A Vida — Teve um Criador?
ˆ ˆ Em que voce cre? Muitos religiosos fundamentalistas acreditam que a Terra e tudo o que existe nela foram criados em seis dias de 24 horas, apenas ´ alguns milhares de anos atras. Alguns ateus ˆ ˜ gostariam de fazer voce crer que Deus nao ´ ´ existe, que a Bıblia e um livro de mitos e que ´ a vida e produto de eventos casuais, ˜ sem orientac¸ ao.
A maioria das pessoas tem ideias mais ou menos interme´ ˆ diarias entre esses conceitos opostos. O fato de voce estar len´ ´ do essa brochura talvez indique que esse e tambem o seu caso. ´ Talvez acredite em Deus e respeite a Bıblia. Mas possivelmen´ ˜ te valorize tambem a opiniao de cientistas bem preparados e ˜ ˆ influentes que nao acreditam que a vida foi criada. Se voce tem filhos, talvez se pergunte como responderia se eles lhe in˜ ˜ dagassem sobre a evoluc¸ ao e a criac¸ ao.
´ Qual e o objetivo desta brochura?
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A VIDA — TEVE UM CRIADOR?
Capa: praia e recife: 5 Digital Vision Ltd/age fotostock
´ ˜ Esta materia nao visa ridicularizar os conceitos de funda˜ mentalistas ou dos que preferem nao crer em Deus. Em vez ˜ disso, esperamos que esta publicac¸ ao o leve a reexaminar a ´ base de algumas de suas crencas. ¸ Ela ˜ apresentaraˆ uma explica˜ ´ c¸ ao do relato da Bıblia sobre a criac¸ ao que voce talvez nunca ´ tenha considerado. E enfatizara por que realmente importa o ˆ ˆ que voce cre sobre como a vida comecou. ¸ ˆ ´ ˜ ˜ Voce confiara nas afirmac¸ oes dos que dizem que nao existe ´ ˜ ´ ´ Criador inteligente e que a Bıblia nao e confiavel? Ou exami´ ´ ˜ nara o que a Bıblia realmente diz? Que ensinos sao dignos de ´ ´ sua confianca, ¸ de sua fe: os da Bıblia ou os dos evolucionistas? (Hebreus 11:1) Que tal examinar os fatos?
´ Sumario ´ PAGINA 4
O planeta vivo
´ PAGINA 11
Quem projetou primeiro? ´ PAGINA 18
˜ Evoluc¸ ao — mitos e fatos
´ PAGINA 24
ˆ A ciencia ˆ eo relato de Genesis
´ PAGINA 29
Importa emˆ que ˆ voce cre? ´ PAGINA 30
Bibliografia 5 2010 WATCH TOWER BIBLE AND TRACT SOCIETY ˜ OF PENNSYLVANIA ASSOCIAC¸ AO ´ TORRE DE VIGIA DE BIBLIAS E TRATADOS Todos os direitos reservados A Vida — Teve um Criador? Editoras WATCHTOWER BIBLE AND TRACT SOCIETY OF NEW YORK, INC. Brooklyn, ˜ New York, U.S.A. ASSOCIAC¸ AO ´ TORRE DE VIGIA DE BIBLIAS E TRATADOS ´ Rodovia SP-141, km 43, Cesario Lange, SP, 18285-901, Brasil ˜ Edic¸ ao de 2010 ˜ ˜ ´ Esta publicac¸ ao nao e vendida. Ela faz parte de uma obra ´ educativa bıblica, mundial, mantida por donativos. ˜ A menos que haja outra indicac¸ ao, ´ ˜ ˜ os textos bıblicos sao da Traduc¸ ao do Novo Mundo das Escrituras ˆ Sagradas com Referencias. Was Life Created? Portuguese (Brazilian Edition) (lc-T) ISBN 978-85-7392-119-9 Made in Brazil Impresso no Brasil
O planeta vivo ˜ ´ A vida na Terra nunca poderia existir se nao fosse uma serie de felizes ˆ “coincidencias”, algumas das quais eram desconhecidas ou pouco entendidas ´ ´ ˆ ate o seculo 20. Essas coincidencias incluem: ˜ ´ ´ ˛ A localizac¸ ao da Terra na galaxia Via Lactea e no sistema solar, bem como a ´ ˜ ˜ orbita, a inclinac¸ ao, a velocidade de rotac¸ ao e a incomum lua do planeta ´ ˛ Um campo magnetico e uma atmosfera que servem de escudo duplo ´ ˛ Ciclos naturais que reabastecem e purificam o ar e a agua do planeta ´ ´ Ao considerar cada um desses pontos, pergunte-se: ‘Sera que as caracterısticas ˜ da Terra sao produto do acaso ou de projeto intencional?’
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A VIDA — TEVE UM CRIADOR?
˜ Poderia haver uma localizac¸ ao melhor para a Terra abrigar a vida?
ˆ Ao escrever seu endereco, ¸ o que voce ´ inclui? Talvez o paıs, a cidade e a rua. ˜ Para efeito de comparac¸ ao, chamemos a ´ ´ Via Lactea de “paıs” da Terra; o sistema solar (o Sol e seus planetas) de “cidade” da ´ Terra; e a orbita da Terra no sistema solar de “rua” da Terra. Gracas ¸ aos avancos ¸ˆ ´ na astronomia e na fısica, os cientistas tem compreendido cada vez mais as vantagens ˜ de nossa localizac¸ ao especial no Universo. Para comecar, a nossa “cidade”, ou sis¸ ´ ˜ tema solar, esta localizada na regiao ideal ´ ˜ da Via Lactea — nao muito perto do centro ´ nem muito longe dele. Essa “zona habita´ vel”, como os cientistas a chamam, contem ˜ as concentrac¸ oes rigorosamente certas dos
O PLANETA VIVO
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& Nasa/JPL/Caltech
O “endereco” ¸ perfeito da Terra
´ ´ elementos quımicos necessarios para sustentar a vida. Mais afastado do centro, es˜ ses elementos sao escassos demais; mais ´ perto, o ambiente e perigoso demais devi` ˜ ˜ do a maior concentrac¸ ao de radiac¸ ao potencialmente letal e de outros fatores. “Vi˜ vemos numa regiao nobre”, diz a revista Scientific American.1 ˜ ´ A “rua” ideal: Nao menos “nobre” e a ´ “rua” da Terra, ou sua orbita na “cidade”, o ˜ ˆ sistema solar. A uns 150 milhoes de quilo´ metros do Sol, essa orbita fica numa limita´ ˜ da zona habitavel porque ali as condic¸ oes ˜ ˜ nao sao nem frias nem quentes ao extre´ ´ ´ mo. Alem disso, a trajetoria da Terra e qua` se circular, mantendo-nos praticamente a ˆ mesma distancia do Sol o ano todo. ´ Enquanto isso, o Sol e a perfeita “usina ´ ´ de energia”. E estavel, do tamanho ideal, e emite a quantidade exata de energia. Por ˜ boas razoes, tem sido chamado de “estrela muito especial”.2 ˆ O “vizinho” perfeito: Se voce fosse esco˜ lher um “vizinho” para a Terra, nao have˜ ˆ ria opc¸ ao melhor do que a Lua. Seu diametro mede um pouco mais de um quarto do ˆ ˜ diametro da Terra. Assim, em comparac¸ ao com outras luas do sistema solar, a nossa
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A VIDA — TEVE UM CRIADOR?
Os escudos protetores da Terra
´ ´ O espaco ¸ e um lugar perigoso, onde e ˜ comum a radiac¸ ao letal e os meteoroides ˜ sao um perigo constante. Mas o nosso planeta azul parece trafegar no meio des´ sa “galeria de tiro” galactica com relativa ˆ ´ seguranca. ¸ Por que? A Terra e protegida ´ por uma blindagem incrıvel — um podero´ so campo magnetico e uma atmosfera feita sob medida. ´ O campo magnetico da Terra: O cen´ ´ tro da Terra e uma bola giratoria de ferro fundido, que produz no nosso planeta ´ um enorme e poderoso campo magnetico que se estende espaco ¸ afora. Esse escudo nos protege da intensidade total de radia˜ ´ ´ c¸ ao cosmica e das potencialmente mortıferas forcas ¸ vindas do Sol. Estas incluem o ´ vento solar, que e uma corrente constante ´ ´ ˜ de partıculas energeticas; erupc¸ oes solares, ˜ que em questao de minutos liberam ener` ˜ gia equivalente a de bilhoes de bombas ˆ ˜ ˜ de hidrogenio; e explosoes na regiao exte˜ rior, ou coroa, do Sol, que lancam bilhoes ¸ ´ ˆ de toneladas de materia no espaco. ¸ Voce ´ pode observar lembretes visıveis da pro-
˜ Magnetosfera: Nasa/Steele Hill; inclinac¸ ao da Terra: baseado em Nasa/Visible Earth imagery
´ Lua e excepcionalmente grande em rela˜ c¸ ao ao planeta que ela orbita. Mera coinciˆ ´ dencia? Parece improvavel. ´ Por um lado, a Lua e a principal res´ ´ ponsavel pelas mares, que desempenham um papel vital na ecologia da Terra. A Lua ´ tambem contribui para a estabilidade do ˜ eixo de rotac¸ ao do planeta. Sem a Lua, feita sob medida, nosso planeta seria como ˜ um piao em baixa velocidade que acaba tombando e girando de lado. O clima, as ´ ˜ mares e outras condic¸ oes sofreriam mu´ dancas ¸ catastroficas. ˜ ˜ Inclinac¸ ao e rotac¸ ao perfeitas da Terra: ` ˜ Gracas uns 23,4 ¸ a inclinac¸ ao da Terra, de ˜ graus, temos o ciclo das estac¸ oes do ano, temperaturas equilibradas e grande varie´ ˜ dade de zonas climaticas. “A inclinac¸ ao do eixo de nosso planeta parece ‘perfeita’ ”, diz o livro Rare Earth—Why Complex Life Is Uncommon in the Universe (Terra Rara — Por Que a´ Forma Complexa de Vida E Incomum no Universo).3 ´ ´ Tambem “perfeita” e a du˜ rac¸ ao do dia e da noite, resul˜ tante da rotac¸ ao da Terra. Se ˜ a velocidade de rotac¸ ao fosse bem mais lenta, os dias seriam mais longos e o lado da Terra voltado para o Sol ficaria superaquecido, ao passo que o outro lado fi˜ caria congelado. E se a rotac¸ ao da Terra fosse mais veloz, os dias seriam mais curtos, talvez de apenas algumas horas de du˜ ˜ rac¸ ao, e essa rotac¸ ao veloz causaria impla´ caveis ventanias e outros efeitos nocivos.
