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ENTRUDO
from Lusitano de Zurique
menos próprias foram substituídas por outras. O nome de Entrudo permaneceu, entre nós, até às primeiras décadas do século XX.
Hoje, somos nós que imitamos os carnavais brasileiros e todas as suas fantasias. Há, porém, algumas regiões de Portugal que mantêm as suas tradições e se tornam motivo de atração turística pela sua originalidade! Lembro-me de, na minha Aldeia, se cantar esta quadra, nos bailaricos de rua, no Entrudo:
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-“Deitei um limão correndo, à tua porta parou. O maldito do limão parece que adivinhou”. Também se fazia a roda da cantarinha. Uma cantarinha de barro que ia passando de mão em mão, enquanto se entoavam quadras populares.
Era de realçar “o baile da pinha ou da pinhata”
No século passado, nas terras pequenas, sem grandes luxos, porque a maioria das pessoas eram pobres trabalhadores do campo, no centro do teto do salão, de baile, era pendurado um cesto de verga com “confétis” dentro e, às vezes, uma pombinha, com umas fitinhas coloridas, caídas, que os pares, ao dançar, tentavam puxar com uma pequena caninha, que tinham que comprar, para ajudarem nas despesas feitas no salão.
O par de dançarinos, que conseguisse abrir o cesto, era aclamado “o Rei e a Rainha” desse Carnaval, com direito a ficar sentado, no meio do salão, com uma pequena mesa posta, recheada de doces e vinho, que ia comendo e bebendo, enquanto os outros pares dançavam à sua volta. Tradições que o povo procura manter, no Alto Alentejo, Portugal.
Os carnavais ou entrudos, que vivi na minha Aldeia, eram festejos muito sim- ples mas também muito divertidos. Os mais extrovertidos mascaravam-se com roupas que tinham à mão. Ninguém imaginaria comprar um traje para brincar ao Carnaval! Nem havia nada para comprar, pelo menos nos meios mais pequenos. Os homens gostavam de se mascarar de mulheres. As mulheres apareciam enfeitadas com belos xailes de merino, cordões de ouro ao pescoço, lindos brincos compridos, também de ouro. Os homens, mais atrevidos, sujavam as mãos com carvão ardido e, à traição, mascarravam as raparigas. Elas usavam a farinha para os enfarinharem e não faltavam os «confétis» sobre as cabeças de todos.
Mas a festa era muito mais do que estas brincadeiras. Faziam-se grandes bailaricos de roda nos largos da Aldeia a toque de harmónica, ou gaita-de-beiços. São recordações que guardo da minha meninice.
Lembro-me de ainda andar nessas brincadeiras no domingo Gordo e na Terça-feira Gorda. Associado aos festejos do Carnaval estavam os alimentos que toda a gente comia, quase como se fosse um ritual. As «sopas de bucho» não podiam faltar! Aproximava-se a Quaresma e era um sacrilégio comer carne, nesse período. Enfim, coisas que já lá vão e nunca mais serão iguais. Perdeu-se um pouco da simplicidade e pureza, mas ganharam-se outros costumes que são fruto da evolução e do conhecimento de outras gentes e outras culturas. Vamos assimilando e fazendo uma miscelânea, que agrada às novas gerações. Afinal, o que importa, é semear um pouco de luz e cor na vida de todos. Bom Carnaval!
Omeu mais profundo agradecimento.
O presente livro da Excelentíssima Senhora Graça Amiguinho transmite uma visão da guerra através de sentimentos, que a autora intitulou “LOVE IS IN THE WAR”.
O propósito desta obra é mostrar ao mundo a coragem e a capacidade de amar dos Ucranianos.
