Orquestra Filarmônica de Hamburgo

Page 1

Orquestra Filarmônica de Hamburgo

2016 REGÊNCIA

Kent Nagano

VIOLONCELO

Gautier Capuçon

MEZZOSOPRANO

Mihoko Fujimura


O PROGRAMA DE BOLSAS DE ESTUDO MAGDA TAGLIAFERRO É REALIZADO EM PARCERIA COM A CULTURA ARTÍSTICA DESDE 2014 E, NESSES DOIS ANOS DE PROCESSO, SÓ VEM CRESCENDO! Gabriele Leite, aluna de Paulo Martelli

EM 2016, INCORPORAMOS O VIOLÃO ENTRE OS INSTRUMENTOS OFERECIDOS, AO LADO DE PIANO, FLAUTA, FAGOTE, VIOLINO E VIOLONCELO. VEJA QUEM SÃO OS JOVENS VIOLONISTAS CONTEMPLADOS. Henrique da Silva Carvalho, aluno de Fábio Zanon

Saiba mais sobre o programa e os bolsistas em http://culturaartistica.com.br/bolsas-magda-tagliaferro

apoio


O MINISTÉRIO DA CULTURA E A CULTURA ARTÍSTICA APRESENTAM

2016

Orquestra Filarmônica de Hamburgo REGÊNCIA

VIOLONCELO

MEZZOSOPRANO

Kent Nagano Gautier Capuçon Mihoko Fujimura

patrocínio

realização

gioconda bordon

3

programa

6

notas sobre o programa

Katia Kato e Paulo M. Kühl

biografias

4

12


SOCIEDADE DE CULTURA ARTÍSTICA DIRETORIA

Antonio Hermann D. Menezes de Azevedo VICE-PRESIDENTE Gioconda Bordon Fernando Lohmann, Gioconda Bordon, Ricardo Becker, Rodolfo Villela Marino SUPERINTENDENTE Frederico Lohmann PRESIDENTE

DIRETORES Carlos Mendes Pinheiro Júnior,

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO PRESIDENTE Fernando Carramaschi VICE-PRESIDENTE Roberto Crissiuma Mesquita CONSELHEIROS Antonio Hermann D. Menezes de Azevedo, Carlos José Rauscher, Francisco Mesquita Neto, Gérard Loeb, Henri Philippe Reichstul, Henrique Meirelles, Jayme Sverner, Marcelo Kayath, Milú Villela, Pedro Parente, Plínio José Marafon, Roberto Baumgart

CONSELHO CONSULTIVO

Alberto Jacobsberg, Alfredo Rizkallah, George Zausner, João Lara Mesquita, Mário Arthur Adler, Patrícia Moraes, Stefano Bridelli, Sylvia Pinho de Almeida, Thomas Michael Lanz PROGRAMA DE SALA — EXPEDIENTE COORDENAÇÃO EDITORIAL

Gioconda Bordon

Silvia Pedrosa

SUPERVISÃO GERAL

EDIÇÃO

PROJETO GRÁFICO

EDITORAÇÃO ELETRÔNICA

ASSESSORIA DE IMPRENSA

Paulo Humberto L. de Almeida

Ludovico Desenho Gráfico

Conteúdo Comunicação

Marta Garcia

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE ESTADO DA CULTURA ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO — OSESP DIRETORA MUSICAL E REGENTE TITULAR Marin Alsop REGENTE ASSOCIADO Celso Antunes DIRETOR ARTÍSTICO Arthur Nestrovski FUNDAÇÃO ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO — ORGANIZAÇÃO SOCIAL DE CULTURA PRESIDENTE DE HONRA Fernando Henrique Cardoso

PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Fábio Colletti Barbosa

VICE-PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Antonio Carlos Quintella DIRETOR EXECUTIVO Marcelo Lopes SUPERINTENDENTE Fausto Augusto Marcucci Arruda MARKETING Carlos Harasawa diretor EVENTOS

Mauren Stieven supervisora, Gabrielle Coelho, Graziela Fernanda Gaeta Tognetti

APOIO A EVENTOS Felipe Lapa

Analia Verônica Belli gerente Mônica Cássia Ferreira gerente, Cristiano Gesualdo, Fabiane de Oliveira Araújo, Guilherme Vieira, Mariana de Almeida Neves, Regiane Sampaio Bezerra DEPARTAMENTO TÉCNICO Karina del Papa gerente, Aline Gurgel Siqueira, Angela da Silva Sardinha, Bianca Pereira dos Santos, Eliezio Ferreira de Araújo, Erik Klaus Lima Gomides, Gerson da Silva ILUMINAÇÃO Edivaldo José da Silva, Gabriel Barone SONORIZAÇÃO Andre Vitor de Andrade, Fernando Vieira da Silva, Renato Faria Firmino MONTAGEM Denilson Caroso Araújo, Edgar Paulo da Conceição, Emerson de Souza, Humberto Alves Coralino, José Carlos Ferreira, Júlio César Barreto de Souza, Kaique Ramos França, Marcio Dionizio, Nizinho Deivid Zopelaro, Rodrigo Batista Ferreira, Rodrigo Stevanin, Sandro Silvestre CONTROLADOR DE ACESSO Adailson de Andrade INDICADOR Reginaldo dos Santos Almeida encarregado DIVISÃO OPERACIONAL

DEPARTAMENTO DE OPERAÇÕES

realização MINISTÉRIO DA CULTURA


Gioconda Bordon

gioconda@culturaartistica.com.br

Concertos germânicos A Orquestra Filarmônica de Hamburgo chega a São Paulo para dois concertos com programas diferentes, fato raro nas turnês internacionais, durante as quais o mesmo repertório costuma ser apresentado nas duas noites. A excelência sinfônica germânica está aqui amplamente representada por alguns de seus mais emblemáticos compositores: Brahms, com sua Primeira sinfonia, talvez a mais bela dentre as quatro que compôs; Richard Strauss, com um de seus excepcionais poemas sinfônicos, Don Quixote; Wagner, com a sensualidade do Prelúdio de Tristão e Isolda e das Canções Wesendonck, e, para terminar, Bruckner, com sua Sinfonia n. 6. É com essa obra de Bruckner, representativa da complexa e monumental arquitetura musical desenvolvida por um compositor de origem humilde — um católico de alma agostiniana pouco afeito à vida social mas com profunda vocação espiritual —, que a Filarmônica de Hamburgo fecha suas apresentações em São Paulo. Uma programação superlativa e essencialmente germânica. Não bastasse, as apresentações trazem dois solistas de renome: a mezzosoprano Mihoko Fujimura e o violoncelista Gautier Capuçon, que conferem brilho adicional a dois concertos que certamente estarão na lista dos espetáculos mais memoráveis da temporada musical paulistana de 2016. A Filarmônica de Hamburgo vive uma fase de grande expectativa: está prevista para janeiro de 2017 a inauguração da Elbphilharmonie, sua nova sede. Atualmente em fase de construção sobre um velho armazém às margens do rio Elba, esse novo teatro valorizará ainda mais a qualidade musical da orquestra, além de contar com um ponto de especial interesse: o projeto é assinado por Jacques Herzog e Pierre de Meuron, dois grandes nomes da arquitetura contemporânea. Ótimo concerto a todos! 3


