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SAÚDE EMOCIONAL enfrente as incertezas do covid-19 com qualidade de vida

ADOTE UMA ATIVIDADE FÍSICA

PORQUE VOCÊ PRECISA SE MOVIMENTAR

SUMÁRIO 04

Mantenha a saúde mental e emocional durante a pandemia do Covid-19 | 04 Está exagerando na conexão e uso de internet? Você pode precisar de um detox digital | 14

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Nova BNCC valoriza as competências socioemocionais e mostra como trabalhá-las desde a primeira infância | 18 Quer viajar pelo mundo sem sair de casa? Na coluna Lugares você aprende como! | 26

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Voluntário faz bem pra quem você ajuda e pra você: conheça a Horta Comunitária Joanna de Ângelis | 32 Prepare lanches saudáveis para toda a família | 34

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A especialista responde: por que todo mundo precisa se mexer e ter uma rotina de atividade física | 36 Bullying e ambiente escolar: que relação é essa? | 44 Diversão em família: como brincar com as crianças sem sair de casa | 52

EXPEDIENTE março/2020

uma publicação da NOME DA EMPRESA Direção geral: Ricardo Gusmão @ricardogusmao30 Produção Executiva e Conceito: ?? ver com Ricardo que nomes vão aqui Fotografia: bancos gratuitos pixabay (www.pixabay.com) e flickr (www.flickr.com) Projeto Gráfico e Diagramação: Sandro Ceroni Reportagem e apoio editorial: André Hoff, Gislene Feiten Haubrich @coffeeingwork, Melanie Thomé @item13_press, Poli Lopes @pl.conteudo Colaboraram nesta edição: Carolina Lisboa, Gilmar Dalla Roza, Gislene Feiten Haubrich, Igor Lins Lemos, Joaquim e Natasha Ligneul, Maria Laura Klein, Marisa Dalla Roza, Miriam Rodrigues, Nora Lucia Machado Klingelfus, Sophie Deram Responsável Técnica: Poliana Lopes - MTB 9769

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Fale com a Revista Novamente Tem dicas, sugestões de pauta e críticas construtivas? Entre em contato pelo e-mail: novamente@toctoctoc.com.br

EDITORIAL

Como um sol Dia 22 de dezembro inicia o solstício de verão no Hemisfério Sul. O período é sinônimo de calor, festas, férias, descanso e agito.

Acompanhando a vibração da estação mais quente do ano, o décor torna-se mais alegre, colorido e leve. Não há como não se inspirar com espaços outdoor ou residências que apostam em aconchegantes áreas ao ar livre. Por isso, dedicamos a edição a este tempo: de encerramento de um ciclo e início de um novo ano.

Com projetos que encantam os olhos, trazemos moradas repletas de elementos para os dias que se aproximam. Protagonizam o layout ambientes sociais, piscinas, jardins e tudo mais que favoreça os encontros entre família e amigos. Apresentamos ainda uma seleção de varandas, espaço que vem ganhando destaque no décor e sugerem uma atmosfera suave até dentro de casa.

As festas de final de ano incluem mesas suntuosas, onde todos se reúnem para celebrar o Natal e o Ano Novo. Taças nos mais diferentes formatos, para diversos usos e perfeitas para brindar o melhor da vida, estão no Top Class da edição. Além destes itens, as cadeiras suspensas são a aposta para atualizar o décor com um toque descontraído nos ambientes.

Como unir luxo, privacidade e sustentabilidade? No Destiny, apresentamos hospedagens que refletem o espírito atual, mostrando que é possível desfrutar de momentos de descanso sem prejudicar a natureza. Situados em ilhas paradisíacas, os hotéis e resorts listados vão inspirar o desejo dos leitores.

Boa leitura!

ARTIGO

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#covid19: como viver este momento e manter a saúde emocional durante a pandemia por Miriam Rodrigues O mundo vive um momento de incerteza. Há mais dúvidas pairando no ar do que certezas ou respostas objetivas aos desafios que nos são trazidos pelo inesperado coronavírus. Ao mesmo tempo, precisamos encontrar estratégias para lidar com esse momento de incerteza. A Psicologia Positiva pode contribuir muito na forma como vamos superar essa fase, tão cheia de estresse e preocupações. Por meio das forças de caráter podemos atuar de modo assertivo nos cuidados com nossa saúde

física e emocional.

Mas, afinal, o que são as forças de caráter?

Também chamadas de forças pessoais, são aquelas qualidades positivas que temos e desenvolvemos e que se manifestam por meio de pensamentos, comportamentos e ações que realizamos a todo momento. Ao todo, temos 24 forças pessoais, que são divididas em seis grandes virtudes: Sabedoria, Coragem, Humanidade, Justiça, Temperança e Transcendência. Mostro melhor essa divisão no box amarelo da página 12.

Miriam Rodrigues é psicóloga, especialista em Psicologia Clínica e Medicina Comportamental pela UNIFESP. É autora e coautora de mais de 20 livros sobre Psicologia Positiva, Terapia Cognitiva e Educação Emocional.

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ARTIGO Nesse texto eu quero falar sobre como o uso das nossas forças de caráter pode ajudar a lidar com a situação incerta com a qual temos de lidar, partindo das propostas do psicólogo Ryan M. Niemiec, diretor do VIA - Institute on Character. Ele destaca que são as nossas forças pessoais que nos ajudam a passar por adversidades com ações positivas (leia mais no artigo que ele publicou na revista Psychology Today). Isto acontece porque “existem maneiras pelas quais você pode usar suas melhores qualidades internas para ajudá-lo a sentir-se seguro, tomar medidas, se envolver em prevenção e manter-se equilibrado em meio a histeria social que se desenvolve ao seu redor”.

Assim, se o mundo e nós vivemos um momento de adversidade e confusão que não temos como controlar ou definir, por outro lado, parte desse mundo é decorrente de nós mesmos. A decisão de usar as forças positivas que temos ao nosso dispor passa pela nossa decisão em reconhecê-las e desenvolvê-las. As forças de caráter podem

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nos manter salvos física e mentalmente de toda essa situação tensa e desgastante que está ao nosso redor.

Nossa, mas existem 24 forças de caráter?

Eu tenho todas? Elas se manifestam na mesma intensidade na minha vida? Calma!

Vamos devagar! Mesmo que você não tenha determinada força de caráter com maior evidência na sua vida, isso não significa que ela seja inalcançável. Todas as forças podem ser desenvolvidas ou, no mínimo, instigadas quando se trabalha alguns de seus pontos fortes para apoiar as nossas ações no dia a dia.

Vamos dar um exemplo: Niemec recomenda que todos usem sua força do pensamento crítico. Você poderia simplesmente dizer: “Ah, mas essa força não é a mais evidente em mim. Não consigo”. E se, ao contrário, você tentasse encontrar sugestões de tomada de decisão a partir do que as forças significam e na potência que têm na sua vida? Como fazer isso? É sobre isso que nós vamos falar a seguir. Vem comigo!

