Kammerakademie Potsdam Orquestra de Câmara de Potsdam
Trevor Pinnock regĂŞncia
Emmanuel Pahud flauta
O MINISTÉRIO DA CULTURA, O GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, A SECRETARIA DA CULTURA E A CULTURA ARTÍSTICA APRESENTAM
MOMENTO MUSICAL Momento Musical do Le Concert de la Loge (foto Heloisa Bortz)
Você conhece o Momento Musical? Sempre às 20h, antes de cada concerto da Temporada Cultura Artística, o jornalista e crítico musical Irineu Franco Perpetuo comenta de forma descontraída sobre os compositores, as obras e os intérpretes que se apresentam naquela noite. Participe deste encontro! realização
MINISTÉRIO DA CULTURA
O Ministério da Cultura, o Governo do Estado de São Paulo, a Secretária da Cultura e a Cultura Artística apresentam
Kammerakademie Potsdam
Orquestra de Câmara de Potsdam
Trevor Pinnock regência
Emmanuel Pahud flauta
patrocínio
realização
Gioconda Bordon
3 Programa 4 Notas sobre o programa 6 Mônica Lucas Biografias 13
SOCIEDADE DE CULTURA ARTÍSTICA DIRETORIA
Antonio Hermann D. Menezes de Azevedo Gioconda Bordon DIRETORES Carlos Mendes Pinheiro Júnior, Fernando Lohmann, Gioconda Bordon, Ricardo Becker, Rodolfo Villela Marino SUPERINTENDENTE Frederico Lohmann PRESIDENTE
VICE-PRESIDENTE
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Fernando Carramaschi Roberto Crissiuma Mesquita CONSELHEIROS Antonio Hermann D. Menezes de Azevedo, Carlos José Rauscher, Francisco Mesquita Neto, Gérard Loeb, Henri Philippe Reichstul, Henrique Meirelles, Jayme Sverner, Marcelo Kayath, Milú Villela, Pedro Parente, Plínio José Marafon, Roberto Baumgart PRESIDENTE
VICE-PRESIDENTE
CONSELHO CONSULTIVO
Alberto Jacobsberg, Alfredo Rizkallah, George Zausner, João Lara Mesquita, Mário Arthur Adler, Patrícia Moraes, Stefano Bridelli, Sylvia Pinho de Almeida, Thomas Michael Lanz PROGRAMA DE SALA — EXPEDIENTE
Gioconda Bordon EDITORAÇÃO ELETRÔNICA Ludovico Desenho Gráfico COORDENAÇÃO EDITORIAL
SUPERVISÃO GERAL
Silvia Pedrosa
EDIÇÃO
Marta Garcia
ASSESSORIA DE IMPRENSA
Conteúdo Comunicação
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Kammerakademie Potsdam : Orquestra de Câmara de Potsdam : Trevor Pinnock, regência : Emmanuel Pahud, flauta / [coordenação editorial Gioconda Bordon ; notas sobre o programa Mônica Lucas]. – São Paulo : Cultura Artística, 2017. Vários colaboradores.
IISBN: 978-85-93629-03-7
1. Concertos – Programas – São Paulo (SP). 2. Festivais de música 3. Orquestra de Câmara de Potsdam 4. Pahud, Emmanuel 5. Pinnock, Trevor I. Bordon, Gioconda. II. Lucas, Mônica. 17-04592 CDD-781.68 Índices para catálogo sistemático: 1. Concertos : Música clássica 781.68
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE ESTADO DA CULTURA FUNDAÇÃO ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO — ORGANIZAÇÃO SOCIAL DE CULTURA
Fernando Henrique Cardoso Fábio Colletti Barbosa VICE-PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Antonio Carlos Quintella DIRETOR EXECUTIVO Marcelo Lopes SUPERINTENDENTE Fausto Augusto Marcucci Arruda MARKETING Carlos Harasawa diretor PRESIDENTE DE HONRA
PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
REALIZAÇÃO
MINISTÉRIO DA CULTURA
Gioconda Bordon
gioconda@culturaartistica.com.br
A riqueza dos clássicos Refinadíssimo e literalmente clássico, o programa que será apresentado pela Kammerakademie Potsdam (Orquestra de Câmara de Potsdam) traz composições de Mozart, Haydn e Devienne. Difundida e admirada no mundo todo, a obra desses autores é um claro e elegante testemunho do poder de sedução da chamada “música erudita”. Segundo o crítico francês e mestre humanista George Steiner, a matemática, o pensamento especulativo e a música são as três atividades que permitiram ao homem ocidental, sobretudo o europeu, alcançar uma dignidade transcendente. De acordo com Steiner, a música não deveria ser classificada apenas como entretenimento (o que, sem dúvida, ela também é), mas como um modo de elaboração do pensamento. A escuta musical demanda de nós um envolvimento completo, de corpo e alma. Estes dois concertos oferecem excelente oportunidade para degustarmos a riqueza sonora do jovem grupo, que trabalha com instrumentos historicamente informados. Dedicada principalmente ao repertório barroco, a pesquisa em torno de instrumentos de época intensificou-se nos anos 60 e tem no regente britânico Trevor Pinnock um de seus precursores. Desde então, o movimento ganhou força e vários conjuntos se firmaram no cenário internacional. Com isso, o interesse se ampliou também para compositores do período clássico, como Mozart e Haydn, bem como para obras de Beethoven. A sutileza e o requinte da textura orquestral destas apresentações atestam a relevância da música erudita que, apesar dessa designação aparentemente esnobe, é uma arte universal, acessível e enriquecedora para todos aqueles dispostos a escutá-la livres de barreiras ou preconceitos. Que ela continue a proporcionar momentos intensos de prazer e alegria nos palcos da nossa cidade. Um ótimo concerto a todos! 3