SÉRIE BRANCA Sala São Paulo, 26 de setembro, segunda-feira, 21h

Orquestra Filarmônica de Hamburgo Kent Nagano REGÊNCIA Gautier Capuçon VIOLONCELO Naomi Seiler VIOLA Richard Strauss (1864-1949)

Don Quixote — Variações fantásticas sobre um tema de cavalaria op. 35 c. 35’ Introdução: Mäßiges Zeitmaß. Thema mäßig. “Don Quichotte verliert über der Lektüre der Ritterromane seinen Verstand und beschließt, selbst fahrender Ritter zu werden” Tema: Mäßig. “Don Quichotte, der Ritter von der traurigen Gestalt” Maggiore: “Sancho Panza” Variação I: Gemächlich. “Abenteuer an den Windmühlen” Variação II: Kriegerisch. “Der siegreiche Kampf gegen das Heer des großen Kaisers Alifanfaron” Variação III: Mäßiges Zeitmaß. “Gespräch zwischen Ritter und Knappen” Variação IV: Etwas breiter. “Unglückliches Abenteuer mit einer Prozession von Büßern” Variação V: Sehr langsam. “Die Waffenwache” Variação VI: Schnell. “Begegnung mit Dulzinea” Variação VII: Ein wenig ruhiger als vorher. “Der Ritt durch die Luft” Variação VIII: Gemächlich. “Die unglückliche Fahrt auf dem venezianischen Nachen” Variação IX: Schnell und stürmisch. “Kampf gegen vermeintliche Zauberer” Variação X: Viel breiter. “Zweikampf mit dem Ritter vom blanken Mond” Finale: Sehr ruhig. “Wieder zur Besinnung gekommen”

intervalo

Johannes Brahms (1840-1893)

Sinfonia n. 1 em dó menor op. 68 I. Un poco sostenuto — Allegro II. Andante sostenuto III. Un poco allegretto e grazioso IV. Adagio — Più andante — Allegro non troppo ma con brio

4

c. 45’


SÉRIE AZUL Sala São Paulo, 27 de setembro, terça-feira, 21h

Orquestra Filarmônica de Hamburgo Kent Nagano REGÊNCIA Mihoko Fujimura MEZZOSOPRANO Richard Wagner (1813-1883)

Prelúdio e Morte de Amor de Tristão e Isolda WWV 90 Canções Wesendonck WWV 91 (instrumentação de Felix Mottl) “Der Engel” “Stehe still!” “Im Treibhaus — Studie zu Tristan und Isolde” “Schmerzen” “Träume — Studie zu Tristan und Isolde”

c. 17’

c. 20’

intervalo

Anton Bruckner (1824-1896) Sinfonia n. 6 em lá maior WAB 106 I. Majestoso II. Adagio: Sehr feierlich III. Scherzo: Nicht schnell — Trio: Langsam IV. Finale: Bewegt, doch nicht zu schnell

Os concertos serão precedidos do Momento Musical, palestra de Irineu Franco Perpetuo sobre os compositores, peças e intérpretes da noite que acontece às 20 horas no auditório do primeiro andar da Sala São Paulo. O conteúdo editorial dos programas da Temporada 2016 encontra-se disponível em nosso site uma semana antes dos respectivos concertos.

c. 60’

Programação sujeita a alterações. facebook.com/culturartistica Instagram: @culturaartistica www.culturaartistica.com.br

5


Notas sobre o programa Katia Kato e Paulo M. Kühl

No programa dos dois concertos estão presentes grandes temas da música em geral e, em especial, da música germânica do século XIX: as relações entre música e palavra, seja em canções ou em poemas sinfônicos; heróis medievais e suas representações na música; a herança das sinfonias de Beethoven e seus possíveis desdobramentos, somados aos caminhos alternativos para o chamado classicismo vienense e a dissolução do sistema tonal. A proposta era libertar as composições daquilo que se entendia como sendo as antigas amarras equilibradas dos clássicos, criando uma música instrumental associada a uma matéria poética, descritiva ou narrativa, realizada, não por meio de figuras de retórica musical nem pela imitação dos sons, como ocorria nos períodos anteriores, mas pela sugestão imaginativa ao ouvinte. Entretanto, esse novo paradigma musical não foi uma constante entre os compositores e rapidamente formou-se uma querela de teor estético, envolvendo o formalismo musical e a corrente progressista. De um lado, os formalistas, entre eles Brahms, Clara Schumann e o crítico musical Eduard Hanslick, que buscavam a estética da música pura, absoluta e sem elementos extramusicais que induzissem ou representassem qualquer sentimento. Hanslick, em seu tratado O belo musical, afirmava que a beleza de uma composição era especificamente musical, isto é, inerente aos sons, sem relação com um círculo de pensamentos que não pertenceriam à música. Para ele, a representação de um determinado sentimento ou emoção não estaria em poder da música. Contra os formalistas encontrava-se a corrente progressista, apoiada por Liszt e Wagner, que pregava a “música do futuro” e defendia uma “modernização” musical, atingida, por exemplo, através da música programática, cujo objetivo era evocar ideias ou imagens na mente


do ouvinte, representando musicalmente uma cena, uma imagem ou um estado de ânimo. Além disso, especialmente no caso de Wagner, a ideia do drama musical, em que palavra e música estariam intimamente associadas, era um princípio norteador das composições.

