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ESPORTES

PC Gusmão ensaia jogadas entre o armador Wagner e o lateral Anderson e exige que o time seja eficiente na marcação para tentar superar o Fluminense, quarta-feira

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Força pelo lado esquerdo A ênfase nas jogadas entre o armador Wagner e o lateral Anderson, pela faixa esquerda do campo, indicam o que deve ser a aposta do técnico Paulo César Gusmão para o jogo de quarta-feira, contra o Fluminense, às 21h45, no Mineirão, pelo Campeonato Brasileiro. Aos berros e broncas, o treinador orientou as jogadas pelas laterais em um treino tático, precedido por uma preparação física, ontem de manhã, na Toca da Raposa II. De acordo com PC, os gritos são naturais e necessários para que sua equipe volte a vencer em casa, depois de três partidas sem ao menos marcar um gol. “O time precisa melhorar e tem de ter capricho nas finalizações, já que o tempo para os treinamentos é curto. Enfrentamos jogos a cada três dias, pelo Brasileiro e pela Copa Sul-Americana, e temos de aproveitar uma folga como a de hoje (ontem)”, afirma o treinador. Entretanto, a gritaria se restringiu ao gramado e a conver-

sa que o treinador havia prometido com o grupo ficou para amanhã, quando a equipe estará concentrada. Mas PC já mandou um recado aos atletas: “Quem não marca não joga no meu time”. O técnico explica que time comandado por ele precisa ser “compacto, coeso e amigo”. Isso, para “não sobrecarregar nenhum dos três setores”. Quem entendeu o recado foi o armador Wagner, que retornará à sua posição original na armação das jogadas e deixará a lateral esquerda a cargo de Anderson. “Estava crescendo atuando no meio, mas no futebol atual, quem exerce uma só função acaba ficando de fora”, explica Wagner, que prefere atuar em sua posição de origem, mas garante que está à disposição para a função que for melhor para o time. PC concorda com o jogador: “O Wagner tem qualidade demais para atuar de ala”. Enquanto o lateral-esquerdo Leandro, que chega a Belo Horizonte hoje de manhã, não entra em campo, Anderson, de 19 anos, exulta de alegria com a

oportunidade: “Era um sonho de criança. Acho que a ficha não caiu ainda”. Anderson quer agarrar a oportunidade, mas sabe que manter a posição será complicado. “Quando o Leandro jogou pelo Cruzeiro eu me espelhava muito nele”, reconhece. Se depender de PC Gusmão, o garoto terá de suar a camisa: “O Leandro era o lateral que eu queria”.

GOLS Elogiado pelo treinador no treino de ontem, o atacante Adriano Louzada ficou satisfeito com o tempo para o treinamento e acredita que a seqüência de jogos como titular pode fazer com que ele engrene e marque os gols que o time tanto precisa e que ficaram escassos desde a saída de Fred. “A torcida tem todo o direito de querer um substituto do Fred”, reconhece. Além de Louzada, participaram do treino como finalizadores os atacantes, promovidos da equipe de juniores, Diego e Tadeu. Weldon, também participou do treinamento, e foi a principal vítima dos gritos do treinador.

JORGE GONTIJO

CYAN MAGENTA AMARELO PRETO

DANIEL CAMARGOS

Wagner, que volta a ser armador, acredita que a versatilidade pode ajudá-lo a se manter como titular

PAULO FILGUEIRAS

No estádio da Pampulha, o Cruzeiro conquistou o título do Brasileiro, que perseguia desde 1971

Tríplice coroa azul EUGÊNIO MOREIRA A temporada de 2003, com certeza, ficará na memória do torcedor cruzeirense e na história do Estádio Magalhães Pinto, que, hoje, completa 40 anos – a comemoração será feita no clássico Atlético x Cruzeiro, dia 16 de outubro, pelo Brasileiro. Naquele ano, sob o comando do técnico Vanderlei Luxemburgo, a equipe celeste conquistou o Campeonato Mineiro, a Copa do Brasil e o Brasileiro, que perseguia desde 1971. Apenas o Estadual foi ganho fora do Mineirão, em Patos de Minas, diante da URT. Em 11 de junho, na segunda partida decisiva da Copa do Brasil, após empate por 1 a 1, no Rio, o Cruzeiro começou fulminante e, em menos de 30 minutos, fez 3 a 0 sobre o Flamengo, para delírio da torcida cruzeirense que lotava o estádio (o público foi de 79.614 pagantes). O gol de honra do time

carioca não diminuiu a comemoração pelo quarto título da competição. Em 1993, contra o Grêmio, e em 2000 contra o São Paulo, a festa também foi no Mineirão. Contra o Tricolor paulista, o gol do título veio somente aos 45min, numa cobrança de falta de Geovanni. No primeiro Brasileiro disputado no sistema por pontos corridos, o Cruzeiro foi brilhante desde o início. A partir da 8ª rodada, somente não foi líder na 16ª, 17ª e 28ª. Mas o Santos o acompanhou de perto e a conquista matemática veio com duas rodadas de antecipação, na vitória por 2 a 1 diante do Paysandu, dia 30 de novembro. A certeza do título era tamanha que a comemoração foi preparada com antecedência. E logo o torcedor cruzeirense teve motivo para aumentar a festa. Zinho, de falta, abriu o placar, aos 6min. Nem as chan-

ces desperdiçadas preocuparam, porque o Santos perdia para o Goiás, resultado que também servia para garantir o título. Aos 28min do segundo tempo, onze depois de entrar em campo, o atacante Mota, um reserva de luxo, xodó da torcida, fez 2 a 0. O gol do Paysandu, aos 45min, passou quase despercebido, mesmo porque o craque Alex, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, já comemorava sozinho, na pista ao redor do gramado. O público de 73.141 pagantes explodiu em festa, inundando as arquibancadas de estrelas amarelas, símbolo do título brasileiro. Depois, o Cruzeiro ainda goleou o Fluminense por 5 a 2, também no Mineirão, e o Bahia por 7 a 0, em Salvador, chegando aos 100 pontos e 102 gols marcados em 46 rodadas. A vantagem sobre o Santos, segundo colocado, acabou ficando em 13 pontos.

CYAN MAGENTA AMARELO PRETO

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