Trondheim Soloists

Page 1

Trondheim Soloists

2016

DIREÇÃO ARTÍSTICA

Øyvind Gimse

TROMPETE

Tine Thing Helseth


Pianosofia é um projeto realizado por músicos brasileiros entusiastas, que organizam encontros em residências e locais de confraternização, aproximando a música clássica dos ouvintes. Os encontros promovem música de câmara com piano e são requeridos através do site do projeto. Nos locais sem o instrumento é possível levar um piano graças à parceria da Cultura Artística e Aronne Pianos. O projeto foi idealizado e é dirigido pelo pianista Cristian Budu.

PIANOSOFIA A música até você

Entre em contato: apoio

(11) 9 5559-7984 eventos@pianosofia.com facebook.com/pianosofiabrasil www.pianosofia.com


O MINISTÉRIO DA CULTURA E A CULTURA ARTÍSTICA APRESENTAM

2016

Trondheim Soloists DIREÇÃO ARTÍSTICA

Øyvind Gimse

TROMPETE

Tine Thing Helseth

patrocínio

realização

gioconda bordon

3

programa

notas sobre o programa

Ubirajara Rancan de Azevedo Marques

biografias

4 6 12


SOCIEDADE DE CULTURA ARTÍSTICA DIRETORIA

Antonio Hermann D. Menezes de Azevedo VICE-PRESIDENTE Gioconda Bordon Fernando Lohmann, Gioconda Bordon, Ricardo Becker, Rodolfo Villela Marino SUPERINTENDENTE Frederico Lohmann PRESIDENTE

DIRETORES Carlos Mendes Pinheiro Júnior,

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO PRESIDENTE Fernando Carramaschi VICE-PRESIDENTE Roberto Crissiuma Mesquita CONSELHEIROS Antonio Hermann D. Menezes de Azevedo, Carlos José Rauscher, Francisco Mesquita Neto, Gérard Loeb, Henri Philippe Reichstul, Henrique Meirelles, Jayme Sverner, Marcelo Kayath, Milú Villela, Pedro Parente, Plínio José Marafon, Roberto Baumgart

CONSELHO CONSULTIVO

Alberto Jacobsberg, Alfredo Rizkallah, George Zausner, João Lara Mesquita, Mário Arthur Adler, Patrícia Moraes, Stefano Bridelli, Sylvia Pinho de Almeida, Thomas Michael Lanz PROGRAMA DE SALA — EXPEDIENTE COORDENAÇÃO EDITORIAL

Gioconda Bordon

Silvia Pedrosa

SUPERVISÃO GERAL

EDIÇÃO

PROJETO GRÁFICO

EDITORAÇÃO ELETRÔNICA

ASSESSORIA DE IMPRENSA

Paulo Humberto L. de Almeida

Ludovico Desenho Gráfico

Conteúdo Comunicação

Marta Garcia

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE ESTADO DA CULTURA ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO — OSESP DIRETORA MUSICAL E REGENTE TITULAR Marin Alsop REGENTE ASSOCIADO Celso Antunes DIRETOR ARTÍSTICO Arthur Nestrovski FUNDAÇÃO ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO — ORGANIZAÇÃO SOCIAL DE CULTURA PRESIDENTE DE HONRA Fernando Henrique Cardoso

PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Fábio Colletti Barbosa

VICE-PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Antonio Carlos Quintella DIRETOR EXECUTIVO Marcelo Lopes SUPERINTENDENTE Fausto Augusto Marcucci Arruda MARKETING Carlos Harasawa diretor EVENTOS

Mauren Stieven supervisora, Gabrielle Coelho, Graziela Fernanda Gaeta Tognetti

APOIO A EVENTOS Felipe Lapa

Analia Verônica Belli gerente Mônica Cássia Ferreira gerente, Cristiano Gesualdo, Fabiane de Oliveira Araújo, Guilherme Vieira, Mariana de Almeida Neves, Regiane Sampaio Bezerra DEPARTAMENTO TÉCNICO Karina del Papa gerente, Aline Gurgel Siqueira, Angela da Silva Sardinha, Bianca Pereira dos Santos, Eliezio Ferreira de Araújo, Erik Klaus Lima Gomides, Gerson da Silva ILUMINAÇÃO Edivaldo José da Silva, Gabriel Barone SONORIZAÇÃO Andre Vitor de Andrade, Fernando Vieira da Silva, Renato Faria Firmino MONTAGEM Denilson Caroso Araújo, Edgar Paulo da Conceição, Emerson de Souza, Humberto Alves Coralino, José Carlos Ferreira, Júlio César Barreto de Souza, Kaique Ramos França, Marcio Dionizio, Nizinho Deivid Zopelaro, Rodrigo Batista Ferreira, Rodrigo Stevanin, Sandro Silvestre CONTROLADOR DE ACESSO Adailson de Andrade INDICADOR Reginaldo dos Santos Almeida encarregado DIVISÃO OPERACIONAL

DEPARTAMENTO DE OPERAÇÕES

realização MINISTÉRIO DA CULTURA


Gioconda Bordon

gioconda@culturaartistica.com.br

O Som dos Solistas de Trondheim As quatro últimas atrações da Temporada de 2016 apresentam grupos orquestrais de diferentes portes. Do pequeno conjunto de cordas norueguês destas duas noites passaremos a uma grande orquestra como a Filarmônica de Hamburgo, e, em seguida, às orquestras Tonhalle, de Zurique, e da Fundação Calouste Gulbenkian, de Lisboa — ambas com um número mais reduzido de instrumentistas. Os quatro grupos serão acompanhados por solistas renomadíssimos. Mas o principal desafio colocado por uma sequência de quatro orquestras é o de tentar perceber o som particular de cada uma. Como as orquestras criam seu som? Que tipo de imagem ou associação se liga a determinada sonoridade? A esse respeito, encontrei um texto bem interessante: “In the search of Trondheim Sound”. Nele, Andrew Mellor, editor da Classical FM, de Londres, destaca a limpidez e a simplicidade emocional como pontos centrais da interpretação do ensemble. A fonte de inspiração, segundo o diretor artístico Øyvind Gimse, vem do maestro Karsten Andersen (1920-1997). Uma das figuras mais importantes da vida sinfônica norueguesa, titular da Filarmônica de Bergen, Karsten acreditava que o som da orquestra tinha que ser simples e cristalino como a música folclórica de seu país, qualidades que Bjarne Fiskum, fundador do Trondheim, tentou transpor para o grupo. Gimse, que sempre inclui no repertório um compositor da Noruega, está convencido de que o som do grupo reflete a paisagem e o ar puro de suas montanhas. Num momento em que a sonoridade das orquestras se globaliza, é importante manter firmes as tradições e raízes de seu lugar de origem, e a musicalidade da Noruega está fortemente ligada à natureza. É este o som que vamos ouvir nessas duas apresentações. Um ótimo concerto a todos! 3


