18ยบ FESTIVAL INTERNACIONAL DE CINEMA
2
Horário Schedule
4
Ficha Técnica Credits
6
Info
10
Agradecimentos Acknowledgements
12
Dos Altos Patrocínios From major Sponsors
14
Prólogo Foreword
16
Prémios Awards
17
Júris Juries
23
Competição Internacional International Competition
41
Competição Experimental Experimental Competition
53
Competição Vídeos Musicais Music Video Competition
59
Competição Nacional Portuguese Competition
69
Panorama Nacional Portuguese Panorama
73
Take One!
85
Curtinhas
95
Remixed
107
Ken Jacobs
141
Larrieu
149
Da Curta À Longa From Shorts To Features
175
Analog 3D
185
Panorama Europeu European Panorama
220
Índices de Países Country Indexes
226
Índices de Realizadores Directors Indexes
232
Indíce de Títulos Titles Index
PROGRAMAÇÃO SÁBADO 3
DOMINGO 4
SEGUNDA 5
TERÇA 6
Teatro Municipal (Sala 1) Curtinhas M3
15:30 17:00 21:30 23:00
→90
Curtinhas Abertura Filme Concerto Buster Keaton →86
In Focus Larrieu Les derniers jours du monde →146
Abertura In Focus Larrieu Un Homme Un Vrai →145 ¡ 23:45 Da Curta à Longa 1 Nowhere Boy Sam Taylor-Wood →150
Da Curta à Longa 2 Competição Un poison violent → Katell Quillevéré →154 Internacional 1 24
Competição Internacional 2 →26
Da Curta à Longa 3 La Panorama terre de la folie, Luc Nacional →70 Moullet →158
Competição Nacional 1 →60
00:30
Da Curta à Longa 4 Take One! Eastern Drift Escola em Foco USC Sharunas Bartas →165 →83
Stones In Exile Stephen Kijak →96
Competição Vídeos Musicais →54
Curtinhas M6 Escolas →92
Curtinhas M3 Escolas →90
Teatro Municipal (Sala 2) 10:00
Panorama Europeu Suécia →184
11:00 15:00
Curtinhas M9 →87
17:00
Soundtracks For the City →100
In Focus Larrieu In Focus Colóquio e Filme →147 Ken Jacobs Master Class e Filme →137
18:30
Competição Internacional 8 →38
Competição Internacional 4 →30
Take One! Competição 1 →76
20:00
Competição Internacional 3 →28
Competição Internacional 5 →32
Competição Internacional 7 →36
22:00
Take One! Filmes VideoRun
Competição Internacional 6 →34
Competição Internacional 9 →40
In Focus Ken Jacobs Performance →136
Analog 3D The Bubble Arch Oboler →178
23:30
Teatro Municipal (Salão Nobre) Baralha Marco Earth Martins, Filipa César, Ho Tzu Nyen →168 André Príncipe →159
14:00–00:00
Solar 14:00-00:00 2
¡ 18:00 Abertura →132
QUARTA 7
QUINTA 8
SEXTA 9
Competição Internacional 3 →28
Competição Internacional 5 →32
Competição Internacional 7 →36
Competição Internacional 4 →30
Competição Internacional 6 →34
Competição Internacional 8 →38
Competição Nacional 2 →62
Competição Nacional 3 →64
Competição Nacional 4 →66
Showcase Rita Redshoes Thirteen Films About Lights and Darks →98
Filme Concerto Orelha Negra Soundtracks For the City →100
Filme Concerto Drumming Enciclopédia da Fauna →103
SÁBADO 10
DOMINGO 11
Curtinhas M6 →92
Í Filmes Premiados Curtinhas
Competição Internacional 9 →40
Í Filmes Premiados 3
¡ 21:00 Entrega de Prémios das Competições ¡ 22:00 Encerramento Da Curta à Longa 5 Oncle Boonmee A. Weerasethakul →173 Filme Concerto B. Almeida e Dead Combo Esse Olhar Que Era Só Teu →105
Í Filmes Premiados 2 Í Filmes Premiados 1
Curtinhas M3 Escolas →90 Panorama Europeu Noruega →186
Panorama Europeu Polónia →188
Take One! Escola em Foco ESTC
Debate Direitos de autor
→81
Panorama Europeu Roménia →190 Encontro de Profissionais da Animação Portuguesa
Produção regional Filmes e Debate →191 Take One! Workshop Montagem
Take One! Competição 2 →78
Competição Experimental 1 →42
Competição Experimental 2 →46
Competição Experimental 3 →49
Competição Nacional 1 →60
Competição Nacional 2 →62
Competição Nacional 3 →64
Competição Nacional 4 →66
In Focus Ken Jacobs Analog 3D →138
Competição Internacional 1 →24
Competição Internacional 2 →26
Í Filmes Premiados 1
Analog 3D Andy Warhol's Frankenstein Paul Morrisey →179
Analog 3D Dial M For Murder Hitchcock →180
Analog 3D House of Wax Andre de Toth →181
Í Filmes Premiados 2
Airs Above the Ground ¡ 15:00 La Cave Jarkov Star Spangled to Dea- Ariane Michel →171 Salla Tykka →169 th Ken Jacobs →140
Action Cinema Ken Jacobs
Larrieu In Focus Peindre ou Faire l'amour →148
¡ 15:00 Star Spangled to Death Ken Jacobs →140
3
FICHA TÉCNICA CREDITS Curtas Metragens CRL Auditório Municipal – Praça da República 4480 – 715 Vila do Conde Portugal T +351 252 646516 / 248469 F +351 252 248416 info@curtas.pt www.curtas.pt
Direcção e programação Directors and programmers Miguel Dias, Mário Micaelo, Dario Oliveira, José Nuno Rodrigues Comissão de Selecção da Competição Internacional Selection Committee for the International Competition Vicente Pinto de Abreu, Miguel Dias, Pedro Maia, Rui Maia, Mário Micaelo, Dario Oliveira, Miguel Ortigão, Hugo Ramos, José Nuno Rodrigues Comissão de Selecção da Competição Nacional Selection Committee for the National Competition Vicente Pinto de Abreu, Cesário Alves, Miguel Dias, Mário Micaelo, Dario Oliveira, Rui Pinheiro, Daniel Ribas, José Nuno Rodrigues, António Salgueiro
Ficha Técnica Credits
Comissão de Selecção de Vídeos Musicais Selection Committee for Music Videos Miguel Dias, Sérgio Gomes, Mário Micaelo, Dario Oliveira, Hugo Ramos, Nuno Rodrigues Comissão de Selecção Filmes Experimentais Selection Committee Experimental Film Competition Mário Micaelo, Dario Oliveira, José Nuno Rodrigues Comissão de Selecção Curtinhas Selection Committee Curtinhas Raquel Moreira, Sara Queirós, Salette Ramalho, João Rodrigues, José Nuno Rodrigues, António Salgueiro Comissão de Selecção Take One! Selection Committee for Take One! André Gomes, Sérgio Gomes, Dina Magalhães Pedro Maia, Rui Pinheiro Coordenação Competições Competitions Coordination Mário Micaelo Da Curta à Longa, Remixed Dario Oliveira In Focus Ken Jacobs, Da Curta à Longa, Curtinhas José Nuno Rodrigues In Focus Larrieu, Analog 3D, European Panorama Miguel Dias
4
Coordenação Take One! Coordination Take One! Pedro Maia Direcção de Produção Production Management Cândida Martins, Hugo Ramos Assistente produção In Focus Ken Jacobs, Curtinhas Production assistant In Focus Ken Jacobs, Curtinhas Raquel Moreira Assistente de Produção Production Assistant Sofia Reis
Produção executiva Executive production Sérgio Gomes
Daniel Ribas Catálogo e programa
Emanuel Costa, Carlos Bompastor e Carlos Vieira
Catalogue and programme
Estagiários Trainees
Competições, documentação de filmes, Mercado da
Carolina Medeiros
Curta Metragem
Imprensa
Competitions, film documentation, Short Film
Press
Market
Pedro Pinto Documentação de filmes
Pedro Maia Workshops, spots vídeo Workshops, promotional video clips
Film documentation assistant
Paulo Agra Edição video
Mariana Pereira
Júri Curtinhas Curtinhas Jury Inês Carvalho, Mariana Carvalho, João Micaelo Costa, Maria da Guia Dias, Teresa Gonçalves, Inês Neves, Guilherme Nogueira, Beatriz Pinho, Raquel Pinho, Inês Queirós, João Rodrigues, Bruna Teixeira
Documentação e conteúdos de website Documentation and website content
Video editing
João Brites Cobertura Fotográfica
Maria José Lemos Traduções Translation
Photo Coverage
Pedro Cardoso Direcção Técnica Teatro Municipal
Carla Baltazar, Vanessa Ventura Traduções para legendagem Translation for subtitling
Technical Direction Municipal Theatre
Paulo Lima Técnico Teatro Municipal
Marie Amossé, Julie Berlin-Semon Legendagem electrónica Electronic subtitling
Technician Municipal Theatre
Ana Costa, Vânia Vidal Produção Teatro Municipal
Cinema Sandim Projeccionistas, verificação de cópias Projeccionists, film print verification
Production Municipal Theatre
Motoristas, assistente de produção
Cristina Hora Frente de casa Reception
Drivers, production assistant
Gil Ramos Assistente de produção
Sara Macedo Vendas, loja festival Sales merchandising
Production assistant
Toni Mikkola Mercado da Curta Metragem, montagem de
Ana Fernandes Bilheteira
Ficha Técnica Credits
Bruno Silva
Ticket Office
exposições Short Film Market, exhibitions
Helder Luís, NOTYPE Design gráfico
Amadeu das Dores
Graphic design
Técnico oficial de contas Accountant
Cesário Alves Fotografia
Davide Freitas
Photography
Informática, coordenação da montagem das exposições, bilheteiras
José Alberto Gomes
IT management, exhibitions, ticket offices
Música spot Curtas 2010 Music spot Curtas 2010
Lira Lousinha
Creditações
Ana Luísa Santos, Ana Paula Linhares, Diogo Correia, Joana Lucas, Joana Morais, Pedro Sá, Sandra Vilela, Secundino Oliveira, Sofia Pereira, Teresa Pinto
Accreditations
Espaço Curtinhas
Vicente Pinto de Abreu
Maria Remédio
Assistente aos Júris
Workshops Curtinhas
Coordenação de convidados Guest Coordination
Vera Costa
Juries Assistance
5
INFO
ZIM VAR DE VOA PÓ ) .13 (E.N
VILA DO CONDE
9
P P
11
5
1 T
P
STA. CLARA P
S 12
8
P
7
RIO AVE
6
2 (E.N.13) PORTO
10
4 13
ESPAÇOS DO FESTIVAL FESTIVAL VENUES
14
ONDE COMER WHERE TO EAT
Info
4 T
TEATRO MUNICIPAL
S
SOLAR
3
BOMBORDO
Av. Marquês Sá da Bandeira
FESTAS PARTIES 12
ALOHA SURF BAR
Via Pedonal Manuel Barros
T: 252 638829
7 5
RAMON
CACAU CAFÉ
Praça da Republica, 42
Rua 5 de Outubro, 178
ONDE DORMIR WHERE TO STAY
T: 252 631334
13
SECA BAR
Curva do Castelo
1
ESTALAGEM DO BRAZÃO
6
DOCA
SET
Avenida Dr. João Canavarro, 4480-668 Vila do Conde
Rua Dr. Elias Garcia, 35
14
T: 252 642016 F: 252 642028
T: 252 642106
Praia de Azurara
estalagembrazao@netcabo.pt www.estalagemdobrazao.com
7
CACAU CAFÉ
Praça da República, 42
2
HOTEL SANT’ANA
Monte Sant’Ana, Azurara, 4480 Vila do Conde
8
BAR DA PRAÇA
T: 252 641717 F: 252 642693
Alameda dos Descobrimentos
geral@santanahotel.net
T: 252 633 426
www.santanahotel.net
9 3
HOTEL VILLA C
Estrada Nacional 13, Azurara, 4480-151 Vila do Conde
PRAÇA VELHA
Largo Antero de Quental, 33 T: 919 392 382
T: 252 240420 F: 252 240429
SUBWAY®
geral@villachotel.com
10
www.villachotel.com
Rua do Bombeiro, 17
11
O FORNINHO
Av. Dr. Artur da Cunha Araújo 123-r/c
6
Secretariado do Festival Festival Office: Teatro Municipal de Vila do Conde de 3 a 11 de Julho, Das 10:00 às 22:00 T: 252 688 379 Informações e Bilheteira Information and Ticket Office: Teatro Municipal de Vila do Conde Avª. Dr. João Canavarro 4480- 668 Vila do Conde de 3 a 11 de Julho, das 14:00 às 00:30 T: 252 290050
Avenida Dr. João Canavarro Inaugurado no ano passado, o Teatro Municipal é a imponente casa do Festival. Resulta da recuperação de um edifício emblemático, o antigo Cine-Teatro Neiva, um espaço aberto ao público em 1949 e que se encontrava encerrado há cerca de duas décadas. O edifício tem duas salas de cinema (Sala 1 com 550 lugares, e Sala 2 com 150 lugares, para apresentação de todas as sessões e filmes-concerto), Bilheteira, Secretariado, a loja do Festival, o Bar, espaço Curtinhas, entre outros. Este ano, o Salão Nobre funcionará como espaço de projecção onde será exibido um projecto diário da secção Da Curta à Longa. Também no Teatro estará o 14º Mercado da Curta Metragem. Teatro Municipal is the Festival’s new home since 2009. The renewal of this landmark building brings back the old Cine-Teatro Neiva, which opened in 1949 and has been closed for 20 years. The new building is just the right size for the Festival and allows us to have all the spaces we need to host it together in one place. Teatro Municipal includes two auditoriums (Room 1 with 550 seats and Room 2 with 150 seats, where all the sessions and film-concerts will be held), Ticket Office, Festival Office, Festival Shop, Bar, Curtinhas’ Area, among others. This year, the Teatro’s Salão Nobre will also be a screening room where there’ll be everyday a different film from the section ‘From Shorts To Features’. This building also hosts the 14th Short Film Market.
Solar - Galeria de Arte Cinemática / Cinematic Art Gallery Rua do Lidador Ken Jacobs 3 Jul - 12 Sep Horário (durante a realização do 18º Curtas Vila do Conde): 14 às 00:30 horas, ao fim de semana também das 10:00 às 12:30 horas Opening hours (during Curtas Vila do Conde): 2:00pm to 00:30am, weekends 10:00am to 00:30am A Galeria de Arte Cinemática associa-se ao Festival apresentando a exposição “Action Cinema” do realizador e artista americano Ken Jacobs,. A entrada é livre e a exposição ficará patente durante o Verão, até Setembro. Solar joins the Festival and presents an exhibition by American experimental filmmaker Ken Jacobs. Free admission.
14º MERCADO DA CURTA METRAGEM 14th SHORT FILM MARKET Teatro Municipal 5 - 10 Jul 10:00 – 20:00 Limitado a profissionais, o Mercado dispõe de todos os títulos recebidos para visionamento e um catálogo em formato digital, com dados técnicos, sinopses e contactos para todos os filmes. Only for professionals. The Market’s archive includes all the entries for the 2009 competitions. There is also a digital catalogue with technical data, synopsis and contact information for all the films.
CURTINHAS Novidade em 2009, o Festival volta a apresentar este ano o Curtinhas, uma secção especialmente dedicada aos mais pequenos e que é uma oportunidade única de formação de públicos. Depois de vários anos de experiências do projecto anual ANIMAR, o Curtinhas apresenta-se no festival com várias propostas que permitem um primeiro contacto de um público infantil com o cinema. Partindo deste conceito de aproximação das crianças e jovens ao universo cinematográfico, o programa deste ano inclui sessões de cinema; workshops para crianças e para pais e filhos; e um espaço infantil nas instalações do Festival. Faz ainda parte do Curtinhas uma competição organizada em 3 sessões para diferentes escalões etários (M/3, M/6 e M/9), com a particularidade do júri ser composto por crianças. A sessão de abertura do Curtinhas contará com um filme-concerto dos alunos da Academia de Música S. Pio X de Vila do Conde, musicando dois clássicos do cinema de Buster Keaton. Este ano estará disponível pela primeira vez um Free-Pass para crianças, que permitirá o acesso ao espaço infantil e a todas as sessões de cinema. Curtinhas, which is dedicated to films for children, was one of our new sections in 2009 and has quickly become a way for Curtas Vila do Conde to help create new audiences. Our experience with ANIMAR (a programme promoting animation among schoolage children in the region) led us to take the next step and devise a series of activities and a special programme with young people in mind. Curtinhas includes a competitive section of films made for children; workshops just for kids and for parents and children; and a kids’ area within the Festival’s premises. Curtinhas’ competition includes 3 sessions for different age groups (3/6/9), with the interesting feature that the jury is made out of children. This year’s opening session will feature a film-concert with the pupils from Academia de Música S. Pio X de Vila do Conde, playing to two Buster Keaton’s classics. This year, the festival will introduce a children’s Pass that is good for the kids’ area and all of Curtinhas film sessions.
Info
Teatro Municipal
7
INFO ESPAÇO INFANTIL CURTINHAS BRINCAR AO CINEMA, DOS 4 AOS 12 ANOS CURTINHAS Kids’ Area – Making Movies, ages 4 to 12 Teatro Municipal de Vila do Conde, Foyer, 3º andar 3 a 11 de Julho, 14.30h-00.00h Enquanto os teus pais estão a ver outros filmes no Festival, podes ficar neste espaço a brincar ao cinema. Depois de comprarem o bilhete para uma sessão, só têm de subir ao terceiro andar para o mostrar, e depois podes lá ficar durante duas horas a ver os teus filmes, a construir brinquedos ópticos e a fazer pequenas animações com desenho, pintura e plasticina. (Acesso livre para crianças dos 4 aos 12 anos com free-pass Curtinhas ou mediante a apresentação de um bilhete para uma sessão do Festival a decorrer no mesmo horário.)
Info
While your parents are watching other films in the Festival, you can stay in this room and play at making films. Just get your parents to get their tickets and go up to the 3rd floor. You can then stay there for up to two hours and watch movies, build optical toys and make short animation films with drawings, paintings and modelling clay. (Free entry for children from 4 to 12 years of age with the Curtinhas Pass or by showing a ticket to a Festival session taking place at that time.)
ATELIER PARA CRIANÇAS DOS 6 AOS 10 ANOS WORKSHOP for children Age group: 6 to 10 years Pequenas Histórias de Elevador Teatro Municipal de Vila do Conde, foyer piso 3 Sábado, 11 de Julho, 10.30-12.30h Inscrição: 7 euros por participante Que conversas acontecem enquanto esperamos pela chegada ao 4º andar? Neste atelier vamos criar e filmar pequenas histórias que se passam dentro de um elevador. Cada participante será protagonista de várias tarefas necessárias para a construção deste filme. Elevator short stories Teatro Municipal Vila do Conde, 3rd floor lobby, Saturday, July 11th, 10.30 -12:30 7 € per participant What conversations do we have while we wait to get to the 4th floor? In this workshop we will create and shoot short stories that happen inside a lift. Each participant will perform the many tasks needed to make a movie. ATELIER PARA PAIS E FILHOS DOS 3 AOS 6 ANOS Workshop for parents and children of 3 to 6 years of age. Quando as Ervilhas Saltam do Prato: Atelier de animação em stop-motion Teatro Municipal de Vila do Conde, foyer piso 3 Sábado, 11 de Julho, 15.00-17.00h Inscrição: 7 euros por participante O que é a animação? Como é que as ervilhas dançam sozinhas? À volta de uma mesa pronta para uma refeição, vamos moldar formas e personagens em plasticina, que com movimentos pacientes saberão depois andar por entre as colheres e os garfos da nossa mesa! When peas jump off the plate: Stopmotion Animation workshop Teatro Municipal de Vila do Conde, 3rd floor foyer, Saturday, July 11, 15:00-17.00 Registration: EUR 7 per participant What is animation? How do peas dance by themselves? At a round a table all set for a meal, we’ll mould shapes and characters in Plasticine, which we’ll move slowly and patiently between the spoons and the forks on our table!
8
Festas do Festival Festival’s Parties Sab / Sat, 3 Festa de Abertura / Opening Party Aloha 00:00 RUI MAIA Dom / Sun, 4 Cacau 00:00 BITCH BOYS Seg / Mon, 5 Cacau 00:00 GIL RAMOS VS DEE BROKEN Ter / Tue, 6 Cacau 00:00 GÄNG Qua / Wed, 7 Cacau 00:00 DIRECTOR’S NIGHT Qui / Thu, 8 Seca 00:00 OS SETE MAGNÍFICOS Sex / Fri, 9 Aloha 00:00 DINIS Sab / Sat, 10 Festa de Encerramento / Closing Party Set (Azurara) 00:00 DJ KITTEN
Teatro Municipal, Sala 2 15:00 Seg / Mon 5 IN FOCUS LARRIEU Esta sessão está organizada numa projecção do documentário autobiográfico “Les fenêtres sont ouvertes” (ver pág. 147), dos irmãos Larrieu (onde os cineastas evocam a história da sua família, a sua infância e os seus primeiros passos no cinema); e uma conferência com os realizadores onde a discussão rodará à volta do sentido de utopia nas narrativas desenvolvidas pelos irmãos. Participarão na abordagem ao tema alguns membros do grupo de estudo “Utopia e Cinema” do CETAPS da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. This session includes the projection of Arnaud and Jean-Marie Larrieu’s autobiographical documentary “Les fenêtres sont ouvertes” (see page 147), where the filmmakers evoke the history of their family, their childhood and the first steps on filmmaking, and also a conference with the directors, around the sense of utopia in the stories developed by the brothers, with the participation of the study group “Utopia and Cinema” from Oporto University. Ter / Tue 6 IN FOCUS KEN JACOBS O realizador Ken Jacobs apresentará, nesta sessão, três dos seus filmes mais recentes (ver pág. 137), explicando os seus métodos de trabalho e os temas que persistem em contaminar a sua obra. Será o momento ideal para perceber a complexidade do sua obra e a consistência teórica e prática que constitui o corpo da sua filmografia. Ken Jacobs will present three of his most recent films in this session (see page 137), and will introduce its own working methods and its themes. This will be the perfect time to understand the complexity, the theoretical and practical consistency of his work.
Qui / Thu 8 DIREITOS DE AUTOR COPYRIGHT Tendo em consideração as necessidades de informação dos jovens criadores que agora se lançam na produção audiovisual, a GDA (Cooperativa de Gestão dos Direitos dos Artista) e o Curtas Vila do Conde promovem, num formato de discussão ligeira, este debate sobre os Direitos de Autor com o objectivo de transmitir noções básicas e esclarecer dúvidas relacionadas com a produção audiovisual e a Propriedade Intelectual, na perspectiva dos titulares de direitos: Artistas, Autores e Produtores. According to the need of information of young audiovisual artists, GDA and Curtas Vila do Conde promote this debate on copyright, aiming the transmission of some basic notions, related to audiovisual production and intellectual property, in the point of view of the copyright owners: artists, authors, producers. Sáb / Sat 10 PRODUÇÃO REGIONAL REGIONAL PRODUCTION A produção de curtas-metragens na última década cresceu exponencialmente, criando nichos de produção fora dos centros tradicionais. Esta sessão será composta pela exibição de duas curtas (ver pág. 191) e por um debate com alguns actores principais da produção cinematográfica: Jorge Campos (professor universitário), João Lopes (professor e crítico de cinema), Rodrigo Areias (produtor e realizador), Mónica Baptista e Nuno Rocha (realizadores).
Teatro Municipal, Sala 2 11:00 Sex / Fri 9 3º ENCONTRO DE PROFISSIONAIS E AMIGOS DA ANIMAÇÃO 3rd MEETING OF PROFESSIONALS AND FRIENDS OF ANIMATION FILM Depois de um aturado processo de análise das valências, fragilidades e potencialidades de diferentes grupos de trabalho da organização, este 3.º encontro da animação portuguesa irá introduzir e discutir os principais tópicos de uma Carta Estratégica dos Caminhos da Animação Portuguesa. Esta Carta será um documento orientador que posicionará o sector perante os decisores políticos, o mercado, as diferentes instituições de ensino e as industrias culturais em Portugal. This meeting will introduce and discuss the main topics of a strategic document, intended to be a guideline for the future actions of Portuguese animation face to the political decisions, the market, the schools and the industry.
Info
DEBATES, ENCONTROS PROFISSIONAIS E MASTERCLASSES DEBATES, PROFESSIONAL MEETINGS AND MASTERCLASSES
The short film production in Portugal has been growing in the last decade, allowing the creation of production units out of the usual centres. This session will show two short films (see page 191) produced in the north of Portugal, followed by a debate with Jorge Campos (teacher), João Lopes (teacher and film critic), Rodrigo Areias (producer and director), Mónica Baptista and Nuno Rocha (directors).
9
Agradecimentos Aknowledgements
O Curtas Vila do Conde - Festival Internacional de Cinema agradece a todos os organismos, empresas e pessoas que contribuíram de algum modo para a sua organização. Curtas Vila do Conde - International Film Festival wishes to acknowledge the following institutions, companies and persons for their contribution and support.
Patrocinadores e apoiantes Corporate sponsors, official partners and patrons:
Agradecimentos Aknowledgements
Câmara Municipal de Vila do Conde Ministério da Cultura/Instituto do Cinema e Audiovisual
10
Associação para a Defesa do Artesanato e Património de Vila do Conde BPI Banco Bus Urban Wear Cartão Jovem Chimay Cision Consulat Général de France a Porto Embaixada da Áustria Embaixada da Noruega ESE – Escola Superior de Educação do Porto ESEIG – Escola Superior de Estudos Industriais e de Gestão ESMAE – Escola Superior de Música e das Artes do Espectáculo Fnac Instituto Cultural Romeno Instituto Politécnico do Porto Instituto Português da Juventude Interlog Informática, SA Junta de Freguesia de Vila do Conde Kodak MEO 3D Metro do Porto Ministério de Arte e Cultura Austríaco Divisão de Promoção do Audiovisual Ministério das Relações Exteriores do Brasil O Forninho Rentea Restart RTP2 Onda Curta Salvador Caetano Smiling Sogrape TCAV – Curso de Tecnologia da Comunicação Audiovisual Tobis Portuguesa SA Toyota, Macedo & Macedo Universidade Católica Universidade Fernando Pessoa UPS V Coutinho Vila do Conde The Style Outlets Wesc
Antena 1 Antena 3 Artes & Leilões Destak Happy Woman L+Arte Magnetica Magazine Nickelodeon Público Rádio Foz do Ave Rádio Linear Rádio Nova RTP RTPN Sapo Take Magazine Time Out Porto Vice Zoot Magazine Academia de Música S. Pio X Agência da Curta Metragem ANIM - Arquivo Nacional das Imagens em Movimento Câmara Municipal de Famalicão Câmara Municipal da Figueira da Foz Câmara Municipal de Matosinhos Câmara Municipal de Penafiel Câmara Municipal do Porto Câmara Municipal da Póvoa de Varzim Câmara Municipal da Trofa Câmara Municipal de Vila Real Casa da Animação Cinanima Cineclube de Vila do Conde Cinemateca Portuguesa Escola Secundária José Régio Escola Superior de Música e das Artes do Espectáculo Filmes Castello Lopes Indielisboa O Som e a Fúria Passos Manuel Serviços de Fotografita do Instituto Politécnico do Porto Serviços de Vídeo do Instituto Politécnico do Porto Teatro de Formas Animadas
E também And also: Ex.mo Senhora Ministra da Cultura, Dr.ª Gabriela Canavilhas Exmo. Senhor Presidente da Câmara Municipal de Vila do Conde, Eng. Mário de Almeida Ex.mo Senhor Presidente do Instituto do Cinema e Audiovisual, Dr. José Pedro Ribeiro Ex.ma Senhora Vice-Presidente do Instituto do Cinema e Audiovisual, Dr.ª Leonor Silveira
Catarina Abrahão Vicente Pinto de Abreu Cláudia Abrunhosa Ana Alcobia António Ferreira Alves Cesário Alves Dr. José Abel Andrade Celeste Araújo Miguel Araújo Sérgio Araújo Diana Baptista João Manuel Baptista Philippe Barbry Marinela Barioti Eduardo Paz Barroso Raquel Beirão Rosario Belmar Catarina Bernardo João Garção Borges Duarte Vaz Bravo Eng. António Caetano Isabel Caldas Susana Cardoso Dr.ª Maria Luísa Carvalhaes Manuel Carvalho Nuno Carvalho Pedro Esteves de Carvalho Francisco Casanova Alexandra Cayolla Filipa César Telmo Churro Maria João Cortesão Álvaro Costa Dr. Vitor Costa Vasco Sá Coutinho Bernard Despomaderes Dr. António Saraiva Dias Vitor Dias Roland Dutoit Vânia Encarnação Rui Estrada Orlando Fernandes Paula Fernandes Dr.ª Elisa Ferraz Adriana Ferreira Ana Maria Ferreira Catarina Ferreira Dr. Flávio Ferreira Quinta Ferreira Fernando Figueiredo Paula Fonseca Rui Freitas Vasco Freitas Bruno Galante Dr. David Góis Arq. Maia Gomes Miguel Gomes António Gonçalves Irmgard Hannemann-Klinger Sr. Embaixador Ewald Jäger Miguel Januário Sérgio Julião Marcelo Lafontana Carlos Lapa Carlos Laranja José Alberto Lemos Cláudia Lima
Antonio Rodrigues Sandra Rodrigues Sara Sá António Salgueiro Adriano Santos Claudia Santos Jorge Santos Inês Sapeta Steve Sarsson Dr. Artur Santos Silva Jaime Silva Dra. Anke Schaeffers Maria João Seixas Nuno Sena Luisa Serqueira António Fernando Silva Prof. Olivia Silva José Soares Ana Rute Sousa Daniela Sousa Fernando Sousa Isolino Sousa Rui Sousa Paula Alves de Souza Randy Tack Marta Tavares Mónica Tremosso João Tovar Luís Urbano Anca Milu-Vaidesegan Dr.ª Fátima Vinagre Dr. Jorge Wemans Cláudia Xavier Profª Dr.ª Rosário Zamboa
Bélgica Belgium Brussels Short Film Festival Dinamarca Denmark Danish Film Institute Filmkontakt Nord
Elementos da equipa e colaboradores do Curtas Vila do Conde
Itália Italy Circuito Off
Hotéis e restaurantes do Festival
Polónia Poland Krakawska Fundacija Filmowa, Katarzyna Wilk
Todos os elementos dos júris de selecção e dos júris das competições do Festival
Espanha Spain Curtocircuito, Tim Redford Gijon Film Festival Mecal Barcelona EUA USA Ken Jacobs Flo Jacobs Azazel Jacobs Finlândia Finland Finnish Film Foundation, Marja Pallassalo Salla Tykka Tampere International Film Festival França France Clermont-Ferrand Short Film Festival Ariane Michel Rencontres Internationales Paris/ Berlin/Madrid Unifrance Film International, Christine Gendre Holanda The Netherlands International Film Festival Rotterdam Nijmegen International Short Film Festival
Agradecimentos Aknowledgements
Eng.ª Sara Lobão Alexandre Lopes Patrícia Lopes Paulo Lopes João Paulo Luz Dr.ª Leonor Macedo Manuel Macedo Pedro Magalhães Sr.ª Embaixadora Inga Magistad Mario Jorge Maia João Sampaio Maia Rui Maia Manuel Malzbender Susana Matias Miguel Marques Humberto Martins Marco Martins Nina Martins Vera Maurício Dr. Pedro Homem de Mello Marina Medeiros Dr. Virgil Mihaiu Nuno Miranda Sara Moreira Dr. Jorge Morgado Rui Morgado Ana Mota Manuel Mozos Jaime Neves Susana Neves Vítor Nogueira Carina Novo Fernando Nunes Mathilde Nygren Luis Miguel Oliveira Paula Oliveira Miguel Ortigão Eduardo Patriarca Helena Pelayo Cinta Pelejà Cecília Pena Cristina Pereira Eduardo Pereira Sónia Pereira Nuno Pimenta Pedro Pimenta Joana Pimentel Carlos Pinheiro Paula Moura Pinheiro Rui Pinheiro Fernando Graça Pinto Joana Pinto Patrícia Pinto Dr. Paulo Pinto Pedro Pinto Miguel Pires José Maria Praga Postiga Ana Pouzada Andrea Probosch Pedro Ramalho Felicidade Ramos Magda Ramos Jorge Ribeiro Sr. Embaixador Juan Ribot Roxana Rîpeanu Teresa Rocha Isabel Rodeiro
Reino Unido United Kingdom Encounters, Mark Cosgrove The British Council E também, por países e ordem alfabética And also, by countries and alphabetical order: Alemanha Germany: European Film Academy, Bettina Schwarz Oberhausen Short Film Festival Áustria Austria Sixpack Film Brasil Brazil Festival de Curtas Metragens de São Paulo Festival de Curtas Metragens de Belo Horizonte Daniel Queiroz Helvécio Marins Curta Cinema Rio de Janeiro Ailton Franco
Roménia Romania Estenest, Mihai Mitrica NexT Festival, Ada Solomon Singapura Singapore Ho Tzu Nyen Suécia Sweden Swedish Film Institute, Andreas Fock Suíça Switzerland Locarno Film Festival International Short Film Festival Winterthur
All the directors and producers from all over the world who sent their films to the Festival! 11
Dos Altos Prrocínios From Manjor Sponsors
18º Curtas vila do conde
12
A festa do cinema volta de novo a Vila do Conde. O 18º Curtas Vila do Conde – Festival Internacional de Cinema, com a qualidade e reconhecimento internacional granjeados em edições anteriores, propõe-se animar ainda mais uma terra que no seu quotidiano tanta importância dá à sua animação cultural. O Curtas Vila do Conde, nas suas tão variadas vertentes, é já uma marca da cidade que, coincidente com a chegada do Verão, tanto orgulha uma população culturalmente exigente e habituada a grandes eventos. Sala de visitas e de espectáculo por excelência, o Teatro Municipal, espaço renovado e requalificado, é, de facto, o local ideal para um evento cinéfilo desta envergadura, aliando a modernidade à riqueza histórica do antigo Cine-Neiva. Estou certo que as competições oficiais, com a presença de tantos e sonantes realizadores tendo a seu lado jovens cineastas, a par do extenso conjunto de actividades de formação, workshops e exposições, farão desta 18ª edição um sucesso no panorama do cinema e do audiovisual. Finalmente, a todos aqueles que participam no 18º Curtas Vila do Conde espero que vivam a nossa cidade em toda a sua plenitude, que encontrem na sua beleza e nas suas gentes motivos mais do que suficientes para posteriormente recordarem os momentos que cá passarem. Mário Almeida,Eng.º
The celebration of cinema returns to Vila do Conde. The 18th Curtas Vila do Conde – International Film Festival, with all the quality and international renown gained in previous events, aims to enliven even more a town that already gives cultural events such importance in its everyday life. Every year the beginning of Summer brings us Curtas Vila do Conde, a landmark event that makes us all proud in a town whose culturally demanding people are well accustomed to major happenings. The recently refurbished Teatro Municipal is obviously the ideal venue for a film event of this magnitude, combining modern features with the heritage of the old Cine-Neiva. I am sure that the competitions, with the presence of so many important filmmakers both well known and up and coming, as well as the comprehensive range of training activities, workshops and exhibitions, will make the 18th Curtas a success in the cinema and audiovisual panoramas. Finally, to all those who participate in the 18th Vila do Conde Shorts, I hope they have the chance to experience our town in full, finding in its beauty and its people more than enough reasons to cherish the moments they spent here.
Mário Almeida,Eng.º
Presidente
Mayor
Câmara Municipal de Vila do Conde
Municipality of Vila do Conde
O 18º Curtas Vila do Conde convidou, no âmbito da In Focus, o cineasta Ken Jacobs sobre o qual a Solar Arte Cinematográfica acolhe uma exposição retrospectiva. É também no território da experimentação que o Curtas de Vila do Conde tem vindo a constituir a sua identidade ao longo dos anos, e é essa a sua característica distintiva. Não importa enumerarmos aqui as diversas secções e iniciativas deste festival porque isso cabe ao próprio anunciar e promover, importa sim, reconhecer a audácia e independência com que, ao longo de 18 anos, a sua organização o caracterizou. Importa ainda sublinhar o papel tão importante que o Festival desempenha na divulgação da produção nacional. Sabemos hoje que o público português, apesar de afastado das salas de cinema, adere entusiasticamente a estes eventos que são, pela sua natureza, catalisadores do seu interesse geral por esta arte. É gratificante para o ICA, enquanto gestor de apoios financeiros também na área da realização de festivais nacionais, assistir a mais um ano de consolidação de um dos festivais que acompanhamos desde o seu início.
This year, Curtas Vila do Conde has invited Ken Jacobs as the featured director in its In Focus section. Solar - Cinematic Art Gallery will also host a retrospective exhibition dedicated to this experimental artist and filmmaker. Over the years, Curtas Vila do Conde has built its identity firmly within the territory of experimental cinema and over the years it has become one of its most distinctive features. We will not try to list here the many sections and initiatives of Curtas. After all, promotion is part of the festival’s job, however, it is important to highlight the organisation’s audacity and independence over these 18 years of existence. We must also underline the very important role the festival plays in distributing Portuguese films. Nowadays, we know that Portuguese audiences, despite being conspicuous by their absence from movie theatres, enthusiastically endorse these events that are, by their nature, catalysts for a general interest in this art form. It is gratifying for ICA, as manager of financial support programmes for Portuguese film festivals, to witness another year in the strengthening of a festival that we have followed since its inception.
Dr. José Pedro Ribeiro
José Pedro Ribeiro
Presidente do ICA,
President of ICA,
Instituto do Cinema e Audiovisual
Portuguese Institute for Cinema and Audiovisuals
Dos Altos Prrocínios From Manjor Sponsors
ICA
13
Um Festival Maior A Bigger Festival
UM FESTIVAL MAIOR a bigger festival
14
Chegados à 18ª edição do Curtas, propomos uma reflexão sobre a programação aqui apresentada já que consubstancia o maior festival de cinema jamais realizado em Vila do Conde, agora sediado num espaço com todas as condições para a sua realização. Trata-se, de facto, do mais extenso programa de sempre, o que se torna óbvio logo que olhamos para a grelha horária e verificamos tamanha profusão de sessões e secções a desenvolver entre os diversos espaços do Teatro Municipal de Vila do Conde e a Solar - Galeria de Arte Cinemática. Mas esta evolução surge como consequência lógica de todos os desenvolvimentos anteriores e no sentido da afirmação das respostas possíveis às inúmeras questões com que nos fomos defrontando ao longo dos anos. Assim, no sentido de alcançar maior equilíbrio geral e maior diversidade, procuramos atingir uma certa solidez a partir do reforço de cada um dos módulos e, consequentemente, também da estrutura que os articula. A título de exemplo, podemos fazer o exercício da contabilidade do número de presenças portuguesas que este ano ascende a 53: é a maior participação nacional de sempre! Este facto deve-se em grande parte ao contributo das produções independentes e à evolução tecnológica recente que permite produções de grande qualidade a custos comportáveis. Nas competições, para além do ênfase dado às curtas de produção nacional, desta feita com dezoito filmes inéditos, fizeram-se também avanços tanto quanto à Internacional como à Experimental: ambas estão marcadas pela presença de alguns autores conhecidos do nosso público e até de alguns cujo reconhecimento se pode considerar universal; ambas integram filmes muito recentes e, no caso da Internacional, quase todos inéditos em Portugal. Houve um esforço acrescido, portanto, para alcançar uma maior riqueza e acuidade nas respectivas selecções, o que pressupõe também um maior trabalho de fundo na angariação, prospecção, networking e promoção do Curtas junto dos profissionais do cinema e dos mais importantes certames a nível Internacional. O Curtinhas, secção recente tal como a Experimental, enriqueceu-se com a experiência da Curtas Metragens CRL na organização da Animar, ganhou mais actividades para pais e filhos e um filme-concerto. A competição com filmes infantis, com programas para 3 escalões etários, torna-se num complemento às demais, ampliando a estratégia de criação de novos públicos. O Take One!, que podemos incluir também nesta estratégia, continua a ser o espaço por excelência de descoberta dos futuros cineastas portugueses com a sua competição de curtas realizadas em ambiente de escola. Acresce ainda, finalmente, a sessão dedicada aos vídeos musicais, entre os quais figuram algumas criações audiovisuais das mais imaginativas e arrojadas. Entre todos estes filmes, núcleo de um programa mais alargado e que responde a categorias distintas, entre a ficção, documentário, animação e experimental, de produção recente, encontram-se obras de grande profundidade e interesse enquanto contributo para a contínua evolução da linguagem cinematográfica, aqui enriquecida também pela geração mais jovem. Continuam, de um ponto de vista estrutural, a ser a parte mais importante do Curtas num conjunto que consubstancia uma resposta eficaz aos paradigmas contemporâneos da criatividade no cinema. Haverá outras razões para continuarmos a acreditar
nesta estrutura alicerçada nas competições de curtas mas, o agrado do público, perfeitamente identificado e distinto em cada uma das situações, corresponde a um dos maiores prioridades quando, a cada ano, percorremos o exercício de selecção e composição geral do programa. Olhando para a mesma grelha horária, com várias propostas para além das curtas, muitos se interrogarão para onde irá o festival. A resposta é torna-se clara se nos dedicarmos a descobrir os restantes módulos do programa. Há a atenção continuada à evolução da obra de autores, que de algum modo foram criando uma relação com o festival, num programa agora intitulado Da Curta à Longa. São obras únicas que variam das instalações vídeo em loop às sessões de cinema de longa metragem e de características mais convencionais. Há, também, dois programas In Focus: um com uma dupla de cineastas, Jean-Marie e Arnaud Larrieu, cúmplices numa série de longas que atestam a vitalidade do cinema francês na última década, outro, com o cineasta que tem merecido toda a reverência por parte de algumas das maiores instituições e certames culturais. Por muitas vezes, citado como um dos mais importantes criadores da vanguarda nova-iorquina dos Sessenta e Setenta: Ken Jacobs é a grande retrospectiva do festival. In Focus é também o espaço onde se propõem alternativas ao dispositivo estandardizado de apresentação de cinema: a Solar - Galeria de Arte Cinemática será habitada por uma série de objectos fílmicos sui generis, obras de Ken Jacobs que decerto surpreenderão agradavelmente o público do festival mesmo aquele que à partida não se identificaria tão facilmente com cinema experimental de tais características. Para além desta imersão In Focus num ambiente próximo ao das exposições de artes-plásticas, a programação Remixed atesta também a vocação de cruzamento entre várias áreas assumida no festival. No caso dos filmes-concerto desta edição, haverá que perspectivar correctamente a importância das encomendas realizadas a criadores musicais e cinematográficos e a dimensão de alguns dos espectáculos que consideramos deveras surpreendentes. Fazemos aqui também uma chamada ao filme-concerto Curtinhas, que abre o festival com mais uma aventura em que os clássicos de Buster Keaton são musicados pelos mais pequeninos: o Cinema dos primórdios e a mais jovem geração de eventuais futuros cinéfilos. Continuamos a apostar também na componente formativa, através de uma série de eventos, workshops, debates e master classes, e cremos poder acrescentar algo de importante à reflexão sobre a criação cinematográfica nacional e, possivelmente, à sua repercussão a nível internacional. Continuamos, por fim, a estabelecer uma ponte entre a vivência e os ritmos próprios da cidade de Vila do Conde, e tudo aquilo que se passa em torno do Festival. O Curtas não vive exclusivamente nos espaços de programação de cinema e exposições mas prolongase, como já vem sendo habitual, numa série de festas programadas diariamente e nas quais deverão também acontecer muitas surpresas. Esperamos que sejam as melhores.
This accomplishment comes as a logical step after all the previous developments and reaffirms our answers to the many questions we faced over the years. Thus, in order to achieve greater balance and increased diversity, we have tried to achieve a certain consistency by strengthening each individual module, and, through that, reinforce the structure that brings it all together, producing a more coherent outcome. As an example, we can mention the number of Portuguese films, which this year amounts to 53: it is the largest Portuguese participation ever and nothing was added to the programme in order to reach this number artificially. In our competitive sections, in addition to the emphasis given to Portuguese shorts - this time around we’ll have eighteen premieres – we’ve also had improvements in the international and experimental competitions: both include filmmakers who are well-known to our audience and even some whose renown can be considered universal. Furthermore, both will present very recent movies and, in the case of the International Competition, they are all Portuguese premieres. We have therefore made an effort to achieve wider range and more incisiveness in these selections, which also implied better ground work in researching and networking as well as in promoting Curtas among film professionals as one of the most important events at international level. Curtinhas, a recent section, as is the Experimental Competition, has been enriched with the experience Curtas Metragens CRL has in organising Animar: It will include more activities for parents and children and a film-concert. The competition of movies for children, with programmes for three age groups, has become a complement to the other competitive sections, completing our strategy of creating new audiences. Take One!, which can also be included in this strategy, continues to be the place par excellence to look for new Portuguese filmmakers, with its competition of school films. Finally we have the music video competition that includes some of the most imaginative and daring audiovisual creations. Among all these movies, which constitute the core of a wider programme and which comprises recent production in different categories including fiction, documentary, animation and experimental, there are works of great depth and interest that contribute to the continuous evolution of film language, here enhanced too by the contribution of younger generations. From a structural point of view, this continue to be the most important part of Curtas, being part of a whole that represents an effective response to contemporary paradigms of creativity in cinema. There are other reasons for us to continue to believe in this structure, built on short film competitions, but
it’s the public we have in mind, when, each year, we go through the general exercise of putting together our programme After taking another look at our schedule, which includes many events that go beyond short film, many will question where the Festival is headed. The answer becomes clear, when we understand the remaining features of this year’s programme. We are introducing a new programme – Da Curta à Longa – where we follow the work of filmmakers who have established a special bond with Curtas throughout the years. These are unique works ranging from video installations in loop to feature film sessions of more conventional characteristics. This year, In Focus includes two programmes, one with films by the brothers Jean-Marie and Arnaud Larrieu, co-directors of a series of feature films that attest to the vitality of French cinema over the last decade, and another, with a filmmaker who is revered by some of the most important cultural institutions and events in the world and who is often regarded as one of the most important New York artists of the sixties and seventies: Ken Jacobs – this will be the Festival’s major retrospective. In Focus is also the place for alternatives to standardized forms of presenting films: Solar – Cinematic Art Gallery, will be filled by a series of sui generis film exhibits, works by Ken Jacobs which will certainly be a pleasant surprise to our audience, even to those who wouldn’t identify as easily with experimental cinema of these characteristics. Besides this immersion in an environment that is close to that of the art exhibition, Remixed is another of our programmes that confirms the Festival’s vocation for mixing different artistic areas. Regarding this year’s film-concerts, we would like to highlight the importance of the commissions we made to musicians and filmmakers and the dimension of some of the shows to be presented, which we believe to be quite amazing. We take this opportunity to also point out Curtinhas’ film-concert which will open the Festival with another Buster Keaton classic, with music composed and played by children: cinema from the early years mixed with the youngest generation of potential film-buffs.
Um Festival Maior A Bigger Festival
As we reach the 18th Curtas, we would like to present a few thoughts on this year’s programme since it’s our most ambitious and bigger festival ever, now headquartered in a venue that has all the facilities we need. It is indeed our most extensive programme ever, what becomes immediately apparent as soon as we take a look at our schedule and notice the amount of sections and sessions we’ll be hosting at Teatro Municipal de Vila do Conde and Solar-Cinematic Art Gallery.
We continue to invest in training, through a series of events, workshops, discussions and master-classes, and we believe we can add something relevant to the debate on Portuguese cinema and, possibly, to its international impact. Finally we continue to build a bridge between Vila do Conde, the city, and the Festival. Curtas doesn’t happen only where its programmes are presented. It stretches out, as usual, into a series of parties, which should bring us a few more surprises.
15
PRÉMIOS 18º Curtas Vila do Conde, 2010 18th curtas vila do conde AWARDS, 2010
Competição Internacional International Competition
Grande Prémio Great Prize “Cidade de Vila do Conde” Melhor filme em competição, no valor de €2.000, patrocinado pela Câmara Municipal de Vila do Conde Best Film in competition, sponsored by Vila do Conde City Council, €2.000 Prémios para o melhor filme de cada categoria a concurso Prizes for the best film in each category Animação, Documentário e Ficção Animation, Documentary and Fiction Prémio Video Musical Prize Music Video “Bus Urban Wear” Para o melhor Video Musical, no valor de €1.000, patrocinado pela Bus Urban Wear For the best Music Video, sponsored by Bus Urban Wear, €1.000
PRÉMIOS AWARDS
Prémio Experimental Prize Para o melhor filme da competição Experimental For best film at Experimental competition Prémio Curtinhas Prize Curtinhas Prémio para o melhor filme da competição Curtinhas, eleito por um grupo de crianças com idades entre os 8 e os 12 anos, no valor de €1.000, patrocinado pelo The Style Outlets Prize for best film on the Curtinhas competition, elected by a group of children and teenagers from 8 to 12 years, sponsored by The Style Outlets, €1.000 Curta nomeada para os European Film Awards 2010 em Vila do Conde Vila do Conde short film nominee for the European Film Awards 2010
Competição Nacional Portuguese Competition
Melhor Filme Best Film Grande Prémio Great Prize Tobis €5.000, em serviços de pós-produção, patrocinado pela Tobis Portuguesa SA €5.000 in post production services, sponsored by Tobis Portuguesa SA Prémio Prize BPI 2.000 euros Os filmes da Competição Nacional também concorrem para os Prémios da Competição Internacional. The films in National Competition also run for the international Awards.
16
Prémio Do Público Audience Award “Mateus Rosé Sparkling” Para o filme com a melhor média de votação atribuída pelos espectadores, no valor de €1.000, patrocinado pela Sogrape/ Mateus Rosé Sparkling For the film with best average rate, according to the voting by the Festival audience, €1.000, sponsored by Sogrape/ Mateus Rosé Sparkling Prémio Prize RTP2 Onda Curta Aquisição dos direitos de exibição para o programa Onda Curta, da RTP2 Rights acquisition for broadcasting at Onda Curta, RTP2
TAKE ONE! Prémio Prize Kodak €1.500 em produtos Kodak €1.500 euro in Kodak products Prémio Prize Smiling €1.500 em serviços de aluguer de equipamento, patrocínio Smiling/ Nova Imagem €1.500 in services and equipment rental, sponsored by Smiling/ Nova Imagem Prémio Prize Restart Vale em formação no valor de €500 na Restart - Escola de Criatividade e Novas Tecnologias €500 in formation at Restart - Creativity and new Technologies School Prémio Prize Agência da Curta Metragem O filme premiado será agenciado pela Agência da Curta Metragem, garantindo a sua inscrição e respectivos custos, num circuito internacional de festivais de cinema The awarded film will be distributed and promoted by the Portuguese Short Film Agency, including the inscription of the film in a international film festival circuit Prémio Prize RTP2 Onda Curta Aquisição dos direitos para futura exibição no programa Onda Curta, da RTP2 (A concretização deste prémio está dependente de uma situação completamente regular em termos de direitos autoriais) Rights acquisition for broadcasting at Onda Curta, RTP2 (this award is subject to the legal situation in terms of rights)
Katell Quillevere nasceu em Abidjan (Costa do Marfim) em 1980, Estudou cinema e filosofia na Universidade de Paris 8. Em 2004, juntamente com Sébastian Bailly, criou e organizou as três primeiras edições dos Rencontres du Moyen-Metrage de Brive (Encontros Europeus da Média Metragem de Brive). Ao mesmo tempo realizou “A Bras le Corps”, a sua primeira curta metragem descoberta na Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes e nomeada para os Césares de 2007. Desde então realizou duas outras curtas metragens, “L’imprudence” e “L’Echappée”, seleccionadas para vários festivais. “Un Poison Violent” é a sua primeira longa metragem. Born in Abidjan in 1980, Katell Quillévéré studied cinema and philosophy at the University of Paris 8. In 2004, she and Sébastian Bailly created and organized the three first editions of Rencontres du MoyenMetrage de Brive (European Medium Length Film Meetings). At the same time, she directed A bras le corps, her first short film discovered at the Cannes Director’s Fortnight and nominated for the 2007 Césars. Since then she’s directed two other short films, L’imprudence and L’Echappée, chosen for a number of festivals.
Daniel Blaufuks
Daniel Blaufuks tem trabalhado na relação entre fotografia e literatura, através de obras como My Tangier com o escritor Paul Bowles. Mais recentemente, Collected Short Stories apresentou vários diptícos fotográficos numa espécie de “prosa de instantâneos”, um discurso baseado em fragmentos visuais, que insinuam histórias privadas a caminho de se tornarem públicas. A relação entre o público e o privado tem sido, aliás, uma das constantes interrogações no seu trabalho. Utiliza principalmente a fotografia e o video, apresentando o resultado através de livros, instalações e filmes. O seu documentário Sob Céus Estranhos foi recentemente apresentado no Lincoln Center em Nova Iorque. Algumas das suas últimas exposições foram no Centro de Arte Moderna, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, Palazzo delle Papesse, Siena, LisboaPhoto, Centro Cultural de Belém, Lisboa, Elga Wimmer Gallery, New York, Photoespaña, Madrid. Mais informações em http://www.danielblaufuks.com Daniel Blaufuks has been working on the relation between photography and literature, through works like My Tangier with the writer Paul Bowles. More recently, Collected Short Stories displays several
photographic diptychs in a kind of “snapshot prose”, a speech based on visual fragments that give indication of private stories on their way to become public. The relation between public and private has been one of the constant interrogations in his work. He has been showing widely and works mainly in photography and video, presenting his work through books, installations and films. His documentary “Under Strange Skies” was recently shown at the Lincoln Center in New York, Recent exhibitions include: Calouste Gulbenkian Foundation, Lisbon, Palazzo delle Papesse, Siena, LisboaPhoto, Centro Cultural de Belém, Lisbon, Elga Wimmer Gallery, New York, Photoespaña, Madrid. For more information see http://www.danielblaufuks.com
Laurent Guerrier
Laurent Guerrier estudou arquitectura e tem trabalhado como fotógrafo. Começou a trabalhar para o Festival Internacional de Curtas Metragens de Clermont-Ferrand em 1992. Há dez anos que é um dos membros permanentes da equipa do ‘Sauve Qui Peut le Court-Métrage’, uma secção do Festival. Trabalha na selecção do programa da competição internacional e organiza uma série de programas especiais, em França e no estrangeiro. Laurent Guerrier studied architecture and has worked as a photographer. He began working for the The International Clermont- Ferrand Short Film Festival in 1992. He has been one of the permanent members of the ‘Sauve Qui Peut le Court Métrage’ crew at the Festival for the last ten years. He works on selection for the international competition programme and organizes a variety of special programmes at home and abroad.
Bálint Kenyeres
Bálint Kenyeres nasceu em 1976 em Budapest. Estudou filosofia e história e teoria do cinema na Academia de Cinema e Teatro de Budapeste graduando-se em 2006. Desde então é membro da European Film Academy. O seu filme Zárás (Closing Time) estreou-se no Festival de Veneza e foi seleccionado para mais de 30 festivais de cinema, tendo ganho uma dúzia de prémios. A sua segunda curta metragem, Before Dawn esteve em competição no festival de Cannes em 2005, tendo ganho o Prémio do Jurí no festival de Sundance e o European Film Academy Prix UIP para melhor curta europeia em 2006. Before Dawn foi seleccionada para 140 festivais e recebeu 30 prémios. A sua curta mais recente A Repülés Története (The History of Aviation) estreou em Cannes em 2009 na Quinzena dos Realizadores.
[CI+CN] Júri Competição Internacional e Nacional International and Portuguese Competition Jury
Katell Quillévéré
17
[CI+CN] Júri Competição Internacional e Nacional International and Portuguese Competition Jury
Desde então foi seleccionada para 40 festivais de todo o mundo.
18
Bálint Kenyeres was born in 1976 in Budapest. After studying philosophy, film history and film theory, he graduated as a film director at the Budapest Film and theatre academy in 2006. Since then he is a member of the European Film academy. His film Zárás (Closing Time) was premiered at the Venice Film Festival and got selected at more than 30 other film festivals, won a dozen awards. His second short Before Dawn was in competition at the Cannes Film Festival in 2005, won a jury prize at Sundance and got the European Film Academy Prix UIP for the best European short in 2006. It was selected at 140 festivals, won 30 awards. His latest short A Repülés Története (The History of Aviation) was premiered in Cannes at the director’s Fortnight in 2009. Since then it’s been selected at 40 film festivals all over the world.
Manuel Mozos
Nascido em Lisboa, em 1959. Diploma da Escola de Cinema de Lisboa. Especialização em Montagem (1981-84). Colaborou em algumas produções e espectáculos musicais, bem como em diversas publicações. Trabalhou em teatro como assistente de encenação e foi júri em alguns festivais de cinema e monitor em Oficinas de Cinema. Trabalha no sector de identificação de materiais fílmicos do A.N.I.M. (Arquivo Nacional de Imagens em Movimento - Cinemateca Portuguesa - Museu do Cinema), desde Janeiro de 2001. Trabalha em Cinema, desde 1982, como montador, assistente de realização, anotador, argumentista e intérprete, e ainda como realizador de ficções, documentários, vídeo clips, de que são exemplo, Um Passo, Outro Passo e Depois…; Xavier; Quando Troveja, 4 Copas; Lisboa no Cinema - Um ponto de Vista; Cinema Português (…)? Diálogos com João Bénard da Costa; José Cardoso Pires - Diário de Bordo; Os Tristes Anos: História do Cinema Português; Olhar o Cinema Português (1896-2006); Aldina Duarte: Princesa Prometida; Ruínas. Manuel Mozos was born in Lisbon in 1959 and graduated from Escola de Cinema de Lisboa after specialising in editing (1981-84). He collaborated in several productions and music shows as well as in different publications. Mozos also worked in theatre as assistant set designer. He was a member of several juries in film festivals and led a number of film workshops. Since 2001, he has worked in the film identification department at A.N.I.M. (Arquivo Nacional de Imagens em Movimento - Cinemateca Portuguesa - Museu do Cinema) Since 1982, he has worked in several films as editor, assistant director, scriptwriter and actor; he has also worked as feature, documentary and music video director: Um Passo, Outro Passo e Depois…; Xavier; Quando Troveja, 4 Copas; Lisboa no Cinema - Um
ponto de Vista; Cinema Português (…)? Diálogos com João Bénard da Costa; José Cardoso Pires - Diário de Bordo; Os Tristes Anos: História do Cinema Português; Olhar o Cinema Português (1896-2006); Aldina Duarte: Princesa Prometida; Ruínas.
Depois de estudar na Ecole Nationale Supérieure des Arts Décoratifs (Paris) e de fazer pesquisa no Palais de Tokyo, Ariane Michel começou a realizar filmes. Primeiro fez curtas metragens que eram mostradas em contextos de instalação e performance mas que por vezes foram mostradas em festivais de cinema. A sua mais recente longa metragem, “Les Hommes”, recebeu o Grande Prémio da Competição Francesa no FID de Marselha em 2006. O filme pretende oferecer ao público uma experiência perceptiva. Na maior parte dos seus filmes, a presença de animais e de paisagens é um dispositivo para apreender o mundo. Assim, visto ao lado de uma coruja, de uma morsa ou de uma pedra, o universo assume diferentes formas e temporalidades e a imersão no filme provoca uma pequena reorganização da percepção. Ariane Michel é representada pela galeria, Jousse Entreprise, Paris. After studying at Ecole Nationale Supérieure des Arts Décoratifs (Paris) and doing research at Palais de Tokyo, Ariane Michel started making films. First she made short films that were featured in installation and performance contexts but which were sometimes shown at festivals. Her recent feature “Les Hommes” received the Great Prize of the French Competition at FID Marseille, in 2006. The film aimed to offer audiences a perceptive experience. In most of her films the presence of animals and landscapes is a device for capturing the world. Therefore, seen next to an owl, a walrus or a stone, the universe takes up different shapes and time frames and the immersion in the film provokes a small reorganisation of perception Ariane Michel is represented by the gallery, Jousse Entreprise, Paris.
João Fernandes
Director do Museu de Arte Contemporânea de Serralves Conclui em 1985 uma Licenciatura em Línguas e Literaturas Modernas na Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Conclui a parte lectiva do Curso de Mestrado em Fonologia Portuguesa da Universidade de Lisboa em 1992. Entre 1987 e 1995, é professor e investigador em Estudos Linguísticos no Instituto Politécnico do Porto. Entre 1992 e 1996, organizou como comissário independente três edições das Jornadas de Arte Contemporânea do Porto. Comissariou igualmente neste período outras exposições realizadas em Portugal, Espanha e França.
Organizou e comissariou as representações portuguesas na 1ª Bienal de Arte de Joanesburgo (1995), na 24ª Bienal de Arte de São Paulo (1998) e na 50ª Bienal de Veneza (2003). Foi membro de vários júris de Prémios de Artes Visuais. É membro do IKT (Internationale Kunstausstellungsleiter - Tagung). É, desde Fevereiro de 2003, Director do Museu de Arte Contemporânea da Fundação de Serralves, no Porto, no qual desempenhara já as funções de Director Adjunto entre 1996 e 2003. Tem comissariado numerosas exposições individuais e colectivas com artistas portugueses e estrangeiros. Tem igualmente publicado textos seus sobre vários artistas do nosso tempo. Director of Serralves - Museum of Contemporary Art. He finished, in 1985, a graduation in Modern Languages and Literature at University of Porto. He has frequency in the Master in Portuguese Phonology at University of Lisboa. Between 1987 and 1995, he was a professor and researcher in Languages Studies at Polytechnic Institute of Porto. Between 1992 and 1996, he organized, as independent curator, three editions of Contemporary Arts Days, at Porto. He also was curator, in this period, of several exhibitions in Portugal, Spain and France. He organized and was curator of: the Portuguese representation in the 1st Biennale of Art In Johannesburg (1995), the 24th Biennale of Art of São Paulo (1998), and the 50th Biennale of Venice. He was a member of several juries of Visual Art Prizes. He is a member of IKT (Internationale Kunstausstellungsleiter - Tagung). He is, since February 2003, Director of Serralves - Museum of Contemporary Art, in which he had already been Deputy Director, between 1996 and 2003. He has been curator of several solo and group exhibitions of Portuguese and non-Portuguese artists. He has also published texts about artists of our time.
António Rodrigues
[XP] Júri Competição Experimental Experimental Competition Jury
Ariane Michel
Membro do Serviço de Programação da Cinemateca Portuguesa. Nesta função, organizou diversos ciclos e catálogos, nomeadamente sobre Jean-Marie Straub, Cinema e Arquitectura, Jean Gabin, Maurice Pialat, Robert Kramer, Douglas Sirk, Raymond Depardon, François Truffaut, Pier Paolo Pasolini e o cinema dos anos 60, 70 e 80. Colaborou no “Dictionnaire - 900 Cinéastes Français” (Éditions Bordas) e em “Journeys of Desire”, sobre os europeus em Hollywood, publicado pelo British Film Institute. Member of the Program Department of the Portuguese Film Archive, acting as curator of several retrospectives and catalogues, such as Jean-Marie Straub, Cinema and Architecture, Jean Gabin, Maurice Pialat, Robert Kramer, Douglas Sirk, Raymond Depardon, François Truffaut, Pier Paolo Pasolini and the cinema from the 60’s, 70’s and 80’s. Collaborated in the “Dictionnaire - 900 Cinéastes Français” (Éditions Bordas) and “Journeys of Desire”, about Europeand in Hollywood, Hollywood, published by the British Film Institute. 19
[VM] Júri Competição Vídeos Musicais Music Video Competition Jury
Pedro Tenreiro
Nasceu no Porto em 1965. Iniciou a sua carreira de DJ em 1981, mantendo-se activo durante quase três décadas que se confundem com alguns dos espaços mais marcantes do país, como o No Sense, o Lux (Porto), a Indústria, o Cais 447, o Aniki Bóbó, o Urban Sound, o Trintaeum, o Frágil, o Lux Frágil, o Passos Manuel, o Pitch (do qual foi um dos fundadores), o Plano B ou o Armazém do Chá, entre outros. É, desde 1994, responsável pelo departamento de A&R da Valentim de Carvalho, tendo editado um número significativo de projectos decisivos da mais moderna música portuguesa, como Blind Zero, Cool Hipnoise, Mind da Gap, Zen, Sequoia, Supernova, Belle Chase Hotel, Mão Morta, Dealema, Balla, Coldfinger, Wray Gunn, X-Wife, J.P. Simões, Legendary Tigerman, Sean Riley and the Slowriders, Rita Redshoes, Os Tornados, Samuel Úria ou Supernada, apenas para citar alguns. Produziu e remisturou discos como Dancin’ Days, Illmatic and Phaser (com Serial) e Mr. Spock (com Alex FX), que viriam a sair em selos britânicos como Noid e Big Bear, e nacionais como Kami’Khazz e Nylon. Pedro Tenreiro was born in Oporto in 1965 and began his career as a DJ in 1981. Over the last three decades Tenreiro has worked in some of Portugal’s leading venues such as No Sense, Lux (Oporto), Indústria, Cais 447, Aniki Bóbó, Urban Sound, Trintaeum, Frágil, Lux Frágil, Passos Manuel, Pitch (co-founder), Plano B, and Armazém do Chá, among others. Since 1994 he has headed Valentim de Carvalho’s A&R department releasing some of the most important groups in modern Portuguese music: Blind Zero, Cool Hipnoise, Mind da Gap, Zen, Sequoia, Supernova, Belle Chase Hotel, Mão Morta, Dealema, Balla, Coldfinger, Wray Gunn, X-Wife, J.P. Simões, Legendary Tigerman, Sean Riley and the Slowriders, Rita Redshoes, Os Tornados, Samuel Úria and Supernada. He has produced and remixed records for Dancin’ Days, Illmatic and Phaser (with Serial) and Mr. Spock (with Alex FX), released through Noid and Big Bear (UK) and Kami’Khazz and Nylon (Portugal).
João Vieira
20
João Vieira aka Dj kitten, formou-se em design e marketing em Londres onde começou a actuar como dj e promotor das festas “club kitten” em finais dos anos 90. Em Portugal, actuou como dj em todos os festivais e teve residência durante vários anos em discotecas como o Lux, Pitch e Teatro Sá da Bandeira.
Em 2004 foi nomeado “dj revelação” nos dance club awards e em 2005 venceu na categoria de melhor dj electro. Vocalista, letrista e guitarrista dos “x-wife”, nomeados ano passado para os mtv awards na categoria de “best Portuguese act”. Trabalha tambem como designer gráfico sendo o autor das capas de toda a discografia dos X-Wife. João Vieira aka DJ Kitten, studied design and marketing in London where he started to deejay and promote “Club Kitten” parties at the end of the 1990’s. He has deejayed in every Portuguese festival and was resident DJ for many years at Lux, Pitch and Teatro Sá da Bandeira. In 2004 he was chosen “best newcomer” at the Dance Club Awards and in 2005 he won “Best DJ Electro”. Singer, lyricist and guitarist with the band X-Wife, who were nominated for “Best Portuguese Band” at the 2009 MTV awards. João Vieira also works as a graphic designer and made all the sleeves for X-Wife’s records.
Paulo Vinhas
Programador cultural, editor, curioso e explorador, nasceu em Guilhabreu (Vila do Conde) em 1966. Co-fundador do projecto Matéria Prima, como plataforma de distribuição e divulgação de edições discográficas, publicações e promoção de eventos e da editora audiovisual Crónica Electrónica. Director e programador dos festivais BRG (Braga), IFI (Pontevedra), Bienal da Maia (2001) e TRAMA (Porto). Estabeleceu a sua base no Porto onde se dedica ao exercício da liberdade, a desenvolver a visão e o paladar e a tornar mais acessível a criação contemporânea. Paulo Vinhas was born in Guilhabreu, Vila do Conde, in 1996 . Vinhas is a cultural programmer a publisher, adventurous and an explorer. Co-founder of the Matéria Prima project, as a platform for distributing and promoting records, specialized books and events. He is also co-founder of Crónica Electronica, an audiovisual publishing company. Director and programmer of several festivals such as BRG (Braga), IFI (Pontevedra), Bienal da Maia (2001) and TRAMA (Oporto). He lives and woks in Oporto.
Rodrigo Areias iniciou os seus estudos em Gestão na Universidade Católica Portuguesa, acabou a licenciatura em Som e Imagem, na Escola das Artes –Especialização em Imagem. (1998 - 2003) Curso de Especialização em Realização Cinematográfica na Tisch School of Arts na Universidade de Nova Iorque e o programa de Produção Eurodoc onde desenvolveu o projecto “Fantasia Lusitana” de João Canijo. Tem desenvolvido, ao longo da sua carreira, trabalhos criativos na área de cinema de autor, alternando com outros trabalhos em domínios de video-arte e vídeo clips para alguns dos melhores nomes da cena rock nacional (The Legendary Tiger Man, Wray Gunn, D3o, Mão Morta, etc.) e diversos outros projectos. Enquanto Produtor, a sua carreira começou em 2001 e produziu mais de 30 curtas-metragens, videos, documentários e longas metragens. Actualmente produz realizadores como Edgar Pêra, João Canijo e F.J. Ossang, jovens realizadores como André Gil Mata, João Rodrigues ou Ricardo Leite, e co-produz com o Brasil, Inglaterra, França, Alemanha e Finlândia. Como realizador acabou recentemente a rodagem da sua segunda longa-metragem e o seu mais recente filme, Corrente, foi galardoado com 10 prémios internacionais. Rodrigo Areias started his studies as a Management student at the Portuguese Catholic University, afterwards he graduated at Sound and Image at the School of Arts and specialized in Image. He also did a Film Direction course at NYU’s Tisch School of Arts, and the Eurodc production training programme developing “Fantasia Lusitana” a film by João Canijo. Throughout his career, Rodrigo Areias has developed creative works in the area of author cinema. He has also worked in the realm of video-art and has directed videoclips for some of the best names of the portuguese rock scene (The Legendary Tiger Man, Wraygunn, d3ö, Mão Morta, etc.), among other projects. As a producer his career started in 2001 and since then has produced and co-produced over 30 short films, videos, documentaries and feature films. Now producing important authors as Edgar Pêra, João Canijo and F.J. Ossang, and young directors as André Gil Mata, João Rodrigues and Ricardo Leite, as well co-producing with Brasil, UK, France, Germany and Finland. As a director, has just finished his second feature film, and his most recent film, Corrente, won 10 international awards.
clubes de Galicia (1984). Durante vários anos ocupou a vice-presidência da Confederación de Cine Clubs do Estado Español. Participou na organização das primeiras Xornadas de Cine e Video en Galicia (XOCIVIGA) sendo coordenador nas edicções de 2002 a 2005. Coordenou a secção “En clave-07” no Festival Internacional de Cine Independiente de Ourense. Actualmente dirige o projecto CINEMAS DIXITAIS da Agencia Audiovisual Galega, Junta de Galiza. Realiza seminários sobre a aplicação da tecnologia digital na exibição audiovisual, dirigida a responsáveis de programação cultural de associações e municípios. Membro do comité de selecção, programador e coordenador de publicações e promoção do Festival de Cine Internacional de Ourense. Participou na produção de “Sempre Xonxa” (1989) de Chano Piñeiro; “Camiño das Estrelas” (1993) de Chano Piñeiro e “A Lenda da Doncella” (1994) de Juán Pinzás; realizou os documentários de montagem: “Carballiño, recuperando as súas imaxes”, “A Veracruz, así se concebíu, así se construíu.”, “Elixio González, reporteiro gráfi co da emigración” e “Pegadas de Muller”. Born in Santiago de Compostela, in 1952. He was one of the founders and impellers of the Federations of Cineclubs of Galicia (1984). For several years, he was vice-president of Confederación de Cine Clubs do Estado Español. He was in the organization of the first Xornadas de Cine e Video en Galicia (XOCIVIGA), and he was coordinator in the editions from 2002 until 2005. He also coordinated the section “En clave-07” at Festival Internacional de Cine Independiente de Ourense. Nowadays, he manages the project CINEMAS DIXITAIS from the Agencia Audiovisual Galega, Junta de Galiza. Organizes seminars for cultural programmers in associations and municipalities about the application of digital technology in audiovisual exhibition. Member of the selection committee, programmer, publication and promotion coordinator at the International Film Festival of Ourense. He participated in the following productions: Sempre Xonxa” (1989) by Chano Piñeiro; “Camiño das Estrelas” (1993) by Chano Piñeiro and “A Lenda da Doncella” (1994) by Juán Pinzás; he directed the documentaries “Carballiño, recuperando as súas imaxes”, “A Veracruz, así se concebíu, así se construíu.”, “Elixio González, reporteiro gráfi co da emigración” and “Pegadas de Muller”.
[TO] Júri Take One! Jury
Rodrigo Areias
João Garção Borges
Anxo Santomil
Nasceu em Santiago de Compostela em 1952. Foi um dos impulsores e fundadores da Federação de Cine
Nasceu em Lisboa, a 15 de Julho de 1956. Curso Superior de Cinema do Conservatório Nacional de Lisboa. Realização e montagem de várias curtas metragens, series de televisão e documentários desde 1977. Produção das longas-metragens A ILHA DOS AMORES, de Paulo Rocha, 1976, e MANHÃ SUBMERSA, de Lauro António, 1978. Produziu, realizou e montou diversos documentários especiais sobre cinematografias pouco divulgadas
21
Júri Onda Curta Jury
como o cinema árabe no início dos anos 90. Responsável pela programação de cinema do Canal 2 da RTP (1990-92), da RTP Internacional (1992-94) e da rubrica CINEMA PORTUGUÊS da RTP2 (1994-98). Membro da equipa fundadora da RTP Internacional, primeiro canal satélite da RTP. Entre 1994-1998, como Chefe de Departamento da Direcção Coordenadora de Informação e Programas, foi responsável pela produção de ficção nacional da RTP, pelas co-produções nacionais e internacionais, incluindo alguns documentários de natureza cinematográfica, pela produção e co-produção de programas de Teatro, e pela autoria de diversos projectos originais, entre outros, os programas ONDA CURTA e NOITES CURTAS do ONDA CURTA, actualmente em exibição na RTP2. Crítico de cinema na Imprensa, Rádio e TV. Membro da FIPRESCI, Federação Internacional da Imprensa Cinematográfica. Fundador dos Prémios RTP e coordenador dos prémios RTP-ONDA CURTA. Born in Lisbon, on July 15, 1956. Graduated in Cinema at Conservatório Nacional de Lisboa. Director and editor of several short films, TV series and documentaries since 1977. Production of the feature films A Ilha Dos Amores, by Paulo Rocha, 1976 and Manhã Submersa by Lauro António, 1978. He worked on the production and direction of short, medium and feature films. In the early 1990’s he produced, directed and edited several special documentaries about less known filmographies, such as Arab cinema. Responsible for film programming on RTP’s Channel 2 (1990-1992), RTP International (1992-1994) and for the program Cinema Português on RTP2 (1994-1998). He was one of the founding members of RTP Internacional, RTP’s first satellite channel. Between 1994 and 1998 he was responsible for the production of Portuguese fiction at RTP, for Portuguese and international co-productions, including some film related documentaries, theatre programmes and for the authorship of several original projects, such as Onda Curta, and Noites Curtas Do Onda Curta, currently on RTP2. Film critic for newspapers, radio and TV. Member of FIPRESCI, International Federation of Film Press. Founder of RTP Awards and coordinator of RTP-Onda Curta Awards.
Juan Escudero
22
Juan Escudero é licenciado em Engenharia de Telecomunicações. Em 2006 fundou a “Some Like It Short, S.L.”, uma empresa especializada na distribuição e venda para todo o mundo de curtas metragens de ficção, animação, experimentais e documentais. Em 2010 a “Some Like It Short” lançou o seu próprio canal de vendas, uma Plataforma na Internet (loja online) que disponibiliza um amplo catálogo de curtas metragens clássicas e contemporâneas tanto em formato DVD (à la carte) como através do sistema video‑on‑demand (VoD).
Nestes últimos cinco anos Juan Escudero tem colaborado com o Cinema Jove International Film Festival em Valencia como programador de curtas metragens. Juan Escudero graduated in Telecommunication Engineering. In 2006 he founded Some Like It Short, S.L., a company specialised in the distribution and selling of international fiction, animation, experimental and documentary short films worldwide. In 2010 Some Like It Short launched its own sales channel, an Internet Platform (online shop) for selling a comprehensive collection of classic and contemporary short films in DVD format (à la carte) and through video-on-demand (VoD). Juan has been collaborating over the last 5 years with Cinema Jove International Film Festival in Valencia as a progammer of short films.
Davide Freitas
Nasceu na Madeira em 1972. Estudou Economia na Faculdade de Economia da Universidade do Porto e, em pós graduação, Gestão Cultural. A sua actividade profissional começa em 1997 como Produtor Executivo na Filmógrafo, desempenhando funções de organização, planeamento e gestão técnica e financeira da produção até 2002. Foi membro fundador e, entre 1999 e 2002, vicepresidente da Direcção da Casa da Animação. Desde 2003 integra a equipa da Agência da Curta Metragem onde desempenha funções de promoção, divulgação e vendas de curtas metragens portuguesas. Desde 2004 é o responsável técnico das vídeo-instalações na SOLAR - Galeria de Arte Cinemática. Contribui para a programação da Animar, organizada pela Curtas Metragens CRL, desde a sua primeira edição. Born in Madeira in 1972, Davide Freitas studied Economics at Universidade do Porto and he post-graduated in Cultural Management. His professional activity started in 1997 as an executive producer for Filmógrafo, where his tasks included planning and technical and financial production management ,until 2002. He was a founding member of Casa da Animação and between 1999 and 2002 he was its vice-president. From 2003 he has been a member of the Agência da Curta Metragem team where he carries out the promotion and sale of Portuguese short films. Since 2004 he has been in charge of technical support for video-installations at SOLAR - Cinematic Art Gallery, in Vila do Conde. He collaborates programming Animar, another event organized by Curtas Metragens CRL, since its first edition.
INTERNATIONAL COMPETITION
[CI] Competição Internacional International Competition
COMPETIÇÃO INTERNACIONAL
CI1
COOKED COZINHADO
Jens Blank, 2010 Reino Unido United Kingdom, ANI, 06’38’’, Video, COL
[CI1] Competição Internacional International Competition
Num ginásio/sauna do Ártico surge um triângulo amoroso improvável entre uma Morsa, uma Foca e uma Lagosta. An improbable love triangle springs in a Arctic Gym/ Sauna between a Walrus, a Seal and a Lobster. Produção Production Tom Leggett, NFTS, +44781211996 Contacto de Cópia Copy Contact Hemant Sharda, NFTS, +441494731457, festivals@nfts.co.uk, http://nfts.co.uk Argumento Script Caroline Bruckner Fotografia Photography David Liddell Montagem Editing Una Gunjak Som Sound Jussi Honka Animação Animation Chris Ikimi, Alexandre Allain, Jens Blank, Shi Qian, Anna Benner, Matthew Payne Filmografia Filmography A MATTER OF IDENTITY, 2006; LUNAR ECLIPSE, 2007
DE ANDRE O OUTRO THE OTHER ONE
Hisham Zaman, 2009 Noruega Norway, FIC, 18’, 35mm, COL
Um homem conduz em direcção a uma festa numa noite fria de Inverno. Subitamente o seu carro bate em alguém, ele entra em pânico e foge. De volta à sua garagem tenta apagar todos os vestígios do acidente. Contudo, quando algo inesperado aparece no carro, a tarefa torna-se difícil. A man is driving through a winter landscape. All of a sudden, his car hits someone, and he flees the scene in panic. Back in his garage, he attempts to conceal all trace of the accident. But when something unexpected turns up in the car, it becomes harder to run.
24
Produção Production Pål Røed · Ruben Thorkildsen · Hisham Zaman, Ape&Bjørn AS Contacto de Cópia Copy Contact Toril Simonsen, NFI, +4722474500, ts@nfi.no, http://www.nfi.com Argumento Script Hisham Zaman Fotografia Photography John Christian Rosenlund Montagem Editing Jon Endre Mørk, Joakim
CI1
Schager Som Sound Carl Svensson Música Music David Rye Actores Main Actors Fridjov Såheim Filmografia Filmography THE BRIDGE, 2003; THE ROOF, 2004; BAWKE, 2005(14 Curtas Vila do Conde, 2006); WINTERLAND, 2007.
BLOKES BLOCOS BLOCKS
Marialy Rivas, 2010 Chile, FIC, 15’, 35mm, COL Produção Production Brian Coffey · James Lees, Sigma Films, http://www.sigmafilms.com Contacto de Cópia Copy Contact Brian Coffey, Sigma Films, +441414450400, brian@sigmafilms.com, http://www.iloveluci.com Argumento Script Colin Kennedy Fotografia Photography Benjamin Kracun Montagem Editing Jake Roberts Actores Main Actors Camilla Rutherford, Colin Harris, Jimmy Chisholm, Sanjeev Kohli, Martin Docherty, Leo Horsefield, Wilson
OF HALLAM FOE, miniDV, 2007; YOU CAN DO ATHLETICS, BTW FOR WE ARE THE PHYSICS, HDV, music video, 2008.
Santiago, Chile, 1986. Luchito, um rapaz de 13 anos, masturba-se em casa enquanto contempla obsessivamente Manuel, o seu vizinho de 16 anos do prédio em frente. Sem ter consciência de que está a ser observado, Manuel descobre a sexualidade com uma rapariga do bairro. As janelas tornam-se num mundo cinematográfico erótico que desperta a curiosidade de Luchito, com consequências desastrosas para Manuel.
¿DONDE ESTA KIM BASINGER? Edouard Deluc, 2009 França France · Argentina, FIC, 28’27’’, 35mm, BW
Santiago, Chile, 1986. Luchito, a 13-year-old boy, masturbates while he obsessively contemplates Manuel, his 16-year-old neighbor, whom he can see standing by a window in an adjacent project building. Oblivious of the gaze of his precocious voyeur, Manuel discovers his sexuality with a girl from the neighborhood. The window turns into an erotic cinematographic world that awakens a curiosity in Luchito, with disastrous repercussions for Manuel. Produção Production Juan De Dios Larrain, Fabula Contacto de Cópia Copy Contact Juan De Dios Larrain, Fabula, +5623440908, juandedios@fabula.cl, http://www.fabula.cl Argumento Script Marialy Rivas, Rodrigo Bellott Montagem Editing Danielle Fillios Som Sound Cristian Freund Actores Main Actors Pedro Campos, Alfonso David, Paula Zuñiga
Marcus e o seu irmão Antoine acabam de aterrar na Argentina. Vêm para passar uns dias por ocasião do casamento do seu primo e esperam divertir-se a descobrir os prazeres de Buenos Aires. O problema é que Antoine está completamente deprimido pois a mulher que ama acabou de o abandonar. Marcus está decidido a animá-lo.
[CI1] Competição Internacional International Competition
Filmografia Filmography WELCOME TO THE BEAUTIFUL NIGHTMARE: MAKING
Filmografia Filmography SMOG (co-direction), 2000.
I LOVE LUCi EU AMO A LUCi
Colin Kennedy, 2009 Reino Unido United Kingdom, FIC, 12’30’’, 35mm, COL
“Eu amo a Luci” é uma comédia sobre perda de dentes, amor não correspondido e a capacidade de um cão para mudar a sorte de um casal que não estava destinado a existir como tal. “I Love Luci” is a comedy of missing teeth, unrequited love and one dog’s potential to shape the fortunes of a couple destined never to be together.
Marcus and his brother Antoine land in Argentina to celebrate their cousin’s wedding and to discover the pleasures of the capital, Buenos-Aires. Marcus is joyful, while Antoine, who has just been dumped, is completely down. Marcus is well decided to cheer up his little brother. Produção Production Emmanuel Agneray · Jérôme Bleitrach · Nicolas Avruj, Bizibi Contacto de Cópia Copy Contact Emmanuel Agneray, +33143471506, elbizibi@free.fr Argumento Script Edouard Deluc, Olivier de Plas, David Roux Fotografia Photography Leandro “Negro” Filloy Montagem Editing Marie-Jo Audiard Som Sound Damian Montes Calabro Música Music Herman Dune Actores Main Actors Philippe Rebbot, Yvon Martin Filmografia Filmography BAS LES IDÉES PRÉCONÇUES SUR LA VIE EN GÉNÉRAL, video, 1995; ENVIE, Super 8, 1996; PETITS ENFERS, FIC, 15’, 35mm, 1997; JE N’AI JAMAIS TUÉ PERSONNE, FIC, 20’, 35mm, 2002.
25
CI2
DEN SÖMNIGA REVOLUTIONEN A REVOLUÇÃO DO SONO THE SLEEPY REVOLUTION
Johanne Fronth-Nygren, Klara Swantesson, 2009 Suécia Sweden, ANI, 08’47’’, 35mm, COL
Each summer, a crowd of Ernest Hemingway double meet in Key West, Florida, to choose “the authentic Hemingway”. One day in 1924 the real Ernest Hemingway also wanted to be someone else. Produção Production Sergio Oksman, Documenta Films, soksman@gmail.com, http://www.notesontheother.com Contacto de Cópia Copy Contact Milán Vázquez Ortiz, Freak Short Film Agency, +34927248248, milan@agenciafreak.com, http://www.agenciafreak.com Argumento Script Carlos Muguiro, Sergio Oksman Fotografia Photography Daniel Sosa Montagem Editing Sergio Oksman Som Sound Carlos Bonmatí Música Music Manuel Campos Filmografia Filmography IRMÃOS DE NAVIO, 58’, 1996; RONALDO: A FLIGHT MANUAL, 42’ 1998; PELÉ - THE MATCH OF THE CENTURY, 30’, 1999; AZNARALMUNIA: DIARIO DE CAMPAÑA, 58’, 2000; VOTO BLANCO, 56’, 2001; RESTOS DE NOCHE, 50’, 2001; GAUDÍ EN LA FAVELA, 45’, 2002; LA ESTETICIÉN, 113’, 2004; BENFICA NA MEMORIA, 50’, 2004; MARIZA, MEU FADO, 50’, 2005; GILBERTO GIL:
[CI2] Competição Internacional International Competition
UN MINISTRO EN DIRECTO, 50’, 2006; GOODBYE, AMERICA, 72’, 2007.
Esta é a história de uma revolução desconhecida. No século XVIII, nasceu a noite como hoje a conhecemos e desapareceram as longas e escuras noites de sono com a sua meia‑noite mística. Pretendemos agora manter o sono num mínimo eficiente mas alguns estudos mostram que, se nos for dada a oportunidade, rapidamente voltamos ao antigo padrão de sono. Qual é então a forma “natural” de dormir?
DEEPER THAN YESTERDAY CADA DIA MAIS FUNDO
Ariel Kleiman, 2009 Austrália Australia, FIC, 19’43’’, 35mm, COL
In the eighteenth century the mystical midnight hour disappeared and the modern night was born. We now aim to keep sleep at an efficient minimum, but experiments show that we quickly return to the old sleep pattern if given the opportunity. So what is the “natural” way to sleep? Produção Production Uzzi Geffenblad, Zigzag Animation, http://zigzag.se Contacto de Cópia Copy Contact Andreas Fock, +4686651134, andreas.fock@sfi.se, http://www.sfi.se Argumento Script Klara Swantesson, Johanne Fronth-Nygren Som Sound Leif Westerlund Música Music Eske Nørrelykke Animação Animation Johan Sonestedt, Veronica Wallenberg, Klara Swantesson Filmografia Filmography FIRST FILM.
NOTES ON THE OTHER APONTAMENTOS SOBRE O OUTRO
Sergio Oksman, 2009 Espanha Spain, DOC, 13’, 35mm, COL
Após três meses de submersão, os homens comportam-se como selvagens. Oleg teme que a perda de objectividade possa significar perder-se a si mesmo. After three months submerged underwater, the men have become savages. Oleg fears that losing perspective may mean losing himself. Produção Production Benjamin Gilovitz · Anna Kojevnikov · Sarah Cyngler, Stoolpigeon, Contacto de Cópia Copy Contact Ariel Kleiman, +61422436318, ari@stoolpigeon.com.au, http://www.stoolpigeon.com.au Argumento Script Ariel Kleiman Fotografia Photography Peter Eastgate Montagem Editing Ariel Kleiman Som Sound John Kassab Música Music Maxwell Riess Actores Main Actors Albert Goikhman, Nikolai Nikolaeff, Dmitri Pronin, Timur Safiullin, Alec K, Eugene Kravets, Eldar Atakulov, Sergey Sulima, Leonid Gankin, Sergei Klinger, Victor Pinchuk, Igor Gesh, Evgeny Muchkaev, Vlady T, La-Ra Hinckeldeyn Filmografia Filmography THE COMUNICATOR, 2007, 11’21’’, Beta SP, 2008; SUBMISSON, 08’15’’, miniDV, 2007; LUNCH, 03’17’’ 16mm, 2007; LOGMAN, 04’58’’, 16mm, 2008; A LITTLE OFF THE TOP, 02’43’’, 35mm, 2008; YOUNG LOVE, 6’52’’, 2008.
26
Cada Verão, uma multidão de sósias de Ernest Hemingway encontram-se em Key West, na Florida, para eleger “o autêntico Hemingway”. Um dia de 1924, em Pamplona, o verdadeiro Ernest Hemingway também quis ser outro…
A INVENCÍVEL IGNORÂNCIA THE INVINCIBLE IGNORANCE
Émilie Ausell, 2009 França France, FIC, 20’40’’, 35mm, COL
Noé e Elie mudam-se para uma casa no topo de uma colina perto do litoral, em Marselha. Na casa encontram coisas que pertenceram aos antigos habitantes. Entre elas está o diário de uma adolescente, gravado numa cassete. Neste, a rapariga fala das suas emoções, da sua primeira história de amor e revela um estranho jogo que fazia com o seu grupo de amigos. Noe and Elie move into a house on the top of a hill, at the extreme border of Marseille. Stuff have been left by the previous owners. Among them, there is the diary of a teenager, recorded on tape. The girl tells us about her first love story, about how she hangs out with her friends and reveals the strange group’s game. Produção Production Thomas Ordonneau, Shellac Sud, +33495049592, shellac@altern.org, www.shellac-altern.org Contacto de Cópia Copy Contact L’Agence Du Court Métrage, +3314491660, info@agencecm.com, http://www.agencecm.com Argumento Script Émilie Aussel Fotografia Photography Pascal Montary Montagem Editing Enrica Gattolini Som Sound Josefina Rodriguez Música Music Liars Actores Main Actors Slimane Yefsah, Cécile Giraud, Florent Bel, Attila Toth Filmografia Filmography SCRUBBING, super 16, 7’, 2004; LE SOURIRE, video
Produção Production Thierry Zamparutti, Ambiances Contacto de Cópia Copy Contact Thierry Zamparutti Ambiances, +3281739720, info.ambiances@skynet.be Argumento Script Nicolas Bruyelle Fotografia Photography Juan Cristobal Fontes Salinas Montagem Editing Julie Naas Som Sound Julien Mizac Música Music Loïc Bodson Actores Main Actors Charles Blistin, Cédric Eeckhout, Xavier Seron, Loïc Bodson, Constance Rousseau Filmografia Filmography RETOUR, FIC, 35mm, 17’40’’, 2006.
