Orquestra Nacional do Capitólio de Toulouse

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Orquestra Nacional do CapitĂłlio de Toulouse Tugan Sokhiev regĂŞncia

Bertrand Chamayou piano

Lucienne Renaudin Vary trompete


TE MP OR ADA 2 01 8 Série Branca

Série Azul

11 de abril

13 de março

Camerata Salzburg Gregory Ahss regência Bernarda Fink mezzo-soprano

Jan Lisiecki piano

Orchestre de la Suisse Romande Jonathan Nott regência Nelson Goerner piano 26 de junho

Geneva Camerata Pieter Wispelwey violoncelo 3 de setembro

Orquestra Filarmônica de Dresden Michael Sanderling regência Herbert Schuch piano 2 de outubro

Yuja Wang piano

Orchestre de la Suisse Romande Jonathan Nott regência Xavier Phillips violoncelo 11 de junho

Les Violons du Roy Bernard Labadie regência Magdalena Kožená mezzo-soprano 4 de setembro

Orquestra Filarmônica de Dresden Michael Sanderling regência Herbert Schuch piano 23 de outubro

Quarteto Modigliani Jean-Frédéric Neuburger piano

27 de novembro

6 de novembro

Carolin Widmann violino Denis Kozhukhin piano

Orquestra de Câmara de Viena Stefan Vladar piano

Programação e datas sujeitas a alterações.

14 de maio

15 de maio

Orquestra Filarmônica de Dresden. Foto: Marco Borggreve

Renovação de 23/10 a 10/11. Novas assinaturas a partir de 4/12. Mais informações: www.culturaartistica.com.br ou pelo telefone 11 3256 0223


O Ministério da Cultura, o Governo do Estado de São Paulo, a Secretaria da Cultura e a Associação Sociedade de Cultura Artística apresentam

Orquestra Nacional do Capitólio de Toulouse Tugan Sokhiev regência

Bertrand Chamayou piano

Lucienne Renaudin Vary trompete

patrocínio

realização

Gioconda Bordon

3 Programa 4 Notas sobre o programa 6 Alexandre Zamith Almeida Biografias 13


SOCIEDADE DE CULTURA ARTÍSTICA DIRETORIA

Antonio Hermann D. Menezes de Azevedo Gioconda Bordon DIRETORES Carlos Mendes Pinheiro Júnior, Fernando Lohmann, Frederico Carramaschi, Ricardo Becker, Rodolfo Villela Marino SUPERINTENDENTE Frederico Lohmann PRESIDENTE

VICE-PRESIDENTE

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Fernando Carramaschi Roberto Crissiuma Mesquita CONSELHEIROS Antonio Hermann D. Menezes de Azevedo, Carlos José Rauscher, Francisco Mesquita Neto, Gérard Loeb, Henri Philippe Reichstul, Henrique Meirelles, Jayme Sverner, Marcelo Kayath, Milú Villela, Pedro Parente, Plínio José Marafon, Roberto Baumgart PRESIDENTE

VICE-PRESIDENTE

CONSELHO CONSULTIVO

Alberto Jacobsberg, Alfredo Rizkallah, George Zausner, João Lara Mesquita, Mário Arthur Adler, Patrícia Moraes, Stefano Bridelli, Sylvia Pinho de Almeida, Thomas Michael Lanz PROGRAMA DE SALA — EXPEDIENTE

Gioconda Bordon EDITORAÇÃO ELETRÔNICA Ludovico Desenho Gráfico COORDENAÇÃO EDITORIAL

SUPERVISÃO GERAL

Silvia Pedrosa

EDIÇÃO

Marta Garcia

ASSESSORIA DE IMPRENSA

Conteúdo Comunicação

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Orquestra Nacional do Capitólio de Toulouse / Tugan Sokhiev, regente ; Bertrand Chamayou, piano; Lucienne Renaudin Vary, trompete / coordenação Gioconda Bordon ; notas sobre o programa Alexandre Zamith Almeida. – São Paulo : Cultura Artística, 2017. “Cultura Artística temporada 2017”. Vários colaboradores.

Bibliografia ISBN: 978-85-93629-09-9

1. Concertos – Programas – São Paulo (SP) 2. Música clássica 3. Orquestras – Regência 4. Orquestra Nacional do Capitólio de Toulouse I. Sokhiev, Tugan. II. Chamayou, Bertrand. III. Vary, Lucienne Renaudin. IV. Bordon, Gioconda. V. Almeida, Alexandre Zamith. 17-09516 CDD-781.68 Índices para catálogo sistemático: 1. Concertos : Música clássica 781.68

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE ESTADO DA CULTURA FUNDAÇÃO ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO — ORGANIZAÇÃO SOCIAL DE CULTURA

Fernando Henrique Cardoso Fábio Colletti Barbosa VICE-PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Antonio Carlos Quintella DIRETOR EXECUTIVO Marcelo Lopes SUPERINTENDENTE Fausto Augusto Marcucci Arruda MARKETING Carlos Harasawa diretor PRESIDENTE DE HONRA

PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

REALIZAÇÃO

MINISTÉRIO DA CULTURA


Gioconda Bordon

gioconda@culturaartistica.com.br

Rua Nestor Pestana, 196 Em 1919, a Sociedade de Cultura Artística pagou 170 contos de réis por um terreno na rua Florisbela, com o propósito de ali construir sua sede. Apesar de todos os esforços, Nestor Pestana, presidente da sociedade fundada em 1912, não conseguiu iniciar a obra. Contudo, seu nome ficaria para sempre ligado ao futuro teatro e à vida cultural da cidade. Logo após sua morte, em 1933, o então prefeito Fábio Prado decretou que a rua Florisbela passaria a se chamar Nestor Pestana. Projetado por Rino Levi, o teatro começou a ser erguido em 1947 e abriu as portas em 1950. Em 8 e 9 de março, Villa-Lobos e Camargo Guarnieri dividiram o comando da Orquestra Sinfônica de São Paulo na execução de suas próprias composições. Dez anos depois, dificuldades financeiras obrigaram a Cultura Artística a alugar sua sala para a TV Excelsior, que a devolveu no início dos anos 70. Foi preciso uma reforma radical para que, mais uma vez, o Cultura Artística voltasse à ativa, o que aconteceu no dia 8 de agosto de 1977. Em 2008, o golpe terrível: um incêndio destruiu o edifício, que por um triz não foi totalmente ao chão. O mural de Di Cavalcanti e os foyers ficaram de pé, quase intactos, deixando preservada a identidade do prédio da rua Nestor Pestana, 196. Desde então, a SCA tem trabalhado incessantemente para reconstruir o teatro. Durante nove anos, adaptações e reestruturações foram necessárias para se chegar ao projeto definitivo da nova sala de concertos, que teve que se reinventar mais uma vez ao longo de mais de sessenta anos de história. Uma bela história, parte da vida de todos os nossos amigos, assinantes e apoiadores. Bom concerto!

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CULTURA ARTÍSTICA — TEMPORADA 2017 SÉRIE BRANCA Sala São Paulo 29 de outubro, domingo, 21h

Orquestra Nacional do Capitólio de Toulouse Tugan Sokhiev regência Bertrand Chamayou piano

HECTOR BERLIOZ (1803-1869) Abertura O carnaval romano, op. 9

8’

Allegro assai con fuoco – Andante sostenuto – Tempo I. Allegro vivace

CAMILLE SAINT-SAËNS (1835-1921) Concerto para piano n. 5 em fá maior, op. 103 – Egípcio

28’

I. Allegro animato II. Andante III. Molto allegro intervalo

NIKOLAI RÍMSKI-KÓRSAKOV (1844-1908) Scheherazade

50’

Spalla: Geneviève Laurenceau I. O mar e o navio de Sinbad Largo e maestoso – Lento – Allegro non tropo – Tranquillo II. O Príncipe Kalendar Lento – Andantino – Allegro molto – Vivace scherzando – Moderato assai – Allegro molto ed animato III. O jovem príncipe e a jovem princesa Andantino quasi allegretto – Pochissimo più mosso – Come prima – Pochissimo più animato IV. Festival em Bagdá. O mar. O navio se choca contra um rochedo encimado por um guerreiro de bronze Allegro molto – Lento – Vivo – Allegro non troppo e maestoso – Tempo come I

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Os concertos serão precedidos do Momento Musical, palestra de Irineu Franco Perpetuo sobre os compositores, peças e intérpretes da noite, que acontece às 20 horas no auditório do primeiro andar da Sala São Paulo. O conteúdo editorial dos programas da Temporada 2017 encontra-se disponível em nosso site uma semana antes dos respectivos concertos.


CULTURA ARTÍSTICA — TEMPORADA 2017 SÉRIE AZUL

Sala São Paulo 31 de outubro, terça-feira, 21h

Orquestra Nacional do Capitólio de Toulouse Tugan Sokhiev regência Bertrand Chamayou piano Lucienne Renaudin Vary trompete DMITRI SHOSTAKÓVITCH (1906–1975) Abertura festiva, op. 96 Concerto n. 1 para piano, trompete e cordas, op. 35

7’ 24’

I. Allegretto II. Lento III. Moderato IV. Allegro con brio intervalo

CLAUDE DEBUSSY (1862–1918) La mer

23’

I. Da alvorada ao meio-dia no mar II. Jogo das ondas III. Diálogo do vento com o mar

IGOR STRAVINSKI (1882–1971) O Pássaro de Fogo – suíte 1919

22’

I. Introdução – O Pássaro de Fogo e a sua dança – A variação do Pássaro de Fogo II. O khorovod das princesas (rondó, dança circular) III. Dança infernal do Rei Kastchei IV. Berceuse (cantiga de ninar) V. Final

Programação sujeita a alterações. facebook.com/culturartistica Instagram: @culturaartistica www.culturaartistica.com.br

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Notas sobre o programa Alexandre Zamith Almeida

HECTOR BERLIOZ (1803-1869) Abertura O carnaval romano, op. 9 Era da natureza artística de Hector Berlioz pensar a música em seu potencial narrativo, conjugando os universos musical e literário. Não por acaso, o compositor se estabeleceria como um dos grandes propulsores da ópera romântica francesa. Entretanto, muitas de suas composições instrumentais – sobretudo as sinfônicas – também apresentam fortes atributos narrativos e evocativos, desenvolvendo-se como verdadeiros dramas musicais sem palavras. Esse aspecto vincularia o nome de Berlioz à música programática que, em oposição à música absoluta, propõe a evocação de ideias tidas como extramusicais. A afirmação de Berlioz de que “o programa deve ser entendido do mesmo modo que os trechos falados e cantados de uma ópera” reforça o entendimento do compositor de que ópera e música sinfônica não eram universos apartados.

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A abertura O carnaval romano concilia esses dois universos. Ainda que não tenha sido concebida como introdução a uma ópera, foi composta a partir de materiais da primeira ópera concluída por Berlioz: Benvenuto Cellini, composta em 1837 e baseada na autobiografia do lendário escultor, ourives e músico renascentista Benvenuto Cellini (1500-1571). A estreia da ópera, em 1838, em Paris, foi um fracasso desolador. Ainda assim, Berlioz manteve sua convicção nas qualidades musicais da obra e dela destacou um dueto vocal e uma cena de carnaval para, em 1843, compor a Abertura O carnaval romano. O dueto daria origem à primeira seção da abertura, na qual, após uma breve introdução, o corne inglês apresenta aquela que se tornaria uma das mais famosas melodias de Berlioz. A segunda seção – que dá o título à abertura – é oriunda da cena de carnaval e afirma uma música brilhante e festiva em caráter de saltarello. Ao contrário da ópera que a originou, a abertura gozou de grande sucesso em sua estreia, em 1844, e se estabeleceria como uma das mais populares obras do compositor.