Seis ações que você pode tomar imediatamente com base nas forças de caráter

Quais estratégias positivas você usou até o momento para lidar com a situação?

Essa é a primeira questão apontada por Niemiec e nós vamos refletir sobre ela. Se você tem tido um cuidado maior no momento de lavar as mãos, é possível identificar as forças da prudência, do autocuidado e da autorregulação orientando as suas ações.

Quer dizer: essas forças já estão com você e agora você está usando elas para ter uma atitude positiva diante do contexto.

Quer outro exemplo? Nesse momento

que estamos convidados a ficar recolhidos em nossos lares, junto de nossas famílias, nós temos de encontrar atividades para manter nosso elo mais forte com quem está conosco. Entretanto, essa convivência não é simples ou habitual. Encontrar modos diferentes para lidar com isso demonstra as forças da criatividade e da liderança no seu modo de agir. Então, para começar, responda a questão: quais atitudes você tem tido para lidar com os desafios impostos pelo contexto?

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ARTIGO Por que é fundamental usar a força do julgamento ou pensamento crítico nesse período de incerteza?

A força do julgamento ou pensamento crítico é o que nos faz analisar os prós e os contras de tudo que acontece e interpretar as evidências para entender o que ocorre ao seu redor. Na situação atual, quando falo em evidências me refiro a fontes seguras, como a OMS ou o Ministério da Saúde, e não aquelas opiniões isoladas que, por vezes, nos deixam mais assustados ou estressados.

Também é o pensamento crítico que nos faz mudar de opinião de acordo com a evolução dos fatos. Ou seja, num primeiro momento até poderíamos questionar a gravidade da situação, mas com todo o quadro que se instaurou no mundo, espera-se que a gente tenha uma postura diferente e baseada em evidências científicas para orientar a nossa interpretação.

Eu já falei antes, mas não custa lembrar: mesmo que você não tenha uma ou outra força de caráter, você pode aprendê-la, exercitá-la e desenvolvê-la. É isso que orienta nosso desenvolvimento enquanto ser humano.

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Como posso olhar para tudo que estamos vivendo e desenvolver uma visão mais ampla do que importa para mim e minha família?

Para pensar sobre isso, o professor Ryan destaca a importância da força da perspectiva, que é a nossa capacidade de olhar para o cenário como um todo, incluindo o passado (lem-

brando que a humanidade já viveu situações semelhantes e sobreviveu a elas), o presente (quando podemos agir) e o futuro (pensar no que está por vir com otimismo e esperança).

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ARTIGO

Como eu posso proteger a mim e às outras pessoas nesse período?

A resposta a essa pergunta, que vem sendo falada à exaustão (e isso não é um problema), têm a ver com a força da prudência, que se refere aos autocuidados, aos hábitos de higiene enquanto à atenção ao escopo coletivo. Cuidar de si, é cuidar do outro.

Aqui quero lembrar o ensinamento de um dos principais pensadores da Psicologia Positiva, Christopher Peterson: “O outro importa”. Por isso, é importante seguir as recomendações da OMS e do Ministério da Saúde, pois sustentam-se em comportamentos individuais pelo bem coletivo.

Essa questão também passa pela força do autocontrole, que implica ser disciplinado com os atos de saúde. O cuidado com o modo de lavar as mãos - monitorar a si mesmo - força associada aos hábitos saudáveis precisa ser permanente e não reduzida às situações de contenção como a que vivemos. Como destaca o professor Ryan, “as pesquisas têm demonstrado que das 24 forças pessoais, a de autocontrole é a que está mais fortemente relacionada aos aspectos diversos da saúde física”.

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O que está sob o nosso controle?

Usar a força da criatividade nos ajuda a pensar em como usar o tempo para lidar de maneiras estratégicas com aquilo que está fora do nosso controle. Mas, afinal, o que nós podemos controlar? De fato, temos controle apenas sobre a forma como decidimos lidar com as situações adversas.

O modo como reagimos às dificuldades

implicam os pensamentos que desenvolvemos e, como sabemos, os pensamentos podem ser fontes internas para o estresse, o que pode baixar nossa imunidade, deixando-nos mais vulneráveis às doenças. Por isso, aprender a usar as forças de caráter a nosso favor é um ato saudável, para nossa mente, mas também para outros elementos físicos de nosso corpo.

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ARTIGO Conheça as virtudes e as forças de caráter As 24 forças de caráter estão relacionadas a seis virtudes: • A Sabedoria inclui as forças cognitivas: criatividade (habilidade, originalidade, inteligência prática), curiosidade, gosto pela aprendizagem, perspectiva, pensamento crítico (critério, lucidez).

• A Coragem inclui as forças emocionais: bravura (valentia), perseverança (persistência, dinamismo, diligência), honestidade (integridade, autenticidade), entusiasmo (vitalidade, animação, paixão).

• A Humanidade inclui as forças interpessoais: amor (amar e aceitar ser amado), bondade (generosidade), inteligência social (inteligência pessoal, inteligência emocional).

• A Justiça inclui as forças cívicas: trabalho em equipe (cidadania), equidade (imparcialidade), liderança • A Temperança inclui as forças que protegem do excessos: perdão (misericórdia), humildade (modéstia), prudência (discrição, cautela), autocontrole.

• A Transcendência inclui as forças espirituais de significado: apreciação da beleza e da excelência, gratidão, esperança (otimismo, responsabilidade com o futuro), bom humor (graça), espiritualidade (senso de propósito, fé, religiosidade)

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Dicas para lidar com o estresse e proteger a nossa mente: • Praticar técnicas de respiração; • Ouvir músicas favoritas; • Ler livros; • Fazer atividades que estavam paradas por falta de tempo; • Baixar e usar o aplicativo do SUS - Coronavírus (autoavaliação); • Evitar idas desnecessárias ao hospital e centros de saúde.

Para saber mais sobre o assunto, você pode ler: Educação emocional positiva: saber lidar com as emoções é uma importante lição https://bit.ly/2RhJUDh

Psicologia Positiva Aplicada à Psicologia Clínica https://bit.ly/2JGbENM

Felicidade Feminina https://bit.ly/2x6fPQc

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TECH

POR QUE É IMPORTANTE FAZER UM

Igor Lins Lemos, Doutor em Neuropsiquiatria e Ciências do Comportamento

Você sabe por que usar o aparelho celular antes de dormir interfere diretamente na qualidade do sono? O contato visual com a tela e a atenção que damos ao que vemos nela altera a produção de melatonina, que é o hormônio que regula o ciclo circadiano.

