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5 Visita técnica à Alur

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e Uruguai

e Uruguai

A superfície do parque forma uma mancha que se une a uma área de preservação uruguaia, Rincón de Franquía, e a uma área de preservação Argentina, campo General Ávalos, configurando um precioso corredor ecológico trinacional. A preservação da flora e da fauna, no lado brasileiro, vem enfrentando burocracias. Argemiro citou como exemplo a dificuldade enfrentada para trazer materiais escolares ou para realizar o intento de cavalgadas ecológicas. Disse, ainda, que nem sequer é possível mostrar o parque a toda a comunidade. Ademais, a rodovia BR-472 atravessa esse parque, e com isso há muitos animais que morrem ao atravessar as vias.

Tenta-se há anos a permissão da Secretaria do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Sema) do estado do Rio Grande do Sul para a constituição de um conselho do parque, e agora, sob pressão da Organização Transfronteiriça de ONGs, foi criado o Conselho Trinacional, com a presidência rotativa entre os países. Conta-se que latifundiários da região pressionam e disputam a composição do conselho, que ruralistas até inventaram ONGs e que se vetou a participação do Uruguai e da Argentina.

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Ademais, reclama-se que pesquisadores da UFSM estiveram estudando o parque, mas não retornaram com os resultados. A Sema também envia pesquisadores todos os anos, mas não traz resultados. Também passaram pelo parque pesquisadores da Universidade Federal de Lavras (UFLA), em um estudo sobre as formigas e seu papel na polinização. Dessa maneira, o conselho local é apontado como a única ferramenta de proteção – de modo geral, porém, falta o envolvimento real do Brasil. Elogia-se, no entanto, a rapidez do Uruguai em solucionar problemas.

Enzo Ferrari, do parque Rincón de Franquía, no Uruguai, ressalta as semelhanças ambientais e a possibilidade de o parque, por ser mais aberto, ser mais propício para a observação de aves que as matas fechadas. É, no entanto, um ambiente ameaçado, pois guarda espécies endêmicas em meios fragmentados.

5 VISITA TÉCNICA À ALUR

Funcionando desde 2006, a Alur possui unidades em Paso de la Arena, Bella Unión, Paiçandu e Montevidéu. A unidade de Bella Unión produz álcool, açúcar e energia elétrica. Nas demais plantas, produzem-se também etanol e biocombustível. A Administración Nacional de Combustibles, Alcoholes y Pórtland (ANCAP), empresa estatal uruguaia que se dedica à produção de combustíveis, lubrificantes, cimento e biocombustíveis, tem uma participação de 91% na Alur (figura 4).

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