I HEAR A NEW WORLD No panorama das artes visuais e da música popular, assistimos desde o final da segunda guerra mundial – anos responsáveis por uma paralisia temporária no mundo das artes –, a uma série de revoluções, cada vez mais exploratórias do ponto de vista das linguagens e da tecnologia: por vezes mais próximas do activismo político e social; por vezes, em simultâneo, sempre contrariando as tendências mainstream do espectáculo musical e do cinema de grande público. Estas revoluções são, claro, uma continuidade das experiências dos surrealistas e dos futuristas das primeiras décadas do século XX. Explorando os dois média, potenciando uma fusão entre diferentes linguagens artísticas mais próximas das vanguardas, do cinema e da música de diferentes áreas – desde a tradição da folk, às inovações da electrónica e mais tarde, a partir dos últimos anos da década de 50, com a chegada do rock e do pop como contra-cultura –, artistas e músicos souberam através dos seus representantes mais abertos à inovação e à experimentação, contagiar-se reciprocamente, quebrando barreiras, permitindo o reconhecimento da sua importância na cultura popular da segunda metade do século XX. A música rock passa da rádio, seu meio de difusão inicial, para contextos artísticos, integrando expressões cada vez mais autónomas e referenciais. Cineastas, pintores e músicos trabalham e vivem em regime de proximidade, sempre a olhar para as outras artes como um desafio, uma possibilidade de ultrapassar os próprios limites, como uma via de crescimento. Acabam invariavelmente por dar origem a novas linguagens onde coabitam resultados das experiências artísticas, mas que, com o passar do tempo, adquirem um outro estatuto, chegando a influenciar as próprias formas de fazer cinema, música, mas também novas formas de as apresentar ao público.
“Arte e só a arte! É o grande meio que possibilita a vida, a grande sedução vital, o grande estímulo vital.” FRIEDRICH NIETZSCHE
A exposição Stereo que agora apresentamos parte deste pressuposto histórico, que num tempo presente vem por isso mesmo devidamente caucionado por tantos exemplos de excelência. Stereo é uma exposição que abre o programa Cinema Expandido, e que levará a cabo uma série de outros eventos em Vila do Conde à volta das novas formas de apresentar cinema, música, imagens em movimento e sons lançando novos caminhos do projecto Estaleiro. Nomes e obras relevantes da história da cultura pop, da música e das artes visuais – como os casos de Stan Brackage, Ken Jacobs, Saul Bass, Man Ray, Pierre Clémenti, a revolucionária relação de Andy Warhol com os Velvet Underground, Jem Cohen com os R.E.M., Bruce Conner com Brian Eno, Harmony Korine com os Sonic Youth, entre tantos outros – têm sido apresentados no Curtas ao longo das suas edições passadas e também na edição deste ano. Este programa explora, assim, a dois tempos, o passado e o presente de um território que temos vindo a divulgar com regularidade por considerarmos extremamente importante mostrar neste contexto junto de um público ávido de experiências cinemáticas. Um público conhecedor e informado mas que vê no Curtas o lugar do Festival/Plataforma de divulgação e apresentação de novos e originais projectos artísticos de cinema, de exposições e de performances audiovisuais. As seis instalações das duplas criadas para esta exposição – traçando o seu próprio percurso exploratório dentro do conceito proposto e trabalhando com total liberdade criativa – conseguiram deixar uma marca fiel à ideia inicial remetendo para caminhos e escolhas estéticas, cumplicidades e uma procura de harmonia partilhada a dois. Stereo é o resultado do trabalho dos 12 artistas portugueses convidados e habituais do Curtas, entre músicos, artistas plásticos e cineastas, com um percurso pessoal e artístico que já anteriormente apresentara ou sugerira vocação para este tipo de mestiçagem artística, alguns deles com experiência prévia de trabalho em grupo e todos com curriculum no panorama nacional e internacional. DARIO OLIVEIRA
“Art and nothing but art! It is the great means of making life possible, the great seduction to life, the great stimulant of life.” — Friedrich Nietzsche In the visual arts and popular music panorama, we have witnessed since the end of World War II – when there was a temporary inactivity in the art world – a series of revolutions, increasingly exploratory from the point of view of language and technology: sometimes closer to political and social activism; sometimes, and simultaneously, contradicting mainstream trends in show business and commercial cinema. Obviously, these revolutions were a continuation of the experiments of the surrealists and futurists of the first decades of the 20th century. Exploring the two media, leveraging the fusion of different artistic languages that are closer to the avant-garde of cinema and music – from traditional folk to the innovations of electronic music and later, since the late 1950s, with the arrival of rock and pop as counterculture –artists and musicians who were interested in innovation and experimentation, were able to influence each other, breaking barriers, and becoming part of popular culture in the second half of the 20th century. Rock music went from radio, its initial broadcast medium, to artistic contexts, integrating increasingly autonomous and referential expressions. Filmmakers, painters and musicians worked and lived in proximity, always looking at other arts as a challenge, an opportunity to overcome their own limits, as a growth possibility. They invariably gave rise to new languages in which the results of artistic experiences coexisted, but that, over time, acquired a different status, actually influencing the way films and music were made, and also new ways of presenting them to the public. Stereo opens the programme Expanded Cinema (Cinema Expandido), which will carry out a series of other events in Vila do Conde focusing on innovative ways of presenting films, music, moving images and sounds, and launching new avenues for Estaleiro, our new project. Names and relevant works in pop culture, from music and visual arts – such as Stan Brackage, Ken Jacobs, Saul Bass, Man Ray, Pierre Clémenti, the revolutionary relationship between Andy Warhol and the Velvet Underground, Jem Cohen with R.E.M., Bruce Conner with Brian Eno, Harmony Korine with Sonic Youth, among others – have been shown at Curtas and will also be shown this year. This programme explores both the past and the present of a territory that our audience is quite familiar with. An audience knowledgeable and well-informed that considers Curtas as the platform for innovative and original cinema projects, exhibitions and audiovisual performances. Stereo is the result of the work of 12 Portuguese artists who are also regulars of Curtas. They’re musicians, artists and filmmakers, who teamed up in pairs and who have at least one thing in common: a personal and artistic career that already suggested an inclination for this type of artistic fusion, some of them with previous experience in working together and all with an extensive curriculum in Portugal and abroad. Each of the six installations devises its own exploratory course within the concept proposed and is the product of total creative freedom. These installations manage to be true to the original idea and suggest interesting paths and aesthetic choices. They also show complicity and a search for shared harmony between the members of each team of artists. Dario Oliveira
BABY BACK COSTA RICA
ROYAL CABARET
Domesticada
guitar with horror film soundtrack tropes. It alternates in between a diagetic (music inside the car) and non-diagetic (music outside the car) register, which proposes it as something the girls consume, as well as something that consumes them, as it distinguishes and allocates them to a specific genre, and class.