CI2
[CI2] Competição Internacional International Competition
L’IGNORANCE INVINCIBLE
brother, very good guitarist, who supports Fabien in his passion; on the other, Luc, dedicated guitarist of the group, Fabien’s best friend. When Mathieu, the group leader singer decides to stop the band and takes Bertrand in his new musical project, Fabien feels trapped between his blood brother and his spiritual brother. And then, there is Anna…
DV, 13’, 2004; PRIS AU SOUFFLE > PRIS, super 16, 15’, 2005; BLADE AFFECTION, video installation, DVD, 40’, 2006; HOOVER, video installation, DVD, 2006; L’APPARTEMENT, video, 12’, 2007; EDENVILLE, DVD, 16’, 2008; L’IGNORANCE INVINCIBLE, 35mm, 21’, 2009.
GUITAR HEROES Nicolas Bruyelle, 2009 Bélgica Belgium, FIC, 17’, 35mm, COL
Fabien é um jovem apaixonado da guitarra, tímido e reservado. Ele é roadie de uma pequena banda de rock à beira da ruptura. Fabien encontra-se dividido. De um lado, está Bertrand, o seu irmão mais velho e veterano guitarrista, que o apoia na sua paixão. Do outro, está Luc, guitarrista titular da banda e o seu melhor amigo. Quando Mathieu, o vocalista líder do grupo, decide formar uma nova banda e levar com ele Bertrand, Fabien sente-se encurralado. E depois, existe Anna... Fabien is a young passionate guitarist, reserved and shy. He’s the roadie of a little rock band on the brink of failure. On the one hand, there is Bertrand his big
27
CI3
THE HENHOUSE A CAPOEIRA
Elena Pomares, 2010 Reino Unido United Kingdom, ANI, 06’34’’, Video, COL
iour becomes increasingly distressed and eccentric. “Believe” captures a desperate journey of undying love, played out against beautifully isolated highland landscapes. Produção Production Rhianna Andrews, Young Films Contacto de Cópia Copy Contact Rhianna Andrews, Young Films, +441471844444, rhianna@youngfilms.co.uk, http://www.youngfilms.com Argumento Script Paul Wright Som Sound Gunnar Askarsson Música Music Hector MacInnes & Gunnar Óskarsson Actores Main Actors Michael Smiley, Kate Dickie, Paul Thomas Hickey Filmografia Filmography HIKIKOMORI, FIC, 2007; BELIEVE, FIC, 2009; UNTIL THE RIVER RUNS RED, FIC, 2010.
Uma raposa esfomeada abriga-se da chuva e do ruído da cidade num pequeno café chamado “A Capoeira”...
MAYBE SIAM Christoph Girardet, Matthias Müller, 2010 Alemanha Germany, EXP, 12’20’’, Video, COL BW
[CI3] Competição Internacional International Competition
A hungry fox finds shelter from the rain and the city at the Henhouse cafe. Produção Production Poss Kodeatis, NFTS Contacto de Cópia Copy Contact Hemant Sharda, NFTS, +441494731457, festivals@nfts.co.uk, http://www.nfts.com Argumento Script Elena Pomares Fotografia Photography Phil J. W. Moreton Montagem Editing Duncan Bruce Som Sound Duncan Price Música Music Paul Pringle Animação Animation Elena Pomares Filmografia Filmography FIRST FILM.
BELIEVE ACREDITAR
Paul Wright, 2009 Reino Unido United Kingdom, FIC, 20’, 35mm, COL
“They call me a dreamer, well maybe I am. But I know that I’m burnin’ to see Those far away places with the strange-soundin’ names Callin’, callin’ me.” Produção Production Christoph Girardet · Matthias Müller Contacto de Cópia Copy Contact Christoph Girardet, girardet@freenet.de Filmografia Filmography [Christoph Girardet] SCHERTKAMPF, 3’20’’, video, 1991; RANDOM CUTS, 3’30’’, video, 1993; FIEBERROT, 3’20’’, video, Betacam, 1993. UP-CURRENT, 8’, videoinstallation,1994. GROUNDED SKY with Volker Schreiner, 1994; SUBSOIL with Volker Schreiner, 1996. RELEASE, 9’30’’, video, 1996; OFFTEXT, 120’’, video, 1997; DELETED, 15’, videoinstallation, 1997; NO FOREVER (GOLDEN), 10’, video, 1997; EXIT, 12’, videoinstallation, 1997; UNITY-HARMONY, videoinstallation, 1998; HALF SECOND HAND, 7’, video 1997; SQUAW’S HEAD ROCK, 25’, videoinstallation, 1999; PHOENIX TAPES, with Matthias Müller, 45’, video, 1999 (15 Curtas Vila do conde, 2007); BURDEN OF PROOF; 8’, 1999 (15 Curtas Vila do Conde, 2007); DIALOGUE with Volker Schreiner, 1999; DERRAILED, 8’, 1999 (15 Curtas Vila do conde, 2007); ENLIGHTEN, 5’10’’, video, 2000; SCRATCH, 4’45’’, video, 2001 (12 Curtas vila do Conde, 2002); DELAY, 3’30’’, videoinstallation, 2001; 7:48, videoinstallation, 2001; BEACON with Matthias Müller, 15’, video, 2002 (10 Curtas Vila Conde, 2002); MANUAL with Matthias Müller, 10’, video, 2002 (10 Curtas Vila do Conde, 2002), 60 SECONDS (ANALOG), 60’’, videoinstallation, 2002
“Believe” é a história de Lewis, um homem que enviuvou recentemente da sua mulher, Janice. Incapaz de aceitar a sua morte e a realidade da vida sem ela, o seu comportamento torna-se progressivamente mais angustiado e excêntrico. “Believe” documenta uma jornada desesperada de amor eterno no cenário maravilhoso das paisagens remotas das Highlands (Escócia).
(11 Curtas Vila do Conde, 2003); ABSENCE, 8’30“, video, 2002; PLAY with Matthias Müller, 6’, video, 2003 (12 Curtas Vila do Conde, 2004); MIRROR with Matthias Müller, 8’, 35mm/video, 2003 (12 Curtas Vila do Conde, 2004); FICTION ARTISTS with Volker Schreiner, 45’, video, 2004 (13 Curtas Vila do Conde, 2005); PORTRAIT, 4’, video, 2004. RAY with Matthias Müller, 1’, video, 2004; CATCH with Matthias Müller, 1’, video, 2005; GROUND with Matthias Müller, 45’’, video, 2005; KRISTALL with Matthias Müller, 2006 (14 Curtas Vila do Conde, 2006); HIDE with Matthias Müller, 2006; TRACKS with Matthias Müller, videoinstallation, 2008; BLINDED
28
“Believe” is the story of Lewis, a man recently widowed following the death of his wife Janice, Unable to accept her death and the reality of life without her, his behav-
with Matthias Müller, 35mm, 2008; NERO, video, 2006; THE MURDER OF GROMEK, soundinstallation, 2006; PIANOFORTE, video, 2007 (16 Curtas Vila do Conde, 2008); STORYBOARD video, 2007 (16 Curtas Vila do Conde); COLOSSEO,
video, 2008; VOLCANO, videoinstallation, 2008; CONTRE-JOUR, 2009 (17 Curtas Vila do Conde, 2009). [Matthias Müller] AUS DER FERNE, 16mm, 28’, 1989; HOME STORIES, 16mm, 6’, 1990 (4 Curtas Vila do Conde, 1996); SLEEPY HAVEN, 16mm, 14’, 1993; STERNENSCHAUDER, 16mm, 2’, 1994; ALPSEE, 16mm, 15’, 1994 (15 Curtas Vila do Conde, 2007); PENSÃO GLOBO, 16mm, 15’, 1997; VACANCY, 16mm, 15’, 1998 (7 Curtas Vila do Conde, 1999); BURDEN OF PROOF; 8’, 1999 (15 Curtas Vila do Conde, 2007; DERRAILED, 8’, 1999 (15 Curtas Vila do conde, 2007); PHOENIX TAPES, 45’, video, 1999 (15 Curtas Vila do conde, 2007); NEBEL, 35mm, 12’, 2000 (9 Curtas Vila Do Conde, 2001); BREEZE, 35mm, 1’, 2000 (12 Curtas Vila do Conde, 2004); PHANTOM, 5’, video, 2001; MANUAL with Christoph Girardet, 10’, video, 2002 (10 Curtas Vila do Conde, 2002); CONTAINER, 26’, video, 2001; PICTURES, 2’, video, 2002; BEACON with Christoph Girardet, 15’, video, 2002(10 Curtas Vila do Conde, 2002); YOKOHAMA MERRY-GO-ROUND, SHIBUYA CROSSING, 2003 (11 Curtas Vila do Conde, 2003); PROMISES, 8’, video, 2003; PLAY with Christoph Girardet, 7’, video, 2003 (12 Curtas Vila do Conde, 2004); MIRROR with Christoph Girardet, 30’’, 35mm/video, 2004 (12 Curtas Vila do Conde, 2004); ALBUM, 24’, video, 2004
even omnipresent Lenin’s monuments do not interfere with the harmony. Rural inhabitants there live as their ancestors used to live centuries ago, they work hard, milk their cows and talk how imperfect the word has become. The dialogues sound not old-fashioned but eternal. These old people are quite content with their life and wait submissively for death to come but still appreciate very much the fact they get their pension regularly. And they are also sure it happens only thanks to the President Lukashenko. Fifteen years ago this former leader of the Soviet agricultural farm was elected at the open and fair elections by the majority of Belarusians who felt he was just like them. Since then, Lukashenko has become a real Belarusian destiny: no democratic elections have taken place any more and Belarus has started its existence in the heads of Europeans as the ‘last dictatorship in Europe’.
CI3
CATCH, 1’, video, 2005; GROUND, 45’’, video, 2005 (14 Curtas Vila do Conde, 2006); KRISTALL with Christoph Girardet, 14’30’’, video, 2006 (14 Curtas Vila do Conde, 2006); HIDE, 7’40’’, video, 2006; BLINDED, 12’, 35mm, 2008; TRACKS, 22’, videoinstallation, 2008; CONTRE-JOUR, 2009 (17 Curtas Vila do Conde, 2009).
VOSTRAU BELARUS
Produção Production Victor Asliuk Contacto de Cópia Copy Contact Victor Asliuk, +375172619550, victorasliuk@hotmail.com Argumento Script Victor Asliuk, Volha Dashuk Fotografia Photography Anatol Kazazaeu, Ivan Hancharuk Som Sound Uladzimir Mirashnichenka Música Music Victor Kapycka Filmografia Filmography TEARS OF PRODIGAL SON, 1995; ANDREW’S STONES, 2000; WE ARE SINNERS, DOG, 2001; WE ARE LIVING ON THE EDGE, 2002
ILHA BIELORRÚSSIA ISLAND BELARUS
Victor Asliuk, 2009 Bielorrússia Belarus, DOC, 52’, Video, COL
(11 Curtas Vila do Conde, 2003, Prize Best Documentary); KOLA (THE WHEEL), 2003 (12 Curtas Vila do Conde, 2004); SULTAN FROM ODRYNKI, 2004; BLACK AND WHITE, 2005; MYSTERIOUS LAND, 2006; MARIA, 2007; WALTZ, 2008; ROBINSONS OF MANTSINSAARI, 2009.
[CI3] Competição Internacional International Competition
(13 Curtas Vila do Conde, 2005); RAY with Christoph Girardet, 1’, video, 2004;
A Bielorrússia é um país do passado, de um passado nostálgico e peculiar. As paisagens são pitorescas e idílicas e nem os monumentos a Lenine, omnipresentes, interferem com a harmonia. Os habitantes das zonas rurais vivem como os seus antepassados viviam há séculos atrás, trabalham arduamente, mungem as suas vacas e falam sobre o quão imperfeito se tornou o mundo. Os diálogos não soam antiquados mas sim intemporais... Estas pessoas estão bastante satisfeitas com a sua vida e aguardam submissas a chegada da morte, mas ainda assim apreciam o facto de receber a sua pensão regularmente. E estão convencidos de que isso só acontece graças ao presidente Lukashenko. Há quinze anos atrás este antigo gerente de uma quinta colectiva foi eleito, contra todas as previsões, em eleições livres e democráticas pela maioria dos bielorrussos que sentiam que ele era um deles. Desde então Lukashenko tornou-se o fado dos bielorrussos… não se voltaram a realizar eleições livres e a Bielorrússia tornou-se, para muitos europeus, conhecida como ‘a última ditadura da Europa’. Belarus is a country from the past, nostalgic and peculiar past. The landscapes are picturesque and idyllic,
29
CI4
YURI LENNON’S LANDING ON ALPHA 46 A ATERRAGEM DE YURI LENNON EM ALPHA 46
Anthony Vouardoux, 2010 Alemanha Germany · Suiça Switzerland, FIC, 14’12’’, 35mm, COL
“Madagascar” is a journey diary that redraws the trip of a european traveler confronted with Famadihana customs. The pages of the diary turn, then the drawings liven up, we cover the luxuriant landscapes of Madagascar before being introduced to the Malagasy culture. Produção Production Ron Dyens · Aurélia Prévieu, Sacrebleu Productions Contacto de Cópia Copy Contact Guilaine Bergeret, +33142253027, colia.sacrebleu@gmail.com, http://www.sacrebleuprod.com Argumento Script Bastien Dubois Montagem Editing Bastien Dubois, Boubkar Benzabat Som Sound Cyrille Lauwerier Animação Animation Bastien Dubois Filmografia Filmography FIRST FILM.
UN TRANSPORT EN COMUN Após a sua aterragem em Alpha 46, o cosmonauta Yuri Lennon é confrontado com um estranho paradoxo...
UM TAXI PARTILHADO SAINT LOUIS BLUES
Dyana Gaye, 2009
[CI4] Competição Internacional International Competition
França France · Senegal Senegal, FIC, 48’, 35mm, COL
After his landing on Alpha 46, the cosmonaut Yuri Lenon is confronted with an extraordinary paradox. Produção Production René Römert · Oliver Rihs, Port-au-Prince Film & Kultur Produktion GmbH Contacto de Cópia Copy Contact René Römert, Port-au-Prince Film & Kultur Produktion GmbH, +493031955412, rr@port-prince.de, http://www.port-prince.de Argumento Script Anthony Vouardoux Fotografia Photography Pascal Walder, Elke Apelt Som Sound Ramon Orza Música Music Beat Solèr Actores Main Actors Marc Hosemann Filmografia Filmography LETTRE À MARX, 2001; 2’34’’ APRÈS, 2001; LES ÂMES EN PEINE, 2002; BASILE, LA SÉRIE, 2003; LES TARTINES (co-director), 2003; BLACK LIGHTS, 2004; LA LIMACE (co-director), 2005; BOULY LE CAMPEUR, 2007.
MADAGASCAR, CARNET DE VOYAGE MADAGASCAR, DIÁRIO DE VIAGEM MADAGASCAR, A JOURNEY DIARY
Bastien Dubois, 2009 França France, ANI, 11’30’’, 35mm, COL
Dakar, Senegal. É o fim do Verão. Durante uma viagem de Dakar a Saint-Louis num táxi partilhado, os passageiros contam as suas vidas enquanto cantam. Dakar, Sénégal. It is the end of summer. During a trip from Dakar to Saint-Louis, the passengers of a bush taxi sing their lives. Produção Production Franck Ciochetti · Arnaud Dommerc, Andolfi Contacto de Cópia Copy Contact Franck Ciochetti, +33950375761, production@andolfi.fr, http://www.andolfi.fr Argumento Script Dyana Gaye Fotografia Photography Irina Lubtchansky Montagem Editing Gwen Mallauran Som Sound Dimitri Haulet Música Music Baptiste Bouquin Actores Main Actors Umban Gomez de Kset, Anne Jeanine Barboza, Bigué N’Doye, Adja Fall, Antoine Diandy, Marième Diop, Naima Gaye, Gaspard Manesse Filmografia Filmography UNE FEMME POUR SOULEYMANE, 25’, 35mm, FIC, 2000; J’AI DEUX AMOURS, 5’, 35mm, FIC, 2005; DEWENETI, 15’, 35mm, FIC, 2006 (14 Curtas Vila do Conde, 2006).
30
“Madagascar” é um diário de viagem de um europeu confrontado com a tradição da Famadihana (“levantamento dos ossos”). À medida que este diário é folheado os desenhos ganham vida e descobrimos as paisagens deslumbrantes de Madagáscar enquanto somos apresentados à cultura malgaxe.
TO JE ZEMLJIA, BRAT MOJ É ISTO A TERRA, MEU IRMÃO THIS IS EARTH, MY BROTHER
Jan Cvitkovic, 2009 Eslovénia Slovenia · Itália Italy, FIC, 09’, 35mm, COL
the doors of a block of tenements near the station in a small Indian town inhabited by people of differing backgrounds but all on the seamy side of life. Very briefly, we share their very personal lives. The camera takes us to the kitchens, the living rooms and even the toilets and the bedrooms of the inhabitants.
CI4
Produção Production Umesh Vinayak Kulkarni, aantarik@yahoo.com Contacto de Cópia Copy Contact Film And Television Institute Of India, +9102025431817, shortcourse@ftiindia.com, http://www.ftiindia.com Argumento Script Satee Bhave Fotografia Photography deep Kulkarni Montagem Editing Ujwala Agawane Som Sound Lipika Singh Actores Main Actors Girish Kulkarni, Shrikant Yadav, Swati Sen Filmografia Filmography DARSHAN, 2003; THREE OF US, 2007 (16 Curtas Vila do Conde, 2008, Prize Best Documentary Manoel de Oliveira); GIRNI, 2008; VALU,
Uma viagem ao centro das coisas.
RUMBO A PEOR
A journey to the center of things.
RUMO AO PIOR WORSTWARD HO
Produção Production Jožko Rutar · Igor Prinčič, Staragara Production Contacto de Cópia Copy Contact Jožko Rutar, Staragara Production, +38614210024, jozko.rutar@staragara.com, http://www.stargara.com Argumento Script Jan Cvitkovic Fotografia Photography Jure Černec Montagem Editing Miloš Kalusek Som Sound Boštjan Kačičnik Actores Main Actors Medea Novak, Niko Novak, Tommaso Finzi
Alex Brendemühl, 2009 Espanha Spain, FIC, 12’30’’, 35mm, COL
Filmografia Filmography KRUH IN MLEKO, 2001; DALEČ JE SMRT…, TV series, 2002; SRCE JE KOS MESA, 2003; 2005 ODGROBADOGROBA, 2005; VEM, 2008; TO JE ZEMLJA, BRAT MOJ, 2010; ARHEO, 2010.
GAARUD O FEITIÇO THE SPELL
Umesh Vinayak Kulkarni, 2010 Índia India, FIC, 11’, 35mm, COL
[CI4] Competição Internacional International Competition
2008.
Dois homens vestidos de futebolistas deambulam pelo campo. No seu percurso errático encontram uma mulher na estrada. Extasiados pela sua beleza insistem para que se junte a eles. O começo de algo, ou talvez de nada. Poucas palavras, pouco mais.
“O Feitiço” traz-nos uma visão fascinante sobre a vida numa pequena cidade indiana. Num longo planosequência somos levados a percorrer as várias casas de um bloco de apartamentos habitado por pessoas de diferentes proveniências. Partilhamos as suas histórias por breves momentos. A câmara transporta-nos até às cozinhas, salas de estar e mesmo até às casas-de-banho e quartos dos habitantes. Fascinating view of life in a small Indian town, where the camera takes us to the kitchens, toilets and bedrooms of the inhabitants. “The Spell” gives us, in the form of a long tracking shot, a fascinating insight into what happens behind
Two men dressed in football-tricot, wander through nature. As they go astray, they meet a woman on the road. Overwhelmed by her beauty, they persist in her joining them. The beginning of something or nothing, perhaps. Few words, not much else. Produção Production Albert Brasó, Voodoo Productions Contacto de Cópia Copy Contact Albert Brasó, +342850229, albert@voodooproductions.net, http://www.voodooproductions.net Argumento Script Alex Brendemühl Fotografia Photography Albert Brasó Montagem Editing Frank Gutiérrez Som Sound Fernando De Izuzquiza Música Music Vladimir Vysotski Actores Main Actors Alfonso Bayard, Toni González, Laura Vallinoto Filmografia Filmography FIRST FILM.
31
CI5
SHIKASHA Isamu Hirabayashi, 2010 Japão Japan, FIC, 11’, 35mm, COL
[CI5] Competição Internacional International Competition
Soldados procuram algo num descampado. Aprisionadas e atadas com cordas, uma mãe e uma filha jazem na escuridão. Os soldados começam a escavar um buraco no chão...
32
There are investigators searching on a wasteland. Imprisoned and bound by rope, a mother and child lay in darkness. Investigators begin to dig a hole in the ground... Produção Production Robot Communications Inc., +81337601171, yuka@robot.co.jp, http://www.robot.co.jp Contacto de Cópia Copy Contact Mitsue Eguchi, Gauguins International Inc, +81356493801, http://www.gauguins.com, Argumento Script Fotografia Photography Miki Ogawa Montagem Editing Isamu Hirabayashi Som Sound Keitaro Iijima Música Music Takashi Watanabe Actores Main Actors Machiko Ono, Keisuke Horibe, Kanato Tanihata Filmografia Filmography TEXTISM, 2003; HELMUT, 2003; DORON, 2006; BABIN, 2008; ARAMAKI, 26’, 2009.
COLIVIA A GAIOLA THE CAGE
Adrian Sitaru, 2009 Roménia Romania · Holanda Netherlands, FIC, 17’10’’, 35mm, COL
Durante o jantar, enquanto o pai e a mãe comem, o filho aparece trazendo nos braços uma pomba ferida. “O que é isso?” pergunta o pai. “O que te parece?” responde o filho. A mãe olha para a pomba e continua a comer. “Eu quero ficar com a pomba”, diz o filho. “Impossível”, responde o pai. “Eu quero que a pomba fique e quero uma gaiola para ela!”, insiste o filho. “E quem vai pagar a gaiola?” pergunta o pai. “Tu”, diz o filho. A mãe não diz uma palavra. Mais tarde o pai e a mãe encontram-se no quarto...
Dinner. Father and Mother are eating when the son shows up, carrying an injured dove in his arms. “What is that?“ asks the father. “What does it look like?” replies the son. The mother has a look at the dove and continues doing what she is doing. “I want the dove to stay”, says the son. “Impossible”, says the father. “I want the dove to stay and I want a cage for the dove”, insists the son. “Who will pay for that?” asks the father. “You”, says the son. The mother doesn’t say a word. Later on father and mother meet in the bedroom.
VON DER NOTWENDIGKEIT, DIE MEERE ZU BEFAHREN
CI5
DA NECESSIDADE DE CRUZAR OS MARES ABOUT THE NECESSITY TO TRAVEL THE SEAS
Philipp Hartmann, 2010 Alemanha Germany · Bolívia Bolivia · Argentina Argentina, DOC · EXP, 22’, Video, BW
Produção Production Monica Lazurean-Gorgan · Adrian Sitaru, monica@4prooffilm.ro Contacto de Cópia Copy Contact Monica Lazurean-Gorgan, +40749100958, monica@4prooffilm. ro Argumento Script Adrian Silisteanu Fotografia Photography Adrian Silisteanu Montagem Editing Andrei Gorgan Som Sound Florin Tabacaru Actores Main Actors Adrian Titieni, Vlad Voda, Clara Voda Filmografia Filmography ABOUT BIJU, 12’, 2003; VALURI, 16’, 2007; PESCUIT
Le loup a poil O LOBO EM PELOTA THE BARE-WOLF
Valère Lommel, Joke Van Der Steen, 2010 França France · Canadá Canada · Bélgica Belgium, ANI, 09’, Video, COL
O que procuramos quando viajamos? Que tipo de fotos fazemos e que tipo de imagens conseguimos? Três pessoas em três épocas diferentes viajam pelas mesmas regiões. Um ensaio em forma de colagem de filmes de 8mm. What are we looking for when we travel? What kind of pictures do we take and what kind of images do we get? Three people in three different times travel through the same regions. Connected in an essayistic collage of 8-mm-films.
Desde que foi agredido por um homem, um jovem lobisomem sofre uma metamorfose sempre que vê um arco-íris transformando-se em humano.Torna-se humano naquilo que estes têm de mais detestável, explora e humilha os seus semelhantes, sem nenhum remorso. Diverte-se sendo um terrível professor ou arquitecto e manipula todos os outros lobisomens da sua aldeia.
Produção Production Philipp Hartmann, Flumen Film Contacto de Cópia Copy Contact Philipp Hartmann, Flumen Film, +494070704803, philipp@flumenfilm.de, http://www.flumenfilm.de Argumento Script Philipp Hartmann Fotografia Photography M., Björn Last, Philipp Hartmann Montagem Editing Philipp Hartmann Som Sound Philipp Hartmann Música Music Ciudad Baigon, Pablo Paolo Kilian, Federico Carlos Flumen Actores Main Actors Jacob Weigert, Meiko Heuser, Daria Lupa Cayo, Helena Wittmann, Pauline Gervereau, Yasmin Angel, Antonia Ramos Puri, Eduardo Cerveira, Klaus Boujong
[CI5] Competição Internacional International Competition
SPORTIV, 84’, 2008.LE LOUP A POIL
Filmografia Filmography STILLSTAND, 2001; E.ICE.T, 2002; DOING MAGIC WITH THE HANDS, 2003; BLEP., 2004; KASTRATEN UND MÄNNER, 2005; 3X3, 2005; 9 11 RIO, 2005; A VIDA NÃO É UM JOGO DE FUTEBOL. À PROCURA DO FORA DE
A young werewolf still can’t believe it. Since he’s being agressed by a human, everytime he sees a rainbow, he becomes also a human (and not a nice one). He has a lot of fun when he’s an awfull schoolteacher or architect and he manipulates the other werewolfs of his village.
JOGO, 2006; DER ANNER WO ANNERSCHDER, 2007; REQUIEM FÜR FRAU H., 2007; DER ANNER UND SEI MUDDER, 2008; FÜR MEIKO, 2008; DER ANNER IM HIMMEL, 2009; VON DER NOTWENDIGKEIT, DIE MEERE ZU BEFAHREN, 2010; ¡ENTRE DESPACIO Y POR FAVOR NO HAGA RUIDO!, 2010.
Produção Production Pascal Le Notre, Folimage, Contacto de Cópia Copy Contact Jeremy Mourlam, Folimage, +33475784868, j.mourlam@folimage.fr, http://www.folimage.fr Argumento Script Joke Van der Steen, Valère Lommel Animação Animation Joke Van der Steen, Valère Lommel Filmografia Filmography [Valère Lommel + Joke Van Der Steen] HOT DOGS, 6’, 2004. [Joke Van Der Steen] TAM TAM, 7’, 1996.
33
CI6
SLIM PICKINGS FAT CHANCES mau serviço Pouca sorte
David de Rooij, Jelle Brunt, 2010
[CI6] Competição Internacional International Competition
Holanda Netherlands, ANI, 06’30’’, Video, COL
“Slim Pickings Fat Chances” é um western animado que conta a história de Slim, o dono e barman do único saloon da cidade. Quando alguém inaugura um outro melhor e mais moderno, Slim perde todos os seus clientes. Furioso, decide sabotar o outro saloon para recuperar os seus clientes. Mas isso não é tão fácil como parece. “Slim Pickings Fat Chances” is a cartoon western that tells the story of Slim who is a bartender and owner of the only saloon in town. When someone opens a new and better saloon, Slim loses al his customers to that saloon. Slim is furious about it and he decides to sabotage the other saloon to get his customers out of there. But this doesn’t seem to be as easy as it sounds. Produção Production David de Rooij, David de Rooij & Jelle Brunt, http://www.slimpickings.nl Contacto de Cópia Copy Contact David de Rooij, +31629302851, tisdaaf@hotmail.com, http://www. davidderooij.nl Argumento Script David de Rooij, Jelle Brunt Fotografia Photography David de Rooij, Jelle Brunt Montagem Editing David de Rooij, Jelle Brunt Som Sound David de Rooij, Jelle Brunt Animação Animation David de Rooij, Jelle Brunt Filmografia Filmography FIRST FILM.
DERBY Paul Negoescu, 2010 Roménia Romania · Alemanha Germany, FIC, 15’, 35mm, COL
34
Mircea tem uma filha de 15 anos cujo namorado é convidado para jantar com a família. Ele chega cedo e vão até ao quarto da rapariga. Enquanto vê TV, Mircea ouve os gemidos da filha que vêm do quarto. Começam a jantar e Mircea descobre que o rapaz apoia uma equipa de futebol diferente da sua.
CI6
Mircea has a 15 year old daughter whose boyfriend is invited to dine with the family. He arrives earlier and they go to her bedroom. While watching TV, Mircea can hear his daughter moaning from her room. They start dinner and Mircea finds out that the boyfriend supports a different football team. Produção Production Paul Negoescu, Papillon Film Contacto de Cópia Copy Contact Paul Negoescu, Papillon Film, +40723382312, paul.ego@gmail.com, http://www.derbythemovie.ro Argumento Script Paul Negoescu Fotografia Photography Andrei Butica Montagem Editing Alexandru Radu Som Sound Dan-Stefan Rucareanu Música Music Roxana Mocanu Actores Main Actors Bogdan Voda, Maria Mitu, Nicolas Teodorescu, Clara Voda Filmografia Filmography EXAMEN, 2006; ACASA, 2007; RADU + ANA, 2007;
Henry, a thirty-year-old American folk singer, comes to an isolated village in France, where her meets Cécile, a young amateur singer.
TARZIU, 2007; SCURTA PLIMBARE CU MASINA, 2008; FABULOSUL DESTIN AL do Conde, 2008, Best European Film).
GERAL Anna Azevedo, 2010 Brasil Brazil, DOC, 15’, 35mm, COL
Produção Production Justin Baurand, Les Films du Bélier Contacto de Cópia Copy Contact Liard Edwina, Les Films du Bélier, +33144521501, contact@lesfilmsdubelier.fr Argumento Script Frank Beauvais, Salvatore Lista Fotografia Photography Rui Poças Montagem Editing Thomas Marchand Som Sound Philippe Grivel Actores Main Actors Matt Bauer, Manuela Peschmann, Léo Massy, Hubert Holweck Filmografia Filmography LE GRAIN ET L’IVRAIE, 17’, 1997; LE SOLEIL ET LA MORT VOYAGENT ENSEMBLE, 11’45’’, 35mm, EXP, 2006 (14 Curtas Vila do Conde, 2006, Great Prize Fiction); À GENOUX, 12’, video, 2005 (14 Curtas Vila do Conde, 2006); VOSGES, EXP, 05’, 2006 (15 Curtas Vila do Conde, 2007); COMPILATION 12 INSTANTS D’AMOUR NON PARTAGÉS, FIC-EXP, 40’, 2007 (15 Curtas Vila do Conde, 2007, Best Fiction); JE FLOTTERAI SANS ENVIE, DOC, 46’, 2008 (16 Curtas Vila do Conde, 2008); UN 45 TOURS DE CHEVEU (CECI N’EST PAS UN DISQUE), 6’25’’, 2010 (18 Curtas Vila do Conde 2010, Music Video competition).
O palco é a geral do estádio do Maracanã. Em cena, os torcedores conhecidos como Geraldinos em um espetáculo de êxtase, fúria, alegria e dor. Maracanã Stadium, Rio de Janeiro: a roller-coaster of ecstasy and drama. A theatre performance. Football supporters christened ‘geraldinos’.
[CI6] Competição Internacional International Competition
LUI TOMA CUZIN, 2008; CASA DE PIATRA, 2009; RENOVARE, 2009 (18 Curtas Vila
Produção Production Anna Azevedo, Hy Brazil Films Contacto de Cópia Copy Contact Anna Azevedo, Hy Brazil Films, +552122920611, annaazevedo@gmail.com, http://www.hybrazilfilms.com Fotografia Photography Anna Azevedo, Batman Zavarezze, Cris Grumbach Montagem Editing Eva Randolph Som Sound Vinicius Leal, Jesse Marmo Filmografia Filmography RIO DE JANO, 2003; KITCHEN BEAT, 2004; TÍTERE, 2005; BERLINBALL, 2006; THE BOOK-MAN, 2006; DREZNICA, 2008; AN ERRANT, 2010.
LA GUITARE DE DIAMANTS A GUITARRA DE DIAMANTES A DIAMOND GUITAR
Frank Beauvais, 2009 França France, FIC, 35’, 35mm, COL
Henry, um cantor folk americano na casa dos trinta, chega a uma aldeia isolada em França. Aí conhece Cécile, uma jovem cantora amadora.
35
CI7
A BIKE RIDE UM PASSEIO DE BICICLETA
Bernard Attal, 2009 EUA USA, FIC, 13’13’’, 35mm, COL
Produção Production Volker Schreiner Contacto de Cópia Copy Contact Volker Schreiner, +495115422090, mail@volkerschreiner.de, http://www.volkershreiner.de Filmografia Filmography [Short Films] WHITE SCREEN, video, 1988; WIPE BOARD, video, 1989; BRIGHT BOX, video, 1990; OPEN UP, video, 1991; SEESAW, video, 1996/97; FOLDER, video, 1998; RACK, video; SHADING, video, 2003; COUNTER, video, 2004 (13 Curtas Vila do Conde, 2005); FICTION ARTISTS, (with
[CI] Competição Internacional International Competition
Christoph Girardet),video, 2004 (13 Curtas Vila do Conde 2005); RADAR, video,
Nina, cujos pais se divorciaram recentemente, evoca as incertezas da existência durante os passeios diários de bicicleta com o pai. Juntos partilham reflexões acerca do amor, da morte, da separação e também sobre as alegrias e os desafios que uma mudança súbita pode ocasionar na nossa vida.
2006 (14 Curtas Vila do Conde 2006); FROM AFAR, video, 2007 (15 Curtas Vila do Conde 2007); CELL, video, 2007 (15 Curtas Vila do Conde 2007); SCOPE, 4’57’’, vídeo, EXP, 2008 (16 Curtas Vila do Conde, 2008). [Video Installations] CROSSINGS, video sculpture, 1992; ROUNDABOUT, video installation, 1993; GROUNDED SKY, (with Christoph Girardet), video-installation, 1994; RETAKE, video-installation, 1995; SUBSOIL, video-installation (with Christoph Girardet), 1996; DIALOGUE, (with Christoph Girardet), video-installation, 1999; PUSH, (with
Nina, whose parents recently divorced, reconciles the uncertainties of life during bicycle rides with her father. Each day they observe the lives of neighbors and share their thoughts about love, death, separation, and the joy and challenges sudden changes bring to one’s existence.
Christoph Girardet), video-installation, 2000; FICTION ARTISTS, (collaboration
Produção Production Michael Fix · Mario Ducoudray, Red Hook Productions LLC, senorfix@gmail.com Contacto de Cópia Copy Contact Bernard Attal, Red Hook Productions LLC, +17184889634, battal1@mac.com, http://www.abikeridethefilm.com Argumento Script Bernard Attal Fotografia Photography Bryce Fortner Montagem Editing Stephan Talneau Som Sound Pierre Dachery Música Music Silvain Vanot Actores Main Actors Nina Attal, Peter Welch
Heewon Navi Lee, 2009
with Christoph Girardet), video, 2002/04 (13 Curtas Vila do Conde, 2005).
PHONE TAPPING França France, EXP, 11’, Video, COL
Filmografia Filmography 29 INCHES, FIC, 21’, 2005; RAT ISLAND, FIC, 18’, 2006; OS MAGNÍFICOS, DOC, 52’, 2009.
CYCLE CICLO
Volker Schreiner, 2010 Alemanha Germany, EXP, 04’14’’, Video, COL BW
Quartos com luz pulsada, iluminados intermitentemente por anúncios luminosos ou por flashes esporádicos. Dentro, pessoas expectantes, aguardando, reflectindo, procurando, preocupadas. Rooms illuminated by oscilling light, lightened up in rhythmic intervals by lamps and neon signs or irregular flashes of light . People are waiting, awaiting, ponderimg, searching, worrying.
36
O filme está construído a partir daquele único e imperceptível instante que assinala a mudança do dia para a noite, um instante fugaz no qual o que era deixa de ser e as coisas adquirem um novo significado. Várias vozes em off cruzadas guiam-nos através da cidade enquanto a câmara parece procurar um pedaço de território em que a narrativa coincida com a imagem. É uma história pessoal que é contada usando a cidade de Seul como cenário. O papel do espectador é segui-la e escolher uma interpretação: verdade ou lenda urbana? The film is built up from that single, imperceptible instant that signals the shift from day to night, a fleeting moment in which what was, is no more, where things might acquire fresh significance. A voiceover guides us through the city, while the camera seems to be searching for a specific plot of land, for the coincidence between narrative and image. The topography of the site continues to advance, while in parallel there emerges a second topography - mental this time - until, perhaps,
they meet, somewhere here, in a new psychical space. Using the city of Seoul, it is a personal story that is being told. Our role is to follow it and select a locus of interpretation: truth, (urban) folktale … Produção Production Heewon Navi Lee, +3348704888, naviya2005@yahoo.fr Contacto de Cópia Copy Contact Natalia Trebik, Le Fresnoy, +33320283864, ntrebik@lefresnoy.net, http://www.lefresnoy.net Argumento Script Heewon Navi Lee Fotografia Photography Yong Ho Lee Som Sound Alexandre Del Torchio, HeeWon Navi Lee Música Music Alexandre Del Torchio, HeeWon Navi Lee Actores Main Actors Sung Jin Pack, Ok Hee Lee, Taik Sub Lee, Cheul Yi Hong, Jai Wan Joo
TALLERES CLANDESTINOS
CI7
FABRIQUETAS CLANDESTINAS
Catalina Molina, 2010 Áustria Austria · Argentina Argentina, FIC, 40’, Video, COL
Filmografia Filmography OU VAS- TU?, with ‘On Ordinary Days’, 3’44”, 2005/7; AUTOPORTRAIT, 1’11’’, 2007; PIANO, 1’, 2007; OISEAUX, 2’, 2007; PROMENADE, 4’36’’, 2007; 42##1, 1’30’’, 2008; TROIS PETIT POINT, 3’26’’, 2008; LA NUIT, 4’45’’, 2008; KARAOKÉ, 2’14’’, 2008; PHONE TAPPING, 10’ 20’’, 2009; LOVE ME TENDER,
MADAME & LITTLE BOY Magnus Bärtås, 2009 Suécia Sweden, DOC · EXP, 28’, Video, COL
Baseado na história verídica da actriz coreana Choi Eun-Hee (Madame Choi) e do realizador Shin Sang-Ok que foram raptados e levados para a Coreia do Norte em 1978 onde foram forçados a fazer filmes para Kim Jong-il. “Madame and Little Boy” é um vídeo ensaio sobre os ciclos na história da vida de Madame Choi e interpreta a genealogia de monstros como Godzilla (através de “Pulgarasi to Galgameth”), temáticas abordadas nos seus filmes, como uma série de mensagens deliberadas acerca de armas nucleares. “Madame and Little Boy” examines the historical lines and the circles of repetition in the life story of Choi Eun-hee (Madame Choi) and interprets the genealogy of monsters from Godzilla, via Pulgasari to Galgameth as a series of deliberate messages about atomic weapons.
Um trabalho como costureira seduz Juana, uma jovem boliviana, e leva-a a emigrar para a vizinha Argentina. O seu marido e o seu filho ficam na sua terra natal. Não tarda muito para que a ilusão de um bom salário desapareça - Joana é explorada produzindo têxteis para marcas de luxo. As exigências do seu patrão tornam-se cada dia mais absurdas e as condições de trabalho vão-se tornando insuportáveis. Quando recebe a notícia de que o seu filho adoeceu, Juana faz planos para regressar mas, para o seu patrão, deixá-la partir não é uma opção. A job as a seamstress tempts Juana, a young Bolivian woman, to neighbouring Argentina. Her husband and child remain behind in their homeland. It doesn’t take long for the illusion of financial gain to burst - Juana is being exploited and must produce textiles for a luxury brand. Her employer’s demands become ever more absurd, working conditions become unbearable. When her son becomes ill, Juana starts making plans to return, but as far as her employer is concerned, leaving is not an option. Produção Production David Bohun, University of Applied Arts Vienna, davebungle@hotmail.com Contacto de Cópia Copy Contact Gerald Weber, Sixpackfilm, +4315260990, gerald@sixpackfilm.com, http://www.sixpackfilm.com Argumento Script Catalina Molina Fotografia Photography Klemens Hufnagl Montagem Editing Matthias Halibrand Som Sound Ina Nikolow, Benedikt David Música Music Patrik Lerchmüller Actores Main Actors Vanesa Salgueiro, David Bracamonte, Juan José Choque, Sandra Roca
[CI] Competição Internacional International Competition
1’, 2009; 5.PM, 1’, 2009.
Filmografia Filmography FIRST FILM.
Produção Production MagnusBärtås Contacto de Cópia Copy Contact Magnus Bärtås, magnus.bartas@swipnet.se Argumento Script Magnus Bärtås Fotografia Photography Magnus Bärtås Montagem Editing Magnus Bärtås Som Sound Joachim Eckermann Actores Main Actors Will Oldham (narrator), Choi Eun-Hee Filmografia Filmography KUMIKO, JOHNNIE WALKER & THE CUTE, HD-video, 50’, 2007.
37
CI8
ALLONS-Y! ALONZO! Camille Moulin-Dupré, 2009
[CI8] Competição Internacional International Competition
França France, ANI, 07’52’’, 35mm, COL
Num passeio marítimo, um homem idoso lê o jornal junto do seu cão branco quando uma mulher que passa lhe chama a atenção. O homem lança-se em perseguição desta bela mulher mergulhando numa tira de banda desenhada animada que relata as suas peripécias pelos ecrãs... Uma homenagem a Jean-Paul Belmondo. A walkway by the sea shore: an old man is reading his newspaper with his white dog near him, when a woman just comes to disturb his reading. He hotfoots after this beautiful woman and dives into an animated comic strip which recounts his trials and tribulations on screen… This cartoon is a tribute to Jean-Paul Belmondo. Produção Production Jean-François Le Corre, Vivement Lundi, Contacto de Cópia Copy Contact Agathe Lefebvre, Vivement Lundi, +33299650074, vivement-lundi@wanadoo.fr, http://www.vivement-lundi.com Argumento Script Camille Moulin-Dupré Montagem Editing Mathieu Courtois Som Sound Christian Cartier Música Music Hubert Delgrange a.k.a. Docteur Belvédère Animação Animation Randy Agostini · Julien Allard · Camille Moulin-Dupré Filmografia Filmography FIRST FILM.
MARY LAST SEEN MARY VISTA PELA ÚLTIMA VEZ
Sean Durkin, 2010 EUA USA, FIC, 14’, Video, COL
38
Uma jovem parte com o seu namorado numa viagem de carro para um local que ele lhe descreveu como sendo calmo e magnífico. Mas, durante essa mesma viagem, uma série de estranhos acontecimentos tornam claro que a sua relação não é o que ela pensava e que o seu destino não é o que foi prometido.
A young woman embarks on a road trip with her boyfriend to a place he promises to be beautiful and peaceful. But a series of strange events occur on their journey, and it becomes clear that their relationship is not what she thinks and their destination is not what was promised.
I’M HERE
CI8
AQUI ESTOU!
Spike Jonze, 2010 EUA USA, FIC, 31’, Video, COL
Produção Production Josh Mond, Borderline Films, +19173281437, joshmond@blfilm.com Contacto de Cópia Copy Contact Brett Potter, Bordeline Films, +13178503624, brettpotter@blfilm.com Argumento Script Sean Durkin Fotografia Photography Drew Innis Montagem Editing Sean Durkin Som Sound Ryan Price Música Music Donkey Skin Actores Main Actors Brady Corbet, Alexia Rasmussen, Filmografia Filmography DORIS, 2006.
OBSERVANDO ANIMAIS
Marc Turtletaub, 2009 EUA USA, FIC, 25’’, Video, COL
Sheldon, um robot, descobre como o amor pode ser desconcertante... Apaixona-se por Francesca e, de repente, o mundo transforma-se num sítio maravilhoso. As regras que ele seguia pura e simplesmente já não se aplicam. Francesca abriu-lhe os olhos. Mas o amor também pode ser bastante exigente e - mesmo para um robot - implica sacrificios. Love can be quite disconcerting, as a robot named Sheldon discovers. He falls in love with Francesca and, all at once, the world is a much more beautiful place. What’s more, the rules he followed, simply don’t apply any more. Francesca has opened his eyes. But love can be demanding and - even for a robot - means making sacrifices.
Depois de uma vida solitária fotografando animais no seu habitat selvagem, Raymond reforma-se e refugia-se numa pequena cidade onde começa a observar os seus vizinhos através das janelas. Este papel como observador muda abruptamente quando descobre um rapaz de 16 anos que também espreita pela janela de um vizinho.
Produção Production Vincent Landay, MJZ Contacto de Cópia Copy Contact Russell Sanzgirl, MJZ, +13108266200, russell@mjz.com, http://www.mjz.com Argumento Script Spike Jonze Fotografia Photography Adam Kimmel Montagem Editing Eric Zumbrunnen, Stephen Berger Som Sound Ren Klyce Música Music Sam Spiegel Actores Main Actors Andrew Garfield, Sienna Guillory, Annie Hardy, Daniel London, Michael Berry Filmografia Filmography BEING JOHN MALKOVICH, 1999; JACKASS: THE MOVIE (co-direction), 2002; ADAPTATION.,2002; WHERE THE WILD THINGS ARE, 2009;
After a lifetime alone, photographing animals in the wild, Raymond retires to a small town and turns to observing his neighbors through their windows. His familiar role as an observer suddenly shifts when he discovers a sixteen year old boy also looking into a neighbor’s window.
THE VAMPIRE ATTACK, 2010.
[CI8] Competição Internacional International Competition
LOOKING AT ANIMALS
Produção Production Peter Saraf · Marc Turtletaub, michael@bigbeachfilms.com Contacto de Cópia Copy Contact Marc Turtletaub, +2124735800, michael@bigbeachfilms.com Argumento Script Marc Turtletaub Fotografia Photography John Bailey Montagem Editing Alan Heim Som Sound Michael Benavente Música Music Rob Simonsen Actores Main Actors Will Patton, Robin Weigert, BJ Wallace Filmografia Filmography FIRST FILM.
39
CI9
LEIKKIPUISTO RECREIO PLAYGROUND
Susana Helke, 2010 Finlândia Finland, DOC, 30’, Video, COL
[CI9] Competição Internacional International Competition
Produção Produção Nik Weston Contacto de Cópia Copy Contact Susanna Wallin, +447946517826, contact@susannawallin.com, http://www.susannawallin.com Argumento Script Susanna Wallin Fotografia Photography Andre de Souza Montagem Editing Susanna Wallin Som Sound Mikkel H. Eriksen Música Music Mikkel H. Eriksen Actores Main Actores Nathan Etherington, Scott Etherington, Alan Jackson
Num subúrbio de Helsínquia um grupo de rapazes encontra-se no parque. As suas proveniências são diversas mas conhecem-se de toda a vida. Têm em comum a falta de raízes. As palavras que trocam, aparentemente apenas calão obsceno e insultuoso, escondem o facto de serem amigos inseparáveis. Debaixo de toda aquela algazarra acabam por reflectir sobre as grandes questões da vida.
Filmografia filmografia NIGHT PRACTICE, 2006; EDDIE PROCTOR, 2007;
A group of guys get together on a playground in a wooded suburb of Helsinki. A global diaspora has thrown these boys together from all corners of the world, and they have known each other all their lives. Their rootless existences have bound these boys together. Their incessant bullshitting is a verbal cockfight. They dis each other mercilessly, yet they would never leave each other. Under the hysterical cacophony, they are thinking about the big and difficult questions in life.
PARA VER EM CASA FOR HOME VIEWING
MARKER, 2009; ELECTRIC LIGHT WONDERLAND, 2009.
DLIA DOMASHNEGO PROSMOTRA Mikhail Zheleznikov, 2009 Rússia Russia, DOC, 30’, Video, COL BW
Produção Production Cilla Werning, For Real Productions Contacto de Cópia Copy Contact Hanna Aartolahti, For Real Productions, +358452921111, hanna@forrealproductions.fi, http://www.forrealproductions.fi Argumento Script Susanna Helke, Jan Ijäs Fotografia Photography Heikki Färm f.s.c Som Sound Anne Tolkkinen Música Music Sanna Salmenkallio Actores Main Actors Ali, Shorty Soksan, Begi, Huan, Makke Filmografia Filmography [With Virpi Suutari) SYNTI, DOC, 36’, 1995 (5 Curtas Vila do Conde, 1997); VALKOINEN TAIVAS, 1998; SAIPPUAKAUPPIAAN SUNNUNTAI, DOC, 25’, 1998 (7 CURTAS VILA DO CONDE,
A escola soviética, a mascote olímpica, a morte de Brejnev, a Perestroika, a vida adulta tão aguardada... As árvores sob a janela da casa onde cresci costumavam ser tão pequenas e agora são tão altas que é difícil ver alguma coisa através delas...
1999); JOUTILAAT, 2001 (10 CURTAS VILA DO CONDE, 2002); PITKIN TIETÄ PIENI LAPSI, 2005.
ELECTRIC LIGHT WONDERLAND O PAÍS DAS MARAVILHAS DA LUZ ELÉCTRICA
Susanna Wallin, 2009 Reino Unido United Kingdom, FIC, 12’, Video, COL
Uma discoteca móvel que promete dar-lhe a noite mais inesquecível da sua vida.
Soviet School, Olimpic Bear, death of Brejnev, Perestroika, the long awaited adult life. The trees under window used to be so small, and now it’s difficult to see anything behind them. Produção Produção Mikhail Zheleznikov Contacto de Cópia Copy Contact Mikhail Zheleznikov, +78125558074, mikhail.zheleznikov@gmail.com Argumento Script Mikhail Zheleznikov Fotografia Photography Galina Zheleznikova, Solmaz Guseynova Montagem Editing Som Sound Alexander Dudarev Música Music Denis Sladkevich Animação Animation Actores Main Actores Filmografia filmografia Chto-to V Atmosfere, 51’, DV, 2001; Skazki Na Bolote,
A mobile disco promising to give you the night of your life.
5’, DV, 2002; Ee Sobachestvo Lara, 16’, DV, 2003; Valera Elizarov, Larissa Pogoretskaya, Church Bells, 3x10’, Dig. Beta, 2003; Deti Kukuruzi, 20’, DVCAM, 2004; Klin, 6’, DV, 2004; Good Morning!, You Are Not Alone, 8 Women, 3x2’., DVD, 2005; Kollekcia No1, 19’, 35mm, 2006; Timewarp, 15’’, DV, 2008; Budka, 27’,
40
35mm, 2008; Koli 147, 147’’, DVCAM, 2009; Vmeste, 4’, HD, 2010.
EXPERIMENTAL COMPETITION
[XP] Competição Experimental Competition
COMPETIÇÃO EXPERIMENTAL
XP1
INTERSTICES Michel Pavlou, 2009 Grécia Greece · Noruega Norway, EXP, 4’, Video, BW
Produção Production Deborah Stratman, Pythagoras Film Contacto de Cópia Copy Contact Deborah Stratman, Pythagoras Film, +13122431227, delta@pythagorasfilm.com, http://www. pythagorasfilm.com
[XP1] Competição Experimental Competition
Filmografia Filmography MY ALCHEMY, 7’, 16mm, 1990; UPON A TIME, 10’,
Uma série de cenas filmadas no metro de Paris, editadas ao ritmo do abrir e fechar das portas automáticas dos comboios. O efeito caleidoscópico que experimentamos ao olhar através das janelas dos comboios à medida que se vão cruzando, determina a geometria da imagem. Composições de movimentos paralelos e divergentes, verticais e horizontais: são os movimentos da câmara mas também os dos painéis publicitários rotativos. O filme move-se pelos interstícios do tempo e do espaço lidando com as tensões entre a estática e a dinâmica, o presente e o ausente, a ficção e a realidade.
16mm, 1991; A LETTER, 7’, video, 1992; POSSIBILITIES, DILEMMAS, 10’, video, 1992; THE TRAIN FROM LA TO LA, 8’, video, 1992; IN FLIGHT: DAY NO. 2,128, 2’, 16mm, 1993; PALIMPSEST, 3’, 16mm, 1993; IOLANTHE, 4’30’’, video, 1995; WAKING, 7’, video, 1994; ON THE VARIOUS NATURE OF THINGS, 25’, 16mm, 1995; FROM HETTY TO NANCY, 44’, 16mm, 1997; THE BLVD, 64’, video, 1999; UNTIED, 3’, 16mm, 2002; IN ORDER NOT TO BE HERE, 33’, 16mm, 2002 (11º Curtas Vila do Conde, 2002); ENERGY COUNTRY, 14’30’’, video, 2003 (12º Curtas Vila do Conde, 2003); KINGS OF THE SKY, 68’, video, 2004 (13º Curtas Vila do Conde, 2004); HOW AMONG THE FROZEN WORDS, 40’’, video, 2005; IT WILL DIE OUT IN THE MIND, 3’40’’, video, 2006; THE MAGICIAN’S HOUSE, 5’40’’, 16mm, 2007; BUTTER AND TOMATOES, 4’, video, 2008; THE MEMORY, 2’, video, 2008; O’ER THE LAND, 51’30’’, 16mm, 2009; KUYENDA N’KUBVINA, 40’, video, 2010;
A series of scenes shot in the Paris metro, edited to the rhythm of the trains’ automatic doors. The kaleidoscopic effect of viewing through the windows of trains as they pass each other determines the geometry of the image. A composition of parallel and divergent vertical and horizontal movements: those of the camera but also of the trains and the scrolling publicity panels. The film moves in the interstices of time and space, addressing the tensions between static and dynamic, present and absent, fiction and reality.
FF, 2’40’’, video, 2010; SHRIMP CHICKEN FISH, 5’13’’ video, 2010; RAY’S BIRDS, 7’20’’, 16mm, 2010.
VERDREHTE AUGEN - 2.VIDEOVERSION OLHOS TROCADOS - 2ª VERSÃO VÍDEO TWISTED EYES 2ND VIDEOVERSION
Produção Production Michel Pavlou, Le Fresnoy Contacto de Cópia Copy Contact Michel Pavlou, +3228503094, pavlou@online.no, http://www.michelpavlou.net Argumento Script Michel Pavlou Fotografia Photography Michel Pavlou Montagem Editing Michel Pavlou Som Sound Michel Pavlou Filmografia Filmography RUSH, EXP, 6’40’’, 2000; SLØYFA, EXP/DOC, 7’40’’, 2004; TRAVELLING, EXP, 3’, 2005; EXIT, EXP, 2’, 2006; CHRONIKON, EXP, 5’, 2008; SCREEN, EXP, 3’40’’, 2009.
FF Deborah Stratman, 2010 EUA USA, EXP, 2’45’’, Video, COL
Um pequeno filme experimental nascido de uma encomenda feita pelos artistas Melissa Dubbin e Aaron Davidson que criaram a banda sonora para a qual era necessário fazer um “filme do futuro” (FF). “FF” was in answer to an assignment given by artists Melissa Dubbin and Aaron Davidson who created the soundtrack to which I was asked to make a “Future Film” (FF). 42
Dietmar Brehm, 2009 Áustria Austria, EXP, 11’, Video, COL
O jogo de olhares entre uma mulher e dois homens que a ameaçam. Através de found‑footage vemos duas pessoas que se observam mutuamente enquanto são observadas por uma terceira. Esta é, por seu turno, observada pelas primeiras. Os olhares tornam-se progressivamente intrusivos e finalmente ameaçadores. A atmosfera fantasmagórica é acentuada pela banda sonora.
Two men threaten a woman. In the found-footage construction Twisted Eyes (originally a 16mm film, 11:30 min., b&w, silent, 2002) we see two observers who observe each other while being observed by a third observer, who in turn is being observed by the first two observers. The observation turns increasingly obtrusive, and ultimately threatening.
the disappearance of a film which left vague traces in our memory.
XP1
Produção Production France Dubois Contacto de Cópia Copy Contact France Dubois, +33142612218, france.dubois@free.fr, http://www.franced.org Música Music Martin Dumais Filmografia Filmography YOUR LIFE IN SLOW MOTION, 2002; PAYNE’S GREY,
Produção Production Dietmar Brehm, dietmar.brehm@ufg.ac.at Contacto de Cópia Copy Contact Gerald Weber, Sixpackfilm, +4315260990, gerald@sixpackfilm.com, http://www.sixpackfilm.com Argumento Script Dietmar Brehm Fotografia Photography Dietmar Brehm Montagem Editing Dietmar Brehm
2003; AERODYNES, 2005; DEAD LETTER, 2006; PROJECT 440, 2009.
Filmografia Filmography [1974 - 1989]: 74 films, S-8 ROTER MORGEN, 04’,
Alemanha Germany, EXP, 3’45’’, Video, COL
YOU AND ME Karsten Krause, 2009
16mm, 1990; POOL, 04’, 16mm, 1990; DIRT + VENUS, 14’, 16mm,1991; SERVICE, 06’, 16mm, 1991; 3 KRONEN (5. FASSUNG), 03’, 16mm, 1992; THE MURDER MYSTERY (2. Version), 18’, 16mm, 1992; BLICKLUST, 18’, 16mm, 1992; JOB, 07’, 16mm, 1994; OSTAFRIKA, 06’, 16mm, 1993; UEBUNG, 03’, 16mm, 1993; MIX 1, 24’, 16mm, 1994; PARTY, 18’, 16mm, 1995; MACUMBA, 18’, 16mm, 1995; 19 FILME 1974-1989, 70’, 16mm, 1996; ALARM, 01’10’’, 16mm, 1996; KAMERA, 09’, 16mm, 1997; MIX 2, 38’, 16mm, 1997; KORRIDOR, 18’, 16mm, 1998; ORGANICS, 18’, 16mm, 1998; BLITZE, 07’, 16mm, 2000, (8 Curtas Vila do Conde 2000); MIX 3, 14’, 16mm, 2000 (9 Curtas Vila do Conde 2001); MIX 4, 21’, 16mm, 2000; BESEN (BERLIN 1968), 07’, 16mm, 2001; CAMERA GIRLS (LONDON 1966), 03’, 16mm, 2001; IDYLLE (WAXENBERG 1964), 02’, 16mm, 2001; PARADE (ROM 1960), 08’, 16mm, 2001; RACINE - 2 (1989 - 2000), 07’, 16mm, 2001; SATINA (PARIS 1959), 2, 02’40’’, 16mm, 2002; CLIMAX, 02’, 16mm, 2002; KALKITO (2. VERSION), 07’, 16mm, 2002; PRIMA, 05’, 16mm, 2002; RACINE - 1 (1992 - 1999), 08’, 16mm, 2002; RACINE - 3 (1976 - 2001), 07’, 16mm, 2002; VERDREHTE AUGEN, 12’, 16mm, 2002, (11 Curtas Vila do Conde 2003); ZENTRALE (2. VERSION), 09’, 16mm, 2002; BLACK DEATH FILTER, 10’, 16mm, 2003; HUH HUH 1976-1978, 2003; BASIS-PH, 05’, 16mm, 2004; ECHO-ECHO, 06’, 16mm, 2004; FIT, 01’30’’, 16mm, 2004; HOME FUN, 03’30’’, 16mm, 2004; PEEP-2, 02’30’’, 16mm, 2004; 6 FOUND FOOTAGE FILMMINIATUREN 2004, 23’, 2004; BLAH BLAH BLAH, 12’30’’,
Uma mulher, ao longo de 40 anos, caminhando na direcção da câmara do marido. Uma história de amor filmada em bitola estreita.
2006; HALLO, 7’05’’, 2006; SELEKTION, 4’, 2006; PENG-PENG, 7’, 2006; BLOCK-1, 30’, 2007; HALCION, 20’, 2007; PROF. BERNHARDS EISENBAHNFILM, 39’22’’, 2007; PRAXIS - 1, 2 & 3, 66’, 2007; PRAXIS 1 - 3 SZENEN, 22’30’’, 2008; PRAXIS
A woman is walking towards her husband’s camera for four decades. A love story on small gauge film.
2 - 11 SZENEN, 20’, 2008; PRAXIS 3 - 7 SZENEN, 22’30’’, 2008; OZEAN, 8’, 2008; VERDREHTE AUGEN. VIDEOVERSION, 11’30’’, 2008.
THE MOVIE VANISHES France Dubois, 2009
Produção Production Karsten Krause Contacto de Cópia Copy Contact Karsten Krause, +494018887509, karsten@workscited.de, http://www.workscited.com Argumento Script Karsten Krause Montagem Editing Karsten Krause Filmografia Filmography EX PATRIA (co-direction), DOC, 39’, 2006; A FUNDAMENTAL RIGHT, DOC, 29’, 2007; THE TIME IT TAKES, DOC, 40’, 2008.
[XP1] Competição Experimental Competition
05’, 16mm, 2001; SEKUNDEN IM PARK (WIEN 1968), 03’, 16mm, 2001; BLITZE
França France, EXP, 4’, Video, BW
ZWÖLF BOXKÄMPFER JAGEN VIKTOR QUER ÜBER DEN GROSSEN SYLTER DEICH 140 9 ZEBRAS CAOLHAS DE JAVA QUEREM MANDAR UM FAX PARA MOÇA GIGANTE DE NOVA IORQUE THE QUICK BROWN FOX JUMPS OVER THE LAZY DOG
Johann Lurf, 2009 Áustria Austria, EXP, 3’, 35mm, COL
Variação sobre “The Lady Vanishes” de Alfred Hitchcock. Não se trata de uma mulher desaparecida, mas de um filme que desapareceu deixando vagas impressões na nossa memória. Variation on ‘The Lady Vanishes’ by Alfred Hitchcock, which is not about the disappearance of a woman, but
Compilação engenhosa e alucinante de uma sequência de fotogramas de filmes provenientes de outros filmes. O título é um pantograma (frase com sentido em que são usadas todas as letras do alfabeto de uma determinada língua). Ingeniously compiled sequence of 3664 found film frames contains a different image for each viewer to latch onto. 3664 found film frames are projected in this ingeniously compiled sequence. Which ones
43
XP1
the mind lingers upon will vary per viewer. Zwölf Boxkämpfer… (the title is a pangram) contains as many films as there are spectators.
PARALLAX Inger Lise Hansen, 2009 Áustria Austria, EXP · ANI, 5’, 35mm, COL
Produção Production Johann Lurf, Contacto de Cópia Copy Contact Gerald Weber, +4315260990, gerald@sixpackfilm.com Argumento Script Johann Lurf Fotografia Photography Andi Winter, Lorenzo Wasner, Mark Gerstorfer Montagem Editing Johann Lurf Filmografia Filmography (OHNE TITEL), 3’, 2003; PAN, 1’, 2005; VERTIGO RUSH,
[XP1] Competição Experimental Competition
19’, 2007; 12 EXPLOSIONEN, 6’, 2008.
TREES OF SYNTAX, LEAVES OF AXIS ARVORES DA SINTAXE, FOLHAS DO EIXO
Daïchi Saïto, 2009 Canadá Canada, EXP, 10’, 35mm, COL
Um filme processado à mão, abstracto e maravilhoso, no qual a visão e o som convergem numa cadência perfeita. Música hipnótica com o violino de Malcolm Goldstein. Marvellous, abstract, hand-processed film in which vision and sound converge in a perfect cadence. Hypnotic violin music by Malcolm Goldstein.
Parallax celebra a supremacia da máquina sobre o olhar humano, tal como em La Région Centrale (1971) de Michael Snow de uma forma mais complexa. Ao estetizar, o deslizar mecânico da sua câmara de 16mm sobre as ervas cobertas de gelo e sobre neve que cai levemente, Hansen produziu um tipo de cinema automático no qual processos temporais deixam de ter sentido. As nuvens movem-se demasiado depressa na parte de baixo da imagem, alguns pedaços de erva tremem em movimentos rápidos, umaa luz do sol ténue brilha brevemente sobre o solo como se fosse uma ligação eléctrica com defeito. Até a neve que cai para cima parece parar quando a câmara pára de filmar, sujeita a uma manipulação misteriosa. O filme simula um mundo desnaturado no qual a complexa banda sonora rapidamente deixa a sua distante confusão de vozes atrás para entrar em paisagens sonoras a que ninguém pode aceder. Stefan Grissemann In “Parallax” the Norwegian director rotates the camera 180 degrees launching it on a journey through frightening landscapes where the sky and the Earth seem to have changed places. Parallax simulates a denatured world in which even the complex soundtrack soon leaves its distant confusion of voices behind to enter soundscapes that no one can access.
Produção Production Daïchi Saïto, Double Negative Collective Contacto de Cópia Copy Contact Light Cone Distribution, lightcone@lightcone.org, http://www.lightcone.org Fotografia Photography Daïchi Saïto Montagem Editing Daïchi Saïto Som Sound Malcolm Goldstein Filmografia Filmography CHIASMUS, 2003; CHASMIC DANCE, 2004; BLIND ALLEY AUGURY, 2006; 1X1, 2007; FRIEZE LANDSCAPE, 2007; ALL THAT RISES, 2007; GREEN FUSE, 2008.
44
Em “Parallax” a realizadora norueguesa roda a câmara 180 graus lançando-a numa viagem por paisagens asssustadoras onde o céu e a Terra parecem ter trocado de lugar. O filme simula um mundo desnaturado no qual até a complexa banda sonora rapidamente deixa para trás a sua confusão de vozes distantes para entrar em paisagens sonoras inacessíveis.
Parallax celebrates the supremacy of the machine over the human gaze, as did Michael Snow’s La région centrale (1971) in a more complex way. By aestheticizing the mechanical gliding of her Super 16mm camera over ice-coated grass and the light blowing snow, Hansen produced a kind of automatic cinema in which familiar temporal processes no longer apply. The clouds move past much too quickly in the lower portion of the picture, a few blades of grass tremble in fast motion, and weak sunlight flickers briefly over the ground like a faulty electrical connection. Even the snow falling upward seems to stop when the camera comes to a halt, subject to a mysterious kind of manipulation. Parallax simulates a denatured world in which even the complex soundtrack soon leaves its distant confusion of voices behind to enter soundscapes that no one can access. Stefan Grissemann
Produção Production Inger Lise Hansen · Genoveva Rückert, OK Linz, ingerlisehansen@hotmail.com Contacto de Cópia Copy Contact Gerald Weber, Sixpackfilm, +4315260990, gerald@sixpackfilm.com, http://www.sixpackfilm.com Fotografia Photography Inger Lise Hansen
In “Strips”, a vintage erotic film is cut into stripes and then reassembled. As these filmstrips are displaced and manipulated, a shift from figuration to abstraction is occurring. A playful look at what is shown and hidden in the image, on the appearance of an erotism and on the ideas of presence and absence. In cinemascope.
XP1
Filmografia Filmography TILT, 1991; TALKING TO A STONE, 1993; STATIC, 1995; HUS, 1998; TRIPTYCH, 2001; ADRIFT, 2004; HERE AFTER, 2004; PROXIMITY, 2006; CASTING THE SHADOWS, 2007; TRAVELLING FIELDS, 9’, 2009.
SEA SERIES #5-7 John Price, 2010 Canadá Canada, EXP, 10’, 35mm, BW
Produção Production Félix Dufour-Laperrière, +15145216623, felixdlap@yahoo.ca Contacto de Cópia Copy Light Cone Distribution, lightcone@lightcone.org, http://www.lightcone.org Som Sound Gabriel Dufour-Laperrière Filmografia Filmography UN, DEUX, TROIS, CRÉPUSCULE, ANI, 16’, 2006; HEAD, ANI, 4’, 2006; VARIATIONS SUR MARILOU, ANI, 7’, 2007; ROSA ROSA, ANI, 8’,
Três sequências cruas de imagens marítimas e de pessoas foram filmadas com equipamento e material antigo obtendo um granulado tangível.
M Félix Dufour-Laperrière, 2009 Canadá Canada, ANI · EXP, 7’40’’, 35mm, BW
Three coarse sequences of grand sea views and small people were shot on outdated material with a beautiful, tangible graininess. Produção Production Lea Carlson, Film Diary, filmdiary@yahoo.ca Contacto de Cópia Copy Contact John Price, +14167624884,Film Diary, john@filmdiary.org, http://www.filmdiary.org Fotografia Photography John Price Montagem Editing John Price Actores Main Actors Charlie Price, Estelle Price Filmografia Filmography DREAD, 1992; OUTLET, 1993; VIEW/WATCH/LOOK/SEE, 1995; THE VIEW NEVER CHANGES, 1996; P.N.E, 1996; SUNSET, 1997; NATION, 1997; WRECK, 1997; AGATE’S PARTY, 1998; REMEMBRANCE, 1999; WEST COAST
[XP1] Competição Experimental Competition
2008 (17 CURTAS VILA DO CONDE 2009); M, ANI, 7’40’’, 2009.
REDUCTION, 2000; AFTER EDEN, 2000; 427 & 401, 2001; NINE + 20, 2001; BEATI MUNDO CORDE (co-direction), 2002; FIRE #1-3, 2003; FAREWELL, 2003; DEVRY SERIES #1-2, 2003; PASSAGES, 2003; THE VANAULEY PROJECT, 2004; TEN THOUSAND DREAMS, 2004; PARTY SERIES #1-2, 2005; REMEMBRANCE DAY PARADE, 2005; MAKING PICTURES, 2005; THE ALMANAC, 2005; PARTY SERIES #4, 2006; EVE, 2006; GUN/PLAY, 2006; VIEW OF THE FALLS FROM THE CANADIAN SIDE, 2006 (15 Curtas Vila do Conde, 2007); INTERMITTENT
“M” é um filme abstracto no qual se manipulam e justapõem estruturas animadas. Pequenas construções arquitectónicas desenhadas à mão expandem-se e transformam-se, formando nebulosas ou estruturas mais complexas que lembram constelações e outros grupos de estrelas.
MOVEMENT, 2006; CAMP SERIES #1-3, 2007; THE BOY WHO DIED, 2007; NAISSANCE, 2007; SEA SERIES #1-2, 2008; FOUR + 1, 2008; THE SOUNDING LINES ARE OBSOLETE, 2009.
STRIPS Félix Dufour-Laperrière, 2010 Canadá Canada, EXP, 5’32’’, 35mm, B&W
Em “Strips”, um filme erótico clássico é cortado em tiras e depois re‑montado. À medida que estas tiras de filme são deslocadas e manipuladas ocorre um desvio do figurativo para o abstracto. Um olhar bem humorado sobre o que é mostrado e escondido numa imagem, sobre como aparece o erotismo e sobre a ideia de presença e ausência. Em CinemaScope.
“M” is a film of assemblage, juxtaposition and manipulation of animated structures. Small architectures appear and overlap. Brief nebulas arise, the most complex structures sometimes recalling constellations and other stellar clusters. Produção Production Félix Dufour-Laperrière, +15145216623, felixdlap@yahoo.ca Contacto de Cópia Copy Contact Light Cone Distribution, lightcone@lightcone.org, http://www.lightcone.org Som Sound Olivier Calvert Música Music Gabriel Dufour-Laperrière Animação Animation Felix Dufour-Laperrière Filmografia Filmography UN, DEUX, TROIS, CRÉPUSCULE, ANI, 16’, 2006; HEAD, ANI, 4’, 2006; VARIATIONS SUR MARILOU, ANI, 7’, 2007; ROSA ROSA, ANI, 8’, 2008 (17 CURTAS VILA DO CONDE 2009); STRIPS, 6’, 2010.
45
XP2
CASCADE Robert Todd, 2010 EUA USA, EXP, 17’54’’, 16mm, COL
Produção Production Guillaume Cailleau Contacto de Cópia Copy Contact Guillaume Cailleau, +4917621536242, g_cailleau@hotmail.com Argumento Script Guillaume Cailleau Fotografia Photography Guillaume Cailleau Montagem Editing Guillaume Cailleau Actores Main Actors Hanna Slak, Jonathan Cailleau
Um fluxo de imagens, momentos de luz caindo sobre transparências, umas sobre as outras, para revelar a passagem de um ano.
Filmografia Filmography VACHE, OISEAU, CYCLISTES, video installation, miniDV, 10’ loop, 2006; MARIA, QUADRATISCHE GEDENKE, miniDV, 1’, 2006; RVLNA, miniDV, 1’, 2006; TRAS&, miniDV, 1’, 2006; BLITZKRIEG, miniDV, 2’30’’, 2007;
[XP1] Competição Experimental Competition
A stream of imagery, moments of light falling into transparency over one another to reveal the passage of a year. Produção Production Robert Todd Contacto de Cópia Copy Contact Robert Todd, Emerson College, +16178248867, robert_todd@emerson.edu, http://www.roberttoddfilms.com Fotografia Photography Robert Todd Montagem Editing Robert Todd
THROUGH (co-direction),16 mm, 3’, 2008; UNE CHAMBRE _ DES PETITES HISTOIRES DU TEMPS #1, miniDV, 28’, 2009; UN NUAGE _DES PETITES HISTOIRES DU TEMPS #3, HD, 24’, 2009.
CINEMA Eder Santos Junior, 2009 Brasil Brazil, EXP, 13’, Video, COL
Filmografia Filmography RADIO-THERAPY, 12’, 1989; SHUT UP, 3:00, 1992; LOST SATELLITE, 11’, 1993; FAMILY HISTORY, 6’30’’, 1995; FORGOTTEN TIME, 9’, 1995; MEDITATIONS, 23’, 1997; SPEAK: WHEN THERE ARE NO WORDS, 6’45’’, 1997; FISHERMAN: A BIRTHDAY WISH, 5’30’’, 1999; FABLE: I WANT THE WORLD CLEAN, 15’30’’, 1999; WAIT, 8’30’’, 2000; CLIP, 3’10’’, 2001; CLAM UP, 3’10’’, 2002; OUR FORMER GLORY, 9’, 2002; HAPPY PEPPY SPARKY DOGGY, 2’30’’, 2002; TRAUMA VICTIM, 17’, 2002; LATENT, 3’15’’, 2003; WATCH: FILM&VIDEO, 18’30’’, 2003; STABLE, 7’, 2003; THUNDER, 11’, 2004; SWING, 17’40’’, 2004; FLOWERGIRLS, 14’, 2004; RISING TIDE, 25’, 2004; IN LOVING MEMORY, 47’, 2005; EVERGREEN, 15’, 2005; QUALITIES OF STONE, 11’, 2006; BLISS, 4’30’’, 2006; INTERPLAY, 6’30’’, 2006; THERE, 9’35’’, 2006; OFFICE SUITE, 15’, 2007; 21 ALLEYS, 8’45’’, 2007; CABINET, 10’, 2007; NEIGHBORS, 4’30’’, 2007; RING, 12’, 2007; DIG, 2’40’’, 2007; CREATION MYTH, 6’, 2007; SPIRIT HOUSE, 10’45’’, 2008; NEST, 4’30’’, 2008; ANTECHAMBER, 11’45’’, 2008;
GROUNDPLAY, 12’, 2009.
Na zona rural de Minas Gerais, Brasil, as coisas seguem o seu próprio ritmo... Um candeeiro de rua, a chuva, rapazes a jogar à bola na rua, uma cerca em arame farpado.
H(I)J
In the countryside of Minas Gerais things have their own particular time. A street lamp, the rain, the boys who play soccer in the streets, a barbed wire fence.
PASSING (SHORT VERSION), 4’, 2008; FRATERNITY FARM, 7’15’’, 2008; QUIVER, 10’, 2008; SISTERS, 3’30’’, 2008; RIVERBED, 17’30’’, 2008; ROSE, 8’45’’, 2008; REPAIR, 14’40’’, 2009; GATHERING, 4’30’’, 2009; SPECTRAL CYCLE, 5’, 2009;
Guillaume Cailleau, 2009 Alemanha Germany, EXP, 6’, 16mm, BW
Filme de 16 mm, a preto e branco processado à mão, extremamente rico em contrastes. Uma visualização do silêncio solitário, uma figura no mar, mudança e concepção. Hand-processed 16mm film, extremely rich in contrast, visualizing solitary silence, a figure at sea, change and conception.
46
Produção Production Eder Santos, Trem Chic, edersanjr@gmail.com Contacto de Cópia Copy Contact Edgar Santos Junior, Trem Chic, +553132346480 andre@tremchic. com, http://www.tremchic.com Argumento Script Eder Santos Fotografia Photography Andre Hallak, Leandro Aragão Montagem Editing Eder Santos Som Sound Stephen Vitiello Música Music Stephen Vitiello Filmografia Filmography THIS NERVOUS THING, video, 20’, 1990 (1 Curtas Vila do Conde, 2003); JANAUBA, video, 20’, 1993; INTRIGUE PEOPLE, 35mm, 72’, 1995; NEPTUNES CHOICE, 15’, 2003; DELICADEZA DO AMOR, 35mm, 9’, 2004.
CI SONO GLI SPIRITI SÃO OS ESPÍRITOS THERE ARE THE SPIRITS
Alvise Renzini, 2009
Portrait of an animal in distress in an episode from a series of Scottish short films based on the Ten Commandments that calls attention to the 60th birthday of the Universal Declaration of Human Rights. For artist Douglas Gordon, the right to not be tortured is also applicable to animals.
XP2
“São os Espíritos” é uma interpretação visual livre de um sonho de Carl Gustav Jung. O sonho começa com um dos arquétipos mais comuns: o lar, local familiar por excelência, como uma entidade desconhecida e inexplorada. Jung entra numa série de quartos “secretos”: o primeiro é um laboratório zoológico onde o seu pai leva a cabo várias experiências. O segundo um quarto onde a mãe tenta capturar espíritos. O terceiro é um grande hall de hotel, que indica a existência de milhares de outros quartos e onde toca uma orquestra. “There are the Spirits” of a Carl Gustav Jung’s dream. The dream starts off with a quite common archetype: one’s own home, the most familiar place for each of us, as an unexplored entity. Jung finds himself entering a series of “secret” rooms: the first room is an zoological laboratory where his father carries out several experiments. The second is a bedroom where his mother attempts to capture spirits. The third is a big hotel’s Hall, prelude of thousands of other rooms, where an orchestra is playing.
Produção Production Noe Mendelle · Nick Higgins, Docscene, n.mendelle@eca.ac.uk, http://www.docscene.org Contacto de Cópia Copy Contact Finlay Pretsell, Scottish Documentary Institute, +441312216125, f.pretsell@eca.ac.uk, http://www.scottishdocinstitute.com Argumento Script Montagem Editing Ninon Liotet Som Sound Allan Young Música Music Jim Sutherland Bio-Filmografia Bio-Filmography Douglas Gordon was born in Glasgow in 1966. He won the Turner Prize in 1996 and has had major solo exhibitions at Tate Liverpool (2000), Museum of Contemporary Art, Los Angeles (2001), The Hayward Gallery, London (2002) and Van Abbemuseum, Eindhoven (2003). In 2005, he curated ‘The Vanity of Allegory’, an exhibition at the Deutsche Guggenheim, Berlin and released the film ‘Zidane - A 21st Century Portrait’. Recent solo exhibitions include ‘Superhumanatural’ at the National Gallery of Scotland (2007), ‘Between Darkness and Light’ at the Kunstmuseum Wolfsburg, Wolfsburg (2007), and ‘Timeline’ at MoMA, New York (2006). Upcoming solo exhibition at the Yvon Lambert Collection and the Palais des Papes, Avignon in July 2008. Gordon lives and works in Glasgow, Berlin and New York.
Produção Production Benedetto Lanfreanco, Opificio Ciclope Contacto de Cópia Copy Contact Alvise Renzini, Opificio Ciclope, +39051308060, opificio.ciclope@gmail.com, http://www.opificiociclope.com Argumento Script Alvise Renzini Montagem Editing Benedetto Lanfranco Som Sound Bruno Germano Música Music Blake/e/e/e
AUSSTIEG
[XP2] Competição Experimental Competition
Itália Italy, ANI · EXP, 5’53’’, Video, COL
Jorge Quintela, 2010 Portugal, EXP, 8’, Video, COL
Filmografia Filmography IL VITELLO D’ORO, 4’30”, ANI, 35mm, 2000; AT THE BARBER’S, 2’02”, video, 2001; THE CYCLOPS, 1’50”, video, ANI, 35mm, 2001; VITE DEI SANTI, 6’30”, TV series, ANI, 2002; GRANDE ANARCA, 18’, ANI, 35mm, 2003; U.S.O.-UNIDENTIFIED SUBMERGED OBJECTS, TV series 12 x 6’, 2004.
THE RIGHT TO NOT BE TORTURED O DIREITO A NÃO SER TORTURADO
Douglas Gordon, 2009 Reino Unido United Kingdom, DOC, 10’, Video, COL
Retrato filmado de um animal em sofrimento, é um dos episódios de uma série de curtas escocesas baseadas nos Dez Mandamentos com o objectivo de chamar a atenção para o 60º Aniversário da Declaração Universal dos Direitos do Homem. Para o artista Douglas Gordon o direito a não ser torturado também se aplica aos animais.
Um filme de bolso num comboio entre duas estações em Berlim. A pocket movie in a train between two stations in Berlin. Produção Production Jorge Quintela · Rodrigo Areias · Mário Gomes, Bando À Parte, jorge.r.quintela@gmail.com Contacto de
47
XP2
Cópia Copy Contact Rodrigo Areias, Bando À Parte, +351253581166, areias@bandoaparte.com, http://www.bandoaparte.com Argumento Script Pedro Bastos Fotografia Photography Jorge Quintela Montagem Editing Jorge Quintela Som Sound Jorge Quintela Música Music Morteshopping
sobrepõem ligeiramente; mas todas tiveram algo em comum que as une: o som dos meus pais a conversar à hora do deitar. Voltei a casa e apercebi-me de que os sons já não são os mesmos. O som do presente é a minha mãe a falar com os cães que ela criou para substituir os filhos que cresceram e saíram de casa.
Filmografia Filmography ON THE ROAD TO FEMINA, DOC, 58’, 2010.
THE SHUTDOWN Adam Stafford, 2009 Reino Unido United Kingdom, DOC, 10’, Video, COL
The images that appeared, looking back on the memories of different films I had seen; some are vivid, some vaguely overlapping; but all of them had a common thread stringing them together, that is the sound of my parents talking at bed time. I traveled back home only to find that they are no longer the same. The present sounds is of my mother talking with the dogs she has raised to replace her sons, who have all grown up and living away from home. Produção Production Apichatpong Weerasethakul, Kick The Machine Films, kickthemachine@gmail.com Contacto de Cópia Copy Contact Chaisiri Jiwarangsan, +66846816993, kickthemarx@gmail.com, http://www.kickthemachine.com Argumento Script Chaisiri Jiwarangsan Fotografia Photography Apichatpong Weerasethakul Montagem Editing Chaisiri Jiwarangsan Filmografia Filmography SMALL VILLAGE AND IT’S REMAINS, DOC, 15’30’’,
[XP2] Competição Experimental Competition
2009.
Alan Bissett evoca a experiência intensa de crescer junto a uma das maiores petroquímicas europeias e o drama vivido após uma explosão que deixou o seu pai temporariamente incapacitado. Alan Bissett recalls the intense experience of growing up next to one of Europe’s largest petrochemical plants and the harrowing experience of an explosion that temporarily deformed his father. Produção Production Peter Gerard · Leo Bruges · Andy Green, Accidental Media Contacto de Cópia Copy Contact Peter Gerard, Accidental Media, +447859008643, peter@accidental.tv, http:// www.accidental.tv Argumento Script Alan Bissett Fotografia Photography Leo Bruges Montagem Editing Leo Bruges, Adam Stafford, Peter Gerard Música Music Adam Stafford Filmografia Filmography FIRST FILM.
MY MOTHER AND HER PORTRAIT Chaisiri Jiwarangsan, 2009 Tailândia Thailand, EXP, 4’03’’, Video, COL
48
As imagens que surgiram ao revisitar as memórias que tenho dos filmes que vi; umas vívidas, outras que se
DRIFT Christina von Greve, 2010 Alemanha Germany, EXP, 7’30’’, Video, COL
contact@exquise.org, http://www.heure-exquise.org Argumento Script Maurice Roche Fotografia Photography Philippe Rouy Montagem Editing Philippe Rouy Som Sound Philippe Rouy Música Music Julie Läderach Actores (vozes) Main Actors (voices) Maurice Roche
XP3
Filmografia Filmography BEYROUTH, LITTORAL (with Agnès Ravez), 2002; ETÁN (with Agnès Ravez), 2004; PASSE] [PORT, 2008; SURVISIONS, 2008; AU FUR QUE TU PERDRAS LA VUE, 2008; CHEVAL BLÊME, 2009; HYPN, EXP, 7’30’’, 2009; LA VOÛTE, 2010.
SILICA-ESC Vladimir Todorović, 2010 Singapura Singapore, EXP · ANI, 7’41’’, Video, COL
Fantasia a partir de sequências de filmes. Recordo os meus sonhos pelas suas cores: vermelho, laranja e amarelo.
Produção Production Christina von Greve · C-Schulz, Zuckerzeit Media Contacto de Cópia Copy Contact Christina von Greve, Zuckerzeit Media, zuckerzeit@gmx.de, http://www.zuckerzeit.de Fotografia Photography Christina von Greve Montagem Editing Christina von Greve Música Music C-Schulz
Filme feito a partir de imagens geradas por computador que retrata uma possível plataforma computacional para o futuro. A história passa-se em Singapura onde se prepara a decisão sobre um novo dispositivo.
Filmografia Filmography SPIRAL, EXP, 16mm, BW, 4’30“, 1998; THE DREAMS, EXP, 35mm, COL, 40’, 2002; DESDE LA MEMORIA, EXP DOC, BETA SP, COL, 7’30“, 2003; SWELAN, EXP, BETA SP, COL, 5’10“, 2005; FLICKER (with C-Schulz), EXP, 35mm, BW, 10’, 2006; XAXAPOYA, EXP, Beta SP, COL, 22’30“, 2007.
HYPN Philippe Rouy, 2009 França France, EXP, 7’30’’, Video, COL
SILICA-ESC is a generative movie that portrays possible computing platform for the future. The story takes place in Singapore, where the decision about massive production of the new computing platform - SILICAESC is about to be made. Produção Production Vladimir Todorović, ADM/NTU Contacto de Cópia Copy Contact Vladimir Todorović, ADM/NTU, +6596522036, vlada@ntu.edu.sg, http://tadar. net Argumento Script Vladimir Todorović Música Music Brian o’Reilly
[XP3] Competição Experimental Competition
“Drift”: dreamlike sequence using self processed developed film sequences... I remember my dreams by the color there are: red, orange, yellow.
Filmografia Filmography ABOUT FACE, video, 2000. 7, video, 2001. TALKING FROM THE BARREL, video, 2001. THE SNAIL ON THE SLOPE, generative movie, 2009.
STATE OF FLUX: WAVE #1 Rainer Gamsjäger, 2009 Áustria Austria, EXP, 3’35’’, Video, COL
Nas profundezas da velocidade, o olhar perde-se, esvaído à beira da insónia. In the depths of speed, the eyes get lost, washed up on the verge of insomnia. Produção Production Philippe Rouy, +33611326478, p.rouy@free.fr Contacto de Cópia Copy Contact Thierry Destriez · Véronique Thellier, Heure Exquise, +33320432432,
A série de vídeos STATE OF FLUX pode ser vista como um estudo da natureza no seu sentido mais lato. O ponto de partida foi o interesse pelo comportamento de sistemas caóticos. Neste caso cria-se um espaço
49
XP3
digital paralelo onde vemos fluxos de água. A água continua a correr mas de uma forma diferente.
CENTIPEDE SUN
The videoseries STATE OF FLUX can be understood as a nature study in the broadest sense. Initial point was the interest in chaotic systems and their behaviour. Here especially water and waterstreams in a therefor created digital parallel space. The water keeps in flowing, but it flows somehow different.
Mihai Grecu, 2010 França France, EXP, 10’10’’, Video, COL
Produção Production Rainer Gamsjäger, rainer.gamsjaeger@liwest.at Contacto de Cópia Copy Contact Gerald Weber, Sixpackfilm, +4315260990, gerald@sixpackfilm.com, http://www.sixpackfilm.com Argumento Script Rainer Gamsjäger Fotografia Photography Rainer Gamsjäger Montagem Editing Rainer Gamsjäger Som Sound Rainer Gamsjäger Filmografia Filmography TRIFTER 1, 8’, 2008; STATE OF FLUX - WAVE#1 / WAVE#2 / WAVE#3, 11’, 2009.
SNAKES
[XP3] Competição Experimental Competition
Patrick Jolley, 2009 Índia India · Ireland Irlanda, EXP, 5’, Video, BW
A mesmerizing video poem on transforming landscapes: series of metaphors of isolation, deconstruction and the limits of the inhabitable territory create a unique view of the contemporary environmental condition. This project was started after the filmmaker found the Altiplano region in Chile. A symbol of isolation, this region is the film’s main character. Produção Production Mathematic Studio · Mihai Grecu · Arcadi · SCAM Contacto de Cópia Copy Contact Mihai Grecu, +33616605746, m_f_grecu@yahoo.fr, http://www.mihaigrecu.org Fotografia Photography Enrique Ramirez Montagem Editing Momoko Seto Som Sound Herman Kolgen Música Music Herman Kolgen
Na rua, o ruído do trânsito que se escoa lentamente à chuva. Num apartamento silencioso, um homem está deitado na cama. Cobras entrelaçam-se sobre ele, rastejando suavemente através das suas roupas.