´ O invisıvel escudo ´ magnetico da Terra
Aurora: foto: Jan Curtis (http://latitude64photos.com); meteorito: ESA, Nasa
˜ ´ tec¸ ao que recebe do campo magnetico da ˜ ˜ Terra. Erupc¸ oes e explosoes na coroa solar causam auroras intensas, ou coloridas ˜ ´ exibic¸ oes de luz visıveis na atmosfera supe´ rior, perto dos polos magneticos da Terra. A atmosfera da Terra: Esse cobertor de ´ gases, alem de nos manter respirando, for˜ nece protec¸ ao adicional. Uma camada ex´ terna da atmosfera, a estratosfera, contem ˆ ˆ uma variedade de oxigenio chamada ozo´ ˜ nio, que absorve ate 99% da radiac¸ ao ultraˆ violeta (UV). Assim, a camada de ozonio ˜ ajuda a proteger da radiac¸ ao nociva muitas formas de vida, incluindo a dos humanos ˆ e a dos planctons, dos quais dependemos ˜ para a produc¸ ao de grande parte do nosso ˆ ˆ oxigenio. A quantidade de ozonio estratos´ ˜ ´ ´ ´ ferico nao e fixa. Em vez disso, e variavel, aumenta de acordo com o aumento da in˜ tensidade da radiac¸ ao UV. Portanto, a caˆ ´ ´ mada de ozonio e um escudo versatil e eficiente. ´ A atmosfera tambem nos protege contra ´ um bombardeio diario de detritos do espa˜ co ¸ — milhoes de objetos cujo tamanho va´ ´ ria de minusculas partıculas a blocos de pe-
Aurora boreal
dra. A atmosfera queima a vasta maioria desses, que se tornam rastros de luz chamados meteoros. Mas os escudos da Ter˜ ˜ ` ra nao bloqueiam a radiac¸ ao vital a vida, ´ como o calor e a luz visıvel. A atmosfera ´ ate mesmo ajuda a distribuir o calor ao re` dor do globo e, a noite, atua como um cobertor, diminuindo a velocidade do escape de calor. ´ A atmosfera e o campo magnetico da ˜ Terra sao realmente maravilhas de proje˜ to ainda nao bem entendidos. O mesmo pode-se dizer dos ciclos que sustentam a vida neste planeta.
A atmosfera nos protege dos meteoros
´ ˆ Sera mera coincidencia que o nosso planeta seja protegido por dois ´ versateis escudos?
Ciclos naturais que sustentam a vida Se fosse cortado o suprimento de ar puro e de ´ agua tratada de uma cidade, e bloqueado seu sistema de esgoto, doencas ¸ e mortes logo se seguiriam. ˜ ´ Mas considere: nosso planeta nao e como um res˜ taurante, onde a reposic¸ ao de alimentos e suprimen´ tos vem de fora para dentro e o lixo e retirado. Os ´ ˜ ˆ essenciais ar puro e agua limpa nao vem do espaco, ¸ ´ ˜ ´ nem lixo e outros resıduos sao despachados para la. ˜ ´ ´ Entao como a Terra permanece saudavel e habitavel? A resposta: por causa dos ciclos naturais, como ´ ˆ ˆ os da agua, do carbono, do oxigenio e do nitrogenio, explicados e ilustrados aqui de maneira simples. ´ ´ ´ O ciclo da agua: A agua e essencial para a
´ vida. Nenhum de nos pode viver sem ela por mais ´ ´ de alguns dias. O ciclo da agua distribui agua ˆ doce e limpa ao redor do planeta. Envolve tres es´ ´ tagios. (1) A energia solar suspende a agua para ˜ a atmosfera pela evaporac¸ ao. (2) A condensa˜ ´ c¸ ao dessa agua purificada produz nuvens. (3) As nuvens, por sua vez, produzem chuva, granizo ou neve, que caem no solo prontos para nova evapo˜ ´ rac¸ ao, completando assim o ciclo. Quanta agua ´ e reciclada por ano? Segundo estimativas, o sufi´ ciente para cobrir uniformemente a superfıcie da ´ ´ Terra com quase 80 centımetros de agua.4
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ˆ Os ciclos do carbono e do oxigenio: Como 2
ˆ Oxigenio
´ Dioxido de carbono
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A VIDA — TEVE UM CRIADOR?
ˆ sabe, para viver voce precisa respirar, inalar ˆ ´ oxigenio e exalar dioxido de carbono. Mas, com ´ ˜ incontaveis bilhoes de humanos e de animais fazendo a mesma coisa, por que a atmosfera nunˆ ´ ca fica sem oxigenio e nem saturada de dioxido de carbono? A resposta tem a ver com o ciclo do ˆ ´ oxigenio. (1) Num incrıvel processo chamado fo´ ´ tossıntese, as plantas absorvem o dioxido de car´ bono que nos exalamos, usando-o com a energia ˆ solar para produzir carboidratos e oxigenio. (2) Ao ˆ inalarmos oxigenio, completamos esse ciclo. Toda ˜ ˜ ´ essa produc¸ ao de vegetac¸ ao e de ar respiravel acontece de modo limpo, eficiente e silencioso.
A atmosfera da ´ Terra e composta ˆ de 78% de nitrogenio
´ Moleculas ˆ organicas
A ´ Bacterias
C
B Compostos nitrogenados
´ Bacterias
ˆ ´ ˜ ´ O ciclo do nitrogenio: A vida na Terra depende tambem da produc¸ ao de moleculas ˆ ´ ´ ´ ˆ organicas, como as proteınas. (A) Para produzir essas moleculas, e preciso nitrogenio.
´ ˜ ˆ Felizmente, esse gas compoe quase 80% da atmosfera. Raios convertem nitrogenio em compostos que as plantas podem absorver. (B) As plantas incorporam esses compostos ´ ˆ ´ em moleculas organicas. Assim, os animais que comem essas plantas tambem absorvem ˆ nitrogenio. (C) Por fim, quando plantas e animais morrem, os compostos nitrogenados ne˜ ´ ˜ ˆ les sao decompostos por bacterias. Esse processo de decomposic¸ ao libera o nitrogenio de volta para o solo e para a atmosfera, completando o ciclo.
Os humanos, com toda sua avancada ¸ ´ tecnologia, geram anualmente incontaveis ´ ˜ ´ toneladas de lixo toxico nao reciclavel. No entanto, a Terra recicla todo seu lixo de modo perfeito, por meio de engenhosos ´ processos quımicos. ˆ Como voce acha que surgiram os sistemas de reciclagem da Terra? “Se o ecossis´ tema da Terra tivesse realmente evoluıdo ´ ´ so por acaso, teria sido impossıvel alcancar ¸ ´ tal nıvel perfeito de harmonia ambiental”, ˜ diz Michael A. Corey, escritor de religiao e ˆ ˆ ciencia.5 Voce concorda com essa conclu˜ sao?
Stockbyte/Getty Images
Reciclagem perfeita
Como responderia? ˆ ´ Voce acha que as caracterısticas ˜ da Terra sao produto de projeto intencional? Em caso afirmativo, ˆ quais dos fatos acima voce acha mais convincentes? ˆ ` ˜ ˛ Como voce responderia a afirmac¸ ao ˜ ´ de que a Terra nao e nada especial, ´ que e apenas mais um local em que a ˜ evoluc¸ ao poderia ocorrer? ˛
O PLANETA VIVO
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Fervilhando de vida
´ ´ Ninguem sabe quantas especies existem na Terra. As estimativas variam ˜ ˜ de 2 milhoes a 100 milhoes.6 Qual a amplitude da vida no nosso planeta?