BABY BACK COSTA RICA Gabriel Abrantes, Pedro Gomes 2011 Portugal, 0:05:00, Video, COL Três raparigas estão a ser levadas para casa num Mini Cooper S. Falam sobre os namorados, as mães dos namorados, os carros das mães dos namorados e o judaísmo. Depois de aquecerem umas pizzas, vão nadar na piscina. Este filme faz parte de um sub-género de filmes de terror que se destacam pelo facto do protagonista ser representado por um carro, que é, neste caso, um Mini Cooper S. Pedro Gomes criou uma parede de som agressiva, cruzando guitarra distorcida com mecanismos das bandas sonoras de filmes de terror. O som varia numa relação diegética (musica dentro do carro) e não diegética (musica fora do carro), propondo-a como uma coisa que as teenagers consumem, e ao mesmo tempo uma coisa que as consume, distinguindo-as e as remetendo-as assim para um género e classe específicos. Three teenage girls are heading home in their Mini Cooper S. They discuss their boyfriends, their boyfriend’s mothers, their boyfriend’s mother’s cars, and Judaism. After making pizza they go swim in the pool. This film is part of the sub-genre of horror films where a vehicle is the protagonist, in this case a Mini Cooper S. Pedro Gomes developed an aggressive soundscape, working at the intersection of distorted post-rock
Argumento, Realização, Camera, Montagem, Som e Produção Script, Directoring, Camera, Editing, Sound and Production: Gabriel Abrantes; Produzido por Produced by: A Mutual Respect; Representação Actors: Dory Castro, Mariana Roberto, Nuria Coelho; Música Music: Pedro Gomes; Gravação e Mixagem de Música Recording: Pedro Alçada; Colorista Colorist: Pedro Vilela; Assistente de Produção Production Assistant: Joana Nascimento; Agradecimentos Thanks to: Manuel Caeiro, Rui Brito; Produção Production Curtas Metragens CRL no âmbito do projecto Estaleiro.
DOMESTICADA Paulo Furtado, Rodrigo Areias 2011 Portugal, 0:06:00, Video, COL Baseado na instalação Santa Paz Domestica, Domesticada de Ana Vieira (1977) e Excertos da Edição de 22 de Setembro de 1956 da revista O Cruzeiro.
Based on the installation Santa Paz Domestica, Domesticada by Ana Vieira (1977) and excerpts from the September 22nd, 1956 issue of the magazine O Cruzeiro.
Com With Ângela Marques; Fotografia de Cinematography Jorge Quintela; Som de Sound Gustavo Bacelos; Voz de Voice of Rita Moreira; Guarda Roupa de Wardrobe Susana Abreu; Cenografia de Set Ricardo Preto; Música de Music by Rodrigo Areias e Paulo Furtado; Gravado por Recorded by Pedro Marinho e Paulo Furtado; Assistência de Imagem de Image Assistant Pedro Bastos; Direcção de Produção de Executive Producer Ricardo Freitas; Uma Produção A Production of Bando à Parte & Olho de Vidro; Agradecimentos Thanks to Fátima & Fernando, José Correia, Tiago Afonso, UCP Álvaro Barbosa; Produção Production Curtas Metragens CRL no âmbito do projecto Estaleiro.
ROYAL CABARET Bruno de Almeida, Manuel João Vieira 2011 Portugal, 0:10:00, Video, COL Um homem. Um bar. Uma banda de Rock. A viagem hipnótica ao coração dum velho cabaret pelo seu mais antigo cliente. A man, a bar and a Rock band. A hypnotic journey to the heart of an old cabaret guided by their oldest client.
Gabriel Abrantes
AND THEY WENT
S/TÍTULO
S/TÍTULO (мій голос) UNTITLED (мій голос)
João Onofre, Adolfo Luxúria Canibal 2011 Portugal, 0:04:47, Video, COL Após dizer uma frase em ucraniano, uma mulher deitada num sofá levanta-se e senta-se, somente para se voltar a deitar. Uma poesia de Adolfo Lúxuria Canibal é dita pela mulher na sua voz e na voz deste autor dobrada pela mulher. After saying a phrase in Ukrainian, a woman lying on a sofa gets up and sits down, only to lie down again. A poem by Adolfo Lúxuria Cannibal is recited by a woman in her voice and in the voice of the author voiced over by the woman.
Realização Directed by: João Onofre; Texto Text: Adolfo Luxúria Canibal; Com Starring: Nadiya Sabelkina; Direcção de Fotografia Director of Photography: Leonardo Simões Música Music: António Rafael; Montagem Editor: Patrícia Saramago; Figurino Costume designer: Ricardo Preto; Som Boom Operator: Quintino bastos ; Make-up Makeup: Náná Benjamim; Assistente Make-up Make-up assistant: Elodie; Assistente de Câmara Camera: David Valadão; Produção Production: Onofre Studio; Material Técnico Technical Suppliers: Planar, LX Filmes, Cinemate, Pastelaria Versailles; Agradecimentos Thanks to: Manuela Ribas, Adriana aboim, Carlos Almeida, Ana Bilbao, Nuno Rodrigues; Produção Production Onofre Studio, Curtas Metragens CRL no âmbito do projecto Estaleiro.
