Carta aberta aos militantes do MRL Rompam com o governo do PT e com a CUT. Os dirigentes do MRL estão traindo a categoria ecetista e se vendendo para a direção da ECT, em troca de cargos comissionados. Venham conosco construir uma alternativa de luta e classista, em oposição à direção da FENTECT e do SINTECT-RJ. Imaginemos que estamos numa guerra desigual e enfrentando um exército inimigo muito poderoso. Nossos generais começam a fraquejar de propósito e traem nossos ideais, desertando de nossas tropas e passando para o lado do exército inimigo. Guardadas as devidas proporções, foi exatamente isso que aconteceu durante a campanha contra a MP 532 e em plena campanha salarial, quando quatro dirigentes da FENTECT, eleitos em congresso nacional da categoria venderam seus mandatos e foram pegar cargos comissionados na ECT. Todos eles ligados ao PT e a CUT. São eles: João Maria/RN, da Articulação Sindical; Osvaldo/MA, da ASS; Nilson Rodrigues/PR e Gim Marcelo/PA, os dois últimos militantes do MRL. Também nos estados de Santa Catarina e Goiás outros dois militantes do MRL (Mauricio/SC e Sandra/GO) fizeram um Movimento em direção aos cargos comissionados da empresa, não Resistiram e abandonaram a Luta. Considerando que tais traições não são apenas expressões individuais ou de escolha errada de seus dirigentes, os militantes do MRL são vítimas de sua própria concepção política historicamente reformista e conservadora. Pois, estão sempre com seus pés em duas canoas, ou seja, estão ao mesmo tempo com cargos na empresa e no movimento sindical. No primeiro mandato do governo do PT o MRL foi empossado como diretor regional do RJ. Esse quando era dirigente do SINTECT-RJ administrava o sindicato como se fosse uma empresa. E quando assumiu como DR/RJ atacou o movimento sindical e administrou a empresa como se fosse um sindicato, nomeando vários militantes do MRL para cargos comissionados na ECT. Além de dirigente titular da Secretaria de Aposentados da FENTECT, Nilson Rodrigues também era dirigente do SINTECT-PR, mas virou as costas para os trabalhadores do Paraná e foi pegar seu cargo comissionado ganhando R$ 9 mil, em Bauru, interior de São Paulo. Mas, continua mandando no SINTECT-PR, tanto que indicou seu próprio substituto na secretaria geral do sindicato e mandou trocar o tesoureiro. Agora a diretoria segue rachada e em crise. O suplente de Nilson Rodrigues na FENTECT, Gim Marcelo, deveria assumir seu lugar, mas também jogou seu mandato na lata do lixo e foi pegar seu cargo comissionado na empresa. Assim, o MRL ficou sem representação na diretoria da FENTECT. Em outubro a coordenação nacional do MRL encaminhou um comunicado a diretoria da FENTECT, solicitando a “substituição imediata” dos renunciantes, por Joel Arcanjo Pinto e Marcia Maria Pontes. Entretanto, este pleito foi rejeitado por unanimidade pela reunião colegiada da FENTECT, uma vez que não há essa possibilidade estatutária. Nos casos de renúncia, o estatuto da FENTECT prevê que: “As vagas que vierem a ocorrer nos cargos de suplência serão preenchidos por eleição suplementar realizada em CONREP, em cujo edital de convocação esteja especificada a eleição suplementar”. Mas, a proposta de realização de um CONREP ou de uma PLENÁRIA foi rejeitada pela ampla maioria da direção da FENTECT, composta pela CUT e CTB. Mesmo sendo derrotados, nós da CSP-Conlutas, apresentamos um recurso para que o MRL tivesse assento nas reuniões da diretoria colegiada da FENTECT, mesmo sem o mandato legal, para que democraticamente pudessem expressar e defender suas posições políticas. Novamente nossa proposta foi derrotada pelos membros da CUT, ou seja, da mesma central sindical defendida pelo MRL.
Assim, uma vez oficializado que a diretoria colegiada da FENTECT seguirá com apenas 12 cargos até o final deste atual mandato, a 11ª liberação da diretoria, sem os renunciantes nesta nova composição, coube a Chapa 1 da Conlutas, de acordo com o Critério Estatutário da Proporcionalidade Direta na FENTECT, utilizado para o preenchimento das vagas na diretoria (13) e nas liberações (11), de acordo com a seguinte votação nas chapas concorrentes no 10º CONTECT, em junho de 2009: COM O MRL NA DIREÇÃO Votos Votos
Chapa 1 Conlutas 39
Chapa 2 ASS 45
Chapa 3 MRL 36
Chapa 4 CUT/CTB 165
Chapa 5 PCO 33
%
12.26%
14.15
11.32
51.88
10.37
Total 318
13 Diretores
1.59 diretor 1.83 diretor 1.47 diretor 6.74 diretor 1.34 diretor 2 diretores 2 diretores 1 diretor 7 diretores 1 diretor 11 Liberações 1.34 liberação 1.55 liberação 1.24 liberação 5.70 liberação 1.14 liberação 1 liberação 2 liberação 1 liberação 6 liberações 1 liberação SEM O MRL NA DIREÇÃO Votos Votos
Chapa 1 Conlutas 39
Chapa 2 ASS 45
Chapa 3 MRL *
Chapa 4 CUT/CTB 165
Chapa 5 PCO 33
%
13.82
15.95
*
58.51
11.70
12 Diretores 2 diretores 2 diretores 11 Liberações 1.52 liberação 1.75 liberação 2 liberações 2 liberação
Total 282
* *
7 diretores 1 diretor 6.43 liberação 1.28 liberação 6 liberações 1 liberação
Recentemente fomos surpreendidos com acusações caluniosas de alguns membros do MRL. Tentando encontrar culpados para seus próprios erros, estão dizendo que a CSP-Conlutas fez “acordo” com a direção da FENTECT para ficar com a vaga e a liberação do MRL. Exigimos retratação diante desta calúnia! Reiteramos que as vagas e a liberação do dirigente do MRL na diretoria da FENTECT foram jogadas na lata do lixo e trocadas por cargos comissionados na empresa. Quanto à liberação de dirigentes sindicais, trata-se de uma conquista da luta e para a luta deve ser utilizada. Pois, não é propriedade do MRL e de nenhuma outra corrente ou central sindical, mas da entidade sindical. Por último, reafirmamos o chamado aos militantes lutadores do MRL para que rompam com o governo traidor do PT que comanda o Ministério das Comunicações (Paulo Bernardo) e a presidência da ECT (Wagner Pinheiro), onde tem um dirigente da executiva nacional da CUT (Adeilson Telles) como chefe de gabinete, ganhando R$ 16 mil para ferrar com os trabalhadores dos Correios. Venham conosco construir uma alternativa nacional de luta e classista, em oposição à direção da FENTECT e do SINTECT-RJ.
Oposição Sindical nos Correios do Rio de Janeiro