Solo: Descobriu-se que apenas 100
´ Bacterias ˆ subterraneas
´ Polen
ˆ Anemona
´ gramas de solo abrigam 10 mil espe´ ´ cies de bacterias,7 sem contar o nu´ ´ mero de microbios. Algumas especies ˆ ˆ foram encontradas quase tres quilome´ 8 tros abaixo da superfıcie do solo! ´ ´ Ar: Alem dos passaros, morcegos e insetos que voam no espaco, ¸ a atmos´ ´ fera esta cheia de polen e de outros esporos, bem como de sementes e, em ˜ certas regioes, de milhares de tipos de ´ microbios. A diversidade de vida microbiana no ar “rivaliza com a diversidade ´ de microbios no solo”, diz a revista Scientific American.9 ´ ˜ Agua: Os oceanos ainda sao um ´ grande misterio, pois, a fim de estudar as suas profundezas, os cientistas muitas vezes precisam usar custosa tecno´ logia. Ate mesmo os recifes de coral, ´ relativamente acessıveis e bem pesqui˜ sados, talvez abriguem milhoes de es´ ˜ pecies ainda nao conhecidas. ´ Sera que essa espantosa variedade de vida surgiu por acaso? Muitos concordariam com o poeta que escreveu: ˜ ´ “Quantos sao os teus trabalhos, o ´ Jeova! A todos eles fizeste em sabedo´ ria. A terra esta cheia das tuas produ˜ c¸ oes.”1 — Salmo 104:24. ´ ´ ´ 1 Na Bıblia, o nome de Deus e Jeova. — Salmo 83:18.
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A VIDA — TEVE UM CRIADOR?
´ ´ ˜ Bacterias: Penn State University, laboratorio de Jean Brenchley, e com permissao ´ de Springer Science Business Media: extremofilos, inusitadas amostras ultramicro´ ˆ bacterianas de um profundo nucleo de gelo groenlandes representam uma sugerida ´ nova especie, Chryseobacterium greenlandense sp. nov., janeiro de 2010, Jennifer ´ Loveland-Curtze; p olen: 5 Fotosearch
Quem projetou primeiro?
Em anos recentes, cientistas e ˆ engenheiros vem permitindo que plantas e animais os ensinem, no verdadeiro sentido da pa´ lavra. (Jo 12:7, 8) Eles estudam e copiam os detalhes de ´ projeto de varias criaturas (um campo conhecido como bio´ mimetica) para criar novos produtos e melhorar o desempe´ nho dos ja existentes. Ao considerar os seguintes exem´ plos, pergunte-se: ‘Quem realmente merece o credito por esses projetos?’
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O que ensinam as nadadeiras da baleia
˜ O que os projetistas de avioes podem aprender da baleia jubarte (ou baleia-corcunda)? Pelo visto, muita coisa. Uma baleia jubarte adulta pesa umas 30 toneladas ˜ — o peso de um caminhao carregado — e ´ tem um corpo relativamente inflexıvel, com grandes nadadeiras, ou barbatanas, que parecem asas. Esse animal de 12 metros de ´ ´ ´ comprimento e muito agil debaixo da agua. O que mais intrigou os pesquisadores foi ´ como esse animal de corpo inflexıvel conse´ gue nadar em cırculos incrivelmente fecha´ dos. Eles descobriram que o segredo esta no formato das nadadeiras da baleia. A bor˜ ´ da frontal delas nao e lisa, como a asa de ˜ aviao, mas serrilhada, com uma fileira de saˆ ´ liencias chamadas tuberculos. ` ´ A medida que a baleia desliza pela agua, ´ esses tuberculos aumentam a forca ¸ de´ sus˜ ˆ tentac¸ ao e diminuem a resistencia da agua. Como? A revista Natural History explica ´ ´ que os tuberculos fazem com que a agua ´ flua pela nadadeira num fluxo giratorio suaˆ ve, mesmo quando a baleia sobe em angu´ 10 los bem ıngremes. ˜ ´ Que aplicac¸ oes praticas oferece essa descoberta? Ao que tudo indica, ˜ as asas de avioes projetadas de acordo com o formato da nadadeira dessa
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A VIDA — TEVE UM CRIADOR?
˜ baleia nao precisariam de tantos flaps nem ˆ de outros dispositivos mecanicos para alterar o fluxo do ar. Tais asas seriam mais ˜ ´ seguras e de manutenc¸ ao mais facil. John ˆ Long, especialista em biomecanica, acredi´ ta ser “bem provavel” que um dia, em breve, ˜ “todos os avioes comerciais a jato tenham ˆ asas com saliencias parecidas com as das nadadeiras da baleia jubarte”.11
˜ Imita c ao das asas da gaivota ¸ ´
˜ ´ E claro que as asas dos avioes ja imitam o formato das asas de aves. No entanto, recentemente, engenheiros levaram essa imi˜ ´ tac¸ ao a novos nıveis. “Pesquisadores na ´ Universidade da Florida”, publicou a revis´ ´ ta New Scientist, “construıram um prototipo de aeronave comandada por controle remoto, que tem a capacidade de pairar, descer e subir rapidamente como uma gaivota”.12 ´ As gaivotas realizam suas notaveis acro´ bacias aereas flexionando as asas nas articu˜ lac¸ oes do cotovelo e do ombro. Copiando o
´ ´ projeto dessa asa flexıvel, “o prototipo de ´ aeronave, de 61 centımetros, usa um peque´ no motor para controlar uma serie de varas de metal que movem as asas”, diz a revista. Essas asas projetadas de modo inteligente permitem que a pequena aeronave paire e ´ mergulhe entre predios altos. Alguns milita˜ res estao ansiosos para desenvolver uma aeronave que tenha tal facilidade de manobra ´ para uso na procura de armas quımicas e ´ biologicas em grandes cidades. ˜ A gaivota nao fica gelada, nem mesmo ´ quando fica em pe no gelo. Como essa ave conserva o calor do corpo? Parte do segre´ do esta num fascinante detalhe de projeto ´ que existe em v´ arios animais que vivem em ˜ regioes frias. E chamado de “trocador de calor em contracorrente”. ´ O que e um “trocador de calor em contracorrente”? Para entender isso, imagine ´ dois canos de agua colocados bem rentes ´ um ao outro. Num deles corre agua quente ´ ´ e no outro agua fria. Se tanto a agua quente ´ como a fria fluırem pelos canos na mesma ˜ direc¸ ao, cerca de metade do
5 Fotosearch
˜ Imitac¸ ao da perna da gaivota
O calor se transfere, permanece no corpo O frio permanece ´ nos pes
˜ ´ Aviao: Kristen Bartlett/Universidade da Florida
´ ´ calor da agua quente sera transmitida para ´ ´ a fria. Mas, se a agua quente e a agua fria ´ ˜ fluırem em direc¸ oes opostas, quase todo o ´ ´ calor sera transferido da agua quente para a fria. ´ Quando a gaivota pisa com os pes no gelo, os trocadores de calor nas suas pernas aquecem o sangue quando ele retorna dos ´ pes gelados da ave. Os trocadores de calor conservam o calor no corpo da ave e impedem a perda de calor que seria provocada ´ pelos pes. Arthur P. Fraas, engenheiro meˆ ´ canico e aeronautico, chamou esse projeto de “um dos mais eficazes regenerativos ‘trocadores de calor’ do mundo”.13 Esse proje´ ˜ to e tao sofisticado que engenheiros humanos o copiam.
Um carro-conceito imita o surpreendente projeto ˆ aerodinamico e de estabilidade do peixe-cofre
´ O sonar dos golfinhos e ` ˜ superior a imitac¸ ao humana
˜ ´ A Administrac¸ ao Nacional de Aeronauti´ ca e Espaco ¸ (Nasa) esta desenvolvendo um ˆ ´ robo de multiplas pernas que anda como ˜ ˆ um escorpiao, e engenheiros na Finlandia ´ ja desenvolveram um trator de seis “pernas” ´ que pode transpor obstaculos como se fosse um inseto gigante. Outros pesquisadores projetaram tecido com pequenos flaps que imitam o modo como a pinha se abre e ´ Quem e o detentor de patentes da natureza?
` se fecha. Esse tecido se ajusta a temperatu´ ra do corpo do usuario. Um fabricante de ´ ´ ´ automoveis esta desenvolvendo um veıculo que imita o surpreendente projeto aerodiˆ namico do peixe-cofre. E outros pesquisa˜ dores estudam a capacidade de absorc¸ ao de impactos das conchas dos moluscos abalo˜ ` ne, com a intenc¸ ao de fabricar coletes a prova de bala mais resistentes. A natureza contribui com tantas boas ideias que os pesquisadores criaram um ´ banco de dados que ja catalogou milhares 14
A VIDA — TEVE UM CRIADOR?