STROKKUR
STROKKUR João Salaviza, Norberto Lobo 2011 Portugal, 0:07:16, Video, BW No começo: fazer a partir do nada. Num lugar neutro e desconhecido. Recolher imagens e sons em vez de os produzir. A câmara de filmar, o microfone e o miniamplificador: ferramentas que tiram, e depois devolvem. Definimos uma regra: que o som não ilustre a imagem, e que a imagem não absorva o som. A menos de cem quilómetros de Reykjavik encontrámos Strokkur. Uma cicatriz da Terra que teima em não sarar, a jorrar os pruridos das profundezas. Aproximámo-nos. Durante três dias, a ver e ouvir a dinâmica interna da fissura. A água a ferver cuspida a cada sete minutos. O choque térmico com os dezoito graus negativos na atmosfera. O filme já lá estava. A música também. Debaixo do nevão, o amplificador encharcado a desafinar e a emitir ruídos estranhos. A câmera que quase levanta vôo com as rajadas de vento. As baterias a não resistirem ao frio, a morrer a cada quinze minutos. Correr para um abrigo com o material às costas. Recarregar. Reaquecer. Começar tudo de novo. “Strokkur” é, antes de mais, um documento. Um registo de uma observação-diálogo. Aquilo que sobrou. In the beginning the idea was to make something from nothing, in a neutral and unknown place. Collect images and sounds instead of producing them. The camera, the microphone and the mini-amplifier: tools that take away and then give back. We defined a rule: the sound shouldn’t illustrate the image and the
image shouldn’t absorb the sound. Less than a hundred kilometres from Reykjavik we found Strokkur. A scar on the Earth that insists in not healing, gushing from the depths. We came closer. For three days we saw and heard the internal dynamics of the crevice: the boiling water that spat out every seven minutes and the thermal shock, given the eighteen degrees below zero of the atmosphere. The film was already there, the music too. Underneath the blizzard, the soaked amplifier was out of tune and produced strange noises. The camera was almost blown away with the wind gusts. Batteries did not resist the cold and died every fifteen minutes. We ran for shelter carrying the gear on our backs. Reload. Reheat. Start all over again. “Strokkur” is above all a document. A log of an observation-dialogue, of what was left.
AND THEY WENT Sandro Aguilar, Black Bombaim 2011 Portugal, 0:05:30, Video, BW Um passo atrás. Um passo à frente. One step back. One step Forward.
Conceito/montagem, imagem/som Concept/montage, image/sound: Sandro Aguilar; Apontamentos musicais Musical notes: Black Bombaim; Manipulação de imagens e sons dos filmes Manipulation of images and sound of the films: ONE GOT FAT de Dale Jennings (1963) e IMAGING THE HIDDEN WORLD-THE LIGHT MOCROSCOPE de Bruce Russell (1984); Manipulação som do filme Manipulation of sound of the film: EXPERIMENTS IN THE REVIVAL OF ORGANISMS de D.I. Yashin (1940); Produção Production Curtas Metragens CRL no âmbito do projecto Estaleiro
Nasceu na Carolina do Norte, E.U.A., em 1984. Em 2006 terminou os estudos em Cinema e Artes Visuais no Cooper Union for the Advancement of Science and Art, Nova Iorque. Em 2005/2006 estudou na L’Ecole National des Beaux-Arts, Paris e em 2007 na Le Frenesoy Studio National des Arts Contemporains, Tourcoing, França. Liberdade ganhou (ex aequo) o prémio RESTART para Melhor Realizador Português de Curta Metragem no Indie Lisboa 2011. A History of Mutual Respect venceu o Leopardo de Ouro para Melhor Curta Metragem no Festival de Cinema de Locarno de 2010, o Prémio Media Recording para Melhor Curta Metragem Portuguesa no Indie Lisboa 2010, o Prémio KODAK Cinelabs no EXPIFF (International Experimental Film Festival) Bucareste, 2010, e o Prémio dos Cineclubes no Festival Luso Brasileiro em Stª Maria da Feira. Visionary Iraq ganhou o Prémio Novo Talento FNAC no Indie Lisboa’09. Foi galardoado com o Prémio EDP - Jovens Artistas, 2009 pela sua instalação vídeo Too Many Daddies, Mommies and Babies. O seu filme Olympia I & II (co-realizado por Katie Widloski) também venceu o Prémio KODAK Cinelabs no EXPIFF Bucareste, 2010. A History of Mutual Respect foi considerado pela Revista Sight & Sound do British Film Institute um dos melhores filmes de 2010. Visionary Iraq foi considerado um dos melhores filmes de 2010 pela ArtForum e pela Revista Purple. Actualmente vive e trabalha em Lisboa, preparando os seus próximos filmes, concentrando-se nas novas identidades, novas dinâmicas de poder e novas narrativas que resultam do rápido desenvolvimento económico das nações não ocidentais. Born in North Carolina, United States, in 1984. In 2006 he received his BA in Cinema and Visual Arts at The Cooper Union for the Advancement of Science and Art, in New York. In 2005/2006 studied at L’Ecole National des Beaux-Arts, in Paris and in 2007 studied at Le Frenesoy Studio National des Arts Contemporains, Tourcoing, France. Liberdade won the prize for RESET Best Short Film Director at Indie Lisboa 2011. A History of Mutual Respect won the Pardino d’Oro for Best Short film at Locarno Film Festival 2010, Prémio Media Recording for Best Portuguese Film at Indie Lisboa ’10, KODAK Cinelabs Prize at EXPIFF Bucharest, 2010, and Prémio dos Cineclubes at Festival Luso Brasileiro, St. Maria da Feira. Visionary Iraq won the New Talent Fnac Award at Indie Lisboa’09. He won the EDP Novos Artistas Prize in 2009 for his video-instalation Too Many Daddies, Mommies and Babies. His film Olympia I & II (co-directed with Katie Widloski) also won the KODAK Cinelabs at EXPIFF Bucharest, 2010. A History of Mutual Respect was considered one of the Best films of 2010 by Sight & Sound Magazine, British Film Institute. Visionary Iraq was considered one of the Best films of 2010 by ArtForum and Purple Magazine. Currently living and working in Lisbon, he is preparing his next films, focusing on the new identities, new power dynamics, and new narratives that are being forged as a result of the rapid economic development of non-occidental nations.
Pedro Gomes Guitarrista nascido em 1983 em Lisboa, desenvolve um vocabulário assente numa leitura transversal à história do blues, do rock e do jazz, dos seus expoentes planetários até às franjas e margens destes ecossistemas. Co-fundador dos CAVEIRA, trabalha com grande regularidade desde 2009 com Sei Miguel, músico com quem editou em 2011 o álbum ‘Turbina Anthem’ (NoBusiness Records), em duo.
