Still de VĂdeo ;; Europa ;; 2008 ;; Fotografia digital ;; 60 x 40 cm
SUSANA GUARDADO ;; susanaguardado@gmail.com
PERSONAL DJ ARQUIVO DE RETRATOS SONOROS (*) :: 2009 / 2012 ;; 40 artistas ;;
>>
Consiste na criação e itinerância de um arquivo de vídeos originais, feitos especialmente para o projecto, em colaboração com pessoas do universo das artes visuais, desde artistas ou curadores até ao recepcionista ou cozinheiro de Instituições do ambito artistico, nacionais e internacionais. É construido a partir de acções, tais como performances, eventos multidisciplinares, conferências, etc, no espaço privado e público. (*) Retratos Sonoros: São representações artísticas de uma pessoa, a partir de percepção, emoções e ideias, com o objectivo de estimular essas instâncias de consciência nos espectadores. Estes vídeos são retratos do quotidiano e do trabalho de um espaço global e de uma geração artística e são executados dentro de um largo espectro visual e sonoro, que vai de obrasvideo-artísticas até peças video-documentais, sendo a música e a sua universalidade, o veiculo agregador e impulsionador do processo criativo. Estas peças de vídeo são um reconhecimento poético e intimista assim como mapeamento histórico, cultural e estético do trabalho artístico contemporâneo. São obras que narram o universo íntimo dos intervenientes a partir da banda sonora para a vida. PRIMEIRA SÉRIE : ANA PÉREZ - QUIROGA, Portugal ;; duração 04’54’’ :: BERNARDO MOSQUEIRA, Brasil ;; duração 10’59’’ :: BOB N, Brasil ;; duração 21’28’’ :: CABELO +DADO AMARAL, Brasil ;; duração 08’24’’ :: CARLA CABANAS, Portugal ;; #05 vídeo, duração 11’38’’ :: CLAUDIA BAKKER, Brasil ;; duração 01’40’’ :: INÊS PAIS, Portugal ;; duração 17’36’’ :: JORGE SANTOS, Portugal ;; duração 07’20’’, JOSÉ MÁRIO BRANDÃO, Portugal ;; duração 14’23’’ :: JOSÉ TANNURI, Brasil ;; duração 07’27’’ :: JULIA DEBASSE, Brasil ;; duração 05’50’’ :: LEO AYRES, Brasil ;; duração 08’38’’ :: MARCIO DOCTORS, Brasil ;; duração 04’04’’ :: MARCOS CHAVES, Brasil ;; duração 11’53’’ :: MIGUEL BONNEVILLE, Portugal ;; duração 51’05’’ :: MIGUELANGELO VEIGA, Portugal ;; duração 31’41’’ :: NUNO ALEXANDRE FERREIRA, Portugal ;; duração 06’06’’ :: PATRÍCIA CRAVEIRO LOPES, Portugal ;; duração 26’15’’ :: PAULA DAGER, Brasil ;; duração 03’59’’ :: PAULO REIS, Brasil :: duração 13’53’’ :: PEDRO VALDEZ CARDOSO, Portugal ;; duração 00’30’’ :: SUSANA GAUDÊNCIO, Portugal ;; duração 10’31’’ ::TIAGO VERDADE COUTO, Portugal ;; duração 06’33’’ ::YNAIÊ DAWSON, Brasil ;; duração 04’25’’
Performance e apresentação do vídeo Personal Dj Barrão no evento Festa do MAM - RJ, Rio de Janeiro Brasil, 2011
Personal Dj BARRÃO vídeo (Brasil, 2011, DV, PAL, 4:3, Cor, Estéreo, 02’45’’, transferido para DV)
Xadrez - um jogo mítico, mas também um dos associados com a fria racionalidade científica - parece ter fornecido um campo onde se pode pensar a luta de sentimentos sobre a modernização artística. Muitos são os artistas que dedicaram a sua vida a este jogo, como o exemplo da ambivalência famosa com o jogo, que Duchamp levou para o próximo nível. Duchamp estava interessado no jogo para seu próprio bem. O que Duchamp trouxe para a arte não foi propriamente o xadrez, mas sim a lógica do jogo em si. No caso de alguns pensadores ex. Wittgenstein e Saussure o xadrez é usado como uma metáfora ou chave para ilustrar como o seu significado é produzido. Como as palavras, os valores das peças de xadrez não são determinadas por