FRANCISCO RIO MICELI FUNDADOR 1937
7 5 a nos
WWW.OVILAMARIANA.COM.BR
SÃO PAULO, NOVEMBRO DE 2012
EDIÇÃO N0 7 ANO 1
GINÁSIO DO IBIRAPUEA ATP Challenger Tour Finals. E o tenista número 1 do Brasil, Thomas Bellucci tenista convidado. 27 de Novembro a 10 de Dezembro. pág. 10 e 11
CASA DAS ROSAS: A Magia do
Foto: divulgação
Cristal Boêmia contam parte da história da República Tcheca. pág.08
CINEMA: Tropicalismo consiste na busca pelo novo, com a vivência do presente. pág. 07
VILA MARIANA SOS:
DIREITO TRABALHISTA:
Para onde foram esses nossos queridos vizinhos? pág. 18
Breves considerações sobre o novo Ponto Eletrônico. pág. 16
Fotos: divulgação
TECNOLOGIA: Governo Brasileiro envida esforços para melhorar a infraestrutura da Banda Larga pág.12
MÚSICA: pág. 06
Dir. Luiz Flaviano Furtado com o medalhista olímpico Felipe kitadai
CONJUNTO DESPORTIVO CONSTÂNCIO VAZ GUIMARÃES: Tradição em revelar atletas renomados no cenário esportivo estadual, nacional e mundial. pág. 15
CRÍTICA DE ARTE: Ikebana: 550 anos de sua criação no Japão e os 50 anos da Associação de Ikebana no Brasil. pág. 05
ECONOMIA: Como funciona o dinheiro? pág.14 AURA SOMA: AAura Soma e seus Pomânderes. pág. 13 MOTOR: 52 anos do Salão do Automóvel pág. 09 ARTES PLASTICAS: O que é ARTE para você? pág.17
EDITORIAL
O VILA MARIANA - NOVEMBRO DE 2012
Poemas
CAROS LEITORES, Novembro, em especial, ĂŠ um mĂŞs repleto de comemoraçþes. Muitos feriados e uma crescente preparação em contagem regressiva para as festividades de fim de ano! SĂł neste mĂŞs temos trĂŞs feriados (dia 02 - Finados, dia 15 - Proclamação da RepĂşblica e dia 20 - ConsciĂŞncia Negra) que serĂŁo seguidos por pontes e que de alguma forma trarĂŁo um tipo de fĂŠrias antecipada para muitos e oportunidades de bom comĂŠrcio para tantos outros que vivem de turismo e lazer. Vale aproveitar tudo com consciĂŞncia e prudĂŞncia, evitando acidentes e cuidando muito da saĂşde! Vale ressaltar aqui uma curiosidade especial sobre o mĂŞs de Novembro: VocĂŞ sabia que ĂŠ o mĂŞs de se cultivar o bigode? Existe um movimento criado na AustrĂĄlia, desde 1999, chamado MOVEMBER com o objetivo de angariar fundos, de forma bem humorada, para o combate de doenças que afetam os homens. Entre essas, o destaque ĂŠ para o câncer de prĂłstata, testicular e a depressĂŁo masculina. O nome do movimento faz referĂŞncia a “Moâ€? (“forma reduzida de se referir a “moustacheâ€?, bigode em inglĂŞs) e ao mĂŞs de Novembro, quando, tradicionalmente, homens de diversas partes do mundo deixam seus bigodes crescer. Que venham os bons movimentos que cuidam da saĂşde e bem estar de todos! Boa leitura, Heber Micelli Jr. Diretor
Telefones Ăşteis Editor
Heber Micelli Jr. r. Departamento comercial ercial
Heber Micelli Jr. Editor caderno motor
Rubens Heredia RevisĂŁo
Bruno Alves Representante Comercial USA-Miami Daniel Sossa
Sub-Prefeitura de Vila Mariana 5577-3949 Delegacia 160 D.P. 5571-0133 5573-7786 PolĂcia Militar 3a Cia - 12 0 BPM-M Disque Denuncia (sigilo Absoluto) 181 Corpo de Bombeiros 193 Defesa Civil 199 PolĂcia Civil 147 PolĂcia Militar 190 Pronto - Socorro 192 Inspetoria regional de Vila Mariana 5539-0897 ou 5086-0711 Central de telecomunicçþes da GCM 3266-5104 ou 3262-2237
SENTIR RECONHECENDO... ...Frustração, por nĂŁo tentar. ...EgoĂsmo, em nĂŁo amar. ...Orgulho, em nĂŁo calar. ...OmissĂŁo, em guerrear. ...Rejeição, em recusar. É Postar-se em franca elevação, Na missĂŁo humana e bendita, Na escalada para erudição! Da escrita do poeta, nunca maldita, Por vezes arrependida Em proferir mĂĄgoas e verdades, AtravĂŠs da nua escrita, Quando no versejar falsidades, Por vezes em desigualdades, Injustamente desmentidas, É SENTIR RECONHECENDO, Que na filosofia, O amor e o aprendendo, Surgindo vezes pela dor, Outras tantas pela sabedoria... No existir e na contemplação, NĂŁo contesta-se a psicologia, Que nos ensinando a viver, Fortalece e apoia nosso ser, Sem jamais nos deixando esquecer, Que um dia iremos partir, Ou por puro eufemismo, Deixar de existir... Nesta vida, Desta terapia, O fundamental aprender SerĂĄ o sobreviver... Do sentir e do reconhecer De um dia, apĂłs dia!
NOSTRAFICUS Mar e sal Dum azul cristal Ladeiam uma esfera, Em verde campal... Desta TERRA, Que tanto se espera, Paz e nĂŁo Ă Guerra, Os bichos se escondem, Por causa do homem-animal! O Ăşltimo a chegar por aqui; Cultivando um fosso profundo, TĂŁo limitado por existir, Arrogante e coitado; Agindo como se fosse o dono do mundo! Mas, nĂŁo tardarĂĄ uma noite, Enunciativa do amanhecer, OcorrerĂĄ seu arrepender; Pois a NATUREZA-MOR, De adormecida como estĂĄ, Avassaladora ficarĂĄ; Vindo a surpreender... O insĂłlito estĂĄ ocorrendo... O planeta estĂĄ gemendo... Oportuno serĂĄ, NĂŁo ver para crer! Melhor solver... Luis Carlos Facuri lcfacuri@hotmail.co
Direção de arte
JosĂŠ AmĂŠrico de Lima Colaboradores Aristides Campos Jannini, Bruno Alves, Cristiane Craveiro, Carolina Alves Pereira, Emanuel von Lauenstein Massarani, JoĂŁo Soares, Luis Carlos Facuri, Maria da Paz Soares, MarĂlia Martins, Marilia Sant’ Ana Monica Paoletti, Nadia Saad, Nancy Alves, Rubens Heredia, Vicente Miceli
ImpressĂŁo OESP GrĂĄfica Tiragem: 8.000 exemplares Telefone
(11) 99829-7229 4999-5543 e-mail
contato@ovilamariana.com.br Publicação mensal As opiniþes e os conteúdos emitidos nas matÊrias assinadas são de responsabilidade do autor, assim como o conteúdo dos anúncios Ê de responsabilidade dos anunciantes.
