Ano1 nº1 julho de 2010
A Dança de Salão no Brasil Evolução, mídia e criatividade na análise de Jaime Arôxa Dança e Saúde Carlinhos de Jesus comenta os benefícios da dança
Uma palavra ao Leitor
A dança de salão exerce influência direta sobre seus participantes mudando hábitos, comportamentos e melhorando a autoestima. Muito além dos passos ensinados nas academias, existe todo um universo em torno da prática da dança que envolve música, moda, festas, filmes e eventos, entre outros, e encanta facilmente quem entra em contato com ele. O grande desafio para a dança de salão é deixar de ser apenas alvo da admiração do público, mostrando que a prática é possível para homens e mulheres de
todas as idades e tipos físicos, proporcionando inúmeros benefícios para o corpo e a mente. Para isso, faz-se necessária a divulgação planejada, profissional e bem elaborada. Esta é a proposta da revista digital Dança em Pauta: difundir a dança de salão através de informações aprofundadas sobre os mais variados temas relacionados à dança, e contando com um layout atrativo, produzidos por quem entende de comunicação, com base no conhecimento de profissionais da dança de salão.
EXPEDIENTE Revista digital Dança em Pauta Ano1 nº1 julho de 2010
Agradecemos a todos que direta ou indiretamente colaboraram com esta primeira edição, apostando no projeto e emprestando um pouco do seu conhecimento, seja na dança ou na comunicação. Estamos dando os primeiros passos e esperamos continuar contando com estes profissionais e com os amantes da dança de salão para traçar uma trajetória ritmada, trazendo uma coreografia de informações que enriqueça a dança de salão no Brasil. Seja bem vindo e deixe sua mente bailar pelas páginas da Dança em Pauta!
Editora Keyla Barros – Mtb 3769 Diretora de arte Déborah G. Mendonça Colaboraram nesta edição Luiza Xavier Leandro Bonfim Lucas A. do Lago Pelá Cybelle G. Mendonça Denise Teixeira Daniel B. Tortora Miriane Figueira Marluce Balbino Cláudio Etges
* É proibida a reprodução total ou parcial do conteúdo desta revista sem citar a fonte.
Sumário
08 REPORTAGEM DE CAPA
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05. ESPAÇO DO LEITOR EM PAUTA 08. Jaime Arôxa avalia o cenário atual da dança de salão no Brasil 20. Saúde: Carlinhos de Jesus e a médica Izabela Gavioli comentam os benefícios físicos da dança 38. A importância da musicalidade para dança
28. PERFIL | Edson Carneiro 42. AS 10 + | Seleção de músicas da professora e DJ Sandra Ruthes
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44. A DANÇA NO CINEMA | Baila Comigo, a terapia da dança de salão 48. ELES CANTAM, NÓS DANÇAMOS | El Merekumbé 54. GIRO | DVD, Moda e Livro 60. CULTURA & DANÇA | Sociedade Treze de Maio, 122 anos de história 68. IMAGEM EM DESTAQUE | Foto de Daniel Tortora 70. PELO SALÃO | Fotos de quem faz a dança acontecer
Espaço do leitor A dança transforma nossos corpos em maravilhosos meios de comunicação, que, por meio dela, expressam alegria, tristeza, força, fragilidade e tantos outros sentimentos e sensações. Nada mais interessante, portanto, do que presenciar a união de profissionais especializados em comunicação e design, apaixonados pela dança, em prol da boa informação sobre o tema. Parabéns e vida longa à Dança em Pauta. Luiza Xavier, jornalista
Parabéns pela iniciativa. Fico imensamente feliz por mais esse espaço criado para divulgação das Danças de Salão no Brasil. Gracinha Araújo, coordenadora do curso de pós-graduação em Dança de Salão da Faculdade Metropolitana de Curitiba (FAMEC)
Os trabalhos da Déborah sempre são extremamente bem executados. A navegação do site é organizada, simples e direta, mas sem faltar o movimento e toda a graça que também há na dança. Os layouts são modernos e limpos, deixando em destaque as imagens, e conduzindo o leitor a conhecer mais sobre a dança e suas personalidades. Parabéns! Gracielle Nonaka Mafioleti, designer 6 | DANÇA EM PAUTA
A Dança em Pauta veio para revolucionar e agregar ainda mais conhecimento e cultura no país, trazendo a Dança sempre acessível a um clique de distância. Sinto-me lisonjeado por abrir essa edição, com a proposta de unir duas linguagens universais: a fotografia e a dança. Com idéias inovadoras como essa, acrescentadas a uma linguagem clara e objetiva, com certeza fará história na Dança de Salão. Daniel B. Tortora, fotógrafo
>> Clique no link e confira o vídeo do depoimento de Carlinhos de Jesus, dançarino, coreógrafo e professor http://www.youtube.com/watch?v=Z81XEaZDjSw
Queremos saber sua opinião. Críticas, sugestões, elogios e dúvidas podem ser enviados para redacao@dancaempauta.com.br . No assunto coloque “Espaço do Leitor”. Não esqueça de informar seu nome, cidade e profissão.
