Caderno de Resumos Semana Acadêmica de Letras 2014

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De forma oral, o homem comunicou-se durante muito tempo. O discurso, dessa forma, extinguia-se no momento da enunciação, sendo limitado para poucos. Sua capacidade de (sobre)viver permitiu-lhe criar novas formas de registrar suas emoções, pensamentos e expressões. Das paredes com carvão às telas com touchscreen, a mão sempre foi o aparato para manusear diferentes suportes e materiais. O tema da SAL deste ano foi “Letras, História e Sociedade”, em que tivemos como finalidade refletirmos sobre as influências recíprocas entre essas três áreas, que sempre caminharam (e caminham) juntas. Planejamos uma programação variada e que atendesse a maioria dos interesses que os alunos vêm manifestando em relação a um evento voltado, principalmente, a eles, dos quais fazemos parte. Houve espaço para discutir como os fatos históricos influenciaram a língua, a linguagem e a literatura, assim como momentos para pensarmos nosso papel, na sociedade, de graduandos (e graduados) em Letras Esperamos que tais reflexões tenham sido de grande valor para pensarmos nossa prática de estudo e trabalho, a fim de que sempre procuremos nos aperfeiçoar no que escolhemos fazer. Acreditamos que às vezes é importante parar para pensar sobre “o que estamos fazendo aqui?” e “como chegamos até aqui?”, seja pela história da língua como pela História, as quais se complementam, pois só temos a História quando temos o registro da escrita. Relacionando história, sociedade e línguas, nós estávamos lá para lembrar.


Reitor da Universidade Federal de Santa Maria Paulo Afonso Burmann Diretor do Centro de Artes e Letras Pedro Brum Santos Coordenadora do Curso de Letras - Bacharelado Andrea do Roccio Souto Coordenador dos Cursos de Letras - Licenciaturas Orlando Fonseca Comissão organizadora da SAL - 2014 Ana Carolina Cunha André Firpo Beviláqua Dieise Camila da Silva Esther Costa Faria Halyne Porto Janio Davila Matheus Schwertner Sabrine Weber Revisão dos resumos Halyne Porto Matheus Schwertner Texto de apresentação Halyne Porto Matheus Schwertner Sabrine Weber Organização e editoração Matheus Schwertner Capa Bruno Ruchiga S471c Semana Acadêmica de Letras UFSM 2014 : letras, história e sociedade --- mas estamos aqui para lembrar (2014 : Santa Maria, RS) Caderno de resumos / Semana Acadêmica de Letras UFSM 2014 : letras, história e sociedade --- mas estamos aqui para lembrar. – Santa Maria : Diretório Acadêmico de Letras, [2014]. 84 p. ; 30 cm 1. Literatura 2. Crítica literária 3. Linguística I. Título CDU 82.09 . =-- 81 Ficha catalográfica elaborada por Maristela Eckhardt - CRB-10/737 Biblioteca Central da UFSM

Os textos aqui apresentados são de inteira responsabilidade dos seus autores.


NARRATIVA COMO DESEJO DE POTÊNCIA: A FIGURAÇÃO DA LITERATURA DE TESTEMUNHO COMO MEDIADORA ENTRE PASSADO E FUTURO SOB O PRISMA DE PRIMO LEVI

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AGUIAR, Thiago Moreira A LITERATURA INDIANISTA DE ANA LUÍSA DE AZEVEDO CASTRO: “D. NARCISA DE VILLAR”

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ANDRETA, Bárbara Loureiro DEFORMAÇÃO, TRADIÇÃO E MEMÓRIA: O INDIVÍDUO METAMORFOSEADO DE FRANZ KAFKA

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ANONY, Murilo da Silva FENÔMENOS LINGUÍSTICOS OBSERVADOS EM DOCUMENTOS DOS SÉCULOS XIX E INÍCIO DO SÉCULO XX

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ARNEMANN, Aline Rubiane PROPOSTA DE ESTUDO DA LÍNGUA PORTUGUESA A PARTIR DO GÊNERO TEXTUAL CARTA DO LEITOR

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ARRUDA, Patrícia Packaeser de O TOEFL ITP COMO FERRAMENTA DE TESTAGEM DA PROFICIÊNCIA EM LÍNGUA INGLESA DOS CANDIDATOS AO PROGRAMA CIÊNCIA SEM FRONTEIRAS 20 AZAMBUJA, Francine da Silveira MÉTODO ALTERNATIVO DE ENSINO-APRENDIZAGEM: TRABALHANDO A CULTURA DAS LAVADEIRAS NEGRAS COM ALUNOS DA EJA NO ENSINO MÉDIO 22 BASSO, Eugênia OS ENSINAMENTOS DE MATTOSO CAMARA: DEPOIMENTO

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BILIÃO, Maurício LITERATURA E HISTÓRIA: POSSIBILIDADES DE DIÁLOGO ENTRE A REVOLUÇÃO DOS CRAVOS E A FICÇÃO EM “AS VÉSPERAS ESQUECIDAS”, DE MARIA ISABEL BARRENO 24 BORGES, Francieli A REPRESENTAÇÃO DA MULHER DUBLINENSE EM “EVELINE” DE JAMES JOYCE

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BOTTEGA, Caroline Lorenzzoni LINGUAGEM, FONOAUDIOLOGIA E TEORIA DAS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS: DISCUSSÃO E POSSIBILIDADES

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CAMARGO, Renata Gomes VALOR LINGUÍSTICO EM UMA PERSPECTIVA SAUSSUREANA

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CAMPOS, Marcio Cardozo de A LUDICIDADE E O USO DE JOGOS NO ENSINO DE ALEMÃO PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES CARDOSO, Grace de Brum

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BELEZA E ARTIFÍCIO NO ROMANCE DECADENTISTA “ÀS AVESSAS” (1884), DE HUYSMANS

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CARGNELUTTI, Camila Marchesan ACADEMIA ALTERNATIVA DE LETRAS

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COSTA, Alan Ricardo LEITURA EM TESTE: UM ESTUDO SOBRE O TESTE DE SUFICIÊNCIA EM LÍNGUA INGLESA DA UFSM

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CUNHA, Ana Carolina Schmitt da PROJETO EDUCAÇÃO LINGUÍSTICA E INTERCULTURAL- ESPANHOL VIA PROJETOS: IMPRESSÕES E PERSPECTIVAS

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DIAS, Adriele Delgado DESIGNAÇÕES DE SUJEITOS NO LINGUAJAR DO GAÚCHO

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ECHEVARRIA, Felipe Rodrigues O ARTIGO DE OPINIÃO E SUA RECONTEXTUALIZAÇÃO NA ESCOLA

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ECKERT, Gabriela UMA LEITURA DE “NINGUÉM MATOU SUHURA”, DE LÍLIA MOMPLÉ

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ESMÉRIO, João Alcides Haetinger RECONTANDO FÁBULAS – UMA ANÁLISE DA TRANSITIVIDADE

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FACHIM, Graziela A REPRESENTAÇÃO DA MULHER NO ROMANCE “INOCÊNCIA”, DE VISCONDE DE TAUNAY

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FARIA, Esther Costa REFLEXÕES SOBRE A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO DE TEORIAS DE APRENDIZAGEM PELO PROFESSOR

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FRANTZ, Amanda Kohlrausch INTERAÇÃO VERBAL ORALIZADA NO GÊNERO DISCURSIVO AULA: O DIALOGISMO PROBLEMATIZADOR FREIREANO

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FREITAG, Felipe “A MÁSCARA DA MORTE RUBRA” E O “SÉTIMO SELO”: RELAÇÕES DE PODER NA DANÇA DA MORTE

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FURTADO JUNIOR, Helvécio Ferreira A CENSURA EM “ELES”, DE CAIO FERNANDO ABREU

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GARLET, Deivis Jhones A PEDAGOGIA DE GÊNEROS DA ESCOLA DE SYDNEY NO PROJETO ATELIÊ DE TEXTOS

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GERHARDT, Carla Carine O BRASIL DA DÉCADA DE 30: HISTORIOGRAFIA E CRÍTICA

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GUERRA, Guilherme Bizzi PARA ALÉM DO BEM E DO MAL: A CRÍTICA AO CONSUMISMO EM UM CONTO DE MARINA COLASANTI

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JACOBY, Graziela Inês A REPRESENTAÇÃO FICCIONAL DA ASSIMETRIA SOCIAL NA OBRA DE KATHERINE MANSFIELD KICH, Bruna Viedo

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CICLO DE CINEMA – PROPOSTA DE EDUCAÇÃO POPULAR E INTERDISCIPLINAR NO PROJETO ALTERNATIVA

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LOUREIRO, Camila Wolpato RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UMA PROFESSORA EM FORMAÇÃO: A CONSTRUÇÃO DE UM INFORME ESCOLAR

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MACHADO, Lara Niederauer ... E NO PRINCÍPIO, A TRANSGRESSÃO: UMA LEITURA DE LÚCIO CARDOSO

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MATOS, Xênia Amaral A PROPÓSITO: DE JORNAL A LIVRO

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MORAES, Russel Vaz ALGUMAS COISAS QUE SEI SOBRE MIM – CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE ATRAVÉS DA MEMÓRIA E TRAUMA

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MUNSBERG, Gabriel Felipe Pautz CONTAR HISTÓRIAS COM LIVROS INFANTIS EM LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS

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NASCIMENTO, Gicélia Barreto O APOLINEO E O DIONISIACO NO LIVRO “O NASCIMENTO DA TRAGÉDIA DE FRIEDRICH NIETZSCHE”

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OLIVEIRA, Janio Davila de “EM LIBERDADE”: O ENTRECRUZAMENTO DE HISTÓRIAS NA OBRADE SILVIANO SANTIAGO

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OLIVEIRA, Juliana Prestes de A LITERATURA NO ENSINO FUNDAMENTAL: DOS LIVROS AO PALCO

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PAIM, Luciane de Lima A EVOLUÇÃO DO ROMANCE: UM DEBATE EM QUESTÃO

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PEREIRA, Isabele Corrêa Vasconcelos Fontes A IMPORTÂNCIA DA FIGURA DE SANTO ANTÔNIO NA AFIRMAÇÃO POLÍTICA PORTUGUESA, PELO DISCURSO DE PADRE ANTÔNIO VIEIRA, NO “SERMÃO DE SANTO ANTÔNIO” (1642)

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PORTO, Halyne Maria Stefani do UM MUNDO UTÓPICO FEMININO EM “A RAINHA DO IGNOTO” (1899), DE EMÍLIA FREITAS

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QUINHONES, Walter Elenara NEOLOGISMOS E REDES SOCIAIS – FACEBOOK E TWITTER

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RADTKE, Natália RECONSTITUIÇÃO E ANÁLISE DE DOCUMENTOS ANTIGOS DO FINAL DO SÉXULO XIX DO SUL DO BRASIL

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RIBEIRO, Tatiana Jimenes Silveira A OBJETIFICAÇÃO DAS PERSONAGENS FEMININAS COMO REPRESENTAÇÃO DE UMA IMPOSSIBILIDADE

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ROCHA, Virgínea Novack Santos da LETRAS: UM ESTUDO POR MEIO DA PALEOGRAFIA ROSA, Tatiana Costa

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“OS ANOS DO PEREGRINO”: REPRESENTAÇÕES HAGIOGRÁFICAS E MIMÉTICA NA AUTOBIOGRAFIA DE INÁCIO DE LOYOLA

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SANCHES, Angelo Moreno Bidigaray A IRLANDA DE “DUBLINENSES” NO CONTO “EVELINE”, DE JAMES JOYCE

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SANTOS, Maíra Oliveira dos CORPO, PODER E DOMINAÇÃO: UMA ANÁLISE DA RECONFIGURAÇÃO CORPORAL NO CONTO “ENTRE A ESPADA E ROSA”, DE MARINA COLASANTI 70 SILVA, Ana Cláudia de Oliveira A CRIAÇÃO DA IDENTIDADE DESVALORIZADA DO AFRODESCENDENTE ESCRAVIZADO A PARTIR DA INDUMENTÁRIA

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SILVA, Débora Pires da A IMPORTÂNCIA DA NARRATIVA LITERÁRIA DE JOSEPH CONRAD À COMPREENSÃO DO PROCESSO HISTÓRICO DO IMPERIALISMO NA ÁFRICA

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SILVA, Dionathan Ysmael Rodrigues da UMA ABORDAGEM SISTÊMICO-FUNCIONAL PARA O LIVRO DIDÁTICO DE INGLÊS DO CURSO FOUR SKILLS 1 – LINC

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SILVA, Lucas Oliveira PROCESSOS FONOLÓGICOS EM DADOS DE PORTUGUÊS ANTIGO DO RIO GRANDE DO SUL

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TOLEDO, Matheus A ORGANIZAÇÃO DISCURSIVA DO DICIONÁRIO “PEQUENO DICIONÁRIO BRASILEIRO DA LÍNGUA MORTA – PALAVRAS QUE SUMIRAM DO MAPA” 75 VITORINO, Luane A INFLUÊNCIA TOTALITARISTA SOBRE LITERATURA DISTÓPICA NA OBRA “1984” DE GEORGE ORWELL

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WAVZENIAK, Luiza A PRÉ-ESCRITA NO PROCESSO DE PRODUÇÃO TEXTUAL

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WEBER, Sabrine SOMERSET MAUGHAM E PAUL GAUGUIN: UM PASSEIO PELOS MARES DO SUL

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ZAMBERLAN, Lucas da Cunha “EXCESO DE SENSIBILIDAD?”: A (DES)CONSTRUÇÃO DO DISCURSO “CIVILIZADO” ZILLI, Bruno Ramires

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Caderno de Resumos NARRATIVA COMO DESEJO DE POTÊNCIA: A FIGURAÇÃO DA LITERATURA DE TESTEMUNHO COMO MEDIADORA ENTRE PASSADO E FUTURO SOB O PRISMA DE PRIMO LEVI AGUIAR, Thiago Moreira1 ALÓS, Anselmo Peres2 Falar sobre minorias, subalternos, miseráveis ou homens subordinados por determinadas circunstâncias históricas é sempre tarefa complicada. Colocar-se de maneira que contemple o mais próximo possível tal quais foramas experiências vividas por estes seres, torna-se tanto mais difícil na medida em que os sentimentos, angústias, aflições fazem-se mais intensas. A consciência da impossibilidade de retratar de maneira fidedigna as vivências humanas, como elas de fato se sucederam, não impede, no entanto, que sejam representadas e interpretadas. Ao contrário, determinadas experiências históricas são imperativas; urge sempre serem lembradas, descritas, reconstituídas a cada tempo presente, para que o homem compreenda-se e constitua-se como ser social e pensante. Nesse sentido é que Primo Levi desponta como uma leitura quase que (porque não?) obrigatória para que a humanidade não se veja condenada à amnésia histórica. Partindo de tal premissa, o presente trabalho busca pensar questões colocadas pelo químico italiano Primo Levi a partir das memórias do tempo que passou entre 1944 e 1945 e que foram primeiramente registradas em seu livro “É isto um homem?”. Dessa forma, esse percurso terá como ponto de partida os questionamentos trazidos por ele durante o enredo sobre a necessidade de tornar públicas as experiências vividas nos campos de concentração nazista. As dúvidas que pairavam sobre a compreensão do que ele teria que relatar, os problemas da própria identidade do autor que se fragilizara e o entendimento de que haveria na memória uma espécie de dever, no qual resultaria em um legado que permitiria às gerações futuras não correrem o risco de ter que suportar parecido fardo. Partindo dessa complexa relação que se estabelece entre memória e compromisso que se constitui a intenção de analisar algumas características da literatura como testemunho histórico e as aporias que a marcam. Como aporte teórico foi utilizado, principalmente, Lucilia de Almeida Neves Delgado (2006), Jacques Le Goff (1994) e Márcio Siligmann-Silva (2000, 2003). Palavras-chave: Memória de testemunho; Nazismo; Trauma. Referencias bibliográficas DELGADO, L. de A. N. História oral, memória, tempo, identidades. Belo Horizonte: Autêntica, 2006. LE GOFF, J. História e memória. Campinas: Ed. Unicamp, 1994. LEVI, P. É isto um Homem? Tradução: Luigi Del Re. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. SELIGMANN-SILVA, M. A história como trauma. In:_____; NESTROVSKI, A (org.) Catástrofe e representação. São Paulo: Escuta, 2000. SELIGMANN-SILVA, M. Apresentação da questão: a literatura do trauma. In:______. História, memória, literatura: o testemunho na era das catástrofes. Campinas: Editora da Unicamp, 2003.

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Graduado em História pelo Centro Universitário Franciscano – UNIFRA. Mestrando em Estudos Literários no PPG-Letras da Universidade Federal de Santa Maria - RS. UFSM. E-mail: thiagomoreira.aguiar@gmail.com 2 Orientador: Prof.Dr. do Programa de Pós Graduação em Estudos Literários do PPG-Letras da Universidade Federal de Santa Maria - RS. UFSM. E-mail: anselmoperesalos@gmail.com

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Semana Acadêmica de Letras UFSM 2014 A LITERATURA INDIANISTA DE ANA LUÍSA DE AZEVEDO CASTRO: “D. NARCISA DE VILLAR” ANDRETA, Bárbara Loureiro1 ALÓS, Anselmo Peres2 “D. Narcisa de Villar” foi o único romance escrito pela catarinense Ana Luísa de Azevedo Castro, publicado em 1859. Ana Luísa de Azevedo Castro é considerada a primeira romancista catarinense. Por intermédio de Galante de Souza, em 1979, Iaponan Soares tomou conhecimento da existência do romance “D. Narcisa de Villar”, recuando, assim, em suas pesquisas, em três anos a data antes fixada para o primeiro romance catarinense (SOARES, 2001). Esta narrativa conta a história de D. Narcisa de Villar, uma jovem com cerca de doze anos de idade, que deixa Portugal por ocasião do falecimento de sua mãe. A moça, que já era órfã de pai, vem para a cidade brasileira de Ponta Grossa, onde seus três irmãos mais velhos vivem, a serviço do governo português. A jovem Narcisa ficou aos cuidados de Efigênia e cresceu junto com o filho desta, Leonardo, tendo um grande apreço pelos indígenas, ao contrário de seus irmãos.Tanto pelo tema quanto pelo enfoque das personagens, o romance pode ser considerado indianista. Nesta obra, há uma nítida preferência pelos índios e desprezo pelos conquistadores, representados na obra como déspotas, bárbaros, tiranos e cruéis, sendo, ao final da narrativa, transformados em demônios (MUZART, 2001). Deve-se destacar que “D. Narcisa de Villar” antecede o romance indianista de José de Alencar, “Iracema”, publicado em 1865. Na obra de Ana Luísa de Azevedo Castro, Leonardo, filho de uma indígena com um português aparece como o avesso de Moacir, de “Iracema”, uma vez que Leonardo, ao contrário de Moacir, não deixa de ter contato com sua herança cultural autóctone.Desta forma, mulheres e índios representam a resistência a uma sociedade patriarcal, colonialista e também, escravocrata, uma vez que a escravidão indígena é denunciada nesta obra. Assim como em outras obras de autoria feminina do século XIX, “D. Narcisa de Villar” denuncia a violência institucional e simbólica, que pautou a construção da nação, desestabilizando, assim, a configuração da identidade nacional, uma vez que deu voz a sujeitos subalternizados. Palavras-clave: Autoria feminina; Ana Luísa de Azevedo Castro; D. Narcisa de Villar; Século XIX. Referências bibliográficas CASTRO, A. L. de A. D. Narcisa de Villar. 4. ed. Florianópolis: Mulheres, 2001. MUZART, Z. L. Uma precursora: Ana Luísa de Azevedo Castro. In: CASTRO, A. L. de A. D. Narcisa de Villar. 4. ed. Florianópolis: Mulheres, 2001. SOARES, I. Pequena história de um encontro. In: CASTRO, A. L. de A. D. Narcisa de Villar. 4. ed. Florianópolis: Mulheres, 2001.

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Aluna do curso de Letras (licenciatura) – Espanhol. UFSM. E-mail: barbaraandr@hotmail.com Orientador. Professor da Universidade Federal de Santa Maria – UFSM. E-mail: anselmoperesalos@gmail.com

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Caderno de Resumos DEFORMAÇÃO, TRADIÇÃO E MEMÓRIA: O INDIVÍDUO METAMORFOSEADO DE FRANZ KAFKA ANONY, Murilo da Silva1 CAIMI, Claudia Luiza2 “Nossa herança nos foi deixada sem nenhum testamento” (RENÉ, 1946). Para o renomado ensaísta e crítico literário Walter Benjamin, é a partir de um coletivo social que passamos – dentro de uma esfera de caráter individual – às gerações posteriores, através da experiência, a memória e a tradição. Estes são os bens que, segundo Hannah Arendt, constituem uma esfera maior de caráter social e que possibilitam, durante determinados períodos intermediários da história, o aparecimento de algo inominável. A autora nomeia este algo como “tesouro” (HANNAH, 2000). Há, na história da humanidade, um desejo herdado pelos homens de conseguir sua felicidade dentro de um espaço público. Um desejo sôfrego de liberdade de expressão. É em meio a esses pequenos intervalos de tempo,pós e pré-revoluções, que o homem tem em suas mãos esse “tesouro”: A felicidade dentro da esfera pública, o encontrar-se a si mesmo em meio à liberdade de expressar-se e poder legar aos indivíduos seus pensamentos, ideias e experiência. No entanto, não há nem nunca houve nenhuma tradição que amparasse ou que dissesse ao menos na época da Resistánce de René, de onde vem esse tesouro e quando possivelmente aparecerá novamente. “Ou seja, sem tradição, que se selecione ou nomeie, que transmita e preserve e que indique onde se encontram os outros tesouros e seu valor, parece não haver uma continuidade consciente no tempo, mas sim uma eterna mudança do mundo” (HANNAH, 2000). Assim, perde-se o tesouro e, consequentemente, a tradição que ampara o legado e a memória do indivíduo moderno: “Isso porque a memória, que é apenas um dos modos do pensamento, embora dos mais importantes, é impotente fora de um quadro de referência preestabelecido, e somente em raríssimas ocasiões a mente humana é capaz de reter algo inteiramente desconexo.” (HANNAH, 2000) Sabe-se que a voz da experiência estava em baixa já desde os antepassados de Char, “e isso numa geração que entre 1914 e 1918 viveu uma das mais terríveis experiências da história” (BENJAMIN, 1933). Franz Kafka, renomado autor tcheco do início do século XX, teve seu período de produção mais intenso precisamente nesse mundo onde o homem transitava de um passado que lhe foi legado “sem testamento” para um futuro incerto e incomunicável: o mundo pósguerra. Em meio a esse choque de forças paralelas, de um futuro infinito e de um passado infinito, encontra-se o “ele” Kafkiano. Assim, acorda metamorfoseado em um inseto Gregor Samsa, personagem da novela de Kafka “A Metamorfose”. Não se sabe o porquê nem como ocorreu a transformação. Visto que não há um testamento, ou seja, um passado que transita a um futuro, o tesouro encontra-se perdido: não há perspectiva para o indivíduo nessa luta entre as forças de um passado incerto e um futuro mais incerto ainda. O “ele” encontra-se então deformado e, acima de tudo, sem seu tesouro. Configura-se, assim, um universo estético em que não há o que e nem ao menos um porquê em transmitir, resistindo ainda à transmissão. Palavras-chave: Experiência; Memória; Transmissão. Referências bibliográficas RENÉ, C. Feulletsd’Hypnos. Paris: [s.n], 1946. HANNAH, A. Entre o passado e o futuro. São Paulo: Perspectiva 2000.

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Autor: Murilo da Silva Anony, aluno do 4º semestre de Letras, Licenciatura – Língua Portuguesa e Literaturas de Língua Portuguesa, Língua Italiana e Literaturas de Língua Italiana. UFRGS. Email: muriloanony@hotmail.com 2 Orientador: Prof. Dra. Claudia Luiza Caimi. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. UFRGS. Email: claudialuizacaimi@yahoo.com.br

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Semana Acadêmica de Letras UFSM 2014 BENJAMIN, W. Experiência e pobreza. In:______, Obras escolhidas. Vol. 1. Magia e técnina, arte e política. Ensaios sobre literatura e história da cultura. Prefácio de Jeanne Marie Gagnebin. São Paulo: Brasiliense, 1987, p. 114-119.

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Caderno de Resumos FENÔMENOS LINGUÍSTICOS OBSERVADOS EM DOCUMENTOS DOS SÉCULOS XIX E INÍCIO DO SÉCULO XX ARNEMANN, Aline Rubiane1 COSTA, Evellyne Patrícia Figueiredo de Souza2 O presente estudo objetiva apresentar uma análise comparativa entre os blocos de documentos do banco de dados do Português Histórico do Rio Grande do Sul (PHRS), no que diz respeito às consoantes duplas. O corpus de análise é composto por trinta e seis documentos, esses foram divididos em três blocos de acordo com as coletas realizadas: o primeiro integra nove documentos conforme COSTA et al. (2012), escritos em várias cidades sul-rio-grandenses, já o segundo é composto por quinze documentos escritos na região sul do estado, ao passo que o terceiro contém doze documentos, escritos na região central do estado. Todos esses documentos datam do fim do século XIX e início do século XX. Finalizado o levantamento da presença e recorrência das consoantes duplas em cada um dos blocos, verificou-se em cada um deles, em ordem de recorrência, a presença das duplas: primeiro bloco, ll, ff, tt, e nn, segundo bloco ll, nn, tt, mm, ff e terceiro bloco, nn, tt, ll, cc, ff, mm e pp. Diante disso, observa-se que há diferenças do uso das consoantes duplas entre os blocos: o uso é mais restrito no primeiro bloco em relação ao terceiro no que diz respeito à variabilidade. Além disso, verifica-se que o emprego da dupla cc no acervo do segundo bloco não apresenta uma regularidade quanto ao uso, pois ora é sinalizada como oclusiva velar desvozeada /k/, accordo e occorencias, ora é sinalizada como fricativa alveolar vozeada /s/, funccionario e acceitava. Outra recorrência é o uso da dupla nn, presente em todo o corpus analisado apenas no vocábulo anno e derivados. Por fim, pode-se concluir que esses registros escritos demonstram a mudança de estado da língua, pois as consoantes duplas presentes no acervo analisado são uma herança das geminadas latinas, que desaparecem na passagem do latim ao português. E, de acordo com Faraco (2007), é por meio do registro escrito que o conservadorismo da língua se efetiva e demonstra a necessidade de padronização. Isso se evidencia no corpus analisado, uma vez que nele há o emprego das consoantes duplas, o qual é de ordem ortográfica e essa, nesse caso, pode ser caracterizada como etimológica ou pseudo-etimológica, e também não há uma regra quanto ao emprego delas nos documentos analisados. A normatização ocorre em 1911, posterior ou concomitante ao corpus analisado, e manteve apenas o uso duplicado de m e n. Palavras-chave: Consoantes duplas; Português Histórico do Rio Grande do Sul; Registro escrito. Referências bibliográficas ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA DE 1911, <http://www.portaldalinguaportuguesa.org/?action=acordo&version=1911>. Acesso em: 10 set. 2014.

