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Aqui, nada se desperdiça, tudo é valorizado

toda a cortiça é reaproveitada no processo de produção. A empresa desenvolve a sua actividade com impacto positivo na regulação do clima e ambiciona atingir 100 por cento da taxa de valorização de todos os resíduos.

Avelha Lei de Lavoisier, que já no século XVIII postulava que “na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”, podia ser um dos lemas da Corticeira Amorim, a empresa líder mundial no sector da cortiça, onde a economia circular é uma “velha” realidade.

Corticeira Sustent Vel

100% aproveitamento de cortiça;

88% materiais sustentáveis;

82% materiais renováveis;

801 toneladas cortiça reciclada;

93% de taxa de valorização de resíduos (não cortiça).

A companhia, que em 2023 assinala 153 anos desde a fundação, tem na expressão “nada se perde, tudo é valorizado” um dos seus principais motes, ou não fosse 100% da cortiça aproveitada no processo de produção, incluindo até os mais pequenos grânulos da matéria-prima, que são usados como fonte de energia. Desde 1963 que a Corticeira Amorim tem vindo a implementar um processo de produção integrado, que permite, promove e alavanca a reutilização de todos os subprodutos associados ao processamento de cortiça.

As práticas de economia circular, que então nasceram na empresa, são hoje uma das bandeiras da Corticeira

Amorim, que tem mais de 29 mil clientes, exporta para mais de 100 países e tem unidades de negócio nos cinco continentes, empregando mais de 4.600 pessoas.

A Corticeira Amorim assenta a sua actuação em 10 grandes objetivos ESG (Environmental, Social e Governance), nomeadamente o da Economia Circular, e desenvolve uma actividade com impacto positivo na regulação do clima, disponibilizando um conjunto de produtos, aplicações e soluções para algumas das actividades mais tecnológicas, disruptivas e exigentes, de que são exemplos as indústrias aeroespacial (a empresa de Mozelos forneceu a NASA, a ESA e a Space X, por exemplo), automóvel, construção, desporto, energia, design de interiores, e vinhos, espumantes e espirituosas.

A adopção da circularidade na Corticeira Amorim traduz-se não apenas na aplicação de um processo de produção integrado que aproveita todos os subprodutos de cortiça, mas ainda na redução da geração de resíduos de todo o tipo, promovendo a sua valorização, no prolongar da vida útil dos materiais através de simbioses industriais e na reciclagem de produtos de cortiça no fim do ciclo de vida.

As rolhas não incorporam materiais da economia circular, mas toda a cortiça que não tem caracteristicas para a produção de rolhas é 100 por cento utilizada para outras aplicações (destinadas às mais diversas actividades industriais), além de que a empresa tem vindo a criar e actualizar novas gamas de produtos, por via da incorporação de excedentes de outras indústrias – calçado, automóvel ou embalagem, que assim não são depositadas em aterros.

A Corticeira Amorim promove programas de reciclagem de rolhas nos cinco continentes onde opera, e o material, após ser transformado em granulados, regressa ao processo produtivo e, mesmo não sendo utilizado na produção de rolhas, é incorporado em produtos das unidades de negócio Aglomerados

Compósitos e Revestimentos.

A título de exemplo, em 2021, foram recicladas 801 toneladas de cortiça (mais 9% face a 2020). A cortiça reciclada nesse ano equivale a 178 milhões de rolhas, um material que ganhou um novo propósito, prolongando o ciclo de vida de um recurso natural, aumentando o campo de possíveis aplicações e estendendo a retenção de carbono inerente à cortiça. Desde 2019, a incorporação de produtos reciclados na produção teve um aumento de 30%.

A companhia – que pode orgulhar-se de já ter lançado, com sucesso, títulos de dívida “verde” na ordem das dezenas de milhões de euros, tem recebido várias distinções internacionais pelo seu foco na sustentabilidade. No ano passado, pela quarta vez consecutiva, a Corticeira Amorim foi galardoada nos Prémios de Sustentabilidade da revista World Finance, na categoria Wine products industry, graças ao “contributo relevante para a descarbonização da indústria vinícola” do balanço negativo de CO2 das rolhas de cortiça.

O júri valorizou e reconheceu a empresa portuguesa pela promoção do montado, da biodiversidade e dos serviços dos ecossistemas, pelo fomento, suporte e investimento em Investigação & Desenvolvimento + Inovação, e pela implementação dos melhores princípios, modelos e práticas da economia circular. O júri sublinhou ainda o compromisso da empresa com a sustentabilidade alinhado com as directrizes da Global Reporting Initiative, a associação à acção 50 Sustainability & Climate Leaders, e a certificação FSC (Forest Stewardship Council) de grande parte das suas unidades de transformação. A eficiência energética, a gestão responsável de fornecimentos e o impacto ambiental positivo do produto foram outras mais valias determinantes para a distinção, a par da promoção da formação, segurança e bem-estar, bem como o desenvolvimento social, pessoal e profissional, de todos os colaboradores.

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