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Texto: Keyla Barros Fotos: Déborah Godoy e divulgação
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“A arte nasce na pobreza, porque é onde a alma se sobressai para poder suportar a vida”, Jaime Arôxa.
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O Brasil está sempre inventando e se reinventando em todas as áreas culturais. Com a dança de salão não seria diferente. Criamos ritmos legitimamente brasileiros, como o samba, o forró, o maxixe e o sucesso mundial que foi a lambada. Incorporamos, misturamos e temperamos com um toque verde e amarelo ritmos estrangeiros. E assim vem sendo traçada uma rica história para a dança de salão no país. DANÇA EM PAUTA |11
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Em sua trajetória muitas foram as transformações pelas quais a dança de salão passou, principalmente na forma como a sociedade interage com ela. Saber dançar valsa, por exemplo, era um requisito para homens e mulheres da alta sociedade no século XIX. Enquanto isso, danças como o maxixe e o samba, eram mal vistas, de acordo com relatos históricos, por serem consideradas “dança de negro” com “sensualidade grosseira”. Atualmente, a dança Made in Brazil é reverenciada dentro e fora do país, mas a relação das pessoas com ela mudou muito, como resultado das próprias mudanças sociais que o desenvolvimento e a tecnologia trouxeram. “A relação do homem com a mulher mudou. Hoje, existem a pressa, as várias formas de comunicação virtual, e as pessoas se esqueceram da comunicação através do olhar, do sentir”, relata o dançarino, coreógrafo e professor Jaime Arôxa. Ele comenta que, hoje, no Brasil, existe um grande número de pessoas que admira a dança de salão, mas destas, poucas procuram aprender a dançar. Em entrevista à Dança em Pauta, este renomado dançarino, com 25 anos de profissão, fez uma análise do cenário atual da dança de salão no país, apresentando seus pontos de vista, o que deve ser mantido, aprimorado ou comemorado.
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A evolução Se por um lado a dança de salão sofreu com as novas formas de se relacionar em sociedade impostas pelo desenvolvimento, por outro ela pôde tirar grande proveito das descobertas científicas. Com a evolução, as técnicas de ensino foram se aperfeiçoando, observando-se uma grande preocupação com a saúde dos praticantes e com a didática empregada nas aulas. Jaime destaca, por exemplo, a atenção que seu método de ensino tem com a biomecânica, enfatizando a postura correta e o equilíbrio. Já a internet, na opinião dele, foi um avanço que apresentou soluções e problemas para a dança de salão, pois ao mesmo tempo em que serve como poderosa ferramenta de divulgação, quando mal empregada banaliza sua prática. O dançarino acredita que a dança deve ser apresentada como um meio para desenvolver o romantismo, a sexualidade, a concentração e o equilíbrio e não somente como uma habilidade social.
“Apenas saber os passos é bom, mas é efêmero. Não tem a profundidade e a eternidade que pode ter o aprendizado para a alma. Os profissionais de dança de salão devem se imbuir deste papel transformador que eles podem ter e que vai além de ser professor de dança”
Jaime Arôxa e Bianca Gonzalez
“O trabalho dos professores é criar um universo paralelo para seus alunos durante a aula, de forma que eles encontrem na dança o seu refúgio”.
A mídia e os booms Jaime conta que vivenciou três grandes momentos de divulgação da dança de salão na mídia. O primeiro foi através da novela Kananga do Japão, exibida pela extinta TV Manchete, em 1989. Contando com muitas cenas de dança, a história despertou nos telespectadores o desejo de aprender a dançar. No mesmo período, a lambada se encarregava da explosão da dança a dois pelo mundo, com o sucesso da banda franco-brasileira Kaoma. E, mais recentemente, ele destaca o lançamento do quadro “Dança dos Famosos”, no programa Global Domingão do Faustão, que apresenta sua 7 ª edição e continua sendo uma grande vitrine para a dança de salão.
