Francisco rio miceli fundador 1937
75 a nos
www.ovilamariana.com.br
São Paulo, Fevereiro de 2013
edição n0 10
ano 2
Ginásio do ibirapuera de 9 a 17 de fevereiro, o ginásio do ibirapuera vai receber o Brasil Open 2013.
casa das rosas: Inscrições abertas para cursos de formação. pág. 04
PEDAGOGIA: Brincar pra quê? pág. 11
teatro: Veja a programação do mês de fevereiro. pág. 10
letras e idéias: Considerações sobre a arte de escrever, de ler e de publicar. pág. 08
CINEMATECA: Retrospectiva Carlos Reichenbach. Até 17 fevereiro. pág. 06
sociologia A Arte de Visualizar o que você Deseja. pág. 16
MOTOR: A moda e a Mercedes-Benz TOP NIGHT 2013, a marca alemã reafirma a sua ligação com os universos da moda e do design, oferecendo sempre novidades que aliam o bom gosto e o senso estético da vanguarda a tendências inspiradoras, inovadoras e tecnológicas. pág. 09
TERAPIA: Frasco do Mês - B8 pág. 12 ARTES Plásticas: A Ciência pelo bem da ARTE pág. 17 música: Na trilha do Itamar pág. 14 COMPORTAMENTO: Brasileiro: um povo que pensa diferente pág 18
editorial
O Vila Mariana - Fevereiro de 2013 Caros leitores, Chegamos ao mês onde a maior festa popular brasileira acontece. O Carnaval. Em algumas regiões de nosso País a folia dura semanas e nem a crise financeira é capaz de diminuir a intensidade das festas que se multiplicam pelas cidades. Desejamos que todos se divirtam bastante nesses dias de
“São Paulo: Uma visão impressionista”
muita cor e música. Nós, do jornal O VILA MARIANA continuamos agra-
Com obras de Miguel Angelo na segunda-feira, dia 4 de fevereiro de 2013, a partir das 11 horas, no Espaço Cultural Candido Portinari (Mezanino Hall Monumental). A mostra permanecerá aberta à visitação até o fim do mês de fevereiro, das 9 às 19 horas, exceto sábado e domingo.
decendo os anunciantes e colaboradores que fazem deste sonho se tornar realidade. Muita paz, amor e saúde. Deus abençoe a todos.
Palácio 9 de Julho – Av. Pedro Álvares Cabral, 201 Ibirapuera – São Paulo – SP – www.al.sp.gov.br Fone: 3886-6432 – Fone/Fax: 3887-0541
Heber Micelli Jr.
MyFrenchFilmFestival.com é um conceito inédito que tem o objetivo de apresentar a criação cinematográfica francesa e de disponibilizar aos internautas do mundo inteiro o amor pelo cinema francês. Para sua terceira edição, o festival retorna com novas linguagens estrangeiras, novas plataformas parceiras e uma pré-estreia de lançamento em Londres
Editor
Heber Micelli Jr. Departamento comercial
Heber Micelli Jr.
Editor caderno motor
Rubens Heredia
Representante Comercial USA-Miami Daniel Sossa Direção de arte
cya! studio
Colaboradores Antonio Santos, Angela Jannini, Angela Mattos, Aristides Campos Jannini, Cristiane Craveiro, Isis Utsch, João Soares, Luciana Martins, Luis Carlos Facuri, Maria Fernanda de Biaggi, Maria da Paz Soares, Marília Martins, Monica Paoletti, Nadia Saad, Nancy Alves, Nelson Coletti, Nilza Amaral, Rubens Heredia Ulisses Tavares,
Quando?
Impressão OESP Gráfica Tiragem: 8.000 exemplares Telefone
(11) 99829-7229 4999-5543 e-mail
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www.ovilamariana.com.br Publicação mensal As opiniões e os conteúdos emitidos nas matérias assinadas são de responsabilidade do autor, assim como o conteúdo dos anúncios é de responsabilidade dos anunciantes.
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Telefones úteis Sub-Prefeitura de Vila Mariana Delegacia 160 D.P. Polícia Militar 3a Cia - 12 0 BPM-M Disque Denuncia (sigilo Absoluto) Corpo de Bombeiros Defesa Civil Polícia Civil Polícia Militar Pronto - Socorro Inspetoria regional de Vila Mariana
5577-3949 5571-0133 5573-7786 181 193 199 147 190 192 5539-0897 ou 5086-0711
Central de telecomunicções da GCM 3266-5104 ou 3262-2237
de 17 de janeiro a 17 de fevereiro de 2013 os cinéfilos do mundo inteiro terão acesso a todos os filmes que a terceira edição do festival de cinema francês conectado apresenta. Em pré-estreia este ano, você poderá assistir gratuitamente aos curtas-metragens em 21 de dezembro no painel do Dia mais Curto, festival de curtas organizado pela CNC em parceria com o Ministério da Cultura (projeto incluído no quadro de petição de projetos culturais digitais inovadores 2012). O princípio Dez longas-metragens e dez curtas-metragens concorrem. Os internautas são convidados a votar em seus filmes preferidos e a deixar seus comentários no site. Os filmes que obtiverem a melhor pontuação serão premiados e divulgados em todos os aviões da Air France. Não hesite em dar sua opinião!
HISTÓRIA
O Vila Mariana - Fevereiro de 2013
Carnaval Embarque neste Navio e Curta com Moderação Eram consideradas de Carnaval as festas DIONISIAS da Grécia antiga. Em Roma , para homenagear o Deus Saturno , comemorava-se as SATURNAIS. As escolas e o comercio fechavam as portas , os escravos eram alforriados e a população saia às ruas para dançar.Os carros, chamados de CARRUM NAVALIS eram parecidos com navios , levavam homens e mulheres nus no desfile. Muitos admitem que daí se originou a expressão CARNAVALE. Outra versão , mais cristã , diz que etimologicamente o nome se explica como ADEUS À CARNE no dialeto milanês. Todas elas tinham um caráter orgástico(de orgia). Nota do autor: Hoje é quase igual. Antigamente as mulheres eram branquelas e desfilavam nuas , hoje , as principais componentes das escolas desfilam quase nuas , porem , são esculturais mulatas. São registradas também as festas dos doidos e as danças macabras medievais que , mais tarde , no advento do Renascimento se transformaram em bailes de mascaras. O Carnaval brasileiro é descendente do ENTRUDO português. Os foliões portavam baldes e latas cheias de água. Até Dom Pedro e membros da corte participavam da folia. Com o tempo a festa se tornou mais agressiva : água suja , farinha , tal-
Avenida Paulista, 1919 - Carro Vencedor co , ovos e laranjas eram vida pelo médico sanitaatirados naqueles que esti- rista paulista Dr.Oswaldo Cruz. vessem na rua. O Sr.Jose Nogueira de Mais tarde esta farra Azevedo Paredes era um foi extinta e o divertimensapateiro português , de to passou a ser “seco”. origem açoriana , mais ENTRUDAR significa conhecido por Zé Pereira. molhar com água/empoar Ele teve uma idéia interesde farinha. Quando uma pessoa sante : esticou um pedaço era considerada grosseira de couro entre dois aros e produziu um bumbo e falava-se apenas: “PARECE QUE VOCÊ saiu dançando pelas ruas do Rio. Ao É DA ÉPOCA DO ENsom de seu instrumento é TRUDO” que surgiu o BLOCO DO A elite se divertia nos ZÉ PEREIRA. .A pergunsalões ao som das Habata que se faz , porque Zé neras , Valsas e QuadriPereira ? Os cariocas enlhas. Surgiu na ocasião o tenderam mal o seu nome confete , a serpentina e os ,trocaram o Nogueira por Pereira.”. O cidadão porlança perfumes. As fantasias eram ins- tuguês que não era Manopiradas nos modelos do el era Joaquim , se não era carnaval veneziano : Do- Nogueira tinha que ser minó , Morte (caveira), Pereira” A primeira escola de Piratas , Marinheiro , samba do Rio foi a “DEIOdaliscas , Ciganas , HaXA FALAR” concentrada vaianas. no bairro do Estácio e foi a Antes do samba se estruturar a polca RATO partir do “ABRE ALAS” , RATO , RATO come- de autoria de Chiquinha morava , a seu modo , a Gonzaga que os enredos campanha de saneamento começaram a ser composcontra a Febre Amarela e a tos com temas brasileiros. PELO TELEPHONE peste Bubônica desenvol-
foi o primeiro disco carnavalesco prensado pela ODEON “O CHEFE DA FOLIA , PELO TELEFONE , MANDOU ME AVISAR QUE , COM ALEGRIA, NÃO SE QUESTIONA PARA SE BRINCAR ’’. Kananga do Japão era uma gafieira localizada na Praça Onze em 1911 onde se reuniam os boêmios , compositores e seresteiros da época . Foi tema de uma novela exibida pela Rede Manchete em 1989 e que teve a participação de Raul Gazola ,Tonia Carrero e Christiane Torloni. Nos primeiros desfiles , antes dos SAMBODROMOS , o público alugava caixotes de madeira e ficava nas calçadas assistindo aos desfiles. AS PASTORINHAS , ME DÁ UM DINHEIRO AÍ , TOURADAS EM MADRI , PIRATA DA PERNA DE PAU , NÊGA MALUCA,SAUDADES DA AMELIA são músicas que ainda não saíram da nossa mente ,princi-
