óbitos por 100 mil habitantes, nesse período. o município de osasco obteve a maior participação no total de óbitos da região, com 36,6% dos óbitos, sendo que suas taxas variaram de 29,6 óbitos por 100 mil, em 1994-1996, para 9,1, em 2004-2006, as mais relevantes do GVE. Entre os outros 14 municípios pertencentes a essa região, destaca-se São lourenço da Serra, que, na média dos triênios analisados, registrou zero óbito por 100 mil habitantes. No triênio 1994-1996, a maior TM, para a população masculina, ocorreu na faixa etária de 30 a 34 anos (72,8 óbitos por 100 mil) e, para a feminina, na de 35 a 39 anos (19,2). Entre 2004 e 2006, destacaram-se os grupos etários de 35 a 39, com 25,7 óbitos por 100 mil homens, e de 40 a 44 anos, com 14,5 óbitos por 100 mil mulheres.
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DADoS PARA REPENSAR A AiDS No ESTADo DE São PAulo
Gráfico 5 Taxas de mortalidade por Aids, por grupos de idade, segundo sexo Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Osasco – 1994-2006 TMA (por 100 mil hab.)
1994-1996
Homens
Mulheres
160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0
Anos 13 a 14
15 a 19
20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 a 74 75 e +
TMA (por 100 mil hab.)
2004-2006
160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0
Anos 13 a 14
15 a 19
20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 a 74
75 e +
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
GVE Araçatuba Entre 1994 e 2006, ocorreram 943 óbitos por Aids na população com 13 anos e mais, no GVE Araçatuba. A taxa de mortalidade reduziu-se de 21,1 para 12,4 óbitos por 100 mil habitantes, nesse mesmo período. Dos 40 municípios que compõem o GVE Araçatuba, nove não registraram óbito por Aids durante o período estudado. o município de Araçatuba concentrou a maior parte dos óbitos (43,7%), seguido por Birigui (14,0%). os outros municípios registraram participação inferior a 10%. No triênio 1994-1996, a maior TM, para a população masculina, ocorreu na faixa etária de 30 a 34 anos (80,5 óbitos por 100 mil) e, para a feminina, na de 25 a 29 anos (29,3). Já entre 2004 e 2006, a maior TM foi observada para os homens de 35 a 39 anos (48,9 óbitos por 100 mil) e para as mulheres de 40 a 44 anos (18,9).
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Mortalidade por Aids nos Grupos de Vigilância Epidemiológica
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Gráfico 6 Taxas de mortalidade por Aids, por grupos de idade, segundo sexo Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Araçatuba – 1994-2006 TMA (por 100 mil hab.)
1994-1996
Homens
Mulheres
160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0
Anos 13 a 14
15 a 19
20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 a 74 75 e +
TMA (por 100 mil hab.)
2004-2006
160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0
Anos 13 a 14
15 a 19
20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 a 74
75 e +
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
GVE Araraquara Entre 1994 e 2006, ocorreram 1.530 óbitos por Aids na população com 13 anos e mais, no GVE Araraquara. A taxa de mortalidade diminuiu de 22,5 para 15,4 óbitos por 100 mil habitantes, nesse mesmo período. Entre os municípios que compõem esse GVE, as maiores participações nos óbitos corresponderam a Araraquara (40,3%) e São Carlos (24,1%). Analisando-se as taxas, houve redução, entre 1994-1996 e 2004-2006, em Araraquara (de 51,6 para 20,0 por 100 mil) e São Carlos (de 23,9 para 14,4 por 100 mil). Trabiju foi o único município que não registrou óbitos por Aids nos anos estudados. No triênio 1994-1996, a maior TM, para a população masculina, ocorreu na faixa etária de 30 a 34 anos (78,4 óbitos por 100 mil) e, para a feminina, na de 25 a 29 anos (29,8). Entre 2004 e
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DADoS PARA REPENSAR A AiDS No ESTADo DE São PAulo
2006, a maior TM foi observada para os homens de 35 a 39 (46,1 óbitos por 100 mil) e para as mulheres de 40 a 44 anos (20,3).
Gráfico 7 Taxas de mortalidade por Aids, por grupos de idade, segundo sexo Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Araraquara – 1994-2006 TMA (por 100 mil hab.)
1994-1996
Homens
Mulheres
160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0
Anos 13 a 14
15 a 19
20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 a 74 75 e +
TMA (por 100 mil hab.)
2004-2006
160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0
Anos 13 a 14
15 a 19
20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 a 74
75 e +
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
GVE Assis o GVE Assis registrou 450 óbitos por Aids na população com 13 anos e mais, no período 1994-2006. A taxa de mortalidade reduziu-se de 14,8 óbitos por 100 mil habitantes nesta faixa etária, em 1996, para 7,7, em 2006. A maior concentração desses óbitos dividiu-se entre os municípios de ourinhos (37,8%), com as taxas reduzindo de 23,6 óbitos por 100 mil, em 1994-1996, para 17,5, em 2004-2006, e Assis (32,2%), cujas taxas diminuíram de 25,7 para 11,9 óbitos por 100 mil, nos mesmos triênios. Ressalta-se ainda que cinco municípios desse GVE não registraram óbitos por Aids de 1994 a 2006.