O dançarino acredita que, apesar da exposição na mídia ser benéfica, é preciso tomar cuidado com os booms. “Nestes períodos entra muita gente, mas sai muita gente também e pode ocorrer certo descrédito com o tempo. O trabalho dos professores é criar um universo paralelo para seus alunos durante a aula, de forma que eles encontrem na dança o seu refúgio. Só então, os booms servirão como alimentadores e não como um processo de substituição de um público para o outro”, analisa. Ainda com o objetivo de manter um público cativo na dança de salão, Jaime ressalta a importância da realização de bailes: “É preciso que os profissionais do meio tenham uma visão mais abrangente sobre o futuro da dança de salão no Brasil. É importante crescerem os congressos e demais eventos, mas não podemos nos esquecer de aumentar o número de bailes, de ter a pista cheia de gente dançando, pessoas que dois meses antes estavam sedentárias em frente à TV”. DANÇA EM PAUTA |17
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Vocação criatativa Existem países importadores e exportadores de dança. O Brasil tem vocação para exportar, mas ainda não percebeu seu potencial para dança de salão, analisa Jaime. “O brasileiro vai de graça dar um curso na Europa, mas pagamos caro para trazer um dançarino estrangeiro, que não vai acrescentar muita coisa, só porque ele está em evidência no Youtube, por exemplo”, comenta. A forma de dançar um mesmo ritmo varia de um país para outro, de acordo com sua cultura. Já no caso do Brasil, cada região tem um estilo próprio, que evidencia o perfil de seu povo. Para ele, a essência de sua forma de dançar foi aprendida na vida boêmia, em Recife, sua cidade natal, “o resto é técnica”, afirma. Jaime cita, como um nítido exemplo de estilo ligado aos costumes, a República de Cuba, famosa por sua dança alegre, sensual, de sexualidade aflorada, em face de todos os problemas que a população enfrenta. “Acho que isso prova que a felicidade 18 | DANÇA EM PAUTA
não está ligada aos bens materiais, mas ao fato de ser livre para expressar o prazer de estar vivo a cada momento. E a dança permite isso”, ressalta. A liberdade é realmente uma palavra de ordem para a dança de salão, uma das artes mais democráticas. Dentro da sala de aula, todos são iguais, sem distinção, para homens e mulheres de todas as idades, classes sociais e tipos físicos. E é esta característica que deve ser explorada pelos professores, segundo Jaime. Ele acredita que eles devem estabelecer uma relação pessoal com cada aluno, um vínculo, e, desta forma, trazer um pouco de arte para o dia-a-dia das pessoas. “A sociedade contempla a arte e os artistas a praticam, quando na verdade ela deveria estar presente na vida de todos, mesmo de forma amadora. Você estuda pra evoluir a mente, faz exercício pra evoluir o corpo, mas como evolui seu espírito? É preciso dar ao seu espírito alegria, conhecimento e experiência. Se você consegue isto tudo nas aulas, está praticando dança de salão”, finaliza.
“É preciso dar ao seu espírito alegria, conhecimento e experiência. Se você consegue isto tudo nas aulas, está praticando dança de salão”
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Texto: Denise Teixeira e Keyla Barros Fotos: Marluce Balbino e Clรกudio Etges
A dança de salão não é apenas uma arte, mas uma atividade física completa, que alia exercício com diversão e, por isso mesmo, propicia uma série de benefícios à saúde do corpo e da mente. Entre eles, o aumento da flexibilidade, a
Conquiste prazer, boa forma e saúde correção da postura, o fortalecimento dos músculos e dos ossos, a melhoria dos sistemas respiratório e cardiovascular, da coordenação motora, a perda de peso, o controle da pressão arterial, da taxa de colesterol, do diabetes, além de funcionar como uma verdadeira terapia, levantando a autoestima, prevenindo o estresse, a depressão e melhorando o relacionamento interpessoal, pois estimula o convívio social, a desinibição e a desenvoltura. Não importa o ritmo - bolero, samba, salsa, forró, tango, zouk, etc - e não se preocupe se você não é um daqueles “pés-devalsa” preparados para exibir grandes performances. O que importa é se deixar levar pelo prazer que a dança proporciona e tirar o melhor proveito de todos os benefícios que ela traz. Para explicar mais sobre as mudanças positivas que a dança de salão pode proporcionar, a revista Dança em Pauta conversou com o dançarino, coreógrafo e professor Carlinhos de Jesus, e com a médica e bailarina Izabela Lucchese Gavioli.
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“Posso dizer que te amo, que te quero ou que te odeio. Posso ser surdo e mudo, mas dançando o corpo ganha voz”
O prazer do movimento Para Carlinhos de Jesus a dança não tem limites. Ele a define como “a libertação do movimento” e explica que, dançando, o corpo fala e cada ritmo transmite um tipo de mensagem. “Posso dizer que te amo, que te quero ou que te odeio; posso ser surdo e mudo, mas dançando o corpo ganha voz”, ressalta. O consagrado profissional diz que a dança libera força interior, gera bem-estar e satisfação, por isso não só previne contra doenças, mas pode até curar algumas, como a depressão. “A gente vê a satisfação na fisionomia das pessoas que dançam. A pele fica até mais bonita, porque libera serotonina, substância responsável pela hidratação”, comenta. Já para os tímidos, ele garante que não há melhor remédio do que a dança de salão. Mas, segundo ele, alguns ritmos vão além de melhorar a pele ou curar a timidez, liberando o lado sensual que existe em todos nós. “A dança seduz. O movimento lascivo de quadril, pernas e braços, faz com que as pessoas esbanjem sensualidade em ritmos como o samba, a salsa e o tango. É como se fosse uma relação sexual”, comenta Carlinhos com a experiência de 30 anos na dança de salão.