SÉRIE BRANCA Sala São Paulo 6 de junho, terça-feira, 21h SÉRIE AZUL
Sala São Paulo 7 de junho, quarta-feira, 21h
Kammerakademie Potsdam Orquestra de Câmara de Potsdam
Trevor Pinnock regência Emmanuel Pahud flauta
JOSEPH HAYDN (1732-1809) Sinfonia n. 47 em sol maior Hob. I: 47
c. 22’
I. Allegro II. Un poco adagio cantabile III. Menuetto e Trio IV. Finale: presto assai
WOLFGANG AMADEUS MOZART (1756-1791) Concerto para flauta n. 2 em ré maior K 314
c. 22’
I. Allegro aperto II. Adagio ma non troppo III. Rondeau: allegro intervalo
Os concertos serão precedidos do Momento Musical, palestra de Irineu Franco Perpetuo sobre os compositores, peças e intérpretes da noite que acontece às 20 horas no auditório do primeiro andar da Sala São Paulo. 4
O conteúdo editorial dos programas da Temporada 2017 encontra-se disponível em nosso site uma semana antes dos respectivos concertos.
FRANÇOIS DEVIENNE (1759-1803) Concerto para flauta n. 7 em mi menor
c. 18’
I. Allegro II. Adagio III. Rondo: allegretto poco moderato
WOLFGANG AMADEUS MOZART (1756-1791) Sinfonia n. 29 em lá maior K 201
c. 22’
I. Allegro moderato II. Andante III. Menuetto: allegretto IV. Allegro con spirito
Programação sujeita a alterações. facebook.com/culturartistica Instagram: @culturaartistica www.culturaartistica.com.br
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Notas sobre o programa Mônica Lucas
No século XVIII, os lugares onde se esperava escutar música eram o teatro (palco da ópera), a igreja (lugar de meditação) e a câmara ou salão (espaço para a diversão erudita). Dentre esses, a ocasião de uma apresentação de câmara era certamente a mais instigante para o compositor, seja pela presença de um público seleto, seja por prescrever uma mescla engenhosa de técnicas de escrita. Para o estilo de câmara, presumia-se tanto o entendimento do contraponto (sobreposição de linhas melódicas, compondo uma textura densa, própria do estilo de igreja), como o domínio da técnica da melodia acompanhada (que constitui a escrita adequada ao estilo teatral). O programa oferecido pela Kammerakademie Potsdam (Orquestra de Câmara de Potsdam) é inteiramente dedicado à música da segunda metade do século XVIII no estilo de câmara. O recital é constituído por sinfonias e concertos — gêneros que, junto com a sonata, perfazem o cerne da música instrumental setecentista. A segunda metade do século XVIII, cujo estilo musical é definido como clássico, testemunhou uma ampliação dos espaços de escuta musical, com o aparecimento de grandes salas de concerto públicas, que, por sua vez, passaram a contar com audiências maiores e mais diversificadas. No entanto, as obras compostas para esses locais retiveram as características essenciais da escrita de câmara.
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Em sua Teoria Geral das Belas Artes, publicada entre 1771 e 1774, Johann Georg Sulzer descreve os principais gêneros musicais de sua época. A publicação de Sulzer coincide exatamente com a composição das sinfonias que perfazem este programa — Sinfonias n. 47 de Haydn (1772) e n. 29 de Mozart (1774). Lemos em Sulzer que a sinfonia é um gênero instrumental especialmente apropriado à expressão de emoções grandiosas, solenes e sublimes. Por isso, Sulzer afirma que, na sinfonia, é requerida uma escrita brilhante e ardente, com melodias robustas, passagens surpreendentes, dinâmicas variadas e
contrastantes. Todos esses recursos visam gerar uma impressão intensa e impetuosa na alma do ouvinte. Essas são características marcantes das duas sinfonias que ouviremos. Joseph Haydn compôs sua Sinfonia n. 47 em 1772, o mesmo ano de composição da Sinfonia n. 45, do Adeus, que se tornou bem mais conhecida do público. Ambas as peças foram compostas para os festejos de comemoração da visita do Príncipe Louis de Rohan, enviado extraordinário de Luís XV, a Viena. Para essa ocasião, Haydn compôs, além de cinco sinfonias, os emblemáticos Quartetos de Cordas op. 20. A Sinfonia n. 47 recebeu o epíteto “Palíndromo” devido a seu criativo minueto e trio. No autógrafo desta peça, que retrata bem o humor pelo qual Haydn era conhecido já em sua época, estão escritas apenas as primeiras partes do minueto e do trio, acrescidas da prescrição al roverso (ao revés). Essa indicação informa os intérpretes que as segundas partes, tanto do minueto quanto do trio, correspondem exatamente às primeiras, tocadas de trás para diante. Quando as melodias são tocadas ao revés, a colocação dos acentos, que nas primeiras partes recai sobre os tempos fortes do compasso, fica deslocada para os tempos fracos. Além disso, a relação entre as harmonias também se inverte, o que gera um efeito imprevisto e muito divertido. O apelido “Palíndromo” não é da pena de Haydn; porém, ele é acertado, tanto por descrever acuradamente o procedimento técnico da reversão da frase, como por chamar a atenção dos ouvintes para a brincadeira, que, de outra maneira, ficaria restrita apenas aos intérpretes que entendessem o significado da prescrição “al roverso”, inscrita na partitura. O mesmo minueto foi transcrito posteriormente para o piano, integrando a Sonata Hob. XVI:26 em lá maior, o que evidencia o sucesso da peça. Wolfgang Amadeus Mozart teve seu primeiro contato com a música de Haydn em uma visita a Viena em 1773. Embora não tenha tido oportunidade de conhecer pessoalmente o mestre nessa viagem, a impressão causada pela Sinfonia n. 47 — então recém composta — fez com que o jovem compositor apontasse seu início em um caderno de notas, possivelmente com a intenção de utilizá-la em um de seus concertos. A admiração mútua entre os dois compositores é bastante