palmente dos mais “VELHOS ” são ainda cantadas nos poucos bailes de clubes nos dias de hoje . .Estas músicas eram executadas nas rádios e auditórios logo no começo do ano , depois das Natal e Ano Novo , muito dias antes do Carnaval. No Brasil é também muito diversificado.No Rio as escolas de samba, em Salvador o carnaval de rua acompanhados pelo sons dos trios elétricos e dos blocos afro-brasileiros.Os AFOXÉS tem origem religiosa ,ligadas ao CANDOMBLÉ. Que , na língua iorubá , da Nigéria , significa encenação ritual. O bloco FILHOS DE GANDHI ,o mais famoso , foi formado por estivadores impressionados com o assassinato do líder indiano Mahatma Gandhi ocorrido uma ano antes.No largo do Pelourinho eles fizeram uma oferenda a OXALÁ(orixá masculino do céu e da criação do mundo) para pedir a paz , enrolados em lençóis e toalhas brancas emprestados das prostitutas da região. .Em Pernambuco , são os blocos de frevo (de frêver/ferver)e dos maracatús que , com suas coreografias , se destacam.O frevo derivou-se das marchas , maxixes e dobrados executados por bandas militares. São destaques os blocos GALO DA MADRUGADA na cidade do Recife , do BACALHAU DO BATATA
e os BONECOS GIGANTES na cidade de Olinda. Em Brasília os enredos tem quase sempre conotação política. Neste ano este tema deve ser bem explorado. Se Lamartine Babo ainda estivesse vivo o samba seria assim “DEIXA AS AGUAS ROLAREM DA CACHOEIRA PARA TURMA DO MENSALÃO DANÇAR SOB A BATUTA DO MAESTRO QUIM-QUIM” Em São Paulo, na época dos Barões do Café o carnaval de rua era muito animado a elite organizava os corsos que era um desfile de carros com capotas arriadas e os foliões sentados nos capôs arremessavam confetes e serpentinas uns aos outros. Os corsos eram realizados na Avenida Paulista iniciando-se na Rua da Consolação seguindo pela pista da esquerda até a Praça Oswaldo Cruz onde contornavam e retornavam pela pista da direita. Atualmente as escolas tem características diferentes na sua composição: as mais tradicionais VAI VAI , MOCIDADE ALEGRE, CAMISA VERDE E BRANCO e outras compostas por elementos de torcidas organizadas dos clubes de futebol. BOM CARNAVAL
Antonio Santos
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O Vila Mariana - Fevereiro de 2013
poesia & literatura
Inscrições abertas para cursos de formação na
Casa das Rosas A partir de março, Casa das Rosas aposta no canto e na preparação de escritores para difundir ainda mais a poesia Duas novas atividades estão com inscrições abertas na Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura até meados de fevereiro: o coral Cantando a Poesia e o Curso Livre de Preparação do Escritor, este último ligado ao Centro de Apoio ao Escritor. Coral Casa das Rosas: Cantando a Poesia Ao todo, serão oferecidas 20 vagas para os encontros programados para acontecer às quartas-feiras, a partir de 6
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de março, das 19h30 às 20h30, com Adilson Rodrigues, maestro, compositor e diretor musical de corais e grupos de teatro desde 1986. Para participar do coral, que tem como foco a musicalização e interpretação de poemas de autores brasileiros clássicos e também desconhecidos do grande público, os interessados devem se inscrever na recepção da Casa das Rosas até sexta-feira, 15 de fevereiro, sendo necessário o preenchimento de uma carta de interesse. De 20 a 27 de fevereiro, os aprovados participam de testes de qualificação vocal. Os selecionados terão a oportunidade de ampliar a percepção e o
gosto pela música e pela poesia na medida em que técnicas de respiração e posturais corporais, capacitação musical mediante ensaios e contato com repertório pesquisado especialmente para o coral, com arranjos e composições concebidos por Rodrigues, forem apresentados. Centro de Apoio ao Escritor: Curso Livre de Preparação do Escritor Anual, o Curso Livre de Preparação do Escritor é o primeiro curso oferecido pelo Centro de Apoio ao Escritor (CAE), que inicia suas atividades em 2013. Dividido em oito módulos mensais, com
duas aulas semanais totalizando oito aulas por módulo, o CLIPE aborda os principais gêneros literários e seus aspectos formais e históricos dando ênfase à abordagem criativa da linguagem. Cada módulo será ministrado por um professor convidado e dono de experiência acadêmica, literária ou profissional reconhecida e relacionada à literatura e ao mercado de literário. No sábado, 2 de março, às 10h, o escritor Ricardo Lísias dá início às aulas do CLIPE. No decorrer do curso, serão apresentados conteúdos teóricos e exercícios práticos, além de orientação bibliográfica e acompanhamento individual, para que os participantes tenham, no fim do ano, um trabalho de criação avaliado por uma comissão do CAE. Não é preciso que os interessados apresentem formação específica para participar do curso,que oferece 25 vagas. Mas é importante que tenham vontade de produzir obras literárias, em poesia ou prosa, ou possuam algum projeto literário em andamento, livro publicado ou estejam planejando escrever um livro. As inscrições, presenciais, vão até 19 de fevereiro e requerem preenchimento de carta de interesse. A avaliação dos candidatos será
feita nos dias 20 e 21 de fevereiro e a aprovação será dada por e-mail. Caso aprovado, o candidato deve comparecer a pelo menos seis das oito aulas previstas em cada módulo para que possa garantir vaga nos módulos remanescentes. Caso o aluno se desligue, ou seja desligado, do curso, serão convocados os candidatos suplementes, que farão parte da lista de espera. SERVIÇO Coral Casa das Rosas: Cantando a Poesia Inscrições até 15 de fevereiro de 2013. Quartas-feiras, das 19h30 às 20h30. Início em 6 de março. Centro de Apoio ao Escritor – Curso Livre de Preparação do Escritor Inscrições até 19 de fevereiro de 2013. Início das aulas em 2 de março de 2013, às 10h. Ciclo de saraus na Casa das Rosas Quase todos os dias tem sarau na Casa das Rosas. Participe dos encontros gratuitos dedicados à declamação da poesia. A PLENOS PULMÕES Apresentação: Marco Pezão. Sábado, 2 de fevereiro, 19h.
CHAMA POÉTICA
Direção: Fernanda de Almeida Prado.
A poesia de Manoel de Barros
Músicos: Daniel Pessoa e Gabriel de Almeida Prado Declamadores: Raiça Bomfim, Daniel Faria e Fernanda de Almeida Prado Sábado, 16 de fevereiro, 19h30.
O MENOR SLAM DO MUNDO
Curadoria: Daniel Minchoni. Sábado, 23 de fevereiro, 19h30.
SERVIÇO Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura Avenida Paulista, 37 – próximo à Estação Brigadeiro do Metrô. Horário de funcionamento: de terça-feira a sábado, das 10h às 22h; domingos e feriados, das 10h às 18h. Convênio com o estacionamento Patropi: Alameda Santos, 74. Tel.: (11) 3285-6986 / (11) 3288-9447. Blog: www.casadasrosas-sp.blogspot.com Twitter: www.twitter. com/casadasrosas Facebook: http:// www.facebook.com/casadasrosas
cinema
O Vila Mariana - Fevereiro de 2013
O Cinema de Invenção de Jairo Ferreira Em 1986, Jairo Ferreira publica o livro “Cinema de Invenção”, onde escreve sobre cineastas brasileiros que considera experimentais (Mário Peixoto, Glauber, Mojica, Candeias, Sganzerla e Bressane). Após o lançamento do livro, acontece a primeira mostra de Cinema de Invenção (86/87), produzida por Júlio Calasso Jr. No início de 2000, ele começa a escrever um romance autobiográfico, chamado “Só por Hoje”, mas o livro não chega a ser concluído. Fomos todos surpreendidos por sua morte inexplicável em 23 de agosto de 2003, horas antes de completar 58 anos. Sobre a fase do cinema nais, que na sua produção gastavam praticamente só o dinheiro do material (negativo, revelação e câmera). “Chupo filmes para renovar meu sangue”, decreta Jairo Ferreira, como autor-personagem em seu filme mais importante “O Vampiro da Cinemateca”, de 1977. Filmar filmes que filmam filmes era a melhor expressão para definir as obras cinematográficas deste invencionista, que fazia de suas criações uma ampliação do seu amor e da sua reflexão sobre o cinema. Jairo tinha uma admiração crônica pelo cinema e foi um grande autodidata, aprendendo tudo em sua vivência com os colegas da Boca do Lixo, além das lições antropofágicas de Oswald de Andrade, que foi uma inesgotável
fonte de inspiração. As criações de Jairo tinham a inconfundível característica de fusão de gêneros (experimental, documentário e ficção). Ele se apropriava de signos e criava novos sentidos e significados. Sua alma transgressora tinha especial gosto pelo choque e pelas temáticas fortes. “Nem Verdade Nem Mentira”, de 1979, é visto como um filme que resolve duas obsessões de Jairo: Rogerio Sganzerla e Orson Welles. O curta-metragem conta os conflitos de uma jornalista após cada texto que escreve. Filmado em 35 mm, essa obra mostra uma troca muito intensa, desenhando despretensiosamente o universo caótico de Jairo, que também foi colunista de alguns jornais.
