VIOLONCELO
2016 PIANO
Jean-Guihen Queyras Jerusalem Chamber Music Festival Ensemble
Elena Bashkirova
Qual o som do compromisso com a música?
O Credit Suisse também ouve atentamente, quando se trata de música clássica. É por isso que somos, com muito orgulho, patrocinadores da Sociedade de Cultura Artística.
credit-suisse.com/sponsoring
O MINISTÉRIO DA CULTURA, O GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, A SECRETARIA DA CULTURA E A CULTURA ARTÍSTICA APRESENTAM
2016
Jerusalem Chamber Music Festival Ensemble
PIANO
Elena Bashkirova
patrocínio
apoio
realização
gioconda bordon
programa notas sobre o programa
Mônica Lucas
biografias
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12
SOCIEDADE DE CULTURA ARTÍSTICA DIRETORIA
Antonio Hermann D. Menezes de Azevedo VICE-PRESIDENTE Gioconda Bordon Fernando Lohmann, Gioconda Bordon, Ricardo Becker, Rodolfo Villela Marino SUPERINTENDENTE Frederico Lohmann PRESIDENTE
DIRETORES Carlos Mendes Pinheiro Júnior,
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO PRESIDENTE Fernando Carramaschi VICE-PRESIDENTE Roberto Crissiuma Mesquita CONSELHEIROS Antonio Hermann D. Menezes de Azevedo, Carlos José Rauscher, Francisco Mesquita Neto, Gérard Loeb, Henri Philippe Reichstul, Henrique Meirelles, Jayme Sverner, Marcelo Kayath, Milú Villela, Pedro Parente, Plínio José Marafon, Roberto Baumgart
CONSELHO CONSULTIVO
Alberto Jacobsberg, Alfredo Rizkallah, George Zausner, João Lara Mesquita, José Zaragoza, Mário Arthur Adler, Patrícia Moraes, Salim Taufic Schahin, Stefano Bridelli, Sylvia Pinho de Almeida, Thomas Michael Lanz PROGRAMA DE SALA — EXPEDIENTE COORDENAÇÃO EDITORIAL
Gioconda Bordon
Silvia Pedrosa
SUPERVISÃO GERAL
EDIÇÃO
PROJETO GRÁFICO
EDITORAÇÃO ELETRÔNICA
ASSESSORIA DE IMPRENSA
Paulo Humberto L. de Almeida
Ludovico Desenho Gráfico
Conteúdo Comunicação
Marta Garcia
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE ESTADO DA CULTURA ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO — OSESP DIRETORA MUSICAL E REGENTE TITULAR Marin Alsop REGENTE ASSOCIADO Celso Antunes DIRETOR ARTÍSTICO Arthur Nestrovski FUNDAÇÃO ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO — ORGANIZAÇÃO SOCIAL DE CULTURA PRESIDENTE DE HONRA Fernando Henrique Cardoso
PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Fábio Colletti Barbosa
VICE-PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Antonio Carlos Quintella DIRETOR EXECUTIVO Marcelo Lopes SUPERINTENDENTE Fausto Augusto Marcucci Arruda MARKETING Carlos Harasawa diretor EVENTOS
Mauren Stieven supervisora, Gabrielle Coelho, Graziela Fernanda Gaeta Tognetti
APOIO A EVENTOS Felipe Lapa
Analia Verônica Belli gerente Mônica Cássia Ferreira gerente, Cristiano Gesualdo, Fabiane de Oliveira Araújo, Guilherme Vieira, Mariana de Almeida Neves, Regiane Sampaio Bezerra DEPARTAMENTO TÉCNICO Karina del Papa gerente, Aline Gurgel Siqueira, Angela da Silva Sardinha, Bianca Pereira dos Santos, Eliezio Ferreira de Araújo, Erik Klaus Lima Gomides, Gerson da Silva ILUMINAÇÃO Edivaldo José da Silva, Gabriel Barone SONORIZAÇÃO Andre Vitor de Andrade, Fernando Vieira da Silva, Renato Faria Firmino MONTAGEM Denilson Caroso Araújo, Edgar Paulo da Conceição, Emerson de Souza, Humberto Alves Coralino, José Carlos Ferreira, Júlio César Barreto de Souza, Kaique Ramos França, Marcio Dionizio, Nizinho Deivid Zopelaro, Rodrigo Batista Ferreira, Rodrigo Stevanin, Sandro Silvestre CONTROLADOR DE ACESSO Adailson de Andrade INDICADOR Reginaldo dos Santos Almeida encarregado DIVISÃO OPERACIONAL
DEPARTAMENTO DE OPERAÇÕES
realização MINISTÉRIO DA CULTURA
Gioconda Bordon
gioconda@culturaartistica.com.br
Variações da Música de Câmara Intimista, sofisticada, complexa. Essas são algumas das definições habitualmente utilizadas para definir a música de câmara. Dentre as várias formações possíveis, o quarteto de cordas é, sem dúvida, o mais popular e para o qual os compositores em geral dedicam a maior parte de suas peças camerísticas. Há, porém, um número considerável de possiblidades menos convencionais, tal como a adotada em uma das obras que ouviremos nestes dois concertos: o quarteto formado por piano, violino, violoncelo e clarinete, de Paul Hindemith. Durante os períodos clássico e romântico, os compositores escreviam preferencialmente para quartetos de cordas e para quintetos em que mais um violino, às vezes uma viola ou o piano se juntavam às cordas. Do século XX em diante, os conjuntos passaram a se organizar de forma mais livre, com o objetivo de alcançar uma combinação de sons menos tradicional. Hoje, somam-se a esses grupos recursos variados