Disponível

em:

COSTA, E. P. F. S. et al. Banco de dados de textos escritos: Português Histórico do Rio Grande do Sul (PHRS). In: SILVA. J. P. (Org.) Crítica textual e edição de textos – Interagindo com outras ciências. Curitiba: Appris, 2012. p. 135 - 156. FARACO, C. A. Linguística Histórica: uma introdução ao estudo das línguas. 2. ed. São Paulo: Parábola Editorial, 2007.

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Autora. Aluna do 2º semestre de Letras Licenciatura – Inglês e Literatura de Língua Inglesa. UFSM. Email: alinearnemann@yahoo.com.br 2 Orientadora. Professora da Universidade Federal de Santa Maria. UFSM. Email: evellynepatricia@hotmail.com

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Semana Acadêmica de Letras UFSM 2014 PROPOSTA DE ESTUDO DA LÍNGUA PORTUGUESA A PARTIR DO GÊNERO TEXTUAL CARTA DO LEITOR.1 ARRUDA, Patrícia Packaeser de2 RODRIGUES, Daniela Leite3 FUZER, Cristiane4 O ensino dos conteúdos de português, separadamente, torna a aprendizagem difícil, parecendo que os próprios nativos não o sabem, conforme Bagno (1999). Uma das causas para isso está no fato de a maioria dos alunos dissociar a gramática do seu emprego na fala e na escrita. Se a linguagem é uma prática social cotidiana (BAKHTIN, 2003) e se o objeto de ensino e aprendizagem é o conhecimento linguístico e discursivo para o aprendiz realizar suas atividades sociais, o ensino da gramática relacionado com aspectos contextuais na perspectiva de gêneros textuais aparece como alternativa para apropriação da língua. De acordo com Bezerra (2010), é possível afirmar que os alunos leem seções variadas de jornais e revistas, sendo, dessa forma, viável trabalhar com carta do leitor, visto que eles conhecem o tema abordado, podendo posicionar-se em relação a ele, apropriar-se da norma culta e da composição desse gênero. Este trabalho tem por objetivo apresentar subsídios teóricos e metodológicos para realizar atividades com exemplares de carta do leitor em aulas de português. Para isso, identificaram-se as principais características da carta do leitor quanto ao modo de organização textual e às variáveis contextuais. Para desenvolver este estudo, foram selecionados como corpus três exemplares de cartas do leitor, publicados na Seção “Do Leitor”, da edição impressa do Jornal Zero Hora, em 08 de junho de 2013. O tema proposto pelo jornal para debate pelos leitores foi: “O papa Francisco critica as famílias católicas que optam por ter apenas um filho. Você concorda com o Pontífice, segundo o qual a escolha se dá por 'conforto'?”. Nas cartas analisadas, os autores divergem da posição do Papa. Na análise contextual, foram examinadas as variáveis referentes ao campo, às relações e ao modo de acordo com a proposta de Halliday (1989). Na análise textual, analisaram-se aspectos linguísticos quanto aos fatores de textualidade: informatividade, situacionalidade, intencionalidade, intertextualidade, aceitabilidade, coesão e coerência (KOCH e TRAVAGLIA, 1989) e às marcas linguísticas mais recorrentes nesses exemplares. A análise demonstrou que, apesar de ser um gênero primário (MELO, 1999), o grau de informatividade dos textos é baixo; o grau de situacionalidade é alto; o fator intencionalidade é alto; a intertextualidade está presente; o grau de aceitabilidade pode ser considerado médio. Para divulgar suas opiniões de forma coesa e coerente, os produtores empregaram marcas linguísticas como modalizadores, operadores lógicos e argumentativos e índices de avaliação. O estudo evidenciou que esses textos estão inseridos num contexto situacional em que houve interação entre a editoria da seção e os produtores das cartas. Assim, este estudo corrobora a tese elaborada por Marcuschi de que “gêneros textuais são fenômenos históricos, profundamente vinculados à vida cultural e social” (2010, p. 19), podendo, portanto, auxiliar na conscientização e significação da aprendizagem da língua na escola. A partir de análises como essa, é possível elaborar propostas de aplicação didática para estudo da língua portuguesa usada em gêneros textuais como a carta do leitor no contexto escolar. Palavras-chave: Carta do leitor; Contexto; Fatores de textualidade; Gênero textual; Língua Portuguesa. Referências bibliográficas BAGNO, M. Preconceito Lingüístico: o que é, como se faz. 49. ed. São Paulo: Loyola, 2007.

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Artigo produzido na disciplina Gêneros e Leitura, durante o 1º semestre de 2013, do curso de Licenciatura em Letras Português e Literaturas EaD da UFSM. 2 Acadêmica do 4º semestre de Letras (Licenciatura) – Português e Literaturas. UFSM. E-mail: patipackaeser@yahoo.com.br 3 Mestre em Letras pela UFSM, tutora da disciplina de Gêneros e Leitura e coorientadora deste trabalho. E-mail: danielarodrigs@hotmail.com 4 Professora adjunta da UFSM, responsável pela disciplina de Gêneros e Leitura e orientadora deste trabalho. E-mail: cristianefuzer@gmail.com

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Caderno de Resumos BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003. BEZERRA, M. A. Por que cartas do leitor na sala de aula? In: DIONÍSIO, A. P.; MACHADO, A. R.; BEZERRA, M. A. Gêneros textuais e ensino. São Paulo: Parábola Editorial, 2010. HALLIDAY, M. A. K.; HASAN, R. Language, context and text: Aspects of language in a social-semiotic perspective. Oxford: Oxford University Press, 1989. KOCH, I.; TRAVAGLIA, L. C. Texto e Coerência. São Paulo: Cortez, 1989. MARCUSCHI, L. A. “Gêneros textuais: definição e funcionalidade”. In: DIONISIO, A. P.; MACHADO,A R.; BEZERRA, M. A. (Org.). Gêneros textuais e ensino. São Paulo: Parábola Editorial, 2010. MELO, C. T. V. "Cartas a redação" - uma abordagem discursiva. Campinas, SP: 1999. Disponível em: <http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=vtls000188701&fd=y>. Acesso em: 24 jun. 2013.

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Semana Acadêmica de Letras UFSM 2014 O TOEFL ITP COMO FERRAMENTA DE TESTAGEM DA PROFICIÊNCIA EM LÍNGUA INGLESA DOS CANDIDATOS AO PROGRAMA CIÊNCIA SEM FRONTEIRAS AZAMBUJA, Francine da Silveira1 MARCUZZO, Patrícia2 Este trabalho versa sobre o TOEFL iTP e tem como objetivos descrever e analisar esse teste dentro do programa de intercâmbio acadêmico “Ciência sem Fronteiras” do Ministério da Educação, de modo a identificar em que medida e como ele avalia a proficiência em língua inglesa dos candidatos ao programa. Uma vez que não foi possível ter acesso a uma versão impressa do TOEFL iTP, o corpus do estudo é o Manual Oficial do TOEFL iTP (ETS, 2012), que é uma referência para os candidatos que buscam se preparar para esse teste, e apresenta instruções e exemplos de questões. Os resultados parciais apontam que o TOEFL é considerado uma testagem por ser independente do ensino (MARCHEZAN, 2005). De acordo com Marchezan, também são características dos testes: procedimentos de correção e classificação previamente decididos, padronizados e imparciais; e candidatos não terem acesso a correção dos testes, apenas nota ou classificação. A versão TOEFL iTP (nível intermediário a avançado) apresenta 140 questões para serem respondidas em 2 horas e está dividida em três seções: 1) Compreensão Oral; 2) Estrutura e Expressão Escrita; e 3) Leitura. Portanto, essa versão do TOEFL não explora a habilidade de expressão oral dos candidatos. Todas as questões versam sobre temas relacionados ao contexto acadêmico, e simulam situações parecidas com as encontradas em universidades. Nesta comunicação, apresentamos resultados da análise das seções de Compreensão Oral e Compreensão de Leitura. A seção de Compreensão Oral está dividida em três partes: todas essas são projetadas a fim de testar a habilidade dos candidatos em compreender a língua inglesa falada e, para tal, são apresentados diálogos, administradas por uma gravação de áudio, seguidas de questões com quatro possibilidades de respostas e um limite de tempo para lê-las e respondê-las. Os resultados mostram que, para responder as questões apresentadas, os candidatos precisam ter conhecimento linguístico, sintático e semântico na língua inglesa. Em termos de conhecimento semântico, foram verificadas, até o presente momento, questões que exploram inferências e implicaturas. Já na seção de Compreensão de Leitura, são apresentadas passagens de textos que simulam a realidade acadêmica também seguidas de questões com quatro possíveis respostas. Até o presente momento, podemos perceber que nenhum dos textos apresentados podem se incluir em um gênero textual. Pois, para Bhatia, gênero refere-se essencialmente ao uso convencionalizado da língua em um ambiente comunicativo, a fim de dar expressão a um conjunto específico de metas comunicativas de uma instituição disciplinar ou social, que dão origem a formas estruturais estáveis, impondo restrições sobre o uso de léxico-gramatical, bem como recursos discursivos (BHATIA, 1993). O que não se pode perceber nos textos apresentados, portanto entendemos que não se caracterizam como gênero. Nas próximas etapas do projeto, analisaremos as demais seções do TOEFL iTP e, uma vez que a habilidade de expressão oral não é contemplada nessa versão do TOEFL, procuraremos identificar se há outra testagem, dentro do programa “Ciência sem Fronteiras”, que testa a expressão oral dos candidatos, habilidade fundamental para acomunicação efetiva dos alunos brasileiros em países de língua inglesa. Palavras-chave: Ciência sem Fronteiras; Testagem; TOEFL iTP Referências bibliográficas BHATIA, V. K. Analysing genre: language use in professional settings. London: Longman, 1993. EDUCATIONAL TESTING SERVICE.Toefl. Test taker handbook. Princeton: USA, 2012.

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Aluna do 8º semestre de Letras (licenciatura) – Inglês e Literaturas da Língua Inglesa. UFSM. E-mail: francinezambuja9@gmail.com 2 Professora da Universidade Federal de Santa Maria. UFSM. E-mail: patimarcuzzo@yahoo.com.br

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Caderno de Resumos MARCHEZAN, M. T. N. Perfil de provas elaboradas por professores de inglês na escola pública fundamental. 2005. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Letras - Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2005 .

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Semana Acadêmica de Letras UFSM 2014 MÉTODO ALTERNATIVO DE ENSINO-APRENDIZAGEM: TRABALHANDO A CULTURA DAS LAVADEIRAS NEGRAS COM ALUNOS DA EJA NO ENSINO MÉDIO BASSO, Eugênia1 ADAMY, Martha2 Em meados do século XVIII, Pelotas sofreu profunda transformação, tornando-se potência econômica da região. Com uma intensa produção de charque, a cidade foi prosperando e recebendo moradores nobres que foram construindo charqueadas no local. Assim, Pelotas foi palco de intensa mão de obra negra, pois eram os escravos que executavam as tarefas pesadas em cada charqueada. Tais tarefas eram divididas: homens realizavam o serviço braçal e crianças e mulheres ficavam com os serviços domésticos.Em meio a esse contexto histórico, com o passar do tempo, fizeram-se presentes as negras lavadeiras de roupas, que normalmente desciam para o Arroio Santa Bárbara, na chamada Rua das Lavadeiras da época (atual rua Prof. Araújo) para lavar as roupas dos patrões.O presente projeto teve como objetivo reacender esse capítulo da história de Pelotas, trabalhando, com alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) da Escola Adolfo Fetter, a história das lavadeiras negras pelotenses, através de música e teatro, optando por um método alternativo de ensino, buscando fugir dos parâmetros convencionais de ensino-aprendizagem dentro de uma sala de aula.A metodologia surgiu a partir de uma proposta de recuperação de avaliação com os alunos (baseada na questão interdisciplinar presente nos PCNs do Ensino Médio) na qual estes deveriam encenar a música “Ensaboa”, de Cartola (na voz de Marisa Monte), que retrata a tristeza de uma mulata lavadeira de roupas. Junto à encenação, houve a declamação de alguns trechos de poemas relacionados à escravidão e pesquisas nesta área, tudo realizado pelos alunos e apoio do professor e seu auxiliar.Foram realizados seis ensaios, especialmente nas terças-feiras entre outubro e novembro, com tempo disponível de dois períodos pela noite, com alunos da totalidade 9, turma 92, da EJA. A turma foi dividida em grupos de trabalho: cenário, figurino, sonosplastia, divulgação e atuação. Na atuação, os alunos vestiram-se com roupas de escravos e cantaram trechos da música, enquanto encenavam a vida das lavadeiras. A apresentação do projeto foi no dia 11 de dezembro de 2013. Com este projeto, foi possível reconhecer a importância do negro na construção da cidade de Pelotas e, junto a isso, aprender mais sobre a cultura da região em que se vive e propagá-la para a comunidade. Além disso, é necessário conscientizar as pessoas queainda hoje as mulheres negras sofrem preconceito, não conseguindo ocupar na sociedade trabalho de destaque, com remuneração digna, principalmente no início do século XX em que disputavam colocações com as imigrantes europeias. Para os estudantes, foi uma experiência muito inovadora, pois a atividade envolveu várias áreas de conhecimento, integração com a comunidade e exposição dos alunos, o que os deixou muito confiantes em seu potencial, e motivados em ir à escola. Palavras-chave: Comunidade; Interdisciplinar; Lavadeiras negras; Método alternativo. Referências bibliográficas BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio. Brasília: MEC/Semtec, 2002.

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Autor: aluna do 4º semestre de Letras – Português e Inglês e respectivas literaturas. UFPEL. eugenia.adamybasso@gmail.com Orientador: professora da Escola Estadual de Ensino Médio Adolfo Fetter. E.E.E.M.A.F. bichabau@yahoo.com.br

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Caderno de Resumos OS ENSINAMENTOS DE MATTOSO CAMARA: DEPOIMENTO BILIÃO, Maurício1 SCHERER, Amanda Eloina2 A presente comunicação apresenta um depoimento que obtivemos de uma professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Nele, ela traz importantes apontamentos que vão ao encontro de nosso objetivo de pesquisa: confirmar o status de Mattoso Camara como importante linguista para os estudos da língua portuguesa no Brasil a fim de investigar a ausência de sua bibliografia no curso de Letras da Universidade Federal de Santa Maria. Integramos um trabalho que tem por pressupostos teóricometodológicos a História das Ideias Linguísticas, articulada à Análisede Discurso de linha pecheuxtiana, tal como ambas as perspectivas vêm se desenvolvendo no Brasil. Ainda, o nosso trabalho abrange o campo de estudo interdisciplinar que busca criar uma política de arquivo na contemporaneidade a partir de fundos documentais (SCHERER et al, 2014). A ideia que vem se consolidando é a de que os fundos documentais nos permitem refletir sobre nossa história institucional e, consequentemente, colaboram para uma melhor compreensão do fazer disciplinar. Pretendemos apresentar, nesta comunicação, uma primeira análise que diz respeito ao depoimento que recebemos de uma ex-aluna do referido professor.Angela Maria da Silva Correa foi aluna de Mattoso Camara na antiga Faculdade de Filosofia (que incluía o Departamento de Letras) em 1966, na UFRJ.A disciplina ministrada por Camara, naquele ano, era intitulada “Linguística”, que, conforme proposto por ele, apresentaria a “Linguística” e todas as suas implicações enquanto “ciência da linguagem” – na esteira dos trabalhos de Ferdinand de Saussure e Romam Jakobson, do lado europeu, e de Leonard Bloomfield, do lado americano. Como relatou a professora, as aulas do mestre tinham grandes qualidades didáticas – suas aulas eram expositivas, mas também seguiam as melhores técnicas interativas – partindo de exemplos e da colocação de questões e de problemas. Além disso, os textos da bibliografia eram baseados no livro de sua autoria “Princípios de Linguística Geral” (1942), o que acabava facilitando a compreensão para quem acompanhasse as aulas com atenção. Em 1968, Angela voltou a ser aluna de Camara, naquele momento, na disciplina de História da Linguística, a qual tinha duração de um semestre. Após a conclusão de sua graduação em Letras – Francês, a entrevistada passou ao papel de docente no curso de Letras na UFRJ. Naturalmente, seus ensinamentos iam ao encontro de todo conhecimento adquirido com Mattoso Camara. Ela foi professora da disciplina de Português I, cujo programa girava em torno de livros de Mattoso Camara: “Problemas de Linguística Descritiva” e “Estrutura da Língua Portuguesa”. Profissionalmente, a partir do apreço por Mattoso, o desejo da professora em aprofundar os estudos linguísticos a levou a fazer um doutorado em linguística. E, como encerra Angela, sua atuação como professora universitária foi profundamente influenciada pela formação linguística do final da década de 1960 (seus outros professores de linguística na graduação eram discípulos de Mattoso Câmara). A partir deste depoimento estamos investigando que ensinamentos são estes e no que eles vão colaborar na visibilidade e na história do referido linguista. Palavras-chave: Mattoso Camara; Linguística; Relato. Referências bibliográficas SCHERER, A. et al. Por uma política de arquivo na contemporaneidade a partir de fundos documentais. Livro organizado na USP de Ribeirão Preto, pela professora Lucilia Abrahão. No prelo, 2014.

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Autor: Maurício Bilião. Aluno do 4º semestre de Letras (licenciatura) – Português e Literaturas de Língua Portuguesa. UFSM. E-mail: mauriciobiliao@gmail.com 2 Orientador: Amanda Eloina Scherer. Professor da Universidade Federal de Santa Maria. UFSM. E-mail: amanda.scherer@gmail.com

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Semana Acadêmica de Letras UFSM 2014 LITERATURA E HISTÓRIA: POSSIBILIDADES DE DIÁLOGO ENTRE A REVOLUÇÃO DOS CRAVOS E A FICÇÃO EM “AS VÉSPERAS ESQUECIDAS”, DE MARIA ISABEL BARRENO BORGES, Francieli1 Parece ser bastante profícua a discussão sobre a literatura que se apropria e subverte os discursos da historiografia,uma vez que ambos os campos de estudo apresentam convergências. Tanto a literatura como a história são práticas humanas situadas de acordo com estruturas próprias, mas que têm muito em comum, sobretudo se for levado em consideração o fato de a história ter seu discurso narrativamente organizado através do ponto de vista do sujeito historiador e, portanto, também ser uma invenção, em certo sentido; ou então se forem pensados nos casos em que é possível chegar aos indícios do passado através da literatura(um exemplo para essa afirmação é o fato de que grande parte da história grega foi construída a partir das epopeias homéricas, e muito da história dos povos romanos, através da “Eneida”(2004) de Virgílio. Na Idade Média, também há exemplos, como é o caso de “La chanson de Roland”(2014),pertencente à literatura francesa daquele período, considerado texto literário e documento histórico ao mesmo tempo. Os textos referentes à conquista da América também caminham nesse sentido e tem-se o exemplo brasileiro da “Carta”(2003)de Pero Vaz de Caminha, estudada ao mesmo tempo como história e como literatura.),texto tido como criação de um escritor situado historicamente em um determinado tempo e espaço do qual ele enuncia. Esse trabalho analisa as convergências entre literatura e história com vistas à obra “As vésperas esquecidas”(1999), de Maria Isabel Barreno. Essa obra ficcional atenta à passagem histórica referente à Revolução dos Cravos, em Portugal, e observa, no tocante às personagens, questões relativas à repressão, às guerras coloniais, ao medo e à sustentação do regime Salazarista. A principal pretensão desse estudo é refletir acerca do modo como a literatura pode servir para problematizar o relato histórico, além de observar a construção das personagens a partir da representação da época na qual a obra está inserida. Palavras-chave: As Vésperas Esquecidas; Maria Isabel Barreno; Revolução dos Cravos na Literatura Portuguesa. Referências bibliográficas BARRENO, M. I. As vésperas esquecidas. Editorial Caminho: Lisboa, 1999. CASTRO, S. A carta de Pero Vaz de Caminha: o descobrimento do Brasil. Porto Alegre: L&PM, 2003. Lestextes de lachanson de Roland I (Manuscrit d‟Oxford). Disponível augsburg.de/~harsch/gallica/Chronologie/11siecle/Roland/rol_ch00.html>. Acesso em: 25 jul. 2014.

em:

<http://www.hs-

VIRGÍLIO. A Eneida. São Paulo: Martins Fontes, 2004.

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Licenciada em Letras – Português e Literaturas de Língua Portuguesa pela Universidade Federal de Pelotas/UFPel. Mestranda em Educação pela mesma universidade. E-mail: francielidborges@gmail.com

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Caderno de Resumos A REPRESENTAÇÃO DA MULHER DUBLINENSE EM “EVELINE” DE JAMES JOYCE BOTTEGA, Caroline Lorenzzoni1 VIANNA, Vera Lúcia Lenz2 Considerado um dos autores de maior relevância do século XX, o escritor Irlandês James Joyce foi um romancista, contista e poeta. Aclamado por obras como “Ulysses” e “Finnegans Wake”, James Joyce é o autor do livro intitulado “Dubliners” (JOYCE, 1991): uma coletânea de quinze contos que relatam algumas características da vida da cidade de Dublin e seus habitantes. Destacando experiências de infância, relacionamentos conjugais e epifanias. A sociedade Dublinense da época transforma-se no foco da atenção e crítica do escritor. “Eveline” (JOYCE, 1991) foi escolhido para análise por sugerir de modo singular, aspectos relacionados à algo sobre as dificuldades e limitações de algumas mulheres no início do século XX e, em particular, de mulheres do universo Dublinense. O objetivo deste trabalho consiste em analisar o modo pelo qual a trajetória da personagem feminina é marcada pela imobilidade e incomunicabilidade - fatores que conduzem a personagem a um estado de paralisia e afasia. A narrativa é construída de modo a ressaltar a incapacidade da protagonista de se libertar dos códigos morais e religiosos impostos pela sociedade. Do mesmo modo, interessa explorar a oscilação temporal que caracteriza a construção do pensamento de Eveline e que reforça os sentimentos de incerteza e angústia da personagem. Este estudo está apoiado nos pressupostos teóricos de Julio Cortázar e Suzanne Ferguson presentes na obra “New short storytheories” (MAY, 1994). Palavras-chave: Crítica social; Dublin; James Joyce; Mulher. Referências bibliográficas JOYCE, J. Dubliners. New York: Signet Classic, 1991. MAY, C. E. New short story theories. Ohio: Ohio University Press, 1994.

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Aluna do 8o semestre de Letras Licenciatura - Inglês e Literaturas de Língua Inglesa. UFSM. E-mail: bottegacaroline@gmail.com 2 Professora adjunta da Universidade Federal de Santa Maria. UFSM. E-mail: lenzvl@gmail.com

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Semana Acadêmica de Letras UFSM 2014 LINGUAGEM, FONOAUDIOLOGIA E TEORIA DAS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS: DISCUSSÃO E POSSIBILIDADES CAMARGO, Renata Gomes1 MEZZOMO, Carolina Lisbôa2 A ampliação e busca por conexõesnos estudos da linguagem fazem-se de extrema importância para o melhoramento da atuação em Fonoaudiologia. Entende-se a linguagem verbal como sinônima de inteligência linguística, na qual as palavras escrita e falada, trazem infinitas possibilidades à comunicação (ZORZI, 1999; GARDNER, 2010; JAKUBOVICS, LEME, 2012;ABE et al., 2013; GIACCHINI et al., 2013). As alterações, dificuldades e/ou desvios que ocorrem durante o desenvolvimento ou posterior à aquisição da linguagem verbal, podem gerar patologias de linguagem diversas, por exemplo, o atraso simples de linguagem e os distúrbios de aprendizagem (JAKUBOVICZ, 2002; JAKUBOVICS, LEME, 2012). Assim, este trabalho tem por objetivo explorar as evoluções de pacientes atendidos por estagiários do Curso de Fonoaudiologia, registradas em 41 prontuários, no Setor de Linguagem, do Serviço de Atendimento Fonoaudiológico, da Universidade Federal de Santa Maria –UFSM, com base na Teoria das Inteligências Múltiplas (GARDNER, 1994, 2010).Os resultados analisados fazem parte do projeto maior intitulado “Teoria das Inteligências Múltiplas e atuação fonoaudiológica: um estudo baseado no estágio supervisionado em linguagem”, que tem a aprovação do Comitê de ética em Pesquisa da UFSM, com número 14702713.2.0000.5346. Caracterizou-se como uma pesquisa qualitativa (GIL, 2010), tendo sido utilizada a análise de conteúdo para a apreciação dos dados (BARDIN, 2011). As categorias de análise foram: motivação na terapia, desempenho na inteligência linguística e acesso às áreas de interessedos pacientes relacionadas às inteligências múltiplas. Foram analisados 562 registros de evoluções de terapia; são exemplos de excertos de evoluções analisados: “Brincadeira de amarelinha [...] brincadeira com massinha de modelar [...] C. demonstrou coordenação [...] c. gostou da brincadeira, fazendo formas de bichos e dizendo que daria presenta para a Fono”; “Cinoterapia3. V. estava um pouco afastado no início, depois brincou com a cadela, deu comida, sorrindo e vocalizando o tempo todo”. Ao estudar os registros das evoluções, compreendeu-seque é enriquecedor à atuação buscar relações entre terapia fonoaudiológica, linguagem e Teoria das Inteligências Múltiplas. Principalmente, em virtude das possibilidades de qualificação da terapia, se as estratégias utilizadas estiverem permeadas pelo estudo e aplicação da referida teoria no trabalho de linguagem, como um meio de maximizar a evolução dos pacientes.Afirma-se isso com base nos registros dos resultados da terapia, nos quais verificou-se que existem implicações positivas entre motivação, melhor desempenho na terapia eacesso às áreas de interesse dos pacientes relacionadas às inteligências múltiplas. Em outras palavras, quando são acessadas áreas de interesse dos pacientes que, na maioria das vezes, efetiva-se em um trabalho onde a inteligência linguística é abordada em combinação com outras inteligências, por exemplo, retomando os excertos citados, respectivamente, asinteligênciassinestésico-corporal e naturalística, aperformance na inteligência linguística é qualificada. Sendo assim, conclui-se que um estudo e aplicação mais aprofundados da temática linguagem verbal/inteligência linguística, relacionada à apreciação das inteligências múltiplas na terapia, pode ser um meio de aperfeiçoar as estratégias terapêuticas, bem como ampliar o entendimento sobre as inferências nas evoluções dos pacientes. Palavras-chave: Linguagem; Fonoaudiologia; Teoria das Inteligências Múltiplas. Referências bibliográficas ABE, C. M. et al. Habilidades comunicativas verbais no desenvolvimento típico de linguagem – relato de caso. CoDAS, 2013; 25(1): p. 76-83.

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Autor. Professora do Colégio de Aplicação. UFSC. Doutoranda do Programa de Pós-graduação em Distúrbios da Comunicação Humana. UFSM. E-mail: re_kmargo@hotmail.com 2 Coautor. Professora Dra. do Departamento de Fonoaudiologia e do Programa de Pós Graduação em Distúrbios da Comunicação Humana. UFSM. E-mail: carolis75@gmail.com 3 Cinoterapia é a terapia mediada por cães.

