PARANAGUÁ
Ilha do Mel
HISTÓRIA
TURISMO
CULTURA
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Agradecimento: Fotos Iroze Benck Picanço (41) 3472-3153 - 9924-9670. Claudinei Lima, Gilson Cesar Abrao, Priscila Forone.
Guia Histórico, Turístico e Cultural de Paranaguá
ÍNDICE Paranaguá
Ilha do Mel
Guia de Gastronomia ....................................9 Culinária Típica - Barreado .........................14 Cervejas especiais ......................................19 História Família Kubo..................................22 História Vovó Virgínia..................................24 Guia de Hotelaria ........................................27 História Hotel Palácio..................................32 Guia Histórico..............................................33 Paranaguá - Onde nasceu o Paraná ..........35 Ferrovia Paranguá-Curitiba.........................36 Histórico do Carnaval..................................37 Turismo em Paranaguá...............................38 Estação Ferroviária .....................................49 Porto de Paranaguá ....................................50 Estrada Morretes/Paranaguá ......................57 Guia Cultural ...............................................60 Tradições e Costumes ................................61 Grupos de Fandango de Paranaguá ..........63 Manifestações Populares............................65 Manifestações Folclóricas...........................67 Aspectos Geográficos .................................71
Guia de Hotelaria ...........................................4 Guia de Gastronomia...................................19 Culinária - Tainha na brasa ..........................20 História A Ilha Verde.....................................24 Turismo na Ilha do Mel.................................25 Uma lenda da Ilha do Mel ............................26 O que visitar.................................................30 Guia Histórico ..............................................32 Origem do nome ..........................................34 Localização ..................................................35 Histórico .......................................................38 Caminhadas pelas praias ............................39 Belezas Naturais..........................................40
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GUIA DE GASTRONOMIA
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Culinária Típica - Barreado Ingredientes: · 5 kg de lombo agulha, limpo de gordura e cortados em quadrados de cubos de aproximadamente 3x3 cm; ·½ kg de toucinho defumado picados em pedaços bem pequenos; · 3 cebolas grandes picadas; ·3 dentes de alho amassados; ·1 colher de sopa rasa de cominho em pó; ·1 colher de chá de pimenta do reino; ·sal a gosto (aproximadamente 3 colheres de sopa). Modo de preparo Colocar a carne em uma
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vasilha grande, depois colocase o restante dos ingredientes sobre ela. Misturar bem todos os ingredientes (com a mão) e deixar descansar por mais de 2 horas. Após o tempo sugerido, colocar tudo dentro de uma panela de barro de 15 litros (nunca usar panela de metal ou pressão). Em seguida colocar água suficiente para cobrir a carne e tampar a panela. Como cozinhar Cozinhar em fogo lento aproximadamente durante 12h, de preferência na véspera ou 1 dia antes, podendo ser esquentado na hora de servir. Como servir
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Coloca-se 2 ou mais colheres de farinha de mandioca no prato, e com uma concha retira-se da panela um pouco do caldo fervente e mistura-se com a farinha fazendo um pirão escaldado. A seguir, acrescenta-se porções de carne sobre o pirão. Acompanhamento Banana, laranja e arroz. Cachaça pura Alem do barreado há também outros pratos típicos do litoral à base de frutos do mar como o siri metido a besta, sardinha trepada, raia de fumero, arroz lambe-lambe, tainha recheada, calderada, bagre filho da mãe, etc.
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Cervejas especiais ganham espaço no mercado brasileiro Quando se fala em harmonização, a primeira coisa que vem à cabeça de qualquer um é vinho, contudo a cerveja tem, cada vez mais, conquistado mercado nessa seara refinada e ganhado inúmeros adeptos. Para se ter uma ideia, o segmento de cervejas especiais cresce em torno de 15% ao ano, as microcervejarias nacionais vêm se profissionalizando, e até o lúpulo, que é praticamente totalmente importado, já começa a ser produzido no país. A percepção do aumento do mercado das especiais é clara. Basta vermos os números de rótulos que temos disponíveis hoje no Brasil. A cada dia, vemos novas cervejarias serem abertas em todos os estados e importadores trazerem marcas diferenciadas. O consumidor das especiais aprecia a cerveja a cada gole e tem a preocupação de escolher a cerveja certa para combinar com o prato que está servido. Além disso, nas especiais, cada estilo de cerveja tem a sua temperatura ideal de serviço. Por outro lado, nas de sabor massificado, quando mais gelada melhor. Para difundir essa nova cultura cerveja existe até um movimento, chamado beervangelização. O objetivo é mostrar esse universo abrangente de estilos, cores, aromas e sabores através de eventos palestras com degustação e festivais.
Família Kubo
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HISTÓRIA Na década de 1990, surge em Paranaguá, cidade berço da civilização paranaense, a Confeitaria Vovó Virgínia. Com produtos diferenciados e de extrema qualidade mostramos através de nossos quitutes os encantos que nossa terra possui. Paranaguá, cidade de encantos e beleza, terra de mar e de sol, terra de gente hospitaleira e gosto refinado que sabe apreciar as coisas boas da vida, inspirados em todos estes fatores é que a Confeitaria Vovó Virgínia hoje é um sinônimo de qualidade em nossa queria Paranaguá. Com produtos internacionalmente conhecidos, temos orgulho de hoje ser um dos muitos pontos turísticos de nossa amada Paranaguá, tornando-nos uma referência em nosso estado. Situada no coração de Paranaguá e no coração dos Paranaenses a Confeitaria Vovó Virgínia convida você a conhecer o pedaço bom da vida!