SÉRIE BRANCA Sala São Paulo, 10 de setembro, sábado, 21h

Trondheim Soloists Øyvind Gimse DIREÇÃO ARTÍSTICA Tine Thing Helseth TROMPETE Anton Webern (1883-1945) Langsamer Satz

Tomaso Albinoni (1671-1751)

Concerto em ré menor op. 9, n. 2 (transcrição da mesma peça para oboé) I. Allegro e non presto II. Adagio III. Allegro

c. 10’ c. 14’

Johann Sebastian Bach (1685-1750)

Concerto para em ré maior para trompete e orquestra de cordas, BWV 972

c. 8’

(transcrição do Concerto em ré maior para violino, RV 230 de Vivaldi op. 3 n. 9) I. [Maestoso — Allegro] II. Larghetto III. Allegro

intervalo

Piotr Ilich Tchaikóvski (1840-1893)

Souvenir de Florence c. 35’ I. II. III. IV.

Allegro con spirito Adagio cantabile e con moto Allegretto moderato Allegro vivace

Os concertos serão precedidos do Momento Musical, palestra de Irineu Franco Perpetuo sobre os compositores, peças e intérpretes da noite que acontece às 20 horas no auditório do primeiro andar da Sala São Paulo. O conteúdo editorial dos programas da Temporada 2016 encontra-se disponível em nosso site uma semana antes dos respectivos concertos.

4

Programação sujeita a alterações. facebook.com/culturartistica Instagram: @culturaartistica www.culturaartistica.com.br


SÉRIE AZUL Sala São Paulo, 11 de setembro, domingo, 21h

Trondheim Soloists Øyvind Gimse DIREÇÃO ARTÍSTICA Tine Thing Helseth TROMPETE Igor Stravinski (1882-1971)

c. 12’

Concerto em ré para orquestra de cordas I. Vivace II. Arioso: Andantino III. Rondo: Allegro

Rolf Wallin (1957-)

Elegia para trompete c. 5’

Johann Baptist Georg Neruda (1708-1780)

Concerto para trompete em mi bemol maior I. Allegro II. Largo III. Vivace

c. 15’

intervalo

Igor Stravinski (1882 — 1971)

Apollon Musagete c. 30’ Primeira cena Prólogo: O Nascimento de Apolo Segunda cena. Variação de Apolo Apolo e as Musas Variação de Calíope Variação de Polímnia Variação de Terpsícore Variação de Apolo Apolo e Terpsícore Coda: Apolo e as Musas Apoteose: Apolo e as Musas

5


Notas sobre o programa Ubirajara Rancan de Azevedo Marques

Num filão que vem sendo explorado por alguns dos mais notáveis conjuntos camerísticos contemporâneos, o norueguês Trondheim Soloists, recusando os ardis dum falso dilema, ao mesmo tempo conserva e inova. Às vezes performático — um exemplo é a estimulante interpretação de Mourão, de Guerra-Peixe —, seu repertório envolve não somente obras e artistas reconhecidos, mas composições e autores não tão divulgados, de hoje e do passado. As apresentações e registros do grupo costumam incluir solistas convidados — como, na atual turnê, a trompetista Tine Thing Helseth — e exibições com outros grupos, como a Trondheim Jazz Orchestra. Anton Webern nasceu em 1883, em Viena, e faleceu em Mittersill, também na Áustria, aos 62 anos. Reconhecido sobretudo como compositor, foi ainda regente de orquestra. Pertencente à chamada Segunda Escola Vienense, Webern despontou em meio à cena de alta cultura da capital austríaca nos anos 1910-20, juntamente com Alban Berg, sob a influência de Arnold Schönberg, o criador do Dodecafonismo, ou método da composição com doze tons. Langsamer Satz (movimento lento), de 1905, surge menos de um ano depois de Webern ter iniciado seus estudos com Schönberg e é anterior em oito anos ao chamado Skandalkonzert — concerto-escândalo de 1913 em que o Dodecafonismo dos três compositores chocou a tradição conservadora da capital da música clássica. A estreia dessa obra, contudo, ocorreu somente em 1962, nos Estados Unidos. Com aproximadamente apenas dez minutos de duração, é ainda assim uma das mais longas obras de Webern. Concebida para quarteto, sua sonoridade aqui se amplia, executada por conjunto de cordas. A composição atesta o perfeito domínio técnico de seu autor, então um jovem de 22 anos, justamente num quarteto, forma emblemática da excelência composicional. Variações tim-


brísticas densamente exploradas, ainda que restritas a uma pequena gama de instrumentos da mesma família; frequentes movimentos contrários entre o agudo da primeira voz e o grave da última, ampliando o espectro sonoro do conjunto; sobreposição de desenhos rítmicos, e o emprego simultâneo do pizzicato e do arco — todos esses elementos numa mesma peça combinam leveza, frescor e dramaticidade. A despeito de sua estrutura costumeira, sente-se na composição uma inconfundível atmosfera de transição, não só devida a seu autor, mas à própria música do período. A esse respeito, note-se o cromatismo das partes finais dos desenvolvimentos do primeiro e do segundo temas. A arte maior de Bach não foi própria nem amplamente reconhecida em vida. Mas começaria a sê-lo em 1802, pelas mãos de Johann Nikolaus Forkel, com a publicação de uma biografia do grande músico, e de Felix Mendelssohn, responsável por um sistemático trabalho de revivescência de seu legado. O marco inaugural desse trabalho de recuperação se deu em 1829, com a apresentação de A paixão segundo São Mateus, ainda que em versão abreviada e parcialmente alterada. Foi dirigida por Mendelssohn na Singakademie de Leipzig, cem anos após sua primeira audição, então conduzida pelo próprio Bach na mesma cidade. Nascido em 1685, em Eisenach, e falecido aos 65 anos, Bach viveu mais de um terço de sua vida em Leipzig, que nessa época já contava com a Gewandhausorchester, e onde, na Igreja de São Tomás, jazem seus restos mortais. O Concerto para em ré maior para trompete e orquestra de cordas, BWV 972, de 1713, é do período weimariano. Em verdade, trata-se de uma transcrição de Bach do Concerto em ré maior para violino, RV 230, de Vivaldi, o nono dos doze concertos de seu L’estro armonico. Justamente em Weimar, Bach — no mesmo ano dessa transcrição — teve acesso a um rico conjunto de música italiana trazido havia pouco de Amsterdã, do qual faziam parte tais concertos. Nesse momento decisivo no amadurecimento de sua arte, o futuro autor da Grande missa combinaria doravante o estilo contrapontístico francês e alemão com o desenvolvimento temático e a planificação harmônica ao gosto vivaldiano. Na composição de Vivaldi, o concerto em pauta destaca o violino e, na recomposição de Bach, o trompete. Arquitetada em três curtos movimentos — [maestoso — allegro], larghetto e allegro —, a obra obedece, 7