CAMILLE SAINT-SAËNS (1835-1921) Concerto para piano n. 5 em fá maior, op. 103 – Egípcio Prolífico compositor e virtuose francês, Charles Camille Saint-Saëns foi aclamado por Franz Liszt como “o maior organista do mundo”. Tendo iniciado seus estudos de piano aos dois anos de idade, tornou-se rapidamente admirado como criança prodígio. Sua fama se disseminaria após seu début quando, aos dez anos, solou o Concerto para piano n. 3, op. 37, de Beethoven, e o Concerto para piano K. 450, de Mozart, tendo composto suas próprias cadências. Cinquenta anos mais tarde, Saint-Saëns comporia seu quinto e último concerto para piano, justamente para comemorar o quinquagésimo aniversário de sua lendária estreia. Ávido viajante, apreciava especialmente o clima mediterrâneo do norte da África; a Argélia (onde faleceria aos 86 anos) e o Egito estavam dentre seus destinos favoritos. Seu quinto concerto para piano recebeu a insígnia de Egípcio não apenas por ter sido composto na cidade egípcia de Luxor, mas por apresentar sonoridades exóticas e invulgares a ouvidos ocidentais. Entretanto, o primeiro e o terceiro movimentos, ainda que apresentem um pianismo exuberante e uma vasta gama de recursos instrumentais, se restringem a um idiomatismo musical estritamente europeu. É no segundo movimento que o exotismo sugerido pelo título da obra aflora, quer no excêntrico tratamento rítmico e métrico de seu início, quer no uso extensivo do intervalo de segunda aumentada (característico de escalas exóticas) ou na seção melódica central deste movimento, que, segundo o próprio Saint-Saëns, remete a uma canção de amor nubiana que o compositor ouviu ser cantada por barqueiros, enquanto descia o Nilo em um dahabieh (embarcação típica do Egito). A obra foi dedicada a Louis Diémer, pianista francês responsável por várias de suas performances.

NIKOLAI RÍMSKI-KÓRSAKOV (1844-1908) Scheherazade Nikolai Rímski-Kórsakov é um dos principais representantes da música russa da segunda metade do século XIX e início do XX, quando jovens

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compositores, ansiosos por se desgarrarem das diretrizes propagadas pela Europa ocidental, assumiram o autodidatismo e o vigor da música popular russa como propulsores de uma nova música nacional, forte e imaginativa. Kórsakov se interessaria também pelas sonoridades do Oriente Médio, do que é testemunho sua Sinfonia Antar, composta em 1868, antes mesmo de o compositor sequer ter ouvido qualquer música oriental (para a composição da sinfonia, Kórsakov teria recorrido a uma coletânea francesa de melodias argelinas emprestada do compositor e amigo Alexander Borodin). Porém, ao compor sua suíte sinfônica Scheherazade, em 1888, o compositor já teria vivenciado a música de feições orientais quando, em 1874, viajou à cidade de Bakhchisaray, na costa sudoeste da Crimeia. Declarara Kórsakov: “Foi ouvindo os músicos ciganos de Bakhchisaray que eu me dei conta, pela primeira vez, da música oriental em seu estado puro e, acredito, apreendi o aspecto fundamental de seu caráter”. Scheherazade remete a As mil e uma noites, coletânea de contos populares do Oriente Médio e sul da Ásia compilados em língua árabe e disseminados pelo Ocidente a partir de uma tradução ao francês do início do século XVIII. Scheherazade é a narradora fictícia dos contos fantásticos de As mil e uma noites, por meio dos quais entretém seu marido, o sultão persa Xariar, demovendo-o da intenção de matá-la. Entretanto, a suíte não tem propósitos narrativos, e os títulos de seus movimentos são vagos o suficiente para não remeterem a contos específicos da coletânea. A proposta composicional, segundo declaração do próprio Kórsakov, foi a de prover sugestões que orientassem a imaginação do ouvinte na direção da imaginação do compositor, porém sem impor concepções minuciosas e particulares.

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A suíte se desenvolve em quatro movimentos inter-relacionados por meio de materiais motívicos e temáticos em comum, dentre os quais dois se destacam: o primeiro – enunciado logo no início da suíte em uníssono e oitavas – propõe uma severidade que a muitos remete à ira e violência do sultão; o segundo, exposto por solo de violino acompanhado de harpa, revela um lirismo em arabesco que, conforme admitiu o compositor, representa Scheherazade. A suíte se encerra de forma serena, em um plácido arpejo maior, sugerindo a redenção conquistada pela encantadora narradora e a terna noite de sono à qual finalmente teria direito.