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ReflexĂľes  Â? Â? Â? Â? Â?  Â? Â? Â?  Â? Â?  Â? Â? Â? Â?   Â? Â? Â?  Â? Â? Â?   € Â? Â? ‚ Â? Â? € Â? Â? Â? ƒ Â? Â? Â? ƒ Â? „ Marilia Martins
CULTURA
O VILA MARIANA - NOVEMBRO DE 2012
Emilia Tanaka a grande incentivadora
A histĂłria da ikebana nasceu hĂĄ mais de mil anos, do ritual religioso de oferendar flores a Buda, divindades e antepassados. Iniciou-se como Caminho das Flores “ Ikenobo “, cujo fundador da primeira Escola de Arte Floral foi o famoso estudioso Omono Imoko, que, a mando do imperador do JapĂŁo, atravessou os mares para estudar a cultura e a tradição da China. ApĂłs sua volta, estabeleceu no templo Rokkaudo, construĂdo em homenagem a Rokubisho-nyo-i Rinkanzeon, nome conhecido e venerado de Buda, tendo como um fervoroso adepto deste ensinamento o prĂncipe Shotoku Taishi. Desta forma, adotou-se
Fotos: divulgação
Ikebana: 550 anos de sua criação no Japão e os 50 anos da Associação de Ikebana no Brasil
como cerimĂ´nia obrigatĂłria o Kugyo, ou seja, a oferenda diĂĄria de flores frescas. O Estilo Kooguetsu-Ryu Expressar valores espirituais atravĂŠs da arte, respeitando-se a estĂŠtica - eis o estilo Kooguetsu-Ryu. Segundo os especialistas na matĂŠria, “AtravĂŠs da nossa vivĂŞncia, acumulamos conhecimentos com
o propósito de resultar numa relação humana harmoniosa e feliz. Sendo assim, se de um lado a religião e a filosofia fornecem as bases da conduta moral, do outro , a arte e a cultura proporcionam o senso estÊtico e espiritual.� - Eis porque ikebana nos ensina sobre o mistÊrio e a pureza da Natureza. A eloqßência com que nos falam årvores frondosas. O suave sussurro das belas flores . . . Quando tudo isto se reflete na mente das pessoas, suas palavras e seus atos se enobrecem e humanizam. As flores não desabrochariam belas e formosas, se contrariassem a harmonia existente entre o cÊu e a terra, entre o positivo e o negativo. Uma sociedade só se desenvolve quando reina a harmonia em cada lar. O pensamento
que norteia o estilo Kooguetsu-Ryu de arranjo floral diz que: â€œĂ‰ necessĂĄrio que cada ser humano saiba viver corretamenteâ€?. EmĂlia Tanaka e a ikebana no Brasil EmĂlia Tanaka, que nasceu no Brasil, dedicou grande parte de sua vida Ă ikebana, trazendo valiosas contribuiçþes para o intercâmbio cultural entre o JapĂŁo e o Brasil. Em 2006, o imperador do JapĂŁo, pelo trabalho que vem desenvolvendo, a condecorou com a Ordem do Sol Nascente Raios de Ouro. Iniciando seus estudos de ikebana obteve o “sou katokuâ€?, grau mĂĄximo de licenciatura concedida pela escola Ikenobo.
Prosseguiu difundindo as tĂŠcnicas de ikebana como mestra do Ikenobo Kadokai Nambei Shibu e, em 1984, fundou a Ikenobo AmĂŠrica Latina, Tachibana Shibu sob concessĂŁo do Iemoto. ApĂłs a fundação continuou suas atividades, assumindo a presidĂŞncia da Associação de Ikebana do Brasil nos anos de 1992 e 1993 e de 2000 atĂŠ os dias de hoje, promovendo neste perĂodo diversos eventos de variadas idĂŠias, recebendo elevados conceitos e aplausos de seus membros e do pĂşblico que tem participado. Frente Ă Associa-
ção de Ikebana do Brasil, EmĂlia Tanaka introduziu uma exposição anual e conjunta dos vĂĄrios estilos de ikebana, em diversos locais de SĂŁo Paulo, alĂŠm de viajar pelo Brasil proferindo palestras e promovendo exposiçþes. Entre 1989 e 1996, lecionou ikebana na Universidade de SĂŁo Paulo, sendo a mais longa atuação como mestra nesta modalidade, desde os inĂcios das atividades da associação junto Ă universidade em 1981. Este ano, Emilia Tanaka foi homenageada no PalĂĄcio 9 de Julho, sede da AssemblĂŠia Legislativa do Estado onde, abrindo a primavera no dia 21 de setembro foi inaugurada uma grande exposição de ikebana com a participação de 35 de suas alunas. De 26 a 28 de outubro ultimo na sede do Bunkyo, Ă Rua SĂŁo Joaquim, 381, foi organizada sobre sua orientação uma exposição coletiva de ikebana comemorativa dos 50 anos da atividade no Brasil. Emanuel von Lauenstein Massarani Critico de Arte e Presidente do IPH – Instituto do PatrimĂ´nio HistĂłrico
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MĂšSICA
OVILA MARIANA - NOVEMBRO DE 2012
Depois da bossa nova, contada e recontada.....
BossambĂĄ: um sotaque francĂŞs na mĂşsica brasileira
ra francesa exerceu, por pelo menos dois sĂŠculos, influĂŞncia incontestĂĄvel na Arquitetura, na Literatura e na prĂłpria sociedade brasileira ; o que muito poucos sabem ĂŠ que esse fato que nĂŁo passou despercebido pelo nosso
compositor popular, que soube captar, devorar, deglutir e devolver essa cultura em sambas anårquicos, mas de sabor e de sotaque bem nacionais. AtÊ Carmen Miranda deu lå seus pitacos (ou seus trinados) ao cantar Je vous aime (de Sam Coslow e Haroldo Barbosa) no filme Copacabana, de 1948, do diretor Alfred E. Green; por sinal, sua única gravação em francês. Tudo parece ter começado em 1922, quando os Oito Batutas (todos negros) viajam a Paris, numa tur-
‚ ‚ ‡‰†„‚ …‚ ‚‡ Š ‹„ „‚ † ‚ Criada em 1965 por iniciativa de um grupo de idealistas, teve inicialmente como objetivo oferecer serviços de educação, tratamento, orientação
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nĂŞ organizada por Duque (dançarino de maxixe e produtor) e patrocinada pelo milionĂĄrio Arnaldo Guinle, levando consigo a cĂŠlula mater da mĂşsica popular brasileira urbana. A receptividade do pĂşblico francĂŞs, ovacionando e consagrando o grupo de Pixinguinha no cabarĂŠ parisiense Sherazade, legitima definitivamente os mais autĂŞnticos ritmos nacionais - o maxixe, o chorinho e o samba -, mudando o rumo da mĂşsica popular brasileira, ainda em gestação. LĂĄ Pixinguinha e Duque compĂľem o maxixe Les Batutas, nunca integralmente gravado. Mais tarde (1929), uma das estrofes seria recuperada e gravada por J. Thomas com o tĂtulo de . Dez anos depois, em 1932, o grande compositor Assis Valente estrĂŠia no cenĂĄrio musical compondo ro especialmente escrita para a vedete do teatro de revista Aracy Cortes; a gravação, pela ColĂşmbia, conta com a participação de Pixinguinha: Vien petite francesa DancĂŞ le classique em cime de mesa O texto, apresentando-nos uma francesinha do balacobaco, que sobe o morro para dançar maxixe, requebrar nos cabarĂŠs e frequentar as rodas de macumba, tambĂŠm satiriza o emprego de estrangeirismos, tĂŁo em voga na ĂŠpoca. Muitos sambas no mesmo estilo foram
reg ist r a dos durante a Era Vargas, seguidos por outros ritmos nos anos 50, como o samba-canção e o baiĂŁo. Vale destacar O BaiĂŁo em Paris, de Humberto Teixeira, contando a saga do ritmo nordestino na capital francesa: Monsieur le baion, EnchantĂŠ de vous voir Oh, merci, merci beaucoup! Depois da bossa nova, contada e recontada no começo deste artigo, vale lembrar que durante o perĂodo da ditadura (19641985), muitas cançþes ironizaram a ĂŠpoca, algumas de forma atĂŠ bem humorada! E Juca Chaves ĂŠ autor de uma delas: Paris Tropical, canção de 1972, satirizando PaĂs Tropical , o patropi de Jorge Benjor. Embora a canção de Benjor nĂŁo tenha sido composta para saudar o paĂs daqueles tempos bicudos, caĂa como uma luva para os objetivos nacionalistas e xenĂłfobos daqueles tempos. Juca nĂŁo deixou por menos, em seu exĂlio voluntĂĄrio, desfrutado na capital parisiense: He, he, he, ai, ai! Esta ĂŠ uma homenagem Ă fartura, Ă champagne, e ao caviar... e Ă boa mulher francesa. Ah, que saudade do feijĂŁo com arroz, da carne seca e da jaca. AlĂ´ Brasil, alĂ´ Simonal, moro e namoro em Paris
Tropical Teresa Ê empregadinha e eu sou seu patrão Vendi meu fusca e o meu violão Tenho um jaguar, só ouço Bach Eu como stroghonoff em lugar de feijão Mas que Patropi nada, isto Ê que Ê um vidão Alô Brasil, alô Jorge Ben Eu vou de metrô, você vai de trem Alô Brasil, alô Jorge Ben Eu vou de metrô, você vai de trem Para finalizar este assunto tão vasto e intrigante, destacamos ainda dentro dessa relação intercultural entre o Brasil e a França, uma outra vertente musical inaugurada por Gilberto Gil, de caråter tão brasileiro quanto pan-africano, voltada para tribos e naçþes com um passado comum. Pois Ê, Gilberto escreveu nada menos do que cinco cançþes em francês... e Ê ele o destaque da última parte desta história musical! Um grande abraço a todos ! Nancy Alves Cantora e pesquisadora musical; seu CD, Bossambå, apresentando sambas e bossas em francês, serå lançado no dia 24 de novembro, às 21 horas no Teatro FECAP em São Paulo. Nancy passarå a escrever mensalmente sobre música brasileira neste jornal.