assim, à estrutura que ficou consagrada no assim chamado “concerto barroco”, da qual o artista veneziano foi um dos grandes desenvolvedores e Bach — com os Concertos de Brandenburgo — seu inegável ápice. A peça apresenta um nítido e intenso diálogo entre solista e orquestra na alternância das frases musicais — às vezes no interior de uma só e mesma frase —, com solista e orquestra revezando-se na proposição de novos conteúdos. Embora dotado de formação musical rigorosa, Tomaso Albinoni considerava-se um amador. Veneziano como Vivaldi, seu contemporâneo, nasceu e morreu na laguna vêneta, tendo ainda estado em Florença e em Munique. Durante uma relativamente longa vida — faleceu em 1751, aos oitenta anos incompletos —, Albinoni compôs música sacra, vocal-instrumental, cerca de cinquenta óperas e obras instrumentais. Foi por estas últimas que, tanto pela inventividade melódica quanto pela vivacidade rítmica, tornou-se consideravelmente apreciado, já em vida — Bach, por exemplo, compôs quatro de suas fugas para cravo a partir de temas de Albinoni. Dos doze concertos de Albinoni, oito são para oboé e orquestra de cordas, sendo que quatro incluem um segundo oboé. O Concerto em ré maior op. 9, n. 2, aqui apresentado em versão para trompete e orquestra de cordas, é o mais conhecido deles, e uma de suas obras mais celebradas. O primeiro e o terceiro movimentos (allegro e non presto e allegro) originalmente apresentam, sempre em forma dialogal, os mesmos desenhos rítmico-melódicos entre a parte solista e a acompanhadora. Já o segundo movimento (adagio), que no original tem o oboé em região aguda — instrumento cuja sonoridade penetrante é também delgada —, contrapõe as notas longas do solo com o desenho fracionado do acompanhamento. Piotr Ilich Tchaikóvski nasceu em Votkinsk, na Rússia, em 1840, e morreu aos 53 anos, em São Petersburgo, em cujo conservatório formara-se. Tida por “ocidentalizante”, sua obra, nessa medida, opunha-se à orientação “nacionalista” do chamado grupo d’Os Cinco, cujo principal expoente foi Rimsky-Korsakov. Pressionado por dificuldades de ordem pessoal e social, Tchaikóvski viajou muito e esteve várias vezes na Itália, particularmente em Florença. À sua patronesse, Condessa Nadezhda Von Meck, certa vez declarou: 8


“Este país é um dom de Deus!”. Seu amor pelo bel paese foi mesmo declaradamente expresso em Capricho italiano e Souvenir de Florence — peça na qual começara a trabalhar em 1887, e que só entregaria ao editor no começo da década seguinte. Essas obras são posteriores ao primeiro de seus três balés (Lago dos cisnes) e ao Concerto para piano e orquestra n. 1, mas anteriores à Sinfonia n. 6, a Patética. Souvenir de Florence foi originalmente composto para sexteto de cordas. Última obra de câmera de Tchaikóvski, custou-lhe alguns anos de árduo e muitas vezes frustrado trabalho. Seus quatro movimentos — allegro con spirito, adagio cantabile e con moto, allegretto moderato e allegro vivace — denotam grande vigor e intensidade, perceptíveis na magistral exploração das variações timbrísticas e das diferentes tessituras dos instrumentos envolvidos. Ao contrário do Capricho, porém, que trazia a própria Itália para si, Souvenir de Florence não terá temas caracteristicamente italianos, mas russos. Assim, o souvenir florentino será talvez uma alusão à cidade na qual também esteve sua protetora, que, então doente, na Rússia, não podia sair de casa: “Eu sei que você ama música de câmera, e estou feliz porque poderá ouvir meu sexteto”. Igor Stravinski, russo de Oranienbaum, migrou de seu país natal em 1914, estabeleceu-se primeiro na Suíça e mais tarde fixou residência em Paris, entre 1920 e 1939. Viveu nos Estados Unidos entre 1939 e 1971, naturalizou-se americano em 1945 e faleceu em Nova York, aos 88 anos. Conforme seu desejo, foi enterrado na Ilha de San Michele, em Veneza, próximo da sepultura de seu conterrâneo e amigo Sergei Diaghilev. Foi justamente para os Ballets russes de Diaghilev que Stravinski compôs, entre 1909 e 1913, O pássaro de fogo, Petrushka e A sagração da primavera, obras que o celebrariam não só como um dos maiores compositores do século, mas também como um brilhante orquestrador e reinventor do balé. O Concerto em ré para orquestra de cordas, de 1946, e Apollon Musagete (Apolo, Líder das Musas) — balé em duas cenas originalmente escrito em 1928, revisto em 1947 e gravado nos Estados Unidos, com regência do próprio Stravinski, em 1950 —denotam o neoclassicismo característico da segunda das três fases em que é habitualmente disposta a obra do compositor. 9


