2 minute read
ANGOLA BENEFICIA DE INEGÁVEL ESTABILIDADE POLÍTICA, PAZ E SEGURANÇA, AO CONTRÁRIO DE OUTROS PRODUTORES SUBSARIANOS.
feito isto com particular sucesso, havendo algumas empresas que já têm mais de 85-90% de conteúdo local. Proporcionar oportunidades aos cidadãos angolanos de prosseguirem carreiras no sector energético é essencial, porque promove o dinamismo global da indústria e apoia uma maior inovação. Além disso, há um número crescente de empresas privadas angolanas com planos ambiciosos de crescimento a longo prazo. A Sonangol está também a seguir os passos dos líderes mundiais do sector, transformando-se progressivamente numa empresa de energia totalmente integrada, mais do que uma petrolífera. Por fim, no ‘offshore’, ‘offshore’ profundo e ultra-profundo, a tecnologia utilizada por empresas como a TotalEnergies, ExxonMobil, BP ou Azule Energy é essencial – e tem sido utilizada para perfurar em Angola alguns dos poços mais profundos do mundo.
A inovação e a atractividade são os maiores desafios do sector em Angola?
A indústria do petróleo e do gás de Angola é simultaneamente inovadora e atractiva para os investidores. O maior desafio é continuar a atrair elevados níveis de investimento, para que se mantenha um programa de exploração intensivo, que possa contrariar ou compensar o declínio natural de alguns campos mais maduros. A questão do financiamento não afecta apenas Angola, mas toda a África subsaariana, sendo crucial que os países possam desenvolver todos os seus recursos energéticos - hidrocarbonetos, energia hídrica, eólica, fotovoltaica e hidrogénio. É necessário reforçar as ligações de investimento entre a Europa, os EUA, os países do Médio Oriente e investidores internacionais de origem asiática, para ajudar a financiar projectos energéticos em Angola e no resto do continente.
Em 2023 estará a AOG de volta?
Estará, certamente, e o objectivo é que a conferência cresça ainda mais em número de delegados e expositores. É provável que o debate gire em torno da consolidação dos recentes ganhos e do papel crucial de Angola como fonte fiável de fornecimento de energia aos mercados globais – algo particularmente importante, devido ao contexto geopolítico (invasão da Ucrânia pela Rússia). Esta crise energética traz uma excelente oportunidade aos maiores produtores de petróleo e gás da África subsariana, como Angola, de continuarem a expandir as suas exportações de GNL e de petróleo bruto.
Quais as tendências da indústria do petróleo e do gás em Angola?
A tendência é que as companhias internacionais e a Sonangol continuem a explorar novas reservas de petróleo e gás. Há muitos
As Recentes Reformas Regulamentares E Estruturais Tornaram
ANGOLA
NUM DESTINO DE PROMOTORES E INVESTIDORES.
O Presidente João Lourenço fez o discurso de arranque da 3.ª edição do AOG2022, onde revelou estar em preparação um Plano Director para o gás natural, com um horizonte de longo prazo. Mas o tema da transição energética não foi esquecido pelo Chefe de Estado, que deu nota dos passos que têm sido dados para o desenvolvimento de uma economia cada vez mais sustentável, onde as petrolíferas, incluindo a Sonangol, têm uma palavra a dizer. No seu discurso, JLo defendeu que o sector petrolífero deve promover uma gestão sustentável dos combustíveis fósseis e lembrou que o Executivo tem também estado engajado na construção de centrais fotovoltaicas, através da Sonangol, com base em parcerias com empresas internacionais como a Eni e a Total, e empresas alemãs, para desenvolver projetos de produção de hidrogénio verde “que vão contribuir para sustentabilidade do seu portefólio de negócios”. “Angola está aberta ao investimento privado”, reiterou o Presidente, que anunciou que Angola está a ultimar um Plano Director para o gás natural, com um horizonte a 30 anos, de modo a garantir a criação de empregos e geração de receitas para o Estado”.
O Chefe de Estado apelou aos investidores que olhem para as oportunidades de negócio e garantiu que o Governo tem trabalhado “incansavelmente” para estabelecer um ambiente regulatório propício, tendo redefinido o modelo de governação do sector e os papéis das diferentes entidades, apostando em maior transparência e competitividade no sector, tornando-o mais atractivo para a captação de investimentos nacionais e estrangeiros.