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Com a pandemia do Covid-19, vivemos um momento atípico que nos deixa mais conectados do que nunca, pois estamos isolados em casa, muitos trabalhando à distância, conversando por chamadas de vídeo e consumindo conteúdo online. Talvez essa seja a sua realidade nas próximas semanas, mas você também pode aproveitar esse tempo para se conectar mais com quem está ao seu lado. Apesar da necessidade de conexão, é importante tentar deixar, em mais momentos, o trabalho de lado, silenciando aqueles grupos do Whatsapp e desativando as notificações de e-mail no celular? Promover atividades ao ar livre com a família, jogos de tabuleiro, correr na praia ou no parque? Sim, tudo isso é possível no confinamento e pode ajudar você a fazer

um detox digital!

Igor Lins Lemos, psicólogo Doutor em Neuropsiquiatria e Ciências do Comportamento (UFPE), explica que o detox digital é uma prática que deve ser debatida e disseminada entre todas as pessoas que fazem uso das tecnologias digitais.

O detox digital inclui práticas como: • conscientização do tempo limite diário; • atenção plena nas atividades cotidianas, especialmente aquelas que não pedem o uso de celular; • busca por atividades que não exijam o uso de tecnologia; • suspender o uso dos eletrônicos pelo menos 30 minutos antes de dormir.

• observar se há alterações de humor

diante do uso de aparelhos eletrônicos e, também, do não-uso forçado.

Deixamos a questão da alteração de humor por último porque ela é essencial para compreender quando o uso do celular e da internet, assim como a prática do jogo online, se torna um vício. “Caso a pessoa apresente sintomas de abstinência, recaída, tolerância e mudanças de hábitos cotidianos devido ao uso dos eletrônicos é recomendado o acompanhamento psicoterapêutico. Assim o problema será tratado de forma adequada”, recomenda. Igor destaca que a psicoeducação é fonte de prevenção e guia de bons hábitos diante de uma realidade que não vai mudar: cada vez mais os eletrônicos farão parte da nossa experiência humana.

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TECH

Por que precisamos de um detox digital?

Mesmo sendo relativamente recente, o uso errado, por vezes exagerado ou problemático, das tecnologias digitais como aparelhos celulares, Internet e jogos eletrônicos tem causado grande impacto na saúde emocional e nas vidas das pessoas.

E esta questão afeta pessoas de qualquer idade. Enquanto as crianças não toleram a frustração ou interrupção no uso dos eletrônicos, os adolescentes ficam tempo demais nas redes sociais e jogando online, e os adultos alteram seus hábitos de sono, alimentação e vida conjugal por causa do uso sem limite dos celulares.

Este problema atinge de 3% a 10% da população mundial.

Lemos, explica que, clinicamente, existem diversas propostas para explicar o fascínio hipnótico e doentio que as pessoas acabam desenvolvendo sobre os eletrônicos, suas imagens e a conexão ilimitada, que nos coloca em contato com qualquer pessoa em qualquer lugar: famílias disfuncionais, baixa autoestima, vulnerabilidade mental e transtornos psiquiátricos concomitantes.

Dicas para um detox digital • Fazer um detox digital vai além de não usar o celular. É prestar atenção no uso que se faz, especialmente, inconscientemente. Não desperdice horas apenas rolando o feed, vendo as vidas das outras pessoas passando na sua frente.

• Deixe o telefone de lado e use-o quando necessário. No resto do tempo, descanse, converse, divirta-se com as pessoas que estão ao seu lado. Se o seu trabalho não permite uma desconexão mais extensa, defina horários para olhar o telefone, responder mensagens e conferir e-mails - e controle também o tempo que você vai dedicar a tarefa.

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• Uma possibilidade que ajuda a gerar me(joy of missing out, ou seja, o prazer de nos ansiedade é silenciar os grupos do estar por fora, conectando-se e procurando Whatsapp e desativar as notificações de menos novidades online). e-mail no celular, pelo menos durante o • No fim do detox, lembre que você pode detox. Quando o telefone não fica apitando buscar mais por uma relação mais consele também chama menos a sua atenção. ciente - e leve - com a tecnologia. É im• Não tenha receio em trocar o FOMO (fear portante e possível, como você percebeu of missing out, ou seja, o medo de estar durante os dias de descanso, tirar uma por fora - ou de perder alguma notícia ou “folga” do mundo virtual também no novidade da vida de alguém) pelo JOMO dia a dia.

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MATÉRIA DO MÊS

BNCC leva as questões socioemocionais para a sala de aula

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A nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é uma realidade em 2020. As escolas iniciaram o ano letivo com sua regulamentação implementada, o que inclui trabalhar as dez competências em sala de aula - e fora dela. Ao incluir questões socioemocionais e de saúde mental nas dez competências gerais que precisam ser desenvolvidas nos estudantes durante a formação escolar, a BNCC se mostra uma importante ferramenta para tornar a saúde integral uma realidade em mais casas, promovendo assim a qualidade de vida da forma mais ampla possível.

Nós conversamos com a pedagoga Nora Lucia Machado Klingelfus para esclarecer diversas questões sobre a Nora Lucia Machado Klingelfus, Especialista em Educação nova BNCC, incluindo as formas como ela colabora com Infantil e pós graduada em Psicopedagogia Clínica e o processo de ensino-aprendizagem e estimula o desenInstitucional volvimento de uma série de competências que levam em consideração, além do aprendizado de conteúdos, o desenvolvimento de habilidades socioemocionais.

Especialista em Educação Infantil (UFRGS) e pós graduada em Psicopedagogia Clínica e Institucional, Nora é consultora pedagógica e promove formação continuada sobre a elaboração e/ou revisão dos Planos de Estudos, Projeto Político Pedagógico e Regimento para professores de educação infantil e anos iniciais, gestores e comunidade escolar.

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MATÉRIA DO MÊS 1. Qual a importância da BNCC para o processo de ensino-aprendizagem?

De acordo com o documento, entre os fundamentos pedagógicos está a educação integral, ou seja, o desenvolvimento integral nas dimensões do ser humano. Para tal, todos os sujeitos precisam ter condições para se desenvolverem em todas as dimensões e experiências humanas, nos aspectos intelectual, físico, social, emocional e cultural.

Situações de desigualdade social e a falta de políticas públicas nos desafiam a buscar a garantia da qualidade e da oferta de uma educação justa, democrática e que atenda a todas as pessoas. Somente assim haverá possibilidade de assegurar a equidade na educação, garantindo aos estudantes o acesso ao mesmo conteúdo para reverter a

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situação de exclusão social.

Vale ressaltar que a BNCC diz aonde se quer chegar com a educação. Entretanto, o caminho passa pela elaboração dos currículos, coletivamente, em cada Instituição.

2. Como sua aplicação impacta a vida e o bem estar dos estudantes e de suas famílias?

O ensino e a aprendizagem, contextualizados dentro das concepções da diversidade e da complexidade, visam transformar a educação e também a mentalidade do ato de educar. Então, a modificação das práticas pedagógicas reprodutoras e a atenção dos educadores para novos paradigmas, os quais são solicitados nestes novos tempos, os farão aprenderem a lidar com as incertezas que são apresentadas no contexto escolar.