Fotos: divulgação
No artigo anterior, abordei o tema da bossa nova e as versĂľes inesquecĂveis em francĂŞs, deixando no ar a seguinte pergunta: Acho que nĂŁo existe nada mais descompassado do que samba ou batuque em francĂŞs. Entretanto, por mais curioso e absurdo que possa parecer, muitos compositores brasileiros - todos, aliĂĄs, de primeiro time - , escreveram ou rascunharam na lĂngua de Molière. Do lado de cĂĄ, como todos sabem, a cultu-
CINEMA
OVILA MARIANA - NOVEMBRO DE 2012
Lançamentos reforçam a importância do movimento na atualidade
Fotos: divulgação
Procurando a Tropicália
Movimento criado na década de 60, com fortes influências dos acontecimentos da época, a Tropicália se baseava em uma cultura pop internacional com Caetano Veloso e Gilberto Gil
Quando Caetano Veloso veio a São Paulo e assistiu ao filme Terra em Transe, sentiu que algo deveria ser feito. O filme de Glauber Rocha trata de questões que lhe eram contemporâneas, e faz parte do contexto de grande produção cultural que acontecia mundialmente nos anos 60. O Brasil se desenvolvia economicamente quando estudantes lotavam as lanchonetes para tomar uma Coca Cola, ao som de Beatles e Rolling Stones. Enquanto isso estudantes da USP ouviam com preocupação ao som da guitarra de Keith Richards e protestavam contra o imperialismo norte americano. Porém, as pessoas que perceberam este novo cenário brasileiro não nasceram em São Paulo. Vieram com sua bagagem criativa da Bahia para sentirem um choque ao assistirem a novidade apresentada nas telas por Glauber Rocha e criarem um dos mais importantes
movimentos culturais brasileiros: a Tropicália. Diferente do imaginado por muitos, a Tropicália não interferiu apenas na esfera musical, uma vez criada por Caetano Veloso e Gilberto Gil, mas envol-
veu diversas frentes artísticas e inovou não apenas a cultura do Brasil, porém o comportamento social como um todo. O cinema de Glauber Rocha, as artes plásticas de Hélio Oiticica, o teatro do José Celso Martinez Corrêa e a literatura de
Torquato Neto são exemplos desta pluralidade. Pelo desejo de inovar e estar em linha com o cenário internacional, misturou o erudito com o popular, a produção nacional com a estrangeira, o pop norte-americano com baião e, como se deu no período da ditadura militar, também retratou a política de forma crítica, já que era defensor da liberdade de expressão. Com estreia nos cinemas brasileiros em setembro, o documentário de Marcelo Machado intitulado Tropicália conseguiu fazer um recorte da época de forma autêntica. O filme apresenta os acontecimentos culturais que se passaram entre 1967 e 1969, anos da existência conceitual do movimento, por meio de imagens raras de arquivo comentadas por seus próprios fundadores, como Gil, Caetano e Tom Zé. Também foram mostrados os acontecimentos políticos, e isto ajudou a proporcionar uma visão
mais abrangente da vida naquele período. Contemporâneos em suas atitudes, os protagonistas desta agitação cultural deixaram de lição para as gerações seguintes a possibilidade do prazer ao se vivenciar o momento presente com intensidade e de experimentar o novo, sem restrições. As força dos ensinamentos é tamanha de forma a ser sentida nos dias de hoje. Prova disso é o álbum lançado por Tom Zé neste ano. Desta vez o músico se uniu a cantores da nova geração para lembrá-los que fazer diferente ainda é possível, e apresentou faixas com explicações sobre suas teorias tropicalistas ou apenas músicas festi-
vas e bem humoradas. Infelizmente, a influência tropicalista não foi replicada no cinema. Se nos anos 60 o cinema marginal conseguiu representar a mistura que era vivenciada e assim dialogar com a Tropicália, mesclando fontes de diversos gêneros, desde chanchada a filmes norte - americanos, hoje é apreciado apenas pelos amantes da sétima arte, distanciando-se do grande público. Por sorte, ao menos são encontradas produções que falam sobre a Tropicália no cinema. Outro documentário será lançado em breve. Com direção de Ninho Moraes e Francisco Cesar Filho, Futuro do pretérito: Tropicalismo
Now! busca o que restou do Tropicalismo nos dias atuais. Isto é feito utilizando-se inserções de ficção e cenas de uma apresentação com releituras de músicas menos conhecidas, comandada por Adré Abujamra e estrelada por músicos como Luis Caldas, Suzana Salles e Alexandre Nero. Além de inspirar por demonstrar que a produção do passado pode render bons frutos na atualidade, o novo documentário intensifica seu propósito ao afirmar que a essência do Tropicalismo consiste na busca pelo novo, com a vivência do presente. Bruno Alves alvsbruno@gmail.com
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O VILA MARIANA - NOVEMBRO DE 2012
POESIA & LITERATURA
Casa das Rosas CULTURA TCHECA É TEMA DE EXPOSIÇÃO NA CASA DAS ROSAS Em cartaz desde 30 de outubro, exposições Václav Havel e seu País e A Magia do Cristal Boêmia contam parte da história da República Tcheca. Parte da trajetória da República Tcheca ganha o espaço da Casa das Rosas até 2 de dezembro, com as exposições Václav Havel e seu País e A Magia do Cristal da Boêmia. Realizada pelo Consulado Geral da República Tcheca em São Paulo, Czech Trade – Representação de Empresas Tchecas no Brasil, as exposições apresentam documentos históricos do ex-presidente e escritor Václav Havel (1936-2011) e peças de design feitas a partir do precioso cristal da Boêmia.
A ideia é divulgar o país tcheco no Brasil por meio de dois de seus ícones culturais. A tradicional arte do Cristal da Boêmia ocupa duas salas da Casa onde dezenas de peças preciosas, produzidas por designers de oito empresas tchecas, ficam expostas. Caso de Borek Sípek, premiado internacionalmente e “artista da corte” do Castelo de Praga durante o governo de Havel (1993-2003). Outras atividades Cursos “Do poema para o palco” e “As três idades de Haroldo de Campos” Dois novos cursos começam as atividades em novembro. Do poema para o palco, ministrado por Paula Chagas Autran, inicia na terça-feira, 6 de novembro, às 19h30, e As três idades de Haroldo de Campos, com
Horácio Costa, na quinta-feira, 8, também às 19h30. Do poema para o palco tem como propósito investigar a linguagens poética e dramatúrgica, revelando o que há de comum e de diferente entre elas e, mais, como é que dialogam. As aulas acontecem sempre às terças-feiras, até 4 de dezembro. Horácio Costa, poeta com livros publicados no Brasil e no exterior, ensaísta, tradutor e professor de Literatura Portuguesa na Faculdade de Letras da Universidade de São Paulo apresenta uma breve leitura da obra poética de Haroldo de Campos (1929-2003) durante o curso As três idades de Haroldo de Campos, cujas aulas, ministradas às quintas-feiras, seguem até 6 de dezembro. Abordando desde Auto do Possesso (1949)
R u a R i o G r a n d e , 9 3 / 10 7 Vi l a M a r i a n a – S ã o Pa u l o – S P T E L S : 5 5 71 - 8 7 8 7 / 5 0 81 - 5 2 4 7 Aberto das 06:00 ás 23:00 E - m a i l : c o n ta t o @ p a o fa m i l i a r . c o m . b r w w w. p a o fa m i l i a r . c o m . b r
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a Entremilênios (póstumo, 2009), as aulas priorizam o estudo da literariedade, por meio de leitura oral e análise detalhada, de um núcleo de poemas representativos feitos por Haroldo. Feira de troca de livros, livros infantis, gibis e brinquedos No sábado, 17 de novembro, das 14h às 17h, o núcleo educativo da Casa das Rosas promove mais uma edição da Feira de torca de livros, livros infantis, gibis e brinquedos. Só não valem livros didáticos e brinquedos quebrados na hora da “negociação” entre os participantes do encontro. O que é a poesia? Ferreira Gullar O poeta Ferreira Gullar é o convidado do ciclo de palestras O que é a poesia? que acontece no domingo, 18 de novembro, às 16h. Também crítico de arte, biógrafo, tradutor, memorialista e ensaísta, Gullar irá refletir sobre o fazer poético, mote do evento idealizado e mediado pelo poeta e editor Edson Cruz. Cruz convidou poetas de várias linhagens para falar sobre o tema e o resultado das conversas transformou-se em livro e, por fim, nas palestras realizadas desde maio na Casa das Rosas. Augusto de Campos foi o primeiro poeta convidado do ciclo, que recebeu ainda Ricardo Corona, Affonso Romano de Sant’anna, Francisco Alvim, Carlos Felipe Moisés e Ernesto de Melo e Castro. Dia da Consciência Negra Celebrado em 20 de novembro, o Dia da Consciência Negra busca a reflexão e conscientização sobre a importância da cultura e do povo africano para a formação da identidade e história brasileiras, tendo como ponto de partida a data do assassinato de Zumbi de Palmares, um dos principais líderes do movimento contra a escravidão. Confira a progra-
mação atualizada no blog da Casa das Rosas. CICLO DE SARAUS NA CASA DAS ROSAS Programação Poesia Ilimitada – Novembro 2012 Quase todos os dias tem sarau na Casa das Rosas. Participe dos encontros gratuitos dedicados à declamação da poesia. A PLENOS PULMÕES Apresentação: Marco Pezão. Inscrições começam uma hora antes. Sábado, 3 de novembro, 19h30. Dedicado aos amantes da poesia, o objetivo é incentivar a literatura escrita e falada. O microfone está aberto. VIA VEREDA Curadoria e apresentação: Maria Alice Vasconcelos. Participação musical: 16 de novembro – Vera Lima, Carlos Mahlungo e Eduardo Monteiro. Sexta-feira, 16 de novembro, 19h30. Sarau mensal dos alunos e ex-alunos das oficinas de criação da Casa das Rosas. Os poetas e escritores interpretam poemas e textos, próprios e de diversos autores. CHAMA POÉTICA Direção: Fernanda de Almeida Prado. Sarau Erótico Com Carmen Queiroz, Marcelo Medeiros e Alexandre Mello. Domingo, 11 de novembro, 18h. A proposta do Chama Poética é difundir e fomentar a arte por meio da poesia, da literatura e da música. O MENOR SLAM DO MUNDO Curadoria: Daniel Minchoni. Sábado, 24 de novembro, 19h30.