´ de diferentes sistemas biologicos. Os cientistas podem pesquisar esse banco de dados ˜ para encontrar “soluc¸ oes naturais para seus problemas de projeto”, diz a revista The Economist. Os sistemas naturais mantidos ˜ nesse banco de dados sao conhecidos como ´ patentes biologicas. Em geral, o detentor de ´ uma patente e uma pessoa ou empresa que registra legalmente uma nova ideia ou uma ´ nova maquina. Sobre esse banco de dados ´ de patentes biologicas The Economist diz: ´ “Por chamarem de ‘patentes biologicas’ as ´ geniais ideias biomimeticas, os pesquisado˜ res estao na realidade dizendo que a nature´ ´ za e a legıtima detentora dessas patentes.”14 De onde a natureza tirou todas essas ideias brilhantes? Muitos pesquisadores atribuiriam os engenhosos projetos evi˜ dentes na natureza a milhoes de anos de evolutivo processo de tentativas de erro e ´ acerto. Outros pesquisadores, porem, che˜ garam a uma conclusao diferente. O micro´ biologo Michael J. Behe escreveu no jornal The New York Times de 7 de fevereiro de ˜ ˆ 2005: “A forte indicac¸ ao da existencia de ´ projeto [na natureza] permite um irrefutavel argumento simples: se algo parece um
Peixe-cofre e carro: Mercedes-Benz USA
´ Quem merece o credito?
Cientistas pesquisam a ˆ capacidade de resistencia a impactos dos moluscos abalone
Pata de geco: 5 Fotosearch; beija-flor: Laurie Excell/Fogstock/age fotostock
˜ pato, anda e grasna como pato, entao, salvo ´ esmagadora prova em contrario, temos ra˜ zoes para concluir que se trata de um pato.” ´ ˜ ˆ Qual e a opiniao dele? “A existencia de pro˜ ´ ´ jeto nao deve ser despercebida so porque e ˜ ´ 15 tao obvia.” Certamente, o engenheiro que desenha ˜ uma asa de aviao mais segura e eficiente ´ merece o credito pelo seu projeto. Da mesma forma, quem inventa um tecido mais ´ confortavel ou um carro mais eficiente me´ rece o credito pelo seu projeto. De fato, o fabricante que copia um projeto alheio ´ sem reconhecer ou dar credito ao projetista pode ser considerado criminoso. ˜ Entao considere estes fatos: pesquisadores altamente especializados copiam de modo rudimentar certos sistemas da natu´ reza para resolver difıceis problemas de engenharia. No entanto, alguns atribuem a genialidade de desenvolver a ideia original a ˜ ˜ uma evoluc¸ ao nao inteligente. Isso lhe pare´ ´ ce razoavel? Se a copia exige um projetista inteligente, que dizer do original? Quem ´ realmente merece mais credito, o mestre engenheiro ou o aprendiz que imita seus projetos?
A lagartixa consegue ` aderir as mais lisas ´ superfıcies usando forcas ¸ moleculares
˜ ´ Conclusao logica
ˆ Depois de examinar as evidencias de que existe projeto na natureza, muitas pessoas ´ concordam com o conceito do escritor bı´ blico Paulo, que disse: ‘As qualidades invisı˜ veis [de Deus] sao claramente vistas desde ˜ ˜ a criac¸ ao do mundo, porque sao percebidas por meio das coisas feitas, mesmo seu sempiterno poder e Divindade.’ — Romanos 1:19, 20.
Como responderia? ´ Parece-lhe logico crer ˆ que a esplendida engenharia evidente ´ na natureza e fruto do acaso? ` ˛ Como responderia a ˜ afirmac¸ ao de que a vida apenas parece ter sido projetada? ˛
QUEM PROJETOU PRIMEIRO?
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Foi projetado?
´ Se a copia exige um projetista, que dizer do original?
Fibras ˛
˛
´ ˜ Produto de fabricac¸ ao humana: Kevlar e ˜ uma resistente fibra de fabricac¸ ao humana ` usada em produtos como coletes a prova de bala. Fabricar o kevlar exige temperaturas altas e o uso de perigosos solventes. Produto natural: As aranhas orbitelas produzem sete tipos de seda. A mais resistente, conhecida como seda do fio estrutural, ´ ˜ e mais leve do que o algodao, mas proporcionalmente mais forte do que o aco ¸ e mais resistente do que o kevlar. Se fosse ampliada para ficar do tamanho de um campo de futebol americano, uma teia fei´ ta de seda de fio estrutural com 1 centıme´ tro de espessura e com 4 centımetros de espaco ¸ entre os fios poderia parar um Jumbo em pleno voo! As aranhas produzem a seda do fio estrutural em temperatura am´ biente, usando agua como solvente. ´ Vista microscopica da ˜ secrec¸ ao de seda de aranha Copyright Dennis Kunkel Microscopy, Inc.
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A VIDA — TEVE UM CRIADOR?
˜ Navegac¸ ao ˜
˜ Produto de fabricac¸ ao humana: Alguns avioes ˆ ´ comerciais tem sistemas de piloto automatico com˜ putadorizados que podem tanto guiar o aviao de um ´ paıs para outro como fazer a aterrissagem. O computa´ dor usado num sistema de piloto automatico experimen´ ˜ ´ tal e do tamanho de um cartao de credito. ´ ˛ Produto natural: Com um cerebro do tamanho da ponta ´ de uma caneta esferografica, a borboleta-monarca miˆ ´ ´ gra uns 3 mil quilometros do Canada ate um pequeno ´ trecho de floresta no Mexico. Essa borboleta se orienta pelo Sol na sua viagem e tem a capacidade de compen´ sar o movimento do Sol no ceu. ˛
Lentes
˜ Produto de fabricac¸ ao humana: Engenheiros desenvolveram um olho artificial composto que acomoda 8.500 lentes num espaco ¸ do tamanho de uma cabeca ¸ de alfinete. Tais lentes poderiam ser usadas em detecˆ tores de movimento de alta velocidade e em cameras multidirecionais ultrafinas. ´ ˛ Produto natural: Cada olho da libelula tem umas 30 mil lentes. Essas lentes produzem imagens que se combi˜ nam para criar um amplo campo de visao em mosaico. ´ ˜ Os olhos compostos da libelula sao detectores de moviˆ mento por excelencia. ˛
QUEM PROJETOU PRIMEIRO?
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˜ Evoluc¸ ao mitos e fatos
´ ˜ ´ ´ “Assim como o calor do Sol e um fato, a evoluc¸ ao tambem e um fato”, afirmou o proˆ fessor Richard Dawkins, destacado cientista evolucionista.16 Naturalmente, experien˜ ´ ´ ˆ cias e observac¸ oes diretas provam que o Sol e quente. Mas sera que experiencias e ˜ ˜ ˜ ´ observac¸ oes diretas dao ao ensino da evoluc¸ ao o mesmo apoio inquestionavel?
Charles Darwin e seu livro Origem ´ das Especies
nas mais curtas ou pelo mais longo que seus antepassados.1 Alguns cientistas chamam ˜ essas leves mudancas ¸ de “microevoluc¸ ao”. No entanto, os evolucionistas ensinam que essas pequenas mudancas ¸ lentamente ˜ se acumularam no decorrer de bilhoes de anos e produziram as grandes mudancas ¸ ne-´ ´ cessarias para transformar peixes em anfıbios, e criaturas simiescas em seres huma˜ nos. Essas supostas grandes mudancas ¸ sao ˜ definidas como “macroevoluc¸ ao”. Charles Darwin, por exemplo, ensinou ˜ 1 As mudancas ¸ que os criadores de caes conseguem ´ produzir muitas vezes resultam deˆ falha genetica. Por exemplo, a baixa estatura do basse deve-se a uma falha no desenvolvimento normal da cartilagem, causando nanismo.
Darwin: do livro Origin of Species, 1902; livro: AbeBooks.com
Antes de respondermos a essa pergunta, ´ ha algo que precisa ser esclarecido. Muitos cientistas notaram que, com o tempo, os descendentes de seres vivos podem sofrer leves mudancas. ¸ ˜ Por exemplo, os humanos podem cruzar caes de modo seletivo para que mais tarde os descendentes tenham per-
que as pequenas mudancas ¸ que podemos observar significam que mudan cas ¸ bem ´ ˜ maiores — nunca observadas — tambem sao ´ 17 possıveis. Ele achava que com o passar ´ de longos perıodos, algumas formas de vida ´ originais, chamadas de vida simples, evoluı˜ ram — por meio de “modificac¸ oes extrema˜ mente leves” — para os milhoes de diferen18 tes formas de vida na Terra. ´ ˜ Muitos acham razoavel essa afirmac¸ ao. Eles se perguntam: ‘Se pequenas mudan´ cas ¸ podem ocorrer dentro de uma especie, ˜ ˜ por que a evoluc¸ ao nao produziria grandes ˜ modificac¸ oes com o passar de longos pe´ ´ rıodos?’1 Na realidade, porem, o ensino da ˜ ˆ evoluc¸ ao se baseia em tres mitos. Considere o seguinte. ˜ Mito 1. As mutac¸ oes suprem a ma´ ´ teria-prima necessaria para se criar no´ vas especies. O ensino da macroevo-
˜ ˜ luc¸ ao baseia-se na suposic¸ ao de que as ˜ ´ ´ mutac¸ oes — mudancas ¸ aleatorias no codi´ go genetico de plantas e animais — po˜ ´ dem produzir nao apenas novas especies, ´ ´ mas tambem famılias inteiramente novas de plantas e animais.19 ´ Os fatos. Muitas caracterısticas de uma
˜ planta ou de um animal sao determinadas ˜ ´ pelas instruc¸ oes contidas em seu codigo ge´ ´ netico, o projeto, ou planta, presente no nu´ cleo de cada celula.2 Os pesquisadores des˜ cobriram que as mutac¸ oes podem produzir ˜ alterac¸ oes nos descendentes das plantas e ´ ˜ dos animais. Mas sera que as mutac¸ oes po´ dem realmente produzir especies inteira´ mente novas? O que um seculo de estudo no ´ campo da pesquisa genetica revelou? Em fins dos anos 30, os cientistas ado-
taram entusiasticamente um novo concei´ ˜ to. Eles ja achavam que a selec¸ ao natural — o processo pelo qual o organismo mais bem adaptado ao ambiente teria mais chance de sobreviver e procriar — poderia pro´ duzir novas especies de plantas por meio ˜ ´ de mutac¸ oes aleatorias. Assim, eles agora presumiam que a escolha artificial de mu˜ tac¸ oes, ou seja, a escolha manipulada pelo homem, deveria ser capaz de fazer o mesˆ mo com mais eficiencia. “Espalhou-se a eu´ foria entre os biologos em geral e em especial entre os geneticistas e criadores de plantas e animais”, disse Wolf-Ekkehard ¨ Lonnig, cientista do Instituto Max Planck ´ de Melhoramento Genetico em Plantas, ¨ na Alemanha.1 Por que a euforia? Lonnig, ´ que ja passou cerca de 30 anos estudando ¨ 1 Lonnig acredita que a vida teve um ´ ˜ ˜ Criador. Os seus coment ˜ arios nesta publicac¸ ao ˜ sao de sua autoria, mas nao representam a opini ´ ao do Instituto Max Planck de Melhoramento Genetico em Plantas.