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conhecida, e não há dúvida que as sinfonias de Haydn constituíram modelos importantes para Mozart. As surpresas dinâmicas, a riqueza harmônica, o estilo de caça do finale da Sinfonia n. 29 aproximam-se muito da escrita haydniana. Com efeito, no fim do século XVIII, a música de Haydn passou a constituir um importante modelo alternativo ao estilo italiano. Esse estilo dominava a música vienense e constituía também uma referência valiosa para Mozart, que, em 1774 — ano de composição da Sinfonia n. 29 — já havia estado três vezes na Itália. A parte central do programa oferecido pela Kammerakademie Potsdam é constituída por dois concertos para flauta, respectiva-mente da pena de Wolfgang Amadeus Mozart e François Devienne. Sulzer, autor da acima mencionada Teoria Geral das Belas Artes, principia seu verbete concerto com uma distinção entre o concerto grosso, aquele em que há vários solistas, e o concerto de câmara, que conta com apenas um único músico principal. A qualificação “de câmara” para esse segundo tipo de concerto prescreve não apenas o local, mas também, como vimos, o estilo de escrita, que não deve se restringir apenas à melodia acompanhada, mas garantir que a orquestra também participe da elaboração temática. No mesmo verbete, Sulzer discorre sobre as diferenças entre a sinfonia e o concerto: se a sinfonia, segundo ele, se destaca pela grandiosidade, no concerto, o que se espera é tão somente a demonstração de virtuosismo do solista. Por isso, Sulzer afirma que o concerto não tem um caráter definido, não sendo possível descrever o tipo de emoções que ele deve representar. Em princípio, afirma Sulzer, o concerto não é nada mais do que um exercício técnico para o compositor e para o instrumentista, o que gera um prazer indeterminado e superficial.
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A visão de Sulzer sobre o concerto deixa claro que, para ele, trata-se de um gênero de menor importância em relação à sinfonia. Contudo, essa opinião parece deixar de levar em conta a própria figura do solista, que o caracteriza. O concerto é o mais teatral dentre os gêneros instrumentais. No concerto, o solista atinge os limites do instrumento ao tocar notas extremas, ao realizar passagens rápidas e difíceis, ao improvisar cadências. Historicamente, o concerto impulsionou o desenvolvimento técnico dos instrumentos musicais. Textos que discorrem sobre a interpretação de grandes instrumentistas, desde o
século XVI, descrevem, de maneira semelhante, ainda que com palavras diversas, a sensação de maravilhamento, que tange os limites do sobrenatural, causada pelo virtuosismo. A crítica de Sulzer talvez advenha de uma visão negativa sobre o fato de que, no concerto, o solista ganha uma proeminência tal que ele tende a se equiparar em importância ao compositor, ou, mesmo, a superá-lo. A relação entre compositor e intérprete é essencial no concerto. Ela tem pesos muito diversos nas duas obras que compõem o presente recital da Kammerakademie Potsdam, o que permite considerar o gênero sob duas perspectivas opostas. Se o concerto de Mozart tende a colocar o compositor em evidência, o de Devienne tende totalmente para o intérprete, ambos com excelente resultado. O Concerto para flauta K. 314 de Wolfgang Amadeus Mozart foi composto em Mannheim em 1778, em uma viagem que tinha Paris como destino final. Mannheim possuía uma excelente orquestra mantida pelo Eleitor Palatino, Karl Theodor. A despeito da amizade entre Mozart e o primeiro flautista do grupo, Johann Baptist Wendling, e do desejo de ambos de viabilizar a encomenda de um concerto a ser realizado pela orquestra palatina, o tão ansiado projeto não se concretizou. Em vista desse insucesso, Wendling estabeleceu o contato entre Mozart e Ferdinand DeJean, médico e flautista amador, que, em uma encomenda substancial e bem remunerada, solicitou a Mozart a escrita de um número que varia, segundo as fontes documentais, entre 3 e 4 concertos e 4 ou 6 quartetos. O Concerto K. 314 é um dos resultados desta incumbência. As limitações técnicas impostas pelo destinatário com certeza não estimularam Mozart a cumprir o desafio proposto, especialmente considerando a relevância do virtuosismo para a própria definição genérica do concerto. Diante disto, Mozart adaptou uma obra escrita no ano anterior para oboé, transpondo-a para a tonalidade de ré maior. O arranjo é um processo composicional comum no século XVIII, e a comparação entre o concerto para flauta e a versão anterior para oboé mostra diversas alterações, realizadas com o objetivo de explorar as possibilidades da escrita flautística. Contudo, a versão para oboé lograra grande sucesso e DeJean rapidamente se deu conta de que o concerto oferecido por Mozart não constituía uma obra