Baseado nos slams, o sarau propõe um jogo de poesia em que os participantes apresentam, em 10 segundos, suas qualidades poéticas e performáticas. QUINTA POÉTICA Curadoria: José Geraldo Neres. Reúne boa poesia, com diferentes expressões artísticas, como dança, música, artes plásticas e cultura popular envolvendo a leitura dos poemas. 53ª edição Convidados: Cleberton Santos, Elisa Andrade Buzzo, Lilian Aquino, Lucila de Jesus, Osvaldo Rodrigues e Regina Lyra. Participação especial: Poéticas do Desacontecer, com os performers: Ana Musidora, Diogo Cardoso, Franciane de Paula e Murilo De Paula. Quinta-feira, 29 de novembro, 19h. SERVIÇO Programação Poesia Ilimitada - Ciclo de saraus (novembro) De 3 a 29 de novembro de 2012. Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura Avenida Paulista, 37 – próximo à Estação Brigadeiro do Metrô. Horário de funcionamento: de terça-feira a sábado, das 10h às 22h; domingos e feriados, das 10h às 18h. Convênio com o estacionamento Patropi: Alameda Santos, 74. Tel.: (11) 3285-6986 / (11) 3288-9447. Blog: www.casadasrosas-sp. blogspot.com Twitter: www.twitter.com/ casadasrosas Facebook: http://www.facebook.com/casadasrosas
MOTOR
52 anos de Salão do Automóvel
Pedro Rodrigo
Fotos: divulgação
Mario Lafite, Reginaldo Leme, Rubens Heredia
Patrícia Vellardi
Maior evento automotivo da América Latina e maior evento comercial da cidade de São Paulo, entrou de vez na rota do turismo e negócio internacional. O Salão alcançou o posto de 4º maior evento do mundo e as marcas presentes provam isso fazendo do evento deste ano palco para lançamentos globais de veículos. Mercedes-Benz – AMG & SMART, um show a parte. O que dizer..., simplesmente fantástico! Em entrevista exclusiva ao OV.M. – via MotorBusiness / rádio High Speed Brazil - Mario Lafite (Diretor Comun.Institucional M-B), apresenta não apenas o bólido - também, a expressão serena de “saber a que veio e, o que trouxe”. Desfilou desde a High Tech - Smart E-bike, bicicleta elétrica de alto padrão tecnológico, até a SLS-GT3 edição 45 anos da AMG – direto da casa de Affalterbach, em edição de apenas cinco exemplares e em Avant Premier no Brasil. Estas, são apenas a “entrada e sobremesa
do menu”, imaginem as opções entremeio. Lafitte abriu ainda, a sala V.I.P. AMG. – quase um Pub. Animada pela bela DJ Patrícia Vellardi, o ambiente – Impecável e acesso totalmente restrito, ideal para nossa proposta. “Mostrar as curiosidades inatingíveis, dentro do universo do Motor” Jaguar & Land Rover, “enfim a cria retorna ao seio materno” Foi com esta afirmação com que chamei a atenção de Herr Ralf Pack – Presidente Mundial das Craftsmanship britânicas. Fez questão de abrir o novo Range Rover que, pela própria atitude, mostra o orgulho em “aportar” em definitivo ao Brasil, além do que estáva apresentando. Mr. Richard Woolley (Studio
Director), comentou sobre a pesquisa que realizou,“Como deve ser a próxima versão da Range”. Daí surgiu o grande desafio pela resposta dos ingleses – “Deixe-a igual. Apenas, faça-a melhor”, a frase acabou em risos, como se fosse missão fácil de executar. “Após anos de prancheta”, impressionantes 450Kg a menos na balança. Andrew Marsh, PR Business Manager da Jaguar permitiu que entrássemos no secreto F-4 roads-
Fernando-VeloxTV
ter - segmento jamais proposto para concorrer com; SLK, Boxter e Z4. Sintetizando, creio que já sabemos qual o próximo carro de 007, a serviço de sua Majestade! Mais informações: 27º Salão Internacional do Automóvel de São Paulo - Local: Pavilhão de Exposições do Anhembi Av. Olavo Fontoura, 1.209, Santana - São Paulo www. salaodoautomovel.com.br
ss
O VILA MARIANA - NOVEMBRO DE 2012
James Bond completa 50 anos de espionagens e carros luxuosos
Há 50 anos um então desconhecido Sean Connery se apresentou na telona com a frase “Meu nome é Bond, James Bond” e, após 23 filmes, o espião mais famoso do cinema continua causando furor. A estreia do primeiro filme do agente secreto, 007 Contra o Satânico Dr. No, deu-se em 5/ 10/ 62, e a saga não perdeu sua atualidade e sem alterar sua personalidade: mulherengo, elegante e rebelde, embora eficiente a serviço de Vossa Majestade. Hollywood o considerava inglese demais. O escocês Sean Connery foi o protagonista e Albert R. Broccoli e Harry Saltzman, os produtores. Apesar de críticas negativas pela personalidade libertária de Bond, já arrecadou mais de US$ 5 bilhões com os 22 títulos lançados até aqui, sem contar com a estreia de “007 - Operação Skyfall”. Personagens recorrentes como M, Q e Moneypenny, os aparatos tecnológicos sofisticados (“gadgets”) utilizados pelo espião, as “Bond Girls” - interpretada no primeiro filme
pela explosiva Ursula Andress - e a fraqueza deste agente com licença para matar pelo “Martini batido, não mexido” aparecem desde o primeiro episódio da série. Em um contexto político marcado pela Guerra Fria, as aventuras do agente 007 salvando o mundo da ameaça comunista fizeram sucesso com os títulos; Moscou Contra 007, 007 Contra Goldfinger e 007 - Os Diamantes São Eternos. O sucesso da franquia sobreviveu pela essência do personagem e as contribuições particulares: a luta de George Lazenby, a sátira de Roger Moore, a agressividade de Timothy Dalton e a insolência de Pierce Brosnan, foram atualizando o protagonista e as histórias. Com Daniel Craig, sua escolha como 007 foi muito criticada, porém, a saga deu um giro de 180 graus para um personagem mais obscuro e rude, em tramas mais realistas e complicadas e filmes mais viscerais, menos glamuroso e finalmente mais vulnerável. Desencantado com sua profissão, traído pela mulher que ama e que troca o Martini com Vodca pela cerveja causou um novo deslumbramento nos espectadores. Prova disso é que recentemente Roger Moore afirmou que Craig é o melhor 007 da história. O sucesso do agente secreto superou as fronteiras da telona e se transformou em um símbolo do Reino Unido, como ficou claro em sua
aparição na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Londres em um divertido “sketch” junto à rainha Elizabeth II. Por ocasião dos 50 anos, a casa Christie’s celebra nos próximos dias um leilão beneficente com artigos de Bond, entre eles uma BMW e um Aston Martin, enquanto o Barbican Centre acaba de encerrar uma exposição em torno do personagem. Com a estréia de 007 - Operação Skyfall, o revitalizado James Bond interpretado por Daniel Craig acrescentará um novo capítulo a esta his-
tória de meio século de espionagens, vilões, mulheres bonitas e, até onde sabemos, a volta triunfal de um ostensivo Bentley, veículo originalmente usado pelo primeiro 007 da história, ainda que apenas nos livros. Junto a ele, somam-se os Aston Martins e BMW’s e que nos levam ( O Vlia Mariana), a propor ao refúgio da memória do cinema – a Cinemateca, e ao memorável Veteran Car Clube de São Paulo, para sua próxima exposição em 18/ 11, um especial aos expositores e visitantes do evento que ocorre TODO segundo domingo de cada mês. Bem, a “dica está dada”. Rubens Heredia
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TCP
Acerte seu “Horário
Prepare-se, enfim, engastamos em definitivo nos grandes eventos mundiais de tênis. Há muito merecíamos continuar dividindo espaço neste universo e, graças ao profissionalismo e empenho da KOCH TAVARES – com todos os merecidos louros. Ainda que desprovidos - no momento, de uma estrela maior, temos grandes nomes porvir. O critério de seleção para os jogadores serão os 7 com maior número de pontos no Circuito Challenger - em número máximo de 10 torneios. O país local da organização pode inscrever um jogador onde, neste caso, será Thomaz Bellucci – ainda, dois jogadores reservas. O ATP Challenger Tour Finals tem como patrocinador máster a Gillette, com co-patrocínio do Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Esporte, Lazer e Turismo, Correios, Governo Federal, Omint,; apoio da Prefeitura de São Paulo e Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação, Artefacto Beach & Country, by Kamy, Vinho Santa Carolina e Federação Paulista de Tênis. Transporte Oficial – Azul; Hotel Oficial – Renaissance São Paulo Hotel. Bola Oficial – Wilson. Parceiros de Mídia – IstoÉ, Band, Bandsports e Sportv. Modesta e com muito orgulho, nosso “O Vila Mariana”, porque não. A realização da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais) e da Confederação Brasileira de Tênis. Koch Tavares é a promotora.