qualquer propriedade, positiva intrínseca, mas por um conjunto de convenções arbitrárias. Mudar todas as peças no tabuleiro por pedras e os bons jogadores jogar muito bem, porque as peças são apenas um lugar-titulo para determinadas funções. Duchamp tornou-se influente por trazer essa lição do tabuleiro de xadrez para o mundo da arte, mostrando que a arte, como o xadrez, é um conjunto de regras que funciona independentemente das propriedades das peças. Também no cinema o xadrez é tema e simbologia importante associada ao jogo da vida. No caso do O Sétimo Selo que tem por tema fundamentalmente a questão do medo da morte; um cavaleiro que volta da Cruzada da Fé para encontrar em sua terra a peste e morte. Quando ele mesmo se depara com a personificação da morte, aceita-a como um visitante esperado, mas propõe-lhe uma negociação – numa disputa de xadrez - para que possa ganhar tempo e indagar sobre o sentido da vida e, conseqüentemente, o sentido da morte. O Jogo de xadrez aparece talvez como uma alegoria da busca do cavaleiro a um entendimento da vida através da racionalidade, logo a arte do xadrez pode estar associada á arte de viver a vida. Pensar a vida é pensar na possibilidade de lances que fazemos com nós próprios. Como um jogo de xadrez os bons lances tornam o jogo instável e aberto, como as boas jogadas da vida se abrem há indefinição, logo ás verdadeiras possibilidades de nós próprios. Melhor que o cheque é o jogo, melhor que o fim é o caminho.
Personal Dj FABIO SZWARCWALD vídeo (Brasil, 2011, HD, NTSC, 16:9, Cor, Estéreo, 04’33’’, transferido para DV) :: COLECÇÃO PARTICULAR FABIO SZWARCWALD
Personal Dj MARCIO DOCTORS vídeo (Brasil, 2010, HD, NTSC, 16:9, Cor, Estéreo, 04’04’’, transferido para DV)
OPINIÃO CRÍTICA
“A obra de Susana Guardado é um híbrido de relações sociais com estética, porque parte dos conteúdos que norteiam as suas pesquisas e são derivados da convivência social, em acções como as Personal DJs, quando discute com artistas, galeristas, curadores e pessoas do âmbito da cultura o que as mobilizam. Esse cruzamento que propõe nas suas obras é sempre derivado do retorno – poético, emocional, psicológico e mesmo intimo – dado pelos seus interlocutores. No projecto Personal DJ os vídeos são retratos de um corpo social que rodeia a artista, como um mosaico de influências, de interferências, de deslocamentos e de realinhamentos que suscitam um permanente dialogo com o outro. Esta obra existe em razão do outro e tem um forte carácter íntimo e pessoal que expõe, por um lado o pensamento do interlocutor, e por outro uma panóplia do ethos social. Este trabalho tem uma dupla vertente, para além de artista, é social e antropológico, com todas as implicações políticas, sexuais e económicas ai implícitas PAULO REIS (Crítico e Curador) “Personal Dj justifica se não só pela sua expansão para a vida, como pela memória sensível na qual se tornará logo após seu o término nas ruas. Vida e Registo, sem qualquer intenção mimética ou de representação da realidade. Ainda assim, a sua força poética é também testemunho, já que a criação desses retratos sonoro visuais das cidades, feitos por aqueles que nelas habitam, comporão um painel inusitado da vida urbana deste começo de milénio. Obra memória e documento.” FERNANDO COCCHIARALE (Crítico e Curador)
SÉRIE SIGN YOUR NAME ACROSS MY HEART :: 2006 CORAÇÕES DE CHUMBO COM FORMATO ANATÓMICO CHUMBO, TECIDO, ESPUMA, ALUMINIO
>>