Outra parceria próxima é com o baterista Gabriel Ferrandini, com quem se tem apresentado ao vivo em dueto desde o início do ano corrente. É programador desde 2004, tendo em 2007 criado com Nelson Gomes a Associação Filho Único, estrutura sediada na capital que organiza e produz actividade no campo da música de progressão estética e de novas afirmações individuais e colectivas, centrada maioritariamente na organização de concertos e agenciamento de artistas. Tem trabalho jornalístico escrito em publicações como o Ípsilon/Público, The Wire e Fact (PT). Pedro Gomes is a guitarist born in 1983 in Lisbon. He developed his music based on a transversal interpretation of the history of blues, rock and jazz, from the most renowned musicians to the fringes and margins of these genres. Co-founder of CAVEIRA, he has worked regularly since 2009 with Sei Miguel, with whom he released in 2011 the album ‘Turbina Anthem’ (NoBusiness Records), as a duo. Pedro Gomes has another close partnership with drummer Gabriel Ferrandini, with whom he has performed live since the beginning of 2010. Gomes has worked as a programmer since 2004, and in 2007 he co-founded with Nelson Gomes the Associação Filho Único that organizes activities in the field of music of aesthetic progression and new individual and collective projects, focused mostly in organising concerts and operate as an artists’ agency. Pedro Gomes has written for publications such as Ípsilon/Público, The Wire and Fact (PT).
Rodrigo Areias Rodrigo Areias nasceu em 1978. Começou os seus estudos em Gestão na Universidade Católica Portuguesa, licenciou-se em Som e Imagem na Escola das Artes com a especialização em Imagem. Fez também uma especialização em realização na Tisch School of Arts na Universidade de Nova Iorque e o programa de produção Eurodoc. Rodrigo Areias tem desenvolvido ao longo da sua carreira, trabalhos criativos na área de cinema de autor em ficção e documentário, alternando com outros trabalhos em domínios de video-arte e vídeo clips para alguns dos melhores nomes da cena rock nacional (The Legendary Tiger Man, Wray Gunn, Mão Morta, Sean Riley, D3o, etc.) e diversos outros projectos. Como produtor começou a sua carreira em 2001 e desde então produziu e co-produziu mais de 30 curtas, longas, vídeos e documentários. Produziu autores de renome como Edgar Pêra, João Canijo e F. J. Ossang, bem como jovens realizadores como André Gil Mata, João Rodrigues e Ricardo Leite. Tem co-produzido com o Brasil, Reino Unido, França, Alemanha e Finlândia. Como realizador, entre vários filmes destaca-se Tebas (longa metregem) e Corrente (curta metragem) com os quais esteve representado em mais de cinquenta festivais internacionais e foi galardoado com uma dezena de prémios. Está neste momento em pós-produção da sua segunda longa metragem. É responsável pela produção de cinema de Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura onde se incluem filmes de realizadores como Jean-Luc Godard, Aki Kaurismaki, Peter Greenaway, Manoel de Oliveira, Pedro Costa e Victor Erice. Rodrigo Areias born in 1978. He started his studies as a Management student at the Portuguese Catholic University, afterwards he graduated at Sound and Image at the School of Arts and specialized in Image. He also did a Film course at NYU’s Tisch School of Arts, and the Eurodoc production training programme. Throughout his career, Rodrigo Areias has developed creative works in the area of author cinema. He has also worked in the realm of video-art and has directed videoclips for some of the best names of the portuguese rock scene (The Legendary Tiger Man, Wraygunn, Mão Morta, etc.), among other projects. As a producer his career started in 2001 and since then has produced and co-produced over 35 short and feature films, videos and documentaries. Now
producing important authors as Edgar Pêra, João Canijo and F.J. Ossang, and young directors as André Gil Mata, João Rodrigues and Ricardo Leite, as well co-producing with Brasil, UK, France, Germany and Finland. As a director, among many films, Thebes (feature Film) and Corrente (short film) stand out, having been selected for over 50 festivals and awarded in 10. Has just finished shooting his second feature film. And is responsible for the film production program of Guimarães 2012 European Capital of Culture including films by Jean-Luc Godard, Aki Kaurismaki, Peter Greenaway, Manoel Oliveira, Pedro Costa and Victor Erice.
The Legendary TigerMan The Legendary Tigerman é o alterego de Paulo Furtado, multifacetado Artista de Coimbra, Portugal. Inspirado no velho formato de one-man-band nascido nas margens do Delta do Mississipi, é um conceito adaptado e vivido no Século XXI, com uma estética muito particular – ao formato analógico tradicional (bombo, prato de choque, guitarra) juntam-se, sem pudor, soluções electrónicas. O resultado conhecido é explosivo. Ao vivo, as prestações não permitem indiferença na assistência – um homem, muitos instrumentos, o passado fundido com o amanhã. O Tigerman vive sobretudo no palco e realiza regularmente Digressões em vários Países e (porque não) Continentes – Portugal, Espanha, França (foi o o primeiro português a actuar no Festival Transmusical, em Rennes, importante rampa de lançamento a nível europeu), Suiça, Alemanha, Bélgica, Inglaterra, EUA (Festival South by Southwest), Japão (Fuji Rock Festival – 7 Espectaculos em três dias, no maior Festival do mundo), Brasil. Em Portugal, é, em 2008, um dos convidados especiais do Festival Rock In Rio Lisboa. Em 2010, no Festival Alive! torna-se o primeiro Artista Português a programar uma noite e apresentar na integra um Álbum num Festival – no Espectáculo do Legendary Tigerman na “Femina Night” participaram todas as convidadas do Álbum. Nessa mesma noite, as convidadas apresentaram Espectáculos em nome próprio com as respectivas Bandas. Em Janeiro de 2011, chega a consagração nos Coliseus de Lisboa e Porto: duas salas esgotadas, um naipe de convidados invejável e dois Espectáculos inesquecíveis. Mas, The Legendary Tigerman não é só um projecto musical – aqui, a imagem, através (sobretudo) do cinema e da fotografia são tão importantes como a música. Masquerade, o penúltimo Álbum de originais (editado em 2006), apresenta um DVD com curtas-metragens de Egar Pêra, Paulo