Richard Strauss (1864-1949) Don Quixote — Variações fantásticas sobre um tema de cavalaria op. 35 Richard Strauss (1864-1949), além de grande regente, foi provavelmente o mais conhecido compositor pós-romântico alemão e, seguindo os modelos de Berlioz e Liszt, logo adotou a tradição romântica mais radical do poema sinfônico. Seus poemas sinfônicos são tanto de caráter filosófico, como Morte e transfiguração (1889) e Assim falou Zaratustra (1896), como de caráter descritivo, como As alegres aventuras de Till Eulenspiegel (1895) e Don Quixote (1897). Don Quixote é uma dramatização instrumental do romance picaresco de Cervantes. De caráter sombriamente humorístico, a obra divide-se em três seções interligadas, Introdução, Variações e Finale, que descrevem as fantásticas aventuras e desventuras do cavaleiro errante Dom Quixote e seu fiel escudeiro Sancho Pança. A Introdução já pode ser entendida como uma miniatura de poema sinfônico: uma síntese do restante da obra, nela os temas musicais de cada personagem são apresentados, sendo posteriormente retrabalhados nas variações. A representação musical dos personagens da obra é feita ou através de temas característicos ou por instrumentos específicos. Dom Quixote é personificado duplamente, pelo tema característico e pelo violoncelo solista; Sancho Pança é representado pelo segundo tema que surge na Introdução e que durante a obra aparece em diversos instrumentos. O tema da amada Dulcineia surge no oboé e alguns motivos na viola solista evocam o cavalo Rocinante. Entretanto, nesta obra, o termo “variações” não se refere à manutenção clássica de uma melodia ao longo das exposições; ao contrário, os temas dos personagens principais sofrem transformações, conduzindo a um novo perfil melódico. A orquestração da obra é grandiosa e completa, exigindo até uma máquina de vento. Através da orquestração, diversas combinações timbrísticas são realizadas e o compositor faz surgir, de maneira extremamente vívida, gigantes, vilarejos, sapos, balidos de ovelhas, mulas, procissões, etc., levando a imaginação do ouvinte a extremos. 7


Johannes Brahms (1833-1897) Sinfonia n. 1 em dó menor op. 68 Perante a ideia de “música do futuro”, Johannes Brahms (18331897) posicionou-se no lado oposto das disputas, mantendo sua fidelidade às formas clássicas e à música absoluta, e, embora nunca tenha subestimado o gênio de Wagner, não demonstrava simpatia por sua estética dos excessos. A obra de Brahms se distingue pela ordem e pela medida, pelo equilíbrio e pelo comedimento, pela escolha das soluções musicais mais adequadas. Tamanho era seu rigor e seu interesse pela forma, que demorou 21 anos (de 1855 a 1876), para compor sua Sinfonia n. 1, pois não acreditava ser capaz de compor uma sinfonia próxima às de seu antecessor, Beethoven. Entretanto, apesar de sua insegurança, logo na estreia, em 1876, a sinfonia foi bem recebida, obtendo críticas positivas. O conhecido violinista e regente Hans von Bülow considerava a Sinfonia n. 1 como sendo a décima sinfonia de Beethoven. Em termos amplos, na Sinfonia n. 1, Brahms reproduz o padrão do período de uma obra em forma sonata, uma batalha iniciada em verdadeira luta, em tonalidade menor e vencida, com um triunfante Finale, em tonalidade maior. Não por acaso, ela revela importantes afinidades com o arquétipo original desse gênero, a Quinta sinfonia de Beethoven (também em dó menor). Mas os verdadeiros contornos que Brahms encontrou para a sua Sinfonia n. 1 não tinham nenhum paralelo próximo, pois ela apresenta alto grau de integração temática, tanto no interior de seus movimentos como através deles. Por exemplo, na complexidade de motivos musicais anunciados nos compassos de abertura, ouvimos uma abrangente introdução com três elementos-chave contraditórios: o ritmo ostinato do tímpano, a figura ascendente dos violinos e violoncelos, a figura descendente das madeiras, trompas e violas, que, quando ouvidos simultaneamente, causam grande tensão. Interessante notar que Brahms compõe essa introdução apenas depois do término de toda a sinfonia. O segundo e terceiro movimentos, aparentemente mais leves do que os demais, são de intenso lirismo, alcançado, através de uma orquestração primorosa, ritmos complexos e texturas entrelaçadas. O quarto movimento apresenta uma introdução lenta e elaborada, cuja preparação de tensão para o Finale não era vista desde a Nona sinfonia de Beethoven. Em Brahms há um novo esplendor alcançado pela sonoridade orquestral e nesta sinfonia o compositor proclama-se um mestre do maior dos instrumentos — a orquestra sinfônica. A obra é concebida em termos autenticamente orquestrais, não simplesmente pelo 8


colorido da instrumentação, mas pelo máximo efeito sonoro expressivo e estrutural. Brahms e Bruckner foram os últimos grandes sinfonistas de pura tradição germânica. Depois deles, a sinfonia se transformaria cada vez mais, tomando o caminho do poema sinfônico, como faria Richard Strauss, ou ganhando novas dimensões, como faria Gustav Mahler.

Richard Wagner (1813-1883) Prelúdio e Morte de Amor de Tristão e Isolda WWV 90 Canções Wesendonck WWV 91 (instrumentação de Felix Mottl)

O Prelúdio de Tristão e Isolda e as Canções Wesendonck de Richard Wagner (1813-1883) estão interligados por alguns episódios da vida do compositor. Em 1852, Otto Wesendonck, rico comerciante de seda, conheceu o compositor e em 1857 ofereceu a Wagner uma pequena casa perto de Zurique, conhecida depois como “Asilo” ou “Refúgio”, onde o compositor pôde trabalhar até 1858, especialmente no primeiro ato de Tristão e Isolda, deixando de lado, por longos anos, seu Siegfried. A composição da ópera aconteceu em fases diferentes, entre os anos de 1857 e 1859, e a estreia ocorreu em Munique, em 1865, sob a regência de Hans von Bülow. Contudo, o Prelúdio já vinha sendo apresentado antes disso, quase como uma peça autônoma, que precisou, porém, de alguns ajustes. No Prelúdio aparecem diversos motivos da ópera e as notas iniciais, que logo formam um acorde, foram posteriormente chamadas de “acorde de Tristão”. São várias as interpretações para o uso que Wagner deu a elas, mas destaca-se sobretudo o clima de anseio interminável, próprio para representar o amor impossível dos dois protagonistas. O Prelúdio, escrito como uma série de suspensões que praticamente só se resolvem ao final da ópera, é uma das obras capitais do século XIX, por indicar uma possibilidade de mudança radical na estrutura harmônica e tonal das composições musicais. As Canções Wesendonck foram originalmente compostas para canto e piano entre 1857 e 1858 sobre um conjunto de poemas de autoria de Mathilde Wesendonck (1828-1902), esposa de Otto. Das cinco canções, apenas Träume foi arranjada para canto e orquestra pelo próprio Wagner; as outras quatro, por Felix Mottl (1893) e todo o conjunto de canções por Hans Werner Henze (1976). Wagner e Mathilde tiveram um envolvimento amoroso, possivelmente nunca consumado, 9