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original. O fato gerou um constrangimento que resultou em uma redução substancial do pagamento prometido. Foi possivelmente esse o incidente que levou Mozart a afirmar, em uma conhecida carta a seu pai: “Fico impotente quando sou obrigado a escrever para um instrumento que não suporto”. Essa afirmação não condiz com as belíssimas passagens para flauta contidas em sua música, e uma leitura atenta da carta pode levar a crer que essa recusa não reflita exatamente o desgosto pelo instrumento, mas sim a reação de Mozart face ao impasse criado pela dificuldade de escrever uma obra em que as limitações do destinatário não permitissem explorar as demandas essenciais do gênero. O concerto de François Devienne encontra-se no extremo oposto em relação à obra de Mozart, no que diz respeito à interação entre compositor e intérprete. Devienne era um instrumentista virtuose, tanto na flauta quanto no fagote. Foi autor de inúmeros concertos para esses instrumentos e apresentava-se como solista de suas obras, com grande sucesso. Vale lembrar que no século XVIII era frequente que instrumentistas virtuoses compusessem seus próprios concertos. Nesse sentido, Devienne é um representante típico da figura setecentista do solista-compositor. Devienne ocupou, ainda, a posição de primeiro professor de flauta no então recém-inaugurado Conservatório de Paris (1795), tendo sido autor de um importante método para o instrumento. Nesse compêndio, Devienne apresenta, em consonância com os outros métodos surgidos no âmbito do Conservatório, um plano sistemático para o desenvolvimento do flautista, focado no virtuosismo técnico.
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O estilo de Devienne reflete com perfeição o tom elegante dos salões parisienses do fim do século XVIII. Dos seus 17 concertos para flauta, três são compostos em tonalidades menores e exibem, com isso, um tom mais profundo e apaixonado. Dentre esses, encontra-se o Concerto em mi menor, composto em 1787-1788, protagonizado no presente recital pelo excelente flautista Emmanuel Pahud. Esse concerto, considerado por muitos estudiosos como o melhor concerto francês da segunda metade do século XVIII, une a expressividade intensa a uma notável exigência virtuosística, especialmente perceptível no fim do último movimento.
Embora não esteja documentado nenhum contato direto entre Mozart e Devienne, é possível que Mozart tenha conhecido o colega — ou ao menos sua música — em sua estadia em Paris em 1778. Essa hipótese fica reforçada pelo fato de que Mozart teve uma sinfonia (n. 31, Paris) executada nos Concerts Spirituels, a mesma série de música de câmara em que Devienne também se apresentava com frequência. Alguns estudiosos modernos comparam o estilo de Devienne ao de Mozart e alcunharam-no de “Mozart francês”. No entanto, a despeito da graça e do equilíbrio das obras de Devienne, a comparação entre as duas peças, propiciada pelo presente recital, evidencia também muitas diferenças. Entre elas, pesa o fato de Devienne, ao contrário de Mozart, ter sido excelente flautista e ter sabido explorar, com profundidade de conhecimento, os desafios técnicos da flauta. O concerto de Mozart, possivelmente devido ao destinatário amador, é tecnicamente menos exigente, porém evidencia um compositor com muito melhor domínio das ferramentas compositivas, em especial a harmonia. Sendo assim, se o concerto de Devienne coloca o intérprete em evidência, a peça de Mozart revela um grande autor. É provável que a obra de Devienne corresponda melhor à descrição de Sulzer, ao passo que a de Mozart supera as prescrições do gênero, unindo técnica, caráter e profundidade expressiva. A perspicaz reunião de obras no recital apresentado pela Kammerakademie Potsdam permite interessantes comparações, seja entre sinfonias de Haydn e Mozart, sob a perspectiva do modelo do mestre da agudeza e sua influência na obra do jovem Mozart, assim como entre concertos de Mozart e Devienne, a partir da polaridade entre compositor e intérprete. Uma última curiosidade que liga Devienne a Haydn neste bem estruturado recital é o fato de Devienne ter estado, entre 1780 e 1785, a serviço do Cardeal Louis de Rohan, cuja visita a Viena, em 1773, motivou a composição da Sinfonia n. 47 por Haydn — fato anedótico que liga, de maneira divertida, a primeira e a última peças deste programa. Mônica Lucas é docente de História da Música no Departamento de Música da Escola de Comunicações e Artes da USP e pesquisadora da música do século XVIII.
