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ESPORTES

Armador, que deu a volta por cima, confessa que se sente desrespeitado com especulações sobre reforços para a camisa 10. Nome da vez é ex-santista Diego

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Gols seguidos aumentam a

confiança de Wagner

Depois de ser barrado, por problemas extracampo, durante o Campeonato Mineiro, Wagner retornou bem ao time cruzeirense, foi o herói do título estadual e tem mantido o bom nível DANIEL CAMARGOS

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epois de marcar seu quarto gol no Brasileiro – um em cada rodada disputada – e liderar a artilharia do Cruzeiro, o armador Wagner acredita que a torcida celeste pode ficar tranqüila, pois se sente cada vez mais confortável com a camisa 10, confiante em cobrir uma carência desde que Alex se transferiu, há dois anos, para o Fenerbahce, da Turquia “Estou trabalhando forte, para manter as boas atuações e continuar fazendo os gols”, diz ele, que tem chegado às redes adversárias desde que voltou a ser titular, no segundo clássi-

co contra o Atlético, pelas semifinais do Campeonato Mineiro. Fez, de falta, o primeiro gol da vitória por 2 a 0. Uma semana depois, levou o time celeste ao triunfo por 1 a 0 sobre o Ipatinga, que valeu a conquista do título. Wagner se sente desprestigiado com as constantes especulações sobre nomes a ser contratados para a estratégica posição. A diretoria do Cruzeiro parece ter tirado Felipe dos planos. Agora, o nome da vez é Diego, que foi revelado pelo Santos e não tem sido aproveitado no Porto, bicampeão português. “Faltou respeito, mas encarei numa boa, trabalhando por fora.” O armador chegou a ser barrado, em meio ao Estadual, depois de se envolver em episó-

ESTRÉIA FELIZ Distante das vaias e cheio de sorrisos, depois da vitória na estréia, o volante Léo Silva saiu de campo aplaudido e levantou a torcida, com boas jogadas. Ele diz que imaginava o bom começo. “É preciso

acreditar para alcançar os objetivos”, filosofa o jogador, que começou a carreira no futsal, no Maranhão, passou por times do interior paulista e chegou à URT, em 2002. No ano seguinte, foi contratado pelo Cruzeiro, sendo emprestado ao Ipatinga no fim de 2004. Defendeu a equipe do Vale do Aço até o mês passado, quando retornou à Toca da Raposa II. Seu objetivo, agora, é se firmar como titular e manter o nível da primeira partida. Perto do fim do jogo, foi substituído, ao se contundir e deixar o campo no carrinho de atendimento médico. Mas assegura ter sido apenas uma pancada. “Como o jogo já estava dominado, o treinador achou melhor fazer a substituição.”

O EM VIU

CRUZEIRO FÁBIO (Nota 6) Pouco acionado, foi seguro quando necessário. LUIZINHO (Nota 7) Principal opção de jogadas ofensivas. Participou dos lances dos dois gols. LUIZÃO (Nota 6) Veloz e tranqüilo, tem formado boa dupla com Dracena. EDU DRACENA (Nota 6) Preciso nos desarmes pelo chão. Hesitante nas jogadas aéreas.

ATUAÇÕES

dio noturno com garotas de programa, juntamente com alguns companheiros. Ficou vários jogos de fora e, desde que retornou à equipe, tem evoluído a cada jogo. Sua melhora serve de exemplo para o lateral-direito Luizinho, que, mesmo vaiado ontem pela torcida, conseguiu superar as críticas e conduziu a equipe à vitória. “A torcida só cobra de quem ela sabe que pode render. Por isso, vaiou Luizinho, quando ele errou um passe”, avalia Wagner.

CYAN MAGENTA AMARELO PRETO

FOTOS MARCOS MICHELIN

SANDRO (Nota 4) Produziu pouco. Saiu, no intervalo, para a entrada de THIAGO HELENO (Nota 6), que fechou a defesa pelo lado esquerdo. JONÍLSON (Nota 5) Limitou-se a correr e tocar a bola para os lados, à frente dos zagueiros. LÉO SILVA (Nota 7) Personalidade na estréia. Comandou o meio-campo celeste. FRANCISMAR (sem nota) o substituiu, sem tempo para participar do jogo. MARTINEZ (Nota 6) Tentou alguns lançamentos e marcou bem pela esquerda. WAGNER (Nota 7) Articulador das jogadas pelo meio, mostrou oportunismo, marcando o quarto gol, em quatro jogos pela competição. ÉLBER (Foto) (Nota 7) Fez um gol e deu o passe para o outro. Tentou armar jogadas de contra-ataque, fazendo o papel de pivô. GIL (Nota 3) Apagado, participou pouco da partida. DIEGO (Nota 6) o substituiu, no intervalo, buscou mais o jogo e criou mais jogadas de ataque.

JUVENTUDE Destaque para o lateral-esquerdo LINO (Nota 6), que tentou vários cruzamentos, e o volante RENAN (Nota 6), eficiente organizador de jogadas.

CYAN MAGENTA AMARELO PRETO

TORCIDA NÃO PERDOA O EX-GOLEIRO A torcida cruzeirense presente no Mineirão ontem à noite não perdoou o goleiro André e o vaiou sempre que pegava na bola. Contratado ao Internacional em 1999 para substituir o antigo ídolo da torcida Dida, André foi titular do Cruzeiro durante a conquista da Copa do Brasil de 2000. O goleiro se machucou gravemente naquele ano e ficou em recuperação na Toca da Raposa quase um ano. Depois, retornou mas sofreu outra grave contusão, no ano seguinte. O goleiro processou o Cruzeiro, alegando que a contusão foi acidente de trabalho. A equipe celeste foi condenada a pagar R$ 1,7 milhão, por não ter garantido o seguro para cobrir acidentes pessoais do atleta, previsto no artigo 45 da Lei Pelé. Questionado sobre as vaias e o processo, André disse que queria falar apenas de futebol. (Daniel Camargos)

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