que podem se transformar em elementos expressivos, segundo a intenção de seu autor: percussão, voz ou até registros de música eletrônica. A pianista Elena Bashkirova dirige um renomado evento dedicado a esse tipo de música, o Jerusalem Chamber Music Festival Ensemble, que agrega os mais notáveis instrumentistas da atualidade para apresentar tanto o repertório clássico como obras encomendadas aos mais importantes compositores contemporâneos. Bashkirova integrou nossa Temporada em 2008, liderando um conjunto formado pelo violoncelista e maestro Michael Sanderling, hoje titular da Filarmônica de Dresden, pela violinista Latica Honda-Rosenberg e pelo violista Gérard Caussé. É um prazer tê-la de volta ao lado de músicos tão competentes quanto os que a acompanharam naquela ocasião, oito anos atrás. Bom concerto a todos! 3
SÉRIE BRANCA Sala São Paulo, 18 de junho, sábado, 21h SÉRIE AZUL Sala São Paulo, 19 de junho, domingo, 21h
Jerusalem Chamber Music Festival Ensemble Elena Bashkirova PIANO Ludwig van Beethoven (1770-1827)
Trio para clarinete, violoncelo e piano em si bemol maior op. 11 — Gassenhauer
c. 20´
I. Allegro con brio II. Adagio con espressione III. Tema (con variazioni) Pria ch’io l’impegno: Allegretto
Paul Hindemith (1895-1963)
Quarteto para piano, violino, clarinete e violoncelo c. 24’ I. Mässig bewegt [moderadamente movido] II. Sehr langsam [muito lento] III. Mässig bewegt — Lebhaft [moderadamente movido — animado]
intervalo
Os concertos do Jerusalem Chamber Music Festival Ensemble serão precedidos por uma edição especial do Momento Musical. A palestra comandada pelo jornalista Irineu Franco Perpetuo acontecerá às 19h30 na sala de concertos e receberá a pianista Elena Bashkirova que compartilhará com o público suas experiências e poderá comentar sobre o repertório das apresentações. O conteúdo editorial dos programas da Temporada 2016 encontra-se disponível em nosso site uma semana antes dos respectivos concertos.
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Béla Bartók (1881-1945)
Contrastes para clarinete, violino e piano SZ 111
c. 18’
I. Verbunkos: moderato ben ritmico [dança militar] II. Piheno”: Lento [descanso] III. Sebes: Allegro vivace [dança rápida]
Franz Schubert (1797-1828)
Trio para violino, violoncelo e piano D 898 op. 99
c. 41’
I. Allegro moderato II. Andante un poco mosso III. Scherzo. Allegro IV. Rondo. Allegro vivace
Programação sujeita a alterações. facebook.com/culturartistica Instagram: @culturaartistica www.culturaartistica.com.br
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Notas sobre o programa Mônica Lucas
O Jerusalem Chamber Music Festival Ensemble é constituído por piano, clarinete, violino e violoncelo. Com essa formação instrumental, o grupo interpreta peças que incluem todos os músicos do grupo (no caso da peça de Hindemith), além de obras que utilizam diferentes combinações em trio, sempre envolvendo o piano, que ora é acompanhado por clarinete e violoncelo (Beethoven), ora por clarinete e violino (Bartók), ora por violino e violoncelo (Schubert). Dentre essas quatro possibilidades, a única combinação considerada “tradicional” no repertório camerístico, sendo, com isso, provida de extenso repertório, é a última — o trio com piano, violino e violoncelo —, consolidada já no século XVIII por Haydn, Mozart e Beethoven, e muito explorada durante todo o século XIX. As três primeiras possibilidades, entretanto, permitem o acesso a um universo de obras que, a despeito da alta qualidade musical, são pouco ouvidas em salas de concerto. Trata-se de um repertório seleto, em sua maior parte composto sob medida para conjuntos ou instrumentistas específicos, e que, por isso, revelam um diálogo direto entre o compositor e seus intérpretes. Esse aspecto torna este recital especialmente interessante no delineamento da série produzida pela Cultura Artística em 2016. O Trio para clarinete, violoncelo e piano em si bemol maior op. 11 — Gassenhauer, de Beethoven, tem formação semelhante à do trio com piano e cordas. Entretanto, diferentemente do trio com violino e violoncelo — instrumentos da mesma família e cujo timbre tende a se fundir —, o trio com clarinete e violoncelo favorece a preservação da identidade sonora dos instrumentos, gerando uma textura mais colorida. No fim do século XVIII, o clarinete era um instrumento relativamente novo, que havia chamado a atenção de compositores em Viena a partir da notável produção de Mozart, em especial o Concerto para clarinete K 622, de 1791. Apenas seis anos separam esse concerto do Trio op. 11 de Beethoven, composto em 1797. 6