Apresentados pela primeira vez na galeria ArtFit em Lisboa, Portugal, esta série é composta por 5 corações de chumbo com gravações de nomes de músicas. Em 2012 a peça 69 ANNE EROTIQUE foi apresentado na Quase Galeria numa exposição de homenagem ao curador Paulo Reis com peças da sua colecção pública. Em 2011 a mesma peça fez parte da exposição individual no Carpe Diem - Arte e pesquisa UNFORGETTABLE :: NAT KING COLE BANG BANG :: NANCY SINATRA 69 ANNE EROTIQUE :: SERGE GAINSBOURG SUMMERTIME :: BILLIE HOLIDAY EDELWEISS :: soundtrack SOUND OF MUSIC HEART OF GLASS:: 2006 CORAÇÕES COM FORMATO ANATÓMICO COBERTO COM MINI ESPELHO RESINA, ESPELHO, MOTOR, CORRENTE DE FERRO
>>
© Fernando Pissarra
Vista Geral da exposição PERSONAL DJ ARQUIVO DE RETRATOS SONOROS no Carpe Diem - Arte e Pesquisa, Lisboa, Portugal ;; 2010
Fernando Pissarra
Fernando Pissarra
Personal Dj Arquivo de Retratos Sonoros #02 SĂŠrie #01, 2010, 24 DVDs, 24 caixas de DVDs, espelho, moldura de cobre, fita de LEDs
Personal Dj Arquivo de Retratos Sonoros #01 Série #01, 2010, 24 DVDs, 24 caixas de DVDs, Caixa medf e papel cetim, bola de espelhos, luz de LEDs >> PERSONAL DJ ARQUIVO DE RETRATOS SONOROS MUSEU DA RÉPUBLICA :: 2010 Exposição individual na galeria Lago no Rio de Janeiro, Brasil, composta por uma videoteca com os vídeos do projecto realizados até à data da exposição e uma colecção provisória com obras dos artistas retratados em Portugal e no Brasil, relacionadas com o projeto.
1. Leo Ayres 2. Cabelo 3. Marcos Chaves
>> >> >>
Vista geral da exposição, Personal Dj no Museu da Républica, Rio de Janeiro, Brasil
4. Tatiana Dager ;; 5. Paula Dager ;; 6. José Mário Brandão ;; 7. Inês Pais
HOMELESS :: 2004 PREGOS, MDF, FERRO, TINTA 40 x 60 cm TAPETE ENTRADA DE CASA ;; COLECÇÃO PÚBLICA ANTÓNIO CACHOLA :: ACERVO DO MACE - MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE ELVAS, PORTUGAL
MESA PARA DOIS :: 2002 ESFEROVITE, INSUFILME, FERRO, MOTOR
Peça apresentada apresentada pela primeira vez no Centro Cultural de Bélem em Lisboa e no prémio de Escultura Citydesk, Centro Cultral de Cascais, Portugal , com referência ao amanhecer e o anoitecer. Mesa com tampo giratório, que a partir de uma iluminação direcionada, reflete luz para o ambiente, simulando o passar do tempo.
ELETRICO88 DUPLA COM TATIANA DAGER PIC ELETRICO :: 2012 >> Projecto desenvolvido para Guimara達es Capital Europeia da Cultura 2012
SÉRIE RIO :: 2008 (PAGINA SEGUINTE) FOTOGRAFIA DIGITAL ;; 60X40cm
>>
Fotografias tiradas nas ruas do Rio de Janeiro ampliadas para um formato semelhante ao LP, mostrando as narrativas músicas da cidade.
TERRITORIAL PISSINGS :: 2009 >> Projecto realizado para a Plataforma Revolver, em Lisboa que teve teambém apresentação em Sines, Portugal. Este projecto de exposição teve a colaboração de 12 músicos nacionais e internacional que refizaram a música dos Nirvana “Territorial Pissings”, questionando valor de autoria, propriedade artistica, barreiras e fronteiras. DANCEFLOOR #3
>>
Vista de exposição Territorial Pissings
1.COLECÇÃO DE VINIS #01 :: 2005 << TECIDO DE VINIL, ESPUMA E BOTÃO FORRADO COLECÇÃO PÚBLICA ANTÓNIO CACHOLA :: ACERVO DO MACE - MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE ELVAS, PORTUGAL
2.COLECÇÃO DE VINIS #02 :: 2007 >> TECIDO DE VINIL, ESPUMA E BOTÃO FORRADO
NIGHT FALLS :: 2007 POLTRONA, PLASTICO TRANSPARENTE, BOTÃO CAPITONÊ Peça executada para um projecto realizado no Hostipal Psiquiatrico Julio de Matos, Lisboa, Portugal, utilizando um objecto de um doente.