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Caderno de Resumos BARDIN, L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011. GARDNER, H. O nascimento e a Difusão de um “Meme”. In: GARDNER, H. et al. Inteligências Múltiplas ao redor do mundo. Porto Alegre: Artmed, 2010. cap. 1, p.16-30. GIACCHINI, V. et al. Aspectos de linguagem e motricidade oral observados em crianças atendidas em um setor de estimulação precoce. RevDistúrbComun. 2013; 25(2): 253-265. GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010. JAKUBOVICZ, R. Atraso de linguagem: Diagnóstico pela Média dos Valores de Frase (MVF). Rio de Janeiro: Editora Revinter, 2002. ______.; LEME, M. P. Exercícios de linguagem. Rio de Janeiro: Revinter, 2012. ZORZI, J L. A Intervenção Fonoaudiológica nas Alterações da Linguagem Infantil. Rio de Janeiro, Revinter, 1999.

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Semana Acadêmica de Letras UFSM 2014 VALOR LINGUÍSTICO EM UMA PERSPECTIVA SAUSSUREANA CAMPOS, Marcio Cardozo de 1 SCHERER, Amanda Eloina 2 A presente comunicação está vinculada ao projeto “Língua, sentido e memória e os processos de constituição do sujeito” e busca realizar uma reflexão sobre a teoria do valor linguístico, com embasamento nos estudos saussureanos. Ferdinand de Saussure (1857-1913) apresentou uma série de estudos referentes ao campo da linguística, assim, pode ser considerado o fundador da linguística moderna. Entre os anos de 1903 e 1907, atuou como professor de línguas indo-européias e, posteriormente a partir de 1907, como professor de linguística geral, na Universidade de Genebra. Entre os anos de 1907 e 1911 foram ministrados os cursos que originaram as obras “Cours de Linguistique Générale–CGL” (1916) e “Écrit de Linguistique Génerale” (1996), ambos organizados com base em anotações dos cursos ministrados por Saussure. Durante suas aulas, Saussure trabalhou as questões da fala, da linguagem, da unidade linguística, da sincronia, da diacronia, do signo, da arbitrariedade de signo e da teoria do valor linguístico. A obra “Curso de Linguística Geral” está divida da seguinte maneira: sumário (apresentação dos prefácios das edições), introdução (apresentação de dados sobre o estudo da linguística), apêndice (apresentação dos princípios de fonologia), primeira parte (princípios gerais), segunda parte (linguística sincrônica), terceira parte (linguística diacrônica), quarta parte (linguística geográfica) e quinta parte, correspondente às questões de linguística retrospectiva. No “CGL” podemos encontrar pontos que introduzem o valor linguístico, a partir do capítulo III da primeira parte. Nas reflexões dos alunos de Saussure, é esclarecido que a língua não possui um sistema de valores castiços, porque as ideias e sons são responsáveis pelo seu funcionamento linguístico, e sem o recurso dos signos, seríamos impossibilitados de discernir entre duas ideias de forma clara e progressiva. Portanto, no “Curso de Linguística Geral” nosso pensamento é formado linguisticamente. Quanto aos “Escritos de Linguística Geral” sua organização reúne as reflexões saussureanas referentes a epistemologia, especulação analítica e a epistemologia pragmática. Em relação ao valor linguístico, o assunto é apresentado ao longo da obra de forma esparsa, enquanto no “CLG”, há uma divisão em seções que abordam o tema com diferentes abordagens. O valor linguístico, como é encontrado no “Curso de Linguística Geral”, é constituído primeiramente, por uma coisa dessemelhante, suscetível de ser trocada por outra que necessita ter seu valor determinado, e por fim, por coisas relativamente semelhantes que se podem comparar com aquela em que o valor está em causa. Portanto, para essa comunicação objetivamos apresentar nossas reflexões a respeito do conceito de valor linguístico, tendo por base as obras referidas acima. Palavras chave: Ferdinand de Saussure; Linguística Contemporânea; Valor Linguístico. Referências bibliográficas SAUSSURE, F. Curso de Linguística Geral. São Paulo: Cultrix, 2006. BOUQUET, S.; ENGLER, E. Escritos de Linguística Geral. São Paulo: Cultrix, 2012. LETRAS & LETRAS, v. 25, n. 1, Jan/Jun.2009 – Uberlândia, Universidade Federal de Uberlândia, Instituto de Letras e Linguística. Disponível em: <http://www.seer.ufu.br/index.php/letraseletras/issue/view/1089>. Acesso em: 28/04/2014.

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Autor: Aluno do sexto semestre do Curso de Letras Português Licenciatura, bolsista de iniciação científica PIBIC/CNPq. UFSM. Contato: marcioliteraturacampos@gmail.com 2 Professora orientadora. Universidade Federal de Santa Maria – UFSM. Contato: amandascherer@gmail.com

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Caderno de Resumos A LUDICIDADE E O USO DE JOGOS NO ENSINO DE ALEMÃO PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES CARDOSO, Grace de Brum1 KRÜGER, Mariane Lopes2 SCHNEIDER, Maria Nilse3 Este estudo insere-se na área do Ensino de Línguas Estrangeiras, doravante (LEs/L2), mais precisamente da língua alemã, e visa a discutir os fundamentos teórico-metodológicas acerca da ludicidade e do uso de jogos de aprendizagem (Sprachlernspiele) (DAUVILLIER; LÉVY-HILLERICH, 2004; CHIGHINI, 2009), focalizando os critérios de escolha, elaboração, análise e uso de jogos e suas vantagens sociais e cognitivas no processo de ensino-aprendizagem da língua alemã. É objetivo também criar jogos de aprendizagem em alemão para crianças e adolescentes. Primeiramente foi discutido o aporte teóricometodológico e em seguida, serão: a) feitas pesquisas em sites sobre tipos de jogos de aprendizagem, procedendo a análise dos jogos (objetivos e critérios de seleção e aplicação); e b) elaborados jogos a partir de diferentes temas e estruturas linguísticas de acordo com as teorias estudadas, bem como um projeto de extensão para ensino de alemão para crianças e adolescentes, no qual serão utilizados alguns dos jogos analisados e elaborados pelo grupo. Desde o final do século XIX, os jogos adquiriram um estatuto educativo, e para muitos pedagogos eles contribuem para o desenvolvimento social e cognitivo do indivíduo e, de um modo geral, podem ser utilizados nas mais diversas áreas do conhecimento, uma vez que constituem um meio para promover aprendizagens específicas e funcionam como recursos de formação e autodesenvolvimento (BROUGÈRE, 1998 apud LEAL; D‟ÁVILA, 2013). O uso de jogos possibilita a aprendizagem interativa-comunicativa, e o estudo passa a ser percebido como uma forma de exercitar o poder de criação, o que favorece a formação de sujeitos reflexivos e autônomos. Os jogos de aprendizagem, portanto, podem trazer resultados positivos significativos no ensino de LEs/L2, pois eles oferecem uma gama enorme de possibilidades para exercitar o uso da LE/L2, e desenvolver a comunicação oral (SOMMET, 2009). Este entendimento também encontra voz na teoria piagetiana, que concebe o jogo como um recurso que o sujeito utiliza para o desenvolvimento da cognição e da afetividade (LUCKESI, 2006). Ao utilizar jogos de aprendizagem nas aulas de LEs/L2, o professor precisa ter em mente que o processo é mais importante que o objetivo do jogo, pois o objetivo central é a aprendizagem da língua e não o jogo em si (CHIGHINI, 2009). Resultados preliminares mostram que com mais de um século de estudos ainda nos deparamos com crenças equivocadas acerca do uso de jogos em aulas LEs/L2. Ainda há professores abrindo mão de atividades lúdicas, por acharem que é “perda de tempo”, ou por “falta de tempo”. Neste sentido, este estudo pode contribuir para desconstrução de tais crenças e práticas em relação ao uso de atividades lúdicas nas aulas de LEs/L2. Palavras-chave: Ensino-aprendizagem; Jogos; Ludicidade. Referências bibliográficas BROUGÈRE, G. Jogo e educação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998. CHIGHINI, P.; KIRSCH, D. Deutsch im Primarbereich. Fernstudieneinheit 25. Berlim: Langenscheidt, 2009, p.42-47. DAUVILLIER, C.; LÉVY-HILLERICH D. Spiele im Deutschunterricht. Fernstudieneinheit 28. München: Langenscheidt, 2004. LEAL, L. A. B.; D‟ÁVILA, C. M. A ludicidade como princípio formativo. Interfaces Científicas – Educação, Aracajú, v1, n. 2, p. 41-52, 2013.

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Grace de Brum Cardoso: Aluna do 4º semestre de Letras Licenciatura– Português/Alemão. UFPEL. Email: gracebc@hotmail.com 2 Marina Krüger Lopes: Aluna do 4º semestre de Letras Licenciatura – Português/Alemão. UFPEL. Email: annelopesk@hotmail.com 3 Maria Nilse Schneider: Professora Doutora da Universidade Federal de Pelotas. UFPEL. Email: nilse_schneider@yahoo.com.br

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Semana Acadêmica de Letras UFSM 2014 LUCKESI, C. Ludicidade e atividades lúdicas: uma abordagem a partir da experiência interna. Disponível em: <http://www.luckesi.com.br>. Acesso em: mar. 2006. SOMMET, P. Leitfaden für Kursleiter. Ismaning: Hueber, 2009.

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Caderno de Resumos BELEZA E ARTIFÍCIO NO ROMANCE DECADENTISTA “ÀS AVESSAS” (1884), DE HUYSMANS CARGNELUTTI, Camila Marchesan1 ALÓS, Anselmo Peres2 Publicado originalmente em 1884, “Às avessas”, do escritor francês J.-K. Huysmans é considerado o “livro cardeal do decadentismo” (PRAZ, 1996, p. 283), representando a ruptura do autor com os movimentos que o antecederam, particularmente com o naturalismo, e o principal exemplo da tentativa do autor de renovação do romance. Dentre as características específicas do decadentismo, podemos destacar a aversão ao mundo real, ao progresso e ao cientificismo. Dessa forma, esse movimento caracteriza-se por uma estética de negação e rejeição da realidade de transformações sociais, políticas, econômicas e tecnológicas que marcou o final do século XIX (WEBER, 1988). Frente a esse contexto de profundas modificações na sociedade parisiense fin-de-siècle, o decadentismo, além de caracterizar-se pela negação, procura encontrar novas formas de expressão estética e de renovação das artes e da literatura (MORETTO, 1989). O decadentismo encontraria na personagem des Esseintes, protagonista de “Às avessas”, principal figura representativa das peculiaridades desse movimento e dessa conjuntura fin-desiècle. Dentre elas, como procuramos demonstrar ao longo desse estudo, o culto do artifício, característica fundamental na composição estética dos artistas e escritores decadentistas. Nesse trabalho, investigaremos algumas transposições de arte construídas em “Às avessas”, particularmente as referentes aos quadros “Salomé” e “A aparição”, ambos do pintor francês Gustave Moreau.Assim, objetivamos analisar como se manifesta o culto ao artificial nessas passagens da obra. Observamos que as transposições dessas obras privilegiam, especialmente, aspectos que remetem ao artificial e à beleza como produto do retoque e intervenção da arte sobre a natureza. Além disso, esses trechos procuram evocar, por meio do texto literário,as imagens representadas nas pinturas e explorar as possibilidades da literatura de sugerir e provocar sensações a partir da apreciação da arte pictural. Palavras-chave: Culto do artifício; Decadentismo; Huysmans; Transposição de arte. Referências bibliográficas HUYSMANS, J.-K. Às avessas. Tradução de José Paulo Paes. São Paulo: Companhia das Letras, 1987. MORETTO, F. M. L. (Org.). Caminhos do decadentismo francês. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo; Editora Perspectiva, 1989. PRAZ, M. A carne, a morte e o diabo na literatura romântica. Tradução de Philadelpho Menezes. Campinas: Editora da Unicamp, 1996. WEBER, E. França fin-de-siècle. São Paulo: Companhia das Letras, 1988.

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Autora: Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Letras – Estudos Literários – da Universidade Federal de Santa Maria. UFSM. E-mail: camila.m.cargnelutti@gmail.com 2 Orientador: Professor Ajunto da Universidade Federal de Santa Maria. UFSM. E-mail: camila.m.cargnelutti@gmail.com

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Semana Acadêmica de Letras UFSM 2014 ACADEMIA ALTERNATIVA DE LETRAS COSTA, Alan Ricardo1 O Projeto Alternativa é uma ação extensionistadesenvolvida a partir do Pré-Vestibular Popular Alternativa (PVPA), curso pré-vestibular destinado ao preparo de aspirantes ao ensino superior. O PVPA funciona através da atuação de acadêmicos de graduação e pós-graduação de diferentes cursos da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e de outras instituições de ensino superior, que ministram aulas para estudantes desprovidos de condições socioeconômicas de investir em um curso pré-vestibular comercial (SCHERER, et al., 2012). Vale apontar que o suporte teórico central do projeto é o viés da Educação Popular (FREIRE, 1996) e que, por conseguinte, diversas ações são desenvolvidas concomitantemente, com vistas a complementar o PVPA e a formação de seus educandos. Dentre as referidas ações extras está a “Academia Alternativa de Letras”, projeto desenvolvido para dois fins principais: (1) arrecadação de livros, através de doação, para a Biblioteca Paulo Freire, biblioteca do PVPA, e (2) incentivo à leitura de obras literárias, sobretudo aquelas indicadas como leituras mínimas obrigatórias segundo a Comissão Permanente do Vestibular UFSM (Coperves). Nesse viés, o objetivo do presente trabalho é apresentar a Academia Alternativa de Letras, discutir sua importância dentro do PVPA e apresentar resultados inerentes ao aumento de obras da Biblioteca Paulo Freire e ao aumento do hábito da leitura por parte dos educandos do Alternativa. A Academia Alternativa de Letras, em jocosa oposição à Academia Brasileira de Letras, defende que todos podem ser “imortalizados” ao doar uma obra para a biblioteca. A imortalização de educadores, educandos e demais colaboradores (diretos e indiretos) do projeto deu-se na forma de registro fotográfico e disponibilização das imagens em redes sociais na Web. Até a data de 18 de junho de 2014, última atualização da biblioteca, mais de duas centenas livros foram doados, desde clássicos da literatura brasileira a dicionários e materiais didáticos. A partir da análise da ficha de empréstimo de livros da Biblioteca Paulo Freire, constatou-se em 2014 um aumento significativo de retiradas de livros de leituras mínimas obrigatórias do Vestibular, além de outras obras não indicadas, que contribuem diretamente na formação dos educandos.A modo de conclusão, a Academia Alternativa de Letras foi considerada profícua e efetiva em cumprir seus objetivos de incentivo ao hábito de leitura, o que resulta da necessidade de dar continuidade a essa e outras ações de incentivo desta natureza. Palavras-chave: Educação; Leitura; Pré-Vestibular Popular; Projeto Alternativa. Referências bibliográficas FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 15ª ed. São Paulo: Paz e Terra. Coleção Leitura. 1996. SCHERER, B. C.; et al. Projeto Alternativa/Conexões de Saberes. In: SOARES, A. L. R.; BELLOCHIO, C. R.; FLORES, J. A. R.; CERVO, L. M.; GARBOSA, L. W. F.; GOMES, T. F.; PETRI, V. (Org.). Conexões de Saberes: diálogos entre a universidade e as comunidades populares. Santa Maria: UFSM. 2012.

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Autor: Professor do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA). Graduado em Letras – Licenciatura em Espanhol e literaturas de língua espanhola, pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). E-mail: alan.dan.ricardo@gmail.com

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Caderno de Resumos LEITURA EM TESTE: UM ESTUDO SOBRE O TESTE DE SUFICIÊNCIA EM LÍNGUA INGLESA DA UFSM CUNHA, Ana Carolina Schmitt da1 MARCUZZO, Patrícia2 O Teste de Suficiência em Leitura em Língua Estrangeira da Universidade Federal de Santa Maria (TESLLE) é uma testagem, com enfoque na habilidade de leitura, que ocorre semestralmente na instituição (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA, 2008).Atualmente, o maior público do TESLLE é aluno dos cursos de pós-graduação da instituição que precisa comprovar a habilidade de leitura de textos em uma das cinco línguas oferecidas pelo TESLLE(BECKER, 2013). Este estudo tem como objetivo analisar duas edições do teste de Inglês em comparação com o programa do TESLLE, a fim de identificar a estrutura do teste, a temática e o enfoque das questões. Para tanto, duas edições do teste foram selecionadas e estão sendo analisadas em conjunto com o programa. A análise baseia-se nas características da testagem (MARCHEZAN, 2005), assim como nas competências exploradas nas questões (LITTLEWOOD, 2004) e aspectos relacionados ao gênero textual (SWALES, 1990). O corpus do estudo inclui o teste da 2º edição do ano de 2013 e da 1ª edição do ano de 2014. Os resultados parciais indicam que os testes abordam um texto único pertencente a um gênero do contexto acadêmico, e os textos exploram temáticas variadas, como a popularização do conhecimento científico, tema do teste da edição do 2º semestre de 2013. Em termos de estrutura, o teste dessa mesma edição compreendeu 10 questões exclusivamente objetivas que exploraram aspectos como a identificação da estrutura do discurso científico e o reconhecimento dos argumentos veiculados pelo autor.Fundamentalmente, busca-se com este trabalho identificar a perspectiva de leitura adotada no TESLLE. Palavras-chave: Leitura em língua estrangeira; Testagem; Teste de Suficiência. Referências bibliográficas BECKER, L. W. EFL Reading patterns: a study based on Teste de Suficiência at the Federal University of Santa Maria. Trabalho final de graduação – Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2013. LITTLEWOOD, W. Second language learning. In: DAVIES, A; ELDER, C. (Ed.). The handbook of applied linguistics. United Kingdom: Blacwell, 2004. cap. 20, p. 501-524. MARCHEZAN, M. T. N. Perfil de provas elaboradas por professores de inglês na escola pública fundamental.163 f. Tese de Doutorado. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2005. SWALES, J. M. Genre analysis: English in academic and research settings.Cambridge: Cambridge University Press, 1990. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA. Regimento interno de pós-graduação stricto sensu e lato sensu da UFSM. Universidade Federal de Santa Maria: Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa, 2008

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Aluna do 8º semestre de Letras Licenciatura – Habilitação em Inglês e Literaturas de Língua Inglesa. UFSM. E-mail: anacunhacs@gmail.com 2 Professora da Universidade Federal de Santa Maria. UFSM. E-mail: patimarcuzzo@yahoo.com.br

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Semana Acadêmica de Letras UFSM 2014 PROJETO EDUCAÇÃO LINGUÍSTICA E INTERCULTURAL- ESPANHOL VIA PROJETOS: IMPRESSÕES E PERSPECTIVAS DIAS, Adriele Delgado1 MENEZES, Scárlati Castro de2 VIERA, Chaiane dos Santos3 STURZA, Eliana Rosa4 O Projeto Educação Linguística e Intercultural integrado ao Programa das Licenciaturas (PROLICEN) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), desenvolve uma metodologia de ensino de espanhol adequada aos anos iniciais despertando o prazer dos alunos em aprender a língua, trabalhando uma perspectiva de projetos, organizados na forma de mapa conceitual, para o planejamento das atividades que respondam ao interesse dos alunos. A perspectiva que propomos é para que, através do ensino da língua espanhola, possa-se também ampliar o debate sobre as linguagens/línguas e culturas assim como saberes da comunidade escolar e de fora dela, de modo que se crie um espaço para Educação Linguística e Intercultural na escola e que venha a incluir também outras línguas (português, inglês, libras etc..) e outras experiências e vivências culturais no ambiente escolar. Do ponto de vista da proposta que estamos oferecendo à escola, o impacto mais significativo que esperamos é na metodologia via projeto, considerando a possibilidade de que a mesma contribua para repensar os modos de ensinar não só as línguas, mas também outras disciplinas, tendo como foco o interesse do aluno, como aquele que organiza as questões formuladas pelos alunos, a partir das suas inquietações, vivências e interesses em qualquer área do conhecimento. Atendendo o interesse de uma escola pública e colocando em prática esse projeto, diariamente observamos o esforço político e as dificuldades das escolas em atender às demandas de educação linguística da sociedade, que a nosso ver, acontece de forma lenta. De acordo com Bagno & Rangel (2005), educação lingüística é o conjunto de fatores socioculturais que, durante toda a existência de um indivíduo, lhe possibilitam adquirir, desenvolver e ampliar o conhecimento. Com isso, para o pleno desenvolvimento deste projeto, realizamos a pesquisa levando em conta o interesse dos alunos, que está fazendo muita diferença em nossas aulas. E concordamos com Oliveira (2004), que fala que :a pesquisa se inicia através da determinação- de forma dialógica- do quê os alunos gostariam de saber, de estudar, que problemáticas gostariam de atacar, que mistérios gostariam de desvendar. Até o momento, constatamos que nosso mapa conceitual tem respondido às expectativas dos alunos. Esta perspectiva atrai a atenção dos alunos; eles estão interessados e empenhados nas aulas de espanhol. E observamos isto desde quando chegamos à escola para nossas aulas e ouvimos: “Prof. estudei espanhol com minha mãe em casa”, “Olhei um filme em espanhol no fim de semana” ou até “ Fiz pesquisas de algumas palavras em espanhol na internet”. Com isso, acreditamos que estamos enriquecendo o quadro de conhecimento que a escola deseja oferecer aos seus alunos, a partir do nosso projeto, e ainda, despertando um grande interesse dos alunos pela língua espanhola. Além de proporcionar uma experiência na língua, por parte dos alunos, o projeto possibilita a inserção do espanhol na grade curricular, ainda que, seja como atividade extracurricular. O projeto também tem oportunizado às participantes uma iniciação à docência e vivência na comunidade escolar, de modo que, cumpre com o objetivo esperado pelo PROLICEN. Palavras-chave: Ensino; Língua Espanhola; Projeto; Linguagens Referencias bibliográficas

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Autor: Pedadoga e aluna do 3º semestre de Letras Licenciatura- Habilitação Espanhol e Literaturas de Língua Espanhola, UFSM. E-mail: adri.dias88@yahoo.com.br 2 Coautor: Aluna do 9º semestre de Letras Licenciatura- Habilitação Espanhol e Literaturas de Língua Espanhola, UFSM. Email: scarlatimenezes@hotmail.com 3 Coautor: Aluna do 7º semestre de Letras Licenciatura- Habilitação Espanhol e Literaturas de Língua Espanhola, UFSM. Email: shayviera@hotmail.com 4 Orientador: Professora doutora da Universidade Federal de Santa Maria, UFSM. E-mail: listurza@gmail.com

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Caderno de Resumos BAGNO, M.; RANGEL, E. de O. Tarefas da Educação Linguística no Brasil. Revista Brasileira de Linguística Aplicada, v.5, n.1, Campinas: SP, 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbla/v5n1/04.pdf>. OLIVEIRA, G. M. de. Interesse, Pesquisa e Ensino: Uma Equação para a Educação Escolar no Brasil. Florianópolis: PRELO, 2004. Instituto de Investigação e Desenvolvimento em Política Linguística e Secretaria Municipal de Educação- Florianópolis, 2004- v.1.

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Semana Acadêmica de Letras UFSM 2014 DESIGNAÇÕES DE SUJEITOS NO LINGUAJAR DO GAÚCHO ECHEVARRIA, Felipe Rodrigues1 STURZA, Eliana Rosa2 O presente trabalho analisa verbetes que designam tipos sociais e étnicos presentes no livro “Vocabulario Gaúcho” (1928) de Roque Callage, a partir de uma perspectiva da História das Ideias Linguísticas no Brasil. Para isso, tomou-se a obra de Callage como instrumento lingüístico buscando mostrar como o vocabulário gaúcho é um espaço de produção cultural onde se prioriza a linguagem do povo sulriograndense. Antes de abordar o linguajar do gaúcho, elucida-se o processo que a língua portuguesa passou até consolidar-se como língua oficial do Brasil. Segundo Orlandi (2001), com a descoberta do Brasil em 1500 e com sua colonização em 1532, o português passou a ser falado em um novo espaçotempo. Em um primeiro momento, foi falado apenas por uma minoria de pessoas letradas, como donos de terras e funcionários. Criaram-se leis que contribuíram para consolidação do português como língua oficial da nação. O Brasil passou a ter sua própria gramática escrita por autores brasileiros, reforçando assim o sentimento de nacionalidade. “Neste sentido que será percebida a diferença da língua no Brasil em relação à língua em Portugal”. (ORLANDI, 2001, p. 24). Para Auroux (1992), o dicionário e a gramática são instrumentos lingüísticos, resultados da revolução tecnológica da linguagem. O dicionário é um instrumento histórico que se constituiu em uma materialidade discursiva; a língua no mundo com as maneiras de significar e não a língua enquanto sistema fechado. Neste âmbito de instrumentos linguísticos, encontra-se a língua falada pelo povo sul-riograndense, ou conforme Roque Callage (1928), vocabulário gaúcho. Em seu livro “Vocabulario Gaúcho”, o autor registrou termos típicos do linguajar do povo do Rio Grande do Sul. Segundo Callage, há três fatores que contribuíram para a linguagem expressiva do povo gaúcho: o português, o hispano-platino e o aborígene. Já para Dante de Laytano (1981), a linguagem falada no Rio Grande do Sul sofreu diversas influências das quais destacam-se: a açoriana e brasileira, a espanhola vinda pelo Rio da Plata, a indígena e a africana. Quanto à influência espanhola no linguajar do gaúcho, Laytano elucida que “é uma consequência sociológica, não só de áreas comuns, fronteiras geográficas e tipo idêntico de atividades econômicas, mas de relações humanas e históricas muito intensas”. (LAYTANO, 1981, p. 49). Dentro da obra “Vocabulario Gaúcho”, de Roque Callage, é feito um recorte de verbetes que designam sujeitos e tipos sociais. São eles: alcaide, anta, arisco, bagual, bagaceira, barriga-verde, bruáca, bugre, cambada, castelhano, china, chininha, chinóca, cotó, crioulo, despilchado, embromador, gasguita, gaúcho, gaudério, gury, índio, piá, e pussuca. Após analisar os processos sofridos pela língua portuguesa até sua consolidação como língua oficial da nação, conclui-se que o português, assim como qualquer outra língua, não é homogêneo; é distinto do português falado em Portugal, como também é heterogêneo dentro do próprio Brasil. Com influências da língua portuguesa, do espanhol da região do Rio da Prata, do aborígene e do africano, o linguajar gauchesco que designa sujeitos sociais é produzido de forma que se diferencia de outros linguajares do Brasil devido a fatores históricos, geográficos e às influências de outras culturas. Palavras-chave: Linguajar; Materialidade Discursiva; Regionalismo; Vocabulário. Referências bibliográficas AUROUX, S. A revolução tecnológica da gramatização. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 1992. CALLAGE, R. Vocabulario Gaucho. Porto Alegre: Livraria do Globo, 1928. LAYTANO, D. de. O linguajar do gaúcho brasileiro. Porto Alegre: Escola Superior de Teologia São Lourenço de Brides, 1981. ORLANDI, E. P. (Org.). História das idéias linguíticas: construção do saber metalingüístico e constituição da língua nacional. Campinas: Pontes; Cáceres: Unemat Editora, 2001.