Beethoven instalou-se em Viena em 1792, e não chegou a conhecer Mozart, tendo sido discípulo de Haydn. Sua reputação como pianista e compositor logo se instalou nos círculos letrados de Viena. Entre 1795 e 1800, Beethoven produziu treze sonatas para piano (incluindo a Patética), os primeiros seis quartetos de cordas (op. 18) e sua Primeira Sinfonia. Entre as inúmeras obras camerísticas surgidas nesse espaço de tempo, incluem-se três peças em que figura o clarinete: o presente trio para piano e cordas (op. 11), um quinteto para sopros e piano (op. 16) e um septeto para sopros e cordas (op. 20). Essas peças resultaram de sua associação com o clarinetista Joseph Bähr (1770-1819). O Trio op. 11 surgiu a partir de uma encomenda de Bähr, que solicitou a Beethoven um tema com variações em trio, para clarinete acompanhado de piano e violoncelo. O gênero do tema e variações era um dos favoritos entre virtuoses, no fim do séc. XVIII. Nele, uma melodia bem conhecida do público era acompanhada por variações — escritas ou improvisadas — de crescente dificuldade, ideais para a exibição da habilidade instrumental do intérprete. Beethoven entregou ao clarinetista um trio em três movimentos, que incluía, como andamento final, o requisitado tema com variações. O trio, como um todo, apresenta um diálogo equilibrado entre todos os instrumentos, e o interesse das variações reside na engenhosidade e no refinamento composicional. Por não oferecer suficiente destaque ao clarinete, a peça não chamou a atenção de Bähr, que só veio a estreá-la em 1800, três anos após sua composição. O tema escolhido por Beethoven para as variações do último movimento do op. 11 é o terzetto ‘Pria che l’impegno’ da ópera L’ amor marinaro, ossia il corsaro, da autoria de Joseph Weigl, composta no mesmo ano que o trio (1797) e extremamente bem recebida em Viena. A popularidade do tema conferiu ao op. 11 o epíteto Gassenhauer (“melodia das ruas”). O famoso terzetto foi, ainda, assunto de uma controvérsia entre Beethoven e o pianista Daniel Steibelt (1800). Na noite da première do Trio op. 11 — com Bähr ao clarinete e o próprio Beethoven ao piano — Steibelt improvisou, em resposta, uma série de variações virtuosísticas sobre a célebre melodia. Beethoven teria então tomado a parte de violoncelo de um quinteto de Steibelt, e, posicionando-a de ponta-cabeça sobre a estante do piano, teria realizado variações sobre ela, granjeando, com isso, eterna inimizade do colega. 7
Ciente das limitações editoriais geradas pela combinação instrumental inusitada do op. 11, Beethoven acrescentou, na publicação (1798), uma parte alternativa de violino, em substituição à do clarinete. Alunos de Beethoven, Ferdinand Ries e o Arquiduque Rudolf, além de seguidores do mestre, como Anton Eberl e Adalbert Gyrowetz, também se dedicaram à composição de trios com clarinete, violoncelo e piano, fornecendo boas obras inspiradas no modelo beethoveniano — peças, infelizmente, pouco conhecidas de intérpretes e ouvintes da atualidade. O gênero do quarteto para clarinete, piano, violino e violoncelo não apresenta exemplos anteriores à peça de Paul Hindemith. A obra, finalizada em 1939, resulta da associação entre o compositor e músicos integrantes da Orquestra Sinfônica de Boston. A première se deu em Nova York, em 1940, e ficou a cargo de Victor Polatschek (clarinete), Richard Burgin (violino), Jean Bedetti (violoncelo) e Jesús Maria Sanromá (piano). Em 1927, Hindemith assumira a posição de professor de composição na Musikhochschule (Academia de Música) de Berlim, que já na época era uma instituição extremamente respeitada. Contudo, a partir de 1933, sua obra, assim como ele próprio, passaram a ser alvo de ataques diretos de Joseph Goebbels, que recém assumira o Ministério da Propaganda do III Reich. A despeito da proteção de Wilhelm Furtwängler, então regente da Orquestra Filarmônica de Berlim, Hindemith acabou, em 1937, renunciando a seu posto. Nesse ano, ele iniciou uma série de viagens aos EUA, que culminaram com sua instalação na América entre 1940 e 1953, ano em que ele voltou a se fixar na Europa. Nos EUA, Hindemith dedicou-se à regência, à composição musical e a uma obra teórica, Unterweisung im Tonsatz (Ensino da Composição). Muitas das obras surgidas no contexto de transição entre a Europa e os EUA são dedicadas a instrumentos de sopro. Elas nasceram a partir da constatação, por Hindemith, da escassez de literatura musical para esses instrumentos. Dentre as composições dessa época que incluem o clarinete, contam-se, da pena de Hindemith, um quinteto para clarinete e cordas (1923, revisto e publicado em 1955), uma sonata para clarinete e piano (1938) e o presente quarteto para clarinete, violino, violoncelo e piano (1939). 8