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Fortaleza Nossa Senhora dos Prazeres
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HOTELARIA
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GUIA HISTÓRICO
Paranaguá - Onde nasceu o Paraná
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Ferrovia Paranaguá - Curitiba
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Hist贸rico do Carnaval
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TURISMO
EM PARANAGUÁ
Turismo em Paranaguá Quem vier até Paranaguá vai perceber a beleza do casario colonial, afinal suas paredes testemunham história local. Muitas atrações e grandes conquistas podem ser conferidas no “berço da civilização paranaense”. Paranaguá é uma cidade onde a religiosidade está presente em todo os cantos, vista através de suas belíssimas igrejas, como as de São Benedito, do Rosário e do Rocio. Um pedaço de história viva nas casas, nos museus, nos artefatos do mercado municipal, na dança do Fandango com sua música e versos e nos sabores típicos do Paraná. Passear pelo Centro Histórico é entrar em outra época, as construções de seus casarões e igrejas traduzem vários estilos que formaram a história da cidade. O centro histórico possui grande concentração de edificações dos séculos XVI, XVII, XVIII, XIX e XX, fazendo uma mistura de estilos que compõem a beleza arquitetônica atual. Seu
Posto de Informações Turísticas da Rodoviária Municipal Rua General Carneiro, S/N Horário de Funcionamento: Diariamente das 08h00 às 18h00
patrimônio histórico-cultural é de grande riqueza e preserva até hoje os seus inúmeros encantos arquitetônicos. Na rua da praia ainda podemos encontrar muitas construções que remontam do período colonial, quando os portugueses desembarcaram no município e expandiram seu casario pelas margens do rio Itiberê, tecendo a história e o destino da primeira cidade do Paraná. Seus casarios, suas ladeiras de pedra e suas igrejas seculares compõem um dos mais belos conjuntos arquitetônicos do Paraná e são testemunhos da importância econômica e histórica de Paranaguá. Propriedades rurais - Agraciado com belas paisagens, une o desenvolvimento à conscientização e preservação ambiental, que está presente nas propriedades rurais, onde se pode encontrar produtos agropecuários e artesanais, além de pesque pagues, orquidários, restaurantes e outros atrativos.
Centro de Apoio ao Turista Av. Arthur de Abreu, 44, Centro Histórico - (41) 3420-2940 Horário de Funcionamento: De segunda a sexta das 08h00 às 18h00. fumtur@fumtur.com.br - www.fumtur.com.br
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Paranaguá possui várias opções de passeios para entreter os turistas. Aqui o turista pode desfrutar da exuberância da natureza, conhecer a história do Paraná e vivenciar a simplicidade da vida rural.
PASSEIOS DE TREM Um dos passeios mais interessantes do Paraná é a descida de trem pela estrada de ferro Paranaguá-Curitiba. São 4 horas de viagem pela ferrovia, uma verdadeira obra de engenharia que passa por dentro da Serra do Mar, numa extensão de 110 km. Passando por 14 túneis escavados em rocha, 41 pontes e viadutos de estrutura metálica, durante o passeio é possível visualizar o magnífico panorama dos contrafortes da Serra do Mar com paisagens como o “Véu de
Noiva”, o Santuário de Nossa Senhora do Cadeado, aliado à técnica do arrojado traçado da estrada continuam sendo uma atração emocionante, mesmo depois de um século. A descida de trem oferece atrativos espetaculares em face da maravilhosa obra de construção da ferrovia Paranaguá-Curitiba. Em algumas horas de viagem os turistas contemplam o passado de uma ferrovia histórica junto com a paisagem exuberante da flora e fauna, tornando o passeio inesquecível. Pode-se dizer que
é indiscutivelmente uma dos passeios mais interessantes do estado. Cerca de 20% dos passageiros são turistas estrangeiros, que levam do Estado a lembrança de ter visitado uma das mais ousadas obras da engenharia mundial, que atravessa a maior área preservada de Mata Atlântica do país, e a única linha ferroviária regular de passageiros do Brasil. Poucos destinos no Brasil têm o valor histórico dos passeios pelos trilhos. Maiores Informações: (41) 3323-4007 (Serra Verde Express)
PASSEIOS DE BARCO Uma baía de beleza estupenda, com verdadeiros tesouros ambientais em cada uma de suas ilhas. Cercada pela Serra do Mar, suas águas abrigam uma variedade fabulosa de recantos, que fascinam e encantam a todos que a visitam! A beleza de sua fauna e flora é encantadora e impressiona pela exuberância da mata atlântica. Os manguezais são a origem de todo o ciclo de vida marinha e estão intactos na maior parte da baía. Os barcos que fazem o passeio pela baía de Paranaguá saem da Rua da Praia, próximos à estação náutica. Além de passear pela baía, também é possível visualizar o Porto D. Pedro II, visitar as comunidades pesqueiras e ilhas, entre elas a Ilha do Mel, um dos atrativos mais importantes do Paraná. Maiores informações: (41) 3425-4542 (Estação Náutica) / 3308-9800 (empresa Vela & Aventura)
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IGREJA DE SÃO BENEDITO Foi a primeira igreja construída no sul do Brasil por escravos negros devotos de São Benedito, acredita-se que por volta de 1600 a 1650. Padroeira da Irmandade de São Benedito, santo negro que os escravos chamavam de o "Glorioso São Benedito". Construída para a encomendação dos corpos dos negros mortos, para missas, casamentos e também batizados dos cativos, que não podiam freqüentar a igreja dos brancos. Até hoje é preservada, porém já foi reformada várias vezes. A festa em homenagem a São Benedito ocorre sempre entre final de
dezembro e início de janeiro. Alguns historiadores sustentam que a igreja foi construída, na verdade, em 1784. De qualquer forma é construção histórica, memorável na colonização do sul do Brasil. Trata-se de uma das melhores e mais autênticas edificações do estilo colonial brasileiro em solo paranaense. To m b a d a p e l o P a t r i m ô n i o Histórico e Artístico do Paraná em 1962 e pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1967. Possui em seu interior, magnífico acervo sacro que também foram tombados. Rua Conselheiro Sinimbú, Centro Histórico. (41) 3423-2205