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Mortalidade por Aids nos Grupos de Vigilância Epidemiológica
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Analisando as taxas por sexo e idade, verifica-se que, entre 1994 e 1996, a maior TM ocorreu no grupo de idade de 35 a 39 anos, para os homens, (57,6 óbitos por 100 mil), enquanto para as mulheres o pico foi registrado em faixa etária mais jovem, de 25 a 29 anos (24,2 óbitos por 100 mil). No triênio 2004-2006, as maiores TMs, tanto para os homens como para as mulheres, foram registradas na faixa etária de 35 a 39 anos (36,9 e 23,7 óbitos por 100 mil, respectivamente).
Gráfico 8 Taxas de mortalidade por Aids, por grupos de idade, segundo sexo Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Assis – 1994-2006 TMA (por 100 mil hab.)
1994-1996
Homens
Mulheres
160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0
Anos 13 a 14
15 a 19
20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 a 74 75 e +
TMA (por 100 mil hab.)
2004-2006
160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0
Anos 13 a 14
15 a 19
20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 a 74
75 e +
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
GVE Barretos o GVE Barretos registrou 972 óbitos por Aids na população com 13 anos e mais, no período 1994-2006. A taxa de mortalidade reduziu-se de 32,7 óbitos por 100 mil habitantes nesta faixa etária para 20,7, entre esses anos.
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DADoS PARA REPENSAR A AiDS No ESTADo DE São PAulo
Gráfico 9 Taxas de mortalidade por Aids, por grupos de idade, segundo sexo Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Barretos – 1994-2006 TMA (por 100 mil hab.)
1994-1996
Homens
Mulheres
160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0
Anos 13 a 14
15 a 19
20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 a 74 75 e +
TMA (por 100 mil hab.)
2004-2006
160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0
Anos 13 a 14
15 a 19
20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 a 74
75 e +
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
As maiores frequências desses casos fatais corresponderam aos municípios de Barretos (48,7%) e Bebedouro (32,9%). Cajobi não registrou óbito por Aids no período estudado e os outros 16 municípios apresentaram participação inferior a 5% no total de óbitos do GVE. Analisando a TM para os municípios com maior participação nos óbitos, verifica-se redução de 54,1 óbitos por 100 mil, em 1994-1996, para 31,9, em 2004-2006 em Barretos; e de 67,9 para 24,4 óbitos por 100 mil, nos mesmos triênios, em Bebedouro. Na comparação por faixa etária e sexo, destacou-se, entre 1994 e 1996, o grupo de idade de 25 a 29 anos, com 121,4 óbitos por 100 mil homens, e o grupo de 30 a 34 anos (41,1) para as mulheres. No triênio 2004-2006, a maior TM, para os homens, foi observada na faixa de 35 a 39 anos (67,2 óbitos por 100 mil) e, para as mulheres, continuou em evidência o grupo de 30 a 34 anos (32,7).
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Mortalidade por Aids nos Grupos de Vigilância Epidemiológica
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GVE Bauru Entre 1994 e 2006, ocorreram 1.646 óbitos por Aids na população com 13 anos e mais, no GVE Bauru. A taxa de mortalidade reduziu-se de 25,3 óbitos por 100 mil habitantes nesta faixa etária para 13,4, no mesmo período. o município de Bauru concentra 55,8% do total de óbitos do GVE, nesse período, sendo que suas taxas variaram de 49,8 óbitos por 100 mil, em 1994-1996, para 21,4, em 2004-2006. os outros municípios registraram participação bem menor: 9,1% em Jaú; 6,6% em lins; e inferior a 5,0% em 32 municípios. Nos anos estudados não foram registrados óbitos por Aids em três municípios do GVE Bauru. Analisando-se a distribuição dos óbitos segundo sexo e faixa etária, no triênio 1994-1996, observa-se a maior TM no grupo de idade de 25 a 29 anos para os homens (98,1 óbitos por 100 mil) e
Gráfico 10 Taxas de mortalidade por Aids, por grupos de idade, segundo sexo Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Bauru – 1994-2006 TMA (por 100 mil hab.)
1994-1996
Homens
Mulheres
160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0
Anos 13 a 14
15 a 19
20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 a 74
TMA (por 100 mil hab.)
75 e +
2004-2006
160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0
Anos 13 a 14
15 a 19
20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 a 74
75 e +
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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DADoS PARA REPENSAR A AiDS No ESTADo DE São PAulo
no de 30 a 34 anos para as mulheres (22,5). Já entre 2004 e 2006, em ambos os sexos, as maiores taxas correspondem ao grupo de 35 a 39 anos, com 46,6 óbitos por 100 mil homens e 18,0 óbitos por 100 mil mulheres. GVE Botucatu o GVE Botucatu registrou 384 óbitos por Aids na população com 13 anos e mais, entre 1994 e 2006. A taxa de mortalidade reduziu-se de 11,5 por 100 mil habitantes nesta faixa etária para 5,8, no mesmo período. Ressaltam-se os municípios de Avaré (27,3%) e Botucatu (26,3%) com maiores participações nos óbitos desse GVE, e, por outro lado, Sarutaiá, Tejupá e Barão de Antonina sem registros de óbito no período analisado. os outros 25 municípios responderam por menos de 7% no total dos óbitos. Gráfico 11 Taxas de mortalidade por Aids, por grupos de idade, segundo sexo Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Botucatu – 1994-2006 TMA (por 100 mil hab.)