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Autor: Aluno do 3º semestre de Letras (licenciatura) – Espanhol e Literaturas de Língua Espanhola. UFSM. E-mail: felipe230285@hotmail.com 2 Orientador: Professor da Universidade Federal de Santa Maria. UFSM. E-mail: listurza@gmail.com

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Caderno de Resumos O ARTIGO DE OPINIÃO E SUA RECONTEXTUALIZAÇÃO NA ESCOLA ECKERT, Gabriela1 PINTON, Francieli Matzenbacher2 Esta pesquisa está vinculada ao projeto guarda-chuva intitulado “A transversalidade da leitura e da escrita nas diferentes áreas disciplinares: descrição, análise e didatização" que tem por objetivo descrever e analisar a prática de leitura e escrita na escola, a fim de oferecer uma sistematização das características linguísticas e composicionais dos gêneros textuais com vistas à produção de material didático para o ensino e aprendizagem nas diferentes áreas disciplinares. Neste trabalho, focalizamos o gênero textual artigo de opinião, com a finalidade de apresentar subsídios linguísticos e discursivos para a sua recontextualização no espaço escolar. Para tanto, partimos dos pressupostos teóricos e metodológicos da Pedagogia “Learning to write, Reading to learning” (ROSE e MARTIN, 2012) e dos princípios da Linguística Sistêmico-Funcional de Halliday (1989, 2004). A abordagem da Linguística Sistêmicofuncional caracteriza-se por apresentar uma pedagogia explícita na qual o professor introduz os estudantes às demandas linguísticas dos gêneros que são importantes para a participação na aprendizagem escolar e na comunidade maior. O corpus é constituído de 10 artigos de opinião, publicados no jornal Zero Hora, no período de setembro/2014. Para análise dos dados foram seguidos os procedimentos: i) identificação dos estágios composicionais dos textos e ii) apresentação de uma estrutura genérica. Os resultados preliminares da etapa de desconstrução do gênero apontam para a recorrência dos seguintes estágios: i) apresentação do contexto, ii) apresentação da tese, iii) defesa da tese/posicionamento e iv) reiteração/reforço da tese/posicionamento. Palavras-chave: Artigo de opinião; Educação básica; Pedagogia de gênero. Referências bibliográficas HALLIDAY, M.A.K. Part A. In: HALLIDAY, M.A.K.; HASAN, R. Language, context, and text: aspects of language in a social-semiotic perspective. Oxford: Oxford University Press, 1989. HALLIDAY, M.; MATTHIESSEN, C. An introduction to functional grammar. 3rd. ed. London: Arnold, 2004. ROSE, D.; MARTIN, J. R. Learning to Write, Reading to Learn: Genre, Knowledge and Pedagogy in the Sydney School. London: Equinox, 2012.

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Autor: Acadêmica do 2º semestre de Letras Licenciatura – Português e suas respectivas Literaturas e bolsista voluntária no Programa PIVIC. UFSM. E-mail: gabyeckert@gmail.com 2 Orientador: Professora do Departamento de Letras Vernáculas e coordenadora do projeto de pesquisa. UFSM. E-mail: francieli.matzembacher@gmail.com

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Semana Acadêmica de Letras UFSM 2014 UMA LEITURA DE “NINGUÉM MATOU SUHURA”, DE LÍLIA MOMPLÉ ESMÉRIO, João Alcides Haetinger1 ALÓS, Anselmo Peres2 Este estudo tem por finalidade analisar o reflexo da violência colonial, bem como a representação do feminino, na obra da escritora moçambicana Lília Maria Clara Carrière Momplé, a partir de considerações teóricas de Edward W. Said (1995) e Frantz Fanon (2008). “Ninguém matou Suhura” (2007) é composto de cinco contos, que são: “Aconteceu em Sua-Sua”, “Caniço”, “O baile de Celina”, “Ninguém matou Suhura”, que é dividido em três capítulos (I-O Dia do Senhor Administrador; II-O Dia de Suhura e III-Fim do Dia) e “O último pesadelo”. O livro foi publicado em 1988 e reeditado pela autora em 2007, data de impressão da 3ª edição.Os contos podem ser lidos de maneira independente, mas ao mesmo tempo apresentam semelhanças temáticas e seguem uma sequência temporal que se estende de 1935 a 1974. A partir das narrativas apresentadas nos contos, é remontado o quadro de contexto social e cultural moçambicano, durante a época colonial. São abordadas as temáticas de dominação do colonizador português, da subalternidade do colonizado, das distinções de classes, da exploração dos negros.Ressalvo que esse trabalho faz parte das preliminares do que futuramente será um artigo, no âmbito da Literatura Comparada, com um cotejo entre os contos “Ninguém matou Suhura” e “Dina” (conto da obra “Nós Matámos o Cão-Tinhoso”, do escritorLuis Bernardo Honwana, também moçambicano). Palavras-chave: Literatura Moçambicana; Crítica Pós-Colonial; Representações do Feminino; Subalternidade. Referências bibliográficas FANON, F. Pele negra máscaras brancas. Salvador: Universidade Federal da Bahia-EDUFBA, 2008. MOMPLÉ, L. Ninguém matou Suhura. Maputo: Associação dos Escritores Moçambicanos, 2007. SAID, E. Cultura e Imperialismo. Tradução: Denise Bottmann. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

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Autor: Aluno do 6º semestre de Letras/Bacharelado. Bolsista (PIBIC/CNPq) do Projeto Poéticas da masculinidade em ruínas, ou: o amor em tempos de AIDS. UFSM. Email: joaoesmerio@hotmail.com 2 Orientador: Prof. Dr. da Universidade Federal de Santa Maria. UFSM. Email:anselmoperesalos@gmail.com

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Caderno de Resumos RECONTANDO FÁBULAS – UMA ANÁLISE DA TRANSITIVIDADE FACHIM, Graziela1 NASCIMENTO, Roseli Gonçalves2 O presente trabalho é um recorte de uma pesquisa final de graduação, na qual foi analisada uma mesma fábula em dois registros – uma animação e uma narração (somente o narrador, sem o uso de recursos de animação). Neste trabalho apresentamos uma parte dos resultados em que buscamos entender até que ponto e em que aspectos a recontextualização de uma históriade um registro para outro altera o modo como o texto verbal é construído. De acordo com Fairclough (2003), o processo de recontextualização dáse pela “relação entre diferentes práticas sociais – nas quais elementos de uma prática social são apropriados e realocados em outro contexto” (p.222). Para identificarmos até que ponto o significado das fábulas foram alterados no nível textual por esse processo, utilizamos como ferramenta a Gramática Sistêmico Funcional (HALLIDAY, 2004; MARTIN et al, 2010), mais especificamente o sistema de transitividade, uma vez que ambas as fábulas foram transcritas e divididas em orações. Para Martinet al (2010), é através do sistema de transitividade que “experiências são transformadas em significado e que a história é construída” (p. 99). Ao serem analisadas e comparadas, foi possível constatar que em ambas as fábulas há uma predominância de Processos Materiais, o que pode ser explicado pelo fato de esses processos representarem ações e acontecimentos nas histórias. Entretanto, tratando-se dos Processos Relacionais, observamos uma diferença entre um registro e outro, tendo a narração maior ocorrência desses processos uma vez que necessita descrever os personagens,pois não possui recursos de animação. Através dos resultados buscamos também contribuir para o ensino de línguas, visto que permitem com que o aluno perceba a diferença existente quando há a troca de um contexto para outro, podendo ele assim transformar as fábulas lidas em aula. Palavras-chave: Fábulas; Gramática Sistêmico Funcional; Recontextualização. Referências bibliográficas FAIRCLOUGH, N. Analysingdiscourse: textual analysis for social research. London/NY: Routledge, 2003 HALLIDAY, M. A. K.; MATHIESSEN, C. M. I. M. An introduction to functional grammar. 3rd ed. London: Edward Arnold, 2004. MARTIN, J. R.; MATTHIESSEN, C. M. I. M.; PAINTER, C. Deploying Functional Grammar. Commercial Press. 2010.

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Autora: Aluna do 8º semestre de Letras (Licenciatura) – Inglês e Literaturas da Língua Inglesa. UFSM. Email: grazi_f93@hotmail.com 2 Orientadora: Professora da Universidade Federal de Santa Maria. UFSM. Email: profaroseli.gn@gmail.com

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Semana Acadêmica de Letras UFSM 2014 A REPRESENTAÇÃO DA MULHER NO ROMANCE “INOCÊNCIA”, DE VISCONDE DE TAUNAY FARIA, Esther Costa1 Ao estudar o período literário denominado Romantismo, deparamo-nos com obras como "Moreninha", "O Guarani", "A Escrava Isaura" e outras que também são consideradas pertencentes a essa estética, dentre elas aquela da qual este trabalho pretende ocupar-se: “Inocência”, de Visconde de Taunay. No entanto, restringir a obra apenas a elementos considerados românticos é equivocado, principalmente no que diz respeito àquilo de mais fundamental encontrado no romance, que são suas características realistas. Não se pode negar o caráter romântico existente na obra, devido à presença de aspectos como o conflito social, a pureza da mulher, o amor impossível, recorrentes em romances do Romantismo. Apesar disso, há elementos típicos da estética realista subsequente, como os aspectos psicológicos das personagens que fazem com que identifiquemos, em cada indivíduo representado, sua maneira de pensar. Bosi afirma que "Taunay foi capaz de enquadrar a história de 'Inocência' em um cenário e em um conjunto de costumes sertanejos onde tudo é verossímil" (1985, p. 160). Na obra "Inocência", o autor procura transmitir a realidade do campo em contraponto com a realidade da cidade, mostrando aspectos culturais que envolviam a submissão e o descrédito da mulher, bem como o patriarcalismo e o machismo existentes. O objetivo deste trabalho é apontar essas representações da mulher, que se apresentam de modo diferente quando analisados os aspectos psicológicos das personagens sertanejas em confronto com as personagens urbanas. A análise prévia da obra permite identificar conceitos de moral e ética em cada personagem, já que é principalmente a esses preceitos que a representação da mulher (sertaneja ou urbana) está associada. De um lado, temos o sertanejo que promete sua filha em casamento e procura defender a honra dela e a sua própria; de outro, vemos o homem urbano que se encanta com a beleza e a pureza que a mulher representa. Tal dualidade é representada no seguinte trecho de Massaud: (...) dá-se o conhecimento dos protagonistas, e de tudo que povoa o mundo de Pereira e Inocência, até a chegada de Meyer, cuja presença, gerando mal-entendidos e suspeitas, adia o prosseguimento da trama, ao mesmo tempo que lhe adiciona um toque de complexidade: sabemo-lo inocente em relação à heroína, não assim o matuto Pereira (1985, p. 283).

Tratando-se de uma pesquisa literária exploratória, é imprescindível a leitura minuciosa da obra em estudo, assim como a leitura do contexto histórico no qual se enquadra, na intenção de compreender as diferentes visões de mulher presentes em cada núcleo do romance. Palavras-chave: Inocência; Mulher; Representação; Romantismo. Referências bibliográficas BOSI, A. História Concisa da Literatura Brasileira. São Paulo: Cultrix, 1985. MOISÉS, M. História da Literatura Brasileira – Romantismo. São Paulo: Cultrix, 1985. TAUNAY, V. de. Inocência. 15. ed. São Paulo: Ática, 1987.

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Autor: Aluna do 4º semestre de Letras Bacharelado – Português e Literaturas. UFSM. E-mail: esther_qn@hotmail.com

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Caderno de Resumos REFLEXÕES SOBRE A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO DE TEORIAS DE APRENDIZAGEM PELO PROFESSOR FRANTZ, Amanda Kohlrausch1 O objetivo deste trabalho é apresentar uma reflexão sobre a importância da conscientização do professor com relação a teorias de aquisição/aprendizagem de línguas, focando na hipótese do Filtro Afetivo, da teoria do Monitor de Krashen (1985). Através do desafio do ensino de leitura em português como língua estrangeira para uma falante de árabe, residente no Brasil há 17 anos, constatou-se a necessidade de ampliar os conhecimentos teóricos sobre aprendizagem de uma segunda língua. A aluna tem o árabe como Língua Materna (LM) e o português como Língua Segunda (L2), que fala fluentemente, embora possua erros na produção oral que não comprometem sua comunicação. Com relação à escrita, em sua LM ela lê bem, mas escreve pouco; já na L2, não desenvolveu as habilidades de leitura e escrita. Considerando o desejo de poder ler, para ter uma melhor interação na sociedade em que está inserida, decidiu ter aulas para aprender as habilidades que ainda não domina em sua segunda língua. Ao realizar o diagnóstico para dar base à estruturação do curso, constatou-se uma alta receptividade para o aprendizado do português escrito o que caracteriza, no dizer de Krashen (1981), um Baixo Filtro Afetivo. Este tema é relevante, uma vez que os fatores afetivos têm grande importância no ensino/aprendizagem de línguas, podendo auxiliar ou dificultar o processo (CALLEGARI, 2006). Desta forma, pode-se esperar que a partir do momento em que o professor tenha ciência do Filtro Afetivo, o mesmo poderá ser capaz de desenvolver estratégias para mantê-lo baixo ou, uma vez que o identifique como alto, possa ser capaz de elaborar estratégias para tentar baixá-lo. Palavras-chave: Ensino de PLE; Filtro Afetivo; Teorias de Aprendizagem. Referências bibliográficas CALLEGARI, M. O. V. Reflexões sobre o modelo de aquisição de segundas línguas de SthephenKrashen – uma ponte entre a teoria e a prática em sala de aula. RevistaScielo, vol. 45, n. 1, Campinas, jan./jun. 2006 KRASHEN, S. Second language acquisition and second language learning. Oxford: Pergamon Press, 1981 ______. The ImputHyposthesis: issues and implications. 4th ed. New York: Longman, 1985

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Amanda Kohlrausch Frantz aluna do 7º semestre de Licenciatura em Letras Espanhol e suas respectivas Literaturas da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). E-mail: akf.esp@gmail.com

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Semana Acadêmica de Letras UFSM 2014 INTERAÇÃO VERBAL ORALIZADA NO GÊNERO DISCURSIVO AULA: O DIALOGISMO PROBLEMATIZADOR FREIREANO FREITAG, Felipe1 RICHTER, Marcos Gustavo2 Educador e educandos, criando um texto oral3 em conjunto no gênero textual aula (BAKHTIN, 2006), colaboram ou contra-argumentam no e sobre o processo de ensino aprendizagem. Instituir os educandos como sujeitos ativos no desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem, recorrendo a interações verbais genuínas em espaço de sala de aula, garante a coordenação de ações educacionais que privilegiem a dimensão cognitiva da produção do conhecimento, favorece a participação conjunta no desenvolvimento das aprendizagens e, principalmente não os esteriliza como seres sociais que são. Dentro do que foi abordado, vemos o ensino dialógico-problematizador de Paulo Freire (FREIRE, 1985) como a alternativa mais fecunda para um ensino que se resigne a interação entre educador e educandos, pois um professor não pode ensinar sem que esteja aprendendo. A relação ação-pergunta-resposta-reflexão, apontada por Freire, baseia-se no aprender a perguntar e no ensinar a perguntar, destituindo o autoritarismo que tem concentrado, exaustivamente, as práticas educativas do ensino básico no Brasil. Se perguntar nem sempre é cômodo, porque o educador sente que está a perder o seu testemunho de verdade, então, por outro lado o silêncio imposto é um retrocesso, porque cerceia a construção libertadora do conhecimento. Ao educador cabe promover momentos em que a ação situacional gere perguntas, respostas e reflexões. Perguntas em torno da sua própria prática: a do educador e a dos educandos. Posto isso, o organograma procedimental elaborado para os fins de coleta de dados do projeto de pesquisa de mestrado do autor desse artigo, sob aplicação em oficinas semanais em uma escola da rede estadual de ensino, na cidade de Santa Maria, Rio Grande do Sul, sistematiza-se por um ensino dialógicoproblematizador, estruturando etapas didáticas que fomentem a interação verbal entre educador e educandos para um trabalho conjunto no desenvolvimento do ensino e do aprendizado. Intenciona-se nesse trabalho, investigar a dinâmica interacional educador-educandos, oralizada em suas mais ostensivas estratégias discursivas utilizadas durante a seção de pré-leitura em uma das oficinas realizadas na referida escola, por meio da Análise da Conversação(MARCUSCHI, 1991). O organograma procedimental elaborado para as oficinas em questão orientam-se pelo dialogismo-problematizadorfreireano, de modo que se procurará evidenciar sua viabilidade para um ensino que beneficie a construção conjunta do conhecimento, por meio de intervenções centradas em perguntas orais, ou questões orais problematizadoras, isto é, através da interação verbal dirigida ao processo de ensino-aprendizagem. Palavras-chave: Análise da Conversação; Dialogismo problematizador freireano; Gênero discursivo aula; Interação verbal oralizada. Referências bibliográficas BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. 12. ed. São Paulo: Hucitec, 2006. FREIRE, P.; FAUNDEZ, A. Por uma pedagogia da pergunta. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985. MARCUSCHI, L. A. Análise da Conversação. São Paulo: Ática, 1991.

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Autor: Mestrando em Estudos Linguísticos no Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal de Santa Maria. E-mail: feletras2007@hotmail.com 2 Orientador. Pós-Doutor em Linguística de Corpus. Professor titular do Departamento de Letras Vernáculas do Centro de Artes e Letras da Universidade Federal de Santa Maria. E-mail: richtermg@gmail.com 3 O texto oral pode ser definido segundo seu padrão específico de construção e funcionamento. Aqui, objetiva-se o texto oral como prática conversacional interativa em dada situação comunicativa, em que durante e por causa da interação verbal os efeitos de sentido são criados. A organização do texto oral como um evento comunicativo apresenta certos traços significativos e condições de produção, como situação discursiva, evento de fala, tema do evento, objetivo do evento, grau de preparo necessário para a efetivação do evento, participantes, relação entre os participantes, canal realizado para a realização do evento. É, portanto, uma construção coletiva.

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Caderno de Resumos “A MÁSCARA DA MORTE RUBRA” E O “SÉTIMO SELO”: RELAÇÕES DE PODER NA DANÇA DA MORTE FURTADO JUNIOR, Helvécio Ferreira¹ SILVA, Daniele Gallindo² As obras “A máscara da morte rubra” de Edgar Allan Poe (autor norte-americano) e “O sétimo selo” de Ingmar Bergmann (cineasta sueco) dialogam entre si de várias maneiras. No presente trabalho discutiremos como os dois textos, que têm como pano de fundo a medieval cultura da dança da morte, interconectam-se, assemelham-se e diferem um do outro sob a perspectiva das relações de poder entre os personagens, relações estas que serão analisadas sob a ótica de Foucault. Utilizando de material bibliográfico (“A microfísica do poder” de Michael Foucault, “A idade média no cinema” de José Rivair Macedo) e digital, a pesquisa tratará de expor as ligações que aproximam ambas obras, tanto no sentido homem < – > homem quanto no sentido homem < – > morte. Também o cenário será analisado, pois este traz o aparato visual que explicita como funcionam essas relações de poder, criando a atmosfera necessária para que a mensagem contida no texto seja entendida. O imagético será observado levando em consideração o impacto que este traz para a obra e seu papel nas relações entre os personagens. Aprofundaremos nosso olhar sobre as moradias dos protagonistas, sobre sua aparência e sobre a aparência da morte, procurando detalhes que possam nos dizer qual é o papel destes elementos nas relações de poder presentes nas tramas, e as mensagens à serem entregues ao leitor/espectador. O resultado final demonstra que as obras tratam da morte enquanto persona de formas diferentes, adequadas ao tempo de construção de cada uma: Poe tem para si uma morte mais brutal e implacável, reflexo de um tempo onde o suplício e a guerra cruenta eram realidade. Para Bergmann a morte é mais fria e racional, ainda que igualmente implacável, personalizando assim o medo da silenciosa e totalmente humana morte radioativa, que marcou o período pós-segunda guerra mundial. Palavras-chave: Allan Poe; Ingmar Bergmann; Relações de poder; Representações da Morte Referências bibliográficas FOUCAULT, M. Microfísica do Poder. Organização: Roberto Machado. Rio de Janeiro: Graal, 1979. GOTLIB, N. B. Teoria do Conto. São Paulo: Àtica, 2006. BERGMANN, I. O Setimo Selo. 1956 Lübeck’s Dance of Death. Acesso em: 15 jun. 2014. Online. Disponível em: <http://www.dodedans.com/Etext.htm.> MACEDO, J. R.; MONGELLI, L. M. A Idade Média no Cinema. Cotia: Ateliê, 2009. POE, E. A. The Mask of the Red Death. <http://www.ibiblio.org/ebooks/Poe/Red_Death.pdf>.

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Acessado

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jun.

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Disponível

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Semana Acadêmica de Letras UFSM 2014 A CENSURA EM “ELES”, DE CAIO FERNANDO ABREU GARLET, Deivis Jhones1 Este trabalho parte de uma concepção de estudo da literatura em suas conexões com o contexto material de produção. Em acordo com a teoria bakhtiniana, entendemos que o texto literário é construído com a integração de elementos extraestéticos, os quais são selecionados pelo escritor do meio que o circunda e transmutados esteticamente para o plano narrativo, assumindo um posicionamento axiológico específico. Uma definição do meio ideológico é assim expressa: O homem social está rodeado de fenômenos ideológicos, de “objetos-signo” dos mais diversos tipos e categorias: de palavras realizadas nas suas mais diversas formas, pronunciadas, escritas e outras; de afirmações científicas; de símbolos e crenças religiosas; de obras de arte, e assim por diante. Tudo isso em seu conjunto constitui o meio ideológico que envolve o homem por todos os lados em um círculo denso... (MEDVIÉDEV, 2012, p. 56, grifo do autor)

Dessa forma, o autor labora em sua construção estética com as ideologias corporificadas em objetossigno, mas as reordena no plano artístico com um posicionamento valorativo, criando também um objetosigno que dialoga com o contexto material, com o meio ideológico no qual está imerso. Evidentemente, a literatura não constitui mero reflexo do meio circundante, mas, por meio do ato estético, o autor opera um reflexo e uma refração dos objetos-signo constituintes da realidade material, criando uma outra realidade, a da narrativa. Com esse arcabouço teórico, propomos uma análise do conto “Eles”, de Caio Fernando Abreu, que foi censurado em 1975. Nosso objetivo consiste em construir uma dos motivos que podem ter levado à censura do mesmo. A narrativa apresenta o seguinte trecho censurado: ... depois dos homens terem provado do sexo de outros homens, e também dos peitos das mães e das irmãs, e de terem bebido dos pais o mesmo líquido de que foram feitos, e de terem cruzado com animais e se submetido à luxúria dos cães e dos cavalos e dos touros, e de terem possuído a terra e a palha como se fossem mulheres ou o reverso de homens iguais a eles...” (ABREU, 2008, p. 68)

Ao expressar esteticamente um comportamento inadequado em relação aos padrões de moralidade tidos como naturais, a narrativa, embora não realize uma apologia da libertinagem ou da promiscuidade, mas sim uma instigação à reflexão crítica sobre os preceitos morais e de seu possível efeito nefasto na vida dos indivíduos, se inscreve em uma temática passível de censura segundo o Decreto-Lei n° 1.077/1970, que condena exteriorizações contrárias à moral e aos bons costumes. Portanto, a censura da narrativa caracteriza a incompreensão e a intolerância das autoridades diante do diferente, do não convencional, da alteridade, ao mesmo tempo em que objetiva um traço da Ditadura: o autoritarismo e o cerceamento das liberdades individuais. Palavras-chave: Censura; Ditadura civil-militar; Literatura. Referências bibliográficas ABREU, C. F. O ovo apunhalado. Rio de Janeiro: Agir, 2008. BRASIL. DECRETO-LEI N° 1.077, de 26 de janeiro de 1970. Dispõe sobre a execução do artigo 153, § 8°, parte final, da Constituição da República Federativa do Brasil. Disponível em: <www2.camara.leg.br/legin/fed/declei/1970-1979/decretolei1077-26-janeiro-1970-355732-publicacaooriginal-1-pe.html>. Acesso em: 05 fev. 2013. MEDVIÉDEV, P. O método formal nos estudos literários: introdução crítica a uma poética sociológica. Tradução: Sheila Camargo e Ekaterina Américo. São Paulo: Contexto, 2012.

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Doutorando em Letras (UFSM). E-mail: deivisjh@hotmail.com

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Caderno de Resumos A PEDAGOGIA DE GÊNEROS DA ESCOLA DE SYDNEY NO PROJETO ATELIÊ DE TEXTOS GERHARDT, Carla Carine1 GONÇALVES, Andriele2 FUZER, Cristiane3 Esta comunicação tem por objetivo apresentar a metodologia de trabalho do projeto Ateliê de Textos, em especial a etapa de leitura detalhada, tendo em vista subsídios teóricos da Linguística SistêmicoFuncional. O Ateliê de Textos é um projeto de extensão, registrado como “Práticas orientadoras no processo de produção e avaliação de textos na perspectiva textual-interativa” (FUZER, 2009), que desenvolve oficinas de leitura e produção escrita em escolas públicas de Educação Básica.O trabalho está embasado, em termos teórico-metodológicos, em aspectos contextuais e léxico-gramaticais da Linguística Sistêmico-Funcional (HALLIDAY e MATTHIESSEN, 2014; FUZER e CABRAL, 2010) e, em termos pedagógicos, no Ciclo de Ensino e Aprendizagem com Gêneros proposto pela Escola de Sydney (ROSE e MARTIN, 2012). O projeto utiliza como metodologia de desenvolvimento do processo de leitura e escrita as etapas do Ciclo de Ensino e Aprendizagem com Gêneros: 1. Negociação do Campo (identificação e delimitação do gênero); 2. Desconstrução do Texto (abordagem do contexto de situação); 3. Construção Conjunta (prática conjunta de escrita); 4. Construção independente (verificação do apreendido). Neste ano de 2014, no que se refere à identificação do campo, a partir dos resultados da aplicação de um questionário a alunos das séries finais do ensino fundamental das quatro escolas participantes do projeto, verificamos o uso do gênero narrativo como constituinte do contexto de cultura da comunidade escolar investigada. Na etapa de desconstrução do texto, foram desenvolvidas atividades de leitura detalhada com os alunos participantes das oficinas.Nessas atividades, foram exploradas características funcionais e linguísticas do gênero, considerando os estágios composicionais típicos (orientação, complicação, clímax, resolução e avaliação), o uso dos elementos da narrativa nesses estágios (personagens, tempo, espaço e narrador) e a contribuição das imagens para a construção do sentido do texto. Em seguida, foi realizada a construção conjunta de um texto do gênero estudado, em que foi oportunizado aos alunos o desenvolvimento de habilidades que poderão ser usadas na etapa da escrita independente. Dessa forma, espera-se aproximar cada vez mais o trabalho já desenvolvido no projeto Ateliê de Textos à perspectiva de ensino e aprendizagem baseada em gêneros textuais da Linguística Sistêmico-Funcional. Palavras-chave: Leitura Detalhada; Linguística Sistêmico-Funcional; Processo de produção textual. Referências bibliográficas FUZER, C. Práticas orientadoras no processo de produção e avaliação de textos na perspectiva textual-interativa. Projeto de ensino e extensão Registro GAP/CAL nº 029622. Santa Maria: CAL, UFSM, 2009. FUZER, C.; CABRAL, S. R. S. Introdução à Gramática Sistêmico-Funcional em Língua Portuguesa. Santa Maria: DLV, UFSM, 2010. HALLIDAY, M.; MATTHIESSEN, C. M. I. M. An Introduction to Funcional Grammar. New York: Routledge, 2014. ROSE, D.; MARTIN, J. R. Learning to Write, Reading to Learn: Genre, Knowledge and Pedagogy in the Sydney School. London: Equinox, 2012.