O quarteto dialoga com a tradição clássica, seja na forma geral e na estrutura interna dos movimentos, seja ao utilizar a técnica seiscentista do contraponto, combinando-a com uma paleta tonal estendida que marca as melhores obras da maturidade de Hindemith. Vale lembrar que o compositor foi um dos mais importantes defensores do neoclassicismo na música no séc. XX. Contrastes, de Béla Bartók, relaciona-se de vários modos ao quarteto de Hindemith. As duas peças foram compostas no mesmo ano (1939). Além disso, ambas dialogam, de certa maneira, com a textura do trio com piano e cordas, seja pelo acréscimo de um instrumento (Hindemith), seja pela substituição da corda grave pelo clarinete (Bartók). Contrastes foi encomendada a Bartók por dois instrumentistas lendários: o clarinetista Benny Goodman (a quem Hindemith também dedicaria um concerto, em 1947) e o violinista Joseph Szigeti. A peça constitui um desafio à altura desses músicos. Benny Goodman expressou seu susto, ao receber o manuscrito, afirmando que a partitura possuía tantas notas que se assemelhava um papel cheio de manchas. A encomenda original solicitava uma peça em dois movimentos, com duração total de até 7 minutos, de modo a caber em um único disco de gramofone, cuja capacidade não ultrapassava 4 minutos em cada lado. Essa primeira versão da obra, intitulada Rhapsody, foi estreada em 1939 no Carnegie Hall de Nova York. Subsequentemente, Bartók adicionou aos dois movimentos rápidos um terceiro, lento, e renomeou a peça, adotando o título Contrastes, devido à oposição entre os andamentos rápidos e o lento. Essa nova versão também foi estreada no Carnegie Hall, em 1940, dessa vez com o próprio Bartók ao piano. Contrastes foi gravada no mesmo ano pelo selo Columbia Records. Essa gravação histórica, a cargo desses três intérpretes magistrais, foi relançada em 1991 pelo selo Hungaroton, que também a disponibilizou na internet. Embora Contrastes tenha sido composta no mesmo ano que o quarteto de Hindemith, as diferenças estilísticas são notáveis. Enquanto Hindemith recupera elementos da tradição contrapontística e da música barroca, Bartók (ele também exímio contrapontista), lança mão de técnicas estendidas, como a scordatura, e utiliza como material básico 9
danças húngaras e romenas, explorando ritmos gregos e búlgaros, tratados com uma técnica personalíssima. O primeiro movimento, Verbunkos (música para recruta militar), é baseado em uma canção húngara. Tem o ritmo bem medido e é rico em ornamentos melódicos. Piheno” (descanso) é livre e idílico, contrastando fortemente com os movimentos externos. O movimento final, Sebes (dança rápida), é frenético e requer, em seu início, um violino em scordatura (a corda mais aguda é abaixada e a corda mais grave é elevada, ambas em um semitom). Com isso, para interpretar Contrastes, o violinista necessita de dois instrumentos. O clarinetista também necessita de instrumentos em si bemol e lá para enfrentar a escrita, que passa por modos exóticos. Contrastes é uma peça extremamente exigente do ponto de vista técnico, não apenas devido às escalas e intervalos não usuais e aos ritmos complexos nas partes individuais, mas também por conta dos ritmos cruzados entre as partes, que dificultam o entrosamento entre os músicos nesta peça atraente e sedutora. Franz Schubert compôs seus dois trios para piano e cordas, em si bemol maior (op. 99, D 898) e em mi bemol maior (op. 100, D 929) no fim de sua breve vida. Trata-se de obras de altíssima qualidade, e é surpreendente notar que a sua única incursão anterior nesse gênero tenha sido um movimento de sonata, datado de cerca de 15 anos antes (D28, de 1812). Ao contrário do op. 100, cuja história se encontra bem documentada, o op. 99 é enigmático: não se dispõe do manuscrito, e presume-se, embora sem comprovação definitiva, que seja anterior ao op. 100. A data geralmente aceita para sua composição é o fim de 1827 ou início de 1828. Na mesma época dos trios, surgiu ainda uma peça em movimento único, Notturno (op. 148, D 897), concebida inicialmente para servir como o movimento lento ao Trio op. 99. É possível conjeturar que dois eventos, ocorridos em 1827, tenham contribuído para que Schubert se dedicasse subitamente à escrita de trios com piano e cordas. O primeiro foi a morte de Beethoven, ocorrida em 26 de março daquele ano. A admiração de Schubert por 10