1994-1996
Homens
Mulheres
160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0
Anos 13 a 14
15 a 19
20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 a 74 75 e +
TMA (por 100 mil hab.)
2004-2006
160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0
Anos 13 a 14
15 a 19
20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 a 74
75 e +
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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Mortalidade por Aids nos Grupos de Vigilância Epidemiológica
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Entre 1994 e 1996, a maior TM ocorreu entre os homens de 30 a 34 anos (40,0 óbitos por 100 mil) e entre as mulheres de 35 a 39 anos (18,9 óbitos por 100 mil). Já no triênio 2004-2006, a maior TM foi observada para os homens de 35 a 39 anos (26,3 óbitos por 100 mil) e para as mulheres de 45 a 49 anos (6,0 óbitos por 100 mil). GVE Campinas Foram registrados 4.374 óbitos por Aids na população com 13 anos e mais, entre 1994 e 2006, no GVE Campinas. A taxa de mortalidade passou de 21,1 óbitos por 100 mil habitantes nesta faixa para 8,7, nesse período. Constatou-se que o município de Campinas respondeu por 42,3% dos óbitos registrados no GVE, sendo que nos triênios estudados suas taxas decresceram de 31,9 para 11,4 óbitos por Gráfico 12 Taxas de mortalidade por Aids, por grupos de idade, segundo sexo Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Campinas – 1994-2006 TMA (por 100 mil hab.)
1994-1996
Homens
Mulheres
160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0
Anos 13 a 14
15 a 19
20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 a 74 75 e +
TMA (por 100 mil hab.)
2004-2006
160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0
Anos 13 a 14
15 a 19
20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 a 74
75 e +
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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DADoS PARA REPENSAR A AiDS No ESTADo DE São PAulo
100 mil. o comportamento de redução nas taxas foi verificado, também, em 25 municípios, enquanto oito mantiveram as taxas zeradas nos dois triênios e, em outros oito municípios, em média com menos de três óbitos por período, as taxas oscilaram. Entre 1994 e 1996, em ambos os sexos, as maiores taxas foram registradas nas idades de 30 a 34 anos, com 72,2 óbitos por 100 mil homens e 18,6 por 100 mil mulheres. Já em 2004-2006, a maior TM foi observada em faixa etária mais velha, de 35 a 39 anos, também para ambos os sexos, com 28,3 óbitos por 100 homens e 12,1 por 100 mil mulheres. GVE Franca o GVE Franca registrou 761 óbitos por Aids na população com 13 anos e mais, entre 1994 e 2006. A taxa de mortalidade
Gráfico 13 Taxas de mortalidade por Aids, por grupos de idade, segundo sexo Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Franca – 1994-2006 TMA (por 100 mil hab.)
1994-1996
Homens
Mulheres
160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0
Anos 13 a 14
15 a 19
20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 a 74 75 e +
TMA (por 100 mil hab.)
2004-2006
160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0
Anos 13 a 14
15 a 19
20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 a 74
75 e +
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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Mortalidade por Aids nos Grupos de Vigilância Epidemiológica
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reduziu-se em 50,3%, nesse período, decrescendo de 18,3 óbitos por 100 mil para 9,2. o município de Franca respondeu por ampla maioria desses casos fatais (70,8%), registrando 27,3 óbitos por 100 mil habitantes, no período 1994-1996, e 13,8, em 2004-2006. os outros municípios apresentaram participações inferiores a 5%, com exceção de ituverava (7,1%), São Joaquim da Barra (5,3%), além de Buritizal e Aramina, que não registraram óbitos por Aids nos anos analisados. Entre 1994 e 1996, a maior TM, para a população masculina, ocorreu na faixa etária de 30 a 34 anos (63,7 óbitos por 100 mil) e, para a feminina, na de 25 a 29 anos (17,1). No triênio 2004-2006, a TM mais elevada foi observada no grupo de 35 a 39 anos, tanto para os homens (29,5) como para as mulheres (20,7). GVE Marília Entre 1994 e 2006, ocorreram 647 óbitos na população com 13 anos e mais, no GVE Marília. Nesse período, a taxa de mortalidade reduziu-se de 13,0 óbitos por 100 mil habitantes nesta faixa etária para 9,5. A maior concentração desses óbitos foi observada no município de Marília (54,1%), que apresentou diminuição nas taxas registradas: de 28,3 óbitos por 100 mil, em 1994-1996, para 10,4, em 2004-2006. Ainda na análise da participação nos óbitos, o segundo município foi Tupã (9,1%), que, apesar de registrar número pequeno de óbitos, verificou-se aumento em suas taxas (de 4,2 por 100 mil, em 1994-1996, para 13,0, em 2004-2006). Em sete municípios desse GVE não foram registrados casos fatais de Aids no período estudado. No triênio 1994-1996, a maior TM ocorreu no grupo de 35 a 39 anos, entre os homens (46,4 óbitos por 100 mil), e no de 25 a 29 anos, para as mulheres (17,3). Já entre 2004 e 2006, a TM mais elevada foi observada para os homens de 40 a 44 anos (28,2 óbitos por 100 mil) e para as mulheres de 35 a 39 anos (13,3).