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Autor: Aluna do 8º semestre de Letras (licenciatura) – Português e Literaturas da Língua Portuguesa. UFSM. Email: carla.gerhardt@hotmail.com 2 Coautor: Aluna do 4º semestre de Letras (licenciatura) – Português e Literaturas da Língua Portuguesa. UFSM. Email: andrielli_gancalves@hotmail.com. 3 Orientadora e coautora: professora da Universidade Federal de Santa Maria. Email: cristianefuzer@gmail.com.

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Semana Acadêmica de Letras UFSM 2014 O BRASIL DA DÉCADA DE 30: HISTORIOGRAFIA E CRÍTICA GUERRA, Guilherme Bizzi1 SANTOS, Pedro Brum2 A presente proposta desenvolve atividades envolvendo capacidades já instaladas no Grupo Literatura e História, coordenado pelo Prof. Dr. Pedro Brum Santos e integrado por alunos dos cursos de graduação e pós-graduação do curso de Letras da Universidade Federal de Santa Maria. No projeto “Literatura, memória e realidade: tensões do Brasil moderno na ficção do século XX” propomos a averiguação da ficção histórica indagando sobre suas raízes no século XIX e examinando seu desenvolvimento no Brasil. Planeja-se caracterizar e apontar a posição que o gênero ocupa na construção da identidade brasileira tal como se revela para os ficcionistas afirmados a partir da década de 1930. Pretende-se acentuar o interesse em torno da historiografia, da crítica e dos escritos de memória, atualizando, em relação ao século XX, o interesse concentrado, até o momento, na produção literária brasileira do século XIX. As atividades propostas envolvem o levantamento, a organização, a reedição e a difusão de textos literários, memorialistas e informativos cuja temática e estruturação indiquem seu claro interesse de melhor entender – e difundir – aspectos relevantes da cultura brasileira. Durante o período inicial das atividades do projeto, as oito edições da revista “Lanterna Verde”, publicação anual difusora do Modernismo brasileiro, foram disponibilizadas no sítio eletrônico do grupo. Além disso, o grupo realizou levantamento de obras que compõem a chamada Geração de 30 na Literatura Brasileira, compondo súmulas de um total de setenta e seis obras da ficção brasileira. O levantamento de obras ficcionais da década de 1930 permite notar o comprometimento de escritores brasileiros em relacionar o novo Brasil com o texto literário, ou seja, a relação com o contexto sócio-histórico da época, marcado pela construção de uma identidade nacional. Dentre as diversas obras, podemos notar duas vertentes que são gestadas no interior do Modernismo brasileiro, surgido em 1922: o romance regional, em que escrita e ambiente se unem redundando em uma trama caracterizada por elementos regionais e pelo distanciamento dos surtos de urbanização; e o romance da urbanização, cuja trama se desenvolve em meio aos recentes centros urbanos do Brasil, distanciando-se de questões regionais, presentes na primeira vertente. Palavras-chave: Identidade; Regionalismo; Urbanização. Referências bibliográficas BUENO, L. Uma história do romance de 30. São Paulo: EDUSP, 2006. CÂNDIDO, A. Literatura e sociedade. São Paulo: Nacional, 1985. FREYRE, G. Casa-Grande e Senzala. Rio de Janeiro: Record, 1998. GIL, F. O romance da urbanização. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1999. HOLANDA, S. B. de. Raízes do Brasil. Coleção Documentos Brasileiros. Rio de Janeiro: José Olympio, 1987.

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Autor: Aluno do 8º semestre de Letras Licenciatura – Português e Literaturas de Línguas Portuguesa. UFSM. E-mail: gguerraletras@gmail.com 2 Orientador: Professor da Universidade Federal de Santa Maria.UFSM. E-mail: pedrobrum@uol.com.br

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Caderno de Resumos PARA ALÉM DO BEM E DO MAL: A CRÍTICA AO CONSUMISMO EM UM CONTO DE MARINA COLASANTI 1 JACOBY, Graziela Inês 2 VIANNA, Vera Lucia Lenz 3 Esta comunicação apresenta uma possibilidade de leitura do conto “A moça tecelã”, da escritora Marina Colasanti, sugerindo a presença de uma crítica ao consumo desenfreado na contemporaneidade. O conto apresenta uma jovem que vivia sozinha e tecia um longo tapete com seu tear. Humildemente, ela tecia o dia e a noite e tudo que ela precisava para o seu sustento. Quando ela se sentiu sozinha, decidiu tecer uma companhia. Com o tear teceu um marido, que logo apareceu em sua casa. A jovem ficou feliz e já planejava tecer os filhos. Porém, quando o homem descobriu o poder do tear, passou a desejar somente riquezas. Exigente e ávido, ele fazia a jovem tecer sem parar em função dos seus interesses. Desapontada, ela decidiu por fim àquela situação e começou a desfazer parte do seu longo tapete. Desteceu os cavalos e as carruagens e seguiu destecendo todo o luxo que ele exigira. Após destecer o marido, a jovem sentiu-se livre para tecer aquilo que a deixava feliz. Esta comunicação busca evidenciar o conflito de filosofias de vida dos dois personagens do texto: enquanto a jovem tecelã valoriza a natureza e o consumo moderado, seu marido busca alcançar bens materiais acima de sua necessidade, de forma a transformar a própria esposa em um objeto produtor de riquezas. Essa forte dualização presente no conto incita o leitor à reflexão e à problematização de um fato que, na maioria das vezes, passa despercebido, livre de maiores discussões. O que não podemos negar, é que o consumo é um fato marcante na sociedade contemporânea porque todos sobrevivem e vivem através dele. Enquanto no texto temos duas posturas completamente distintas – a ponto de inviabilizar o seguimento de uma união – a realidade passa muito longe de uma cisão precisa entre o bem e o mal ou certo e errado. Exatamente a força que repele as duas filosofias de vida para lado opostos no conto sugere a aproximação delas “na vida real”. Assim, observamos através do livro “A vida para o consumo” (2008), de Zygmunt Bauman, que o consumo é o responsável por manter o ser humano vivo; o consumismo, porém, transforma o homem em um bem de consumo, em uma mercadoria semelhante àquelas que adquire incessantemente, culminando na alienação do homem, na desumanização, na “coisificação”. O ato de consumir, sendo necessário à sobrevivência, pode ser levado instantaneamente ao consumismo sem que os indivíduos percebam, pois é uma máxima do mercado. Todos nós estamos (de maneira alienada) mantendo um sistema baseado na criação de necessidades – a fim de manter a máquina girando, esmagando sempre os mesmos. Palavras-chave: Natureza; Consumo; Consumismo. Referências bibliográficas BAUMAN, Z. Vida para o consumo: a transformação das pessoas em mercadoria. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008. COLASANTI, M. Um espinho de marfim e outras histórias. Porto Alegre: L&PM, 2012.

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Trabalho apresentado à Disciplina Literatura e Figurações da Alteridade (PPGL/UFSM). Autor. Aluna do Mestrado – Estudos Literários do PPGL/UFSM. E-mail: grazielajacoby@gmail.com. 3 Professora da Universidade Federal de Santa Maria – UFSM. E-mail: lenzvl@gmail.com. 2

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Semana Acadêmica de Letras UFSM 2014 A REPRESENTAÇÃO FICCIONAL DA ASSIMETRIA SOCIAL NA OBRA DE KATHERINE MANSFIELD KICH, Bruna Viedo1 LENZ VIANNA, Vera Lúcia2 Katherine Mansfield é um dos nomes mais proeminentes da literatura de língua inglesa. Seus escritos datados do início do século XX apresentam as influências da ordem social desencadeada pelo modernismo e pela revolução industrial. É nesse período que ação do enredo deixa de ser o foco principal e a análise psicológica ganha densidade (FERGUSON, 1994; GOTILB, 2004; HEAD, 2009). Ferguson (1994) aponta esse novo período literário como uma representação das experiências individuais de cada ser e ressalta que, nesse momento a imitação passa a ser o “sentir” e o “parecer”, ao contrário da “imitação de como as coisas são no mundo real”. Foi em meio a esse período no qual a exploração psicológica da personagem era o fator mais relevante, que Mansfield produziu sua obrade curta ficção, na qual mostrava sua sensibilidade e olhar crítico para com a condição social humana através do desprezo aos “grandes acontecimentos, os que todo mundo observa; dedicou-se à representação meticulosa dos acontecimentos e sentimentos minúsculos, que não modificam a vida, mas indicam as modificações imperceptíveis” (CARPEAUX, 1968, p.139).Neste trabalho, foram analisados os contos “Casa de Bonecas” e “Festa no Jardim”, a partir da forma impressionista proposta por Ferguson (1994) e dos símbolos bachelardianos reunidos por Alvarez Ferreira (2013). Ambos contos publicados em 1922 representam a disparidade social através de uma personagem do sexo feminino que não corresponde ao padrão da família. “Casa de bonecas” apresenta o drama da personagem Kezia, que junto com as irmãs, ganha uma casa de bonecas e é proibida de mostrá-la as Kelveys, filhas da lavadeira. Em “A festa no jardim”, a personagem Laura é rechaçada pela família quando sugere que a festa na sua casa deve ser cancelada pois um homem da classe operária morreu quase em frente ao portão.Na análise realizada, ambos contos apresentaram os seguintes elementos propostos por Ferguson (1994): a. limitação do ponto de vista; b. ênfase na apresentação de sensações e experiências anteriores; c. exclusão ou anulação de vários elementos do enredo tradicional; d. o uso de metáforas e metonímias na apresentação de eventos; e. economia estilística. Palavras-chave: Assimetria social; Impressionismo; Mansfield; Modernismo; Simbologia. Referências bibliográficas ALVAREZ FERREIRA, Agripina Encarnación. Dicionário de imagens, símbolos mitos, termos e conceitos bachelardianos. Londrina: Eduel, 2013. CARPEAUX, O. M. A psicanálise. In: As Revoltas Modernistas na Literatura. Rio de Janeiro: Ediouro, 1968.pp. 137-140. FERGUSON, S. Defining the short story: Impressionism and form. In: The New Short Story Theories. Ohio: Ohio University Press, 1994. pp. 218-230. GOTLIB, N. B. Teoria do Conto. 3. ed. São Paulo: Ática, 1987. HEAD, D. The Short Story: theories and definitions. In:______. The Modernist Short Story: a study in theory and practice. 3rd ed. Cambridge: Cambridge University Press, 2009. p. 1-36.

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Autor: Aluna do 6º semestre de Letras licenciatura) – Inglês e Literaturas de Língua Inglesa. UFSM. E-mail: brunavkich@gmail.com 2 Orientador: Professora da Universidade Federal de Santa Maria. UFSM. E-mail: lenzvl@gmail.com

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Caderno de Resumos CICLO DE CINEMA – PROPOSTA DE EDUCAÇÃO POPULAR E INTERDISCIPLINAR NO PROJETO ALTERNATIVA LOUREIRO, Camila Wolpato1 COSTA, Alan Ricardo2 PEREIRA, Felipe Rios3 Um curso Pré-Vestibular Popular é, em suma, um espaço alternativo de formação, que surge para tentar fazer frente à demanda pelo acesso ao ensino superior, principalmente o público (LEIPNITZ e PEREIRA, 2008). Ainda que discussões e questionamentos sobre o conceito e o viés pedagógico dos cursos populares de caráter pré-vestibular possam ser levantados, entende-se que tais experiências, em geral, são norteadas por uma pedagogia freiriana, com princípios de educação popular emancipatória (idem, ibidem). Dentre estas experiências de cursos, está o Projeto Alternativa, até recentemente registrado e ainda nomeado Pré-Vestibular Popular Alternativa (doravante PVPA). Surgido em 2000, e atualmente em funcionamento com apoio da Pró-Reitoria de Extensão (PRE) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), o PVPA tem como finalidade contribuir com a formação crítica e social de estudantes do município e região no que concerne ao ingresso ao ensino superior (COSTA e SILVA, 2014). Tendo em vista que o PVPA tenta seguir um viés de educação popular (FREIRE, 1996), e é característica de cursos pré-vestibular populares “não apenas trabalhar com os conteúdos pertinentes ao concurso vestibular, mas avançar em uma perspectiva crítica e emancipatória de educação, na qual os sujeitos envolvidos estabeleçam relações horizontais de reciprocidade” (LEIPNITZ e PEREIRA, 2008, p.106), inúmeras ações extensionistas funcionam a partir do PVPA. Como exemplo de ação complementar, temos o ciclo de Cinema na Comunidade, que objetiva levar exibições de filmes e construir discussões de temáticas sociais junto às comunidades periféricas de Santa Maria em forma de ciclos que rodam as escolas e espaços coletivos da cidade. As exibições contam com entrada franca, no intuito de constituir-se como possibilidade de acesso à cultura cinematográfica elitizada e às produções pouco divulgadas e com relevância para a população. A considerar as discussões anteriores, é objetivo deste trabalho apresentar a ação “Cinema na Comunidade”, explicitando a metodologia adotada, os objetivos já alcançados, as metas estabelecidas, as atividades já realizadas e as ainda previstas, as dificuldades enfrentadas e as discussões inerentes ao processo de execução do projeto. Como objetivo específico, pretende-se fazer uma relação entre o referido projeto e a educação popular no que tange à área das Ciências Humanas, sobretudo ao campo das Linguagens e suas tecnologias, que abarca disciplinas comuns aos currículos pré-vestibulares, como: Português, Literatura, Redação, Línguas Estrangeiras e outras. Resultados preliminares sinalizam a produtividade da articulação entre Cinema e Educação, principalmente no que concerne a discussões profícuas oriundas das sessões de cinema e reflexão crítica da sociedade. Também evidenciam que as temáticas dos filmes, e seus posteriores debates, servem como objeto de interdisciplinaridade no que diz respeito ao ensino e à aprendizagem, não só entre as disciplinas entendidas dentro da área das Linguagens e suas tecnologias, mas também de História, Filosofia, Geografia e outras. Acreditamos que o contato dos educadores do projeto com a realidade tem sido uma questão positiva, no sentido de sensibilizar para os reais problemas das comunidades, muitas vezes não percebidos pelo distanciamento entre academia e sociedade. Palavras-chave: Cinema; Educação; Pré-Vestibular Popular; Projeto Alternativa. Referências bibliográficas

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Autor: Aluna do 7º semestre de História (licenciatura e bacharelado). Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). E-mail: camilawolpato.l@gmail.com 2 Professor do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA). Graduado em Letras – Licenciatura em Espanhol e literaturas de língua espanhola, pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). E-mail: alan.dan.ricardo@gmail.com 3 Mestrando do Programa de Pós-Graduação em História. Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). E-mail: feliperiospereira@gmail.com

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Semana Acadêmica de Letras UFSM 2014 COSTA, A. R.; SILVA, K. M. da. Educação Popular e Pré-Vestibular na Extensão Universitária. In: 6º Congresso Brasileiro de Extensão Universitária (CBEU). Anais... Belém, Pará. 2014. FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 15ª ed. São Paulo: Paz e Terra. Coleção Leitura. 1996. LEIPNITZ, L.; PEREIRA, T. I. A prática pedagógica no cursinho popular da ONGEP: aproximações com a pedagogia de Paulo Freire. In: MELLO, M. (Org.). Paulo Freire e a Educação Popular - Reafirmando o compromisso com a emancipação das classes populares. Porto Alegre: IPPOA, ATEMPA, 2008.

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Caderno de Resumos RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UMA PROFESSORA EM FORMAÇÃO: A CONSTRUÇÃO DE UM INFORME ESCOLAR MACHADO, Lara Niederauer1 KIST, Liane Batistela2 Este trabalho objetiva apresentar um relato de experiência da construção de um informe escolar por parte dos alunos de uma turma de 6º ano de uma escola da rede pública do município de Santa Maria (RS). Essa atividade fez parte do projeto de Estágio Supervisionado no Ensino Fundamental, na disciplina de Língua Portuguesa e aconteceu durante o segundo trimestre letivo (junho a setembro de 2014), período de regência. O conceito norteador da formulação da proposta, da ação e da reflexão foi a linguagem como interação. A constituição de sentidos dá-se na e pela linguagem, e essa se caracteriza como mediadora das práticas sociais. Geraldi (1984) lembra-nos que estudar língua é detectar os compromissos criados a partir do uso e estudar as relações constituídas nessas situações. Travaglia (2003) complementa, lembrando que o indivíduo age e atua sobre o interlocutor: “Os usuários da língua ou interlocutores interagem enquanto sujeitos que ocupam lugares sociais e “falam” e “ouvem” desses lugares de acordo com formações imaginárias (imagens) que a sociedade estabeleceu para tais lugares sociais” (TRAVAGLIA, 2003, p. 23). O trabalho do professor deve, portanto, partir da língua em uso, passar para a reflexão e voltar para o uso. Permite-se, assim, que os alunos tenham contato com textos reais e também que criem situações em que possam manejar a linguagem. Nesse sentido, os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998) definem os gêneros como objeto de estudo da Língua Portuguesa. Essa tomada de posição nos evidencia que está em jogo na sala de aula o caráter interacionista da linguagem: “Todo texto se organiza dentro de determinado gênero em função das intenções comunicativas, como parte das condições de produção dos discursos, as quais geram usos sociais que os determinam” (PCN, 1998, p. 21). Ainda segundo esse documento, os gêneros são caracterizados por três elementos: conteúdo temático, construção composicional e estilo. Sob a luz dessas teorias, elaboraram-se duas sequências didáticas: a primeira, de duração de cinco horas/aula, teve como objetivo apresentar o gênero textual notícia, através da leitura, da análise e da sistematização de suas especificidades; já a segunda, de duração de sete horas/aula, propôs explorar esse gênero sob a perspectiva do produtor. Durante a produção textual, foram seguidos os seguintes passos: (1) escolha das pautas acerca da escola; (2) divisão dos grupos; (3) apuração e entrevistas; (4) escrita da primeira versão; (5) reescrita a partir dos comentários orientadores da professora; (6) digitação dos textos no laboratório de informática; (7) diagramação do material por parte da professora; (8) impressão do material. A construção de um informe escolar nas atividades do estágio supervisionado foi ao encontro dos Parâmetros Curriculares Nacionais e também do Projeto Político Pedagógico da instituição escolar, que estabelece os conteúdos a serem trabalhados em cada ano. Observou-se que a apropriação dos mecanismos de produção do gênero estudado permitiu que os próprios alunos fossem a voz enunciadora dos contextos em que estão inseridos. Palavras-chave: Ensino Fundamental; estágio supervisionado; gêneros textuais; notícia. Referências bibliográficas BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: língua portuguesa. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998. GERALDI, J. W. Concepções de linguagem e ensino de português. In:______. O texto na sala de aula. Cascavel: Assoeste, 1984

TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática e interação: uma proposta para o ensino de gramática. São Paulo: Cortez, 2003.

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Autora. Aluna do curso de Licenciatura em Letras – Português e Literaturas de Língua Portuguesa. UFSM. E-mail: laraniederauer@gmail.com 2 Orientadora. Professora da Universidade Federal de Santa Maria. UFSM. E-mail: lianekist@yahoo.com.br

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Semana Acadêmica de Letras UFSM 2014 ... E NO PRINCÍPIO, A TRANSGRESSÃO: UMA LEITURA DE LÚCIO CARDOSO1 MATOS, Xênia Amaral2 FELIPPE, Renata Farias de3 Neste trabalho, pretende-se analisar duas personagens femininas transgressoras no âmbito da literatura brasileira do século XX, ambas personagens da obra de Lúcio Cardoso: Stela, da novela “Inácio” (1944) e Nina, de “Crônica da casa assassinada” (1959). “Inácio”, conta a busca de Rogério por pistas de seu pai, o próprio Inácio. Nessa busca, ele acaba remontando a história de sua família e, principalmente, a de sua mãe, Stela, bem como seu papel na dissolução da unidade familiar. Já“Crônica da casa assassinada” é contada a partir de diferentes vozes e narra a decadência da família patriarcal mineira, não somente no âmbito financeiro, mas também no que diz respeito à unidade familiar e aos seus valores. A família em questão é a Meneses, cujas transgressões cometidas, entre elas a incapacidade de adaptação ao Brasil “moderno” (representado pela personagem Nina), causam a ruína familiar. Por outro lado, a personagem Nina, que representa o “novo”, também perece, o que revela a incapacidade de estabelecimento de uma nova ordem. Stela e Nina, acusadas de adultério e de serem agentesda ruína familiar, aproximam-se da ideia de mal discutida por Georges Bataille em “O erotismo”(1957). Subversivas, as personagens, segundo Elizabeth P. Cardoso (2010) se assemelham a mitos fundadores, próximos à figura de Eva. Stela e Nina, ainda, são permeadas pela visão maniqueísta de mundo, remetendo aogênero melodramático (cf. THOMASSEAU, 2005). Sendo assim, as personagens são pontos de partida para a discussão do caráter transgressivo da feminilidade, que no caso das narrativas, acionam o “começo do fim” da unidade familiar. Palavras-chave: Lúcio Cardoso; Nina; Stela; Transgressão.

Referências bibliográficas BATAILLE, G. O erotismo. Porto Alegre: L&PM, 1987. CARDOSO, E. P. Feminilidade e transgressão – uma leitura da prosa de Lúcio Cardoso. 2010. 225f. Tese (Doutorado em Letras) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo. 2001. CARDOSO, L. Crônica da casa assassinada. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2004. ______. Inácio. In: Inácio, O enfeitiçado e Baltazar. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002. pp. 13-147. THOMASSEAU, Jean-Marie. O melodrama. São Paulo: Perspectiva, 2005.

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Trabalho desenvolvido no projeto de pesquisa „O melodrama na literatura brasileira: gêneros e autoria‟, com o apoio do Programa FIPE Júnior/UFSM. 2 Autora: Aluna do 8º semestre de Letras - Lic. Hab. Inglês e Lit. da Língua Inglesa da UFSM. E-mail: lizza_amaral_matos@hotmail.com 3 Orientadora: Profa. Dra. da Universidade Federal de Santa Maria. E-mail: renatfelippe@yahoo.com.br

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Caderno de Resumos A PROPÓSITO: DE JORNAL A LIVRO MORAES, Russel Vaz1 ROSA, Tiago Santos da2 PIRES, Paulo Admir Sanguinete3 Considerando as mídias impressas tradicionais contemporâneas como sendo meios saturadas para divulgação de novos talentos (FREINET, 1974), mediante interesses comerciais que inviabilizam espaços condizentes para publicação de contos ou crônicas de novosautores, faz-se necessária a criação de outros espaços, canais alternativos midiáticos (PAVANI, 2002), ainda no contexto impresso (pois atinge pessoas não adeptas à Rede Mundial de Computadores, sendo que arquivos em formado pdf são também disponibilizados em rede social para alcançar leitores no contexto online). A Oficina de Criação Literária “A Propósito” teve início em novembro de 2004, em escola pública do Estado, em Alegrete-RS. Na ocasião, posteriormente às atividades semanais realizadas em turno inverso, foi impressa a primeira edição do tabloide, 12 páginas,preto e branco (na quinta edição,aderiu-se à policromia), mil exemplares, contendo textos prosódicos e poemas de estudantes concluintes do Ensino Médio. A distribuição foi gratuita, posto que o jornal não continha fins lucrativos (SILVA, 2007). Deve-se ressaltar que a impressão dera-se somente com recursos próprios do organizador (e parcas colaborações espontâneas). Lançada a primeira edição do jornal homônimo, acordou-se com participantes (ainda que informalmente) que, considerando edições anuais, chegar-se-ia à 10ª edição em novembro de 2013, quando o jornal passaria a formato de livro, editado inclusive com ISBN.Assim, em consonância com que o que havia sido combinado com osdiscentes, editou-se a obra “A PROPÓSITO – 10 ANOS”, pela Liro Editora, de Porto Alegre-RS. O livro apresenta capa em policromia e contém 89 páginas, com textos argumentativos e ficcionais de estudantes da Escola Estadual Dr. Lauro Dornelles e doInstituto Federal Farroupilha (Alegrete, RS). Foram impressos 100 exemplares.O lançamento da obra aconteceu em junho de 2014, na 35ª Feira do Livro de Alegrete, no salão de eventosdo Centro Cultural, de cuja sessão de autógrafos participaram professor-organizador, coeditores e jovens redatores (atuais e ex-integrantes de outras gerações do jornal). Palavras-chave: Argumento; Literatura; Oficina; Redação; Texto. Referências bibliográficas FREINET, C. O Jornal Escolar. Lisboa: Editorial Estampa, 1974. PAVANI, C. de G. C. (Org.). Jornal: (in)formação e ação. Campinas: Papirus, 2002. SILVA, E. T. da (Org.). O jornal na vida do professor e no trabalho docente. São Paulo; Campinas: Global Editora/ALB, 2007.

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Autor: professor de Língua Portuguesa e Literatura da Rede Estadual de Ensino, em Alegrete-RS E-mail: russelvazmoraes@gmail.com 2 Coautor: professor de Língua Portuguesa no Instituto Federal Farroupilha-IFF/Câmpus Alegrete E-mail: eltiago@al.iffarroupilha.edu.br 3 Coautor: professor de Língua Portuguesa no Instituto Federal Farroupilha-IFF/Câmpus Alegrete E-mail: gabinete@al.iffarroupilha.edu.br

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Semana Acadêmica de Letras UFSM 2014 ALGUMAS COISAS QUE SEI SOBRE MIM – CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE ATRAVÉS DA MEMÓRIA E TRAUMA MUNSBERG, Gabriel Felipe Pautz1 SILVA, Daniele Gallindo Gonçalves2 Narrar o trauma para se entender como sujeito parece ser o enredo de “Diário da Queda”, de Michael Laub. O autor, que como o narrador, também é de origem judia, conta o drama de um sujeito e de sua família nos dias de hoje, porém recuperando memórias traumáticas desde o período nacional-socialista alemão para buscar algum entendimento de sua situação. Este trabalho pretende examinar de que maneira as relações entre memória e identidade são postas em “Diário da queda” como as formas possíveis de compreender-se a existência do sujeito entregue ao obscuro do contemporâneo, ou como afirma Giorgio Agambem, “aquele que recebe em pleno rosto o facho de trevas que provém do seu tempo” (AGAMBEM, 2009, p. 64). A partir de um personagem-narrador, o leitor encontra relatos das vidas traumáticas de três gerações de uma família judia e acompanha este protagonista na busca pela compreensão de sua circunstância e a tentativa de criar uma nova vida, de tal forma que as experiências do avô nos campos de concentração de Auschwitz e o decorrente suicídio são ligados ao trauma do narrador e seu consequente alcoolismo, pois somente ao rememorar e perceber as imbricações dos traumas, é possível esquecê-los e tentar começar uma nova vida. A partir de uma escrita espedaçada (a qual provém de uma percepção fragmentada do narrador contemporâneo), o narrador reduz a história ao seu ponto de vista pessoal, dando “lugar a um subjetivismo pluripessoal, criando uma voz – ou vozes – diretamente envolvida na narração, que a desarticula e fragmenta, focando o movimento miúdo das emoções e o fluxo dos pensamentos” (PELLEGRINI, 1999, p. 217). Neste fluxo de movimentos entre memória e pensamentos, o narrador trabalha com seu próprio conceito de identidade, pois “a memória é a identidade em ação, mas ela pode, ao contrário ameaçar, perturbar e mesmo arruinar o sentimento de identidade” (CANDAU, 2012, p. 18). Rememorar é uma “tragédia árdua e ambígua, pois envolve tanto um confronto constante com a catástrofe, com a ferida aberta pelo trauma – e, portanto, envolve a resistência e a superação da negação –, como também visa a um consolo nunca totalmente alcançável” (SELIGMANN-SILVA, 2003, p. 52). Sendo assim, é na exposição de suas memórias que o protagonistanarrador de “Diário da queda” discute as relações familiares e sociais e percebe-se como indivíduo avulso de uma comunidade que,a princípio, não lhe dizia mais nada a respeito. Sua escrita – e leitura – de experiências ou memórias de vida servem como uma rememoração, conforme o conceito benjaminiano, pois “funda [um]a cadeia da tradição, que transmite os acontecimentos de geração em geração” (BENJAMIN, 2012, p. 228). Palavras-chave: Escrita, Identidade, Memória, Trauma. Referências bibliográficas AGAMBEM, G. O que é contemporâneo? e outros ensaios. Tradução: Vinícius Nicastro Honesko. Chapecó: Argos, 2009. BENJAMIN, W. O narrador. In:______. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. Tradução: Sérgio Paulo Rouanet. São Paulo: Brasiliense, 2012. CANDAU, J. Memória e identidade. Tradução: Maria Leticia Ferreira. São Paulo: Contexto, 2012. LAUB, M. Diário da queda. São Paulo: Companhia das Letras, 2011. PELLEGRINI, T. A Imagem e a letra – Aspectos da ficção brasileira contemporânea. São Paulo: Mercado das Letras, 1999. SELIGMANN-SILVA, M. História, memória, literatura. O testemunho na era das catástrofes. Campinas: Editora da UNICAMP, 2003.