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IGREJA DE NOSSA SENHORA DO ROCIO O templo de N. Sra. do Rocio é o Santuário da padroeira do Paraná. A devoção remota à segunda metade do Séc. XVII. Reza a tradição que a imagem miraculosa da Virgem do Rocio foi encontrada nas malhas da rede de pescar de pai Berê, humilde pescador que vivia à margem costeira da Baía de Paranaguá, no local chamado Rocio. Pai Berê e outros pescadores instituíram o culto à Santa do Rocio, ali se reunindo para rezar o terço, especialmente no mês de novembro. A referência mais antiga à Santa do Rocio, data de 1686, quando uma epidemia de cólera, cha mada "Peste Grande" assolou o litoral, vitimando famílias interias. A população recorreu à Santa, os apelos foram atendidos e a peste foi debelada quase que por encanto. Em 1813 foi construída a Capela de Nossa Senhora do Rocio. Decreto da Sagrada congregação para o culto Divino do Vaticano declara, em nome de Paulo VI, Nossa Senhora do Rocio padroeira do Paraná, em 1977. A sua tradição se estende por todo o Paraná como um santuário de perigrinação católica. A festa de N. Sra. do Rocio acontece na primeira quinzena de novembro de todos os anos. Localiza-se na Praça da Fé no bairro do Rocio. Tel. (41) 3423-2020
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Igreja de Nossa Senhora do Rosário É o mais antigo templo construído ao sul da capitania de São Vicente, em homenagem à N. Sra. do Rosário de Paranaguá e data de 1578, ano em que ficou pronta a construção. Foi o marco central do povoado e da vila de Paranaguá que começou a crescer ao redor da igreja, ao lado da qual ficava o antigo cemitério da vila, obra dos pioneiros Jesuítas e dos colonizadores portugueses. Acredita-se que teve sua construção autorizada pelo próprio Pero Lopez para fundar um marco colonizador fora da Capitania de São Vicente e Iguape. Em estilo colonial português, foi construída por escravos e libertos, devotos ao culto de N. Sra. do Santíssimo Rosário, padroeira perpétua da confraria do mesmo nome e do município de Paranaguá. O templo é uma das edificações mais antigas do Paraná e um referencial da confirmação da posse portuguesa no território paranaense. É a Catedral Diocesana, tendo sido tomba da pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná em 1967. Localiza-se no Largo Monsenhor Celso no Centro Histórico. Tel. (41) 3423-2293
Igreja da Ordem Terceira de São Francisco das Chagas Teatro da Ordem Foi o templo católico da aristocracia imperial parnanguara. Construída em meados do Séc. XVIII, pela Ordem Terceira de São Francisco, era igreja da elite parnanguara, e possuía, em átrio contíguo, um cemitério de crianças e sacerdotes. O templo sofreu obras de conservação durante o século XIX, a Ordem deixou de mantê-la e a Prefeitura Municipal assumiu sua manutenção. A torre, à esquerda da fachada, é construção posterior, datada em 1841. Sua arquitetura é barroca, toda em pedra e em obras de cantaria, simples nas suas linhas e sem ricas decorações.Tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná em 1962 e pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1967. Localiza-se na Rua XV de Novembro no Centro Histórico. Tel. (41) 3422-0488
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Palácio São José (Prefeitura Municipal) Antigo colégio dirigido por irmãs de caridade, instalou-se em Paranaguá no ano de 1903. Em 1978, o prédio passou a ser sede da Prefeitura Municipal, com sua inauguração no dia do aniversário da cidade, 29 de julho de 1980. Localiza-se na Rua Júlia da Costa, 322,Centro Histórico. Tel. (41) 3420-2700
Palácio Visconde de Nácar Mais que pela opulência e luxo original, o palacete é um referencial da história do Paraná e do Visconde de Nácar como um de seus expoentes. Foi o mais imponente e luxuoso prédio residencial da Província do Paraná, mandado construir pelo Comendador Manoel Antônio Guimarães, mais tarde Barão Visconde de Nácar. Data de 1840 e destinava-se a ser a sede do Governo da Província do Paraná, pois o Comendador Manoel entendia-se com direitos a ser o primeiro governador da Província, o seu Presidente e Paranaguá sua capital. Todavia, tanto o Comendador, seu palácio e a cidade de Paranaguá foram preteridos por Curitiba que foi escolhida para ser a Capital da Província do Paraná desde 26 de julho de 1854, embora Curitiba fosse muito menos significativa do que Paranaguá da época. Ficou para sempre marcado como símbolo de uma época de aristocracia e nobreza local. abrigou a sede da Prefeitura Municipal e da Câmara Municipal de Paranaguá. Possui características arquitetônicas neoclássicas. Em seu Interior nos fundos, onde
Palácio Mathias Böhn Palacete Barbosa, comércio forte situado na Rua da Praia. Foi construído no final do século XVIII. Teve sua fachada reformada no estilo historicista no final do século XIX, para se tornar Palácio Mathias Böhn, rico comerciante alemão que se estabeleceu em Paranaguá. Foi ocupada pela antiga Agência de Rendas e pelo Instituto Ambiental do Paraná e atualmente abriga a Estação Náutica. Localiza-se na Rua Gal. Carneiro, 258 no Centro Histórico. Tel. (41) 3425-4542
os escravos eram aprisionados, existe até hoje vestígio de uma antiga senzala. Abrigou a sede da Prefeitura e da Câmara Municipal de Paranaguá, atualmente é sede da Secretaria Municipal de Cidadania e do PROCON. Tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná em 1966. Localiza-se na Rua Visconde de Nácar no Centro Histórico. Tel. (41) 3420-60284
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Alfândega de Paranaguá www.skyscrapercity.com/
Construção da Alfândega e o primeiro trecho desta ferrovia que ligava o porto a cidade.
Localiza-se no final da Av. Cel. José Lobo.
Apesar dos protestos dos comerciantes de Paranaguá, a pedra fundamental do edifício da nova Alfândega foi lançada em 1903, na zona do Porto D. Pedro II. O engenheiro responsável foi o arquiteto Dr. Rudolf Lange e o engenheiro construtor o Dr. João Carlos Gutierrez. Tratava-se de um prédio de arquitetura do fim do século XIX e início do século XX, ou seja, arquitetura eclética, predominantemente do estilo RomanoRenascentista. A 10 de abril de 1910 instalouse a Alfândega de Paranaguá provisoriamente, ocorrendo o ato oficial só a 28 de outubro de 1911. Por muitos anos o edifício continuou a ser utilizado pela Fazenda Nacional, sendo também Agência da Receita Federal em Paranaguá até 1975, quando foi autorizado a mudar de local devido o precário estado de conservação do edifício da antiga Alfândega. Foi sede da Casa do Homem do Mar e da Sociedade da Marinha do Paraná – SOAMAR. Atu almente retornou as suas funções aduaneiras. Tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná em 1999.
