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Papas de Sarrabulho à moda do Eirado

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Curiosidades

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O porco é, no Minho, considerado rei nas mais variadas festanças, onde se celebrizam as matanças, que reúnem familiares e ami- gos, sendo a sua carne considerada um ali- mento de carácter social.

A raça Bizarra, na sua variedade galega, de cor branca com manchas pretas ou azula- das, foi a mais vulgar nesta região. Hoje, o número de efectivos é reduzido, predomi- nando outras raças, entretanto importadas. A carne de porco consumia-se durante todo o ano. No período das matanças comia- -se carne fresca; fora desta época, comia-se curada, havia alguns pratos que apenas eram confeccionados com carne fresca, nomeadamente as papas de Sarrabulho, onde se utilizava para a confecção deste prato os ossos da suã, o sangue, entre outras partes de porco.

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Este prato, bem típico do Alto Cavado, podia e pode comer-se só, como prato princi- pal, ou acompanhado de uma rojoada.

As papas de sarrabulho encontram-se, com relativa facilidade, nos restaurantes do Alto Cávado, onde está incluído o Município de Amares, devendo os apreciadores da boa gastronomia minhota percorrer a re- gião durante a época fria para saborearem a riqueza e variedade gastronómica, prove- niente da carne de porco, desta região.

Receita

1. cozer carne de vaca, galinha velha, osso da sua e presunto e juntar 1 ou 2 cravinhos, uma cenoura pequena, ce- bola (pequena), louro, salsa e sal;

2. depois, retirar as carnes e desfiá-las;

3. logo que possa, coar o caldo e juntar pão de trigo cortado à mão, em peda- cinhos;

4. mexer bem até ficar com a consistência de sopa forte;

5. juntar sangue de porco cozido, esfarelado previamente num “passe-vite” e temperar com cominhos, sumo de li- mão e pimenta. As quantidades ficam ao critério de cada um, uma vez que nem todo o pão é igual. Deve ficar um caldo saboroso.

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