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CLASSIFICADOSVEÍCULOS

ROLIMÃ

DUÇÃO FOTOS: CBS/REPRO

PAREI NA CONTRAMÃO

PARADO NA CONTRAMÃO

Daí em diante, o rei iniciou a fase de simbiose entre as letras turbinadas com temas automotivos e uma paixão visceral por carros. Ainda em 1963, trocou o Fusca por um Chevrolet Bel Air e, dois anos depois, com o hit Quero que tudo vá para o inferno (1965), sentiuse um monarca absoluto a bordo de um Chevrolet Impala vermelho conversível.

O monarca absoluto do cancioneiro sentimental brasileiro completa 66 anos nesta quinta-feira. Supersticioso ao limite do transtorno obsessivo compulsivo (TOC), Roberto Carlos Braga deve estar com o altar de seu apartamento no Bairro da Urca, no Rio de Janeiro, repleto de velas azuis e brancas acesas orando para Nossa Senhora. O 66 é o quase diabólico 666, que, dependendo da interpretação dos versículos bíblicos, pode ser o número da besta.

COMO DOIS E DOIS Tudo vai mal

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para o rei. A alentada biografia Roberto Carlos em detalhes (foto), de Paulo César de Araújo, atrapalha o sono de sua majestade e teve audiência de conciliação entre o autor e biografado marcada para o malfadado dia 13 – sexta-feira, às 13h30. Porém, os advogados do cantor conseguiram adiá-la para dia 27. O dia 13 é tão macabro quanto vestir um paletó marrom para o cantor, que só usa branco e tons azuis.

DOCE LOUCURA Até o fim de 1965, Roberto Carlos acumulava sete automóveis (foto central): o Impala, um Oldsmobile conversível, um Esplanada, um Cadillac, um velho calhambeque e um Fusca 1.6 para os serviços de casa. Em 1968, ganhou um Jaguar da gravadora CBS, e, em 1971, recebeu de presente da Chrysler um Dodge Charger. No livro está a declaração de Roberto: “Eu apenas procuro recompensar as coisas que não tive durante a minha infância de menino pobre em Cachoeiro do Itapemerim”.

ESTRADA DE SANTOS A doutora em ciência ambiental Tatiana Schor, professora do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Amazonas, usa a canção Nas curvas da estrada de Santos como exemplo para sua tese de que vivemos em uma sociedade na qual as pessoas se reconhecem como iguais pelo que têm. Para Tataiana, “aqueles que se vestem com roupas do mesmo tipo, usam sapatos da mesma marca, dirigem carros de valores iguais se reconhecem como pares”. E completa, citando a clássica canção de Roberto : "Se você pretende saber quem eu sou, eu posso lhe dizer: entre no meu carro e na estrada de Santos você vai me conhecer". 120...150...200KM/H Foi a bordo do Jaguar, pelas ruas de São Paulo, que o rei compôs os versos da música que prega o excesso de velocidade e que dá título à nota. A música, conforme ressalta Paulo César na biografia, encerra o ciclo de canções automotivas.

MEXERICO DA CANDINHA Com tanto qüiproquó, Roberto Carlos voltou às colunas de fofoca, dessa vez não por ser “louco, esquisito e cabeludo” ou “porque dirige em disparada”. Aliás, dirigir em disparada é uma das brasas do rei, desde quando usava bermuda e era chamado de Zunga, em Cachoeiro do Itapemerim (ES), sua terra natal. Época em que, como conta Paulo César de Araújo na biografia, teve sua paixão despertada pelo automóvel.

A 300 KM /H Além das músicas, a velocidade impulsionou os três filmes do rei: Roberto Carlos em ritmo de aventura (1967), Roberto Carlos e o diamante cor-derosa (1969), A 300 km por hora (1971) (fotos à esquerda), todos dirigidos por Roberto Faria. Nos dois primeiros, Roberto interpreta ele mesmo, em situações que servem de mote para suas músicas. No terceiro, transforma-se no mecânico Lalo, que sonha ser piloto de Fórmula 1.

RONALDO MORAES/O CRUZEIRO/ARQUIVO EM-10/12/66 ARQUIVO/EM - 1971

O CALHAMBEQUE O primeiro foi um jipe de pedal, na vitrine do principal magazine da cidade. O pai, Robertino, não pôde comprar, mas meses depois, no Natal, deu ao filho um jipinho de madeira, desses de puxar pela cordinha. Com uma forte chuva, o brinquedo desmanchou.

NOSSA SENHORA Depois da overdose de gasolina , só em 1984, com Caminhoneiro, Roberto Carlos bebe um pouco de diesel e volta a pisar no acelerador. Em 1993, retorna ao tema, com O velho caminhoneiro e com a boléia enfeitada por santinhos e terços. Com o beatismo atual, a brasa do rei agora é pegar carona no papamóvel.

A PRIMEIRA VEZ Anos depois, entre idas e vindas, insucessos e muita persistência, Roberto estourou com Splish splash (1963) e comprou o primeiro carro. Paulo César conta em detalhes: “Um Volkswagen 1960, bege, com estofamento vermelho de chenile, equipado com calotas cromadas, antena estilo rádio patrulha e outras bossas”. O CRUZEIRO/ARQUIVO/EM

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