nacional, que considerava medíocre na época, Jairo Ferreira disparou: “Somos hoje uma indústria
sem chaminés, embora se fume muitos charutos”. Isis Utsch e Maria Fernanda De Biaggi nucleopontoq@gmail . com
Foto: Divulgação
Quando um autor de cinema busca sua criação ele corre muitas vezes aflito numa solidão cósmica. Ele vasculha os mais inóspitos espaços de uma mente universal e faz conexões galácticas, encontrando estrelas de toda parte. Assim chegamos a Jairo Ferreira, o cineasta-vampiro-cinéfilo-crítico, um dos maiores entusiastas do Cinema Marginal, que ele mesmo batizou de Cinema De Invenção. Jairo nasceu em São Paulo, em agosto de 1945. Sua primeira paixão foi a música, mas em 1963 começou a frequentar o G.E.F. (Grupo de Estudos Fílmicos), onde conheceu o poeta Orlando Parolini, que foi seu guru. Era o começo de uma nova era, que contestaria o Cinema Novo de Glauber Rocha. O Cinema de Invenção ou Marginal começou em 1967, em São Paulo, mais precisamente na Rua do Triunfo, no bairro da Luz, também conhecida como Boca do Lixo. Era ali que se encontravam cineastas, produtores, diretores e realizadores, figuras como: José Mojica Marins (Zé do Caixão), Rogério Sganzerla, Ozualdo Candeias, Carlos Reichenbach e, é claro, Jairo Ferreira. O movimento que não era movimento foi rotulado também como Udigrudi (variação carinhosa para Underground), mas era na verdade um cinema independente, alternativo e experimental. Criado a partir da sintonia poética e do desejo revolucionário da contracultura. A linguagem da invenção era feita de filmes artesa-
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CINEMATeCA
O Vila Mariana - Fevereiro de 2013
22 de janeiro a 17 de fevereiro de 2013
Retrospectiva Carlos Reichenbach Homem de cinema, Carlos Reichenbach (1945-2012) é sempre lembrado por amigos, colegas de profissão e fãs por sua generosidade. Mais do que um dado de personalidade, a palavra traduz uma postura intelectual concreta que, no caso de Carlão, como era carinhosamente chamado, passava pelo incentivo a novos realizadores e pela transmissão da experiência que adquiriu em décadas de produção cinematográfica e cinefilia. Por meio das tradicionais sessões do cineclube Comodoro, que cultivou durante anos, Carlão expôs pérolas de seu acervo particular, revirando cinematografias desconhecidas, ao mesmo tempo em que mostrava ao público autores e filmes de sua predileção, e dava pistas para a compreensão de sua obra. A amizade entre a Cinemateca e o diretor data dos anos 1960, quando Carlão frequentava a sala de projeção da Sociedade Amigos da Cinemateca. Por ali, nos bares e galerias do centro de São Paulo, transitavam estudantes, cinéfilos e artistas – toda uma geração que logo ingressaria no cinema, trabalhando na Boca do Lixo e formando o chamado “cinema marginal”. Ao longo de sua vida institucional, a Cinemateca contou com a parceria de Rei-
chenbach em inúmeras iniciativas em favor da difusão de seus próprios filmes, do cinema brasileiro e, em especial, do cinema japonês, uma de suas declaradas paixões. A retrospectiva conta com apoio da família do diretor, de Sara Silveira, de Maria Ionescu, e da produtora Dezenove Som e Imagens. A retrospectiva exibe um amplo panorama da carreira do diretor, reunindo desde curtas dos anos 1960, como Esta rua tão augusta (1966), exercício que dirigiu quando ainda era estudante da Escola de Cinema São Luiz, à sua última produção, Falsa loura (2007), segunda parte da série dedicada ao universo da mulher proletária, inaugurada em 2004 com Garotas do ABC. Da década de 1960, a mostra apresenta Alice, episódio do longa As libertinas (1968), e A badaladíssima dos trópicos x Os picaretas do sexo, episódio de Audácia! (1969). Dentro do
espírito de ruptura que movimentou as vanguardas dos anos 1960, deboche, experimentalismo, improviso e desbunde marcam as duas produções. As libertinas e Audácia! serão projetados em versão integral. Dos anos 1970, o destaque fica por conta de Corrida em busca do amor (1971), primeiro longa de Reichenbach, filme raro no qual o diretor presta homenagem a um dos mestres do cinema classe B americano, Roger Corman. Com espírito de chanchada, a produção retrabalha os clichês dos chamados “filmes de juventude” e será projetada em nova cópia 35mm. Clássicos da filmografia do realizador, como Lilian M: relatório confidencial (1975), Império do desejo (1980), Amor, palavra prostituta (1982), Filme demência (1985), e Anjos do arrabalde (1987) também integram a programação, ao lado de obras das décadas de 1990 e dos anos 2000 como Alma corsária (1993), Dois córregos
(1999), Bens confiscados (2004) e Garotas do ABC (2004). Títulos menos exibidos da obra de Reichenbach, como Sede de amar (Capuzes negros) (1978), sucesso de bilheteria com o qual iniciou sua parceria com o ator Roberto Miranda, O paraíso proibido (1981), melodrama erótico pouco visto, mas no qual reverberam temas caros ao universo do cineasta, e Extremos do prazer (1983), drama psicológico que mistura com maestria sexo e política – ainda poderão ser vistos em novas cópias 35mm. Por fim, a homenagem ainda inclui uma sessão especial de Augustas (2012), longa de estreia de Francisco César Filho, inédito no circuito comercial. Baseado no livro A estratégia de Lilith, de Alex Antunes, o filme narra a história de um jornalista, interpretado por Mário Bortolotto, que viaja pelos subterrâneos da metrópole, numa jornada que se assemelha à trajetória de Fausto, personagem de Filme demência. Os créditos iniciais de Augustas foram feitos a partir de imagens do curta Esta rua tão Augusta, de Reichenbach. fragmentos inéditos dos dois primeiros curtas de Reichenbach, a ficção científica Duas cigarras (1965), e a homenagem deboche a Jean-Luc Godard, Pier-
rot si fou (1966), nunca finalizados. Os dois filmes foram encontrados pela família do cineasta, em seus arquivos pessoais, num rolo 16mm, que também contém registros domésticos e materiais não identificados até o momento. Os fragmentos serão projetados na íntegra, seguidos de Carlos Reichenbach: relatório confidencial, de Eugênio Puppo, entrevista feita com o diretor em agosto de 2009. VERÃO DE CLÁSSICOS
16 de janeiro a 03 de março
A Cinemateca inicia sua programação de 2013 com mais uma edição da mostra VERÃO DE CLÁSSICOS, oportunidade única para o público conferir uma variada seleção de filmes clássicos e raridades, das mais diversas épocas, países, gêneros e vertentes, sempre em exibições em película. Entre os destaques de janeiro estão a exibição de um raro filme de Alberto Cavalcanti, adaptado de uma peça homônima de Bertolt Brecht, O sr. Puntilla e seu criado Matti. Uma das obras-primas de Godard, Uma mulher é uma mulher é um atípico musical com trilha de Michel Legrand estrelado por Anna Karina, Jean-Claude Brialy e Jean-Paul Belmondo. Último longa para ci-
Exposição de automóveis antigos na Cinemateca O Veteran Car Club convida o bairro de Vila Mariana para a exposição de carros antigos (abaixo de 1940) que se realiza todo 20 domingo de cada mês nas dependências da Cinemateca, além da exposição o público poderá ter mais conhecimento da história destas maravilhosas maquinas e desfrutar de um espaço cultural e agradável.
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nema do grande diretor americano Robert Wise, Nos telhados de Nova York é uma curiosidade a ser descoberta. Os primeiros filmes de cultuados cineastas contemporâneos voltam às telas – Cães de aluguel, de Quentin Tarantino, sexo, mentiras e videotape, de Steven Soderbergh, e Pepi, Luci e Bom, de Pedro Almodóvar. O cinema italiano é outra atração, com filmes de Mauro Bolognini (O belo Antônio, com Marcello Mastroianni, Claudia Cardinale e roteiro de Pier Paolo Pasolini), Elio Petri (A classe operária vai ao paraíso), os irmãos Taviani (Um grito de revolta) e Federico Fellini (Entrevista, seu penúltimo filme). A mostra segue em fevereiro, com mais novidades. CINEMATECA BRASILEIRA Largo Senador Raul Cardoso, 207 próxima ao Metrô Vila Mariana Outras informações: (11) 3512-6111 (ramal 215) www.cinemateca.gov.br Ingressos: R$ 8,00 (inteira) / R$ 4,00 (meia-entrada) Atenção: estudantes do Ensino Fundamental e Médio de escolas públicas têm direito à entrada gratuita mediante a apresentação da carteirinha.