DMITRI SHOSTAKÓVITCH (1906-1975) Abertura festiva, op. 96 Concerto n. 1 para piano, trompete e orquestra de cordas, op. 35 Parcela significativa da produção musical de Shostakóvitch foi condicionada pelas diretrizes do Realismo Socialista, política cultural oficial do comunismo ortodoxo da então União Soviética. Segundo essa política, a arte e a cultura tinham por missão propagar os ideais revolucionários e, para tanto, deveriam ser facilmente apreensíveis, diante do que qualquer proposta de renovação das expressões artísticas era rigorosamente censurada. Shostakóvitch teve sua obra cerceada pelo regime sobretudo entre 1936 e 1953, porém as duas obras apresentadas neste programa escapam a esse período. Sua Abertura festiva, datada de 1954, atende explicitamente à política oficial, tendo sido encomendada justamente para a comemoração do 37º aniversário da Revolução de 1917. Há relatos de que sua composição teria sido realizada em poucos dias, de maneira a atender à data comemorativa. Segundo testemunhos, conforme Shostakóvitch compunha a obra, mensageiros levavam as páginas recém-concluídas ao Teatro Bolshoi, para que copistas preparassem com urgência as partes orquestrais para os ensaios. Entretanto, apesar do contexto de sua composição, a obra sobreviveu à função original, utilitária e comemorativa, e conquistou lugar de destaque no repertório de concerto. Seus recursos musicais diretos e acessíveis, fundamentados em materiais de caráter assumidamente popular, a tornariam uma das obras mais conhecidas de Shostakóvitch. Se a Abertura festiva é posterior aos constrangimentos que Shostakóvitch sofreu sob o totalitarismo stalinista, seu Concerto para piano, trompete e orquestra de cordas, de 1933, remonta a uma época anterior, na qual a produção do compositor ainda não preocupava o regime. Sua declaração sobre a obra reforça a postura de artista engajado ao regime, ao menos naquele momento: “Sou um compositor soviético. Percebo nossa época como heroica, espirituosa e alegre. Foi isso que eu quis transmitir neste meu concerto”. Ainda que a obra não seja propriamente um concerto duplo, o trompete não se comporta apenas como um instrumento do corpo orquestral, e promove diálogos efetivos com o piano. Seus quatro movimentos interligados apresentam como aspecto notável a variedade de estados de ânimo e caráteres musicais: brilhantismo, opacidade, vigor, melancolia, amabilidade e brutalidade se justapõem em um discurso musical ininter-

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rupto. A escrita pianística é rica em recursos virtuosísticos: contempla grandes saltos melódicos, passagens brilhantes em oitavas e sequências ágeis de acordes. A estreia da obra, em outubro de 1933, ficou a cargo do próprio Shostakóvitch ao piano, ao lado do trompetista Alexander Schmidt e da Orquestra Filarmônica de Leningrado, sob regência de Fritz Stiedry.

CLAUDE DEBUSSY (1862-1918) La mer O mar como memória, e não como visão presente e imediata, é o protagonista dessa obra, escrita entre 1903 e 1905. De fato, Claude Debussy esteve muito distante do mar em sua idade adulta, sobretudo durante a composição de La mer, mas dele guardaria reminiscências dos verões que passara em Cannes, durante sua infância. Esse aspecto potencializou na obra uma das características mais caras ao simbolismo, movimento artístico ao qual o compositor é identificado: o apego ao subjetivismo, com amplo espaço às impressões, ao inconsciente, ao sonho, à memória. Não surpreende, sobretudo em se tratando de Debussy, que o compositor não tenha criado uma música fundamentalmente descritiva ou programática, mas que tenha submetido aspectos das paisagens marítimas – a fluidez dos movimentos da água, a multiplicidade de luzes e cores, os impulsos dos ventos – a suas próprias impressões e propósitos musicais. Disso decorre, em parte, a fria acolhida que a obra recebeu em sua estreia, em outubro de 1905. Seu título certamente despertou no público a expectativa por representações óbvias, e testemunha disso é a objeção à obra expressa por Pierre Lalo, então crítico do Le Temps: “eu não escuto o mar, não vejo o mar, não sinto o cheiro do mar”. Percebe-se que Lalo reprovou na obra justamente um de seus maiores atributos: o de não sucumbir a descrições vulgares, mas sim apresentar-se – nas palavras de Paul Roberts – “como uma transmutação das complexas e subconscientes respostas humanas ao mar, conquistada por meio do próprio âmago do material musical”.

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A obra propõe uma surpreendente multiplicidade de recursos e caráteres musicais. De seu primeiro movimento, que se inicia quase silenciosamente, emergem fragmentos melódicos que aos poucos vão


constituindo tecidos musicais mais densos em uma fluidez da qual não se depreendem métricas regulares explícitas. Já o segundo movimento propõe jocosidade e dinamismo em métrica ternária mais evidente, apesar de o título do movimento alertar para “um ritmo muito flexível”. Seu terceiro e último movimento expõe, desde o início, a violência e os embates dos quais os elementos em questão – mar e ar – são capazes.

IGOR STRAVINSKI (1882-1971) O Pássaro de Fogo – suíte 1919 Compositor decisivo para os desdobramentos da música no século XX, Igor Stravinski despontou ainda jovem no cenário musical por meio de suas colaborações com outra personalidade determinante para os ousados caminhos assumidos pela arte no século XX: Sergei Diaghilev. Fundador e diretor dos Ballets Russes, Diaghilev congregou nas produções de sua memorável companhia os artistas mais relevantes da época, dentre os quais Prokofiev, Debussy, Kandinsky, Picasso e Matisse. Por encomenda de Diaghilev, Stravinski compôs suas obras mais famosas: os três bailados O Pássaro de Fogo (1910), Petrouchka (1911) e A sagração da primavera (1913). Pertencentes ao primeiro período criativo do compositor – o período russo –, estas obras acolhem o folclore russo como arcabouço de um nacionalismo potente e inovador. A primeira delas, O Pássaro de Fogo, apesar de composta quando Stravinski contava menos de trinta anos, revela já um pleno domínio orquestral, herança de seu professor Rímski-Kórsakov. Momentos de grande densidade sonora são confrontados a texturas econômicas, características das formações instrumentais menores que atrairiam a preferência do compositor em sua fase neoclássica subsequente. O Pássaro de Fogo trata do embate entre o príncipe Ivan e uma poderosa entidade do mal, o ogro Kastchei, que aprisiona princesas e transforma em pedra aqueles que tentam resgatá-las. Para sua vitória, Ivan conta com os poderes mágicos de um pássaro raro e exótico, denominado Pássaro de Fogo pela exuberância flamejante de sua plumagem. A partir da partitura original, Stravinski criou três versões de concerto, das quais a segunda – datada de 1919 – tornou-se a mais disseminada. Alexandre Zamith Almeida é pianista com ênfase na música dos séculos XX e XXI, e professor de piano e música de câmara da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), onde é coordenador do Programa de Pós-Graduação em Música.