Exercite-se brincando Já está mais do que comprovado que a prática regular de exercícios físicos é fundamental para um corpo e mente saudáveis. Mas não é todo mundo que encara com prazer as horas de malhação e suor em uma academia de ginástica. Se você se encaixa neste perfil a dança a dois é uma ótima opção. “A dança de salão é lúdica, e o exercício acontece em meio à diversão. É muito mais fácil aderir à atividade, ou seja, começar e não querer mais parar. E é só desta forma, com continuidade, que a atividade física pode trazer benefícios à saúde”, explica a médica Izabela Lucchese Gavioli. Professora, desde 2001, da disciplina “Dança e Saúde” do curso de pós-graduação em Dança, da PUC-RS, Izabela convive com a dança desde os cinco anos. Ela é formada em balé clássico e, ao longo da carreira, adicionou a sua formação as danças de salão, contemporânea e folclórica, entre outras atividades artísticas. Como professora ela procura unir seus conhecimentos práticos e acadêmicos na medicina e na dança, colocando uma a serviço da outra.
Izabela Gavioli e Lélio Santos
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A médica explica que a dança de salão é uma atividade aeróbica, que aumenta o gasto calórico, a força e a flexibilidade. Até mesmo a atividade mais leve de alunos iniciantes serve como prevenção de problemas cardiovasculares, sendo excelente para melhorar a circulação dos membros inferiores. “As contrações musculares da panturrilha funcionam como uma suave massagem nas veias, melhorando o retorno venoso, que é a volta do sangue bombeado pelo coração para a periferia”, explica. A dança também trabalha a consciência corporal, corrigindo a postura e funcionando como terapia e fisioterapia, prevenindo doenças como osteoporose, depressão, problemas nas articulações, além de controlar a pressão arterial, a taxa de colesterol e o diabetes, entre outras. “Se analisarmos a cura sob o aspecto da ausência de sintomas e dispensa de medicamentos, a dança tem efeito curativo”, diz Izabela, que recomenda a atividade para homens e mulheres, dos oito aos 80 anos.
Depois desta aula teórica sobre as inúmeras vantagens que a dança de salão pode lhe proporcionar, só resta sentir na prática. Confira em nosso site, na seção “Em Pauta”, diversos ritmos de dança e seus benefícios, escolha o seu e
Vem dançar!
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Edson “Minha dança sempre vai buscar muito mais emocionar do que impressionar”.
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Carneiro A emoção nos movimentos Texto: Keyla Barros Fotos: Déborah Godoy e arquivo pessoal
Um carioca falante e alto astral que levou o calor de sua dança para o sul do Brasil. Este é o Edson Carneiro que a maioria dos seus alunos conhece, mas a carreira deste professor de dança de salão, coreógrafo e bailarino, segundo ele, nesta ordem, vai além do seu carisma em sala. “Acho que professor é o que tenho de mais forte, o que faço melhor. Mas dar aulas, coreografar e se apresentar são prazeres muito diferentes, que geram sentimentos diferentes. Me realizo em cada um destes papéis, naqueles momentos mágicos de perfeição que me deixam feliz”, declara. DANÇA EM PAUTA |29
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Apaixonado por sua profissão ele não consegue ter respostas objetivas quando o assunto é sua relação com a dança. Mas afinal, quem consegue explicar um sentimento? Quando questionado sobre seu ritmo predileto ele parece entrar num dilema. Como se não quisesse trair nenhum dos seus amores, sorri, pondera e por fim conclui: “Eu não tenho um ritmo predileto, eu gosto de tudo que der pra dançar. Vai depender da música, da pessoa com quem estou dançando, do momento”. Mas, mesmo sem perceber, nos rodeios de suas respostas durante a entrevista a Dança em Pauta, ele acaba definindo seu trabalho: “Minha dança sempre vai buscar muito mais emocionar do que impressionar”.
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1. Edson no espetáculo “Com o brilho do teu olhar”, da Cia de Dança Jaime Arôxa, com Giuliana Manfio 2. Apresentação no lançamento do Mundial de Tango 2010 3. No baile de inauguração de sua escola com a esposa Crisley Thomé, e o casal Jaime Arôxa e Maria Rosa, ao centro.