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NIKOLAJ LUND
Kammerakademie Potsdam Orquestra de Câmara de Potsdam
Criada há apenas quinze anos, a Kammerakademie Potsdam é uma jovem orquestra que já conta com o prestígio dos mais tradicionais grupos de câmara não só da Alemanha, como de toda a Europa. A notoriedade desse ensemble, que utiliza instrumentos historicamente informados, advém da alta qualidade artística de seus músicos, que cativam o público com uma sonoridade límpida e pulsante. Maestros notáveis já trabalharam como colaboradores da orquestra, como por exemplo Peter Rundel, Sergio Azzolini, Andrea Marcon e Michael Sanderling. Desde 2010, a Potsdam é dirigida pelo italiano Antonello Manacorda. Para a temporada de 2016/2017, que inclui apresentações em toda a Europa e também a turnê pela América Latina, o conjunto conta com a liderança de um dos principais regentes da Europa, o britânico Trevor Pinnock. Saiba mais O mais recente CD da Kammerakademie Potsdam, New Era, foi lançado pela Decca em 2016. O solista, Andreas Ottensamer, é o principal clarinetista da Filarmônica de Berlim. No repertório, concertos de Johann e Carl Stamitz, Franz Danzi e Mozart.
Para celebrar os quinze anos da orquestra, vários solistas de renome foram convidados a acompanhar o conjunto, entre eles Fazil Say, Albrecht Mayer, Anna Prohaska, Ute Lemper e o flautista Emmanuel Pahud. Em 2015, o grupo recebeu o prêmio Echo Klassic, prestigiada distinção discográfica da música erudita, na categoria Melhor Ensemble/ Orquestra do Ano, pela gravação das Sinfonias n. 2 e n. 4 de Franz Schubert (selo Sony Classical). Também pela Sony, a orquestra está em meio à gravação integral das sinfonias de Felix Mendelssohn. O primeiro CD, contendo as Sinfonias n. 1 e n. 4, foi lançado em agosto de 2016, ano em que igualmente lançou, pela gravadora Warner, os concertos para flauta e orquestra de Carl Philipp Emanuel Bach, com Emmanuel Pauhd como solista. A educação musical é outro aspecto de extrema relevância na trajetória da Potsdam. Além de concertos para o público infantil, envolvendo música e contação de histórias, a direção artística da orquestra criou, em 2013, o programa Musik schafft Perspektive [Música criando perspectivas], que estabelece parcerias com escolas e outras instituições de educação infantil e cujo objetivo é desenvol13 ver programas musicais e sociais de ação continuada.
Trevor Pinnock Nascido em 1946, em Canterbury, Inglaterra, aos seis anos de idade já integrava o coro da lendária catedral daquela cidade. Na adolescência, interessou-se pelo órgão e, aos dezoito anos, começou a estudar cravo com Nicholas Jackson. Mais tarde, no Royal College of Music, teve como mestres Ralph Downes, no órgão, e Millicent Silver, no cravo. Ainda estudante, formou o Galliard Harpsichord Trio com os colegas Stephen Preston, à flauta, e Anthony Pleeth, ao violoncelo. Em 1972, criou novos parâmetros para a interpretação de obras do período barroco ao fundar o conjunto The English Concert, que utiliza instrumentos de época. Seu trabalho pioneiro na busca por novas leituras do barroco é amplamente reconhecido em todo o meio musical. Depois de seis anos de atividade e muitas turnês mundiais, o grupo foi contratato pela gravadora Archiv, da Deustche Grammophon e alcançou, assim, o status de um dos mais proeminentes conjuntos barrocos do mundo. A parceria resultou em gravações antológicas das suítes orquestrais de Bach, de As Quatro Estações, de Vivaldi, e de peças fudamentais de Haendel, Corelli, Haydn e Mozart. Como solista, Pinnock gravou as partitas e tocatas de Bach, as suítes de Haendel e a obra completa para cravo de Rameau. Ocupou os cargos de conselheiro e regente principal da National Arts Center Orchestra, em Ottawa, no Canadá. Em 1992, recebeu a Comanda do Império Britânico pelos serviços prestados à música e, no ano seguinte, o título de Doutor Honoris Causa em Música da Universidade de Ottawa. Recebeu esse mesmo título da Universidade de Londres, em julho de 2016. Em 2003, entregou a direção do The English Concert ao violinista Andrew Manze, posto que atualmente é ocupado por Harry Bicket.
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Atua hoje como regente convidado em orquestras do quilate da Gewandhaus de Lepizig, da Royal Concertgebouw de Amsterdã e da Mozarteum de Salzburgo. Também dirige regularmente as orquestras de câmara de Bremen, Basel e Potsdam. É o principal regente convidado da Orquestra da Royal Academy of Music.
Saiba mais Lançado em 2016, em comemoração dos setenta anos de Trevor Pinnock, o álbum Journey reúne peças para cravo de compositores como Tallis, Byrd, Frescobaldi, Bach, Haendel e Scarlatti.