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Casa da Cultura Monsenhor Celso e Sobrado da Matriz Casa Brasílio Itiberê A família "Itiberê" da Cunha, acredita-se tenha edificado as duas casas em épocas diferentes em meados do Séc. XVIII. O patriarca João Manuel da Cunha encantou-se tanto por Paranaguá, que acrescentou "Itiberê" ao nome de seus filhos. Assim, Brasílio Itiberê da cunha, foi um parnanguara dos mais ilustres, diplomata do Império, foi embaixador do Brasil, em vários países, inclusive na Áustria. Na mesma casa, nasceu outro notável parnanguara, irmão de Brasílio, não menos querido em sua terá, que passou à posterioridade como Monsenhor Celso Itiberê da Cunha, piedoso sacerdote, amigo dos pobres e da cidade. Brasílio nasceu em 1846, e Celso, em 1848, o Solar dos "Itiberê" da Cunha foi preservado para a posterioridade. Os monumentos estavam em ruínas e delas somente restavam paredes externas quando foi tombado pelo Patrimônio Histórico e Artísticdo Paraná em 1972. No prédio hoje funciona a Casa da Cultura "Monsenhor Celso", e o sobrado abriga a Casa da Música "Brasílio Itiberê". Localiza-se no Largo Monsenhor Celso, 23 - Centro Histórico. Tel. (41) 3420-2937
Casa Elfrida Lobo Trata-se de imponente vivenda construída pelo comerciante Antônio Lobo em 1930. Serviu de residência a uma das mais tradicionais famílias parnanguaras, nos mostra a majestosa arquitetura de sua época através de sua fachada, suas portas-janelas em arcos, seus balcões ornados com belos gradis de ferro fundido. Em estilo eclético, nela viveu com seus filhos a professora Elfrida Lobo, a conhecida "Dona Elfridinha", que se destacou ensinando francês no colégio "José Bonifácio" a muitas gerações de parnanguaras. Foi uma das damas mais tradicionais e ativas da cidade, daí ter marcado sua memória, pelos seus dotes de cultura e refinamento. Mãe e educadora exemplar, deixou um exemplo nobre de edificação e nobreza de caráter. A casa em que viveu acabou por encorporar o seu nome, sempre lembrado. Tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná em 1999. Localiza-se no cruzamento da rua Dr. Leocádio com a rua Fernando Simas no Centro Histórico.
Casa Cecy Marco da colonização árabe em Paranaguá foi construída por Musse Cecy e Esse Mattar Cecy para servir de moradia e de comércio. Ali foi instalada a "Padaria Cecy", que funcionou até o início da década de 60. Adquirida e restaurada pelo poder público, abriga a Fundação Municipal de Cultura "Nelson de Freitas Barbosa". Localiza-se na Rua XV de Novembro, 499 no Centro Histórico. - Tel. (41) 34202936.
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Clube Literário O Clube Literário de Paranaguá foi fundado em 09 de agosto de 1872, por Francisco José Machado da Silva, por uma constelação dos mais notáveis intelectuais da cidade e por sua elite social, a qual cultivava as artes e as tradições. O clube teve várias sedes, até chegar a atual 1930, onde instalou-se após ter sido devastado por incêndio e, graças aos esforços desmedidos de seus sócios recuperou-se e aí está até hoje. Suas tertúlias literárias e musicais foram muito concorridas ao tempo da Província e seus bailes eram os mais luxuosos e concorridos da aristocracia local. Além das atividades sociais, se responsabiliza pela divulgação da cultura na cidade. Por seus salões passaram personalidades importantes do império como D. Pedro II e Princesa Isabel. Localiza-se na Rua Faria Sobrinho, 474.Tel. (41) 3422-5635
Instituto de Educação Dr. Caetano M. da Rocha Quando Caetano Munhoz da Rocha foi Presidente do Estado (1920-1928) realizou diversas obras públicas no Paraná, entre elas, a construção da Escola Normal de Paranaguá. A inauguração ocorreu em 29 de julho de 1927. Para a época foi considerado um suntuoso edifício com suas vinte e quatro salas de aula e demais dependências. Em 1967 passa à denominação de Instituto de Educação Doutor Caetano Munhoz da Rocha.
christianbarbosa.blogspot.com.br/
A bela edificação conserva em seu interior um altar em estilo barroco, que pertenceu ao Dr. Caetano, quanto este morava em Paranaguá. É a mais tradicional instituição de ensino público da cidade e do Estado do Paraná, que aqui cursavam o primário e o ginásio e onde pontificaram mestres de primeira grandeza. É um monumento da cultura local. O monumento foi tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná em 1991. Localiza-se na Rua João Eugênio, 894. Tel. (41) 3423-1916
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Museu de Arqueologia e Etnologia de Paranaguá Antigo Colégio dos Jesuítas, sua construção durou cerca de 60 anos. A ocupação definitiva do prédio ocorreu em 1754 e a fundação oficial do Colégio foi em 1755. Foi a mais importante e maior Instituição de ensino construída pelos Jesuítas que aqui atuaram, até serem expulsos do reino pelo Marquês de Pombal. Destinava-se ao ensino das primeiras letras aos filhos da aristocracia do sul. Hoje, abriga o Museu de Arqueologia e Etnologia de Paranaguá – UFPR, inaugurado em 1962, possui um rico acervo cultural, importante referência turística e acadêmica. São mais de 25 mil peças, Coleções de arqueologia pré-histórica, cultural popular e etnologia indígena, além de documentação visual, sonora e escrita. O prédio foi tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1938 e como patrimônio do Estado em 1972. Maiores informações no site: www.proec.ufpr.br. Localiza-se na Rua XV de Novembro, 575 no Centro Histórico. Tel. (41) 3423-2511.