Filmografia Filmography METAMORPH 1, 2’30“, miniDV, 2004; METAMORPH 2, 3’20“, miniDV, 2004; IRONMAN_PLATZ, 4’40“, miniDV, 2004; FREON (with Thibault Gleize), 7’40”, miniDV, 2004; THE NERVE GAS SUITE: I. TABUN, II. SARIN, III.SOMAN, 8’00“ x 7’20“ x 7’30“, miniDV, 2004/2005; CRAWL (with Guo Ran), 6’45”, miniDV, 2005; OSMIUM, 7’30”, dvCAM, 2006; LENIN/LENNON (with
Sounds of slow traffic on a rainy street. A man in a cheap suit lies on the bed in a quiet apartment. Snakes entwine him, crawling slowly in and out of his clothes. Produção Production Patrick Jolley · Edwina Forkin, Zanzibar Films, pjolley@googlemail.com Contacto de Cópia Copy Contact Edwina Forkin, Zanzibar Films, +35312850063, edwina@zanzibarfilms.net, http://www.zanzibarfilms.net Fotografia Photography Denise Woods Montagem Editing Bobby Good Som Sound Brian Crosby Música Music Brian Crosby Filmografia Filmography DROWNING ROOM,Super 8, 2000 (10 Curtas Vila do Conde, 2002); SEVEN DAYS ‘TIL SUNDAY (co-direction),Super 8, 2000; BURN (co-direction), 16mm, 2001 (10 Curtas Vila do Conde, 2002); HEREAFTER (co-direction), 16mm/Super 8, 2004; SUGAR (co-direction), 16mm/Super 8, 2005; SOG, 16mm, 2007; FALL, 16mm, 2008 (17 Curtas Vila do Conde, 2009).
50
Um poema vídeo espetacular sobre paisagens em transformação: uma série de metáforas sobre o isolamento, desconstrução e sobre os limites de um território inóspito criam uma experiência visual única das condições ambientais de hoje em dia. Este projecto nasceu depois do autor ter descoberto a região de Altiplano, no Chile. Símbolo de isolamento, esta região é a personagem principal do filme.
Pascal Lièvre), 3‘30”, miniDV, 2006; ORCAILLE (video by the Orpaille collective), 6’40’’, miniDV, 2006; IRIDIUM, 4’10’’, dvCAM, 2006; UNLITH,7’58’’, HD Cam, 2007; COAGULATE, 5’56’’, HD Cam, 2008.
STORYTELLER Nicolas Provost, 2010 Bélgica Belgium, EXP, 7’40’’, Video, COL
Recomposição de planos aéreos da zona dos casinos em Las Vegas criando uma artificialidade com reminiscências de ficção científica. À primeira vista o espectador pode pensar estar a ver naves espaciais flutuando lentamente através do Universo. Quando a câmara se aproxima dos edifícios o brilho hipnótico da cidade revela algo de uma beleza pura e de loucura. Usando a técnica relativamente simples, Provost manipula e influencia a interpretação das imagens, criando um equilibrio cuidado entre o figurativo e o abstracto. At first glance, the viewer might think of space ships floating slowly through the universe, but quickly ‘Storyteller’ reveals its source: images of downtown
Las Vegas shot from a helicopter. When the camera focuses on building and architecture, the detailed glitter and kitsch of the city reveals itself. Using the relatively simple technique of the horizontal mirroring screen, Provost’s manoeuvres and influences the interpretation of images, carefully balancing between the figurative and the abstract. He manipulates time, codes and form, twisting and shaping an experimental sensation that tightly bind visual art and cinematography.
no caso mais importante de avistamento de OVNI´s no Reino Unido originando abundantes rumores de conspirações e tentativas de encobrimento.
XP3
On a winter’s night in 1980, American servicemen stationed at an RAF base, witnessed some ‘unexplained lights’ in Rendlesham Forest. The incident has since become Britain’s most famous UFO mystery with abounding rumours of conspiracies and cover-ups. Some argue that the incident was a hoax whilst others believe that the forest is a doorway to another dimension. Maintaining a balance between celebration and criticality, this film revisits the forest, thirty years later, in search of similarly ‘inexplicable’ events. Produção Production Joe King · Rosie Pedlow, Folk///Projects, info@folk-projects.co.uk Contacto de Cópia Copy Contact Rosie Pedlow, Folk///Projects, +441206825571, rosiepedlow@folk-projects.co.uk, http://www. folk-projects.co.uk Fotografia Photography Joe King, Rosie Pedlow Montagem Editing Joe King, Rosie Pedlow Som Sound Joe King, Rosie Pedlow Música Music Joe King Filmografia Filmography [Joe King & Rosie Pedlow] SEA CHANGE, 2005; THE CITY SPEAKS, 2007. [Joe King] SURVEY, 2002; MOBIUS STRIP, 1999; METRONOME, 1996. [Rosie Pedlow] TULIPS AT DAWN, 2002 (11 Curtas Vila do Conde, 2003); ENTRANCE, 2003; IMMORTAL STORIES, 2006.
LOPUN ALKUJA
Filmografia Filmography SPLINTER, 05’,1999; NEED ANY HELP?, 06’52’’, video, 2000; POMMES D’AMOUR, 04’53’’, video, 2001 (12 Curtas Vila do Conde, 2004); MADONNA WITH CHILD, 05’, video, 2001; YELLOW MELLOW, 02’30’’, video,
O íNICIO DO FIM BEGINNING AN ENDING
2002; BONJOUR MADAME, 03’, video, 2002; WOULD YOU LIKE TO DANCE?, 15’,
Jani Ruscica, 2010
video, 2002; GOOD AFTERNOON, GENTLEMEN, 03’30’’, video, 2002; I HATE THIS
Finlândia Finland, EXP, 17’, Video, COL
TOWN!, 02’, video, 2002, (11 Vila do Conde ISFF, 2003); PAPILLON D’AMOUR, 04’, video, 2003 (12 Curtas Vila do Conde, 2004); BATAILLE, 07’, video, 2003 (12 Curtas Vila do Conde, 2004); OH DEAR..., 01’, video, 2004 (12 Curtas Vila do Conde, 2004, Great Prize Experimental); EXOTICORE, 27’, 35mm, 2004 (12 Curtas Vila do Conde, 2004); INTRODUCTION, 7’, Betacam, 2005; THE DIVERS, 6’40”, 2006; INDUCTION, 10’, 2006; SUSPENSION, 4’27”, 2007; GRAVITY, 6’07”, 2007 (15 Curtas Vila do Conde, 2007); PLOT POINT, 13’39”, 2007 (15 Curtas Vila do Conde, 2007, Prix UIP); LONG LIVE THE NEW FLESH, 14’, 2009; STORYTELLER, 7’40”, 2010; ABSTRACT ACTION, 4’, 2010; STARDUST, 18’, 2010.
[CE3] Competição Experimental Competition
Produção Production Nicolas Provost, Nicolas Provost Films, provost@online.no, http://nicolasprovost.com Contacto de Cópia Copy Contact Laurence Alary, Argos Arts, distribution@argosarts.org, http://www.argosarts.org Argumento Script Nicolas Provost
STRANGE LIGHTS LUZES ESTRANHAS
Joe King, Rosie Pedlow, 2010 Reino Unido United Kingdom, EXP · DOC, 8’08’’, Video, COL
Numa noite de Inverno em 1980, soldados americanos estacionados numa base da RAF, afirmaram ter observado algumas “luzes de origem desconhecida” na floresta de Redendlesham. O incidente tornou-se
Os sete actores amadores de “Beginning an Ending” transformam a tela em branco, que é o estúdio vazio, num palco temporário para as suas visões do futuro. As sete variações sobre o futuro e o eventual fim dos tempos, reflectem o modo como a história e o passado de cada um, assim como a imagética que nos chega pelos media e a cultura popular, moldam as nossas noções sobre o futuro. “Beginning an Ending” é meramente uma imagem dos tempos de cada um. Afinal de contas o futuro é apenas uma reflexão sobre o presente. The seven amateur actors of “Beginning an Ending” morph the blank canvas of the film studio into a temporary stage for their visions of the future. The seven variations on the future and the eventual end of time reflect how history and the past as well as the imagery mediated by the media and popular culture shape our notions about the future. A meditation on the creation of images, theatrical and cinematic representation, Beginning an Ending is merely an
51
XP3
image of its own times. In the end the future can only be a reflection of the present. Produção Production Jani Ruscica, Askel Productions Contacto de Cópia Copy Contact Jani Ruscica, Askel Productions, +35807085361, jani@soon.com Argumento Script Jani Ruscica Montagem Editing Tiina Aarniala, Jani Ruscica Som Sound Anne Tolkkinen Animação Animation Henri Tani Actores Main Actors Virve Laasonen, Mikko Rokka, Pirjo Kari Saario, Jorma Hellström, Koistinen Anni, Sulo Jokinen, Vesa Salm Filmografia Filmography PILGRIM, 2003; SWAN SONG, 2004; CONTRAPUNTAL, 2005; BEATBOX (take one), 2007; BEATBOX (alternate take), 2007; EVOLUUTIOITA,
52
CLUBE DE CINEMA 8 E MEIO | WWW.8EMEIO.NET | WWW.CLUBEOITOEMEIO.BLOGSPOT.COM | CCV.ESEQ@MAIL.TELEPAC.PT
PUBLICIDADE
[XP3] Competição Experimental Competition
2008; LOPUN ALKUJA, 2009; TRAVELOGUE, 2010.
MUSIC VIDEO COMPETITION
[MV] Competição Vídeos Musicais Music Video Competition
COMPETIÇÃO VÍDEOS MUSICAIS
MV
A MOMENT OF SILENCE Diana Reichenbach, 2009 EUA USA, MV · EXP, 4’21’’, COL
[MV] Competição Vídeos Musicais Music Video Competition
Produção Production Bruno Miguel, :papercutz Contacto de Cópia Copy Contact Bruno Miguel, :papercutz, +351252119375, info@papercutzed.com, http:// papercutzed.com
A composição digital “A Moment of Silence” é uma viagem excêntrica ao subconsciente; revela os pensamentos, memórias e sonhos que surgem nas visões de um sono em vigília. Este é um trabalho realizado no âmbito da University of South California e reflecte as investigações da autora nas relação entre o som e a percepção visual.
Terri Timely, 2009 França France · EUA USA, MV · FIC, 3’44’’, COL
The digital composition “A Moment of Silence” is a whimsical journey into the subconscious, revealing the thoughts, memories and dreams that lie in the visions of half sleep. This is a work done in the University of South California and reflects the author’s research in the relations between sound and visual perception. Produção Production Diana Reichenbach, USC School Of Cinematic Arts Contacto de Cópia Copy Contact Diana Reichenbach, +15616992866, diana.reichenbach@gmail.com
LYLAC (HELIOS REMIX) :PAPERCUTZ Daihei Shibata, 2010
Terri Timely é o nome colectivo para a dupla americana Ian Kibbey and Corey Creasey, que já conta com vários vídeos musicais no currículo. “Synesthesia” é um filme de uma família asiática aparentemente normal. Contudo, a música é gerada através de uma imensidão de vegetais presentes na cozinha e noutros objectos da sala, numa desconstrução das funções naturais da realidade.
Portugal · Japão Japan, MV · ANI, 04:20, DigiBeta, COL
A banda :papercutz é um projecto português que funde a electrónica e o multi-instrumentalismo acústico num formato pop, já com um importante percurso internacional. Este videoclip funciona como lançamento do seu último álbum “Do Outro Lado do Espelho (Lylac Ambient Reworks)”, de 2010. A animação é realizada pelo artista japonês Daihei Shibata e apresenta um ambiente etéreo acompanhando várias anémonas digitais numa dança de luz que terminará numa floresta encantada e na revelação de uma mulher... anted forest and the revelation of a woman ... The band :papercutz is a Portuguese project that merges electronic and acoustic multi-instrumentalism in a pop format, already with a major international hype. This video works as a release of their latest album ““Do Outro Lado do Espelho (Lylac Ambient Reworks)”, 2010. The animation was done by the Japanese artist Shibata Daiha and presents an ethereal environment with various digital anemones in a dance of light that will end in an enchanted forest and the revelation of a woman ...
54
SYNESTHESIA
Terri Timely is the collective name for the American duo Ian Kibbey and Corey Creasey, who already have several music videos in the curriculum. “Synesthesia” is a film of an apparently normal Asian family. However, the music is generated by a multitude of vegetables in the kitchen and other objects in the living room, creating a deconstruction of the natural functions of reality. Produção Production Terri Timely, Pierre Rambaldi, Damien Fournier Perret, Big Productions Contacto de Cópia Copy Contact Elodie Gallois-Montbrun, Big Productions, +33153936800, elodie@bigproductions.fr, http://www.bigproductions.fr
JIMMY - MORIARTY Florent Cornier, Christophe Dias, 2009 França France, MV, 3’34’’, MiniDV, COL
Single de apresentação do álbum de estreia de Moriarty: “Gee Whiz but this is a lonesome town”. Recuperando o visual de antigos postais, uma animação com uma estética vintage percorre uma espécie de viagem por diferentes locais por onde viajaram essas mensagens: cidades industriais, florestas, montanhas, o mar.
Single for the debut album of Moriarty: “Gee Whiz but this is a lonesome town”. Recovering the old visual of postcards, an animation with a vintage aesthetics travels in a journey trough different places to where those messages went: industrial cities, forests, mountains, the sea.
HEAVEN CAN WAIT CHARLOTTE GAINSBOURG FT. BECK
MV
Keith Schofield, 2010
Produção Production Le Groupuscule Contacto de Cópia Copy Contact Le Groupuscule, +33662090264, contact@legroupuscule.com, http://www.legroupuscule.com
STOP 4 A MINUTE DAVID FONSECA David Fonseca, 2010 Portugal, MV, 4’08’’, HDV, BW
Charlotte Gainsbourg e Beck aparecem, neste vídeo, ao lado de diferentes situações familiares de uma diversidade social americana. Contudo, em cada um desses momentos, há elementos surpreendentes que aparecem, como criaturas alien não identificadas... Este é um single do último álbum da actriz - “IRM” - que foi escrito e produzido por Beck. O autor do videoclip é americano Keith Schofield, um premiado realizador de publicidade de Los Angeles. Charlotte Gainsbourg and Beck appear in this video side-to-side with different familiar portraits representing an American social diversity. However, in each one of those moments, there are surprising elements that appear on screen: creatures and aliens... This is a single of the actress latest album - “IRM” - that was written and produced by Beck. The music video author is the American Keith Schofield, the winning director of commercials based in Los Angeles. Produção Production Soixan7e Quin5e Contacto de Cópia Copy Contact Benoît Choquet, Soixan7e Quin5e, +33144889575, choko@75.tv, http://www.75.tv
STRAWBERRY SWING COLDPLAY Vídeo do cantor português para o single “Stop 4 A Minute”, do álbum “Between Waves”, de 2009. Filmado a preto e branco, mostra a luta ofegante e insinuante entre um homem e uma mulher.
[MV] Competição Vídeos Musicais Music Video Competition
EUA USA, MV, 2’41’’, COL
Shynola, 2010 EUA USA, MV, 4’04’’, COL
Video of the Portuguese singer David Fonseca for the single “Stop 4 A Minute” from the album “Between Waves,” 2009. Filmed in black and white, shows a breathless and insinuating struggle between a man and a woman. Produção Production Vachier & Associados Lda Contacto de Cópia Copy Contact Natália Fernandes, Vachier & Associados Lda, +351214168300, nataliafernandes@vachier.pt, http://www.vachier.pt
Fusão de animação com imagem real contando a história de um super-homem que vai resgatar uma mulher em perigo. A narrativa acompanha as aventuras e os obstáculos que o homem tem que ultrapassar. O filme foi realizado pelo colectivo Shynola para um single do álbum “Viva la Vida or Death and All His Friends”. 55
MV
Fusion of animation with live image that tells the story of a superman that will rescue a woman in danger. The narrative follows the adventures and obstacles that the man has to overcome. The film was made by the collective Shynola for a single from the album “Viva la Vida Or Death And All His Friends”, by Coldplay.
ally bright when the camera was on. Documentary and music video about a retired actress and some excerpts of her porno films, for a single of the album “Heligoland,” by Massive Attack. The band composed a seductive and spatial soundtrack, but the viewer’s attention, at first sight, goes to another focus of interest...
Produção Production EMI Music, http://www.emimusic.com Contacto de Cópia Copy Contact Martin Roker, Black Dog Films Ltd, +44274377426, mroker@rsafilms.co.uk, http://www.rsafilms.co.uk
LOOK - SEBASTIEN TELLIER Mrzyk & Moriceau, 2009
[MV] Competição Vídeos Musicais Music Video Competition
França France, MV, 4’08’’, BW Produção Production Svana Gisla, Black Dog Films, sgisla@ rsafilms.co.uk Contacto de Cópia Copy Contact Martin Roker, Black Dog Films Ltd, +44274377426, mroker@rsafilms.co.uk, http://www.rsafilms.co.uk
NOVELOS DE PAIXÃO MÃO MORTA MÃO MORTA
Rodrigo Areias, 2010 Portugal, MV, 5’50’’, COL
“Look” é um single de apresentação do álbum “Sexuality” do músico francês Sebastien Tellier. O videoclip foi realizado pelo casal Petra Mrzyk & Jean-François Moriceau e mostra a animação das costas de uma mulher e da sensualidade do seu caminhar. “Look” is a single for the album “Sexuality”, from the French musician Sebastien Tellier. The video was made by the couple Mrzyk Petra & Jean-François Moriceau and shows the animation of a woman’s back and the sensuality of her walk. Produção Production Soixan7e Quin5e Contacto de Cópia Copy Contact Benoît Choquet, Soixan7e Quin5e, +33144889575, choko@75.tv, http://www.75.tv
PARADISE CIRCUS MASSIVE ATTACK Toby Dye, 2010 Reino Unido United Kingdom, MV · DOC, 5’26’’, COL
Uma doce senhora de idade começa por descrever porque é que nunca chegou a ser prostituta e, ao mesmo tempo, conseguia brilhava sexualmente quando a câmara estava ligada. Documentário-videoclip sobre uma actriz na reforma e alguns excertos dos seus filmes-porno, para o single de apresentação do álbum “Heligoland”, dos Massive Attack. O grupo compõe uma banda sonora sedutora e espacial, mas a atenção do espectador, à primeira exibição, vai para outro motivo de interesse...
56
A sweet old woman begins to describe why she never was a prostitute, and at the same time, she was sexu-
Videoclip de apresentação do novo álbum dos Mão Morta, “Pesadelo em Peluche”. O novo disco é uma visita ao universo do escritor J. G. Ballard e a sua “Feira de Atrocidades”. “Novelos de Paixão” mostranos um longo plano sobre um camarim onde desfilam diferentes atracções: Marilyns, carrascos, travestis. Adolfo Luxúria Canibal vê imagens numa televisão e a sua voz canta: “é mais fácil perceber como voa um avião, é mais fácil antever a chegada de um tufão, do que achar, num manual, instruções para deslindar os novelos da paixão”. Videoclip for the promotion of the Portuguese band Mão Morta’s new album, “Pesadelo em Peluche.” The new record is a journey trough the writer J. G. Ballard and his “Fair of Atrocities.” “Novelos de Paixão” shows a long shot of a dressing-room with different attractions: Marilyns, hangmen, transvestites. Adolfo Luxúria Canibal, the lead singer, sees images on a television and his voice sings: “it is easier to understand how an airplane flies, it is easier to predict the arrival of a typhoon, than to find in a manual directions to disentangle the skeins of passion.
MV
Produção Production Rodrigo Areias, Bando À Parte Contacto de Cópia Copy Contact Rodrigo Areias, Bando À Parte, +351253518166, areias@bandoaparte.com, http://www.bandoaparte.com
BOP - BRANDT BRAUER FRICK Daniel Brandt, 2009 Alemanha Germany, MV, 09’01’’, HDV, COL
Um suposto programa de televisão começa e o apresentador anuncia o grupo que vai tocar: a banda alemã de tecno-acústico Brandt Brauer Frick. Nessa sequência musical, a banda toca vários instrumentos desdobrando-se através de vários duplos no ecrã. No final, uma série bailarinas clássicas dançam em cima do piano. O vídeo apresenta a banda num estilo clássico vintage, contrastando a mistura de estilos dos seus membros (jazz, house, música clássica e experimental). Daniel Brandt, o realizador do vídeo, é também membro da banda.
Produção Production Justin Taurand, Les Films du Bélier Contacto de Cópia Copy Contact Aurelien Deseez, Les Films du Bélier, +33144909983, aurelien@lesfilmsdubelier.fr, http://www.lesfilmsdubelier.fr
PURSUIT OF HAPPINESS KID CUDI FT. MGMT & RATATAT Megaforce, 2010 França France, MV, 4’57’’, COL
A fake TV show starts and the host announces the band who will perform: the German techno acoustic band Brandt Brauer Frick. In the following musical sequence, the band plays different instruments with several doubles in the screen. At the end, some ballets dancers dance on top of a piano. The video presents the band in their classical vintage style, contrasting the members’ music style (jazz, house, classical and experimental music). Daniel Brandt, the video director, is also member of the band. Produção Production Daniel Brandt, Academy Of Media Arts Cologne Contacto de Cópia Copy Contact Daniel Brandt, Academy Of Media Arts Cologne, +491714878333, daniel@doppelschall.com, http://www.khm.de
UN 45 TOURS DE CHEVEU (CECI N’EST PAS UN DISQUE) Frank Beauvais, 2010 França France, MV, 06’25’’, Digital Betacam, COL BW
Curta-metragem de Frank Beauvais (realizador com várias passagens por Vila do Conde) para duas músicas de um EP da banda francesa Cheveu: “Like a deer in the headlights” e “C’est ça l’amour”. O cineasta recupera e remonta várias sequências de diferentes filmes, criando uma nova composição visual a partir de elementos de uma arqueologia tecnológica e de movimentos corporais. O vermelho e o sangue convocam o desejo sexual que também está presente através dos vários símbolos fálicos.
[MV] Competição Vídeos Musicais Music Video Competition
Short film by Frank Beauvais (filmmaker with several films in the Festival’s previous editions) for two songs of the French band Cheveu: “Like a deer in the headlights” and “C’est ça l’amour.” The director recovers and re-edits several sequences from different old films, creating a new composition from visual elements of a technological archaeology and body movements. The red and the blood symbolize sexual desire that it is also noticeable through various phallic symbols.
Single do álbum “Man On The Moon: The End Of Day”, de Kid Cudi, aqui com a participação de MGMT e a produção de Ratatat. O videoclip foi realizado pelo colectivo Megaforce e mostra-nos um universo fantasioso de um homem que não consegue entrar na realidade: de cada vez que ele tenta fazer alguma coisa (beber leite ou abrir uma porta), regressa ao sofá onde estava deitado. Single for the album “Man On The Moon: The End Of Day”, by Kid Cudi, with the participation of MGMT and the production of Ratatat. The video was made by the collective Megaforce and shows a man’s fantasy universe when he can’t enter reality: every time he tries to do something (drink milk or opening a door), he returns to the sofa where he was laying. Produção Production Soixan7e Quin5e Contacto de Cópia Copy Contact Benoît Choquet, Soixan7e Quin5e, +33144889575, choko@75.tv, http://www.75.tv
57
MV
THIS TOO SHALL PASS OK GO
These teenagers are taken to minefield, where they must run for their survival. The video shows one of them being killed in a headshot and another whose body explodes in pieces when he steps a mine.
James Frost, 2010
Produção Production Soixan7e Quin5e Contacto de Cópia Copy Contact Benoît Choquet, Soixan7e Quin5e, +33144889575, choko@75.tv, http://www.75.tv
[MV] Competição Vídeos Musicais Music Video Competition
EUA USA, MV, 03’54’’, COL
Um longo plano-sequência esplendoroso de gadgets e engenhos de material reciclável que se influenciam uns aos outros numa cadeia interminável. Videoclip inventivo (demorou vários meses a ser preparado) da banda de indie-rock americana Ok Go e do seu mais recente álbum, “Of the Blue Colour of the Sky”. A continuous shot of gadgets and devices of recyclable material that influence each other in an endless chain. Inventive film (it took several months to be prepared) by the indie-rock band OK Go for their latest album, “Of the Blue Colour of the Sky.” Produção Production Shirley Moyers, OK Go Partnerships Contacto de Cópia Copy Contact Zoo Film Productions, +13238719000, info@ zoofilm.net, http://www.zoofilm.net
BORN FREE - MIA Romain Gravas, 2010 França France, MV, 09’06’’, COL
Vídeo do realizador francês Romain Gravas para o novo álbum de MIA, que já motivou grande polémica devido à sua violência física. O filme mostra uma longa sequência de uma invasão policial que tem como objectivo prender todos os adolescentes ruivos. Estes adolescentes são levados num carro blindado para um campo de minas, onde têm que lutar pela sobrevivência: o vídeo mostra um deles a ser morto com um tiro na cabeça e outro cujo corpo literalmente explode em partes quando pisa uma mina.
58
Film directed by the French Romain Gravas for MIA’s new album, which already caused controversy because its physical violence. The film shows a long sequence of a police raid for arresting all redhead teenagers.
PORTUGUESE COMPETITION
[CN] Competição Nacional Portuguese Competition
COMPETIÇÃO NACIONAL
CN1
O TEMPO DE DUAS MÚSICAS TIME FOR TWO MUSICS
Hugo Diogo, 2010
[CN] Competição Nacional Portuguese Competition
Portugal, FIC, 7’, 16mm, COL
Eduardo vive angustiado com o final da sua relação amorosa. Decide tentar reatar o namoro mas o tempo já lhe passou ao lado. Eduardo lives distressed with the end of his romantic relationship. He’s going to try to reattach the relationship but the time already passed by.
Enquanto dorme, ele ouve-a. A sua voz relembra-lhe todos os piqueniques do passado, os tempos felizes. Então quando finalmente acorda, e olha para todos eles pela primeira vez, é muito simples : reconhecemse todos. When he has a problem, Eduardo sleeps. This time he has fallen asleep right on the spot where Antónia wants to have her picnic. She finds him, he doesn’t wake up. Her friends come, they have their party, Eduardo doesn’t wake up. She looks at him and likes what she sees. His body, his presence, his stubborn sleeping. His mistery. All the while, through his sleep, he hears her. Her voice comes from all picnics past, all happy times. So when he finally awakes, when they look at each other for the first time, it is very simple: they recognize each other. Produção Production Maria João Mayer · François d’Artemare, Filmes do Tejo II Contacto de Cópia Copy Contact Fátima Correia, Filmes do Tejo II, +351213234400, festival@filmesdotejo.pt, http://www.filmesdotejo.pt Argumento Script Jeanne Waltz Fotografia Photography Rui Xavier, Cláudia Varejão Montagem Editing Pedro Marques, Jeanne Waltz Som Sound Olivier Blanc Actores Main Actors Claudio Silva, Carla Galvão, Isabel Abreu, Catarina Requeijo, Tiago Rodrigues, Miguel Telmo, João Pedro Vaz Filmografia Filmography A INCUBATORA, 25’, 35mm, 1995 (3 Curtas Vila do Conde 1995); MORTE MACACA, 12’, 35mm, 1997 (5 Curtas Vila do Conde 1997); O QUE TE QUERO, 12’, 35mm, 1998 (6 Curtas Vila do Conde 1998); LA REINE DU
Produção Production Hugo Diogo, David & Golias Contacto de Cópia Copy Contact Vera Rocha, David & Golias, +351218882028, vera.rocha@david-golias.com, http://www.david-golias.com Argumento Script Hugo Diogo Fotografia Photography Pedro Cardeira Montagem Editing Hugo Diogo, Tomás Baltazar Som Sound João Eleutério, Paulo Abelho Música Music David Santos Filmografia Filmography ROTINA, 5’, DV, 1999; LUA AZUL, 11’, Super16mm,
COQ À L’ÂNE, 12’. 35mm, 1999; AS TERÇAS DA BAILARINA GORDA, 21’, 35mm, 2000 (9 Curtas Vila do Conde 2001); DAQUI P’RÁ ALEGRIA, 91’, 35mm, 2003; PAS DOUCE, 84’, 35mm, 2007; AGORA TU, FIC, 14’, 2007 (15 Curtas Vila do Conde, 2007)
A ÚNICA VEZ
2000; O BEIJO, 6’, DV, 1999; INCÓGNITO, 80’, 2005.
ONCE ONLY
Nuno Amorim, 2010
TODOS IGUAIS A DORMIR
Portugal, ANI, 5’40’’, Video, COL
ASLEEP, WE’RE ALL ALIKE
Jeanne Waltz, 2010 Portugal, FIC, 15’, Video, COL
Se tudo isto não fosse mentira, se eu estivesse acordado quando lá fui, não tinha que aprender tudo de novo, todos os dias.
60
Quando tem um problema, Eduardo dorme. Desta vez adormeceu exactamente no local onde Antónia vai fazer o seu piquenique. Ela encontra-o, mas ele não acorda. Os amigos de Antónia chegam, fazem a festa, e Eduardo não acorda. Ela olha para ele e gosta do que vê. O seu corpo, a sua presença, a sua teimosia. O seu mistério.
If all this were not a lie, if I were awake when I went there, I wouldn’t have to learn everything again, every single day. Produção Production Nuno Amorim, Animais AVPL, animais.site@gmail.com Contacto de Cópia Copy Contact Salette Ramalho, Agência da Curta Metragem, +351252646683, agencia@curtas.pt, http://www.curtas.pt/agencia Argumento Script Nuno Amorim, Paulo Amorim Fotografia Photography
Nuno Amorim, Paulo Amorim Montagem Editing Nuno Amorim Som Sound Nuno Amorim Música Music Bruno Duarte Animação Animation Carina Beringuilho, Cathy Douzil, Nuno Amorim Filmografia Filmography IMAGENES DEL PERÚ, ANI, 2’30”, 1982; O
defended the forest, and how they empirically learned to deal with fire in order to extinguish forest fires. Suppression fire as a tool, as a technique but above all as a vision, knowledge, and experience of using fire against fire.
CN1
QUADRADINHO VERMELHO E O CUBO MAU, ANI, 1’30”, 1982; NÃO ME LEMBRO, ERA PEQUENO, tv series, 9X15’, 1995; QUERO LÁ SABER (with Dulce Simões), tv series, 50 x 5’, 1996/7; FIGURAS DE ESTILO, tv series, 1995; RTP, 40 ANOS (with Dulce Simões), DOC, 400 x 30”, 1997; 25 ANOS DE ELEIÇÕES, DOC, 1999; CAIXA NEGRA, ANI, 13’, 2000; BOM DIA BENJAMIM, ANI, 108 x 30”, 2004; A NOIVA DO GIGANTE, ANI, 9’, 2007; O TRABALHO DO CORPO, ANI, 7’, 2007; TODOS OS PASSOS, ANI, 5’, 2008.
Produção Production Frederico Miranda, Paulo Carboila, Quioto Contacto de Cópia Copy Contact Frederico Miranda, Quioto, +351912825466, frederico@quioto.com, http://www.quioto.com Fotografia Photography Pedro Patrocínio, Frederico Miranda Montagem Editing Sérgio Pedro Filmografia Filmography NÃO VIVA DENTRO DE UM CAIXÃO, 29’55’’, 2003;
MEMÓRIAS DE FOGO
VOLCÁN, 15’42’’, 2004; TAXÍMETRO_MEDIDA MECÂNICA DEL TIEMPO, 12’22’’,
FIRE MEMORIES
UNIVERSO DE MYA
Frederico Miranda, 2010 Portugal, DOC, 25’40’’, Video, BW
2005.
MYA’S UNIVERSE
Miguel Clara Vasconcelos, 2010
“Memórias de fogo” é um documentário que visa mostrar as memórias de antigos Mestres florestais que dedicaram a sua vida à floresta. Histórias marcadas pelo espírito de forte sacrifício bem como pela dedicação com que valorizavam a floresta como recurso, trabalho, fonte de sustento mas principalmente pelo tom familiar com que se relacionavam com esta realidade. Paralelamente visa transmitir a relação que estas pessoas mantinham com o fogo como ferramenta no combate a incêndios florestais. Numa época em que os recursos materiais eram escassos e a água pouco utilizada recorriam aos meios disponíveis para combater os incêndios com o objectivo de os extinguir o mais rapidamente possível empregando essencialmente ferramentas manuais e contra-fogo. Numa viagem pelo Centro e Norte de Portugal encontrámos antigos Mestres florestais que nos relataram as suas histórias de como defenderam a floresta e de como empiricamente aprenderam a lidar com o fogo para extinguir incêndios florestais. Contra-fogo como ferramenta, como técnica mas sobretudo como visão, saber, experiência de uso do fogo contra o fogo. “Memories of Fire” is a documentary that aims to show the memories of old forest Masters who have devoted their lives to the forest. Stories marked by a strong spirit of sacrifice, as well as the dedication, they enhanced the forest as a resource, work, source of livelihood but mainly by the familiar tone with which they related to this reality. In parallel, it aims to express the relationship that these people had with fire as a tool to fight forest fires. In a time when material resources were scarce and the water was rarely used, they used to turn to the available means to fight fires in order to extinguish them as soon as possible, by using mostly hand tools and suppression fire. On a trip through Central and Northern Portugal, we have found ancient forest Masters who told us their stories of how they
Maria é uma adolescente que recusa o seu mundo físico e assume o avatar de ‘Mya’. Maria para os pais, Mya para o resto do mundo. “Universo de Mya” é uma reflexão sobre a relação do nosso corpo com o conceito de identidade, sobre o conflito de gerações, a noção de tempo e a necessidade de deus, sobre a descoberta do amor, a perda de memória e a revolta interior. Maria is a teenager who refuses the physical environment and assumes her avatar “MYA”. She will be Maria to her parents, Mya to the rest of the world. “Mya’s Universe” is a reflective narrative about the relation between body and identity, generation gaps, the constant changing notion of time and persistent need for God or nevertheless a costumes office that manages the interface between mind and body.
[CN] Competição Nacional Portuguese Competition
Portugal, FIC, 11’, 35mm, COL
Produção Production Pandora da Cunha Telles, Ukbar Filmes, pandora@ukbarfilmes.com Contacto de Cópia Copy Contact Pandora da Cunha Telles, Ukber Filmes, +351213149326, labprod@ukbarfilmes.com, http://www.ukberfilmes.com Argumento Script Miguel Clara Vasconcelos Fotografia Photography Rui Poças Som Sound Vasco Pimentel Filmografia Filmography DOCUMENTO BOXE, DOC, Betacam SP, 53’, 2005 (13 Curtas Vila do Conde, 2008, Best Portuguese Short); INSTANTES, FIC-DOC, 20’, 35mm (16 Curtas Vila do Conde, 2008); CHINGUETTI CIDADE DA TOLERÂNCIA, DOC, 53’, 2008; UMA HISTÓRIA FUGAZ, DOC, 15’, 2008; A INVISIBILIDADE DAS PEQUENAS PERCEPÇÕES, DOC, 38’, 2008; EFEITO FRONTEIRA, DOC, 88’, 2009.
61
CN2
HANNAH Sérgio Cruz, 2010
[CN2] Competição Nacional Portuguese Competition
Portugal · Islândia Iceland · Reino Unido United Kingdom, EXP, 5’, Video, COL
O filme “Hannah” explora o impressionante talento, a ambição e os sonhos de Hannah Dempsey, uma jovem atleta para-olímpica e bailarina com Síndroma de Down que vive nos subúrbios de Londres. É um filme de carácter experimental, no qual se celebra o movimento, a energia, evocando a adrenalina da jovem protagonista. “Hannah” explores the playful ambition and dreams of Hannah Dempsey, a young dancer and athlete from the London suburbs who has Down’s Syndrome. It is a celebration of motion, energy and elegance of human movement, evoking the power of adrenaline in the young Hannah. Produção Production Sérgio Cruz Contacto de Cópia Copy Contact Sérgio Cruz, +4407908544559, sergio.xx@gmail.com Fotografia Photography Dominik Rippl, Sérgio Cruz, Tom Ellis Montagem Editing Sérgio Cruz Som Sound Sérgio Cruz, Duncan Whitley Música Music Roberto Crippa Actores Main Actors Hannah Dempsey Filmografia Filmography ANIMALZ, FIC/EXP, HD, 3’20’, 2006; OUTSIDE, DOC/ EXP, Betacam SP, 15’, 2008 (16 Curtas Vila do Conde, 2008); EXOTICA, 2009.
O JOGO THE GAME
Júlio Alves, 2010 Portugal, FIC, 21’, Video, COL
Félix, um miúdo com síndrome de Down, apaixonado por futebol, tem uma oportunidade de ser titular num jogo contra a equipa rival.
62
Felix, a kid with Down syndrome and a soccer fanatic, has a chance to join the starting line up on a game against the rival school.
Produção Production Paulo Branco, Alfama Films Production, info@alfamafilmsportugal.com Contacto de Cópia Copy Contact Paulo Branco, Clap Filmes, +351213255800, production@clapfilmes.pt, http://www.clapfilmes.pt Argumento Script Júlio Alves Fotografia Photography André Szankowski Som Sound Vasco Pedroso Música Music Rui Cunha Actores Main Actors Tomás Almeida, Vitor Lopes, André Neves, Raúl Windson, Ricardo Galamba, João Nunes, Telmo Brandão, Ouda, Ruben Simões Filmografia Filmography A FACHADA, 12’, 35mm, 1995; O DESPERTADOR, 10’, 35mm, 1996 (5 Curtas Vila do Conde 1997); ALFERES, FIC, 16’, 35mm, 2000 (8 Curtas Vila do Conde, 2000); OSSUDO, ANI, 13’54’’, 35mm, 2007 (15 Curtas Vila do Conde, 2007).
CAVALOS SELVAGENS WILD HORSES
André Santos, Marco Leão, 2010
viver o presente como um futuro, todos os dias. Martins, o barbeiro de Luanda, Simões e as suas farpas, o Manel dos filmes e o silêncio de Francisco partilham o lugar onde vão dormir, o Albergue. Têm algumas afinidades com o mundo exterior, mas comunicam através de palavras que não são ditas. Talvez as diferenças mais claras surjam em tudo o que é silenciado. O que nos define afinal?
CN2
The day starts in Lisbon and with it people return to the streets. These men live in a place which is not a home. Caught by their past, they try to live their present as an everyday future. Martins, the barber from Luanda, Simões with his spears, Manuel and his films and Francisco’s silence share a place to rest, a shelter. They have some affinities with the outside world but they communicate through the words that they don’t say. Perhaps the differences are clearest in everything that is silenced. What defines us, after all?
Dois jovens amantes, vivem num pequeno apartamento. Todos os dias tentam encontrar razões para continuar juntos. Incapazes de seguir caminhos diferentes vivem em silêncio. No Inverno passado perderam-se na montanha.
Produção Production Miguel Clara Vasconcelos, Andar Filmes Contacto de Cópia Copy Contact Miguel Clara Vasconcelos, Andar Filmes, +351210192278, info@andarfilmes.com, http://www.andarfilmes.com Argumento Script Aya Koretzky, Rodrigo Barros Fotografia Photography Aya Koretzky Montagem Editing Tomás Baltazar Som Sound André Castro, Rodrigo Barros Música Music João Guilande Filmografia Filmography [Aya Koretzky] 1MINUTO 1SEGUNDO / LISBOA, video, 1’1’’, 2005; PAISAGEM / SUJEITO, video installation, 11’50’’, 2006.
Two young lovers live in a tiny apartment struggling everyday to find reasons to stay together. As they are incapable of being separate, they choose to live silently. Last winter they got lost in the mountains.
[CN2] Competição Nacional Portuguese Competition
Portugal, FIC, 12’, Video, COL
Produção Production Rui Xavier, Love Department e Ricochete Filmes, rui.m.xavier@gmail.com Contacto de Cópia Copy Contact André Santos, +351965709975, andrefcsantos@gmail.com Argumento Script André Santos, Marco Leão Fotografia Photography André Santos Montagem Editing André Santos, Marco Leão Som Sound Adriana Bolito, Marco Leão Música Music Ethan Rose Actores Main Actors André Santos, Marco Leão Filmografia Filmography A NOSSA NECESSIDADE DE CONSOLO, 13’, HDV, DOC, 2008.
NOCTURNOS NOCTURNAL
Aya Koretzky, Rodrigo Barros, 2010 Portugal, DOC, 27’, Video, COL
O dia nasce em Lisboa e com ele dá-se o regresso das pessoas às ruas. Estes homens vivem num lugar que não é uma casa. Arrastados pelo passado, eles tentam
63
CN3
VIAGEM A CABO VERDE JOURNEY TO CAPE VERDE
José Miguel Ribeiro, 2010
[CN3] Competição Nacional Portuguese Competition
Portugal, ANI, 17’, Video, COL
História de uma viagem de 60 dias a andar em Cabo Verde. Sem telemóvel ou relógio, sem programar antecipadamente e com o essencial às costas, o viajante descobre as montanhas, povoações, o mar, uma tartaruga, a música, as cabras, a bruma seca, os cabo-verdianos e acima de tudo uma parte essencial de si mesmo.
Uma noite, X descobre na sua ronda um velho homem que se prepara para queimar uma câmara de filmar. O Senhor K. X ajuda K, que lhe oferece a câmara em sinal de reconhecimento. A noite seguinte traz consigo uma surpresa ainda maior. X descobre que a câmara tem a capacidade mágica de transformar a realidade que o rodeia. Algures entre a incredulidade e o entusiasmo, X aceita o repto de se tornar realizador do seu próprio destino. A simple man. A dark and cold life. The desire for change. Mister X wakes up every night for his garbage collection rounds. His only refuge is the café he visits every day at dawn to observe the waitress Y. One night X runs into an old man attempting to burn a film camera. Mister K. X helps K, who offers the camera to him as a sign of recognition. The following night brings an even bigger surprise. X discovers that the camera has the magical ability to transform reality. Somewhere between disbelief and enthusiasm, X accepts the challenge of becoming the director of his own destiny.
This is the story of a sixty day long walk in Cape Verde. No mobile phone, no watch, no plans for what to do next - only the bare essentials in the backpack. Out traveller explores the mountains, the villages, the sea, a talking tortoise, the goats, the music, the dry haze, the people of Cape Verde and an essential part of himself. Produção Production Eva Yébenes · José Miguel Ribeiro · Nuno Beato, Sardinha em Lata Lda, +351214780432, ritario@ sardinhaemlata.com, http://www.sardinhaemlata.com Contacto de Cópia Copy Contact Salette Ramalho, Agência da Curta metragem, +351252646683, agencia@curtas.pt, http://www.curtas.pt/agencia Argumento Script José Miguel Ribeiro Montagem Editing Diogo Carvalho, João Miguel Real Som Sound Pedro Lima Animação Animation Alexandra Ramires, Carina Beringuilho, David Doutel, Filipa Gomes da Costa, Laura Gonçalves, Rita Crouchinho Neves, Vasco Sá Filmografia Filmography OVO, 1’, 35mm, 1995 (3 Curtas Vila do Conde, 1995);
Produção Production Luís Galvão Teles · Rui Louro, Fado Filmes Contacto de Cópia Copy Contact Mariana Koenders, Fado Filmes, +351213021032, info@fadofilmes.pt, http://www.fadofilmes.pt Argumento Script Gonçalo Galvão Teles Fotografia Photography André Szankowski Montagem Editing Pedro Ribeiro Som Sound Vasco Pedroso Actores Main Actors Filipe Duarte, Beatriz Batarda, Fernando Lopes, Carloto Cotta
O JARDIM DA CELESTE, several episodes of 1’, video, 1996; O BANQUETA DA RAINHA, 1’, video, 1996 ; O JARDIM DA CELESTE, 1’, video, 1998; A SUSPEITA,
Filmografia Filmography THE BRIDE (co-director), TV film, 1999; TEOREMA
25’, 35mm, 1999, (8 Curtas Vila do Conde, 2000); CINANIMA SPOT, 1’, video, 1999;
DE PITAGORAS, TV film, 2001; O OUTRO LADO DO ARCO-IRIS, 2004; ANTES DE
TIMOR LORO SAE, 1’, 35mm, 2000; LISBOA ILLUSTRATION MEETING SPOT, 30’’,
AMANHÃ, FIC, 16’, 2007. (16 Curtas Vila do Conde, 2007).
video, 2000; SALÃO LISBOA SPOT, 30’’, vídeo, ANI, 2000; ALMADA SEM CARROS, 20’’ and 25’’, video, 2000; AS COISAS LÁ DE CASA, 26 x 2’30’’, vídeo. 2003; ABRAÇO DO VENTO, 2’34’’, 35mm, ANI, 2004 (12 Curtas Vila do Conde, 2004); PASSEIO DE DOMINGO, 20’, 35mm, ANI, 2009 (17 Curtas Vila do Conde, 2009).
LISBOA-PROVÍNCIA LISBON-PROVINCE
SENHOR X Mr. X
Gonçalo Galvão Teles, 2010 Portugal, FIC, 21’20’’, Video, COL
64
Um homem simples. Uma vida escura e fria. A vontade de mudar. X acorda todas as noites para a ronda de recolha do lixo de uma cidade que nunca chegou a ser sua. O seu único refúgio é o café onde todas as madrugadas observa Y, a empregada que lhe serve o pequeno almoço.
Susana Nobre, 2010 Portugal, FIC, 16’, 35mm, COL
Em casa de um doente, uma enfermeira executa os gestos de cuidar. Maria do Céu é enfermeira há mais de quarenta anos num antigo hospital de Lisboa dedicado ao cuidado de doentes com cancro. Veio de uma aldeia no Alentejo com dezasseis anos para Lisboa. No hospital, lê o processo de uma doente falecida, sua amiga. O processo é depositado no arquivo. Maria do Céu retorna ao Alentejo, onde canta no coro da casa do povo da terra onde nasceu.
A nurse takes care of a patient in her house. Maria do Céu has been a nurse for more than forty years, working at an old Hospital in Lisbon. She was sixteen, when she arrived to Lisbon, coming from a small village in Alentejo. At the Hospital, she reads the file of an old patient who was also her friend. The file is then closed. Maria do Céu returns to her village, where she sings at the people’s house choir.
and intense place. Much too new, much too intense. Have Valeria and her companions left the classroom or awoken inside a dream?
CN3
Produção Production Sandro Aguilar · Luís Urbano, O Som e a Fúria Contacto de Cópia Copy Contact Sandro Aguilar, O Som e a Fúria, +351213582518, geral@osomeafuria.com, http://www.osomeafuria.com Filmografia Filmography O DESVIO (co-directed by Paulo Belém), FIC, 16mm, 26’, 1996 (4 Curtas Vila do Conde, 1996); ERROS MEUS, FIC, 35mm, 14’53’’, 2000 (8 Curtas Vila do Conde, 2000); VENUS VELVET, FIC, 35mm, 17’, 2002 (10 Curtas Vila do Conde, 2002, Best Director Jameson Short Film Award); NUNCA ESTOU ONDE PENSAS QUE ESTOU, FIC, 35mm, 19’, 2004.; O CAPACETE DOURADO, FIC,
Produção Production João Matos, Terratreme Filmes Contacto de Cópia Copy Contact João Matos, Terratreme Filmes, +351212415754, info@terratreme.pt, http://www.terratreme.pt Argumento Script Susana Nobre Fotografia Photography Pedro Pinho Montagem Editing Luís Miguel Correia Som Sound Nuno Morão Actores Main Actors Maria do Céu Nobre, Carlos Borralho, Brites da Conceição Borralho Filmografia Filmography AS NADADORAS, 17’, 2001; O QUE PODE UM ROSTO, 102’, DOC, 2003; ESTADOS DA MATÉRIA, 14’, DOC, 2006.
NA ESCOLA IN THE SCHOOL
Jorge Cramez, 2010 Portugal, FIC, 21’, 35mm, COL
[CN3] Competição Nacional Portuguese Competition
35mm, 83’, 2007.
Como se não estivesse ali, indiferente ao tédio das crianças à sua volta, a professora continua a escrever no quadro um poema de Camões. Valéria, Simão, Tomás e André trocam olhares e saem sem ninguém dar por isso. Começam a correr. Ninguém sabe correr como as crianças. Correm, correm sem parar. Paisagens inéditas, espaços de aventura, e… A Natureza: lugar novo e intenso. Demasiado novo, demasiado intenso. Valéria e os seus companheiros saíram da sala aula ou acordaram dentro de um sonho? As if she wasn’t there, indifferent to the boredom of the children around her, the teacher continues to write a poem by Camões on the blackboard. Valéria, Simão, Tomás and André exchange a glance and leave without anyone noticing it. They start running. Nobody can run like children. Run, run tirelessly. Unknown landscapes, adventurous places, and... Nature: a new
65
CN4
MERCÚRIO MERCURY
Sandro Aguilar, 2010 Portugal, FIC, 15’, Video, COL
Neste compasso, já ninguém pertence a ninguém, tudo muda diante dos nossos olhos. At this pace, no one belongs to no one, everything changes before our eyes. Produção Production Sandro Aguilar, O Som e a Fúria Contacto de Cópia Copy Contact Sandro Aguilar, O Som e a Fúria, +351213582518, geral@osomeafuria.com, http://www.osomeafuria.com Argumento Script Sandro Aguilar Fotografia Photography Rui Xavier Montagem Editing Sandro Aguilar Som Sound Actores Main Actors Isabel Abreu, Albano Jerónimo Filmografia Filmography CADÁVER ESQUISITO, 29’45’’, 1997 (5 Curtas Vila do Conde 1997); ESTOU PERTO, 15’, 1997 (6 Curtas Vila do Conde 1998); SEM MOVIMENTO, 18’, 2000 (8 Curtas Vila do Conde 2000); CORPO E MEIO, 25’, 2001
[CN4] Competição Nacional Portuguese Competition
(Best Portuguese Short Film, 9 Curtas Vila do Conde 2001, UIP Prize for Best European Short Film); REMAINS, 25’, 2002 (10 Curtas Vila do Conde 2002); FROM HEAD TO TAIL, Installation, (11 Curtas Vila do Conde 2003); REMAINS, EXP, Betacam SP, 12’, 2002; A SERPENTE, FIC, 35mm, 15’, 2005 (13 Curtas Vila do Conde, 2005, UIP Prix Best European Short); ARQUIVO, FIC, 35mm, 19’, 2007 (15 Curtas Vila do Conde, 2007); A zona, FIC, 35mm, 99’, 2008, VOODOO, FIC, 30’, 2010 (18 Curtas Vila do Conde, 2010).
GOLIAS Rodrigo Areias, 2010 Portugal, DOC, 8’30’’, 35mm, COL
Entreter os outros nem sempre é fácil. Um actor nem sempre está disposto a ser o bobo da corte. To entertain others isn’t always easy. An actor doesn’t have to be a jester all the time. Produção Production Rodrigo Areias, Bando À Parte Contacto de Cópia Copy Contact Rodrigo Areias, Bando À Parte, +351253518166, areias@bandoaparte.com, http://www.bandoaparte.com Argumento Script Rodrigo Areias Fotografia Photography Jorge Quintela Montagem Editing Rodrigo Areias Som Sound Vasco Carvalho Música Music The Legendary Tigerman Filmografia Filmography ENCADOS, FIC, DVCam, 19’05’’, 2001; NICOLINAS, DOC, DVCam, 54’, 2002; TEMPO SUSPENSO (EXPLOSÃO INTROSPECTIVA # 7),
66
FIC/EXP, (16mm/Super 8) DV, 9’, 2003; EN GALÉRE, FIC, DV, 7’, 2005; BLUE
ALFAMA
Produção Production Nuno Rocha · Michael Stanger · Larissa Saenz, Filmes da Mente Contacto de Cópia Copy Contact Nuno Rocha, Filmes da Mente, +351960073122, nuno.s.rocha@gmail.com, http://www.filmesdamente.com Argumento Script Nuno Rocha Fotografia Photography Drew Daniels Som Sound Patrick Duffy, Randall Lucas Actores Main Actors Luke Francis, Jolyn Janis, Daniel Moore, Jenny Zhang, Andrew Hlinsky, Isac Mourana, Jeehyun Dong, Aaron Benmark
João Viana, 2010
Filmografia Filmography STONE CRIB, 28’, video, FIC, 2005 (14 Curtas Vila do
Portugal, FIC, 16’02, 35mm, BW
Conde, 2006).
MOON BABY (co-direction), FIC,Super 8, 4’, 2006; HONEY YOU’RE TOO MUCH (codirection), FIC,Super 8, 3’20’’, 2006; MASQUERADE (DRESSIN’ UP), DOC, DV, 26’, 2006; AFONSO HENRIQUES, DOC, DigiBeta, 50’, 2007; PORTES, FIC, DV, 6’, 2007; TEBAS, FIC, 35mm, 80’, 2007; CORRENTE, FIC, 35mm, 15’45’’, 2008 (16 Curtas Vila do Conde, Best Portuguese Short, 2008, Audience Awrad).
CN4
À CÔTÉ NEXT DOOR
Basil da Cunha, 2009
· Suiça Switzerland, FIC, 25’, 35mm, COL
Alda e o seu amante embarcam num comboio de alta velocidade. No último minuto antes da partida, entra também o marido. Alda and her boyfriend João enter a high velocity train. Just before it leaves, Alda’s husband also boards the train. Produção Production João Viana, Papaveronoir Contacto de Cópia Copy Contact João Viana, Papaveronoir, +351213952081, joaoviana@papaveronoir.com, http://www.papaveronoir.com Argumento Script João Viana Fotografia Photography Sarah Blum Som Sound José Pedro Figueiredo, Mário Dias, Nuno Carvalho, Joaquim Pinto Actores Main Actors Inês Fouto, João Baptista, Paulo Herbert, Marta Mateus, Carminho Filmografia Filmography A PISCINA, FIC, 16’, 35mm, 2004 (13 Curtas Vila do Conde 2005).
VICKY AND SAM Nuno Rocha, 2010 Portugal · EUA USA, FIC, 13’38’’, 35mm, COL
Enquanto trabalha num clube de vídeo, Vicky conhece Sam, que rapidamente se torna um cliente regular. Ambos se apaixonam ignorando a verdadeira razão para a sua atracção.
Serguei é um trabalhador dos caminhos de ferro, aparentemente bem-disposto e afável. Mas na intimidade do seu apartamento sombrio, vive uma terrível solidão que tenta compensar vendo comédias na televisão. Quando a TV se avaria, ele tenta arranjá-la mas acaba ouvindo um casal que discute no apartamento do lado. Levado por um fascínio crescente com a voz da mulher, começa a partilhar, em segunda-mão, o quotidiano da vizinha até ao dia em que decide cruzar a porta… Serguei is a 50-year-old railway worker, seemingly cheerful and sociable. But within the intimacy of his gloomy apartment, he lives a terrible loneliness that he tries to make up for by watching funny shows on television. When it breaks down, he tries to repair it and overhears a couple’s argument in the apartment next door. Driven by a growing fascination for the woman’s voice, he starts to share, by proxy, her everyday life, till the day he’ll walk through her door...
[CN4] Competição Nacional Portuguese Competition
Portugal
Produção Production Julien Rouyet, Haute École d’Art et de Design Genève, Thera Production Contacto de Cópia Copy Contact Association Thera Production, +41797554551, contact@theraproduction.ch, http://www.thera-production.ch Argumento Script Basil da Cunha Fotografia Photography Patrick Tresch Montagem Editing Basil Da Cunha, Amina Djahnine, Dominique Auvray Som Sound Adrien Kessler Música Music David Tabachnik Actores Main Actors Dorin Dragos, Antonio Buil, Carlos Marques, Boubacar Samb, Elphie Pambu, Baptiste Coustenoble, Noé Stehle, Aziz Brahami Filmografia Filmography LA BOÎTE, 2002; MOREIRA, 2003; STIGMATE, 2004; SWEET DREAMS, 2005; LE MUR, FIC, 12’, 2007; LA LOI DU TALION, 26’, 2008.
While working at the local video store, Vicky meets Sam, who quickly becomes a regular costumer. Both fall in love, ignoring the true reason for their rendezvous. 67
PUBLICIDADE
PORTUGUESE PANORAMA
[PN] Panorama Nacional Portuguese Panorama
PANORAMA NACIONAL
PN
OS OLHOS DO FAROL
xou no passado enquanto cria vestígios de uma nova ausência.
THE EYES OF THE LIGHTHOUSE
A character almost absent in the image searches, in Macao”s 2009, the Foreigner, someone who lived there 15 years ago. His search his supported on the letters the Foreigner wrote him back then. He covers in the present the trails left by the Foreigner in the past creating the traces of a new absence.
Pedro Serrazina, 2010
[PN] Panorama Nacional Portuguese Panorama
Portugal · Holanda Netherlands, ANI, 15’, 35mm,
Numa ilha rochosa e exposta aos elementos, um faroleiro vive isolado com a sua filha. Do alto da sua torre o pai vela rigorosamente pelo horizonte e pela segurança dos barcos que passam. Sem outra companhia, a rapariga desenvolve uma cumplicidade única com o mar, que lhe traz brinquedos sob a forma de objectos que dão à praia. Ao ritmo das ondas, estes objectos desvendam acontecimentos antigos, memórias que as marés não conseguem apagar…
Produção Produção Ivo M. Ferreira, ivomferreira@yahoo.com Contacto de Cópia Copy Contact Salette Ramalho, Agência da Curta Metragem, +351252646683, agencia@curtas.pt, http:// www.curtas.pt/agencia Argumento Script Ivo M. Ferreira, Edgar Medina Fotografia Photography Márcio Loureiro, Susana Gomes Montagem Editing Sandro Aguilar Som Sound Ricardo Ceitil Música Music Picolê - António Pedro, Sandro Aguilar Actores Main Actors Albert Chu, Bowie, DJ KIT Leong, Sioun Chong
In a rocky island exposed to the elements, a lighthouse keeper lives alone with his daughter. From the top of his tower, the father keeps vigil to the horizon line and for the safety of the passing sails. With no other company, the girl develops a unique complicity with the sea, which brings her toys in the shape of debris on the shore. Following the rhythm of the waves, these objects will unveil previous events, memories that the tide cannot erase…
Filmografia filmografia O HOMEM DA BICICLETA - DIÁRIO DE MACAU, DOC,
Produção Produção José Miguel Ribeiro, Nuno Beato, Sardinha em Lata Lda, nbeato@sardinhaemlata.com, http://www.sardinhaemlata. com Contacto de Cópia Copy Contact Salette Ramalho, Agência da Curta Metragem, +351252646683, agencia@curtas.pt, http://www. curtas.pt/agencia Argumento Script Pedro Serrazina Fotografia Photography Pedro Serrazina Montagem Editing Pedro Serrazina, Cátia Salgueiro, Ralph Foster Som Sound Jeroen Nadorp Música Music Harry Escott Animação Animation Carina Beringuilho, David Doutel, Rita Cruchinho, Pedro Brito Actores Main Actors
João Figueiras, 2010
56’, 16mm, 1997 (6 Curtas Vila do Conde 1998); O QUE FOI?, FIC, 13’, 16mm, 1998 (7 Curtas Vila do Conde 1999); ANGOLA EM CENA, DOC, 53’, DVCam, 2001; EM VOLTA, FIC, 126’, 35mm, 2002; SOIA DI PRÍNCIPE, DOC, 35’, DVCam, 2003; À PROCURA DE SABINO, DOC, 75’, DVCam, 2003; FIOS DE FIAR, DOC, 55, 2006; VAI COM O VENTO, DOC, 60’, HD, 2009; ÁGUAS MIL, FIC, 100’, 35mm, 2009.
PICKPOCKET Portugal, FIC, 17’, Video,
Filmografia filmografia ESTÓRIA DO GATO E DA LUA, ANI, 35mm, 5’35’’, 1995 (4 Curtas Vila do Conde, 1996); WITHIN, ANI, 05’30’’, 16mm, 1998 (7 Curtas Vila do Conde, 1999); UMA CANÇÃO DISTANTE, FIC, Betacam SP, 26’, 2001.
O ESTRANGEIRO THE FOREIGNER
Ivo M. Ferreira, 2010
Um vulto desfocado, uma entrevista anónima revela um homem solitário, melancólico, desenquadrado do seu tempo. O seu testemunho revela uma cidade em mudança. A blur shadow, an anonymous interview reveals a lonely man, melancholic, unfitted to his time. His testimony reveals a city in mutation.
Portugal, FIC, 18’, Video,
70
Uma personagem quase ausente na imagem procura, em Macau de 2009, o Estrangeiro, alguém que ali viveu quinze anos antes. Com recurso às cartas que o Estrangeiro lhe escrevia naquele período, o recém-chegado tenta encontrar o amigo desaparecido reconstituindo tudo o que imaginou com aquelas informações. Assim, percorre no presente os rastos que o Estrangeiro dei-
Produção Produção João Figueiras, Blackmaria, blackmaria@ blackmaria.pt, http://www.blackmaria.pt Contacto de Cópia Copy Contact Salette Ramalho, Agência da Curta Metragem, +351252646683, agencia@curtas.pt, http://www.curtas.pt/agencia Argumento Script João Figueiras Fotografia Photography João Dias Montagem Editing Sandro Aguilar Som Sound João Figueiras, Rui Mourão Actores Main Actors João Tabarra
Filmografia filmografia CONTRARITMO, FIC, 35mm, 12’, 2000 (8 Curtas Vila do Conde); A OLHAR PARA CIMA, FIC, 35mm, 15’, 2003 (12 Curtas Vila do Conde, 2004); PAISAGEM URBANA COM RAPARIGA E AVIÃO, FIC, 35mm, 24’, 2008.
O VERÃO THE SUMMER
João Dias, 2010 Portugal, FIC, 17’, Video,
continue to react upon one and another at a distance even after they have been severed or disconnected. A fearful man meets a disquiet woman. Do you believe in magic?
PN
Produção Produção Luis Urbano · Sandro Aguilar, O Som e a Fúria, +351213582516, urbano@osomeafuria.com, http://www. osomeafuria.com Contacto de Cópia Copy Contact Salette Ramalho, Agência da Curta Metragem, +351252646683, agencia@ curtas.pt, http://www.curtas.pt/agencia Argumento Script Sandro Aguilar Fotografia Photography Rui Xavier Montagem Editing Sandro Aguilar Som Sound Pedro Melo Actores Main Actors Albano Jerónimo, Filipe Duarte, Isabel Abreu Filmografia Filmography CADÁVER ESQUISITO, 29’45’’, 1997 (5 Curtas Vila do Conde 1997); ESTOU PERTO, 15’, 1997 (6 Curtas Vila do Conde 1998); SEM MOVIMENTO, 18’, 2000 (8 Curtas Vila do Conde 2000); CORPO E MEIO, 25’, 2001 (Best Portuguese Short Film, 9 Curtas Vila do Conde 2001, UIP Prize for Best European Short Film); REMAINS, 25’, 2002 (10 Curtas Vila do Conde 2002); FROM HEAD TO TAIL, Installation, (11 Curtas Vila do Conde 2003); REMAINS, EXP, Betacam SP, 12’, 2002; A SERPENTE, FIC, 35mm, 15’, 2005 (13 Curtas Vila do Conde, 2005, UIP Prix Best European Short); ARQUIVO, FIC, 35mm, 19’, 2007 (15 Curtas Vila do Conde, 2007); A zona, FIC, 35mm, 99’, 2008, VOODOO, FIC, 30’,
Robinson arrives at the Desperation Island. He meets Vitória and Rute. Produção Produção Abel Ribeiro Chaves, Optec - Sociedade Óptica Técnica Contacto de Cópia Copy Contact Abel Ribeiro Chaves, Optec - Sociedade Óptica Técnica, +351918422555, optec.filmes@ gmail.com Argumento Script João Dias Fotografia Photography Daniel Neves Montagem Editing João Dias Som Sound Carla Mota, Olivier Blanc Música Music Agostinho Pimentel, Ariane Actores Main Actors Filmografia filmografia AS OPERAÇÕES SAAL, DOC, 90’, 2007.
VOODOO Sandro Aguilar, 2010 Portugal, FIC, 30’, 35mm,
2010 (18 Curtas Vila do Conde, 2010).
[PN] Panorama Nacional Portuguese Panorama
Robinson chega à Ilha do Desespero, onde encontra Vitória e Rute.
Toda a magia simpática baseia-se em dois princípios: o primeiro, chamado Lei da Similaridade, diz que “a imitação produz a realidade”, ou que o efeito é igual à sua causa; o segundo, chamado Lei do Contágio ou do Contacto, diz que coisas que tenham estado em contacto continuam a influenciar-se mutuamente à distância, mesmo depois de separadas. Um homem temeroso conhece uma mulher inquieta. Acreditam na magia? All sympathetic magic is based upon two principles: the first called the Law of Similarity says that “likes produce likes,” or that an effect resembles its cause; the second, called the law of contagion or contact says that all things having been in contact with each other
71
PUBLICIDADE
PUB
[TO] Take One!
TAKE ONE!
TO
take ONE! Nesta sexta edição, o Take One! continua a afirmar-se como um espaço de eleição na divulgação dos novos valores do cinema português. Inaugurado em 2004, esta secção continua ainda a ser um espaço dedicado à formação, à divulgação e à discussão do panorama audiovisual e cinematográfico de produções realizadas no âmbito académico, expondo a perspectiva de quem experimenta os primeiros passos nesta área. Composto por uma competição de filmes de escola, o Take One! conta com a participação de projectos produzidos exclusivamente nas escolas nacionais, e onde a selecção final tem como objectivo apresentar um conjunto de curtas-metragens que primam pela diversidade, privilegiando as qualidades técnicas e artísticas dos trabalhos. A competição deverá, por isso, ser uma montra de apresentação de uma variedade de géneros, experiências e abordagens cinematográficas e audiovisuais. Nesta edição apresentamos duas sessões com um total de 10 filmes de 7 escolas diferentes.
[TO] Take One!
Contudo, mais do que uma competição, o Take One! afirma-se como um importante espaço para a divulgação das mais recentes produções dos novos e futuros valores do cinema português, obras essas que estão muitas vezes ausentes de qualquer divulgação extraescolar. Por isso mesmo, alguns desses filmes têm, após a sua passagem pelo Take One!, um percurso por festivais nacionais e internacionais (como foi o caso de João Salaviza, premiado com a Palma de Ouro do Festival de Cannes com “Arena”, e que foi o vencedor, em 2005, da segunda edição do Take One! com o filme “Duas Pessoas”). Para além da mostra competitiva, o Take One! inicia este ano uma nova iniciativa chamada “Escola em Foco” onde serão apresentados filmes escolares de autores consagrados, muitos dos quais estão esquecidos e não são normalmente vistos. Em 2010, estarão em foco a Escola Superior de Teatro e Cinema (ESTC) e a University South Califórnia (USC). O Take One! tem também vindo a apostar na formação sob a forma de workshops, masterclasses, conferências e uma maratona de vídeo realizada em 48 horas, o Videorun Restart. Na edição de 2010, o Take One! apresenta dois workshops: pela terceira vez, em parceria com a Kodak, o workshop Stop By. Shoot Film. orientado pelo director de fotografia americano Randy Tack; e um workshop de montagem à volta do filme “Aquele Querido Mês de Agosto” realizado por Miguel Gomes, estimulando uma aprendizagem teórico-prática da pós-produção. Ainda na componente de formação, o Take One! é complementado pelas masterclasses de autores que apresentam filmes nas outras secções do festival. Este ano, será assim com os realizadores Ken Jacobs (EUA) e os irmãos Larrieu (França).
74
Esta secção do Festival, que chega agora ao take seis, procura, desta forma, continuar a propiciar o convívio, a troca de conhecimentos e a ser uma boa oportunidade para os participantes, enquanto realizadores, enfrentarem pela primeira vez o público nacional e internacional. É, por isso, uma aposta consolidada na formação e na permuta de informação entre os realizadores mais jovens e os mais experientes, ao mesmo tempo que pretende continuar a destacar o que de melhor é realizado pelos estudantes das escolas portuguesas.
TO! includes a school film competition for work produced in Portuguese schools with a selection of films that aims to show the wide range of approaches available. The main factors taken into account during the selection process are the technical and artistic quality of the work submitted. The competition is therefore a showcase of genres and approaches to film and video. This year we will be hosting two sessions with 10 films from 7 different schools. Take One! Is also a launching pad for Portuguese new talent providing them the opportunity to share films that are seldom seen outside the school context. Some of these films and new directors go off to other Portuguese and international festivals (as was the case of João Salavisa who won the Palm D’Or at Cannes with “Arena” and had won TO! in 2005 with “Duas Pessoas”) This year, further to the competition, Take One! will premiere a new programme, “Escola em Foco” where school films made by renowned directors will be presented, many of which have long been forgotten and are rarely seen. This year we will focus on Escola Superior de Teatro e Cinema (ESTC) and University of South California (USC). Take One! also includes workshops, master-classes, conferences and a 48-hour video marathon, Videorun Restart. In 2010 we will have for the third time running, and in partnership with Kodak, the workshop Stop By. Shoot Film led by American cinematographer Randy Tack; we’ll also host an editing workshop based on “Aquele Querido Mês de Agosto” by Miguel Gomes giving a hands-on approach to post-production. Two master-classes by Ken Jacobs (USA) and by the brothers Larrieu (France) will complete our training activities.
WORKSHOPS
of working with 16mm film and how easy it can be to shoot images with cinematographic quality. During 6 sessions of 4 hours each, the participants will learn the basics of working with film stock, how to work wth a 16mm camera and will have the opportunity to shoot his own images with a 16mm camera.
TO
Workshop Montagem Tendo como ponto de partida o filme “Aquele Querido Mês de Agosto”, o formador Telmo Churro irá revelar a sua experiência e conhecimento enquanto montador do projecto, propondo uma remontagem de uma determinada sequência. Pretende-se, assim, que os participantes apreendam os conceitos e princípios da montagem e que os saibam aplicar de uma forma criativa e reflectida, utilizando o software de edição Apple Final Cut. Posteriormente todas as diferentes abordagens dos participantes serão analisadas e discutidas numa sessão do festival. Editing Workshop Using “Aquele Querido Mês de Agosto” as a starting point, Telmo Churro will sahre his experience as editor in this film while re-editing a scene in a different way. The idea is for participants to learn the principles of editing and to be able to apply that in a creative and conscientious way using Apple’s Final Cut (editing software). All the different scenes will be discussed in a public session during the festival.
MARATONA DE VÍDEO VídeoRun Restart Realizada em parceria com o Instituto Restart, o VideoRun Restart é uma maratona de vídeo realizada em apenas 48 horas. Das 18h30 do dia 2 de Julho às 18h30 do dia 4 de Julho de 2010, este desafio consistirá na realização de curtas-metragens, onde os participantes têm 48 horas para idealizar, rodar e editar um filme para um tema proposto no início da maratona. Todos os filmes serão, no final, apresentados numa sessão do festival.
[TO] Take One!
Take One! reaches its sixth year as one of the most important platforms for new talent in Portuguese cinema. Further to this core, TO! has also established itself as an important setting for training as well as for promoting and discussing current audiovisual and film productions made within Portuguese universities/ colleges. The overall idea is to bring to Vila do Conde the perspective of those who are taking their first steps in this area. Once again, Take One! will be a privileged meeting point for young filmmakers to face an audience for the first time and to promote an exchange of ideas between younger and older generations of filmmakers.
A joint event with Instituto Restart, VideoRun Restart is a video marathon that takes place in 48 hours. From 6:30 pm July 2nd until 6:30pm July 4th, participants will have to conceive, shoot and edit a film related to a subject that will be disclosed at the beginning of the marathon. All the films will then be shown during a special session.
Workshop Stop by. Shoot Film. Orientado pelo director de fotografia americano Randy Tack. em parceria com a Kodak, pela terceira vez em Vila do Conde, este workshop, pretendem demonstrar a potencialidade do trabalho em filme 16mm e de como pode ser fácil rodar imagens com qualidade cinematográfica. Numa das 6 sessões de 4 horas, cada participante aprenderá os conceitos básicos do trabalho com película, aprenderá o funcionamento duma câmara de 16mm e terá ainda a oportunidade de experimentar rodar as suas imagens com uma câmara de 16mm. Led by American cinematographer Randy Tack, in partnership with Kodak, and for the third year in Vila do Conde, this workshop aims to show the potential
75
TO1
AGRESTE
Aquilo que inicialmente seria um assalto torna-se rapidamente numa aula que Miguel nunca irá esquecer.
WILD
The night falls in a poor neighborhood. Miguel, a 23 year old actor, walks into a convenience store of a gas station. As soon as he enters he is discriminated because of the way he looks, and a conflict arises between him and the shop’s clerk. Provoked to the limit, Miguel grabs a gun that he saw inside the counter: he sticks the gun in the clerk’s face and starts a robbery. But….They are not alone. Viktoria, his drama teacher, appears from the back of the store and says “If you act like you hold a gun, don’t bother coming to my classes anymore.”
Carlos Filipe Magalhães, 2009 Portugal, EXP · DOC, 25’11’’, Video, COL
What seemed to be a gruesome armed robbery turns into a lesson that Miguel will never forget.
Ao questionarmo-nos sobre a solidão e sobre o homem, começamos a atravessar a ponte para a compreensão de ambos. Inspirado no livro “The Loneliness of Human Life” de William Alger, “Agreste” explora e retrata a beleza cruel da solidão e do efeito-idade patente nas paisagens e locais da região de Trás-os-Montes. “Agreste” is a visual essay based on the book “The Loneliness of Human Life”, written by William Alger circa 1867. Shot in the region of Trás-os-Montes, it is a take on William Alger’s inspiring vision of solitude, conveying his words into the medium of film.
[TO1] Take One!
Produção Production Carlos Filipe Magalhães Escola School Universidade da Beira Interior, +351275319700, geral@ubi.pt, http://www.ubi.pt Argumento Script Carlos Filipe Magalhães Fotografia Photography Carlos Filipe Magalhães Montagem Editing Carlos Filipe Magalhães Som Sound Carlos Filipe Magalhães
Produção Production Branca Chiotte, brancachiotte@gmail.com Escola School Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, +351217515500, informacoes@ulusofona.pt, http://www.ulusofona.pt Argumento Script João Azevedo, Luís Lobo, Joana Cunha Fotografia Photography Leandro Ferrão Montagem Editing Leonor Costa, Pedro Neves Som Sound Bruno Fonseca Música Music Bruno Fonseca, Cláudio Calaboiça, João Azevedo, Luís Lobo
DEIXAR CAIR A NOITE TO LET THE NIGHT FALL
Jorge Jácome, 2009 Portugal, DOC, 21’, Video, COL
SOBRE VIVÊNCIA ACT OF LIFE
Luis Lobo, João Azevedo, 2009 Portugal, FIC · DOC, 9’45’’, 16mm, COL
Uma feira de diversões vista como um espaço que se transfigura ao longo do dia pelo modo como é habitado. O comportamento daqueles que o visitam contrasta com o dos que lá trabalham, cuja prática se repete dia após dia. An amusement park seen as a place that changes because of the way it is inhabited during the day. The behavior of those who are just visiting contrasts with the way those who work there behave, whose actions are the same every day.
76
É noite, perto de um bairro degradado dos subúrbios. Miguel, um jovem actor, entra numa bomba de gasolina onde o empregado o descrimina pela sua aparência. É provocado até ao limite até que a oportunidade surge quando Miguel vislumbra a arma que o Empregado guarda para sua segurança, dentro do balcão. É então que comete a loucura de alcançar a arma e apercebe-se que não estão sozinhos lá dentro; do fundo da bomba soa uma voz - a voz de Viktoria Vostrot, a sua professora de teatro.
Escola School Escola Superior de Teatro e Cinema, +351214989400, festival@estc.ipl.pt, http://www.estc.ipl.pt Argumento Script Miguel Cipriano Fotografia Photography Marta Simões Montagem Editing Miguel Cipriano, Jorge Jácome Som Sound Ivone Rodrigues
LIFE Dileydi Florez Barrera, 2010 Portugal, ANI, 2’37’’, Video, BW
What started as a revisitation to the past and the future to one of the greatest portuguese rock artist, found out to be the discovery of a complex and loneley being. ‘Sleeping Beauty’ is a beautiful odissey around Lena d’Água’s life.
TO1
Escola School Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, +351217515500, informacoes@ulusofona.pt, http://www.ulusofona.pt Argumento Script Rogério Ribeiro Rogério, Sara Oliveira Fotografia Photography Edgar Vaz, Edgar Pacheco, Rogério Ribeiro Rogério Montagem Editing André Santos, Rogério Ribeiro Rogério, Edgar Pacheco Som Sound Edgar Vaz, Edgar Pacheco, Fábio Prado
É preciso Fluir É preciso Sair É precido ser Fácil É preciso ser Livre É preciso a Vida. To Flow is necessary. To Leave is necessary. To be Easy is necessary. To be Free is necessary. Life is necessary.
BELA ADORMECIDA SLEEPING BEAUTY
Rogério Ribeiro Rogério, Sara Bernardes de Oliveira, 2009 Portugal, DOC, 31’10’’, Video, COL
[TO1] Take One!
Produção Production Dileydi Florez Barrera, lady9594@hotmail.com Escola School IADE - Instituto de Artes Visuais, Design e Marketing, +351213939600, info@iade.pt, http://www.iade.pt, Argumento Script Montagem Editing Dileydi Florez Barrera Animação Animation Dileydi Florez Barrera
Aquela que pretendia ser uma visita ao passado e presente daquela que foi considerada uma das maiores artistas do Rock português, tornou-se na descoberta de um ser complexo e solitário. ‘Bela Adormecida’, é uma odisseia deliciosa à vida de Lena d’Água. 77
TO2
SUBTITLE GIRL Gonçalo Soares, 2009 Portugal, FIC, 16’, Video, BW
Um dia Louis acordou e não tinha nada para fazer. Saiu de casa para comprar cigarros. Decidiu apaixonarse. Uma comédia romântica seguindo os passos vadios da juventude contemporânea desejosa de lugar no mundo em tons de referência clássica e pop. One day Louis woke up and he had nothing to do. He left home to buy cigarettes. He decided he wanted to fall in love. A romantic comedy following the stray steps of today’s displaced youth in tones of pop and classic references. Escola School Escola Superior de Teatro e Cinema, +351214989400, festival@estc.ipl.pt, http://www.estc.ipl.pt Argumento Script Gonçalo Soares Som Sound Gonçalo Soares Actores Main Actors Gonçalo Soares, Rita Mota, Jorge Jácome, Joana Neves, Luis Fernandes, Vanessa Dias, Isabel Taunay, Luis Marques da Cruz
[TO1] Take One!
A MÁQUINA THE MACHINE
Miguel Guimarães Correia, Daniel Sousa, 2010 Portugal, DOC, 20’50’’, Video, COL
O estádio de futebol enquanto máquina viva alimentada pelo trabalho de várias pessoas que, juntas, contribuem para a sua manutenção e sustentação. The football stadium as a living machine, fueled by the hard work of several people that contribute for it’s maintenance.
78
Produção Production Mónica Mota, Soraia Ferreira Escola School RESTART - Instituto de Criatividade, Artes e Novas Tecnologias, +351213609450, films@restart.pt, http://www.restart.pt Fotografia Photography André Carrilho, Nuno Neves Montagem Editing Miguel Guimarães Correia, Daniel Sousa Som Sound Rudi Costa
SMOLIK
afinal, de três tempos que não se cruzam, plenos de contradições e de dependências.
Cristiano Mourato, 2009
Vicente lives in a condominium with his wife, Benedita. In the isolation of his vacations, time goes by slowly in the cold and labyrinthic space that surrounds those lives, and Vicente meets Maria. It’s there, in a cold winter afternoon, that two solitudes meet. After all it’s three times that do not cross, full of contradictions and dependencies.
Portugal, ANI · EXP, 8’, Video, BW
TO2
Escola School Escola Superior de Teatro e Cinema, +351214989400, festival@estc.ipl.pt, http://www.estc.ipl.pt Argumento Script Gonçalo Codeço Fotografia Photography Paula Lameiras Montagem Editing Vanessa Dias, Vítor Alves Som Sound Francisco Peres Actores Main Actors Miguel Ferreira, Nádia Santos, Sónia Neves
Longe de uma narrativa prosaica, esta é a história de dois personagens em confronto onde seguimos fascinados o movimento como expressão poética. O trabalho de uma ideia sobre dança contemporânea/ performance humana e a sua abstração de emoções, e como tirar partido na congregação deste tema com o cinema de animação. Aqui, a expressão compreende-se para além dos simples gestos, na criação de relações psicológicas, através da poética do movimento.
MAIS UM DIA À PROCURA ANOTHER DAY SeaRCHING
Maria Simões, 2009 Portugal, DOC, 18’20’’, Video, COL
Escola School ESAD.CR - Esc. Sup. de Artes e Design de Caldas da Rainha, +351262830900, esad@esad.ipleiria.pt, http://www.esad. ipleiria.pt, Argumento Script Cristiano Mourato Montagem Editing Cristiano Mourato Som Sound Fernando Mota Música Music Fernando Mota
LONGE FAR
Carlos Pereira, 2010
Novembro de 2009. A temperatura das águas baixou muito nos últimos dias e os atuns dos Açores rumaram ao sul. A bordo do açoriano Pepe Cumbrera, único atuneiro ainda em actividade em S. Miguel, uma tripulação de madeirenses abre o mar dos Açores e procura quase sem encontrar. A espera, a esperança e a vida estão neste exercício documentário filmado em três dias a bordo.
[TO1] Take One!
Away from a prosaic narrative, this is the story about to characters in confrontation and we follow the movement of them as his personal expression of fellings. Working in an idea about human performance/contemporary dance and abstration of emotions, and how to congregate this subjects with animation. Here, the expression goes beyond simple simple gestures, building psychologic relations through the poetics of movement.
Portugal, FIC, 17’, Video, COL
November 2009. In the past few days the ocean water temperature went down considerably and the Azores’ Tuna fish migrated south. Onboard the “Atuneiro” (Tuna fishing boat) Pepe Cumbrera, the remaining Atuneiro still active in S. Miguel, the crew from Madeira island navigates the Azorean sea searching for the illusive fish. The objective of this documentary filmed for 3 days onboard the Atuneiro is to capture the wait, hope and life of its crew. Escola School Corredor Associação Cultural, +351917173771, corredorass@gmail.com, http://www.corredorass.blogspot.com Fotografia Photography Maria Simões Montagem Editing Andreia Luís Som Sound Tiago Hespanha, Tiago Melo Bento, Frederico Lobo
Vicente vive num condomínio fechado com a mulher, Benedita. No isolamento de umas férias, o tempo passa lentamente no espaço frio e labiríntico que cerca aquelas vidas, e Vicente conhece Maria. É ali, numa tarde de Inverno, que duas solidões se encontram. Tratam-se,
79
TO3
ESCOLAS EM FOCO Focus on Schools Para esta edição do Take One! serão apresentados alguns projectos da Escola Superior de Teatro e Cinema (ESTC) através dos filmes realizados nessa escola por João Pedro Rodrigues, Marco Martins, Pedro Sena Nunes, Sandro Aguilar e João Salaviza. Será também apresentada uma “Escola em Foco” internacional: a University South Califórnia (USC) com os filmes escolares de George Lucas, Robert Zemeckis, James Foley, Kevin Reynolds e Richard Kelly. In 2010, Take One! Will present work from Escola Superior de Teatro e Cinema (ESTC) by former students João Pedro Rodrigues, Marco Martins, Pedro Sena Nunes, Sandro Aguilar e João Salaviza. The international “Escola em Foco” is the University of South Califórnia (USC) with work by alumni George Lucas, Robert Zemeckis, James Foley, Kevin Reynolds and Richard Kelly.
[TO3] Take One!
Breve historial da ESTC
80
No início de Janeiro de 1973 o cinema ganha o direito a ter um curso oficial. Os objectivos do projecto são claros: instituir, em ambiente marcadamente artístico, uma escola que visa oferecer uma formação de carácter profissional. Depois do 25 de Abril, muitas foram as modificações introduzidas no curso e na organização da Escola de Cinema, como então passa a ser designada, até se chegar ao desenho curricular em que as diferentes especialidades se tornam cada vez mais específicas e o seu ensino mais aprofundado. O Departamento de Cinema da ESTC é, desde meados dos anos 80, o herdeiro dessa escola que contou entre os seus fundadores e primeiros professores com realizadores e outros profissionais vindos do Novo Cinema português. Na renovação do seu corpo docente, incluiu muitos dos que nela se formaram no post-25 de Abril e que, pertencendo a sucessivas gerações de realizadores, produtores, argumentistas, ou trabalhando na imagem, no som ou na montagem, juntamente com outros que permanecem na actividade profissional, participam da aventura de fazer o cinema português de hoje. O curso de Cinema, ministrado no Departamento de Cinema da ESTC, na última década, é um curso bietápico de licenciatura, organizado em dois ciclos, conduzindo o primeiro ao grau de bacharel e o segundo ao grau de licenciado. No quadro do ensino politécnico, com este curso de Cinema, reafirma-se a natureza de escola de criação artística, que alia duas vertentes de formação: uma ao nível do bacharelato, capaz de habilitar os alunos para o exercício de funções de execução técnica e artística de objectos cinematográficos e audiovisuais; outra, ao nível da licenciatura, intervindo de forma articulada no campo da autoria e da direcção artística de projectos. A partir do ano lectivo 2007/2008, o curso funciona com uma organização curricular decorrente da adequação ao modelo de Bolonha. O Plano de estudos elege as 6 áreas chave consagradas pela indústria cinematográfica e que as escolas congéneres de referência adoptam – Argumento, Produção, Realização, Imagem, Montagem, Som. Em termos de desenho curricular, estas áreas aparecem organizadas em dois triângulos: o primeiro, focalizado no design do projecto, em cujos vértices estão o Argumento, a Produção e a Realização, visa o desenvolvimento das capacidades de concepção,
planeamento e direcção criativa de um projecto; o segundo, de natureza mais performativa, cujos vértices são ocupados pela Imagem, Montagem e Som, assenta no desenvolvimento de competências técnicas e artísticas, aplicadas na execução de projectos cinematográficos, nas suas diferentes fases de produção. A brief history of ESTC (Film and Theatre School) In the beginning of 1973, Portuguese cinema was granted the right of its own higher education course. The goals were clear: to create a school, within a clear artistic setting, that offered professional education. After April 1974, there were many changes both in the course and in the organisation of Escola de Cinema, as it became known, until a different type of syllabus was designed where the different disciplines became increasingly specific and their teaching more comprehensive. Since the mid 1980s, the Film Department at ESTC became the inheritor of that school which had among its founders and first teachers some of the directors and technicians from the new Portuguese cinema of the 1960s (known as Novo Cinema Português). The renewal of its teaching body included many graduates from the post-revolutionary period, successive generations of directors, producers, scriptwriters, editors and sound and image technicians, as well as many part-timers, who participated in the venture of making today’s Portuguese cinema. The film course taught at ESTC’s Film Department over the last decade is a two-tier course whose first part grants a BA and the second a Post-Graduation. Within the framework of polytechnic education, the film course taught at ESTC, reinforces the mission of the art school, which combines two facets of education: the BA, which gives students the tools to perform technical and artistic tasks in audiovisual and film projects; and the Post-Graduation which equips them as project creators and directors. From 2007/2008, the course is adapted to the Bologna model. The syllabus focuses on the 6 key areas of film production: Scriptwriting, production, direction, image, editing and sound. These areas are organised in two triangles: the first is centred on project design and its angles are script, production and direction, and aims to develop competencies in project design, planning and creative direction; the second triangle is centred on performance and focuses on image, sound and editing. Its aim is to develop technical and artistic competencies applied to a film project and its different stages of production. Contactos Contacts Escola Superior de Teatro e Cinema, +351214989400, festival@estc.ipl.pt
O PASTOR THE SHEPHERD
Produção Production Marco Martins Argumento Script Marco Martins, João Braz Fotografia Photography Isabel Aboim Montagem Editing Actores Main Actors Ulisses Silva, João Montez, Ricardo Cruz, Ziggy
TO3
João Pedro Rodrigues, 1987 Portugal, FIC, 8’, 16mm,
MARGENS BORDERS
Pedro Sena Nunes, 1995 Portugal, DOC, 29’, 16mm, COL
Chegado à idade da reforma, um pastor não consegue abandonar toda uma vida passada na planície alentejana, junto às ovelhas.
Produção Production Jorge António, Francisca Serrão Argumento Script João Pedro Rodrigues Fotografia Photography Orlando Alegria, Delfim Ramos Montagem Editing João Pedro Rodrigues Som Sound Armanda Carvalho Actores Main Actors Casimiro Oleiro, Joaquim Rato
MERGULHO NO ANO NOVO NEW YEAR’S DIVE
Marco Martins, João Braz,, 1994 Portugal, FIC, 23’, 16mm,
Existe uma situação complexa de isolamento geohumano em Trás-os-Montes, uma província no Nordeste de Portugal. Uma ponte ferroviária comprada, em segunda mão, aos Caminhos de Ferro Portugueses, por apenas 22 aldeões, com a ajuda do Programa Europeu ‘LEADER’, salvará a aldeia de Chelas de uma vida isolada entre dois rios? O contraste intergeracional. Um sonho adiado. Formas de viver tão idênticas e diferentes, de pessoas que sonham como morrem. Sozinhas. There is a complex situation of human isolation in Trás-os-Montes, a province in the Northeast of Portugal. Will a second hand railway bought from the Portuguese Railway Company, by just 22 peasants, with the help of the European Programme LEADER, save the old village of Chelas from an isolated existence between two rivers? The contrast between generations. A postponed dream. So identical ways of life and so different points of view about the bridge are given to us by people who dream the way they die. Alone.
[TO3] Take One!
In his retirement, a shepherd can’t abandon a whole life spent on the Alentejo’s plain near to the sheeps.
Fotografia Photography Paulo Ares Montagem Editing Paulo Belém Som Sound Emídio Buchinho Actores Main Actors Ezequiel dos Santos, Adérito Jesus, Acácio Manuel
CADÁVER ESQUISITO STRANGE CORPSE
Sandro Aguilar, 1997 Portugal, FIC, 29’45’’, 35mm, COL
Na véspera de Ano Novo, 3 adolescentes planeiam fugir de casa para irem viver para Espanha. No caminho surgem obstáculos inesperados que vão dificultar o seu sonho. The day before New Year’s day, 3 teenagers plan make to escape home and got to live in Espanha. On the road they find some unexpected obstacles and their dream becomes more and more difficult to achieve.
Um escritor está bloqueado. Sai à rua para aliviar a cabeça. Cruza-se com uma ambulância parada junto a um prédio. Um indivíduo havia caído do 2º andar e perdera a memória. O escritor decide entrevistar alguns dos amigos do homem, procurando histórias ou episódios que tenham partilhado com ele e que o possam ajudar a recuperar a identidade. De caminho, compõe o seu personagem. 81
TO3
A writer is blocked up. He goes out to relief his head. He crosses with an ambulance which is stopped near a building. A man had fallen from the 2nd floor and had lost his memory. The writer decides to interview some of the man’s friends, seeking shared stories or episodes that may enable the man to recover his identity. On his way, he composes his character.
Argumento Script Sandro Aguilar Fotografia Photography Regina Morais Montagem Editing Som Sound Branko Neskov Música Music Vítor Joaquim Actores Main Actors Bruno Bravo, Maria Emília Correia, Ana Figueiredo, Miguel Fonseca, João Reis
DUAS PESSOAS TWO CLOSE
João Salaviza, 2004
[TO3] Take One!