PEER LINDGREEN
Emmanuel Pahud O franco-suíço Emmanuel Pahud, primeira flauta da Filarmônica de Berlim, é atualmente um dos nomes mais celebrados de seu instrumento. Natural de Genebra, começou a estudar música aos seis anos, mas sua educação formal teve início em Bruxelas. Aos dezessete anos mudou-se para Paris e lá ingressou no Conservatório Nacional Superior de Música, onde se formou, em 1990. Prosseguiu os estudos com Aurèle Nicolet, que o preparou para a disputa pela vaga de flautista na Filarmônica de Berlim. Aos 22 anos, já era integrante da orquestra, uma das mais respeitadas do mundo. Pahud também atua como solista junto a outros conjuntos sinfônicos, tais como a Sinfônica de Londres, a Tonhalle de Zurique e a Orquestra da Rádio da Baviera, ao lado de regentes como Simon Rattle, Yannick Nézet-Séguin e Valery Gergiev. Como camerista, apresenta-se com grupos da mais alta relevância, como a Franz Liszt Chamber Orchestra, a Les Violons du Roy e a Kammerakademie Potsdam, que o acompanha nesta turnê pela América do Sul. Dentre os inúmeros prêmios que recebeu, destacam-se o International Tribune for Musicians, concedido pela Unesco, e o Instrumentista do Ano, conferido pela Associação Victoires de la Musique, de Paris. Em 2009, recebeu o título de Chevalier de L’Ordre des Arts et Lettres, e, em 2011, tornou-se membro honorário da Royal Academy of Music. Desde 1996 grava com exclusividade para a EMI Classics, selo que lançou mais de vinte de seus álbuns. Com a Kammerakademie Potsdam, sob regência de Trevor Pinnock, gravou o álbum duplo Flöten König com concertos para flauta de, entre outros, Johann Sebastian e Carl Philipp Emanuel Bach, Benda e Quantz.
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Em 2014, ao lado dos músicos Paul Meyer, François Leleux, Gilbert Audin e Radovan Vlatkovic, gravou uma caixa com três CDs: Les Vents Français. No repertório, peças de Poulenc, Roussel, Caplet, Beethoven e Thuille.
Saiba mais Em Revolution, álbum de 2015, Pahud interpreta os concertos para flauta e orquestra de Devienne, Gianella, Gluck e Pleyel, acompanhado pela Orquestra de Câmara de Basel, sob direção de Giovanni Antonini.
FABIEN MONTHUBERT
STEFAN GLOEDE GRO
Kammerakademie Potsdam Orquestra de Câmara de Potsdam
Trevor Pinnock regência
PRIMEIROS VIOLINOS
Yuki Kasai (spalla) Renate Loock Michiko Iiyoshi Matthias Leupold Isabel Stegner SEGUNDOS VIOLINOS
Christiane Plath Laura Rajanen Julita Forck Thomas Kretschmer Judith Wolf
VIOLAS
Claudia Hofert Alexina Hawkins Ralph Günthner VIOLONCELOS
Jan-Peter Kuschel Vashti Hunter Christoph Hampe
OBOÉS
Jan Böttcher Birgit Zemlicka-Holthaus FAGOTE
Christoph Knitt TROMPAS
Christian Müller Sulamith Seidenberg
CONTRABAIXO
Anne Hofmann
COORDENAÇÃO GERAL DA TURNÊ:
patrocinador master
patrocinadores platina
patrocinadores ouro
patrocinadores prata
patrocinadores bronze
apoio
realização MINISTÉRIO DA CULTURA
AMIGOS DA CULTURA ARTÍSTICA Agradecemos a todos que contribuem para tornar realidade os espetáculos e projetos educativos promovidos pela Cultura Artística.
MECENAS Adolpho Leirner Alexandre e Silvia Fix Ana Lucia e Sergio Comolatti Ana Maria Igel e Mario Higino Leonel Ane Katrine e Rodolfo Villela Marino Anna Helena Americano de Araújo Antonio Hermann D. M. Azevedo Arsenio Negro Jr. Beatriz Baumgart Tadini Brejeiro Carmo e Jovelino Mineiro Cláudio Thomaz Lobo Sonder Cristian Baumgart Stroczynski Cristina Baumgart Denise Pauli Pavarina Eduardo Define Edward B. G. Weaver Fabio de Campos Lilla Frédéric de Mariz Gioconda Bordon Giovanni Guido Cerri Gustavo Salomão Hélio Seibel Heloisa Leite de Moraes Define Henri Slezynger e Dora Rosset Israel Vainboim Jacques Caradec Jean Claude Ramirez Jorge Sidney e Nadia Atalla José Carlos Evangelista José E. Queiroz Guimarães José Roberto Opice Karin Baumgart Srougi Lázaro de Mello Brandão Marcelo Kayath Marcos Baumgart Stroczynski Marcos Braga Rosalino Michael e Alina Perlman Milú Villela Minidi Pedroso Nádia e Olavo Setúbal Jr. Nelson Nery Junior Otto Baumgart Paulo Bruna