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PATRICE NIN


Orquestra Nacional do Capitólio de Toulouse A Orquestra Nacional do Capitólio de Toulouse surgiu nos anos 1960, da fusão da Orquestra do Capitólio – responsável também pelas produções de dança e de ópera do Teatro do Capitólio – com a Orquestra Sinfônica de Toulouse-Pyrénées. O nome oficial passou a ser usado em 1981. Graças ao trabalho de Michel Plasson, que esteve no comando do grupo por 35 anos, a Toulouse alcançou grande prestígio internacional. Hoje, Plasson é diretor honorário da orquestra, que conta com um quadro de 125 músicos. O regente russo Tugan Sokhiev assumiu a direção musical da orquestra em 2008 e deu início a uma etapa de intensa atividade, com inúmeras turnês internacionais e concertos nas maiores salas europeias e americanas.

Saiba mais Sede da orquestra e belíssima sala de concertos, a Halle aux Grains foi também o antigo mercado de grãos da região, construído no século XIX. Sua transformação ocorreu em 1974, sendo Michel Plasson, diretor honorário da orquestra, o responsável pela implementação do projeto arquitetônico.

Além de uma extensa programação em sua sede, Halle aux Grains, e das temporadas de dança e de ópera no Théâtre du Capitole, a orquestra participa habitualmente de festivais, tais como o Quincena Musical, de San Sebastián, o Chorégies d’Orange, o Festival Radio France, de Montpellier, o Festival d’Aix-en-Provence e o George Enescu, de Budapest. A orquestra trabalha tanto o repertório clássico tradicional como o atual. Em 2012, por exemplo, estreou o Concerto para dois pianos, de Bruno Mantovani, obra encomendada em parceira com a Casa da Música, da cidade do Porto. Em 2014, apresentou a estreia francesa do Concerto para percussão, de James MacMillan. Na temporada 2016-2017, estreou a obra Samaa Sawti Zaman, de Benjamin Attahir, escrita em homenagem a Pierre Boulez. A atividade educacional da orquestra inclui diversos programas para o público jovem, comandados desde 2012 pelo regente Christophe Mangou. Dentre eles, merece destaque a realização de Eva pas à pas, de Sylvain Griotto, criação que mescla música, dança e narração para crianças pequenas, feita em parceira com a Orquestra Regional de Avignon-Provence.

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Tugan Sokhiev Regente de grande reconhecimento internacional, o russo Tugan Sokhiev está à frente da Orquestra Nacional do Capitólio de Toulouse e da Deutsches Symphonie-Orchester Berlin. É também diretor musical e regente do Teatro Bolshoi, em Moscou. Como maestro convidado, atua ao lado de grandes orquestras, como a Filarmônica de Rotterdam, a Nacional da Rússia, a Orquestra da Academia Nacional de Santa Cecília, a Royal Concertgebouw e ainda a Filarmônica de Munique. Durante a temporada de 2016/2017, Tugan se apresentou, entre outras, com a Orquestra Filarmônica de Berlim, com a Filarmônica de Viena, com a Philharmonia Orchestra e no Mozartwoche Festival (Semana Mozart, em Salzburgo). Suas mais recentes estreias, à frente das sinfônicas de Chicago e de Londres, da Orquestra da Filadélfia e da Leipzig Gewandhaus, foram aclamadas pela crítica, assim como suas turnês europeias com as orquestras de câmara Philharmonia e Mahler Chamber Orchestra. Sokhiev fez seu début nos palcos líricos da Grã-Bretanha em 2002, dirigindo a ópera La Bohème, na Welsh National Opera. Em 2003, esteve no Metropolitan, em Nova York, à frente da Orquestra do Teatro Mariinsky, com a ópera Eugene Onegin, de Tchaikóvski. Em 2004, foi um dos destaques do Festival de Aix-en-Provence, com a ópera O Amor das três laranjas, de Prokofiev. Os álbuns com a Orquestra de Toulouse, gravados pelo selo Naïve, são sucesso de crítica e público. Dentre eles, constam CDs com as Sinfonias n. 4 e 5, de Tchaikóvski; Quadros de uma exposição, de Mussorgski; Danças sinfônicas, de Rachmaninov, e Pedro e o lobo, de Prokofiev.

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Nascido em 1977, em Vladikavkaz, na Ossétia do Norte, iniciou seus estudos de piano aos sete anos e foi aluno de Anatoly Briskin, então diretor da Orquestra Filarmônica Estatal da Ossétia do Norte. Frequentou o Conservatório de São Petersburgo, sendo pupilo de Ilya Musin.

Saiba mais O CD mais recente de Sokhiev foi lançado este ano pela Sony Classical e é dedicado a Prokofiev. No repertório, as Sinfonias n. 1 e 7, e a suíte Lieutenant Kijé.


DIVULGAÇÃO


SIMON FOWLER

MARCO BORGGREVE


Bertrand Chamayou Nascido em Toulouse, em 1981, começou a estudar piano aos oito anos e completou sua formação no Conservatório de Paris.

Saiba mais Em 2016, Chamayou recebeu o prêmio Echo Klassik pela gravação da obra completa para piano solo de Ravel, lançada pela Warner/Erato.

Ocupa lugar de destaque nos palcos internacionais, como o Théâtre de Champs-Elysées, em Paris; o Wigmore Hall, em Londres; Herkulessaal, em Munique, e o Lincoln Center, em Nova York. Na temporada de 2016/2017 fez sua estreia com as orquestras Gewandhaus, de Leipzig; Konzerthaus, de Berlim; e com as sinfônicas de Cincinnati e de Viena. Mantém intensa atividade de camerista, ao lado de Renaud Capuçon, Sol Gabetta e Quarteto Ebène. Ganhou quatro vezes o prêmio Victoires de la Musique. Em 2011, lançou a gravação de Années de pèlerinage, em homenagem ao aniversário de duzentos anos de Liszt.