TCP
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ao Verão TCP” Campeonato de duplas do TCP 2012
A exibição entre Novak Djokovic e Gustavo Kuerten acontecerá em 17 de novembro às 18:30 - no Maracanãzinho. Guga segue com sua série de exibições anuais onde já enfrentou Andre Agassi, em 2010 e Alex Corretja, em 2011, o atual capitão da “Armada” na Copa Davis. Em clima de total descontração, Guga, ex-número 1 do mundo, venceu o jogo de exibição contra Nicolas Lapentti, neste mês de outubro na região metropolitana de Florianópolis, em pouco mais de uma hora. Guga derrotou o amigo por 2 sets a 0. A partida fez parte do encerramento da Semana Guga Kuerten, que o ex-tenista promove todos os anos. As vendas se iniciaram em 25/ 09, para esta que será a primeira aparição de Dlokovic, o atual número 2 do mundo, no Brasil. Os valores das entradas variam de R$ 100, a R$ 250, para cadeiras “Premium”. Maiores informações, basta acessar o site djokovicnorio.com.br.
Fotos: divulgação
A dupla brasileira Marcelo Melo e Bruno Soares conquistaram o título do ATP 250 em Estocolmo - na Suécia, enfrentando a dupla favorita Robert Lindstedt (Suécia) e Nenad Zimonjic (Sérvia). Derrotados por 2 sets a 1 - numa virada histórica, o “duelo” teve duração de quase duas horas. Melo e Soares sentiram a derrota muito próxima quando os rivais abriam 4-2 no segundo set. Forçaram os erros de Lindstedt e reagiram empatando a partida, levando o jogo ao tie-break, fechando-o em 10-6. Aos admiradores da modalidade duplas, haverá no próximo dia 10 /11 o torneio do TCP – em sua sede náutica. Como sempre, o conforto e descontração estarão garantidos pelo translado e total suporte para alimentação aos tenistas ávidos para uma partida em quadra rápida. O início dar-se-á às 8:00 e, maiores informações; pelo site do clube ou f. 3252 5266 – Diretoria de Tênis com Sra Nice.
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TECNOLOGIA
Governo Brasileiro envida esforços para melhorar a infraestrutura da Banda Larga
O acesso à internet vem se popularizando de maneira espantosa de norte a sul do país, de leste a oeste, entre pobres e ricos. O sonho de outrora de ter uma televisão das classes C, D e E, vem sendo substituído pelo de ter um computador, mesmo porque, muitos modelos até já substituem a televisão, que, ao que tudo indica, em breve poderá se tornar coisa do passado. Mas, infelizmente, a nossa rede de Banda Larga ainda não tem uma infraestrutura adequada que possa dar vazão a
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essa crescente demanda. Tecnicamente, banda larga é a capacidade de transmissão superior a 1,5 Mb por segundo. Mas por aqui ainda não se tem uma regulamentação que indique qual é a velocidade mínima para uma conexão ser considerada banda larga. A tecnologia mais utilizada no pais é a ADSL (em inglês: Assymmetric Digital Subscriber Line) ou “Linha Digital Assimétrica para Assinante”, cuja caracteristica principal é permitir o tráfego de dados mais rápido em
um sentido do que em outro. Daí o termo “Assymmetric”, pois indica que a tecnologia possui maior velocidade para o download (baixar) e menor para upload (enviar). A tecnologia ADSL divide a linha telefônica em três canais virtuais: Voz, Download (velocidade alta) e Upload(velocidade média). Mas há novidades à vista, sinalizando por uma melhora nesse campo. No início deste mês o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, defendeu a entrada no mercado de empresas especializadas na administração de torres de antenas de telecomunicações , com vistas ao compartilhamento das antenas para a tecnologia móvel de banda larga 4G, visando expandir a rede de banda larga, tanto 4G quanto de uso doméstico. Tal medida poderá fazer com que as empresas
provedoras de acesso residencial cumpram com a velocidade contratada, o que atualmente nem sempre conseguem cumprir, apesar dos esforços. O Governo Federal, através do PNBL (Plano Nacional de Banda Larga), vem juntando esforços com as empresas de Telecomunicações para melhorar a velocidade de acesso à rede. Um exemplo disso, é o acordo firmado em 09/10/2012 entre Telebrás e TIM, no qual as duas empresas anunciaram o compartilhamento de infraestrutura de rede de banda larga. Esse acordo foi iniciado em julho do ano passado, visando oferecer conexão à internet com velocidade de 1 megabit por segundo (Mbps), ao custo mensal de R$ 35, no programa do governo. Essas companhias também possuem um acordo para compartilhamento de rede móvel da TIM,
para oferecer acesso à internet a computadores por modem, também dentro do PNBL. As operadoras Telefônica/Vivo e Oi já oferecem o serviço de banda larga popular, previsto no PNBL. Atualmente, um dos desafios da Telebrás consiste em ampliar a sua rede de fibra óptica. Neste mês, a companhia fechou um contrato de R$ 135 milhões com a G4S Technology Brasil para ativação de 2.240 quilômetros de cabos de fibras ópticas na região Norte. A estimativa é que a estatal investirá R$ 510 milhões na instalação redes de fibras ópticas, na construção de cabos submarinos internacionais, na montagem de um satélite geoestacionário em parceria com a Embraer e na criação de centros de internet ultrarrápida para apoiar as cidades-sedes da Copa das Confederações.