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O Encontro com a dança A história de Edson com a dança começou aos 16 anos, num curso de modelo. Durante um teste de ritmo ele chamou a atenção da proprietária de um cerimonial, Ana Regina, que o contratou para ser príncipe dos bailes de debutante que ela organizava. Para isso, ele teve, entre outros, aulas de sapateado e valsa, além de ensaiar coreografias inspiradas em filmes de 32 | DANÇA EM PAUTA
sucesso da década de 80 como Dirty Dancing e Footloose. Mas foi quando Ana decidiu matriculá-lo na escola de dança de Jaime Arôxa, no Rio de Janeiro, para aperfeiçoar suas apresentações no cerimonial, que a dança de salão entraria em sua vida definitivamente. Poucos meses depois, o cerimonial informou que
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não poderia mais pagar o curso, mas a paixão pela arte já tinha sido despertada e ele não abriria mão dela. “Pedi ao Jaime pra continuar fazendo as aulas até o próximo teste para bolsista (alunos que auxiliam o professor em troca de uma bolsa de estudos na escola). Se eu não passasse no teste saía. Ele concordou, e dos 60 candidatos passei em primeiro lugar”, relata.
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Mas o início não foi fácil. Para levar adiante as aulas de dança de salão, Edson trabalhou como office boy, vendedor e faxineiro, empregos que o mantinham enquanto aprendia a dançar. “Eu trabalhava durante o dia rezando que a noite chegasse logo pra poder ir dançar”, lembra. Aos poucos ele começou a trabalhar também como professor de dança, fazer apresentações e, DANÇA EM PAUTA |33
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“O principal diferencial da dança de salão das demais é o fator social, porque é a única dança que você pode praticar fora da sala de aula, sem exigência de um palco ou de perfeição. Mas é claro com uma boa técnica!” Edson Carneiro
Edson Carneiro e Giuliana Manfio na mostra Dança Curitiba, em 2009
graças ao apoio da família, acabou se dedicando integralmente a profissão. “A dança de salão é minha vida e já era antes mesmo de eu perceber”, diz com a paixão característica dos dançarinos. Hoje, com 18 anos de carreira na dança, 12 deles como integrante da equipe de Jaime Arôxa, Edson já participou de diversos cursos de aperfeiçoamento, aulas de balé, workshops, congressos e laboratórios. Além disso, entre outros, também foi professor em escolas de dança no Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba; participou de espetáculos; integrou o Núcleo de Dança das novelas da TV Globo; estreou a primeira edição do quadro Dança dos Famosos, do Domingão do Faustão, ao lado da atriz Daniela Escobar, conquistando o 3o lugar; e realizou os eventos Dansul e Zouksul, que reuniram profissionais de dança de todo o País em Curitiba. Entre os momentos marcantes da
carreira ele destaca a promoção a professor por Jaime Arôxa; a participação na Dança dos Famosos, que, segundo ele, foi a oportunidade de mostrar seu trabalho ao Brasil e a outros profissionais do meio; e a atuação no espetáculo Amar a Maria, da Cia de Dança Oito Tempos, no evento Baila Floripa. Mas a grande conquista aconteceu há um ano, quando ele realizou um sonho que surgiu quando ainda era assistente de Jaime Arôxa: abrir sua própria escola de dança de salão. A escola, que leva o seu nome e tem como sócia sua esposa, Crisley Tomé, é uma filial da rede Jaime Arôxa e foi inaugurada em fevereiro de 2009, em Curitiba, três anos depois do dançarino desembarcar no sul para dar aulas. “Meus planos agora são focar mais na escola, formar novos professores, uma Cia de Dança e quem sabe montar um espetáculo”, declara.
Curiosidades da carreira
Edson Carneiro estreou, literalmente, o quadro Dança dos Famosos, do programa Domingão do Faustão. Ele e sua parceira, a atriz Daniela Escobar, foram os primeiros a dançar, no primeiro dia do quadro, em sua primeira edição, em 2005.
Ele foi figurante de dança no filme “The Game of their Lives”, no Brasil “Duelo de Campeões”, que tem no elenco o galã Gerard Butler. O filme conta a história real da seleção de futebol dos EUA que, sem nenhuma tradição no esporte, veio participar da Copa de 1950 no Brasil, e surpreendeu ao vencer uma partida contra a Inglaterra. Edson aparece em uma cena em que os jogadores vão conhecer uma gafieira.