que o levou a deixar a Suíça, indo para Veneza. Trata-se de um período de intensa criação na vida do compositor, que antes já escrevera outras canções, sobretudo com textos em francês. Os poemas de Mathilde Wesendonck mostram, de um lado, um profundo sentimento de solidão, e de outro, um anseio de comunhão mística com a natureza, que também pode funcionar como uma metáfora do desejo de realização amorosa. Os poemas são constantemente relacionados à trama de Tristão e Isolda, a qual por sua vez é vista como um paralelo do amor impossível de Wagner e Mathilde. De qualquer modo, do ponto de vista musical, Wagner classificou duas das canções como “estudos para Tristão e Isolda”: Im Treibhaus, reconhecível no prelúdio do terceiro ato da ópera, e Träume, no dueto (O sink hernieder) dos protagonistas no segundo ato, indicando assim a importância central das canções no desenvolvimento de suas ideias musicais.

Anton Bruckner (1824-1896) Sinfonia n. 6 em lá maior WAB 106 Anton Bruckner (1824-1896) é conhecido sobretudo por suas onze sinfonias (se levarmos em conta as sinfonias Nullte e Doppelnulte) e por suas composições sacras. Nascido em Ansfelden, perto de Linz, o compositor trilhou um longo caminho até Viena, onde, a partir de 1868, tornou-se professor do conservatório e organista na Hofkapelle. Também assumiu um posto na Universidade de Viena em 1875, onde ensinou harmonia e contraponto. Sua primeira sinfonia, Nullte, ficou pronta em 1869 e a partir de então deu curso à sua produção sinfônica, com infindáveis revisões de suas obras. A Sinfonia n. 6, composta entre 1879 e 1881, foi a única que não passou por nenhuma revisão e dela existe apenas uma versão. A estreia da obra completa só ocorreu postumamente, em 1899, sob a direção de Gustav Mahler, que fez várias alterações na partitura. É curioso notar o papel conferido a Bruckner pela crítica: Hanslick, a princípio, olhava para suas composições com simpatia, reconhecendo nele um continuador da tradição de Beethoven. Ao mesmo tempo, Bruckner nutria grande admiração por Wagner e sua música, o que o levou a dedicar sua terceira sinfonia ao compositor alemão. No final da década de 1870, Hanslick e seus seguidores passaram a acusar Bruckner de um excesso de wagnerianismo, optando então definitivamente por Brahms como o maior representante do sinfonismo germânico. Desse modo, o compositor passou à posteridade como um dos 10


grandes herdeiros de Beethoven que, ao mesmo tempo, combinava em suas obras as novas ideias de Wagner. Nota-se aqui, na verdade, a dificuldade em classificá-lo. Na Sinfonia n. 6 é possível reconhecer a estrutura da forma sonata (com a exposição dos temas, desenvolvimento, recapitulação e coda) nos dois primeiros movimentos e também no último, o que, em princípio, criaria uma estrutura mais rígida. Contudo, ao utilizar inovações harmônicas e variações rítmicas, é possível então reconhecer a maestria de Bruckner em lidar com as expectativas do público, criando sonoridades inusitadas. O Scherzo, mais lento do que o usual, cria uma série de suspensões e quase uma constante indefinição harmônica, o que mostra com clareza as grandes transformações ocorridas na música instrumental de tradição germânica.

Katia Kato, doutora em Música pela UNICAMP, é oboísta e professora de História da Música. Paulo M. Kühl é professor de História da Arte e História da Ópera no Instituto de Artes da UNICAMP.

11


Orquestra Filarmônica de Hamburgo Desde sua fundação, em 1828, a Orquestra Filarmônica de Hamburgo, na época denominada Sociedade Filarmônica, representa um dos polos centrais da produção musical alemã, ponto de encontro de compositores fundamentais do século XIX, como Johannes Brahms, Franz Liszt e Clara Schumann. Tchaikóvski, Richard Strauss, Gustav Mahler, Prokofiev e Stravinski estão entre os regentes convidados pela filarmônica ao longo de sua história. Nomes consagrados da vida sinfônica do século XX também estiveram no pódio da orquestra: Wilhelm Furtwängler, Bruno Walter e Karl Böhm. A sala oficial da Filarmônica de Hamburgo, a Laeiszhalle, foi inaugurada em 1908 e ali os maestros Karl Muck, Eugen Jochum, Wolfgang Sawallisch, Ingo Metzmacher e Simone Young moldaram sua sonoridade. Desde 2015, a orquestra é chefiada pelo americano Kent Nagano. Além de diretor musical e principal regente da Filarmônica e da Orquestra da Ópera de Hamburgo, Nagano coordena o projeto de música de câmara, tão importante para o grupo quanto os concertos sinfônicos e as temporadas de ópera. Em 2017, a orquestra inaugura sua nova sede, a Elbphilharmonie, projetada pelos arquitetos suíços Herzog e de Meuron, cuja abertura oficial, marcada para o dia 11 de janeiro, promete ser o grande acontecimento da música erudita europeia. Os aproximadamente 125 membros dessa extraordinária orquestra estão fortemente comprometidos com um extenso programa educativo, que inclui concertos para crianças e promoção de bolsas estudos para futuros instrumentistas. Primeira viola da Orquestra Filarmônica de Hamburgo, Naomi Seiler é filha de músicos que se conheceram na Juilliard School. Cresceu e estudou no Japão, com suas três irmãs. Ainda muito jovens, formaram um quarteto de cordas, o Seiler Quartet, e todas atuam também em grandes orquestras na Europa. Aos 14 anos Naomi foi aceita no Mozarteum de Salzburgo e estudou com Jürgen Geise. Aperfeiçoou-se em Friburgo, com Ulrich Koch, e mais tarde frequentou o Hochschule de Hamburgo, onde foi aluna de Hirofumi Fukai. Atua como camerista e como primeira viola da orquestra. Desde 1989 leciona na Universidade de Música e Teatro de Hamburgo.


DIRK MESSNER

Saiba mais Jörg Widmann foi um dos compositores escolhidos para apresentar uma obra inédita na série de concertos inaugurais da nova sede da Filarmônica de Hamburgo, que ocorrerá em janeiro de 2017.