Lucienne Renaudin Vary

Saiba mais A próxima temporada de Renaudin Vary será marcada por estreias importantes, como a turnê americana com o conjunto Les Violons du Roy e a participação no Festival Internacional de Marvão, dirigido por Christoph Poppen.

Lucienne nasceu em 1999, em Saint-Sébastien-sur-Loire. Foi aluna de Philippe Lafitte, em Mans, e desde 2015 frequenta o Conservatório Nacional Superior de Paris. Aos onze anos ganhou o concurso Selmer-Le Parnasse e foi a terceira colocada no Concurso Europeu para Jovens Trompetistas, em Alençon, na categoria de intérpretes entre 14 e 18 anos. Em 2016 recebeu o prêmio Victoires de La Musique na categoria Revelação. Na França, tem se apresentado na Salle Gaveau, nos festivais Les Grandes Heures de Cluny; Les Flâneries Musicales de Reims, entre outros. No ano passado, estreou com a London Chamber Orchestra, sob regência de Vladimir Ashkenazy, interpretando o Concerto para piano e trompete n. 1, de Shostakóvitch, ao lado do pianista Daniel Kharitonov.

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Orquestra Nacional do Capitólio de Toulouse Tugan Sokhiev regência VIOLINOS SOLO

Geneviève Laurenceau (29/10) Daniel Rossignol (31/10) PRIMEIROS VIOLINOS

Eleonore Darmon Sylvie Vivies Vitaly Rasskazov Jacqueline Bourdarias Sylvie Mougeat Mary Randles Sébastien Plancade Olivier Amiel Stéphane Guiocheau Julia Raillard Jean-baptiste Jourdin Estelle Bartolucci-Plancade Quentin Debroeyer Laura Jaillet Clémence Merou SEGUNDOS VIOLINOS

Audrey Loupy Chiu-Jan Ying Mohamed Makni François Drouhin Yves Sapir Marie Jose Fougeroux Virginie Allemand Edwige Farenc Alexandre Dalbigot David Benetah Eléonore Epp Isolde Ferenbach Aimline Moneste Marianne Puzin VIOLAS

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Bruno Dubarry Juliette Gil Laura Ensminger Isabelle Mension Tymoteusz Sypniewski Claire Pelissier Vincent Cazanave-Pin Samuel Joly Audrey Leclercq Anne-sandrine Duchêne Joyce Blanco Lewis Antoine Dautry

VIOLONCELOS

Pierre Gil Sarah Iancu Vincent Pouchet Tribot Philippe Christopher Waltham Chapeaux Benoît Marie Girbal Elise Robineau Yannick Callier Sophie Chauvenet CONTRABAIXOS

Damien-Loup Vergne Pierre Hequet Florent Barnaud Victor Garcia Gonzalez Conor Mc Carthy Guillaume Girma Simon Terrisse Fabien Coquant FLAUTAS

TROMPAS

Jacques Deleplancque Jean-Pierre Bouchard François Lugue Thibault Hocquet Hervé Lupano Benoit Hui TROMPETES

Hugo Blacher Javier Rossetto Thomas Pesquet Heike Gerber Nicolas Pardo TROMBONES

Dominique Dehu David Locqueneux Aymeric Fournes Fabien Dornic TUBA

Sylvain Picard

TÍMPANO François Laurent Joséphine Poncelin de Raucourt Jean-Sébastien Borsarello Florence Fourcassie PERCUSSÃO Claude Roubichou Jasper Mertens Thibault Buchaillet OBOÉS Christophe Dewarumez Louis Seguin Geoffrey Saint-leger Chi yuen Cheng Matthieu Chardon Serge Krichewsky

Gabrielle Zaneboni CLARINETES

David Minetti Valentin Favre Bertrand Laude Jean-Paul Decamps FAGOTES

Lionel Belhacene Christophe Vivies Odile Meisterlin Mylène Poulard

HARPA

Elsie Bedleem Cécile Barutaut (31/10) PIANO/CELESTA

Inessa Lecourt (31/10)


MARCO BORGGREVE

APOIO

REALIZAÇÃO MINISTÉRIO DA CULTURA

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patrocinador master

patrocinadores platina

patrocinadores ouro


patrocinadores prata

patrocinadores bronze

apoio

realização MINISTÉRIO DA CULTURA


AMIGOS DA CULTURA ARTÍSTICA Agradecemos a todos que contribuem para tornar realidade os espetáculos e projetos educativos promovidos pela Cultura Artística.

MECENAS Adolpho Leirner Alexandre e Silvia Fix Ana Lucia e Sergio Comolatti Ana Maria Igel e Mario Higino Leonel Ane Katrine e Rodolfo Villela Marino Anna Helena Americano de Araújo Antonio Hermann D. M. Azevedo Arsenio Negro Jr. Beatriz Baumgart Tadini Brejeiro Carmo e Jovelino Mineiro Cláudio Thomaz Lobo Sonder Cristian Baumgart Stroczynski Cristina Baumgart Denise Pauli Pavarina Eduardo Define Edward B. G. Weaver Fabio de Campos Lilla Frédéric de Mariz Gioconda Bordon Giovanni Guido Cerri Gustavo Salomão Hélio Seibel Heloisa Leite de Moraes Define Henri Slezynger e Dora Rosset Israel Vainboim Jacques Caradec Jean Claude Ramirez Jorge Sidney e Nadia Atalla José Carlos Evangelista José E. Queiroz Guimarães José Roberto Opice Karin Baumgart Srougi Lázaro de Mello Brandão Marcelo Kayath Marcos Baumgart Stroczynski Marcos Braga Rosalino Michael e Alina Perlman Milú Villela Minidi Pedroso Nádia e Olavo Setúbal Jr. Nelson Nery Junior Otto Baumgart Paulo Bruna