Reflexão / POEMA
O Vila Mariana - Fevereiro de 2013
Reflexão O Direito de Vencer É acreditar que tudo podemos, basta querermos. È pedirmos a Deus a fé com sabedoria. Devemos sempre ter a consciência do que queremos para podermos buscar mais e mais o que desejamos. É acreditar e vencer todas as barreiras. É buscar com a fé, a coragem e a determinação. É colocar em nossas mentes que venceremos. É termos fé e confiança, pois assim quebraremos as barreiras do silêncio e entenderemos que no dia a dia devemos fazer sempre o melhor com sabedoria e amor. Devemos plantar o hoje, regar o agora e colher no amanhã. Não desista de nada, pois nós temos o grande Deus dentro de cada um de nós. Ele nos deu o direito das Grandes buscas. Ele nos deu a força para suportarmos as lições de vida. Ele nos deu a coragem para podermos buscar todos os ideais das nossas vidas. É Ele que nos dá a vitória. O nosso querer é o nosso poder. Somente você poderá ir e decidir todos os momentos de sua vida. Se as lágrimas caírem sobre o seu rosto, levante a tua cabeça e veja quanto é maravilhosa a nossa vida. Olhe para o seu Deus interior e busque a força da sua alma e pense uma só coisa: “EU QUERO... EU POSSO... EU MEREÇO com a sabedoria de Deus, esta graça que eu quero. Deus sempre planeja o melhor para nós.
A fé
A fé é a esperança da alma. A fé é o caminho com Deus. A fé é ter a sensibilidade de sentir. A fé é a força que existe dentro de nós e que muitas vezes não usamos. A fé é sentir a presença de Deus dentro de nós, é poder andar sobre as estrelas, é poder andar sobre o Universo e sentir a mais forte emoção da presença de Deus entre nós. A fé é superar todos os obstáculos da vida. A fé é enxugar as lágrimas do seu irmão quando o seu coração estiver ferido, é implantar no coração e na alma a esperança de dias melhores. A fé e a esperança são o grande amor da humanidade, pois quando temos fé, temos esperança e quando temos esperança temos coragem, e quando temos coragem temos direção e quando temos direção chegamos aonde queremos chegar com fé, esperança e amor. Nunca devemos desistir de nada. Acreditar... ter fé... amar... é o cumprimento de sermos humanos.
Poemas Se eu pudesse, eu te levaria nos meus braços. eu te levaria mas não adianta dizer não quando os meus braços te abraçarem por todos os lugares nós vamos andar... com os nossos braços nos abraçamos com a nossa alma nos sentimos com o nosso coração nos envolvemos com o nossos olhos nos chamamos com as nossas vidas nos queremos... tanto...tanto...tanto... é assim que nós nos amamos
Um poema para o seu espírito: Eu amo você. Um poema para o seu corpo: Se eu pudesse eu falaria ao seu coração; Estou com saudades de você. Está difícil demais ficar sem você. Deixa eu te ver só um pouquinho... Um pouquinho de você é tão importante para mim. Você me faz bem... Obrigada ao seu coração e ao seu corpo por ter paciência de ler. Marilia Martins.
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O Vila Mariana - Fevereiro de 2013
LETRAS E IDÉIAS Mudança de Conceito
Considerações sobre a arte de escrever, de ler e de publicar. Quando lancei o livro O Florista fui á TV Mulher, falar sobre ele, como manda o decálogo atual do escritor. Como mediadora da entrevista estava a Rosana Hermann, e os convidados, um publicitário, Luiz, dono da Agência Eco, um professor de teatro, o Clóvis Rossi, da ECA, a Rosemary, a bela cantora, e eu. Falamos sobre muitas coisas, mas a grande pauta das entrevistas acabou sendo a linguagem, a arte e a vida, pois afinal todos ali éramos do ramo. Comentamos sobre a tendência da dinâmica da linguagem, que derruba vocábulos do mesmo modo que a vida derruba seus ídolos dos pedestais. Lembramos (todos
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tinham idade para lembrar-se) das palavras, bacana, Clóvis Rossi, ainda lembrou-se de supimpa, contei que fiz uma pesquisa em meu tempo na faculdade sobre o tal de A a Z, e ainda sobre o XPTO, que significava
o máximo, recordamos até dos produtos Coty, abordamos o pós-gue rra que trouxe a tecnologia e o progresso em vinte anos de alucinante progresso, discutimos esses modismos importados de idiomas estrangeiros,
como esse antipático yea, que muitos apresentadores americanos usam e alguns daqui aderiram, e que talvez tenha vindo do rock, enfim a linguagem dominou a nossa fala. Com o tempo as significações vão se enevoando e sendo substituídas, levando nessa névoa até mesmo os conceitos que passam a ser definições antigas. Uma das minhas filhas, há um tempo, criticou a caligrafia de uma das suas tias-avó, ao ler um bilhete esquecido no fundo de uma caixa de fotos, que também amarelaram com o tempo, onde aparecia a palavra pharmacia, e outras com ortografia antiga, dizendo que ela devia ser semi-analfabeta. Penso no que dirá ao ler o que se escreve atualmente alguma sobrinha-neta do futuro, que será o produto da era da cibernética, e terá ao seu dispor além do teclado tecnológico do computador, os programas de dicionários e revisores que jamais a deixarão errar. Com as palavras vão-se também a ingenuidade, a infância passa mais rapidamente e aos doze anos, alguém que seria classificado como criança, e poderia ler um doce livro infanto juvenil, (classificação editorial) hoje empunha uma arma e atira em colegas na escola. Pensa-se em mudar a sociedade em função do progresso, em reformular o código do menor e do adolescente que não são apropriados á época, e infringem-se direitos tão arduamente conquistados em nome do devir. A literatura encontra-se nessa confusão. Há escolas de escritores, virtuais e reais, e o que se ensina nessas escolas?
Talvez a ter inspiração, sensibilidade, ensina-se a aumentar a riqueza verbal, se é que tais virtudes aprendem-se nas escolas sejam elas do que forem. Ou ensinam-se temas como os das redações escolares, faça-se um romance sobre a chuva, ou sobre o pingo que escorre na vidraça, ou sobre o diabo que o parta. E a crítica? Haverá aulas sobre como se debruçar sobre um poema ou um trecho em prosa, abrir o entendimento da visão para o trabalho alheio, buscar penetrar as razões para o reconhecimento do belo ou do novo, descobrir a essência do universo do texto, se ensinará a Heurística? Ou discorrerão os professores para os futuros escritores sobre a humildade e a lucidez necessárias para um bom autor? Mas o que estou dizendo, estou tão doida quanto o Dom Quixote a lutar contra os exércitos imaginários, se hoje também a definição de escritor está alterada, e o escritor passou a ser aquela figura, triste figura, que precisa subir aos palcos, ser entrevistado, bancar o bobo da corte, enfeitar e valorizar reuniões sociais, e vender livros, ser o produto e o produtor, ter o seu livro resenhado, fabricar press releases convincentes, não mais atuar como os abnegados vendedores de livros, romanticamente aparecendo em portas de teatros e bares da boêmia, lendo seus trechos em prosa, ou declamando seus versos nas praças. Isso já caiu em desuso, a alteração promoveu o escrevinhador a escritor e hoje ele tem que estar nos cedês e na deusa fatal – atual mídia. E o su-
cesso da obra depende de quanto ela é criticada, admirada, ou debatida e quanto pior, melhor! À glória sucede/O que sucede à água:/Por mais água que se beba, /Qual lhe sacia a sede? /Diverso o sucesso, /Basta-lhe um verso /Para essa desgraça /Que se chama dar certo. (Paulo Leminski, em Distraídos venceremos¨) Nilza Amaral é contista e romancista urbana. Autora de “O dia das Lobas”, “Amor em campo de Açafrão”, “Modus Diabolicus”, “A balada de Estóica”, “O Florista”.A Prisioneira do Espelho, Expulsão do Paraíso, entre outros. Tem seus romances traduzidos para o inglês e espanhol. Consta de inúmeras coletâneas, tem verbetes em várias enciclopédias literárias. Piracicabana de nascimento e Paulistana de sofrimento. Nilza Amaral
www.aresemares.com
motor
Mercedes-Benz
Nova Kawasaki Z800
A Fera esta Solta
Descendente direta da revolucionária Z1 de 1972, o modelo completa 40 anos de tradição em torque e a linhagem de alta performance da Kawasaki, a Z800 traz para a lendária família Z, as mais recentes tendências de design e tecnologia. Em 2009, a Z750 se tornou o primeiro modelo de 4 cilindros produzido fora do Japão, quando inauguraram sua fábrica Manaus. Desde janeiro deste ano, essa mesma linha de montagem cedeu lugar para a produção da novíssima Z800, rogando pra sí por meio da tecnologia e inovação, seu posicionamento como líder do mercado “premium”. Ricardo Suzuki, gerente de planejamento da Kawasaki, em Brunch organizado para imprensa declarou.... “é com muita satisfação que estamos consolidando nossa marca, como a que oferece a mais completa linha de alta performance no Brasil. A simultaneidade dos
lançamentos mundiais comtemplando o Brasil, demonstram o respeito e importância com que tratamos nossos clientes. Recentemente nos superamos com outro sucesso, o grande desafio que foi o lançamento da Ninja 300 em substituição à 250R. Com as inúmeras inovações da Z800, temos a certeza de estar lançando mais um best-seller da marca Kawasaki”. Comparando lado a lado, a Z750 e a „fera” Z800, os números demonstram que o consagrado motor de 4 cilindros em linha teve sua cilindrada aumentada para 806 cc, resultando em aumento correspondente da potência de 106 para 113 cv e do torque de 8,0 para 8,5 kgf.m - números que na prática enriquecem a „diversão”. Além disso, novos materiais e novas técnicas de construção, adotados desde a carcaça até os cilindros, contribuíram para a redução do peso e aumento da eficiência. As suspensões, otimizadas para o aumento de potência. Garfo dianteiro invertido de 41 mm da Kayaba. O sistema de freios redimensionado e aumentado para 310 mm, com duas pinças opostas de 4 pistões, e oferecido a opção do ABS. Perfeito !! “REQUINTE” de estilo da Z800, a lanterna traseira de LED
forma uma dupla de letras “Z” quando acesas, como assinatura de marcante para seu aniversário, mais o painel de instrumentos totalmente digital, está mais completo e, com adição de novas funções personalizáveis ao gosto do piloto...., celebram a data. Tchim - Tchim !! Disponível nas cores verde, branca e preta, a Kawasaki Z800 modelo 2013 tem preço público sugerido de R$ 35.990 (standard) e R$ 38.990 na versão com freios ABS (base estado de São Paulo - sem frete e seguro. Neste momento, pergunto - em função do aumento TOTAL da potência e torque do motor, ao Ricardo, quanto a aceleração e retomada. Para meu completo deleite, a Kawasaki Brasil irá disponibilizar aos jornalista uma Z800 novinha, para que possamos „tirar as próprias conclusões”. Com toda licença poética e tudo mais ... “fazê u quê”, depois te conto sobre desempenho. Até a próóóoxima......... !!!