Moscas-das-frutas, embora malformadas, ˜ ainda sao moscas-das-frutas ˜ As mutac¸ oes podem produzir mudancas ¸ em plantas — como essa mutante de flores grandes — mas apenas dentro de certo limite
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´ 1ˆ Apesar de a palavra “especie” ser usada com fre˜ quencia nesta sec¸ ao, deve-se notar que´ esse mesmo ´ ˆ termo, no livro bıblico de Genesis, e muito mais abrangente. Muitas˜ vezes, o que os cientistas ´ decidem chamar de evoluc¸ ao para ˜uma nova especie´ trata-se, na verdade, de uma ˆ variac¸ ao dentro da “especie” referida no relato de Genesis. ´ 2 Pesquisas mostram que o citoplasma´ da celula, suas membranas e outras estruturas tamb em desempe˜ nham um papel na modelac¸ ao de um organismo.
˜ EVOLUC¸ AO — MITOS E FATOS
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´ ˜ a genetica das mutac¸ oes em plantas, disse: “Esses pesquisadores pensavam que o tem´ po de revolucionar o metodo tradicional de ˜ criac¸ ao de plantas e de animais havia chegado. Achavam que, por induzir e selecionar ˜ ´ as mutac¸ oes favoraveis, poderiam produzir plantas e animais novos e melhores.”20 De ´ fato, alguns esperavam produzir especies inteiramente novas. ´ Cientistas nos Estados Unidos, Asia e Europa lancaram programas de pesquisa soli¸ ´ damente financiados que usavam metodos ˜ que prometiam acelerar a evoluc¸ ao. Depois de mais de 40 anos de intensas pesquisas, quais foram os resultados? “Apesar do enorme gasto financeiro”, diz o pesquisador Peter von Sengbusch, “a tentativa de desenvolver variedades cada vez mais produtivas por ˜ ˜ meio de irradiac¸ ao [para causar mutac¸ oes] ¨ mostrou ser um fiasco total”.21 E Lonnig disse: “Nos anos 80, a esperanca ¸ e a euforia entre os cientistas acabou num fracas´ so global. O melhoramento genetico como ´ campo especıfico de pesquisa foi desconti´ nuado nos paıses ocidentais. Quase todos os mutantes . . . morriam ou eram mais fracos ´ que os especimes naturais.”1 ´ Mesmo assim, os dados agora disponıveis depois de uns cem anos de pesquisa de mu˜ tac¸ oes em geral, e de 70 anos de melho´ ramento genetico em especial, possibilitam ˜ que os cientistas tirem conclusoes sobre a ˜ capacidade das mutac¸ oes de produzir novas ´ ´ ¨ especies. Apos examinar as provas, Lonnig ˜ ˜ concluiu: “As mutac¸ oes nao podem trans´ formar uma especie original [de planta ou animal] em outra totalmente nova. Essa ˜ ´ conclusao esta de acordo com o conjunto ˆ de todas as experiencias e resultados sobre ˜ 1´ Os experimentos com mutac¸ oes revelaram vez ´ ´ apos vez que o numero de novos mutantes diminuıa constantemente, ao passo que os´ mesmos tipos de mutantes continuavam a surgir. Alem disso, menos de 1% ˜ das mutac¸ oes em plantas foi selecionado para pesquisa adicional, e menos de 1% desse grupo foi conside-´ ´ rado proprio para uso comercial. Mas nenhuma especie inteiramente nova foi criada.´ Os resultados das tentativas de melhoramento genetico em animais foram ainda piores que os realizados em plantas, e o procedimento foi descontinuado por completo.
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A VIDA — TEVE UM CRIADOR?
˜ ´ ´ mutac¸ ao realizados no seculo 20 e tambem com as leis da probabilidade.” ˜ Portanto, podem as mutac¸ oes fazer com ´ ´ que uma especie evolua para uma especie ˜ de criatura inteiramente nova? Nao, segunˆ ¨ do as evidencias. As pesquisas de Lonnig le´ varam-no a concluir “que especies geneticaˆ mente bem definidas tem limites reais que ˜ nao podem ser anulados ou ultrapassados ˜ por mutac¸ oes acidentais”.22 ˜ Pense nas implicac¸ oes dos fatos mencionados acima. Se cientistas altamente qua˜ lificados nao conseguem produzir novas ´ especies por induzir e escolher de modo ar˜ ´ ´ tificial as mutac¸ oes favoraveis, seria provaˆ vel que um processo sem inteligencia fizesse um trabalho melhor? Se a pesquisa mostra ˜ ˜ que as mutac¸ oes nao podem transformar ´ uma especie original em outra totalmente ˜ ´ nova, entao exatamente como e que a ma˜ croevoluc¸ ao teria ocorrido? ˜ ` Mito 2. A selec¸ ao natural levou a cria˜ ´ c¸ ao de novas especies. Darwin acredi-
tava que aquilo que ele chamou de sele˜ c¸ ao natural favoreceria as formas de vida mais bem adaptadas ao ambiente, enquanto as formas de vida menos adaptadas acabariam se extinguindo. Os evolucionistas modernos ensinam que, ao ´ passo que as especies se espalharam e se ˜ isolaram, a selec¸ ao natural escolheu as ´ ˜ ´ especies cujas mutac¸ oes geneticas as tornaram mais adaptadas ao novo ambiente. Eles especulam que, em resultado disso, ´ esses grupos isolados por fim evoluıram ´ para especies totalmente novas. ´ Os fatos. Como ja mencionado, as eviˆ ´ dencias obtidas pelas pesquisas cientıficas ˜ ˜ indicam fortemente que mutac¸ oes nao po´ dem produzir especies de animais ou plantas inteiramente novas. Mesmo assim, que provas os evolucionistas apresentam para ˜ ˜ apoiar sua afirmac¸ ao de que a selec¸ ao na˜ ´ tural escolhe as mutac¸ oes mais favoraveis ´ para produzir novas especies? Uma brochura publicada em 1999 pela Academia Na-
˜ Quando muito, os tentilhoes de Darwin mostram que uma ´ ` especie pode adaptar-se as ´ mudancas ¸ climaticas
longos dominavam num ano, mas depois quem dominava eram os de bicos menores. ´ Perceberam tambem que algumas das su´ ˜ postas especies de tentilhoes se cruzavam e ˆ produziam descendencia que sobrevivia me´ lhor que seus pais. Eles concluıram que, se esse cruzamento continuasse, poderia resul˜ ´ ´ tar na fusao de duas “especies” numa so.25 ´ ˜ Portanto, sera que a selec¸ ao natural real´ mente criou esp ecies inteiramente no´ ´ ´ vas? Decadas atras, o biologo evolucionista George Christopher Williams comecou ¸ ˜ a questionar se a selec¸ ao natural tinha tal ´ capacidade.26 Em 1999, o teorico evolucionista Jeffrey H. Schwartz escreveu que a se˜ ´ lec¸ ao natural pode ajudar as especies a se ` ˆ ´ adaptarem as exigencias variaveis da exisˆ ˜ tencia, mas nao cria nada novo.27 ˜ ˜ De fato, os tentilhoes de Darwin nao es˜ tao se transformando em algo “novo”. Ain˜ ˜ da sao tentilhoes. E o cruzamento entre eles ´ ´ lanca ¸ duvidas sobre os metodos usados por alguns evolucionistas para definir uma es´ ´ ˜ pecie. Alem disso, as informac¸ oes sobre es´ sas aves revelam que ate mesmo academias ´ ´ ˜ ˜ cientıficas de prestıgio nao estao imunes a apresentar provas de maneira tendenciosa. ˜ EVOLUC¸ AO — MITOS E FATOS
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Desenhos de bicos: do livro Journal of Researches, de Charles Darwin (1873); imagem: cortesia da Biodiversity Heritage Library