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DADoS PARA REPENSAR A AiDS No ESTADo DE São PAulo
Gráfico 14 Taxas de mortalidade por Aids, por grupos de idade, segundo sexo Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Marília – 1994-2006 TMA (por 100 mil hab.)
1994-1996
Homens
Mulheres
160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0
Anos 13 a 14
15 a 19
20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 a 74 75 e +
TMA (por 100 mil hab.)
2004-2006
160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0
Anos
13 a 14
15 a 19
20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 a 74
75 e +
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
GVE Piracicaba Entre 1994 e 2006, foram registrados 2.248 óbitos por Aids na população com 13 anos e mais, no GVE Piracicaba. A taxa de mortalidade reduziu-se de 22,3 óbitos por 100 mil habitantes nesta faixa etária para 12,7, nesse período. As maiores participações no total de óbitos desse GVE foram constatadas nos municípios de Piracicaba (35,9%), limeira (19,0%) e Rio Claro (14,9%). Somente dois municípios não registraram casos fatais, nos anos estudados, e outros 21 municípios tiveram participação inferior a 10% do total de óbitos. o processo de redução nas taxas, ocorrido no GVE, estendeu-se para maioria dos municípios nos triênios analisados. As exceções correspondem a quatro municípios que registraram aumento da TM, porém com poucos óbitos (média de zero a dois casos por triênio), além de sete municípios que mantiveram taxas zeradas.
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Mortalidade por Aids nos Grupos de Vigilância Epidemiológica
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Gráfico 15 Taxas de mortalidade por Aids, por grupos de idade, segundo sexo Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Piracicaba – 1994-2006 TMA (por 100 mil hab.)
1994-1996
Homens
Mulheres
160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0
Anos 13 a 14
15 a 19
20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 a 74 75 e +
TMA (por 100 mil hab.)
2004-2006
160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0
Anos 13 a 14
15 a 19
20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 a 74
75 e +
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
No triênio 1994-1996, as maiores TMs foram constatadas no grupo de 25 a 29 anos, tanto para homens como para mulheres, com 82,1 e 24,4 óbitos por 100 mil, respectivamente. Entre 2004 e 2006, a maior TM foi observada em faixa etária mais velha, de 35 a 39 anos, também em ambos os sexos, com 48,8 óbitos por 100 mil homens e 17,5 por 100 mil mulheres. GVE Presidente Prudente Foram registrados, no GVE Presidente Prudente, 499 óbitos por Aids na população com 13 anos e mais, entre 1994 e 2006. A taxa de mortalidade reduziu-se de 20,6 óbitos por 100 mil habitantes nesta faixa etária para 11,0, nesse período. A maior frequência dos óbitos ocorreu no município de Presidente Prudente (71,9%), cujas taxas decresceram de 31,2
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DADoS PARA REPENSAR A AiDS No ESTADo DE São PAulo
Gráfico 16 Taxas de mortalidade por Aids, por grupos de idade, segundo sexo Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Presidente Prudente – 1994-2006 1994-1996
TMA (por 100 mil hab.)
Homens
Mulheres
160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0
Anos 13 a 14
15 a 19
20 a 24 25 a 29
30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 a 74
TMA (por 100 mil hab.)
75 e +
2004-2006
160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0
Anos 13 a 14
15 a 19
20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 a 74
75 e +
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
óbitos por 100 mil, em 1994-1996, para 11,7, em 2004-2006, as mais relevantes do GVE. Entre 1994 e 1996, as maiores TMs ocorreram na faixa etária de 25 a 29 anos, tanto para homens como para mulheres, com 74,9 e 18,6 óbitos por 100 mil, respectivamente. No triênio 20042006, as maiores TMs foram observadas no grupo de 35 a 39 anos, também para ambos os sexos: 31,7 óbitos por 100 mil homens e 18,3 por 100 mil mulheres. GVE Presidente Venceslau o GVE Presidente Venceslau registrou 166 óbitos por Aids na população com 13 anos e mais, entre 1994 e 2006. A taxa de mortalidade elevou-se de 6,1 óbitos por 100 mil habitantes nesta faixa etária para 8,3, no mesmo período.