Portugal, FIC, 9’, 16mm, COL
Um homem recebe em casa uma prostituta. Tentam comunicar. Mas a solidão que os dois transportam cria um fosso entre eles, impossibilitando essa comunicação. A prostitute and a client of hers have loneliness as their only common ground. Even though this leads them to intimacy, it is also the reason why it is immediately denied. And so they stay, on those nights, two people completely alone. With one another. Produção Production Ricardo Oliveira Argumento Script Inês Clemente Fotografia Photography Vasco Viana Montagem Editing Som Sound Inês Clemente Actores Main Actors Rui Morrison, Julie Sergeant
82
USC School of Cinematic Arts Desde 1929 que a USC School of Cinematic Arts tem incentivado e ao mesmo tempo espelhado o crescimento do entretenimento enquanto indústria e enquanto expressão artística. A escola oferece cursos completos de realização, produção, escrita, crítica, animação, arte digital e meios interactivos, tendo como base uma educação artística avançada, leccionada por profissionais que são líderes em cada especialidade. Os seus mais de 10.000 antigos alunos figuram entre os mais distinguidos animadores, académicos, professores, escritores, realizadores, produtores, fotógrafos, montadores, técnicos de som e executivos do mundo. Desde 1973 que não passa um ano sem que um dos nossos antigos alunos seja nomeado para um Óscar da Academia.
Alan Gadney Música Music George Hubbard Actores Main Actors Pete Brock
TO4
A FIELD OF HONOR CAMPO DE HONRA Robert Zemeckis, EUA USA, 14’, Video,
USC School of Cinematic Arts
Contactos Contacts University of Southern California - School of Cinematic Arts, +12137404432, cassidy@cinema.usc.edu
1:42:08 TO QUALIFY 1:42:08 PARA QUALIFICAÇÃO George Lucas, 1966 EUA USA, 8’, Video,
Vic Fury é um veterano da Guerra do Vietname com problemas de integração na vida civil. Este é um retrato violento do seu primeiro dia em sociedade depois de ser libertado de um hospício. Vic Fury, a Vietnam veteran, has trouble adjusting to civilian life in this violent depiction of his first day back in mainstream society after being released from a mental institution. Produção Production Toby Lovallo Argumento Script Robert Zemeckis Fotografia Photography Horace Jordan Montagem Editing Mustafa Gursel Som Sound Don Scioli Música Music Elmer Bernstein Actores Main Actors Peter Belcher, Roger Pancake, Roger Vaughn, Pat O’Hara, Miltos Cottis, Jan Musun
SILENT NIGHT
[TO4] Take One!
Since 1929, the USC School of Cinematic Arts has fueled and mirrored the growth of entertainment as an industry and an art form. The school offers comprehensive programs in directing, producing, writing, critical studies, animation and digital arts, production, and interactive media, all backed by a broad liberal arts education and taught by leading practitioners in each field. Its more than 10,000 alumni are among the world’s most distinguished animators, scholars, teachers, writers, directors, producers, cinematographers, editors, sound experts and industry executives. Since 1973 not a year has passed without an alumnus or alumna being nominated for an Academy Award.
NOITE FELIZ James Foley, EUA USA, 21’, Video,
Um carro de corrida efectua voltas num circuito desolado. Dois homens cronometram o condutor. O filme não tem diálogos nem narrador, centra-se apenas na arte da condução deste tipo de carros. A race car is driving laps on a curvy track in a desolate locale. The driver is being timed by two men. Film has no dialogue, no narrator. Focus is on the art of race car driving. Argumento Script George Lucas Fotografia Photography Montagem Editing George Lucas, Mike Padilla, George Hubbard,
83
TO4
Noite de Natal: dois funcionários de um hospital psiquiátrico, que discordam dos métodos um do outro, cuidam de um grupo de pacientes excêntricos. Two mental hospital attendents, who disagree with each other’s methods, care for a group of eccentric patients on Christmas Eve. Argumento Script James Foley, Jr. Fotografia Photography Robert C. Hughes Montagem Editing Albert Magnoli Som Sound David Kellogg Actores Main Actors Kevin Scott Allen, Adrien Royce, Michael L. Bolivar, Jennifer McCahon, Diz McNally, Ransom Roberts, Daniel J. Foster
PROOF PROVA Kevin Reynolds, 1980
[TO4] Take One!
EUA USA, 23’, Video,
Um jovem tímido faz o salto em queda‑livre da sua vida. A timid young man makes the skydiving jump of his life. Argumento Script Kevin Reynolds Fotografia Photography Montagem Editing David Fechtor Som Sound Jay Wilkinson Actores Main Actors Clifford Martin III, Mark Schwartz, Marvin McIntyre, Rick Brent, Raliegh Kendall, Reese Lane
THE GOODBYE PLACE O LUGAR DO ADEUS Richard Kelly, 1996 EUA USA, 9’, Video,
Dois estranhos algo misteriosos, que poderão explicar para onde é que realmente vão as pessoas que desaparecem, oferecem a uma criança vítima de abusos a possibilidade de escapar. An abused little boy is offered a way out by some mysterious strangers who might explain where missing people really go.
84
Produção Production Paola Cresti, Richard Kelly Argumento Script Richard Kelly Fotografia Photography Paola Cresti Montagem Editing Paola Cresti Som Sound Richard Kelly Actores Main Actors George Shrouder, Staci Greason, Edwin C. Waite, Norma Barbour, Sindy Shrouder
CHILDREN AND YOUTH COMPETITION Curtinhas Children and Youth Competition
CURTINHAS
FC
FILME CONCERTO Buster Keaton
THE ELECTRIC HOUSE A CASA ELÉCTRICA
Buster keaton FILM CONCERT
Buster Keaton, Eddie Cline, 1922 EUA USA, FIC, 27’, BW
Filme-Concerto Curtinhas Film Concert
No dia de abertura do festival será apresentado um novo projecto musical que tem vindo a ser desenvolvido ao longo do último ano lectivo, em parceria com a Academia de Música S. Pio X de Vila do Conde. Depois de uma primeira experiência de criação de uma nova banda sonora para o filme “O Meu Final Feliz” de de Milen Vitanov, que marcou o encerramento do projecto Animar 5 em Março de 2010, os alunos desta instituição, sob a orientação dos professores Eduardo Patriarca e Miguel Pires, apresentam agora um concerto original que acompanha a projecção de dois clássicos do cinema mudo, “Uma Semana” e “A Casa Eléctrica” de Buster Keaton. The festival’s opening show will present a new musical project that was developed throughout this school year in partnership with Vila do Conde’s Music Academy S. Pio X. Following a first project, in which a new soundtrack for Milen Vitanov’s “My Happy Ending” was created and presented for the closing session for Animar in March, the students, under the guidance of Eduardo Patriarca and Miguel Pires will play soundtracks to two Buster Keaton’s classics, “One Week” and “The Electric House”.
ONE WEEK UMA SEMANA
Buster Keaton, Eddie Cline, 1920 EUA USA, FIC, 20’, BW
Following a misunderstanding, Buster finds himself as an electrician in a bourgeois home to install an automatic controlling system, precursor to a robotic system. The owner’s daughter makes an impression on Buster. The real electrician comes to get revenge and manipulates the entire electrical system in order to send Buster away. Argumento Script Buster Keaton, Eddie Cline Actores Actors Main Buster Keaton, Virginia Fox, Joe Keaton, Louise Keaton, Myra Keaton, Joe Roberts Contacto de Cópias Copies Contact Maria Chiba, Lobster Films, +33143387676, mchiba@lobsterfilms.com, http://www.lobsterfilms.com
Um jovem casal recebe como presente de casamento uma casa pré‑fabricada que se monta numa semana. Seria fácil se o rival de Buster não tivesse baralhado os números das caixas que contêm as peças... A young couple is offered a self-assembled house. All they have to do is raise it up. It would be easier if an enemy had not mixed up the numbers of the boxes. Argumento Script Edward F. Cline, Buster Keaton Fotografia Photography Elgin Lessley Montagem Editing Buster Keaton Actores Main Actors Buster Keaton, Sybil Seely, Joe Roberts
86
Após um grande mal‑entendido, Buster é contratado como electricista para instalar um sistema de controlo automático numa casa nova. Buster fica de imediato atraído pela filha do proprietário da casa. O verdadeiro electricista, que deveria ter sido contratado no seu lugar, vinga-se sabotando todo o sistema.
SWEET NOTHING
Filmografia Filmography THE WAY WE HAVE CHOSEN, 4’20’’, music video, 2004
M9
(13 Curtas Vila do Conde 2005); KONTROL ESKAPE, 11’, 2005; MEISCHEID, 2’18’’, 2007.
DOCE NADA
Blake Hamilton, 2009 EUA USA, FIC, 8’38’’, Video, COL
MEAT OR DIE / MEAT:01-03 COME OU MORRE
Tai Murayama, 2009 Japão Japan, ANI, 4’45’’, Video, COL
Um rapaz compra o seu primeiro álbum, “Combat Rock” dos The Clash.
Produção Produção Keith Hamilton, Traplight Productions Contacto de Cópia Copy Contact Keith Hamilton, Traplight Productions, +13233970670, keith@theskylarkfilm.com, http://www.theskylarkfilm.com Argumento Script Keith Hamilton Fotografia Photography Alan Poon Montagem Editing Damian Ziemkowski Som Sound Rich Cutler Música Music David Hayman Actores Main Actors Evan Robert Smith, Dominic Fano, Tristan Comeau, Ross Boehringer, Deanna Gibson, Nick Coleman Filmografia Filmography BECOMING MIGHTY, 16mm, COL, 17’, 2000; UNFURL, Super 16mm, COL, 14’, 2001; IN LIGHT OF MRS. WALTON, COL, 15’, 2004.
BABIOLES
Era uma vez dois dinossauros esfomeados... Esta é a história interminável de dois dinossauros desesperados numa viagem de caça mal sucedida Once upon a time in the future there were two hungry dinosaurs... This is the never-ending story of an unsuccessful hunting trip by two hopeless dinosaurs. Produção Produção Tai Murayama, Bonus Contacto de Cópia Copy Contact Tai Murayama, Bonus, +81334909034, tai@bonus.co.jp, http://www.bonus.co.jp Argumento Script Kitune Akimoto, Tai Murayama Fotografia Photography Kitune Akimoto Música Music Shinji Hosoe Animação Animation Hirohiko Sugamura Filmografia Filmography FIRST FILM.
Matray, 2010 França France, ANI, 4’30’’, Video, COL
MIXTAPE A GRAVAÇÃO
Curtinhas Children and Youth Competition
A boy buys his first record, The Clash’s ‘Combat Rock’, in an attempt to connect with his dying mother.
Luke Snellin, 2009 Reino Unido United Kingdom, FIC, 2’22’’, 35mm, COL
Perdido numa lixeira e à procura de um pouco de atenção dos humanos, o coelhinho tenta chegar à cidade com o seu novo amigo, o pequeno índio. Lost in a garbage dump and looking for some human attention, Little Rabbit tries to reach the city with his new mate Little Indian. Produção Produção Nicolas Schmerkin, Autour de Minuit Productions Contacto de Cópia Copy Contact Elsa Chevallier, Autour de Minuit Productions, +33142811728, festivals@autourdeminuit.com, http://www.autourdeminuit.com Montagem Editing Mathieu Auvray Som Sound Eric Cervera Animação Animation Mathieu Auvray info@autourdeminuit.com
Ben passa o tempo a ouvir os discos de vinil do pai e a fazer compilações num antigo gravador de cassetes. Um dia, ele faz uma dessas gravações para impressionar Lily, a rapariga dos seus sonhos. Ben spends his time listening to his Dad’s old 70’s vinyl and making mixtapes on an old double deck tape recorder. He makes a tape to try and woo Lily, the girl of his dreams. 87
M9
Produção Produção Luke Snellin, 2AM Films Contacto de Cópia Copy Contact Luke Snellin, 2AM Films, +442072929600, lukesnellin@hotmail.com, http://www.2am.co.uk Argumento Script Luke Snellin Fotografia Photography Ollie Downey Montagem Editing John Holloway Música Music The Kinks, Heart Actores Main Actors Bill Milner, Charlotte Beaumont, Kate Miles
ROOFTOP WARS BATALHA NO TELHADO
Miguel Silveira, 2010 EUA USA, FIC, 15’58’’, Video, COL
Filmografia Filmography PATRICK, 11’, 2008.
JACCO’S FILM O FILME DO JACCO
Daan Bakker, 2009 Holanda Netherlands, FIC, 17’, 35mm, COL
Curtinhas Children and Youth Competition
Um grupo de miúdos de origem mexicana residentes em Pilsen, Chicago, esgueira-se de um desfile de rua para se envolver numa guerra com outro grupo pelos telhados das redondezas. Mas, quando a brincadeira atinge níveis perigosos estas crianças aprendem a verdadeira finalidade da guerra. Jacco é cientista, inventor, músico, filósofo, arquitecto e atleta. Vive com os pais, uma vez que tem apenas 10 anos. Enquanto o pai e a mãe discutem, Jacco mostranos tudo o que sabe sobre pesca submarina. Observa o mundo através de um periscópio e está a trabalhar num extraordinário abrigo subterrâneo. Será que desta forma ele consegue manter a realidade à distância? Com inúmeros artifícios visuais e uma perspectiva cheia de humor, o realizador deste filme tocante mostra estar do lado do seu melancólico herói e da sua imaginação fértil. Jacco is scientist, inventor, musician, philosopher, architect and athlete. He lives with his parents because he’s still only ten. While his mum and dad argue, Jacco shows us how much he knows about deep sea fish. He spies on the world through a periscope, and is working on an extraordinary underground hut. Is this his way of keeping reality at a safe distance? With numerous visual tricks and humorous perspectives, the makers of this moving film stand firmly behind their melancholy little hero with his fertile imagination. Produção Produção Derk-Jan Warrink · Constant van Panhuys, Lemming Film Contacto de Cópia Copy Contact Derk-Jan Warrink, Lemming Film, +31652437509, derkjan@lemmingfilm.com, http://www. lemmingfilm.com Argumento Script Daan Bakker, Sammy Reijnaert Fotografia Photography Robbie van Brussel Montagem Editing Michelle Hoffman Som Sound Robil Rahantoeknam, Jaap Sijben Música Music Matthijs van der Veer Actores Main Actors Michael Nierse, Mike Meijer, Marike van Weelden, Jurg Molenaar, Nienke Sikkema, Peer Van den Berg, Tjebbe Roelofs, Ergun Simsek
A group of Mexican-American kids steal away from their neighborhood street parade in order to wage a children’s war on a rooftop. But when the game escalates to dangerous levels, one of the children must make the ultimate sacrifice. Produção Produção Andrew Eick · Miguel Silveira · Ericka Frederick, Pangea Media Productions LLC Contacto de Cópia Copy Contact Andrew Eick, Pangea Media Productions LLC, +13126072545, andrew.eick@hotmail.com, http://www.pageamediaproductions.com Argumento Script Miguel Silveira Fotografia Photography Kuba Zelazek Montagem Editing Thiago da Costa Som Sound Dominic Morris Música Music Fandanguero Actores Main Actors Arturo Linares, Jose Torres, Charin Alvarez, Josiah Nodal, Gerardo Posadas Jr., Edwin Torres, Tony Ochoa, Luis Torres, Jarlene Acevedo Filmografia filmography BEAUTIFUL MARCH 2003, 2003; NAMIBIA, BRASIL, 2006; CARNAVAL BLUES, 2007; ROOFTOP WARS, 2010; MANBIRD, DOC, 2010.
FRANSWA SHARL FRANSWA SHARL
Hannah Hilliard, 2009 Austrália Australia, FIC, 13’52’’, 35mm, COL
Greg é um rapaz de 12 anos que herdou do seu pai a veia competitiva. Numa viagem de férias às ilhas Fiji eles não concordam sobre quais as actividades que Greg deve privilegiar tendo em conta os seus múltiplos talentos. Os esforços de Greg para convencer o pai não obtêm resultados e resolve então jogar outra cartada. A história de Greg baseou-se em factos reais.
Filmografia Filmography FIRST FILM.
Twelve year old Greg has inherited his father’s competitive streak. On a family holiday to Fiji they have different ideas about where Greg should focus his talents. When his creative pursuits fail to amuse his father, Greg sets out to win him back. Based on a true story.
88
M9
Produção Produção Linda Micsko, Room Four Films Contacto de Cópia Copy Contact Linda Micsko, Room Four Films, +61438792399, lindamicsko@mac.com Argumento Script Hannah Hilliard, Greg Logan Fotografia Photography Judd Overton Montagem Editing Ceinwen Berry Som Sound Liam Egan Actores Main Actors Callan McAuliffe, John Batchelor, Diana Glenn, Steve Le Marquand, Pippa Grandison, Ivy Latimer, Tiarnie Coupland, Luke Hobbins, Ben Ingram, Chum Ehelepola, Jay Ryan, Greg Logan Filmografia filmography BLAME, 20’, 16mm, 2000; SEARCH, 20’, 16mm, 2002; EVE, 8’, 16mm, 2006; MOCKINGBIRD, 14’, 35mm, 2007; NEIGHBOURS, TV series
Curtinhas Children and Youth Competition
(16 episodes), 2008/09.
89
M3
THE HYBRID UNION UMA ESTRANHA UNIÃO
Serguei Kouchnerov, 2009 EUA USA · Ucrânia Ukraine, ANI · EXP, 4’30’’, Video, COL
Produção Produção Eva Yébenes · José Miguel Ribeiro · Nuno Beato, Sardinha em Lata Contacto de Cópia Copy Contact Nuno Beato, Sardinha em Lata, +351214780432, info@sardinhaemlata.com, http://www.sardinhaemlata.com Argumento Script Marisa Pott Montagem Editing Diogo Carvalho, João Miguel Real Som Sound Música Music Ricardo Cardoso Animação Animation Ana Cristina Inácio, Ana Dias, João Miguel Real, Joana Bartolomeu, Luís Soares, Marta Lebre, Nádia Cardoso, Nuno Martins, Vanessa Namora Caeiro Filmografia filmography GOAL, ANI, Betacam, 30’’, 2007; TV, ANI, Betacam, 3’34’’, 1999; MANOS, ANI, Betacam SP, 1’20’’, 2000; HÍSSIS, ANI, Betacam SP, 26’, 2003; A SARDINHA, ANI, DigiBeta, 38’’ (A Ilha das Cores, RTP), 2007 (16 Curtas Vila do Conde, 2008); ELEFANTE, ANI, DigiBeta, 38’’ (A Ilha das Cores, RTP), 2007 (16 Curtas Vila do Conde, 2008); O BOTÃO, ANI, DigiBeta, 38’’ (A Ilha das Cores, RTP), 2007 (16 Curtas Vila do Conde, 2008); O COMBOIO, ANI, DigiBeta, 30’’ (A Ilha das Cores, RTP), 2007; MI VIDA EN TUS MANOS, ANI, 35mm, 8’30’’, 2009 (17 Curtas Vila do Conde, 2009).
As pinturas a óleo de Serguei Kouchnerov ganham vida em “Uma Estranha União”. Duas personagens abstractas, ‘plus’ e ‘minus’, cuja energia está a acabar, partem em busca de uma nova fonte.
Curtinhas Children and Youth Competition
The oil paintings by Serguei Kouchnerov come alive in Hybrid Union. Two abstract characters, Plus and Minus, whose energy is running out, go on a quest to find a new source. Produção Produção Serguei Kouchnerov, Hybroll Animation Contacto de Cópia Copy Contact Serguei Kouchnerov, Hybroll Animation, +3236542752, info@hybrollanimation.com, http://www.thehybridunion.com Argumento Script Serguei Kouchnerov Montagem Editing Serguei Kouchnerov Som Sound R.D. White, Christian Dwiggins Música Music Joerg Huettner Animação Animation Serguei Kouchnerov
PIERRE UND DER SPINATDRACHE PIERRE E OS ESPINAFRES PIERRE AND THE SPINACH DRAGON
Hélène Tragesser, 2010 Alemanha Germany, ANI, 4’06’’, Video, COL
Filmografia filmography HOPELESS WOMBAT, ANI, 1991; 9 1/2 MINUTES, ANI, 1992 (2 Curtas Vila do Conde, 1994); THE LOG, ANI, 1998.
EMA E GUI - UM DESENHO EMA AND GUI - EMA DOES A DRAWING
Nuno Beato, 2010 Portugal, ANI, 7’, Video, COL
O Pierre não gosta de espinafres mas hoje para o jantar há espinafres outra vez. É então que algo suspeito começa a mover-se no prato... Um dragão verde e furioso feito de espinafres! Na sua fantasia Pierre transformase num valente cavaleiro. Mas para vencer o dragão ele vai precisar de um estratagema. Pierre doesn’t like any spinach but today he is geting it on his plate again. And something suspicious begins to move on the plate... A green, angry spinach dragon! In his fantasy, Pierre becomes a brave knight. But to beat this dragon, he will need a special ruse. Produção Produção Hélène Tragesser Contacto de Cópia Hélène Tragesser, +4193020624116, mail@helenetragesser.de, http://www. helenetragesser.de Argumento Script Hélène Tragesser Som Sound Roman Beilharz Música Music Oliver Knieps Filmografia Filmography FALL OHNE SCHIRM, 2003; ICH WILL NICHT, 2004;
Um desenho da Ema transforma-se no interior do magnífico portão azul do mundo para lá das nuvens. Ema’s drawing transforms itself in the interior of the magnificent blue gate of the Magic World Beyond the Clouds.
90
SÜSSE DIRNE, 2005; NNOLSIS, 2005; ELOISE, 2006; L‘UN DE LUNE, 2009.
MOBILE MOBIL
Verena Fels, 2010 Alemanha Germany, ANI · FIC, 6’24’’, Video, COL
stroll though the woods. Encountering three predators who all wish to eat him - a fox an owl and a snake - the plucky mouse has to use his wits to survive.
M3
Produção Produção Michael Rose · Martin Pope, Magic Light Pictures, http://www.grufallo.com Contacto de Cópia Copy Contact Barney Goodland, Magic Light Pictures, +442076311800, barney@magiclightpictures.com, http://www magiclightpictures.com Argumento Script Julia Donaldson, Axel Scheffler Montagem Editing Robin Sales Som Sound Adrian Rhodes Música Music Terry Davies Animação Animation Tobias von Burkersroda, Max Stöhr Actores (vozes) Main Actors (voices) Helena Bonham Carter, James Corden, Tom Wilkinson, Rob Brydon, Robbie Coltrane, Sam Lewis, Phoebe Givron-Taylor Filmografia Filmography [Michael Rose] TORVALD UND DER TANNEBAUM, 2004; MTV - MAKE A DIFFERENCE, 2004; STRASSE DER SPEZIALISTEN (installation), 2004; TOM & LILY, 2006; ERNST IM
À revelia das regras sociais, uma vaca toma o destino nas suas próprias mãos causando grande impacto na vida dos outros animais...
HERBST, 2006. [Martin Pope] TORVALD AND THE FIR TREE, 2005; ERNST IN HERBST, 2007.
Produção Produção Regina Welker · Franziska Specht, Filmakademie Baden Württemberg, regina.welker@filmakademie.de Contacto de Cópia Copy Contact Verena Fels, +4916091659002, mail@verenafels.de, http://www. verenafels.de Argumento Script Verena Fels Som Sound Christian Heck Música Music Stefan Hiss Animação Animation Wolfram Kampffmeyer, Johannes Schiehsl, Michael Schulz, Julia Ocker, Jan Lachauer, Niklolai Neumetzler, Bin Han TO, Jacob Frey, Jonas Jarvers, Conrad Tambour, Pia Auteried, Regina Welker, Thomas Grumt, Nikolaos Saradopoulos, Verena Fels Filmografia Filmography DIE QUAL DER WAHL, 4’, ANI, 2004; FRAU GRAU, 4’, ANI, 2006; MOMENT (trailer for the ITFS), 1’30’’, 2007; MOBILE6, 5’, ANI, 2009/10.
THE GRUFFALO O GRUFALÃO
Jakob Schuh, Max Lang, 2009
Curtinhas Children and Youth Competition
At the edge of society, a cow tips the balance of destiny with quite some impact....
Reino Unido United Kingdom, ANI · FIC, 26’54’’, Video, COL
Um filme animado de meia hora baseado no já clássico livro de Julia Donaldson ilustrado por Axel Scheffler. Uma história mágica sobre um ratinho que atravessa uma floresta escura. No seu passeio encontra três predadores que o querem comer – uma raposa, uma coruja e uma cobra. O corajoso ratinho vai ter de usar toda a sua inteligência para sobreviver... A half hour animated film based on the classic picture book written by Julia Donaldson and illustrated by Axel Scheffler. A magical tale of a mouse who takes a
91
M6
AFONSO HENRIQUES, O PRIMEIRO REI
Editing Marianne Kuopanportti Som Sound Roger Low Música Music Paul Lambert Filmografia Filmography MASKEE, 2006; ON/OFF, 2008; DOG’S DAY AFTERNOON, 2008.
THE FIRST KING
Pedro Lino, 2010 Portugal · Reino Unido United Kingdom, ANI, 5’, Video, COL
PIGEON: IMPOSSIBLE POMBO: IMPOSSÍVEL
Lucas Martell, 2009 EUA USA, ANI, 06’12’’, Video, COL
A vida de D. Afonso Henriques contada em 5 minutos.
Curtinhas Children and Youth Competition
The life of D.Afonso Henriques in 5 minutes: from the little County of Portucale to the Kingdom of Portugal. Produção Produção Richard Barnett, Trunk Animation, richard@trunk.me.uk, +351919978072, http://www. trunk.me.uk Contacto de Cópia Copy Contact Pedro Lino, pedrolino@gmail.com, http://www.pedro-lino.com Argumento Script Pedro Lino Som Sound Rok Predin Música Music Daniel Pemberton Animação Animation Rok Predin
Um agente secreto novato enfrenta um problema para o qual não foi preparado na sua formação: que fazer quando um pombo curioso fica preso dentro da sua mala secreta que tem uma arma nuclear que custa milhões de dólares? A rookie secret agent is faced with a problem seldom covered in basic training: what to do when a curious pigeon gets trapped inside your multi-million dollar, government-issued nuclear briefcase.
Filmografia Filmography OMM, 2003 (12 Curtas Vila do Conde, 2004) A MENINA GORDA, 2004 (13 Curtas Vila do Conde, 2005); A FILM ABOUT US, 2005; CÃES AOS CÍRCULOS, 2005; SPLITTED, 2006; HER SCARF, OLD JERUSALEM, 2007; O HOMEM DA CABEÇA DE PAPELÃO (co-direction), 2010.
LAIKA Avgousta Zourelidi, 2010 Reino Unido United Kingdom, ANI, 8’30’’, Video, COL
Produção Produção Lucas Martell, Martell Animation Contacto de Cópia Copy Contact Lucas Martell, Martell Animation +15126277112, lucas@pigeonimpossible.com, http://www. pigeonimpossible.com Argumento Script Lucas Martell Montagem Editing Austen Menges Som Sound David Bewley, Corey Roberts, 501 Audio Música Music Christopher Reyman Animação Animation Lucas Martell, Jason Lindsay, Adrian Zambrano, Rodney Brunet, Adnan Chatriwala Filmografia Filmography FIRST FILM.
CURIOUS TODD AND THE MYSTERY DREAM TODD CURIOSO E O SONHO MISTERIOSO
Ganesh Gothwal, Rahul Jogale, 2009 Índia India, ANI, 07’29, Video, COL
Laika é uma reinvenção da história verídica da primeira cadela no espaço e do que lhe poderá ter acontecido na sua viagem histórica. Laika is a re-imaging of the true story about the first dog in space and what may have happened to her on her momentous journey.
92
Produção Produção Nuala O’Leary, NFTS, nualaoleary@hotmail.co.uk Contacto de Cópia Copy Contact Hemant Sharda, NFTS, +441494671234, festivals@nfts.co.uk, http://www.nfts.com Argumento Script Orhan Boztas Montagem
Curious Todd & the Mystery Dream é uma chamada de atenção para as ameaças ao ambiente e para o aquecimento global. Apesar da sua natureza humorística, o filme alerta para problemas inesperados relacionados com o aquecimento global e os seu impacto no ambiente. A personagem principal do filme, Todd, depara-se nos seus sonhos com uma situação que o virá a fazer compreender o estado em que se encontra o planeta. Do fundo da sua consciência ele tenta encontrar a solução. Se Todd sozinho consegue ver a solução nos seus sonhos, então cada um de nós também o podemos fazer. Vê o curioso sonho de Todd e decifra o seu significado.
Produção Produção Raimondo Della Calce, Luigi Sanna, artFive Animation Studio Contacto de Cópia Copy Contact Raimondo Della Calce, artFive Animation Studio, + 390108698671, ray@artfive.it, http://www.artfive.it Argumento Script Ivano Baldassarre Som Sound Verdiano Vera Música Music Corrado Carosio, Pierangelo Fornaro Animação Animation Barbara Regoli, Alessandro Ciucci, Manlio Vetri
M6
Filmografia Filmography HETEROGENIC, ANI, 2003; ONDINO, tv series, ANI, 2007; ONDINO 2, tv series, ANI, 2010.
Produção Produção Sesh Kumar, Vinay P, Emantras Inc. Contacto de Cópia Copy Contact Kartik S, Emantras Inc., +99004119720, kartik.s@emantras.com, http://www. emantras.com Argumento Script Ganesh Gothwal, Vinay Pahlajani Som Sound Música Music Ulrich S. N. Gomes Animação Animation Ganesh Gothwal, Rahul Jogale Filmografia Filmography [ RAHUL JOGALE ] LUCKIE, 3’54’’.
IL RE DELL’ISOLA O REI DA ILHA THE KING OF THE ISLAND
Raimondo Della Calce, 2009
APOLLO Felix Gönnert, 2010 Alemanha Germany, ANI, 6’03’’, 35mm, COL
Um pequeno foguetão transforma-se num grande desejo. Vista à distância, a Terra é o sítio mais bonito do Universo. A tiny rocket makes an impact on a big wish. Seen from a distance, the earth is the most beautiful place in space. Produção Produção Felix Gönnert, Felix Gönnert Animation Contacto de Cópia Copy Contact Felix Gönnert, Felix Gönnert Animation, +493086422040, felix@animaflix.com, http://www.animafilix.com Argumento Script Max Knoth Som Sound Max Knoth Música Music Max Knoth Animação Animation Ina Marczinczik, Martin Freitag, Felix Gönnert
Itália Italy, ANI, 16’15’’, 35mm, COL Filmografia Filmography LE JOUR SE LEVE, BW, 16mm, 1996; BSSS, ANI, 35mm, 1999; LUCIA, ANI, 35mm, 2004; ADOLF – ICH HOCK’ IN MEINEM BONKER, ANI, PAL video, 2005.
FRÈRE BENOÎT
Curtinhas Children and Youth Competition
Curious Todd & the mystery dream is an eye opener towards environmental threats and global warming. Though humorous in nature the movie tries to impart awareness about unforeseen problems related to global warming and its environmental impacts. Main character of the movie “Todd”, one day in his dreams encounters a situation, which eventually makes him realize all the bad done to the surroundings. And from deep inside his consciousness he tries to find out the solution. When Todd alone can see the solution in his dreams, each individual also can. Watch the Curious Todd’s dream and decipher its meaning.
FREI BENOÎT BROTHER BENOÎT
Michel Dufourd, 2010 Suiça Switzerland, ANI, 8’03’’, 35mm, COL
Gioannin é um menino de 6 anos que vive em Génova, Itália, no inicio de 1900. Ele está sempre a sonhar com o seu pai que nunca conheceu por se ter perdido no mar e imagina-o forte e maravilhoso. Gioannin vai descobrir que um sonho nunca vale o que a vida real nos pode oferecer naturalmente, apesar das suas dificuldades e desapontamentos. Gioannin is a 6-year-old kid who lives in Genoa, Italy, at the beginning of 1900. He always dreams of his strong and wonderful father he’s never met, who went missing at sea and has never returned. He is going to discover that a dream is not worth as much as real life, despite its difficulties and disappointments, can give naturally.
Num mosteiro medieval, o corpulento, afável e um pouco desastrado Frei Benoît recebe ordens dos seus superiores para limpar o grande orgão da igreja. Acompanhado pela sua amiga, Françoise, a galinha, ele tenta fazer o seu melhor. No entanto, apesar das boas
93
M6
intenções, desencadeia catástrofe atrás de catástrofe e quanto mais tenta remediar o que faz, pior torna a situação – até que tudo acaba num mar de espuma... In a medieval monastery Brother Benoît, a rotund, congenial, but blundering monk has just received orders from his superior to clean the church’s immense organs. Accompanied by his feathered friend Françoise, he tries his best. Despite his good intentions, however, he triggers one catastrophe after another and the more he attempts to set things right, the worse the situation becomes – until everything winds up in a sea of foam. Produção Produção Nicolas Burlet, Nadasdy Film Contacto de Cópia Copy Contact Nicolas Burlet, Nadasdy Film, +41223002054, nburlet@nadasdyfilm.ch, http://www. nadasdyfilm.ch Contacto de Cópia Copy Contact HArgumento Script Michel Dufourd, David Leroy Montagem Editing Zoltan Horvath, Jean-Marc Duperrex, Laurent Sulser Som Sound Laurent Jespersen Música Music David Leroy, Laurence Dussey Animação Animation David Hodgets, Frédéric Naville, Julien Andrey, Boris Rabusseau, Emilien Davaud, Bernhard Haux, Christophe Martin Da Silva Actores (vozes) Main Actors (voices) Edgar Monnerat, Niels Fäsch, Oscar Hadad Espinoza Filmografia Filmography GOOD MORNING COILS, ANI, 1984; PAS DE COFFIN
94
PUBLICIDADE
Curtinhas Children and Youth Competition
FOR THE PUPPETS, ANI, 1990; EVERY THURSDAY MY MOTHER, 1997.
[RMX] Remixed
REMIXED
RMX1
STONES IN EXILE Stephen Kijak, 2010 Reino Unido United Kingdom · EUA USA ·, DOC, 01:01’, Video, COL BW
[RMX] Documentário Documentário
STEPHEN KIJAK
96
Nasceu em 1969 em New Bedford, Massachusetts. Estudou cinema na Boston University’s College of Communication. Escreveu, realizou e produziu o seu filme de estreia, NEVER MET PICASSO em 1996 com Margot Kidder, Alexis Arquette, e Don McKellar (com música de Kristin Hersh), tendo ganho dois grandes prémios do jurí na OutFest 97 (Melhor Guião e Melhor Actor). Seguiu-se em 2002 o celebrado documentário Cinemania (co-dirigido e co-produzido com a realizadora alemã Angela Christlieb). Um retrato de cinco dos mais obsessivos cinéfilos novaiorquinos, este filme foi mostrado em mais de 50 festivais de cinema, tendo ganho o prémio de Melhor Documentário no Hamptons International Film Festival e foi exibido nas televisões do mundo inteiro depois de ter tido estreia comercial nos EUA, Reino Unido e Alemanha. O seu documentário seguinte, Scott Walker — 30 Century Man, foi estreado no Festival Internacional de Cinema de Berlim em 2007 tendo-se transformado num dos filmes com maior sucesso junto da crítica no Reino Unido nesse ano. Foi nomeado para os BAFTA e a Time Out colocou-o em 13º lugar na lista dos 50 Melhores Filmes sobre Música de Sempre. Com David Bowie como produtor executivo, o filme conta a história de uma das figuras mais enigmáticas da história do Rock e inclui participações de Brian Eno, Radiohead, Sting, e Jarvis Cocker. Este filme foi distribuído e emitido internacionalmente em vários países incluindo Reino Unido, Espanha, Austrália, e recentemente nos EUA através da Oscilloscope Films, a empresa fundada por Adam Yauch dos Beastie Boys. Na TV, Kijak realizou episódios do reality show de sucesso, Queer Eye tendo sido produtor da terceira temporada da série premiada do Sundance Channel, Big Ideas for a Small Planet. Stephen Kijak terminou recentemente
No final dos anos 60, os Rolling Stones encontravam-se num ponto de viragem – recuperando de Altamont, assediados pela imprensa e lutando contra prisões relacionadas com drogas. Diante também da possibilidade de se verem na ruína, a banda decide cortar com tudo e exilar-se no sul de França para começar a mais árdua sessão de gravação da sua carreira, produzindo um álbum, que com o tempo, seria considerado como um dos maiores álbuns de sempre. Esta é a história desse exílio. Esta é a história da gravação de “Exile on Main Street.” O filme contém um fundo de imagens e fotografias raras e inéditas, novas entrevistas com a banda e com algumas das pessoas que testemunharam a criação do álbum. “Stones in Exile” é uma excitante viagem no tempo, ao verão de 1972, testemunhando um momento intenso da história do Rock & Roll. “Rock & Roll, drogas e sexo, por esta ordem!” é como Anita Pallenberg, a famosa ex-namorada de Keith Richards, descreve a vida no sul da França em 1972. Os Stones tinham lançado o seu álbum que chegou ao Nº 1, “Sticky Fingers” e rapidamente desaparecem de cena. Evitando a bancarota como exilados fiscais em França, estão com dificuldades para gravar um álbum que com o tempo viria a ser considerado a sua obra prima. Enfiados na cave labiríntica da casa que Keith e Anna tinham alugado, lutam contra as altas temperaturas, as drogas, os roubos e uma polícia francesa bastante desconfiada, num esforço para manter o título de Maior Banda de Rock & Roll do Mundo. Sabemos que tiveram sucesso, mas como? Com um baú de imagens e fotografias raras e inéditas e novas entrevistas com a banda, “Stones in Exile” é a história da vida e dos tempos dos Stones enquanto criam um dos melhores álbuns de Rock & Roll de todos os tempos, “Exile on Main Street.” At the end of the 60’s the Stones were at a turning point – recovering from Altamont, hounded by the press, battling drug busts, and facing possible financial ruin, the band throws down the gauntlet, sever all ties, and decamps to the south of France to begin the most arduous recording sessions of their entire careers for an album that in time will come to be regarded as one of the greatest rock and roll albums ever made. This is the story of the Stones in exile. This is the Stones fighting for their lives. This is the story of the making of “Exile on Main Street.” Featuring a treasure-trove of rare and never-before-seen film and photos, new interviews with the band and some of the men and women who bore witness to the album’s creation, “Stones in Exile” is a heady time-travel trip back to the summer of 1972 that bears witness to a vivid moment in rock and roll history. “Rock and roll, drugs, and sex, in that order!” is how Anita Pallenberg, famous ex of Rolling Stone Keith Richards, describes life in the South of France in 1972. The Stones have released their worldwide #1 smash album “Sticky Fingers” and then promptly disappear from the scene. Avoidingbankruptcy as tax exiles in France, they are struggling to make an album
RMX1
that will, in time, become regarded as their masterpiece. Holed up in the labyrinthine basements of Keith and Anita’s rented mansion, they battle rising temperatures, drug addiction, theft, and a very wary French police, in a bid to maintain the mantle of Greatest Rock and Roll Band in the World. We know they succeeded, but how? With a treasure trove of rare and never-before-seen film and photos of the period, and new interviews with the band, “Stones in Exile” is the story of the life and times of the Stones as they craft one of the greatest rock and roll albums of all time, “Exile on Main Street. Produção Produção John Battsek · Victoria Pearman, Contacto de Cópia Copy Contact Lesley Wilsdon, esley@eagle-rock.com, http://www.passion-pictures.com Argumento Script Stephen Kijak Fotografia Photography Grant Gee Montagem Editing Ben Stark
Stephen Kijak was born in 1969 in New Bedford, Massachusetts. He studied film at Boston University’s College of Communication. He wrote, directed and produced his debut feature film NEVER MET PICASSO in 1996 which starred Margot Kidder, Alexis Arquette, and Don McKellar (with music by Kristin Hersh.) The film won two grand jury prizes at OutFest 97 (Best Screenplay and Best Actor). The highly acclaimed documentary CINEMANIA followed in 2002 (Co-directing/ co-producing with German filmmaker Angela Christlieb.) A portrait of five of NYC’s most manic-obsessive film-buffs, the film played over 50 international film festivals, won Best Documentary at the Hamptons International Film Festival and was broadcast worldwide following a theatrical release in the US, UK and Germany. His next feature documentary SCOTT WALKER — 30 CENTURY MAN debuted internationally at the Berlin International Film Festival in 2007 and went on to become one of the most critically acclaimed documentaries released in the UK that year. It was honored with a BAFTA nomination and placed at #13 on Time Out London’s list of the 50 Greatest Music Films Ever. Executive produced by David Bowie, the film tells the story of one of the most enigmatic and influential figures in rock history and features such luminaries as Brian Eno, Radiohead, Sting, and Jarvis Cocker. The film has been released and broadcast internationally in many territories including the UK, Spain, Australia, and recently in the US via Oscilloscope Films, the company founded by Adam Yauch of the Beastie Boys. In TV, Kijak directed episodes of the hit Bravo reality series Queer Eye and was a producer on the third-season of the awardwinning Sundance Channel series Big Ideas for a Small Planet. He has just completed STONES IN EXILE, a documentary commissioned by The Rolling Stones about the making of their 1972 classic album “Exile on Main Street.” Produced by Oscar-winning producer John Battsek, the film debuted in May 2010 in the Directors’ Fortnight in Cannes.
[RMX] Documentário Documentário
Stones in Exile, um documentário encomendado pelos Rolling Stones sobre a gravação do seu álbum de 1972, “Exile on Main Street”. Produzido pelo produtor galardoado com um Oscar, John Battsek, o filme estreou em Maio de 2010 na Quinzena dos Realizadores em Cannes.
97
RMX2
THIRTEEN FILMS ABOUT LIGHTS AND DARKS Rita Red Shoes, 2010 Portugal, MV, 1h20’ (total), VM, COL/BW
[RMX] Videos / Showcase Rita Red Shoes
RITA REDSHOES Rita Redshoes inicia a sua ligação à música em 1996 com a participação como baterista no grupo de Teatro ITA VERO. Em 1997, um grupo de amigos junta-se e, com Rita Redshoes como vocalista, formam os Atomic Bees, gravando, em 2000, o disco: “Love. noises.and.kisses”, que apresentam um pouco por todo o país. Foi uma das finalistas do concurso Jovens Criadores em 1999, com o projecto Rebel Red Dog, onde tocava baixo. Nesse mesmo ano começa a desenvolver o seu talento para tocar piano, no seu projecto a solo: Photographs. Integrou a banda de David Fonseca com quem gravou um tema “Hold Still” incluído em “Our Hearts Will Beat As One”. Em Março de 2008 estreiase com “Golden Era”, um disco do qual se destacam temas como “Dream on Girl”, “The Beginning Song” e “Choose Love”. “Golden Era”. www.ritaredshoes.com Rita Redshoes started her career in 1996 with as a drummer in theatre group Ita Vero. In 1997 a group of friends got together and formed Atomic Bees, with Rita in vocals. In 2000 they recorded “Love.noises.and.kisses”, which they played live across Portugal. She was one of the finalists in the competition Jovens Criadores in 1999 with Rebel Red Dog, where she played bass. That same year she started developing her talent as a pianist in her solo project, Photographs. She was a member of David Fonseca’s band with whom she recorded “Hold Still” included in “Our Hearts Will Beat As One”. In March 2008 she released “Golden Era” that includes tracks such as “Dream on Girl”, “The Beginning Song” and “Choose Love”. www.ritaredshoes.com
98
Depois do sucesso de “Golden Era”, Rita Red Shoes regressa agora com o seu segundo álbum “Lights & Darks”. A acompanhar o disco, foram produzidos 13 curtas-metragens realizadas por diversos autores. Este espectáculo concretizará, assim, a exibição destes filmes com um concerto ao vivo de Rita Red Shoes e contará com a presença de alguns dos realizadores. After de success of “Golden Era”, Rita Red Shoes returns with hers second album “Lights & Darks”. With this record, were produced thirteen short films directed by several authors. This show will materialize, therefore, the exhibition of these films with a live concert by Rita Red Shoes. Some of the short’s directors will attend the session. STATEMENT · RITA RED SHOES
No meu processo de composição é frequente surgirem-me imagens. Umas criadas por mim, outras vindas de várias fontes como o cinema, a fotografia ou a pintura. Neste meu segundo disco as canções contam histórias de sítios e personagens e muitas delas partem precisamente de uma imagem, um segundo de um filme ou um quadro. É a partir deste momento que percebo que faria todo o sentido a existência de outras leituras e interpretações daquele conjunto de canções, não numa perspectiva musical mas imagética. A escolha dos nomes foi simples e baseada na minha admiração pelo trabalho e percurso de cada uma das pessoas. Não houve troca de ideias nem “directrizes” e a única regra foi a total liberdade criativa. Quis ser surpreendida. Quis outros pontos de vista. Para além da minha grande satisfação e orgulho em ter estes filmes a acompanhar o disco, ficam também as estranhas e maravilhosas sensações de empatia e proximidade criadas por esta partilha. During my writing process, images often come to me. Some are created by me, others come from films, photography and painting. For this second record, my songs tell stories of places and characters and many of them have images as a starting point, they’re inspired by a second of a film or a painting.
I realised then that it made perfect sense to have new approaches to my songs, from a visual perspective. The choice of names was simple and based on my admiration for their work and career. There was no exchange of ideas and I gave them no “guidelines”, the only rule was total creative freedom. I wanted to be surprised; I wanted new points of view. Besides my great satisfaction and pleasure in having these films to accompany the record, I also have strange and wonderful feelings of empathy and proximity that this sharing experience has helped create.
RMX2
YOU SHOULD GO Bruno Pereira, VM, 4’06’’, 2010 Pós-Produção Post-Production Indivisible.by.One
MARCHING IN THIS LIFE Unit Collective, VM, 2’57’’ I’M ON THE ROAD TO HAPPINESS José Manuel Abrantes, 3’52’’, 2010 Fotografia Photography Ricardo Magalhães Montagem Editing Jonathan Karlsson Pós-Produção Post-Production Indivisible.by.One
HEARTED MAN João Pedro Moreira, VM, 3’55’’, 2010
Produção Production Susana Fonseca Actriz Actress Inês Duarte
BAD LILA Paulo Furtado, VM, 4’05’’, 2010 Pós-Produção Post-Production Indivisible.by.One
YOU, RISING SON Filipe Cunha Monteiro, 4’00’’, 2010 Pós-Produção Post-Production Indivisible.by.One
ONE COLD DAY Joana Faria, MV, 4’03’’, 2010 Fotografia Photography Paulo Ares Produção Production Quioto Bailarinos Dancers Índia Mello, Maria Santos
IT’S A HONEYMOON Rita Redshoes, MV, 3’43’’, 2010
[RMX] Videos / Showcase Rita Red Shoes
JUNGLE 81 David Fonseca, VM, 3’58’’, 2010
HOLY GHOST Pedro Maia, MV, 2’13’’, 2010 Actriz Actress Bárbara Magalhães
WHICH ONE IS THE WITCH? The Question Mark, 4’11’’, 2010 I’LL REMEMBER TO FORGET Augusto Brázio, 3’35’’, 2010 Pós-Produção Post-Production Indivisible.by.One
WAVES OF EMOTION André Cepeda, 2’50’’, 2010
Contacto Contact Natália Fernandes, Vachier, nataliafernandes@vachier.pt, http://www.vachier.pt
99
RMX3
SOUNDTRACKS FOR THE CITY Orelha Negra Reino Unido United Kingdom, 50’, DVCAM, COL/BW
[RMX] Filme Concerto Film Concert
ORELHA NEGRA
100
Os Orelha Negra são um grupo que se juntou em 2008, constituído por um colectivo de músicos já com um longo percurso no panorama nacional: Francisco Rebelo (baixista) e João Gomes (teclista), dos Cool Hipnoise, o rapper Sam The Kid (Samuel Mira), Fred, baterista dos Buraka Som Sistema, e DJ Cruzfader. O álbum de estreia saiu em Março de 2010, juntando as melhores músicas de um conjunto de composições ensaiadas entre concertos e jam sessions. Nesta edição do Curtas Vila do Conde, o colectivo ensaiará uma banda sonora especial para uma selecção de curtas vintage, retiradas de um catálogo turístico composto por várias cidades: o Soundtracks for the City. Orelha Negra was formed in 2008 by musicians with a long career: Francisco Rebelo (bass) and João Gomes (keyboards), from Cool Hipnoise, o rapper Sam The Kid (Samuel Mira), Fred (drums) from Buraka Som Sistema, and DJ Cruzfader. Their debut album was released in March 2010 and includes the best songs rehearsed between concerts and jam sessions. For Curtas Vila do Conde, Orelha Negra will play a special soundtrack to a selection of vintage short films taken from a tourist catalogue to several cities, Soundtracks for the City. On July 8, at 30, Curtas Vila do Conde will present the film-concert “Soundtracks For The City”, a commission to Portuguese band Orelha Negra that produced a soundtrack to a series of old Super 8 touristic films compiled by British experimental Ian Helliwell from footage found in street markets and second-hand shops. This series is made out of uncut versions of a set of promotional films made between 1949 and 1970, depicting some of the biggest cities in the world.
Este projecto nasceu a partir da compilação de filmes de Ian Helliwell – em particular filmes turísticos em 8mm e super 8 produzidos nos anos 60 e 70 e encontrados em mercados de rua e lojas de artigos em segunda mão. A maior parte das imagens são mudas e, em 2001, Ian pediu a uma série de músicos e compositores que criassem bandas sonoras de forma a injectar nova vida nestes pálidos filmes de outrora. Este tipo de filmes de viagem educacionais desapareceram com o advento da TV e vídeo com a consequente alteração na cultura da exibição de filmes e nos hábitos de ida ao cinema durante os anos 80. O hábito de, em casa, pôr uma sala às escuras e ligar o projector com um filme de 8mm sobre um determinado assunto de interesse particular também se tornou coisa do passado. No entanto, apesar da sua aparência datada, os filmes desta selecção têm um “charme de época” muito especial que nos é agora possível saborear com as qualidades rejuvenescedoras da música contemporânea. This project grew out of Ian Helliwell`s collection of films – in particular commercially produced city travelogue shorts made available for home movie viewing on 8mm and super 8 in the 1960s and 70s. The majority of the prints were silent, and in 2001 Ian asked a variety of composers and music-makers to create soundtracks to inject a new lease of life into these faded films from yesteryear. This area of educational, travelogue filmmaking disappeared with the rise in TV and video viewing, and the consequent changes in the culture of cinema presentation and attendance during the 1980s. The practice of blacking out a room at home and running a film projector with an 8mm short on a special interest subject, also became a thing of the past. Nevertheless, while they may appear dated, the films in this programme have a distinctive period charm, now revived through the rejuvenating qualities of contemporary music.
RMX3
Geneva The Post Office Tower Las Vegas Sights of Paris Traffic Cop 100mph through London Streets Hollywood Speedway to Paris Carnival In Rio Around Town With Forrest STATEMENT · ORELHA NEGRA
Tucker
O impulso para combinar e partilhar experiências – num estúdio ou num palco – esteve sempre na base dos maiores avanços criativos da música popular. W quando as experiências acumuladas individualmente se combinam num determinado ponto o resultado é quase sempre maior do que a mera soma das partes. Precisamente o que acontece com Orelha Negra. Núcleo composto por cinco elementos; Cruz (DJ/ Scratches), Ferrano (Bateria), Gomes Prodigy ( Teclados, Sintetizadores, composições), Mira Professional, (Sampler de Voz/MPC, composição, sintetizador) e Rebelo Jazz Bass (Baixo, Guitarra). A Orelha Negra tem outra maneira de ouvir a história da música: aprendeu na música carregada de alma e de groove, aprendeu no espírito fracturante do hip hop, aprendeu no legado singular da música portuguesa e apoiase na invulgar interacção entre groove programado e impulso real. É de diálogos que se trata quando se ouve esta música – entre o passado filtrado no sampler e o presente imaginado pelos músicos: um loop agarrado num disco de Paulo de Carvalho pode desprender-se da sua origem, assumir nova vida pela repetição e coordenar tudo o resto – o scratch, o baixo, a bateria e os teclados. E depois? Onde começa o que é de ontem – de vinil, desempoeirado pela paixão – e o que é urgente e de agora – dos Rhodes e das tarolas e do Hofner e do Technics 1210? Não se sabe, e essa é a ideia nestra troca de voltas que nos obriga a abanar a cabeça, a bater o pé, a ouvir. Com muita atenção. Aqui o ritmo tem um papel muito importante: o funk suado, sincopado e repetido que serviu de fundação a uma revolucionária história está sempre lá, mas a Orelha Negra nasce de uma pesquisa no passado impresso em vinil e isso significa também José Mário Branco e Paulo de Carvalho, José Afonso e Duo Ouro Negro. Aí estabelece-se uma ligação a uma certa ética e prática do hip hop de cariz tuga: quando o produtor começa a procurar sons para alimentar as suas criações começa sempre – SEMPRE – na colecção de discos dos pais. E é aí que se liga às raízes. E depois vem a sede da procura – feiras, lojas, casas de amigos, internet, armazéns de velharias… onde houver uma caixa de cartão com discos de vinil há quase sempre alguém que pesquisa essas marcas do passado para depois as devolver ao presente. Esse escavar faz também parte da tal bagagem, desta cultura. E a Orelha Negra integra esse espírito de demanda nas suas músicas assumindo-se também como um laboratório de pesquisa da nossa memória. A ligação ao passado, no entanto, vai para lá dos sons e passa igualmente pela marcas visuais, pelos logos do mundo da música que foram encontrando lugar dentro do nosso olhar – cada um destes músicos “samplou” uma dessas referências, adoptando-a como identificação individual. Está aí a estreia de um dos mais interessantes projectos de que há memória em solo nacional. Mais interessante por várias razões: congrega
Exotic Nippon
California Golden State Copenhagen New York NY Fascinating Hong Kong Visit to London Contacto de Cópia Copy Contact Gil Leung, Lux Films, gil.leung@lux.org.uk, http://www.lux.org.uk
[RMX] Filme Concerto Film Concert
700mph Journey By Train
101
[RMX] Filme Concerto Film Concert
RMX3
102
músicos de excepção, investe tempo e dedicação na imaginação, não teme o peso da nossa história singular ao evocar as nossas distintas memórias e cruza o que raramente se combina – máquinas e seres humanos, diferentes histórias musicais, diferentes culturas. A Orelha Negra vem dar ainda outro passo por sublinhar a base instrumental que tantas mensagens suportou, e encarando-a a ela mesmo como uma mensagem. De groove universal, pois claro, mas com um sabor que só se pode cozinhar em Lisboa. Aqui e agora. Ou seja, faz todo o sentido estarem aqui, em busca da perfeita repetição, sabendo que o funk é mesmo bom para suportar estas viagens no tempo. Como dizia Eduardo Nascimento: “ouçam”! The impulse to combine and share experiences – in a studio or on a stage – has always been at the basis of some of the biggest creative advances in popular music. When experiences that have been accumulated over time by different individuals are combined, the result is almost always greater than the sum of its parts. That’s exactly what happens with Orelha Negra. Orelha Negra are; Cruz (DJ/ Scratches), Ferrano (Drums), Gomes Prodigy (Keyboards, Synthesisers, Composition), Mira Professional, (Voice Sampler/ MPC, Synthesisers, Composition) and Rebelo Jazz Bass (Bass, Guitar). Orelha Negra has a different way of listening to the history of music: they learnt from music that’s full of soul and groove, they learnt from the breakaway spirit of Hip Hop, they learnt from the unique heritage of Portuguese music and is based on the strange interaction between programmed groove and real impulse. The issue here is dialogue – between the past, filtered through a sampler, and the present, as imagined by musicians: a loop taken from a Paulo de Carvalho song may leave behind its source, start a new life through repetition and harmonize everything else – scratch, bass, drums and keyboards – and then what? Where do what’s from yesterday – vinyl, dusted by passion - and what is urgent and right now start? - Rhodes, Hofner and Technics 1210. No one knows, and that’s the idea, in this twisted dance that makes us bob our head, tap our foot and listen very carefully. Here, rhythm has a very important role: sweaty funk, the backdrop for a revolution, is always there, but Orelha Negra was born out of researching the past printed in vinyl and that also means José Mário Branco and Paulo de Carvalho, José Afonso and Duo Ouro Negro. Then we have a connection to the ethics and practice of Hip Hop of the Portuguese kind: when a producer starts to look for sounds to feed his tunes he always – ALWAYS – starts with his parents’ record collection. And that’s where he connects with his roots. Then we have the thirst for the quest: flea markets, shops, friends’ houses, Internet, second-hand shops…wherever there’s a cardboard box with vinyl records there’s always someone looking for the past in order to bring it into the present. The digging is part of this background, of this culture. Orelha Negra brings the spirit of the quest to their music, a laboratory that researches our memory. The connection to the past, however, goes beyond the sounds and is also applied to images, to logos from the music world which have found their way into our eyes – each of us “sampled” one of these references, adopting it as their visual identity. And here we have the debut of one of the most interesting music projects ever seen in Portugal, for many reasons: it brings together exceptional musicians, it invests time and dedication on imagination, and it isn’t afraid of the weight of our unique heritage and evokes different memories and different cultures. Orelha Negra takes one further step because it underscores the instrumental base that served as background to so many messages, seeing it as a message in itself. A universal groove, sure, but with a taste that can only be cooked in Lisbon – right here and right now. That is, it makes perfect sense that they’re here now, in search of the perfect repetition, knowing that funk “é mesmo bom” (it’s really good) as a backdrop for all this time-travelling. As Eduardo Nascimento used to sing, “ouçam”!
RMX4
L’ENCYCLOPÉDIE : LA VIE DES BÊTES ENCICLOPÉDIA DA FAUNA: A VIDA DOS ANIMAIS
François Sahran, Drumming, 2010 França France, ANI, 55’, Video, COL
Um documentário animalesco em forma de filme concerto A Enciclopédia de François Sarhan é um projecto multimédia que inclui instalações sonoras, textos, livros, partituras, ilustrações, filmes de animação, obras musicais, instalações em museus e conferências. Os autores desta obra gigantesca, da qual o olho humano pode apenas distinguir os contornos, são demasiado numerosos para serem todos aqui citados. No entanto não podemos deixar de referir o Mestre Henry-Jacques Glaçon e a sua guarda avançada Huguette Rudette, Hyppolite e Jocelyne Dusmaillet e Hans Righ, incansáveis na busca da Verdade. O conjunto apresenta-se como uma Enciclopédia cujas entradas ou definições são imaginárias, tal como os autores. Os assuntos explorados até agora são: a música (instrumentos, tradições, peixes e pássaros), os animais (insectos, cães e moscas) e os comportamentos (uma série fundamental sobre o acasalamento). “La Vie des Bêtes Par Jocelyne Dusmaillet et Aribert l’Enrfaite” Henry-Jacques Glaçon Em longíquas paragens, onde o sol raramente se aventura, proliferam animais que cremos conhecer mas cujos comportamentos são, afinal, tão misteriosos como os dos homens. Animais com nomes estranhos e inúmeras variedades de cães merecem-nos desde há muito um olhar atento e amistoso que procura descobrir a vida sem pretender desflorar o seu mistério nem pertubar o tão frágil ecosistema. Jocelyne Dusmaillet e Aribert l’Enrfaite, após anos de estudo no terreno em que não hesitaram em adoptar as formas e a alimentação dos animais observados, revelam-nos enfim os resultados das suas pesquisas. Não duvidemos, o choque é intenso, e muitos dos conhecimentos que tão arduamente adquirimos tornar-se-ão obsoletos: estes seres desconhecidos são seguramente muito mais civilizados que nós, humanos deste jovem século XXI. An animal documentary in the shape of a film-concert François Sarhan’s Encyclopedia is a multimedia project that includes sound installations, texts, books, music sheets, illustrations, animation films, music, installations in museums and conferences. The authors of this gigantic oeuvre, from which the human eye can only discern the outlines, are too many to be mentioned here. However, we must at least refer Master Henry-Jacques Glaçon and his aides Huguette Rudette, Hyppolite, Jocelyne Dusmaillet and Hans Righ, indefatigable in the search for truth. The ensemble is presented as an Encyclopaedia, whose entries are imaginary, as are its authors. The subjects covered up to now are: music
(n. 30 de Setembro, 1972, Rouen). Compositor francês contemporâneo com trabalhos no domínio da música orquestral, de câmara, coral, electrónica e piano que têm sido executadas por toda a Europa e na Ásia. François Sarhan estudou composição com Brian Ferneyhough, Jonathan Harvey, Magnus Lindberg, Philippe Manoury, Tristan Murail e Guy Reibel. Além disso estudou Análise Musical com Alain Louvier e Jacques Castérède, Música Electrónica e Computacional com Hans Tutschku e Luís Naon entre outros e Orquestração com Alain Louvier. Estudou Estética, Harmonia e Contraponto, Violoncelo e Direcção de Orquestra com vários professores. Seguiu durante três anos os seminários de Poética Comparada de Jacques Roubaud na École des Hautes Études en Sciences Sociales (Paris, 1999, 2002). Sarhan diplomou-se com distinção em Composição pelo Conservatório Nacional Superior de Paris (1995), assistiu a um seminário de Composição em Szombathely (Hungria) com Brian Ferneyhough e Marco Stroppa (1996‑97) com uma bolsa da SACEM (Sociedade dos Autores, Compositores e Editores de Música francesa) e assistiu a um curso sobre Composição e Computadores (1997‑98) no IRCAM (Institut de Recherche et Coordination Acoustique/ Musique). Diplomou‑se depois com distinção em Análise (1999) e em Composição (2000) pelo Conservatório Nacional Superior de Música de Paris. Recentemente participou num espectáculo em colaboração com o artista sul‑africano William Kentridge e lançou um segundo CD monográfico com o Ictus Ensemble. Os seus trabalhos têm sido interpretados por numerosos solistas franceses tais como Nicolas Dautricourt, Céline Frisch, François Salque, Alexandre Tharaud, e Vanessa Wagner. O Ensemble Modern (Frankfurt),
[RMX] Filme Concerto Film Concert
FRANÇOIS SARHAN
103
[RMX] Filme Concerto Film Concert
RMX4
o Ensemble Recherche, o Ictus Ensemble e a Orquestra Filarmónica da Radiofrance, entre outros, também já apresentaram trabalhos seus. François Sarhan foi professor no IRCAM entre 1998 e 2002 e na Universidade Marc Bloch de Estrasburgo a partir de 1999. Escreveu uma História da Música (publicada em 2002 pela Flammarion, Paris) e é membro fundador do colectivo artístico CRWTH que efectua performances multimedia desde 2000. (b. September 30, 1972, Rouen). French composer of stage, chamber, choral, electronic and piano works that have been performed in Asia and Europe. Mr. Sarhan studied composition with Brian Ferneyhough, Jonathan Harvey, Magnus Lindberg, Philippe Manoury, Tristan Murail, Guy Reibel. In addition, he studied analysis with Alain Louvier and Jacques Castérède, computer and electronic music with Hans Tutschku and Luís Naon, among others, and orchestration with Alain Louvier. He studied aesthetics, cello, conducting, and harmony and counterpoint with various teachers, and followed during three years the seminars of compared poetics by Jacques Roubaud in Ecole des Hautes Etudes (Paris, 1999, 2002). He graduated in composition at the Conservatoire National de Paris (1995) and attended a composition seminar in Szombathely (Hungary) with Brian Ferneyhoughand Marco Stroppa (199697) on SACEM grants and a course on composition and computers at IRCAM (1997-98). He then graduated from the Conservatoire National Supérieur de Musique de Paris in analysis (1999) and composition (2000). He recently made a show in collaboration with the south African Artist William Kentridge, and released a second monographic CD with Ictus Ensemble. Numerous French soloists, including Nicolas Dautricourt, Céline Frisch, François Salque, Alexandre Tharaud, and Vanessa Wagner, have performed his works. Ensemble Modern (Frankfurt), Ensemble Recherche, Ictus Ensemble, Orchestre Philharmonique de Radiofrance, among others, have also performed his works. Mr. Sarhan has taught at IRCAM between 1998 and 2002, and at Marc Bloch University in Strasbourg since 1999. He wrote an History of Music (published in 2002 by Flammarion, Paris), and is the initiator of the artistic collective CRWTH, which is active in the performance of multimedia projects since 2000.
(instruments, traditions, fishes and birds), animals (insects, dogs and flies) and behaviours (a fundamental series about mating). “La Vie des Bêtes Par Jocelyne Dusmaillet et Aribert l’Enrfaite” Henry-Jacques Glaçon In far flung places, where the sun seldom ventures, there are plenty of animals we think we know but whose behaviour is, after all, as mysterious as that of Man. Animals with strange names and countless breeds of dogs, have long deserved a close and friendly look that sought to unveil life without deflowering its mystery nor disturb such a fragile ecosystem. Jocelyne Dusmaillet and Aribert l’Enrfaite, after years of studying the terrain, during which they had no hesitations in adopting the shapes and the diet of the animals they were observing, will finally show us the results of their research. There’s no question, it’s a terrible shock, and much of the knowledge so hardly gained will become obsolete: these unknown beings are surely more civilised than us, humans, of the early 21st Century. Contacto Contact François Sarhan, francois.sarhan@yahoo.fr, http://www.fsarhan.net
DRUMMING O Grupo de Percussão Drumming nasceu no Porto em 1999 e ganhou visibilidade como grupo residente da programação musical na Capital Europeia da Cultura – Porto 2001. O Grupo tem vindo a sintetizar a evolução da percussão erudita em Portugal e na própria cultura ocidental. Ganhou rapidamente a simpatia do público e da crítica, constituindo na actualidade uma referência na vida musical de Portugal. O seu percurso tem contribuído para a divulgação de grandes peças contemporâneas, formando o seu próprio repertório e incentivando dezenas de compositores nacionais e internacionais a escreverem especialmente peças para o grupo, que tem explorado as mais diversas e imaginativas formas de exprimir a Percussão, ganhando progressivamente diversos públicos nesta especialidade. Sob direcção de Miquel Bernat, o Drumming destaca-se pela singularidade da sua programação, que resume as experiências da vida profissional do director, com a variedade e diversidade de estilos e formação dos membros que o compõem, vindo a concretizar diversas linhas de apresentação, que vão da música contemporânea ao Rock-Jazz-World Music, à música de cena para teatro, ópera e bailado. Percussion band Drumming was formed in Oporto in 1999 and became well known through its participation in Oporto – European Capital of Culture Drumming has been synthesising the evolution of erudite percussion in Portugal as well as in Western culture. They have quickly gained the acceptance of audiences and critics alike becoming a significant part of the Portuguese music scene. They have contributed to the promotion of a series of important contemporary pieces, creating their own repertory and encouraging dozens of Portuguese and international musicians to compose for the group who has explored the most diverse and imaginative ways of expressing percussion, gradually winning new audiences for their music. Under the musical direction of Miquel Bernat, Drumming stands out for their uniqueness combining the professional life experience of Bernat with the many styles and musical backgrounds of its members producing an eclectic mixture that includes contemporary music, Rock, Jazz and World Music as well as music for theatre, opera and ballet. Contacto Contact Drumming, drumming@drumming.pt, http://www.drumming.pt
104
RMX5
ESSE OLHAR QUE ERA SÓ TEU Bruno de Almeida, Tó Trips, Pedro V. Gonçalves, 2010
Concerto-instalação concebido pelo cineasta Bruno de Almeida, em colaboração com os músicos Tó Trips e Pedro Gonçalves. Originalmente criado como instalação para um museu, “Esse olhar que era só teu” é uma peça multimédia construída a partir da desconstrução de sons e imagens dos filmes documentais de Bruno de Almeida sobre Amália Rodrigues. A partir do processamento e manipulação electrónica de gravações da cantora são criados novos registos sequenciais e ambientes sonoros, às quais se justapõem as guitarras de Tó Trips e o contrabaixo de Pedro Gonçalves. As imagens são alteradas, desconstruídas e processadas na mesa de montagem, reinventando assim um objecto poético e misterioso que proporciona novas leituras sobre o universo icónico de Amália Rodrigues. A concert-installation created by director Bruno de Almeida, in collaboration with musicians Tó Trips and Pedro Gonçalves. Originally created as an installation for a museum, “Esse olhar que era só teu”, is a multimedia piece made from the deconstruction of images and sounds taken from Bruno de Almeida’s documentaries about Portuguese Fado singer Amália Rodrigues. The installation use electronically processed and manipulated excerpts from recordings by Amália creating new sequential registers and sound ambiences to which Tó Trips’ guitar and Pedro Gonçalves’ double bass are juxtaposed. The images are changed, deconstructed and processed on the editing table, reinventing a poetic and mysterious object that generates new approaches to Amália Rodrigues’ iconic world.
Bruno de Almeida Bruno de Almeida é um dos realizadores mais em foco na última década no cinema português, com um percurso singular e independente construído com a sua produtora, a Arco Films. Radicado, durante muitos anos, em Nova Iorque, o cineasta regressa à cultura portuguesa com um monumental documentário dedicado a Amália Rodrigues, “The Art of Amália” (2000), que teve um trajecto invulgar no mercado americano. Durante esta década, fica ligado a várias longasmetragens, como “The Collection” ou “The Lovebirds” e ao documentário “Bobby Cassidy”, entre outros filmes que foi lançando. O concerto-instalação “Esse Olhar Que Era Só Teu” é uma encomenda do Curtas Vila do Conde que permitirá ao realizador regressar ao enorme material de arquivo que coleccionou sobre Amália, retrabalhando, visualmente, uma imagem central da cultura portuguesa do século XX.
[RMX] Filme Concerto Film Concert
Portugal, DOC · EXP, 1h, Video, COL/BW
Filmografia Seleccionada Selected films
Contacto Contact Bruno de Almeida, Arco Films, info@arcofilms.com, http://www.arcofilms. com
BOBBY CASSIDY, 2009; 6=0 HOMEOSTÉTICA, 2008; THE LOVEBIRDS, 2007; THE COLLECTION, 2005; O CANDIDATO VIEIRA, 2001; THE ART OF AMÁLIA, 2000; ON THE RUN, 1999; THE DEBT, 1993 (1Curtas de Vila do Conde, 1993).
105
RMX5
Over the last ten years, Bruno de Almeida has become one of the most prominent Portuguese directors with a unique and independent trajectory built alongside his own production company, Arco Films. Living and working in New York for a long time, Almeida returned to Portuguese culture with a monumental documentary dedicated to Portuguese Fado singer, Amália Rodrigues, “The Art of Amália” (2000). Bruno de Almeida has also directed the features “The Collection” and “The Lovebirds” as well as the documentary “Bobby Cassidy”, among others. The concert installation “Esse Olhar Que Era Só Teu” was commissioned by Curtas Vila do Conde allowing Almeida to go back to his enormous collection of archive material on Amália, visually re-working the image of a central figure in Portuguese culture.
Os Dead Combo nasceram em 2002, pelas mãos dos seus dois únicos membros: Tó Trips (guitarras) e Pedro V. Gonçalves (contrabaixo, kazoo, melódica e guitarras), quando foram convidados a participar no álbum-homenagem a Carlos Paredes, “Movimentos Perpétuos”. Em 2004, lançaram o seu primeiro álbum, Vol. 1 que foi muito bem recebido pela crítica (o guru Charlie Gillett, divulgador de world music, também o acarinhou). Desde estão, o grupo tem re-inventado algumas sonoridades, apresentando uma mistura inovadora de fado, rock e bandas sonoras de westerns. Já estiveram no Festival de Curtas de Vila do Conde em 2006 com um Filme Concerto “The devil’s playing”, série de curtas metragens surrealistas. No 18.º Curtas Vila do Conde, os Dead Combo apresentarão, juntamente com Bruno de Almeida, uma banda sonora original para imagens documentais de Amália Rodrigues.
[RMX] Filme Concerto Film Concert
Álbuns: VOL.1, 2004; VOL. 2 - QUANDO A ALMA NÃO É PEQUENA, 2006; GUITARS FROM NOTHING, 2007; LUSITÂNIA PLAYBOYS, 2008; LIVE HOT CLUBE, 2009.
106
Tó Trips (guitars) and Pedro V. Gonçalves (double bass, kazoo and guitars), founded Dead Combo in 2002, after being invited to participate in a tribute album to Portuguese guitar virtuoso Carlos Paredes, “Movimentos Perpétuos”. In 2004, they issued their first album, Vol. 1 which was very well received by the critics (including world music expert Charlie Gillett). Since then, the group has presented their own innovative mixture of fado, rock and soundtracks from Westerns. They played at Curtas Vila do Conde in 2006 when they presented “The devil’s playing”, a film-concert played along a series of surrealist short films. This year they return to Curtas with Bruno de Almeida and an original soundtrack for a collection of images of Portuguese Fado singer Amália Rodrigues.
STATEMENT · bruno de almeida Este projecto começou por ser uma instalação vídeo – uma projecção para quatro telas de oito metros - na exposição “Coração Independente”, sobre Amália Rodrigues, que decorreu no Museu Berardo no final do ano passado. Foi a partir deste trabalho, construído a partir de imagens e sons dos vários filmes documentais que fiz sobre Amália na década de 90, que decidi convidar o guitarrista Tó Trips e o contrabaixista Pedro Gonçalves, os dois músicos que constituem os Dead Combo, para a criação de uma banda sonora original, onde os sons das guitarras se misturam com gravações electronicamente alteradas. O resultado deste trabalho plástico-sonoro foi surpreendente e levou-nos a adaptar a peça para um filme-concerto-performance, onde adicionámos uma série de novos conceitos. Na sua essência, “Esse Olhar Que Era Só Teu” (a partir da frase de Alexandre O’Neill) é constituído por sequências criadas a partir da desconstrução e remontagem de trechos musicais aos quais são sobrepostos novos temas, riffs, ou re-assimilações rítmicas. São usados processamentos electrónicos como “slow motion”, alteração de “pitch”, delays, reverberações, distorções, “loops” e depois criadas bases sobre as quais os músicos reinventam novas melodias. Algumas colagens sonoras são produzidas usando conceitos Dada como “chance operations” ou “ready-mades”, onde se colocam sons existentes não-modificados em estruturas novas. A ideia de ruído como escultura plástica é assumida e explorada a partir de cacofonias, dissonâncias, atonalidades e pelo uso de repetições formais. Os processamentos das fitas magnéticas seguem também a linha do que Pierre Schaeffer chamou,
RMX5
This project started out as a video installation – a projection for four eightmeter long screens – for “Coração Independente” an exhibition about Portuguese Fado singer Amália Rodrigues which took place at Museu Berardo at the end of last year. It was from this work, made out of images and sounds from several documentaries I made about Amália in the 1990s that I decided to invite guitarist Tó Trips and double-bassist Pedro Gonçalves, the two members of Dead Combo, to write an original soundtrack where the guitar sound was mixed with recordings electronically reworked. The result from this plastic and musical work was surrising and led us to adapt the piece to a film-concert performance where we added a series of new concepts. In its essence, “Esse Olhar Que Era Só Teu” (“That look that was yours alone” - after Alexandre O’Neill’s sentence) includes images made from deconstructed and re-edited musical extracts to which new melodies, riffs or rhythms were added. We used electronic processes such as slow motion, pitch changes, delays, reverberation, distortion, loops to create a base to which the musicians added new melodies. Some sound collages were produced using Dada concepts such as chance operations and ready-mades, where unchanged pre-existing sounds are added to new structures. The idea of noise as a plastic sculpture is adopted and explored further in cacophony, dissonance, and atonality and by the use of formal repetitions. The processing of the magnetic tape follows the line of what Pierre Schaeffer called in 1940 musique concréte, referring to the peculiarity of sounds recorded on tape, separated from the source that initially originated them. Amália’s voice is sometimes present, deconstructed, reedited, overlayed but not changed and all the sound edition of the piece is constructed from elements taken from her recordings. This recontextualisation of vocal phrases, or of screams, together with the guitars of Tó Trips and Pedro Gonçalves, propose a new approach to a world where Fado and avantgarde are mixed. The images are also fragmented, processed and altered, deconstructing the context where they were initially used, proposing an appropriation of image as plain matter. “Esse Olhar Que Era Só Teu” is, in this way, is an hour-long film-concert where musicians play live to a film that revisits the extraordinary and absolutely unique world of Amália Rodrigues.
[RMX] Filme Concerto Film Concert
em 1940, de musique concréte, referindo-se à peculiar natureza dos sons gravados em fita, separados da fonte que inicialmente os originou. A voz de Amália está por vezes presente, desconstruída, remontada, sobreposta mas não alterada, e toda a montagem sonora da peça é construída a partir de elementos extrapolados de gravações suas. Esta recontextualização de frases vocais, ou de gritos, juntamente com as guitarras de Tó Trips e Pedro Gonçalves, propõem assim novas leituras sobre um universo onde o fado e vanguarda se misturam. As imagens são também fragmentadas, processadas e alteradas, desconstruindo assim o contexto nas quais foram inicialmente usadas, propondo uma apropriação da imagem enquanto simples matéria. “Esse Olhar Que Era Só Teu” é, nesta vertente, um filme-concerto onde os músicos tocam ao vivo sobre um filme que, ao longo de uma hora, revisita o universo genial e absolutamente único de Amália Rodrigues.
107
PUBLICIDADE
PUB
[KJ] KEN JACOBS IN FOCUS
KEN JACOBS IN FOCUS
[KJ] Ken Jacobs
KJ
110
KEN JACOBS Ken Jacobs foi um dos pioneiros do cinema de vanguarda norte-americano. Desde os seus primeiros filmes, realizados no final da década de 50, até às suas mais recentes experiências com vídeo digital, a sua obra, profundamente inovadora, têm tido uma influência forte em inúmeros artistas e cineastas. Figura importante de uma geração de criadores nascidos em Nova Iorque viria a ser profundamente influenciado pelo seu professor de pintura Hans Hoffman. No entanto, apesar da sua formação académica, Ken Jacobs cedo começou a desenvolver a sua actividade artística na área do cinema. A sua amizade com um dos nomes míticos do cinema underground de Nova Iorque, o cineasta e performer Jack Smith, levou-o a desenvolver um cinema profundamente irreverente. Nos seus filmes não utilizava actores profissionais, como é o caso do então desconhecido Jack Smith. Com o recurso à improvisação, desenvolveu uma forma verdadeiramente livre de fazer cinema, que viria a permitir a realização de duas obras marcantes para o então novo cinema underground americano - “Blond Cobra” e “Star Spangled to Death”. Em 1966, em conjunto com a sua mulher Flo, formou o Millenium film Workshop, verdadeira “escola de rua”, que se tornou numa oportunidade única de apreender e fazer cinema para alguns cineastas da sua geração e outros mais jovens como Ermir Gehr. No entanto, quando realizou o filme “Tom, Tom the Piper’s Son”, entre 1969 e 1971, Ken dava início aos primeiros passos num cinema de apropriação, onde o termo found footage viria a ganhar especial sentido na sua obra e em algumas das tendências mais inovadoras do cinema experimental. O seu divertido trabalho com Jack Smith viria a ser gradualmente substituído por aquilo que viria a chamar de prazeres do inconsciente cinemático. As suas investigações e experiências no campo da apropriação de sequências de filmes, nomeadamente dos primórdios da história do cinema, tornaram Jacobs numa das figuras marcantes do cinema estruturalista, onde o argumento e os actores foram gradualmente substituídos por uma exploração dos limites da linguagem cinematográfica e dos seus significados. Posteriormente foi desenvolvendo um interesse pelas capacidades performativas do cinema, o que o levou a criar uma técnica onde explorava os limites do 2D e do 3D e que viria a chamar de Nervous system. Nas suas performances recorria a dois projectores de cinema e a duas cópias dum mesmo filme. As imagens adjacentes combinadas no ecrã confrontavam o espectador com movimentos impossíveis, os quais proporcionavam uma experiência estroboscópica violenta. Mais recentemente desenvolveu o The nervous magic lantern onde recorre a outras imagens que não as provenientes do cinema e onde explora a profundidade das imagens, através de uma fonte luminosa única inspirada na lanterna mágica do século XVII. Na última década, Ken Jacobs investiu nas capacidades de experimentação do cinema digital e nas suas tecnologias. O seu activismo, os seus filmes, as suas práticas performativas ou as mais recentes experiências no campo da manipulação digital, sempre revelaram uma prática de experimentação e exploração das imagens em movimento que o tornam, senão único, pelo menos, um marco do cinema experimental de todos os tempos e, provavelmente, de um outro fenómeno a que podemos chamar de Arte Cinemática. A relevância do seu trabalho levou-o a receber alguns prémios importantes a nível internacional como reconhecimento pela sua obra e, algumas das maiores
instituições mundiais no campo das artes, tais como o MOMA ou o Whitney Museum of Modern Art, têm organizado exposições e mostras dedicadas à sua vasta obra. A exposição Action Cinema, apresentada na Solar, permitirá, pela primeira vez em Portugal, dar a conhecer uma perspectiva mais consistente e aprofundada sobre o trabalho do cineasta. Ao colocar um número significativo dos seus vídeos e outras experiências digitais com imagens em movimento em contexto expositivo, permitirá uma reflexão sobre o confronto das suas práticas actuais com o espaço da galeria e com algumas questões centrais do seu trabalho profundamente ligado ao relacionamento do espectador com aquilo que chamou de inconsciente cinemático. A exposição centra-se em alguns dos seus mais recentes projectos de experimentação digital onde predominam as suas práticas resultantes da apropriação de imagens, que o artista desenvolve desde a década de 70. O conjunto de obras a apresentar integra dois dos aspectos mais marcantes do seu trabalho actual: uma reflexão sobre algumas das imagens da origem do cinema ou da fotografia e material que o cineasta tem vindo a compilar e a reutilizar (proveniente das suas fotografias pessoais e dos seus home-movies onde revisita a família e o seu círculo de amigos como Jonas Mekas, Stan Brakhage ou Peter Kubelka.) No âmbito desta exposição terá lugar, no Teatro Municipal, um conjunto de actividades paralelas que integram a programação do 18º Curtas Vila do Conde Festival Internacional de Cinema. Nuno Rodrigues
Ken Jacobs is a pioneer of American avant-garde cinema. Beginning in the 1950’s, from his first films until his most recent experiments with digital video, his extremely innovative work has been influential on many filmmakers and artists. Ken Jacobs was born in New York and studied painting under Hans Hofmann, although film-making soon came to dominate his artmaking activity. Friendship with New York’s (later-legendary) underground figure Jack Smith pushed him towards an extremely irreverent type of cinema where there were no professional actors and improvisation and freedom reigned, producing work such as the seminal underground films “Star Spangled To Death” and “Blonde Cobra”. In 1966 with his wife Florence he started the Millennium Film Workshop, a “street-school” providing filmstudies together with film-making opportunities to both established and beginning filmmakers, including the young Ernie Gehr. Between 1969 and 1971, with the making of “Tom, Tom the Piper’s Son”, Jacobs took his first steps in film appropriation. Found footage would take on a special meaning both in his own work and in some of the most innovative trends in experimental film. His amusing work with actors would be gradually replaced by what he spoke of as “the pleasures of delving in the cinematic unconscious”. His research and experiments in the field of appropriation, especially with images from cinema’s early days, made Jacobs one of the most relevant names in Structuralism, in which story and character made way for deep questioning of the means of cinema itself. Jacobs also developed an interest in the performance possibilities of cinema, staging 2D and 3D shadowplays and developing a technique he calls The Nervous System. For this, he uses two stop-motion film-projectors and two prints of a film to combine adjacent frames onscreen, conjuring up uncanny spaces and impossible motions. Renditions of some of these
Nuno Rodrigues
Bio Filmografia Bio Filmography
Ken Jacobs nasceu em 1933 em Brooklyn, Nova Iorque. Recebeu inúmeros prémios, incluindo o Maya Deren Award, uma John Simon Guggenheim Fellowship, bem como bolsas do National Endowment for the Arts, da Rockefeller Foundation, e do New York State Council on the Arts. Em 1969, com a ajuda de Larry Gottheim e dos estudantes deste (um dos quais era J. Hoberman, actual crítico de cinema do Village Voice), Jacobs fundou o Departamento de Cinema da SUNY Binghamton (State University of New York) onde foi professor até 2002. Os seus filmes, vídeos e performances têm conhecido diversos palcos internacionais tais como os dos Festivais de Cinema de Berlim, Londres, Hong Kong e Nova Iorque, e Museus como o American Museum of the Moving Image, Astoria, Nova Iorque; o Whitney Museum of American Art, Nova Iorque; e o The Museum of Modern Art, Nova Iorque. Em 2004 foi o realizador convidado do Festival Internacional de Cinema de Roterdão.
Ken Jacobs was born in 1933 in Brooklyn, New York. He has received numerous awards, including the Maya Deren Award, a John Simon Guggenheim Fellowship, as well as grants from the National Endowment for the Arts, the Rockefeller Foundation, and the New York State Council on the Arts. In 1969, with the help of Larry Gottheim and Gottheim’s students (one of whom was J. Hoberman, current senior film critic for the Village Voice), Jacobs began the Cinema Department at SUNY Binghamton and taught there until 2002. His films, videos and performances have received international venues such as the Berlin Film Festival, the London Film Festival, the Hong Kong Film Festival, the New York Film Festival, the American Museum of the Moving Image, Astoria, New York; the Whitney Museum of American Art, New York; and The Museum of Modern Art, New York. He was a featured filmmaker at the International Film Festival Rotterdam in 2004.
KJ
1. Films ORCHARD STREET (1955) 16mm, color, silent, 12’; THE WHIRLED [also known as Four Shorts with Jack Smith: Saturday Afternoon Blood Sacrifice (1956); LITTLE COBRA DANCE (1956); TV PLUG (1963); THE DEATH OF P’TOWN (1961)] (1956–63, compiled under this title in the early 1990’s with additional intertitles) 16mm*, color & b/w, sound, 19’; STAR SPANGLED TO DEATH (1956–60 on 16mm, 2001–4 on digital video) 16mm transferred to digital video, color & b/w, sound, 440’; LITTLE STABS AT HAPPINESS (1958–60) 16mm*, color, sound, 18’; BLONDE COBRA (1959–63) uses original footage shot by Bob Fleischner, 16mm*, color & b/w, sound (includes live radio), 33’; ARTIE AND MARTY ROSENBLATT’S BABY PICTURES (1963) existing home-movie titled and placed into distribution by Jacobs without intervention, 8mm, b/w, sound on tape, 4’; BAUD’LARIAN CAPERS (A Musical With Nazis And Jews) (1963) 16mm, color & b/w, sound, 25’; WINDOW (1964) 8mm transferred to 16mm, 16–18fps, color, silent, 12’; THE WINTER FOOTAGE (1964) 8mm transferred to 16mm, color, silent, 50’; WE STOLE AWAY (1964) 8mm, color, silent, 64’; WINTER SKY (1964) 8mm transferred to 16mm, color, silent, c.14’; THE SKY SOCIALIST (1964-8) 8mm transferred to 16mm*, color, sound & silent, 140’; LISA AND JOEY IN CONNECTICUT, JANUARY’65: “YOU’VE COME BACK!” “YOU’RE STILL HERE!” (1965) 8mm transferred to 16mm, color, silent, 18’; Naomi Is A Dream Of Loveliness (1965) 16mm, color, silent, 3’; AIRSHAFT (1967) 16mm, 16–18fps, color, silent, 4’; SOFT RAIN (1968) 16mm, 16–18fps, color, silent, 12’; NISSAN ARIANA WINDOW (1968) 16mm, 16–18fps, color, silent, 15’; TOM, TOM, THE PIPER’S SON (1969, revised 1971) 16mm*, 16–18fps, color & b/w, silent, 115’; GLOBE [previously called Adjacent Perspectives and Excerpt From The Russian Revolution] (1969) 16mm, color, sound, Pulfrich 3D, 22’; BINGHAMTON, MY INDIA (1969–70) 16mm, color, silent, 25’; CHANGING AZAZEL (1973) 16mm, b/w, silent, 4’; URBAN PEASANTS (1975) 16mm*, requires changes in projection speed from 24fps to 16-18fps, color & b/w, sound & silent, 51’; JERRY TAKES A BACK SEAT, THEN PASSES OUT OF THE PICTURE (1975) 8mm transferred to 16mm, color, silent, 15’; SPAGHETTI AZA (1976) 16mm, color, silent, 1’; THE DOCTOR’S DREAM (1978) 16mm*, b/w, sound, 23’; PERFECT FILM (1985) 16mm*, b/w, sound, 22’; THE ALPS AND THE JEWS [incomplete] (1986–present) 16mm*, color, sound, c.90’; OPENING THE NINETEENTH CENTURY: 1896 (1990) 16mm*, color & b/w, sound, Pulfrich 3D, 11’; Keaton’s Cops (1991) 16mm, b/w, silent, 23’; Looting For Rodney (1994–5) 16mm, color, silent, Pulfrich 3D, 11’; MAKE LIGHT ON FILM (1995) 16mm*, color, sound on tape, Pulfrich
[KJ] Ken Jacobs
pieces have begun to be available as digital interpretations. He later developed The Nervous Magic Lantern, a single lightsource throwing depth-images onscreen from other than film-sources. Over the last decade, Ken Jacobs has become a serious researcher of the experimental capabilities of digital cinema. His activism, his films, his performances and his most recent experiments in digital images confirm Jacobs’ inexorable interest in exploring the moving image, bolstering his reputation as an explorer of cinematic art. His work has won him a series of international awards as well as exhibitions in leading art institutions such as New York’s MoMA and the Whitney Museum of Modern Art. The exhibition at Solar gives us the opportunity to see Jacob’s work in a consistent and multifaceted perspective. By exhibiting in our gallery a considerable amount of Jacobs’ experiments with moving images we will be able to grasp some of the central issues of his work. By way of images from the early days of cinema juxtaposed with material from his own personal archives of photos and home movies, in which he revisits his circle of friends, Jonas Mekas, Peter Kubelka, Stan Brakhage and many others, we are invited to join him in an examination of the “cinematic unconscious”. Within the scope of this exhibition there will be a set of activities that are included 18th Curtas Vila do Conde – International Film Festival.
111
KJ
3D, 15’; THE GEORGETOWN LOOP (1996) 16mm double projection reduced to single screen 16mm/35mm*, b/w, silent, 11’; DISORIENT EXPRESS (1996) 16mm double projection reduced to single screen 16mm/35mm*, b/w, silent, 30’.