Esse concerto, concebido em três movimentos — vivace; arioso: andantino; rondo: allegro —, não sendo das mais conhecidas obras do autor, apresenta textura sonora e trama rítmica características do gênio stravinskiano. Pouco tempo depois de sua estreia, ocorrida em 1947 (mesmo ano da revisão de Apollon Musagete), Stravinski chegou a uma nova versão da partitura, com substanciais alterações em seu rondo. Tomado de admiração pela beleza das linhas na dança clássica, Stravinski inspirou-se nelas para escrever a música de Apollo. A austeridade do estilo, então, determinou a estrutura do conjunto musical a dar-lhe expressão. Nesse caso, por sua grande e complexa heterogeneidade, a orquestra sinfônica foi posta de lado pelo compositor, assim como a possibilidade de conjuntos menores com madeiras e metais, cujos efeitos já tinham sido demasiado explorados. Para aqueles familiarizados com os primeiros balés do artista — obras com enorme variedade timbrística, harmônica e rítmica, compostas para grande orquestra —, Apollo, cuja execução restringe-se a uma pequena orquestra de cordas, soará talvez como seu anverso; ou, como nas palavras de Diaghilev: “música de alguma maneira não deste mundo, mas de algum lugar acima dele”. Johann Baptist Georg Neruda (aproximadamente 1708-80), nasceu no então Reino da Boêmia, provavelmente na cidade de Rosice, e faleceu em Dresden, na Alemanha, cidade onde terá vivido por mais de uma década. Pouco conhecido em relação a outros músicos do período, compôs um representativo conjunto de obras — sinfonias, concertos, música litúrgica, uma ópera —, do qual certa parte permanece em forma manuscrita. Entre seus concertos, destaca-se o Concerto em mi bemol maior, aqui apresentado na versão para trompete e orquestra de cordas, embora o instrumento solista original fosse o corno da caccia, o antecessor da trompa moderna, e não o instrumento que mais tarde passou a ser conhecido por esse nome. O fato de o corno da caccia da época não dispor de válvulas impunha uma limitação técnica, o que justifica os três movimentos do concerto de Neruda — allegro, largo e vivace, cada um dos quais com uma cadenza própria (ou duas, como no segundo movimento) — conservarem a mesma tonalidade. Tal restrição, presente na melodia e na harmonia musicais da obra, longe de comprometer seu interesse e beleza, contudo, termina por revelar a inspiração e a maestria de Neruda, fatores determinantes do sucesso desse concerto, ainda hoje executado pelo moderno corno da caccia ou trompa piccola. 10


Rolf Wallin (1957) é natural de Oslo. Músico versátil, no início de sua carreira atuou como trompetista em conjuntos de música antiga, mas também em grupos de jazz experimental e rock’n’roll. A técnica composicional de Wallin enveredou igualmente pela computação e pela geometria dos fractais, gerando obras caracteristicamente concebidas no âmbito da chamada arte fractal. Ademais de obras orquestrais e de câmera, Wallin compôs ainda para mídia mista, criou instalações e desenvolveu música eletroacústica para muitos grupos da Noruega. Acumulando vários e importantes prêmios, bem como amplo reconhecimento internacional, Rolf Wallin é hoje considerado o principal compositor norueguês desde Grieg. A Elegia para trompete foi composta em 1976 para o funeral de sua irmã. Às versões da obra para trompete e piano e trompete e órgão soma-se a versão para trompete e orquestra de cordas, de 2009. No campo literário as elegias gregas e romanas terminaram por adquirir um tom predominantemente melancólico, apto a exprimir a dor. A Elegia de Wallin ressoa o mesmo diapasão e mostra-se de uma simplicidade a um tempo altiva e comovente. Em compasso ternário, ao trompete solista conforma-se um acompanhamento que, na quase totalidade de seus sessenta compassos, é representado por blocos sonoros compactos, de igual valor, em seus três tempos. Esse ostinato, qual marca de uma caminhada cujo telos ultrapassa-nos, corrobora — mas sem consonância — um canto desde sempre nostálgico. Com isso, exposição, desenvolvimento e reexposição na Elegia marcam uma obra tão estruturalmente simples quanto conceitualmente profunda.

Ubirajara Rancan de Azevedo Marques, docente e pesquisador no Departamento de Filosofia da UNESP, estudou piano com Souza Lima entre 69 e 79. Solista e camerista nos anos 70 e 80, fundou e dirigiu corais na Baixada Santista e em Marília. É autor de Rameau, Rousseau and Kant on Music e editor de Kant e a Música.

11


Trondheim Soloists A orquestra de cordas Trondheim Soloists foi criada em 1988 para estimular o aperfeiçoamento dos alunos mais talentosos do Conservatório de Trondheim, na Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia. Seu fundador, o violinista Bjarne Fiskum, liderou o grupo até 2002, ano em que passou o bastão para o violoncelista Øyvind Gimse. Tão logo a orquestra alcançou as plateias de outras cidades da Europa, foi imediatamente reconhecida como excepcional. Muitos críticos atribuem o sucesso do grupo à clareza de sua sonoridade e a uma contagiante jovialidade. A discografia dos solistas de Trondheim, a terceira maior cidade da Noruega, já conta com mais de 50 álbuns. O primeiro CD com repercussão internacional foi gravado pela Deutsche Gramophone em 1999 e teve como solista a célebre violinista alemã Anne-Sophie Mutter, uma intérprete que escolhe rigorosamente as orquestras com que trabalha. O CD, com As quatro estações, de Antonio Vivaldi, e O trinado do Diabo, de Giuseppe Tartini, ultrapassou a marca dos 700 mil discos vendidos — uma verdadeira façanha para a música erudita. No conjunto de sua discografia figuram sete indicações ao Grammy. Em 2001, o ensemble ampliou o comprometimento com a educação musical de seu país e criou o projeto The Trondheim Junior Soloists, um conjunto formado por 20 instrumentistas de 14 a 19 anos. Estudantes de todas as escolas do país são recrutados para integrar o grupo, onde permanecem por um período de 4 a 5 anos. O principal objetivo é estimulá-los a conhecer e dominar o repertório camerístico, para que, ao fim de sua formação, possam integrar trios ou quartetos de alto nível técnico. O conjunto se apresenta nos principais teatros do mundo, em cidades como Berlim, Nova York, Londres e Beijing. Seu repertório é bastante abrangente — uma característica comum a quase todos os grupos de câmara em atividade. Os Trondheim Soloists passam do barroco ao jazz, da música contemporânea ao rock ou ao tango com a mesma fluência e musicalidade que demonstram nos programas eruditos. Dentre os instrumentistas que se apresentam com o conjunto norueguês destacam-se nomes como Joshua Bell, Leif Ove Andsnes, Martin Fröst e Arve Tellefsen.