<< SINNER :: 2008 EXPOSIÇÃO INDIVIDUAL NA 3+1 - ARTE CONTEMPORANEA, LISBOA, PORTUGAL
>>
A arte de Susana Guardado, artista com carreira firmada entre a nova geração de criadores nacionais, confunde-se com a sua própria vida. Desde a sua primeira exposição individual, as referências ao universo musical são uma constante, afirmando o som e a visualidade como duas instâncias inseparáveis do seu Eu. Actuando também como Dj, Susana encontra na música e na sua experiência sensorial a “possibilidade de construir narrativas colectivas sem palavras”. Na pista de dança, local de participação e partilha onde se desenvolvem momentos rituais sem transcendência, formulam-se as questões que irão servir de base ao seu trabalho visual: as relações interpessoais na sociedade ocidental contemporânea; a música como elemento agregador, contaminador, condutor, gerador de imagens e momentos, capaz de produzir e convocar memórias; e, sobretudo, a vivência pessoal da artista destas mesmas realidades, numa incessante procura de identidade e auto-conhecimento. Por isso, o trabalho de Susana Guardado não define, apenas sugere; sugere a sua própria história que se pode, ou não, identificar com outras histórias. Tal como a música, ela abre campo à estimulação da memória, convidando à viagem e à criação de novos sentidos. Porque a arte também é a expressão genuína do seu criador, Sinner legitima-se na sua singularidade e intimismo. Mas porque a arte é sempre generosidade e partilha, esta é uma exposição à medida de todos nós. RITA SOBREIRO
SÉRIE ALGEMAS #02 ;; 2010 Algemas gravadas com letras de músicas FRANK SINATRA ;; I WANNA LIVE, LIVE...UNTIL I DIE
>>
Vista Geral da exposição SINNER na Galeria 3+1 RATE CONTEMPORÂNEA ;; Lisboa ;; Portugal ;; 2010
DANCEFLOOR :: 2007 >> Exposição final da residência Sítio das Artes na Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, Portugal. Programa Estado do Mundo DANCEFLOOR #1 >>
A pista de dança: lugar de música. Lugar de escape. Lugar de engate. Morada de corpos e copos no exorcismo dos nossos males. O melhor e o pior aqui se passa. É lá que nos exprimimos, é aí que nos sacudimos até horas indecentes. É também por aqui que passa a arte de Susana Guardado, registrando e documentando vivências nocturnas – suas e nossas – ao mesmo tempo que nos dá música como alter-ego de nome DJ Sugu. “O meu atelier é a rua. São as festas, a minha relação com os outros”. Na sua última exposição individual, na galeria 3+1 - “SINNER”, Susana Guardado apresentou um painel que representa a sua experiência pessoal na música e na arte.“Era uma composição fotográfica com registos de chão, de sítios onde já dancei, onde pus música ou onde gostaria de dançar.” As peças artísticas de Susana Guardado relacionam-se com a música, as suas histórias e as experiências que nos proporciona. Mas a música e a arte eram entidades separadas até que no Verão passado a artista esteve em residência com outros autores na Gulbenkian.“ No processo de residência, mudei o trabalho planeado e acabei por passar música todos os dias no decorrer dos trabalhos. Fui impulsionada pelos meus colegas e tutores a explorar os dois aspectos: as artes visuais e a música.”* A instalação final foi resultado desse processo e desse gesto. Como se a arquitetura do espaço se invertesse, um chão tornou-se uma parede, um mural/pista de dança, pintado com registos dos pés que por ele caminharam, andaram, se cruzaram, se tocaram. Uma pista, para a memória de um lugar, cheio de histórias para contar no silêncio e no vazio do final de festa, onde já só as luzes dos espelhos marcam o lugar do tempo. * Miguel Matos para a Time Out Lisboa
MARS :: 2010
>>
Trabalho do projecto BLACKSUGU (Miguel Bonneville + Susana Guardado) em colaboração com Favela Chic, para o Festival Skyways10 - “Sistema Solar”, festival de arte audiovisual, performance, e arte urbana , Torun, Polonia. Marte foi o planeta representado, a proposta foi um elogio a diversidade da vida, criando uma atmosfera sensorial com vermelho de ton, com objetos vermelhos apanhados nas ruas da cidade e com plantas, pensando nas diferentes formas e possibilidades de vida.