Abreu, Rodrigo Areias & Paulo Furtado, entre outros. Em Femina, o mais recente Álbum (editado em 2009), a edição especial CD+DVD mostra 8 curtasmetragens realizadas por Paulo Furtado – aqui se encontram Asia Argento, Peaches, Maria de Medeiros, Rita Redshoes, Cibelle, Phoebe Killdeer, Lisa Kekaula. Ao vivo, estes filmes ganham vida em tela, sendo o Espectáculo a tradução de Autor do que se pode intitular de Rock’n’Roll Soundtrack. O talento cinematográfico de Paulo Furtado é corado com o convite para apresentar, em Fevereiro de 2011, uma retrospectiva em Clermont Ferrand, um dos mais proeminentes Festivais de curtas-metragens do mundo. The Legendary Tigerman is the alter ego of Paulo Furtado, a multifaceted artist from Coimbra, Portugal. Inspired by the one-man-bands from the banks of the Mississippi Delta, his is a concept adapted and lived in the 21st century, with very particular aesthetics – to the traditional analogue format (bass drum, cymbal, guitar) Furtado adds, without reserve, electronic solutions. The result is explosive. Live, the output does not allow for indifference in the audience – one man, many instruments, the past merged with the future. Tigerman lives mainly on the stage and performs regularly in several countries and (why not say it)
continents – Portugal (special guest at Rock In Rio Lisbon) Spain, France (he was the first Portuguese musician to play at the Transmusical Festival in Rennes, an important launch pad at European level), Switzerland, Germany, Belgium, England, USA (South by Southwest Festival), Japan (Fuji Rock Festival - 7 shows in three days, in the largest Festival in the world) and Brazil. In 2010, he became the first Portuguese performer to programme one of the evenings of the Alive! Festival and to present a whole album at the event – During the Legendary Tigerman’s show, “Femina Night”, all the album’s guest performers played live. That same night, the guests presented their own shows, with their respective bands. In January 2011 Furtado performed at the Lisbon and Oporto Coliseums: two sold out venues, an enviable group of guests and two unforgettable performances. But, The Legendary Tigerman is not just about music, images, through cinema and photography, are as important as music. Masquerade, his penultimate album (2006), features a DVD with short movies by Edgar Pêra, Paulo Abreu, Rodrigo Areias & Paulo Furtado, among others. The special edition CD+DVD of “Femina”, his latest album (released in 2009), includes 8 short films made by Paulo Furtado with Asia Argento, Peaches, Maria de Medeiros, Rita Redshoes, Cibelle, Phoebe Killdeer, Lisa Kekaula. Live, these films come to life on the screen, and the show is an auteur’s translation of what might be called Rock ‘n’ Roll Soundtrack. In February 2011, Paulo Furtado’s cinematic talent was acknowledged with the invitation to present a retrospective at Clermont Ferrand, one of the most prominent short film festivals in the world.
Bruno de Almeida Bruno Almeida tem neste momento em fase de montagem o filme “OPERAÇÃO OUTONO”, um “thriller político” sobre o trágico assassinato do General Humberto Delgado pela PIDE. O filme, com John Ventimiglia no papel do General Sem Medo, foi produzido por Paulo Branco e vai ser estreado no final do corrente ano. A última longa metragem de Bruno de Almeida, “BOBBY CASSIDY: Counterpuncher”, um documentário sobre um pugilista nova iorquino retirado estreou no Festival DocLisboa em Outubro de 2009 e teve uma carreira de sucesso nas salas em Portugal. O filme está neste momento disponível em DVD. Bruno Almeida nasceu em Paris no dia 11 de Março de 1965 filho de pais portugueses. Desde 1985 vive entre Lisboa e Nova Iorque. A sua produtora trabalha agora fora de Lisboa. Em 1993, o seu primeiro filme, “A DÍVIDA”, ganhou o prémio de melhor curta na Semana da Crítica do Festival Internacional de Cannes e teve uma longa carreira sendo exibido em 85 festivais de cinema onde venceu 8 prémios. Foi emitido em televisões de todo o mundo. A sua primeira longa-metragem “ON THE RUN” com Michael Imperioli e John Ventimiglia (da série Os Sopranos) venceu, em 1999, o prémio para melhor filme no Festival de Cinema Internacional de Ourense, em Espanha. “ON THE RUN” foi nomeado para o prémio da Crítica no Festival de Cinema de Paris e para um Open Palm nos Gotham Awards em Nova Iorque. Foi exibido em sala e emitido em canais de televisão europeus e nos E.U.A. Teve a sua estreia em cabo no The Independent Film Channel em 2001 sendo lançado em DVD em 2002 tornando-se um clássico de culto. Em 2000, a sua segunda longa metragem “THE ART OF AMÁLIA”, um documentário sobre Amália Rodrigues, foi exibido nos E.U.A. ficando longo tempo em cartaz. O filme foi televisionado na Europa e nos E.U.A. e foi lançado em DVD em Julho de 2004 pela EMI. Tornou-se dupla platina sendo o DVD mais vendido em Portugal durante 4 semanas consecutivas. O terceiro filme, “O CANDIDATO VIEIRA”, um documentário sobre a candidatura presidencial do cantor Manuel João Vieira em 2001, foi editado
no Verão de 2005 juntamente com um concerto comemorativo da sua banda, os ENA PÁ 2000. Bruno dirigiu ainda outros projectos que incluem documentários, anúncios publicitários e vídeos musicais. De 1999 a 2004 realizou vários projectos para o Independent Film Channel. Em 2005, criou um filme para LIVE EVIL-EVIL LIVE, uma peça do coreógrafo Francisco Camacho que estreou no Festival de Dança do Algarve e foi exibida na Culturgest em Lisboa. Em 2005 terminou o seu quarto filme, “The Collection”, uma compilação constituída por 24 pequenas histórias criadas com um grupo de actores e escritores de Nova Iorque ao longo de quatro anos. Foi lançado em DVD em Abril de 2006. “THE LOVEBIRDS”, o quinto filme de Bruno de Almeida, de 2007, tem como protagonistas Michael Imperioli, Drena De Niro, John Ventimiglia, Joaquim de Almeida e Ana Padrão. Venceu o prémio especial do Júri no Fantasporto 2008 e os prémios de melhor realizador e melhor argumento no Festival Internacional de Ourense em Espanha. Teve uma carreira de sucesso nos cinemas e lançamento em DVD. O documentário 6 = 0 HOMEOSTÉTICA, sobre o grupo de arte Homeostética, ganhou uma menção honrosa no Festival DocLisboa em 2008, foi exibido comercialmente e na RTP2 e foi lançado em DVD pela Midas Filmes.