ˆ cional de Ciencias (NAS), nos Estados Uni` ´ ˜ dos, refere-se as “13 especies de tentilhoes ´ estudadas por Darwin nas ilhas Galapagos, ˜ agora conhecidos como os tentilhoes de 23 Darwin”. Nos anos 70, um grupo de pesquisa liderado por Peter e Rosemary Grant, da Universidade de Princeton, comecou ¸ a estudar ˜ esses tentilhoes e descobriu que, depois de ˜ um ano de seca nas ilhas, os tentilhoes que tinham o bico ligeiramente maior sobreviviam com mais facilidade que os de bico menor. Visto que observar o tamanho e o ´ formato do bico e uma das maneiras prin´ cipais de classificar as 13 especies de ten˜ tilhoes, essas descobertas foram encaradas como significativas. A brochura NAS continua: “O casal Grant calculou que, se houvesse uma seca a cada dez anos nas ilhas, ´ ˜ uma nova especie de tentilhao poderia surgir em apenas uns 200 anos.”24 No entanto, a brochura da NAS deixou de mencionar que nos anos que se seguiram ` ˜ a seca os tentilhoes com bicos menores vol˜ taram a dominar a populac¸ ao. Os pesquisadores descobriram que, conforme mudava ˜ o clima na ilha, os tentilhoes de bicos mais
´ Mito 3. O registro fossil prova mudan´ ´ cas macroevolucionarias. A ja mencio¸ nada brochura da NAS passa para o leitor ˜ ´ a impressao de que os fosseis encontra˜ dos pelos cientistas sao provas mais do que ˜ suficientes da macroevoluc¸ ao. Ela diz: “Fo´ ram descobertas tantas formas intermedia´ ´ rias entre peixes e anfıbios, entre anfıbios e ´ ´ ´ repteis, entre repteis e mamıferos e nas linhagens dos primatas, que muitas vezes ´ se torna difıcil identificar categoricamente ˜ ´ quando ocorre a transic¸ ao entre uma especie e outra.”28 ˜ Os fatos. Essa declarac¸ ao confiante feita ´ na brochura da NAS e muito surpreendenˆ te. Por que? Niles Eldredge, um evolucio´ ˜ nista ferrenho, diz que o registro fossil nao ´ mostra que houve um gradativo acumulo de
´ De acordo com o registro fossil, todos os principais grupos de animais surgiram de repente e permaneceram praticamente inalterados
´ ´ 1 Ate mesmo os poucos exemplos do registro fossil ao qual os pesquisadores apontam como prova da evo˜ ˜ ´ luc¸ ao estao abertos ao debate. Veja as paginas 22 a 29 da brochura A Origem da Vida — Cinco Perguntas Que Merecem Resposta, publicada pelas Testemunhas de ´ Jeova.
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A VIDA — TEVE UM CRIADOR?
Por que muitos evolucionistas de desta˜ ´ que insistem que a macroevolu c¸ ao e um fato? Richard Lewontin, um influente evolucionista, escreveu candidamente que muitos ˜ cientistas estao dispostos a aceitar afirma˜ ´ ˜ c¸ oes cientıficas nao comprovadas “porque ´ ja [assumiram] outro compromisso, um compromisso com o materialismo”.1 Mui´ tos cientistas se recusam ate mesmo a considerar a possibilidade de que exista um Projetista inteligente porque, como escre˜ ve Lewontin, “nao podemos permitir que a ˆ ` ciencia abra a porta a ideia de um Deus”.30 ´ Nesse respeito, o sociologo Rodney Stark ´ e citado na revista Scientific American como ´ tendo dito: “Ha 200 anos se propaga a ideia ˆ de que, se voce quer ser um cientista, tem ˜ de manter a mente livre dos grilhoes da reli˜ giao.” Ele disse ainda que nas universidades em que se faz pesquisa “os religiosos ficam de boca fechada”.31 ˜ Para aceitar o ensino da macroevoluc¸ ao ˆ como verdade, voce tem de acreditar que os ´ ˜ cientistas agnosticos ou ateus nao se deixam influenciar por suas crencas ¸ pessoais ao in´ terpretar as descobertas cientıficas. Tem ˜ ˜ de acreditar que as mutac¸ oes e a selec¸ ao natural produziram todas as complexas for´ mas de vida, mesmo que um seculo de pes˜ ˜ quisas tenha mostrado que as mutac¸ oes nao ´ ´ transformaram nem uma unica especie bem definida em algo inteiramente novo. Tem ´ de acreditar que todas as criaturas evoluıram de forma gradual de um ancestral co´ mum, apesar de o registro fossil indicar de ´ modo eloquente que as principais especies de plantas e de animais surgiram de repen˜ ´ te e nao evoluıram para outras, mesmo ao ´ longo de incontaveis eras. Esse tipo de crenca ¸ parece basear-se em fatos ou em mitos? ˜ ´ Realmente, crer na evoluc¸ ao e um “ato de ´ fe”. ` 1 “Materialismo”, nesse sentido, refere-se a teoria` de que tudo no Universo, incluindo toda vida, veio a ˆ ˜ existencia sem nenhuma intervenc¸ ao sobrenatural.
˜ 5 Juan Carlos Mu noz/age fotostock, e cortesia do Royal Tyrrell Museum of Palaeontology
´ mudancas, mas sim que, por longos perıo¸ dos, “pouca ou nenhuma mudanca ¸ evolu´ ´ cionaria se acumulou na maioria das espe29 cies”.1 ´ ´ Ate hoje, cientistas do mundo inteiro ja desenterraram e catalogaram uns 200 mi˜ ´ ˜ lhoes de fosseis grandes e bilhoes de micro´ fosseis. Muitos pesquisadores concordam que esse vasto e detalhado registro mostra que todos os principais grupos de animais surgiram de repente e permaneceram ´ praticamente inalterados, com muitas espe˜ cies desaparecendo de modo tao repentino quanto surgiram.
˜ ´ Crer na evolu c¸ ao e um ´ “ato de fe”
Como responderia? ˛
Como responderia ` ˜ a afirmac¸ ao de que as provas da chamada ˜ microevoluc¸ ao confirmam ˜ que a macroevoluc¸ ao forcosamente ocorreu? ¸ ´ ˛ Por que e significativo que o ´ registro fossil mostra que a ´ maioria das especies mudou muito pouco no decurso de ´ longos perıodos?
ˆ A ciencia e oˆ relato de Genesis ˆ ´ ˜ Muitos afirmam que a ciencia desmente o relato bıblico da criac¸ ao. Mas a ver˜ ˜ ´ ˆ ´ ˆ dadeira contradic¸ ao nao esta entre a ciencia e a Bıblia, mas sim entre a ciencia e a ˜ ˜ opiniao de cristaos fundamentalistas. Alguns desses grupos declaram erroneamen´ ˜ ´ te que, segundo a Bıblia, toda a criac¸ ao fısica foi produzida em seis dias de 24 ho´ ras, cerca de 10 mil anos atras. ´ ´ ˜ ˜ A Bıblia, porem, nao apoia essa conclusao. Se ela o fizesse, muitas descobertas ´ ´ ´ cientıficas feitas durante os ultimos cem anos realmente desacreditariam a Bıblia. ´ ˜ ´ Um estudo cuidadoso do texto bıblico revela que nao ha conflito com os fatos cien´ ´ tıficos comprovados. Por esse motivo, as Testemunhas de Jeova discordam dos ˜ cristaos fundamentalistas e de muitos criacionistas. O que se segue mostra o que ´ a Bıblia realmente ensina.
´ Quando foi o “princıpio”?
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A VIDA — TEVE UM CRIADOR?
˜ Qual foi a durac¸ ao dos dias criativos?
˜ Que dizer da durac¸ ao dos dias criati´ vos? Sera que tinham literalmente 24 horas? Alguns afirmam que, pelo fato de ´ ˆ Moises (o escritor de Genesis) mais tar´ de ter se referido ao dia apos os seis dias ´ criativos como modelo para o sabado (dia de descanso) semanal, cada um dos dias criativos deve ˆ ter durado literalmen´ te 24 horas. (Exodo 20:11) Sera que a ˆ fraseologia de Genesis apoia essa conclu˜ sao? ˜ ´ Nao. O fato e que a palavra hebrai´ ca traduzida “dia” pode significar varios
Nebulosa: IAC/RGO/David Malin Images
ˆ O relato de Genesis comeca com esta ˜¸ simples e poderosa declarac¸ ao: “No prin´ ´ ˆ cıpio Deus criou os ceus e a terra.” (Ge´ nesis 1:1) Muitos eruditos bıblicos con˜ cordam que essa declarac¸ ao se refere a ˜ ` uma ac¸ ao a parte dos dias criativos, que ˜ ´ sao relatados a partir do versıculo 3. As ˜ ˜ implica c¸ oes disso s ao profundas. De ´ acordo com as palavras iniciais da Bıblia, o Universo, incluindo nosso planeta Ter´ ra, ja existia por um tempo indetermina´ do antes do inıcio dos dias criativos. ´ ´ Os geologos estimam que a Terra ja ´ ˜ ˆ existe ha 4 bilhoes de anos, e os astronomos calculam que o Universo pode ter ´ ˜ ´ ate 15 bilhoes de anos. Sera que esses ´ ´ calculos — ou possıveis ajustes futuros ˆ ˜ a eles — contradizem Genesis 1:1? Nao.