13


Kent Nagano Kent Nagano é reconhecidamente um dos grandes regentes do mundo, um músico que combina inteligência, equilíbrio e elegância em seu amplo repertório, de Bach até os compositores eruditos da atualidade. Sua vida profissional, iniciada na Califórnia, onde nasceu, consolidou-se nos palcos das cidades que abrigam os mais ativos círculos musicais do mundo, como Munique, Los Angeles, Nova York, Paris e Londres. Nagano foi assistente de Seiji Ozawa na Sinfônica de Boston; diretor da Ópera de Lyon; diretor musical da Orquestra Hallé e diretor artístico da Orquestra Sinfônica de Berlim. É diretor musical da Orquestra Sinfônica de Montreal desde 2006, cargo que ocupará até 2020. Em 2013 foi convidado para atuar como consultor artístico e principal regente convidado da Orquestra Sinfônica de Gotemburgo e em 2015 assumiu os cargos de diretor musical da Ópera de Hamburgo e de regente titular da Orquestra Filarmônica da mesma cidade. Sua estreia à frente dessa grande orquestra alemã, em 19 de setembro, foi um enorme sucesso. No programa, uma nova produção da ópera As troianas, de Hector Berlioz. Conseguiu o mesmo êxito em janeiro de 2016, com a estreia mundial da ópera Stilles Meer, de Toshio Hosokawa, autor que combina a tradição da música ocidental com a estética japonesa. Em julho deste ano, Nagano conduziu mais uma estreia importante: a laboriosa sinfonia de Messiaen, Turangalîla, coreografada por John Neumeier. Instigantes e surpreendentes, seus programas revelam um profissional atento ao presente e ao passado. De 2006 a 2013, como diretor da Ópera do Estado da Baviera, em Munique, Nagano encomendou diversas óperas, como: Babylon, de Jörg Widmann; Das Gehege, de Wolfgang Rihm, e Alice in Wonderland, de Unsuk Chin. Com extensa discografia, foi agraciado com os mais prestigiosos prêmios dedicados à música erudita. Seu último Grammy, o de melhor álbum de ópera de 2011, foi concedido pela gravação de L´amour de loin, da compositora finlandesa Kaija Saariaho, com a Deutsches Symphonie-Orchester Berlin e o Rundfunkchor Berlin.


FELIX BROEDE

Saiba mais Em abril deste ano, com a Orquestra Sinfônica de Montreal, Kent Nagano lançou, pelo selo Decca, uma gravação da ópera L’Aiglon, composta em 1937 por Arthur Honegger e Jacques Ibert.


Gautier Capuçon Gautier Capuçon nasceu em 1981, estudou no Conservatório Nacional de Paris, com Annie Zakine-Cochet, e em Viena, com Heinrich Schiff. Venceu concursos relevantes para o violoncelo, como o Prêmio Internacional André Navarra. Em 2001, foi nomeado New Talent of the Year, título concedido pela Victoires de la Musique, uma espécie de Grammy francês, além de ter recebido vários prêmios Echo Klassik, o mais cobiçado da música clássica europeia. É um dos violoncelistas mais solicitados pelos regentes das grandes orquestras, tais como a Orquestra Sinfônica de Londres, a Leipzig Gewandhaus e a Filarmônica de Chicago. Apresenta-se também como recitalista e camerista, ao lado de Gérard Caussé, Jean-Yves Thibaudet, Yuri Bashmet e de seu irmão, o violinista Renaud Capuçon. Participa dos festivais de câmara de Lugano e de Verbier e atua em gravações e concertos ao vivo com os quartetos Ebène e Artemis. Em 2014, lançou o projeto Classe d’Excellence de Violoncelle, patrocinado pela Fundação Louis Vuitton, que seleciona alunos para orientação e formação profissional. Seu violoncelo é um Matteo Goffriller, de 1701.

Mihoko Fujimura A mezzo-soprano japonesa Mihoko Fujimura iniciou seus estudos em Tóquio e depois frequentou a Universidade de Música em Munique. Em 2002, suas atuações no Festival de Ópera daquela cidade e em Bayreuth chamaram a atenção do público e dos principais regentes europeus. Desde então, tem integrado as temporadas de ópera do Convent Garden, em Londres, do Teatro Alla Scala, em Milão, da Staatsoper, em Viena, e do festival de Aix-en Provence, entre outros. Mihoko frequenta regularmente as produções dirigidas por Christian Thielemann, Mariss Jansons, Daniele Gatti, Fabio Luisi e Daniel Harding, além de atuar como solista em obras do repertório sinfônico junto às Filarmônicas de Berlim e de Viena, à Orquestra da Rádio da Baviera e ao Concertgebouw de Amsterdã. Seus principais papéis da ópera alemã são as personagens wagnerianas de Kundry, de Parsifal; Bragane, de Tristão e Isolda, e Fricka e Erda, da tetralogia O anel do Nibelungo. Também interpreta regularmente o ciclo de canções Wesendonk Lieder, de Wagner; Rückert-Lieder, A canção da Terra e A trompa mágica do menino, de Mahler.


MICHAEL TAMMARO

Saiba mais Em 2013 a Deustche Gramophone lançou o DVD com o Concerto para violoncelo n. 1 em dó maior, de Haydn, com a Orquestra Filarmônica de Berlim, sob regência de Gustavo Dudamel. Solista: Gautier Capuçon.

EDD ROYAL

Saiba mais Em 2014, Mihoko Fujimura recebeu a Purple Ribbon Medal of Honour, concedida pelo governo do Japão, por seu desempenho artístico e contribuição para a cultura.

17


18 FELIX BROEDE


Orquestra Filarmônica de Hamburgo Kent Nagano REGÊNCIA SPALLAS

Konradin Seitzer Thomas C. Wolf Joanna Kamenarska-Rundberg PRIMEIROS VIOLINOS

Tuan Cuong Hoang Danuta Kobus Jens-Joachim Muth Janusz Zis Stefan Herrling Imke Dithmar-Baier Christiane Wulff Sidsel Garm Nielsen Hedda Steinhardt Daria Pujanek Jakub Nowak Katharina Weiß María del Mar Vargas A. Razvan-Eugen Aliman SEGUNDOS VIOLINOS

A turnê da Orquestra Filarmônica de Hamburgo foi realizada com o apoio de

realização

Hibiki Oshima Sebastian Deutscher Marianne Engel Berthold Holewik Thomas F. Sommer Herlinde Kerschhackel Martin Blomenkamp Felix Heckhausen Anne Schnyder Döhl Annette Schmidt-Barnekow Josephine Nobach Ludovica Nardone Susanne Schmidt Boris Bachmann Thomas Huppertz VIOLAS