Prize at Fantastporto Film Festival director’s week and a the Best director and screenplay awards at the Ourense International Film Festival. It had a successfull theatrical run and DVD release in Portugal and is currently playing in film festivals. The documentary 6=0 HOMEOSTÉTICA, about the art group Homeostética, won a special mention award at the DocLisboa Festival in 2008, had a theatricall run, played on RTP2 and was released DVD by Midas Filmes.
Bruno is currently editing OPERATION AUTUMN, a political thriller about the 1965 tragic killing of General Humberto Delgado by the portuguese fascist police. The film, which stars John Ventimiglia as The General, was produced by Paulo Branco and is expected to be release later in the year. Bruno’s last feature, BOBBY CASSIDY, Counterpuncher, a documentary about a retired boxer from New York, premiered at DocLisboa film festival in October 2009 and had a sucessfull theatrical run in Portugal. The film is currently available on DVD. Bruno de Almeida was born in Paris on March 11th 1965 of Portuguese origins. He lives between New York City and Lisbon since 1985. His production company is now operating out of Lisbon. In 1993 his first film THE DEBT won the award for best short at the Cannes Film Festival Critic’s Week and had a long run playing in 85 film festivals and winning 8 awards. It was broadcast all over the world. His feature debut ON THE RUN starring Michael Imperioli, John Ventimiglia (from the Sopranos) won, in 1999, the award for best film at the Ourense Film Festival, in Spain. On the Run was nominated for a Critic’s award at the Paris Film Festival and for an Open Palm at the Gotham Awards in New York in 2000. It was released theatrically and broadcast in Europe and in the US. It had it’s cable debut at The Independent Film Channel in 2001 and was released on DVD in 2002 becoming a cult classic. His second feature THE ART OF AMÁLIA, a documentary about the legendary singer Amália Rodrigues, was released theatrically and had a long run across the US in 2000. The film was broadcast in the US and Europe and was released on DVD in July 2004 by EMI. It went double platinum as the topselling DVD in Portugal for four consecutive weeks. His third feature O CANDIDATO VIEIRA a documentary about the satirical portuguese rock star Manuel João Vieira, who ran for presidential candidate in 2001, was released in the summer of 2005 on a double DVD along with a concert video of his band ENA PÁ 2000. Bruno has also directed OTHER PROJECTS that include documentaries, commercials and music videos. From 1999 to 2004 he directed several projects for the Independent Film Channel. In 2005, Bruno created a film for LIVE EVIL-EVIL LIVE a dance piece by choreographer Francisco Camacho which premiered at the International Dance Festival in Algarve and was shown at Lisbon’s Culturgest. In 2005, he completed his fourth feature, THE COLLECTION, a compilation of 24 short stories that were developed and created with a group of New York actors and writers over a four year period. It was released on DVD in April 2006. In 2007, Bruno’s fifth feature THE LOVEBIRDS, starring Michael Imperioli, Drena De Niro, John Ventimiglia, Joaquim de Almeida and Ana Padrão, won the Jury
Manuel João Vieira is the founder and leader of Ena Pá 2000 and Irmãos Catita. Composer, singer and musician, he has created and played several characters on stage such as Lello Universal, Catita, among others. Recently a fictional biography of Vieira was made into a six-episode TV series entitled Mundo Catita. He was a member of the Homeostético movement, with Pedro Proença, Pedro Portugal, Ivo Silva, Xana and Fernando Brito.
Manuel João Vieira
Manuel João Vieira é o fundador e líder das bandas Ena Pá 2000 e Irmãos Catita. Compositor, cantor e música criou encarnou diversas personagens em palco, Lello Universal, Catita, entre outros. Recentemente uma sua biografia ficticia foi alvo de uma série de seis episodios intitulada Mundo Catita. Foi membro do movimento Homeostético, em conjunto com Pedro Proença, Pedro Portugal, Ivo Silva, Xana e Fernando Brito.
João Onofre João Onofre nasceu em Lisboa em 1976 onde vive e trabalha. Estudou na Faculdade de Belas Artes de Lisboa e concluiu o Master of Fine Arts no Goldsmiths College no Reino Unido em 1999. Entre as suas exposições individuais destacam-se: João Onofre, I-20, Nova Iorque (2001); João Onofre, P.S.1. / MoMA Contemporary Art Center, Nova Iorque (2002); Nothing Will Go Wrong, MNAC, Lisboa, e CGAC, Santiago de Compostela, Espanha (2003); João Onofre, Kunsthalle Wien. Project Space Karlsplatz. Wien (2003). João Onofre, Magazin 4, Bregenz, Áustria (2004); João Onofre, Toni Tàpies, Barcelona (2005); Cristina Guerra Contemporary Art, Lisboa (2007); João Onofre, Galleria Franco Noero, Torino (2007) e Palais de Tokyo, Paris (2011). João Onofre integrou inúmeras exposições colectivas internacionais entre as quais, se distinguem de forma mais notável:The 49th Venice Biennale, Human Interest at Philadelphia Museum of Art, Philadelphia; Youth of Today, Schirn Kunsthalle, Frankfurt; Video, An Art, A History 1965-2005 New Media collection, Centre Pompidou, Sydney- Contemporary Art Museum, Barcelona- Fundació La Caixa, Taipei Fine Art Museum. O seu trabalho está incluído em diversas colecções públicas e privadas, entre as quais: Museum of Contemporary Art, Chicago; Albright-Knox Museum, Buffalo, E.U.A.; Centre Georges Pompidou – MNAM/ CCI, Paris; The Weltkunst Foundation, Zurich; La Caixa, Barcelona; MACS – Museu de Serralves, Porto; CAM – Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa; MNAC – Museu do Chiado, Lisboa, GAM –Galeria D’Arte moderna e contenporanea, Torino, Centre National des Arts Plastiques-Ministère Culture, Paris. João Onofre was born in Lisbon in 1976 where he lives and works. He studied at Faculdade de Belas Artes de Lisboa and did his Master of Fine Arts at the Goldsmiths College in the UK in 1999. His solo exhibitions include : João Onofre, I-20, New York (2001); João Onofre, P.S.1. / MoMA Contemporary Art Center, New York (2002); Nothing Will Go Wrong, MNAC, Lisbon, and CGAC, Santiago de Compostela, Spain (2003); João Onofre, Kunsthalle Wien. Project
Space Karlsplatz. Vienna (2003). João Onofre, Magazin 4, Bregenz, Austria (2004); João Onofre, Toni Tàpies, Barcelona (2005); Cristina Guerra Contemporary Art, Lisbon (2007); João Onofre, Galleria Franco Noero, Torino (2007) and Palais de Tokyo, Paris (2011). João Onofre’s work has been part of several international collective exhibitions such as: The 49th Venice Biennale, Human Interest at Philadelphia Museum of Art, Philadelphia; Youth of Today, Schirn Kunsthalle, Frankfurt; Video, An Art, A History 1965-2005 New Media collection, Centre Pompidou, Sydney- Contemporary Art Museum, BarcelonaFundació La Caixa, Taipei Fine Art Museum. His work can be found in several public and private art collections: Museum of Contemporary Art, Chicago; Albright-Knox Museum, Buffalo, E.U.A.; Centre Georges Pompidou – MNAM/CCI, Paris; The Weltkunst Foundation, Zurich; La Caixa, Barcelona; MACS – Museu de Serralves, Oporto; CAM – Fundação Calouste Gulbenkian, Lisbon; MNAC – Museu do Chiado, Lisbon, GAM –Galeria D’Arte moderna e contenporanea, Torino, Centre National des Arts Plastiques-Ministère Culture, Paris.