Entenda as 10 Competências Gerais que norteiam a BNCC 1. CONHECIMENTO Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

2. PENSAMENTO CIENTÍFICO, CRÍTICO E CRIATIVO Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.

3. REPERTÓRIO CULTURAL Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.

4. COMUNICAÇÃO Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.

5. CULTURA DIGITAL Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.

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MATÉRIA DO MÊS

6. TRABALHO E PROJETO DE VIDA Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.

7. ARGUMENTAÇÃO Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.

8. AUTOCONHECIMENTO E AUTOCUIDADO Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.

9. EMPATIA E COOPERAÇÃO Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.

10. RESPONSABILIDADE E CIDADANIA agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

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tomada de decisão.

Como nos ensina Antoni Zabala: “O uso do termo competência é uma consequência da necessidade de superar um ensino que, na maioria dos casos, reduziu-se a uma aprendizagem, cujo método consiste na memorização, isto é, decorar conhecimentos, fato que acarreta na dificuldade para que os conhecimentos possam ser aplicados na vida real”.

Acredito que é necessário valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo social, físico, cultural e digital para entender e explicar 4. Segundo a BNCC, as competências não a realidade, continuar aprendendo e coladevem ser vistas como “matéria de aula”, borar para a construção de uma sociedade mas incorporadas ao cotidiano escolar e em justa, democrática e inclusiva. todas as disciplinas e ações. Um professor não pode ensinar empatia da mesma forma que ensina que 2 + 2 = 4. Como você vê estas competências sendo trabalhadas de forma saudável em sala de aula? É muito importante ter um olhar atento, cuidadoso com cada estudante para aproveitar questões que emergem do próprio grupo como empatia, diálogo e mediação de conflitos. É preciso fortalecer as práticas pedagógicas na escola, a fim de que permitam o aprofundamento de saberes dos estudantes sobre os componentes curriculares ao mesmo tempo que desenvolvam os demais conhecimentos, habilidades, atitudes e valores explicitados pelas 10 competências. É fundamental trabalhar com projetos que promovam a consciência ambiental, a cidadania, a autonomia e a 3. Qual é a importância dessa abordagem socioemocional para o desenvolvimento dos estudantes?

As competências socioemocionais incluem a capacidade que cada um tem de lidar com suas próprias emoções, desenvolver autoconhecimento, relacionar-se com o outro, ser capaz de colaborar, mediar conflitos e solucionar problemas. Elas são utilizadas no nosso dia a dia de forma sistemática e integram todo o processo de formação de uma pessoa como um ser integral: indivíduo, profissional e cidadão.

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MATÉRIA DO MÊS

Entenda a BNCC A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento com caráter normativo que serve de referência para a elaboração dos currículos de todas as escolas que ofertam educação básica no país. Ela regulamenta quais são as aprendizagens essenciais a serem trabalhadas nas escolas brasileiras, públicas e particulares, de Educação Infantil, Ensinos Fundamental e Médio, para garantir o direito à aprendizagem e o desenvolvimento pleno de todos os estudantes A criação de uma Base Nacional Comum Curricular para o ensino fundamental já era prevista na Constituição Federal de 1988. A essa indicação somou-se, com a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) de 1996, a determinação da adoção de uma base comum para toda a educação básica. Para tanto, em 1997 foram elaborados os Parâmetros Curriculares Nacionais referenciando cada disciplina do currículo escolar. Com isso, a BNCC foi contemplada no Plano Nacional de Educação (PNE) em 2014 e sua primeira versão foi publicada e submetida à consulta pública em setembro de 2015.

Atualmente, estamos na terceira versão do documento, que foi elaborado em 2017 e aprovado em audiências públicas realizadas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE). Sua implementação em todas as escolas foi prevista para ocorrer de 2018 a 2020. Para isso, passou por etapas como a (re)elaboração dos currículos, revisão de materiais didáticos e formação de professores, entre outras. É importante destacar que a construção da BNCC foi toda elaborada de forma democrática, envolvendo educadores e membros da sociedade. Entre as principais mudanças estão as dez competências gerais que contemplam elementos cognitivos, sociais e pessoais a serem desenvolvidos pelos estudantes. Aplicam-se à todas as áreas do conhecimento, independente do componente curricular.

Fonte: MEC

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LUGARES

LUGARES PARA VISITAR COM A FAMÍLIA

e sem sair de casa

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Queremos apresentar para você a seção Lugares. Todo mês, uma pessoa convidada vai trazer dicas de lugares para você conhecer com a família, amigos, desacompanhado, com o seu amor…

No contexto sem precedentes que vivemos, um valor permanece: precisamos ser flexíveis e criativos. Viajar é uma das paixões compartilhadas por muitas pessoas. Afinal, conhecer pessoas, costumes, sentir o clima de um novo local é revigorante. No momento, infelizmente, não podemos nos deslocar fisicamente, mas isso não significa que precisamos parar de sonhar e planejar nossa jornada para conhecer esse mundão. Então, que tal usar a internet para buscar mais informações sobre o próximo destino que você deseja conhecer?

Nesta primeira edição, convidamos a Gislene Feiten Haubrich para fazer uma seleção de lugares de todo o mundo que possam ser visitados virtualmente, como museus e obras arquitetônicas históricas. São dicas para que você e seus familiares possam usar esse momento para reforçar seus laços de afeto, aprender e, quem sabe planejar a próxima viagem.

FRANÇA: MUSEU DO LOUVRE Vamos começar nosso tour cultural pela França? O Museu do Louvre é parada obrigatória para todos os viajantes. Com um acervo imenso, presencialmente seriam necessárias muitas visitas para percorrer todos os seus corredores. Entretanto, a gente pode iniciar a caminhada sem sair de casa! “Andar” pelo Louvre é possível (clique aqui), assim como assistir vídeos complementares. Inclusive, dá para ver a Monalisa bem de perto (clique aqui) e em detalhes, algo praticamente impossível presencialmente já que essa é a obra mais procurada do museu.

Gislene Feiten Haubrich, Doutora em Processos e Manifestações Culturais

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LUGARES

ITÁLIA: CAPELA SISTINA E COLISEU Há muitas atrações na França, mas já que não estamos preocupados com o valor das passagens aéreas porque não seguir nossa viagem para a Itália? A Capela Sistina é impressionante!

Não acredita? Dá uma olhada aqui. Situada no Vaticano, a capela recebe muitas visitas, o que torna quase impossível a apreciação dos detalhes dessa obra de arte realizada por Michelangelo. Nesse local também são realizados os conclaves, além de outras cerimônias religiosas. Outra parada obrigatória na Itália é o Coliseu, que você também pode visitar por aqui.

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PORTUGAL: TORRE DE BELÉM Deixando a Itália, seguimos para Portugal, que tem uma vasta história a ser explorada em museus e caminhadas. Um dos pontos turísticos mais emblemáticos fica na capital lusitana: a Torre de Belém, oficialmente Torre de São Vicente, que pode ser visitada por aqui. Patrimônio mundial da Unesco desde 1983, localiza-se na margem norte do Rio Tejo e foi construído entre 1514 e 1520, integrando o plano defensivo de Portugal.