[KJ] Ken Jacobs
II. Digital Videos
112
FLO ROUNDS A CORNER (1999) digital video, color, silent, 6’; NEW YORK STREET TROLLEYS 1900 (1999) digital video, b/w, sound, 11’; A TOM TOM CHASER (2002) digital video, b/w, silent, 11’; CIRCLING ZERO: PART ONE, WE SEE ABSENCE (2002) digital video, color, sound, 114’; KEEPING AN EYE ON STAN (2003) digital video, color, sound, 117’; CELESTIAL SUBWAY LINES/SALVAGING NOISE (2004) digital video, color, sound by John Zorn with Ikue Mori, 108’; MOUNTAINEER SPINNING (2004) digital video, color, sound by Rick Reed, 26’; KRYPTON IS DOOMED (2005) digital video, color, sound, 34’; INSISTENT CLAMOR (2005) digital video, color, sound, 22’; LEEDS BRIDGE 1888 (2005) digital video, b/w, silent, 6’; SPIRAL NEBULA (2005) digital video, color, sound by Rick Reed, 46’; INCENDIARY CINEMA (2005) digital video transferred to 35mm, b/w, sound, 1’; LET THERE BE WHISTLEBLOWERS (2005) digital video, color & b/w, sound by Steve Reich, 18’; ONTIC ANTICS STARRING LAUREL AND HARDY; BYE, MOLLY (2005) digital video, color & b/w, sound, PULFRICH 3D (last 15 minutes only), 86’; NEW YORK GHETTO FISHMARKET 1903 (2006) digital video, b/w, sound by Catherine Jauniaux and Tom Cora, 132’; PUSHCARTS OF ETERNITY STREET (2006) digital video, b/w, silent, 11’; TWO WRENCHING DEPARTURES (2006) digital video, b/w, sound, 90’; CAPITALISM: CHILD LABOR (2006) digital video, color, sound by Rick Reed, 14’; CAPITALISM: SLAVERY (2006) digital video, color, silent, 3’; THE SURGING SEA OF HUMANITY (2006) digital video, color, silent, 11’; RAZZLE DAZZLE: THE LOST WORLD (2006–7) digital video, color, sound, 92’; WE ARE CHARMING (2007) digital video, color, silent, 1’; HANKY PANKY JANUARY 1902 (2007) digital video, color, silent, 1’; Nymph (2007) digital video, color, silent, 2’; GIFT OF FIRE: NINETEEN (Obscure) Frames That CHANGED THE WORLD (2007) digital video, color, sound, anaglyph 3D, 38’; HIS FAVORITE WIFE IMPROVED (or The Virtue Of Bad Reception) (2008) digital video, color & b/w, sound, 2’; RETURN TO THE SCENE OF THE CRIME (2008) digital video, color & b/w, sound by Malcolm Goldstein, 92’; THE SCENIC ROUTE (2008) digital video, color & b/w, sound, 25’; THE GUESTS (2008) digital video, b/w, sound, freeview 3D, 89’; ALONE AT LAST (2008) digital video, b/w, silent, 2’; THE DISCOVERY (2008) digital video, b/w, silent, 5’; LOVE STORY (2008) digital video, color, silent, 3’; Anaglyph Tom (Tom With Puffy Cheeks) (2008) digital video, color, sound, anaglyph 3D, 118’; HOT DOGS AT THE MET (2008) digital video, color, sound, 10’; WHAT HAPPENED ON 23RD STREET IN 1901 (2009) digital video, b/w, silent, 14’; “SLOW IS BEAUTY” – RODIN (2009) digital video, color, sound, anaglyph 3D, 51’; JONAS MEKAS IN KODACHROME DAYS (2009) digital video, color, silent, 3’; BOB FLEISCHNER DYING (2009) digital video, color, silent, 3’; THE DAY WAS A SCORCHER (2009) digital video, color, silent, 8’; EXCERPT FROM THE SKY SOCIALIST STRATIFIED (2009) digital video, color, silent, 18’; BROOK (2009) digital video, color, silent, 2’; BRAIN OPERATIONS (2009) digital video, b/w, silent, 22’;
RON GONZALEZ, SCULPTOR (2009) digital video, color, sound, 20’; WALKWAY (2009) digital video, color, silent, 8’; GRAVITY IS TOPS (2009) digital video, color, sound, 11’; BERKELEY TO SAN FRANCISCO (2009) digital video, color, sound, freeview 3D, 24’; DR. TOOTHY’S NEW ENTRANCEWAY (2010) digital video, color, sound, freeview 3D, 10’; TOOTHY TWO (2010) digital video, color, sound, freeview 3D, 8’; FAIR AND WHITE, PARTS I, II, III AND EXTRA (2010) digital video, color, sound, freeview 3D, 120’; TRAIN ARRIVE AT A STATION (57TH STREET) (2010), digital video, color, sound, freeview 3D, 26’; PIECE FOR REMOTE (2010), digital video, color, sound, freeview 3D, 19 1/2’;but longer in performance. RELEASE OF ENERGIES (2010), digital video, 3D with no special viewing or projection techniques, work-in-progress
III. Apparition Theater of New York and Other Film Performances (excluding the Nervous System and Nervous Magic Lantern) THE BIG BLACKOUT OF’65: CHAPTER ONE “THIRTIES MAN” (1965) 2D shadow play performance. THE BIG BLACKOUT OF’65: CHAPTER TWO “NAOMI IS A DREAM OF LOVELINESS” (1966) 2D shadow play performance. THE BIG BLACKOUT OF’65: CHAPTER THREE “SLIDE OF THE CITY” (1967) 2D shadow play performance. THE BIG BLACKOUT OF’65: CHAPTER FOUR “EVOKING THE MYSTERY” (1968) site specific performance. RESTFUL MOMENTS (1970) 2D and 3D shadow play performance. BAGEL IN THE SNOW (1971) 2D and 3D shadow play performance. EAST OF CHINATOWN (1972) 3D shadow play performance. TENDING THE DREAM MACHINE: AN EIGHT HOUR SHIFT WITH KEN JACOBS (1973) film projection event. A MAN’S HOME IS HIS CASTLE FILMS: THE EUROPEAN THEATER OF OPERATIONS (1974) film projection performance. “SLOW IS BEAUTY” – RODIN (1974) 2D and 3D shadow play performance. NEW YORK CITY AND ITS RADIO WAVES (1974) 2D and 3D shadow play performance. THE BOXER REBELLION (1974) 3D slide/shadow play performance. FLOP: 4TH OF JULY, 1976 (1976) film screening/performance. AIR OF INCONSEQUENCE (1977) 3D shadow play performance. KEN JACOBS AT THE CONSOLE PERFORMING STICK TO YOUR CARPENTRY AND YOU WON’T GET NAILED (1979) film performance. ART–SPOOKS VAUDEVILLE ONE NIGHT STAND (1980) 3D shadow play performance. AUDIO-VISUAL VAUDEVILLE (also known as Audio-Optical Vaudeville) (1982) 2D and 3D shadow play performance. SPITTING IMAGE (1984) 3D slide performance.
IV. Nervous System Performances “The Nervous System” foi o nome dado por Jacobs ao dispositivo de projecção ao vivo que ele próprio desenvolveu e manipulou nas suas performances de 1975 a 2000. Este sistema consiste em usar simultaneamente duas cópias do mesmo filme em projectores de 16 ou 35mm, capazes de fazer avançar a película fotograma a fotograma e em congelar imagens isoladas no écran. Um obturador exterior em forma de hélice colocado entre os dois projectores é usado para alternar rapidamente entre as duas imagens, misturando-as, interrompendo as projecções, com momentos sem imagem. A técnica do obturador exterior foi descoberta, e usada inicialmente em projectores de slides, por Alfons Schilling que convidou Jacobs a aplicar a técnica em filmes em 1980. Tornou-se uma parte integrante do “Nervous System” sendo utilizada em todos os trabalhos. Usando sequências de curtas metragens projectadas numa série de instantâneos, o “Nervous System” joga com as diferenças temporais e
The Nervous System is the name given by Jacobs to the live projection setup that he developed and used for performances from 1975 to 2000. It consists of two identical motion-picture film prints on two 16mm analytic or 35mm filmstrip projectors capable of advancing one frame at a time and freezing single images on screen. An exterior shutter, in the form of a spinning propeller positioned between the two projectors, is used to rapidly alternate between, and blend together, the two frames by interrupting the projections with imageless intervals. The exterior shutter technique was discovered and first used with slide projectors by the artist Alfons Schilling, who invited Jacobs to apply the technique to film in 1980. It became an integral component to the Nervous System and was used in every work. Using short film sequences projected as a series of stills, The Nervous System operates on the temporal and spatial differences between two near-identical film-frames that are often only one frame apart from one another in filmic sequence. As described in the digital videos section of this document, Jacobs calls the effect produced by this method, eternalisms. Ken and Flo Jacobs always manipulate Nervous System works live to pre-planned routines and the apparatus is usually made visible to the audience in the performance space. THE IMPOSSIBLE: CHAPTER ONE “SOUTHWARK FAIR” (1975) b/w, sound, c.60’; THE IMPOSSIBLE: CHAPTER TWO “1896” (1979) b/w, silent, c.11’; THE IMPOSSIBLE: CHAPTER THREE “HELL BREAKS LOOSE” (1980) b/w, sound, c.25’; THE IMPOSSIBLE: CHAPTER FOUR “SCHILLING” (1980) b/w with color filters, sound, c.60’; THE IMPOSSIBLE: CHAPTER FIVE “THE WRONG LAUREL” (1980) b/w, silent c.7’; Death And Transfiguration (1981) b/w, silent, c.20’; The Whole Shebang (1982) b/w, sound, c.70’; MAKING LIGHT OF HISTORY: THE PHILIPPINES ADVENTURE (1983) b/w, sound, c.90’; Two Wrenching Departures (1989) b/w, sound, c.120’; THE SUBCINEMA: “BETTER TO BE FRIGHTENED THAN TO BE CRUSHED” (1990) b/w & color, sound, c.120’; NEW YORK GHETTO FISHMARKET 1903 (1993) b/w with color filters, sound, c.90’; BITEMPORAL VISION: THE SEA (1994) b/w, sound, c.90’; MOTORMOUTHING TO JONESTOWN (1995) b/w, sound, c.90’; THE MARRIAGE OF HEAVEN AND HELL (A Flicker Of Life) (1995) b/w & color, sound, c.90’; FROM MUYBRIDGE TO BROOKLYN BRIDGE (1996) b/w, sound, c.90’; LOCO MOTION (1996) b/w, sound, c.25’; COUPLING (1996) b/w, sound, c.60’; ONTIC ANTICS STARRING LAUREL AND HARDY (1997) b/w, sound, c.60’; NEW YORK STREET TROLLEYS 1900 (1997) b/w, silent, c.25’; UN PETIT TRAIN DE PLAISIR (1998) b/w, sound, c.25’.
V. Nervous Magic Lantern Performances Em 1990 Jacobs concebeu uma nova técnica de projecção ao vivo, a “Nervous Magic Lantern” (conhecida inicialmente como “Magic Lantern Cinema”). Com este
novo sistema executou “Chronometer”, um trabalho que fazia parte da performance THE SUBCINEMA: “Better To Be Frightened Than To Be Crushed” e mais tarde apresentado de forma independente. Em 2000 deixou de usar o Nervous System e passou a utilizar exclusivamente a nova técnica nos seus trabalhos ao vivo. A “Nervous Magic Lantern” usa o mesmo princípio da projecção com lanterna mágica tradicional: objectos e transparências, colocados entre uma lâmpada forte e um conjunto de lentes disposto de forma determinada, são ampliados e projectados num ecrã ou parede. Um obturador rotativo externo, como o usado no Nervous System, é montado em frente da lente, introduzindo um forte efeito estroboscópico que coloca a imagem em movimento 3D perpétuo. Ken and Flo Jacobs manipulam o aparelho durante toda a performance ao vivo, escondidos da vista dos espectadores numa área à prova de luz.
KJ
In 1990, Jacobs devised a new live projection technique, the Nervous Magic Lantern (initially known as’Magic Lantern Cinema’). With this system he performed Chronometer, a work that formed part of THE SUBCINEMA: “Better To Be Frightened Than To Be Crushed” and was later presented independently. In 2000 he ceased performing with the Nervous System and began to exclusively use the new technique in his live work. The Nervous Magic Lantern operates on the same principle as a traditional magic lantern projector: objects and transparencies, placed between a bright theater lamp and an arrangement of lenses, are projected at large scale and with no definable edges onto a projection screen or wall. An external spinning shutter, such as that used in the Nervous System, is mounted in front of the lens, introducing a heavy strobing effect that sets the image in perpetual 3D motion. Ken and Flo Jacobs manipulate the apparatus live throughout each performance, concealed from view behind a lightproof enclosure. CHRONOMETER (1990) performed as part of THE SUBCINEMA: “Better To Be Frightened Than To Be Crushed” at The Collective for Living Cinema (New York, USA; Museum of the Moving Image, 30/31 October 1993; Whitney Museum Of American Art, (all New York, USA). CRYSTAL PALACE (CHANDELIERS FOR THE PEOPLE) (2000) performed at Oxford Phoenix Picture House (Oxford, UK), 7 October 2000; New York Kunsthalle (New York, USA), c. May 2001; Whitney Museum of American Art as part of the Whitney Biennial 2002 (New York, USA), 25 May 2002, sound. LOCAL HUBBLE (FOR MARILYN AND STAN BRAKHAGE) (2003) performed at Polytechnic University (Brooklyn, USA), 3 April 2003, sound. POLEMICS ON ICE (2004) performed at IFFR (Rotterdam, Netherlands), 29 January 2004, sound. LOCAL HUBBLE II: LA CONFERENCE DES OISEAUX (2004) performed at MoMA (New York, USA), 14 March 2004, sound. CELESTIAL SUBWAY: LAST STOP ALL OUT (2004). CELESTIAL SUBWAY LINES 2, 3, 4 (2004) live sound by John Zorn with Ikue Mori. SEEING IS BELIEVING (2004), live sound by Rick Reed. SALVAGING NOISE (2004) live sound by John Zorn with Ikue Mori. FALLING IN PLACE (2004) . INTERSTELLAR LOWER EAST SIDE RAMBLE (2005), live sound by John Zorn with Ikue Mori [UNTITLED] (2007) ,live sound by Eric La Casa THE TRANSCENDENT VIEWER (2007). DREAMS THAT MONEY CAN’T BUY (2007) ,live sound by Rick Reed. [Untitled] (2007) ,live sound by Aki Onda. REVERBERANT SILENCE (2008), silent. [Untitled] (2008) live sound by Michael J Schumacher. Atmospheres (2008), sound. Deep Silence (2008) silent.
[KJ] Ken Jacobs
espaciais entre dois fotogramas quase idênticos, que muitas vezes são apenas fotogramas consecutivos na sequência do filme. Como está descrito na secção de vídeos digitais deste documento, Jacobs apelidou o efeito produzido por este método de “Eternalismos”. Ken e Flo Jacobs manipulam sempre as obras “Nervous System” pessoalmente e ao vivo com rotinas planeadas e o dispositivo está normalmente visível para os espectadores no espaço da performance.
113
KJ
[Untitled] (2008), live sound by Eric La Casa. [Untitled] (2009), live sound by Aki Onda. [Untitled] (2009), sound. INTO THE DEPTHS OF THE EVEN GREATER DEPRESSION (2009), sound.
VI. Installations and Other Works
[KJ] Ken Jacobs
ZOOM (1967) mobile viewing chamber. BLACK SPACE [also known as Constellation] (c.1970’s) spoken instructions with camera flash, c.15’; FESTOON (1975) outdoor film installation. Lengths of discarded 35mm movies were hung outdoors between trees. THE MYTH OF THE MALE PROJECT (1988) film-illustrated lecture. PHONOGRAPH (1990) audio, c.15’;Audio recording with no images. Originally presented as part of THE SUBCINEMA: “BETTER TO BE FRIGHTENED THAN TO BE CRUSHED” (1990, film performance. THE GUESTS (1999) 3D slide installation, 74 min cycle. GIFT OF FIRE: NINETEEN (OBSCURE) FRAMES THAT CHANGED THE WORLD (2007) digital video installation, 38 min cycle.
114
The Joys and Sorrows of Evanescent Cinema Ken Jacobs
Foi-me permitido passar o Verão todo num campo de férias da era da Depressão, em vez das duas semanas a que os outros miúdos desfavorecidos tiveram direito. Achei que foi por isso que me deram o papel principal em Jack And The Beanstalk [João e o Pé de Feijão], um teatro de sombras representado contra um lençol esticado: estive lá o tempo suficiente para aprender o papel. O gigante era uma das crianças aos ombros dum monitor, uma toalha pendurada da cabeça do rapaz unia as duas sombras. A narrativa ia sendo feita por um contador de histórias. Do meu lado do lençol não havia nada, os miúdos que viam as nossas sombras riam-se e aplaudiam, gritando ao Jack que fugisse quando o gigante acordava. Não me lembro que depois alguém se tivesse mostrado interessado em mim; não foram os elogios que me conduziram à investigação das sombras que viria a ocupar toda a minha vida. E, na verdade, do meu lado do lençol, o dos actores, onde me disseram que não olhasse para o ecrã, eu pouco vi do jogo de sombras. Brincar aos polícias e ladrões era representar, a maioria das brincadeiras era uma representação, portanto não era a representação que era especial. Aquilo que me ficou foi a divisória constituída pelo próprio ecrã, o improviso espontâneo dum dos lados e a impressão exaltada do outro, donde se ficou com a ideia que eu tinha trepado até uma nuvem, onde repousava o castelo do gigante. Os fenómenos maquinais da película seriam o que me viria a cativar em anos posteriores. Foi uma enorme mudança na altura, antes dos comandos à distancia, passar de espectador a uma posição interna em que era possível parar e manusear os fotogramas. Onde se podia ver o que fazia os filmes mexer. Fazer trabalhos que exibiam a mecânica, enfatizando a tensão entre meios e aparência era o Modernismo, e era político, na medida em que pertencia ao movimento histórico para desmistificar a projecção da imagem do poder, ou seja, O Efeito Totó, o cão de Dorothy que afasta o pano no Feiticeiro de Oz mostrando o pequeno homem que
Agora os miúdos da matiné de sábado podiam seguir as perigosas atribulações de serem eles próprios. O meu público não se deixava enganar. (Houdini foi um formidável modernista que disse: “Eu não sou nenhum mágico, ninguém o é. Eu faço truques, num palco”. Encheu de receio todos aqueles que geriam falsos templos de adoração. Mas até ele nunca pensou em mostrar ao público como se fazia o truque e depois fazê-lo.) Nós iríamos colaborar, eu e o público, no engano dos sentidos, sabendo que em última análise os palermas éramos nós, banidos do conhecimento daquilo que estava para lá da defeituosa evidência dos sentidos. Riamo-nos em parte por bonomia, em parte por sermos enganados, da mesma forma que uma pessoa se resigna a uma sentença perpétua de erro consciente, chegando mesmo a acarinhá-la. Eu haveria de mostrar ao público as partes que eu iria reunir, por exemplo com o Nervous System: duas cópias do mesmo filme, projectores stop-motion, um obturador giratório, mas repare-se! A ironia manter-seia como atitude duradoura, quer ao encenar os gestos falsamente grandiosos de Jack Smith ou ao quebrar a barreira do bom gosto entrando nas engenhocas do 3D. A ironia é íntima, inclusiva, um piscar de olhos entre o emissor e o receptor. A ironia diz: “Estou a brincar, este trabalho é apenas uma brincadeira ao quadrado e o que eu pretendo criar é apenas uma brincadeira com a potencia mais elevada, uma inimaginável penúltima parvoíce que nem conseguimos imaginar, mas que tem de atingir o trabalho artístico através dele mesmo, uma palhaçada existencial que vai para além do além”. O que não é o mesmo que tentar ter piada ou que as obras sejam pensadas como anedotas. Um exemplo de um trabalho cinematográfico não filmográfico/não videográfico que passou por uma brincadeira e foi um achado, mais elaborado que a maioria, construído como uma instalação de um dia no ferry que fazia a ligação entre The Battery e Staten Island. Foi feita a propósito do Festival Anual de Avant Garde de Nova Iorque que Charlotte Moorman (famosa por tocar violoncelo em top less com Nam June Paik) fazia acontecer cada ano, apesar da sua pobreza contínua, sempre em locais cada vez mais inesperados e que ela engenhosamente envolvia na cidade enquanto palco que cedia generosamente as suas docas, subterrâneos e parques à indecorosa avant-garde, e tudo graças à personalidade dela. Sei que o que querem é ouvir a história de Charlotte Moorman. Eu fui apenas um das centenas de artistas que ela conseguiu captar para extraordinários feitos performativos. Eu e a Flo levámos, da Ferry Street ao longo da Brooklyn Bridge até The Battery, uma banca em contraplacado (pintada de vermelho vivo brilhante por fora e de preto mate por dentro), uma espécie de barraquinha de jardim, aberta dum lado e com altura e larguras estritamente suficientes para deixar entrar uma pessoa. Amarrámo-
KJ
[KJ] Ken Jacobs
Painted Air
está por detrás da cortina . Nessa época eu estudava pintura na 8th Street, o local certo na altura certa, depois da explosão do Cubismo ter desmontado a ilusão convincente como um valor pictórico. O cinema para mim continuaria a ser um jogo à margem da ilusão seu colapso iminente em meios visíveis, o drama duma precária pretensão, sem a ansiedade viciante que celebramos como sendo a história (uma história pouco convincente estaria bem, em que o público tivesse de fingir activamente). A última coisa em que eu queria que o espectador pensasse era no que iria acontecer a seguir e se o Final Feliz chegaria a tempo. Sem suspense! Apenas o agora, como com a pintura, com os princípios e os fins bem longe do pensamento. Havia desde o início a atracção do loop.
115
KJ
la ao ferry virada para a frente; e depois, na viagem de regresso, era um zoom shot com a barraca virada para trás a olhar Staten Island (o lado do ferry dramaticamente virado para Nova Iorque já estava ocupado, mas o que dava para Staten Island servia perfeitamente).
[KJ] Ken Jacobs
Entrando na escura barraca, podíamos segurar-nos a uma trave de madeira e inclinar-nos para a frente de modo a espreitar por uma fenda e para outro recorte, num segundo painel escurecido a cerca de 30cm de distância, com as dimensões dum filme em widescreen. Um outro conjunto semelhante de orifício e widescreen foi colocado mais abaixo para que as crianças pudessem espreitar. Estes transformavam a visão da aproximação ao cais e respectiva partida, o oscilar do ferry até se colocar em posição de atracagem: era possível aí ver-se um filme em 3D. Acontecimentos pictóricos ocorriam dentro do rectângulo ao mesmo tempo que se podiam sentir com todo o corpo intensas movimentações ligadas àquilo que se via – a a imagem oscilante do ferry – e ouvir os tremendos sons de fundo, sobretudo quando o ferry se esmagava contra os pilaretes e a imagem se imobilizava por um bocadinho numa formidável confluência de energias. As crianças tinham mais capacidade para apanhar e absorver a qualidade dessa transformação. Os adultos (eu e a Flo observávamos sofregamente as suas reacções) reagiam habitualmente como se aquilo fosse uma espécie de vigarice, em que o objectivo era atraí-los a uma caixa donde podiam ver o mesmo que se via cá de fora.
116
Mais abaixo incluí algumas das notas de programa que escrevi ao longo dos anos. De bastantes anos, quando muitos trabalhos chegavam e partiam sem que quase se desse por isso. Desapareceram e isso é algo com que temos de viver quando fazemos coisas efémeras. (Não é assim tão mau, será que tudo tem de ter reprodução incorpórea? Uma razão porque os filmes falados iniciais eram tão mais vibrantes, sabor esse que as igrejas ainda viriam a castrar, foi por terem absorvido uma nova vaga de performers da experiência de vida, a derradeira improvisação. Contratados pela Warner Brothers, vinham cheios de fulgor, arrastando consigo toda a sua formação. Transbordavam vida. Juro que consigo cheirar as axilas da Joan Blondell. As suas personalidades precediam as suas personas. “Sê Tu Próprio”, aconselhava Fanny Brice.) Aquilo a que decidi chamar paracinema, coisas como teatro de sombras, entraria no reino da divina efemeridade do teatro. Richard Levine não concordou, alegando que paracinema, tal como paramédico ou paralegal, indicava uma forma menor de cinema. Não a verdadeira coisa, não um cinema equivalente criado por outros modos que não os fílmicos ou que recorria à película duma forma que não a convencional; equivalente, ou paralelo a, era precisamente a ideia que eu pretendera dar. Desconfio que convenci poucas pessoas. E que, para a maioria delas, a performance é uma coisa insípida quando comparada com a finalidade do filme. Dentro de uma lata, com todos os fotogramas devidamente preenchidos, decisões, decisões, decisões, e não menos vivo por isso. Mas tanto o expressionismo-abstracto como a improvisação em jazz me tinham impressionado profundamente. Glenn Gould foi criticado por passar dos solos a interpretações editadas. Eu transgredi na outra direcção. Depois dos primeiríssimos visionamentos públicos, os projeccionistas tinham sido domesticados e o brincar com a direcção e o ritmo deram lugar a uma absorção ininterrupta da matéria em questão. A película foi relegada para uma carreira direccionada para a frente e a uma velocidade constante (“Potencializem essa estrela! Contem essa história!”), o mecanismo deveria ficar humildemente invisível e não interromper o transe. A
invisibilidade continuaria a ser promovida pelos desenvolvimentos no som-síncrono, na cor wide-screen e um 3D verosimilhante tal como previsto no “Admirável Mundo Novo” de Aldous Huxley, embora ficasse aquém de The Feelies. Algures está a película, sentadinha lado a lado com o pôr-do-sol, e perguntam-se ambos por que é que quase ninguém aparece para os ver fazer aquilo que sabem fazer. Escrevi sobre as performances informais que fazia para amigos com o meu primeiro projector, pago pelo subsídio de criação de emprego recebido por ter estado ao serviço da Guarda Costeira, uma silenciosa máquina de 16mm. Uma Kodak Analyst que só comportava bobines de 120 metros. Concebida para os estudos de rápido-lento e dos movimentos pendulares dos tacos de golfe e do disparar das metralhadoras dos avioes, para mim, ela proporcionava a excitação de ver os pormenores da rotação da terra e dançar repetidamente num tempo elástico. Eu olhava para todos os tipos de coisas fílmicas, tendo talvez o maior retorno nos visionamentos repetidos de ROSE HOBART, que me foi emprestado por Joseph Cornell, o progenitor de THE DOCTOR’S DREAM. Eu não lhe chamava Joe. Falei causticamente dele, injustamente; ele era exasperante numa altura em que eu estava tão desesperado, tão esfomeado... de comida, e ele era tão obtusamente egocêntico (ao jovem e esfomeado Brakhage também tinham sido servidas algumas ervilhas perdidas num luxuoso prato de 30cm). A namorada que trabalhava no MoMA tinha sido a ligação, esperava-se, a uma posição absurda mas assalariada, pondo em ordem as suas gavetas com milhares de recortes (bonecas de papel e divas do sec/ XIX... que poderá ter querido dizer “ordem”?) o que nunca funcionou, apesar de muitas “entrevistas” em que apenas Cornell falou, prolongadamente, de insultos subtis e de agravos que não lhe tinham escapado, por muito atenciosos que tivessem sido. Ela encorajou-me a mostrar-lhe parte do STAR SPANGLED TO DEATH, mas eu sabia que ele não lhe podia prestar atenção ou que teria ficado ofendido se o fizesse. A vez que levei Jack Smith comigo, odiaram-se à primeira vista. Bastará dizer que ele foi generoso à sua maneira, emprestando-me livremente filmes da sua magnífica colecção de maravilhas ignoradas como The Belcher Sisters, umas acrobatas encorpadas com equipamentos de ginástica brancos, hilariantemente apropriadas para um estudo da Kodak Analyst. TOM, TOM, THE PIPER’S SON cresceu – espontaneamente – desses maravilhados estudos de movimento, da mesma forma que STAR SPANGLED TO DEATH (SSTD) tinha saído do tranquilo teatro de rua ou dos “apanhados” com que eu e Jack nos divertíamos, desafiando os estupidificantes e encapuçadamente fascistas anos 50. “Deus” punha-me doente, mas tenho uma fé profunda no subconsciente, e da mesma forma que não reflectimos sobre o rumo dum sonho antes de o sonhar, eu não pensei muito no que iria fazer para lá de cada dia de filmagens, pensando que – tal como nos sonhos – qualquer necessidade premente do filme se revelaria por si. E assim aconteceu, embora eu não ache que isto seja forma de trabalhar para toda a gente. Montar o SSTD foi visionar muitos momentos de libertação desenfreada durante as filmagens que agora se iam colocando de uma forma sequencial, cada um no seu lugar. A ideia geral bastara. De alguma forma, eu sabia o que estava a fazer e onde queria chegar. Mas eu só viria a actuar em directo para um público, previsivelmente com um elaborado teatro de sombras, THE BIG BLACKOUT OF ‘65: THIRTIES MAN (a cidade tinha sofrido recentemente um deslumbrante e
Seduzido pela profundidade. Mike Snow e Joyce Weiland dão-nos um televisor a preto e branco, em forma de aquário de 9 polegadas [22,5cm] (aparece em THE WHIRLED). A Flo manda-me à loja comprar uma coisa. No balcão, um expositor nunca antes visto e nunca mais revisto: filas de óculos de cartão com brilhantes “Veja televisão em 3D por $1”. Solto uma risadinha e saio, dou meia volta e torno a entrar. Temos pouquíssimos dólares e a Flo diz: “Mais feijões mágicos, Ken?” (Soubera eu a que viriam os óculos dar origem e teria dito “Sim, sim! E desta vez, fico eu com o ovo de ouro!”) A imagem do televisor não se desdobra, mas acontecem suficientes momentos estranhos para me continuar a prender a ela. Um dia, é emitido um desfile (que se passava a três quarteirões dali) e eu chamo a Flo: “Funciona!” Na sua ânsia de adornar e complicar os óculos para fazer com que parecessem valer um dólar, os fabricantes tinham confundido aquilo que mais tarde vim a descobrir ser o Efeito de Pêndulo Pulfrich (ver o meu filme GLOBE, 1969). Teria sido melhor vender um quadradinho de plástico escuro com uma simples instrução: “colocar frente ao olho do lado em que os objectos mexem e manter os dois olhos abertos”. Desmontei os óculos e depois de muitas experiências descobri o que estava a resultar. O “Eye and Brain” de E.L. Gregory (obrigado, Jonas) explicaria como. Partilhava o desprezo vigente pelo 3D na sequência de BWANA DEVIL. Hans Hofmann sublinhara a primazia da superfície, nunca deixando de se referir à profundidade; estas aparentes contradições intrigavam-me. Um dia, ele disse, rindo-se: “As pessoas acham que o Mondrian é plano!” O Mondrian não era
plano? Eu teria tido vergonha de admitir perante Hofmann que um truque barato me estava a desviar das preocupações clássicas da tensão 2D/3D impelindo-me a “violar” a planura da imagem.
KJ
Mas algo se passava com os músculos dos meus olhos e eu sentia por todo o lado o impacto do volume. A profundidade estava a dilatar-se, ou melhor, a captação da profundidade, o vê-la a maiores distâncias (a profundidade contrai-se com a distância, e dilata-se com a proximidade; a diferença entre duas perspectivas que distem uma da outra 6,5cm é tão insignificante a mais de 7,5m/12m, que a maioria de nós não a distingue, por muito que pensemos o contrário). As anomalias espaciais começavam a tornar-se evidentes, quando os efeitos ópticos do movimento e da cor causavam lesões naquilo que eu sabia serem superfícies achatadas. E no entanto, Hoffman ia dizendo que o pior que um pintor podia fazer era “fazer buracos”. Era desejável ter uma leitura de sinais de superfície composta ou com profundidades múltiplas. Significantes subtilmente plantados que permitissem uma alternância entre a área sólida e a área aberta revigoravam a planitude da imagem. A efectiva criação de ilusões, tal como os pares pintados de Dali copiados de Kodachromes estéreo, estavam totalmente fora do grand concourse iniciado quando Cézanne começou a pintar o argumento das perspectivas do olho esquerdo e do direito que distendiam as suas loiça. Eu respeitava tanto Hofmann e as suas ideias, tal como as entendia, que passar a um ilusionismo 3D me parecia blasfemo. Ainda hoje, por vezes, digo ao meu público que o meu trabalho exige pouco deles, é demasiado provocador nos seus efeitos, privando-os da oportunidade de se relacionarem com um plano pictórico que, no seu instante eterno, contém todas as alterações e alternâncias de identidade simultaneamente na fórmula perfeita que compõe a sua superfície. Desde o início da década de 50, sem saber que outros faziam coisas semelhantes (quando soube, parei), eu ia criando pequenos Happenings. Não me refiro a espectáculos públicos, mas puramente para benefício dos seus poucos participantes, gente com uma sensibilidade artística. Acções estéticas sem objectivo, aparentemente surrealistas, mas nem por isso. Sendo as preocupações de cariz mais arquitectónico, eram danças que não pareciam danças, condicionadas pelo local, incorporando objectos aos quais era dada a mesma importância que às pessoas. O quotidiano com as sensibilidades activadas. Os acontecimentos pairavam no ar, talvez porque muito do que aquilo que na altura se chamava pintura contemporânea pudesse ser descrito como Action Painting, ou pintura de acção ou pintura gestual. A forma como a tinta se agarrava à tela canalizava a atenção em direcção aos movimentos corporais do artista que a punha lá. Fora ela pingada ou atirada? Imaginava-se o artista a deixar pingar ou a atirar. Uma trincha teria deixado um largo rasto ondulado por toda a tela? Isso trazia à ideia molhar o pincel num balde, o braço a oscilar, um antebraço musculoso. A tela reflectia actividade coreográfica. As aplicações da tinta uniam-se para dar forma à ideia plástica, ao mesmo tempo que narravam o drama da sua chegada lá, inclusive – o que é muito importante – a sequência da aplicação: esta parte foi pintada antes ou depois – e está debaixo ou por cima – desta ou daquela parte contígua? A diferença poderia originar uma revolução... na ideia de cada um sobre o que era o quê e onde estava a profundidade. Era como estudar a cena dum crime e ter mais do que uma ideia plausível do que poderia ter acontecido. Os desenvolvimentos na pintura tinham
[KJ] Ken Jacobs
surrealista corte de energia generalizado) quando Jonas Mekas apresentou em 1965 a série Expanded Cinema. O nosso amigo Noel Sheridan era um pintor com formação em teatro irlandês e prontificou-se a fazer de sombra do Thirties Man, com a elegante Flo a dançar na retaguarda no papel de Sua Namorada (His Girlfriend). Ensaiámos assiduamente no nosso loft de Ferry Street, junto à Brooklyn Bridge. Não houve, contudo, oportunidade para um ensaio geral no local. Partilhando uma noite repleta de outros eventos (dá para acreditar? Joan Miró apareceu, minúsculo e rosado, mas só ficou para a peça do Paik) pendurámos rapidamente o nosso ecrã de papel frente ao público que esperava, e depois, já apressadamente, colocámos as luzes e os acessórios e dispusemos os actores. Chegara o momento: as luzes do teatro apagaram-se e... não conseguíamos ver nada. Total escuridão. Onde estavam os meus interruptores? Andava às apalpadelas no chão do palco a murmurar “merda... foda-se... porra...” O Noel mantinha serenamente a sua pose inicial. A total escuridão era algo que não tinha acontecido durante os ensaios, nem sequer estávamos preparados com uma lanterna. O nosso adorado e charrado assistente Al Valentine acendeu o isqueiro e lá começámos. Tantos erros. Eu tinha de chamar repetidamente o Al para que ele prestasse atenção às deixas, pois ele ficava pasmado perante a acção no ecrã. Finalmente, o Noel e a Flo fizeram a sua vénia-sombra e eu arranquei e amachuquei o papel e fugi com ele, mortificado. E contudo, quando o público voltou a ver-me, foi para me dizer que tinham adorado. “Mas não viram no ensaio...” Passou-se um ano e meio antes de termos outra oportunidade de actuar, e tivemos de reaprender tudo, pormenor por pormenor, sobretudo pela mão do Noel que, de alguma forma, recordava todos os seus movimentos, e que viria mais tarde a encenar uma versão da peça na Austrália. Ah, teatro de sombras... É duma intensidade laboral tremenda e quando acaba, acabou-se. É como encenar um filme em tempo real e depois não haver filme.
117
KJ
bastante significado na altura; as artes tinham menos gente, tinham muito menos áreas; era mais provável que um intelectual fosse um ou uma renascentista, uma vez que era ainda possível acompanhar o queía acontecendo. A vida era mais barata. Os senhorios ainda não tinham conspirado com os políticos para apertar o cerco, as politicas proteccionistas do New Deal ainda estavam em curso e as pessoas não viviam para pagar a renda. A televisão era imprópria para consumo, portanto havia muito mais tempo para saber quem era o tal Dylan Thomas. Acredito que a tela, como um registo de performance, conduziu aos Happenings. E que os Happenings, para mim, uma pessoa que estava entre a pintura e o cinema, conduziram ao STAR SPANGLED TO DEATH como forma de incorporar muitas dessas acções num master-design. Mais tarde, viria a considerar TOM, TOM, THE PIPER’S SON como o “local do crime”. O processo avançaria ainda mais no território do receptor com as performances fílmicas Nervous System. A abstracção (vêem como a palavra “acção ali se encaixa?) – tal como foi conseguida por aqueles artistas que, juntamente com Hofmann, me serviram de padrão ao estabelecer os objectivos do consciente profundo que viriam a determinar as minhas escolhas – seria alcançada com a Nervous Magic Lantern.
[KJ] Ken Jacobs
Eu vi algo a acontecer na pintura e fi-lo acontecer em tempo real. Algo sugerido, implícito, que eu explicitei. Serei eu um arrivista do 3D? Suspiro. Alguém tinha de o fazer.
118
Uma história divertida e intensamente embaraçosa. Cerca de um ano depois de ter deixado de ter aulas com Hofmann na 8th Street (voltaria a estudar com ele em Princetown, onde viria a conhecer a Flo), encontrámo-nos por acaso em Bleecker Street. Eu não tinha um tostão, estava seriamente esfomeado, sem namorada, derrotado. Tê-lo-ia evitado, se o tivesse visto, porque de uma maneira geral sentia-me indigno até de falar com ele, este homem que sabia coisas e que trabalhava enquanto que a minha vida era um caos. Ele era grande e tinha um espírito enormemente generoso, e eu não consegui lidar com aquilo que na altura senti como dominador e resisti-lhe. Quando ele, sorrindo, me perguntou o que andava a fazer, eu respondi que estava sobretudo a trabalhar em película (claro, quando conseguia comprar um rolo de película virgem) e depois saiu-me de chofre: “Acho que é o meio dos nossos tempos”. (Ver Dostoevsky Notes From The Underground, para uma análise desta mentalidade) Hofmann, que eu penso que teria pena de não ter filhos, disse, mantendo a serenidade: “Óptimo! Quando se é jovem, pode-se fazer tudo.” Em 1969, arranjei uma forma simples de projectar sombras em 3D, volumosas sombras coloridas, altura em que leccionava em Binghamton, com bastante espaço, um enorme ecrã de borracha translúcido e com alunos a quem podia gritar por não chegarem aos ensaios a horas. Houve quem pensasse que o puro prazer de fazer teatro de sombras em 3D (vaudeville óptico-auditivo) me deixaria radiante, mas quatro acontecimentos muito próximos tiraram-me o entusiasmo: graças a um descuido, um espaço ideal que me fora reservado para apresentações em Read Street ardeu; graças às manigâncias dum advogado vigarista fui forçado a sair dum dos espaços de Nova Iorque e os pais da Flo conseguiram forçar-me a largar outro (não queiram saber os pormenores), e depois quando a Yoko Ono e o John Lennon se preparavam para encenar um espectáculo de sombras num teatro
como deve ser, o FBI foi chateá-los, decidido a deportar o John. Saíram daquilo muito magoados e retiraramse e – abalado como eu já andava – aquilo foi o ponto final no The Apparition Theater de Nova Iorque. Muito de vez em quando sacudo as velhas sombras e dou um expectáculo à noite, mas nem sei dizer com que frequência, quando passo pela cidade e vejo uma tabuleta a anunciar o aluguer dum espaço, penso: “Que local perfeito para um teatro de sombras”. O David Schwartz convidou-nos a dar um espectáculo na AMMI (American Museum of the Moving Image), por isso talvez as sombras voltem a erguer-se do seu sono. O THE BOXER REBELLION começou com uma projecção de slides 3D – o público usava óculos com lentes Polaroid – de antigas fotografias estereópticas da sangrenta insurreição com o mesmo nome e de tableaux semelhantes de meninos-soldados. A música era de Benjamin Britten, a Serenata Para Tenor, Trompete e Cordas. Depois da projecção estéreo, cada imagem era novamente projectada em 2D (apenas com uma das duas lâmpadas de projecção) contra uma placa coberta por tinta luminescente, que preservava a imagem temporiariamente. Foram espalhadas cerca de uma dúzia destas placas entre o público, para que pudessem observá-las de perto. Seguido por um pequeno filme a cores dum mágico chinês e depois por um teatro de sombras particularmente colorido ao som duma música de percussão comemorativa chinesa: a Flo, a Helene Kaplan e a Nisi, de 7 anos, a preparar comida, cortando alface num grande plano 3D e por aí fora, com odores suculentos precedendo a sua (delas) emergência do reino das sombras carregando tabuleiros de crepes chineses quentes com mostarda picante – o que teria forjado o reino das sombras? – (mas que, na verdade, tinham vindo de Chinatown) para que o público pudesse comer e apreciar consumíveis picantes feitos de sombra. Há um artigo pormenorizado, “SLOW IS BEAUTY”, RODIN no The NYU Theater Drama Review (Dorothy Pam, Volume 19, Número 1, Março de 1975). Nele, os nossos filhos comeram esparguete 3D com senhoras nuas e galinhas vivas (tive de retirar as galinhas, por causa do cheiro e porque as coitadinhas eram manufacturadas e condicionadas pela indolência da gaiola). No jogo de sombras houve sempre espaço para crianças de 12/18 meses e para animais pequenos. O grande momento animal foi em 2000, num festival de sombras na CalArts, quando uma cria de King Kong (sendo o seu tamanho aparente maleável pelo jogo de sombras), projectada de baixo para cima, lançou um caudaloso jorro de mijo sobre um público aos gritos, uma vez que o teatro de sombras em 3D é uma experiência envolvente e não apenas algo que acontece lá à frente. Quando o Walker Art Center conseguiu que lhe emprestassem dois macacos-aranha, o público entrou e partilhou o interior das suas jaulas, opticamente aumentadas de forma a preencher toda a sala. As senhoras nuas: uma logo atrás do ecrã e a outra à frente dele, do lado do público, num teatro – temporária e ilegalmente - inteiramente às escuras. Eram quase idênticas em constituição, na suave iluminação 3D, e o público com óculos Polaroid viu as silhuetas das mulheres – uma delas verdadeira e a outra uma projecção – fundir-se silenciosamente numa mulher de sonho com vários membros e duas cabeças em espontâneas poses artísticas. Em 1975, comecei o Nervous System um sistema de filme-performance e isso manteve-me ocupado muito tempo, sendo o último trabalho UN PETIT TRAIN DE PLAISIR, 1998. (Há um artigo excelente no 5º número
Rigorosos e exigentes, geralmente construídos em torno de sardónicas observações sociais e por vezes simplesmente difíceis de absorver, eles atraíam um público limitado, se bem que dedicado. (Já me aconteceu por duas vezes estar a representar e ter um membro do público mais velho virar-se para mim e perguntar em voz bem alta: “Por que estás a fazer isto?”) Eu costumava ler durante os períodos mortos, deixando esmorecer o meu investimento numa peça que não conseguia arranjar sala, por vezes durante meses, e depois – o id nunca aprende – dispunha-me prontamente a criar uma próxima. Sim, é mau, dizia para comigo, mas no to mau com ser banido num gulag! A negligência bem intencionada permitia-me trabalhar, o que já não era mau, e com os preços dos laboratórios cinematográficos cada vez mais proibitivos, lá ía conseguindo fazer passar found-film pelos meus projectores . O meu flop preferido era esvaziar o Queens Museum, à excepção de um sujeito que ficava sentado ao centro e de um jovem casal na fila da frente, mas dum dos lados, obviamente os piores lugares para ouvir ou ver em estéreo. Quando acaba, o tipo levantase e vira-se para mim, abanando lentamente a cabeça dum lado para o outro. O casal deixa-se estar, depois sai pelo lado, a jovem amuadamente rumo à saída e o jovem dirigindo-se a mim acompanhando a última fila em que eu me tinha instalado. “Professor Jacobs”, diz-me ele, “tenho um incompleto consigo”. O pior momento foi quando, após uma sessão com pouquíssimo público do THE PHILIPPINES ADVENTURE: MAKING LIGHT OF HISTORY no Museu de Whitney (comissariada por John Hanhardt, um apoiante do Nervous), uma pessoa que me era próxima, não um artista, sugeriu que eu abandonasse esta “actividade auto-demolidora”, como se a busca não fosse mais do que um desvio em direcção ao fracasso, um tique neurótico, sem qualquer proveito.
Fui abordado por um sujeito quando estava junto ao sistema de projecção do meu Nervous Magic Lantern após um espectáculo recente com muito público (estava a impedir que alguém o pudesse estudar; sim, o fulano decidido a expor o mecanismo quer investigar a sua descoberta sem se sentir rodeado de pessoas). Ele disse-me que não via algo que efectivamente alterasse a sua ideia de como o cinema podia ser desde que tinha visto algo que eu fizera há uns 25 anos, e recordou-me quando eu cortara pedaços de filmes descartados de 35mm e os pendurara entre árvores ao nível do olhar das pessoas, de forma a que estas pudessem vê-los de perto. Presos aos filmes estavam visores 3D em cartão que podiam deslizar dum lado para o outro de forma a emparelhar fotogramas (vistos de lado, um primeiro passo para a desorientação) a uns 6cm de distância uns dos outros, formando imagens em estéreo (uma perspectiva vezes a outra é igual a infinito) que não faziam qualquer sentido espacial. Em vez do ordenado e consistente salto para a profundidade que nós experimentamos com os nossos olhos adjacentes, que reportam à mente intermediante semelhanças e diferenças nos seus campos de visão paralelos, isto era uma profundidade criada pelo movimento da própria câmara de filmar entre fotogramasexposições, ou/e deslocações na posição relativa de cada um dos objectos filmados, com um periodo de tempo que substituía o espaço entre os dois olhos. Era o tempo visto como profundidade, sem que fosse revelado qualquer respeito pela forma como as coisas normalmente se colocam uma por detrás da outra, desde quem vê até ao horizonte. O corpo é tão inocente! É tão fácil induzir em erro os seus mecanismos confiantes. Dependemos do seu condicionamento para passar pelos dias com o mínimo de atenção. Dizemos-lhe “Chinatown” e dentro de uns minutos estamos lá; “Respira. Dorme. Faz-me subir a escada. Cérebro, deduz um mundo em 3D a partir destes pares de imagens em 2D que te são mostrados através desta combinação de olhos brilhantes. Testículos, regenerem a espécie. Está bem, corpo vamos para casa” e o corpo lá vai fazendo tudo, enquanto nós, observamos de cima, empoleirados, quais turistas num safari. O bebé tem de aprender que as formas continuam apesar da visão que temos delas poder ser interrompida por outras formas que estão mais perto de nós. Adaptamo-nos a uma manta de retalhos de formas interrompidas e que interrompem, inferindo a totalidade de cada uma (o bebé tem de aprender que existem corpos discretos e a ter um conhecimento fundamental dos elementos que ao moverem-se, ou ao mover-se o bebé, mudam de forma; o pai e a mãe e o cão e o gato, as cadeiras e a mesa, e as divisões da casa que mudam constantemente. Não admira que o bebé, atirado de repente para o meio de isto tudo, observe tudo avidamente ou desate a chorar). A profundidade do tempo poderia baralhar as posições de forma a que os pedaços de objectos que julgámos fazer parte do plano de fundo podem aparecer à frente dos objectos do primeiro plano, e os sólidos poder-se-iam abrir para permitir que outras formas os ocupem, dependendo – nesta visão lateral do cinema – do movimento fortuito para cima ou para baixo de objectos registados frame a frame em relação a outros objectos cuja posição não foi alterada. Olhando através de um visor stéreo vimos explosões suspensas (“Mantenha-se nessa explosão, por favor.”) mas não muitos o fizeram, optando por encarar a disposição, suponho, como se fosse uma espécie de festejo Dada por parte das árvores. Dos que
KJ
[KJ] Ken Jacobs
da Cinematograph da San Francisco Cinematheque, SENTIENCE, organizado por Peter Herwitz, a que se segue uma transcrição duma grotesca discussão com comissários do Flaherty Film Seminar na sequência de uma apresentação de XCXHXEXRXRXIXEXSX no A Critical Cinema 3 de Scott MacDonald.) As primeiras peças Nervous System eram variações adicionais sobre TOM, TOM em que se recorreu a um obturador entre frames semelhantes. As figuras em XCXHXEXRXRXIXEXSX pareciam recortes em 2D num enquadramento 3D, interessante por si só, mas seria o o obturador giratório de Alphonse Schilling que viria a introduzir volumes redondos e voluptuosos e muito mais. O Alphonse vivia perto, na Broadway (eu ia e vinha todos os dias de Binghamton) e durante algum tempo parecemos produzir trabalhos única e exclusivamente para o prazer um do outro. Trocávamos descobertas técnicas, e quando o manusear do Efeito Pulfrich conduziu o Alphonse ao obturador exterior, desenho standard dos primeiros projectores, ele instou-me a aplicá-lo aos meus projectos. Apresentei então um trabalho, SCHILLING (o título declarava a minha dívida para com ele), e ele passou-se, dizendo: “Só quis dizer que podias usá-lo no teu estúdio”. Ele disse que trabalhava como cientista e que eu era um showman e previu, correctamente, que viria a ser o meu trabalho que iria ficar ligado, na cabeça das pessoas, à descoberta dele. O Alphonse tinha andado a dar aquilo a que ele chamava “demonstrações”, umas palestras ilustradas deliciosas e espantosas, usando o obturador com slides estéreo, mas – trabalhar com pedaços de filme nunca pretendera produzir fenómeos estéreo – eu estava a criar sinfonias. E não tencionava parar. Dois colegas chegados separaram-se assim, tendo o Alphonse regressado a Viena onde teria um considerável sucesso.
119
KJ
de facto olharam, a maior parte apenas deu uma vista de olhos, e afastou-se sorrindo, simpáticos como eram. Poucos “perceberam” e ficaram o tempo suficiente para “disfrutar” dos pormenores de uma nova forma de ruptura. E isso é outro problema enorme da performance: com que frequência as pessoas têm a oportunidade de ver e ajustar-se às nuances da nossa inovação? Ou continuamos a inovar, a tentar, com a sorte de ter alguns colegas que nos acompanham deixando para trás espectadores casuais ou não-iniciados completamente atónitos. Cito “Quando comecei era pobre e obscuro e havia onze pessoas interessadas no que eu fazia, Agora sou rico e famoso no mundo inteiro e há onze pessoas interessadas no que faço.” Picasso disse isto e ele produzia objectos que perduram.
[KJ] Ken Jacobs
Por isso é bom saber, de vez em quando, que uma destas coisas aterrou bem junto a alguém que não pertence à família mais chegada, que não é colega nem amigo. E é participar, pelo menos, no projecto comum que é expandir a mente, por oposição ao projecto corporativo de tornar-nos todos tão estúpidos quanto George W. Bush.
120
O ensino forneceu-me um escape constante para as minhas ânsias performativas. Alternadas com discussões, havia longas sessões, que chegavam a ter quase três horas, onde ensinava através da selecção e da justaposição de elementos sonoros e de imagens, tanto de filmes completos como de secções, e até de fragmentos, juntamente com slides e até com alguns sketches ao vivo.Quando era professortrabalhei com o poeta Milton Kessler num curso intitulado The Joy Of Cinema (Milt era outro proletário insensato que continuava a querer ser uma espécie de estivador erudito), um dia a lição implicava que o Milt se pusesse debaixo de uma pequena lâmpada, com os seus ombros descaídos, a cabeça caída, as mãos dispostas como se empurrassem – mas sem empurrar – um carrinho de supermercado. A ideia era criar oportunidades para a aprendizagem heuristica, por oposição à indoctrinação, criando cine-constelações dentro das quais a mente viva pudesse relacionar isto com aquilo, aquilo com isto, sendo muitas vezes um tomar de pulso sem mensagem, uma estruturação trazida de STAR SPANGLED TO DEATH. (Uma projecção verdadeiramente completa de SSTD incluiria essas centenas de aulas loucas. Recordando-me que Jack tinha concordado que, quando SSTD fosse exibido, que ele abriria e fecharia as cortinas, com 20 minutos dados a cada um destes grandes acontecimentos. Recordando-me que a adição da radio ao vivo que as instruções de projecção de BLONDE COBRA requeriam, era outra incursão do cinema na performance.) Um dos livros deste curso era Art As Experience de John Dewey. Uma consequência maravilhosa foram os eventos The Didactic Theater Of Gibberish dos antigos alunos Jim Hoberman e Bob Schneider, um vaudeville de projecções stop-and-go nas quais (Jim, magro e com o seu blusão de cabedal, e Bob, desmazelado, grande e delirante) praticavam a sua paixão por Samuel Fuller. O Departamento de Cinema, por muito que valorizasse o cinema metrico de Kubelka, o romantismo épico de Brakhage, estava mais do que receptivo a estas obras indefinivelmente mutantes. Incluindo uma performance que Larry Gottheim e eu teríamos de inteligentemente defender como sendo para-cinema tal como aconteceu quando Peter Kubelka sugeriu que convidássemos Hermann Nitsch para encenar o seu teatro-arte no campus. Hermann, anti-fascista apaixonado (sabia do que falava), acreditava que a evolução
do rito pagão para o simbolismo cristão tinha “tirado o coração ao ritual” e que nós, que nascemos em sangue, precisávamos de ser, periodicamente, lavados em sangue – literalmente em sangue de cordeiro – senão recorreriamos à violência e à Guerra para satisfazer esse desejo suprimido. Isto era teatro delirantemente orgiástico, frenético e visceral, cujo objectivo era provocar sobrecarga nos sentidos e catarse. Foi um escândalo em Binghamton. (O pior foi para o inocente Dr. Nitsch, o veterinário cujo consultório ficava na mesma rua da faculdade, que foi confundido con Hermann.) Tecnicamente, era o início dos anos 70 mas de facto ainda eram os anos 60 (eu leccionava uma cadira chamada Mamas Naturais (Natural Breasts)). A resistência à desonestidade da América, ao racismo,e à sua tentativa para se apoderar do Vietname estava no auge, as cidades estavam ao rubro. Para Binghampton, na zona industrial, que era fervorosamente a favor da Guerra e contra os estudantes (“gente de Nova Iorque, uns maricas, drogados, judeus, comunistas que gostam de pretos”) nós representávamos a contra-cultura. Eu estava há dois anos em Binghamton (era para estar três) quando a confusão levou o presidente Dearing a terminar o meu contrato (o filho devia ser artista, é a única forma de entender o que se passou). Kubelka envolveu o evento de Nitsch na sua própria apresentação, exibindo os seus filmes, incluindo UNSERE AFRIKAREISE que mostravam a matança de animais tanto para comer como por desporto e depois falava sobre cinema e comida (“a carne deve ser fresca, a perna de borrego cortada deverá estar ainda viva para poder funcionar como comida…”). Num quartel de bombeiros com grandes fogões pretos alugados para a ocasião pelo Departamento de Cinema, ele cozinhou um banquete que incluia o animal morto para – e não por – Nitsch que durou a noite inteira, cada prato dos muitos e muitos que se cozinharam anunciado com uma explosão de música sinfónica. Completamente cheios, alguns de nós ficávamos a tremer com o som mas Kubelka – como bem sabemos – pode ser muito persuasivo. 4:30 da manhã, o vegetal! Cozinhado em manteiga torrada, pois. Era de madrugada e prosseguiamos, como se fosse um Fellini – em direcção ao jardim zoológico de Binghamton, para nos maravilharmos e para prestar homenagem aos nossos primos vivos. Os meus projeccionistas-estudantes compreendiam exactamente o que eu queria quando em 1972 chegámos a Manhttan para exibir A GOOD NIGHT FOR THE MOVIES: The Fourth Of July by Charles Ives by Ken Jacobs no velho Bleecker Street Cinema na 8th Street. Gastei uma bolsa de $300 alugando por $10 dólares cada filme, e mais uns que saíram gratis, a maior parte eram filmes de segunda a preto e branco, quase todos de homens com fatos brancos e chapéus de explorador, basicamente o mesmo filme feito uma e outra vez, com mudanças na locaização da planta da borracha, belezas nativas não domesticadas, miúdos engraxadores recrutados por um dia para se mostrarem surpreendidos ao lhes ser ordenado que penetrassem profundamente na selva proibida feita com imagens de arquivo; em alguns casos, no entanto, quem fazia isso era o mesmo actor que fazia de líder tribal, moreno e mau e com sotaque britânico. Os trópicos de Ersatz emitidos a partir de quatro projectores de 16mm que se alternavam, com duas ou três imagens de cada vez mostradas extremo contra extremo, com bandas sonoras sobrepostas, numa confusão que explicava tudo. De uma forma geral,
SPITTING IMAGE também foi apresentado um total de uma vez no The Collective For Living Cinema. Eram alternadas duas imagens-stéreo, um vaivém volumes de imagens relacionados que tendiam a agarrar-se uns aos outros criando uma metamorfose 3D momentânea durante as mudanças... Só visto. (Não posso ser o único a trabalhar semanas, e às vezes meses, em peças que obtêm uma única exibição. Tem de ser a sina de poetas, compositores, bailarinos, de quase todos os performers da arte maior num momento de poucas exigências, quando as coisas que são extremamente promovidas - na economia da atenção – têm de retirar a atenção de, ao mesmo tempo que a direccionam para. O boca a boca não pode competir com tanta treta. Como, então, explicar a vontade de continuar? A invenção é tão interessante! Basta lembrarem-se como era bom andar à chuva e a felicidade de brincar sozinho com blocos de construção ou com bonecas. THE GUESTS foi uma instalação sincronizada com projectores de slides que nunca encontrou um lugar de apresentação em Nova Iorque (quer dizer, para ser recriada como video) para a qual montámos frames de um filme sobre um casamento dos irmãos Lumière, e os restantes frames eram da obra de Nervous System, COUPLING. Os convidados do casamento - mortos/vivo naquele preto e branco especial dos filmes antigos – seguiam em frente, uma longa pausa entre mudanças de frame, subiam as escadas da igreja, passando a câmara, alguns olhavam nessa direcção, mas ainda sem terem a sensação de estar a ser “apanhados” pela câmera, sem saberem que viriam a ser observados, examinados, um século depois. As suas imagens 3D produzidas artificialmente, obedecem intermitentemente, e depois desobedecem sólidas como se estivessem contra a etiqueta dos espaços abertos. Um cavalo no fundo aparece em miniatura pairando ao lado de um rosto em primeiro plano (flash: a Galeria de Maya Stendhal apresentou THE GUESTS em fevereiro de 2005 com música de Jacques Offenbach, interpretada por Nisi Jacobs). Alguém se lembra da série de página inteira de Muybridge em movimento de FROM MUYBRIDGE TO BROOKLYN BRIDGE com todas as fases em movimento ao mesmo tempo? As estranhas mudanças esculturais às figuras compostas de Marey?
O frágil Jerry Sims, forçado, pelo poder dos dólares, a estar de pé numa cadeira mal equilibrada num espaço negro no meio do público enquanto lanternas finas de luz estreita se movem sobre e à volta da sua cabeça e das suas mãos e da sua roupa engelhada e enorme. Isto enquanto se recita um poema meu, “Give Me The Moon Anytime,” o pessimismo amargo de Sims (impresso no catálogo da AMMI da minha retrospectiva de 1989) levado ao extremo e até ao absurdo.
KJ
TOPOGRAPHY OF CHINA: mais uma vez um espaço preto; a luz de uma lâmpada suspensa que mal chega à superficie de um latex branco. O motor de um avião faz ruído enquanto uma mulher nua por trás do pano se vai virando lentamente, pressionando-se levemente contra o pano e é também lentamente que vai removendo partes de si mesma do contato com o pano. Do seu imaginário vôo, a audiência vê ilhas e arquipélagos erguerem-se em proeminências brilhantes para de seguida desaparecerem, afundando-se para serem substituídas por outras, aeons da história topográfica condensados em minutos. CONSTELLATION. O mais preto dos espaços pretos, sem nenhuma fuga de luz. Sem tecnologia, apenas com palavras ditas de forma básica dirigindo a nossa atenção às areas de pressão corporal à sola dos pés contra o chão, traseiro contra o assento, um pedido para que cada um determine as formas destas ilhas de sensações, a sua direção e a distância a que estão umas das outras colocando fora da mente a imagem que temos do nosso corpo. Nenhuma obstrução reconhecida entre as ilhas de sensações. Para se sentir e se colocar no contexto espacial, uma andorinha. A nossa respiração passando pelas fossas nasais (enquanto nega a existência de fossas nasais). Ouvindo a minha voz como se fosse apenas um outro tipo de sensação, o seu carácter volumétrico e a localização em relação à crescente constelação da percepção. Peço aos participantes que se levantem, lentamente sempre muito lentamente, e se coloquem em posição erecta, capturando cada uma das sensações que vão tendo, não no seu corpo, mas no espaço. Virar-se um pouco. Estender um braço.... Localizar e estudar a dor. Mantenha-a em mente enquanto faz um inventário das outras sensações. E assim por diante até que finalmente uma pequena ilha ou duas de luz seriam unidas à constelação, mas não como luz, novamente como uma sensação sem nome. Eu ía pela sala tocando levemente cada pessoa, movendo-as suavemente para trás no sentido do desequilíbrio.... mantendo-o.... depois encaminhando-as para a frente outra vez.
[KJ] Ken Jacobs
os filmes passavam do princípio ao fim mas com os projeccionistas mudando de filme para filme arbitrariamente, mudando uma bobine enquanto as outras prosseguiam, eventualmente usando outro dos muitos filmes disponíveis para passar mais uma cena e assim aproximarmo-nos das 24 horas de projecção – altura em que tinhamos de acordar quem adormecia no chão do cinema para que não perdessem o fim – muitos filmes contribuiram por sua vez para o nosso tépido mas extenuado climax. (Só agora me apercebo que isto era uma continuação para ROSE HOBART.) Não havia outros espectadores a não ser os meus alunos e alguns amigos convidados e quando alguém se lembrou de pôr un cartaz na porta a convidar os transeuntes eu virei-o ao contrario, não fosse a ocasião ser trivializada. De facto, era o trabalho como acto que era mais importante para mim e originalmente tentei colocar projectores em vários telhados emitindo para o céu, em direção ao espaço, o que em parte era como um “Olá!” vazio e desesperado que devolveria antigas estrelas do cinema ao seu lugar de proveniência.
Uma coisa bastante estimulante. Mas não tanto como dividir uma turma em dois e de volta à escuridão, fazer os membros de um dos grupos fazer massagens criativas na cabeça dos membros do outro grupo (as diferentes sensações iluminando a escuridão dentro dessas cabeças.) Sou assaltado por uma ideia para uma performance de sombras em Belmont, Washington, onde o corpo discente consistia em gigantes com uma média de 1,85m, homens e mulheres. Distribuí um par de centenas de pennies e ficámos num grande pátio do campus rodeados de arcos iluminados pela luz da lua. Uma acústica maravilhosa e involuntária, o Stradivarius dos pátios de campus. Um ou dois ou três de cada vez, fizémos rolar as moedas pela grande superfície do instrumento e ouvimos, de onde quer que estivéssemos, o ressoar das moedas durante as suas longas travessias.
121
KJ
Na Universidade de Columbia fiz um curso que incluía levar os estudantes, rapazes e raparigas, às casas de banho dos homens para um tour de sensações audiovisuais provocadas pelos reflexos dos espelhos e pela disposição dos azulejos que incluía também escutar os autoclismos na escuridão; Que descargas sensacionais! Toda uma linha de autoclismos a reverberarem nas paredes de azulejos. Deus bem sabe que oportunidades como estas não crescem das árvores. E pensando bem…
[KJ] Ken Jacobs
Divertido mas não frívolo, nunca fiz coisas como o tour das casas de banho sem a perspectiva de obter uma recompensa estética/experimental. A aprendizagem tinha de ser experimental, não ser sobre arte e ser mais sobre o encontro com a coisa propriamente dita, onde quer que estivesse. O teatro de rua com o qual eu e Jack nos divertiamos, tinha sido uma ligação ao potencial teatral de todos os lugares estranhos aos quais a praticalidade nos tinha levado, era a consciência desafiadora a dizer às nossas armadilhas existenciais, “apanhados!”. (The Bus That Caught A Man; saio do autocarro, quando me viro e ouço Jack a gritar, “Ajuda! Ajudem-me! Fiquei apanhado!” Jack está pendurado da porta traseira aberta, com as suas longas pernas a abanar impotentes. Mas o autocarro na realidade não o apanhou; ele está agarrado com os dedos a uma saliência por cima da porta. Uma pequena invenção. Já tenho escrito sobre a nossa revista Human Wreckage Review, de curta vida e fechada pela policia, um vestígio da qual pode ser visto na sequência Death Of P’Town em THE WHIRLED.) Uma justificação para qualquer espécie de cine-maquinação, cine-situação estava no que nos trouxe em termos de refinar a nossa investigação sobre a sensibilidade para apalpar, mmm, delicioso, ugh, doloroso, um prazer de circunstância, casual ou planeado.
122
Esta técnica impediu-me de dar em maluco quando fui preso durante um protesto de guerra em Washington DC (um polícia negro tentou que eu concordasse com as suas declarações anti-EUA) quando me fizeram estar de pé durante horas num espaço com luz intensa e sem janelas feito de tijolo e com as dimensões de um caixão vertical, com os pulsos presos atrás das costas por cadeias concebidas para apertar quando puxadas e para nunca se soltarem. Dominei o pânico activando o fascínio e observado minuciosamente aquele espaço estreito, consegui sobreviver, mas claro que isto foi apenas o pequeno aviso que a América reserva para os seus ‘freedomlovers’ fora de linha, não foi Guantánamo. “Culto de sensibilidade”? Claro. Sentir, tal como ensinava, era uma forma acrescida do pensamento. Em comum com a resistência política tinha o humano, o ser contra o brutal e a brutalização. A essência da cultura corporativa é a publicidade, o encher agressivo e o entupimento da mente. O inimigo quer-nos atordoados, inertes, disponíveis para nos manobrar como quiser. Arte (enquanto experiência) é a mente por conta própria, o ego a estender os seus ramos hiper-sensíveis até ao onde-quer-que-estejamos, de onde acenamos e dizemos “Aqui, vejo qualquer coisa aqui!” e trocamos segredos. Ficamos familiarizados com as possibilidades. Tornamo-nos... difíceis. Que as nossas obras resistam à mercantilização do que é “hype” é um bónus, talvez, pressupondo que a pessoa tem alguma outra fonte de rendimento que não seja uma humilhante traição aos seus princípios. Não se fala o suficiente da escuridão. Muito do que eu faço tem como protagonista a escuridão. Não poderia fazer o que faço sem a doce escuridão, que tudo abraça. Falei com o Fred Worden sobre trazer
para o primeiro plano os intervalos escondidos de escuridão durante a projecção - dar-lhe um papel, tal como nas minhas obras Nervous, como nas do Fred, do Tony Conrad, Victor Grauer, Peter Kubelka, e se a isso juntarmos feixes de luz, vemos coisas que nunca foram vistas antes. “A inovação radical está morta, fala uma língua privada.” O crítico de cinema Andrew Sarris acreditava nisto. Nicholas Ray chamáva-nos masturbadores. Bom, o que pode uma pessoa fazer quando a sua arte evita os caminhos da comunicação como se fosse veneno porque acha que estão contaminados por todo o lado pelas técnicas da persuasão? E quando a necessidade não é só que se diga qualquer coisa – quando isso é permitido pelos factores à mão – mas que seja algo verdadeiro para com a sua própria lógica de energias. (Havia uma revista expressionista-abstracta chamada IT IS (É), e não IT MEANS (Sifgnifica) ou IT’S ABOUT (É Sobre). Mas porque eu trabalhava com filmes encontrados - factos históricos agrestes – e porque passo os dias escandalizado pelos falsos poderes, muitas vezes pude criar estética e observação social em conjunto, algo que não acontecia tão depressa com a Nervous Magic Lantern que é cinema sem película ou sem electrónica.) A inovação radical não é um efeito especial para destruir ou reforçar a mentalidade tradiconal. Mais do que obrigar-nos a reprogramar a mente, permite-nos ver que pensamos de acordo com um programa, arbitrariamente, qualquer um dos que nos foi impingido porque estamos aqui e não ali, agora e não há bocado. Refrescantes e socialmente anárquicas, as artes individualistas oferecem ao indivíduo a oportunidade de viajar entre conceitos, uma espécie de centro activo, para cá e para lá, com cada expressão artística, uma outra forma de ter toda a razão, e isto, penso eu, pode trazer modéstia e sanidade ao indivíduo. Ontem vi a magnífica produção dos estudantes de Juilliard de L’ENFANT ET LES SORTILEGES de Ravel, uma obra que eu pensava que só se podia encenar como teatro de sombras. Foi tão espantoso como quando vi pela primeira vez ZERO DE CONDUIT (bom, quase) e HAPPINESS de Medvedkin. Senti-me vivo até à ponta dos dedos (haverá melhor critério?), tanto talento e vitalidade e beleza juvenil juntos num super-climax e soube depois que por apenas três apresentações! Estão malucos? É este o estado da performance? Uma espécie de cerimónia potlatch? (Um exemplo da minha raiva habitual: Por momentos pensei, Aqui temos este encontro multicolorido de inteligência superior, aqui na América, ao mesmo tempo que os perguiçosos e os pobres da América estão a destruir o Iraque; isto deve ser um pouco como foi para um artista/intelectual praticante poupado pelo regime de Hitler. A questão que se põe: será que os logros da arte são a refutação humanista deste tipo de regime, ou a validação, quando o regime a pode por ao peito como se fosse uma medalha?) E quanto à masturbação, li que o Busby Berkeley tinha as ideias para os seus números de dança enquanto tomava um banho de espuma. Inspirado, ele inspirava. Quem sabe se não devo a minha vida à propagação de água gerada pelos repuxos de “By A Waterfall”? Quando era teenager e estava com gente da minha idade nem sequer sabia quando devia falar. Havia algum sinal para enviar e outro para receber? Um código subtil do tipo “Recebido, câmbio” que os miúdos mais populares conheciam à nascença? Então eu não falava, gaguejava, e dizia a coisa errada no momento errado, fazia tudo mal. Ontem uma senhora que estava na mesa ao lado no restaurante tailandês perguntou-me
Inovar em 3D significou meter-me num sítio onde até os entendidos tinham acumulado pouco discernimento. Ao não verem nada, pensavam que não estava a conseguir nada. E dada a limitação de oportunidades para a familiarização e para a construção de conhecimento, a maior parte do que eu fazia enquanto performance – há mais de 40 anso - passava-lhes completamente ao lado. Como alguém disse resumidamente em resposta a OPENING THE NINETEENTH CENTURY: 1896, apresentado primeiro como performance antes de ser um filme “Sim, vi – movendo-se pelas cidades, pelas pontes, pelos canais e por entre as pessoas do século XIX – em 3D, e depois?” Houve um longo período em que sobrevivi com um espectáculo por temporada no Collective For Living Cinema. A última vez que me convidaram para Chicago foi em 1980, uma performance de XCXHXEXRXRXIXEXSX, com Alan Ross no final a gritar sózinho “Bravo!” de coração, o que conta bastante. Uma performance em 1986 deixou os habitantes de Boston saciados até hoje. Podia continuar neste tom mas seria um exercício fútil. O novo Milénio? Talvez passem 25 anos entre cada performance. Então quando o Paul Arthur me pediu que escrevesse sobre performance para esta edição, dizendo que o meu trabalho é fundamental neste território, tive de me questionar se o território em causa não seria num asteróide. De facto, tem havido muitos públicos que exprimem apreço, em muitos sítios ao longo destes anos… mas tem sido irregular. Ao escrever isto, tenho marcada apenas uma performance, em Janeiro no MoMA. A Flo sempre deu valor ao que eu fazia durante esses maus primeiros dez anos quando era tão óbvio que tinha deixado de ser uma promessa, tal como o fizeram Mark McElhatten e Fred Worden e Jim Jennings e Lucia Lermond, Phil Solomon, David Schwartz, Robert Attanasio, Paul Arthur, Peter Herwitz e talvez mais meia duzia de outras pessoas. Jim Hoberman colocou-se a meio caminho, os seus comentários sempre certeiros, mas sem paciência para ver todos os meus meninos à medida que foram nascendo. Foi um período bastante desolador. Tanto a Flo como eu costumávamos perguntar-nos como era possível que obras tão espantosas e emocionantes para nós fossem tão frequentemente ignoradas, mesmo que tais obras obviamente seguissem na senda de TOM TOM, que não tinha sido ignorada, e numa altura em que a performance, dizia-se, estava na moda. Depois apareceram dois grandes momentos de interesse: um convite da DAAD (Deutscher Akademischer Austausch Dienst) para Berlim com uma primeira retrospectiva com um público bastante predisposto. E outro em 1989 no AMMI também com boa assistência de público. Acho que as retrospectivas mostraram como as diferentes obras constituiam diferentes tipos de eventos visuais, e não a mesma técnica aplicada a temáticas distintas, não havia truques, isto para além do golpe de
observação social de muitas das obras se ter tornado evidente. Ainda assim, não havia muitas oportunidades para viajar e fazer performances mas quando as havia, tinha um público razoável. Podia ser que uma terceira geração de artistas de cinema estava a chegar e havia menos do ressentimento directo sentido pela segunda, alguns dos quais achava que a primeira monopolizava demasiado a atenção, não percebiam que simplemente havia menos atenção. A terceira geração parecia-me espiritualmente mais próxima da primeira: sem qualquer esperança. Não esperando nada, mas completamente encantada pelas possibilidadse da arte Os meus trabalhos tinham agora um importante grupo de seguidores, ainda que local. Isto apesar do zeitgeist se dirigir noutra direcção que não o rigor implacável, com a vanguarda a tornar-se passé e a inovação radical e formal a ser uma coisa dos anos 60. Se era novo, era velho e não era actual. Eu e a Flo sentimos a necessidade de preservar as obras mas as tentativas de filmar fora do ecrã tinham sido desapontantes. Seria possível que estas descobertas passassem sem deixar qualquer vestígio? Será que alguém percorreria este caminho outra vez? A noite antes de colocar o meu by-pass em 1994, a Flo escreveu todos os passos técnicos de que me conseguia lembrar para a exibição das obras. Depois com os desenvolvimentos no vídeo percebemos como a câmara de vídeo podia captar os fenómenos Nervous de forma eficaz e agora pretendemos gravar todas as obras que adorámos, adoramos e das quais incompreensivelmente temos saudades como se fossem filhos que chegados à idade adulta se foram embora e nunca pensam em escrever. THE WHOLE SHEBANG e BITEMPORAL VISION: THE SEA e THE MARRIAGE OF HEAVEN AND HELL: A FLICKER OF LIFE e ONTIC ANTICS STARRING LAUREL AND HARDY e THE SUBCINEMA: “BETTER TO BE FRIGHTENED THAN TO BE CRUSHED” e XCXHXEXRXRXIXEXSX e NEW YORK GHETTO FISHMARKET 1903 e TWO WRENCHING DEPARTURES.... Fora de alcance estão obras que incluiam episódios de teatro ao vivo como A MAN’S HOME IS HIS CASTLE FILMS: THE EUROPEAN THEATER OF OPERATIONS e STICK TO YOUR CARPENTRY AND YOU WON’T GET NAILED. No entanto, o Nervous System como performance acabou. Agora temos a Nervous Magic Lantern.
KJ
[KJ] Ken Jacobs
de onde eu era ao ouvir-me falar. “Brooklyn.” Insistiu que lhe estava a mentir. “Williamsburg. Disléxico.” Minha senhora, devia ter-lhe dito, eu fui uma criança tímida, desconcertada por quase tudo, incapaz até de formular as minhas próprias perguntas e quando falava era fora de tempo e de forma insegura. Não conseguia perceber a diferença entre “soldier” e “shoulder”. A minha professora da primeira classe fez-me ir ao estrado e falar; “Diz qualquer coisa”, disse, e depois acusou-me à frente dos outros miúdos de ter “uma língua perguiçosa”. A minha avó vestia-me para a escola com uma gravata do meu avô; chegava-me aos joelhos; o que é que ela sabia de gravatas? Isto daria outra gargalhada. Ouviu bem minha senhora, o meu discurso é artificial, aprendi-o nos livros.
Será que todos compreedem a contribuição da Flo? Para além de levantar e transportar e ajudar a alimentar-me e a manter os meus aparelhos em funcionamento durante as performances, eu confio no seu gosto, na sua aprovação, na sua sensibilidade mais aguçada. Quase todas as vezes que viajamos e apresentámos trabalhos juntos ela ajuda-me a suportar a solidão de estar longe, os aplausos a que se segue o regresso à melancolia das minhas borbulhas de teenager outsider. Pregunto-me se Brakhage alguma vez viu o que eu fazia. Ele já era um homem de meia-idade quando operou o olho que tinha tendência para se desviar para o lado, quando estava cansado, via-se claramente que era estrábico. Até prova em contrário, julgo que Stan deve ter aprendido desde muito cedo a censurar as mensagens desse olho que era inútil para a produção de 3D; que ele podia ser um estranho para a percepção da profundidade por oposição à compreensão inferida; que pode não ter percebido o que significava a percepção stéreo ou suspeitar que lhe faltava uma dimensão. Ver um filme colorido teria sido – no que
123
KJ
toca à profundidade – o mesmo que ver o mundo. O segundo olho não lhe recordava que a imagem era plana. E provavelmente a sua arte lucrou com essa perda. Quando Phil me convidou para ir a Boulder e fazer uma retrospectiva de performances do Nervous System, as poucas vezes que Stan assistiu, os seus comentários posteriores eram tão fora do comum, tão desprovidos de referências aos extraordinários acontecimentos relacionados com a profundidade provocados pela maquinaria, que eu pensei que ele estava a ouvir poemas em Swahili e a fingir gostar para agradar a um amigo. Mesmo quando via espaços anómalos – e o Nervous System produz bastantes até para os zarolhos – caíam em olhos moucos, sem um contexto prévio de 3D seguramnete que é anómalo também. Não falei destas minhas suspeitas com o Stan, parecia-me uma coisa sem sentido e desagradável, por isso posso estar completamente enganado. Completamente enganado, completamente enganado. Intitulei a minha retrospectiva de performances Nervous System em 1996 no MoMA como WRONG TURN INTO ADVENTURE.
[KJ] Ken Jacobs
Brooklyn. Williamsburg. Disléxico.
124
Painted Air The Joys and Sorrows of Evanescent Cinema Ken Jacobs A Depression-era summer camp allowed me to stay for the summer rather than the two weeks given other slum kids. This I figure was why I got the lead in Jack And The Beanstalk, a shadowplay presented against a stretched bedsheet: I was there long enough to learn the part. The giant was a camper sitting on the shoulders of a counselor, a towel hung over the boy’s head joining his shadow to the counselor’s. A storyteller did the voices. Bare as it was on my side of the sheet, the campers watching our shadows laughed and applauded, yelling for Jack to run when the giant awoke. No-one fussed over me afterwards that I recall; it wasn’t praise that would move me to a lifetime investigation of shadows. And in fact I myself saw little of the shadowplay from the performers’ side, where I was told to not watch the screen. Cops-and-robbers was acting, most play was play-acting, so it wasn’t acting that was special. What struck was the divide of the screen itself, the make-do improvising on one side and the exalted impression of it on the other, where it was thought that I had climbed to where a giant’s castle rested on a cloud. The machine phenomena of film would be the thing that grabbed me in later years. It was an enormous move then, before remotes, from moviegoer to where on the inside it was possible to stop and look around between frames. Where you could see what made the movies tick. Making works that displayed mechanism, emphasizing tension between means and appearance was Modernism, and political inasmuch as it shared in the historical move to demystify power’s projection of image, aka The Toto (pull-back-the-curtain) Effect. I was studying painting then, on 8th Street, the right place at the right time, after the jolt of Cubism had demolished convincing illusion as a pictorial value. Cinema for me would remain a playing on the margin of illusion and its imminent collapse into evident means, the drama of a tottering pretense, without the anxietyaddiction we celebrate as story (an unconvincing story would be okay, with the audience having to actively make-believe). The last thing I wanted a viewer to be thinking about was what was going to happen next and will Happy Ending arrive on time. No suspense! Only the now, as with paintings, with beginnings and endings far from one’s thoughts. From the start there was the allure of the loop. Now the saturday-matinee kids could follow the perilous trials of Being itself. There would be no fooling my audience. (Houdini was a great modernist, he in effect said, “I’m no magician, no-one is. I do tricks, on a stage.” He put fear in the hearts of all those operating house-of-worship scams. But even he never thought of demonstrating to the audience how the trick is done and then doing it.) We would collaborate, audience and I, in fooling the senses, while knowing the laugh was ultimately on ourselves, banished from knowledge of what things were beyond the faulty evidence of the senses. Our laugh would be part good-natured and part shit-eating, in the way that a conscious person resigns to a life-sentence of conscious error and even embraces it. I would show audiences the parts I would be bringing together, for instance with The Nervous System: twin filmprints, stop-motion projectors, a
Which is not the same as trying to be funny or the works intended as jokes. An instance of a no-film/novideo cinema work taken for a joke was a finder, more elaborate than most, built as a one-day installation on the ferry plying between The Battery and Staten Island. It was prompted by the annual New York Avant Garde Festival that Charlotte Moorman (notorious as Nam June Paik’s bare-breasted cello player) would drive into happening despite her own continuing poverty, each year in still other unexpected venues as she ingeniously engaged with the city as a showplace that would good-heartedly make its docks and subways and parks whatever open to the scurrilous avant-garde, and entirely due to her personality it did. You want the Charlotte Moorman story. I was only one of hundreds of artists she’d sweet-talk into extrordinary feats of performance. Flo and I carried, from Ferry Street alongside Brooklyn Bridge to The Battery, a painted (shiny bright red on the outside, dull black inside) plywood stall, like a small outhouse, open to one side and high enough and just wide enough for one person to step into. We fastened it to the ferry facing forwards and then, return trip, it was a zoom shot facing backwards towards Staten Island (the dramatic New York-facing side of the ferry had been taken, but Staten Island worked fine). Stepping into the dark stall one could steady oneself holding a wooden bar and lean forward to look through a slit towards another cutout, in a second blackened panel a foot away, having the dimensions of a widescreen movie. A second such arrangement of peephole-slit and widescreen-finder was available below for children to look through. The finders transformed the seeing of approach and departure, the side to side jockeying of the ferry into docking position; one now saw a 3D movie. Pictorial events took place within the rectangle at the same time that you could feel with your whole body massive motions connected to what you saw, the picture wagging the ferry, and hear tremendous related surround-sounds especially when the ferry would go crunching against the piles and the picture would settle for awhile in a grand confluence of energies. Kids were more likely to catch the quality of transformation and stay with it. For adults (Flo and I spied, hungrily observing responses) it was more often a shaggy-dog stunt, as if the whole point was to trick them into a box to see the same thing available to be seen outside of it. Attached below are some of the program notes I wrote over the years. Many years, when many works came and went with little notice. They’re gone, and that’s something one has to live with doing ephemeral things. (It’s not so bad, must everything be disembodied reproduction? A reason early talkies have so much flavor other than the churches had yet to succeed in emasculating them was that a new wave of performers had been swept in from life-experience, the ultimate improvisation. Hired by the Warner brothers they hit their marks running, pulling in their backgrounds
after them. They were redolent with life. I swear I can smell Joan Blondell’s armpits. Their personalities preceded their personas. “Be Yourself”, Fanny Brice advised.) What I got to calling paracinema, things like shadowplay, would cross into the divine transiency of theater. Richard Levine disapproved, saying paracinema like paramedic and paralegal indicated a lesser cinema, not the real thing, not an equivalent cinema created by other than filmic means or by using film in other than standard ways; equivalent, or parallel to, is what I had meant to convey. I suspect few people buy that. And that for most people performance is wishy-washy compared to the finality of film. In the can, every frame accounted for, decisions decisions decisions, and no less alive for that. But both abstractexpressionism and jazz improvisation had impressed me deeply. Glenn Gould got flack for moving from concertizing to edited interpretations. I transgressed in the other direction; after the very earliest public screenings projectionists had been tamed and toying with direction and tempo gave way to uninterrupted absorption in subject matter. Film was relegated to straight-ahead fixed-speed carrier (“Tote that star! Deliver that story!”), mechanism was expected to remain humbly invisible and not interrupt the trance. Invisibility would be furthered by developments in synchsound, wide-screen color and verisimilitudinous 3D as predicted in Aldous Huxley’s BRAVE NEW WORLD, though falling short of The Feelies. Somewhere there is film, sitting alongside the sunset, both wondering why hardly anyone comes around anymore to see them do their stuff. I’ve written about the informal performances I’d put on for friends with my first projector, paid for with mustering-out pay from the Coast Guard, a silent 16mm. Kodak Analyst limited to 400 foot reels. Designed for fast-slow to-and-fro study of golfstick swings and strafings by airplane gunners, for me it meant the thrill of seeing the minutia of the photographed world circle and dance over and over in an elastic time. I looked at every sort of filmic thing, with perhaps the richest payoff coming from repeat viewings of ROSE HOBART, the original spliced strand, lent to me by Joseph Cornell. Joseph Cornell, progenitor of THE DOCTOR’S DREAM. I did not call him Joe. I’ve spoken caustically of him, unfairly; he was so crazy-making at a time when I was so desperate, so hungry...for food, and he was so obtusely self-centered (young and hungry Brakhage had also been served a few peas stranded on a heavy foot-wide plate). The girlfriend working at MoMA had been the connection, one hoped, to a ludicrous but salaried position putting his drawers of thousands of cutouts in order (paperdolls of little girls and 19th Century divas, what would “order” have meant?) which never worked out despite many “interviews” where only Cornell spoke, at length, of subtle insults and injuries that hadn’t got past him however respectful the manner had been. She encouraged me to show him some of STAR SPANGLED TO DEATH but I knew he couldn’t give it his attention or would be offended if he did. The one time I brought along Jack Smith the big babies hated each other at first sight. Suffice to say he was generous in his way, freely lending me films from his brilliant collection of disregarded wonders like The Belcher Sisters, meaty stage-tumblers in white gymnast outfits, hilariously appropriate to Kodak Analyst study. TOM, TOM, THE PIPER’S SON grew -spontaneouslyout of those ecstatic “motion-studies” in the same way STAR SPANGLED TO DEATH had come out of the balmy street-theater, or shenanigans, Jack and I
KJ
[KJ] Ken Jacobs
shuttling or revolving shutter, but now look. Irony would remain an enduring attitude whether staging Jack Smith’s mock-grandiose gestures or in breaking the good-taste barrier by entering into “gimmicky” 3D. Irony is intimate, inclusive, a wink passed between sender and receiver. Irony says I’m kidding, this work is only-kidding squared and what I aim to create is only-kidding to the highest denominator, some unimaginable penultimate goof one can’t begin to imagine but must arrive at artwork by artwork, an existential clowning beyond the beyond.
125
[KJ] Ken Jacobs
KJ
126
amused ourselves with in defiance of the stultifying fascism-in-the-saddle ‘Fifties. “God” made me sick but I did share a deep faith in the subconscious, and in the same way that one does not ponder the course of a dream before dreaming it I didn’t give much thought to what I would be doing beyond each day’s filming, figuring that just as with the dream any underlying necessity to the movie would make itself known in the doing. Which is what happened, not that I think this is the way for everyone to work. Editing SSTD was a matter of watching many moments of wild release in the shooting now leap to join in sequential sense, snapping into place. The rough idea had been enough. I had to have known on some level what I was doing and where I was going.
1969). Better to’ve sold an inch square of dark plastic with one line of instructions: Place before eye to side that foreground objects are moving, keep both eyes open. Taking the specs apart and much trial and error revealed what was working. E.L. Gregory’s “Eye And Brain” (thanks, Jonas) would explain how. I shared the going contempt for 3D in the wake of BWANA DEVIL. Hans Hofmann had stressed the primacy of the surface, even as depth was to be constantly referenced; seeming contradictions were breaking my head. One day, laughing, he said, “People think Mondrian is flat!” Mondrian was not flat? I would’ve been ashamed to admit to Hofmann that a cheap trick was luring me from classic concerns of 2D/3D tension to “violating” the picture-plane.
But it wasn’t until Jonas Mekas presented an Expanded Cinema series in 1965 that I first went public with live performance, predictably an elaborate shadowplay, THE BIG BLACKOUT OF ‘65: THIRTIES MAN (the city had recently undergone a massive, gorgeous, surreal power breakdown). Our friend Noel Sheridan of the cameo profile was a painter with a background in Irish theater and he supplied the shadow for Thirties Man, willowy Flo dancing onstage in the role of His Girl. We rehearsed assiduously in our Ferry Street loft alongside the Brooklyn Bridge. There was no opportunity, however, for a dress rehearsal on-site. Sharing an evening crowded with other events (would you believe it? Joan Miro appeared, tiny and pink, but only stayed for Paik’s piece), we quickly hung our paper screen with the audience watching and then, on the run, positioned lights and props and performers behind it. It was now the moment: all the theater lights went off and.... we couldn’t see a thing. Absolute blackness. Where were my light switches? I was feeling my way around the stagefloor muttering “shit..fuck..goddam..”, Noel serenely holding his initial pose. Absolute darkness was something that hadn’t come up during rehearsals, we weren’t prepared with even a single flashlight. Beloved pot-head assistant Al Valentine flicked on his cigarettelighter and we began. So many mistakes. I had to repeatedly call Al to pick up on his cues, he’d stand entranced by the action on the screen. Finally, Noel and Flo did their shadow-bows and I immediately pulled down and balled up the paper screen and ran out with it, mortified. And yet when audience members did see me again it was to tell me they loved it. “But you didn’t see it in rehearsal....” A year and a half went by before there was another opportunity to perform, when we had to re-learn the whole thing detail by detail, mostly from Noel who somehow retained all his moves and who would later restage a variant of it in Australia. Ah, shadowplay. Time-labor intensive! and then it’s done and gone. Like staging a movie in real-time and then no movie.