NIKOLAJ LUND

Saiba mais O CD Magnificat, com composições de Kim André Arnesen, Aaron Jay Kernis e Ola Gjeilo, gravado em 2014 pelo selo 2L, foi indicado ao Grammy na categoria Best Surround Sound Album.

13


Øyvind Gimse O violoncelista Øyvind Gimse nasceu em 9 de setembro de 1968 na cidade de Kongsvinger, na Noruega. Estudou na Academia e Universidade de Música e Artes em Viena, bem como em Salzburgo e Munique. Foi aluno de grandes mestres do violoncelo, como o alemão Walter Nothas, o sueco Frans Helmerson, da Academia de Kronberg, e o inglês de origem polonesa William Pleeth, professor da Guildhall School of Music and Drama, de Londres. Sua vida profissional desenvolveu-se principalmente em seu país de origem. De 1991 a 1997 foi o primeiro violoncelo da Trondheim Symphony Orchestra; logo em seguida, em 1998, integrou a prestigiosa Norwegian Chamber Orchestra, onde permaneceu até 2001. Em 2002, assumiu o posto de diretor artístico da Trondheim Soloists, cargo que ocupa até hoje. Gimse tem viajado com o grupo em inúmeras turnês europeias, consolidando, assim, a fama e o prestígio da orquestra junto ao público e à crítica. As apresentações com a violinista Anne-Sophie Mutter como solista, em várias capitais da Europa e no Carnegie Hall, em Nova York, levaram a Trondheim Soloists a figurar na lista das melhores orquestras de câmara da atualidade. Mantendo em seu repertório as obras dos compositores fundamentais dos períodos barroco, clássico e romântico, Gimse não deixa de se relacionar com os compositores de hoje, dos quais vem executando peças inéditas nos principais palcos e festivais da Europa. Em 2004, estreou a obra On the edge of the abyss, da russa Sofia Gubaidulina, durante o Trondheim Festival of Chamber Music. Ao lado da Amsterdam Sinfonietta, executou o solo de violoncelo na estreia mundial de Fachwerk, peça de 2009 — também de autoria de Gubaidulina — para orquestra de cordas, percussão e bayan, uma espécie de acordeom russo. Gimse apresenta-se também em recitais de música de câmara, ao lado de violinistas como Natalia Prischepenko e Leonidas Kavakos. É professor do Departamento de Música na NTNU, Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia. Seu violoncelo é um Francesco Goffriller, de 1735, cedido pelo Savings Bank Foundation/Dextra Musica.


DIVULGAÇÃO

Saiba mais Em abril deste ano, sob a direção de Øyvind Gimse, Trondheim Soloists lançaram um novo CD pelo selo 2L. No repertório, as Variações de um tema de Frank Bridge, de Benjamin Britten; Fantasia sobre um tema de Thomas Tallis, de Ralph Vaughan e Apollon Musagète, de Igor Stravinski.


Tine Thing Helseth Nascida em Oslo, em 1987, Tine Thing Helseth pertence a uma geração de solistas noruegueses bastante influenciada pela linguagem das cordas e pelo idioma vocal, mesmo tendo optado por instrumento de metal, como é o caso desta jovem e brilhante musicista, uma das mais importantes trompetistas da atualidade. Helseth começou a tocar trompete aos 7 anos e aos 20 conquistou o Newcomer of the Year, uma das categorias do Norwegian Grammy Award, prêmio concedido pela primeira vez a uma trompetista. Sua coleção de títulos e premiações é impressionante: National Talent Prize, em 2004; Oslo Music Teachers Foudantion Prize of Honour, em 2005; The Norwegian Boardcasting’s Soloist Prize, em 2006/2007, entre outros. Em agosto de 2013, Tine fez sua estreia no PROMS, no Royal Albert Hall, em Londres, palco do mais importante festival de música clássica do mundo, ponto de partida imprescindível para os músicos que almejam entrar no circuito das temporadas de concertos internacionais. Ela também marcou presença na estreia mundial da peça Chute d’Étoiles, para dois trompetes e orquestra, de Matthias Pintscher. Helseth atua com as mais prestigiosas orquestras, tais como a Trondheim Soloists, a Orquestra de Câmara de Viena e de Stuttgart, a Ulster Symphony Orchestra e a Philharmonie Baden-Baden. Está regularmente presente nos principais festivais europeus e trabalha ao lado de regentes como Andris Nelsons, Ariel Zuckermann, Arvid Engegard e Øyvind Gimse. De acordo com a crítica, Tine demonstra um perfeito domínio do trompete ao alcançar com segurança seus registros mais altos e enérgicos, ao mesmo tempo em que explora com naturalidade as melodias quentes e melancólicas que o instrumento consegue expressar. Desde 2007 Tine lidera o conjunto tenThing, formado por dez intérpretes, todas mulheres, do naipe dos metais: trompete, trombone, tuba e trompa. O grupo trabalha em estreita colaboração com o guitarrista e arranjador Jarle Storlokken. Com agenda de concertos disputada e um repertório bastante eclético, o tenThing interpreta novos arranjos para peças clássicas de compositores como Mozart, Grieg e Piazzolla.


DIVULGAÇÃO

Saiba mais O mais recente CD de Tine Thing Helseth foi lançado em 2013, pela Warner Classics, com obras de Jacques Ibert, George Enescu, Manuel de Falla e Paul Hindemith entre outros. A trompetista é acompanhada ao piano por Kathryn Stott.