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Mortalidade por Aids nos Grupos de Vigilância Epidemiológica
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Destacaram-se, com as maiores participações no total desses óbitos, os municípios de Presidente Venceslau (26,5%), Dracena (21,7%) e Presidente Epitácio (16,3%). os outros municípios pertencentes ao GVE apresentaram participação inferior a 6% dos óbitos. Analisando-se as TMs, verificou-se redução em Presidente Venceslau, (de 14, 1 óbitos por 100 mil, em 1994-1996, para 6,5, em 2004-2006) e em Dracena (de 12,7 para 11,4), enquanto em Presidente Epitácio foi constatado aumento de 3,7 para 12,5 óbitos por 100 mil, nos respectivos triênios. Entre 1994 e 1996, as maiores TMs, tanto para a população masculina como para a feminina, ocorreram no grupo de 30 a 34 anos, com 18,5 e 9,1 óbitos por 100 mil, respectivamente. Já no triênio 2004-2006, a maior TM foi observada na faixa etária de 35 a 39 anos, também para ambos os sexos, sendo 45,7 óbitos por 100 mil homens e 8,9 por 100 mil mulheres.
Gráfico 17 Taxas de mortalidade por Aids, por grupos de idade, segundo sexo Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Presidente Venceslau – 1994-2006 TMA (por 100 mil hab.)
1994-1996
Homens
Mulheres
160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0
Anos 13 a 14
15 a 19
20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 a 74 75 e +
TMA (por 100 mil hab.)
2004-2006
160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0
Anos 13 a 14
15 a 19
20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 a 74
75 e +
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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DADoS PARA REPENSAR A AiDS No ESTADo DE São PAulo
GVE Registro Foram registrados, no GVE Registro, 237 óbitos por Aids na população com 13 anos e mais, entre 1994 e 2006. A taxa de mortalidade reduziu-se de 9,6 óbitos por 100 mil habitantes nesta faixa etária para 8,9, no mesmo período. o município de Registro obteve a maior participação no total de óbitos da região (17,7%), seguido por Cajati (13,5%). os demais municípios registraram participação inferior a 10% dos casos fatais. Na comparação dos triênios analisados, nove municípios registraram redução nas TMs, outros quatro municípios variaram crescendo, mas com números reduzidos de óbitos (média de 1 a 3 casos), e dois municípios apresentaram TM zerada em ambos os períodos. Entre 1994 e 1996, a maior TM, para a população masculina, ocorreu no grupo de 35 a 39 anos (38,6 óbitos por 100 mil) e,
Gráfico 18 Taxas de mortalidade por Aids, por grupos de idade, segundo sexo Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Registro – 1994-2006 TMA (por 100 mil hab.)
1994-1996
Homens
Mulheres
160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0
Anos 13 a 14
15 a 19
20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 a 74 75 e +
TMA (por 100 mil hab.)
2004-2006
160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0
Anos 13 a 14
15 a 19
20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 a 74
75 e +
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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Mortalidade por Aids nos Grupos de Vigilância Epidemiológica
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para a feminina, no de 55 a 59 anos (26,6). No triênio 2004-2006, a maior TM foi observada na faixa etária de 35 a 39 anos tanto para os homens (34,1 óbitos por 100 mil) como para as mulheres (33,4). GVE Ribeirão Preto No GVE Ribeirão Preto, ocorreram 3.034 óbitos por Aids na população com 13 anos e mais, entre 1994 e 2006. A taxa de mortalidade reduziu-se em 33,8%, passando de 44,4 óbitos por 100 mil habitantes para 15,0, no mesmo período. A maior frequência desses óbitos foi constatada no município de Ribeirão Preto, com a participação de 70,9%, cujas taxas reduziram-se de 78,1 óbitos por 100 mil, em 1994-1996, para 24,3, em 2004-2006. Entre os demais municípios pertencentes ao GVE (25 no total), destacam-se Jaboticabal, com TM diminuindo Gráfico 19 Taxas de mortalidade por Aids, por grupos de idade, segundo sexo Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Ribeirão Preto – 1994-2006 TMA (por 100 mil hab.)
1994-1996
Homens
Mulheres
180,0 160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0
Anos 13 a 14
15 a 19
20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 a 74 75 e +
TMA (por 100 mil hab.)
2004-2006
180,0 160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0
Anos 13 a 14
15 a 19
20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 a 74
75 e +
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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DADoS PARA REPENSAR A AiDS No ESTADo DE São PAulo
de 52,3 para 13,9 por 100 mil óbitos, Sertãozinho também com redução de 20,6 para 12,2 óbitos por 100 mil, e seis municípios que, na média dos triênios analisados, registraram zero óbito por 100 mil habitantes. Entre 1994 e 1996, a maior TM, para ambos os sexos, ocorreu na faixa etária de 30 a 34 anos (168,9 óbitos por 100 mil homens e 47,3 por 100 mil mulheres). No triênio 2004-2006, a TM mais elevada foi observada entre os homens de 35 a 39 anos (60,9 óbitos por 100 mil) e entre as mulheres de 30 a 34 anos (25,3). GVE Santos o GVE Santos registrou 4.705 óbitos por Aids na população com 13 anos e mais, entre 1994 e 2006. A taxa de mortalidade reduziu-se em 34,1%, passando de 54,2 óbitos por 100 mil habitantes nesta faixa etária para 18,5, no mesmo período. Gráfico 20 Taxas de mortalidade por Aids, por grupos de idade, segundo sexo Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Santos – 1994-2006 TMA (por 100 mil hab.)