O livro é dedicado aos heróicos defensores ucranianos em Mariupol e Azovstal. O tema dos combatentes do regimento “Azov” é atualmente muito relevante, porque a máquina de propaganda do regime autoritário de Moscovo estava e está a tentar denegrir a imagem do exército ucraniano, em particular, dos militares do regimento “Azov” - que fazem parte da Guarda Nacional da Ucrânia. Com o objetivo de eliminar estes militares, o regime de Moscovo cometeu um crime hediondo, no dia 28 de julho de 2022 na prisão de Olenivka, uma aldeia localizada na parte da região de Donetsk, ocupada pelas tropas russas: executou, através de uma explosão, um grupo com mais de 50 prisioneiros do regimento “Azov”, que defenderam heroicamente Mariupol durante mais de 3 meses de invasão russa na Ucrânia.
O enredo deste livro decorre nas cidades onde os personagens se encontram:
Estou profundamente comovida com o enorme apoio da sociedade portuguesa às aspirações dos ucranianos de estarem juntos convosco na União Europeia. Espero que este apoio de Portugal à Ucrânia não só continue, mas também fortaleça ainda mais.
Esta é a única maneira de proteger os valores europeus que unem os nossos povos e de acabar para sempre com a tirania, violência e injustiça que o regime totalitário de Putin está a tentar impor ao mundo.
Gostaria de salientar que o povo ucraniano luta não apenas pelo seu futuro, mas também pelo futuro de toda a Europa. Juntando os nossos esforços, restauraremos a integridade territorial do Estado Ucraniano soberano, que certamente contribuirá para o fim da guerra e o restabelecimento da paz no continente europeu.
Este livro contribui para o fortalecimento da amizade entre os nossos povos, enchendo os corações dos Ucranianos e Portugueses, os povos fraternos, com amor e respeito mútuo.
Mariupol-Odesa-Lviv-Varsóvia-Porto-Vila Nova de Gaia, que na verdade, unem simbolicamente a Ucrânia com a Europa.
Um lugar de destaque no livro é dedicado às conversas entre os personagens, bem como aos discursos diários do Presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky, que se tornou um símbolo de coragem não apenas para a Ucrânia, mas para a Europa e o mundo inteiro.
Vemos linhas poéticas maravilhosas do livro sobre as lágrimas da mãe e sobre a Ucrânia, o que nos dá razão para considerar esta obra um romance.
Portanto, as linhas finais do poema sobre a Ucrânia devem ser repetidas:
Gritemos, não à guerra, Gritemos, não à dor!
Haja paz na Terra e reine o Amor!
Os ucranianos acreditam na sua vitória na guerra contra o regime desumano de Putin, e os últimos acontecimentos relacionados com a libertação dos territórios da Ucrânia ocupados pelas forças militares russas nas regiões de Kharkiv e Kherson são uma clara confirmação disso.
Expresso em nome da Ucrânia a profunda gratidão ao Governo de Portugal pela assistência humanitária, financeira e militar.
A Ucrânia e Portugal nunca estiveram tão próximos como agora.
Dra. Inna Ohnivets
Embaixadora da Ucrânia na República Portuguesa
*AMOR NA GUERRA*
A dor e a revolta instalaram-se em mim, quando, em 24 de fevereiro de 2022, as televisões começaram a mostrar o sofrimento do povo Ucraniano, sobressaltado por um invasor que lhes quer roubar o território que, por direito, lhes pertence. A destruição, a fuga, a coragem de tanta gente, motivou-me a começar a registar os factos históricos. Mas, no meu pensamento surgiam imagens de belos sentimentos, de abraços e beijos, que seriam fundamentais para que ninguém desanimasse e pudesse continuar a lutar.
Assim foram surgindo sete histórias de Amor, nas suas mais variadas formas, vividas por gentes de Mariupol.
Tornaram-se vivas, tomaram forma, e assim se foi construindo o meu primeiro romance, após 18 anos em que me dediquei à escrita de poesia e crónicas. Hoje, sinto coragem suficiente para falar de temas que, noutros tempos, talvez não abordasse com tanta profundidade. Desejo que o meu romance vos agrade.
Preço de vp: 20 euros, sem despesas de envio.
Pedidos por email: graca.amiguinho70@ gmail.com