But things were happening with the muscles of my eyes and I was feeling the impact of volumes everywhere. Depth was extending, I mean apprehension of depth, the seeing of it at greater distances (depth contracts with distance, expands up close; there’s too little difference between perspectives 2 1/2” apart for most of us to see depth past 25-40 feet, however we might think we do). Spatial anomalies were becoming evident, where the optical effects of motion and color would cause lesions in what I knew were flat surfaces. Yet Hofmann was saying the worst thing a painter could do was to “make holes”.
Seduced by depth. Mike Snow and Joyce Weiland give us a 9” b/w fishbowl-shaped tv (it appears in THE WHIRLED). Flo sends me to get an item from the drugstore. At the counter a display, never seen before or since, rows of glitzed-up cardboard spectacles: See TV in 3D $1. I snicker and leave, circle and re-enter. We have very few dollars and Flo says, “More magic beans, Ken?” (Had I but known what the specs would lead to I could’ve said, “Yes! yes! and this time I get to keep the golden egg!”) The tv does not spring open but enough odd moments happen to keep me at it. One day a ticker-tape parade (3 blocks away) is broadcast and I call to Flo, “It works!” In fancying up and complicating the spectacles to look worth a dollar, the makers had confused what I’d later learn was the Pulfrich Pendulum Effect (see my movie GLOBE,
Compound or multiple depth readings of surface signs was desirable. Subtly planted signifiers that made for solid/open-area interchange vitalized the picture-plane. Actual illusion-making, like Dali’s painted-pairs copied from stereo Kodachromes, was entirely off the grand concourse initiated when Cezanne began to paint the argument of left and right eye perspectives that distended his crockery. I so respected Hofmann and his ideas, as I understood them, that slipping into 3D illusionism felt blasphemous. Even today I sometimes tell audiences my work is too easy on them, too outthere in its effects, depriving them of the opportunity to grapple with a picture-plane that, in its eternal instant, holds all back-and-forth and identity changes simultaneously in the perfect formula making up its surface-display. Beginning in the early Fifties, without knowing others were doing similar things (when I did learn I stopped), I was creating small-scale Happenings. Not public spectacles but purely for the benefit of their few art-minded participants. Aimless esthetic actions, looking surreal but not really. Concerns being more architectonic, they were dances that didn’t look like dances, conditioned by location, incorporating objects on an equal footing with persons. The quotidian with sensibilities turned on. Happenings were in the air, perhaps because much of what was then contemporary painting could support the description Action Painting. The way paint clung to the canvas directed attention to the artist’s body movements in placing it there. Had it been dripped or flung? you imagined the artist dripping and flinging. Had a wide brush rippled paint in a wide swath across the canvas? That placed in mind a hand loading the brush with paint from a bucket, an arm swinging, a muscular forearm. The canvas reflected choreographic activity. Paint applications joined to shape the plastic idea at the same time that they related the drama of their arriving there, including -very important- sequence of application: was this patch placed before or after -and does it lay under or over- this or that neighboring patch? The difference could start a revolution.... in one’s idea of what was what and where in depth. It
I believe the canvas as record of performance led to Happenings. And that Happenings, for me, someone split between painting and cinema, led to STAR SPANGLED TO DEATH as a way of incorporating many such actions in a master-design. I would later fasten onto TOM, TOM, THE PIPER’S SON as a “scene of a crime”. Process would step further into receiver territory with the Nervous System film performances. Abstraction (see the word action tucked in there?) of a kind achieved by those artists who along with Hofmann set standards for me, setting the deep-conscious goals determining my choices, would be achieved with the Nervous Magic Lantern. I saw something happening in painting and made it happen in clock-time. Something suggested, implicit, I made explicit. Am I a 3D vulgarian? Sigh. I guess someone had to do it. A funny, excrutiatingly embarassing story. A year or so after I stopped taking classes on 8th Street with Hofmann (I would study again with him in Provincetown, and meet Flo) we chance into each other on Bleecker Street. I am broke, seriously hungry, loveless, beat. I would’ve avoided him had I seen him coming because generally I felt unworthy to speak to him, this man who knew things and worked, while I was a mess. He was big and enormously generous in spirit, and I coudn’t take just then what I felt as engulfment and fought back. When he smilingly asked what I was doing I told him I was mostly working on film (sure, when I could afford a roll of raw stock), and then blurted, “I think it’s the medium of our times.” (See Dostoevsky, Notes From The Underground, for an analysis of this mentality.) Hofmann, who I think missed having kids of his own, as serenely as before said, “That’s marvelous. When you’re young you can do everything.” In 1969 I came up with a simple way to project shadows in 3D, voluminous color shadows, by which time I was teaching in Binghamton, with space and a big translucent rubber rear-screen and students I could yell at for not showing up for rehearsal on time. Some thought the pure pleasure of 3D shadowplay (“optical-auditory vaudeville”) would take me into the bigtime but four close events took the wind out of me: someone carelessly burnt out an ideal presentation space made available to me on Reade Street; I got cheated by a crooked lawyer out of one NY place and cheated by Flo’s parents out of another (you don’t want the details), and then when Yoko Ono and John Lennon were up for staging a shadow-show in a proper theater the Feds came down on them, determined to deport John. Very bruising, after which he and Yoko went into seclusion to pull themselves together, and -bummed out as I became- that was it for The Apparition Theater of New York. Once in a great while I shake out the old shadows and present an evening,
but I can’t tell you how often, going through the city, I see a place advertising for a renter and think, “Perfect shadowplay theater.” David Schwartz has invited us to perform at AMMI so perhaps the shadows will lift from slumber yet again.
KJ
THE BOXER REBELLION began with a 3D slide projection -viewers wearing polaroid spectacles- of antique stereopticon photos of that bloody insurrection and similar soldierboy tableaux. Music of Benjamin Britten, his Serenade For Tenor Solo, Horn and Strings. After stereo projection each picture was again shown as 2D (with one of the two projection lamps turned off) against a board covered with luminescent paint, temporarily preserving the image. A dozen or so such illuminated boards were sent circulating among the audience for close perusal. Followed by a short colorfilm of a Chinese magician and then a particularly colorful 3D shadowplay to Chinese celebratory percussion music: Flo and Helene Kaplan and seven year old Nisi going through the motions of preparing food, slicing lettuce in 3D close-up and so on, with savory smells preceding their emerging from the shadow realm bearing trays of hot egg-rolls with hot mustard -What hath shadowland wrought?- (but in fact raced over from Chinatown) for the audience to eat, to relish, tangy shadow consumables. There’s a detailed article, “SLOW IS BEAUTY”, RODIN in The NYU Theater Drama Review (Dorothy Pam, Volume 19, Number 1, March 1975). Our kids ate 3D spaghetti in this one, which came with naked ladies and live chickens (had to drop the chicken act because of the smell and because the poor things were manufactured and conditioned to caged indolence). Shadowplay has always had a place for toddlers and for small animals. A great animal moment was in a 2000 shadow revival at CalArts when a King Kong puppy (apparent size being malleable in shadowplay), projected from underneath, pissed a hearty jet on a screaming audience, 3D shadowplay being a wraparound experience and not something only happening upfront. When the Walker Art Center was able to borrow two spider monkeys, the audience entered and shared the interior of their cage, optically enlarged to fill the entire theater. The naked ladies: one close behind the screen and the other before it on the audience side in a -temporarily and illegally- entirely darkened theater space. They were near-identical in build and, in the soft 3D illumination, viewers wearing Polaroid spectacles watched the silhouetted women, one actual and the other a projection, quietly merge into one multi-limbed and two-headed dreamgirl doing chancecombination art-class poses. In 1975 I began Nervous System film-performance and that kept me busy for a long time, the last such work being UN PETIT TRAIN DE PLAISIR, 1998. (There’s excellent writing in San Francisco Cinematheque’s Cinematograph issue #5, SENTIENCE, organized by Peter Herwitz, and a transcript of a grotesque altercation with commissars of the Flaherty Film Seminar following a presentation of XCXHXEXRXRXIXEXSX in Scott MacDonald’s A Critical Cinema 3.) The first Nervous System pieces were further riffs on TOM, TOM utilizing a shuttle between like frames. The figures in XCXHXEXRXRXIXEXSX looked like 2D cutouts in a 3D setting, interesting in itself but it was Alphonse Schilling’s spinning shutter that would introduce rounded voluptuous volumes and much else. Alphonse lived nearby on Broadway (I was commuting to Binghamton) and for a while we seemed to be producing works for the exclusive pleasure of each other. We traded techni-
[KJ] Ken Jacobs
was like studying the scene of a crime and arriving at more than one plausible idea of what had happened. Developments in painting meant something then; the arts were far less crowded, with far less rings in the circus; an intellectual was more likely to be a Renaissance Man or Woman as it was still possible to follow the smaller spread of developments. The cost of living was cheaper. Landlords had not yet conspired with politicians to tighten the screws, New Deal protections were still in effect and lives needn’t be dedicated to paying the rent. TV was unwatchable, meaning there was that much more time available to learn just who was this Dylan Thomas.
127
[KJ] Ken Jacobs
KJ
128
cal discoveries and when toying with the Pulfrich Effect led Alphonse to the exterior shutter, standard design in early projectors, he urged me to apply it to my efforts. I then presented a work, SCHILLING (title declaring my debt to him), and he blew up, saying, “I only meant for you to use it in your studio.” He said that he worked like a scientist and I was a showman and predicted, correctly, that it would be my work that would connect in people’s minds to his discovery. Alphonse had been giving what he called “demonstrations,” exquisite and ingenious mind-blowing illustrated lectures using the shutter with stereo-slides, but -working with filmstrands never intended to produce stereo-phenomena- I was creating symphonies. And wasn’t about to stop. Two profound colleagues then went their own ways, Alphonse returning to considerable success in Vienna.
exposures, or/and shifts in position relative to each other of objects filmed, with an intervening period of time substituting for the space between two eyes. It was time seen as depth, with no respect shown for the way things normally stack up one behind the other, viewer to horizon.
Rigorous and demanding, usually built around sardonic social observations and sometimes downright grueling to absorb, they attracted a limited if devoted audience. (Twice I’ve had the experience while performing of having an older audience member turn to ask me, full voice, “Why are you doing this?”) I would read during the letdown periods, letting my investment in a piece that was being venue-starved subside, sometimes for months, and then---the id never learns-there’d be a readiness to fashion the next. Yes, it’s bad, I’d tell myself, but not like banishment to the gulag. Benign neglect allowed me to work, no small thing, and with film-lab prices becoming impossible I could afford to put found-film through my projectors. My favorite flop was clearing out the Queens Museum except for one fellow sitting in the middle and a young couple in the front row way off to one side, obviously the very worst seats for hearing or seeing stereo. The guy stands and turns to me when it’s over and slowly shakes his head side to side. The couple dawdle, then come up the side, the young woman sullenly walking straight out, the young man moving towards me along the rear-row I’d set up in. “Professor Jacobs,” he says, “I have an incomplete with you.” The worst moment came after a poorly attended performance of THE PHILIPPINES ADVENTURE: MAKING LIGHT OF HISTORY at the Whitney Museum (John Hanhardt, a Nervous supporter, curating) when someone close to me, not an artist, suggested I drop “this self-defeating activity,” as if the quest was nothing more than a going out of one’s way to fail, a neurotic tic, with nothing to show for it.
The infant must learn that forms continue though our seeing of them may be interrupted by other forms closer to us. We adapt to a surrounding patchwork of interrupted and interrupting forms, inferring completion of each (Baby must learn that there are discrete bodies and get a fundamental grasp of entireties that, as they move, or as Baby moves, change shape; Mom and Dad and the dog and cat, tables and chairs -whoever they are, and constantly reshaping rooms. No wonder that Baby suddenly thrown into the swim of things will stare agog or burst into tears). Time’s depth could jumble logical placement so that shards of objects one understood to be background could appear forward of foreground objects, and solids might open to allow other forms to occupy them, depending -in this sideways view of film- on the chance movement up or down of objects recorded frame to frame in relation to other objects that had not shifted position. Looking through a stereo-viewer one saw suspended explosions (“Hold that explosion, please.”), but not many did, choosing to think of the display I suppose as some sort of dada festooning of the trees. Those that did look mostly kept it to a glance, and removed themselves smiling, good sports that they were. Few “got it” and stayed with it long enough to take pleasure in the details of a novel rupture of form.
A fellow approached me as I stood at my Nervous Magic Lantern projection setup after a very well attended recent show (I was blocking anyone from studying it; yes, the fellow determined to expose mechanism wishes to investigate his present discovery without being crowded for a while). He said he hadn’t seen anything that so effectively turned around his idea of what cinema could be since seeing something I did some twenty five years ago, and he reminded me of when I’d strung lengths of 35mm. color film, cut from discarded movies, between trees at heights accessible for close viewing. Attached to the films were cardboard 3D viewers that could be slid from place to place to optically couple frames (seen sideways, a first step into disorientation) two and a half inches apart, forming stereo images (one perspective times another equals infinity) that made no spatial sense. Instead of the orderly and consistent plunge into depth one sees with adjacent eyes, reporting to the arbitrating mind similarities and differences in their parallel fields of view, this was depth created by movement of the motion picture camera itself between frame-
The body is so innocent! It’s so easy to mislead its trusting mechanisms. We depend on its conditioning to sail us through our days with minimum attention. “Chinatown,” we tell it, and in a few minutes we’re there; “Breathe. Sleep. Take me up these steps. Brain, deduce a 3D world from these pairs of 2D pictures fed you by this arrangement of bright button eyes. Balls, regenerate the species. Okay, body, home,” and the body does it all with you and me perched above like tourists on safari.
And that’s another killer problem with performance: how often do people get a chance to see and attune to the nuance of your innovation? Or you keep innovating, pushing on, lucky to have a few colleagues moving along with you while leaving behind casual or uninitiated viewers utterly flummoxed. I quote: “When I began I was poor and obscure and there were eleven people interested in what I was doing. Now I’m rich and world-famous and there are eleven people interested in what I’m doing.” Picasso said this, and he was turning out durable goods. So it’s nice to learn, now and again, that one of these things has landed somewhere with someone other than close family members, colleagues, and friends. And is participating, if only that much, in the communal project that is the further making of mind. As against the corporate project of making us all as stupid as the President of The United States. Teaching gave me a steady outlet for my performance urge. Alternating with talk were long sessions, up to three hours, of teaching by selection and juxtaposition of sound and picture elements, both complete films and sections, even fragments, together with slides and even live skits of a sort. Co-teaching with poet Milton Kessler a course titled The Joy Of Cinema (Milt had been another blue-collar mug and still looked to be
A marvelous offshoot was The Didactic Theater Of Gibberish events of former students Jim Hoberman and Bob Schneider, a vaudeville of stop-and-go screenings in which they (slim Jim in his cool leather jacket, unkempt Bob big and raving) exercised their passion for Sam Fuller. The Cinema Department, as much as it valued the metric cinema of Kubelka, the epic romanticism of Brakhage, was more than open to such indefinable mutant works. Including performance that Larry Gottheim and I would have to resourcefully defend as para-cinema when put on the carpet as happened after Peter Kubelka suggested we invite Hermann Nitsch to stage his bloody theater-art on campus. Hermann, passionately anti-fascist (he knew whereof he spoke), believed the move from pagan acting-out to pale Christian symbolism had “taken the heart out of ritual” and that we who are born in blood need, periodically, to be washed in blood -literally in the blood of the lamb- or we resort to violence and to war to satisfy the suppressed need. It was desperate orgiastic raging wrap-around visceral theater, the aim being sense-overload and depth-psyche spasm or abreaction. It became a bloody Binghamton scandal. (Worse for innocent Dr. Nitsch, veterinarian, just down the road from the school and confused with Hermann.) Technically it was the very early 70’s, but in effect still the 60’s (I was teaching a course called Natural Breasts). Resistance to America’s crookedness, racism, its attempt to seize Vietnam was at high pitch; cities were burning. To rust-belt Binghamton, fervidly pro-war and anti-student (“New York kike niggerloving grass-smoking commie fags”), we represented the counter-culture. I was 2 years into a 3-year contract when the to-do prompted President Dearing to rush through my tenure (his son was an artist is the only way I can figure it). Kubelka enfolded the Nitsch event into his own presentation, having screened his films including UNSERE AFRIKAREISE showing animal-killing for both food and sport and then speaking on the subject of film and food (“Meat must be fresh, the severed leg of lamb still alive to function as food.....”). In a firehouse with big black stoves rented for the occasion by the Cinema Department, he cooked a feast that included the animal slaughtered for -not by- Nitsch lasting the entire night, each course of many many announced by a blast of symphonic music. Stuffed, some of us lay quivering at the sound but Kubelka --don’t we know it-- can be very persuasive. 4:30 in the morning, the vegetable! cooked in brown butter, right. Gray dawn and we proceeded, Fellini-like, to the Binghamton zoo to marvel at and to pay our respects to our living cousins.
My student-projectionists understood exactly what I wanted when in 1972 we came into Manhattan to put on A GOOD NIGHT FOR THE MOVIES: The Fourth Of July by Charles Ives by Ken Jacobs at the old Bleecker Street Cinema on 8th Street. I spent a grant of $300 renting for $10 each, and then a bunch thrown in, bottom of the double-bill b/w movies mostly of men wearing white suits and pith helmets, pretty much the same movie made over and over with shifts in the placement of the rubberplant, untamed native beauties from different couches, fresh assortments of shoe-shine boys recruited for a day’s eye-rolling when ordered to penetrate too deep into the forbidden stockfootage jungle; in some instances, however, the same swarthy and venomous British-educated smooth-talker tribal-leader.
KJ
Ersatz tropics issued from four alternating 16mm. projectors, two or three images at a time shown edge to edge with combined soundtracks, a confusion that explained everything. The films proceeded from beginning to end in general but with the projectionists arbitrarily shifting from film to film, rethreading films while others were showing, eventually coming around to each of the many titles for further sections, so that approaching 24 hours of projection-- when we had to wake sleepers strewn on the theater floor so as not to miss it-- many movies contributed in turn to our tepid but extenuated climax. (Only now is it plain to me this was a sequel to ROSE HOBART.) There had been no viewers other than my students and some invited friends, and when someone thought to put a sign on the door inviting passersby I turned it inside-out lest the occasion be trivialized. In fact it was the work as gesture that was most important to me and originally I attempted to position projectors on various roofs beaming into the open sky, reaching into space partly as a vain and hopeless Hello-out-there, and to return faded movie stars to from whence they’d come. SPITTING IMAGE also had all of one presentation, at The Collective For Living Cinema. A shuttle alternated two stereo-images, a flipping back and forth between related picture-volumes that tended to cling to each other making a momentary 3D morph on the changes...you had to see it. (I can’t be the only one working weeks, sometimes months on pieces that get a single outing. It has to be the predicament of poets, composers, dancers, of nearly all high-art performers in a low-brow time, when the things that do get hugely promoted --in the economy of attention-- have to take attention from at the same time as they direct it to. Word of mouth can’t compete with high-pressure bs. How then explain the willingness to keep going? The inventing is so interesting! Only recall being rained in and the ecstasy of playing alone with your blocks or dolls. You want to share results but not everyone has it so together to get out there and do the pushing.) THE GUESTS was a 4 X synched slide-projectors installation that never found a venue in NY (I mean to recreate it as video) for which we mounted frames from a 1896 Lumiere wedding movie, the remaining frames from the Nervous System work COUPLING. The wedding guests--dead/alive in that special black/ white way of antique movies--troop forward, a lengthy pause between frame changes, up church steps and past the camera, some looking at it but not yet with the sense of being “caught” on-camera, that they will be observed, examined, certainly not a century later. Their artificially produced 3D images intermittently obey, then disobey solid as against open space etiquette. A horse in the background appears in
[KJ] Ken Jacobs
something of an erudite dock-walloper), the lesson one day included Milt standing under a small bulb, heavy shoulders slack, heavy head bent, thick hands positioned to push -but not pushing- a supermarket cart. The idea was to create opportunities for heuristic learning, in opposition to indoctrination, creating cine-constellations within which the live mind could actively relate this to that, that to this, more often than not a no-message tasting of moods, a structuring brought over from STAR SPANGLED TO DEATH. (A really complete screening of SSTD would include those hundreds of manic classes. Reminding me that Jack had agreed, when SSTD was to be shown, that he would pull open and shut the curtains, with 20 minutes provided for each grand stage event. Reminding me that the addition of live radio called for in the instructions for screening BLONDE COBRA was another breaching of film into performance.) Readings included John Dewey’s Art As Experience.
129
KJ
miniature hovering alongside a face in the foreground (flash Maya Stendhal Gallery presented THE GUESTS February 2005 with music by Jacques Offenbach as toyed with by Nisi Jacobs). Anyone recall the full-page Muybridge series in motion from FROM MUYBRIDGE TO BROOKLYN BRIDGE, all the phases in motion at once? The strange sculptural changes to Marey’s composite figures? Fragile chicken-boned Jerry Sims coerced with dollars to stand on a shaky chair in a black space amidst the audience while narrow-beamed penlights travel searchingly over and around his head and hands and rumpled oversized clothing. This to a recitation of my poem, “Give Me The Moon Anytime,” sour Sims pessimism (printed in AMMI’s catalogue of my 1989 retrospective) taken over-the-edge into absurdity.
[KJ] Ken Jacobs
TOPOGRAPHY OF CHINA: again a black space; light from a suspended bulb barely grazes the surface of a white latex stretchcloth. An airplane motor drones while a nude woman behind the cloth slowly turns and lightly presses and ever so slowly removes parts of herself from contact with the cloth. From their imaginary overflight the audience sees islands and archipelagos rise into bright prominence and then subside, sinking away to be replaced by others, aeons of topographic history condensed into minutes. CONSTELLATION. The blackest of black spaces, no light-leaks whatsoever. No technology,only spoken words flatly directing attention to bodily pressure-areas, to soles of feet against the floor, butt against seat, a request that one determine shapes of these sensationislands and their direction and distance from each other putting out of mind one’s picture of one’s body. No obstruction recognized between sensation-islands. To feel, and place in spatial context, a swallow. One’s breath passing through nostrils (while denying the existence of nostrils). Hearing my voice as only another kind of sensation, its volumetric character and location in relation to the growing constellation of awarenesses. I request participants to rise, slowly ever so slowly to a standing position, catching each and every sensation along the way, not in one’s body but in space. Slightly twist. Extend an arm...locate and study the ache. Hold it in mind while taking inventory of the other sensations. And so on until finally a tiny island or two of light would be joined to the constellation but not as light, again as nameless sensation. I would go through the room lightly touching each person and gently just barely move them backwards towards imbalance....holding it....then settling them forward again. Pretty heady stuff. But not as much as dividing a class in two and, back in the dark, have members of one group give members of the other creative headrubs (sensations lighting up the dark inside those heads.) I’m haunted by a coda to a shadow performance in Belmont, Washington, where the student body consisted of six foot giants on average, men and women. I distributed a couple of hundred pennies and we stood around and within a large campus courtyard ringed with moonlit arches. An unintended acoustics marvel, a Stradivarius of campus courtyards. One or two or a few at a time we sent the pennies rolling and ringing across the wide face of the instrument, and listened, from wherever we were, sensoriums resonating to the web of their long crossings. 130
Uptown at Columbia I did a program that included taking students, male and female, into the male lavatory for an audio-visual sensation-tour of the mirror reflection and tile arrangements that included hearing toilets flushing in the dark; sensational flushes! a whole long row reverberating off tile walls. God knows audio-visual opportunities like these don’t grow on trees. Then again.... Lighthearted but not frivolous, I never did such things as the lavatory-tour without the prospect of an esthetic/experiential pay-off. Learning had to be experiential, not about art so much as meeting with the thing itself, wherever that might be. The street-theater that Jack and I amused ourselves with had been a fastening onto the theatric potential of all the odd places practicality was herding us through, it was defiant consciousness saying to our existential entrapments, “The jokes on you.” (The Bus That Caught A Man; I step off the bus, turning back when I hear Jack yelping, “Help! Help! It’s got me!” Jack is hanging in the open rear-door, long legs flailing helplessly. But the bus in fact has not caught him; he is clinging by his fingers to a ridge over the door. A little invention in passing. I’ve written about our shortlived stopped-by-the-cops Human Wreckage Review, a trace of it to be seen in the Death Of P’Town sequence in THE WHIRLED.) Justification for any sort of cine-contrivance, cine-situation was in what it brought to one’s exquisitely acute probes of sensibility to feel out, mmm, delicious, ugh, painful, a delectation of circumstance, chance or arranged. The technique saved me from flipping out when arrested during a war-protest in DC (a black officer tried to get me to chime in with his anti-US statements) when I was made to stand in a bright-lit windowless brick space the dimensions of an upright coffin, for hours, wrists cuffed behind me with chains designed to tighten when yanked and to never slacken. I subdued panic by turning on fascination and observing the narrow space minutely, and made it through, but of course this was only America’s little warning to its freedomlovers out of line, not Guantanamo. “Cult of sensibility”? You bet. Feeling, I taught, was a heightened form of thinking. It shared in political resistance in being what was human as against the brutal and brutalizing. The essence of corporate culture is advertising, the aggressive stuffing and clogging of the mind. The enemy wants us blunted, inert, available for shunting to however it wishes to employ us. Art (as experience) is the mind on its own, the ego spreading hyper-sensitive tendrils further out into the wherein-hell-are-we, from where we wave back This way, I see something over here, and trade confidences. We become acquainted with possibility. We become...difficult. That our works resist hyped commodification is a plus, maybe, assuming one has some other source of money that isn’t a humiliating sellout. Not enough is said about darkness. Much of what I do stars darkness. Couldn’t do it without a yielding embracing darkness. Talk to Fred Worden about bringing forward the hidden intervals of darkness during projection. Give it a role, as in my Nervous works, as in Fred’s, Tony Conrad, Victor Grauer, Peter Kubelka, and entwined with hits of light we see things never seen before. “Radical innovation is D.O.A., it speaks a private language.” The film critic Andrew Sarris believed that. Nick Ray called us masturbators. Well, what is a fellow to do when his art avoids the known paths of communication like poison because he feels they’re con-
As a teen among others I couldn’t even figure when to speak. Was there a signal to send and another to receive? a subtle “Roger, over” code that popular kids were born knowing? So I didn’t speak, or I would blurt, and it would be the wrong thing at the wrong moment, all wrong. Yesterday a crazy lady at the next table at the Thai restaurant hearing me speak asked where I came from. “Brooklyn.” She insisted I was lying to her. “Williamsburg. Dyslexic.” Lady, I maybe should’ve said, I was a quiet child, mystified by every damn thing, unable even to formulate my questions and speech came late and unsure. I couldn’t hear the difference between soldier and shoulder. My first grade teacher had me come forward to speak; “Say something,” she said, then accused me in front of the other kids of having “a lazy tongue.” My grandmother had dressed me for school with my grandfather’s tie; it hung down to my knees; what did she know from ties? So that was another laugh. You hear right, crazy lady, my speech is artificial, I learned it from books. Innovating in 3D meant moving to where even the cognoscenti had built up little discernment. Seeing nothing, they figured I was accomplishing nothing, and with limited opportunities to familiarize and build discernment, most of what I did as performance -going back over 40 years- was lost on them As
someone succinctly put it in response to OPENING THE NINETEENTH CENTURY: 1896, first presented as performance before becoming a film, “Yes, I saw it”-moving through the cities and bridges and waterways and peoples of the Ninetheenth Century-- “in 3D, but so what?” There was a long period of surviving on one gig per season at the Collective For Living Cinema. My last Chicago invitation was in 1980, a performance of XCXHXEXRXRXIXEXSX, with Alan Ross alone shouting “Bravo!” afterwards and meaning it, which counts for a lot. A 1986 performance left Bostoners satiated to this day. I could go on in this vein. Vane. The Millennium itself? Maybe 25 years between performances. So when Paul Arthur requested I write about performance for this issue, saying that my work was fundamental to the territory, I had to wonder was the territory out on an asteroid. In fact there’ve been many appreciative audiences in many places over these many years but...it’s been spotty. As I write, I have one sure performance scheduled, in January at MoMA. Flo always valued what I was doing during that bad first decade when it was so obvious I’d lost my promise, as did Mark McElhatten and Fred Worden and Jim Jennings and Lucia Lermond, Phil Solomon, David Schwartz, Robert Attanasio, Paul Arthur, Peter Herwitz and perhaps half a dozen others. Jim Hoberman took a position in the middle distance, his comments always on the mark, but not up for seeing all my darlings as they tumbled forth. It was a largely desolate period. Flo and I would wonder how could work so astonishing and thrilling to ourselves be so generally dismissed, even as the work was obviously following through on TOM TOM which hadn’t been dismissed, and at a time when performance, so we were told, was hot. Then came two major flare-ups of interest: a DAAD invitation to Berlin and a first retrospective there with very game audiences. And another in 1989 at AMMI, also well attended. I think the retrospectives showed how different works were making for different visual events, it wasn’t a technique simply brought over to different subject matter, a shtick, this besides the social observation thrust of many pieces becoming apparent. There still wasn’t much opportunity to travel and perform but I could figure on decent houses when I did. It could be that another, a third generation of cinema artists were coming around and there was less of the direct resentment felt by the second, some of whom thought the first were hogging attention without noticing there was simply less of it. The third generation seemed to me closer in spirit to the first: hopeless. Expecting nothing, but enraptured by possibility within the art. The work now enjoyed a serious if local home-team following. This despite the zeitgeist heading off in another direction from relentless rigor, the avant garde having become passe and radical formal innovation a relic of the ‘Sixties. If it was new it was old, and not with-it. Flo and I felt a need to preserve the works but attempts at filming off the screen had been disappointing. Would these discoveries pass with no trace? Would anyone come this way again? The evening before my bypass in 1994, Flo wrote down all the technical moves I could think of for performing the pieces. Then with improvement of video we saw how the videocamera could capture Nervous phenomena effectively and now we aim to record all the pieces we loved, love, and uncomprehendingly miss as if they were kids that, reaching their ripeness, then went off and never think to write home. THE WHOLE SHEBANG and BITEMPORAL VISION: THE SEA and THE MARRIAGE OF HEAVEN AND HELL: A FLICKER
KJ
[KJ] Ken Jacobs
taminated at every turn with persuasion technique? And when the need is not only that it say something --when allowed to by the factors at hand-- but that it be something true to its own logic of energies. (There was an abstract-expressionist magazine called IT IS, not IT MEANS or IT’S ABOUT. But because I was working with found-film --blunt historical evidence-- and because I live my days outraged by mendacious power, I was often able to shape an esthetic and a social observation in tandem, not something happening as readily with the Nervous Magic Lantern which is cinema without film or electronics.) Radical innovation is no special effect for zapping up and reinforcing the same old mind-set. More than obliging us to reprogram the mind, it lets us know we’re thinking according to a program, arbitrarily, one of any impressed upon us because we are here and not there, now and not then. Refreshing, and socially anarchic, the individualist arts offer the individual opportunities for inter-concept travel, a sort of active centering, this way and that, with each great art another way of being perfectly right, and this I think can make for modesty and sanity in the individual. Yesterday, I saw the Juilliard students’ magnificent production of Ravel’s L’ENFANT ET LES SORTILEGES, a work I’d thought only possible to stage as shadowplay. It was as stunning as when I first saw ZERO FOR CONDUCT (well, almost) and Medvedkin’s HAPPINESS. Alive to its fingertips (there’s a better criteria of value?), so much talent and verve and youthful beauty coming together in a super-climax and then I learned for only three performances! Is this nuts? Is this the condition of performance? a form of potlatch ceremony? (An example of my habitual rage: I did think for a moment, Here’s this multi-colored gathering of gifted intelligence, here in America, at the same time that America’s drones and poverty-captives are destroying Iraq; this must be a bit of what it was like for a practicing artist/intellectual spared by the Hitler regime. The question arises: is art achievement a humanist refutation of such a regime, or validation, when the regime can hang it on itself like a medal?) As for masturbation, I read where Busby Berkeley got his dance-number ideas while soaking in the bathtub. Inspired, he inspired. Who knows but that I owe my life to the propagating charge of “By A Waterfall”?
131
KJ
OF LIFE and ONTIC ANTICS STARRING LAUREL AND HARDY and THE SUBCINEMA: “BETTER TO BE FRIGHTENED THAN TO BE CRUSHED” and XCXHXEXRXRXIXEXSX and NEW YORK GHETTO FISHMARKET 1903 and TWO WRENCHING DEPARTURES.... Beyond reclaim are works that included episodes of live theater like A MAN’S HOME IS HIS CASTLE FILMS: THE EUROPEAN THEATER OF OPERATIONS and STICK TO YOUR CARPENTRY AND YOU WON’T GET NAILED. However, the Nervous System as performance is over. The Nervous Magic Lantern is on.
[KJ] Ken Jacobs
Does everyone understand Flo’s contribution” Besides all the lifting and hauling and helping feed and keep my contraptions together during performance, recruited to performing, I rely on her taste, her approval, her finer sensibility. In almost all instances we’ve traveled and presented work together, relieving me of the bleak loneliness of the distant gig, applause followed by return to pimpled teenage outsider gloom. I wonder if Brakhage ever saw what I was doing. He was in his middle years when an eye operation corrected a tendency for one eye to shift outwards. Fatigued, he’d be noticeably wall-eyed. Until I’m told differently I figure Stan had to’ve learned early on to censor messages from that eye, useless to production of 3D; that he may’ve been a stranger to perceptual depth as against inferential understanding of depth; may not’ve known what was meant by stereo perception or suspect he was missing a dimension. Seeing a movie in color would’ve been--as regards depth--the same as seeing the world. He wasn’t reminded by a second eye that the image was flat. And very possibly his own art profited by the loss. When Phil invited me to Boulder for a retrospective of Nervous System performances, the few times Stan attended his comments afterwards were so off the wall, so without reference to the uncanny depth events tricked out of my machinery, I took it that he was hearing poems in Swahili and attempting to bluff appreciation for a pal. Even when he did see anomalous spaces--and the Nervous System does make them available even to the one-eyed--they fell on deaf eyes, with no prior context of 3D sureties to be anomalous to. I didn’t discuss these suspicions with Stan, which seemed a pointless and impolite thing to do, so, yes, I could be all wrong. All wrong, all wrong. I named my 1996 MoMA retrospective of Nervous System performances WRONG TURN INTO ADVENTURE. Brooklyn. Williamsburg. Dyslexic.
132
Action Cinema, o título pretende evocar Action Painting (pintura de acção ou pintura gestual). Em risco de se tornar numa religião no final dos anos 50, o Cubismo despreocupado tinha sido adoptado e desenvolvido pelos artistas americanos da era da Depressão e da Segunda Grande Guerra, mas agora com o início dos anos do Vietname e com o muito dinheiro que se acumulava em fortunas, viria a ser impulsionado em direcção ao mercado, ao ponto de assumir valores “espirituais”, não pelos próprios artistas bêbedos mas por escritores muitas vezes pagos directamente pelas galerias. Em breve teria a companhia da Poster Art, refrescantemente despreocupada e que não requeria estudos para ser apreciada. Aqui estava a arte de impacto mínimo, uns backgrounds com uns salpicos para as modelos. Prevaleceu o efeito fácil, Yves Klein, Andy Warhol, etc., enquanto que os artistas que seguiram os passos da Action Painting (também chamados Escola de Nova Iorque ou Expressionismo Abstracto) foram chamados Second Generation(Segunda Geração) e deixados de fora no que se refere ao dinherio. As galerias tinhas já stock suficiente para vender sem eles. Algo mais divertido e que não colocava problemas ao espectador, símbolos óbvios de riqueza para as pessoas que enriqueceram com a Guerra, um modernismo atrevido concebido para atrair a atenção e ser falado. A modelo nua como pincel vivo. Caixas gigantes de detergente Brillo, Marilyns produzidas em série. Observar prolongadamente obras de Cézanne, Picasso e deKooning passou a ser uma actividade evitada pelos estudantes de arte. Deixou-se de ver como uma marca aparentemente acidental num Kline podia transformálo radicalmente, poderia até levar o espectador a um novo ângulo de visão em relação a toda a composição. Compor com o objectivo do reposicionamento tinha sido um objectivo consciente. O termo Action Painter não descrevia o pintor a pintar, referia-se ao facto de a tela ser activada. Pollock lançava tinta em direcção a uma pintura animada, nunca como uma forma de explorar um efeito fácil. Observava os resultados visuais e aprovava-os ou não. Para o público desconhecedor isto era uma loucura, coisas de um génio louco, e qual é o génio louco que actualmente as galerias estão a descobrir? O efeito fácil prevalecerá enquanto durar a venda de pessoas em democracia sob o capitalismo; o mercado da esperteza vazia não tem razões para se preocupar. A tela estática não o era após observação atenta. Para o espectador disposto a entrar no jogo, a tela era um monstro, veloz, barulhento e agitado. Tínhamos de ter tempo para fazer um inventário dos pormenores, para ver o que cada novo pormenor acabado de descobrir provocava nos outros, e estar disposto para que a qualquer momento acontecesse uma reordenação convulsiva de todo o quadro. Habituem-se! Os pintores propunham desafios, uma inquietação radical que era o símbolo do verdadeiro mundo novo do século XX. Eu tinha estudado com Hans Hofmann. Um professor desconcertante mas tão provocador que quando o cinema exerceu uma atracção maior, a consciência e os valores que ele promoveu na pintura continuaram a dirigir os meus movimentos, tanto consciente como inconscientemente. Ainda acordo com as minhas ideias. E por isso atrevo-me a chamar Action Cinema aos estudos visuais enredados que produzo.
KJ
Ken Jacobs, 6/5/2010
Action Cinema, the name is intended to evoke Action Painting. At risk of becoming a religion by the late ‘Fifties, insouciant Cubism had been picked up on and developed by Depression and WW2-era artists but now, with onset of the Vietnam years and with lots of new money gathering into fortunes, it was to be hyped towards the market, to the point of taking on “spiritual” values, not from the drunken painters themselves but by writers often in direct employ of the galleries. It was soon joined by poster art, refreshingly blithe and requiring no study to appreciate. Here was the thinnest sort of impact art, splash backgrounds for fashion models. Stuntism prevailed, Yves Klein, Andy Warhol, etc., while artists following in the steps of Action Painting (or The New York School or Abstract Expressionism) were called Second Generation and left out of the money. The galleries had product enough to unload without them. Something more amusing and not posing problems for the viewer, blunt emblems of wealth for war profiteers, a cheeky modernism designed to capture attention and be talked about. The nude model as living paintbrush. Giant Brillo boxes, mass-produced Marilyns. Bypassed now by art students was protracted viewing of Cézanne, of Picasso, of deKooning. No more seeing how some seemingly accidental mark in a Kline might radically transform it, might even move the viewer to a new viewing angle on the entire composition. Composing towards re-positioning had been a conscious aim. The term Action Painter did not describe the painter painting, it referred to the canvas being activated. Pollack flung paint towards an enlivened painting, never as a stunt in itself. He saw the visual results and would pass or not pass on it. To an unknowing public this was crazy, mad genius stuff, and who’s the crazy genius being discovered by the galleries now? Stuntism will prevail approximately as long as people can be sold on democracy under capitalism; the market for clever vacuity has little to worry about.
[KJ] Ken Jacobs Action Cinema
ACTION CINEMA
Kline fez parte de uma tendência, que datava pelo menos do Cubismo, que promovia a pintura como o acontecimento. O que uma cena poderia oferecer enquanto material para uma obra era agora mais importante do que qualquer representação pictórica ou comentário sobre a cena. E contrariamente ao que se possa ter ouvido sobre a planitude destas telas e sobre a negação da profundidade, Hoffman só falava de profundidade! Sim, a planitude da imagem seria sempre tida em conta, a profundidade ilusionista era proibida. O grande drama da pintura, no entanto, seria sempre o jogo entre a profundidade implícita numa superfície claramente bidimensional. Os factos são os factos. O que significa que senti a terrível sensação de ser um traidor quando o meu trabalho caiu tanto na profundidade ilusionista como no interesse profundo pelo assunto retratado. Mas a profundidade ilusionista estava disponível na fotografia, e no cinema, de uma forma que não estava disponível na pintura, e era (no sentido dado por Hofmann à palavra) plástica sendo apenas visão – ilusão – e podia brincar com ela fazendo-a comportar-se de maneiras impossíveis na realidade substantiva. Era divertido, e psicologicamente terapêutico já que demonstrava os limites da percepção humana. O orgulho excessivo é um estado a que é difícil chegar quando sabemos que o nosso poder de percepção é provisório e tem tudo a ver com o tipo de animal que por acaso se é.
133
KJ
The still canvas was no such thing given minute observation. For the viewer willing to play the game the canvas was a rushing, slamming, restless monster. One had to give time to an inventory of detail, to see what each newly discovered detail did to the rest, and be up at any moment for a convulsive re-ordering of the entire canvas. Live with this! the painters challenged, a radical restlessness emblematic of the real new world of the 20th Century.
HOT DOGS AT THE MET Ken Jacobs, 2009 EUA USA, 10’, DVD Loop, COL
[KJ] Ken Jacobs Action Cinema
I had studied under Hans Hofmann. A bewildering teacher but so provocative and when film-making asserted the stronger pull the awarenesses and values he promoted in painting remained to consciously and unconsciously direct my moves. I still wake from sleep with my ideas. And so I dare to put the name Action Cinema to the knotty visual studies I produce. Kline rode a wave, going at least back to Cubism, that promoted the painting as the event. What an actual scene might offer the painter as material for a work was now more important than any painterly depiction or comment about the scene. And, unlike what you hear about the flatness of these canvases and denial of depth, Hofmann only spoke of depth! Yes, the picture plane would be acknowledged at all times, illusionistic depth was verboten. The tense drama of painting, however, would be the play of implied depth on a clearly two-dimensional surface. Facts are facts. Meaning that a terrible sense of betrayal was brought on when my work plunged into both illusionistic depth and deep concern about the pictured subject. But illusionistic depth was available photographically, and in cinema, in a way it was not available to painting, and it was (Hofmann’s use of the word) plastic in that as vision alone -illusion- it could be played with and made to perform in ways impossible to substantial reality. That was fun, and sanity-making in that it demonstrated the limits of human sense perception. Hubris is difficult to arrive at when you know your powers of perception are provisional and have everything to do with what sort of animal you happen to be. Ken Jacobs, 6/5/2010
Fotografias dos anos 70 animadas digitalmente, efeitos 3-D para serem vistos sem óculos até por espectadores com um olho só. Jonas Mekas, Peter Kubelka e respectivas famílias comendo fora e regressando a casa no metro de Nova Iorque. Aparecem Flo Jacobs e Azazel. O computador, tendo em conta a localização, simula a técnica de pintura. Stereo photos from the Seventies digitally animated, 3-D effects to be seen without spectacles even by one-eyed viewers. Jonas Mekas and Peter Kubelka and families eating out, then returning some via NY subway. Flo Jacobs and Azazel appear. The computer, considering location, emulates painting technique.
WHAT HAPPENED ON 23RD STREET IN 1901 Ken Jacobs, 2009 EUA USA, 14’, DVD Loop, BW
“Um casal caminha em direcção à câmara, uma grelha de ventilação no passeio levanta o vestido da mulher. Nesta reavaliação cinematográfica, a acção é simultaneamente acelerada e refreada. A progressão geral é prolongada para que um minuto de imagens gravadas leve dez minutos a passar no ecrã. A acção de rua encontra-se com uma necessidade de ver mais, e desce então sobre o acontecimento uma tempestade repentina de técnicas de investigação sob a forma de uma máquina de gerar frames de cinema”
134
Jacobs aplica animação digital de três dimensões a um filme com um século de existência de Edwin S. Porter, o pioneiro realizador da companhia de produção de Thomas Edison. O filme What Happened on 23rd Street (1901) foi anunciado no catálogo Edison como “um êxito que irá certamente agradar”, dando-nos a
“A couple walks towards the camera, a sidewalk airvent pushes the woman’s dress up. In this cine-reassessment, the action is simultaneously both speeded up and slowed down. Overall progression is prolonged, so that a minute of recorded life-action takes ten minutes now to pass onscreen. The street-action meets with a need to see more, and there descends upon the event a sudden storm of investigative technique in the form of rapid churning of film-frames.”
Em Capitalism: Slavery, Jacobs utiliza uma estereografia vitoriana (uma fotografia dupla) de escravos na apanha do algodão, sob o olhar atento do capataz branco, como base para este impressionante filme mudo. Através da manipulação digital, Jacobs cria uma ilusão de profundidade e movimento perturbadora. É como se tivesse entrado na imagem e tivesse reactivado este momento histórico; ele move-se por entre as figuras e isola os indivíduos, criando um efeito pulsante e intermitente que sugere movimento ao mesmo tempo que anima a estase. Ken Jacobs writes: “An antique stereograph image of cotton-pickers, computer-animated to present the scene in an active depth even to single-eyed viewers. Silent, mournful, brief.” In Capitalism: Slavery, Jacobs uses a Victorian stereograph (a double-photograph) of slaves picking cotton under the watchful eye of a white overseer as the source for this wrenching silent work. Through digital manipulation, Jacobs creates a haunting illusion of depth and movement. It is as if he has “entered” the image and reactivated this historical moment; he moves among the figures and isolates individuals, creating a stuttering, pulsing effect that suggests motion even as it animates stasis.
EXCERPT FROM THE SKY SOCIALIST STRATIFIED Ken Jacobs, 2009 EUA USA, 18’, DVD Loop, COL
Jacobs applies three-dimensional digital animation to a century-old film by Edwin S. Porter, the pioneering motion picture director for Thomas Edison’s production company. Porter’s 1901 movie What Happened on 23rd Street was advertised in the Edison Catalog as “a winner and sure to please,” offering a glimpse of a “young lady’s skirts suddenly raised to an almost unreasonable height, greatly to her horror and much to the amusement of the newsboys, bootblacks, and passersby.” In his revision, Jacobs stretches the film to thirteen times its original length. The use of slow motion is a teasing promise to reveal more of the iconic skirt-billowing scene; however, the strobe effect, crucial to Jacobs’ 3-D technique, obscures the action.
CAPITALISM: SLAVERY Ken Jacobs, 2006 EUA USA, 03’, DVD Loop, COL
Ken Jacobs: “uma imagem estereográfica antiga de trabalhadores na apanha de algodão animada por computador para apresentar a cena numa profundidade activa até para espectadores com um olho só. Mudo, sombrio, breve.”
KJ
[KJ] Ken Jacobs Action Cinema
oportunidade de ver “a saia de uma rapariga que é levantada a uma altura quase perversa, para seu horror e diversão dos vendedores de jornais, engraxadores e transeuntes.” Nesta versão, Jacobs amplia o filme 13 vezes a duração original. A utilização da câmara lenta é uma provocação que promete revelar mais desta cena icónica que retrata uma saia esvoaçante; no entanto o efeito strobe, crucial na técnica 3D de Jacobs, ofusca a acção.
“Uma visita digital ao sítio onde Flo e eu estivemos em 1964/1965. Eu tinha quase trinta mas a Flo, a minha jovem noiva, ainda não tinha vinte e três. Depois filmei The Sky Socialist, um filme alegre durante a época do assalto das forças norte americanas ao povo vietnamita. A função do cinema, tal como eu o entendia na altura, era mentir de forma a tornar a história suportável. A mentira, no entanto, devia ser suficientemente óbvia para aludir à verdade; o cinema era uma mentira que convidava a ver através dele, era como a religião mas com um pouco mais de brilho” “A digital visit in 2009 to where we, Flo and I, had been in 1964/1965. I was entering my thirties but Flo, my child-bride, was turning twenty-three. I then filmed The Sky Socialist, a sunny feature during the time of US assault upon the Vietnamese people. The purpose of cinema as I understood it then was to lie, in order to make history bearable. The lie, however, was to be obvious enough so as to allude to the truth; film was a lie that invited seeing through, it was like religion but with a more of a wink.”
135
KJ
GRAVITY IS TOPS Ken Jacobs, 2009
some says, so unexpectedly’on’ when the situation demanded. The cameraman for Blonde Cobra and much beloved by the next generation of New York film-makers.”
EUA USA, 10’, DVD Loop, COL
THE DAY WAS A SCORCHER Ken Jacobs, 2009 EUA USA, 8’, DVD Loop, COL
[KJ] Ken Jacobs Action Cinema
“As forças ocultas do cinema conspiram juntamente com um instante da história para produzir acções que nunca aconteceram nem podiam acontecer. 3D para toda a gente (um olho é suficiente). Relativamente ao título, ouve-se em todos os lados que “Deus é grande”. Eu não percebo, tendo em conta que ninguém está a ouvir, ou a ver, ou a fazer seja o que for acerca do que se passa aqui. No entanto, a força da gravidade sim que existe, pelo menos por agora, até que o universo se dissipe mais, e a gravidade decida a maior parte – se não decidir tudo - o que acontece no globo.” “The hidden forces of Cinema conspire with an instant of history to produce actions that never were or could be. 3D for everyone (one eye will do). Regarding the title, one hears on all sides that’God is great’. I don’t get it, seeing that no one is listening or watching or doing anything about what happens here. However, gravity surely exists, if only for now, until the universe dissipates further, and gravity clearly decides much – if not everything on the globe – that happens.”
“A estrela de cinema Flo, Nisi a rapariga pensativa e Aza, com idade para nos acompanhar mas ainda à espera de ser empurrada num carrinho. O sol não brinca quando faz um dia bonito em Roma. Mas o dia é perfeito quando – como se diz - nada acontece.” “Movie-star Flo, Nisi the thoughtful young girl, and Aza old enough to trudge with the rest of us but still expecting to be pushed around on wheels. The sun doesn’t kid around when it’s a sunny day in Rome. But it’s a perfect day, when – as said – nothing happens.”
JONAS MEKAS IN KODACHROME DAYS Ken Jacobs, 2009 EUA USA, 03’, DVD Loop, COL
BOB FLEISCHNER DYING Ken Jacobs, 2009 EUA USA, 03’, DVD Loop, COL
“Bob permite que a sua imagem enferma e em declínio seja captada em fotografia estéreo. Um homem misterioso, tão banal em algumas coisas, tão inesperadamente “lá” quando a situação o exigia. Bob, o cameraman de Blonde Cobra, venerado pela geração seguinte de realizadores nova-iorquinos.”
136
“Bob allows his sick and fading image to be caught in stereo photography. A man of mystery, so banal in
“Jonas continua mais famoso por não agir como um famoso. Neste filme podemos vê-lo longe do público, passeando calmamente pelo cosmos enquanto a história acontece noutro sítio (a não ser que estejamos enganados e os momentos mais importantes e reveladores sejam os momentos “à vontade’).” “Jonas remains most famous for not acting famous. Here he can be seen away from film audiences, dawdling in the cosmos while history happens elsewhere (unless we are mistaken and the most meaningful and revealing moments are the moments’at ease’).”
NYMPH
THE DISCOVERY
Ken Jacobs, Erik Nelson, Flo Jacobs, 2007
Ken Jacobs, 2008
EUA USA, 2’09’’, DVD Loop, COL
EUA USA, 5’, DVD Loop, COL
KJ
Uma rápida justaposição permite que duas persectivas planas possam ser vistas em três dimensões. Rapid juxtaposition allows two flat perspectives to be seen in stereo.
A bela do baile rodeada por pretendentes. Um poderoso filme 3-D que pode ser visto sem óculos especiais e até por um só olho. The belle of the ball surrounded by suitors. A vigorous 3-D that can be seen without special spectacles and even by the one-eyed.
Ken Jabocs, 2007 EUA USA, 1’, DVD Loop, COL
[KJ] Ken Jacobs Action Cinema
WE ARE CHARMING
Estereografia antiga de bailarinas em repouso. Uma inclina-se para a frente para mostrar o peito. A câmara estéreo preserva a sua presença jovem para sempre. Early stereograph of dancers at rest. One leans forward to display her bosom. The stereo-camera preserves their youthful presence forever.
137
KJ1
INTO THE DEPTHS OF THE EVEN GREATER DEPRESSION Ken Jacobs, Flo Jacobs, 2010
Performance ao Vivo Live Performance
a avidez não são tão positivos, que Ayn Rand apodreça no caixão. Neste momento, quem precisa de uma arte que esteja aquém da exaltação? Pretendo que a minha próxima performance se deixe levar e seja completamente excitante. Em algum momento a humanidade terá de fazer a limpeza, é melhor que seja noutra era e não nos próximos dez anos mais ou menos e pelas nossas próprias mãos... Melhor seria se a ciência, a razão e a decência prevalecessem começando já.” Ken Jacobs
Along with his movies, Ken Jacobs has created a significant number of performances under the banner of what he’s called’The Nervous System’. Ken Jacobs invents his own instruments and manipulates the projection during the performance. He creates rhythmic effects, getting a depth or relief never achieved before. His performances challenge traditional perceptions of time, space and image, disrupting and disorienting the viewer.
[KJ] Ken Jacobs Performance
The Nervous Magic Lantern Juntamente com os seus filmes, Ken Jacobs criou um número significativo de performances sob a designação’The Nervous System’. Nestas obras, Ken Jacobs inventa os seus próprios instrumentos e manipula a projecção durante a performance. Jacobs cria efeitos rítmicos, criando uma profundidade e um relevo nunca antes conseguidos. As suas performances desafiam a percepção tradicional do tempo, do espaço e da imagem, perturbando e desorientando o espectador. “The Nervous Magic Lantern” é surpreendentemente low tech e podia ter sido feita há séculos. Uma hélice leve (eu uso esferovite) gira, interrompendo de forma rítmica um feixe de luz. (Pensem na luz do sol a entrar por uma abertura dentro de uma caverna escura e projectando uma imagem invertida do exterior nas paredes da caverna. As criaturas que assistem não têm ideia do que se passa e assustam-se completamente mas um homem com sentido criativo põe a mão sobre a abertura, diz que tem uma ligação às forças superiores e cobra entradas para assistir ao milagre - inventa a religião, o cinema e o capitalismo de uma só vez!). Uma lente foca esta luz num ecrã, eu coloco e manipulo coisas por detrás da lente, dando novas formas às imagens que aparecem no ecrã, obtendo um efeito espectacular sobre o cérebro. Cria-se a ilusão de uma enorme profundidade e as coisas parecem mexer-se apesar de se manterem no mesmo sítio. Chamo-lhes Eternalismos, e não se parecem a nada que conheçamos da realidade. (Não é usada magia de qualquer espécie.) Rorschaching faz o resto” Inteligente, muito inteligente, então porquê a atitude intimidatória? Grande, maior, a maior. Uma recessão ainda mais espectacular que a dos anos 30? Com o resultado provável de uma Guerra nuclear com o provável não dos chineses aos dólares americanos em troca das suas mercadorias tangíveis (ver Michael-hudson.com). Esta apresentação de fenómenos lanterna mágica “Nervous Magic Lantern” é feita sob o peso da realidade, do que está a acontecer à nossa volta e a nós. Parece ser a nossa sorte, nós, os conquistadores do Mal, o egoísmo e 138
“The Nervous Magic Lantern” is strikingly low tech and could have come about centuries ago. A lightweight propeller (I use styrofoam) turns and rhythmically interrupts a flow of light. (Think of bright sunlight pouring in through a small opening into a dark space and sending an inverted image of the outside onto cave walls. Unknowing creatures are scared out of their wits but one enterprising fellow holds his hand over the opening, says he has an in with superior forces and charges admission to see the miracle, inventing religion, cinema, and capitalism all in one brilliant stroke). A lens focuses this light on a reflective screen. I place and manipulate things behind the lens, reshaping screen imagery while light comes pulsing from the screen with a remarkable effect on the brain. An illusion of vast depth is produced and things seem to advance while remaining in place. Eternalisms I call them, and they’re like nothing we see in life. (No actual magic is used at any time.) Rorschaching does the rest. Clever, very clever, so why the baleful mood? Great greater greatest. An even more splendid depression than the 1930’s? With a likely outcome of nuclear war as the Chinese eventually say no to America’s paper dollars in exchange for their actual commodities (see michael-hudson.com). This presentation of Nervous Magic Lantern phenomena is burdened with awareness of what’s happening around us and to us. It seems just our luck, we vanquishers of Evil, that selfishness and greed are not so good, may Ayn Rand rot in her grave. Now who needs an art that’s less than exaltation? I intend my next performance to entirely go with the moment of performance and to be entirely elating. Humanity has to clear out sometime, better of course in another eon or two and not in ten years more or less and by our own hands, some of them. Better, that is, if science and reason and common decency were to prevail starting now. “ Ken Jacobs
TWO WRENCHING DEPARTURES
na realização deste filme, começando pelas leis da gravidade.”
KJ2
Ken Jacobs
Ken Jacobs, 2006 EUA USA, 10’, Video, BW
Em Outubro de 1989, dois amigos, Bob Fleischner e Jack Smith, que não se falavam há algum tempo morreram no espaço de uma semana. Ken Jacobs conheceu Fleischner em 1955 no curso nocturno da CUNY onde os três estudavam técnicas de câmara. Esta longa metragem, estreada em 1989 e exibida como performance Nervous System, é um “requiem luminoso” (Mark McElhatten) e uma resposta à morte dos dois amigos de Jacobs.
In October 1989, estranged friends Bob Fleischner and Jack Smith died within a week of each other. Ken Jacobs met Smith through Fleischner in 1955 at CUNY night school, where the three were studying camera techniques. This feature-length work, first performed in 1989 as a live Nervous System piece, is a “luminous threnody” (Mark McElhatten) made in response to the loss of Jacobs’ friends. Jacobs had especially worked very closely with Smith and thanks to their cooperation he had a treasure trove of film material by the two artists. Two Wrenching Departures provides insight into the early years of the New York new cinema in a way that makes the visual opulence and whimsicality of it tangible. Visual vibrations from a cosmic time. Jacobs has worked in recent years as the digital librarian of his own film performances that were legendary thanks to the surprising quality of the often one-off work that most people, even connoisseurs of the New York avant-garde, only know from standard works or second-hand. The digital versions not only make these films accessible, they keep them accessible. That is Cinema Regained.
THE SURGING SEA OF HUMANITY Ken Jacobs, 2006 EUA USA, EXP, 10’41’’, Video, COL
“Estereografia de um grupo de pessoas na abertura da exposição do centenário dos EUA em 1893. Transforma-se num filme, num 3D enorme de uma paisagem crua e enrugada até que as pessoas regressam e a imagem se recompõe. Muitas leis foram violadas
“Stereograph of the crowd at the opening of the US Centennial Exposition of 1893. It turns into a movie. Into an enormous rugged and craggy 3-D landscape.... before the people return and the scene is righted again. Many laws were broken in the making of this movie, beginning with laws of gravity.” Ken Jacobs
THE SCENIC ROUTE THE SCENIC ROUTE
Ken Jacobs, 2008 EUA USA, 25’, Video, BW, COL
[KJ] Ken Jacobs Master Class
Jacobs tinha trabalhado bastante, especialmente com Smith, e graças a essas colaborações possuía um baú de material filmado dos dois artistas. Two Wrenching Departures permite-nos ver como foram os primeiros anos do cinema novo de Nova Iorque de uma forma que torna tangível a sua opulência visual e a sua peculiaridade. Vibrações visuais de uma época cósmica. Nos últimos anos, Jacobs tem trabalhado como o bibliotecário digital das suas performances cinemáticas que se tornaram lendárias graças à surpreendente qualidade das apresentações únicas que a maior parte das pessoas, até connoisseurs da vanguarda novaiorquina apenas conhecem de obras standard ou de segunda mão. As versões digitais não só tornam estes filmes acessíveis como os mantêm acessíveis. Isso é o Cinema Recuperado.
“Uma das coisas boas do cinema é que podíamos mantê-lo à distância. Os filmes conheciam o seu lugar. Nós tínhamos dimensões, eles eram planos, então era fácil saber qual era qual. Mas The Scenic Route aparentemente sai do ecrã para fora, ameaçando as linhas de demarcação por toda a parte.” “One of the nice things about movies was you could keep them at a distance. Movies knew their place. We were dimensional, they were flat, so it was easy to know which was which. But THE SCENIC ROUTE seemingly spills from the screen, threatening demarcation lines everywhere.”
139
KJ3
GIFT OF FIRE: NINETEEN (OBSCURE) FRAMES THAT CHANGED THE WORLD
GLOBE Ken Jacobs, 1971 EUA USA, 22’, Video, COL, Pulfrich Filters 3D
Ken Jacobs, 2007
[KJ] Ken Jacobs Analog 3D
EUA USA, 27:30, Video, COL, Anaglyph 3D
140
Inicialmente apresentado como instalação na exposição Evolution 2007 na Lumen de Leeds, Gift of Fire, presta uma atenção fetichista ao que é provavelmente o primeiro filme da história: Le Prince (1888) de LouisAimé-Augustin. Imagens de tráfico cruzando a ponte de Leeds. Nesta obra, Jacobs continua a sua investigação intelectual e científica sobre a história do cinema e os fenómenos visuais, apresentando as imagens em 3D anaglífico e a cores, entrecortadas com texto e cenas notáveis de filmes, tais como os degraus de Odessa do Couraçado de Potemkine de Sergei Eisenstein. O fragmento de Leeds, com apenas 19 frames, é de uma cena relativamente vulgar. Em Gift of Fire, Jacobs destaca as implicações monumentais da sua posição de honra nos primórdios da arte cinematográfica. Originally presented as an installation in the exhibition Evolution 2007 at Lumen in Leeds, Gift of Fire devotes fetishistic attention to what is probably the first film in history: Louis-Aimé-Augustin Le Prince’s 1888 footage of traffic crossing Leeds Bridge. Jacobs continues his intellectual and scientific experimentation with cinema history and visual phenomena by displaying the footage in anaglyph 3-D color, intercut with contextual text and other legendary film scenes, such as the Odessa Steps sequence in Sergei Eisenstein’s Battleship Potemkin. The Leeds fragment, only nineteen frames long, is of a relatively mundane street scene. In Gift of Fire, Jacobs underscores the monumental implications of its honored place at the dawn of moving image art.
(Título anterior: EXCERPT FROM THE RUSSIAN REVOLUTION) Projecção normal. Imagem plana (de uma zona residencial suburbana coberta de neve) aparece em 3D apenas quando o espectador coloca o Eye Opener (Abridor de Olho) no olho direito. (Mantendo os dois olhos abertos, obviamente) Como em todas as experiências estéreo, os assentos do meio são os melhores. O espaço torna-se mais profundo à medida que nos afastamos do ecrã. A banda sonora (found-sound) é para adultos (nem para crianças, nem para Nancy Reagan) mas é importante para que o o equilibrio perfeito (Globe é simétrico) que o filme faz entre o divino e o profano. (Previously titled: EXCERPT FROM THE RUSSIAN REVOLUTION) Normal Projection. Flat image (of snowbound suburban housing tract) blossoms into 3D only when viewer places Eye Opener before the right eye. (Keeping both eyes open, of course. As with all stereo experiences, center seats are best. Space will deepen as one views further from the screen.) The found-sound is X-ratable (not for children or Nancy Reagan) but is important to the film’s perfect balance (GLOBE is symmetrical) of divine and profane.
OPENING THE NINETEENTH CENTURY: 1896 OPENING THE NINETEENTH CENTURY: 1896
Ken Jacobs, 1990 EUA USA, 09’, Video, Pulfrich Filters 3D
A película é simétrica e pode ser exibida de qualquer um dos seus limites. Directores de fotografia: Eugene Promio, Felix Mesgusch, Francis Doublier. A Cinematheque Francaise data os originais, talvez exposições de câmaras em movimento, como de 1896. A luz do projector mantém o seu ângulo ao atingir o ecrã e continua, introduzindo não só luz como também volume à medida que Paris, Cairo e Veneza de há um século vão passando. Instruções 3D para o espectador: Ao passar pelo túnel, a meio do filme, uma luz vermelha indicar-lhe–á que deve trocar o filtro de Pulfrich do olho direito para o olho esquerdo (mantenha os dois olhos abertos). Os assentos do meio são os melhores: a profundidade aumenta com o afastamento do ecrã.
Segure os filtro pela ponta para preservar a nitidez – qualquer uma das faces do filtro pode estar de frente para o ecrã. O filtro pode ter qualquer inclinação, não existe lado de cima e lado de baixo. Outra coisa: dois filtros no mesmo olho não dá melhor resultado que um, e um filtro diante de cada olho anula o efeito.
Jacobs: “I’ve called it the first landscape film deserving of an X-rating, and that it is, yet its secret subtitle is - I must whisper - (Celestial Railway).”
KJ3
CAPITALISM: CHILD LABOR Ken Jacobs, 2006
Film is symmetrical and can be shown from either end. Cinematographers: Eugene Promio, Felix Mesgusch, Francis Doublier. Cinematheque Francaise places originals, perhaps exposures from cameras in motion, to 1896. Shafting the screen: the projector beam maintains its angle as it meets the screen and keeps on going, introducing volume as well as light, just as the Paris, Cairo, and Venice of a century ago happen to pass. 3-D Instructions To Viewer: Passing through the tunnel mid-film, a red flash will signal you to switch your single Pulfrich filter from before your right eye to before your left (keep both eyes open). Center-seating is best: depth deepens viewing further from the screen. Handle filter by edges to preserve clarity – Either side of filter may face screen. Filter can be held at any angle, there’s no “up” or “down” side. Also, two filters before an eye does not work better than one, and a filter in front of each only negates the effect.
THE GEORGETOWN LOOP Ken Jacobs, 1996 EUA USA, 11’, Video, BW
Estreado no âmbito do sistema de performance de filmes “Nervous System” de Ken Jacobs, The Georgetown Loop tem por base imagens de arquivo de 1903 às quais Jacobs justapôs imagens simétricas produzindo uma projecção caleidoscópica em ecrã duplo. O filme original mostra um travelling feito da janela de um comboio que atravessa as Colorado Rockies, e nesta nova forma hipnótica, acaba por sugerir o movimento da própria percepção. Jacobs escreve “chamei-lhe o primeiro filme sobre paisagens que merece ser para adultos, e assim é, no entanto o seu subtítulo secreto é – tenho de murmurar - (Celestial Railway). First screened as part of Jacobs’ “Nervous System” film performance, The Georgetown Loop is based on an archival film from 1903, which Jacobs pairs with its mirror double to produce a kaleidoscopic two-screen projection. The original film depicts a journey shot from the cab of a train passing through the Colorado Rockies, and, in this hypnotic new form, comes to suggest the movement of consciousness itself. Writes
Em Capitalism: Child Labor, Jacobs leva a cabo a animação digital de uma fotografia estereoscópica Vitoriana que retrata uma fábrica do século XIX repleta de máquinas e de crianças operárias. Jacobs isola os rostos dos indivíduos e os detalhes das imagens como se estivesse à procura do humano e do particular dentro deste campo mecanizado de produção em massa. O espaço parece dobrar-se sobre si próprio enquanto Jacobs activa a estereografia; a imagem agitada pulsa e treme mas o movimento nunca progride realmente. Jacobs diz “ Uma estereografia que celebra a produção de fio numa fábrica. Muitas bobines de fio em espiral numa enorme fábrica iluminada com luz natural, as várias máquinas controladas por um punhado de pessoas. Pessoas? Algumas são crianças. Eu activo a fotografia dupla, o compositor Rick Reed recria o barulho das máquinas. Têm pena dos garotos? Certamente que serão salvos pelos patrões! ’Rapazes, dirão, ’Temos cá preparada uma guerra para vocês!
[KJ] Ken Jacobs Analog 3D
EUA USA, 14’, Video, COL
In Capitalism: Child Labor Jacobs digitally animates a Victorian stereoscopic photograph of a 19th-century factory floor, crowded with machinery and child workers. Jacobs isolates the faces of individuals and details of the image, as if searching out the human and the particular within this mechanized field of mass production. Space appears to fold in on itself as Jacobs activates the stereograph; the agitated image flickers and stutters, but the motion never, in fact, progresses. Writes Jacobs: “A stereograph celebrating factory production of thread. Many bobbins of thread coil in a great sky-lit factory space, the many machines manned by a handful of people. Manned? Some are children. I activate the double-photograph, composer Rick Reed suggests the machine din. Your heart bleeding for the kids? The children will surely be rescued and by their bosses! ’Boys,’ they will say,’ Have we got a war for you.’” Música Music Rick Reed 141
KJ4
STAR SPANGLED TO DEATH Ken Jacobs, 1960 - 2004 EUA USA, EXP, 7h20’, DVD, BW, COL
Filmado entre 1956 e 59 e montado em 1960. O filme perdeu o vigor e durante muitos anos ficou a aguardar financiamento para o trabalho de laboratório. Foi finalmente montado em video (editado por Nisi Jacobs) entre 2003 e 2004. Filme em 4 partes, 440 minutos.
[KJ] Ken Jacobs · Longa Metragem Feature film
Filmed 1956-59, first edit 1960. The film languished for many years for want of laboratory funding before completion as video (assisted by Nisi Jacobs at the computer) in 2003-4. In 4 parts, 440 min.
Produção Production Playtime de Ken Jacobs Lugar Place No-Future-Land, N.Y. Actores Main Actors Jack Smith (The Spirit Not Of Life But Of Living), Jerry Sims (Suffering); Gib Taylor Bill Carpenter (The Two Evils);Cecilia Swann (Misplaced Charity). Laurie Taylor, Bob Fleischner, Reese Haire Jim Enterline (The Future). Ken Jacobs (Oscar Friendly, Ringmaster, Janitor). Contacto de Cópias Copy Contact Ken Jacobs, nervousken@aol.com
Ken Jacobs apresentou recentemente Star Spangled to Death uma cine-colagem épica com mais de sete horas e meia de duração que começou a produzir em 1956. “Uma ampla e exaustiva história dos Estados Unidos vista pela perspectiva dos que estão à margem”. Star Spangled to Death descreve tudo o que fascina e perturba o realizador no seu país, apresentando a América como um imbróglio de ideologias distorcidas. O filme mistura found footage (incluindo um filme da campanha de Nelson Rockefeller, desenhos animados racistas e antigas curtas pornográficas) com trechos originais que Jacobs filmou entre 1957 e 1959 com dois dos seus amigos outsiders e artistas: o lendário Jack Smith que vagueia pelas ruas vestido com roupas improvisadas e feitas de lixo, tentando falar com estranhos e Jerry Sims, o frustrado habitante de um bloco de apartamentos, que se queixa ininterruptamente de tudo e de todos. O New York Times chamou-lhe “o filme underground perfeito, subversivo e frequentemente hilariante”.
142
Ken Jacobs recently released Star Spangled to Death, an epic seven-and-a-half-hour cine-collage that he began making in 1956. It has been described as’an exhaus tive, sprawling history of America ... as seen through the eyes of those on the margins’. Star Spangled to Death maps everything that fascinates and distresses the filmmaker about his country, presenting America as imbroglio of warped ideologies. The film intercuts found footage (including a Nelson Rockefeller campaign film, inflammatory racist cartoons, and old-time nudie shorts) with whimsical footage Jacobs shot between 1957 and 1959 featuring two of his outcast artist pals: avant-garde legend Jack Smith, who wanders the streets dressed in outfits improvised from garbage seeking to engage strangers, and frustrated tenementdweller Jerry Sims, who complains endlessly about anything and everything. The New York Times called it’the ultimate underground movie, subversive, and frequently hilarious’.
[LAR] LARRIEU IN FOCUS
LARRIEU IN FOCUS
LR
Arnaud e Jean-Marie Larrieu Arnaud and Jean-Marie Larrieu
[LR] Larrieu
Os irmãos Arnaud e Jean-Marie Larrieu desde cedo têm um contacto bastante próximo com o cinema, uma paixão que vem do seu avô – originário dos Pirenéus – que faz, em 16mm, filmes de montanha, encomendas de estações de ski e home movies. Com essa referência familiar, segue-se o hábito, já na adolescência, de filmar em super-8. Filmam, sobretudo, pequenos filmes caseiros onde mostram a realidade que os circunda, sobretudo a sua terra natal, Lourdes que fica na montanha, no Alto dos Pirinéus. Esse universo juvenil perseguirá, para sempre, a miseen-scène dos seus filmes. Esta identidade dos Pirinéus é descrita por Jean-Marie como “mais complicada do que parece. Os franceses têm uma atitude específica em relação à província, que costumam olhar com desconfiança. Nós não defendemos uma região contra o resto do mundo. Os Pirinéus são apenas um estúdio que conhecemos como a palma das nossas mãos”. Apesar do contacto constante com o cinema, desde a infância, os irmãos não conseguem entrar na escola de cinema, e estudam literatura e filosofia. Mesmo com esse falhanço académico, a partir de meados dos anos 80 os Larrieu filmam diversas curtas metragens premiadas em festivais: “Court voyage” (1987), “Temps couvert” (1988), “Les Baigneurs” (1991), “Ce jour-là” (1992) e “Bernard ou les apparitions” (1993). Nestas curtas, os irmãos vão trocando os papéis, ora escrevendo, ora realizando, sendo que “Ce jour-là” é a primeira co-realização oficial . Ao mesmo tempo, vão aperfeiçoando o argumento da sua primeira longa-metragem, “Fin d’été” (1999), um conto sobre uma comunidade que vive à margem da sociedade, num dos vales da Montagne Noire, no sul de França.
144
Em 2000, dirigem pela primeira vez o actor Mathieu Amalric na média-metragem “La Brèche de Roland”, que retrata as férias tumultuosas de uma família na montanha, e que o Curtas Vila do Conde mostrou em competição em 2001, ano em que dirigiram a actriz Hé lène Fillières na curta metragem “Madonna à Lourdes”. Em 2003 reúnem ambos, Amalric e Fillières, na longametragem “Un homme, un vrai”, que retrata a evolução de um casal em três períodos distintos. Em 2005, segue-se a longa-metragem “Peindre ou faire l’amour”,
que o Curtas Vila do Conde apresentou na sua secção In Progress (agora Da Curta à Longa). Mais uma vez, o filme retrata um casal que, ao mudar-se para uma casa no campo, re-descobre a sexualidade através de um estranho casal que encontram (o que os levará à prática de swing).
Do mesmo ano, é o documentário autobiográfico “Les fenêtres sont ouvertes”, onde evocam a história da sua família, a sua infância e os seus primeiros passos no cinema. O filme é um excelente percurso sobre as suas obsessões, especialmente os lugares e as imagens que fazem parte da sua infância e adolescência. A montanha é mais uma vez evocada em “Le voyage aux Pyrennées” (2008), e é, novamente, a região de fronteira entre França e Espanha que serve de cenário apocalíptico do seu mais recente filme, “Les derniers jours du monde” (2009), de novo com Mathieu Amalric. Filme de ficção científica “realista”, retrata um fim do mundo explosivo: bombas nucleares em Moscovo, bombardeamentos em Paris ou um vírus letal em Itália. Biarritz, onde o filme se inicia e onde se manterá durante algum tempo, está sob a chuva regular de cinzas. É neste contexto que a história se centra numa viagem de Robinson, um homem de meia-idade, à procura de uma mulher, a bela Lae, e onde os prazeres da carne estão à flor da pele. O cinema dos irmão Larrieu é, assim, um concentrado de imagens e temas obsessivos. É interessante, nesse sentido, ver o documentário autobiográfico, porque se descobre, a cada momento, sinais de uma referência idílica de uma paisagem que é o horizonte constante destes filmes: a montanha dos Pirinéus, coberta ou não de neve (embora o campo, tout court, seja também um lugar importante na sua filmografia). Esse background só é quebrado quando os Larrieu, em certos momentos de certos filmes, se aproximam da cidade. Nesse sentido, há uma dicotomia que prolonga a necessidade de fazer marcar a mise-en-scène das suas narrativas, que é representado por uma oposição entre o campo e a cidade. É, por isso, que, em outros filmes, é a natureza, por si só, que espanta e atormenta as personagens. Curiosamente, há, em cada película, uma viagem de refúgio (normalmente, da cidade para o campo), como em “Peindre ou faire l’amour” ou “ La Brèche de Roland” e até mesmo em “Les derniers jours du monde”. Só que essa imagem idílica, afinal, não vai servir de redenção, mas antes provoca um tumulto interior nas personagens. Em “La Brèche de Roland” é, por exemplo, o caso de uma família que se vai desagregando, a ponto dos pais perderem os seus filhos na escalada da montanha. O pai (apenas com o mãe), ao chegar lá em cima, observa, embevecido, a brecha de Roland, o seu objectivo final. Em “Peindre ou faire l’amour” é a descoberta de um estranho cego que re-configura o conceito de sexualidade do casal protagonista. Daí que nada escape ao olhar da dupla de realizadores,
a very particular attitude towards provincial rural areas, which they mistrust. We don’t defend a region against the rest of the world. The Pyrenees just happens to be a film set that we know like the back of our hands.” Despite their interest and experience in film, they failed to be accepted in a film school and studied literature and philosophy. Notwithstanding this academic failure, during the mid 1980s the brothers Larrieu filmed several short films, which received several awards at film festivals: “Court voyage” (1987), “Temps couvert” (1988), “Les Baigneurs” (1991), “Ce jour-là” (1992) and “Bernard ou les apparitions” (1993). In these films, the brothers exchanged roles between scriptwriting and direction with “Ce jour-là” being the first film in which they appeared as co-directors. During this time they fine-tuned the script for their first feature film, “Fin d’été” (1999), a tale about a community that lives in the boundaries of society in one of the valleys of the Montagne Noire, in the south of France. They worked with actor Mathieu Amalric for the first time in 2000 for “La Brèche de Roland”, which depicts the troubled holidays of a mountain family, shown in competition during Curtas Vila do Conde 2001. That same year they worked with actress Hélène Fillières in the short “Madonna à Lourdes”, and in 2003 they brought together Amalric and Fillières in the feature “Un homme, un vrai”, about a couple in three different stages of life. In 2005 they filmed “Peindre ou faire l’amour”, shown in Curtas Vila do Conde. Again, the theme is a couple that moves into a new country home and rediscovers sexuality through the acquaintance of a strange couple (leading them to try swinging).
A carreira dos irmãos Larrieu tem sido progressiva e os críticos pouco a pouco, a cada filme que fazem, começam a entusiasmar-se com este universo. Desde 2005, com a presença de “Peindre ou faire l’amour” na competição oficial do Festival de Cannes que os irmãos se abriram para uma audiência internacional, colocando-os como legítimos representantes de uma geração nova do cinema francês contemporâneo.
That same year they completed the autobiographical documentary “Les fenêtres sont ouvertes”, where they evoke their family’s history, their childhood and their first steps in filmmaking. The film is an excellent guided tour through their obsessions, especially the places and imagery from their early years. The mountain returned as a subject in “Le voyage aux Pyrennées” (2008), and again as the apocalyptical set for their most recent film, “Les derniers jours du monde” (2009), again with Mathieu Amalric. A “realistic” science fiction story that portrays an explosive end of the world: nuclear weapons in Moscow, bombings in Paris and a lethal virus in Italy. Biarritz, where the film starts and lingers for a while, is under ash rain. It’s in this setting that the focus of the film, Robinson’s journey, a middle-aged man in search of a beautiful woman named Lae, develops and where carnal pleasures abound. Their films are therefore a collection of obsessive images and themes. In this sense, it is interesting to watch their autobiographic documentary where we can witness a series of idyllic references to a scenery
LR
[LR] Larrieu
nem mesmo o simbolismo mais minucioso, como o nome de Robinson (o aventureiro que se perde na ilha deserta) para o protagonista de “Les derniers jours du monde” ou o de Adam e Eva (a descoberta da sexualidade no paraíso) como as personagens-iniciantes das práticas de swing em “Peindre ou faire l’amour”. É de uma estranheza narrativa que os filmes dos irmão Larrieu partem, como demonstra o seu último filme “Les derniers jours du monde”, mas que é um sinal omnipresente na forma como as histórias evoluem: as personagens têm encontros inesperados e a narrativa surpreende-os, assim como surpreende o espectador. É aí que a natureza (o contínuo destas histórias) se revela na sua grandeza física: é o impacto tremendo da natureza que altera, por completo, a forma de actuar das personagens. Estas, dessa forma, guiam-se quase exclusivamente por um desejo animal, que é também uma forma de lhes devolver a sua humanidade. Neste sentido, grande parte do centro narrativo recai sobre casais que se re-inventam, que fogem a um quotidiano banal para se transfigurarem. É essa a premissa, por exemplo, de “Les derniers jours du monde”: Robinson desfaz o seu casamento apenas por um impulso sexual quando vê na praia Lae (uma mulher escultural que trabalha num sex club). Desde esse momento, o objectivo narrativo da personagem é perseguir aquele fantasma, mesmo nas condições mais terríveis (o fim do mundo). Robinson não pensa noutra coisa. É aí, como vemos, que também reside uma tendência fundamental deste cinema: o sexo. Para os irmãos Larrieu, o sexo serve como impulso narrativo que faz re-descobrir as personagens, que as entrega a uma natureza irredutível. Neste sentido, estas narrativas mais não fazem que entregar as personagens a um estado primitivo, não num sentido naif, mas numa comunhão libertária.
The brothers Arnaud and Jean-Marie Larrieu had a very early start in cinema, an interest they inherited from their Pyrenean grandfather who made 16mm films about the mountains, commissions from ski resorts and home movies. In addition to this family background, the Larrieu brothers started filming in Super-8 in their teens, shooting mostly home movies that showed their surroundings, especially their hometown of Lourdes, in the mountainous region of the Pyrenees. Their experience as teenagers would haunt their films forever. Jean Marie describes the identity of the Pyrenees as “more complicated than it seems. French people have
145
that is the constant location of these films: the mountains of the Pyrenees, with or without snow (although the countryside, in general, is also a very important setting in their films). This background is only interrupted when, in some moments of their films, the brothers venture into town. There is therefore a dichotomy that prolongs the need to highlight the setting of their stories and which is represented by an opposition between countryside and city life. It is because of this that in other films it is nature that on its own scares and haunts the characters. Strangely enough, each film shows a journey where characters seek a haven (usually going from the city to the countryside) as in “Peindre ou faire l’amour”, “ La Brèche de Roland” and even in “Les derniers jours du monde”.
[LR] Larrieu
LR
Still, in the end, this idyllic image will not bring redemption, instead it will cause the characters internal turmoil. “La Brèche de Roland”, for instance, shows us a family that crumbles down slowly to the point where the parents lose their children during the mountain walk. When the father (accompanied only by the mother), reaches the top, he looks in awe at La Brèche de Roland, his final goal. In “Peindre ou faire l’amour”, it’s the chance encounter with a strange blind man that reshapes the couple’s sexual stance. That is why nothing escapes the gaze of the Larrieus, not even the minutest symbolism, such as the name Robinson (the castaway on the desert island) for the protagonist of “Les derniers jours du monde” and Adam and Eve (the discovery of sexuality in paradise) like the characters who facilitate the swinging in “Peindre ou faire l’amour”.
146
Their films start from a narrative strangeness as demonstrated by their latest “Les derniers jours du monde”: characters have unexpected encounters and the story surprises them, as it surprises the viewer. That is where nature (the constant in these stories) reveals itself in its physical grandeur: it is the tremendous impact of nature that completely changes the character’s actions. They are then guided almost exclusively by an animal desire, which is also a way of returning them to their humanity.
In this sense, a big part of the focus of their narratives is centred on couples that reinvent themselves, who step outside their banal everyday lives to transform themselves. This is the premise, for instance, in “Les derniers jours du monde”: Robinson breaks up his marriage to pursue a sexual impulse after seeing Lae on the beach (a sculptural woman who works in a sex club). From that point onward, the character’s goal is to follow that ghost, even in the direst conditions (the end of the world). Robinson can’t think about anything else. And here resides another trend in their films: sex. For the Larrieu brothers, sex acts as a narrative impulse leading the characters into self-discovery. Thus, these narratives deliver their characters to a primitive state, not in a naïf sense, but as a libertarian state of communion. The Farrieu brothers’ career has developed slowly and with every film the critics, slowly too, have started to show enthusiasm for their world. Since 2005, after “Peindre ou faire l’amour” was shown as part of the official selection at Cannes, their films have reached a wider international audience establishing them as legitimate members of a new generation of French contemporary filmmakers.
UN HOMME, UN VRAI
LR1
Arnaud Larrieu, Jean-Marie Larrieu, 2003 França France, FIC, 2h, 35mm, COL
No decorrer de uma festa em Paris, Marilyne, jovem quadro superior, e Boris, um aprendiz de cineasta declaram amor eterno quando, de facto, tinham acabado de se conhecer. Cinco anos mais tarde, durante uma estadia profissional nas Ilhas Baleares onde Boris e as crianças acompanham Marilyne, ela desaparece para viver um novo amor no mesmo momento em que Boris, cansado de ter que cumprir todas as tarefas caseiras, se preparava para a deixar, abandonando o marido e os dois filhos. Passados mais cinco anos, ela volta a aparecer nos confins dos Pirenéus, num grupo de Americanos. O homem que vai servir de guia não é outro senão Boris, irreconhecível. At a party somewhere in Paris, apprentice filmmaker Boris and young executive Marilyne act the part of a loving couple when, in fact, they have only just met. Fiction becomes reality when they do fall in love. Five years later... Marilyne goes to Ibiza on a business trip, accompanied by Boris and their two children. Boris, tired of being a househusband, is on the point of leaving her, when Marilyne takes off on a lover’s spree. Five years later... Marilyne reappears in the depths of the Pyrenees leading a group of American women on a ’personal growth’ tour. She learns that the man who is to introduce them to the mysteries of grouse mating rituals is none other than Boris. Just as, ten years earlier, they had played at being intimate when they were scarcely acquainted, Marilyne and Boris will now pretend to be strangers when they know each other intimately...
[LR] Larrieu· Sessão de Abertura Openning Screening
UM HOMEM A SÉRIO A MAN, A REAL ONE
Produção Produção Philippe Martin · Géraldine Michelot · Les films Pelléas, +33142743100, lesfilmspelleas@pelleas.fr, http://www.pelleas.fr Contacto de Cópia Copy Contact Paul Richer Pyramide International, +33142960220, pricher@pyramidefilms.com, http://www.pyramidefilms.com Argumento Script Arnaud e Jean-Marie Larrieu Fotografia Photography Christophe Beaucarne Montagem Editing Annette Dutertre Som Sound Olivier Mauvezin Música Music Philippe Katerine Actores Main Actores Mathieu Amalric, Hélène Fillières, Pierre Pellet
147
LR2
LES DERNIERS JOURS DU MONDE
[LR] Larrieu
OS ÚLTIMOS DIAS DO MUNDO HAPPY END
Arnaud Larrieu, Jean-Marie Larrieu, 2009 França France · Espanha Spain, FIC, 2h10’, 35mm, COL
Enquanto o fim do mundo se anuncia, Robinson Laborde tenta recuperar do falhanço de uma aventura sentimental pela qual se tinha decidido a abandonar a sua mulher. Apesar da iminência do desastre, ou mesmo para melhor o enfrentar, lança-se numa verdadeira odisseia amorosa pelas estradas de França e Espanha. While the end of the world approaches, Robinson Laborde tries to recover from the failure of an affair which had made him decide to leave his wife. Notwithstanding the impending doom, or even to better face it, he plunges into a real love odyssey through the roads of France and Spain. Produção Produção Bruno Pesery · Soudaine Compagnie, info@arenaetcompagnie.fr Contacto de Cópia Copy Contact Tamasa Distribution, +33143590101, contact@tamasadiffusion.com, http://www.tamasadiffusion.com Argumento Script Arnaud e Jean-Marie Larrieu, based on the novel by Dominique Noguez Fotografia Photography Thierry Arbogast Montagem Editing Annette Dutertre Som Sound Olivier Mauvezin, Béatrice Wick, Stéphane Thiébaut Música Music Leo Ferré, Bertrand Burgalat, Manuel de Falla Actores Main Actores Mathieu Amalric, Catherine Frot, Karin Viard, Sergi Lopez, Clotilde Hesme, Omahyra Mota, Pierre Pellet, Manon Beaudoin, Serge Bozon, Sabine Azema
148
LES FENÊTRES SONT OUVERTES
LR3
Arnaud Larrieu, Jean-Marie Larrieu, 2005 França France, DOC, 52’, Video, COL
[LR] Larrieu
AS JANELAS ESTÃO ABERTAS the windows are open
Documentário autobiográfico, onde os cineastas evocam a história da sua família, a sua infância e os seus primeiros passos no cinema. In this autobiographical documentary, the directors evoke their family’s history, their childhood and their first steps in filmmaking. Produção Produção Florence Mauro · Paul Rozenberg · Zadig Productions Contacto de Cópia Copy Contact Zadig Productions, +33158 30 8010, zadigprod@orange.fr, http://www.zadigproductions.fr Argumento Script Arnaud e Jean-Marie Larrieu Fotografia Photography Arnaud e Jean-Marie Larrieu Montagem Editing Annette Dutertre Som Sound Olivier Mauvezin
149
LR4
PEINDRE OU FAIRE L’AMOUR PINTAR OU FAZER AMOR to paint or make love
Arnaud Larrieu, Jean-Marie Larrieu, 2005
[LR] Larrieu
França France, FIC, 1h48’, 35mm, COL
Temos tendência para seguir as pessoas no seu quotidiano, numa série de experiências sensuais extraordinárias. William e Madelaine perturbamnos precisamente porque mantêm essa ligação ao quotidiano enquanto sucumbem aos desejos e às emoções, de forma arrebatadora. No fundo o que é subversivo e provocante neles é a inocência e a ligeireza com que passam à acção. Trabalhámos com os actores de forma a que se passasse o mesmo com eles, quando estavam para entrar em cena. Experimentámos, com eles, a sensação que um músico de jazz deve sentir perante um standard: simples, claro, conhecido por todos e ao mesmo tempo susceptível de ser interpretado de mil e uma maneiras até se reinventar sob o nosso olhar. É também o que experimentam as personagens face ao passar do tempo e ao regresso das estações: uma mistura incrível de recordações e de novidade. William trabalha na “météo France”, chamamos a isso o suspense meteorológico do filme. Contra toda a expectativa e apesar das previsões que dizem respeito ao Outono das suas vidas, as personagens encontram-se embarcadas em correntes primaveris instáveis, imprevisíveis… We have the tendency to follow people in their everyday lives, in a series of extraordinary sensual experiments. William and Madelaine disturb us precisely because they maintain that connection to daily life while giving in to desire and emotion in a rapturous way. What is subversive and provocative about them, is the innocence and the lightness with which they get on with it. We worked with the actors in a way so that the same thing happened to them, when they were about to start the scene. With them, we experimented the same feeling a Jazz musician must feel when they play a classic: it’s simple, clear and known to everybody and still, it can be performed in many different ways and it ends up being reinvented right before our eyes. This is also what the characters go through with the passing of time and the return of the seasons: an incredible mixture of memories and fresh experiences. William works in “météo France”, we call that the film’s meteorological suspense. Against all expectations and despite all the forecasts related to the autumn of the characters’ lives, they find themselves onboard some unstable and unpredictable spring floods... Produção Produção Philippe Martin · Géraldine Michelot · Les films Pelléas, +33142743100, lesfilmspelleas@pelleas.fr, http://www.pelleas.fr Contacto de Cópia Copy Contact Atalanta Filmes, +351 213255800, geral.atalanta@atalantafilmes.com, http://www.atalantafilmes.pt Argumento Script Arnaud e Jean-Marie Larrieu Fotografia Photography Christophe Beaucarne Montagem Editing Annette Dutertre Som Sound Olivier Mauvezin Música Music Philippe Katerine Actores Main Actores Sabine Azema, Daniel Auteuil, Amira Casar, Sergi Lopez, Philippe Katerine
150
FROM SHORTS TO FEATURES
[CL] DA CURTA À LONGA FROM SHORTS TO FEATURES
DA CURTA À LONGA
[CL1] Sam Taylor-Wood
CL1
NOWHERE BOY
Sam Taylor-Wood nasceu em Londres em 1967, licenciou-se no Goldsmiths College e tem sido identificada como membro do movimento “Young British Artists”. O seu trabalho tem sido divulgado por todo o mundo tanto em exposições colectivas como individuais. Foi nomeada para o Prémio Turner (1998) e ganhou o Prémio Especial para jovens Artistas da Bienal de Veneza (1997). Fez exposições individuais no Kunsthalle, Zurique (1997), no Louisiana Museum of Modern Art, Humlebaek (Dinamarca, 1997), no Hirshhorn Museum and Sculpture Garden, Washington DC (1999), no Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia, Madrid (2000), na Hayward Gallery, Londres (2002), no State Russian Museum, São Petersburgo (2004), no MCA, Moscovo (2004), no BALTIC, Gateshead (Reino Unido, 2006), no MCA, Sydney (2006), no MoCA, Cleveland (E.U.A., 2007) e no Contemporary Art Museum de Houston, E.U.A. (2007). Em 2008, Taylor-Wood realizou a sua primeira curta‑metragem Love You More, com argumento de Patrick Marber e produzida por Anthony Minghella, que foi exibida na Competição Oficial do Festival de Cannes e foi nomeado para um BAFTA em 2009. Nowhere Boy é a sua estreia como realizadora de longas‑metragens.