SÉRIE BELOVED (3 + PA) :: 2005 FOTOGRAFIA DIGITAL, 75X35 CM
>>
Série de fotografias com inscrição de nomes de músicas de cantores que morreram precocemente por overdose ou suicidio. Foram criadas a partir de facas butterfly, arma branca usada, propondo também uma dialetica com o curto ciclo de vida de crisalida a borboleta. BELOVED #04 - LIGHT MY FIRE - THE DOORS ;; COLECÇÃO PRIVADA SARAGA LEAL BELOVED #01 - LOVE WILL TEAR US APART - JOY DIVISION ;; COLECÇÃO PÚBLICA PLMJ BELOVED #03 - COME AS YOU ARE - NIRVANA
BÉLEM :: 2008 (PAGINA SEGUINTE) >> Projecto especifico de performance dj set, realizado por encomenda, para a inauguração da exposição do Museu Berardo - CENTRO CULTURAL DE BÉLEM, lisboa, Portugal. Este peça sonora e visual, apresentada num dos pátios do edificio dialogava com as peças expostas e era ouvida no interior da exposição. LAST NIGHT A DJ SAVED MY LIFE :: 2007 (PAGINA SEGUINTE) >> Vídeo Still Vídeo realizado nos Jardim da Fundação Calouste Gulbenkian durante a residência Sítio das Arte
Susana Guardado. a dj saved my life I (mis)read the title at first: a discus jock saved my life. I imagined the artist pursued by a fire-breathing dragon, when a gallant discus thrower spun round, hurling his metal plate at the monster, sliced from head to tale, who duly keeled over, letting loose a cloud of acrid vapour of burnt-black toast particles. But it didn’t turn out to be quite like that. “I am a camera with the shutter open” are the opening words of W. H. Auden’s famous novella about the Berlin of the Weimar republic, and the video camera is better registering what is apparently happening in front of it, since movement suggests continuity: although we know from the movies about editing, the small-format intimacy of fixed tripod video and its presentation at the Arts Site, helps us, in the hands of João Paulo Serafim, the videographer, to follow the poetry with Coleridge’s ‘suspension of disbelief’ of post-imagecapture changes. What we see is a view of the back of the Gulbenkian main building across the lake in the park, with the picture window of the concert hall to our right, the open air amphitheatre to our left. Centred in the foreground, a corrugated cardboard box bound with broad packaging plastic adhesive tape printed with the Foundation’s name and the 50th anniversary, serves to register place, Lisbon, and time – one day and night in midsummer 2007. The third Aristotelian unity is the artist/actor, who we see, dressed in graphically washed blue denims and a T-shirt (or jersey), unpacking her portable computer and setting it up, and placing it upon the box, with its screen – a stage within the stage –, facing the camera – and us. The background electronic music is an aural analogy of digital photo grain, so that when Guardado puts on her earphones, we now hear, foregrounded, the music that she is hearing and will conduct and compose, and we leave the prologue behind. The artist stands with her back to us, in front of the computer, the program appearing in white on a blue background, a structuring and ornamental visual accent provided by a white bra-strap over her right shoulder, whose other function, we will see, is to tell us that it is day-time and work-time.