Paulo Proushan Pedro Herz Rolf Gustavo Roberto Baumgart Rosa Maria de Andrade Nery Sylvia e Flávio Pinho de Almeida Ursula Erika Marianna Baumgart 3 mecenas anônimos

BENFEITORES

Abram e Clarice Topczewski Alberto Whitaker Antonio Carlos Marcondes Machado Antonio Kanji Arnaldo Malheiros Calçados Casa Eurico Carlos Mendes Pinheiro Junior MANTENEDORES Carlos P. Rauscher Claudia Annunziata G. Musto Alfredo Rizkallah Claudio Alberto Cury Arnoldo Wald Claudio e Selma Cernea Augusto Livio Malzoni Dario Chebel Labaki Neto Bruno Alois Nowak Dario e Regina Guarita Cleide e Luiz Rodrigues Corvo Edith Ranzini Erwin e Marie Kaufamnn Eduardo Secchi Munhoz Fernando Eckhardt Luzio Edward Launberg Fernando Lohmann Elias e Elizabeth Rocha Barros Francisco Humberto de Abreu Maffei Evangelina Lobato Uchoa Henri Philippe Reichstul Fernando de Azevedo Corrêa Jayme Blay Francisco J. de Oliveira Jr. José Luiz e Sandra Setúbal Francisco Montano Filho Lea Regina Caffaro Terra Galícia Empreend. e Participações Ltda. Livio De Vivo Gerard Loeb e Angela Varela Marcelo Pereira Lopes de Medeiros Gustavo e Cida Reis Teixeira Maria Zilda Oliveira de Araújo Heinz Jorg Gruber MV Pratini de Moraes Henrique Lindenberg Neto Neli Aparecida de Faria Isaac Popoutchi Nelson Pereira dos Reis Israel Sancovski Paulo Guilherme Leser Izabel Sobral Regina e Gerald Reiss Jayme Sverner Ricard Akagawa José e Priscila Goldenberg Ruy e Celia Korbivcher Junia Borges Botelho Ruy Souza e Silva e Fátima Zorzato Katalin Borger Sandra Arruda Grostein Leo Kupfer Silvia e Fernando Carramaschi Luci Banks Leite Tamas Makray Lúcia Lohmann e Nemer Rahal Thomas Frank Tichauer Luiz Franco Brandão Valeria e Antonio Carlos Barbosa de Oliveira Luiz Henrique Martins Castro Vavy Pacheco Borges Luiz Roberto de Andrade Novaes Vitor Maiorino Neto M. Bernardete Baretto de Menezes Sampaio Walter Ceneviva Malú Pereira de Almeida Wolfgang Knapp Marcia Igel Joppert 4 mantenedores anônimos Marcos de Mattos Pimenta Maria Bonomi


Maria Helena Peres Oliveira Maria Joaquina Marques Dias Maria Teresa Igel Nelson Jafet Nelson Vieira Barreira Oscar Lafer Oswaldo Henrique Silveira Patricia de Moraes Paula e Hitoshi Castro Paulo Cezar Aragão Raphael Pereira Crizantho Renata e Sergio de Simon Ricardo Luiz Becker Rosa Maria Graziano Ruben Halaban Sergio Luiz Macera Ulysses de Paula Eduardo Jr. Wilma Kövesi (i.m.) 6 benfeitores anônimos

APOIADORES Alessandro e Dora Ventura Ana Cristina Arantes Ana Elisa e Eugenio Staub Filho Ana Maria Malik André Guyearch Andrea Sandro Calabi Beatriz e Numa Valle Beatriz Garcez Lohmann Bernardo Guerra Carla Milano Carlos Alberto Junqueira Franco Carlos Chagas Rodrigues Carmen Guarini Cássio Augusto Macedo da Silva Charles e Sandra Cambur Ciça Callegari e Luiz Eugenio Mello Cristina e Richard Barczinski Dan Linetzky Waitzberg Daniela e Frederico Carramaschi Edson Eidi Kumagai Eduardo Molan Gaban Eliana Regina Marques Zlochevsky Elizabete e Mauro Guiotoku

Eric Alexander Klug Francisco, Mariana e Gabriela Turra Guilherme Ary Plonski Gustavo Henrique Machado de Carvalho Helio e Livia Elkis Horacio Mario Kleinman Issei e Marcia Abe José Carlos Dias José de Paula Monteiro Neto José Francisco Kerr Saraiva José Rubens Pirani Leda Tronca Lilia Katri Moritz Schwarz Lucila Pires Evangelista Luis Renato Oliveira Luiz Alberto Placido Penna Luiz Diederichsen Villares Luiz Marcello M. de Azevedo Filho Luiz Schwarcz M.Luiza Santari M.Porto Marcello D. Bronstein Marcelo Gutglas Márcio P. P. Garcia Marco Tullio Bottino Maria Cecilia Comegno Maria da Graça e Mario Luiz Rocco Marisa e Patrick Nielander Marta D. Grostein Martha Diederichsen Stickel Mauro André Mendes Finatti e Caio Andreazza Morbin Omar Fernandes Aly Patricia Giesteira Pedro Spyridion Yannoulis Plinio J. Marafon Raquel Szterling Nelken Raul Corrêa da Silva Regina Celidonio e Luiz Fernando Caiuby L. da Silva Ricardo Hering Roberto Crissiuma Mesquita Roberto Falzoni Teli Penteado Cardoso Walter Jacob Curi 21 apoiadores anônimos

Lista atualizada em 22 de junho de 2017

Para mais informações ligue para (11) 3256 0223, escreva para amigos@culturaartistica.com.br ou visite www.culturaartistica.com.br/amigos


Teatro Cultura Artística Agradecemos a todos que têm contribuído, de diversas maneiras, para o esforço de construção do novo Teatro Cultura Artística.