Gulbenkian. No verão de 2011, Salaviza vai realizar a curta “RAFA” que será seguida pela pré-produção da sua primeira longa metragem.
Adolfo Luxúria Canibal
Norberto Lobo
Adolfo Luxúria Canibal é o pseudónimo artístico de Adolfo Morais de Macedo. Licenciado em Direito pela Universidade de Lisboa, exerceu a advocacia nesta cidade e é consultor jurídico no Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade. Foi fundador do grupo rock Mão Morta, de que é vocalista e letrista, criou vários espectáculos de spoken word em nome próprio, e integrou o colectivo francês de música electrónica Mécanosphère. Participou como actor na série para televisão O Dragão de Fumo e em algumas curtas-metragens. Foi também autor e locutor de programas de rádio. É autor de textos dispersos por jornais e revistas e publicou, entre outros, os livros de poesia Rock & Roll e Estilhaços. Adolfo Luxúria Canibal is the artistic pseudonym of Adolfo Morais de Macedo. A law graduate by the University of Lisbon, he practiced law in this town and is legal adviser at Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade. He founded the rock group Mão Morta, where he is singer and lyricist, and created several spoken word performances, as well as being a member of the French electronic music band Mécanosphère. He participated as an actor in the television series O Dragão de Fumo and in a few short films. He has also created and presented a series of radio shows. He writes for newspapers and magazines and published, among others, the poetry books Rock & Roll and Estilhaços.
João Salaviza Nasceu em Lisboa em 1984. Estudou cinema na Escola Superior de Teatro e Cinema em Lisboa e concluiu os seus estudos na Universidad del Cine in Buenos Aires. A sua primeira curta metragem, “DUAS PESSOAS”, 2005, foi seleccionada para diversos festivais e recebeu o prémio Take One em Vila do Conde. Em 2009, com “ARENA”, ganhou a Palma de Ouro para melhor curta metragem no Festival de Cinema de Cannes e o prémio para melhor curta metragem portuguesa no IndieLisboa. Participou desde então em diversos festivais internacionais, tais como Tribeca, Roterdão, Londres e Pusan (PIFF). Em 2010 terminou “HOTEL MüLLER” (baseado na obra de Pina Bausch) e “CASA NA COMPORTA” para a participação portuguesa na 12ª Exposição internacional de Arquitectura – Bienal de Veneza. Está actualmente a realizar a curta “CERRO NEGRO” para o Programa Próximo Futuro da Fundação Calouste
Born in Lisbon in 1984. He studied cinema at Escola Superior de Teatro e Cinema in Lisbon and completed his studies at the Universidad del Cine in Buenos Aires. His first short film, “TWO PEOPLE”, 2005, was selected for several festivals and won the Take One Award in Vila do Conde. In 2009, with “ARENA”, he won the Palme d’Or for best short film at the Cannes Film Festival and the award for best Portuguese short film at IndieLisboa. He then participated in several renowned international festivals such as Tribeca, Rotterdam, London and Pusan (PIFF). In 2010, he finished “HOTEL MüLLER” (based on the work of Pina Bausch) and “CASA NA COMPORTA” for the Portuguese entry in the 12th International exhibition of Architecture – Venice Biennale. He is currently working in the short “CERRO NEGRO” for the programme Próximo Futuro from Fundação Calouste Gulbenkian. In the summer of 2011, Salaviza will shoot the short “RAFA” to be followed by the pre production of his first feature film.
Um dos guitarristas nacionais mais importantes desde Paredes, Norberto Lobo é um caso de tremendo talento, maturidade criativa precoce e um coração aparentemente infinito transposto para som. Parece abraçar toda a música que é pura, pegando na sua guitarra com o maior carinho e naturalidade, na gestação do seu riquíssimo – e virtuoso – discurso de guitarra. Liga a abertura harmónica do samba e da bossa, o liricismo de Paredes as técnicas de “fingerpicking” de John Pfahey e milhares de outros pontos na sua cartografia das cantigas e da expressão artística, num universo pessoal do tamanho do mundo. Depois de ‘Mudar de Bina’, um dos discos mais marcantes da produção discográfica nacional de 2007, apresentou em 2009 ‘Pata Lenta’ e em 2011 ‘Fala Mansa’, o seu mais recente disco. Norberto Lobo is one of the most important Portuguese guitar players since Carlos Paredes, a cse of tremendous talent, precocious creative maturity and an apparently infinite heart transposed into sound. He seems to embrace all music that is pure, holding his guitar with the greatest affection and ease, in the generation of his rich – and virtuoso – guitar discourse. He connects the harmonic scope of Samba and Bossa Nova, the lyricism of Paredes, the fingerpicking technique of John Fahey and a thousand other points in his cartography of songs and artistic expression, in a personal universe that is a big as the world. Following ‘Mudar de Bina’, one of the most remarkable Portuguese records of 2007, he released in 2009 ‘Pata Lenta’ and in 2011 ‘Fala Mansa’, his new album.