Museu do Instituto Histórico e Geográfico de Paranaguá Fundado em 1931, foi edificado no local destinado a ser a Capela-Mor do Colégio dos Jesuítas. Tem em seu acervo documentos e peças do século XVII e XVIII. Desta coleção, destacam-se os manuscritos originais de Vieira dos Santos tombados pelo Patrimônio Estadual e assinaturas do Imperador D. Pedro II, Princesa Isabel e Conde D'Eu, a imagem de Nsa Sra das Vitórias e o canhão do corsário francês que naufragou na ponta da ilha da Cotinga, em 1718, cuja descoberta foi em 1963 por membros da Sociedade Geográfica Brasileira. Orgulho da cidade, com acervo notável, destacaram-se como seus presidentes o Dr. Aníbal Ribeiro Filho, devotado médico, o Dr. Joaquim Tramujas, médico e político, e o Dr. Hugo Pereira Corrêa, advogado e professor. O prédio abrigou também o primeiro Posto de Vacinação do Distrito Sanitário de Paranaguá. Localiza-se na Rua XV de Novembro, 621 no Centro Histórico. Tel. (41) 34232892.. Horário de visitação: terça-feira à sexta-feira das 9h às 18h, sábado e domingo das 10h às 15h.
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Mercado do Artesanato A construção, que foi erguida em 1914, já abrigou o Mercado do Peixe que servia à comunidade dos pescadores que ali vinham comercializar os seus pescadores. Em 1983 após uma reforma tornou-se o então Mercado do Artesanato, servindo como ponto de venda do artesanato típico da região. Sendo em 2010 restaurado novamente, e a previsão é que abrigue uma agência de receptivo turístico, artesanato local, atelier de cultura indígena e de artes plásticas, lanhouse, entre outros. Localiza-se na Rua General Carneiro ou Rua da Praia – Centro Histórico. Tel. (41) 3423-2155 Horário de atendimento: segunda-feira a sábado das 9h às 18h e domingo das 9h às 12h O artesanato é de contribuição indígena, com uso de matérias-primas como a madeira, a palha, o barro e as fibras vegetais empregadas na confecção de utensílios domésticos, brinquedos, instrumentos musicais e objetos de adorno. Dentre as técnicas de artesanato nativo destacam-se a cestaria, a cerâmica e o entalhe em madeira. É feito nas ilhas e comunidades e pelas famílias indígenas que habitam a Ilha da Cotinga. Quando necessitam utilizar a madeira é preciso pedir autorização ao IAP – Instituto Ambiental do Paraná – que manda um técnico no local para verificar se há condições de uso sem prejudicar o meio ambiente.
Mercado Municipal do Café Iniciou-se a construção no governo de Afonso Camargo e concluído no governo Caetano Munhoz da Rocha. Um misto de art-nouveau com classicismo, todo em ferro fundido trabalhado em arco e rendilhados. Contemporâneo do Mercado do Artesanato, abriga hoje um centro gastronômico de frutos do mar e comida típica do litoral. Acredita-se que tenha sido edificado no largo onde outrora fora o logradouro em que estava instalado o pelourinho, símbolo do poder Real na cidade desde a sua fundação em 29 de julho de 1648. Localiza-se na Rua General Carneiro ou Rua da Praia – Centro Histórico. Horário de atendimento: segunda-feira a sábado das 9h às 18h e domingo das 9h às 12h Mercado MunicipalBrasílio Abud Foi construído em 1982 e seu nome homenageia um antigo prefeito de Paranaguá. Ocupa uma área de 2150 m2, possuindo boxes para venda pescados, produtos hortifrutigranjeiros, além de salas para administração. Em sua entrada possui um painel do pintor Emir Roth e está localizado na Rua da Praia. Tel. (41) 3420-2924 Horário de atendimento: segunda-feira a sábado das 7h às 18h e domingo das 7h às 12h
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Estação Ferroviária de Paranaguá Trata-se da 2ª edificação construída para atender a demanda de passageiros que chegavam a vapor com destino ao planalto e a primeira Estação Urbana da Estrada de Ferro “PARANAGUÁ - CURITIBA”. Marco inicial de uma das maiores obras de engenharia ferroviária do mundo, a ferrovia Paranaguá-Curitiba. Iniciada em 1880, quando foi lançada sua pedra fundamental pelo Imperador D. Pedro II e sua comitiva imperial. O edifício notadamente eclético com características neo-clássicas, possui uma arquitetura muito significativo que garantiu a sua inserção como reconhecido bem histórico do Paraná. O monumento foi tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná em 1990. Localiza-se na Avenida Arthur de Abreu no Centro Histórico. Tel. (41) 3422-8817 Estrada de Ferro Paranaguá - Curitiba A ferrovia Paranaguá – Curitiba que liga o litoral o planalto é uma verdadeira obra de engenharia que vence os contrafortes da Serra do Mar. Construída no período de 1880-1885 com o objetivo de estreitar a relação entre as cidades do litoral paranaense e a capital do estado, com vista ao desenvolvimento social do litoral. Além disso,
era imprescindível ligar o Porto de Paranaguá aos estados do Sul do Brasil, para que se desse vazão à produção de grãos dos estados e, dessa forma, garantir apoio ao desenvolvimento econômico da região. Foi inaugurada pela Princesa Isabel e sua comitiva de ministros e políticos do Império. Numa extensão de 110km, possui 14 túneis escavados na rocha, 41 pontes e viadutos de estrutura metálica. Magnífico panorama dos contrafortes da Serra do Mar com paisagens como o “Véu de Noiva”, o Santuário de Nossa Senhora do Cadeado, aliado à técnica do arrojado traçado da estrada continuam sendo uma atração emocionante, mesmo depois de um século. O Trajeto da Ferrovia serpenteia por abismos e penhascos inimagináveis no contorno da Serra do Mar, até atingir o planalto curitibano. Foi concluída pelo engenheiro Brasileiro Teixeira Soares depois que o seu construtor Giusepe Ferrucci, desistiu no Km 45, por julgar a obra impossível de ser concluída. Teixeira Soares tinha 33 anos quando conclui a ferrovia. Foi a primeira obra com essas características a ser construída no mundo. Tel. (41) 3422-8817