PATROCINADORES

PRINCIPAIS DOADORES (R$ 5.000,00 ou mais) Adolpho Leirner Affonso Celso Pastore Agência Estado Aggrego Consultores Airton Bobrow Alexandre e Silvia Fix Alfredo Egydio Setúbal Alfredo Rizkallah Álvaro Luís Fleury Malheiros Ana Maria Levy Villela Igel Antonio Carlos Barbosa de Oliveira Antonio Carlos de Araújo Cintra Antonio Corrêa Meyer Arnaldo Malheiros Arsenio Negro Jr. Aurora Bebidas e Alimentos Finos Banco Pine Banco Safra Bicbanco Bruno Alois Nowak Calçados Casa Eurico Camargo Correa Camilla Telles Ferreira Santos Carlos Nehring Netto CCE Center Norte Cláudio e Rose Sonder Cleõmenes Mário Dias Baptista (i.m.) Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração Daniela Cerri Seibel e Helio Seibel Dario Chebel Labaki Neto Dora Rosset Editora Pinsky Ltda. Elias Victor Nigri Elisa Wolynec EMS Erwin e Marie Kaufmann Eurofarma Fabio de Campos Lilla Fanny Ribenboin Fix

Fernando Eckhardt Luzio Fernando Lohmann Fernão Carlos Botelho Bracher Festival de Salzburgo Flávio e Sylvia Pinho de Almeida Francisca Nelida Ostrowicz Francisco H. de Abreu Maffei Frédéric de Mariz Frederico Lohmann Fundação Filantrópica Arymax Gerard Loeb Gioconda Bordon Giovanni Guido Cerri Heinz J. Gruber Helga Verena Maffei Henri Philippe Reichstul Henri Slezynger Henrique Meirelles Idort/SP Israel Vainboim Jacques Caradec Jairo Cupertino Jayme Bobrow Jayme Sverner Joaquim de Alcântara Machado de Oliveira Jorge Diamant José Carlos e Lucila Evangelista José E. Queiroz Guimarães José Ephim Mindlin Jose Luiz Egydio Setúbal José M. Martinez Zaragoza José Roberto Mendonça de Barros José Roberto Opice Jovelino Carvalho Mineiro Filho Katalin Borger Lea Regina Caffaro Terra Leo Madeiras Livio De Vivo Luís Stuhlberger Luiz Diederichsen Villares


Luiz Gonzaga Marinho Brandão Stela e Jayme Blay Luiz Rodrigues Corvo Suzano Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados Tamas Makray Mahle Metal Leve Theodoro Jorge Flank Maria Adelaide Amaral Thomas Kunze Maria Alice Setúbal Thyrso Martins Maria Bonomi Unigel Maria Helena de Albuquerque Lins Ursula Baumgart Marina Lafer Vale Mário Arthur Adler Vavy Pacheco Borges Marisa e Jan Eichbaum Vitor Maiorino Netto Martha Diederichsen Stickel Vivian Abdalla Hannud Michael e Alina Perlman Volkswagen do Brasil Ind. de Veículos Automotores Ltda. Milú Villela Wolfgang Knapp Minidi Pedroso Yara Rossi Moshe Sendacz 3 Doadores Anônimos Nádia e Olavo Setúbal Jr. Natura Neli Aparecida de Faria Nelson Reis Gostaríamos de agradecer também Nelson Vieira Barreira as doações de mais de 200 Oi Futuro empresas e indivíduos que Oswaldo Henrique Silveira contribuíram com até Otto Baumgart Indústria e Comércio R$ 5.000,00. Lamentamos não Paulo Bruna poder, por limitação de espaço, Paulo Setúbal Neto citá-los nominalmente. Pedro Herz Pedro Pullen Parente Pinheiro Neto Advogados Polierg Tubos e Conexões Polimold Industrial S.A. Porto Seguro Raphael Pereira Crizantho Ricard Takeshi Akagawa Ricardo Egydio Setúbal Ricardo Feltre Ricardo Ramenzoni Richard Barczinski Roberto Baumgart Roberto e Luizila Calvo Roberto Egydio Setúbal Ruth Lahoz Mendonça de Barros Ruy e Celia Korbivcher realização Salim Taufic Schahin Samy Katz Sandor e Mariane Szego Santander São José Construções e Comércio (Construtora São José) Silvia Dias Alcântara Machado


28 e 29 de março TRIO WANDERER 24 e 25 de abril LE CONCERT DE LA LOGE PHILIPPE JAROUSSKY contratenor 23 e 24 de maio BENJAMIN GROSVENOR piano 6 e 7 de junho POTSDAM CHAMBER ORCHESTRA TREVOR PINNOCK regência EMMANUEL PAHUD flauta 27 e 28 de junho ROYAL NORTHERN SINFONIA JULIAN RACHLIN violino e direção artística 1 e 2 de agosto YOA — ORQUESTRA DAS AMÉRICAS CARLOS MIGUEL PRIETO regência NADJA SALERNO-SONNENBERG violino 22 e 24 de agosto ANDRÁS SCHIFF piano 12 e 13 de setembro QUARTETO EMERSON 29 e 31 de outubro ORQUESTRA NACIONAL DO CAPITÓLIO DE TOULOUSE TUGAN SOKHIEV regência BERTRAND CHAMAYOU piano LUCIENNE RENAUDIN VARY trompete 13 e 14 de novembro CAPPELLA MEDITERRANEA E CORO DE CÂMARA DE NAMUR LEONARDO GARCÍA ALARCÓN regência Programação e datas sujeitas a alterações


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