17


18


NIKOLAJ LUND

Trondheim Soloists Øyvind Gimse DIREÇÃO ARTÍSTICA VIOLINOS

Daniel Turcina, spalla Anders Larsen Anna Adolfsson Vestad Sigrid Stang Stefan Penjin Stina Elisabet Andersson Tor Alvin Wika Renata Kubala Oliver Leonhard Dyb VIOLAS

Björn Natanael Huarui Guo Guro Lysaker Næss Kristoffer Bjerke Gjærde Jørgen Holm Klevar VIOLONCELOS

Øyvind Gimse Jaroslav Havel Marit Aspås CONTRABAIXOS

Ole-Herman Schøyen Sjölin Rolf Hoff Baltzersen DIRECTOR EXECUTIVO

Steinar Larsen

19


2016 patrocinadores master

patrocinadores platina

patrocinadores ouro


patrocinadores prata

patrocinadores bronze

apoio

realização MINISTÉRIO DA CULTURA


AMIGOS DA CULTURA ARTÍSTICA Agradecemos a todos que contribuem para tornar realidade os espetáculos e projetos educativos promovidos pela Cultura Artística. MECENAS Adolpho Leirner Álvaro Luiz Fleury Malheiros Ana Lucia e Sergio Comolatti Ana Maria Igel e Mario Higino Leonel Ane Katrine e Rodolfo Villela Marino Anna Helena Americano de Araújo Antonio Corrêa Meyer Antonio Hermann D. M. Azevedo Arsenio Negro Jr. Beatriz Baumgart Tadini Carmo e Jovelino Mineiro Claudio Thomaz Lobo Sonder Cristian Baumgart Stroczynski Cristina Baumgart Daniel Feffer Denise Pauli Pavarina Flávio e Sylvia Pinho de Almeida Frédéric de Mariz Gioconda Bordon Giovanni Guido Cerri Hélio Seibel Henri Slezynger e Dora Rosset Israel Vainboim Jacques Caradec Jean Claude Ramirez João e Odila Rabello Jorge José Proushan z”l Jorge Sidney e Nadia Atalla José Carlos Evangelista José E. Queiroz Guimarães José Luiz e Sandra Setúbal José Roberto Opice Karin Baumgart Srougi Lázaro de Mello Brandão Marcelo Kayath Marcos Baumgart Stroczynski Marcos Braga Rosalino Marisa e Jan Eichbaum Michael e Alina Perlman Milú Villela Minidi Pedroso Nelson Nery Junior Olavo Setúbal Jr. Orlandia Otto Baumgart Paulo Bruna

Bruno Alois Nowak Calçados Casa Eurico Carla e Jaime Pinsky Carlos Chagas Rodrigues Carlos P. Rauscher Claudia Annunziata G. Musto Claudio Alberto Cury Claudio e Selma Cernea Dario Chebel Labaki Neto MANTENEDORES Dario e Regina Guarita Edith Ranzini Alexandre e Silvia Fix Eduardo Secchi Munhoz Antonio Ailton Caseiro Eduardo Simplicio da Silva Antonio Kanji Edward Launberg Cleide e Luiz Rodrigues Corvo Elias e Elizabeth Rocha Barros Edy Gomes Cassemiro Elisa Wolynec Erwin e Marie Kaufmann Evangelina Lobato Uchoa Fernando Eckhardt Luzio Fernando de Azevedo Corrêa Francisco Humberto de Abreu Maffei Francisco J. de Oliveira Jr. Henri Philippe Reichstul Francisco Montano Filho Lea Regina Caffaro Terra Gerard Loeb Livio De Vivo Gustavo e Cida Reis Teixeira Marcelo Pereira Lopes de Medeiros Heinz Jorg Gruber Maria Zilda Oliveira de Araújo Henrique Lindenberg Neto Mario Arthur Adler Humberto de Andrade Soares Michael Haradom Isaac Popoutchi Neli Aparecida de Faria Israel Sancovski Nelson Pereira dos Reis Issei e Marcia Abe Regina e Gerald Reiss Izabel Sobral Ricard Takeshi Akagawa Jayme Sverner Ruy e Celia Korbivcher José e Priscila Goldenberg Ruy Souza e Silva e Fátima Zorzato José Thales S. Rebouças Silvia e Fernando Carramaschi Junia Borges Botelho Stela e Jayme Blay Katalin Borger Tamas Makray Leo Kupfer Thomas Frank Tichauer Valeria e Antonio Carlos Barbosa de Oliveira Lúcia Lohmann e Nemer Rahal Luiz Diederichsen Villares Wolfgang Knapp Luiz Franco Brandão 3 Mantenedores Anônimos Luiz Henrique Martins Castro Luiz Marcello M. de Azevedo Filho BENFEITORES Malú Pereira de Almeida Marco Tullio Bottino Abram e Clarice Topczewski Marcos de Mattos Pimenta Alberto Whitaker Maria Adelaide Amaral Alfredo Rizkallah Maria Bonomi Andrea Sandro Calabi Maria Helena Peres Oliveira Antonio Carlos Marcondes Machado Maria Teresa Igel Arnaldo Malheiros Marta D. Grostein Paulo Proushan Regis Edouard Alain Dubrule Roberto Baumgart Rosa Maria de Andrade Nery Ursula Baumgart 6 Mecenas Anônimos


MV Pratini de Moraes Nelson Vieira Barreira Oscar Lafer Oswaldo Henrique Silveira Patricia de Moraes Paula e Hitoshi Castro Paulo Cezar Aragão Paulo Guilherme Leser Paulo Roberto Pereira da Costa Percival Lafer Raphael Pereira Crizantho Renata e Sergio Simon Roberto e Luizila Calvo Rosa Maria Graziano Ruben Halaban Sergio Luiz Macera Thyrso Martins Ulysses de Paula Eduardo Jr. Vavy Pacheco Borges Vivian Abdalla Hannud Walter Ceneviva Wilma Kövesi (i. m.) 11 Benfeitores Anônimos APOIADORES Alberto M.R. Barros Neto Alessandro e Dora Ventura Aluízio Guimarães Cupertino Ana Elisa e Eugenio Staub Filho Ana Maria Malik Anna Veronica Mautner Arnoldo Wald Beatriz e Numa Valle Beatriz Garcez Lohmann Blue Travel Agência de Viagens Carlos Mendes Pinheiro Junior Carmen Guarini Cássio Augusto Macedo da Silva Charles e Sandra Cambur Ciça Callegari e Luiz Eugenio Mello Daniela e Frederico Carramaschi Edson Eidi Kumagai Eduardo e Rafaela Queiros Eliana Regina Marques Zlochevsky Elizabete e Mauro Guiotoku Eric Alexander Klug Flavio e M. Lucia de Oliveira Francisco, Mariana e Gabriela Turra Galícia Empreend. e Participações Ltda Geraldo Medeiros-Neto Guilherme Ary Plonski Gustavo Henrique Machado de Carvalho Helio e Livia Elkis Horacio Mario Kleinman Irente Kantor