1994-1996
Homens
Mulheres
220,0 200,0 180,0 160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0
Anos 13 a 14
15 a 19
20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 a 74 75 e +
TMA (por 100 mil hab.)
2004-2006
220,0 200,0 180,0 160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0
Anos 13 a 14
15 a 19
20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 a 74
75 e +
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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Mortalidade por Aids nos Grupos de Vigilância Epidemiológica
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Nos triênios analisados, observa-se diminuição nas taxas de mortalidade dos nove municípios do GVE Santos. Entre 1994 e 1996, todos apresentavam taxas superiores a 20 óbitos por 100 mil, sendo as mais elevadas registradas em Santos (84,1) e São Vicente (58,8). No período 2004 e 2006, as taxas mais altas, e as únicas que se mantiveram acima de 20, foram constatadas ainda em Santos (22,7) e São Vicente (21,2). Analisando-se as taxas, segundo faixa etária e sexo, observase um envelhecimento dos grupos em destaque. Entre 1994 e 1996, as maiores TM, tanto para a população masculina como para a feminina, ocorreram no grupo de idade de 30 a 34 anos, com 205,3 e 74,4 óbitos por 100 mil, respectivamente. Já entre 2004 e 2006, a TM mais elevada foi observada na faixa etária de 40 a 44 anos, também para ambos os sexos, sendo 57,6 óbitos por 100 mil homens e 31,8 óbitos por 100 mil mulheres. GVE São João da Boa Vista Foram registrados, no GVE São João da Boa Vista, 802 óbitos por Aids na população com 13 anos e mais, entre 1994 e 2006. A taxa de mortalidade reduziu-se de 14,0 óbitos por 100 mil habitantes nesta faixa etária para 7,0, nesse período. No GVE São João da Boa Vista, quatro municípios destacaram-se registrando participação acima de 10% do total de óbitos: itapira (26,3%); Moji Mirim (19,1%); Mogi Guaçu (15,1%); e Mococa (12,8%). Avaliando-se as taxas nos dois triênios estudados, constatam-se redução em nove municípios, pequeno aumento em dois e TMs zeradas em nove. As maiores TMs, entre 1994 e 1996, foram observadas em itapira (30,6), Moji Mirim (25,5) e Mococa (21,6). No período 2004-2006, apenas itapira (25,4) registrou taxa acima de 15 óbitos por 100 mil. No triênio 1994-1996, a maior TM, para a população masculina, ocorreu no grupo de 25 a 29 anos (42,1 óbitos por 100 mil) e, para a feminina, no de 30 a 34 anos (22,3). Já entre 2004 e 2006, a maior TM foi observada para os homens de 40 a 44 anos (28,7 óbitos por 100 mil) e para as mulheres de 30 a 34 anos (10,5).
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DADoS PARA REPENSAR A AiDS No ESTADo DE São PAulo
Gráfico 21 Taxas de mortalidade por Aids, por grupos de idade, segundo sexo Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE São João da Boa Vista – 1994-2006 TMA (por 100 mil hab.)
1994-1996
Homens
Mulheres
160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0
Anos 13 a 14
15 a 19
20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 a 74 75 e +
TMA (por 100 mil hab.)
2004-2006
160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0
Anos 13 a 14
15 a 19
20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 a 74
75 e +
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
GVE São José dos Campos o GVE São José dos Campos registrou 1.997 óbitos por Aids na população com 13 anos e mais, entre 1994 e 2006. A taxa de mortalidade reduziu-se de 42,4 óbitos por 100 mil habitantes nesta faixa etária para 14,1, no mesmo período. As maiores frequências desses casos fatais ocorreram nos municípios de São José dos Campos (55,7%), Jacareí (25,2%) e Caçapava (17,8). Verificou-se, para os outros municípios, participação inferior a 1% do total de óbitos do GVE. Entre 1994 e 1996, as maiores TMs, tanto para a população masculina como para a feminina, ocorreram no grupo de 30 a 34 anos, com 148,5 e 42,1 óbitos por 100 mil, respectivamente. No triênio 2004-2006, a maior TM foi observada entre os homens de 40 a 44 anos (51,4 óbitos por 100 mil) e as mulheres de 35 a 39 anos (19,4).
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Mortalidade por Aids nos Grupos de Vigilância Epidemiológica
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Gráfico 22 Taxas de mortalidade por Aids, por grupos de idade, segundo sexo Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE São José dos Campos – 1994-2006 1994-1996
TMA (por 100 mil hab.)
Homens
Mulheres
160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0
Anos 13 a 14
15 a 19
20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 a 74 75 e +
TMA (por 100 mil hab.)