Sam Taylor-Wood, 2009 Reino Unido United Kingdom, FIC, 1h38’, 35mm, COL
Imagine-se a infância de John Lennon… Liverpool 1955: um adolescente de 15 anos perturbado e inteligente, ávido de novas experiências. Numa família cheia de segredos, duas mulheres extraordinárias batem-se pela sua atenção: Mimi, a tia rígida e conservadora que o criou, e Julia, a mãe pródiga. Ansiando por uma família normal, John refugia-se no novo e excitante mundo do rock n’ roll onde o seu talento encontra no jovem Paul McCartney uma alma gémea. Mas no preciso momento que começa a sua nova vida, a tragédia surge. Mas com tenacidade, John consegue encontrar a sua própria voz - e um ícone nasce para o mundo. Imagine John Lennon’s childhood... Liverpool 1955: a smart and troubled fifteen year-old is hungry for experience. In a family full of secrets, two incredible women clash over John. Mimi, the buttoned-up Aunt who raised him, and Julia, the prodigal mother. Yearning for a normal family, John escapes into the new and exciting world of rock n’ roll where his fledgling genius finds a kindred spirit in the teenage Paul McCartney. Just as John begins his new life, tragedy strikes. But a resilient young man finds his voice - and an icon explodes into the world. Produção Produção Robert Bernstein · Douglas Rae · Kevin Loader, Hanway Films · Film 4 · Lipsync Productions Contacto de Cópia Copy Contact, Hanway Films, info@hanwayfilms.com, http://www.hanwayfilms.com Argumento Script Matt Greenhalgh Fotografia Photography Seamus McGarvey ASC, BSC Montagem Editing Lisa Gunning Música Music Will Gregory, Alison Goldfrap Actores Main Actores Aaron Johnson, AnneMarie Duff, Kristin Scott-Thomas
“I wasn’t lovable, I was always Lennon” A ideia de fazer algo sobre John Lennon estava na calha há bastante tempo, mas foi com o acumular de detalhes, citações do próprio Lennon e informações provenientes de vários livros e artigos, que os produtores viram verdadeiro potencial para uma óptima história, uma história que nunca tinha sido contada em nenhum filme sobre Lennon e os Beatles. Nasceu o projecto ‘Nowhere Boy’ e os contornos da história começaram a formar-se. Não sobre a época já tão dissecada de Lennon com os Beatles mas sobre os seus anos de adolescência em Liverpool e sobre a sua relação com as duas mulheres que mais poder e influência tiveram na sua formação. Muitos dos elementos chave do filme surgiram de declarações do próprio John Lennon acerca da sua infância, das mulheres que o criaram e dos primórdios da sua odisseia musical. 152
“Perdi a minha mãe duas vezes. A primeira quando tinha cinco anos e depois outra vez aos dezassete. Isso tornou-me muito, muito amargo. Tinha retomado o contacto com ela, iniciávamos uma nova relação, quando morreu” “Costumava dizer à minha tia, ‘Se deitares fora os meus poemas vais arrepender-te porque eu vou ser famoso!’, e ela, mesmo assim, deitava aquela porcaria fora... Nunca a perdoei por não me ter tratado como um grande génio ou seja lá o quefor que eu era quando era pequeno.” “Os professores torturam-te e aterrorizam-te durante vinte anos... e depois esperam que escolhas uma carreira.” “O Surrealismo teve em mim um grande efeito porque fez-me perceber que as imagens na minha cabeça não eram produto da minha loucura. O surrealismo para mim é a realidade.” “Sempre fui rebelde… mas, por outro lado, sempre quis ser amado e ser aceite, nunca quis ser apenas um poeta ou um músico barulhento e lunático. Mas não posso ser o que não sou.” O fio condutor da história é a relação de Lennon com a tia Mimi e a mãe Júlia. Acompanhamos John nos seus dias de escola na Liverpool do pós guerra, com a sua mente tão criativa como dispersa, vemos a influência da introdução do Rock ‘n’ Roll no Reino Unido e os ‘The Quarrymen’ desde o seu nascimento até à primeira viagem a Hamburgo, que é onde os deixamos. Após o sucesso da sua curta metragem nomeada para a Palma de Ouro, ‘Love You More’, Sam Taylor-Wood foi encorajada a dar mais um passo e realizar a sua primeira longa metragem pelo amigo de longa data, o falecido Anthony Minghella. “Anthony Minghella foi quem me inspirou a dar o passo de gigante que foi passar de fazer filmes que só existiam para as galerias de arte para realizar um filme para o grande público. Foi o seu interesse no meu trabalho artístico que iniciou todo o processo. Depois colaborámos na minha curta metragem ‘Love You More’, portanto ele encorajou-me imenso! Perguntoume se isto era o que eu queria realmente fazer e eu disse que sim ; e ele deu-me a confiança necessária porque acreditava realmente que eu era capaz e disse-mo, que era exactamente do que eu estava a precisar naquele momento. Talvez eu tivesse chegado a este ponto mais tarde, mas precisava de que algo como aquilo acontecesse, não estava bem segura de qual teria de ser o passo seguinte. Tinha conversado muito sobre o assunto e tinha tido alguns encontros com pessoas mas nada me agarrou e empurrou naquela direcção como ele fez.” A realizadora ficou encantada com a escolha dos actores para o filme. “Tínhamos de tomar uma grande decisão, não queríamos estar espartilhados pelas semelhanças físicas ao fazer o casting. Era mais importante alguém que personificasse o espírito e conseguisse realmente entrar no mundo de Lennon, McCartney etc do que parecer idêntico. Fiquei mesmo satisfeita com as pessoas que encontrámos, são verdadeiramente espectaculares. Estamos a falar de actores que não eram músicos e de músicos que não eram actores, portanto foi um desafio, mas um desafio fantástico! Adorei trabalhar com todos eles, alguns têm mesmo muito talento e o filme vai ajudá-los na sua carreira. É excitante ter contribuído para isso.” Alguns dos rapazes que interpretaram os membros da banda já tinham alguma experiência musical, era a representação que tinha de ser trabalhada. Mas para Aaron Johnson (que interpreta Lennon) o desafio era aprender a cantar e tocar guitarra desde o inicio, um processo que ele começou apenas algumas semanas antes de começar a rodagem. “Trabalhei com o nosso tutor musical, Ben Parker, cerca de um mês antes de começar a trabalhar em estúdio com o resto do pessoal da banda. Nessa altura a única coisa que eles estavam a fazer era gravar as canções que ‘The Quarrymen’ tinham escrito com os instrumentos originais, o baixo feito com o cabo de vassoura, a tábua de lavar etc. Obviamente estes rapazes eram músicos e eu não, portanto estava bastante nervoso quando entrei no estúdio. Mas
CL1
Sam Taylor-Wood was born in London in 1967, she graduated from Goldsmiths College and was identified as a member of the Young British Artist’s movement. She has had numerous worldwide group and solo exhibitions, including being nominated for The Turner Prize (1998) and winning the Most Promising Young Artist, at the Venice Biennale (1997) Solo exhibitions include Kunsthalle Zurich (1997), Louisiana Museum of Modern Art, Humlebaek (1997), Hirshhorn Museum and Sculpture Garden, Washington DC (1999), Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia, Madrid (2000), Hayward Gallery, London (2002), State Russian Museum, St Petersburg (2004), MCA, Moscow (2004), BALTIC, Gateshead (2006), MCA Sydney (2006) MoCA Cleveland (2007) and the Contemporary Art Museum, Houston (2007). In 2008, Taylor-Wood directed her first narrative short film Love You More written by Patrick Marber and produced by Anthony Minghella, which was screened in Main Competition for the Palme d’Or at the Cannes Film Festival. It was also nominated for a BAFTA in 2009. Nowhere Boy is her feature film directorial debut.
[CL1] Sam Taylor-Wood
Frases como: “Se tivesse tido um educação melhor, não teria sido eu. Quando estava na escola primária pensava ir para a universidade mas não obtive nenhum dos diplomas necessários (GCEs). Depois fui para uma escola artística e pensei ingressar na Slade (escola sup. de Belas Artes) e tornar-me um génio... Mas nunca me integrei realmente, fui sempre considerado bizarro, nunca inspirei simpatia, fui sempre o Lennon!”
153
CL1
o Ben foi fantástico e fez-me sentir mais confiante. Na primeira sessão de estúdio estava um pouco tenso, tinha que aventurar-me, tocar guitarra e cantar em frente de outras pessoas. Eu sabia que era apenas um ensaio e que, naquele ponto, estávamos apenas a meio da preparação mas aquilo ajudou a quebrar o gelo.” Aaron Johnson tornou-se fanático pela música daquela época. “A música era fantástica, Elvis, Buddy Holly, Wanda Jackson, adoro ouvir e dançar aquela música. É tão bom rock ‘n’ roll, que realmente adorei. Agora até tenho algumas saudades, gostei muito do ambiente que se criou com a banda, de ficar pelo estúdio a ensaiar com os instrumentos, a cantar... diverti-me muito”
[CL1] Sam Taylor-Wood
“I wasn’t lovable, I was always Lennon”
154
The idea of focusing a project on John Lennon had been in the pipeline for quite a while, but it was in a culmination of details and information from a number of books, other source articles and quotes by Lennon himself that the producers saw real potential for a great story, and one that had not been covered in any Lennon/Beatles films before. So ‘Nowhere Boy’ was born and the bones of a story began to take shape. Not of Lennon’s well renowned Beatles days and beyond, but instead the story of his teenage years in Liverpool and, significantly, his relationship with two incredibly powerful and influential women that shaped the icon Lennon was to become. Many key elements came from what John Lennon himself had to say about his childhood, the women who raised him, and the beginnings of his own musical odyssey. Quotes like: “If I’d had a better education, I wouldn’t have been me. When I was at grammar school I thought I’d go to university, but I didn’t get any GCEs. Then I went to art school and thought I’d go to the Slade and become a wonder. But I never fitted in. I was always a freak, I was never lovable. I was always Lennon!” “I lost my mother twice. Once as a child of five and then again at seventeen. It made me very, very bitter inside. I had just begun to re-establish a relationship with her when she was killed.” “I used to say to my Auntie, ‘You throw my fuckin’ poetry out, and you’ll regret it when I’m famous,’ and she threw the bastard stuff out. I never forgave her for not treating me like a fuckin’ genius or whatever I was when I was a child.” “They [teachers] torture and scare you for twenty odd years... then they expect you to pick a career.” “Surrealism had a great effect on me because then I realised that the imagery in my mind wasn’t insanity. Surrealism to me is reality.” “I always was a rebel... but on the other hand, I wanted to be loved and accepted... and not just be a loudmouth, lunatic, poet, musician. But I cannot be what I am not.” The key threads of the story emerged as the relationship between Lennon, his Aunt Mimi and mother Julia, his school days in post war Liverpool and his creative but unfocussed mind; the influence of the introduction of Rock ‘n’ Roll to UK shores and the genesis of ‘The Quarrymen’ right up to his first trip with the band to Hamburg which is where we leave him. Following the success of her Palme D’or nominated short film Love You
Taylor-Wood was delighted with the casting for the roles. “We had to make a big decision, we couldn’t go down the lookalike road when we were casting. It was more important that someone embodied the spirit of, and could really get into the world of Lennon, McCartney etc rather than look identical. I’m really happy with the people we found; they were pretty spectacular. We were dealing with actors who weren’t musicians and musicians who weren’t actors, so it was a challenge, but a really fantastic one. I really loved working with them all, some of them are just really talented and are going to move on from working on this film, it’s exciting to be a part of that.” As some of the boys playing band members already had musical experience, it was their acting skills that needed honing. But for Aaron, one of the big challenges was learning to sing and play the guitar from scratch, a process he began weeks before the film started shooting. “I worked with our Music Tutor Ben Parker for about a month before we started working in the studio with the boys. At the time all they were doing was recording the songs The Quarrymen had done with the original instruments, the broom handle bass and washboard etc. And obviously these boys were musicians and I wasn’t, so I was pretty nervous going into the studio. But Ben was fantastic and made me feel more confident - he really looked after me in that respect. In the first studio session I felt a bit nervous around the guys, having to go ahead and play the guitar and sing, especially in front of people. But I knew it was just progress and at that stage we were only half way through preparation, but it broke the ice to get out there and just do it.” Johnson also got hooked on the music of the era. “The music was fantastic, Elvis and Buddy Holly, Wanda Jackson; I love listening to the music and dancing to it. It’s such a good rock ‘n’ roll rhythm I really enjoyed it; it was great fun. I actually kind of miss it, I really enjoyed the banter of the band and also chilling out in the studio and messing around with instruments and having a giggle and a sing.”
CL1
[CL1] Sam Taylor-Wood
More Sam Taylor-Wood was inspired to take the next step to make a feature by long time friend and producer, the late Anthony Minghella. “Anthony Minghella was the one who inspired me to make the giant leap from making films that existed for art galleries to directing a feature. It was his interest in my artwork that started it all, and then we collaborated on my short film Love You More so he really encouraged me. He asked me if this was what I’d really like to do and I said it was; he gave me the confidence because he genuinely believed I could do it and told me so, which was exactly what I needed. Perhaps I would have come to it later, but I was almost waiting for something like that to happen, I wasn’t quite sure how to make the next jump. There had been a lot of talk about it and I’d had a few meetings with people but nothing grabbed me and pushed me in that direction until he did.”
155
CL2
UN POISON VIOLENT
[CL2] Katell Quillévéré
AMOR VENENO LOVE LIKE POISON
Katell Quillévéré nasceu em Abidjan (Costa do Marfim) em 1980, Estudou cinema e filosofia na Universidade de Paris 8. Em 2004, juntamente com Sébastian Bailly, criou e organizou as três primeiras edições dos Rencontres du Moyen-Metrage de Brive (Encontros Europeus da Média Metragem de Brive). Ao mesmo tempo realizou “A Bras le Corps”, a sua primeira curta metragem descoberta na Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes e nomeada para os Césares de 2007. Desde então realizou duas outras curtas metragens, “L’imprudence” e “L’Echappée”, seleccionadas para vários festivais. “Un Poison Violent” é a sua primeira longa metragem. Born in Abidjan in 1980, Katell Quillévéré studied cinema and philosophy at the University of Paris 8. In 2004, she and Sébastian Bailly created and organized the three first editions of Rencontres du Moyen-Metrage de Brive (European Medium Length Film Meetings). At the same time, she directed A bras le corps, her first short film discovered at the Cannes Director’s Fortnight and nominated for the 2007 Césars. Since then she’s directed two other short films, L’imprudence and L’Echappée, chosen for a number of festivals. Love Like Poison is her first feature film.
Katell Quillévéré, 2010 França France, FIC, 1h32’, 35mm, COL
Anna, uma adolescente de 14 anos, deixa o colégio interno para passar as férias da Páscoa na sua aldeia natal e descobre que o pai abandonou a família. A mãe encontra-se devastada e está sempre fechada em casa ou na companhia do padre local, que é também seu amigo de infância. Anna vira-se para o avô que sempre adorou e torna-se próxima de Pierre, um adolescente de espírito livre que se importa pouco com Deus. Anna prepara-se para o crisma mas o seu crescente desejo por Pierre abala os alicerces da sua fé. Ela anseia por entregar-se de corpo e alma mas não tem a certeza de que seja a Deus. Anna, a young teenager, comes home from her Catholic boarding school for the spring holidays and discovers her father has left. Her mother is devastated and confined in the company of the local priest, who is also a childhood friend. Anna clings to her beloved grandfather. She also grows close to Pierre, a free-spirited teenager who cares little about God. Anna is preparing for her confirmation, but her budding desire for Pierre shakes her faith. She longs to give herself over, body and soul but doesn’t know if it is to God, or something else? Produção Produção Justin Taurand · Les Films du Bélier, +33144909983, contact@lesfilmsdubelier.fr, Contacto de Cópia Copy Contact Films Distribution, info@filmsdistribution.com, http://www.filmsdistribution.com Argumento Script Katell Quillévéré, Mariette Désert Fotografia Photography Tom Harari Montagem Editing Thomas Marchand Som Sound Florent Klockenbring Música Music Olivier Mellano Animação Animation Actores Main Actores Anna Clara Augarde, Jeanne Lio, Jean Michel Galabru, Père Francois, Stefano Cassetti, Paul Thierry Neuvic, Pierre Youen Leboulanger-Gourvil
Filmografia Filmography A BRAS LE CORPS, 19’, 35mm, 2005 (14th Curtas Vila do Conde, 2006); L’IMPRUDENCE, 13’, 35mm, 2007; L’ÉCHAPPÉE,
ENTREVISTA COM KATELL QUILLÉVÉRÉ
17’, 35mm, 2009.
Porque escolheu este título para o filme? O título em francês, “Un Poison Violent”, é uma referência a uma canção de Serge Gainsbourg que usa essa expressão para definir o amor. Para mim é mais profundo, refere-se a tudo aquilo que nos faz sentir vivos, incluindo coisas que nos podem fazer sofrer. O que guia a nossa relação com o mundo é um impulso contraditório. Para Anna, a heroína do filme, o “veneno” está relacionado com a liberdade que ela vai experimentar que, afinal, é também uma forma de solidão. O filme é sobre a passagem da infância à adolescência. Sabia desde o início que seria esse o itinerário escolhido para contar a história? Sempre soube que seria uma história sobre uma rapariga apanhada numa encruzilhada;de um lado tudo aquilo donde vinha, do outro, aquilo para 156
Também queria falar sobre a família? Sim. “Un Poison Violent” é também um filme sobre a família. Isso foi parte do desafio desde o inicio, desde a escrita do argumento: encontrar o equilibrio certo entre um filme sobre a adolescência e o emsemble film, com muitos persoangens. É por insistir na mistura entre estes dois tipos de narrativa que a história soa tão verdadeira. Para perceber o caminho que Anna escolhe, por momentos é preciso abandonar a sua história e mostrar os erros dos adultos que a rodeiam. A adolescência é uma época das nossas vidas em que não pertencemos totalmente a nós próprios. Anna vive numa família bolha onde o tempo, que é regido pelos adultos, não está ainda contado, onde tudo parece avançar lentamente, de uma forma até exagerada. Procurei uma estrutura narrativa que me permitisse redescobrir esta sensação perdida: a do tempo que flui devagar. Todas as personagens estão interligadas num processo de aprendizagem e todas estão a pôr em questão as suas convicções. A mãe, Jeanne, atravessa uma separação. O avô enfrenta a morte iminente. O padre, perturbado pela companhia de Jeanne, é assaltado pela dúvida. Um dos pontos fortes do filme é juntar ao clássico filme sobre a adolescência o parâmetro da fé da protagonista. Anna cresce num meio predefinido, a burguesia católica e provinciana... Logo nas primeiras sequências do filme percebemos que ela crê em Deus mas também tem dúvidas sobre a sua fé. Ela vai fazer a Crisma, que é para a igreja católica a última etapa na sua confirmação como crente... mas uma parte dela recusa este compromisso. Para além da religião, é também a sua relação com o mundo, a culpa e o sofrimento que o seu corpo, e mais tarde o seu espírito, rejeita. Há uma parte dela que ainda quer oferecer-se, dar. A sua busca do sagrado continua e ela procura um objectivo.
CL2
[CL2] Katell Quillévéré
onde queria ir. Eu queria acompanhar a personagem no seu movimento emancipatório, desencadeado pelo surgir do desejo e da sexualidade. Esta evolução, para Anna e para as pessoas que lhe estão mais próximas, tem uma certa carga de violência. Principalmente porque acontece num período em que a sua família se está a desfazer.
No inicio, a relação de Anna com Jesus está impregnada de erotismo... Sim, há uma cena onde, antes de ir dormir, ela pega numa imagem de Jesus e a aperta contra o coração... que é também o seu seio. O filme acompanha-a nesta transferência do desejo de um ser abstracto para um rapaz “real” que ela pode tocar, beijar. A sua busca do sagrado encarnada numa história de amor... Ao ver Anna somos por vezes levados a pensar nas heroínas piedosas de Rivette, Bresson e Cavalier, por exemplo. Estava a pensar neste tipo de modelo? A coroa de flores que Anna usa na Crisma é uma homenagem à Thérèse de Cavalier. De facto, esses realizadores influenciaram-me muito. As personagens místicas jovens sempre me fascinaram, mas acima de tudo gosto das heroínas rebeldes de Georges Bataille. Foi através dele que eu descobri os textos de Santa Teresa de Ávila, que são muito fervorosos mas ao mesmo tempo completamente eróticos. Estes textos alimentaram muito o meu imaginário. Apesar de tudo isto, Anna não é nem mística nem decadente 157
CL2
mas carrega nela essa dupla influência. A religião católica é um tema pouco explorado pelos realizadores franceses mais jovens. Para mim, esta temática apenas revela problemas que são comuns a todos nós, mas com mais intensidade. A religião potencia a contradição entre uma linha de conduta que é imposta a alguém e as pulsões que o impelem. É a luta entre estes dois lados que me toca profundamente. O trajecto da heroína em relação a esta questão dá uma certa contemporaneidade ao filme. O filme está repleto de sequências musicais. Qual o valor que dá à música num filme? Foi de uma forma natural, quase inconsciente, que a música assumiu um papel tão importante na feitura deste filme, talvez porque o canto esteve sempre tão ligado à fé. Franck Beauvais, que fez toda a pesquisa musical para o filme, fez-me descobrir que a música folk religiosa americana, melancólica e luminosa, reflectia verdadeiramente o tom que eu queria imprimir ao filme. O que pensa sobre a ideia segundo a qual o primeiro filme de um realizador é o mais autobiográfico? É muito comum que assim seja e realmente “Un Poison Violent” é um filme muito pessoal. No entanto, a partir do momento em que decidimos contar algo de nós, entram em jogo de forma inextricável as coisas que vivemos, aquelas que queríamos ter vivido e aquelas que tememos viver. E a dimensão autobiográfica vai ficando mais distante. Quanto mais o filme se aproxima da fase da filmagem, mais aberto está para os outros e para outras experiências.
[CL2] Katell Quillévéré
INTERVIEW WITH KATELL QUILLÉVÉRÉ Why did you choose this title? The french title, “Un Poison Violent” it’s a reference to a Serge Gainsbourg song, which uses this expression to define love. In a more profound way, to me it refers to everything that makes us feel like we’re alive, including things that can make us suffer. It’s a contradictory impulse that guides our relation to the world. For Anna, the heroine, the “poison” is in relation to the freedom she is going to experience, which is inherently a form of solitude. The film is a coming of age story. Did you know from the beginning that this type of journey would anchor the story? I always knew that it would be a story about a young girl caught in the contradiction between where she comes from, and where she wants to go. I wanted to accompany the character in an emancipatory movement, set off by budding desire and sexuality. This evolution, for Anna and her loved ones, carries its burden of violence. All the more so because it occurs during a time period when her family is falling apart. Did you also wish to speak about a family? Yes. Love Like Poisonis also a family film. That was part of the challenge from the beginning when writing the screenplay: finding the right balance between a coming of age film and an ensemble film. It’s in insisting on mixing these two narrative types that the story rang true, that it could come through without a false note. To understand the path taken by Anna, sometimes Anna’s story had to be put on hold to show the transgression of the adults that surround her. Adolescence is a time in our existence when we don’t entirely belong to ourselves. Anna lives in a family bubble where, as time is scheduled by adults, hours are not numbered; where everything seems to move ahead slowly, in an almost exaggerated manner. I was looking for a narrative structure that would allow me to rediscover this lost feeling. All the characters are also linked to one another through a learning process. All of them are going to be confronted with a calling into question of their convictions. Jeanne, the mother, is going through a separation. For the grandfather, it is a question of facing death. The priest, troubled by Jeanne’s company, is assailed by doubt.
158
One of the film’s strengths was adding the dimension of the heroine’s faith as a parameter to the classic coming of age story. Anna has grown up in a predefined milieu, the Catholic, provincial
bourgeoisie…As early as the first sequences of the film, we understand that she both believes and has doubts about her faith. She is to be confirmed in the Catholic faith, the last stage in a believer’s life. A part of her refuses this commitment. Beyond religion, it is also about her relationship with the world, guilt and suffering that her body, then her mind, rejects. But another side of her still wants to give of herself. Her quest for that which is sacred continues to exist, and she searches for a purpose.
CL2
We are made to think at times of pious heroines by Rivette, Bresson, Cavalier, for example. Where you thinking about this type of model? The crown of flowers that Anna wears for her confirmation is in homage to Thérèseby Cavalier. In fact, these filmmakers count a great deal for me. I have always been fascinated with young mystical characters. But above all, I love Georges Bataille’s rebellious heroines. It’s through him that I discovered the texts of Saint Teresa of Avila, which are very fervent, and at the same time entirely erotic. They greatly fed my imagination. Finally, Anna is neither a mystic, nor is she decadent, but she carries this double influence within. The Catholic religion is a little explored theme in young French cinema. For me, this theme simply reveals problems common to us all, but with more intensity. Religion exacerbates the contradiction between one line of conduct that is imposed upon someone, and the pulsions which drive us. This tugging between the two moves me deeply. The heroine’s path in relation to this question gives the film its resolutely contemporary flair.
[CL2] Katell Quillévéré
In the beginning, Anna’s relationship with Jesus is steeped in eroticism. Yes. There is a scene where, before going to sleep, she takes his photo and squeezes it against her heart…which is also her breast. The film accompanies her in this displacement of desire from an abstract being to a “real” boy whom she can touch, whom she can kiss. Her quest for that which is sacred is embodied by a love story.
Love Like Poison is filled with a number of musical sequences. What value do you give to music in a film? In a very natural, almost unconscious way, music occupied a very large place in the making of the film. Perhaps because singing has always been linked to faith. Also I found that the tonality of the American religious folk music, both melancholic and luminous, truly reflected the film’s. What do you think about the idea that a filmmaker’s first film is the most autobiographical? Yes, it is indeed often the case. Love Like Poisonis a very personal film. Yet, from the moment one decides to tell something personal, different inextricable aspects come into play: what one has lived, what one wanted to live, and what one is afraid to live. And the autobiographical dimension distances itself. The more the film moves forward in the filmmaking process, the more it opens up to other things, and the more place it has for others.
159
CL3
LA TERRE DE LA FOLIE TERRRA DA LOUCURA LAND OF MADNESS
Filmografia Filmography UN STEACK TROP CUIT, 19’, 1960*; TERRES NOIRES, 19’, 1961; CAPITO? (LA FILLE DE PANAME ET LE GARS DE PADOUE), 8’, 1962; BRIGITTE ET BRIGITTE, 75’, 1966; LES CONTREBANDIERES, 81’, 1967; UNE AVENTURE DE BILLY LE KID, 100’, 1971; ANATOMIE D’UN RAPPORT*, 82’, 1976; GENESE D’UN REPAS, 115’, 16mm, 1978; MA PREMIERE BRASSE, 1981; INTRODUCTION, 8’, 1982; LES MINUTES
Luc Moullet, 2009
D’UN FAISEUR DE FILM, 1983; LES HAVRES,
França France, FIC, 1h30’, 35mm, COL
1983; BARRES, 14’, 16mm, 1984*; L’EMPIRE DE MEDOR, 13’, 1986*; LA VALSE DES MEDIAS, 1987; LA COMEDIE DU TRAVAIL, 90’, 1987; ESSAI D’OUVERTURE, 15’, 16mm, 1988*; LES SIEGES DE L’ALCAZAR, 54’, 16mm, 1989*; AEROPORT D’ORLY, 1990; LA SEPT SELON JEAN ET LUC, 13’, 1990; CABALE DES OURSINS, 13’, 16mm, 1991*; PARPAILLON, 84’, 1993, TV; FOIX, 13’, 16mm, 1994*; TOUJOURS PLUS, 24’, 16mm, 1994*; IMPHY,
[CL3] Luc Moullet
CAPITALE DE LA FRANCE, 24’, 1995; LE VENTRE DE L’AMERIQUE, 25’, 16mm, 1996*, (5th Vila do Conde ISFF, 1977); L’ODYSSEE DU 16/9°, 1996; LE FANTOME DE LONGSTAFF, 25’, 16mm, 1996*; NOUS SOMMES TOUS DES CAFARDS, 1997; ...AU CHAMP
Será que um documentário sobre suicídios e crimes violentos (por vezes até grotescos...) pode ser engraçado? Pode, se fôr realizado pelo francês Luc Moullet! Na zona fracamente populada dos Alpes franceses onde ele reside, o número deste tipo de crimes é anormalmente elevado. Moullet procura, neste documentário, encontrar as razões destas acções, tantas vezes irracionais. No mapa, aponta um “pentágono da loucura”: cinco aldeias à volta de Digne. Entrevista então alguns dos habitantes locais acerca de crimes ocorridos durante o último século. As histórias são contadas de uma forma sóbria, mesmo quando os entrevistados se encontram pessoalmente envolvidos nelas, como se fizessem apenas parte do folclore local. É Moullet quem conduz as entrevistas e os comentários, plenos de humor, como tantas vezes acontece nos seus filmes, são feitos pelo próprio em on ou em off.
D’HONNEUR, 1998; LE SYSTEME ZSYGMONDY, 19’, 16mm, 2000*; LES NAUFRAGES DE LA D17, 2002 (11th Vila do Conde ISFF, 2003); LE PRESTIGE DE LA MORT, 75’, 2006; LE LITRE DE LAIT, 14’, 2006 (15 Curtas Vila do Conde, 2007) * (12 Curtas Vila do Conde, 2004, Retrospective)
Can a documentary about suicide and (occasionally gruesome) murders also be funny? It can if it is made by the idiosyncratic French director Luc Moullet. In the thinly-populated area where he lives, the French part of the Southern Alps, the number of suicides and murders is extremely high. Moullet goes looking for the causes of these often irrational actions. On the map, he points to a ‘pentagon of madness’: five villages centred around Digne. Against picturesque backgrounds, he interviews the inhabitants about the crimes of the past century. Their stories are sober, even when they are personally involved, as if it is folklore instead of reality. The humour is largely to be found in the commentary texts by Moullet, who doesn’t use a voice-over but, as often in his work, is on-screen himself. He introduces himself with the statement that he always lives in a slightly parallel reality. Just like the people he portrays.
Produção Produção Serge Lalou · Les Films d’Ici courrier@lesfilmsdici.fr, http://www. lesfilmsdici.fr Contacto de Cópia Copy Contact Doc&Film, +33142775687 doc@docandfilm. com, http://www.docandfilm.com Argumento Script Luc Moullet Fotografia Photography Pierre Stoeber Montagem Editing Anthony Verpoort Som Sound Olivier Schwob Actores Main Actores Luc Moullet, Heloise Mignot, Charles Drecq, Noemie Huguet, Antonietta Pizzorno Moullet
160
CL4
BARALHA BARALHA - PROPERTY
Marco Martins, 2010 Portugal, EXP, 43’, Video, COL
O projecto BARALHA surge a partir de um convite que me foi feito por Renzo Barsotti no âmbito do projecto Desalojar a Exclusão, numa coprodução entre a Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, o Centro de Criação de Teatro e Artes de Rua e a Castiis. “Baralha” pretende constituirse como uma reflexão sobre as problemáticas da integração e, mais concretamente, sobre o modo de vida do acampamento cigano de Sanguedo cujo nome dá o título ao projecto. Este trabalho pretende reflectir sobre a etnia cigana, a sua história, a sua organização social e os desafios desta cultura nos seus processos de interlocução com a sociedade envolvente, apresentando algumas definições e conceitos sobre o movimento social, na perspectiva de identificar as diferentes observações dos autores (que colaboraram no projecto), alguns elementos que possam indicar, a partir da inserção dos ciganos, a formulação de políticas para as minorias étnicas relatando um pouco da história do povo cigano, que é praticamente desconhecida ou muitas vezes contada de forma folclorizada ou demasiado romântica. O projecto foi desenvolvido em três fases distintas, durante um período total de aproximadamente um ano, procurando a colaboração e o envolvimento de toda a comunidade com o intuito de promover um encontro de culturas e a aproximação de duas sociedades distintas. Inicialmente o projecto visava a criação de um espectáculo de rua tendo “Romeu e Julieta” de William Shakespeare como tema mas, com o desenvolvimento dos trabalhos, pareceu-me importante dar a conhecer a forma de vida em mutação desta população e a maneira como ela se está a adaptar a esta nova etapa. Presentes em Portugal desde o séc. XV, existem hoje em dia em Portugal cerca de 30 a 50 mil ciganos (segundo fontes diversas) sobre cuja cultura pouco ou nada sabemos. A comunidade cigana da Baralha resistiu a tudo e permanece bastante fechada ao exterior, num momento em que enfrenta um novo e decisivo desafio — a integração imposta em nome do progresso e da vontade política. Concebi este projecto pioneiro no interior da comunidade da rua da Baralha como uma forma de aproximar estes dois universos tão distantes.
Nasceu em Lisboa em 1972. Formou-se na Escola Superior de Teatro e Cinema, tendo depois completado a sua formação nos Estados Unidos. Estagiou na área de Produção com realizadores como Wim Wenders, Manoel de Oliveira, César Monteiro e Bertrand Tavernier e foi Ass. de Realização de João Canijo. Entre 1994 e 1998 escreve e realiza três curtas metragens “MERGULHO NO ANO NOVO” (Prémio de Melhor Curta Metragem Nacional no Festival Internacional de Curtas Metragens de Vila do Conde); “NÃO BASTA SER CRUEL” e “14 SEGUNDOS E UM TICO - NO CAMINHO PARA A ESCOLA”. Fundador da Produtora Ministério dos Filmes em 1998. Em 2005 “ALICE”, a sua primeira longa metragem, conquistou a Quinzena dos Realizadores no Festival de Cannes (Prix Regard Jeune), além de diversos prémios em Festivais Internacionais. Em 2006 escreveu e realizou com Tonino Guerra a curta-metragem “UM ANO MAIS LONGO”, presente na competição oficial do Festival de Veneza. Em 2007 encena pela primeira vez para teatro “QUE FAREMOS QUANDO O INVERNO CHEGAR. Neste momento terminou a pós produção da sua segunda longa metragem, escrita com Gonçalo M. Tavares, “COMO DESENHAR UM CÍRCULO PERFEITO” e prepara a rodagem de um documentário sobre livros de fotografia e narrativas elípticas “THE STORY BETWEEN THE PAGES” com rodagem em Inglaterra e Japão.
[CL4] Marco Martins
MARCO MARTINS
161
[CL4] Marco Martins
CL4
Born in Lisbon in 1972. Graduated from Escola Superior de Teatro e Cinema (Lisbon) completing his studies in the U.S.A.. He worked as a trainee in film production for directors such as Wim Wenders, Manoel de Oliveira, César Monteiro and Bertrand Tavernier and was assistant director to João Canijo. Between 1994 and 1998 Martins wrote and directed three short films “Mergulho No Ano Novo” (Best Portuguese Short, Curtas Vila do Conde); “Não Basta Ser Cruel” and “14 Segundos E Um Tico - No Caminho Para A Escola”. In 1998 he founded the film production company Ministério dos Filmes. In 2005 with “Alice” he won the Prix Regards Jeunes, Directors’ Fortnight, Cannes Film Festival, among other awards from international festivals. In 2006 he wrote and directed with Tonino Guerra the short “Um Ano Mais Longo”, which competed at the Venice Film Festival. In 2007 he staged a theatre play for the first time with “Que Faremos Quando O Inverno Chegar. Currently, he has finished post producing his second feature written with Gonçalo M. Tavares, “Como Desenhar Um Círculo Perfeito” and is preparing to shoot “The Story Between The Pages”, a documentary about photography books and elliptic narratives to be shot in England and Japan.
Aqui, vários criadores trabalharam junto da população (dentro do próprio acampamento) na criação de pequenas obras que funcionam como uma reflexão sobre diversas problemáticas artísticas e sociais que derivam do contacto entre os criadores e a população deste acampamento. Estes constituem o itinerário do espectáculo multidisciplinar onde se cruzam vários olhares sobre a realidade tão difícil em que vive esta população em processo de adaptação. Queria pois fazer um agradecimento muito especial aos criadores convidados para este projecto pelo empenho e dedicação que demonstraram em todos os momentos deste processo tão exigente e que produziram resultados difíceis de imaginar possíveis no início. Foram eles: Clara Andermatt, Beatriz Batarda, Dinarte Branco, Filipa César, Nuno Pino Custódio, Fernando Mota, André Príncipe bem como o atelier de design Barbara Says. Queria também agradecer à Susana Lamarão, Vanessa Patrício e ao Nuno Oliveira que acompanharam desde sempre com interesse este projecto. Mas sobretudo queria agradecer à família Monteiro que nos acolheu com enorme vontade de participar e dar a conhecer a sua cultura. Marco Martins BARALHA derived from an invitation made by Renzo Barsotti within the scope of a project entitled Desalojar a Exclusão (Oust Exclusion), a coproduction between Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, Centro de Criação de Teatro e Artes de Rua and Castiis. “Baralha” aims to be a reflection on the issue of integration and, specifically, about the way of life of the Sanguedo’s Roma camp, Baralha. This work intends to make us think about the Romani ethnic group, its history, its social organization and the challenges this culture faces when dealing with the society that surrounds it. It presents some definitions and concepts about the social movement. By using the experience of Baralha’s Roma community, the films sets out to contribute to minority insertion policies. At the same time, we tell some of the story of the Roma people, which is almost unknown to most people or told in a folksy or overromantic way. Initially the project aimed to create a show based on “Romeo and Juliet” by William Shakespeare, but as things developed, I thought it was important to show how Roma people live and the way they’re adapting to a new stage. Roma people have lived in Portugal since the fifteenth century. Nowadays there are between 30 and 50 thousand Romanis in Portugal (according to different sources) of which very little is known. The Roma community of Baralha resisted everything and remains quite closed to the outside, at a moment when it faces a new and decisive challenge – integration, imposed on behalf of progress and politics. I devised this pioneering project for the Baralha community as a way of bringing these two very different worlds together. Several artists worked with the community, inside the camp, and created small pieces that show different issues that arise from the contact between the artists and the people from Baralha. These constitute the itinerary of the multidiscipline show where different approaches to Baralha’s difficult reality can be seen. I would like to give a special thank you to the project’s guest artists, for the commitment and dedication they demonstrated every step of the way, under such demanding conditions, and for an outcome that seemed almost impossible at the outset: Clara Andermatt, Beatriz Batarda, Dinarte Branco, Filipa César, Nuno Pino Custódio, Fernando Mota, André Príncipe and to Barbara Says design studio. I would also like to thank Susana Lamarão, Vanessa Patrício and Nuno Oliveira who followed the project with interest right from the start. Above all I want to thank the Monteiro family who welcomed us and showed great will to participate and show us their culture. Marco Martins
Produção Produção Susana Lamarão · susanalamarao@gmail.com Contacto de Cópia Copy Contact, Vanessa Patrício, vanyvany00@gmail.com, http://www.baralha.com Argumento Script Fotografia Photography Miguel Manso Montagem Editing João Pedro Moreira Som Sound Miguel Manso, Vanessa Patrício
162
CL4
BARALHA - PROPRIEDADE BARALHA - PROPERTY
FILIPA CÉSAR (Porto, 1975)
Portugal, DOC · EXP, 20’, Video, COL
“A propriedade sem a posse é um tesouro sem a chave para o abrir, uma árvore frutífera sem a escada necessária para lhe colher os frutos.”
Rudolf von Jhering
A posse é o poder que se manifesta quando alguém actua sobre uma coisa por forma correspondente ao exercício de determinado direito real (corpus) e o faz com a intenção de agir como titular desse direito (animus). Por detrás da actuação do possuidor pode não haver qualquer direito que a legitime ou justifique, traduzindo-se a posse numa simples situação de facto, a que a ordem jurídica, todavia, reconhece vários efeitos, que podem consistir na sua conversão ou transformação numa situação jurídica definitiva, pela via da usucapião. A usucapião (usucapio), significa adquirir pelo uso, e é o direito que um cidadão adquire, relativo à posse de um bem móvel ou imóvel, em decorrência do uso deste bem por um determinado tempo. A posse é hereditável, alienável e registável, e consiste no poder que se manifesta quando alguém actua por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade. O direito de propriedade é o direito real máximo mediante o qual é assegurada a certa pessoa, com exclusividade, a generalidade dos poderes de aproveitamento global das utilidades de certa coisa. O direito de propriedade não se extingue pelo não uso, mas extingue-se pelo exercício do uso por outrem.* O filme Propriedade resultou de um workshop realizado com habitantes da comunidade cigana, a Baralha, cujo nome deriva da rua onde esta se instalou há cerca de 10 anos. Durante 7 dias, propusemos aos participantes articular os temas do código civil português, em cima enunciados, com a experiência real de situações de usufruto de móveis e imóveis relatadas, documentadas ou representadas pelos elementos daquela comunidade. Propriedade é um documento, um manual e um dispositivo cuja estrutura, composta por uma sucessão de planos fixos de cenários reais – palco
Exposição Colectivas (selecção Selected Group Exhibitions: 2010 BES Photo, Lisbon, 2009 Look Again, Tabakera, San Sebastian 2008 International Triennale of Contemporary Art, Re-Reading the Future, Aesthetics of Resemblances, Prague 2007 ‘In the Eye of the Storm’, St. Gallen Museum, St. Gallen 2006 ‘Concrete Language’, CAG, Vancouver 2005 ArtUnlimited, Basel; ‘Temporary Import’, Artforum, Berlin 2004 ‘Video Zone’, 2. Video Art Biennial, Center for Contemporary Art, Tel Aviv; ‘Close by’, Mai 36, Zurich 2003 ‘Poetic Justice’ 8. Istanbul Biennial Festivals and Video Programs: 2007 ‘Summer Art University’, Tate Modern, London; 2005 In Progress, 58. Internationales Film Festival in Locarno, Locarno .
[CL5] Baralha
Filipa César, Augusto Monteiro, Elias Monteiro, 2010
Exposições Individuais (selecção) Selected Solo Exhibitions: 2009 ‘The Four Chambered Heart’, Cristina Guerra Contemorary, Lisbon; 2008 Le Passeur, Project Room, Ellipse Foundation, Lisbon 2007 ‘Rapport Raccord’, Distrito Cuatro Gallery, Madrid 2006 ‘Filipa César’, Mai 36, Zurich 2005 ‘F for Fake’, Cristina Guerra Contemporary art, Lisbon; ‘Ringbahn’, Serralves Museum, Oporto 2004 ‘Berlin Zoo, Part 02’, Project Space, Karlsplatz- Kunsthalle, Vienna; ‘Transmediterráneo’, Centre d’Art Santa Mónica, Barcelona
163
CL4
de conversas improvisadas e encontros encenados – é interrompida por entretitulos que informam os direitos civis. Filipa César * baseado no código civil português, 2008
“Property without possession is like a treasure chest without the key to open it a fruit tree without the ladder to catch the fruit Rudolf von Jhering
Possession is the power that manifests itself when someone acts over something in order to exercise an actual right (corpus) and does it with the intention of acting as having an entitlement to that right (animus). Behind the actions of the possessor might not be any right that legitimizes or justifies those actions, in this case, possession is just a de facto situation, to which the Law recognizes several effects that might consist in its conversion into a permanent lawful situation, through usucapio (converts possession into the legal title to property). Usucapio means to acquire ownership through long use or possession, it is a right that a citizen gains related to real estate or another good, when it is used for a certain amount of time. Possession can be inherited, alienated and registered and it is the power that manifests itself when someone acts in a manner corresponding to the exercise of ownership. Ownership is the actual maximum right through which someone is granted the power to exclusively benefit from something. The right to property does not cease when the good is not used but it ceases if someone else exercises that use.* The film ‘Propriedade’ came out of a workshop carried out with members of the Roma community, Baralha, whose name derives from the street where it established itself 10 years ago. During 7 days, we worked with the legal concepts explained above and the participants’ actual experience of use and possession of goods and real estate as told, documented and acted by members of that community. ‘Propriedade’ is a document, a manual and a device whose structure, made out of a series of still shots of real locations – where improvised conversations and staged meetings take place – is interrupted by intertitles on which civil rights are based. Filipa César
[CL5] Baralha
* Based on Portuguese law, 2008
164
Produção Produção Susana Lamarão · susanalamarao@gmail.com Contacto de Cópia Copy Contact, Vanessa Patrício, vanyvany00@gmail.com, http://www.baralha.com Argumento Script Filipa César Fotografia Photography Montagem Editing Filipa César, Laura Fong Som Sound Bruno Grilo Actores Main Actores Baralha’s Roma community
CL4
BARALHA - CASAS FANTASMA
Filmografia Filmography OGS CHASING MY CAR, 2006.
André Príncipe, 2010 Músicas, danças, guitarras, festas de cinco dias, mulheres de olhos fundos que adivinham o futuro, línguas que ninguém sabe, vida livre e nómada, carroças e cavalos. Barracas, tiros, facas, tráfico de droga, contrabando, pólos da lacoste falsos, carros a cair de velhos, piolhos, sujidade, preguiçosos, mentiras. Fui para a Baralha sem grandes ideias acerca das imagens que queria fazer. fui com disponibilidade para filmar o que me aparecesse. A Diane Arbus dizia que a fotografia era uma desculpa para entrar nas casas das pessoas. na Baralha, não são precisas desculpas para entrar na casa das pessoas. as portas e as janelas estão quase sempre abertas ou entreabertas. Ainda está por inventar a câmara que possa roubar a alma aos ciganos. ou a sua diginidade. a indiferença sábia com que se deixam fotografar. Não sei se foi por ter sido a primeira vez que filmei com uma câmara digital ou se foi por ter sido a Baralha, mas alguma coisa me fez sentir que tudo aquilo que eu filmava estava a desaparecer. tudo aquilo a que apontava a câmara, no ritmo dos dias da Baralha, em que tudo e nada acontece, ia já desaparecendo. Um homem senta-se numa cadeira em frente a um amontoado de tijolos, que deveria ser uma casa. fica a olhar o vazio. coloco o meu tripé, ligo o microfone e filmo-o durante uns minutos até que ele se levanta e parte. páro a gravação e sem mover o tripé - por insegurança, por não conheçer bem a câmara, que é nova - vou verificar se a imagem ficou bem gravada. carrego no play e vejo o homem sentado, em frente á casa, ausente. enquanto vejo o plano, vou olhando em frente, para os tijolos, e já não está lá ninguém. pássa uma brisa, que abana todas as árvores á volta. Cenas como esta repetem-se algumas vezes. Enquanto filmo, em planos longos, a luz muda totalmente, o vento pára e recomeça. Não estou habitado a câmaras digitais. intimida-me a presença do botão com um caixote de lixo que diz apaga. tenho medo de carregar no botão
[CL6] Baralha
Portugal, EXP, 27’, Video, COL
165
CL4
e sem querer apagar tudo. muitas vezes tenho a sensação que ao filmar a Baralha, estou a apagá-la. que tudo está a desaparecer. tenho a sensação que estou a filmar o passado. é como um sonho. que fazemos aqui a filmar estas casas, estas pessoas? será que é verdade a sensação que tenho, e as imagens que fizémos vão ajudar estas casas a desaparecer, e outras a serem construidas no seu lugar? não sei se já tudo é passado. acho que aquele homem vai para sempre pegar numa cadeira e sentar-se em frente a uma casa, com o olhar vazio.
[CL6] Baralha
André Príncipe
Musics, dances, guitars, parties that last five days, women with deep eyes that guess the future, languages that nobody knows, careless and nomad life, wagons and horses. Sheds, shots, knives, drug trafficking, smuggling, counterfeit Lacoste polo shirts, old cars falling down, lice, dirt, lazy, lies. I went to Baralha without predetermined ideas regarding the images I wanted to make. I was ready to film whatever was there. Diane Arbus used to say that photography was an excuse to go into people’s houses. In Baralha, you don’t need excuses to go into people’s houses. Doors and the windows are almost always open or half-open. We’re yet to come up with a camera that can steal the soul and the dignity of Roma people, and the wise indifference with which they let themselves be photographed. I don’t know if it was because it was the first time that I filmed with a digital camera or if it was because it was Baralha, but something made me feel that everything I was filming was disappearing. Everything, at which I pointed the camera, in the rhythm of Baralha’s days, where everything and nothing happen, was already disappearing. A man sits down on a chair opposite a pile of bricks that should be a house. He stays there with an empty look. I place my tripod, I connect the microphone and I film him for a few minutes until he gets up and leaves. I stop filming and without moving the tripod – because I’m unsure, I don’t know the camera well, it’s new – I check if the take is good. I press play and I see the man sitting down, in front of the missing house. As I look at the shot, I keep looking ahead, in the direction of the bricks, and nobody is there anymore. There’s a breeze that shakes all the trees around us. Scenes like this happen again a few more times. While I film my long shots the light changes completely, the wind stops and starts again. I’m not used to digital cameras. The button with a trashcan that says ‘erase’ intimidates me. I’m scared of accidentally pushing the button and of erasing everything. Many times I have the feeling that by filming Baralha I am erasing it. That everything will disappear. I have the feeling that I’m filming the past. It’s like a dream. What are we doing here, filming these houses, these people? Could my feeling be real and our images be helping these houses disappear and others be built in their place? I don’t know if everything is already part of the past. I think that that man will get a chair and sit in front of a house with an empty look in his eyes forever. Produção Produção Susana Lamarão · susanalamarao@gmail.com Contacto de Cópia Copy Contact, Vanessa Patrício, vanyvany00@gmail.com, http://www.baralha.com Montagem Editing André Príncipe
166
CL5
EASTERN DRIFT
Filmografia Filmography Praėjusios dienos
Sharunas Bartas, 2010 França France · Lituânia Lithuania · Rússia Russia, FIC, 1h51’, 35mm, COL
atminimui, 1990 (4th Curtas Vila do Conde, 1996); Trys Dienos, 1991; Koridorius, 1995; Mūsų Nedaug, 1996; Namai, 1997; Laisvė, 2000; Septyni nematomi
[CL7] Sharunas Bartas
žmonės, 2005; Indigène d’Eurasie, 2010.
Gena, o protagonista, não tem ilusões sobre a sua situação. No prólogo do filme ele resume a história da sua vida numa monótona voz-off: orfão, criado por um tio ligado às máfias de Leste, o dinheiro que o protege provindo inicialmente de esquemas criminosos possibilitados pela vaga de privatizações que se seguiram ao colapso do sistema soviético e, mais tarde, do tráfico de droga internacional. Os seus inimigos são numerosos mas nem sempre fáceis de identificar; “a vida é curta e a maior parte dela já passou”... Apesar de haver apenas uma pequena hipótese de Gena conseguir trocar a sua existência nómada entre a Ásia e a Europa por uma “vida normal” ele mergulha de cabeça nessa possibilidade. Começa então uma perseguição frenética através da Europa em direcção ao Ocidente, possivelmente em direcção ao Sol. Sharunas Bartas traça um retrato muito negro do mundo globalizado, mundo onde os valores parecem ter-se desvanecido ao mesmo tempo que a luz do sol. Uma Europa invernal, onde cada local é tão inóspito como o anterior. Um gangster que quer abandonar a sua vida anterior, juntandose de forma memorável aos seus famosos irmãos espirituais Jeff Bailey (o protagonista de “Out of the Past” de Jacques Tourneur), Frankie Bono (“Blast of Silence” de Allen Baron) e Jegor Prokudin (“Kalyna Krasnaya” de Vasili Shukshin). Um filme negro do século XXI em que o submundo do crime, que não conhece códigos de honra nem compaixão, se desforra. Fatalmente. Gena is under no illusions about his situation. In the prologue of the film, he briefly sketches out his life in a monotone voiceover: growing up without parents, receiving an “education” from his criminal uncle, initial protection money rackets in the wake of privatizations in the crumbling Soviet Union, later international drug dealing. His enemies are numerous but not easy to recognize; “life is short, the greater part of it already over”. Although there is only a small chance that Gena will be able to trade in his nomadic existence between Asia and Europe for a “normal life”, he takes the plunge anyway. A frantic chase across Europe thus ensues. Heading west, presumably towards the sun. Sharunas Bartas paints a dark picture of a globalized world where values seem to have disappeared along with the sunlight. A wintry Europe, where each place is as inhospitable as the next. A gangster wanting to leave the business, joining his famous spiritual brothers Jeff Bailey, Frankie Bono and Jegor Prokudin in most memorable fashion. A 21st century film noir, in which the underworld knows no code of honor and compassion will be avenged. Fatally. A man on the move O objectivo principal que eu quero atingir com o meu cinema é oferecer um vislumbre da existência humana e esperar que os espectadores reajam a isso e se sintam identificados com as personagens. O projecto para este filme era mostrar a vida de uma personagem na medida em que é afectada
167
[CL7] Sharunas Bartas
CL5
168
por situações extremas, aquelas em que o instinto é a força motriz e as regras da sociedade civilizada deixam de se aplicar. A ideia principal é a de que um problema causa outro. A situação de Gena é de tal forma que, para conseguir prosseguir e escapar-lhe, ele está condenado a actuar de maneira a piorar essa situação e a agravar os seus problemas – exactamente aquilo que ele tentava evitar. O filme segue Gena na sua viagem da Lituânia até França, via Rússia, Polónia e Bielorrússia. Isto não foi uma escolha ao acaso. Eu queria precisamente captar algo destes quatro países do Leste europeu, que sofreram tantas e tão radicais mudanças e convulsões políticas na última década. O facto de a personagem eventualmente acabar por chegar a Espanha é talvez uma medida do que separa o Leste do Ocidente. Esta história de um homem sempre em movimento permite-me mostrar o mundo de hoje, entre a unificação e a fragmentação, um mundo que não está satisfeito com o seu papel e se pode tornar num campo de batalha numa questão de minutos, um mundo dominado por instintos animais básicos, que já não é capaz de oferecer abrigo e protecção, que continua sem conseguir lidar com problemas cruciais como o terrorismo, a fome e a má distribuição da riqueza. Tomemos como exemplo a Lituânia: situa-se a meio caminho entre a Rússia e a Europa Ocidental e esteve ocupada durante 50 anos. Agora o capital estrangeiro está a entrar e o mercado imobiliário a florescer, no entanto, a capital, Vilnius, fica a apenas 30 quilómetros do regime totalitário da Bielorrússia. O protagonista Gena está cheio de desejos contraditórios e procura a felicidade enquanto espalha sangue. Na minha opinião, a sua história diz algo sobre o nosso mundo. Passei um ano cruzando a Europa de um lado para o outro e fazendo o mapa físico da trajectória de Gena com o meu carro. Em Vilnius e Moscovo, encontrei-me com os responsáveis pela luta contra o crime organizado que me deixaram assistir a horas de interrogatórios policiais a vários suspeitos ligados à máfia. Este filme abre um novo período para mim. Desta vez quis trabalhar com um guião bem estruturado. Contar uma história. Antes, havia um mundo de silêncio. Agora, as minhas personagens falam. Por essa razão tive de experimentar novas formas de trabalhar com os actores. Finalmente, a característica mais constante e importante do meu trabalho é não deixar que a estrutura do filme esteja subordinada à necessidade de contar uma história. Aquela deve ser apenas função da narrativa e não um seu veículo. A estrutura deve ser um todo, uma unidade completa, na qual as decisões formais são articuladas em torno de seres e coisas no tempo e no espaço do próprio filme. Ela deve ser auto‑suficiente mas deve também alimentar a narrativa. O filme tem de combinar estas duas imposições. O meu desejo é abarcar a totalidade da experiência que é viver. Os actores são o mais importante. Eu não posso ignorar quem eles são. Quero deixar espaço nos meus filmes para a sua energia vital de forma a que se sinta o pulsar de fragmento de vida que cada filme pretende revelar. A man on the move The main thing I can achieve with cinema is to show a glimpse of human existence and hope that viewers will respond to it and identify with the characters. The project for this particular movie is to show one character’s life as it is affected by extreme situations, ones in which instinct is the driving force and the rules of civilized society no longer apply. The main idea is that one problem causes another. Gena’s situation is such that in order to go on and escape his predicament, he is condemned to act in a way that makes his situation worse and aggravates his case – exactly what he was trying to avoid in the first place. The film follows Gena from Lithuania to France, via Russia, Poland and Belarus. This isn’t a random choice. I wanted to capture something of these four Eastern European countries, which have suffered such radical upheavals in the last ten years. The fact that the character finally gets to Spain is perhaps a way of measuring what separates the East from the West. This story of a man on the move allows me to show the world of today, between unification and fragmentation; a world that “doesn’t sit still in its own skin” and can turn into a battlefield in a matter of minutes; a world dominated by base animal instincts, no longer able to provide safe haven and shelter, where crucial problems remain unaddressed, like terrorism, hunger or the ability to share wealth. Let’s take Lithuania: it lies midway between Russia and Western Europe and was occupied for 50 years. Now foreign capital is flowing in and the real estate market is booming – yet the
I spent one year crisscrossing Europe and physically mapping out Gena’s trajectory in my car. In Vilnius and Moscow, I met with authorities responsible for fighting organized crime, who let me view hundreds of hours of police interrogations of various defendants linked to the mafia. This movie inaugurates a new period for me. This time around, I wanted to work with a structured script. Tell a story. Before, there was a world of silence; now my characters are speaking. For this reason, I needed to experiment with new ways of working with actors. In the end, the constant and most important thing for me is that the structure of the film should not be subordinated to the necessity of telling a story. Its only function should not be to act as a vehicle for a narrative. The structure should be a whole, a full and complete unit, in which formal decisions are articulated around beings and things in the space and time of the movie itself. The structure should be self-sufficient, but it should also feed the narrative. The film needs to combine these two injunctions. My desire is to grasp the totality of the experience of living. Most important are the actors. I do not want to ignore who they are. I want to leave room in my films for their vital radiance, in order to feel the pulse of the fragment of life the film will reveal.
Produção Produção Lazennec, Paris · Studio Kinema, Vilnius · Kino Bez Granic, Moscow Contacto de Cópia Copy Contact Umedia, +33148704655, contact@umedia.fr, http://www.umedia.fr Argumento Script Sharunas Bartas, Catherine Paillé Fotografia Photography Sharunas Bartas Actores Main Actores Sharunas Bartas, Elisa Sednaoui, Erwan Ribard, Klaudia Korshunova
CL5
[CL7] Sharunas Bartas
capital city of Vilnius is located just 30 kilometers away from the totalitarian regime of Belarus. The main protagonist, Gena, is full of contradictory desires and seeks happiness while spilling blood. In my opinion, his story says something about our world.
169
CL6
EARTH
Ho Tzu Nyen
[CL8] Ho Tzu Nyen
Nascido em Singapura em 1976, Ho Tzu Nyen é um realizador e também artista multi disciplinar que trabalha em pintura, desenho, fotografia, instalações e multimedia. Tem sabido atravessar diferentes campos artísticos com grande sucesso, como se prova pela aclamação internacional que recebeu pelos seus projectos teatrais e pela selecção da sua primeira longa-metragem, HERE (2009), para a Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes e depois apresentada em festivais de cinema como os de Karlovy Vary, Pusan, Varsóvia e Banguecoque. O seu novo filme de média duração, EARTH (2009), estreou-se no Festival de Cinema de Veneza. Born in Singapore in 1976, Tzu Nyen is a filmmaker and multi-disciplinary artist who works with paintings, drawings, photography, installations, and multimedia. He had the ability to traverse different disciplinary fields with great success, as shown by the international acclaim he received for his theatre projects, and the selection of his first feature film, HERE (2009), for the Directors’ Fortnight at the Cannes Film Festival and subsequently presented at film festivals such as the Karlovy Vary, Pusan, Warsaw and Bangkok. His new medium-length film, EARTH (2009), premiered at the Venice Film Festival. Filmografia Filmography Utama, Every Name in History is I, 2003; Tang Da Wu, The Most Radical Gesture from 4x4, 2005; Bohemian Rapsody Project, 2006 (15th Curtas Vila do Conde 2007); Reflections, 2007; Qi ying pian/Lucky 7, 2008; Here, 2009; Earth, 2009; Newton, 2009.
170
Ho Tzu Nyen, 2009 Singapura Singapore, EXP, 43’, Video, COL
Vemos o local de um desastre do qual nada sabemos, os escombros da História que constituem a memória da Terra. No local jazem cinquenta pessoas num estado que oscila entre a consciência e a inconsciência, a vida e a morte. Ocasionalmente vemos algum movimento sem consequência. Por vezes um deles aparece em primeiro plano – cerrando o punho, entreabrindo uma pálpebra ou chorando pelo seu vizinho. Outras vezes estas figuras afastam-se da luz, perdendo a sua forma individual para formar um gigantesco organismo, respirando em uníssono, pulsando como uma alforreca através da sua viagem pela Terra. O artista olha para a Terra e não gosta do que vê: nos destroços, dispõe pessoas como seres impotentes e observa-as, persistente. Ficção científica experimental filmada num único plano. Uma obra de arte. We see the venue of an unknown disaster, the debris of history that constitutes the story of Earth. Upon the site, lay fifty humans oscillating between consciousness and unconsciousness, life and death. Sometimes, one of them emerges into the foreground–clutching a first, batting an eyelid, or weeping for his neighbour. At other times, these figures recede from the light, losing their individual shapes to form a gigantic organism, breathing in unison, pulsating like a jellyfish, though their journey across Earth. The artist looks at the Earth and sees it is no good. Between the rubble, he drapes people as impotent beings and looks at them doggedly. Experimental science fiction. The earth after a disaster. People lie gasping between the rubble, barely conscious. Only occasionally do they make impotent movements. In the shadow, they seem to form a whole. The film is one continuous shot.
Produção Produção Tzulogical Films, tzulogy@gmail.com Contacto de Cópia Copy Contact Akanga Film Asia, +6596231168, info@akangafilm.com, http://www.akangafilm.com Actores Main Actores Erik Wayne Goh, Andy Hillyard, Paul Lucas, Jim Gan, Jason Chang Wai Chong, John Low, Dorothy Khoo, Sean Mossaley, Jae Leung
CL7
AIRS ABOVE THE GROUND
SALLA TYKKÄ
Salla Tykkä was born in 1973 in Helsinki, Finland, where she lives and works today. She graduated from the Academy of Fine Arts in Helsinki 2003. She has been working with photography, video and film since 1996, and she had her first solo show in 1997. Last year the festival dedicated an exhibition and a special program to the artist .
Salla Tykkä, 2010 Finlândia Finland, EXP, 12’, Video, COL
Um cavalo branco tem muitos significados na nossa cultura. Para mim, é um símbolo de pureza, virtude, eternidade, poder e até mesmo de santidade. Quando eu era criança, sonhava montar um cavalo branco e cavalgar para lugares de que eu já não me lembro do caminho. Os cavalos Lippizaner podem ser mais conhecidos pela sua cor clara e por fazerem truques que desafiam a gravidade. Já vi garanhões Lippizaner a dançar, a puxar carruagens reais em pinturas antigas e a correr livremente nos prados rodeados por montanhas. Quando eu era criança, não sabia que esta raça de cavalos foi desenvolvida por pessoas, peça por peça, e que é resultado de centenas de anos de criação. A white horse has many meanings in our culture. To me, it is a symbol of purity, virtue, eternity, power and even holiness. When I was a child, I dreamed of riding a white horse to places I no longer know the way to. The Lippizaner horses might be best-known for their light color and the gravity-defying tricks they perform. I have watched Lippizaner stallions dance, pull royal carriages in old paintings and run free on meadows surrounded by mountains. When I was a child, I didn´t realize this horse has been built by people, piece by piece, and that it is a result of hundreds of years of breeding.
Ultimas exposições: Her latest solo exhibitions include: Solar Cinematic Art Gallery, 2010,Chapter Gallery, Cardiff, 2006; S.M.A.K., Gent, 2006; De Appel, Amsterdam; Museum Het Domein Sittard, 2006; Centre pour l’image contemporaine Saint-Gervais Genève, Genève, 2006; Yvon Lambert Gallery, New York, 2006; Portikus, Frankfurt am Main, 2005; Fact, Liverpool, 2004; Tensta Konsthall, Stockholm, 2003; The Institute of Visual Arts, Milwaukee, 2003; Tramway, Glasgow, 2003; Kontti, Kiasma, Museum of Contemporary Art, Helsinki, 2002; BAWAG Foundation, Vienna, 2002; Kunsthalle Bern, Bern, 2002; Galerie Yvon Lambert, Paris, 2002; Delfina Project Space, London, 2001. She has participated in numerous group shows in museums and public institutions among others: Sguardi da Nord - Reflecting with images, Galleria Civica di Modena, Modena, 2007; Tropico-Végétal, Palais de Tokyo, Paris, 2006; Selbstauslöser, Kunsthalle Fridericianum, Kassel, 2005;Girl’s night ou, Orange County Museum of Art, 2003; Transparente, Rome, 2003; Power,
[CL9] Salla Tykkä
Salla Tykkä nasceu em 1973 em Helsínquia, Finlândia, onde vive e trabalha actualmente. Formou-se na Academia de Belas Artes de Helsinkia em 2003. Trabalha em fotografia, vídeo e cinema desde 1996 e a sua primeira exposição individual foi em 1997. No ano passado o Curtas organizou um programa especial dedicado à artista, do qual fez parte uma exposição na Solar Galeria de Arte Cinemática.
171
[CL9] Salla Tykkä
CL7
172
Casino, Luxembourg, 2002; Trans Sexual Express, Barcelona, 2001; La Biennale di Venezia, Venice, 2001. Filmes apresentados em festivais como: Salla Tykkä’s films have been shown at:international film festivals like: 17th Curtas Vila do Conde 2009; 36th International Film Festival Rotterdam, Rotterdam, 2007; 21st Brest European Short Film Festival, Brest, 2006; Tribeca Film Festival, New York, 2003; International Short Film Festival Oberhausen, Oberhausen, 2003 and 2002, Locarno Film Festival, Locarno, 2002; Festival Internacional de Cine Documental y Cortometraje de Bilbao, Bilbao, 2002; Canadian Film Centre’s World Wide Short Film Festival, Toronto, 2002.
Produção Produção Misha Jaari Contacto de Cópia Copy Contact Salla Tykkä, salla@sallatykka.com Argumento Script Salla Tykkä Fotografia Photography Samuli Saastamoinen Montagem Editing Salla Tykkä Som Sound Janne Jankeri
White: 1. Victoria, 2009 2. Airs above the ground, 2010 Desde 2006 que planeio examinar as concepções europeias de beleza. Os meus esforços têm sido inspirados pelo trabalho do historiador da arte inglês John Ruskin (1819-1900). O pensamento de Ruskin representa não só as ideias do Romantismo mas também, no meu entender, uma visão do mundo discriminatória e dividida em preto e branco. Em muitos aspectos a obra de Ruskin não resistiu ao teste do tempo, no entanto comoveu-me pelo seu entusiasmo face à beleza natural. Apesar da minha opinião de Ruskin ser algo crítica, não posso deixar de ver-me a mim e aos meus ideais na sua escrita. Ao mesmo tempo fiquei bastante surpreendida ao constatar como as ideias do Romantismo estão fortemente implantadas em mim, apesar de as considerar limitadas, estritas e distantes da minha realidade. Ao fim a ao cabo, será que o mundo contemporâneo é assim tão diferente? Estou em vias de fazer uma série de quatro curtas metragens que abordam os ideais de beleza. Em cada uma apresento a beleza em diferentes formas: pedra, planta, animal e humana. Escolhi os meus temas a partir das minhas memórias de infância. Que porção da beleza que eu pensava ser natural foi de facto moldada e processada pelas pessoas? Enquanto pesquisava estes filmes, compreendi que nada é exactamente o que parece. Oculto por detrás da beleza está a tristeza e a violência. As formas naturais são de facto produto da acção do homem e a acção do homem é, de facto, moldada pela natureza. Since 2006 I have been planning to examine European conceptions of beauty. My efforts have been inspired by the works of the English art historian John Ruskin (1819-1900). Not only does his thinking represent the ideas of Romanticism, but it also speaks to me of a black and white and discriminatory world view. In many ways, Ruskin’s works have not stood the test the time, but I was moved by his passionate attitude towards natural beauty. Even though my stand on Ruskin is somewhat critical, I cannot help seeing myself and my ideals in his writing. At the same time, I was quite taken aback by how strongly the ideals of Romanticism are present in me, even though I recognise them as narrow-minded, strict, and far removed from the reality which I inhabit. Or is the contemporary world so very different after all? I’m in the process of making a series of four short films which all look at the ideals of beauty. In each of them, I present beauty in different forms: stone, plant, animal, and human. I have chosen my subjects from my childhood recollections. How much of the beauty I thought was natural was in fact shaped and processed by people? While researching these films, I have realised that nothing is quite as it seems. Natural forms are, in fact, man-made, and man-made is, in fact, shaped by nature. What has shaped the European conception of beauty? Why is it that so many of the things we consider beautiful are white? Is the colour white conceptually linked with purity and innocence, or the colour of the skin? When I was young, why did I reach for a piece of chalk and draw mountain scenes I had never seen?
CL8
LA CAVE A CAVE THE CAVE
Ariane Michel, 2009 França France, EXP, 12’, Video, COL
Numa cave gelada um homem trabalha à luz de um candeeiro. Ele aquece pacientemente um grande bloco de permafrost (solo permanentemente gelado, existente nos polos terrestres). Primeiro aparecem uns longos pêlos, depois as presas... Pouco a pouco descobrimos Jarkov, um mamute intacto. Bernard Buigues colecciona restos de mamutes que encontra no solo da Sibéria, armazenando-os in situ, numa cave escavada no gelo, onde a temperatura permanece bastante negativa. Entre as ossadas deste estranho museu, um grande bloco de gelo encerra Jarkov, um espécime inteiro, com 19,000 anos. Bernard Buigues derrete o gelo cuidadosamente, fazendo aparecer a sua pelagem e os seus tecidos intactos... O filme mostra, em poucos minutos, uma verdadeira viagem ao centro da Terra. Numa cave escavada no permafrost siberiano, as paredes de gelo cintilante encerram um segredo: num grande bloco de gelo o cadáver de um mamute, descoberto intacto a alguns passos dali por um dos seus grandes caçadores contemporâneos, Bernard Buigues. Vemo-lo a tentar descongelar o gigante com um secador de cabelo, aflorando os seus pêlos milenares, afundando os dedos na sua carne pré histórica, esperando, confiante, que ele acorde por fim… Mais do que nunca, com esta ode arcaica àquilo que desapareceu mas poderia renascer, Ariane Michel consegue o que pretendia “Revelar um tempo fora do tempo, um tempo anterior ao Homem. Le Monde, 30 Abril de 2010
Inside a frozen cave, a man is working by a lamp. He is patiently warming a big block of frozen soil. Long hairs appear and then some big teeth… Slowly we discover Jarkov, a mammoth that has remained intact. Bernard Buigues collects mammoths that he finds in the Siberian soil. He stocks them there, in a permanently frozen cave where the temperature is always negative. Jarkov, an entire specimen, is 19000 years old. Bernard Buigues defrosts it very carefully, slowly revealing its intact fur and tissues. The film shows in a few minutes a real journey to the centre of the Earth. In a cave dug on the Siberian permafrost, the shimmering ice walls hold a secret: inside an enormous block of ice there is the body of a mammoth, discovered intact some feet away from there by one of the greatest contemporary hunters, Bernard Buigues. We see him trying to defrost the giant animal with a hairdryer, reaching its millennial fur, sinking his fingers in its pre-historic flesh, waiting confidently for it to wake up at last… More than ever, with this ancient ode to what has disappeared but could reawake, Ariane Michel achieves what she’s set out to do “to reveal a time outside time, a time before Man. Le Monde, 30 April 2010
Depois de estudar na Ecole Nationale Supérieure des Arts Décoratifs (Paris) e de fazer pesquisa no Palais de Tokyo, Ariane Michel começou a realizar filmes. Primeiro fez curtas metragens que eram mostradas em contextos de instalação e performance mas que por vezes foram mostradas em festivais de cinema. A sua mais recente longa metragem, “Les Hommes”, recebeu o Grande Prémio da Competição Francesa no FID de Marselha em 2006. O filme pretende oferecer ao público uma experiência perceptiva. Na maior parte dos seus filmes, a presença de animais e de paisagens é um dispositivo para apreender o mundo. Assim, visto ao lado de uma coruja, de uma morsa ou de uma pedra, o universo assume diferentes formas e temporalidades e a imersão no filme provoca uma pequena reorganização da percepção. Ariane Michel é representada pela galeria, Jousse Entreprise, Paris. After studying at Ecole Nationale Supérieure des Arts Décoratifs (Paris) and doing research at Palais de Tokyo, Ariane Michel started making films. First she made short films that were featured in installation and performance contexts but which were sometimes shown at festivals. Her recent feature “Les Hommes” received the Great Prize of the French Competition at FID Marseille, in 2006. The film aimed to offer audiences a perceptive experience. In most of her films the presence of animals and landscapes is a device for capturing the world. Therefore, seen next to an owl, a walrus or a stone, the universe takes up different shapes and time frames and the immersion in the film provokes a small reorganisation of perception Ariane Michel is represented by the gallery, Jousse Entreprise, Paris.
[CL10] Ariana Michel
ARIANE MICHEL
173
CL8
Este projecto nasceu do desejo de pôr o tempo à prova. A cave é uma exposição, uma estranha obra de arte que nos faz mergulhar no sub solo da Pré história. Ao filmar o vídeo, tentei ir ao encontro de um verdadeiro tempo pré histórico, testar se o aparecimento de um mamute gelado, quase vivo sob a sua pelagem aquecida pelas mãos de um humano dos nossos dias, provocaria uma dissonância temporal mais forte ainda do que a que eu experimentei.
This project was born from my wish to put time to the test. The cave is an exhibition, a strange work of art that makes us dive into pre-historic sub-soil. While I was filming the video, I tried to capture pre-historic time, to test if the appearance of the frozen mammoth, almost alive underneath its warmed fur by the hands of a human being of today, would provoke a stronger temporal dissonance than the one I experienced.
[CL10] Ariana Michel
Produção Produção Ariane Michel Contacto de Cópia Copy Contact Ariane Michel, email.michel@orange.fr, http://arianemichel.monsite-orange.fr Argumento Script Fotografia Photography Montagem Editing Som Sound Georges-Henri Guedj Actores Main Actores Bernard Buigues
174
CL9
LUNG BOONMEE RALUEK CHAT UNCLE BOONMEE WHO CAN RECALL HIS PAST LIVES
Apichatpong Weerasethakul, 2010 Reino Unido United Kingdom · Tailândia Thailand · França France, DOC, 1h53’, 35mm, COL
“Uncle Boonmee Who Can Recall His Past Lives” foi concebido como parte integrante do Primitive Project. Este projecto, que está a ser levado a cabo na sua totalidade na província de Isan, no nordeste da Tailândia, inclui, para além deste filme, vários trabalhos que se centram nos adolescentes da aldeia de Nabua. Para esta obra existe a instalação Primitive de sete ecrãs, uma instalação com um único ecrã, Phantoms of Nabua, com apresentação contínua on-line em www.animateprojects.com e a curta metragem “A Letter to Uncle Boonmee”. Para além destes, Apichatpong Weerasethakul editou, com a colaboração das Edizioni Zero de Milão, o livro “CUJO” com documentação e fotografias relacionadas com este projecto. As instalações e a curta metragem foram comissariadas pela Haus der Kunst (Munique), pela FACT (Fundação para as Artes e Tecnologias Criativas), Liverpool, onde o projecto Primitive foi apresentado em 2009, e pela Animate Projects, Londres. Uncle Boonmee Who Can Recall His Past Lives was conceived as an integral part of the Primitive project. This project, all of which takes place in Isan province in the North-East of Thailand consists in addition to this feature of several works that focus on the teenagers of the village of Nabua. There is a seven screen installation Primitive, a single screen installation, Phantoms of Nabua, initially commissioned for continuing on-line presentation at www.animateprojects.com and the short film A Letter to Uncle Boonmee. In addition Apichatpong Weerasethakul created in collaboration with Edizioni Zero, Milan, the artist’s book CUJO which features documentation and photographs related to this project in Isan. The installations and short film were commissioned by the Haus der Kunst (Munich), FACT (Foundation for Art and Creative Technology), Liverpool where Primitive was presented in 2009 and by Animate Projects, London. Produção Produção Apichatpong Weerasethakul · Simon Field · Keith Griffiths · Charles de Meaux Contacto de Cópia Copy Contact Match Factory, info@matchfactory.de, http://www.the-match-factory.com Argumento Script Apichatpong Weerasethakul Fotografia Photography Sayombhu Mukdeeprom, Yukontorn Mingmongkon, Charin Pengpanich Montagem Editing Lee Chatametikool Actores Main Actores Thanapat Saisaymar, Jenjira Pongpas, Sakda Kaewbuadee, Natthakarn Aphaiwonk
Nasceu em Banguecoque, em 1970, e foi criado em Khon Kaen, no nordeste da Tailândia. Licenciado em Arquitectura pela Universidade de Khon Kaen, obteve um M.F.A. (Master of Fine Arts) em Realização de Cinema no Instituto de Chicago – Escola de Arte. Começou a fazer curtas-metragens e vídeos em 1994 e completou a sua primeira longa metragem em 2000. Desde 1998 trabalhou também montando exposições e instalações em diversos países., Os seus trabalhos, muitas vezes não lineares, têm sempre a ver com a memória que é evocada de forma subtil ao abordar temas pessoais, sociais e políticos. Trabalhando fora do estrito sistema de estúdio tailandês, Apichatpong é muito activo na promoção dos seus filmes independentes e experimentais através da Kick The Machine, a empresa que fundou em 1999 e que produziu todos os seus filmes. Em 2008 embarcou no projecto Primitive Project, um trabalho multi plataformas do qual faz parte o filme “Uncle Boonmee Who Can Recall his Past Lives”. Em 2009 ele e o seu trabalho foram objecto de uma monografia publicada pelo Museu Austríaco do Cinema. Os seus projectos artísticos e longas metragens têm merecido grande reconhecimento internacional e numerosos prémios em festivais, incluindo dois no Festival de Cannes: “Blissfully Yours”, recebeu o prémio Un Certain Regard, em 2002 e “Tropical Malady” recebeu o Prémio do Júri da Competição Oficial, em 2004. O aclamado “Syndromes and a Century”, de 2006, foi o primeiro filme tailandês a ser seleccionado para a competição oficial do Festival de Veneza e foi considerado por muitos como um dos melhores filmes da última década. Apichatpong vive e trabalha actualmente em Chiangmai, na Tailândia. Neste momento encontra-se a preparar o seu próximo projecto sobre o escritor e realizador Donald Richie.
[CL11] Apichatpong Weerasethakul
APICHATPONG WEERASETHAKUL
175
[CL11] Apichatpong Weerasethakul
CL10
Apichatpong Weerasethakul was born in Bangkok (1970) and grew up in Khon Kaen, north-eastern Thailand. He graduated from Khon Kaen University and holds a Bachelor’s degree in Architecture, then a Master of Fine Arts in Filmmaking from The Art Institute of Chicago. He started making films and video shorts in 1994 and completed his first feature in 2000. He has also mounted exhibitions and installations in many countries since 1998. Often nonlinear, his works link with memory, invoked in subtle ways personal politics and social issues. Working independently of the Thai commercial film industry, he devotes himself to promoting experimental and independent filmmaking through his company Kick the Machine Films, founded in 1999. Kick the Machine has produced all his feature films. In 2008, he embarked on the Primitive Project, a multi-platform work of which Uncle Boonmee Who Can Recall his Past Lives is part. In 2009, he and his work were the subject of a monograph published by the Austrian Film Museum. His art projects and feature films have won him widespread recognition and numerous festival prizes, including two prizes from the Cannes Film Festival. Blissfully Yours won the A Certain Regard Prize in 2002 and Tropical Malady won the Official Competition Jury Prize in 2004. His acclaimed 2006 feature, Syndromes and a Century, was the first Thai film to be selected for competition at the Venice Film Festival and was acclaimed in a number of international polls as one of the best films of the last decade. He lives and works in Chiangmai, Thailand. He is currently preparing his next project on the filmmaker and celebrated author Donald Richie. Filmografia Filmography BULLET, 05’, 1993; KITCHEN AND BEDROOM, 15’, 1994; 0016643225059, 05’, 1994; LIKE THE RELENTLESS FURY OF THE POUNDING WAVES, 25’, 1996 (14th Curtas Vila do Conde, 2006); THIRDWORLD, 17’,
APICHATPONG WEERASETHAKUL STATEMENT “Uncle Boonmee Who Can Recall His Past Lives” é uma homenagem à minha terra natal e a um certo tipo de cinema com que cresci. Eu acredito na transmigração das almas entre seres humanos, plantas, animais e em fantasmas. A história de Uncle Boonmee mostra a relação entre homens e animais e ao mesmo tempo destrói a linha que os divide. Quando os acontecimentos são representados através do cinema transformam-se nas memórias partilhadas da equipa técnica, do elenco e do público. Uma nova camada de memória (simulada) é acrescentada à experiência do público. Sob este ponto de vista, fazer um filme não é diferente de criar vidas passadas artificiais. Eu estou interessado em explorar o interior desta máquina do tempo. Pode haver forças misteriosas à espera de serem reveladas, tal como algumas coisas que eram consideradas do domínio da magia negra se provou serem factos científicos. Para mim, o processo de fazer um filme continua a ser uma fonte de energia que ainda não se utiliza adequadamente. Da mesma forma que ainda não conseguimos explicar completamente o funcionamento profundo da mente humana. Adicionalmente, fiquei interessado nos processos de destruição e extinção das culturas e das espécies. Nos últimos anos na Tailândia, o nacionalismo, alimentado pelos sucessivos golpes militares, trouxe à superfície um confronto ideológico. Existe agora uma agência estatal que actua como polícia moral para banir actividades “desadequadas” e para destruir o seu conteúdo. É impossível não relacionar a história de Uncle Boonmee e das suas crenças com isto. Ele representa algo que está prestes a desaparecer, algo que está a ser progressivamente apagado, tal como os velhos cinemas ou teatros, as velhas formas de representar, que parecem já não ter lugar no panorama contemporâneo.
1998 (14th Curtas Vila do Conde, 2006); BOYS AT NOON, 23’, 2000; DOKFA NAI MEUMAN, 83’, 2000; HAUNTED HOUSES, 2001; MASUMI IS A PC OPERATOR, 06’, 2001; SECOND LOVE IN HONG KONG, 2002; SUD SANAEHA, 125’, 2002 (14th Curtas Vila do Conde, 2006); HUA JAI TOR RA NONG, 90’, 2003; SUD PRALAD, 118’, 2004 ; GHOST OF ASIA, 2005 (13th Curtas Vila do Conde, 2005); WORLDLY DESIRES, 2005; SANG SATTAWAT, 2006; LUMINOUS PEOPLE, 2007; EMERALD, 2007; VAMPIRE, 2008, MOBILE MEN, 2008; PHANTOMS OF NABUA, 2009. [SELECTED INSTALLATIONS] Ghost of Asia, 2005; Waterfall, 2005; FAITH, 2006; Morakot (Emerald)/ The Palace/ Unknown Forces, 2007; Primitive/Phantoms of Nabua, 2009.
176
“Uncle Boonmee Who Can Recall His Past Lives” is an homage to my home, and to a certain kind of cinema I grew up with. I believe in the transmigration of souls between humans, plants, animals, and ghosts. Uncle Boonmee’s story shows the relationship between man and animal and at the same time destroys the line dividing them. When the events are represented through cinema, they become shared memories of the crew, the cast, and the public. A new layer of (simulated) memory is augmented in the audience’s experience. In this regard, filmmaking is not unlike creating synthetic past lives. I am interested in exploring the innards of this time machine. There might be some mysterious forces waiting to be revealed just as certain things that used to be called black magic have been shown to be scientific facts. For me, filmmaking remains a source all of whose energy we haven’t properly utilised. In the same way that we have not thoroughly explained the inner workings of the mind. Additionally, I have become interested in the destruction and extinction processes of cultures and of species. For the past few years in Thailand, nationalism, fueled by the military coups, brought about a confrontation of ideologies. There is now a state agency that acts as a moral policeman to ban ‘inappropriate’ activities and to destroy their contents. It is impossible not to relate the story of Uncle Boonmee and his belief to this. He is an emblem of something that is about to disappear, something that erodes like the old kind of cinemas, theatres, the old acting styles that have no place in our contemporary landscape.