´ ˜ A Bıblia nao especifica a idade exata ‘dos ´ ˆ ˜ ceus e da Terra’. A ciencia nao contradiz ´ o texto bıblico.
ˆ ˜ Genesis nao ensina que a Terra e o Universo foram criados em seis dias de 24 horas apenas alguns ´ milhares de anos atras
Eventos iniciados no decorrer de um “dia” continuaram no “dia” ou “dias” seguintes
´ ˜ perıodos, nao apenas um de 24 horas. Por exemplo, quando resumiu a obra ´ criativa de Deus, Moises referiu-se a todos os seis dias criativos como apenas ˆ ´ um dia. (Genesis 2:4) Alem disso, no primeiro dia criativo, “Deus comecou ¸ ˜a chamar a luz de Dia, mas a escuridao ˆ chamou de Noite”. (Genesis 1:5) Aqui, ´ apenas uma parte do perıodo de 24 horas ´ e definida pelo termo “dia”. Com certeza ˜ ´ nao ha base nas Escrituras para declarar arbitrariamente que cada dia criativo foi de 24 horas. ˜ ˜ Entao, qual foi a durac¸ ao dos dias cria´ ˜ tivos? A Bıblia nao diz; no entanto, a ˆ ´ fraseologia de Genesis, capıtulos 1 e 2, indica que estavam envolvidos longos pe´ rıodos.
´ Seis perıodos criativos
´ Moises escreveu seu relato em hebrai´ co e fez isso da perspectiva de alguem na Terra. Esses dois fatores, mais o co´ nhecimento de que o Universo ja existia ´ antes do comeco ¸ dos perıodos (ou dias) criativos, ajudam a eliminar grande parte ´ ˜ da controversia sobre o relato da criac¸ ao. Como assim? 26
A VIDA — TEVE UM CRIADOR?
ˆ Um exame do relato de Genesis revela que os eventos iniciados no decorrer de um “dia” continuaram no dia ou dias seguintes. Por exemplo, antes de comecar o ´ ¸ primeiro “dia” criativo, a luz do ja existente Sol estava, de alguma forma, im´ pedida de alcancar ¸ a superfıcie da Ter-´ ra, possivelmente por nuvens densas. (Jo 38:9) Durante o primeiro “dia”, essa barreira comecou a dissipar-se, permitindo ¸ que a luz difusa penetrasse na atmosfera.1 No segundo “dia” pelo visto a atmosfera continuou a clarear, criando um espa´ co ¸ entre as nuvens espessas no ceu e o oceano abaixo. No quarto “dia”, a atmos´ fera ja havia gradualmente clareado o suficiente para que o Sol e a Lua ficassem ´ ˜ ´ ˆ visıveis “na expansao dos ceus”. (Genesis 1:14-16) Em outras palavras, do ponto de vista de uma pessoa na Terra, o Sol ´ e a Lua comecaram a ficar visıveis. Esses ¸ eventos ocorreram de forma gradual. ˆ ´ O relato de Genesis diz tambem que, ˜ 1 Na descric¸ ao dos acontecimentos ´do primeiro “dia”, a palavra hebraica usada para luz e ‘ohr, luz no sentido geral;´ mas ´com respeito ao quarto “dia”, a pa` lavra usada e ma·’ohr, que se refere a fonte de luz.
ao passo que a atmosfera continuava a clarear, criaturas voadoras — incluindo insetos e criaturas com membranas alares — comecaram a aparecer no quinto ¸ “dia”. ´ A narrativa da Bıblia deixa margem para a possibilidade de que alguns dos acontecimentos maiores durante cada ´ dia, ou perıodo criativo, ocorreram aos poucos, em vez de instantaneamente, e ´ alguns deles podem ter se estendido ate os dias criativos seguintes.1
´ Segundo as suas especies
´ Sera que o fato de as plantas e os animais terem surgido progressivamente in˜ dica que Deus usou a evoluc¸ ao para produzir a vasta diversidade de seres vivos? ˜ Nao. O registro diz de maneira clara ´ ´ que Deus criou todas as “especies” baˆ sicas da vida vegetal e animal. (Gene´ ´ sis 1:11, 12, 20-25) Sera que essas “especies” originais de plantas e animais foram 1 Por exemplo, durante o sexto dia criativo, Deus decretou que os humanos ‘se tornassem muitos, e enˆ chessem a Terra’. (Genesis 1:28, 31) No entanto, esse ˆ evento comecou a ocorrer no “dia” seguinte. — Gene¸ sis 2:2.
programadas com a capaci` dade de se ajustar as mudancas ¸ ambientais? O´ que define´ os limites da “especie”? A Bı˜ blia nao diz. No entanto, ela diz que as criaturas viventes foram produzidas “em enxames segundo ´ ˆ as suas especies”. (Genesis 1:21) Essa de˜ ´ clarac¸ ao sugere que ha um limite na va˜ riac¸ ao que pode ocorrer dentro de uma ´ ´ “especie”. O registro fossil e a pesquisa moderna apoiam a ideia de que as categorias fundamentais de plantas e animais mudaram pouco no decorrer de longos ´ perıodos.
Como responderia? ˜ ´ Quais sao alguns dos equıvocos comuns a ´ ˜ respeito do relato bıblico da criac¸ ao? ´ ´ ´ ˆ ˛ Por que e notavel que a Bıblia e a ciencia concordem em muitos pontos? ˛
´ Ao contrario do que afirmam ˆ alguns ˜ religiosos fundamentalistas, Genesis nao ensina que o Universo, incluindo a Terra e todos os seres que ´ vivem nela, foi criado num curto perıodo num passado relativamente recente. Em vez disso, as˜ ˆ pectos da descric¸ ao de Genesis sobre a ˜ criac¸ ao do Universo e do aparecimento da vida na Terra harmonizam-se com des´ cobertas cientıficas recentes. ´ Por causa de suas crencas ¸ filosoficas, ˜ muitos cientistas rejeitam a declarac¸ ao ´ da Bıblia de que Deus criou todas as coi´ ´ sas. E interessante, por ´ ˆ em, que no ´ antigo livro bıblico de Genesis Moises tenha ´ escrito que o Universo teve um inıcio e ´ que a vida apareceu em est´ agios, progres´ sivamente, ao longo de varios perıodos. ´ ´ Como Moises podia, 3.500 anos atras, ˜ ´ ter acesso a essas informac¸ oes cientıfi˜ ´ ˜ ´ cas tao exatas? Ha uma explicac¸ ao logica. Aquele que teve o poder e a sabedoria ´ para criar os ceus e a Terra podia com ´ certeza dar a Moises esse conhecimen˜ ´ ` to˜ tao avan Isso da´ peso a afirma¸ ´ cado. c¸ ao da Bıblia de que ela e “inspirada por ´ Deus”.1 — 2 Timoteo 3:16. ˆ Voce talvez se pergunte se realmente ´ ˜ importa crer no relato bıblico da criac¸ ao. ˜ Considere algumas fortes razoes para que a resposta seja “sim”. ˜ 1 Para mais´ informac¸ oes´ sobre esse assunto, veja a brochura A Bıblia — Qual E a sua ´ Mensagem?, publicada pelas Testemunhas de Jeova.
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A VIDA — TEVE UM CRIADOR?
Pinguins: cortesia de John R. Peiniger
As pesquisas modernas confirmam que todas as coisas vivas se reproduzem “segundo as suas ´ especies”
Importa ˆ ˆ em que voce cre? Acha que a vida tem objetivo? O evolucionista William B. Provine diz: “O que aprendemos sobre o processo evolu˜ ´ tivo tem enormes implicac¸ oes para nos, afetando nosso ˜ ˜ conceito sobre o sentido da vida.” Sua conclusao? “Nao ˆ vejo nenhum motivo real para a existencia do cosmos ou da vida humana.”32
& Faunia, Madri
Pense no significado dessas palavras. ˜ Se a vida nao tivesse um sentido real, ˆ ˜ ˜ voce nao teria objetivo na vida a nao ser tentar fazer algum bem e talvez passar ´ ´ suas caracterısticas geneticas para a gera˜ ˆ c¸ ao seguinte. Ao morrer, voce deixaria de ´ existir para sempre. Seu cerebro, com sua capacidade de pensar, arrazoar e meditar sobre o sentido da vida seria apenas uma casualidade da natureza. ˜ ´ Mas isso nao e tudo. Muitos que creem ˜ ˜ na evoluc¸ ao afirmam que Deus nao exis˜ ´ te, ou que ele nao intervira nos assuntos humanos. Em ambos os casos, nos´ ´ so futuro dependeria de lıderes polıticos, ˆ academicos e religiosos. Com base nos antecedentes desses homens, o caos, os ˜ conflitos e a corrupc¸ ao que atormentam a sociedade humana continuariam. Se ˜ a evoluc¸ ao fosse um fato, haveria muitos motivos para se viver de acordo com o lema fatalista: “Comamos e bebamos, ˜ ´ pois amanha morreremos.” — 1 Corıntios 15:32. ´ Em contraste com isso, a Bıblia ensi´ na: “[Com Deus] esta a fonte da vida.” ˆ (Salmo 36:9) Essas palavras tem profun˜ das implicac¸ oes.