João Baptista Raimo Jr. José Carlos Dias José Francisco Kerr Saraiva José Rubens Pirani Lilia Katri Moritz Schwarcz Luci Banks Leite Lucila Pires Evangelista Luiz Roberto de Andrade Novaes Luiz Schwarcz M. Luiza Santari M. Porto Marcello D. Bronstein Marcos Pires Campos Maria da Graça e Mario Luiz Rocco Maria Ines Galli Maria Joaquina Marques Dias Maria Lucia Alexandrino Segall Maria Tereza e Rodolfo Antonio de Lara Campos Marilene Melo Mario Roberto Rizkallah Mathias Eggers Gorab Mauro André Mendes Finatti Omar Fernandes Aly Patrícia Upton e Nelson Ascher Paulo Emilio Pinto Paulo Mordehachvili Pedro Spyridion Yannoulis Plinio J. Marafon Raquel Szterling Nelken Raul Antonio Correa da Silva Relacionarte Marketing e Produções Culturais Regina Celidonio e Luiz Fernando Caiuby L. da Silva Ricardo Hering Roberto Falzoni Teli Penteado Cardoso Walter Jacob Curi 24 Apoiadores Anônimos

Lista atualizada em 26 de agosto de 2016

Para mais informações, ligue para (11) 3256 0223, escreva para amigos@culturaartistica.com.br ou visite www.culturaartistica.com.br/amigos


Agradecemos a todos que têm contribuído, de diversas maneiras, para o esforço de construção do novo Teatro Cultura Artística. PATROCINADORES

PRINCIPAIS DOADORES (R$ 5.000,00 ou mais) Adolpho Leirner Affonso Celso Pastore Agência Estado Aggrego Consultores Airton Bobrow Alexandre e Silvia Fix Alfredo Egydio Setúbal Alfredo Rizkallah Álvaro Luís Fleury Malheiros Ana Maria Levy Villela Igel Antonio Carlos Barbosa de Oliveira Antonio Carlos de Araújo Cintra Antonio Corrêa Meyer Arnaldo Malheiros Arsenio Negro Jr. Aurora Bebidas e Alimentos Finos Banco Pine Banco Safra Bicbanco Bruno Alois Nowak Calçados Casa Eurico Camargo Correa Camilla Telles Ferreira Santos Carlos Nehring Netto CCE Center Norte Cláudio e Rose Sonder Cleõmenes Mário Dias Baptista (i.m.) Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração Daniela Cerri Seibel e Helio Seibel Dario Chebel Labaki Neto Dora Rosset Editora Pinsky Ltda. Elias Victor Nigri Elisa Wolynec EMS Erwin e Marie Kaufmann

Eurofarma Fabio de Campos Lilla Fanny Ribenboin Fix Fernando Eckhardt Luzio Fernando Lohmann Fernão Carlos Botelho Bracher Festival de Salzburgo Flávio e Sylvia Pinho de Almeida Francisca Nelida Ostrowicz Francisco H. de Abreu Maffei Frédéric de Mariz Frederico Lohmann Fundação Filantrópica Arymax Gerard Loeb Gioconda Bordon Giovanni Guido Cerri Heinz J. Gruber Helga Verena Maffei Henri Philippe Reichstul Henri Slezynger Henrique Meirelles Idort/SP Israel Vainboim Jacques Caradec Jairo Cupertino Jayme Bobrow Jayme Sverner Joaquim de Alcântara Machado de Oliveira Jorge Diamant José Carlos e Lucila Evangelista José E. Queiroz Guimarães José Ephim Mindlin Jose Luiz Egydio Setúbal José M. Martinez Zaragoza José Roberto Mendonça de Barros José Roberto Opice Jovelino Carvalho Mineiro Filho


Theodoro Jorge Flank Katalin Borger Thomas Kunze Lea Regina Caffaro Terra Thyrso Martins Leo Madeiras Unigel Livio De Vivo Ursula Baumgart Luís Stuhlberger Vale Luiz Diederichsen Villares Vavy Pacheco Borges Luiz Gonzaga Marinho Brandão Vitor Maiorino Netto Luiz Rodrigues Corvo Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados Vivian Abdalla Hannud Volkswagen do Brasil Ind. de Veículos Automotores Ltda. Mahle Metal Leve Wolfgang Knapp Maria Adelaide Amaral Yara Baumgart Maria Alice Setúbal 3 Doadores Anônimos Maria Bonomi Maria Helena de Albuquerque Lins Marina Lafer Mário Arthur Adler Marisa e Jan Eichbaum Gostaríamos de agradecer também as doações de mais Martha Diederichsen Stickel de 200 empresas e indivíduos que contribuíram com até Michael e Alina Perlman R$ 5.000,00. Lamentamos não poder, por limitação de Milú Villela espaço, citá-los nominalmente. Minidi Pedroso Moshe Sendacz Natura Neli Aparecida de Faria Nelson Reis Nelson Vieira Barreira Oi Futuro Oswaldo Henrique Silveira Otto Baumgart Indústria e Comércio Paulo Bruna Paulo Setúbal Neto Pedro Herz Pedro Pullen Parente Pinheiro Neto Advogados Polierg Tubos e Conexões Polimold Industrial S.A. Porto Seguro Raphael Pereira Crizantho Ricard Takeshi Akagawa Ricardo Egydio Setúbal Ricardo Feltre Ricardo Ramenzoni Richard Barczinski Roberto Baumgart Roberto Egydio Setúbal Roberto e Luizila Calvo Ruth Lahoz Mendonça de Barros Ruy e Celia Korbivcher Salim Taufic Schahin realização Samy Katz Sandor e Mariane Szego Santander São José Construções e Comércio (Construtora São José) Silvia Dias Alcântara Machado Stela e Jayme Blay Suzano Tamas Makray


U M A

O B R A - P R I M A

O MAKSOUD PLAZA apoia a Temporada 2016

da Cultura Artística AL. CAMPINAS, 150 BELA VISTA SÃO PAULO . SP MAKSOUD.COM maksoud@maksoud.com.br


PARA NÓS, INVESTIR EM CULTURA É INVESTIR EM UM MUNDO MUITO MAIS ORIGINAL. O dinheiro não move o mundo, mas o que você faz de original com ele transforma muitas coisas. É por isso que o Banco Original patrocina a cultura e incentiva todos os seus clientes a criarem uma nova relação com suas finanças. Descubra um jeito novo de cuidar do seu dinheiro.