Beethoven é bem conhecida, e é possível imaginar que o imenso sucesso de Beethoven na composição de trios, consolidando a tradição iniciada por Haydn e Mozart, tenha de certa forma desencorajado Schubert a compor obras do gênero. Estudiosos apontam estreitas semelhanças entre os trios de Schubert e o Trio Arquiduque op. 97, de Beethoven (que Schubert certamente ouviu). Andamentos similares, a tonalidade idêntica e a semelhança entre os temas principais (ambos triádicos) levam-nos a supor de que os trios op. 99 e op. 100 possam constituir uma espécie de homenagem póstuma de Schubert ao compositor de Bonn. O segundo fator que possivelmente contribuiu para o surgimento dos op. 99 e 100 foi a criação, em 1827, de um conjunto musical, integrado pelo violinista Ignaz Schuppanzigh e pelo violoncelista Joseph Linke — dois conhecidos amigos e intérpretes de Beethoven — além de um jovem amigo de Schubert, o pianista Carl Maria von Bocklet. Embora o ensemble tenha tido curta duração (Schuppanzigh morreu em 1830), ele representou o primeiro trio de piano “profissional” documentado na história da música. Bocklet, Schuppanzigh e Linke provavelmente apresentaram o Trio op. 99 em uma Schubertiade, recital de música de câmara dedicado às obras do mestre, ocorrida no salão da residência de Joseph von Spaun, em 1828, na presença de 50 convidados. O Trio op. 99 deriva seu material melódico de dois Lieder, ambos da pena de Schubert. No primeiro movimento, Schubert emprega Des Sängers Habe (1825). O texto da canção, que determina a atmosfera do movimento, diz: “despedaça minha fortuna e toma minhas possessões; deixa apenas minha cítara, e permanecerei alegre e rico”. No último movimento, Schubert cita a canção Skolie (1815), cujo texto também define o caráter da peça: “alegremo-nos, na manhã de maio, com a vida da flor, antes que seu perfume desvaneça”. Indiscutivelmente, os dois trios para piano e cordas de Schubert constituem obras primas absolutas do gênero. Diante da primeira publicação do Trio op. 99, ocorrida em 1836, o compositor Robert Schumann teria exclamado: “uma mirada no trio, para que a miserável agitação humana recrudesça e o mundo volte a brilhar com frescor”.
Mônica Lucas é docente de História da Música e chefe do Departamento de Música da ECA-USP.
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Jerusalem Chamber Music Festival Ensemble Criado em 1998 pela pianista Elena Bashkirova, o Jerusalem Chamber Music Festival reúne anualmente, durante o mês de setembro, os mais destacados intérpretes da atualidade, em diversas formações. Além dos compositores fundamentais do repertório erudito, Elena Bashkirova inclui em sua programação peças especialmente compostas por autores contemporâneos para o Festival. Por encomenda do Festival e da Fundação Koussevitzky, na edição de 2015, por exemplo, o compositor jordaniano naturalizado alemão Saed Haddad estreou sua obra Stabat Mater, para orquestra de câmara e soprano. Nascido como fruto dos encontros musicais que acontecem no Festival, o Jerusalem Chamber Music Festival Ensemble apresenta em São Paulo um programa composto por trios e quartetos para piano, violoncelo, violino e clarinete. A violinista romena Mihaela Martin tem em seu currículo um número significativo de prêmios importantes, tais como os obtidos nos concursos de Montreal, Bruxelas e Indianápolis, nos Estados Unidos. Aos 19 anos, ficou em segundo lugar na Competição Tchaikóvski. É integrante do Quarteto Michelangelo, fundado em 2002, professora na Universidade de Música de Colônia, na Alemanha, e na Escola de Música de Genebra. Seu violino é um Guadagnini de 1748. O sueco Frans Helmerson, também integrante do Quarteto Michelangelo, ganhou, em 1971, a Competição Cassado, de Florença, um dos principais prêmios concedidos a violoncelistas. Além de tocar ao lado de grandes orquestras, frequenta habitualmente os festivais de Verbier, Ravinia e Jerusalém. Faz parte do corpo docente dos conservatórios de Colônia e Madri, e também atua como professor convidado na Academia de Música Hanns Eisler, em Berlim. Chen Halevi é um dos mais versáteis clarinetistas de sua geração. Desde sua estreia com a Orquestra Filarmônica de Israel, aos 15 anos, trabalha ao lado das principais orquestras europeias e americanas e com destacados conjuntos de câmara, como os Solistas de Moscou e as orquestras de câmara de Heilbronn e de Jerusalém. Halevi é membro do grupo Winds Unlimited, formado por seis instrumentistas que se dedicam exclusivamente ao repertório de sopros. É reconhecido internacionalmente por apresentar peças dos principais compositores da atualidade, como Magnus Lindberg e Osvaldo Golijov.