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Porto de Paranaguá Já era porto desde remotas eras, e sucessivamente foi trocando de nome: ‘’Porto do Gato’’ (diz-se que em homenagem ao Bandeirante Borba Gato), ‘’Porto D’água’’, ‘’Porto D. Pedro II’’, ‘’Porto da República’’ e de novo ‘’Porto D. Pedro II’’. Todavia, o porto mais antigo, ficava no rio Itiberê, e era conhecido como Porto de N. Sra. do Rosário. Somente quando chegaram os grandes veleiros é que o porto se deslocou para o Porto D’água, lá por volta de 1800. Inaugurado em 1935, hoje pode ser considerado o segundo Fonte Velha (Fontinha) Também chamada de "Fontinha" e "Fonte de Cima", sua construção remonta ao século XVII e é a mais antiga construção em alvenaria militar do município. Olho d'água natural e potável, que os índios Carijós chamavam de Camboa, e que significava lugar de água boa. Foi o primeiro reservatório de água do litoral, servindo à vila e depois ao povoado de Paranaguá por mais de 200 anos. De características nitidamente coloniais, foi construída com pedras que serviram de lastro aos navios negreiros originalmente. Abastecia os navios veleiros com "aguada", que aportavam no Taguaré (primitivo nome no Rio Itiberê) como última etapa antes de cruzarem o oceano. Conta uma antiga lenda, que os índios no começo do povoado envenenaram a água para hostilizar e afastar os colonizadores, mas, que Nossa Senhora do Rosário teria salvado os colonizadores da morte, o que fez com que os índios liberassem a Fonte. No fundo escuro e misterioso do
maior porto do país e o maior porto graneleiro da América Latina, sendo um grande terminal exportador de cereais, atuando principalmente na exportação de grãos e sendo também utilizado pelo Paraguai para transporte de sua carga, conforme um tratado com o Brasil. A visitação pode ser feita nos finais de semana a partir das 9h30 às 12h e das 14h às 17h. O atendimento para grupos se faz mediante agendamento. Tel. (41) 3420-1134.
subsolo, há uma caixa que se alonga em galeria, atravessando a cidade no sentido leste-oeste, até a localidade Porto dos Padres. Dizem que semelhante saída servia de refúgio dos Jesuíta, quando da perseguição provocada pela Lei Pombalina, que baniu a Ordem do Brasil. A fonte foi tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná em 1964. Localiza-se na Praça Pires Padrinho Centro Histórico.
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Praça de Eventos 29 de Julho Ao longo dos anos 70 e 80, foi implantado um aterro que descaracterizava irremediavelmente a relação histórica do Casario com rio Itiberê. Localizado na área mais importante do setor histórico de Paranaguá, o projeto de urbanização deste aterro considerou o importante papel desse local na História da cidade. Valorizando as perspectivas do Casario e seu entorno se desenvolve a Praça de Eventos 29 de Julho, sem obstáculos visuais, tendo como ponto focal o Colégio dos Jesuíta. Ao longo do rio, um amplo passeio se estende entre espaços intermediários constituídos por jardins e mobiliário urbano além de estarem estratégicamente posicionados monumentos como: O chafariz de ferro fundido, que marcou a instalação de água em Paranaguá no início do século; o obelisco, comemorativo a elevação de Paranaguá a categoria de cidade e o antigo bebedouro de animais em ferro fundido. Completando esta explanada, contamos ainda com o Centro Gastronômico, espaço ideal para alimentação e lazer e com o Palco Tutóia. A Praça de Eventos 29 de Julho foi inaugurada no dia 29 de Julho de 1998, nos 350 anos de Paranaguá.
Praça Rosa Andrade Neste local, deste o início do século XIX nas noites de luar, os casais de namorados aqui vinham para contemplar a placidez do Rio Itiberê. Foi, por muito tempo, reduto romântico da cidade. Mais tarde, aqui nas margens do Rio Itiberê, instalou-se um guincho mecânico, transformando-se em embarcadouro para cargas de barcos oriundos das ilhas, o que tornou o local conhecido como ‘’Pracinha do Guincho’’. Neste trecho do Itiberê, por muitos anos foi celebrada a Semana da Pátria com provas de natação e ragatas de equipes de remo do Clube Natação e Regatas Comandante Santa Rita. Este espaço da cidade era o largo Cel. Glicério até ficar definitivamente marcado como ‘’Praça do Guincho’’. Neste local, em 1999, foi inaugurada a Praça Rosa Andrade que Abriga o Centro Gastronômico da Juventude. Localiza-se no setor histórico da cidade, é valorizada pelos casarios e monumentos da Rua da praia, que contam a história de Paranaguá.
Praça da Fé Inaugurada em 1999, era um antigo aterro do bairro do Rocio, urbanizado e transformado em um espaço religioso para realização de Missa Campal em devoção a Nossa Senhora do Rocio, no seu dia - 15 de novembro. Recebe milhares de fiéis vindos de todos os cantos do país, agradecer as graças recebidas. O Marco simbolizado pela pedra em destaque na Praça da Fé reporta ao local da primeira capela onde a Imagem foi encontrada e apresentada ao povo, colocada em tosco oratório onde passaram a se reunir para rezar na primeira quinzena de novembro honrando o mês em que foi recolhida.
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Rua da Praia Local onde se encontra a maior concentração de sobrados coloniais. Estes seculares casarios da Rua General Carneiro mostram as linhas e formas de colonização portuguesa. Localiza-se em paralelo com a margem esquerda do rio Itiberê. Merece destaque a Praça Newton D. de Souza com seu bonito mural sacro de São Francisco das Chagas, do artista parnanguara Emir Roth.