Você é original. Esse banco é seu. w w w.original.com.br



QUEM CONHECE, CONHECE BDO Uma das Big 5 Líder no middle market 22 escritórios no Brasil Audit | Tax | Advisory

www.facebook.com/bdobrazil www.twitter.com/bdobrazil www.instagram.com/bdo_brazil www

www.bdobrazil.com.br


GOVERNANÇA, ESTRATÉGIA E CRIAÇÃO DE VALOR Presença estratégica em setores-chave, disciplina de capital e capilaridade dos negócios permitem ao Ultra, mesmo em cenários adversos, com resiliência e solidez financeira, manter seu compromisso de geração de valor e crescimento.

85%

dos municípios brasileiros são alcançados por alguma atividade do Ultra

R$ 6bi

foram investidos em cinco anos nos negócios

+ 14 mil

colaboradores em todos os estados do Brasil e em mais 8 países

18%

de crescimento médio anual de EBITDA nos últimos cinco anos

12%

de crescimento médio anual da receita nos últimos cinco anos

15%

de crescimento médio anual de lucro líquido nos últimos cinco anos

EXTRAFARMA varejo farmacêutico IPIRANGA distribuição de combustíveis OXITENO especialidades químicas ULTRACARGO armazenagem de granéis líquidos ULTRAGAZ distribuição de GLP www.ultra.com.br


ARTES VISUAIS, MÚSICA, DANÇA, TEATRO, CINEMA. O MELHOR DA CULTURA VOCÊ ENCONTRA DE GRAÇA NO ITAÚ CULTURAL.

Rael | foto: Chris Rufatto Espaço Olavo Setubal | foto: Edouard Fraipont Exposição Sergio Camargo: Luz e Matéria | foto: André Seiti Evento || Entre || Arte e Acesso | foto: Ivson Miranda Ilú Obá de Min | foto: Ivson Miranda

/itaucultural avenida paulista 149 são paulo fone +55 11 2168 1777 atendimento@itaucultural.org.br

Realização


Qual o som do compromisso com a música?

O Credit Suisse também ouve atentamente, quando se trata de música clássica. É por isso que somos, com muito orgulho, patrocinadores da Sociedade de Cultura Artística.

credit-suisse.com/sponsoring


coleçãopaladar

viagens gastronômicas SEU DESTINO É COMER BEM.

TESTAMOS O MELHOR DA GASTRONOMIA DE CADA DESTINO PARA FAZER ESSE APLICATIVO. (Sim, nós temos o emprego dos sonhos.) As melhores dicas de restaurantes, bares, feiras e mercados de Nova York, Londres, Paris e Buenos Aires agora na sua mão. Tudo com o conhecimento, a experiência e a credibilidade da equipe Paladar do Estadão.

Cabaña Villegas

Paladar

A - Z

D I S TÂ N C I A

Barney Greengrass

M A PA

A - Z

Cabaña Villegas Alicia Moreau de Justo 1050 (Puerto Madero)

D I S TÂ N C I A

7164 km

Barney Greengrass

7165 km

Carnegie Deli

7168 km

205 E. Houston St.(Lower East Side)

541 Amsterdam Ave(Upper West Si...

Desnível Defensa 855 ( San Telmo)

854 7th Ave.(Midtown West)

Don Julio Guatemala 4691, esq. Gurruchaga (Palermo Viejo)

7684.6 km

Katz’sDelicatessen

Mile End

El Obero Agustín R. Caffarena 64 (la Boca)

7164 km

M A PA

7686.7 km

7684.6 km 7677.3 km

97A Hoyt St. (Brooklyn)

Russ and Daughters

El Pobre Luis

Arribeños 2393, esq. Blanco Encalada (Belgrano) 7169 km

179 E. Houston St. (lower East Side)

7680.8 km

La Brigada (San Telmo)

Buenos Aires

Londres

Nova York

Paris

Próximos destinos

Hereford Road

AA- -ZZ

D I S TÂ N C I A

M A PA

10 Greek Street

São Paulo Itália

Espanha

10 Greek Street (Soho)

Anchor & Hope

36 The Cut (Southwark)

Fox & Anchor

115 Charterhouse Street (Clerkenwell)

Great Queen Street

32 Great Queen Street (Covent Gard...

9487.3 km 9487.5 km 9489.2 km

Hix

A - Z

Abri

D I S TÂ N C I A

92, rue du Faubourg-Poissonnière (10...

Bigarrade 106, rue Nollet (17ème)

Chatomat

6, rue Victor Letalle (20ème)

9487.8 km

Chez L’Ami Jean

9484.4 km

Frenchie

Hereford Rood

3 Hereford Road (Westbourne Grove)

Frenchie

27, rue Malar (7ème)

5-6, rue du Nil (2ème)

M A PA

9393.9km

9393.2 km 9394.9 km 9390.3km 9393.0 km


2016 8 E 9 DE MARÇO REGÊNCIA 7 E 8 DE MAIO REGÊNCIA PIANO

Orquestra Filarmônica de Viena Valery Gergiev Orquestra da Academia Nacional Santa Cecilia Sir Antonio Pappano Beatrice Rana

17 E 18 DE MAIO

Quatuor Ebène

4 E 5 DE JUNHO VIOLONCELO

Jean-Guihen Queyras

18 E 19 DE JUNHO PIANO 23 E 24 DE AGOSTO PIANO 10 E 11 DE SETEMBRO DIREÇÃO ARTÍSTICA TROMPETE 26 E 27 DE SETEMBRO REGÊNCIA VIOLONCELO MEZZOSOPRANO 16 E 18 DE OUTUBRO REGÊNCIA PIANO 7 E 8 DE NOVEMBRO REGÊNCIA VIOLONCELO

Jerusalem Chamber Music Festival Ensemble Elena Bashkirova Leif Ove Andsnes Trondheim Soloists Øyvind Gimse Tine Thing Helseth Orquestra Filarmônica de Hamburgo Kent Nagano Gautier Capuçon Mihoko Fujimura Orquestra Tonhalle de Zurique Lionel Bringuier Nelson Freire Orquestra Gulbenkian Lawrence Foster Antonio Meneses Programação e datas sujeitas a alterações.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.