ANALOG 3D
ANALOG 3D
[3D] ANALOG 3D
3D
178
O sucesso de “Avatar” e de outros filmes faz com que hoje só se fale da revolução 3D como uma derradeira esperança para salvar a indústria e recuperar os espectadores de cinema (número que está em constante declínio). Mas, muito para além disso, o 3D já chegou à formação nas escolas, à televisão e aos jogos vídeo, acelerando uma transformação radical no equipamento das salas de cinema, a ponto de serem sugeridos apenas cinco anos para que todas as salas do mundo passem ao digital. Até as salas de estar parecem estarem prestes a ser invadidas por sistemas 3D. Contudo, esta febre da terceira dimensão não é um fenómeno novo; pelo contrário: esta parece nascer de uma vontade cíclica da grande indústria americana para apresentar “novos” produtos e novas formas de ver os velhos filmes. O filme 3D é uma imagem em movimento que cria a ilusão da terceira dimensão. Na verdade, esta terceira dimensão é realizada através de uma filmagem especial com uma câmara de dupla lente ou através da criação da dupla perspectiva através de computador. Finalmente é também necessária uma projecção especial do filme (com projectores duplos de película ou projecção digital). Contudo, para ser possível ao olho humano ver a terceira dimensão, é necessário usar uns óculos especiais que permitem criar essa ilusão. (Fala-se já, para o futuro – que não estará assim tão longe – da possibilidade de não serem necessários esses óculos, projectando a tecnologia para outro patamar.) O filme 3D, no entanto, é uma derivação das imagens estereoscópicas. Estas imagens partem de uma técnica fotográfica que já remonta ao século XIX e que permite colocar duas imagens lado a lado, com pequenas variações de posição, e serem transformadas em 3D através do ponto de focagem do olho humano. Essa técnica foi profusamente usada, inclusive através de pequenos brinquedos ópticos que simulam a terceira dimensão. O artista e realizador experimental Ken Jacobs, por exemplo, utiliza as imagens estereoscópicas como matéria prima e reflexão para os seus filmes experimentais, apostando numa pesquisa sobre a forma como o olho humano e o seu sistema nervoso são capazes de alterar a realidade fotográfica e as imagens em movimento (as suas experiências resultaram em projecção de filmes que usavam um sistema 3D por si criado: o Nervous System). A indústria cinematográfica de Hollywood, contudo, já tinha sofrido de uma febre do 3D, na década de 1950, anos considerados como o período fundamental do cinema 3D clássico (ainda que tenham existido experiências anteriores, já datadas da década de 20). Essa febre nasceu logo no início dos anos 1950, através da realização de vários projectos pensados para o formato. Nessa altura, houve uma intensa investigação para um melhor método a usar em toda a cadeia de produção do filme 3D. Mas, por ser muito caro e tecnicamente difícil (exigia, por exemplo, a dupla projecção, com duplicação dos custos), o formato foi abandonado em favor do widescreen, que rapidamente conquistou os exibidores. Ainda assim, houve um boom de exibição do filme 3D que abarcava todos os géneros possíveis: musicais, westerns ou filmes de terror, por exemplo. São filmes destes anos (assim como da década de 60 e 70), que o Curtas Vila do Conde mostrará, revelando projectos que foram pouco vistos no formato para que foram pensados: a projecção em três dimensões. O filme 3D foi visto como uma forma de concorrer com o sucesso da televisão, e, por isso, a produção inicial de muitos filmes levava os produtores a apontar o 3D como o futuro das imagens em movimento. Não foi. Mais tarde, já nos anos 80, surgiu a tecnologia IMAX e os parques temáticos Disney também mantiveram salas de projecção 3D. Ainda assim, durante todo este
tempo o filme 3D manteve-se num nicho de mercado e apenas alguns filmes eram produzidos nos dois suportes (2D e 3D) de forma a serem lançados nas salas normais e nestas salas especializadas. Essa dificuldade técnica tem sido ultrapassado nos últimos cinco anos. E, por isso, só agora foi possível atingir-se um número de filmes como os produzidos nos anos 50. O progresso tecnológico tem sido grande e desenvolveram-se várias câmaras de filmar digitais propositadamente para 3D, embora poucos filmes ainda tenham sido feitos com câmaras dessas (“Avatar” figura como filme charneira desse método). Para além destes, tem sido sobretudo a animação a usar a terceira dimensão. Por isso, neste momento, o 3D arrisca-se a tornar apenas num efeito de moda, sem que o conteúdo seja pensado para tal, bem como a mise-en-scène ou a montagem. Quase exclusivo do cinema de grande espectáculo e de grande orçamento, que futuro reserva o 3D para os filmes de autor? Na verdade, a tecnologia é cara e arrisca-se a aumentar ainda mais o fosso entre os dois. Isto é, o cinema de autor sempre foi um cinema subfinanciado, enquanto o 3D encarece em cerca de 20% as produções. Há contudo nichos do cinema experimental que continuam a usar os recursos do cinema 3D, caso do já citado Ken Jacobs que tem apresentado, no Curtas Vila do Conde, várias curtas-metragens que trabalham sobre a perspectiva da terceira dimensão, ainda que de forma “artesanal”, utilizando os métodos de ancestrais para a criação do efeito da terceira dimensão: duas imagens colocadas lado-a-lado (que Jacobs filmou com um dispositivo especial), e o 3D a ser criado pelo ponto de focagem do olho (afinal, o princípio da fotografia estereoscópica). Jacobs também usou outra técnica, uma espécie de efeito matrix, simulando em computador a animação entre as diferentes câmaras. As curtasmetragens que consolidam estes métodos venceram a Competição Nacional do Curtas Vila do Conde em 2007: Nymph e Capitalism: Child Labor. O futuro do cinema é imprevisível, mas certamente ele não será ancorado como forma dominante no 3D. Por isso mesmo, não faz sentido, como alguns dizem, que todos os filmes dentro de algum tempo sejam em 3D. O que leva as pessoas a acorrerem em massa a estes filmes, nos tempos mais recentes, é a novidade. E ainda não se viram casos convincentes de filmes 3D que integram a sua mise-en-scène nas especificidades da terceira dimensão. Os filmes 3D querem apostar na imersão dos espectadores nas suas histórias, contando com a experiência narrativa de um videojogo (também não será por acaso que “Avatar” se aproxima de um videojogo). Essa imersão tenderá, provavelmente, a provocar uma certa passividade do espectador, efabulado com a entrada num mundo novo, como se lá estivesse (daí também aqueles momentos puramente 3D, onde os objectos “caem” em cima do espectador). Foi por isso, também, que “Avatar” foi muito criticado pela ingenuidade do seu enredo, face à utilização de um modelo narrativo demasiado desgastado. A relação com o espectador é assim, totalmente diferente do diálogo narrativo proposto pelos filmes 2D, que conseguem provocar, nos melhores exemplos, uma espécie de distanciamento da experiência cinematográfica. O filme 3D vive um momento de euforia que se propaga por múltiplos ecrãs (cinema, televisão, computador). Contudo, para além dessa exaltação tecnológica, chegaremos a um ponto em que os cineastas poderão escolher como filmar. Nessa altura, veremos o que acontecerá, mas supomos que o filme 2D ainda terá todos os encantos do mundo.
films have been shot with these (“Avatar” pioneered this field). Further to these, 3D has mostly been used in animation. That is why once again, 3D risks becoming another fad, without properly devised projects without specific editing or direction. 3D is a format that seems to be exclusive of big entertainment and big budget -what future is there for 3D in art films? In good honesty, the technology is expensive and it risks widening the gap between both sides: art films have always been under-financed and 3D makes production 20% more expensive. There are, however, some niches in experimental film that continue to use 3D resources, such as Ken Jacobs, mentioned above, who has presented at Curtas Vila do Conde several short films that work with a 3D perspective, even though with a basic approach, using ancestral methods to create the 3D effect: two images set side by side (which Jacobs filmed with a special device) and the 3D being created with the eye’s focal point (after all, the principle of stereoscopic photography). Jacobs also used another technique, a type of matrix effect, simulating in a computer the animation between the different cameras. The short films filmed with this method won the International Competition in Vila do Conde in 2007: Nymph e Capitalism: Child Labor. The future of cinema is unpredictable, but surely it will not predominantly revolve around 3D. For that reason, as some say, it makes no sense to say that with time all films will be in 3D. What makes people want to see these films, in recent times, is the novelty factor. Furthermore, there haven’t been convincing 3D films yet, films that integrate in their direction the specificities of the third dimension. 3D films want to immerse the viewer in their stories, using the narrative experience of a videogame (it’s not by chance that “Avatar” seems like a videogame). That immersion will probably provoke a certain passiveness in the viewer, astounded by the new world he’s surrounded by, as if he was there (thus those purely 3D moments, where objects “fall” on the viewer). “Avatar” was very criticised precisely because of that, because of its plot’s naivety and its use of a worn-out narrative model. The relationship with the viewer is therefore totally different from the narrative dialogue suggested by 2D films, which are able to cause, in their best instances, a kind of detachment from the cinematographic experience. 3D film is undergoing a euphoria that extends to different types of screens (cinema, TV, computer). However, besides that technological exhilaration, we will reach a point where filmmakers will be able to choose how to film. We’ll see what happens then, but we guess that 2D films will still have all the enchantment in the world.
3D
[3D] ANALOG 3D
The success of “Avatar” and other films has caused people to talk about the 3D revolution as film industry’s last hope, as a way of bringing back viewers to the theatres (an ever declining number). But impervious to all this talk, 3D has already reached schools, TV and videogames, accelerating a radical change in theatre equipment to the point where nowadays 5 years is the period ventured for all theatres in the world to become digital. Even living rooms seem to be on the brink of being taken over by 3D systems. However, the third dimension fever is not new; on the contrary: it seems to come out of a cyclic wish from the American industry to introduce “new” products and new ways of watching old films. A 3D film is made of moving pictures that create the illusion of a third dimension. In reality, this third dimension is made with a special type of shooting that uses a double lens camera or by creating a double perspective in a computer. A special projection of the film is also needed (with double film or digital projectors). However, for the human eye to see the third dimension, special glasses have to be worn. (There is already talk, of the possibility of ditching the glasses in the not so distant future, taking this technology to another level) The 3D film is, however, a product of stereoscopic images. These images are based on a photographic technique from the 19th century that allows for two images to be placed side by side, with slight variations in position, and be transformed into 3D through the focal point of the human eye. This technique was profusely used, even in small optical toys that simulated the third dimension. Ken Jacobs, experimental artist and director, for instance, uses stereoscopic images as raw material for his experimental films, researching into the way the human eye and its nerves are able to change the photographic reality and moving images (his experiments led him to project films using a 3D system that he created: the Nervous System.) Hollywood, however, had already suffered one 3D fever in the 1950s, a period considered as the fundamental era of classic 3D film (even though there were previous experiments dated from the 1020s). That fever started right at the beginning of the decade, with the release of several 3D films. It was a time for intense research on better methods for the 3D chain of production. But because it was very expensive and technically difficult (it required, for instance, double projection, with double cost), the format was abandoned in favour of the widescreen, which quickly became favoured by exhibitors. Nevertheless, there was a boom in 3D exhibition that involved all the genres: musicals, westerns, and horror films. These are the films (as well as films from the 1960s and 1970s) that we will be showing in Vila do Conde: films that were seldom seen in the format they were created for: three-dimensional projection. 3D film was seen as a way of competing with the success of television and because of that it led of the idea that 3D was the future of moving images. It was not. Later, in the 1980s, there was IMAX and Disney theme parks kept their 3D projection theatres. Nevertheless, through all this time, 3D film was kept in a market niche and only a handful of films were produced in both formats (2D and 3D) in order to be released for normal theatres and for these specialised theatres. It has taken some time, but over the last five years, the technical difficulties of the past have been defeated, and therefore, only recently it has been possible to produce a number of films that equals what was produced in the 1950s. Technological progress has been great and several digital cameras have been developed specifically for 3D, although only very few
179
3D1
THE BUBBLE (AKA FANTASTIC INVASION OF PLANET EARTH, AKA THE ZOO) A BOLHA
Arch Oboler, 1966
[3D1] ANALOG 3D
EUA USA, FIC, 1H34’, 35 mm
Este filme de ficção científica, originalmente rodado e distribuído em 3D, conta a história de um jovem casal que, durante uma viagem de avião, é surpreendido por estranhos fenómenos atmosféricos. Por isso, vê-se aprisionado numa pequena cidade, dentro de uma bolha de plástico gigante, transformada numa espécie de jardim zoológico por uma invisível presença alienígena. O que parece de início ser uma cidade fantasma, acaba por revelar-se um local recheado de antigos adereços cinematográficos e habitantes que se comportam de forma muito estranha. The Bubble, a science fiction film that was originally shot and released in 3D, tells the story of a young couple on a plane who suddenly find themselves in the middle of a strange atmospheric phenomenon. They become stuck in a small town inside a giant plastic bubble transformed into a kind of zoo by an invisible alien life form. What initially looks like a ghost town, ends up revealing itself as a place filled with film props and people behaving very strangely indeed.
Produção Produção Arch Oboler · Marvin J. Chomsky Contacto de Cópia Copy Contact Bonner Kinemathek, +49228469721, kino@bonnerkinemathek.de, http://www.bonnerkinemathek.de Argumento Script Arch Oboler Fotografia Photography Charles F. Wheeler Montagem Editing Igo Kantor Música Music Paul Sawtell, Bert Shefter Actores Main Actores Michael Cole, Deborah Walley
180
FLESH FOR FRANKENSTEIN (AKA ANDY WARHOL’S FRANKENSTEIN)
3D2
CARNE PARA FRANKENSTEIN
Paul Morrisey, Antonio Margheriti, 1973 Rodado na famosa Cinecittà em Roma, Flesh For Frankenstein tem o glamour decadente dos velhos filmes italianos, e é uma homenagem (e simultaneamente paródia) à sinceridade e à loucura que transmitem os filmes de terror onde se baseia, bem como à sua beleza visual. O ar de modernidade do filme vem do distanciamento irónico de Paul Morrisey, com o seu humor repugnante, e do uso de uma história gótica como veículo de um comentário sobre o poder, o conhecimento e a ordem social. Enquanto que a maioria das adaptações desta obra retratam o Dr. Frankenstein como um homem cuja dedicação à ciência e busca de glória profissional o levam longe de mais, nesta versão os seus interesses são mais egoístas: procura dominar o mundo, criando uma nova espécie que lhe obedecerá cegamente e cumprirá todas as suas ordens. Tendo sido distribuído nos Estados Unidos em Space-Vision 3-D com o título Andy Warhol’s Frankenstein, seria, em futuros lançamentos, rebaptizado como Flesh for Frankenstein.
[3D2] ANALOG 3D
EUA USA · Itália Italy · França France, FIC, 1H35’, 35 mm
Filmed in Rome in the famous Cinecittà, Flesh For Frankenstein has the decadent glamour of the old Italian movies and is a tribute (and a parody) to the earnestness conveyed by the horror films in which it is based as well as their beauty. The film’s modern appeal comes from Paul Morrissey’s ironic distance, with his revolting humour, and from the use of a gothic story as a vehicle for a commentary on power, knowledge and social order. While most renditions of this book portray Dr. Frankenstein as a man whose dedication to science and search for professional glory lead him too far, in this version, his interests are more of an egotistical nature: he’s trying to dominate the world by creating a new species that will obey him completely and comply with all his commands. The film was distributed in the US in 3-D Space-Vision with the title Andy Warhol’s Frankenstein, but in future releases it would be renamed Flesh for Frankenstein.
Produção Produção Andrew Braunsberg · Louis Peraino · Carlo Ponti, Contacto de Cópia Copy Contact Bonner Kinemathek, +49228469721, kino@bonnerkinemathek.de, http://www.bonnerkinemathek.de Argumento Script Tonino Guerra, Paul Morrisey Fotografia Photography Luigi Kuveiller Montagem Editing Jed Johnson, Franca Silvi Som Sound Música Music Claudio Gizzi Actores Main Actores Joe Dallesandro, Monique van Vooren, Udo Kier, Arno Juerging, Dalila Di Lazzaro, Srdjan Zelenovic, Nicoletta Elmi, Marco Liofredi 181
3D3
DIAL M FOR MURDER CHAMADA PARA A MORTE
Alfred Hitchcock, 1954
[3D3] ANALOG 3D
EUA USA , FIC, 1H45, 35 mm
Um marido traído planeia o assassínio perfeito da sua mulher. Se as coisas não correrem conforme o previsto, pode recorrer ao plano B. Este thriller foi filmado em 3D, de forma a oferecer ao público uma experiência cinematográfica que a televisão não poderia proporcionar. Contudo, à época não foi exibido como tal nos cinemas, acabando por ser lançado como um filme normal. Ainda assim, as escolhas dos enquadramentos e o isolamento de certos objectos mostram como Hitchcock pretendeu desde o início explorar poderosos efeitos tridimensionais. O realizador não esconde o facto de a história se basear numa peça de teatro (de Frederick Knott, que escreveu também o argumento): concentrando toda a acção numa sala de estar, o filme permanece bastante teatral, o que não prejudica a tensão, antes pelo contrário. O Festival apresenta uma versão pouco vista do filme em 3D, tal como ele tinha sido concebido. A betrayed husband plans his wife’s perfect murder. If things don’t go as planned, he still has a plan B. This thriller was filmed in 3D in order to give the audience an experience that TV could not provide. However, at the time, it ended up being released as a normal film and did not get to be shown on 3D. The choice of shots and the close-ups of certain objects show us how Hitchcock meant to explore powerful three-dimensional effects. The director doesn’t conceal the fact that the story is based on a theatre play, (by Frederick Knott, who also wrote the script), concentrating all the action in a living room. The film remains quite theatrical, which does not decrease the tension, quite the contrary. The festival presents a 3D version that has not been seen very often, bringing us closer to how the film was meant to be.
Contacto de Cópia Copy Contact Bonner Kinemathek, +49228469721, kino@bonnerkinemathek.de, http://www.bonnerkinemathek.de Argumento Script Frederick Knott, based on his play Fotografia Photography Robert Burks Montagem Editing Rudi Fehr Actores Main Actores Ray Milland, Grace Kelly, Robert Cummings, John Williams, Anthony Dawson
182
HOUSE OF WAX
3D4
A CASA DE CERA
André de Toth, 1953 “I’m going to give the people what they want: sensation, horror, shock.” Henry Jarrod, “House of Wax” André de Toth, realizador de House of Wax, sabe certamente oferecer às pessoas o que elas esperam: uma casa de horrores tão meticulosamente esculpida como as figuras de um museu de cera. Para lá de constituir um brilhante exemplo de filme de género, oferece a Vincent Price uma das melhores interpretações da sua carreira. A narrativa passa-se no início do Século XX, onde um escultor de nome Henry Jarrod sofre graves queimaduras na sequência de um incêndio que destrói o seu museu de cera. Incapaz de esculpir de novo devido às lesões sofridas, colecciona seres humanos para a sua nova exposição – uma câmara de horrores. House of Wax foi o primeiro filme em 3D produzido por um dos grandes estúdios (Warner Brothers), o primeiro filme de terror rodado em estereoscopia, e um dos poucos filmes de terror da época filmado a cores. Numa época em que o tradicional horror gótico vinha sendo substituído por ficção científica de baixo orçamento, a produção sofisticada e os artifícios 3D valeram ao filme um sucesso considerável. Curiosamente, André De Toth nunca pôde perceber os efeitos em 3D do filme que dirigiu, por ser cego de um olho.
[3D4] ANALOG 3D
EUA USA, FIC, 1H28’, 35 mm,
“I’m going to give the people what they want: sensation, horror, shock.” Henry Jarrod, “House of Wax” “House of Wax” director, André de Toth, could surely give people what they wanted: a house of horrors as meticulously sculpted as figures in a wax museum. Besides being a great instance of the genre, it gave Vincent Price one of the best performances of his career. The story takes place in the early 20th century where a young sculptor named Henry Jarrod suffers serious burns after the fire that destroys his wax museum. Unable to sculpt again due to the burns, he collects human beings for his new exhibition – a real chamber of horrors. House of Wax was the first 3D film produced by one of the major Hollywood studios (Warner Brothers), the first horror film to be filmed in stereo and one of the few horror films of the time in colour. At a time when traditional gothic horror was being substituted by small budget science fiction, the sophisticated production values and the 3D effects granted the film considerable success. Strangely enough, André de Toth was never able to watch the film in 3D because of being blind in one eye. Produção Produção Joe Dreier · Bryan Foy · Warner Bros Contacto de Cópia Copy Contact Bonner Kinemathek, +49228469721, kino@bonnerkinemathek.de, Argumento Script Charles Belden, Crane Wilbur Fotografia Photography Bert Glennon Montagem Editing Rudi Fehr Música Music David Buttolph Actores Main Actores Vincent Price, Frank Lovejoy, Phyllis Kirk, Carolyn Jones, Charles Bronson
183
PUBLICIDADE
PANORAMA EUROPEU
[EU] PANORAMA
EUROPEAN PANORAMA
EU1
THIS IS ALASKA
MORMORS ÖGA
Gunilla Heilborn, Mårten Nilsson, , 2009
O OLHO DA AVÓ GRANDMOTHER´S EYE
Suécia Sweden, FIC, 11’, Video, COL
Jonathan Lewald, 2010 Suécia Sweden, FIC, 5’, Video, BW
Um grupo de pessoas mudou-se para o Alaska em busca de um nível superior de liberdade. A group of people have moved to Alaska. They are searching for a higher level of freedom. Produção Produção Mårten Nilsson, marten@gnufilm.se, Contacto de Cópia Copy Contact Andreas Fock, +4686651136, andreas.fock@sfi.se Argumento Script Gunilla Heilborn Fotografia Photography Mårten Nilsson Actores Main Actors Kristiina Viiala, Kim Hiorthøy, Louise PeterhoffMore
[EU1] PANORAMA Suécia Sweden
HÄNDELSE VID BANK INCIDENTE NUM BANCO INCIDENT BY A BANK
Ruben Östlund, 2010 Suécia Sweden, FIC, 12’, Video, COL
A constant motion from distance to up close, all the way into the eye of an elderly lady. Produção Produção Jonathan Lewald, Contacto de Cópia Copy Contact Andreas Fock, +4686651136, andreas.fock@sfi.se Fotografia Photography Mattias Silva Actores Main Actors Lillemor Frölander
FÖDELSEDAG ANIVERSÁRIO BIRTHDAY
Jenifer Malmqvist, 2010 Suécia Sweden · Polónia Poland · Holanda Netherlands, FIC, 18’, Video, COL
”Incident by a bank” é um relato detalhado e divertido sobre um assalto frustrado a um banco: Um plano único onde 96 pessoas executam uma coreografia meticulosa para a câmara. ”Incident by a bank” recria um acontecimento real ocorrido em Estocolmo em Junho de 2006. ”Incident by a bank” is a detailed and humorous account of a failed bank robbery: A single take where over 96 people perform a meticulous choreography for the camera. ”Incident by a bank” recreates an actual event that took place in Stockholm back in June 2006. Produção Produção Marie Kjellsson · Erik Hemmendorff Contacto de Cópia Copy Contact Andreas Fock, +4686651136, andreas.fock@sfi.se Argumento Script Ruben Östlund Fotografia Photography Marius Dybwad Brandrud Montagem Editing Ruben Östlund Actores Main Actors Bahador, Ramtin Parvaneh, Leif Edlund, Rasmus Lindgren, Lars Melin, Henrik Vikman 186
Um movimento constante que começa à distancia e se vai aproximando até entrar no olho de uma senhora de idade.
Sara prepara uma surpresa para o aniversário da sua mulher Katarina com a ajuda da filha Johanna e do amigo Fredrik. Mas neste dia de início de verão, Katarina tem algo para lhe dizer. Sara tem de lidar com as notícias inesperadas enquanto prepara a festa de anos. A sua felicidade mistura-se com sentimentos de isolamento e frustração. Com a ajuda de Johanna ela será capaz de perceber os seus verdadeiros sentimentos. Sara prepares a surprise for her wife Katarina’s birthday with the help of their daughter Johanna and their friend Fredrik. But on this early summer day, Katarina has something to tell her. Sara must handle the unexpected news while taking care of the birthday party. Her joy is mixed with growing feelings of isolation and frustration. With the help of Johanna she is able to find her true feelings. Produção Produção Lotta Andgren, Contacto de Cópia Copy Contact Andreas Fock, +4686651136,
andreas.fock@sfi.se Argumento Script Jennifer Malmqvist Fotografia Photography Ita Zbroniec-Zajt Montagem Editing Bogusława Furga Música Music Göran Abelli Actores Main Actors Åsa Karlin Sara, Lotten Roos Katarina, August Lindmark Fredrik
Produção Produção Jesper Klevenås · Hend Aroal Contacto de Cópia Copy Contact Andreas Fock, +4686651136, andreas.fock@sfi.se Argumento Script Jesper Klevenås Fotografia Photography Gustav Danielsson Montagem Editing Jesper Klevenås Som Sound Robert Hefter, Owe Svensson Actores Main Actors Tuva Novotny, Sverrir Gudnason
EU1
BECAUSE THE NIGHT Alexandra Dahlström, 2009 Suécia Sweden, FIC, 10’, Video, COL
TUSSILAGO Jonas Odell, 2010 Suécia Sweden, ANI, 15’, Video, COL
Because the Night captures all the euphoria and sadness of the Stockholm club scene, taking us on a journey through Stockholm’s nightlife, following four people’s lives who intersect briefly. Produção Produção Jakob Vedefors, Contacto de Cópia Copy Contact Andreas Fock, +4686651136, andreas.fock@sfi.se Argumento Script Alexandra Dahlström Fotografia Photography Petrus Sjövik Montagem Editing Stefano Mariotti Música Music Andreas Kleerup Actores Main Actors Daniel Tommie X Damberg, Oskar Ek, Julia Gahne
ETT TYST BARN A SILENT CHILD
Em 1977, o terrorista da Alemanha Ocidental Norbert Kröcher foi preso por ter planeado o rapto da política sueca Anna-Great Leijon. Entre as pessoas detidas nos assaltos seguintes encontrava-se “A”, a antiga namorada de Kröcher. Esta história é a dela. In 1977 West German terrorist Norbert Kröcher was arrested for having planned to kidnap the Swedish politician Anna-Great Leijon. Among the people arrested during the following raids was Kröcher’s former girlfriend “A.” This is her story. Produção Produção Linda Hambäck, Contacto de Cópia Copy Contact Andreas Fock, +4686651136, andreas.fock@sfi.se Argumento Script Jonas Odell Fotografia Photography Per Helin Montagem Editing Jonas Odell Som Sound Fredrik Jonsäter Música Music Martin Landquist Actores Main Actors Camaron Silverek, Malin Buska, Sandra Karinsdotter
[EU1] PANORAMA Suécia Sweden
Because the Night capta toda a euforia e tristeza da cena nocturna de Estocolmo, numa viagem pela noite da capital sueca enquanto seguimos quatro pessoas cujas vidas se intersectam por breves momentos.
Jesper Klevenås, 2010 Suécia Sweden, FIC, 12’, Video, COL
A Silent Child é um filme sobre uma criança que não chora nem grita quando se magoa e sobre as terríveis consequências que isso acarreta. A Silent Child is a film about a child who neither cries nor screams when it gets injured – and the terrible consequences involved. 187
EU2
PARAT TUDO PRONTO ALL SET
Magne Pettersen, 2009 Noruega Norway, FIC, 14’, 35mm, COL
Produção Produção Andres Mänd · Høgskulen i Volda Contacto de Cópia Copy Contact Norwegian Film Institute, +4722474500, post@nfi.no, Argumento Script Tuva Synnevåg Música Music Trygve Nielsen Animação Animation Tuva Synnevåg
VARDE [EU2] PANORAMA Norte da Noruega North of Norway
CAIRN
Hanne Larsen, 2008 Noruega Norway, FIC, 15’30’’, 35mm, COL
Harald Isaksen está absolutamente convencido de que vai morrer a qualquer momento. Ele não está muito satisfeito com o rumo que a sua vida tomou mas quer assegurar se agora de que a sua memória será profundamente respeitada. Mr Harald Isaksen is dead sure that he is about to die any time now. He is not too happy with how his life has turned out and feels obliged to make sure that his memory will be honoured profoundly. Produção Produção Joachim Lyng, joachim@sweetfilms.no Contacto de Cópia Copy Contact Norwegian Film Institute, +4722474500, post@nfi.no Argumento Script Magne Pettersen Fotografia Photography Trond Tønder Montagem Editing Lars Apneseth Som Sound Alexander Bellizia Música Music Erik Stifjell Actores Main Actors John Sigurd Kristensen, Anne Krigsvoll, Magne Lindholm, Hege Aga Edelsteen
SÁIVA Tuva Synnevåg, 2009
“Cairn” é um filme sombrio sobre a entrada na adolescência em que Johan, o protagonista de 11 anos, enfrenta um dilema moral depois de participar numa partida cruel mas aparentemente inocente. A história desenvolve-se a um nível psicológico na turbulenta transição entre a infância e a idade adulta. “Cairn” is a dark film on adolescence in which the main character Johan (11) faces a moral dilemma after having started playing a seemingly innocent prank. The story unfolds on a psychological level in the turbulent transition between childhood and adulthood. Produção Produção Mona Steffensen, mona@originalfilm.no, Contacto de Cópia Copy Contact Norwegian Film Institute, +4722474500, post@nfi.no Argumento Script Hanne Larsen Fotografia Photography Marius Matzow Gulbrandsen Montagem Editing Lars Apnesett Som Sound Rune Hansen, Tormod Ringnes Música Music Sverre Eide, Kolbjørn Lyslo Actores Main Actors Bjørge Bondevik, Magnar Gustavsen, Henrik Carlyle, Johan Munch-Ellingsen
Noruega Norway, ANI, 8’32, Video, COL
Os Sami são o povo autóctone da Escandinávia. Esta história passa-se numa paisagem mitológica Sami. É um filme animado sobre uma rapariga à procura do seu namorado que morreu.
188
The indigenous people of Scandinavia are the Sami. This story takes place in a Sami mythological landscape. It`s about a girl looking for her boyfriend, who is dead.
OPPTUR VIAJANDO NAS ALTURAS RIDING HIGH
Ketil Høegh, 2009 Noruega Norway, FIC, 11’, Video, COL
Um homem de meia idade apanha o teleférico para o topo da montanha de Tromsø, na Noruega. Não pensa
voltar. Duas irmãs muito animadas e o condutor novato são os seus companheiros de viagem e as peripécias sucedem se. Um verdadeiro “feel-good movie”...
VUOLGGE MU MIELDE BASSIVÁRRÁI
EU2
VEM COMIGO PARA A MONTANHA SAGRADA COME WITH ME TO THE SACRED MOUNTAIN
Mona J. Hoel, 1997
A middle aged man takes the cable car to the top of the mountain above Tromsø. He has no plans to return. The freshman conductor and two cheerful sisters are also riding along, and the journey takes several unexpected turns. A feel-good comedy! Produção Produção Trond Brede Andersen, trond.brede @originalfilm.no, Contacto de Cópia Copy Contact Norwegian Film Institute, +4722474500, post@nfi.no Argumento Script Endre Lund Eriksen, Ketil Høegh Fotografia Photography Pål Bugge Haagenrud Actores Main Actors Torfinn Nag, Iren Reppen, Maria Grazia Di Meo, Espen Renø Svendsen
TOMMY Ole Giæver, 2007
“Come With Me To the Sacred Mountain” é uma canção de Mari Boine, cantora de origem Sami, que serviu de inspiração para este filme. É um retrato da opressão do seu povo durante a colonização norueguesa. Come With Me To the Sacred Mountain is a dream of freedom from Western civilization’s oppression of minorities. Mari Boine portrays a woman who tries to escape from the darkness, the bleak conditions of the Sami people after the Norwegian colonization.
Noruega Norway, FIC, 12’, 35mm, COL Produção Produção Mona J. Hoel, Contacto de Cópia Copy Contact Norwegian Film Institute, +4722474500, post@nfi.no Argumento Script Mona J. Hoel Fotografia Photography Andra Lasmanis, Peter Mokrosinski Montagem Editing Hélène Berlin Som Sound Per Boström, MIX AB Música Music Daniel Hansen, Mari Boine Actores Main Actors Mari Boine
[EU2] PANORAMA Norte da Noruega North of Norway
Noruega Norway, DOC, 10’, 35mm, COL
Arild encontra por acaso Kjell, o pai de um antigo colega de escola. Não se viam há 20 anos e agora estão sózinhos nas montanhas. À medida que Kjell confronta Arild com alguns factos do seu passado vai surgindo a controvérsia. Arild runs into Kjell by accident, the father of a former class mate. They haven’t met in twenty years and now they’re alone in the mountains. Controversies surface as Kjell confronts Arild with issues from the past. Produção Produção Ole Giæver, Contacto de Cópia Copy Contact Norwegian Film Institute, +4722474500, post@nfi.no Argumento Script Ole Giæver Fotografia Photography John-Erling Holmenes Fredriksen Montagem Editing John-Erling Holmenes Fredriksen Som Sound Erlend Nielsen, Andreas Revheim Música Music Daniel Hansen Actores Main Actors Anders Baasmo Christiansen, Bjørn Sundquist 189
EU3
LUKSUS LUXO
Jarek Sztandera, 2009
[EU3] PANORAMA Polónia Poland
Polónia Poland, FIC, 39’, Video, COL
As vidas de dois rapazes convergem na Estação Central de Varsóvia em véspera de Natal. Um é um prostituto adolescente com a alcunha de Luksus (Luxo) e o outro é um pedinte com um cão. O mais velho, devido à sua idade, tem a sua “carreira” acabada. O mais novo está apenas a um passo de o fazer pois tem na sua posse uma valiosa agenda com moradas e telefones de clientes. Um taxista local, seu principal cliente e agente no negócio do sexo pedófilo, oferece a Luksus um emprego como angariador. Irá o rapaz explorar o seu amigo mais novo ou vai ajudá-lo a escapar às garras da rede pedófila? Dolorosamente realista, filmado no cenário real da estação ferroviária, o filme de Sztandera toca num problema real e muitas vezes ignorado pelo cinema polaco. The lives of two boys converge at the central train station in Warsaw a day before Christmas. One is a teen prostitute nicknamed Luksus (Luxury) and the other is a beggar with a dog. The older one, because of his age, has just finished his ‘career’. The younger one is only a step away from it as he has come into possession of a valuable notebook with the addresses and telephone numbers of clients. A local taxi driver, the main client and agent in the underage sex business, offers Luksus a job as a tout. Will the boy exploit his younger friend or will he help him escape paedophiles’ clutches? Painfully realistic, photographed in the authentic setting of the station, Sztandera’s film touches upon a real problem often ignored by Polish cinema.
de visitas de uma das prisões polacas. De um lado: maridos, filhos, pais; do lado oposto: filhos, esposas, mães. O filme descreve o mundo de uma das mães, a sua solidão e espera constante. O filme foi produzido no quadro do Programa “O Primeiro Documentário” organizado pela Andrzej Wajda Master School of Film Directing, pelo Andrzej Munk Studio “The Young and Film”, pelaa Associação de Realizadores Polacos, eloo Instituto de Cinema polaco e pela Televisão Polaca.
Tables screwed to the floor. One hour, that must suffice for two weeks, sometimes even a month. Meeting room in one of Polish jails. On one side: husbands, sons, fathers; on the opposite: children, wives, mothers. The film depicts the world of one of the mothers, her solitude and constant waiting. The film was produced within the frame of “The First Documentary” Programme – run by Andrzej Wajda Master School of Film Directing, the Andrzej Munk Studio „The Young and Film”, Polish Filmmakers Association, Polish Film Institute and Polish Television. Produção Produção Andrzej Wajda Master School of Film Directing, Polish Filmmakers Association · Andrzej Munk Film Studio, TVP S.A. Contacto de Cópia Copy Contact Katarzyna Wilk, +48122946945, katarzyna@kff.com.pl Argumento Script Jakub Piatek Fotografia Photography Michal Stajniak Montagem Editing Anna Dymek, Jakub Piatek Actores Main Actors
B-1033 Paweł Kryszak, Polónia Poland, ANI, 5’, Video, COL
Produção Produção National Film School in Łódź, TVP S.A., Contacto de Cópia Copy Contact Katarzyna Wilk, +4812 2946945, katarzyna@kff.com.pl Argumento Script Jarek Sztandera, Tomek Olejarczyk Fotografia Photography Radek Ładczuk Montagem Editing Jarek Sztandera Actores Main Actors Piotr Sokołowski, Zbigniew Zamachowski, Michał Włodarczyk
MATKA MÃE MOTHER
Jakub Piatek, 2009 Polónia Poland, DOC, 11’, Video, COL
190
Mesas aparafusadas ao chão. Uma hora, que tem de chagar para duas semanas, às vezes até um mês. Sala
Um funcionário anónimo num sistema anónimo pesquisa ficheiros, procurando informação sobre uma jovem presidiária. Num registo de circuito interno de TV observa um fragmento da sua vida na prisão – vagueando desesperada pela cela, incapaz de lidar com o choro ininterrupto do seu bébé... É desta forma curta e fragmentária mas, no entanto, bastante sugestiva que Kryszak cria a atmosfera de controle absoluto carac-
terística dos aparelhos ditatoriais. Esta história individual transforma-se numa parábola universal sobre os torturadores e as suas vítimas, sobre a fragilidade da vida humana quando confrontada com o “sistema” todo-poderoso. An anonymous clerk in an anonymous system is browsing through the files, searching for information on a young woman kept in detention. On a CCTV recording he watches a fragment of her life in prison – moping around a prison cell with her baby and unable to cope with its constant crying... In this short and fragmentary but extremely suggestive form, Kryszak creates an atmosphere of total control by the omnipotent apparatus of force. This individual, understated and allusive story transforms into a universal parable on torturers and their victims, on the fragility of individual human life confronted with the almighty system.
SZEŚĆ TYGODNI
EU3
SEIS SEMANAS SIX WEEKS
Marcin Janos Krawczyk, 2009 Polónia Poland, DOC, 18’, Video, COL
Produção Produção National Film School in Łódź, TVP S.A., Contacto de Cópia Copy Contact Katarzyna Wilk, +4812 2946945, katarzyna@kff.com.pl Argumento Script Paweł Kryszak Fotografia Photography Paweł Kryszak Montagem Editing Paweł Kryszak Animação Animation Paweł Kryszak
ECHO O ECO
Polónia Poland, FIC, 15’, Video, COL
Dois rapazes assassinaram uma rapariga. Através da reconstituição do crime pela polícia e ao conhecer a família da vítima têm agora que reviver o crime brutal que cometeram, confrontando as consequências. Two boys have murdered a young girl. Through crime reconstruction and meeting the family of the victim they now have to relive the brutal crime they committed and confront the feelings they felt and still feel. Produção Produção PWSFTviT, Contacto de Cópia Copy Contact Katarzyna Wilk, +4812 2946945, katarzyna@kff.com.pl Argumento Script Magnus von Horn Fotografia Photography Malgorzata Szylak Montagem Editing Boguslawa Furga Actores Main Actors Radomir Rospondek, Marek Kossakowski, Piotr Skiba, Ewa Suchanek, Dorota Segda, Mariusz Siudzinski, Kamila Sammler, Leon Charewicz
Devido a várias razões existem mães que não querem ou não podem criar os seus filhos. Na Polónia elas têm o direito de dar o seu filho à adopção logo após o parto. Durante as primeiras seis semanas de vida do recém-nascido a mãe tem de tomar a decisão de renúncia definitiva dos seus direitos parentais. Ela é livre de tomar essa decisão mas esta é irreversível. Uma mãe biológica perde todo o contacto com o seu filho. Apenas pode escrever uma carta de despedida para a criança. O filme mostra as primeiras seis semanas do pequeno ser humano que foi abandonado.
[EU3] PANORAMA Polónia Poland
Magnus von Horn, 2009
Due to different life situations there are mothers who do not want or those who cannot bring up their children. They have the right to give the child away just after delivery. During the first six weeks of the newborn’s life the mother has to make the decision about the definit resignation of her parental rights. She is free in making her decision however the decision she makes cannot be changed afterwards. A biological mother loses any contact with her child. She can only write a final letter to the child. The film shows in a poetical way the first six weeks of the small human being who was given up. Produção Produção Staron Film SC, TVP S.A., Contacto de Cópia Copy Contact Katarzyna Wilk, +4812 2946945, katarzyna@kff.com.pl Argumento Script Marcin Janos Krawczyk Fotografia Photography Wojciech Staroń Montagem Editing Agnieszka Glińska Música Music Kaempfert 191
EU4
OUTRAGEOUSLY DISCO Nicolae Constantin Tanase, 2009 Roménia Romania, FIC, 20’, Video, COL
Produção Produção Strada Film, Contacto de Cópia Copy Contact Marcian Lazar, Strada Film, +40214118099, marcian.lazar@ stradafilm.ro Argumento Script Cătălin Mitulescu, Alexandru Mavrodineanu Fotografia Photography Andrei Butică Montagem Editing Sorin Băican Actores Main Actors Andi Vasluianu, Dorotheea Petre, Lele, Dan Bursuc
BEŢIŞOARE ROCK’N’ROLL ROCK’N’ROLL STICKS
Cristian Pascariu, 2009 Roménia Romania, FIC, 14’, Video, COL
No meio das luzes e do ritmo, uma história de amor imprevista revela-se na pista de dança... Between the glitter and beat of the Disco-Night, a love-story unveils on the dance floor, never bound to happen…
[EU4] PANORAMA Roménia Romania
Produção Produção U.N.A.T.C. “I.L.Caragiale”, http://www.unatc.ro Contacto de Cópia Copy Contact Raluca Manescu, +40721809440, ralucamanescu@yahoo.com Actores Main Actors Aylin Cadir, George Albert Costea, Alexandru Pavel
MUZICA ÎN SÎNGE MÚSICA NO SANGUE MUSIC IN THE BLOOD
Alexandru Mavrodineanu, 2010 Roménia Romania, FIC, 17’, Video, COL
Uma mulher surda tenta restabelecer o contacto com o seu filho, que é uma estrela de rock, depois de o ter abandonado 35 anos antes. Ao assistir a um concerto, é forçada a enfrentar os seus medos e um mundo que não a compreende. A deaf woman tries to reconnect with her rock star son after abandoning him 35 years ago, while she goes to his concert she has to face her fears and a world which does not understand her. Produção Produção Cristian Pascariu Fotografia Photography Andrei Ungureanu Actores Main Actors Irina Wintze, Miron Maxim, Cristian Grosu, Radu Lărgeanu, Paul Frandoş, Florin Suciu
VERA VS URSUL DE BIBLIOTECA VERA CONTRA O URSO DA BIBLIOTECA VERA VS THE LIBRARY BEAR Petre está convencido de que a música “corre no sangue” do seu filho Robert e tenta introduzi-lo no mundo de Bursuc, o maior produtor de celebridades infantis de todos os tempos. Inicialmente, Robert parece bastante dotado mas, durante a audição, é perturbado pelo ambiente pouco familiar e não consegue impressionar Bursuc. No caminho para casa a família desiludida tem mais uma oportunidade para se expressar.
192
Petre is convinced that his son Robert has got the “music in his blood”. He tries to enter for Robert the shiny world of Bursuc, the greatest child-star producer of all times, the king of “manele”. At first, Robert seems to be quite gifted but during the audition he is affected by the unfamiliar ambience and fails to impress Bursuc. On the way home, the disappointed family has one more shot to express themselves.
Luiza Parvu, 2009 Roménia Romania, FIC, 09’, Video, COL
A busca incessante de Vera para encontrar o amor nas coisas simples que a rodeiam leva a consequências imprevisíveis. Vera’s continuous quest to find love in simple things around her leads to unpredictable consequences. Contacto de Cópia Copy Contact Luiza Parvu, +40733957545, luiza. parvu@gmail.com, Argumento Script Fotografia Photography Andrei Goaga Montagem Editing Letitia Stefanescu Som Sound Stefan Matei Música Music Ioana Tiberian Actores Main Actors Laura Ilie, Conrad Mericoffer, Marina Neagu, Razvan Antonescu
3x3
um território de que a Rússia não abdica fazendo com que todos os Chechenos sejam soldados por nascença.
Nuno Rocha, 2009
On the mythic Trans-Siberian train, in the 3rd class wagon, all kinds of stories can be heard. People from different nationalities as well as locals, workers, soldiers, students, ...they all share the same time and the same space, ...and along the journey, they even share their own lives… The theme of this movie is one of those stories, amongst many others. Two men travel on the same train, a russian soldier and a Chechen man with his family returning from the motherland… Without them knowing a genuine link connects them, Chechnya. A war for independence, for a territory that Russia doesn’t abdicate turns all Chechens into soldiers at birth.
Portugal, FIC, 6’, 35mm, COL
É de noite. Um vigilante de um complexo desportivo passa o tempo a atirar bolas ao cesto de basquetebol. Passa tantas horas a fazer isso que se tornou num perito. O tamanho do seu ego vem ao de cima quando mostra os seus dotes a um simples empregado de limpeza, que também como ele, passa ali as noites.
REG
Produção Produção Rodrigo Areias, Bando À Parte Contacto de Cópia Copy Contact Salette Ramalho, Agência da Curta Metragem, +351252646683, agencia@curtas.pt, http://www.curtas.pt/agencia Argumento Script Mánica Baptista Fotografia Photography Filip Sycynski Montagem Editing Mónica Baptista, George Groshkov
A night watchman spends the time in a basketball court throwing a ball into the basket. He has become an expert. His ego rises when he shows his abilities to a simple cleaning employee, who also like him, is there all night.
TERRITÓRIOS TERRITORIES
Mónica Baptista, 2009 Portugal, DOC, 11’, Video, COL
A bordo do mítico comboio Trans-Siberiano, na 3ª classe, podem ouvir-se todo o tipo de histórias. Diferentes nacionalidades, habitantes locais, trabalhadores, soldados, estudantes… Ao longo da viagem, todos eles partilham o mesmo tempo, o mesmo espaço e, no tempo da viagem, as suas vidas. O tema deste filme é uma história entre essas outras tantas. Dois homens viajam no mesmo comboio, um soldado russo e um cidadão Checheno que regressa da sua terra natal com a sua família. Sem eles saberem, algo os liga – a Chechénia – a guerra pela independência de
[REG] PRODUÇÃO REGIONAL
Produção Produção Nuno Rocha Contacto de Cópia Copy Contact Salette Ramalho, Agência da Curta Metragem, +351252646683, agencia@curtas.pt, http://www.curtas.pt/agencia Actores Main João Marçal, Ricardo Azevedo
193
PUBLICIDADE
POLITÉCNICO DO PORTO – ENSINO SUPERIOR PÚBLICO
ESMAE – ESCOLA SUPERIOR DE MÚSICA E DAS ARTES DO ESPECTÁCULO
1º CICLO LICENCIATURA
CURSOS
MÚSICA · CANTO MÚSICA · COMPOSIÇÃO
3 ANOS LECTIVOS
MÚSICA · INSTRUMENTO · SOPROS
180 CRÉDITOS
RAMOS: CLARINETE › FAGOTE › FLAUTA › OBOÉ › SAXOFONE › TROMBONE TROMPA › TROMPETE › TUBA
MÚSICA · INSTRUMENTO · PIANO E TECLAS MÚSICA · INSTRUMENTO · PERCUSSÃO MÚSICA · JAZZ MÚSICA · MÚSICA ANTIGA OPÇÕES: › VIOLA BARROCA › VIOLA DA GAMBA VIOLINO BARROCO › VIOLONCELO BARROCO
MÚSICA · PRODUÇÃO E TECNOLOGIAS DA MÚSICA MÚSICA · INSTRUMENTO · CORDAS RAMOS: CONTRABAIXO › GUITARRA › VIOLA › VIOLINO › VIOLONCELO
TEATRO · INTERPRETAÇÃO
ESCOLA SUPERIOR DE MÚSICA E DAS ARTES DO ESPECTÁCULO Rua da Alegria, 530 › 4000-045 Porto t. 225 193 760 › f. 225 180 774 esmae@esmae-ipp.pt › www.esmae-ipp.pt
TEATRO · PRODUÇÃO E DESIGN RAMOS: CENOGRAFIA › DIRECÇÃO DE CENA › FIGURINO › LUZ E SOM
TECNOLOGIA DA COMUNICAÇÃO AUDIOVISUAL TECNOLOGIA DA COMUNICAÇÃO MULTIMÉDIA
2º CICLO MESTRADO
CURSOS
COMPOSIÇÃO E TEORIA MUSICAL MÚSICA · INTERPRETAÇÃO ARTÍSTICA
2 ANOS LECTIVOS
COMUNICAÇÃO AUDIOVISUAL
120 CRÉDITOS
TEATRO
PUBLICIDADE
ELECTROACÚSTICA APLICADA
PUBLICIDADE
iQ Unique. Não há dois iguais.
• 3+1 lugares
• Emissões de CO 2 : desde 99 g/km
• Consumo combinado: desde 4,0l/100 km
• 5 estrelas Euro NCAP
iQ Unique. Cinco versões diferentes e absolutamente exclusivas. Imaginativo como o Fernando Alvim, inspirado como o Nilton, instintivo como o Luís Filipe Borges, inventivo como o Pedro Fernandes e intenso como a Filomena Cautela. Descubra como adquirir o seu iQ Unique e veja como ganhar experiências únicas com estas cinco personalidades ou como conduzir um Toyota iQ Unique até ao fim de 2010 de forma livre, grátis e sem restrições*. Vá a iqunique.com ou experimente o seu iQ num Concessionário Toyota.
PUBLICIDADE
www.toyota.pt
*Ver condições do Regulamento em iqunique.com A imagem do iQ apresentada é uma montagem publicitária e não corresponde à realidade. Linha Azul - Atendimento personalizado entre as 9h00 e as 20h00, de 2ª a 6ª, excepto Feriados. Consumo combinado (l/100 km): Mín.: 4,0/ Máx.: 5,1. Emissões de CO2 (g/km): Mín.: 99 / Máx.: 120 ** 5 anos ou 160.000 km (ver condições de garantia) + oferta de 1 ano de assistência em viagem.
• 6 inovações tecnológicas
Sapo Cinema 130x219_hi.pdf
1
6/7/10
4:39 PM
“Let’s look at a trailer.” C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
Com o Sapo cinema vais ficar a saber tudo sobre o grande ecrã. Os trailers, as últimas estreias, os filmes em cartaz, actores, notícias, críticas, galeria de imagens, bilheteira online, passatempos, vídeos e muito mais. Como vês, com o Sapo não há drama.
PUBLICIDADE
http://cinema.sapo.pt
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
Picar Lda | 00 351 252860039 | info@picar.pt
ARE YOU LISTENING? THESE ARE THE ONLY ORIGINAL HEADPHONES.* WESC Lisboa | Rua Nova do Almada nº47/49 – CHIADO WESC Porto | Rua Mouzinho da Silveira nº17/23 – RIBEIRA WESC Guimarães | Rua Santo António s/n
PUBLICIDADE
*Estás a ouvir? Estes são os únicos auscultadores originais.
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUB
PUBLICIDADE
PUB
PUBLICIDADE
A nossa música é como o Vinho do Porto...
...Quanto mais velha, melhor! 88.6FM88.6FM88.6FM88.6FM
Rádio Foz do Ave
PUBLICIDADE
Experimente em 88.6 FM
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
Organization
Official Partners
Co-Production
Support
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
ATINO, AND JOIN US ALSO AT THE SHORTL THE EUROPEAN AND LATIN AMERICAN FILM MARKET ON THE 6TH, 7TH AND 8TH OF NOVEMBER 2010
Publicidad Curtas Portugal.indd 1
07/06/10 14:15
25
th
!
SUBMIT YOUR FILM r .filmcourt.f
PUBLICIDADE
www
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
14. Internationale
10.– 14. November 2010
www.kurzfilmtage.ch Medienpartner
PUBLICIDADE
Partner
kftw_ins._vila_130x219.indd 1
03.06.10 11:09
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
ROXIE Produções ★ Organização, criação e produção de eventos e produtos culturais ★ Fontes fixas ★ Espectáculos de Bailado de Água ★ Cortinas de água para projecção ★ Animações com coreografias de confettis ★ Lasers ★ Chamas decorativas ★ Formação artística ★ Animação de eventos
IVO Shows
PUB
★ Fogo de artifício ★ Espectáculos pirotécnicos ★ Fogo preso e letterings ★ Efeitos especiais
IVO Shows: www.ivo-shows.com ivofernandeslda@iol.pt 258 721 437 | 968 015 922 PUBLICIDADE
ROXIE Produções: www.roxie.pt.to roxieproducoes@gmail.com 96 139 15 70
INDÍCES
INDÍCES INDEX
INDEXES
INDÍCE DE PAÍSES COUNTRIES INDEX
INDÍCE DE PAÍSES COUNTRIES INDEX
Austrália Australia 26 DEEPER THAN YESTERDAY 88 FRANSWA SHARL Áustria Austria 44 PARALLAX 49 STATE OF FLUX: WAVE #1 42 VERDREHTE AUGEN - 2.VIDEOVERSION 43 ZWÖLF BOXKÄMPFER JAGEN VIKTOR QUER ÜBER DEN GROSSEN SYLTER DEICH 140 9
Johann Lurf
Áustria Argentina Austria Argentina 37 TALLERES CLANDESTINOS
Catalina Molina
Bielorússia Belarus 29 VOSTRAU BELARUS
Victor Asliuk
Inger Lise Hansen Rainer Gamsjäger Dietmar Brehm
Bélgica Belgium 27 GUITAR HEROES 50 STORYTELLER Brasil 46 CINEMA 35 GERAL Canadá Canada 45 M 45 SEA SERIES #5-7 45 STRIPS 44 TREES OF SYNTAX, LEAVES OF AXIS Chile Chile 25 BLOKES Finlândia Finland 169 AIRS ABOVE THE GROUND 40 LEIKKIPUISTO 51 LOPUN ALKUJA França France 38 ALLONS-Y! ALONZO! 87 BABIOLES 58 BORN FREE - MIA 50 CENTIPEDE SUN 49 HYPN 54 JIMMY - MORIARTY 27 L’IGNORANCE INVINCIBLE 171 LA CAVE 35 LA GUITARE DE DIAMANTS 158 LA TERRE DE LA FOLIE 147 LES FENÊTRES SONT OUVERTES 56 LOOK - SEBASTIEN TELLIER 30 MADAGASCAR, CARNET DE VOYAGE 148 PEINDRE OU FAIRE L’AMOUR 36 PHONE TAPPING 57 PURSUIT OF HAPPINESS - KID CUDI FT. MGMT & RATATAT 43 THE MOVIE VANISHES 57 UN 45 TOURS DE CHEVEU (CECI N’EST PAS UN DISQUE) 145 UN HOMME, UN VRAI 154 UN POISON VIOLENT
Camille Moulin-Dupré Matray Romain Gravas Mihai Grecu Philippe Rouy Florent Cornier, Christophe Dias Émilie Ausell Ariane Michel Frank Beauvais Luc Moullet Arnaud Larrieu, Jean-Marie Larrieu Mrzyk & Moriceau Bastien Dubois Arnaud Larrieu, Jean-Marie Larrieu Heewon Navi Lee Megaforce France Dubois Frank Beauvais Arnaud Larrieu, Jean-Marie Larrieu Katell Quillévéré
França Argentina France Argentina 25 ¿DONDE ESTA KIM BASINGER?
Edouard Deluc
França Canadá Bélgica France Canada Belgium 33 LE LOUP A POIL França Lituânia Russia France Lithuania Russia 165 EASTERN DRIFT
220
Ariel Kleiman Hannah Hilliard
França Senegal France Senegal 30 UN TRANSPORT EN COMUN
Nicolas Bruyelle Nicolas Provost Brazil Edgar Santos Junior Anna Azevedo Felix Dufour-Laperriere John Price Félix Dufour-Laperrière Daïchi Saïto Marialy Rivas Salla Tykkä Susana Helke Jani Ruscica
Valère Lommel, Joke Van Der Steen
Sharunas Bartas
Dyana Gaye
Arnaud Larrieu, Jean-Marie Larrieu
França EUA France USA 54 SYNESTHESIA Alemanha Germany 93 APOLLO 57 BOP - BRANDT BRAUER FRICK 36 CYCLE 49 DRIFT 46 H(I)J 28 MAYBE SIAM 91 MOBILE 90 PIERRE UND DER SPINATDRACHE 43 YOU AND ME
Felix Gönnert Daniel Brandt Volker Schreiner Christina von Greve Guillaume Cailleau Christoph Girardet, Matthias Müller Verena Fels Hélène Tragesser Karsten Krause
Alemanha Bolívia Argentina Germany Bolivia Argentina 33 VON DER NOTWENDIGKEIT, DIE MEERE ZU BEFAHREN
Philipp Hartmann
Alemanha Suiça Germany Switzerland 30 YURI LENNON’S LANDING ON ALPHA 46 Grécia Noruega Greece Norway 42 INTERSTICES
Terri Timely
Anthony Vouardoux
Michel Pavlou
Índia India 92 CURIOUS TODD AND THE MYSTERY DREAM 31 GAARUD 50 SNAKES
Ganesh Gothwal, RAHUL JOGALE Umesh Vinayak Kulkarni Patrick Jolley
Itália Italy 47 CI SONO GLI SPIRITI 93 IL RE DELL’ISOLA
Alvise Renzini Riamondo Della Calce
Japão Japan 87 MEAT OR DIE / MEAT:01-03 32 SHIKASHA
Tai Murayama Isamu Hirabayashi
Holanda Netherlands 88 JACCO’S FILM 34 SLIM PICKINGS FAT CHANCES
Daan Bakker David de Rooij, Jelle Brunt
Noruega 24 186 186 186 187 186 187
Hisham Zaman Ketil Høegh Magne Pettersen Tuva Synnevåg Ole Giæver Hanne Larsen Mona J. Hoel
Norway DE ANDRE OPPTUR PARAT SÁIVA TOMMY VARDE VUOLGGE MU MIELDE BASSIVÁRRÁI
Polónia Poland 188 B-1033 189 ECHO 188 LUKSUS 188 MATKA 189 SZEŚĆ TYGODNI Portugal 191 3 X 3 78 A MÁQUINA 60 76 67 47 159
A ÚNICA VEZ AGRESTE ALFAMA AUSSTIEG BARALHA - BARALHA
INDÍCE DE PAÍSES COUNTRIES INDEX
França Espanha France Spain 146 LES DERNIERS JOURS DU MONDE
Paweł Kryszak Magnus von Horn Jarek Sztandera Jakub Piatek Marcin Janos Krawczyk
Nuno Rocha Miguel Guimarães Correia, Daniel Sousa Nuno Amorim Carlos Filipe Magalhães João Viana Jorge Quintela Marco Martins
221
INDÍCE DE PAÍSES COUNTRIES INDEX 222
163 BARALHA - CASAS FANTASMA 161 BARALHA - PROPRIEDADE 77 BELA ADORMECIDA 81 CADÁVER ESQUISITO 63 CAVALOS SELVAGENS 76 DEIXAR CAIR A NOITE 82 DUAS PESSOAS 90 EMA E GUI - UM DESENHO 66 GOLIAS 77 LIFE 64 LISBOA-PROVÍNCIA 79 LONGE 79 MAIS UM DIA À PROCURA 81 MARGENS 61 MEMÓRIAS DE FOGO 66 MERCÚRIO 81 MERGULHO NO ANO NOVO 65 NA ESCOLA 63 NOCTURNOS 56 NOVELOS DE PAIXÃO - MÃO MORTA 70 O ESTRANGEIRO 62 O JOGO 81 O PASTOR 60 O TEMPO DE DUAS MÚSICAS 71 O VERÃO 70 PICKPOCKET 64 SENHOR X 79 SMOLIK 76 SOBRE VIVÊNCIA 55 STOP 4 A MINUTE – DAVID FONSECA 78 SUBTITLE GIRL 191 TERRITÓRIOS 60 TODOS IGUAIS A DORMIR 61 UNIVERSO DE MYA 64 VIAGEM A CABO VERDE 71 VOODOO
André Príncipe Filipa César, Augusto Monteiro Rogério Ribeiro Rogério, Sara Bernardes de Oliveira Sandro Aguilar André Santos, Marco Leão Jorge Jácome João Salaviza Nuno Beato Rodrigo Areias Dileydi Florez Barrera Susana Nobre Carlos Pereira Maria Simões Pedro Sena Nunes Frederico Miranda Sandro Aguilar Marco Martins, João Braz Jorge Cramez Aya Koretzky, Rodrigo Barros Rodrigo Areias Ivo M. Ferreira Júlio Alves João Pedro Rodrigues Hugo Diogo João Dias João Figueiras Gonçalo Galvão Teles Cristiano Mourato Luis Lobo, João Azevedo David Fonseca Gonçalo Soares Mónica Baptista Jeanne Waltz Miguel Clara Vasconcelos José Miguel Ribeiro Sandro Aguilar
Portugal Islândia Reino Unido Portugal Iceland United Kingdom 62 HANNAH
Sérgio Cruz
Portugal Japão Portugal Japan 54 LYLAC (HELIOS REMIX) - :PAPERCUTZ
Daihei Shibata
Portugal Holanda Portugal Netherlands 70 OS OLHOS DO FAROL
Pedro Serrazina
Portugal Reino Unido Portugal United Kingdom 92 AFONSO HENRIQUES, O PRIMEIRO REI
Pedro Lino
Portugal EUA Portugal USA 67 VICKY AND SAM
Nuno Rocha
Roménia 190 190 190 190
Cristian Pascariu Alexandru Mavrodineanu Nicolae Constantin Tanase Luiza Parvu
Romania BEŢIŞOARE ROCK’N’ROLL MUZICA ÎN SÎNGE OUTRAGEOUSLY DISCO VERA VS URSUL DE BIBLIOTECA
Roménia Alemanha Romania Germany 34 DERBY
Paul Negoescu
Roménia Holanda Romania Netherlands 32 COLIVIA
Adrian Sitaru
Suécia Polónia Holanda Sweden Poland Netherlands 184 FÖDELSEDAG Suiça Switzerland 67 À CÔTÉ 93 FRÈRE BENOÎT Tailândia Thailand 48 MY MOTHER AND HER PORTRAIT Reino Unido United Kingdom 28 BELIEVE 24 COOKED 40 ELECTRIC LIGHT WONDERLAND 25 I LOVE LUCi 92 LAIKA 87 MIXTAPE 150 NOWHERE BOY 56 PARADISE CIRCUS - MASSIVE ATTACK 51 STRANGE LIGHTS 91 THE GRUFFALO 28 THE HENHOUSE 47 THE RIGHT TO NOT BE TORTURED 48 THE SHUTDOWN Reino Unido Tailândia França United Kingdom Thailand France 173 LUNG BOONMEE RALUEK CHAT
Mikhail Zheleznikov
Tzu Nyen Ho Vladimir Todorović
Jan Cvitkovic Sergio Oksman Alex Brendemühl Alexandra Dahlström Johanne Fronth-Nygren, Klara Swantesson Jesper Klevenås Ruben Östlund Magnus Bärtås Jonathan Lewald Gunilla Heilborn, Mårten Nilsson Jonas Odell
Jenifer Malmqvist
Basil da Cunha Michel Dufourd
Chaisiri Jiwarangsan
Paul Wright Jens Blank Susanna Wallin Colin Kennedy Avgousta Zourelidi Luke Snellin Sam Taylor-Wood Toby Dye Joe King, Rosie Pedlow Jakob Schuh, Max Lang Elena Pomares Douglas Gordon Adam Stafford
INDÍCE DE PAÍSES COUNTRIES INDEX
Rússia Russia 40 DLIA DOMASHNEGO PROSMOTRA Singapura Singapore 168 EARTH 49 SILICA-ESC Eslovénia Itália Slovenia Italy 31 TO JE ZEMLJIA, BRAT MOJ Espanha Spain 26 NOTES ON THE OTHER 31 RUMBO A PEOR Suécia Sweden 185 BECAUSE THE NIGHT 26 DEN SÖMNIGA REVOLUTIONEN 185 ETT TYST BARN 184 HÄNDELSE VID BANK 37 MADAME & LITTLE BOY 184 MORMORS ÖGA 184 THIS IS ALASKA 185 TUSSILAGO
Apichatpong Weerasethakul
Reino Unido EUA United Kingdom USA 96 STONES IN EXILE
Stephen Kijak
EUA USA 83 1:42:08 TO QUALIFY 36 A BIKE RIDE 83 A FIELD OF HONOR 54 A MOMENT OF SILENCE 134 BOB FLEISCHNER DYING 139 CAPITALISM: CHILD LABOR 133 CAPITALISM: SLAVERY 46 CASCADE 180 DIAL M FOR MURDER 133 EXCERPT FROM THE SKY SOCIALIST STRATIFIED 42 FF 138 GIFT OF FIRE: NINETEEN (OBSCURE) FRAMES THAT CHANGED THE WORLD 138 GLOBE
George Lucas Bernard Attal Robert Zemeckis Diana Reichenbach Ken Jacobs Ken Jacobs Ken Jacobs Robert Todd Alfred Hitchcock Ken Jacobs Deborah Stratman Ken Jacobs Ken Jacobs
223
INDÍCE DE PAÍSES COUNTRIES INDEX 224
134 55 132 181 39 136 134 39 38 135 86 138 92 84 88 83 140 55 87 178 134 135 86 139 84 137 137 58 137 135 132
GRAVITY IS TOPS HEAVEN CAN WAIT - CHARLOTTE GAINSBOURG FT. BECK HOT DOGS AT THE MET HOUSE OF WAX I’M HERE INTO THE DEPTHS OF THE EVEN GREATER DEPRESSION JONAS MEKAS IN KODACHROME DAYS LOOKING AT ANIMALS MARY LAST SEEN NYMPH ONE WEEK OPENING THE NINETEENTH CENTURY: 1896 PIGEON: IMPOSSIBLE PROOF ROOFTOP WARS SILENT NIGHT STAR SPANGLED TO DEATH STRAWBERRY SWING - COLDPLAY SWEET NOTHING THE BUBBLE (AKA FANTASTIC INVASION OF PLANET EARTH, AKA THE ZOO) THE DAY WAS A SCORCHER THE DISCOVERY THE ELECTRIC HOUSE THE GEORGETOWN LOOP THE GOODBYE PLACE THE SCENIC ROUTE THE SURGING SEA OF HUMANITY THIS TOO SHALL PASS - OK GO TWO WRENCHING DEPARTURES WE ARE CHARMING WHAT HAPPENED ON 23RD STREET IN 1901
Ken Jacobs Keith Schofield Ken Jacobs André de Toth Spike Jonze Ken Jacobs, Flo Jacobs Ken Jacobs Marc Turtletaub Sean Durkin Ken Jacobs, Erik Nelson Buster Keaton, Eddie Cline Ken Jacobs Lucas Martell Kevin Reynolds Miguel Silveira James Foley Ken Jacobs Shynola Blake Hamilton Arch Oboler Ken Jacobs Ken Jacobs Buster Keaton, Eddie Cline Ken Jacobs Richard Kelly Ken Jacobs Ken Jacobs James Frost Ken Jacobs Ken Jabocs Ken Jacobs
EUA Itália France USA Italy França 179 FLESH FOR FRANKENSTEIN (AKA ANDY WARHOL’S FRANKENSTEIN)
Paul Morrisey, Antonio Margheriti
EUA Ucrânia USA Ukraine 90 THE HYBRID UNION
Serguei Kouchnerov
225
INDÍCE DE PAÍSES COUNTRIES INDEX
INDÍCE DE REALIZADORES DIRECTORS INDEX A 81 66 71 105 62 60 66 56 29 36 27 76 35
Sandro Aguilar Sandro Aguilar Sandro Aguilar Bruno de Almeida Júlio Alves Nuno Amorim Rodrigo Areias Rodrigo Areias Victor Asliuk Bernard Attal Émilie Ausell João Azevedo Anna Azevedo
CADÁVER ESQUISITO MERCÚRIO VOODOO ESSE OLHAR QUE ERA SÓ TEU O JOGO A ÚNICA VEZ GOLIAS NOVELOS DE PAIXÃO - MÃO MORTA VOSTRAU BELARUS A BIKE RIDE L’IGNORANCE INVINCIBLE SOBRE VIVÊNCIA GERAL
Daan Bakker Mónica Baptista Dileydi Florez Barrera Rodrigo Barros Magnus Bärtås Sharunas Bartas Nuno Beato Frank Beauvais Frank Beauvais Jens Blank Daniel Brandt João Braz Dietmar Brehm Alex Brendemühl Jelle Brunt Nicolas Bruyelle
JACCO’S FILM TERRITÓRIOS LIFE NOCTURNOS MADAME & LITTLE BOY EASTERN DRIFT EMA E GUI - UM DESENHO LA GUITARE DE DIAMANTS UN 45 TOURS DE CHEVEU (CECI N’EST PAS UN DISQUE) COOKED BOP - BRANDT BRAUER FRICK MERGULHO NO ANO NOVO VERDREHTE AUGEN - 2.VIDEOVERSION RUMBO A PEOR SLIM PICKINGS FAT CHANCES GUITAR HEROES
Guillaume Cailleau Riamondo Della Calce Filipa César Eddie Cline Eddie Cline Florent Cornier Miguel Guimarães Correia Jorge Cramez Sérgio Cruz Basil da Cunha Jan Cvitkovic
H(I)J IL RE DELL’ISOLA BARALHA - PROPRIEDADE ONE WEEK THE ELECTRIC HOUSE JIMMY - MORIARTY A MÁQUINA NA ESCOLA HANNAH À CÔTÉ TO JE ZEMLJIA, BRAT MOJ
Alexandra Dahlström Edouard Deluc João Dias Hugo Diogo Bastien Dubois France Dubois Félix Dufour-Laperrière Felix Dufour-Laperriere Michel Dufourd Sean Durkin Toby Dye
BECAUSE THE NIGHT ¿DONDE ESTA KIM BASINGER? O VERÃO O TEMPO DE DUAS MÚSICAS MADAGASCAR, CARNET DE VOYAGE THE MOVIE VANISHES STRIPS M FRÈRE BENOÎT MARY LAST SEEN PARADISE CIRCUS - MASSIVE ATTACK
Verena Fels Ivo M. Ferreira
MOBILE O ESTRANGEIRO
INDÍCE DE REALIZADORES DIRECTORS INDEX
B 88 191 77 63 37 165 90 35 57 24 57 81 42 31 34 27 C 46 93 161 86 86 54 78 65 62 67 31 D 185 25 71 60 30 43 45 45 93 38 56 F
226
91 70
70 83 55 58 26
João Figueiras James Foley David Fonseca James Frost Johanne Fronth-Nygren
PICKPOCKET SILENT NIGHT STOP 4 A MINUTE – DAVID FONSECA THIS TOO SHALL PASS - OK GO DEN SÖMNIGA REVOLUTIONEN
Rainer Gamsjäger Romain Gravas Dyana Gaye Ole Giæver Christoph Girardet Felix Gönnert Douglas Gordon Ganesh Gothwal Mihai Grecu Christina von Greve
STATE OF FLUX: WAVE #1 BORN FREE - MIA UN TRANSPORT EN COMUN TOMMY MAYBE SIAM APOLLO THE RIGHT TO NOT BE TORTURED CURIOUS TODD AND THE MYSTERY DREAM CENTIPEDE SUN DRIFT
Blake Hamilton Inger Lise Hansen Philipp Hartmann Gunilla Heilborn Susana Helke Hannah Hilliard Isamu Hirabayashi Alfred Hitchcock Tzu Nyen Ho Ketil Høegh Mona J. Hoel Magnus von Horn
SWEET NOTHING PARALLAX VON DER NOTWENDIGKEIT, DIE MEERE ZU BEFAHREN THIS IS ALASKA LEIKKIPUISTO FRANSWA SHARL SHIKASHA DIAL M FOR MURDER EARTH OPPTUR VUOLGGE MU MIELDE BASSIVÁRRÁI ECHO
Flo Jacobs Ken Jacobs Ken Jacobs Ken Jacobs Ken Jacobs Ken Jacobs Ken Jacobs Ken Jacobs Ken Jacobs Ken Jacobs Ken Jacobs Ken Jacobs Ken Jacobs Ken Jacobs Ken Jacobs Ken Jacobs Ken Jacobs Ken Jacobs Ken Jacobs Ken Jacobs Ken Jacobs Ken Jacobs Ken Jacobs Jorge Jácome Chaisiri Jiwarangsan Rahul Jogale Patrick Jolley Spike Jonze Edgar Santos Junior
NYMPH BOB FLEISCHNER DYING CAPITALISM: CHILD LABOR CAPITALISM: SLAVERY EXCERPT FROM THE SKY SOCIALIST STRATIFIED GIFT OF FIRE: NINETEEN (OBSCURE) FRAMES THAT CHANGED THE WORLD GLOBE GRAVITY IS TOPS HOT DOGS AT THE MET INTO THE DEPTHS OF THE EVEN GREATER DEPRESSION INTO THE DEPTHS OF THE EVEN GREATER DEPRESSION JONAS MEKAS IN KODACHROME DAYS NYMPH OPENING THE NINETEENTH CENTURY: 1896 STAR SPANGLED TO DEATH THE DAY WAS A SCORCHER THE DISCOVERY THE GEORGETOWN LOOP THE SCENIC ROUTE THE SURGING SEA OF HUMANITY TWO WRENCHING DEPARTURES WE ARE CHARMING WHAT HAPPENED ON 23RD STREET IN 1901 DEIXAR CAIR A NOITE MY MOTHER AND HER PORTRAIT CURIOUS TODD AND THE MYSTERY DREAM SNAKES I’M HERE CINEMA
G 49 58 30 187 28 93 47 92 50 49
87 44 33 184 40 88 32 180 168 186 187 189 J 135 134 139 133 133 138 138 134 132 136 136 134 135 138 140 134 135 139 137 137 137 135 132 76 48 92 50 39 46 K
INDÍCE DE REALIZADORES DIRECTORS INDEX
H
227
86 86 84 96 51 51 26 185 63 90 43 189 188 31
Buster Keaton Buster Keaton Richard Kelly Stephen Kijak Joe King Joe King Ariel Kleiman Jesper Klevenås Aya Koretzky Serguei Kouchnerov Karsten Krause Marcin Janos Krawczyk Paweł Kryszak Umesh Vinayak Kulkarni
ONE WEEK THE ELECTRIC HOUSE THE GOODBYE PLACE STONES IN EXILE STRANGE LIGHTS STRANGE LIGHTS DEEPER THAN YESTERDAY ETT TYST BARN NOCTURNOS THE HYBRID UNION YOU AND ME SZEŚĆ TYGODNI B-1033 GAARUD
INDÍCE DE REALIZADORES DIRECTORS INDEX
L 91 Max Lang 146 Arnaud Larrieu 147 Arnaud Larrieu 148 Arnaud Larrieu 145 Arnaud Larrieu 146 Jean-Marie Larrieu 147 Jean-Marie Larrieu 148 Jean-Marie Larrieu 145 Jean-Marie Larrieu 186 Hanne Larsen 63 Marco Leão 36 Heewon Navi Lee 184 Jonathan Lewald 92 Pedro Lino 76 Luis Lobo 33 Joke Van Der Steen 33 Valère Lommel 83 George Lucas 43 Johann Lurf
THE GRUFFALO LES DERNIERS JOURS DU MONDE LES FENÊTRES SONT OUVERTES PEINDRE OU FAIRE L’AMOUR UN HOMME, UN VRAI LES DERNIERS JOURS DU MONDE LES FENÊTRES SONT OUVERTES PEINDRE OU FAIRE L’AMOUR UN HOMME, UN VRAI VARDE CAVALOS SELVAGENS PHONE TAPPING MORMORS ÖGA AFONSO HENRIQUES, O PRIMEIRO REI SOBRE VIVÊNCIA LE LOUP A POIL LE LOUP A POIL 1:42:08 TO QUALIFY ZWÖLF BOXKÄMPFER JAGEN VIKTOR QUER ÜBER DEN GROSSEN SYLTER DEICH 140 9
M 76 184 179 92 159 81 87 190 57 171 61 37 161 161 179 38 158 79 56 28 28 87
Carlos Filipe Magalhães Jenifer Malmqvist Antonio Margheriti Lucas Martell Marco Martins Marco Martins Matray Alexandru Mavrodineanu Megaforce Ariane Michel Frederico Miranda Catalina Molina Elias Monteiro Elias Monteiro Paul Morrisey Camille Moulin-Dupré Luc Moullet Cristiano Mourato Mrzyk & Moriceau Matthias Müller Matthias Müller Tai Murayama
AGRESTE FÖDELSEDAG FLESH FOR FRANKENSTEIN (AKA ANDY WARHOL’S FRANKENSTEIN) PIGEON: IMPOSSIBLE BARALHA - BARALHA MERGULHO NO ANO NOVO BABIOLES MUZICA ÎN SÎNGE PURSUIT OF HAPPINESS - KID CUDI FT. MGMT & RATATAT LA CAVE MEMÓRIAS DE FOGO TALLERES CLANDESTINOS BARALHA - PROPRIEDADE BARALHA - PROPRIEDADE FLESH FOR FRANKENSTEIN (AKA ANDY WARHOL’S FRANKENSTEIN) ALLONS-Y! ALONZO! LA TERRE DE LA FOLIE SMOLIK LOOK - SEBASTIEN TELLIER MAYBE SIAM MAYBE SIAM MEAT OR DIE / MEAT:01-03
Paul Negoescu Erik Nelson
DERBY NYMPH
N
228
34 135
184 64 81
Mårten Nilsson Susana Nobre Pedro Sena Nunes
THIS IS ALASKA LISBOA-PROVÍNCIA MARGENS
Arch Oboler Jonas Odell Sara Bernardes de Oliveira Sergio Oksman Ruben Östlund
THE BUBBLE (AKA FANTASTIC INVASION OF PLANET EARTH, AKA THE ZOO) TUSSILAGO BELA ADORMECIDA NOTES ON THE OTHER HÄNDELSE VID BANK
Luiza Parvu Cristian Pascariu Michel Pavlou Carlos Pereira Magne Pettersen Jakub Piatek Elena Pomares John Price André Príncipe Nicolas Provost
VERA VS URSUL DE BIBLIOTECA BEŢIŞOARE ROCK’N’ROLL INTERSTICES LONGE PARAT MATKA THE HENHOUSE SEA SERIES #5-7 BARALHA - CASAS FANTASMA STORYTELLER
Katell Quillévéré Jorge Quintela
UN POISON VIOLENT AUSSTIEG
Diana Reichenbach Alvise Renzini Kevin Reynolds José Miguel Ribeiro Marialy Rivas Nuno Rocha Nuno Rocha João Pedro Rodrigues Rogério Ribeiro Rogério David de Rooij Philippe Rouy Jani Ruscica
A MOMENT OF SILENCE CI SONO GLI SPIRITI PROOF VIAGEM A CABO VERDE BLOKES 3X3 VICKY AND SAM O PASTOR BELA ADORMECIDA SLIM PICKINGS FAT CHANCES HYPN LOPUN ALKUJA
Daïchi Saïto François Sahran João Salaviza André Santos Keith Schofield Volker Schreiner Jakob Schuh Pedro Serrazina Daihei Shibata Shynola Miguel Silveira Maria Simões Adrian Sitaru Luke Snellin Gonçalo Soares Daniel Sousa Adam Stafford Deborah Stratman Klara Swantesson Tuva Synnevåg
TREES OF SYNTAX, LEAVES OF AXIS L’ENCYCLOPÉDIE : LA VIE DES BÊTES DUAS PESSOAS CAVALOS SELVAGENS HEAVEN CAN WAIT - CHARLOTTE GAINSBOURG FT. BECK CYCLE THE GRUFFALO OS OLHOS DO FAROL LYLAC (HELIOS REMIX) - :PAPERCUTZ STRAWBERRY SWING - COLDPLAY ROOFTOP WARS MAIS UM DIA À PROCURA COLIVIA MIXTAPE SUBTITLE GIRL A MÁQUINA THE SHUTDOWN FF DEN SÖMNIGA REVOLUTIONEN SÁIVA
O 178 185 77 26 184
190 190 42 79 186 188 28 45 163 50 Q 154 47 R 54 47 84 64 25 191 67 81 77 34 49 51
INDÍCE DE REALIZADORES DIRECTORS INDEX
P
S 44 103 82 63 55 36 91 70 54 55 88 79 32 87 78 78 48 42 26 186
229
188
Jarek Sztandera
LUKSUS
Nicolae Constantin Tanase Sam Taylor-Wood Gonçalo Galvão Teles Terri Timely Robert Todd Vladimir Todorović André de Toth Hélène Tragesser Marc Turtletaub Salla Tykkä
OUTRAGEOUSLY DISCO NOWHERE BOY SENHOR X SYNESTHESIA CASCADE SILICA-ESC HOUSE OF WAX PIERRE UND DER SPINATDRACHE LOOKING AT ANIMALS AIRS ABOVE THE GROUND
Miguel Clara Vasconcelos Vários Vários João Viana Anthony Vouardoux
UNIVERSO DE MYA THIRTEEN FILMS ABOUT LIGHTS AND DARKS SOUNDTRACKS FOR THE CITY ALFAMA YURI LENNON’S LANDING ON ALPHA 46
Susanna Wallin Jeanne Waltz Apichatpong Weerasethakul Paul Wright
ELECTRIC LIGHT WONDERLAND TODOS IGUAIS A DORMIR LUNG BOONMEE RALUEK CHAT BELIEVE
Hisham Zaman Robert Zemeckis Mikhail Zheleznikov Avgousta Zourelidi
DE ANDRE A FIELD OF HONOR DLIA DOMASHNEGO PROSMOTRA LAIKA
T 190 150 64 54 46 49 181 90 39 169 V
INDÍCE DE REALIZADORES DIRECTORS INDEX
61 98 100 67 30
230
W 40 60 173 28 Z 24 83 40 92
231
INDÍCE DE REALIZADORES DIRECTORS INDEX
INDÍCE DE TÍTULOS TITLES INDEX # 83 191
1:42:08 TO QUALIFY 3 X 3
George Lucas Nuno Rocha
A BIKE RIDE À CÔTÉ A FIELD OF HONOR A MÁQUINA A MOMENT OF SILENCE A ÚNICA VEZ AFONSO HENRIQUES, O PRIMEIRO REI AGRESTE AIRS ABOVE THE GROUND ALFAMA ALLONS-Y! ALONZO! APOLLO AUSSTIEG
Bernard Attal Basil da Cunha Robert Zemeckis Miguel Guimarães Correia Diana Reichenbach Nuno Amorim Pedro Lino Carlos Filipe Magalhães Salla Tykkä João Viana Camille Moulin-Dupré Felix Gönnert Jorge Quintela
B-1033 BABIOLES BARALHA - BARALHA BARALHA - CASAS FANTASMA BARALHA - PROPRIEDADE BECAUSE THE NIGHT BELA ADORMECIDA BELIEVE BEŢIŞOARE ROCK’N’ROLL BLOKES BOB FLEISCHNER DYING BOP - BRANDT BRAUER FRICK BORN FREE - MIA
Paweł Kryszak Matray Marco Martins André Príncipe Filipa César Alexandra Dahlström Rogério Ribeiro Rogério Paul Wright Cristian Pascariu Marialy Rivas Ken Jacobs Daniel Brandt Romain Gravas
CADÁVER ESQUISITO CAPITALISM: CHILD LABOR CAPITALISM: SLAVERY CASCADE CAVALOS SELVAGENS CENTIPEDE SUN CI SONO GLI SPIRITI CINEMA COLIVIA COOKED CURIOUS TODD AND THE MYSTERY DREAM CYCLE
Sandro Aguilar Ken Jacobs Ken Jacobs Robert Todd André Santos Mihai Grecu Alvise Renzini Edgar Santos Junior Adrian Sitaru Jens Blank Ganesh Gothwal Volker Schreiner
DE ANDRE DEEPER THAN YESTERDAY DEIXAR CAIR A NOITE DEN SÖMNIGA REVOLUTIONEN DERBY DIAL M FOR MURDER DLIA DOMASHNEGO PROSMOTRA ¿DONDE ESTA KIM BASINGER? DRIFT DUAS PESSOAS
Hisham Zaman Ariel Kleiman Jorge Jácome Johanne Fronth-Nygren Paul Negoescu Alfred Hitchcock Mikhail Zheleznikov Edouard Deluc Christina von Greve João Salaviza
A 36 67 83 78 54 60 92 76 169 67 38 93 47
INDÍCE DE TÍTULOS TITLES INDEX
B 188 87 159 163 161 185 77 28 190 25 134 57 58 C 81 139 133 46 63 50 47 46 32 24 92 36 D 24 26 76 26 34 180 40 25 49 82
232
E 168 165 189 40 90 105 185 133
EARTH EASTERN DRIFT ECHO ELECTRIC LIGHT WONDERLAND EMA E GUI - UM DESENHO ESSE OLHAR QUE ERA SÓ TEU ETT TYST BARN EXCERPT FROM THE SKY SOCIALIST STRATIFIED
Tzu Nyen Ho Sharunas Bartas Magnus von Horn Susanna Wallin Nuno Beato
FF FLESH FOR FRANKENSTEIN (AKA ANDY WARHOL’S FRANKENSTEIN) FÖDELSEDAG FRANSWA SHARL FRÈRE BENOÎT
Deborah Stratman Paul Morrisey Jenifer Malmqvist Hannah Hilliard Michel Dufourd
GAARUD GERAL GIFT OF FIRE: NINETEEN (OBSCURE) FRAMES THAT CHANGED THE WORLD GLOBE GOLIAS GRAVITY IS TOPS GUITAR HEROES
Umesh Vinayak Kulkarni Anna Azevedo Ken Jacobs Ken Jacobs Rodrigo Areias Ken Jacobs Nicolas Bruyelle
H(I)J HÄNDELSE VID BANK HANNAH HEAVEN CAN WAIT - CHARLOTTE GAINSBOURG FT. BECK HOT DOGS AT THE MET HOUSE OF WAX HYPN
Guillaume Cailleau Ruben Östlund Sérgio Cruz Keith Schofield Ken Jacobs André de Toth Philippe Rouy
I LOVE LUCi I’M HERE IL RE DELL’ISOLA INTERSTICES INTO THE DEPTHS OF THE EVEN GREATER DEPRESSION
Colin Kennedy Spike Jonze Riamondo Della Calce Michel Pavlou Ken Jacobs
JACCO’S FILM JIMMY - MORIARTY JONAS MEKAS IN KODACHROME DAYS
Daan Bakker Florent Cornier Ken Jacobs
L’IGNORANCE INVINCIBLE L’ENCYCLOPÉDIE : LA VIE DES BÊTES LA CAVE LA GUITARE DE DIAMANTS LA TERRE DE LA FOLIE LAIKA LE LOUP A POIL LEIKKIPUISTO LES DERNIERS JOURS DU MONDE LES FENÊTRES SONT OUVERTES LIFE LISBOA-PROVÍNCIA
Émilie Ausell
Jesper Klevenås Ken Jacobs
F 42 179 184 88 93
31 35 138 138 66 134 27 H 46 184 62 55 132 181 49 I 25 39 93 42 136
INDÍCE DE TÍTULOS TITLES INDEX
G
J 88 54 134 L 27 103 171 35 158 92 33 40 146 147 77 64
Ariane Michel Frank Beauvais Luc Moullet Avgousta Zourelidi Valère Lommel Susana Helke Arnaud Larrieu Arnaud Larrieu Dileydi Florez Barrera Susana Nobre
233
79 56 39 51 188 173 54
LONGE LOOK - SEBASTIEN TELLIER LOOKING AT ANIMALS LOPUN ALKUJA LUKSUS LUNG BOONMEE RALUEK CHAT LYLAC (HELIOS REMIX) - :PAPERCUTZ
Carlos Pereira Mrzyk & Moriceau Marc Turtletaub Jani Ruscica Jarek Sztandera Apichatpong Weerasethakul Daihei Shibata
M MADAGASCAR, CARNET DE VOYAGE MADAME & LITTLE BOY MAIS UM DIA À PROCURA MARGENS MARY LAST SEEN MATKA MAYBE SIAM MEAT OR DIE / MEAT:01-03 MEMÓRIAS DE FOGO MERCÚRIO MERGULHO NO ANO NOVO MIXTAPE MOBILE MORMORS ÖGA MUZICA ÎN SÎNGE MY MOTHER AND HER PORTRAIT
Felix Dufour-Laperriere Bastien Dubois Magnus Bärtås Maria Simões Pedro Sena Nunes Sean Durkin Jakub Piatek Christoph Girardet Tai Murayama Frederico Miranda Sandro Aguilar Marco Martins Luke Snellin Verena Fels Jonathan Lewald Alexandru Mavrodineanu Chaisiri Jiwarangsan
NA ESCOLA NOCTURNOS NOTES ON THE OTHER NOVELOS DE PAIXÃO - MÃO MORTA NOWHERE BOY NYMPH
Jorge Cramez Aya Koretzky Sergio Oksman Rodrigo Areias Sam Taylor-Wood Ken Jacobs
O ESTRANGEIRO O JOGO O PASTOR O TEMPO DE DUAS MÚSICAS O VERÃO ONE WEEK OPENING THE NINETEENTH CENTURY: 1896 OPPTUR OS OLHOS DO FAROL OUTRAGEOUSLY DISCO
Ivo M. Ferreira Júlio Alves João Pedro Rodrigues Hugo Diogo João Dias Buster Keaton Ken Jacobs Ketil Høegh Pedro Serrazina Nicolae Constantin Tanase
PARADISE CIRCUS - MASSIVE ATTACK PARALLAX PARAT PEINDRE OU FAIRE L’AMOUR PHONE TAPPING PICKPOCKET PIERRE UND DER SPINATDRACHE PIGEON: IMPOSSIBLE PROOF PURSUIT OF HAPPINESS - KID CUDI FT. MGMT & RATATAT ROOFTOP WARS RUMBO A PEOR
Toby Dye Inger Lise Hansen Magne Pettersen Arnaud Larrieu Heewon Navi Lee João Figueiras Hélène Tragesser Lucas Martell Kevin Reynolds Megaforce Miguel Silveira Alex Brendemühl
M
INDÍCE DE TÍTULOS TITLES INDEX
45 30 37 79 81 38 188 28 87 61 66 81 87 91 184 190 48 N 65 63 26 56 150 135 O 70 62 81 60 71 86 138 186 70 190 P 56 44 186 148 36 70 90 92 84 57 88 31
234
S 186 45 64 32 83 49 34 79 50 76 100 140 49 96 55 50 51 55 45 78 87 54 189
SÁIVA SEA SERIES #5-7 SENHOR X SHIKASHA SILENT NIGHT SILICA-ESC SLIM PICKINGS FAT CHANCES SMOLIK SNAKES SOBRE VIVÊNCIA SOUNDTRACKS FOR THE CITY STAR SPANGLED TO DEATH STATE OF FLUX: WAVE #1 STONES IN EXILE STOP 4 A MINUTE – DAVID FONSECA STORYTELLER STRANGE LIGHTS STRAWBERRY SWING - COLDPLAY STRIPS SUBTITLE GIRL SWEET NOTHING SYNESTHESIA SZEŚĆ TYGODNI
Tuva Synnevåg John Price Gonçalo Galvão Teles Isamu Hirabayashi James Foley Vladimir Todorović David de Rooij Cristiano Mourato Patrick Jolley Luis Lobo Vários Ken Jacobs Rainer Gamsjäger Stephen Kijak David Fonseca Nicolas Provost Joe King Shynola Félix Dufour-Laperrière Gonçalo Soares Blake Hamilton Terri Timely Marcin Janos Krawczyk
TALLERES CLANDESTINOS TERRITÓRIOS THE BUBBLE (AKA FANTASTIC INVASION OF PLANET EARTH, AKA THE ZOO) THE DAY WAS A SCORCHER THE DISCOVERY THE ELECTRIC HOUSE THE GEORGETOWN LOOP THE GOODBYE PLACE THE GRUFFALO THE HENHOUSE THE HYBRID UNION THE MOVIE VANISHES THE RIGHT TO NOT BE TORTURED THE SCENIC ROUTE THE SHUTDOWN THE SURGING SEA OF HUMANITY THIRTEEN FILMS ABOUT LIGHTS AND DARKS THIS IS ALASKA THIS TOO SHALL PASS - OK GO TO JE ZEMLJIA, BRAT MOJ TODOS IGUAIS A DORMIR TOMMY TREES OF SYNTAX, LEAVES OF AXIS TUSSILAGO TWO WRENCHING DEPARTURES
Catalina Molina Mónica Baptista Arch Oboler Ken Jacobs Ken Jacobs Buster Keaton Ken Jacobs Richard Kelly Jakob Schuh Elena Pomares Serguei Kouchnerov France Dubois Douglas Gordon Ken Jacobs Adam Stafford Ken Jacobs Vários Gunilla Heilborn James Frost Jan Cvitkovic Jeanne Waltz Ole Giæver Daïchi Saïto Jonas Odell Ken Jacobs
UN 45 TOURS DE CHEVEU (CECI N’EST PAS UN DISQUE) UN HOMME, UN VRAI UN POISON VIOLENT UN TRANSPORT EN COMUN UNIVERSO DE MYA
Frank Beauvais Arnaud Larrieu Katell Quillévéré Dyana Gaye Miguel Clara Vasconcelos
VARDE VERA VS URSUL DE BIBLIOTECA VERDREHTE AUGEN - 2.VIDEOVERSION
Hanne Larsen Luiza Parvu Dietmar Brehm
37 191 178 134 135 86 139 84 91 28 90 43 47 137 48 137 98 184 58 31 60 187 44 185 137
INDÍCE DE TÍTULOS TITLES INDEX
T
U 57 145 154 30 61 V 186 190 42
235
64 67 33 71 29 187
VIAGEM A CABO VERDE VICKY AND SAM VON DER NOTWENDIGKEIT, DIE MEERE ZU BEFAHREN VOODOO VOSTRAU BELARUS VUOLGGE MU MIELDE BASSIVÁRRÁI
José Miguel Ribeiro Nuno Rocha Philipp Hartmann Sandro Aguilar Victor Asliuk Mona J. Hoel
WE ARE CHARMING WHAT HAPPENED ON 23RD STREET IN 1901
Ken Jabocs Ken Jacobs
YOU AND ME YURI LENNON’S LANDING ON ALPHA 46
Karsten Krause Anthony Vouardoux
ZWÖLF BOXKÄMPFER JAGEN VIKTOR QUER ÜBER DEN GROSSEN SYLTER DEICH 140 9
Johann Lurf
W 135 132 Y 43 30 Z
INDÍCE DE TÍTULOS TITLES INDEX
43
236
237
INDÍCE DE TÍTULOS TITLES INDEX
Organização
Apoio Curtinhas
Alto Patrocínio
Apoio Analog 3D
Embaixadas, Fundações e Instituições Associadas
Apoios à divulgação
Empresas Associadas
Patrocinadores de Prémios
DESENHADO PELA NOTYPE ©2010 / FOTOGRADO POR CESÁRIO ALVES ©2010
ARTES&LEILÕES