PAÍSES BAIXOS/HOLANDA: MUSEU VAN GOGH Saindo de Portugal, vamos seguir para os Países Baixos (para muitos, Holanda).

Lá encontramos o Van Gogh Museum. Confira a reunião linda de obras aqui.

Este museu, dedicado ao trabalho de Vincent Van Gogh, abriu suas portas em 2 de junho de 1973 e congrega obras do pintor e seus contemporâneos, como Paul Gauguin, Édouard Manet, Claude Monet e Henri de Toulouse-Lautrec. Esse tour pode levar você para conhecer outros museus famosos em Amsterdã, como a casa de Anne Frank.

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LUGARES

CHINA: MURALHA DA CHINA Deixando a Europa e partindo para o Oriente, você já pensou em conhecer a Muralha da China? Enquanto você não pode ir pessoalmente, por aqui você já pode. Em tempos de comportamentos xenofóbicos, é fundamental conhecer o que nos parece estranho. Esse caminho, conhecido como “O Dragão de Pedra”, carrega mais de dois mil anos de história, sendo o início de sua construção datada de 215 a.C. e a conclusão em 1664, durante a dinastia Ming. Desde 1987 é Patrimônio Mundial da Unesco.

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BRASIL: MUSEU OSCAR NIEMEYER Por fim, chegamos ao Brasil! O Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, conta com um tour virtual das várias salas que o compõe. Por aqui é possível atravessar corredores e visualizar as obras e exposições do MON, que foi inaugurado em 22 de novembro de 2002 e é “considerado o maior museu de arte da América Latina, com um espaço de cerca de 35 mil metros quadrados de área construída e mais de 17 mil metros quadrados de área para exposições”.

EUA: SMITHSONIAN MUSEU NACIONAL DE HISTÓRIA NATURAL Chegando a América, quem não se impressiona com a história da humanidade, e até mesmo o que veio antes dela, contada pelo Smithsonian Museu Nacional de História Natural, que fica em Washington? Pois, vamos combinar que um tour virtual já nos dá a dimensão de quantas maravilhas nossa história já tem registradas. É possível acessar a exposição permanente do museu por aqui.

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ENTREVISTA

APOSTE NO VOLUNTARIADO E FAÇA A DIFERENÇA EM VÁRIAS VIDAS, INCLUSIVE A SUA Conheça a história da Horta Comunitária Joanna de Ângelis e aprenda a fazer da generosidade um estilo de vida

Entrevista: Ricardo Gusmão Texto e edição: Poli Lopes

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Quando você faz o bem, não é apenas a pessoa que você ajuda que é beneficiada e fica mais feliz. Quando você faz o bem para os outros, essa energia positiva certamente volta para você e colabora (muito!) com a sua saúde emocional! O valor do voluntariado e o quanto ele pode ser gratificante foi um dos pontos destacados por Gilmar Dalla Roza, que é voluntário e presidente da Horta Comunitária Joanna de Ângelis, e a psicóloga Marisa Dalla Roza, que também é voluntária na entidade.

Localizada em Novo Hamburgo (RS), a Horta Comunitária Joanna de Ângelis atende, por meio da assistência social, a pessoas que enfrentam as mais diversas situações de vulnerabilidade social. Fundada em 1989, a entidade se estrutura em seis pilares - Espiritual, Social, Educacional, Patrimonial, Administrativo e Ambiental - que regem as atividades do grupo de voluntários, equipes, diretoria, conselhos e participantes dos projetos.

Na entrevista que você acessa aqui (ou assiste direto no play abaixo), nosso diretor Ricardo Gusmão conversou com Gilmar e Marisa. No bate-papo, eles apresentam a entidade e falam dos projetos que estão em andamento: atividades de contraturno escolar para crianças; atendimento clínico e psicológico às crianças e famílias assistidas; realização de oficinas de produção de hortaliças, atividades de plantio e aproveitamento integral de alimentos e customização de roupas; e o atendimento a moradores de rua com o projeto Rango Solidário, que oferece alimentos, agasalhos, materiais de higiene pessoal e atendimento fraterno.

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DROPS DE SAÚDE

Receitas para uma alimentação saudável

Todo início de ano é a mesma coisa. As pessoas fazem promessas e criam listas com de metas gigantes para cumprir nos próximos doze meses. Aí, passados quase dois meses desse momento “de virada”, elas olham pra trás e se dão conta de que boa parte daquelas intenções não saíram do papel.

Uma das metas recorrentes é a busca por uma alimentação mais saudável. Como nós

natural e menos industrializado, com comida de verdade, e entendemos que modificar hábitos pode ser uma tarefa difícil, reunimos aqui algumas dicas de lanches saudáveis, selecionadas entre as indicações da nutricionista franco-brasileira, Sophie Deram. A sugestão é começar com os lanches e avançar na implementação de novos hábitos aos poucos.

Viver as mudanças de forma mais gradual

Bolo de banana com canela

Ingredientes: 3 ovos 3 bananas maduras 1/2 xícara (chá) de leite 1/2 xícara (chá) de óleo ou manteiga 1/2 xícara (chá) de açúcar 1 xícara (chá) de farinha de trigo (use 1 xícara de farinha branca e 1/2 da integral ou mesmo aveia) 2 colheres (chá) de fermento químico em pó

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FOTO: SOPHIE DERAM

sabemos a importância de um cardápio mais facilita o reconhecimento dos resultados.

Modo de preparo: Pré-aqueça o forno e unte a fôrma (espalhe colher (sopa) de manteiga; misture 1 colher (sopa) de açúcar cristal e 1 colher (chá) de canela em pó; polvilhe com a mistura) Bata todos os ingredientes no liquidificador, menos a farinha e o fermento. Quando estiver bem homogêneo, acrescente a farinha e, por fim, o fermento. Despeje na fôrma e asse por aproximadamente 40 minutos (depende do forno).

Se quiser um bolo mais incrementado, acrescente castanhas, nozes, passas ou gotas de chocolate amargo à massa.

Pasta de grão-de-bico (homus)

Ingredientes: 1 xícara (chá) de grão-de-bico 1 colher (sopa) de tahine Suco de 1/2 limão 2 colheres (sopa) de azeite 1 dente de alho Sal a gosto O tahine é uma pasta feita à base de gergelim. É usado na receita original de homus e dá um

gosto especial para este prato. Dica da Sophie:

Modo de preparo: Cozinhe o grão-de-bico e guarde parte da água do cozimento. Depois, triture os grãos em um processador ou no liquidificador, junto com os demais ingredientes. Coloque a água aos poucos, até conseguir a textura que você mais gosta. Depois disso, está pronto! Se quiser, pode polvilhar com um pouco de páprica por cima. Fica uma delícia!