Paulo Proushan Pedro Herz Rolf Gustavo Roberto Baumgart Rosa Maria de Andrade Nery Sylvia e Flávio Pinho de Almeida Ursula Erika Marianna Baumgart 3 mecenas anônimos
BENFEITORES
Abram e Clarice Topczewski Alberto Whitaker Antonio Carlos Marcondes Machado Antonio Kanji Arnaldo Malheiros Calçados Casa Eurico Carlos Mendes Pinheiro Junior MANTENEDORES Carlos P. Rauscher Claudia Annunziata G. Musto Alfredo Rizkallah Claudio Alberto Cury Arnoldo Wald Claudio e Selma Cernea Augusto Livio Malzoni Dario Chebel Labaki Neto Bruno Alois Nowak Dario e Regina Guarita Cleide e Luiz Rodrigues Corvo Edith Ranzini Erwin e Marie Kaufamnn Eduardo Secchi Munhoz Fernando Eckhardt Luzio Edward Launberg Fernando Lohmann Elias e Elizabeth Rocha Barros Francisco Humberto de Abreu Maffei Evangelina Lobato Uchoa Henri Philippe Reichstul Fernando de Azevedo Corrêa Jayme Blay Francisco J. de Oliveira Jr. José Luiz e Sandra Setúbal Francisco Montano Filho Lea Regina Caffaro Terra Galícia Empreend. e Participações Ltda. Livio De Vivo Gerard Loeb e Angela Varela Marcelo Pereira Lopes de Medeiros Gustavo e Cida Reis Teixeira Maria Zilda Oliveira de Araújo Heinz Jorg Gruber MV Pratini de Moraes Henrique Lindenberg Neto Neli Aparecida de Faria Isaac Popoutchi Nelson Pereira dos Reis Israel Sancovski Paulo Guilherme Leser Izabel Sobral Regina e Gerald Reiss Jayme Sverner Ricard Akagawa José e Priscila Goldenberg Ruy e Celia Korbivcher Junia Borges Botelho Ruy Souza e Silva e Fátima Zorzato Katalin Borger Sandra Arruda Grostein Leo Kupfer Silvia e Fernando Carramaschi Luci Banks Leite Tamas Makray Lúcia Lohmann e Nemer Rahal Thomas Frank Tichauer Luiz Franco Brandão Valeria e Antonio Carlos Barbosa de Oliveira Luiz Henrique Martins Castro Vavy Pacheco Borges Luiz Roberto de Andrade Novaes Vitor Maiorino Neto M. Bernardete Baretto de Menezes Sampaio Walter Ceneviva Malú Pereira de Almeida Wolfgang Knapp Marcia Igel Joppert 4 mantenedores anônimos Marcos de Mattos Pimenta Maria Bonomi
Maria Helena Peres Oliveira Maria Joaquina Marques Dias Maria Teresa Igel Nelson Jafet Nelson Vieira Barreira Oscar Lafer Oswaldo Henrique Silveira Patricia de Moraes Paula e Hitoshi Castro Paulo Cezar Aragão Raphael Pereira Crizantho Renata e Sergio de Simon Ricardo Luiz Becker Rosa Maria Graziano Ruben Halaban Sergio Luiz Macera Ulysses de Paula Eduardo Jr. Wilma Kövesi (i.m.) 6 benfeitores anônimos
APOIADORES Alessandro e Dora Ventura Ana Cristina Arantes Ana Elisa e Eugenio Staub Filho Ana Maria Malik André Guyearch Andrea Sandro Calabi Beatriz e Numa Valle Beatriz Garcez Lohmann Bernardo Guerra Carla Milano Carlos Alberto Junqueira Franco Carlos Chagas Rodrigues Carmen Guarini Cássio Augusto Macedo da Silva Charles e Sandra Cambur Ciça Callegari e Luiz Eugenio Mello Cristina e Richard Barczinski Dan Linetzky Waitzberg Daniela e Frederico Carramaschi Edson Eidi Kumagai Eduardo Molan Gaban Eliana Regina Marques Zlochevsky Elizabete e Mauro Guiotoku
Eric Alexander Klug Francisco, Mariana e Gabriela Turra Guilherme Ary Plonski Gustavo Henrique Machado de Carvalho Helio e Livia Elkis Horacio Mario Kleinman Issei e Marcia Abe José Carlos Dias José de Paula Monteiro Neto José Francisco Kerr Saraiva José Rubens Pirani Leda Tronca Lilia Katri Moritz Schwarz Lucila Pires Evangelista Luis Renato Oliveira Luiz Alberto Placido Penna Luiz Diederichsen Villares Luiz Marcello M. de Azevedo Filho Luiz Schwarcz M.Luiza Santari M.Porto Marcello D. Bronstein Marcelo Gutglas Márcio P.P. Garcia Marco Tullio Bottino Maria Cecilia Comegno Maria da Graça e Mario Luiz Rocco Marisa e Patrick Nielander Marta D. Grostein Martha Diederichsen Stickel Mauro André Mendes Finatti e Caio Andreazza Morbin Omar Fernandes Aly Patricia Giesteira Pedro Spyridion Yannoulis Plinio J. Marafon Raquel Szterling Nelken Raul Corrêa da Silva Regina Celidonio e Luiz Fernando Caiuby L. da Silva Ricardo Hering Roberto Crissiuma Mesquita Roberto Falzoni Rosa Maria Salvetti Teli Penteado Cardoso Walter Jacob Curi 20 apoiadores anônimos
Lista atualizada em 9 de maio de 2017
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Agradecemos a todos que têm contribuído, de diversas maneiras, para o esforço de construção do novo Teatro Cultura Artística. PATROCINADORES