Top Night
Aconteceu dia 30 de fevereiro a sétima edição da Mercedes-Benz TOP NIGHT, festa anual que abre o calendário dos eventos PREMIUM brasileiro. Nesta edição, a montadora celebra a ligação da marca com a inovação, a moda e o luxo, claro – como todos os anos, mas, o tema “PAIXÂO”, parece ter feito grande “efeito colateral” contagiando e seduzindo todos. Durante o evento será apresentado aos convidados, pela primeira vez no Brasil, o novo Classe A, modelo da nova geração de veículos da Mercedes-Benz. O tema, inspirou Luiz Tripolli desta vez clicar dez casais badalados em cenas pra lá Mel Lisboa e Felipe Roseno (Capa)
de românticas, interagindo elegantemente ao lado de modelos como o novo Classe A. Já o Concept Style Coupé – provocador e charmoso, o veículo conceito foi apresentado na última edição do Salão do Automóvel de São Paulo. O TOP NIGHT 2013, realizado anualmente na Casa Fasano, no Itaim, o evento “para a cidade”. Não há quem não tente entrar no evento da marca alemã, que reafir-
ma a sua ligação com os universos da moda e do design, senso estético da vanguarda a tendências hiperbolicamente inspiradoras e tecnológica. MotorBusiness para O Vila Mariana – e juntos,” begrüßen und bedanken wir – comprimentamos e agradecemos“ a credibilidade à Maria Claudia e, ainda mais ..... a diretoria de comunicação da Mercedes-Benz do Brasil, pela oportunidade. Linda festa !!
Fotos: Divulgação
Mais radical, forte e ainda mais prazerosa que nunca, a Kawasaki surpreeende novamente ao substituir sua Z750 pela nova Z800. Apenas três meses após o lançamento mundial no Salão de Colônia - em outubro de 2012, eles reinventam o estilo “Street Fighter”. Por isso, são capa das principais revistas de motociclismo do mundo.
O Vila Mariana - Fevereiro de 2013
Amanda Richter e Max Fercondini
motor business
Rubens Heredia
motorbusiness.com.br
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TEATRO
O Vila Mariana - Fevereiro de 2013
Peças em cartaz
Divórcio R. Dr. Plínio Barreto, 285 -Bela Vista Tel.: (11) 3254-1700 Site: teatroraulcortez.com.br De 18 de janeiro até 21 de abril Horários: Sextas às 21h30. Sábados às 21h. Domingos às 19h.
Sob direção de Otávio Martins, Divórcio traz de forma espirituosa os casamentos instantâneos, os processos intermináveis e a liquidez das relações amorosas atuais.
Rua Mauro , 437 - Saúde Vivendo o Clown Segundas ás 19h30 Oficina até 11/03/13 Descobrindo o Palco Início da Oficina : 04/03/2.013 Horário : 19h30 ás 22hs Término da Oficina : 22/04/2013 Duração : 02 Meses Inicio das Inscrições : 28/01/2013 Fim das Inscrições : 28/02/2013 Descobrindo a Commedia Dell’Arte Terça ás 19h30 Oficina até 21/03/2013 (08 encontros) Tel.: (11) 4106-2507 / 98678-5420 Site: agataart.com.br
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Rua Paim, 72 – Bela Vista Super Mulher Aos sábados 19h; Em cartaz até 31/03/13 TPM Classificação etária – 12 anos Aos sábados 23h; Em cartaz até 31/03/13 Chapeuzinho Vermelho Sábados e domingos - 17h30 Em cartaz até 31/03/13 Casal TPM Classificação etária – 12 anos Aos sábados 21h, Domingos 19h Em cartaz até 31/03/13 Tel.: (11) 3256-9115 Site: teatromariadellacosta.com.br
Gozados Av. Ipiranga, 344 – República Tel.: (11) 3255-1979 Site: teatroitalia.com.br Sexta às 21h30; sábado às 21h; domingo às 18h Espetáculo não recomendado para menores de 14 anos Em cartaz até 24/2/2013 Stella Miranda e Luiz Salém retomam a parceria e encarnam papéis engraçados, esquisitos e curiosos. O espetáculo é fruto da montagem “Subversões”, que por mais de 20 anos divertiu as plateias brasileiras com sua trupe excêntrica, que ainda contava com Aloisio de Abreu e Gringo Cardia.
Angela Mattos
PEDAGOGIA
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Brincar pra quê? Enfim, as férias acabaram. Chegou a hora da volta às aulas e a todas as atividades extracurriculares cuidadosamente escolhidas para preencher o tempo das crianças. Mas, sobrou um tempinho para brincar? O brincar é um comportamento espontâneo e natural fundamental para a criança. É brincando que ela desenvolve capacidades importantes para a vida, inclusive a escolar: atenção, memória, imaginação, curiosidade; a linguagem, o pensamento, a concentração. Através da brincadeira, vivencia regras e papéis sociais diversos, reproduz comportamentos, transmite sua visão de mundo e, assim, exercita sua compreensão sobre o meio em que vive. Tudo isso beneficia a saúde física, intelectual e, principalmente, emocional da criança. A brincadeira pode e deve ser utilizada como recurso didático. A atividade lúdica com intervenção de um educador facilita e torna a
aprendizagem mais prazerosa e interessante. Mas é preciso cuidado!! As maiores contribuições da brincadeira acontecem nos momentos livres, onde se manifesta a forma de pensar da criança, sem papéis pré-definidos, sem intenção, sem preconceitos. Nesse momento, ela é autora de suas ações, elaborando suas próprias estratégias sem a pressão de estar adequado à realidade. É papel do adulto fornecer espaço, tempo e material para propiciar a brincadeira. Escutar, observar e interagir quando for solicitado, sem impor seus desejos e vontades, respeitando o mundo da criança. O exemplo dado com suas próprias ações já é estímulo suficiente, mas brincar junto reforça os laços afetivos e favorece a auto-estima. Situações cotidianas simples passam despercebidas mas também são formas de brincar. Experimentar, sentir, movimentar... brincar com os sentidos... O brinquedo, por sua
vez, é um facilitador dessas experiências. Industrializado ou confeccionado pela própria criança, convida a brincar, descobrir, reinventar, enriquecendo seu mundo interior e a comunicação com o mundo exterior. Habilidades físicas, como a coordenação motora, também são beneficiadas ao manusear diferentes objetos de diversos materiais. Lembrando que a qualidade do brincar nada tem a ver com a quantidade de brinquedos. Brincar sozinho (também é necessário!), brincar junto, com outras crianças, com adultos, com brinquedo, sem brinquedo... cada momento tem sua importância e é preciso garantir o espaço de cada um. O simples prazer de brincar contribui para que a criança de hoje se torne um adulto mais equilibrado, criativo, autoconfiante... e muito mais feliz!!! Luciana Martins
Legião de Assistência para Reabilitação de Excepcionais Criada em 1965 por iniciativa de um grupo de idealistas, teve inicialmente como objetivo oferecer serviços de educação, tratamento, orientação e reabilitação de pessoas com deficiência mental associada ou não a outras deficiências.
feitoamaobrinquedos.com.br
Lares Av. Barão do Rego Barros, 179 - CEP 04612-040 - Campo Belo São Paulo - SP Tel.: (11) 5532-0643 / 5096-1859 - E-mail: lareslegiao@uol.com.br Banco Bradesco - Conta Corrente 94000-3 / Agencia 0105 www.lareslegiao.com.br
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TERAPIA
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A Aura-Soma e seus Óleos Balanceados.
Frasco do Mês – B8 Trazemos nesta Edição, o Óleo Balanceado B8, que apresenta-se em frasco – AMARELO sobre AZUL. É uma variação do frasco do chakra do coração. É o frasco da “Sabedoria através da comunicação interna”. Esse óleo, quando misturado, resulta em um tom verde que representa o Yin e Yang, a união do amarelo com o azul, que pode servir de alinhamento para uma alma faminta. É a elevação, a luta da alma, a sensação de
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querer elevar-se acima dos assuntos terrenos, tentando alcançar o perfeito equilíbrio para as demandas interiores. Essa combinação ajuda uma pessoa a descobrir quem é e o que é. Com ela se pode caminhar
com segurança pelo labirinto da mente. Os jovens podem sentir necessidade dessa combinação quando seus primeiros impulsos interiores criam o desejo sem que se tenha ainda a sabedoria para lidar com eles. Este talvez seja um dos modos a ajudá-los a adquirir o equilíbrio entre o físico e o espiritual. Nesse estágio da vida, em que um jovem é extremamente vulnerável e sensível, há uma necessidade de perceber por completo sua verdadeira missão e potencial.