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Dança e Música A conexão das artes Texto: Keyla Barros Fotos: Daniel Tortora
Impossível falar de dança sem pensar em música. Os sons dão forma aos movimentos, como se a música fosse um pincel e a dança sua tela. A combinação das batidas ritmadas com os movimentos do corpo forma a obra de arte. Por isso mesmo a música é um tema fundamental a ser explorado por aqueles que querem aprender a dançar, seja de forma profissional ou amadora. Muito mais do que ouvir a música como uma união de “barulhos” instrumentais, é importante que o dançarino escute a música, com atenção a cada instrumento assim como a sua letra, pois a história que ela conta também será interpretada na dança. DANÇA EM PAUTA |39
“Ouvir a música conscientemente é fundamental para aprender a dançar”, afirma a dançarina Sandra Ruthes, autora do livro “Música para Dança de Salão”, que propõe aos leitores uma forma diferente de ouvir, explicando conceitos musicais na visão de quem compõe, de quem toca e de quem dança. Entre suas várias atividades ligadas a dança, Sandra também é professora da disciplina Música e Dança, do curso de pós-graduação em Dança de Salão da Faculdade Metropolitana de Curitiba, primeiro e único no Brasil. Formada em Educação Física pela UFPR e atuando na dança de salão há 15 anos, além de pós-graduação e cursos relacionados à dança, Sandra somou ao seu currículo um curso de discotecagem em música eletrônica, já que não existia nada específico para dança de salão. “Sempre gostei muito de música e comecei a perceber que não haviam pessoas especializadas em discotecar bailes de dança de salão. Os próprios professores, como eu, se encarregavam disso”, conta. Desta forma, ela uniu seu conhecimento prático na dança ao aprendizado do curso e, segundo ela, mudou seu perfil de discotecagem. “É preciso sentir o baile, a energia do público, perceber a música certa para cada momento para fazer as pessoas dançarem. Sabe por que você coloca um forró e a pista bomba e aí coloca um bolero e ela esvazia? Porque você colocou um bolero chato. Se souber escolher vai ter gente dançando bolero no seu baile”, afirma a DJ. Sandra acredita que sua forte relação com a música desde criança, segundo ela, ouvindo de sertaneja a clássica, foi um dos fatores que a trouxe para dança e a estimulou a ter um olhar diferente com relação à junção destas duas formas de arte.
A dançarina e DJ Sandra Ruthes, no comando do som
“Se você observar os movimentos básicos dos ritmos, o desenho feito no chão, verá que são muito parecidos. O que diferencia os ritmos é o que você coloca no seu corpo, não os passos. Por isso falamos muito em consciência corporal”, explica. Cada ritmo e cada música apresentam um grau de dificuldade diferente para dançar, de acordo com os instrumentos, a velocidade e a intensidade. Alguns podem ter movimentos fáceis, mas serem musicalmente mais difíceis e vice-versa. Para quem está começando a dançar a dica de Sandra é exercitar a musicalidade parando no mínimo 10 minutos por dia e ouvindo música com atenção aos instrumentos, a letra e ao ritmo, um exercício que ela mesma diz ter feito. O objetivo é que a pessoa passe a assimilar a música de forma diferente e, com o tempo, perceber os detalhes que fazem toda diferença na hora de dançar. DANÇA EM PAUTA |41
as 10 +
Música em pauta Está apaixonado por um ritmo, mas não sabe que músicas ou intérpretes procurar? Ainda não consegue saber a música certa para dançar cada ritmo? Aproveite as indicações dos profissionais do meio que a Dança em Pauta trará em cada edição e monte a sua “discoteca”. Na estréia desta seção, confira a seleção de 10 músicas para dançar a dois da professora e DJ Sandra Ruthes.
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Confira em nosso site na seção as “10+” os vídeos
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1. Um montón de estrellas – Gilberto Santa Rosa – Salsa 2. Devagar Miudinho – Jorge Aragão – Samba 3. Pequenininha - Trio Forrózão – Forró 4. Something Stupid – Robbie Williams & Nicole Kidman – Bolero 5. My Love – Talina – Zouk 6. Felicia – Adolfo Carabelli – Tango 7. Pretty Woman - Roy Orbison – Soltinho 8. Anos Dourados – Quarteto em Cy e MPB4 – Bolero 9. Son de Amores – Andy y Lucas – Salsa 10. É sábado o dia – Tchê Barbaridade – Vanera
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a dança no cinema
Baila comigo
s decisões que tomamos, o destino, o acaso, as consequências de tudo isso em nossas vidas e como a dança de salão pode ser um caminho para enfrentar e superar problemas. Este é o tema central do filme Marilyn Hotchkiss Ballroom Dancing & Charm School, lançado no Brasil com o título Baila Comigo.