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Autor: Aluno do 8º semestre de Letras (licenciatura) – Português e Alemão e Respectivas Literaturas. UFPel. E-mail: gabriel_munsberg@yahoo.de 2 Orientadora: Professor da Universidade Federal de Pelotas. UFPel. E-mail: danigallindo@yahoo.de

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Caderno de Resumos CONTAR HISTÓRIAS COM LIVROS INFANTIS EM LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS NASCIMENTO, Gicélia Barreto1 KESSLER, Themis Maria2 A Língua Brasileira de Sinais (Libras) é uma língua visual-espacial, sendo caracterizada como única língua que o surdo pode dominar de forma plena e que serve para todas as suas necessidades linguísticas, comunicativas e cognitivas (DIZEU; CAPORALI, 2005). É por meio da interação com pessoas que utilizam a língua de sinais que é possível transmitir valores, atitudes, hábitos, costumes, histórias e piadas(SILVA; MEDEIROS; LORENZI, 2010). Quando essa interação acontece por meio de histórias infantis, esse aprendizado ocorre de maneira divertida, possibilitando que a criança construa significados de conceitos, ampliando seu universo linguístico. Dessa maneira, contar história é muito importante para a aprendizagem da criança (FERREIRA, 2010). O objetivo desse trabalho foi analisar o estilo de contar história em Libras, por meio de livros infantis, da díade mãe ouvinte/criança surda. Trata-se de um trabalho qualitativo que faz parte da pesquisa “Intervenção Fonoaudiológica com Familiares de Crianças Surdas”, aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), sob o parecer CAAE 26743114.9.0000.5346. Esta pesquisa foi realizada com uma mãe ouvinte e uma criança surda que realizava atendimento no Serviço de Atendimento Fonoaudiológico (SAF) da UFSM. Foi realizada uma gravação em vídeo da díade mãe ouvinte/criança surda, com base no tempo de duração que a mãe levava para contar as histórias. Foi dada a instrução para que a mãe contasse as histórias em Libras, utilizando os livros disponibilizados. Para isso estavam disponíveis dois livros infantis da mesma coleção: O cãozinho Dengoso e A gatinha Lu.Por fim os vídeos foram transcritos e analisados pela pesquisadora. L é uma criança do sexo feminino, de 5 anos e 3 meses de idade. Ela vive com V (a mãe), a avó materna, uma tia, um irmão mais novo e um mais velho. L tem perda auditiva neurossensorial de grau profundo bilateral, utiliza aparelho auditivo em ambas as orelhas e estuda em uma escola especial com proposta bilíngue de ensino. V tem 31 anos, é dona de casa e estudou atéo ensino fundamental. Quando L nasceu, V passou por um período de rejeição, mas recebeu apoio da família e procurou auxílio. A mãe disse que não contava histórias para L porque ela “não para quieta” e “não presta atenção nos livros”. A análise do vídeo possibilitou caracterizar o estilo de contar história de V da seguinte maneira: ela utiliza a língua de sinais ao mesmo tempo em que utiliza a língua oral, mostrando uma confusão no uso das línguas. Também foi possível ver que V explora as imagens do livro, destacando o ponto principal da história. Ela utiliza repetição dos sinais para garantir a compreensão de L. Sempre olha e toca a filha para que ela mantenha atenção na história. Este trabalhomostrou a importância do contar histórias para o desenvolvimento linguístico de crianças surdas. Foi possível perceber que isso não é uma prática frequente entre mães de crianças surdas, mas é um momento rico de interação que precisa ser valorizado e incentivado pelos profissionais que trabalham nesse contexto. Palavras-chave: Libras; Fonoaudiologia; Surdez Referências bibliográficas DIZEU, L. C. T. B; CAPORALI, S. A. A Língua de Sinais Constituindo o Surdo Como Sujeito. Revista Educação e Sociedade, Campinas, v.26, n. 91, p.583-597, Mai.-Ago. 2005. FERREIRA, A. Contar Histórias com Arte e Ensinar Brincando: para a educação infantil e séries iniciais do ensino fundamental. 2. ed. Rio de Janeiro: Wak, 2010. SILVA, A. C.; MEDEIROS, M. C. M; LORENSI, V. M. O Desenvolvimento do Processo de Letramento do Aluno Surdo a partir das Experiências Visuais Proporcionadas pela Literatura Infantil. Revista de Educação do IDEAU. v. 5. n. 12 - Julho Dezembro 2010.

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Autora: Fonoaudióloga, aluna de mestrado no Programa de Pós-Graduação em Distúrbios da Comunicação Humana (PPGDCH). Universidade Federal de Santa Maria/RS (UFSM). E-mail: giceliabarreto89@yahoo.com.br 2 Coautora: Docente, Supervisora Clínica e Coordenadora do curso de Graduação em Fonoaudiologia da Universidade Federal de Santa Maria. Doutora em Letras pela Universidade Federal de Santa Maria. UFSM.E-mail: tkessler@terra.com

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Semana Acadêmica de Letras UFSM 2014 O APOLINEO E O DIONISIACO NO LIVRO “O NASCIMENTO DA TRAGÉDIA DE FRIEDRICH NIETZSCHE” OLIVEIRA, Janio Davila de1 TAVARES, Enéias Farias2 O objetivo deste trabalho é analisar a obra “O nascimento da Tragédia” (1872) do filósofo alemão, Friedrich Nietzsche (1844-1900). Na obra, Nietzsche faz uma leitura da cultura grega usando como base dois elementos: o apolíneo e o dionisíaco. Neste estudo buscamos explicar o que representa cada um destes elementos e de como eles unidos darão origem a tragédia grega. O livro “ONascimento da tragédia” faz parte dos trabalhos filológicos publicados por Nietzsche no começo de sua carreira como professor de filologia na Universidade da Basiléia, entre 1869 e 1879. Também conhecidos como “textos de juventude”, nestes trabalhos o jovem filólogo expõe suas concepções sobre a cultura helênica e como estes textos deveriam ser entendidos para a construção de uma nova forma de pensar para o povo alemão. O texto publicado em 1872, numa Europa em que o positivismo era a forma predominante de pensamento, não por acaso, foi recebido de forma dura pelos colegas de filologia de Nietzsche. Entre as críticas mais duras,foi acusado de não pensar cientificamente e sim pela intuição (MACHADO, 2005). No ensaio, Nietzsche expõe suas ideias sobre o apolíneo eo dionisíaco. Representados, respectivamente, pelos deuses, Apolo e Dioniso, eles representam dois modos de viver e produzir arte. O primeiro está ligado ao mundo onírico, à harmonia das formas, ao respeito aos limites, à individuação e às artes plásticas, enquanto o segundo está ligado à embriaguez, à desmedida (Hybris), à noção de Uno-primordial e à música.Usaremos como aporte teórico, além da tradução de “O Nascimento da Tragédia” (1992) feita por J. Guinsburg, os textos de conferencias de Nietzsche publicados no volume “A visão Dionisíaca do Mundo” (2005), o texto da conferência intitulada “Introdução à tragédia de Sófocles” (2006), e a obra de Roberto Machado, “Nietzsche e a polêmica sobre o nascimento da tragédia” (2005). Palavras-Chave: Apolíneo; Dionisíaco; Nietzsche; O Nascimento da Tragédia. Referências bibliográficas MACHADO, R. (Org.). Nietzsche e a polêmica sobre o nascimento da tragédia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005. NIETZSCHE, F. W. A visão Dionisíaca do mundo. Tradução: Marcos Sinésio Pereira Fernandes e Maria Cristina dos Santos de Souza. São Paulo: Martins Fontes, 2005. ______. Introdução à tragédia de Sófocles. Tradução: Ernane Chaves. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2006. ______. O nascimento da tragédia ou helenismo e pessimismo. Tradução: J. Guinsburg. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.

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Aluno do quarto semestre do curso de Letras – Licenciatura - Português e Literaturas de Língua Portuguesa (UFSM) E-mail: janio.davila@hotmail.com 2 Professor adjunto do Departamento de Letras Vernáculas da UFSM. E-mail: eneiastavares@gmail.com

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Caderno de Resumos “EM LIBERDADE”: O ENTRECRUZAMENTO DE HISTÓRIAS NA OBRADE SILVIANO SANTIAGO OLIVEIRA, Juliana Prestes de1 OLIVEIRA, Raquel Trentin2 O escritor brasileiro Silviano Santiago publicou, em 1981, a obra “Em liberdade”. Seu enredo apresenta as memórias do escritor brasileiro Graciliano Ramos após ter sido liberto da prisão durante o regime ditatorial. Nesse romance, Santiago escreve como se fosse o próprio Graciliano e utiliza estratégias linguísticas para convencer o leitor de que o livro se trata de um manuscrito deixado por Graciliano Ramos. Atenta a isso, a análise aqui proposta procura entender o valor e o efeito semântico deste entrecruzamento de vozes,que remonta à história de um escritor que realmente existiu, à H(h)istória do Brasil e à história da literatura brasileira. Este entrecruzamento de histórias faz parte do jogo literário elaborado por Santiago, e isso nos leva a refletir sobre alguns acontecimentos durante o regime de Getúlio Vargas e nos fazer refletir sobre a literatura nacional, sua situação e transformações. Desse modo, percebemos também algumas das características da literatura contemporâneae algumas das suas diferenças em relação à produção anterior. Para auxiliar nesta pesquisa, um dos textos utilizados foi o texto de Tânia Pellegrini “Ficção brasileira contemporânea: assimilação ou resistência?” (2012), que aborda esse novo fazer literário, estabelecendo uma ligação com as discussões pós-modernistas.Para embasar nossadiscussão sobre a teoria do Pós-Modernismo, mais bem entender a abordagem de Pelegrini (2012) e, por conseguinte, a feitura de “Em liberdade”, recorremos à “A Poética do Pós-Modernismo: história – teoria – ficção”(1991), de Linda Hutcheon. Por meio dessa obra, compreendemos alguns artifícios utilizados por Santiago na elaboração de seu romance, entre eles o jogo de vozes, tempos e textos que o caracterizam. Com base nessas e em outrasabordagens teórico-críticas e naanálise do romance,percebemos queSantiagotraz à tona, por meio do uso de várias vozes, inúmeras versões da mesma história, questionando o caráter axiomático do discurso oficial e revelando as múltiplas e conflituosas ideologias que atravessam a representação desses tempos históricos/literários. Palavras-chave: Contemporaneidade; Em liberdade; H(h)istória; Literatura. Referências bibliográficas HUTCHEON, L. Poética do Pós-Modernismo: história – teoria – ficção. Tradução: Ricardo Cruz. Rio de Janeiro: Imago, 1991. PELLEGRINI, T. Ficção brasileira contemporânea: assimilação ou resistência? Novos Rumos, Marília, ano 16, n. 35, 2001. Disponível em: <http://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/novosrumos/article/view/2221>. Acesso em: nov. 2012. SANTIAGO, S. Em liberdade. 4. ed. Rio de Janeiro: Rocco, 1994.

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Autora: Mestranda do Curso de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Email: jprestesdeoliveira@gmail.com 2 Orientadora: Professora Doutora do Curso de Letras e do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal de Santa Maria – UFSM. E-mail: raqtrentin@yahoo.com.br

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Semana Acadêmica de Letras UFSM 2014 A LITERATURA NO ENSINO FUNDAMENTAL: DOS LIVROS AO PALCO PAIM, Luciane de Lima1 KIST, Liane Batistela2 O presente trabalho tem como objetivo relatar a experiência vivenciada no período de regência de classe ocorrida durante o desenvolvimento da disciplina Estágio Supervisionado do Ensino Fundamental, do Curso de Licenciatura em Letras / Português da Universidade Federal de Santa Maria. A experiência aqui relatada trata da atividade final desenvolvida, após 64 horas-aulas, com uma turma de 8º ano de uma escola da rede pública estadual do município de Santa Maria. Para desenvolver a atividade, partiu-se do pressuposto teórico pautado em Spolim (2007), o qual aponta o quanto é didático e dinâmico levar o teatro para a sala de aula. Além disso, levou-se em consideração também o que mostram os PCN‟s (1997), ao referirem-se à importância de trabalhar a linguagem de forma a atrair os olhares e interesses dos estudantes. Com relação à atividade desenvolvida, pode-se dizer que a perspectiva inicial tinha como intuito apresentar aos alunos uma realidade ainda desconhecida por eles, já que muitos ainda não tinham tido a oportunidade de conhecer autores da literatura brasileira clássica nem a experiência de trabalhar com a elaboração e montagem de uma peça de teatro. Nesse sentido, inicialmente, foi feita a escolha de um autor brasileiro clássico de reconhecida importância nacional, Machado de Assis, e dos respectivos contos que seriam lidos pelos alunos. Após a leitura de alguns contos como “O Enfermeiro”, “Pai Contra Mãe” e “Esaú e Jacó”, os alunos escolheram o conto “Jogo do Bicho” para proceder a montagem da peça de teatro. Para a montagem da peça, a turma foi dividida em quatro grupos, sendo um responsável pela sonoplastia, outro pelo figurino, outro pelo cenário e outro pela maquiagem e cabelo. Após muitas horas de trabalho de leitura, ensaio, montagem de cenário, seleção de figurino e de trilha sonora, a turma apresentou a peça para toda a comunidade escolar numa apresentação no refeitório da escola. Pode-se dizer que essa experiência foi positiva tanto para a turma quanto para a estagiária em situação de formação inicial de professora. Para a turma, observou-se que os alunos, desenvolveram o trabalho com prazer, diversão e muito aprendizado. Para a estagiária, essa prática educacional mostrou a realidade diária da educação em diversos aspectos, tais como vida escolar, ambiente de convivência, relação aluno x aluno, aluno x professor e professor x professor, assim como possibilitou uma boa relação entre a teoria aprendida no mundo acadêmico e a prática exercida no campo de atuação. Palavras-chave: Ensino Fundamental; Estágio Supervisionado; Literatura; Machado de Assis. Referências bibliográficas BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa, 1977. Brasília. Disponível em <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro02.pdf> Acesso em Maio de 2013. SPOLIM, V. Jogos Teatrais na sala de aula: O Livro do Professor. [S.l]: Editora Perspectiva, 2007.

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Autor (a): Acadêmica do 8º semestre do Curso de Letras Licenciatura – Português e Literaturas da Língua Portuguesa. UFSM. E–mail: lucianeletras15@gmail.com 2 Orientador (a): Professora Assistente da Universidade Federal de Santa, MEN/CE. E-mail: lianekist@yahoo.com.br

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Caderno de Resumos A EVOLUÇÃO DO ROMANCE: UM DEBATE EM QUESTÃO PEREIRA, Isabele Corrêa Vasconcelos Fontes 1 NIEDERAUER, Silvia2 Na Literatura, houve uma crescente evolução em termos estéticos desde as grandes narrativas épicas até a Modernidade. Os gêneros literários variaram em forma e conteúdo de acordo com os períodos históricos, escolas literárias e/ou estilos artísticos. Dependeram ainda das tradições e particularidades das sociedades que pertenciam. Vistos o desenvolvimento dos centros urbanos, das formas de trabalho, dos meios de comunicação, da técnica empregada na maioria das atividades e da reprodução editorial em massa, transformaram-se os valores das organizações coletivas. O homem passou a preocupar-se com o seu „eu‟ ao invés do coletivo. Isso teve forte impacto nas artes de modo geral, principalmente na arte literária.Para além disso, há a interferência na diminuição da amplitude de tempo e espaço. Tornou-se cada vez mais rápido o tempo e mais curtas as distâncias à medida que as populações progrediram. Os gêneros seguiram essas alterações transformando-se de acordo com as novas demandas ou refletindo-as. Sendo assim, há uma gama de motivos pelos quais a Literatura vem sofrendo tais modificações e renovações. O gênero épico, sobre o qual se debruça o estudo deste artigo, transmutou todas as suas partes constitutivas, desde a forma estética e aspectos narrativos, até em quesitos externos advindos do meio social que ele representava. Foi um dos gêneros que mais sofreu alterações, tanto no que diz respeito aos contornos de sua escrita, quanto na substância descrita e narrada. E de épico passou a ser denominado numa nomenclatura moderna de narrativo. Por esse motivo se justifica a escolha deste gênero para a discussão que será exposta a seguir. Em virtude de sua ampla variação pensou-se em debater a evolução do gênero romanesco desde os seus primórdios até a contemporaneidade. Partindo dessa premissa, questiona-se: porque os elementos supracitados influenciaram tanto para a modificação deste gênero literário? E ao responder essa pergunta, há que descrever em que esses elementos alteraram a tradição estética do gênero. Delimitando o corpus investigativo busca-se atrelar a discussão da evolução do gênero romanesco com as teorias de mímesis e as teorias sobre romance na Mordernidade sob direfentes leituras de alguns estudiosos. Com isso pretende-se:Realizar um debate teórico com base nos autores mencionados, verificando em que as suas teorias contribuem e ratificam a evolução do gênero.Salientar quais aspectos os histórico-sociais mais influenciaram na variação da forma e conteúdo do romance. Expostos os objetivos, é de fundamental importância reconhecer que a história e os seus eventos repercutem nas mais variadas representações. E é nesse ponto que entra o discurso literário com todo o seu arcabouço estético e a sua preocupação em retratar de maneira fiel os acontecimentos externos ao texto. Assim, faz-se necessária uma abordagem teórica e discussão histórica acerca dos valores e práticas sociais ao longo do tempo. Para delinear os estudos, busca-se descrever, refletir e discutir no decorrer do corpus sobre quais implicações a relação entre homem e realidade ecoam no gênero romanesco. Palavras-chave: Evolução do romance; Literatura; Mimese; Romance literário. Referências bibliográficas ADORNO, T. Teoria Estética. Lisboa: Edições 70, 2008, p. 11-33. BENJAMIN W. O narrador. In: Magia e técnica, arte e política. 7. ed. São Paulo: Brasiliense, 1994, p.197-201. GAGNEBIN, J-M. Do Conceito de Mímesis no Pensamento de Adorno e Benjamin. Perspectivas, São Paulo, v. 16, 1993, p. 67-86. Disponível em: <http://seer.fclar.unesp.br/perspectivas/article/viewFile/771/632>. Acesso em: 08 ago. 2014. GINZBURG, J. Violência e forma: notas em torno de Benjamin e Adorno. In:______. Crítica em tempos de violência. São Paulo: Edusp e FAPESP, 2012, p. 127-135. OLIVEIRA, R. P. de. Lukács: Mímese e Implicações de Leitura. In: BORDINI, M. da G. (Org.). Lukács e a Literatura. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2003, p. 181-208.

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Mestranda do Curso de Letras da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), Campus de Frederico Westphalen, Frederico Westphalen, RS, Brasil. E - mail: isabele_zizi@hotmail.com. 2 Professora Dra. do Mestrado em Letras da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), Campus de Frederico Westphalen, Frederico Westphalen, RS, Brasil, e-mail: silvia.niederauer@yahoo.com.

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Semana Acadêmica de Letras UFSM 2014 MAGRIS, C. O romance é concebível sem o mundo moderno? In: MORETTI, F. (Org.). A Cultura do Romance. Tradução: Denise Bottmann. São Paulo: Cosac Naify, 2009, p. 1015-128.

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Caderno de Resumos A IMPORTÂNCIA DA FIGURA DE SANTO ANTÔNIO NA AFIRMAÇÃO POLÍTICA PORTUGUESA, PELO DISCURSO DE PADRE ANTÔNIO VIEIRA, NO “SERMÃO DE SANTO ANTÔNIO” (1642) PORTO, Halyne Maria Stefani do1 DE MARTINI, Marcus2 Vinculado ao projeto de pesquisa “Representações literárias dos séculos XVI – XVIII”, que tem como corpus a obra sermonária e biográfica de Padre Antônio Vieira (1608 – 1697), desenvolvido por três alunos de graduação e pelo professor orientador, o presente trabalho se propôs a analisar a influência do discurso vieiriano nas questões políticas de Portugal, utilizando-se da figura doSanto Antônio. Para tal, foi selecionado o “Sermão de Santo Antônio” (1642), pregado na Igreja das Chagas, Lisboa, às vésperas da reunião das Cortes do Reino, na qual seria decidido o modo de recolhimento de tributos que tinham como finalidade financiar a guerra de Portugal contra Castela, no contexto da Restauração (1640 – 1688). Como respaldo teórico, tomaram-se Hansen (2006), cuja tese defende que os textos sacramentais seiscentistas ultrapassavam o caráter religioso, desempenhando uma função pragmática na sociedade, e Pécora (2005), que apresenta as três pontas que costuram a composição e a leitura de um sermão: o calendário litúrgico, o evangelho do dia e a circunstância de pregação. É sabido que, dentro da liturgia, cada santo tem seu dia de celebração e um evangelho a si atribuído: a Santo Antônio coube o dia 13 de junho. Porém, torna-se curioso que o sermão aqui analisado tenha sido pregado no dia 14 de setembro, dia de todos os santos, o que levou a ser indagado por que Vieira escolhe este santo para tratar do referido assunto, ao que sepesquisou sua importância no imaginário português e viu-se que ele é conhecido como “advogado das coisas perdidas” (MARQUES, 1983, p. 211) e conservador do que pode se perder. Assim, apoiando-se em Matheus 5:13, Vós sois o sal da terra, o jesuíta argumenta que a nenhum outro santo caberia essa missão, pois assim como o sal conversa o alimento para que não pereça, o santo tem a propriedade de conservar o que pode vir a se perder, ou seja, a periclitante autonomia política que Portugal começou a conquistar em relação à Espanha, após um jugo de sessenta anos. Interessante é como Vieira coloca Santo Antônio como representante dos portugueses em assuntos políticos relacionados a outros países: além de sal, é luz do mundo e “cidade sobre dos montes”, em que esta remete ao fato de ser procurador da Corte dos Céus, o que torna necessária sua participação em assuntos de interesse da Corte portuguesa. Por fim, é importante o fato de Vieira colocar Santo Antônio como modelo de conduta aos portugueses, no momento em que o jesuíta afirma que é o santo quem prega, e não ele próprio, permitindo a leitura de que Vós sois o sal da terra seja uma palavra do taumaturgo aos portugueses, em que estes seriam o “vós”, cabendo-lhes, então, a missão de conservar a autonomia portuguesa, o que deve ser feito pela mudança da forma de recolhimento dos tributos. Enfim, percebeu-se que a figura de Santo Antônio é muito influente no imaginário português, a ponto de Vieira tê-lo selecionado para desenvolver seu argumento em um dos momentos mais delicados da história de Portugal. Palavras-chave: Padre Antônio Vieira; Representação portuguesa; Santo Antônio; Sermões. Referências bibliográficas HANSEN, J. A. Barroco, Neobarroco e outras ruínas. Floema especial – ano II. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, n. 2 A, p. 15 – 84, Outubro, 2006. MARQUES, J. F. A parenética portuguesa e a restauração (1640 – 1688): a revolta e a mentalidade. vol. 1. 1983. 612f. Tese (Doutorado em História Moderna e Contemporânea) – Universidade do Porto – Faculdade de Letras, Porto, 1983. PÉCORA, A. Para ler Vieira: as 3 pontas das analogias dos sermões. FLOEMA. Caderno de História e Teoria Literárias. Vitória da Conquista, Ano I, n. I, p.29-36, 2005.

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Autora: Aluna do 4º semestre de Letras Bacharelado – Português e Literaturas de Língua Portuguesa. Bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC). UFSM. E-mail: halyneporto2@gmail.com 2 Orientador: Prof. Dr. da Universidade Federal de Santa Maria. UFSM. E-mail: marcusdemartini@gmail.com

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Semana Acadêmica de Letras UFSM 2014 UM MUNDO UTÓPICO FEMININO EM “A RAINHA DO IGNOTO” (1899), DE EMÍLIA FREITAS QUINHONES, Walter Elenara1 ALÓS, Anselmo Peres2 Desde os primórdios da História da humanidade, o homem procura criar um mundo perfeito, equânime, em que ideais políticos e sociais convirjam e resultem no bem-estar da população, atingindo finalmente a paz. Na Renascença, a efervescência social e cultural das descobertas marítimas propiciaram que o homem restringisse em uma única palavra essa busca pela perfeição social e política, surge assim à expressão utopia, cunhada em 1516, por Thomas More, que inaugurou o gênero literário utópico. A obra de More serviu de protótipo para diversos autores criarem ficcionalmente suas sociedades perfeitas. A partir dos anos 1970, as escritoras Joanna Russ, Marge Piercy, Margaret Atwood e Octavia E. Butler descobriram que desde os momentos iniciais da literatura de utopia, ela já vinha sendo utilizada como instrumento de crítica social por parte de diversas escritoras. No Brasil, a autoria feminina do século XIX e início do século XX manteve-se em um processo de invisibilidade. Após o resgate historiográfico nacional de obras escritas por autoras, reencontrou-se a obra “A Rainha do Ignoto” (1899), de Emília Freitas. Essa obra é delineada sob a proposição de um mundo novo denominado Ilha do Nevoeiro, uma sociedade secreta subterrânea, formada apenas por mulheres que manipulam a natureza e a ciência, utilizando-as para criar uma sociedade livre da opressão patriarcal. No Reino do Ignoto, as mulheres podem exercer diversas funções sociais realizando-se profissional e socialmente. Assim, este trabalho pretende discutir o romance “A Rainha do Ignoto”, comparativamente à obra “Kalum” (1936), de Menotti Del Picchia, tendo como ponto de partida que ambas fazem parte da literatura de tradição utópica do romance ocidental. Como a Ilha do Nevoeiro, em “Kalum”, encontra-se o Reino de Elinor, um local liderado por uma mulher. Mas, a representação feminina feita por Menotti Del Picchia opõem-se, veementemente, à representação feita por Emília Freitas. As mulheres de Elinor são descritas como fúteis e frívolas. Sua rainha, Elinor, é tida como uma aberração da natureza que fora relegada por suas companheiras, e colocada como operária ao lado da ala masculina desprezada pelas mulheres. Mesmo com a distância temporal que separa os dois romances, percebe-se que para o autor modernista o lugar da mulher não é governando. Nesse ínterim, pretende-se analisar os imbricamentos políticos e históricos nas obras, à luz dos conceitos de interdisciplinaridade e intertextualidade da literatura comparada. Palavras-chave: Autoria feminina; “A Rainha do Ignoto”; “Kalum”. Referências bibliográficas FREITAS, E. A Rainha do Ignoto. Atualização do texto, introdução e notas Constância Lima Duarte. 3. ed. Florianópolis/Santa Cruz do Sul: Mulheres/ EDUNISC, 2003. MORE, T. Utopia. Org. George M. Logan, Robert M. Adams. Tradução: Jefferson Luiz Camargo e Marcelo Brandão Cipolla. 3. ed. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2009. PICCHIA, M. Del. Kalum. São Paulo: Saraiva, 1958.