Caso contrário, há o perigo de viver somente o tempo presente e esquecer a infinitude. No nível físico e emocional, esse óleo pode ajudar a restaurar o equilíbrio em caso de neuroses, dar direção àqueles que se encontram em situações de insegurança e de infelicidade e trazer alívio para os que sofrem de problemas nervosos. A união é verde. Este frasco é também conhecido como “Anúbis”. Normalmente este frasco é escolhido em atendimentos terapêuticos por pessoas que possuem uma excelente noção de equilíbrio, tempo e justiça. Conhece as leis da vida e as considerações se elas (não) foram seguidas. Normalmente também possuem notável capacidade de administração, controle e organização. Porém, também podem possuir um lado a ser trabalhado no que diz respeito a um comportamento ditatorial, com preconceitos fortes e um desejo exagerado de harmonia com dificuldades de tomar uma decisão por causa de uma consciência aguda dos dois lados de uma mesma situação. Em nível emocional essa combinação libera antigos sentimentos de culpa. Cria equilíbrio onde existe conflito em
diferentes níveis da personalidade. Traz à luz do dia a raiva reprimida e é útil para abrir novas perspectivas para situações difíceis. Esta substância pode ser aplicada em torno de todo o tronco. A frase comumente associada a este frasco é: “Estou no aqui e agora. O aqui e o agora são o único momento para a mudança”.
cadas ao corpo e aos campos sutis para restaurar, revitalizar e reequilibrar-nos em todos os níveis (físico, mental e espiritual). Como tudo o mais em Aura-Soma, até mesmo seu nome leva uma mensagem: AURA significa LUZ. SOMA significa CORPO (em grego), ou SER (em aramaico) ou ENERGIAS VIVAS (em sânscrito).
* Aura-Soma: É uma terapia pelas cores. As Cristiane Craveiro cores, apoiadas pelas Terapêuta Holística energias das plantas e criscrav@terra.com.br cristais podem ser apli-
BICHOS
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Inveja do meu cachorro Descobri, finalmente, porque tenho inveja do meu cachorro. Ao leitor: sou meio lento em perceber as verdades da vida, embora seja esforçado. Eu, volta e meia, me reviro na cama, com o travesseiro repleto de pensamentos e preocupações, um despertador macia e incomodo. Ele não. Dorme o sono dos anjos sem os demônios inerentes a condição humana. Bem que eu gostaria de dormir assim, sem me lembrar que, ao despertar, terei contas a pagar, compromissos
a cumprir. Ser feliz, então? Para mim, utopia. Para ele, basta um cafuné fortuito, gratuito. Seu rabinho abana de felicidade por ter a que se tem e ser o que se é. Eu não. Quero sempre ter mais e ser o que ainda não fui. Ele mantém as quatro patinhas assentadas no chão. Eu tropeço em minhas ilusões e enfio as mãos pelos pés. Me produzo para sair, escolho roupas e perfumes. Ele está sempre pronto.
Sexo? Ele vai lá e pimba, tchau, tchau. Freudianamente irresponsável. Eu misturo amor e sexo e me ferro. Sem contar a aberração do casamento. É grato pelo que lhe dou, sejam petiscos ou olhares. Meu coração junta-se com a cabeça e decidem a quem devem abanar o rabinho. Um processo bem complicado e exaustivo. E o que dizer de sua inata resiliência? Essa capacidade maravilhosa de evitar limites físicos ou ambientais? Meu cachorro, pela idade avançada, pra-
ticamente não enxerga mais nada. Mas usa o olfato e vai em frente. Eu só de ter de trocar o grau dos óculos já faço aquele drama mexicano. Ele não fica lambendo a ferida cicatrizada. Eu estico e cultivo o sofrimento. Ele viva a vida. Eu temo a morte. Ele é um animal. Eu esqueço que também sou. Ulisses Tavares Coisas de poeta
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MÚSICA
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Na trilha do Itamar... A Vanguarda Paulistana nunca esteve tão viva e atual. Primeiro, porque trouxe em plenos anos 80, elementos da música erudita para a música popular; atonalismo, assimetria rítmica, ruído, humor e performance nunca haviam sido explorados nesta seara... Nem era preciso ter ouvidos muito atentos para se perceber que alguma coisa estava sendo gestada, descontruída, reelaborada; a ideia era mesmo repensar tudo o que a música popular havia produzido até então. De fato, a estética da canção nunca tinha sido tão
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remexida, havendo um esgarçamento no tecido musical, sonoro, temático, poético, textual e visual (mecanismos da fala, versos brancos, rimas impensadas, enfim, sons nunca dantes explorados).
do submundo urbano e Itamar Assumpção (1949-2003), com sua poética cortante, seus personagens marginais, sua síncopa invertida, mesclando samba, reggae, o autêntico funk, o pop e o rock.
Batizado por jornalistas e críticos musicais por razões mais ou menos óbvias, a Vanguarda Paulistana aconteceu na cidade de São Paulo entre 1979 e 1985 e foi, na verdade, um aglomerado de bandas que se reuniam num porão (o Teatro Lira Paulistana) e outros redutos da cidade, para
Pois bem, essa experiência radical vem à tona através de dois trabalhos antenados: o de Zélia Duncan em Zélia Duncan canta Itamar Assumpção – Tudo Esclarecido (Warner Music, 2012), dedicado unicamente às canções do compositor, e o de Sérgio Molina, o intrigante álbum Sem Pensar Nem Pensar (Cooperativa/Tratore, 2009), cantado por Miriam Maria, com acompanhamento de Mariô Rebouças (piano), Clara
fazer um tipo de música bem pouco palatável na época, mas muito compreendida pela público
universitário paulistano. Essa reviravolta estética tornou-se uma espécie de porta-voz da canção brasileira contemporânea, pegando o fio condutor de experiências radicais da Tropicália, levando a canção a dar mais um salto à frente dentro da chamada linha evolutiva da canção (ver Augusto de Campos em Balanço da Bossa e outras Bossas, Perspectiva, 1974). Como se isso não bastasse, ainda enfrentaram, com suas produções independentes, as grandes gravadoras multinacionais que detinham todo o mercado (fato, aliás, que a indústria fonográfica nunca engoliu). Tudo isso sem Internet, claro! Entre seus maiores expoentes: Arrigo Barnabé e suas narrativas mirabolantes pelo universo
Bastos (baixo) e Priscilla Brigante (bateria). Pelo Brasil, com a turnê de lançamento do álbum Tudo esclarecido, Zélia revive em show e CD as canções de Itamar, no que chamou de “um misto de homenagem e gratidão”. Sofrendo influência confessa, a cantora, segundo afirmou no programa Metrópolis (veiculado pela TV Cultura), quando adolescente “sonhava em ser uma das Orquídeas do Brasil” (grupo feminino que acompanhou Itamar durante os anos 80 e 90). Vale lembrar que, antes deste CD, Zélia já interpretara onze canções do compositor. Para ela, “a genialidade de Itamar merece estar no centro da produção musical.
Zélia Duncan
MÚSICA Mantendo seu estilo rock´n´roll/ balada, e uma pitada de samba, a cantora escolheu para gravar canções inéditas ou pouco conhecidas do grande público (como É de estarrecer com participação especial de Martinho da Vila ou Isso não vai ficar assim, cantada com Ney Matogrosso), deixando os clássicos como Beleléu, Fico Louco ou Milágrimas apenas para as performances de palco. “Swing brasileiro misturado com veneno”… nada mais apropriado para definir o CD de Sérgio Molina do que este verso presente na canção Nem James Brown, do álbum Sem Pensar Nem Pensar, mencionado acima. E também nada melhor para definir o próprio trabalho de Itamar, esse paulista da cidade de Tietê, morador da cidade de São Paulo. Molina faz questão de frisar que esse CD não é um tributo, mas um trabalho de parceria, já que quando
iniciaram, Itamar ainda estava vivo: “ele me procurou para que eu musicasse as suas letras, pois conhecia bem o trabalho que eu fazia no Grupo Canastra que, de certa forma, trazia um som muito próximo da proposta da Vanguarda Paulistana; eu já tocava com a Clara Bastos (baixista) e a Miriam Maria (cantora e vocalista) que, alguns anos depois, acabariam formando as Orquídeas”.