Quando o destino conduz o amor segue
O filme se desenvolve em torno do personagem Frank Keane (Robert Carlyle), um viúvo que não consegue lidar com a morte da esposa. Em um acidente de carro,
Frank oferece socorro a Steve Mills (John Goodman), e o acompanha na ambulância. No caminho para o hospital, a beira da morte, Steve relata sua história de amor e pede DANÇA EM PAUTA |45
que Frank vá em seu lugar a um encontro na escola de dança que freqüentou há 40 anos. È assim que o sonho de um homem se transforma no destino do outro. Nas aulas na Escola de Dança de Salão e Etiqueta Marilyn Hotchkiss, Frank vivencia uma transformação que mudará não só a sua vida, como das pessoas a sua volta. No filme, a melhor descrição deste papel terapêutico da dança de salão está em uma das falas da professora Marianne Hotchikiss (Mary Steenburgen):
“A dança é uma droga muito poderosa. Praticada com sabedoria pode exorcizar demônios, liberar emoções reprimidas e colorir sua vida em tons vivos de magenta que nunca imaginou existirem”.
>> Assista o trailler de Baila Comigo, confira nossa crítica sobre o filme e faça a sua na seção Ver e Ouvir em nosso site.
Dirigido por Randall Miller, o filme traz também no elenco Marisa Tomei, Sônia Braga, Donnie Wahlberg e uma participação especial de Danny deVito. DANÇA EM PAUTA |47
eles cantam nós dançamos
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“Música caribenha é pra dançar”. A afirmação é do cubano, Jorge Mujica, responsável pela união de músicos do Brasil e de Cuba que deu origem ao grupo El Merekumbé. O nome da banda, que surgiu da combinação de Merengue + Cumbia, deixa clara a proposta dos integrantes, levar ao público uma mistura caliente de ritmos latinos, popularmente conhecidos como salsa. Criado em Curitiba, em 2000, com um CD lançado em 2004 e o projeto de um novo trabalho para este ano, o El Merekumbé é referência para os salseiros da cidade que bailam ao som da banda em suas apresentações em casas noturnas. “Tudo que a gente toca é dançante e a maior parte é a dois, não tem nada solitário”, comenta Jorge, ressaltando que a banda é fiel as raízes da música cubana.
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No repertório dos shows, que contam com os improvisos característicos do ritmo, estão músicas consagradas por expoentes do meio como: Benny Moré, Tito Puente, Perez Prado, Célia Cruz, Compay Segundo, Santana e Elíades Ochoa. O fundamental para o sucesso do El Merekumbé, segundo Jorge, foi a escolha de músicos que entraram no “espírito” da salsa. “Não adianta só tocar bem o instrumento, é preciso ter o swing, como costumamos falar em Cuba. Tem que passar um algo a mais, a alma da música”, explica. Então, se você mora em Curitiba ou pretende visitar a cidade, tem alma salseira ou é fã da dança a dois, a dica da Dança em Pauta é bailar ao som do El Merekumbé.
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giro
Música
Cuba Omara & Bahia Bethânia
DVD+Livro: Gravadora Biscoito Fino e Editora Nova Fronteira Um encontro no palco tão marcante como o de Maria Bethânia e a cantora cubana Omara Portuondo tinha que resultar em algo especial. A Produtora Biscoito Fino e a Editora Nova Fronteira lançaram o DVD do show mais um livro em uma caixa exclusiva. Este encontro raro e único mostra a naturalidade musical latente tanto dos cubanos como dos brasileiros e como é fácil nos entender musicalmente. O show tem a beleza da simplicidade e retrata as cores e o som do Brasil e de Cuba, contando com solos individuais e interpretações juntas, tanto em português quanto em espanhol. Já o livro estabelece aproximações e revisões entre Brasil e Cuba, reunindo olhares e reflexões sobre estes dois países tão singulares e tão próximos, em muitos sentidos. Além das duas artistas, participam dele: Arnaldo Antunes, Frank Pádron, Lya Luft, Mônica Waldvogel e Nélida Piñon. DANÇA EM PAUTA |55
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Moda
Vai pro Forró? As bolsas em patchwork da Artes da Elô são uma ótima dica para completar o visual, mais descontraído e colorido, das roupas femininas usadas para dançar forró. São várias opções de tamanhos, cores e modelos à venda na loja virtual Achados da Lulu.