MINISTÉRIO DA CULTURA

Naomi Seiler (solista) Isabelle-Fleur Reber Sönke Hinrichsen Christopher Hogan

Jürgen Strummel Roland Henn Elke Bär Liisa Haanterä Thomas Rühl Stefanie Frieß Teresa Westermann Thomas Oepen David Lau VIOLONCELOS

Thomas Tyllack Clara Grünwald Markus Tollmann Ryuichi R. Suzuki Monika Märkl Arne Klein Brigitte Maaß Yuko Noda Benjamin Stiehl Lukas Helbig Katharina Kühl CONTRABAIXOS

Stefan Schäfer Tobias Grove Katharina von Held Franziska Kober Franziska Petzold Wolfram Nerlich Philipp-Daniel Singer Kerstin Lück-Matern Karsten Lauke FLAUTAS

Björn Westlund Manuela Tyllack Jocelyne Fillion-Kelch OBOÉS

Nicolas Thiébaud Melanie Jung Ralph van Daal

CLARINETES

Rupert Wachter Patrick Alexander Hollich Kai Fischer FAGOTES

Christian Kunert Olivia Comparot Fabian Lachenmaier Hannah Gladstones * TROMPAS

Bernd Künkele Pascal Deuber Clemens Wieck Ralph Ficker Torsten Schwesig * Jonathan Wegloop TROMPETES

Andre Schoch Martin Frieß Mario Schlumpberger TROMBONES

Felix Eckert Hannes Tschugg Jonas Burow Edgar Manyak * TUBA

Andreas Simon TÍMPANOS

Jesper Tj. Korneliusen PERCUSSÃO

Matthias Hupfeld * Špela Cvikl * Dirk Wucherpfennig * HARPA

Clara Bellegarde (*) músicos que se apresentarão somente no dia 26 de setembro.

19


2016 patrocinadores master

patrocinadores platina

patrocinadores ouro


patrocinadores prata

patrocinadores bronze

apoio

realização MINISTÉRIO DA CULTURA


AMIGOS DA CULTURA ARTÍSTICA Agradecemos a todos que contribuem para tornar realidade os espetáculos e projetos educativos promovidos pela Cultura Artística. MECENAS Adolpho Leirner Álvaro Luiz Fleury Malheiros Ana Lucia e Sergio Comolatti Ana Maria Igel e Mario Higino Leonel Ane Katrine e Rodolfo Villela Marino Anna Helena Americano de Araújo Antonio Corrêa Meyer Antonio Hermann D. M. Azevedo Arsenio Negro Jr. Beatriz Baumgart Tadini Carmo e Jovelino Mineiro Claudio Thomaz Lobo Sonder Cristian Baumgart Stroczynski Cristina Baumgart Daniel Feffer Denise Pauli Pavarina Flávio e Sylvia Pinho de Almeida Frédéric de Mariz Gioconda Bordon Giovanni Guido Cerri Hélio Seibel Henri Slezynger e Dora Rosset Israel Vainboim Jacques Caradec Jean Claude Ramirez João e Odila Rabello Jorge José Proushan z”l Jorge Sidney e Nadia Atalla José Carlos Evangelista José E. Queiroz Guimarães José Luiz e Sandra Setúbal José Roberto Opice Karin Baumgart Srougi Lázaro de Mello Brandão Marcelo Kayath Marcos Baumgart Stroczynski Marcos Braga Rosalino Marisa e Jan Eichbaum Michael e Alina Perlman Milú Villela Minidi Pedroso Nelson Nery Junior Olavo Setúbal Jr. Orlandia Otto Baumgart Paulo Bruna

Bruno Alois Nowak Calçados Casa Eurico Carla e Jaime Pinsky Carlos Chagas Rodrigues Carlos P. Rauscher Claudia Annunziata G. Musto Claudio Alberto Cury Claudio e Selma Cernea Dario Chebel Labaki Neto MANTENEDORES Dario e Regina Guarita Edith Ranzini Alexandre e Silvia Fix Eduardo Secchi Munhoz Antonio Ailton Caseiro Eduardo Simplicio da Silva Antonio Kanji Edward Launberg Cleide e Luiz Rodrigues Corvo Elias e Elizabeth Rocha Barros Edy Gomes Cassemiro Elisa Wolynec Erwin e Marie Kaufmann Evangelina Lobato Uchoa Fernando Eckhardt Luzio Fernando de Azevedo Corrêa Francisco Humberto de Abreu Maffei Francisco J. de Oliveira Jr. Henri Philippe Reichstul Francisco Montano Filho Lea Regina Caffaro Terra Gerard Loeb Livio De Vivo Gustavo e Cida Reis Teixeira Marcelo Pereira Lopes de Medeiros Heinz Jorg Gruber Maria Zilda Oliveira de Araújo Henrique Lindenberg Neto Mario Arthur Adler Humberto de Andrade Soares Michael Haradom Isaac Popoutchi Neli Aparecida de Faria Israel Sancovski Nelson Pereira dos Reis Issei e Marcia Abe Regina e Gerald Reiss Izabel Sobral Ricard Takeshi Akagawa Jayme Sverner Ruy e Celia Korbivcher José e Priscila Goldenberg Ruy Souza e Silva e Fátima Zorzato José Thales S. Rebouças Silvia e Fernando Carramaschi Junia Borges Botelho Stela e Jayme Blay Katalin Borger Tamas Makray Leo Kupfer Thomas Frank Tichauer Valeria e Antonio Carlos Barbosa de Oliveira Lúcia Lohmann e Nemer Rahal Luiz Diederichsen Villares Wolfgang Knapp Luiz Franco Brandão 3 Mantenedores Anônimos Luiz Henrique Martins Castro Luiz Marcello M. de Azevedo Filho BENFEITORES Malú Pereira de Almeida Marco Tullio Bottino Abram e Clarice Topczewski Marcos de Mattos Pimenta Alberto Whitaker Maria Adelaide Amaral Alfredo Rizkallah Maria Bonomi Andrea Sandro Calabi Maria Helena Peres Oliveira Antonio Carlos Marcondes Machado Maria Teresa Igel Arnaldo Malheiros Marta D. Grostein Paulo Proushan Regis Edouard Alain Dubrule Roberto Baumgart Rosa Maria de Andrade Nery Ursula Baumgart 6 Mecenas Anônimos


