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Ministro dos Petróleos destaca parcerias para transição energética
No encerramento dos trabalhos, o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás reiterou a aposta do Estado angolano em acelerar a transição energética, com a expansão de projectos de energia solar, bioquímica, eólica, de biocombustíveis e hidrogénio verde, que ao mesmo tempo podem contribuir para o crescimento e desenvolvimento económico do país.
Diamantino Azevedo avançou que o Executivo está também a trabalhar na procura de minerais importantes para a transição energética, como terras raras e lítio, sendo que, neste caso, já se está em fase de prospecção, e o país possui uma série de projectos de cobre e outros minerais primários que são fundamentais para a transição energética.
“Estamos empenhados na construção de refinarias de petroquímica, fábricas de fertilizantes, exploração de recursos minerais como fosfato e sua transformação. Se o Executivo conseguir concretizar estes projectos, faremos a diferença no que diz respeito à diversificação económica, para o melhoramento da qualidade de vida e do bem-estar social do povo angolano”, disse, lembrando que o Executivo está disposto a trabalhar com todos os parceiros que decidiram investir em Angola e os que pretendem desenvolver as acções no sector petrolífero, para que os projectos ligados à transição energética sejam concretizados.
projectos interessantes em curso. Por exemplo, em Julho passado, a TotalEnergies anunciou a decisão final de investimento de 3 mil milhões USD no campo Begonia, em projectos de exploração petrolífera. Composto por cinco poços ligados ao FPSO Pazflor, este campo deverá acrescentar 30.000 bpd à produção actual.
Que oportunidades estão disponíveis para o investimento estrangeiro?
As oportunidades são tão grandes quanto o país é vasto. Angola tem um bom historial de utilização de receitas provenientes de projectos de petróleo e gás natural no financiamento de sectores estratégicos da economia, desenvolvendo infra-estruturas, a agricultura, educação e cuidados de saúde. Mas os investidores não vêm a Angola por altruísmo: fazem-no porque os retornos são elevados em todos os sectores e não apenas no do petróleo e gás. O país deverá ter um crescimento real do PIB acima de
5% entre 2023-2025, à medida que a recuperação económica pós-COVID se robustecer. E o Governo do Presidente João Lourenço tem vindo a trabalhar para melhorar o ambiente de investimento e de negócios.
Que papel pode a tecnologia desempenhar para reduzir custos neste sector?
A tecnologia é essencial em todos os aspectos da cadeia de valor energético, e quer a Sonangol, quer as companhias internacionais que operam em Angola utilizam tecnologia de ponta em todas as suas operações para reduzir custos, racionalizar a eficiência operacional e maximizar os benefícios para os accionistas. Há empresas locais, como a Integrated Solutions, que emergiram como fornecedores de soluções e serviços de TI, fornecendo manutenção e apoio a sistemas tecnológicos complexos. Outras empresas 100% angolanas, como a Anglobal e a SOAPRO, têm-se destacado na prestação de serviços de engenharia, construção civil e apoio técnico ao sector do petróleo e gás, estando também a expandir-se para novas áreas de negócio, como as infra-estruturas e as energias renováveis.
Como é que Angola está a abordar a necessidade de formação e desenvolvimento de mão-de-obra qualificada neste sector?
Angola fez da formação e desenvolvimento da mão-de-obra local uma pedra angular do seu programa de desenvolvimento económico a longo prazo. As empresas que operam no sector da energia devem celebrar acordos-quadro com o Ministério, estabelecendo procedimentos relativos ao recrutamento, integração, formação e desenvolvimento da mão-de-obra, bem como um Plano de Desenvolvimento de Recursos
Humanos. Estes planos também contêm obrigações no que diz respeito à integração e promoção do pessoal angolano e à substituição de expatriados, no quadro de um processo de “angolanização” calendarizado.