The electronic music represents an analogy to the human scanning or reading or reworking of a digital photographic (continuous tone) image – a technique which Susana Guardado has mastered.. I did not notice whether there were any sounds coming from the water, ducks diving down, fish surfacing; the apparent un-eventfulness of the lake’s surface corresponds to the evenness of the sound; it might have been politic to insert a warble from Ornette Coleman’s sax, a woodwind from the Schoenberg played by the West-Eastern Divan Orchestra, even though they happened afterwards. Then as the sun began to get lower in the sky, windows on a building on our right caught the colour, and then on the auditorium in front. Caught the colour and the colour caught us. The artist began moving to the music, and I wonder whether in doing so, she was covering the screen that was receiving the video of her movement, which she was, very winningly, choreographing. Sunset gave way to dusk and then to night, and with it new symmetries, and ambiguities. A snatch of a song ‘boyfriend’, ‘girlfriend’ alternating, and the artist becomes androgynous; her hair is slicked down with gel, the bra strap is replaced by a white cord attached, no doubt to a top for dancing in, and the headphones’ chrome counts as jewelry. In the half-light the creases in the artist’s jeans could (almost) be equally read as butt or crutch. We are in the magical woods of Shakespearean comedy; where the boy actors who play the women’s parts, then dress up as men as in Twelfth Night, or As You Like It, or are involved, through enchantment in exchanges of partners in A Midsummer Night’s Dream. The sound-track brings us some of the forest sounds, the call of a duck, the wind in the bushes at our left. On the Site, Guardado also uses video as both a framing and presentation device, for two rotating fans, itself a device, incorporating motors; the fans, alternately rise, and, helped by gravity, fall, but this is modestly masked by a black plate. Très coquette. But, after all, what is specific to video is a concentration of the gaze – of the voyeur. Robin Fior - August 2007 ps: dj can also be an abbreviation of ‘dinner jacket’, that is ‘tuxedo’ in American, ‘smoking’ in French, and then Portuguese. ‘A ‘smoking’ saved my life’? Lots more scenarios for this. Take care.
BIOGRAFIA SUSANA GUARDADO nasceu em Lisboa (Portugal) em 1971. Tem o curso avançado de artes plásticas do AR.CO, Lisboa, Portugal. Expõem o seu trabalho regularmente desde 1998. Em 2005, começou a desenvolver trabalhos plásticos na fronteira entre as artes visuais e a música. Desde então, esta tem sido a base conceptual do seu trabalho. Em 2007 foi seleccionada para participar na residência artística “Sítio das Artes”, do Fórum Cultural “O Estado do Mundo”, da Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa). Em 2008 realizou um trabalho por encomenda para o Museu Berardo, que propunha um diálogo sonoro com as obras expostas. No mesmo ano a artista começou a trabalhar com a Galeria 3+1 Arte Contemporânea em Lisboa, apresentando trabalhos de artes visuais em diálogo com a música. Ainda em 2008, iniciou o projecto “Personal Dj”, no âmbito do programa transversal “Mundos Locais: espaços, visibilidades e fluxos transculturais” (Lagos, Portugal). Em 2009, numa estadia no Rio de Janeiro, desenvolveu pesquisa relacionada com o “Personal Dj” e apresentou publicamente os resultados na Galeria “A Gentil Carioca”. Após trabalho no Brasil, foi convidada como artista-residente no espaço Carpe Diem-Arte e Pesquisa (Lisboa, Portugal), durante 2009 e 2010. Ainda em 2009 apresentou, uma performance no Festival Trama, da Fundação Serralves. Susana Guardado em 2010: apresentou o projecto “Personal Dj” nas seguintes exposições individuais: no Museu da República (Rio de Janeiro, Brasil) e no Carpe Diem Arte e Pesquisa (Lisboa, Portugal); representou Portugal no Festival de vídeo“In The Loop”, apresentado na Philips Collection, na National Portrait Gallery e no Katzen Art Center - American University Museum, USA; foi convidada a criar obra para o Skyway’10 International Light Festival, Torun, Polónia; Participou na residência Workshop Internacional Home and Abroad, XEREM, TAT (Rede Internacional - Triangle Arts Trust). Em 2011 teve trabalho na Festa no MAM, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro; esteve em residencia nos Maus Hábitos em Portugal e apresentou resultado na inauguração de Guimarães Capital Europeia da Cultura 2012. A artista está representada em diversas colecções nacionais e internacionais como por exemplo Colecção particular António Cachola, Fundação PLMJ, Fabio Szwarcwald entre outras.
Still de VĂdeo ;; Europa ;; 2008 ;; Fotografia digital ;; 60 x 40 cm