www.achadosdalulu.com.br 58 | DANÇA EM PAUTA
Livroseção
Sexo e Dança de Salão
Autor: Maristela Zamoner / Editora Protexto
O que o sexo tem a ver com a dança de salão? Tudo e nada foram as respostas que a autora do livro, professora de dança de salão e bióloga, obteve de profissionais do meio e que a instigaram a se aprofundar no assunto. Partindo da origem biológica do sexo, o livro aborda o processo de seleção sexual e o surgimento da arte, discute a natureza sexual da dança de salão como produto biológico e social, e demonstra a visão confusa que as pessoas, em geral, têm sobre a conexão entre sexo e dança de salão. DANÇA EM PAUTA |59
cultura e dança
Sociedade Treze de Maio Música e dança em meio a 122 anos de história Texto: Keyla Barros Fotos: Miriane Figueira e divulgação
Ponto certo para os amantes da dança a dois a Sociedade Treze de Maio, em Curitiba, carrega uma rica história, ainda pouco conhecida, até mesmo pelos frequentadores dos bailes de samba e forró, realizados regularmente no espaço. 60 | DANÇA EM PAUTA
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cultura e dança
Instituída em junho de 1888, mas comemorando sua fundação na data da abolição da escravatura, que dá nome a instituição, a Sociedade Treze de Maio nasceu com o objetivo de ajudar os negros libertos. Sua história derruba o mito de um Paraná europeu, sem escravos e sem negros, construído apenas com a força dos imigrantes. “Os negros que vinham das senzalas das fazendas chegavam aqui e eram acolhidos em todas as suas necessidades. Além disso, eram organizadas festas e outros eventos”, conta o presidente da Treze de Maio, Álvaro da Silva.
acompanhou de perto esta trajetória da Sociedade, uma vez que seu pai foi presidente por 40 anos. Ele conta com saudosismo que os bailes de final de semana, na época, eram um evento social aguardado por todos. “Era uma tradição vir à gafieira de domingo à tarde bem ‘becado’, de terno, gravata e chapéu”, lembra.
Hoje, como tantos outros espaços culturais e históricos no Brasil, a Sociedade Treze de Maio encontra dificuldades para se manter. Os bailes regulares e o aluguel do espaço para eventos são sua principal fonte de renda. “Os jovens Na década de 50, a Sociedade passou e os universitários gostam de fazer por transformações e foi aberta a suas festas aqui. Dizem que se novos sócios. As “domingueiras” de sentem a vontade na casa, que ela samba passaram a ser uma tradição é harmoniosa. Eu fico todo vaidoso na casa que recebia de estivadores do pessoal dizer que adora a Treze aos “doutores” de todas as raças, de Maio”, diz Álvaro. Ele relata que sem discriminação. A frente da o plano da instituição é abrir mais instituição há 12 anos, Álvaro espaço para atividades culturais.
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“Os negros que vinham
das senzalas das fazendas chegavam aqui e eram acolhidos em todas as suas necessidades. Além disso, eram organizadas festas e outros eventos”, Álvaro da Silva.
Grupo Serenô
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Atualmente, a casa oferece aulas de Maracatu com o Grupo Estrela do Sul, aos sábados, das 18h às 20h, e aulas de forró com o Grupo Mistura no Forró, aos domingos, das 19h às 20h. A programação fixa da Treze de Maio, para os adeptos da dança de salão, fica por conta do samba do Grupo Serenô, aos sábados e, na domingueira, é a vez do Areia Branca embalar os forrozeiros. Com certeza, a casa é uma ótima opção para quem procura um local simples e aconchegante para dançar ao som de boa música brasileira!
Grupo Serenô
cultura e danรงa Grupo Espinho na Roseira
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Grupo Areia Branca
Grupo Combinado da Silva Só
ONDE FICA? Sociedade Treze de Maio R. Desembargador Clotário Portugal, 274 Centro – Curitiba PR Informações: (41) 9938-9510 / 9198-6607
imagem destaque
Fotógrafo: Daniel B. Tortora Dançarinos: Luiz Dalazen e Kelly Tortora
Dança, expressão do interior humano A foto faz parte da mostra “Dança, Expressão do interior humano”, que foi exposta em 2009, em Curitiba, durante o Festival de Dança de Salão do Sul do Brasil (Dansul). Nela o fotógrafo apresenta uma seleção de 40 imagens que buscam explorar a profundidade das emoções reveladas pela dança de salão, ressaltando os sentimentos em cada movimento e a motivação que une duas pessoas no ato de dançar a dois. O objetivo foi transparecer em cada imagem uma sensação única que só a dança pode proporcionar. DANÇA EM PAUTA |69
pelo salão
Salsa no Zapata
O professor Diogo Oliveira, ao centro, e amigos curtindo o som do El Merekumbé Os professores Ângela Silva e Ronald Pinheiro, prontos para bailar com os frequentadores
Os bolsistas Lucas Pela e Gustavo Nista marcando presença na balada salseira
Pós-graduação em Dança de Salão - FAMEC
Professores e alunos com Carlinhos de Jesus, ao centro
Carlinhos de Jesus e Gracinha Araújo, coordenadora do curso DANÇA EM PAUTA |71