E assim foi, de uma só tacada, já que depois de ter realizado muitos shows, Molina e a sua trupe entraram em estúdio para produzir Sem Pensar Nem Pensar totalmente sem edição (coisa que é muito comum em gravações): “ensaiamos durante um ano inteiro e depois fizemos a gravação por completo, sem nenhum corte, emenda ou edição. Houve um espaço para a improvisação livre. Essa é a novidade O resultado é um e a vitalidade do trabatrabalho vigoroso, de lho”. muito fôlego, trazendo para a linha de frente No repertório, muito a bola lançada por Ita- da lírica contemporânea mar, Arrigo e Tatit (do do compositor (como Grupo Rumo) que, por em “Autorização” e sua vez, retrabalhavam “Infinitos Sons”), da as misturas cada um à ousadia descarada de sua maneira : “por co- seus personagens (“Ennhecer meu trabalho tendeu Nereu?”), de de antemão, Itamar me sua rítmica explosiva deu carta branca para (“Nem James Brown”) experimentar e impri- e de suas reflexões mir as minhas próprias (“Sem pensar, nem penmarcas sonoras. Só fez sar!”) : uma única exigência: a de que as canções fosEnquanto quem pensem gravadas na voz de sa que pensa fala o que Miriam”. pensa sem nem pensar
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num canto quem pensa pensa sem pensar nem pensar Na qualidade de umas das Orquídeas, está Clara Bastos, contrabaixista que acompanhou Itamar por mais de dez anos. Para ela, que analisou as técnicas de composição de Itamar em Mestrado e é autora do songbook Pretobrás (Ediouro, 2006), onde compilou toda a obra do compositor a pedido dele, “o contrabaixo é o suporte e também a síntese de sua linguagem musical, o seu estilo, tendo naturalmente íntima relação com a rítmica”. Ao desvendar o processo de criação de Itamar, Clara explica : “existe na música brasileira a presença da música africana […]; em geral, são os tambores graves os responsáveis pela improvisação, os que conversam com a melodia da voz. Suponho que o contrabaixo de alguma maneira faça esse papel na música de Itamar”.
Sérgio Molina Perguntado sobre a importância do movimento e o que está sendo levado adiante, Sérgio conclui: “com certeza, o distanciamento atual e o vírus inoculado nas gerações futuras permite-nos hoje afirmar que, de fato, o movimento da Vanguarda Paulistana foi muito significativo. Hoje temos algumas bandas que atualizam essa proposta como a Filarmônica de Passárgada (formada por alunos da USP), o grupo
Memórias de um caramujo e o Noite Torta. Assim leitor, depois de toda essa explanação, que tal parar para pensar e ouvir esses dois trabalhos? Nos próximos números, você vai ficar sabendo um pouco mais sobre aquilo que se produz musicalmente na Vila Mariana.
Nancy Alves Cantora e pesquisadora Musical
Venha desfrutar o seu melhor almoço! No melhor ambiente e local da região. Buffet completo no almoço c/sobremesa. A noite menu a La Carte Happy Hour, Eventos e Confraternizações p/ até 250 pessoas Rua Abilio Soares, 1251 Fones: 3052-3924 e 3051-7523 Estacionamento no local.
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sociologia
“O mundo de hoje foi criado porque as pessoas primeiro desejaram, pensaram e imaginaram”
A arte de Visualizar o que você Deseja A visualização é uma maneira que o ser humano tem para facilitar ser o criador do seu próprio Destino. Deus deu a ele essa faculdade e capacidade. Sim. Essa é uma capacidade que todos nós temos e que nos foi dada para utilizarmos para o nosso bem e para o bem de todos, isto é, da sociedade. Pois podemos e, devemos criar o melhor para nós.
o criador do seu próprio Destino. Visualizar , então, é uma forma de p oder sobre sua própria vida onde você é quem tem o controle. O mundo ao nosso redor é um reflexo da forma em que pensamos e sentimos. Quando você muda seus pensamentos para melhor, o mundo ao seu redor fica melhor. Visualizar é também atender aos nossos desejos através do visual, ou seja, da CRIAÇÀO MENTAL. Nossa mente é naturalmente criativa, mas nós não usamos nem a metade de todo o nosso potencial. Se você aprender a arte de visualizar vai se reprogramar para receber o melhor.
Quando criamos o melhor para nós estamos criando uma sociedade melhor também. O mundo de hoje foi criado porque as pessoas primeiro desejaram, pensaram e imaginaram (isto é, visualizaram) desta forma. Tudo o que você vê no mundo é porque alguém já penComece pensando sou, desejou, visualizou positivamente. Nossa e manifestou. mente é criativa. A visualização é uma O Universo é intelimaneira que o ser humano tem para se tornar gente e responde ao seu
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O Universo age independentemente de raça, sexo, religião porque para ele todas as pessoas são iguais. Ele retorna a quem se comunica com ele e a quem emite boas vibrações porque o Universo só emite boas vibrações. Então ele vai combinar 100% com o seu mundo interno, isto é, ele vai trazer aquilo que você acredita lá no fundo. Por isso o seu pedido. Porém ele res- mente para o Universo: sentimento e o seu penponde somente a quem como já dizia a Biblia: samento são muito impede. Muitas pessoas “peça e será atendido”. portantes nesta arte. pensam que basta apeSó que muita gente nas desejar para as coiÉ preciso lembrar sas acontecerem. Não é acha que não tem o dique tudo aquilo que bem assim. Para que o reito de desejar. Você já você emitir para o Uniseu desejo se concreti- percebeu isso? Durante verso também refletirá ze é preciso que você muitos séculos fomos na humanidade porque formule o seu pedido destituídos dos nossos somos todos um. Olha muito claramente para desejos...pois desejar só, que responsabilidao Universo. Isso se cha- ...era pecar. Isso está de ! Desejar o bem e ter ma FOCO. Focalizar. O mudando agora mas é emoções e sentimenseu desejo é importante, uma mudança lenta. tos positivos é um bem claro, porque ele emite para a sociedade, além Desejar requer basuma vibração, mas para do seu próprio. Por isso que ele seja concretiza- tante autoestima. Você desejar coisas boas para do é preciso que você tem que acreditar que a sua vida não é egoformule a sua intenção você merece! ísmo. Quando você se corretamente e clara-
ajuda você também está ajudando os outros. Seja um benfeitor da humanidade tendo pensamentos positivos. Isso refletirá nos entes mais queridos e ressoará nos outros também... na sociedade...no seu trabalho... O ser humano precisa ter em mente que, primeiro é preciso atender aos desejos mais profundos de Deus que é a paz, o amor, a alegria, a prosperidade pois guerras, dissabores, desgraças, pobreza, nada disso é o desejo de Deus. Isso é o resultado da ignorância do homem. E, depois podemos nos dedicar a visualização dos nossos mais caros desejos. Zaquie C Meredith, socióloga, psicoterapeuta, escritora www.zaquie.com zaquie@zaquie.com
artes plásticas
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“independente da técnica ou do material, foram produzidas peças lindíssimas”
A Ciência pelo bem da ARTE gobes azuis e pretos. No entanto foi em Messien, perto de Dresden, na Alemanha, por volta de 1710, que uma equipe composta por um alquimista, um matemático, um engenheiro de minas, e vários outros especialistas, descobriram os segredos da porcelana dura, a Porcelana Chinesa. Por muito tempo este segredo foi guardado a sete chaves: o caulim. Enquanto isso, outros centros da Europa, chegaram a outros resultados que também derivaram outras grandes linhas de trabalho. A França, expoente Sevres, e a Inglaterra, em Chelsea, desenvolveram massas aparentemente semelhantes mas de composição diferente.