PRINCIPAIS DOADORES (R$ 5.000,00 ou mais) Adolpho Leirner Affonso Celso Pastore Agência Estado Aggrego Consultores Airton Bobrow Alexandre e Silvia Fix Alfredo Egydio Setúbal Alfredo Rizkallah Álvaro Luís Fleury Malheiros Ana Maria Levy Villela Igel Antonio Carlos Barbosa de Oliveira Antonio Carlos de Araújo Cintra Antonio Corrêa Meyer Arnaldo Malheiros Arsenio Negro Jr. Aurora Bebidas e Alimentos Finos Banco Pine Banco Safra Bicbanco Bruno Alois Nowak Calçados Casa Eurico Camargo Correa Camilla Telles Ferreira Santos Carlos Nehring Netto CCE Center Norte Cláudio e Rose Sonder Cleõmenes Mário Dias Baptista (i.m.) Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração Daniela Cerri Seibel e Helio Seibel Dario Chebel Labaki Neto Dora Rosset Editora Pinsky Ltda. Elias Victor Nigri Elisa Wolynec EMS Erwin e Marie Kaufmann Eurofarma Fabio de Campos Lilla Fanny Ribenboin Fix
Fernando Eckhardt Luzio Fernando Lohmann Fernão Carlos Botelho Bracher Festival de Salzburgo Flávio e Sylvia Pinho de Almeida Francisca Nelida Ostrowicz Francisco H. de Abreu Maffei Frédéric de Mariz Frederico Lohmann Fundação Filantrópica Arymax Gerard Loeb Gioconda Bordon Giovanni Guido Cerri Heinz J. Gruber Helga Verena Maffei Henri Philippe Reichstul Henri Slezynger Henrique Meirelles Idort/SP Israel Vainboim Jacques Caradec Jairo Cupertino Jayme Bobrow Jayme Sverner Joaquim de Alcântara Machado de Oliveira Jorge Diamant José Carlos e Lucila Evangelista José E. Queiroz Guimarães José Ephim Mindlin Jose Luiz Egydio Setúbal José M. Martinez Zaragoza José Roberto Mendonça de Barros José Roberto Opice Jovelino Carvalho Mineiro Filho Katalin Borger Lea Regina Caffaro Terra Leo Madeiras Livio De Vivo Luís Stuhlberger Luiz Diederichsen Villares
Luiz Gonzaga Marinho Brandão Suzano Luiz Rodrigues Corvo Tamas Makray Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados Theodoro Jorge Flank Mahle Metal Leve Thomas Kunze Maria Adelaide Amaral Thyrso Martins Maria Alice Setúbal Unigel Maria Bonomi Ursula Baumgart Maria Helena de Albuquerque Lins Vale Marina Lafer Vavy Pacheco Borges Mário Arthur Adler Vitor Maiorino Netto Marisa e Jan Eichbaum Vivian Abdalla Hannud Martha Diederichsen Stickel Volkswagen do Brasil Ind. de Veículos Automotores Ltda. Michael e Alina Perlman Wolfgang Knapp Milú Villela Yara Baumgart Minidi Pedroso 3 Doadores Anônimos Moshe Sendacz Natura Neli Aparecida de Faria Gostaríamos de agradecer também Nelson Reis as doações de mais de 200 Nelson Vieira Barreira empresas e indivíduos que Oi Futuro contribuíram com até Oswaldo Henrique Silveira R$ 5.000,00. Lamentamos não Otto Baumgart Indústria e Comércio poder, por limitação de espaço, Paulo Bruna citá-los nominalmente. Paulo Setúbal Neto Pedro Herz Pedro Pullen Parente Pinheiro Neto Advogados Polierg Tubos e Conexões Polimold Industrial S.A. Porto Seguro Raphael Pereira Crizantho Ricard Takeshi Akagawa Ricardo Egydio Setúbal Ricardo Feltre Ricardo Ramenzoni Richard Barczinski Roberto Baumgart Roberto Egydio Setúbal Roberto e Luizila Calvo Ruth Lahoz Mendonça de Barros Ruy e Celia Korbivcher Salim Taufic Schahin realização Samy Katz Sandor e Mariane Szego Santander São José Construções e Comércio (Construtora São José) Silvia Dias Alcântara Machado Stela e Jayme Blay
28 e 29 de março TRIO WANDERER 24 e 25 de abril LE CONCERT DE LA LOGE PHILIPPE JAROUSSKY contratenor 23 e 24 de maio BENJAMIN GROSVENOR piano 6 e 7 de junho POTSDAM CHAMBER ORCHESTRA TREVOR PINNOCK regência EMMANUEL PAHUD flauta 27 e 28 de junho ROYAL NORTHERN SINFONIA JULIAN RACHLIN violino e direção artística 1 e 2 de agosto YOA — ORQUESTRA DAS AMÉRICAS CARLOS MIGUEL PRIETO regência DUO ASSAD violão 22 e 24 de agosto ANDRÁS SCHIFF piano 12 e 13 de setembro QUARTETO EMERSON 29 e 31 de outubro ORQUESTRA NACIONAL DO CAPITÓLIO DE TOULOUSE TUGAN SOKHIEV regência BERTRAND CHAMAYOU piano LUCIENNE RENAUDIN-VARY trompete 13 e 14 de novembro CAPPELLA MEDITERRÂNEA E CORO DE CÂMARA DE NAMUR LEONARDO GARCÍA ALARCÓN regência Programação e datas sujeitas a alterações