A Telebrás também tem buscado fechar acordos com companhias para ampliar a rede de fibra óptica usando a infraestrutura de parceiros. Embora ainda não se tenha uma legislação que vise à regulamentação de entrega de velocidade nos serviços contratados junto às operadores, tais esforços trazem uma boa perspectiva de melhora em nossa infraestrutura de banda larga, de modo que seja possível oferecer velocidades compatíveis com as demandas que serão solicitadas nos eventos esportivos internacionais que irão acontecer no País (Olimpíadas, Copa do Mundo de Futebol, etc.). Para consultar a velocidade de sua conexão acesse o site WWW.OVilaMariana.com.br João Soares Jssoares@mail.com MBA-FGV em Gerenciamento de Projetos
TERAPIA
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A Aura Soma e seus Pomânderes O sistema terapêutico Aura Soma possui, além de seus frascos de óleos balanceados, outros importantes produtos que podem oferecer um fantástico tratamento em busca do autoconhecimento. Um deles é o POMÂNDER. Os Pomânderes se constituem numa combinação de 49 extratos de ervas e óleos essenciais: sete ervas relacionadas por meio de sua cor e a cada um dos sete Chakras. Cada um dos Pomânderes coloridos conterá uma predominância das ervas que corresponderá ao Chakra específico ao qual a cor está relacionada, assim, cada um deles tem a condição de atender às necessidades de uma
estação diferente do corpo. Os Pomânderes têm a finalidade de equilibrar o campo magnético do indivíduo, o que acaba por resultar, de um lado, em uma proteção contra influências negativas e, por outro, pode facilitar que influências positivas penetrem no corpo. Eles são apresentados em pequenos frascos plásticos e contém substâncias altamente concentradas. Por ter uma base alcoólica são de rápida evaporação. Possuem a praticidade de poderem ser carregados em pequenas bolsas ou até mesmo em bolsos. Sua praticidade se encontra quanto ao seu uso, uma vez que não precisa ser agitado e pode ser
usado por mais de uma pessoa, diferentemente do que ocorre com o Óleo Balanceado, que é individual e tem seu próprio ritual de utilização. Com a ajuda dos Pomânderes você também pode modificar a energia negativa do interior de aposentos ou casas. Originalmente estas substâncias eram utilizadas para purificar a atmosfera em aposentos e para proteger pessoas, mas ainda hoje podemos dizer sim que eles servem para LIMPEZA e PROTEÇÃO. Sua proteção dura cerca de 2,5 horas. A principal característica da criação do Pomân-
der é que ele é especial para pessoas que estão no processo de abertura ao auto conhecimento. É importante destacar aqui que as fragrâncias também desempenham um papel importante no tratamento com Pomânderes. Vale observar que através da história, aromas e vapores têm sido usados para purificar a atmosfera. O termo Pomânder vem do tempo em que cravos da índia eram colocados dentro de uma maçã para purificar a sala do Tribunal de Justi-
ça, auxiliando os juízes a atingir uma decisão esclarecida. Até os dias atuais podemos ver os incensos usados em igrejas e templos para rituais de purificação. Tudo relaciona-se às fragrâncias e à sua importância no campo etéreo. Quando utilizamos os Óleos Balanceados nós trabalhamos diretamente sobre o nível físico e os aplicamos à pele. Com os Pomânderes, o principal campo de ação é o eletromagnético, que envolve o campo físico, produzindo
cura e proteção. Há um vasto caminho de explicações, utilizações e aplicações para os produtos utilizados nos tratamentos terapêuticos com AURA-SOMA. São magníficas “joias” coloridas que possuem uma linguagem própria. Para utilizar-se dos produtos Aura-Soma procure um terapeuta credenciado que poderá auxiliá-lo de maneira adequada. Cristiane Craveiro Terapêuta Aura-Soma criscrav@terra.com.br
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ECONOMIA
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Você já deve ter pegado uma nota de vinte reais na mão. Os detalhes precisos do que estão impressos naquele pedaço de papel com plástico são os seguintes: dimensão de cento e quarenta por sessenta e cinco milímetros. As cores predominantes são o amarelo e o laranja. Na frente temos a figura da efígie simbólica da República, interpretada sob a forma de escultura. No
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verso a figura de um mico-leão-dourado (Leonthopitecus rosalia), macaquinho de pelo alaranjado e cauda longa nativo da Mata Atlântica, que luta como um louco para não ser extinto. Temos às assinaturas do Ministro da Fazenda e do Presidente do Banco Central do Brasil. Na frente também, abaixo do numero vinte grande a frase “Deus seja Louvado”. Está é a des-
crição do Banco Central do Brasil para a nota de vinte reais. Em varias notas de diferentes moedas e países você sempre encontrará uma ou outra referência a Deus. O Dólar americano é um caso interessante. Nas notas antigas existia a frase “Payable to the bearer on demand”, ou traduzida seria “Pagável à vista ao portador”. Hoje elas foram substituídas
Fotomontagem: Américo
Como funciona o dinheiro? Simples, olhe o cachorro que corre atrás do rabo.
por “In God we trust”, ou seja, “Em Deus confiamos”, bem grande no mesmo local. Isto ocorria, porque no passado o dinheiro
era lastreado em ouro, ou seja, caso você deseja-se iria ao Banco Central do seu país e trocaria sua nota por certa quantidade de ouro. A maioria dos países trocaram as frases de garantia de pagamento por uma citação ou frase relacionadas a Deus. Pois bem, sinto informar que caso um dia algum governante louco resolver não pagar, ou honrar a moeda do país, somente a Deus você poderá reclamar. Nós brasileiros, já vivemos inúmeras vezes essas maluquices. Quem não se lembra de um ou outro plano econômico que de repente, congela seu dinheiro, troca suas notas e o que você tinha no cofrinho não vale mais nada. Então surge a pergunta, por que acreditamos tanto em um pedaço de papel colorido? A diferença está entre saber e achar. Pode parecer loucura, mas não sabemos nada a respeito do dinheiro, achamos que sabemos. O que você sem saber imagina a respeito da nota de vinte, está basea-
do apenas na confiança de milhões de pessoas que possuem exatamente a mesma interpretação que você tem. Caso algum dia esse sistema de confiança universal seja desacreditado, teremos o que os economistas chamam de colapso financeiro. Todos irão aos bancos o mais rápido possível para sacar dinheiro e transformá-lo em mercadorias. O que o dinheiro realmente se presta é na praticidade. Imagine um advogado que queira comprar gasolina. Caso não houvesse meio de transação (as notas), o advogado teria que esperar o dono do posto precisar de um advogado para trocar seus serviços por gasolina. Assim funciona a loucura do dinheiro, confiança mútua e um grande acordo informal entre as partes. É o cachorro, ou se preferir o mico-leão-dourado, acreditar que seu rabo está e sempre estará lá, mesmo não entendendo direito como ele funciona. Aristides Campos Jannini
ESPORTES
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Ginásio do Ibirapuera
Neste mês iremos utili- jeção de grandes nomes sul-americana do salto em zar este espaço para falar do esporte mundial. No distância e tri-campeã Pasobre a tradição do Con- atletismo, o nome de des- namericana da prova, rejunto Desportivo Constân- taque é o da campeã olím- sultados obtidos nos jogos cio Vaz Guimarães em re- pica Maurren Maggi, que de Winnipeg (1999), Rio velar atletas renomados no aos 18 anos de idade saiu de Janeiro (2007) e Guacenário esportivo estadual, do interior de São Paulo dalajara (2011). nacional e mundial. Outros atletas do Cenpara integrar a equipe de O Centro de Excelên- atletismo do Centro de tro estão seguindo os pascia Esportiva, projeto do Excelência (chamado, na sos da campeã olímpica, Governo do Estado de São época, de Projeto Futuro). que ainda realiza seus treiPaulo realizado por meio Nas mãos dos técnicos Né- namentos na pista de atleda Secretaria de Esporte, lio Moura e Tânia Moura, tismo do Conjunto, junto Lazer e Juventude, atua, membros da comissão com os jovens atletas perdesde 1984, tencentes ao prona detecção e jeto. Promessas formação de como Jonhatan talentos esporHenrique Silva e tivos nas moCarlos Roberto dalidades atlePio de Morais, tismo e judô. ambos residenCom sede no tes do projeto, Conjunto Desparticiparam da portivo Consedição deste ano tâncio Vaz dos Jogos OlímGuimarães, o picos de Londres, projeto atende nas modalidajovens talen- Osvaldo Hatiro Ogaha, Antônio Tenório (Londres 2012) des salto triplo e revezamento tos oriundos de diversas cidades do técnica do projeto e téc- 4x100m, respectivamente. estado de São Paulo, além nicos da atleta até os dias Marcaram presença tamde também receber jovens de hoje, Maurren Maggi bém Keila da Silva Costa promissores dos demais se tornou o maior nome do (salto triplo), Geisa Raestados brasileiros, em re- atletismo nacional ao con- faela Arcanjo (arremesso gime de internato. quistar o ouro olímpico no de peso), Ronald Odair de O trabalho realizado salto em distância, nos Jo- Oliveira Julião (arremespelos profissionais en- gos Olímpicos de Pequim so de disco) e Guilherme volvidos na execução do (2008). A atleta também Henrique Cobbo (salto projeto propiciou a pro- é a recordista brasileira e em altura), todos forma-
Fotos: Divulgação
Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães
dos pelo Centro. No judô, não faltam exemplos de atletas integrantes do Centro de Excelência Esportiva que se destacaram no cenário esportivo mundial. Os judocas Thiago Camilo, medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Sidney (2000) e de bronze em Pequim (2008), Leandro Cunha, medalha de prata no Mundial de Tóquio (2010) e Paris (2011), e Felipe Kitadai e Rafael Silva, que conquistaram medalhas de bronze na última edição dos Jogos Olímpicos (Londres, 2012) são exemplos notáveis. Os recém-medalhistas foram residentes do projeto durante 6 anos, entre os anos de 2005 e 2011, dividindo o mesmo quarto e participando de todos os treinamentos, competi-
ções e atividades oferecidas sobre o comando dos técnicos Osvaldo Hatiro Ogawa, Alexandre Garcia e Jaime Bragança. Os técnicos Alexandre Garcia e Jaime Bragança também comandaram a comissão técnica brasileira de judô nos Jogos Paraolímpicos de Londres (2012). Além do Projeto Centro de Excelência Esportiva, o Governo do Estado de São Paulo criou, em 2008, o Projeto Jovens Atletas, visando a formação e o desenvolvimento esportivo de jovens nas modalidades voleibol, futebol de campo, basquetebol e tênis de campo, utilizando como sede o Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães. Funcionando desde sua criação, o projeto já atendeu milhares de jovens nas
modalidades oferecidas, proporcionando o desenvolvimento esportivo e atuando como agente promotor de saúde e qualidade de vida. Atualmente o Projeto se chama Centro de Treinamento Base, e vem revelando futuras promessas do esporte. A equipe de voleibol é uma das mais procuradas do estado, participando ativamente dos campeonatos da Federação Paulista de Volleyball. Aguardem a próxima edição! Marilia Sant´Ana Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães Rua Manoel da Nóbrega, 1.361. Tel: (11) 3887-3500 E-mail: ginasioibirapuera@ig.com.br
Venha desfrutar o seu melhor almoço! No melhor ambiente e local da região. Buffet completo no almoço c/sobremesa. A noite menu a La Carte Happy Hour, Eventos e Confraternizações p/ até 250 pessoas Rua Abilio Soares, 1251 Fones: 3052-3924 e 3051-7523 Estacionamento no local.