Baía de Paranaguá É a maior baía do Estado do Paraná e considerada a terceira de maior importância no País pelo seu estuário lagunar, além de ser cercada pela Serra do Mar e pela Mata Atlântica. Rica em diversidade de fauna e flora é considerada a área de maior preservação da mata Atlântica no território brasileiro. A Baía de Paranaguá abriga extensas áreas de manguezais e remanescentes da Floresta Atlântica. Por este motivo, faz parte da Reserva da Biosfera Vale do Ribeira-Graciosa (UNESCO, 1991). Dentro da baía encontramse várias ilhas, sendo a principal delas a Ilha do Mel, e 7 comunidades pesqueiras (Amparo, Europinha, Eufrasina, Nácar, Ponta do Ubá, São Miguel e Teixeira), cujo acesso pode ser feito através de barcos que saem da Rua Praia. Rio Itiberê Está ligado à colonização paranaense, pois foi às suas margens que se fixaram os primeiros colonos transferidos da Ilha da Cotinga, quando ainda se chamava Taquaré. É navegável em uma extensão de 2000 m e deságua na baía de Paranaguá. Em suas margens se desenvolveu o antigo núcleo colonial dando origem ao casario da Rua da Praia.
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Cascata da Quintilha Formada por um acidente geográfico de aproximadamente 40 m de altura do rio Brejatuba está inserido dentro da Mata Atlântica, sendo considerada Área de Proteção Ambiental, devido a grande importância ecológica. Localiza-se na Colônia da Quintilha, a 8 km da BR 277, com acesso pela PR 508, km 4 (Rodovia Alexandra/Matinhos).
Ilha dos Valadares A Ilha passou à posteridade com esse nome por ter pertencido aos irmãos Valadares. Seus primeiros donatários eram comerciantes que se acreditava, terem sido traficantes de escravos, Por isso, por alguns anos, a ilha foi um posto de quarentena de escravos trazidos da África ao nosso litoral, ou que aqui chegados vinham da Bahia ou do Rio de Janeiro. Hoje, a ilha está ligada ao centro urbano por uma ponte conhecida como ‘’Passarela’’, concluída em 1990, e que dá acesso preferencial a pedestres. Situa-se a uma distância de 400 m do centro de Paranaguá numa área de 2,8 km2, à margem direita do rio Itiberê. É habitada por praieiros e pescadores que se dedicam à pesca artesanal e cultuam tradições como a de ser o palco do fandango paranaense, única dança típica litorânea. É abastecida por energia elétrica, água tratada e rede telefônica. Visitar a Ilha dos Valadares, antigo entreposto e cativeiro de escravos que ainda mantém a prática de rituais rurais como a feitura da farinha de mandioca, e é a sede do folclórico fandango, é imperdível para quem vai à cidade.
Ilha da Cotinga Local onde os primeiros colonizadores vindos de São Paulo, com a intenção de chegar a Paranaguá, se estabeleceram com receio dos índios carijós que dominavam a região. Situada na baía de Paranaguá, é hoje fonte de mistério, onde acham-se inscrições em ruínas e vestígios do início da civilização paranaense. Faz parte da história desta Ilha, antiga sede da primitiva povoação de Paranaguá, o naufrágio do navio pirata francês Boloret, ocorrido em 09 de março de 1718, sendo que muitos afirmam que piratas lá esconderam um tesouro. Os nativos são índios carijós, que até hoje habitam no cenário onde seus ancestrais nasceram. Em 1677, foi construída uma capela destinada ao culto de Nossa Senhora das Mercês, demolida em 1699, para se erigir a Igreja de São Benedito no continente. Em 1955 foi pedida a reconstrução da antiga ermida, e em 17 de março do mesmo ano realizou-se uma procissão marítima de retorno da antiga imagem de Nossa Senhora das Mercês esculpida em pedra e vinda de Portugal. No ano de 1993 a Ermida foi finalmente reconstruída, sendo sua inauguração no dia 25 de abril, porém atualmente só restam ruínas da igreja. O acesso ao templo é feito através de rústica escada de pedra, formada por aproximadamente 365 degraus, proporcionando uma bela visão da cidade e do mar.
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Floresta Estadual do Palmito Unidade de Conservação que tem por objetivo buscar o fomento e a defesa do uso racional do palmito. Possui Museu, trilhas ecológicas, cozinha experimental, viveiros de mudas, ancoradouro para barcos, lanchonete e loja de artesanato. Na Floresta Estadual do Palmito são desenvolvidas atividades de educação ambiental, as quais recebe destaque a importância da preservação do Bioma Floresta Atlântica - dos animais e da vegetação local -, a conservação do solo e dos recursos hídricos por meio do passeio por trilha interpretativa; de investigação científica pela necessidade da obtenção de informações sobre a dinâmica das relações entre a fauna,a flora, solo e água desenvolvidas por estudantes de cursos de graduação e pós-graduação de diversas universidades brasileiras e de outros países e aulas de campo promovidas por professores de diversa universidades brasileiras, onde alunos vêem na prática os conteúdos teóricos vistos em sala de aula. Acesso pela Rodovia PR 407, km 05. Tel. (41) 3424-5016 Horário de atendimento: segunda a sexta das 8h às 12h e das 14h ás 18h (agendamento por telefone).