2004-2006
160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0
Anos 13 a 14
15 a 19
20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 a 74
75 e +
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
GVE Caraguatatuba Foram registrados, no GVE Caraguatatuba, 429 óbitos por Aids na população com 13 anos e mais, entre 1994 e 2006. A taxa de mortalidade reduziu-se de 29,4 óbitos por 100 mil habitantes nesta faixa etária para 14,6, no mesmo período. o processo de redução das taxas de mortalidade também foi verificado em todos os municípios pertencentes ao GVE Caraguatatuba nos triênios estudados. Analisando os municípios segundo a participação no total de óbitos do grupo, constata-se: São Sebastião com 36,1%; Caraguatatuba com 29,8%; ubatuba com 28,4%; e ilhabela com 5,6% dos casos. No triênio 1994-1996, a maior TM, para a população masculina, ocorreu no grupo de 35 a 39 anos (107,2 óbitos por 100 mil) e, para a feminina, no de 30 a 34 anos (56,4). Já entre 2004 e 2006, a maior TM foi observada para os homens de 55 a 59
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DADoS PARA REPENSAR A AiDS No ESTADo DE São PAulo
anos (44,9 óbitos por 100 mil) e para as mulheres manteve-se em evidência o grupo de 30 a 34 anos (28,2).
Gráfico 23 Taxas de mortalidade por Aids, por grupos de idade, segundo sexo Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Caraguatatuba – 1994-2006 1994-1996
TMA (por 100 mil hab.)
Homens
Mulheres
160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0
Anos 13 a 14
15 a 19
20 a 24 25 a 29
30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 a 74
TMA (por 100 mil hab.)
75 e +
2004-2006
160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0
Anos 13 a 14
15 a 19
20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 a 74
75 e +
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
GVE São José do Rio Preto o GVE São José do Rio Preto registrou 2.517 óbitos por Aids na população com 13 anos e mais, entre 1994 e 2006. A taxa de mortalidade reduziu-se de 31,5 óbitos por 100 mil habitantes nesta faixa etária para 15,3, no mesmo período. A maior frequência dos casos foi registrada no município de São José do Rio Preto, com 56,8% dos óbitos por Aids do GVE. Na sequência, e com participação bem menor, vêm Catanduva (16,6%), Votuporanga (5,6%) e Mirassol (4,7%). observou-se redução nas taxas de mortalidade do primeiro para segundo triênio estudado, nesses quatro municípios. os demais municípios do
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Mortalidade por Aids nos Grupos de Vigilância Epidemiológica
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GVE registraram participação inferior a 2%, sendo que quatro não apresentaram óbitos por Aids no período de 1994 a 2006. Entre 1994 e 1996, as maiores TMs, tanto para a população masculina como para a feminina, ocorreram no grupo de 25 a 29 anos, com 145,5 e 42,1 óbitos por 100 mil, respectivamente. Já no triênio 2004-2006, a maior TM foi observada entre os homens de 35 a 39 anos (52,2 óbitos por 100 mil) e as mulheres de 45 a 49 anos (19,8). Gráfico 24 Taxas de mortalidade por Aids, por grupos de idade, segundo sexo Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE São José do Rio Preto – 1994-2006 TMA (por 100 mil hab.)
1994-1996
Homens
Mulheres
160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0
Anos 13 a 14
15 a 19
20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 a 74 75 e +
TMA (por 100 mil hab.)
2004-2006
160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0
Anos 13 a 14
15 a 19
20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 a 74
75 e +
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
GVE Jales Foram registrados, no GVE Jales, 152 óbitos por Aids na população com 13 anos e mais, entre 1994 e 2006. A taxa de mortalidade elevou-se de 4,2 óbitos por 100 mil habitantes nesta faixa etária para 8,5, no mesmo período.
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DADoS PARA REPENSAR A AiDS No ESTADo DE São PAulo
No GVE Jales, destacam-se, com maior participação no total de óbitos, os municípios de Fernandópolis (35,5%), Santa Fé do Sul (20,4%) e Jales (11,8%). Para os outros municípios do grupo constatou-se participação inferior a 4%, sendo que dez não registraram casos fatais de Aids no período estudado. Entre 1994 e 1996, a maior TM, para a população masculina, ocorreu no grupo de 30 a 34 anos (21,5 óbitos por 100 mil) e, para a feminina, no de 45 a 49 anos (14,7). No triênio 2004-2006, a maior TM foi observada entre os homens de 45 a 49 anos (23,5 óbitos por 100 mil) e as mulheres de 65 a 69 anos (20,7).
Gráfico 25 Taxas de mortalidade por Aids, por grupos de idade, segundo sexo Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Jales – 1994-2006 TMA (por 100 mil hab.)
1994-1996
Homens
Mulheres
160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0
Anos 13 a 14
15 a 19
20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 a 74 75 e +
TMA (por 100 mil hab.)