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DIREITO TRABALHISTA
Em 03/09/2012 a Portaria nº 1.510/2009, do MTE, começou a viger para as micro e pequenas empresas
Em 21/08/2009, o MinistÊrio do Trabalho e Emprego editou a Portaria nº 1.510, visando disciplinar o registro eletrônico de ponto, obrigando as empresas que utilizam esse meio de controle das jornadas de seus empregados a utilizarem o denominado Sistema de Registro Eletrônico de Ponto – SREP, ali definido como o conjunto de equipamentos e programas informatizados destinado à anota-
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ção por meio eletrĂ´nico da entrada e saĂda dos trabalhadores das empresas que possuem mais de 10 empregados, trazendo uma sĂŠrie de exigĂŞncias para o respectivo cumprimento. O objetivo do Governo ĂŠ inibir fraudes nos registros de jornadas dos trabalhadores, permitindo ao empregado comprovar a sua jornada de trabalho, obrigando a utilização de
Fotos: divulgação
Breves consideraçþes sobre o novo Ponto Eletrônico
programa de tratamento de dados inviolĂĄvel, impedindo restriçþes Ă marcação de ponto, bem como marcação automĂĄtica em horĂĄrio fixo e obrigando a emissĂŁo de comprovante da marcação a cada registro efetuado pelo empregado. ImpressĂŁo essa que deve ser duradoura (duração mĂnima de cinco anos). ApĂłs cerca de trĂŞs anos de discussĂľes e vĂĄrios adiamentos, finalmente o sistema começou a funcionar este ano em trĂŞs etapas, dependendo da atividade econĂ´mica do empregador. Em 02/04/2012, para as empresas do setor industrial, comĂŠrcio e do setor de serviços; em 01/06/2012 para as que exploram atividades agrĂcola e agropecuĂĄria; e, finalmente, em 03/09/2012, para as micro e pequenas empresas. Contudo, ĂŠ bom que se esclareça que nĂŁo sĂŁo todas as empresas que estĂŁo obrigadas a utilizar esse
novo sistema. Somente estão obrigadas aquelas que possuam mais de 10 empregados e que jå usam equipamento eletrônico para o registro da jornada de trabalho de seus empregados e, ainda, que tenham interesse em continuar utilizando o meio eletrônico para controlar as cargas de trabalho de seus empregados. Isto porque, de acordo com o § 2º, do artigo 74, da Consolidação das Leis do Trabalho, os estabelecimentos podem adotar registro manual, mecânico ou eletrônico. Observe-se que o eletrônico Ê apenas uma das opçþes do empregador, estando, portanto, no âmbito do seu poder diretivo a escolha da forma de controle das jornadas de seus empregados. Entretanto, optando pelo meio eletrônico, terå que observar os termos da Portaria nº 1.510/2009, salvo se outro sistema alternativo de controle eletrônico for negociado coletivamente, mediante acordo ou convenção co-
letiva de trabalho, nos termos da Portaria 373/2011, que permite a adoção de sistema eletrĂ´nico que nĂŁo seja o regulado pela Portaria 1.510/2009. Todavia, essa Portaria estabelece requisitos mĂnimos para o sistema alternativo. Apesar dos custos iniciais com a implantação, nĂŁo se pode negar que esse novo sistema trarĂĄ maior credibilidade aos registros de controle de jornada, pois os horĂĄrios das marcaçþes ficarĂŁo registrados no sistema sem que possam ser excluĂdos, alĂŠm do que, o empregado terĂĄ a sua disposição todos os comprovantes das cargas de trabalho cumpridas, evitando-se, assim, que, em eventual lide trabalhista, empregado e empregador fiquem Ă mercĂŞ de depoimentos testemunhais desconectados da realidade dos fatos, contrariando os registros. Maria da Paz F. P. Soares
ARTES PLASTICAS
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O conceito de ARTE é muito confuso
Mas Afinal de Contas, o que é ARTE para você? Na edição passada eu contei um pouco de minha surpresa e admiração sobre exposição que vi em Paris Banditi dell’ Arte. Vi trabalhos de pessoas que com “devoção” se atiravam ao seu fazer impulsivo sem sequer carecer de definições, de aceitação ou mesmo da destinação para seus trabalhos. Foi só depois de meados de 1940 que este tipo de trabalho foi considerado como ARTE. Então, nesta oportunidade, decidi ampliar esta discussão. Como primeira estratégia de pesquisa saí pelo bairro de Vila Mariana colhendo depoimentos sobre este assunto. Posso
resumi-los da seguinte maneira: - Arte é tudo aquilo que é bonito; - Arte é criação; - Arte é um refúgio para reflexão; - Arte é absolutamente inútil e supérflua; - Arte é para suprir uma insuficiência da vida; Para cada uma destas respostas há uma série interminável de questões e desdobramentos de conceitos para serem refletidos. Ficou claro que, mesmo no senso comum e cotidiano, o conceito de ARTE é muito confuso. Então parti para uma pesquisa mais formal deste conceito. Historicamente o conceito de ARTE foi mudando. Na Antiguidade Clássica, arte era qualquer atividade que envolvesse uma habilidade especial: construir um barco, comandar Robert Hughes (2012) Watercolour on paper
Andy Warhol com Joseph Beuys
xé it realizar li um exército, um discurso. Qualquer atividade que tivesse regras definidas e que fosse passível de aprendizado e desenvolvimento técnico. No período Renascentista iniciou-se uma separação dos ofícios produtivos e as ciências das artes propriamente ditas. O objeto artístico passou a ser considerado tanto fonte de prazer como meio de assinalar distinções sociais de poder, riqueza e prestígio, incrementando-se o mecenato e o colecionismo. No século XVIII começou a se consolidar a estética no entanto ainda era ligada a uma ou mais
fu õe definida funções definidas, ou seja, era uma atividade essencialmente utilitária que se prestava para a transmissão de conhecimento, beleza e ideologia. Então a própria definição de ARTE é uma construção cultural variável com significado mutante. Também fui buscar uma definição entre intelectuais e pensadores do assunto de nossos tempos. Fiz uma pequena coletânea de citações de alguns pensadores de relevância: Morris Weitz: o próprio caráter aventuroso e expansivo da arte, suas constantes mutações e
Marcel Duchamp Ready-made é um objeto de consumo industrializado que o artista utiliza sem ter modificado em nada a sua estrutura original.
novidades, torna ilógico que estabeleçamos qualquer conjunto de propriedades definidas; Robert Rosenblum: hoje em dia a ideia de definirmos arte é tão remota que não acredito que alguém teria coragem de fazê-lo; Wladyslaw Tatarkiewicz: nosso século chegou à conclusão de que conseguirmos uma definição abrangente do que é arte é não apenas algo dificílimo, como impossível; George Dickie: um objeto artístico é em primeiro lugar um artefato, e em segundo, é um conjunto de aspectos que legitimou sua proposta de merecer atenção especial de alguma pessoa ou pessoas agindo em nome de alguma instituição social. Thomas McEvilley: é arte o que está num museu...; Robert Hughes: algo é arte se foi criado com o fim expresso de ser con-
siderado como tal e foi colocado em um contexto em que é visto como tal; Atualmente estamos em um momento de profundo pluralismo e total tolerância, em que nada é excluído. Em 1984, o crítico de arte e professor de filosofia Arthur Coleman Danto (1924) publicou o ensaio The End of Art, O Fim da Arte, e no livro The Death of Art , A Morte da Arte. Para Arthur Danto o que morreu foi antes uma determinada idéia de ARTE. Então, caros leitores, Quem está habilitado a criar? Já que o assunto ARTE é tão complexo, volátil e subjetivo, mais uma vez, caros leitores, faço aqui uma convocatória. Vamos todos aproveitar o momento histórico. Façamos ARTE. Nadia Saad n a d i a s a a d s p @ y a h o o. com.br
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VILA MARIANA
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Para onde foram esses nossos queridos vizinhos?