MARCO BORGGREVE DIVULGAÇÃO
Mihaela Martin
Frans Helmerson
VINCENT BUCHARD
Saiba mais
Chen Halevi
O CD duplo intonations, gravado ao vivo no Pátio de Vidro do Museu Judaico, em Berlim, foi lançado em 2015 com peças de Richard Strauss, Karol Szymanowski, Rudi Stephan, David Coleman e Max Reger.
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Elena Bashkirova Filha do famoso pianista Dimitri Bashkirov — de quem foi aluna no Conservatório Tchaikóvski —, Elena Bashkirova nasceu em Moscou, em 1958. Desde o início da carreira, dedica especial atenção à música de câmara em suas mais diversas formações (quintetos, trios ou duos), apresentando-se sempre ao lado de intérpretes de grande prestígio, tais como Gidon Kremer, Renaud Capuçon e Gérard Caussé. Ainda no âmbito dos recitais, exerce também a atividade de pianista acompanhadora de cantores do calibre de Anna Netrebko e Robert Holl. Seu trabalho com as grandes orquestras é igualmente relevante: Bashkirova atua regularmente como solista das Filarmônicas de Hamburgo, de Munique e de Dresden. Trabalha também com a Orquestra de Paris e com as Orquestras Nacionais da Espanha e de Monte Carlo. Apresenta-se com grandes maestros, dentre os quais se destacam Semyon Bychkov, Lawrence Foster, Karl-Heinz Steffens, Ivor Bolton e Daniel Barenboim, seu marido e pai de seus dois filhos. O repertório de Elena Bashkirova tem amplitude e maturidade artística. Sem deixar de lado os nomes fundamentais da música erudita dos períodos clássico e romântico, como solista ou camerista a pianista contempla, em suas apresentações, os principais compositores do século XX, assim como os autores presentes no cenário atual da música erudita. Em 1998, Elena fundou o Jerusalem Chamber Music Festival, que se tornou um dos eventos culturais mais importantes de Israel. O Festival reúne artistas de diversas partes da Europa e mobiliza um público fiel e apaixonado. Desde 2012, a série Intonations — um novo braço do tradicional evento — acontece no Museu Judaico, em Berlim. Elena Bashkirova mantém o posto de diretora artística do Festival desde sua criação. Nas turnês internacionais os músicos agrupam-se em diversas formações: octetos, sextetos, quintetos ou trios. Seus compromissos musicais não se restringem a Jerusalém ou Berlim, mas estendem-se às mais conceituadas salas de concerto de cidades como Nova York, Chicago, Londres, Viena, Salzburgo, Buenos Aires e São Paulo. 14
MONIKA RITTERSHAUS
Saiba mais O mais recente álbum solo de Elena Bashkirova, lançado em 2015, é dedicado a duas peças de Tchaikóvski: As estações op. 37, e Children’s album op. 39.