2004-2006
160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0
Anos 13 a 14
15 a 19
20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 a 74
75 e +
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
GVE Sorocaba o GVE Sorocaba registrou 2.542 óbitos por Aids na população com 13 anos e mais, entre 1994 e 2006. A taxa de mortalidade
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reduziu-se de 25,6 óbitos por 100 mil habitantes nesta faixa etária para 9,9, no mesmo período. o município de Sorocaba respondeu por 49% dos casos fatais desse GVE, sendo que suas taxas, também as mais elevadas do grupo, reduziram-se de 48,3 para 13,6 óbitos por 100 mil, nos triênios analisados. o processo de redução nas taxas foi observado também para a maioria dos municípios do grupo, além de oito municípios que tiveram taxas zeradas nos períodos estudados. Entre 1994 e 1996, as maiores TMs, tanto para a população masculina como para a feminina, ocorreram no grupo de 25 a 29 anos, com 96,4 e 24,3 óbitos por 100 mil, respectivamente. Já no triênio 2004-2006, a maior TM foi observada em faixa etária mais velha, de 40 a 44 anos, também em ambos os sexos, com 32,8 óbitos por 100 mil homens e 15,2 por 100 mil mulheres.
Gráfico 26 Taxas de mortalidade por Aids, por grupos de idade, segundo sexo Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Sorocaba – 1994-2006 TMA (por 100 mil hab.)
1994-1996
Homens
Mulheres
160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0
Anos 13 a 14
160,0
15 a 19
20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 a 74 75 e +
TMA (por 100 mil hab.)
2004-2006
140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0
Anos 13 a 14
15 a 19
20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 a 74
75 e +
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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DADoS PARA REPENSAR A AiDS No ESTADo DE São PAulo
GVE Itapeva Foram registrados, no GVE itapeva, 167 óbitos por Aids na população com 13 anos e mais, entre 1994 e 2006. A taxa de mortalidade reduziu-se de 6,8 óbitos por 100 mil habitantes nesta faixa etária para 6,0, no mesmo período. A maior concentração desses óbitos foi verificada no município de itapeva, com 37,7% do total do GVE, cujas taxas reduziram-se de 12,8 óbitos por 100 mil, em 1994-1996, para 4,5, em 2004-2006. itararé registrou a segunda maior participação (22,2%), seguido por Capão Bonito (13,2% dos casos fatais). os outros municípios apresentaram participação inferior a 10%, sendo que três municípios não tiveram óbitos por Aids de 1994 a 2006. Na comparação segundo faixa etária e sexo, destacou-se o grupo de 30 a 34 anos, registrando as maiores taxas nos dois triê-
Gráfico 27 Taxas de mortalidade por Aids, por grupos de idade, segundo sexo Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Itapeva – 1994-2006 TMA (por 100 mil hab.)
1994-1996
Homens
Mulheres
160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0
Anos 13 a 14
15 a 19
20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 a 74
TMA (por 100 mil hab.)
75 e +
2004-2006
160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0
Anos 13 a 14
15 a 19
20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 a 74
75 e +
Fonte: Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade. Base Integrada Paulista de Aids – BIP-Aids.
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nios analisados, em ambos os sexos. Em 1994-1996, a maior TM, para os homens, foi de 27,0 óbitos por 100 mil e, para as mulheres, de 18,1 óbitos por 100 mil. No período 2004-2006, verificou-se redução nas taxas, tanto para homens como para mulheres, e a maior TM foi 16,9 e 16,8 óbitos por 100 mil, respectivamente. GVE Taubaté o GVE Taubaté registrou 1.921 óbitos por Aids na população com 13 anos e mais, entre 1994 e 2006. A taxa de mortalidade reduziu-se de 30,8 óbitos por 100 mil habitantes nesta faixa etária para 17,6, no mesmo período. o município de Taubaté obteve a maior participação no total de óbitos da região (37,8%), cujas taxas diminuíram de 51 óbitos por 100 mil, em 1994-1996, para 21,6, em 2004-2006. Entre os demais municípios pertencentes a esse GVE, destaca-se Gráfico 28 Taxas de mortalidade por Aids, por grupos de idade, segundo sexo Grupo de Vigilância Epidemiológica – GVE Taubaté – 1994-2006 TMA (por 100 mil hab.)
1994-1996
Homens
Mulheres
160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0
Anos 13 a 14
15 a 19
20 a 24 25 a 29
TMA (por 100 mil hab.)
30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 a 74 2004-2006
160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0
Anos 13 a 14
15 a 19
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Cruzeiro, com participação de 12,8% no total dos casos fatais, registrando aumento nas taxas: de 24,7 óbitos por 100 mil, em 1994-1996, para 29,8, em 2004-2006. Na média dos triênios analisados, em sete municípios verificou-se redução nas taxas, em oito houve variação crescente e 12 registraram zero óbito por 100 mil habitantes. Entre 1994 e 1996, as maiores TMs, tanto para a população masculina como para a feminina, ocorreram no grupo de 30 a 34 anos, com 112,7 e 23,4 óbitos por 100 mil, respectivamente. Já no triênio 2004-2006, a maior TM foi observada entre os homens de 30 a 34 anos (55,0 óbitos por 100 mil) e as mulheres de 35 a 39 anos (19,2).
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