MV Pratini de Moraes Nelson Vieira Barreira Oscar Lafer Oswaldo Henrique Silveira Patricia de Moraes Paula e Hitoshi Castro Paulo Cezar Aragão Paulo Guilherme Leser Paulo Roberto Pereira da Costa Percival Lafer Raphael Pereira Crizantho Renata e Sergio Simon Roberto e Luizila Calvo Rosa Maria Graziano Ruben Halaban Sergio Luiz Macera Thyrso Martins Ulysses de Paula Eduardo Jr. Vavy Pacheco Borges Vivian Abdalla Hannud Walter Ceneviva Wilma Kövesi (i. m.) 11 Benfeitores Anônimos APOIADORES Alberto M.R. Barros Neto Alessandro e Dora Ventura Aluízio Guimarães Cupertino Ana Elisa e Eugenio Staub Filho Ana Maria Malik Anna Veronica Mautner Arnoldo Wald Beatriz e Numa Valle Beatriz Garcez Lohmann Blue Travel Agência de Viagens Carlos Mendes Pinheiro Junior Carmen Guarini Cássio Augusto Macedo da Silva Charles e Sandra Cambur Ciça Callegari e Luiz Eugenio Mello Daniela e Frederico Carramaschi Edson Eidi Kumagai Eduardo e Rafaela Queiros Eliana Regina Marques Zlochevsky Elizabete e Mauro Guiotoku Eric Alexander Klug Flavio e M. Lucia de Oliveira Francisco, Mariana e Gabriela Turra Galícia Empreend. e Participações Ltda Geraldo Medeiros-Neto Guilherme Ary Plonski Gustavo Henrique Machado de Carvalho Helio e Livia Elkis Horacio Mario Kleinman Irente Kantor

João Baptista Raimo Jr. José Carlos Dias José Francisco Kerr Saraiva José Rubens Pirani Lilia Katri Moritz Schwarcz Luci Banks Leite Lucila Pires Evangelista Luiz Roberto de Andrade Novaes Luiz Schwarcz M. Luiza Santari M. Porto Marcello D. Bronstein Marcos Pires Campos Maria da Graça e Mario Luiz Rocco Maria Ines Galli Maria Joaquina Marques Dias Maria Lucia Alexandrino Segall Maria Tereza e Rodolfo Antonio de Lara Campos Marilene Melo Mario Roberto Rizkallah Mathias Eggers Gorab Mauro André Mendes Finatti Omar Fernandes Aly Patrícia Upton e Nelson Ascher Paulo Emilio Pinto Paulo Mordehachvili Pedro Spyridion Yannoulis Plinio J. Marafon Raquel Szterling Nelken Raul Antonio Correa da Silva Relacionarte Marketing e Produções Culturais Regina Celidonio e Luiz Fernando Caiuby L. da Silva Ricardo Hering Roberto Falzoni Teli Penteado Cardoso Walter Jacob Curi 24 Apoiadores Anônimos

Lista atualizada em17 de agosto de 2016

Para mais informações, ligue para (11) 3256 0223, escreva para amigos@culturaartistica.com.br ou visite www.culturaartistica.com.br/amigos


Agradecemos a todos que têm contribuído, de diversas maneiras, para o esforço de construção do novo Teatro Cultura Artística. PATROCINADORES

PRINCIPAIS DOADORES (R$ 5.000,00 ou mais) Adolpho Leirner Affonso Celso Pastore Agência Estado Aggrego Consultores Airton Bobrow Alexandre e Silvia Fix Alfredo Egydio Setúbal Alfredo Rizkallah Álvaro Luís Fleury Malheiros Ana Maria Levy Villela Igel Antonio Carlos Barbosa de Oliveira Antonio Carlos de Araújo Cintra Antonio Corrêa Meyer Arnaldo Malheiros Arsenio Negro Jr. Aurora Bebidas e Alimentos Finos Banco Pine Banco Safra Bicbanco Bruno Alois Nowak Calçados Casa Eurico Camargo Correa Camilla Telles Ferreira Santos Carlos Nehring Netto CCE Center Norte Cláudio e Rose Sonder Cleõmenes Mário Dias Baptista (i.m.) Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração Daniela Cerri Seibel e Helio Seibel Dario Chebel Labaki Neto Dora Rosset Editora Pinsky Ltda. Elias Victor Nigri Elisa Wolynec EMS Erwin e Marie Kaufmann

Eurofarma Fabio de Campos Lilla Fanny Ribenboin Fix Fernando Eckhardt Luzio Fernando Lohmann Fernão Carlos Botelho Bracher Festival de Salzburgo Flávio e Sylvia Pinho de Almeida Francisca Nelida Ostrowicz Francisco H. de Abreu Maffei Frédéric de Mariz Frederico Lohmann Fundação Filantrópica Arymax Gerard Loeb Gioconda Bordon Giovanni Guido Cerri Heinz J. Gruber Helga Verena Maffei Henri Philippe Reichstul Henri Slezynger Henrique Meirelles Idort/SP Israel Vainboim Jacques Caradec Jairo Cupertino Jayme Bobrow Jayme Sverner Joaquim de Alcântara Machado de Oliveira Jorge Diamant José Carlos e Lucila Evangelista José E. Queiroz Guimarães José Ephim Mindlin Jose Luiz Egydio Setúbal José M. Martinez Zaragoza José Roberto Mendonça de Barros José Roberto Opice Jovelino Carvalho Mineiro Filho


Theodoro Jorge Flank Katalin Borger Thomas Kunze Lea Regina Caffaro Terra Thyrso Martins Leo Madeiras Unigel Livio De Vivo Ursula Baumgart Luís Stuhlberger Vale Luiz Diederichsen Villares Vavy Pacheco Borges Luiz Gonzaga Marinho Brandão Vitor Maiorino Netto Luiz Rodrigues Corvo Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados Vivian Abdalla Hannud Volkswagen do Brasil Ind. de Veículos Automotores Ltda. Mahle Metal Leve Wolfgang Knapp Maria Adelaide Amaral Yara Baumgart Maria Alice Setúbal 3 Doadores Anônimos Maria Bonomi Maria Helena de Albuquerque Lins Marina Lafer Mário Arthur Adler Marisa e Jan Eichbaum Gostaríamos de agradecer também as doações de mais Martha Diederichsen Stickel de 200 empresas e indivíduos que contribuíram com até Michael e Alina Perlman R$ 5.000,00. Lamentamos não poder, por limitação de Milú Villela espaço, citá-los nominalmente. Minidi Pedroso Moshe Sendacz Natura Neli Aparecida de Faria Nelson Reis Nelson Vieira Barreira Oi Futuro Oswaldo Henrique Silveira Otto Baumgart Indústria e Comércio Paulo Bruna Paulo Setúbal Neto Pedro Herz Pedro Pullen Parente Pinheiro Neto Advogados Polierg Tubos e Conexões Polimold Industrial S.A. Porto Seguro Raphael Pereira Crizantho Ricard Takeshi Akagawa Ricardo Egydio Setúbal Ricardo Feltre Ricardo Ramenzoni Richard Barczinski Roberto Baumgart Roberto Egydio Setúbal Roberto e Luizila Calvo Ruth Lahoz Mendonça de Barros Ruy e Celia Korbivcher Salim Taufic Schahin realização Samy Katz Sandor e Mariane Szego Santander São José Construções e Comércio (Construtora São José) Silvia Dias Alcântara Machado Stela e Jayme Blay Suzano Tamas Makray