2016 patrocinadores master
patrocinadores platina
patrocinadores ouro
patrocinadores prata
patrocinadores bronze
apoio
realização MINISTÉRIO DA CULTURA
AMIGOS DA CULTURA ARTÍSTICA Agradecemos a todos que contribuem para tornar realidade os espetáculos e projetos educativos promovidos pela Cultura Artística. MECENAS Adolpho Leirner Álvaro Luiz Fleury Malheiros Ana Lucia e Sergio Comolatti Ana Maria Igel e Mario Higino Leonel Ane Katrine e Rodolfo Villela Marino Anna Helena Americano de Araújo Antonio Corrêa Meyer Antonio Hermann D. M. Azevedo Arsenio Negro Jr. Beatriz Baumgart Tadini Carmo e Jovelino Mineiro Claudio Thomaz Lobo Sonder Cristian Baumgart Stroczynski Cristina Baumgart Daniel Feffer Denise Pauli Pavarina Flávio e Sylvia Pinho de Almeida Frédéric de Mariz Gioconda Bordon Giovanni Guido Cerri Hélio Seibel Henri Slezynger e Dora Rosset Israel Vainboim Jacques Caradec Jean Claude Ramirez João e Odila Rabello Jorge José Proushan z”l Jorge Sidney e Nadia Atalla José Carlos Evangelista José E. Queiroz Guimarães José Luiz e Sandra Setúbal José Roberto Opice Karin Baumgart Srougi Lázaro de Mello Brandão Marcelo Kayath Marcos Baumgart Stroczynski Marcos Braga Rosalino Marisa e Jan Eichbaum Michael e Alina Perlman Milú Villela Minidi Pedroso Nelson Nery Junior Olavo Setúbal Jr. Orlandia Otto Baumgart Paulo Bruna
Bruno Alois Nowak Calçados Casa Eurico Carla e Jaime Pinsky Carlos Chagas Rodrigues Carlos P. Rauscher Claudia Annunziata G. Musto Claudio Alberto Cury Claudio e Selma Cernea Dario Chebel Labaki Neto MANTENEDORES Dario e Regina Guarita Edith Ranzini Alexandre e Silvia Fix Eduardo Secchi Munhoz Antonio Ailton Caseiro Eduardo Simplicio da Silva Antonio Kanji Edward Launberg Cleide e Luiz Rodrigues Corvo Elias e Elizabeth Rocha Barros Edy Gomes Cassemiro Elisa Wolynec Erwin e Marie Kaufmann Evangelina Lobato Uchoa Fernando Eckhardt Luzio Fernando de Azevedo Corrêa Francisco Humberto de Abreu Maffei Francisco J. de Oliveira Jr. Henri Philippe Reichstul Francisco Montano Filho Lea Regina Caffaro Terra Gerard Loeb Livio De Vivo Gustavo e Cida Reis Teixeira Marcelo Pereira Lopes de Medeiros Heinz Jorg Gruber Maria Zilda Oliveira de Araújo Henrique Lindenberg Neto Mario Arthur Adler Humberto de Andrade Soares Michael Haradom Isaac Popoutchi Neli Aparecida de Faria Israel Sancovski Nelson Pereira dos Reis Issei e Marcia Abe Regina e Gerald Reiss Izabel Sobral Ricard Takeshi Akagawa Jayme Sverner Ruy e Celia Korbivcher José e Priscila Goldenberg Ruy Souza e Silva e Fátima Zorzato José Thales S. Rebouças Silvia e Fernando Carramaschi Junia Borges Botelho Stela e Jayme Blay Katalin Borger Tamas Makray Leo Kupfer Thomas Frank Tichauer Valeria e Antonio Carlos Barbosa de Oliveira Lúcia Lohmann e Nemer Rahal Luiz Diederichsen Villares Wolfgang Knapp Luiz Franco Brandão 3 Mantenedores Anônimos Luiz Henrique Martins Castro Luiz Marcello M. de Azevedo Filho BENFEITORES Malú Pereira de Almeida Marco Tullio Bottino Abram e Clarice Topczewski Marcos de Mattos Pimenta Alberto Whitaker Maria Adelaide Amaral Alfredo Rizkallah Maria Bonomi Andrea Sandro Calabi Maria Helena Peres Oliveira Antonio Carlos Marcondes Machado Maria Teresa Igel Arnaldo Malheiros Marta D. Grostein Paulo Proushan Regis Edouard Alain Dubrule Roberto Baumgart Rosa Maria de Andrade Nery Ursula Baumgart 6 Mecenas Anônimos
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Lista atualizada em 2 de junho de 2016
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Agradecemos a todos que têm contribuído, de diversas maneiras, para o esforço de construção do novo Teatro Cultura Artística. PATROCINADORES