E dá para comer no café da tarde com pãozinho sírio ou outro pão de sua preferência.

se não tiver tahine, continue a receita, é possível fazer a pasta sem ele.

Sanduíche de ricota com cenoura ralada Ingredientes: 1 colher (sopa) de ricota Sal e pimenta a gosto Salsinha ou cebolinha a gosto 1 fio de azeite 2 fatias de pão 1/2 cenoura ralada

Modo de preparo: Em um recipiente pequeno, misture a ricota com o sal, a pimenta, a salsinha (ou cebolinha) e o azeite. Passe sobre o pão, acrescente a cenoura ralada e pronto!

Sophie Deram, Nutricionista

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PERGUNTE AO ESPECIALISTA

PAUTA DO MÊS: A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA EM TODAS AS IDADES Todo mês nós vamos convidar um/a especialista

Por que nós precisamos fazer exercícios físicos?

para responder a perguntas

O corpo humano é uma máquina de engenharia perfeita e um dos pilares para a manutenção da sua conservação é o movimento. Está no DNA que herdamos dos nossos antepassados: desde a origem da espécie homo, precisávamos de movimento para a sobrevivência. O alimento dependia da caça, a locomoção dependia exclusivamente das pernas e este processo de busca pela sobrevivência poderia durar dias. Nos dias de hoje já não precisamos tanto do nosso corpo para a sobrevivência básica, mas o nosso DNA não foi alterado. O sedentarismo passou a ser uma realidade e trouxe consequências epidêmicas ao planeta, pois está associado a doenças graves como infarto, depressão, hipertensão, diabetes e a obesidade é um dos maiores fatores de risco ao desenvolvimento destas doenças. Cerca de 25% da população mundial

das nossas leitoras e leitores sobre um tema específico.

Neste mês, convidamos a educadora física Maria Laura Klein, que atua nas áreas de Avaliação e Reprogramação do Movimento, Treinamento funcional e Estabilização Funcional, para responder algumas questões que a nossa equipe identificou em conversas pessoais.

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consta no grupo de alto risco e o Brasil figura entre as cinco nações mais atingidas pelo problema. Em declaração recente, o Ministério da Saúde afirma que mais de 56% dos brasileiros estão com sobrepeso.

Entidades como o American College Of Sports Medicine (a maior organização mundial de medicina esportiva e ciência do exercício do mundo) e o CDC (Centers for Disease Control) destacam que “todo adulto norte-americano deveria realizar 30 minutos ou mais de atividade física moderada na maioria dos dias da semana”. Ou

Maria Laura Klein, Educadora Física

seja, desde 1995 se chama a atenção para os benefícios que a atividade física regular traz para a saúde. Entre eles, um dos mais importantes é o controle do peso corporal, que contribui para a diminuição da morbidade, da ansiedade e da depressão, além do aumento do bem-estar, da capacidade cognitiva e da melhora do humor.

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PERGUNTE AO ESPECIALISTA

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Por que as pessoas ainda não adotam uma prática regular de exercício físico mesmo recebendo muitas informações sobre a importância dessa prática?

O fisioterapeuta e maratonista irlandês Derek Griffin afirma que somente “falar às pessoas sobre os perigos do estilo de vida sedentário ou listar os benefícios do exercício não resulta em mudança de comportamento.” Há uma série de fatores que, combinados, podem ser uma barreira para as pessoas adotarem um estilo de vida mais saudável:a rotina, stress, sentir dor durante o exercício, dificuldades financeiras e, principalmente, a falta do próprio hábito.

Ou seja, a educação é o caminho, pois se trata de uma conscientização cultural. É preciso compreender a saúde além da ausência de doenças, mas como uma questão biopsicossocial. Nossas atitudes do dia a dia para prevenir doenças são determinantes para formarmos o hábito do exercício e garantir a sua continuidade. Criar motivações individuais e traçar metas também são essenciais para uma mudança de atitude. Estas ações aumentam a nossa resiliência aos demais aspectos da vida e melhoram a nossa satisfação como um todo.

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PERGUNTE AO ESPECIALISTA A partir de que idade a criança pode freqüentar uma atividade esportiva específica, como futebol, ballet, judô, natação, tênis?

Pergunta de Drika Claumann Desde os primeiros meses de vida a criança já deve experienciar o maior número de estímulos motores possíveis, sempre respeitando as suas fases de desenvolvimento motor. É na primeira infância que estabelecemos os nossos marcos de desenvolvimento e controle motor: rolar, elevar a cabeça, sustentar-se pelos antebraços, sentar, agachar, apoiar-se em tripé, engatinhar, caminhar e correr... a maneira como o bebê aprende e estimula vai estruturar a forma como nos locomovemos e nos exercitamos na vida adulta.

Já quando falamos de atividades espor-

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tivas específicas, precisamos considerar as singularidades de cada uma. Uma boa instituição de ensino que obedeça as fases de maturação do complexo motor saberá determinar quando isso pode ocorrer. Por isso, prefiro que os próprios professores especializados opinem, pois uma pode diferir da outra. O mais importante é que os pais nunca esqueçam que criança tem que brincar. O aspecto lúdico nunca deve ser deixado de lado! Minha sugestão mais assertiva é que eles procurem por uma escola com boas referências, ancorada nos princípios da socialização, espírito de equipe e competitividade saudável.

Qual a idade ideal para um adolescente começar a freqüentar uma academia?

Adolescente não só pode como deve estabelecer uma rotina de exercícios físicos programada e sistematizada por um professor de educação física, seja ela qual for. A maior preocupação deve ser a escolha da academia e se a escolhida tem profissionais capacitados no quadro de professores. São estes profissionais que vão prescrever os exercícios adequados e darão uma boa orientação na hora da execução.

Uma particularidade que contamos nas academias de musculação em geral é o tamanho dos equipamentos. Estes são projetados

biomecânica e cinesiologicamente dentro das especificidades requeridas, mas existem limitações nas regulagens quanto à altura e profundidade dos mesmos. No caso de um adolescente de porte pequeno, alguns ajustes nos exercícios escolhidos pelo professor devem ser feitos, como a não utilização de determinada máquina e substituição por outra opção de exercício que atinja o mesmo objetivo. A carga sugerida e variáveis do treino como intensidade e volume também deve ser respeitados para esta fase do desenvolvimento.

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PERGUNTE AO ESPECIALISTA

Qual a recomendação para incentivar um idoso a se engajar em um programa de exercícios?

Pergunta de Paula Henriques O exercício é um hábito que deve ser instituído na rotina, independente da idade.

Sabemos que os hábitos adquiridos mais precocemente são os mais sustentáveis.

Muitas vezes o idoso procura uma atividade somente diante de recomendação médica e mesmo assim não fideliza.

O que devemos considerar então são dos fatores motivacionais que colaboram para

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a escolha adequada do que fazer. Procure por atividades que busquem não somente o resgate da aptidão física, mas especialmente as que promovam a interação social, aumentando o número de oportunidades sociais e o surgimento de novas amizades.