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Graduada em Letras – Licenciatura em Português e Literaturas de Língua Portuguesa pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Mestranda em Letras pelo Programa de Pós-Graduação em Letras pela mesma instituição. Bolsista Capes. Email: elenaraquinhones@yahoo.com.br 2 Doutor em Literatura Comparada pelo Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Professor Adjunto do Departamento de Letras Vernáculas da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), e do Programa de Pós-Graduação em Letras da mesma instituição. E-mail: anselmoperesalos@yahoo.com.br

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Caderno de Resumos NEOLOGISMOS E REDES SOCIAIS – FACEBOOK E TWITTER RADTKE, Natália1 DEGASPERI, Mariza Helena2 O presente resumo tem como objeto de pesquisa o neologismo no contexto das redes sociais e possui como objetivo mostrar traços morfológicos na criação dos mesmos. Como amostragem foram selecionados verbos do português empregados em duas das redes sociais mais utilizadas pelos internautas brasileiros (Facebook e Twitter). Esses termos foram analisados a partir de um ponto de vista linguístico morfológico. Para tais análises, foram utilizadas as normas padrão de formação de palavras da língua portuguesa utilizada no Brasil e apoio bibliográfico. As redes sociais, além de grandes difusoras de informações, são capazes de nos mostrar alguns fatos curiosos sobre a língua. Sendo este, um ambiente altamente propenso a neologismos, criou-se o conceito de um dialeto próprio da internet, chamado segundo ALVES (1998) de tecnoleto, ou coloquialmente, internetês. A seguir trazemos duas definições de Neologismo que foram utilizadas como guia da pesquisa. ne.o.lo.gis.mo sm (neo+logo²+ismo) 1 Palavra criada na própria língua ou adaptada de outra. 2 Palavra antiga tomada com sentido novo. 3 Doutrina nova. Antôn: arcaísmo. (MICHAELIS, 2014) O acervo lexical de todas as línguas vivas se renova. [...] Ao processo de criação lexical, dá-se o nome de neologia. O elemento resultante, a nova palavra, é denominado neologismo. (ALVES, 2004, p. 5) Quanto à análise dos dados, para uma breve demonstração, podemos destacar um dos termos mais usados no âmbito da informática, o verbo Logar: origina-se da expressão em inglês Log in, e significa, segundo o Dicionário Informal: “O início de uma sessão de conexão, em que geralmente é feita a identificação do usuário no sistema.” Quanto a análise morfológica, é um processo derivacional, pois não existia no português, termo equivalente a Log in. O verbo passa por um processo de subtração (Log - [in]) e adição (Log + [a] + [r]), visto que [a] é a vogal temática, e o morfema [r] é marca de infinitivo no português. A partir deste neologismo é possível perceber a infinidade de termos novos que são gerados e agregados à língua da sociedade brasileira. Outros exemplos de neologismos derivados de termos estrangeiros que podem ser encontrados no tecnoleto incluem “Ownar” (verbo inglês own [possuir] + [a] + [r], que significa dominar uma partida em um jogo online), Clicar (derivado do inglês click [usar o cursor do mouse para “tocar” algum link, hiperlink ou ícone no computador] retira-se a consoante -k, que é pouco natural no português, adiciona-se a [a] e [r], possuindo o mesmo significado de seu correlato em inglês) e muitos outros analisados como por exemplo: Twittar, Facebookar, Upar, Bugar.É perceptivel que o processo de criação de neologismos faz parte do cotidiano de um falante nativo de qualquer idioma, pois a língua está sempre modificando-se e transformando-se.De maneira geral, percebemos que o processo de criação de verbos advindos de termos estrangeiros é o mesmo adotado na criação de verbos com lexemas da língua portuguesa. Outra ressalva é que o processo morfológico utilizado para adaptação de termos estrangeiros é sempre o derivacional. Palavras-chave: Neologismo; Rede Social; Internetês; Linguística; Morfologia.

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Autor: Aluna do 4º semestre de Letras (Licenciatura) – Português/Espanhol e Respectivas Literaturas. UFPel. E-mail: nataliaradtke@gmail.com 2 Orientador: Professor da Universidade Federal de Pelotas. UFPel. E-mail: mhdufpel2012@gmail.com

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Semana Acadêmica de Letras UFSM 2014 Referências bibliográficas ALVES, I. M. Neologismo: Criação Lexical. São Paulo: Ática, 2004. ALVES, I. M. Neologia e tecnoletos. In: OLIVEIRA, A. M. P. P. de; ISQUERDO, A. N. (Org.). As ciências do léxico. Campo Grande: Editora UFMS, 2001. DICIONÁRIO INFORMAL DO PORTUGUÊS. Disponível em <http://www.dicionarioinformal.com.br>. Acesso em 28 jun. 2014. DICIONÁRIO, Michaelis On-line. Disponível em: <http://michaelis.uol.com.br>. Acesso em: 28 jun. 2014.

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Caderno de Resumos RECONSTITUIÇÃO E ANÁLISE DE DOCUMENTOS ANTIGOS DO FINAL DO SÉXULO XIX DO SUL DO BRASIL RIBEIRO, Tatiana Jimenes Silveira1 KELLER, Tatiana2 Historicamente, o trabalho filológico é de suma importância, pois serve como um mecanismo para o estudo das línguas modernas e também para realçar as mudanças que estas sofrem no decorrer do tempo através da reconstituição do texto escrito. Assim, neste trabalho de cunho filológico, são apresentadas as edições fac-similar e paleográfica/semi-diplomática de 4 documentos antigos escritos no ano de 1890: dois memoriais, um telegrama e um recibo, coletados no Arquivo Histórico Municipal de Santa Maria, tendo como fonte o Fundo Junta Intendencial da cidade. O propósito deste estudo é compreender a importância do trabalho filológico, bem como a preservação e o acompanhamento da transformação da língua. Busca-se também evidenciar as normas de edição crítica, descritas por Cambraia (2005), usadas nas transcrições e as possíveis dificuldades de aplicação dessas regras, devido à caligrafia dos redatores, rasuras, desgaste de tinta e cortes nas margens dos manuscritos. Ademais, o trabalho busca ressaltar as peculiaridades da língua portuguesa presentes nos textos neste determinado momento do final do século XIX, na região central do sul do Brasil, no que se refere aos aspectos lingüísticos, como a presença de consoantes geminadas, abreviaturas, a não separação vocabular, ausência de sinais de pontuação e acentos gráficos nas palavras. Palavras-chave: Documentos Antigos; Edição fac-similar e paleográfica; Final do Século XIX; Língua Portuguesa; Santa Maria. Referências bibliográficas CAMBRAIA, C. N. Introdução à crítica textual. São Paulo: Martins Fontes, 2005.

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Autor: Aluna do 6º semestre de Letras Bacharelado – Português e Literaturas da Língua Portuguesa. UFSM/ Bolsista PIBIC (UFSM). Email: tatianajsr@hotmail.com 2 Orientadora: Professora Adjunta do Departamento de Letras Vernáculas da Universidade Federal de Santa Maria. UFSM. Email: tatianakeller.ufsm@gmail.com

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Semana Acadêmica de Letras UFSM 2014 A OBJETIFICAÇÃO DAS PERSONAGENS FEMININAS COMO REPRESENTAÇÃO DE UMA IMPOSSIBILIDADE ROCHA, Virgínea1 SILVA, Daniele Gallindo G.2 Um sujeito fragmentado e suas relações com o mundo e, principalmente, com as mulheres que envolve-se objetivando-as pela sua incapacidade de relacionar-se refletindo não apenas a sua fragmentação enquanto sujeito, mas também a liquidez das relações da modernidade (BAUMAN, 2004): esse é o nosso principal objetivo na análise do “O Livro de Praga: narrativas de amor de arte” (2011) de Sério Sant‟Anna, no qual Antônio Fernandes –narrador e protagonista- nos conta sua viagem por Praga. No entanto, ao contrário do que esperaria um leitor descompromissado (DALCASTAGNÉ, 2005), o narrador não narra uma Love story “água com açúcar”, mas sim suas aventuras sexuais com diferentes mulheres (e representações de mulheres) relacionando e confundindo as ideias de amor e sexo como fica evidente no capítulo A suicida “e ela gemia e dizia coisas em sua língua estranha, enquanto eu próprio dizia em português coisas como eu quero te foder muito, meter muito em você e isso traduzia, por quê, não?, o meu amor [...]” (SANT‟ANNA, 2011, p. 53) ou ainda confundindo amor/sexo com arte e dinheiro como no capítulo O texto tatuado: “E pensei que quando Jana e Peter verificassem a quantia que eu deixara, além das trezentas coroas que já adiantara, saberiam que, para mim, o desvelamento do corpo nu de Jana valera muito a pena, a minha retribuição era como uma declaração de amor e contentamento”(SANT‟ANNA, 2011, p.121).

Portanto, o que se pretende aqui é analisar as relações discursivas referentes às relações estabelecidas entre amor, sexo, arte, morte e dinheiro, as quais acabam corroborando com a objetivação das personagens femininas da narrativa. Palavras-chave: Literatura Brasileira Contemporânea; Representação do amor; Representações do feminino. Referências bibliográficas BAUMAN, Z. Amor liquido. Rio de Janeiro: Zahar, 2004. DALCASTAGNE, R. Narrador suspeito, leitor comprometido. In:______. Entre fronteiras e cercado de armadilhas: problemas da representação na narrativa brasileira contemporânea. Brasília: Editora Universidade de Brasília: Finatec, 2005. p. 11-32. LEAL, V.; DALCASTAGNÉ, R. Deslocamentos de gênero na narrativa brasileira contemporânea. São Paulo: Editora Horizonte. 2010. MAY, S. Amor: uma história. Tradução: Maria Luiza X de A. Borges. Rio de Janeiro: Zahar. 2012. SANT‟ANNA, S. O livro de Praga: narrativas de amor e arte. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.

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Autora. Graduanda do 8º semestre do curso de Letras Português e literatura da Universidade Federal de Pelotas. UFPel. Email: novack.virginea@gmail.com. 2 Orientadora. Professora adjunta do Centro de Letras e Comunicação da Universidade Federal de Pelotas. UFPel. E-mail: danigallindo@yahoo.de

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Caderno de Resumos LETRAS: UM ESTUDO POR MEIO DA PALEOGRAFIA ROSA, Tatiana Costa1 URBANETTO, Rosanara Pacheco2 A paleografia é uma ciência de grande importância para o conhecimento da história da humanidade, pois estuda as escritas antigas e nos auxilia a desvendar os enigmas do ser humano e da sociedade. Por vários anos, foi utilizada como um instrumento para a compreensão de documentos antigos. Atualmente, é vista como uma fonte para o entendimento da história da sociedade. Considerando sua importância, este trabalho é uma forma de mostrar sua existência e aplicabilidade. Tendo como objeto de estudo as escritas antigas, a Paleografia apresenta-se como uma importante ciência. De acordo com Sanchez (1999), seu nascimento ocorreu no século XVII, sendo empregado pela primeira vez o nome Paleografia pelo monge beneditino Bernard de Montfaucon. Nesta época, iniciou-se o desenvolvimento de uma metodologia orientada para a leitura, transcrição, datação, identificação e classificação das escritas.Franklin Leal e Richter (2003) explicam que a Paleografia estuda os caracteres externos do documento, sendo considerado documento paleográfico aquele documento que é antigo e manuscrito. Para isso, é necessário conhecer a tradição histórica do país em que o documento foi produzido, pois dessa forma é possível verificar a antiguidade histórica-documental.O estudo das escritas antigas proporciona o conhecimento da história de um povo. Sanchez (1999) indica o século XIX e início do XX como o começo para o estudo da relação entre a escrita e a sociedade. Segundo o autor, foi o italiano Giorgio Cencetti quem sugeriu que o objeto da Paleografia não poderia ser apenas a interpretação de documentos antigos, mas também o estudo dos elementos exteriores, o que levaria a um conhecimento amplo da história e cultura em geral.Durante a análise paleográfica alguns elementos precisam ser considerados, entre eles: a morfologia, a forma das letras, bem como os sinais utilizados tanto para numeração como para pontuação. Uma questão relevante é verificar se o documento foi escrito por apenas uma pessoa ou mais. Deste modo, é preciso considerar: o “Ductus”, que é a ordem dos traços; o “ângulo da escrita”, referente à posição do instrumento que foi utilizado durante a escrita; o “ângulo de inclinação”, que diz respeito ao formato das astes das letras direitas; o “módulo”, que refere-se às dimensões da letra como altura e largura; e o “peso”, que é a relação entre traços grossos e finos das letras. Palavras-chave: Análise paleográfica; Documento paleográfico; Paleografia. Referências bibliográficas RICHTER, E. I. S; LEAL, F.; EURÍPEDES, J. Análise Paleográfica de Documentos Relativos ao Rio Grande de São Pedro e à Colônia do Sacramento. 2. ed. Santa Maria: Edições UFSM. 2003. SANCHEZ, A. B. Como Realizar una Análisis Paleográfica. In: TERRERO, A. R. Introducción a la Paleografia y la Diplomática General. Madrid: Editorial Sintesis. 1999. p. 333-336.

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Autor: Aluna do Curso de Especialização em gestão em arquivos da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). E-mail: tatyrosaa@gmail.com 2 Orientador: Professora adjunto do departamento de documentação e coordenadora do Curso de Arquivologia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). E-mail: rosanaraurbanetto@gmail.com

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Semana Acadêmica de Letras UFSM 2014 “OS ANOS DO PEREGRINO”: REPRESENTAÇÕES HAGIOGRÁFICAS E MIMÉTICA NA AUTOBIOGRAFIA DE INÁCIO DE LOYOLA SANCHES, Angelo Moreno Bidigaray1 DE MARTINI, Marcus2 No âmbito de estudos do projeto “Representações Literárias dos Séculos XVI-XVIII”, estuda-se a representação que o Padre Antônio Vieira (1608-1697) obteve através de suas biografias. A primeira biografia de Vieira foi elaborada por um jesuíta que se baseou na tradição historiográfica da Companhia de Jesus para narrar a vida do religioso. Para se compreender essa obra, então, é importante analisar como se deu o início desse estilo historiográfico. Tal estilo de escrita começou dentro do projeto de autocompreensão jesuíta, com a composição da autobiografia de Inácio de Loyola (1491-1556). Para os jesuítas, compreender de onde surgiu a Companhia de Jesus é afirmar sua identidade frente aos desafios encontrados por uma jovem ordem religiosa do século XVI. Nas palavras de O‟Malley: “A história de Inácio foi um elemento-chave no mito necessário para dar à ordem seu sentido de localização no esquema maior das coisas” (2004, p.107). Apesar de ser conhecida como autobiografia, a obra foi escrita, em sua maior parte, por Luís Gonçalves da Câmara (1519-1575), entre 1553 e 1555. No período da composição da obra, Inácio ditava a Câmara e este, posteriormente, em seu quarto, escrevia notas do que ouvira. Câmara, ao escrever essas notas, deixa transparecer no texto marcas hagiográficas, isto é, discursos característicos da narração da vida de um santo. Entre esses recursos discursivos, podem-se citar índices que apontam para uma origem nobre do biografado e a presença do maravilhoso. Além desse caráter hagiográfico, Sobral narra que “os santos imitam os santos dos textos que conhecem” (2005, p.100). Dessa forma, a vida de um santo só se concretiza como tal quando ele se assemelha aos santos consagrados pela tradição. Inácio, na obra, autorreferencia-se como “peregrino”. O ministério jesuíta, na sua ênfase em levar o Evangelho, difere do das outras ordens, assemelhando-se, em sua vocação, ao grande difusor do cristianismo, Paulo de Tarso. Jerônimo Nadal (1507-1580), secretário de Inácio, expressa que “Paulo significa para nós [os jesuítas] o nosso ministério”. A configuração da vocação jesuíta como apostólica, baseada em Paulo, leva a crer que essa figura teve forte influência sobre Inácio no período de conversão. Inácio e Paulo possuem algumas semelhanças, entre elas, pode-se citar o fato de que mudaram de nome e de que se converteram através de acidentes. A imagem de “peregrino” que Inácio cria para si evoca muito do que foi a vida do Apóstolo dos Gentios. A autobiografia, assim, constroi a imagem do biografado com traços próprios de discursos hagiográficos, fundamentada na imitação do modelo de santidade paulino, modelo que vai influenciar todo o desenvolvimento do ministério jesuíta. Assim, compreender os recursos empregados para a composição desse tipo de texto é um passo necessário para estudar-se os modos como eles vão se infiltrar nas demais produções escritas da Companhia de Jesus, especialmente nas biografias de seus membros, como é o caso da primeira biografia do Padre Antônio Vieira. Palavras-chave: Companhia de Jesus; hagiografia; Inácio de Loyola; Paulo. Referências bibliográficas LOYOLA, I. Autobiografia de Inácio de Loyola. São Paulo: Edições Loyola, 1978. O‟MALLEY, J. W. Os primeiros jesuítas. São Leopoldo: Editora UNISINOS; Bauru: EDUSC, 2004. SOBRAL, C. O modelo discursivo hagiográfico. In: ACTAS DO V COLÓQUIO DA SECÇÃO PORTUGUESA E DA ASSOCIAÇÃO HISPÂNICA DE LITERATURA MEDIEVAL, 2005, Porto. Anais... Porto: Faculdade de Letras da Universidade do Porto, 2005. p. 97-107.

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Autor: Aluno do 6º semestre de Letras - Bacharelado em Português e Literaturas. UFSM. Bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PROBIC/FAPERGS). E-mail: angelosanches@ymail.com 2 Orientador: Professor da Universidade Federal de Santa Maria. UFSM. E-mail: marcusdemartini@gmail.com

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Caderno de Resumos A IRLANDA DE “DUBLINENSES” NO CONTO “EVELINE”, DE JAMES JOYCE SANTOS, Maíra Oliveira dos1 MAGGIO, Sandra Sirangelo2 O livro de contos “Dublinenses”, de James Joyce, que foi publicado pela primeira vez em 1914, reflete muito da situação em que se encontrava a Irlanda naquela época, desgastada pelos efeitos da Grande Fome, pelas sucessivas ondas de emigração e pelas tentativas malogradas de implementação da Home Rule. Este cenário de desalento é o pano de fundo para o conto “Eveline”, um dos quinze que compõem a obra. Em todos os contos encontramos as marcas de uma população decadente, de uma economia falida, de valores sociais, morais e religiosos em conflito e um grande ressentimento para com a opressão inglesa. Em “Eveline” estes aspectos convergem para o ponto em que a moça, sentada perto da janela, rememora a própria vida e reflete sobre que providências tomar. Ao revisitar a infância pensa nos momentos felizes e nos de sofrimento de uma típica família católica, vivendo numa casa pequena, com muitos filhos. Lembra-se da mãe, que morreu, e da responsabilidade que assumiu de substituí-la, cuidando dos irmãos menores. Pensa no pai, que passou a beber e cujo comportamento foi-se tornando cada vez mais violento. Pensa também no convite que recebeu do marinheiro Frank para fugir com ele para Buenos Aires. Como em tantos outros contos em Dublinenses, a saída para todos os problemas parece se concentrar na região do Cais do Porto. Nesse mergulho em si mesma, Eveline se permite compreender que deseja ir embora, deixando para trás todo o sofrimento que passara em sua vida. Apesar de mostrar-se relutante ao lembrar-se da mãe, Eveline sonha com um futuro melhor representado pelo convite de Frank. A questão colocada apresenta o conflito entre o senso de responsabilidade de Eveline e os vínculos que a prendem à Irlanda e o seu desejo por liberdade e por um futuro melhor, um desejo profundo e quase ingênuo de progredir e ir ao encontro do desconhecido, como pode ser percebido quando o narrador diz “Frank a salvaria. Dar-lhe-ia a vida, talvez também amor. Queria viver. Por que haveria de ser infeliz? Tinha direito à felicidade.” (JOYCE, 1998). O conto, portanto, nos permite compreender alguns dos motivos por que ocorre essa estagnação por parte dos habitantes de Dublin, e a dificuldade que encontram em enfrentar o panorama social estabelecido e romper sua relação tanto com o território do país quanto com os valores nele preservados. Palavras-chave: Estagnação; Futuro; Memória. Refefências bibliográficas JOYCE, J. Eveline. In:______. Dublinenses. Tradução: Hamilton Trevisan. 5. ed. Civilização Brasileira. Rio de Janeiro, 1998.

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Autora: Maíra Oliveira dos Santos. Aluna do 2º semestre do curso de Licenciatura em Letras – Língua Inglesa e Literaturas de Língua Inglesa. UFRGS. Email: mairaosantos@hotmail.com 2 Orientador: Prof. Dra. Sandra Sirangelo Maggio. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. UFRGS. Email: maggio@cpovo.net

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Semana Acadêmica de Letras UFSM 2014 CORPO, PODER E DOMINAÇÃO: UMA ANÁLISE DA RECONFIGURAÇÃO CORPORAL NO CONTO “ENTRE A ESPADA E ROSA”, DE MARINA COLASANTI SILVA, Ana Cláudia de Oliveira1 O corpo é o lugar onde se inscrevem as marcas culturais da diferença entre o masculino e o feminino, sendo a primeira forma de identificação e distinção dos seres e locus do exercício do poder. Isso porque, logo ao nascer, a menina já é marcada pela diferença entre o masculino e o feminino. Nesse contexto, o corpo é o lugar onde se inscrevem as marcas, não apenas biológicas, mas, sobretudo, culturais dessa diferença, sendo a primeira forma de identificação e distinção entre os seres.Assim, a naturalização da diferença biológica entre homem e mulher constitui-se em uma construção simbólica, que indica uma suposta inferioridade feminina, determinada por um corpo mais frágil. Dessa forma, torna-se importante discutir a divisão de gênero e a relação entre corpo, poder e dominação na sociedade contemporânea, sendo a literatura uma das formas privilegiadas para refletir sobre tais questões. Assim, o presente trabalho objetiva analisar, no conto “Entre a espada e a rosa”, da escritora Marina Colasanti (2012), em comparação com o gênero conto de fadas, a transformação simbólica do corpo feminino em um espaço de libertação. Neste conto, as diferentes metamorfoses por que passa o corpo da personagem principal permitem que se estabeleçam diversas inferências relacionadas à indissociabilidade entre corpo e mente, o que, por consequência, leva a libertação do corpo feminino das regras impostas por uma sociedade patriarcal. Como referencial teórico partir-se-á de conceitos propostos por Elódia Xavier (2007), Elizabeth Grosz (2000) e Pierre Bourdieu (2012). Palavras-chave: Conto de fadas; Corpo; Feminino/Masculino; Marina Colasanti. Referencias bibliográficas BOURDIEU, P. A dominação masculina. Trad. Maria Helena. 11 ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2012. COLASSANTI, M. Um espinho de marfim e outras histórias. Porto Alegre: L&PM, 2012. GROSZ, E. Corpos reconfigurados. In: PISCITELLI, A.; GREGORI, F. (Org.). Cadernos Pagu: corporificando gênero. Campinas, 2000, n.14, p. 45-86. XAVIER, E. Que corpo é esse? O corpo no imaginário feminino. Ilha de Santa Catarina: Editora Mulheres, 2007.

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Autor: Aluno (a) do Curso de Pós-Graduação em Letras – Doutorado. UFSM. E-mail: clauoli13@gmail.com

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Caderno de Resumos A CRIAÇÃO DA IDENTIDADE DESVALORIZADA DO AFRODESCENDENTE ESCRAVIZADO A PARTIR DA INDUMENTÁRIA SILVA, Débora Pires da1 SILVA, Alexandre Silva da2 No presente trabalho, buscamos formular uma reflexão para a compreensão do pensamento escravocrata através da indumentária, baseada nasreferênciasbibliográficas de Daniel Roche (2000), Kathryn Woodward (2000), Diana Crane (2006) e Ricardo Franklin Ferreira (2000),relacionando-asao contexto brasileiro escravocrata e contemporâneo, para analisar as características que a indumentária, sua valoração e seu lugar social podematuar como fator discriminatório e excludente para o ator social negro.Este, quandovisualizado pelo olhar do colonizador branco, em um contexto de expansão mercantil, é compreendido como instrumento, ferramenta da qual o latifundiário monocultor ea sociedade em geral se utilizaria funcionalmente,parasua sustentação, pois consideram-se superiores.Esse mesmo ator social que outrora livre, imerso em seu lugar de origem, onde sua indumentáriarepresenta uma forma relacional, dele com o outro e com o meio, assim construindo sua identidade individual e grupal,quando escravizado tem extirpada parte de seu eu,e passa a estarsobre ele atribuído novas características em um novo contexto socioeconômico, no qual acaba por perder a sua identidade originale,em decorrência disto, é classificado e discriminado socialmente.Assim sendo, a compreensão da necessidade da coisificação do ator social negro, para a manutenção do pensamento escravocrata, de superioridade racial,se faz necessáriopara que percebamos as muitas formas que o racismo pode apoiar-se para sua propagação. Palavras-chave: Afrodescendente; Desvalorização; Identidade; Indumentária. Referências bibliográficas ROCHE, D. História das coisas banais; nascimento do costume XVII-XIX. Rio de Janeiro: Rocco, 2000. WOODWARD, K. Identidade e diferença uma introdução teórica e conceitual. In: SILVA, T. T. (Org.). Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais. Petrópolis, RJ. Vozes, 2000. CRANE, D. A moda e seu papel social: classe, gênero e identidade das roupas. São Paulo: Senac, 2006. FERREIRA, R. F. Afro-descendente. Identidade em construção. São Paulo: EDUC; Rio de Janeiro: Pallas, 2000.