PRINCIPAIS DOADORES (R$ 5.000,00 ou mais) Adolpho Leirner Affonso Celso Pastore Agência Estado Aggrego Consultores Airton Bobrow Alexandre e Silvia Fix Alfredo Egydio Setúbal Alfredo Rizkallah Álvaro Luís Fleury Malheiros Ana Maria Levy Villela Igel Antonio Carlos Barbosa de Oliveira Antonio Carlos de Araújo Cintra Antonio Corrêa Meyer Arnaldo Malheiros Arsenio Negro Jr. Aurora Bebidas e Alimentos Finos Banco Pine Banco Safra Bicbanco Bruno Alois Nowak Calçados Casa Eurico Camargo Correa Camilla Telles Ferreira Santos Carlos Nehring Netto CCE Center Norte Cláudio e Rose Sonder Cleõmenes Mário Dias Baptista (i.m.) Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração Daniela Cerri Seibel e Helio Seibel Dario Chebel Labaki Neto Dora Rosset Editora Pinsky Ltda. Elias Victor Nigri Elisa Wolynec EMS Erwin e Marie Kaufmann
Eurofarma Fabio de Campos Lilla Fanny Ribenboin Fix Fernando Eckhardt Luzio Fernando Lohmann Fernão Carlos Botelho Bracher Festival de Salzburgo Flávio e Sylvia Pinho de Almeida Francisca Nelida Ostrowicz Francisco H. de Abreu Maffei Frédéric de Mariz Frederico Lohmann Fundação Filantrópica Arymax Gerard Loeb Gioconda Bordon Giovanni Guido Cerri Heinz J. Gruber Helga Verena Maffei Henri Philippe Reichstul Henri Slezynger Henrique Meirelles Idort/SP Israel Vainboim Jacques Caradec Jairo Cupertino Jayme Bobrow Jayme Sverner Joaquim de Alcântara Machado de Oliveira Jorge Diamant José Carlos e Lucila Evangelista José E. Queiroz Guimarães José Ephim Mindlin Jose Luiz Egydio Setúbal José M. Martinez Zaragoza José Roberto Mendonça de Barros José Roberto Opice Jovelino Carvalho Mineiro Filho
Theodoro Jorge Flank Katalin Borger Thomas Kunze Lea Regina Caffaro Terra Thyrso Martins Leo Madeiras Unigel Livio De Vivo Ursula Baumgart Luís Stuhlberger Vale Luiz Diederichsen Villares Vavy Pacheco Borges Luiz Gonzaga Marinho Brandão Vitor Maiorino Netto Luiz Rodrigues Corvo Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados Vivian Abdalla Hannud Volkswagen do Brasil Ind. de Veículos Automotores Ltda. Mahle Metal Leve Wolfgang Knapp Maria Adelaide Amaral Yara Baumgart Maria Alice Setúbal 3 Doadores Anônimos Maria Bonomi Maria Helena de Albuquerque Lins Marina Lafer Mário Arthur Adler Marisa e Jan Eichbaum Gostaríamos de agradecer também as doações de mais Martha Diederichsen Stickel de 200 empresas e indivíduos que contribuíram com até Michael e Alina Perlman R$ 5.000,00. Lamentamos não poder, por limitação de Milú Villela espaço, citá-los nominalmente. Minidi Pedroso Moshe Sendacz Natura Neli Aparecida de Faria Nelson Reis Nelson Vieira Barreira Oi Futuro Oswaldo Henrique Silveira Otto Baumgart Indústria e Comércio Paulo Bruna Paulo Setúbal Neto Pedro Herz Pedro Pullen Parente Pinheiro Neto Advogados Polierg Tubos e Conexões Polimold Industrial S.A. Porto Seguro Raphael Pereira Crizantho Ricard Takeshi Akagawa Ricardo Egydio Setúbal Ricardo Feltre Ricardo Ramenzoni Richard Barczinski Roberto Baumgart Roberto Egydio Setúbal Roberto e Luizila Calvo Ruth Lahoz Mendonça de Barros Ruy e Celia Korbivcher Salim Taufic Schahin realização Samy Katz Sandor e Mariane Szego Santander São José Construções e Comércio (Construtora São José) Silvia Dias Alcântara Machado Stela e Jayme Blay Suzano Tamas Makray
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2016 8 E 9 DE MARÇO REGÊNCIA 7 E 8 DE MAIO REGÊNCIA PIANO
Orquestra Filarmônica de Viena Valery Gergiev Orquestra da Academia Nacional Santa Cecilia Sir Antonio Pappano Beatrice Rana
17 E 18 DE MAIO
Quatuor Ebène
4 E 5 DE JUNHO VIOLONCELO
Jean-Guihen Queyras
18 E 19 DE JUNHO PIANO 23 E 24 DE AGOSTO PIANO 10 E 11 DE SETEMBRO DIREÇÃO ARTÍSTICA TROMPETE 26 E 27 DE SETEMBRO REGÊNCIA VIOLONCELO MEZZOSOPRANO 16 E 18 DE OUTUBRO REGÊNCIA PIANO 7 E 8 DE NOVEMBRO REGÊNCIA VIOLONCELO
Jerusalem Chamber Music Festival Ensemble Elena Bashkirova Leif Ove Andsnes Trondheim Soloists Øyvind Gimse Tine Thing Helseth Orquestra Filarmônica de Hamburgo Kent Nagano Gautier Capuçon Mihoko Fujimura Orquestra Tonhalle de Zurique Lionel Bringuier Nelson Freire Orquestra Gulbenkian Lawrence Foster Antonio Meneses Programação e datas sujeitas a alterações.