Sandro Aguilar
Nasceu em 1974. Em 1997 conclui o curso de Cinema na área de Montagem da Escola Superior de Teatro e Cinema. Em 1998 fundou a produtora O Som e a Fúria. As suas curtas-metragens foram galardoadas em vários festivais como Locarno, Festival de Cinema de Veneza, Vila do Conde e exibidas nos festivais de Roterdão, Montreal, Clermont-Ferrand entre outros. A ZONA, assinalou a sua estreia na longa-metragem. Filmografia: Mercúrio (2010), Voodoo (2010), A Zona (2008), Arquivo (2007), A Serpente (2005), Remains (2002), Corpo e Meio (2001), Sem Movimento (2000), Estou Perto (1998). Born in 1974 in Portugal, Sandro Aguilar studied film at the Escola Superior de Teatro e Cinema. In 1998 he
founded the production company O Som e a Fúria. His short films have won awards at festivals, such as La Biennale di Venezia, Locarno, Vila do Conde, and have been shown in Rotterdam, Belfort, Montreal, Clermont-Ferrand among others. A ZONA is Sandro Aguilar’s first fiction feature film. Filmography: Mercury (2010), Voodoo (2010), Uprise (2008), Archive (2007), The Serpent (2005), Remains (2002), In Between (2001), Motionless (2000), Close (1998).
Black Bombaim “Pode um power trio em 2010 mudar uma cidade? Pode uma banda nestes tempos de incerteza e dúvida arrastar outras do conforto do sofá (e das TV Partys desde mundo) para o caos dos palcos movidos a riffs infernais? A resposta é, provavelmente sim. Os Black Bombaim fizeram mais por Barcelos nos últimos anos do que o Galo local em décadas de história e agora com Saturdays and Space Travels inscrevem o seu nome em letras douradas numa parede imaginária onde constam todos aqueles que fazem do rock um universo menos previsível e mais excitante onde viver. Que ao vivo os Black Bombaim eram um explosivo cocktail de riffs demoníacos e ganchos poderosos já todos sabiam; o que não sabíamos ainda, apesar do prometedor EP de estreia, é que estes de Barcelos seriam capazes de encapsular numa rodela de vinil tamanha descarga stoner e psicadélica. Do lado A ao lado B não há tempo para respirar. Há apenas tempo de apanhar os cacos de explosões inevitáveis; num mundo onde os Comets on Fire se aventuram em explorações intermináveis, em que Ron Asheton e os Stooges prolongam o caos para além da desordem final de “T.V. Eye”, em que o rock se liberta de décadas e décadas de espartilhos e convenções. Pode então um power trio em 2010 mudar uma cidade e tudo aquilo que a rodeia? Não sabemos, mas estamos todos ansiosos por lá chegar, ao som de riffs proibidos e feedback eterno.” André Gomes “Can a power trio in 2010 change a town? Can a band, in these times of uncertainty and doubt, drag others from the comfort of the couch (and from the TV Partys of this world) into the chaos of stages moved by hell raising riffs? The answer is probably yes. Black Bombaim did more for Barcelos in recent years than the famous local Cock did in decades of history and now with the Saturdays and the Space Travels they are writing their names in golden letters in an imaginary wall alongside all those that make rock a less predictable and more exciting universe where to live. That Black Bombaim live were an explosive cocktail of devilish riffs and powerful hooks, we already knew; What we didn’t know yet, despite the promising debut EP, is that these boys from Barcelos would be able to condense in a vinyl record such stoner and psychedelic energy. From side A to side B there is no time to breathe. There is only time to catch the shards from the inevitable explosions; in a world where the Comets on Fire ventured into endless explosions, where Ron Asheton and the Stooges prolong the chaos beyond the final anarchy of “T.V. Eye”, where rock breaks away from decades and decades of constraints and conventions. Can then a power trio in 2010 change a town and everything that surrounds it? We don’t know, but we are all thrilled to get there, to the sound of forbidden riffs and neverending feedback. “ André Gomes
CRÉDITOS FOTOGRÁFICOS: PEDRO GOMES POR VERA MARMELO; THE LEGENDARY TIGERMAN POR PEDRO MEDEIROS; ADOLFO LUXÚRIA CANÍBAL POR HUGO DELGADO
Exposição Exhibition Vila do Conde, 17/06 — 18/09 · 2011 Solar — G aleria de Arte Cinemática Noberto Lobo+João Salaviza Black Bombaim+Sandro Aguilar Centro de Memória Pedro Gomes+Gabriel Abrantes The Legendary Tigerman+Rodrigo Areias João Manuel Vieira+Bruno de Almeida Adolfo Luxúria Canibal+João Onofre
Solar de S. Roque Rua do Lidador 4480-715 Vila do Conde Metro Linha B, Santa Clara/ Vila do Conde Terça a Sexta Tuesday to Friday 14:30-18:00 Sábado e Domingo Saturday and Sunday 10:00-12:30 / 14:30-18:00 Entrada livre Free Entrance t 252 646516 solar@curtas.pt www.curtas.pt/solar Direcção Artística Artistic Direction Nuno Rodrigues, Mário Micaelo, Miguel Dias, Dario Oliveira Produção Production Curtas Metragens CRL
O RGA N I ZAÇÃO
A LTO PAT RO C Í N I O
Montagem Exposição Exhibition assembly Davide Freitas, Ivo Teixeira, Cátia Cardoso, Janai Monteiro Produção, Apoios Institucionais Production, Institutional Sponsoring Raquel Moreira, Sofia Reis Apoios Sponsoring Jussara Oliveira Comunicação Communication Daniel Ribas Imprensa Press André Vieira Spot vídeo Vídeo Spot Pedro Maia Design gráfico Graphic Design Drop.pt Fotografia Photography Rui Pinheiro
A P O I OS
SO L A R
A P O I O À D I V U LGAÇÃO