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Acadêmica do Curso de História Licenciatura da Universidade Federal de Rio Grande – FURG. Bolsista EPEN. E-mail: deborapires@furg.br 2 Prof. de Designer Gráfico e Hardware, Acadêmico do Curso de História Bacharelado com ênfase em Patrimônio Histórico e Cultural da Universidade Federal do Rio Grande – FURG. Bolsista CNPQ (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) -. Assessor de mídias do CAIC. E-mail: xandy2ss@gmail.com

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Semana Acadêmica de Letras UFSM 2014 A IMPORTÂNCIA DA NARRATIVA LITERÁRIA DE JOSEPH CONRAD À COMPREENSÃO DO PROCESSO HISTÓRICO DO IMPERIALISMO NA ÁFRICA SILVA, Dionathan Ysmael Rodrigues da1 Propondo-se o diálogo entre o campo de estudos da literatura e da história, o presente estudo aborda a importância da obra literária “O Coração das Trevas” (2006) à compreensão do histórico processo imperialista que vivenciaram os africanos no final do século XIX. A obra de Joseph Conrad, considerado um dos maiores autores estilistas da literatura inglesa, é uma novela magistral sobre a África no período, conforme Hobsbawm (1989), da “Era dos Impérios” (1875-1914). Assim, partindo-se de um método de pesquisa descritivo alicerçado na revisão literária da obra em diálogo com história crítico-social, pretende-se entender as dinâmicas que permeiam a historicidade da narrativa em um período, em que, de acordo com Baumer (1977), as teorias evolucionistas e o “novo iluminismo” eram a base ideológica da sociedade da época. De modo que ancoravam a máquina do capitalismo neo-colonialista europeu que buscava novas terras, fontes de matéria-prima, fiéis e mão-de-obra a baixo-custo (HOBSBAWM, 1986). Dado o exposto, argumenta-se sobre o caráter de “denúncia social” que permeia, em diversas passsagens, a obra de Conrad (2006) através da narrativa da realidade presenciada por personagens como Marlowe Kurtz. Ademais, debate-se a vigência da atualidade da obra do escritor no que se refere ao entendimento das consequências sociais e do legado histórico do processo imperialista à África, em especial, para países como o Congo. Palavras-chave: África; Coração das Trevas; Imperialismo; Joseph Conrad; Literatura. Referências bibliográficas BAUMER, F. O novo iluminismo. In:______. O pensamento europeu moderno, v. II, séculos XIX e XX, Lisboa: Edições 70, 1977. p. 59-95. _______. O mundo evolucionário. In:______. O pensamento europeu moderno, v. II, séculos XIX e XX. Lisboa: Edições 70, 1977. p. 97-128. CONRAD, Joseph. O Coração das Trevas. São Paulo: Martin Claret. 2006. HOBSBAWM, E. A Era dos Impérios (1875-1914). São Paulo: Paz e Terra: 1989. p. 87-124. _______. A construção das nações. In:______. A Era do Capital (1848-1875). São Paulo: Paz e Terra, 1986. p. 125-145.

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Aluno do 6º semestre de Relações Internacionais. UFSM. E-mail: dionathansilva.ri@gmail.com

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Caderno de Resumos UMA ABORDAGEM SISTÊMICO-FUNCIONAL PARA O LIVRO DIDÁTICO DE INGLÊS DO CURSO FOUR SKILLS 1 – LINC SILVA, Lucas Oliveira1 NASCIMENTO, Roseli Gonçalves do2 Com a proposta de renovação do material didático do LINC (Línguas no campus) foi proposto o desafio de sistematizar as explicações gramaticais do livro utilizando abordagens da Gramática SistêmicoFuncional (HALLIDAY e MATTHIESSEN, 2004). Tendo em vista esta proposta e interesse sobre o assunto, foi decidido pesquisar sobre o processo de recontextualização de SFG para fins pedagógicos. Sendo assim, a presente pesquisa está vinculada ao projeto Gêneros Multimodais e Novos Letramentos. O objetivo desta pesquisa é identificar quais recursos são empregados para recontextualizar os conceitos e categorias da Metafunção Ideacional (Sistema de transitividade), do livro “An Introduction to Functional Grammar” (HALLIDAY e MATTHIESSEN, 2004) para o contexto pedagógico de ensino de inglês. O corpus desta análise é o site TELENEX (Teacher of English Education NEXUS), uma página gratuita da internet voltada ao ensino de Língua Inglesa sob a perspectiva da linguagem funcional desenvolvida pelo TELEC (Teachers of English Center), um grupo de pesquisadores da Universidade de Hong Kong. Este estudo tem como referencial teórico a recontextualização (MOTTA-ROTH, 2010P), a Gramática Sitêmico-Funcional (HALLIDAY e MATTHIESSEN, 2004) e o Sistema de Transitividade (HALLIDAY e MATTHIESSEN, 2004). Para identificar os processos de recontextualização, foi realizada uma leitura a respeito do discurso das ciências da linguagem (MOTTA-ROTH, 2010), (LOVATO, 2010) em contextos de popularização da ciência. Após, iniciou-se uma busca por recursos de recontextualização no corpus escolhido para a análise que se realizou através de uma análise comparativa entre o livro e o website. Os resultados encontrados, atualmente, foram nominalização ao inverso com o uso de sinônimos para a nomenclatura proposta por Halliday e Matthiessen, explicações por meio de glosas e recursos multimodais como exemplificação por meio de imagens e codificação por meio de cores. Palavras-chave: Contexto Pedagógico; Gramática Sistêmico-Funcional; Recontextualização. Referências bibliográficas HALLIDAY, M. A.K; MATTHIESSEN, C. M. I. M. An Introduction to Functional Grammar. 3rd ed. London: Arnold, 2004. LOVATO, C. S. Recontextualizando os saberes científicos: A Glosa em notícias da polarização da ciência. Revista de Letras, v. 1, n. 13, 2010, p. 1-15. MOTTA-ROTH, D. Sistemas de gêneros e recontextualização da ciência na mídia eletrônica. Gragota (UFF), 28, 153-174, 2010

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Autor: Aluno do 8° semestre do curso de Letras Licenciatura – Inglês e Literaturas de Língua Inglesa (UFSM). E-mail: lucasoliveirasilvaa@gmail.com 2 Orientador: Professora do curso de Letras Licenciatura Língua Inglesa da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) Email: profaroseli.gn@gmail.com

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Semana Acadêmica de Letras UFSM 2014 PROCESSOS FONOLÓGICOS EM DADOS DE PORTUGUÊS ANTIGO DO RIO GRANDE DO SUL TOLEDO, Matheus1 KELLER, Tatiana2 O trabalho que ora se apresenta caracteriza-se como um estudo teórico-prático, uma vez que lida com dados extraídos de textos antigos escritos e visa a sua análise com base em teorias linguísticas modernas, tais como a Teoria da Variação (LABOV, 1972).É um estudo qualitativo que intenta ressaltar as peculiaridades da língua portuguesa presentes nos textos neste determinado momento do final do século XIX e início do século XX, no que se refere a processos fonológicos ligados às vogais pretônicas (especialmente /e/ e /o/) em Português Brasileiro, como harmonia vocálica, abaixamento vocálico e alçamento sem motivação aparente. Essa análise justifica-se pela instabilidade na realização dessas vogais já em estágios bem anteriores da língua portuguesaapontada, por autores como Bisol (1981) e Schwindt (2002). O corpus analisado constitui-se por 16 (dezesseis) cartas de caráter semidiplomático que variam entre documentos oficiais como testamentos, partitura de terras, pedidos de isenção de impostos, autos de processos, comunicados oficiais, recibos, passaportes, boletins de ocorrências, relatórios, atas, memoriais, telegramas coletados no Arquivo Histórico Municipal de Santa Maria, tendo como fonte o Fundo Junta Intendencial da cidade, e por 16 cartas pessoais, escritas no período de 1871 a 1926, coletadas no Arquivo Municipal de Porto Alegre. Resultados preliminares indicam que esses fenômenos já estavam presentes no português antigo. Consideramos que estes dados possam auxiliar a compreensão acerca de mudanças no sistema vocálico do português, uma vez que olhar para o passado é de suma importância para explicar o comportamento dos estágios atuais de uma língua (POGGIO, 2002). Palavras-chave: Fenômenos fonológicos; Português Brasileiro; Rio Grande do Sul; Textos Antigos; Vogais pretônicas. Referências bibliográficas BISOL, L. Harmonia vocálica: uma regra variável. 332 f. Tese (Doutorado em Linguística) – Faculdade de Letras, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1981. BRESCANCINI, C. (Org.). Fonologia e variação: recortes do português brasileiro. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2002. LABOV, W. On the mechanism of linguistic change. In: GUMPERZ, J.J; HYMES, D. Directions in sociolinguistics: the ethnography of communication. New York: Hold, RinehartandWinstion, 1972. POGGIO, R. Processos de gramaticalização de preposições do latim ao português. Salvador: Edufba, 2002. SCHWINDT, L. C. A regra variável de harmonização vocálica no RS. In: BISOL, L.; BRESCANCINI, C. (Org.). Fonologia e variação: recortes do português brasileiro. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2002.

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Aluno do 4º semestre do curso de Licenciatura em Letras Português e Literaturas de Língua Portuguesa pela Universidade Federal de Santa Maria – UFSM. Bolsista FIPE/ CAL (UFSM). E-mail: toledo.matheus@hotmail.com 2 Orientadora Professora Adjunta no Departamento de Letras Vernáculas (DLV) na Universidade Federal de Santa Maria – UFSM. E-mail: tatianakeller.ufsm@gmail.com

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Caderno de Resumos A ORGANIZAÇÃO DISCURSIVA DO DICIONÁRIO “PEQUENO DICIONÁRIO BRASILEIRO DA LÍNGUA MORTA – PALAVRAS QUE SUMIRAM DO MAPA” VITORINO, Luane1 CERVO, Larissa Montagner2 Nosso objetivo, neste trabalho, é refletir sobre o conceito de língua em sua relação com os conceitos de política de língua, político e memória, tendo como objeto de análise um instrumento em específico, o dicionário intitulado “Pequeno Dicionário Brasileiro da Língua Morta- Palavras que sumiram do mapa”, de autoria do Jornalista Alberto Villas. Interessa-nos compreender o modo de organização desse instrumento e os sentidos atribuídos à língua. Trabalharemos, também, com a significação política da designação “língua morta”. Quais sentidos estão em funcionamento nessa designação? O que autoriza o autor a inventariar palavras como parte de uma língua “morta”. A proposta que nos dedicamos tem como base investigar a constituição desse dicionário pelo ponto de vista discursivo. Interessa-nos observar, a partir da análise dos verbetes, o que está sendo dito e considerado como língua morta, considerando tanto a palavra quanto o modo como ela é definida e exemplificada. Para o desenvolvimento deste trabalho, tomamos como perspectiva teórico-metodológica a Análise de Discurso, postulada na França, por Michel Pêcheux, e desenvolvida, no Brasil, por Eni Orlandi e demais pesquisadores. Tal disciplina tem como base o discurso, pensado na relação entre o sujeito e a materialidade específica da língua. A análise de discurso faz intervir o político na relação com o simbólico e reflete sobre a língua na história. Se consideramos que não há discurso sem sujeito, do mesmo modo como não há sujeito sem ideologia, o discurso é um processo social cuja especificidade está no fato de que sua materialidade é linguística, porque nós não pensamos a língua fora da história e da sociedade (ORLANDI, 1998). Buscamos compreender o dicionário em questão de acordo com suas condições de produção. Nunes (2006) relata que para compreender a constituição dos dicionários é necessário questionar sua materialidade linguística, a evidência de sentidos, suas definições e exemplificações. Já Orlandi (2007), a respeito do discurso, afirma que a memória e as circunstâncias mostram os sentidos não estão somente nas suas palavras, mas na sua exterioridade e nas condições em que são produzidos. É por esse viés que buscamos trabalhar com o dicionário em questão: investigando a constituição do mesmo e o modo como a língua é por ele discursivada. Palavras-chave: Discurso; Língua; Língua morta. Referências bibliográficas ORLANDI. E. P. Análise de discurso: princípios e procedimentos. Campinas: Pontes, 2013. ______. As formas do silêncio. Campinas: Editora da Unicamp, 2007. NUNES, J. H. Dicionários no Brasil – Análise e História do século XVI ao XIX. Campinas: Pontes, 2001.

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Aluna do 6º semestre de Letras (Licenciatura) – Português e Literaturas de Língua Portuguesa. Participante do PIVIC/UFSM (Programa da Iniciação Científica Voluntária da UFSM). E-mail: luane.ufsm@gmail.com 2 Professora Adjunta da Universidade Federal de Santa Maria. UFSM. E-mail: laricervo@gmail.com

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Semana Acadêmica de Letras UFSM 2014 A INFLUÊNCIA TOTALITARISTA SOBRE LITERATURA DISTÓPICA NA OBRA “1984” DE GEORGE ORWELL WAVZENIAK, Luiza1 PEREIRA, Lawrence Flores2 A ficção Distópica é um conceito literário contemporâneo que consiste em uma perspectiva antiutópica, altamente pessimista e degradante a respeito do futuro. Desde o século passado, ela tem ganho espaço na literatura e no cinema, influenciada principalmente pela ficção científica e pelas catástrofes naturais. O conceito de Distopia literária é a base do presente trabalho, que mantém seu foco em uma obra distópica de fundo político, o livro utilizado para a realização desta análise é “1984”, de George Orwell, publicado em 1949. A obra “1984” é um dos maiores clássicos da literatura do século XX. Sua perspectiva crítica em relação à situação política e social da época fora largamente usada como pré-requisito para discutir o totalitarismo, sobretudo, o governo ditatorial de Stalin na União Soviética. Este trabalho objetiva não apenas analisar em que medida o livro aborda o contexto histórico sob o qual foi escrito, mas também em que pontos a realidade política e social da época influenciaram a Distopia escrita por Orwell. O desenvolvimento desta análise tem por base a literatura comparada, tendo como suporte, diversas obras que abordam os aspectos históricos que possuem relação com o livro, como “The OriginsofTotalitarianism” (ARENDT, 1958) que discute as razões da adaptação popular aos governos totalitários e “Discipline and Punish”(FOUCAULT, 1975) no qual pode-se analisar a evolução do sistema presidiário e de outras formas de controle popular. “1984” estabelece relações claras com o stalinismo, entretanto, conta também com o tom de exagero e total depredação social comuns à Distopia, sendo assim, o presente trabalho visa a estabelecer uma ponte entre o retrato histórico e a influência da literatura distópica. Palavras-chave: 1984; Distopia; George Orwell; Totalitarismo. Referências bibliográficas ARENDT, H. The OriginsofTotalitarianism. Ohio: The World Publishing Company, 1958. FOCAULT, M. Discipline and Punish: The Birth of the Prison.Tradução de Alan Sheridan, London: Penguin, 1977. Inicialmente publicado em Francês como Surveiller et punir. Paris: Gallimard, 1975. ORWELL, G. Nineteen Eighty-Four. London: Secker & Warburg, 1949.

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Aluna do 8° semestre da graduação do curso de Letras Lic. - Hab. em Língua Inglesa e Literaturas – UFSM. E-mail: luiza_luca@yahoo.com.br 2 Professor da Universidade Federal de Santa Maria. Orientador responsável pela disciplina LTE 1019 Elaboração do Trabalho Final de Graduação II – UFSM. E-mail: lawflores@gmail.com

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Caderno de Resumos A PRÉ-ESCRITA NO PROCESSO DE PRODUÇÃO TEXTUAL WEBER, Sabrine1 MORAES, Douglas2 GERHARDT, Carla3 FUZER, Cristiane4 Este trabalho, vinculado ao projeto de extensão “Práticas orientadoras para o processo de produção e avaliação de textos na perspectiva textual-interativa” (GAP/CAL 029622, FUZER, 2011), objetiva apresentar as atividades em andamento do Ateliê de Textos na Escola Municipal de Ensino Fundamental Pão dos Pobres Santo Antônio, de Santa Maria-RS. Os encontros nessa escola totalizarão 24 horas/aula e beneficiam alunos de 6ºs anos. Os pressupostos teóricos utilizados para este trabalho e para o planejamento das aulas incluem a concepção de gênero na perspectiva sistêmico-funcional (ROSE e MARTIN, 2012) e na perspectiva sociorretórica (BAZERMAN, 2006), a abordagem processual da escrita (SOARES, 2009), a didática para redação de narrativas (SOARES, 2010), estudos sobre o conto maravilhosos (CANTON, 2009) e a sistemática da metodologia desenvolvida ao longo das edições do Ateliê de Textos (FUZER, 2014). A oficina em andamento está em fase inicial, correspondente ao estágio de pré-escrita. Nesse estágio, foram feitas, com os alunos dispostos em círculo, contações de versões de alguns contos maravilhosos e o estudo contextual da versão do conto “O Pequeno Polegar”, produzida por Jacob Grimm e Wilhelm Grimm (1995), e da versão do mesmo conto produzida por Charles Perrault (s/d). Por meio disso, constatou-se que os alunos, ao terem contato com as obras e acesso a informações sobre os autores e o contexto de publicação das versões, começaram também a exercer o papel de autores, refletindo sobre a (re)contextualização das próprias histórias que produzirão de acordo com o público para o qual serão destinadas, o tempo e espaço que estarão inseridas e a visão de mundo do próprio alunoautor. Em seguida, foram realizadas atividades de leitura detalhada dessas mesmas versões do conto. Nessas atividades, foram analisados aspectos contextuais, trabalhados os estágios e elementos da narrativa e analisados recursos linguísticos típicos do gênero. Com isso, os alunos muniram-se de subsídios para a construção de narrativas escritas, construindo o conhecimento de forma colaborativa em que todas as questões foram discutidas pelos participantes com o auxílio da mediadora da oficina. Na sequência do processo, os alunos farão uma escrita conjunta de um texto e, a partir disso, produzirão individualmente seus textos que serão reescritos até estarem adequados para cumprirem uma função social, uma vez que as versões finais dos textos farão parte de uma coletânea. Palavras-chave: Escrita; leitura; narrativa; processo. Referências bibliográficas BAZERMAN, C. Gênero, agência e escrita. Judith Chambliss Hoffnagel. São Paulo: Cortez, 2006. CANTON, K. Os contos de fadas e a arte. São Paulo: Prumo, 2009. FUZER, C. Ateliê de Textos: (re)invenção e (re)escrita de histórias no ensino básico. Revista ANPOLL, 2014. (No prelo) GRIMM, J.; GRIMM, W. O Pequeno Polegar. Col: Anytimes Books, 1995. ROSE, D.; MARTIN, J. R. Learning to Write, Reading to Learn – Genre, Knowledge and Pedagogy in the Sydney School. London: Equinox, 2012.

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Autora. Bolsista PROLICEN. Graduanda do 6º semestre do curso de Licenciatura em Letras Português da UFSM. E-mail: sabrinegweber@gmail.com 2 Co-autor. Bolsista PROBIC/FAPERGS. Graduando do 4º semestre do curso de Licenciatura em Letras Português da UFSM.E-mail: douglasmoraes.sm@gmail.com 3 Co-autora. Bolsista FIEX. Graduanda do 8º semestre do curso de Licenciatura em Letras Português da UFSM. E-mail: carlacarine.gerhardt@gmail.com 4 Orientadora. Professora do Departamento de Letras Vernáculas da UFSM. E-mail: cristianefuzer@gmail.com

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Semana Acadêmica de Letras UFSM 2014 SOARES, D. A. Produção textual e revisão textual. Um guia para professores de Português e de Línguas Estrangeiras. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2009. SOARES, E. A arte de escrever histórias. Barueri, SP: Amarilys, 2010. PERRAULT, C. Disponível em: <http://cadernodepoesiaseafins.blogspot.com.br/2012/03/conto-o-pequeno-polegar-autorcharles.html>. Acesso em: 10 jul. 2014

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Caderno de Resumos SOMERSET MAUGHAM E PAUL GAUGUIN: UM PASSEIO PELOS MARES DO SUL ZAMBERLAN, Lucas da Cunha1 A relação entre a literatura e a pintura favoreceu, desde o período do Renascimento, um diálogo intenso que se confunde com a própria história da cultura ocidental.O escritor inglês Somerset Maugham se inscreveu nessa tradição, ao publicar no ano de 1919, “Um gosto e seis vinténs”, um romance que acompanha os passos da personagem Charles Strickland, um alter ego do pintor francês Paul Gauguin. No entanto, as relações entre os dois artistas não se restringem apenas na confecção dessa obra específica. Ambos se preocuparam em representar a vida dos habitantes situados nas ilhas dos mares do sul, em especial, o Taiti. O presente trabalho visaanalisar a natureza das correspondências estéticas entre as recorrentes descrições de personagens oriundas dos Mares do Sul encontradas nas obras “Um gosto e seis vinténs” (1992) e “Histórias dos mares do sul”(1982) de Somerset Maugham e as composições pictóricas da fase taitiana de Paul Gauguin. Para lograrmos êxito nessa pesquisa, utilizamos um aporte teórico que se inicia com os apontamentos de Remak (1994) acerca da Literatura Comparada e se aprofunda com a fortuna crítica de autores que se aprofundaram em refletir sobre o paralelo entre Literatura e Pintura, tais como Lichtenstein (2005), Bergez (2011), Eco (2010) e Arbex (2006).Os resultados da pesquisa registram, principalmente, as semelhanças entre as obras dos artistas. O conto “O pacífico”, por exemplo, apresenta uma narrativa essencialmente descritiva, ressaltando a atmosfera do lugar por meio de sugestões picturais. Já as personagens Manuma, de “Mackintosh”, Sally, de “Vermelho”e Eva, de “O degenerado” podem ser confundidos com os modelos de Gauguin, pintados entre os anos de 1891 e 1893. O quadro “Encostada no mar”, de 1892, por ser considerado, pela sua série de conformidades, como uma preciosa ilustração do conto “O poço”, que narra as relações amorosas de um colonizador inglês, Lawson, e uma mulher nativa chamada Ethel. Enfim, a partir dos aspectos levantados, percebemos o diálogo entre a Literatura e a Pintura em um caso em especial, enfatizando o caráter imagético da literatura de Maugham, bem como o caráter narrativo da pintura de Gauguin. Palavras-chave: Gauguin; Literatura; Mares do sul; Maugham; Pintura. Referências bibliográficas ARBEX, M. (Org). Poéticas do visual, ensaios sobre a escrita e a imagem. Belo Horizonte: FALE/Pós-Lit, UFMG, 2006. BERGEZ, D. Littérature et peinture. Tradução: André Soares Vieira. Paris: Armand Colin, 2011. ECO, H. História da beleza. Rio de Janeiro: Record, 2010. LICHTENSTEIN, J. A pintura. Tradução: Magnólia Costa. Textos essenciais, v. 7: “O paralelo das artes”. São Paulo: Ed. 34, 2005. MAUGHAM, S. Histórias dos mares do sul. Rio de Janeiro: Editora Globo, 1982. MAUGHAM, S. Um gosto e seis vinténs. Rio de Janeiro: Editora Record, 1992. REMAK, Henry. Literatura Comparada: Definição e Função. In: Literatura Comparada – Textos Fundadores. COUTINHO, E.; CARVALHAL, T. F. (Org.). Rio de Janeiro: Rocco, 1994, p. 175-190.

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Autor: Lucas da Cunha Zamberlan, Mestre em Estudos Literários pela UFSM. E-mail: lucaszamberlan@yahoo.com.br

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Semana Acadêmica de Letras UFSM 2014 “EXCESO DE SENSIBILIDAD?”: A (DES)CONSTRUÇÃO DO DISCURSO “CIVILIZADO” ZILLI, Bruno Ramires1 O presente trabalho busca analisar como se caracteriza a ironia no conto“Exceso de Sensibilidad” (1966), de Luis S. Garani, através da construção da narrativa, sugerida por um narrador em terceira pessoa, que procura mostrar os efeitos da construção de um discurso indireto livre para o entendimento daquilo que de fato se pensa. Para isso, entende-se ironia como um mecanismo utilizado pelo narrador para dizer o contrário daquilo que se pensa, a fim de realizar uma crítica a um indivíduo ou sociedade (FERREIRA, 1986). E, também, entende-se por discurso a ideia de Van Dijk“discursos constituem sociedades e têm força para legitimar atores, grupos sociais e está atrelado à complexa relação entre mente, linguagem e sociedade” (2008, p. 145). Nesse sentido, usa-se da linguagem para dar forma a uma sociedade e, assim, a língua deixa de ser um instrumento de comunicação e passa a “dizer o mundo”. O conto relata a história de um trabalhador rural que está arando sua terra utilizando o seu cavalo para isso. Quando o convidado das terras vizinhas, um homem da cidade, avista o campesino, aproxima-se e começa a repreender a maneira com que esse trabalhador se utiliza do cavalo para tirar o seu sustento, pois de onde ele veio, não se tratam os animais daquela maneira. Ao longo da narrativa, o conflito se dá pela discussão entre as personagens as quais defendem seus próprios pontos de vista, com relação ao fato de usar um animal como fonte de sustento. O homem da cidade está a todo o momento insultando o campesino, que não se importa com o que ele está pensando ou fazendo. Ao analisar a instância do narrador, no conto de Garani, percebe-se que o efeito da ironia está na intercalação de vozes na narrativa, com um narrador que constrói o seu discurso a partir do posicionamento da personagem do campo e no uso de nomes para qualificar o homem como o campesino e desqualificar o homem da cidade com os próprios adjetivos utilizados por ele. A partir da análise feita sobre o narrador e como se constrói o discurso, pode-se concluir que o uso do discurso indireto pelo narradorfunciona na narrativa como uma espécie de “advogado” do homem campesino, pois o defende utilizando-se da incorporação desse discurso do homem campesino, ou seja, esse fala através da voz do narrador. Já, quando o homem da cidade vai se pronunciar, o narrador dá voz a ele, a fim de não se comprometer com esse discurso, ou seja, foi o homem da cidade quem disse, não o narrador, registrando de forma integral a fala da personagem, do modo como ela a diz. Isso equivale a afirmar que a personagem fala diretamente, sem a interferência do narrador, que se limita a introduzi-la, simplesmente. Por isso, pode-se afirmar que o narrador apresenta de maneira diferente dois mundos que também são diferentes, um pelo uso do discurso indireto e outro pela concessão a voz da personagem, aproximando-se da voz do campesino. Palavras-chave: Discurso Indireto; Instância Narrativa; Ironia. Referências bibliográficas DIJK, T, A, V. Discurso e poder. Hoffnagel, J. & Falcone, K. (Org.). São Paulo: Contexto, São Paulo: Contexto, 2008. FERREIRA, A, B, H. Novo dicionário da Língua Portuguesa – 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. GARANI, L, S. “Exceso de sensibilidade”. In: DUCASSE, I; FERNANDO, F; QUIROGA, H; RAMA, A (Org.). Aquí cien años de raros. Montevideo: Publisher Ed. Arca, 1966.

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Autor: Acadêmico do 9º semestre do curso Letras Licenciatura: Espanhol e Literaturas de Língua Espanhola. UFSM. E-mail: brzilli@yahoo.com.br

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Este caderno foi elaborado nas fontes Arial Narrow, Kaushan-Script ©, Kozuka Gothic Pro EL e Times New Roman para disponibilização online.




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