União e plataforma de ideias para preservação
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o dia, encontramos um vazio onde antes havia a diversidade de portĂľes, janelas, jardins, pessoas, vidas, histĂłrias... Para onde vĂŁo os pĂĄssaros acostumados com
as ĂĄrvores de cada jardim? TambĂŠm nĂŁo sabemos, a maioria de nĂłs nem se incomoda com esse tipo de indagação. “Todos nĂłs devemos sentir a unidade e des-
frutar da uniĂŁo com cada um. Se nĂłs nĂŁo desfrutamos, nĂłs somos como gotas fora do oceano que pode secar a qualquer momento, mas se vocĂŞs sĂŁo parte integrante desse oceano, entĂŁo o que acontece ĂŠ que a cada movimento do oceano, vocĂŞs o carregam com vocĂŞs e vocĂŞs sĂŁo totalmente parte integrante desse oceano.â€? S.S. Shri Mataji Nirmala Devi, Ă?ndia, 21.03.1999. Quando compreenderemos que tudo funciona de forma inter-relacionada, que uma coisa sĂł ĂŠ boa quando ĂŠ boa para todos os envolvidos? No quarteirĂŁo destruĂdo foi plantado este arremedo de jardim com palmeiras. Todos ficam aliviados imaginando que isso permanecerĂĄ assim? Em breve, neste mesmo local, haverĂĄ torres tĂŁo altas que roubarĂŁo o cĂŠu e o sol de quem mora ao redor. AlĂŠm disso, como ficarĂŁo as ruas, dimensionadas para um certo numero de carros? PrĂłximo a esta rua, hĂĄ mais 3 megaempreendimentos em construção. Como se farĂĄ caber tudo o que esse adensamento causarĂĄ? Como este “desenvolvimentoâ€? ĂŠ planejado? Qual ĂłrgĂŁo regulamenta, libera e fiscaliza a construção de todos esses empreendimentos? Onde estĂŁo os estudos de impacto ambiental? Recentemente foi di-
vulgado na mĂdia o esquema de propinas que corria solto no ĂłrgĂŁo municipal exatamente destinado Ă fiscalização para liberação de megaempreendimentos. Por que nunca mais se ouviu falar disso? Escrito nos anos 60 pelo poeta fluminense Eduardo Alves da Costa, o poema
mos nada, Jå não podemos dizer nada.� Tal poema torna-se atual diante do que nos parece agora estarmos vivendo: uma ditadura do capitalismo. O poder das incorporadoras parece irrestrito. A apropriação dos espaços vai acontecendo de forma velada, silenciosa, sedu-
Fotos: divulgação
Caro leitor, Gosta das imagens acima? uma bela praça sendo criada na Rua do Livramento? Espaço de lazer, convivĂŞncia e ĂĄrea verde para nosso bairro? Parece... mas nĂŁo ĂŠ! É apenas a “maquiagemâ€? feita no espaço de destruição de um quarteirĂŁo inteiro, que darĂĄ lugar a mais um megaempreendimento milionĂĄrio no nosso bairro. Para onde foram esses nossos queridos vizinhos? Nem chegamos a saber. As negociaçþes de venda e compra sempre se passam de forma misteriosa, silenciosa e, da noite para
com Maiakovskiâ€?, virou sĂmbolo da luta contra a ditadura militar : “Na primeira noite, eles se aproximam e colhem uma flor de nosso jardim. E nĂŁo dizemos nada. Na segunda noite, jĂĄ nĂŁo se escondem, pisam as flores, matam nosso cĂŁo. E nĂŁo dizemos nada. AtĂŠ que um dia, o mais frĂĄgil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua, e, conhecendo o nosso medo, arranca-nos a voz da garganta. E porque nĂŁo disse-
tora. E muitos de nĂłs assistem passivamente esta ocupação, parecendo nĂŁo compreender o alcance das consequĂŞncias desta irremediĂĄvel verticalização do nosso bairro. Sem organização, uniĂŁo e uma plataforma de ideias para o desenvolvimento sustentĂĄvel de nosso bairro, em breve sĂł nos restarĂĄ o lamento diante da lua que jĂĄ nĂŁo podemos ver e das flores arrancadas de nosso jardim... Vamos lĂĄ, gente: Quais as suas sugestĂľes? Monica Paoletti Psicoterapeuta /residente e com atuação clĂnica no bairro. m o n ic a p a ole t t i @ u ol . com.br
CINEMATECA & TEATRO 06 de novembro a 02 de dezembro de 2012
Cinemateca celebra o centenário de Nelson Rodrigues A Cinemateca Brasileira celebra neste mês o centenário de nascimento do escritor e dramaturgo Nelson Rodrigues (1912-1980). A mostra homenageia a obra de um dos maiores autores do teatro moderno brasileiro, apresentando algumas das mais célebres adaptações de folhetins, contos e peças de Nelson Rodrigues para as telas. A programação é composta por, entre outros títulos, Meu destino é pecar, de Manuel Peluffo, primeiro filme adaptado de um texto do escritor, Bonitinha, mas ordinária, versão de J. P. de Carvalho para a homônima tragédia carioca, uma das melhores leituras cinematográficas da obra de Nelson, estrelada por Jece Valadão, Odete Lara e Ambrósio Fregolente, e Engraçadinha depois dos trinta, de J. B. Tanko, adaptação da segunda parte de Asfalto selvagem, folhetim publicado no jornal Última hora entre 1959 e 1960. Raridade para o público de hoje, Engraçadinha depois dos trinta será exibido em nova cópia 35mm confeccionada pela Cinemateca. Outras produções dos anos 1960 também marcam presença como O beijo, de Flávio Tambellini, versão expressionista para a peça O beijo no asfalto, e A falecida, primeiro longa do cineasta Leon Hirszman, e
primeiro papel da atriz Fernanda Montenegro no cinema. Dois dos maiores clássicos da filmografia de Nelson Rodrigues. CURTA CINEMATECA 03 a 27 de novembro ENTRADA FRANCA Complementando a mostra NELSON RODRIGUES – 100 ANOS, o CURTA CINEMATECA exibe documentários e ficções inspiradas em suas obras. Contextualizando a época, apresentamos um episódio do Canal 100, famoso cinejornal exibido nos cinemas. O episódio em questão divulgou o lançamento do livro O reacionário, de Nelson Rodrigues. Nas semanas seguintes, até dezembro, a programação celebra o Dia da Consciência Negra (20/11) com filmes que retratam a história da comunidade afro-descendente e que resgatam a importância das manifestações da identidade negra no país. A reapresentação do programa 3 dedicado ao CICLO LIDERANÇAS POLÍTICAS E CINEMA, ocorrida em outubro, completa a programação. Espaço de exibição permanente para o curta-metragem brasileiro, o CURTA CINEMATECA acontece sempre às terças e sábados, às 18h00.
OVILA MARIANA - NOVEMBRO DE 2012
Exposição de automóveis antigos na Cinemateca Serão expostos vários automóveis com idade “pré guerra”, ou seja, abaixo de 1940, que é a característica do Veteran Car Club. O evento, ocorrerá todo 2º domingo de cada mês, terá o apoio da Cinemateca e será realizado pelo Veteran Car Club, sob a presidência (VCC) do Dr. Marcos Vinicius Miduri e o presidente do conselho (VCC) Rafael Lebre Junior.
CINEMATECA BRASILEIRA Largo Senador Raul Cardoso, 207 próxima ao Metrô Vila Mariana. Outras informações: (11) 3512-6111 (ramal 215) www.cinemateca.gov.br Ingressos: R$ 8,00 (inteira) / R$ 4,00 (meia-entrada) Atenção: estudantes do Ensino Fundamental e Médio de escolas públicas têm direito à entrada gratuita mediante a apresentação da carteirinha.
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