Inserido numa atmosfera positiva, o idoso aumenta o seu senso de comunidade e inclusão na sociedade, melhorando sua auto-estima.

Como o exercício físico pode ajudar na reabilitação de lesões?

Mais do que preventivo, o exercício é parte integrante do processo de reabilitação de lesões e no tratamento de disfunções do movimento. O movimento cura, tanto que muitas lesões músculo-esqueléticas não são mais tratadas com repouso; e quando ele ainda é indicado pelo médico e/ou fisioterapeuta, é muito mais reduzido.

O avanço da ciência trouxe a multidisciplinaridade, que unifica cada vez mais a linguagem entre médico, fisioterapeuta e profissional de educação física. Evidente que, como em toda profissão, este profissional da saúde deve estar especializado na reabilitação do movimento, pois a área da educação física é muito abrangente e um recém-graduado ainda não dispõe das ferramentas e conhecimentos que o especialista possui.

Na reabilitação do movimento, usamos espectros no tratamento que viabilizam avaliar, corrigir e integrar os padrões de movimento disfuncionais e possibilitam que a pessoa retorne às suas atividades com mais segurança, sem dor e com o risco diminuído de outras lesões. Cada etapa tem exercícios específicos e protocolos definidos individualmente. O princípio básico de qualquer treinamento, seja ele reabilitador, de aptidão física ou de performance, é a individualidade biológica. Não existe nem nunca existiu nenhum ser-humano igual ao outro. Respeitar esta máxima é uma constante em nossa rotina de trabalho, assim como considerar o indivíduo não somente como um ser físico, mas sua bagagem social, cultural e emocional.

A partir de agora é com você!

Quais são as suas grandes dúvidas sobre saúde emocional, bem estar, qualidade de vida? Ajude-nos a fazer uma Nova mente melhor: envie sua pergunta para novamente@toctoctoc.com.br: nossa equipe vai agrupar as questões por tema e encaminhar para um/a especialista responder para você!

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Mais do que falar, precisamos entender o que ĂŠ bullying 44 | novamente

Quando as crianças voltam para a escola, via de regra elas ficam felizes porque vão reencontrar colegas e amigos, aprender coisas novas, realizar seus projetos... Porém, essa felicidade não é para todos: há muitos alunos que não querem voltar para a sala de aula e, especialmente, rever os colegas, pois costumam ser alvo de bullying. Uma Pesquisa realizada pela Unicef em 30 países constatou que um a cada três jovens de 30 países afirma ter sido vítima de bullying online. No Brasil, 37% dos respondentes afirmaram já ter sido vítima de cyberbullying e apontaram as redes sociais, especialmente o Facebook, como o espaço online em que mais ocorrem casos de violência entre jovens. Além disso, 36% dos adolescentes brasileiros informaram já ter faltado à escola após ter sofrido bullying online de colegas de classe, tornando o Brasil o país com a maior porcentagem nesse quesito na pesquisa.

A questão é tão preocupante que foi uma das norteadoras do protocolo assinado pelo Ministério da Educação e o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos em novembro de 2019 para promover a cultura de paz, respeito e tolerância por meio do combate à violência e ao bullying. As ações propostas, que devem iniciar junto com o ano letivo de 2020, buscam garantir os direitos das crianças e dos adolescentes dentro das escolas, em especial, a integridade física, sexual, psicológica e moral. “Queremos que elas tenham um ambiente fraterno, plural, sem bullying em razão de opinião, orientação sexual ou qualquer outra característica”, afirmou o ministro da educação, Abraham Weintraub na ocasião de assinatura do protocolo interministerial.

Diante desse cenário, é mais do que necessário esclarecer o que é bullying e quais as consequências desta prática de violência na vida da vítima e, também, na do agressor. Por isso, nós convidamos a terapeuta e pesquisadora Carolina Lisboa para falar sobre a esse tema triste e espinhoso que precisa ser debatido e entendido.

Carolina Lisboa é Terapeuta Cognitiva Certificada pela Federação Brasileira de Terapias Cognitivas (FBTC) e Professora do Programa de Pós-Graduação em Psicologia PUCRS. Pesquisadora 1D CNPq.

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por Carolina Lisboa Me incomoda ouvir as pessoas falando que volvimento emocional, social e cognitivo de hoje em dia tudo é bullying e não se pode jovens. Para começar a falar sobre bullying, mais brincar. Me causa extremo desconforto é preciso mencionar a maravilhosa e temida quando escuto que um adulto fez bullying fase da adolescência. É na adolescência que com uma criança ou que adultos que estão se dá a importante tarefa desenvolvimental alegremente brincando um com o outro es- de construção da identidade. Este processo tejam fazendo bullying entre si. Ao mesmo parece bonito no seu nome, mas é demantempo, fico gratificada que o processo de dante e ansiogênico para os jovens, impacbullying esteja sendo discutido e debatido na mídia, nas escolas, nas legislações e não somente na área acadêmica.

Entretanto, precisamos “dar nome aos bois” e definir este tipo de violência, que gera consequências graves para o desen-

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tando também na qualidade de suas relações interpessoais. Estudos demonstram que os adolescentes buscam mais independência dos pais, aproximando-se muito dos amigos, processo que lhes custa bastante emocionalmente. Estes jovens se ligam com intensidade

a seus similares – seja por estética, gostos por determinados esportes, linguagem comum, uso de drogas ou não, dentre outros – e, assim, se distanciam ou rechaçam os colegas/ conhecidos que julgam serem “diferentes”.

Trocando em miúdos, inconscientemente, dá um certo alívio à ansiedade de formação da identidade, aliar-se a amigos(as) que sejam parecidos com a gente e excluir os diferentes.

Este processo é absolutamente normal (normativo), entretanto, desta dinâmica surgem juízos de valor vinculados à “afiliação e não-afiliação” entre os iguais. Aparecem, então, nos grupos de pares, as minorias, os

excluídos, “os diferentes” e, assim, a partir de um processo típico do ciclo vital, instaura-se o famoso bullying que é compreensível, mas não é aceitável e nem saudável . Ou seja, os grupos passam a valorar eles mesmos e julgar negativamente (como piores, errados, ruins, feios ou inferiores) os demais grupos de pares numa tentativa da psiquê de dar conta da anisedade de fomação do self (eu). Assim é que podem emergir preconceitos, violências e exclusões sociais com consequências negativas, como mostram o Guia de Prevenção da Violência da UNICEF, o mapa da violência 2014 e os estudos de Verzoni e Lisboa.