´ ´ Se o que a Bıblia diz e verdade, a vida tem realmente sentido. Nosso Criador ´ tem um proposito amoroso que benefi´ ciara a todos os que escolherem viver de acordo com a Sua vontade. (Eclesiastes ´ 12:13) Esse proposito inclui a promessa de uma vida sem caos, conflitos e cor˜ ´ rupc¸ ao — ate mesmo sem morte. — Salmo ´ 37:10, 11; Isaıas 25:6-8. ˜ Com bons motivos, milhoes de pessoas ao redor do mundo creem que nada ´ ` da mais sentido a vida do que aprender ˆ ˜ sobre Deus e odedece-lo. (Joao 17:3) Tal ˜ ´ ˜ ˆ crenca ¸ ˜ nao e uma doce ilusao. As evidencias sao claras — a vida teve um Criador.
Como responderia?
ˆ ´ Em que voce esta inclinado a crer — que somos fruto ˜ de uma evoluc¸ ao ou que fomos criados? Por que responde assim? ˜ ˛ Quais sao alguns bons motivos para examinar a base de suas crencas? ¸ ˛
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Bibliografia O planeta vivo ˜ 1. Scientific American, edic¸ ao especial de 2008 intitulada “Majestic Universe”, p. 11. 2. Perfect Planet, Clever Species—How Unique Are We?, de William C. Burger, 2003, pp. 24, 34. 3. Rare Earth—Why Complex Life Is Uncommon in the Universe, de Peter D. Ward e Donald Brownlee, 2000, p. 224. 4. The Sacred Balance—Rediscovering Our Place in Nature, de David Suzuki, 2007, p. 102. 5. God and the New Cosmology—The Anthropic Design Argument, de M. A. Corey, 1993, pp. 144-145. Quadro: Fervilhando de vida 6. Wildlife in a Changing World—An Analysis of the 2008 IUCN Red List of Threatened Species, edita´ do por Jean-Christophe Vie, Craig Hilton-Taylor e Simon N. Stuart, 2009, p. 6. 7. Journal of Industrial Microbiology, “Total Bacterial Diversity in Soil and Sediment Communities—A Review”, de V. Torsvik, R. Sørheim e J. Goksøyr, Volume 17, 1996, pp. 170178. 8. Science, “Environmental Genomics Reveals a SingleSpecies Ecosystem Deep Within Earth”, de Dylan Chivian, et al, Volume 322, 10 de outubro de 2008, pp. 275-278. 5 David Hawks
9. Scientific American, “Microbe Census Reveals Air Crawling With Bacteria”, de David Biello, http://www.scientificamerican.com/ article.cfm?id6microbe-census-reveals-ai. Quem projetou primeiro? 10. Natural History, “As the Whale Turns”, de Adam Summers, junho de 2004, pp. 24-25. 11. Science, Random Samples, “Flippered Flight”, 21 de maio de 2004, p. 1106. 12. New Scientist, tecnologia, “Is It a Bird, Is It a Plane . . . ”, 3 de setembro de 2005, p. 21. ˜ 13. Heat Exchanger Design, segunda edic¸ ao, de Arthur P. Fraas, 1989, p. 2. 30
A VIDA — TEVE UM CRIADOR?
´ 14. The Economist Technology Quarterly, materia “Technology That Imitates Nature”, 11 de junho de 2005, pp. 18-22. 15. The New York Times, “Design for Living”, de Michael J. Behe, 7 de fevereiro de 2005, p. A21. ˜ Evoluc¸ ao — mitos e fatos 16. Natural History, “Darwin & Evolution—The Illusion of Design”, de Richard Dawkins, novembro de 2005, p. 37. 17. Origin of Species, de Charles Darwin, primei˜ ˜ ra edic¸ ao, 1859, sexta edic¸ ao, 1872, pp. 285-286. 18. Charles Darwin—The Origin of Species, intro˜ ˜ duc¸ ao de Sir Julian Huxley, 1958 para Introduc¸ ao, First Signet Classic Printing, setembro de 2003, p. 458. 19. Nobel Lectures, Physiology or Medicine 1942-1962, 1999, “The Production of Mutations”, de H. J. Muller, 1946, p. 162. 20. Mutation Breeding, Evolution, and the Law of ¨ Recurrent Variation, de Wolf-Ekkehard Lonnig, “Expectations in Mutation Breeding”, 2005, ¨ p. 48, e entrevista com Wolf-Ekkehard Lonnig. 21. Mutation Breeding, Evolution, and the Law of Recurrent Variation, pp. 48-51. 22. Mutation Breeding, Evolution, and the Law of Recurrent Variation, pp. 49, 50, 52, 54, 59, 64, e ¨ entrevista com Wolf-Ekkehard Lonnig. 23. Science and Creationism—A View From the National Academy of Sciences, “Evidence Supporting Biological Evolution”, 1999, p. 10. 24. Science and Creationism—A View From the National Academy of Sciences, “Evidence Supporting Biological Evolution”, p. 11. 25. Scientific American, “Natural Selection and Darwin’s Finches”, de Peter R. Grant, outubro de 1991, p. 87; Nature, “Oscillating Selection on Darwin’s Finches”, de H. Lisle Gibbs e Peter R. Grant, 11 de junho de 1987, p. 511; Science, “Hybridization of Bird Species”, de Peter R. Grant e B. Rosemary Grant, 10 de abril de 1992, pp. 193-197. 26. Adaption and Natural Selection, de George C. Williams, 1966, p. 54. 27. Sudden Origins—Fossils, Genes, and the Emergence of Species, de Jeffrey H. Schwartz, 1999, pp. 317-320.
29. The Triumph of Evolution and the Failure of Creationism, de Niles Eldredge, 2000, pp. 49, 85. 30. The New York Review of Books, “Billions and Billions of Demons”, de Richard C. Lewontin, 9 de janeiro de 1997, pp. 28-32. 31. Scientific American, “Scientists and Religion in America”, de Edward J. Larson e Larry Witham, setembro de 1999, p. 91. ˆ ˆ Importa em que voce cre? 32. Science, Technology, and Social Progress, editado por Steven L. Goldman, “Evolution and the Foundation of Ethics”, de William B. Provine, 1989, pp. 253, 266.
´ A Bıblia QUAL
´ E
A
SUA
MENSAGEM?
Nasa, ESA, e Hubble Heritage (STScl/AURA) -ESA/Hubble Collaboration
28. Science and Creationism—A View From the National Academy of Sciences, segunda ˜ edic¸ ao, “Evidence Supporting Biological Evolution”, p. 14.
´ ´ ´ ´ A Bıblia e o livro mais amplamente ´ distribuıdo da historia e muitos ´ ´ o prezam. A brochura A Bıblia — Qual E a sua Mensagem?, de 32 paginas ´ ´ e belamente ilustrada, pode ajuda-lo a aprender o que a Bıblia ensina. As ˜ ´ duas primeiras sec¸ oes explicam como o Criador providenciou um paraıso ˜ para os humanos e como ele foi perdido. As sec¸ oes seguintes descrevem ´ a historia do povo por meio do qual Deus proveu o Governante de seu ´ ´ Reino, que restaurara o Paraıso na Terra. ˜ ´ As sec¸ oes finais descrevem a vida, o ministerio, os milagres, a morte e ˜ a ressurreic¸ ao de Jesus Cristo, o Governante designado por Deus.
´ ´ Podera tambem encontrar respostas para estas perguntas: ˛
´ Qual e a causa do sofrimento?
˛
Como tornar mais feliz a vida familiar?
˛
O QUE ´ A BIBLIA Realmente ENSINA?
O que acontece conosco depois da morte? ´ ´ O livro de 224 paginas intitulado O Que a Bıblia Realmente Ensina? responde a essas e a muitas outras perguntas.
˜ Gostaria de obter mais informac¸ oes?
´ Contate as Testemunhas de Jeova pelo site www.jw.org/pt.
´ ˆ ´ Sera que a vida teve um Criador ou voce e meramente produto de ´ ˜ ˜ eventos aleatorios, nao planejados? Poucas questoes criam mais ´ ´ ˆ controversia do que essa. Mas a resposta e de importancia vital. Esta brochura considera perguntas tais como: ˛
O nosso planeta foi projetado para abrigar vida?
˛
O que podemos aprender do design, ou projeto, evidente na natureza? ´ ˜ ˛ Sera que o ensino da evoluc¸ ao baseia-se solidamente em fatos? ´ ˆ ´ ˜ ˛ Sera que a ciencia desmente o relato bıblico da criac¸ ao? ˆ ˆ ˛ Por que importa em que voce cre? www.jw.org/pt
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