U M A

O B R A - P R I M A

O MAKSOUD PLAZA apoia a Temporada 2016

da Cultura Artística AL. CAMPINAS, 150 BELA VISTA SÃO PAULO . SP MAKSOUD.COM maksoud@maksoud.com.br


PARA NÓS, INVESTIR EM CULTURA É INVESTIR EM UM MUNDO MUITO MAIS ORIGINAL. O dinheiro não move o mundo, mas o que você faz de original com ele transforma muitas coisas. É por isso que o Banco Original patrocina a cultura e incentiva todos os seus clientes a criarem uma nova relação com suas finanças. Descubra um jeito novo de cuidar do seu dinheiro.

Você é original. Esse banco é seu. w w w.original.com.br



QUEM CONHECE, CONHECE BDO Uma das Big 5 Líder no middle market 22 escritórios no Brasil Audit | Tax | Advisory

www.facebook.com/bdobrazil www.twitter.com/bdobrazil www.instagram.com/bdo_brazil www

www.bdobrazil.com.br



ARTES VISUAIS, MÚSICA, DANÇA, TEATRO, CINEMA. O MELHOR DA CULTURA VOCÊ ENCONTRA DE GRAÇA NO ITAÚ CULTURAL.

Rael | foto: Chris Rufatto Espaço Olavo Setubal | foto: Edouard Fraipont Exposição Sergio Camargo: Luz e Matéria | foto: André Seiti Evento || Entre || Arte e Acesso | foto: Ivson Miranda Ilú Obá de Min | foto: Ivson Miranda

/itaucultural avenida paulista 149 são paulo fone +55 11 2168 1777 atendimento@itaucultural.org.br

Realização


Qual o som do compromisso com a música?

O Credit Suisse também ouve atentamente, quando se trata de música clássica. É por isso que somos, com muito orgulho, patrocinadores da Sociedade de Cultura Artística.

credit-suisse.com/sponsoring


coleçãopaladar

viagens gastronômicas SEU DESTINO É COMER BEM.

TESTAMOS O MELHOR DA GASTRONOMIA DE CADA DESTINO PARA FAZER ESSE APLICATIVO. (Sim, nós temos o emprego dos sonhos.) As melhores dicas de restaurantes, bares, feiras e mercados de Nova York, Londres, Paris e Buenos Aires agora na sua mão. Tudo com o conhecimento, a experiência e a credibilidade da equipe Paladar do Estadão.

Cabaña Villegas

Paladar

A - Z

D I S TÂ N C I A

Barney Greengrass

M A PA

A - Z

Cabaña Villegas Alicia Moreau de Justo 1050 (Puerto Madero)

D I S TÂ N C I A

7164 km

Barney Greengrass

7165 km

Carnegie Deli

7168 km

205 E. Houston St.(Lower East Side)

541 Amsterdam Ave(Upper West Si...

Desnível Defensa 855 ( San Telmo)

854 7th Ave.(Midtown West)

Don Julio Guatemala 4691, esq. Gurruchaga (Palermo Viejo)

7684.6 km

Katz’sDelicatessen

Mile End

El Obero Agustín R. Caffarena 64 (la Boca)

7164 km

M A PA

7686.7 km

7684.6 km 7677.3 km

97A Hoyt St. (Brooklyn)

Russ and Daughters

El Pobre Luis

Arribeños 2393, esq. Blanco Encalada (Belgrano) 7169 km

179 E. Houston St. (lower East Side)

7680.8 km

La Brigada (San Telmo)

Buenos Aires

Londres

Nova York

Paris

Próximos destinos

Hereford Road

AA- -ZZ

D I S TÂ N C I A

M A PA

10 Greek Street

São Paulo Itália

Espanha

10 Greek Street (Soho)

Anchor & Hope

36 The Cut (Southwark)

Fox & Anchor

115 Charterhouse Street (Clerkenwell)

Great Queen Street

32 Great Queen Street (Covent Gard...

9487.3 km 9487.5 km 9489.2 km

Hix

A - Z

Abri

D I S TÂ N C I A

92, rue du Faubourg-Poissonnière (10...

Bigarrade 106, rue Nollet (17ème)

Chatomat

6, rue Victor Letalle (20ème)

9487.8 km

Chez L’Ami Jean

9484.4 km

Frenchie

Hereford Rood

3 Hereford Road (Westbourne Grove)

Frenchie

27, rue Malar (7ème)

5-6, rue du Nil (2ème)

M A PA

9393.9km

9393.2 km 9394.9 km 9390.3km 9393.0 km


2016 8 E 9 DE MARÇO REGÊNCIA 7 E 8 DE MAIO REGÊNCIA PIANO

Orquestra Filarmônica de Viena Valery Gergiev Orquestra da Academia Nacional Santa Cecilia Sir Antonio Pappano Beatrice Rana

17 E 18 DE MAIO

Quatuor Ebène

4 E 5 DE JUNHO VIOLONCELO

Jean-Guihen Queyras

18 E 19 DE JUNHO PIANO 23 E 24 DE AGOSTO PIANO 10 E 11 DE SETEMBRO DIREÇÃO ARTÍSTICA TROMPETE 26 E 27 DE SETEMBRO REGÊNCIA VIOLONCELO MEZZOSOPRANO 16 E 18 DE OUTUBRO REGÊNCIA PIANO 7 E 8 DE NOVEMBRO REGÊNCIA VIOLONCELO

Jerusalem Chamber Music Festival Ensemble Elena Bashkirova Leif Ove Andsnes Trondheim Soloists Øyvind Gimse Tine Thing Helseth Orquestra Filarmônica de Hamburgo Kent Nagano Gautier Capuçon Mihoko Fujimura Orquestra Tonhalle de Zurique Lionel Bringuier Nelson Freire Orquestra Gulbenkian Lawrence Foster Antonio Meneses Programação e datas sujeitas a alterações.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.