Fotos: divulgação
Desta vez decidi contar uma pouco da curiosa história da porcelana no mundo ocidental. Você sabia que ela já foi considerada o ouro branco na Europa? Pois é, consta que as primeiras peças de porcelana, foram trazidas do oriente, a partir do Séc. XII. Imagine só todos os desaforos que estas peças foram submetidas. Transportadas em caravanas pela rota da seda, sofrendo ataques, solavancos, intempéries e outros acidentes de percurso. Não é atoa que quando chegavam à Europa íntegras eram tão valorizadas. Possuir uma peça daquelas era símbolo de statos e poder e se transformaram em objetos de desejo da nobreza europeia. O surpreendente de tudo isso é que os europeus não sabiam o segredo da fabricação da porcelana chinesa tão alva, fina, delicada, translúcida e que quando percutidas soavam como metal. É aí que a nossa historia se torna mais interessante. Na Europa, até então, só era conhecido o processo de produção de peças em cerâmica. Convém aqui uma explicação técnica da diferença entre a matéria prima que chamamos cerâmica e a que chamamos porcelana. Ambas são argilas provenientes de rochas em decomposição durante milhões de anos. As argilas se classificam em duas categorias. As argilas primárias que são formadas no mesmo local da rocha mãe e foram coletadas antes de sofrer os ataques de agentes atmosféricos. Possuem partículas mais grossas e colora-
Elas eram brancas, translúcidas, porém sua produção era cara, tanto no preparo da massa como nas queimas e perdas que aconteciam durante o processo. O fato de serem friáveis limitava seu uso. Só se prestavam para esculturas e alguns utilitários com xícaras, pratos fundos, travessas, bule, onde não correriam o risco de serem marcadas por facas e garfos. Na França a formulação levava calcário e cola e que eram queimados e moídos e depois acrescentado à uma massa de argila: Paste Tendre. Na Inglaterra era usado pó de osso que também ajudava a conferir a quali-
dade translúcida do material: China Bone. Durante todo esse percurso, independente da técnica ou do material, foram produzidas peças lindíssimas. A maioria desses grandes centros continua produzida , alguns ainda mantém a mesma tecnologia de produção do sec. XVIII, para preservar a história, e outros modernizaram sua produção. Aqui neste breve relato aparecem algumas fotos de peças antigas e outras contemporâneas Nadia Saad nadiasaadsp@yahoo.com. br
Porcelana macia sec XVII / Prato chinês do sec. 12
ção mais clara, são pouco plásticas, porém de grande pureza e aguentam altas temperaturas de queima. As argilas secundárias ou sedimentares são as que foram transportadas, para mais longe da rocha mãe, pela água, pelo vento e incluindo ainda o desgelo, tornando-as mais finas e plásticas, contaminadas com impurezas e outras matérias químicas e orgânicas. Então, voltando para nossa história, os centros europeus só conheciam o processo de fabricação das peças em cerâmica, ou seja, as argilas secundárias. Pode-se dizer que a história da cerâmica na Europa foi pontuada pela longa e exausitva pesquisa em torno da porcelana chinesa na tentativa de baixar os custos. A faiança é a 1ª matéria
“inventada” para imitar a porcelana. Ela é facilmente confundida com a porcelana, mas é composta de uma massa secundária, porosa, coloração rosea, mais leve que a porcelana. É necessário colocar camada de vitrificação à base de estanho para conferir a cor branca. Popularizou-se por toda a Europa. Foram produzidas em grandes centros como Delfts, na Holanda, Nevers e Rouen na França, entre outros. A outra tentativa para imitar a porcelana chinesa foram os trabalhos em Maiólica. Foi a “Porcelana de Médicis”, produzida entre 1575 e 1587, em Florença que ganhou mais fama. Sua formulação era composta de argila branca, cuja decoração ficava entre duas “capas” de vidrado de estanho. Eram decoradas com vária gradações de en-
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comportamento
Brasileiro: um povo que pensa diferente É muito comum perguntarem a uma brasileira que vive no exterior há mais de um quarto de século quais as principais diferenças e semelhanças entre a vida aqui e a lá de fora. Nasci e fui criada aqui no bairro, e o pessoal que conheço aqui na Vila Mariana também vive me perguntando sobre isso. Então resolvi escrever sobre este assunto, que parece ser do interesse de muita gente. Evidentemente, este tema é infinito. Será que escrevo sobre a educação pública de lá, que apesar dos recentes cortes de verba ainda é melhor que a brasileira? Ou será
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que escrevo sobre saúde pública, quase inexistente por lá, mas existente aqui? Pensei e resolvi focar o artigo na diferença que mais me impressionou. Tenho de certeza de que
você já conversou com um europeu, americano, indiano, etc., sobre algum caso (da terra dele) onde corrupção, conluio e/ou interesses escusos são evidentes, e saiu da conversa achando que
ele é inacreditavelmente ingênuo. Será que ele não consegue enxergar o óbvio? Não é ingenuidade, não! É esperteza e da boa! A principal lição que aprendi depois de tanto tempo lá fora, vivendo e trabalhando no meio acadêmico, onde se convive com gente do mundo inteiro, é a seguinte: o brasileiro é o único povo que fala mal de si próprio. O estrangeiro “ingênuo” que conversou com você é perfeitamente capaz de enxergar a mesma corrupção, conluio, roubalheira, etc., que você está vendo. O que ele é completamente incapaz de enxergar é alguma vantagem em admitir para alguém de fora que a terra dele pode não ser um bom lugar para se viver. Todo povo que conheci, seja europeu, norte-americano, asiático, australiano, ou do Oriente Médio, aponta apenas as qualidades dos
seus países. Esta atitude chega ao extremo. Já presenciei vários casos de estrangeiros que estão no país em que vivo como refugiados, e nem quando se discute a razão pela qual tiveram que fugir, eles admitem falar mal da terra deles. Desconversam, qualificando aquilo de situação passageira ou coisa que o valha, e viram o assunto para as qualidades que todo país sempre tem. Em outras palavras, o brasileiro é o único povo que “cospe no prato onde come”. Para piorar, o brasileiro não entende um fato muito simples: quem foi criado para nunca falar mal da própria terra para os de fora, acha que o restante da humanidade também foi criado assim. No que não estão errados... Pelo que vi nestes quase 30 anos lá fora, o brasileiro é a única exceção. Pois bem, quando um estrangeiro ouve o brasileiro
falar sobre um caso desagradável ou um problema qualquer do país, ele pensa exatamente o seguinte: “se esse cara tem a coragem de contar essa história para mim, que sou de fora, imagine o que ele esta escondendo!” Este é o raciocínio de qualquer estrangeiro de qualquer lugar do mundo, pois ele foi ensinado desde o berço que roupa suja se lava em casa. O brasileiro já conhece esta postura, mas só a aplica em casa, quando se discutem bairros ou cidades. Por exemplo, é muito comum pessoas que vivem em bairros diferentes enfatizarem os pontos positivos de seus respectivos bairros. Nunca presenciei alguém comparar, por exemplo, taxas de criminalidade, mortalidade infantil, etc., da Vila Mariana com as da Vila Prudente. O que se compara sempre são os pontos positivos: parques, cinemas, restaurantes, serviços, etc. Pois bem, a mesma postura que temos quando coversamos com outros paulistanos elogiando a Vila Mariana tem que ser aplicada quando conversamos com estrangeiros sobre o Brasil. Afinal, a propaganda realmente é a alma do negócio. Angela Jannini
vila mariana
O Vila Mariana - Fevereiro de 2013
SOS nosso Bairro
Os muros serão nossa paisagem e nossos futuros vizinhos?! Acabo de voltar do meu período sabático: 1 mês num vilarejo à beira mar no sul da Bahia. Lá a Natureza ainda se encontra bastante preservada e a conjunção : muita vegetação primária, ar puro, rio e mar, promove benefícios inestimáveis para a saúde física, mental, emocional e espiritual. Há muitos anos frequento este lugar e faço parte de uma turma que cuida (e luta) pela preservação do ambiente. Apesar de estar localizada numa APA (área de proteção ambiental) são muitas as tentativas de utilização predatória. Sempre dou este exemplo para o pessoal de lá: “venho de uma cidade que já foi uma mata verdejante e que a ação desordenada transformou numa selva de pedra. Será que vamos aqui repetir o mesmo erro?” Tenho um imenso carinho e gratidão por esta cidade de São Paulo. Muito
do que sou, do que me tornei é consequência de todo o vivido aqui. Rebato duramente toda vez que, em alguma conversa, alguém desfaz de São Paulo, dizendo “que cidade horrível prá se viver, que cidade poluída, que cidade dura etc etc”. A cidade não tem culpa. Nossa cidade é apenas a RESULTANTE do que o ser humano (ou desumano) tem feito dela, é a consequência de muitos atos impensados, desorganizados e descuidados. Do poder publico sim, mas também de cada ato descuidado da cada um de nós, cidadãos...
Não posso, não consigo ficar indiferente ao ver casas e casas sendo demolidas, jardins destruídos, vizinhos mudando, a vida de bairro sendo perdida, o céu desaparecendo atrás de enormes torres, os pássaros desorientados porque é impossível construir ninhos e se alimentar de arecas! Movida por estes sentimentos é que passei a me interessar por movimentos de preservação e escrever sobre isso. Sou uma psicoterapeuta e acredito que o equilíbrio e desenvolvimento do ser humano só acontece em profunda comunhão ,conexão e coerencia entre o dentro e o fora e na relação com todas as formas de vida ao redor. Não há possibilidade de felicidade enquanto se estiver interessado apenas no que acontece do seu muro (ou parede) para dentro. É preciso olhar ao redor. È preciso se importar. É preciso cuidar de tudo e de todos. É preciso fazer como , emocionada e
corajosamente, fez nosso colega Ricardo Fraga Oliveira, ao olhar “o outro lado do muro” e passar a sensibilizar pessoas para toda uma área em destruição na Conselheiro Rodrigues Alves. Na edição de dezembro noticiamos e comemoramos o embargo dessa obra pela SVMA em 22/12/2012. A empresa não respeitou o embargo e seguiu trabalhando. Porém, em 17/01/2013 foi suspenso o alvará de aprovação e edificação pela SEHAB e a obra parou completamente.
Viva!!!! Seguimos felizes com esta conquista mas esta mobilização não pode parar aí....nosso bairro é amplo e precisa da ajuda e participação de TODOS NÒS!!! Outros enormes muros continuam sendo erguidos pelo nosso bairro. As fotos desta edição mostram os mais recentes, construídos na RuaCharles Camoin e os tapumes que começam a cercar a imensa área resultante da demolição na Rua do Livramento. A escolha é nossa: o que ou quem queremos ter
como vizinhos no futuro? Pessoas, árvores, pássaros e o céu azul ou muros e torres sem fim? Sugestão: visite a página “o outro lado do muro – intervenção coletiva” no facebook, aperte o curtir e passe a seguir e participar dos passos deste movimento..vamos criar outros tantos para preservar uma vida vivível em nosso bairro. Monica Paoletti psicoterapeuta clínica e residente no bairro/ monicapaoletti@uol.com.br
R u a R i o G r a n d e , 9 3 / 10 7 Vi l a M a r i a n a – S ã o Pa u l o – S P T E L S : 5 5 71 - 8 7 8 7 / 5 0 81 - 5 2 4 7 Aberto das 06:00 ás 23:00 E - m a i l : c o n ta t o @ p a o fa m i l i a r . c o m . b r w w w. p a o fa m i l i a r . c o m . b r
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