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BULLYING NO AMBIENTE ESCOLAR: UM PROBLEMA A RESOLVER Dentre os diferentes contextos que o sor e aluno ou entre adultos, posto que para bullying pode se manifestar, é importante estas agressões há outras denominações de destacar o espaço escolar. A escola é o local violência como assédio moral, por exemplo. onde os jovens passam a maior parte do seu

Pesquisas mostram que a especificação do

tempo, sendo esta instituição palco muito

conceito é fundamental para o planejamento

importante, senão principal, dos relaciona-

de intervenções adequadas e eficazes.

mentos interpessoais. E, um tipo de violên-

Portanto, bullying é: processo caracterizado por agressões sistemáticas – físié o bullying, pois se trata de um fenômeno cas, verbais, relacionais - sem motivação exclusivo das relações entre pares. Por esta explícita, protagonizadas por um ou mais razão é que não existe bullying entre profes- agressores e que geram a discriminação e cia que ocorre muito no ambiente escolar

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exclusão social da vítima ou grupo. Pesquisadores deste construto concordam que para caracterizar o bullying, três elementos são essenciais: a repetição da agressão, prejuízo e a evidente desigualdade de poder.

Existem diferentes manifestações de comportamentos agressivos dentro do processo de bullying. É possível que uma criança ou adolescente faça ou sofra bullying através de expressões físicas, verbais e relacionais de violência.

Há, ainda, um processo sobreposto ao bullying, porém com características qualitativamente distintas, que é o cyberbullying. No cyberbullying, o ataque ocorre por meios virtuais, que pode incluir a invasão de contas pessoais, deboches, ameaças, compartilhamento de informações pessoais. Como no cyberbullying a audiência é infinita, além disso existe a possibilidade de anonimato do agressor e há a atemporalidade dos atos agressivos, devemos tratar esse processo como outro tipo de violência e não um subtipo ou forma de manifestação de bullying.

As consequências do bullying e do cyberbulllying são graves a todos os envolvidos. Vítimas, agressores (sim, os agressores também sofrem) e testemunhas dessa violência podem apresentar dificuldades na regulação emocional, elevação de sintomas de depressão e ansiedade, risco para ideação suicida e tentativas de suicídio, baixo rendimento acadêmico e insatisfação com a escola. Sobre uso de drogas, os dados presentes na literatura não são consensuais acerca de um padrão de uso específico por parte de agressores ou de vítimas, entretanto, mostram uma preocupante associação entre esta violência e uso de substâncias psicoativas, explicado pela busca do alívio de ansiedade e sofrimento.

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Assim, bullying não é uma frescura de psicólogos ou brincadeira de crianças. Brincadeira só existe quando todos estão se divertindo. Como bullying está relacionado a um processo normativo do ciclo vital (construção do nosso eu), é esperado que aconteça, mas não deve ser, por isso, legitimado!

Uma pesquisa recente conduzida em 86 escolas particulares da cidade de Porto Alegre atestou que as escolas não possuem programa sistemático anti-bullying, embora exista uma lei (Lei nº 13.185, de 2015) que institua esta obrigatoriedade. Cabe aos profissionais, pais e sociedade atentar aos

casos desta agressão, tentando freá-la (de preferência no início) ou intervir, tão logo possível, para minimizar seus efeitos. Os jovens envolvidos não possuem recursos emocionais e cognitivos para lidarem com esse processo sozinhos. É importante lembrar que bullying está intimamente ligado a preconceito e que culmina em exclusão social. Assim, conscientizar e instrumentalizar as pessoas a identificarem e criticarem este processo, é também trabalhar em prol de uma sociedade inclusiva, aberta e acolhedora à - tão fascinante e desafiadora - diversidade humana.

Quer saber mais sobre o assunto? Confira nossas dicas!

Bullying: avaliação e intervenção

Mitos e Fatos sobre Bullying

http://bit.ly/2GUP83P

http://bit.ly/2H99c08

Trabalhando com Adolescentes

Desenvolvimento Humano

https://bit.ly/2XeHAkw

https://bit.ly/3e9pkiu

Por que devemos combater o bullying? https://bit.ly/39Lr6CT

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DIVIRTA-SE

Vamos colocar os pequenos pra brincar?

Quando o assunto é propor brincadeiras para as crianças, muitos pais ou responsáveis se veem desafiados e, no fim, acabam sempre optando pelas mesmas atividades, seja por falta de criatividade, tempo ou orçamento.

E se você pudesse propor atividades divertidas, feitas com objetos simples que normalmente você já tem em casa, e que, principalmente, aumentassem a qualidade do tempo na companhia dos pimpolhos? É o que nós vamos mostrar agora. Confira nossas dicas e divirtam-se!

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Cama de gato

O que é necessário: • Fita crepe • Um corredor Estenda a fita crepe de um lado ao outro no corredor, formando uma “teia”. A ideia é atravessar o corredor sem encostar em nenhuma fita. Pode passar por cima, por baixo, se arrastando... só não vale encostar na fita.

SUPER DICA: Para deixar a brincadeira mais lúdica e divertida, simulem ser agentes secretos com a missão de resgatar o brinquedo favorito do outro lado do corredor.

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DIVIRTA-SE

Boliche

O que é necessário: • Seis a oito garrafas pets • Uma bola Esse jogo todos conhecem. É o velho boliche.

Posicione as garrafas no final do corredor – ou em um espaço amplo – e com uma simples bola (pode ser de meia também) tente derrubar o maior número de garrafas possível.

SUPER DICA: Coloque um pouquinho de água com tinta guache dentro das garrafas, tampe e sacuda. AS garrafas ficarão coloridas e deixarão a brincadeira mais atrativa.

Pé com pé - mão com mão

O que é necessário: • Folhas de papel • Caneta • Durex

Recorte cada folha ao meio e, em cada parte, desenhe um pé ou uma mão (se desenhar não for uma de suas habilidades, utilize o próprio pé ou mão como molde). Em seguida, espalhe as folhas colando com durex no chão, intercalando pés e mãos. O desafio é se deslocar pelos desenhos utilizando os pés e as mãos, sempre pé com pé e mão com mão.

SUPER DICA: Esta atividade estimula a coordenação motora, o ritmo e o equilíbrio da criança.

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Pintura com espuma

O que é necessário: • Espuma de barbear • Tinta guache • Potinhos ou caixa de ovo • Pincéis

Esta é uma ótima opção de atividade antes do banho. Coloque um pouco de espuma de barbear nos potinhos e misture algumas cores de tinta guache em cada um deles. Ofereça as paredes do box como tela e deixe a criatividade da criança fluir.

SUPER DICA: Ofereça inicialmente um pincel para despertar a curiosidade dos pequenos, mas deixem que utilizem as mãos ou transformem o próprio corpo em tela (apenas certifique-se de testar a tinta na pele da criança antes de iniciar a brincadeira). A espuma sai facilmente da parede com água, sabão e esponja.

Gostou das sugestões de brincadeiras?

Elas são da Nat e do Joca, mãe e filho, essa dupla super divertida e ativa que está em todas as fotos. A Nat usa o Instagram para compartilhar dicas de brincadeiras criativas, que não gastam muito e valorizam o tempo em família. Siga lá: @natashaligneul.

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