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Estrada Morretes / Paranaguá A histórica Estrada da Graciosa - PR-410 atravessa o trecho mais preservado de Mata Atlântica do país e é amplamente utilizada por usuários que desfrutam das estruturas de lazer localizadas em seis recantos distribuídos ao longo de seu trajeto. Os trechos do antigo Caminho Colonial também são acessados pela Estrada da Graciosa e formam um cenário único com a sinuosa rodovia, a flora e a fauna típica da Serra do Mar. O Caminho da Graciosa é um dos cinco caminhos coloniais, em território paranaense, que atravessa a barreira natural da Serra do Mar, integrando o litoral e o Planalto Curitibano. As primeiras notícias deste caminho datam de 1721. A Graciosa recebeu ao longo dos tempos três prédenominações, ou seja: Trilha da Graciosa, Caminho da Graciosa, e Estrada da Graciosa. A estrada foi construída, a partir de 1854, ano da emancipação da Província do Paraná, com uma extensão de 28,5 Km, utilizando os antigos traçados tanto da trilha quanto do caminho, levou
20 anos para ser construída, e em 1973 foi oficialmente inaugurada. Até a metade do século XX a Estrada da Graciosa era a única estrada pavimentada em todo o território do Estado do Paraná. A economia paranaense dependeu por um longo tempo desta estrada. Nela que passavam os caminhões carregados de madeira, mate (um dos principais produtos de exportação, que saía dos Campos Gerais e Guarapuava), e café passando por Curitiba e seguiam pela Graciosa em direção ao Porto de Paranaguá e Antonina, até a década de 1960, transportando parte das riquezas produzidas e beneficiadas serra acima; servindo, também, como via de acesso às famílias de todo o estado que em época de verão se deslocavam em busca de lazer nas praias e ilhas do nosso litoral. Hoje, ainda são presentes os remanescentes históricos da trilha e do caminho, principalmente do último. São trechos de calçamento encontrados, em alguns pontos, ao largo da estrada, restaurados e conservados. Além das ruínas
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históricas que contém, parte da Estrada é utilizada regularmente, tornando-se a única via de acesso ao litoral com características de Estrada Parque e Caminho Histórico. Por isso, atualmente, o caminho e a estrada são largamente utilizados na preservação do patrimônio cultural do Estado do Paraná. Além de seu valor histórico cultural, a Estrada da Graciosa está inserida num dos últimos remanescentes da Floresta Atlântica. Por sua importância recebeu reconhecimento especial com a criação da Área Especial de Interesse Turístico do Marumbí, em 1984. A Serra do Mar Paranaense foi tombada pela Coordenadoria de Patrimônio Cultural da Secretaria de Estado da Cultura do Paraná, em 1986, cujas regulamentações são instituídas pela Lei 1.211/1953. Os limites geográficos do tombamento foram utilizados na declaração de Reservada da Biosfera da Mata Atlântica, instituída pelo MAB-UNESCO, em 1992. Estes dois instrumentos de preservação são de extrema importância para o patrimônio cultural, já que permitem uma atuação muito ampla de pesquisa e preservação.
A Estrada da Graciosa também limita dois importantes parques estaduais: o Parque Estadual da Graciosa e o Parque Estadual Roberto Ribas Lange. Os planos de manejo dos parques estaduais têm, atualmente, dado importância fundamental às questões de patrimônio cultural. Deste modo, faz parte de um conjunto de instrumentos de conservação, que envolve várias instituições do Estado, como: a Secretaria do Estado do Meio Ambiente/Instituto Ambiental do Paraná e a Secretaria do Estado da Cultura, entre outras. Com o intuito de propiciar aos usuários paradas agradáveis de descanso ao longo da Centenária Estrada da Graciosa, o DER implantou e mantém a conservação dos sete recantos denominados Vista Lacerda, Rio Cascata, Grota Funda, Bela Vista, Curva da Ferradura, Mãe Catira e São João da Graciosa, que representam hoje um dos mais importantes pólos turísticos do Estado e uma ótima opção de lazer para os habitantes da Grande Curitiba nos finais de semana, colocando-se em evidência a beleza da Serra do Mar Paranaense. DER / PR
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GUIA CULTURAL
TRADIÇÕES E COSTUMES
Fandango de Tamanco O Fandango, dança típica do Litoral do Paraná, é uma reunião de várias danças chamadas “marcas”, que podem ser bailadas ou sapateadas. Tem-se registrada perto de trinta marcas diferentes e muitas outras existentes ainda, próprias de cada região em que se dança o fandango. Os homens batem o sapateado com tamancos, e o ritmo é entremeados de palmas. O acompanhamento é constituído por uma ou duas violas, uma rabeca e um pandeiro. Somente os músicos cantam. O fandango é dançado em todo litoral paranaense; começa no início da noite e só acaba ao amanhecer. Em alguns pontos da baía de Paranaguá é dançado em cima do arroz, a fim de tira-lo do casco. A isso se chama “fazer gambá”. O Fandango paranaense, rico em diversas expressões no Litoral do Paraná, uma das mais importantes manifestações. “O Fandango de Tamancos”; uma dança típica dos caboclos e pescadores O fandango chegou ao nosso litoral com os primeiros casais de colonos açorianos, por volta de 1750, passou a ser “batido” principalmente
durante o “entrudo” (precursor do carnaval). Durante estes quatros dias a população do litoral paranaense não fazia outra coisa senão bater tamanco e comer barreado, que é um prato típico a base de carne e toucinho. A bateção começava à boca da noite de sábado, terminava pela manhã, descansavam durante o dia e assim por diante até zero horas de quarta-feira de cinzas. O fandango parnanguara é um misto do fandango espanhol (Dança de andamento vivo, em compasso ternário ou binário composto, cantada e sapateada ao som de guitarra e castanholas), com as danças dos nossos índios carijós . Com os primeiros casais (açorianos) se espalharam pelos recôncavos do nosso litoral. E, como era natural, sentindo nostalgia de sua terra natal, procuraram recordar à pátria distante com danças de sua terra. Então em contato com os indígenas, cuja dança também era de roda, eles acabaram incorporados e formando o “Fandango” - que é um misto do fandango espanhol com as danças dos nossos índios Carijós. Esse primeiro contato deu-se primeiramente na Ilha da Cotinga e demais ilhas da
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Curiosidades Existem 30 marcas diferentes e muitas outras, próprias de cada região em que se dança o fandango. Algumas conhecidas do Litoral do Paraná são: Anú, Queromana, Tonta, Andorinha, Cana Verde, Marinheiro, Feliz, Xarazinho, Xará Grande, Dondon, Chamarrita, entre outras. Os fandangos são dançados em ambiente fechado; principalmente, ou abertas, mas é necessário um chão de madeira, de modo que haja a devida ressonância do batido do tamanco (madeira). O acompanhamento é feito por uma ou duas violas; uma rabeca e um adufe (Pandeiro), e ás vezes caixa de bumbo. Os fandangueiros; homens e mulheres usam tamancos de madeira. O tamanco: fabricado com pedaços de madeira; cepo de laranjeira que jamais racha e além disso dá o melhor som. Também é fabricado de madeira Ipê. As violas: O acompanhamento do fandango é feito por uma ou duas violas. Os músicos cantam as músicas (cantador). Ás vezes, uma parte da letra é improvisação de momento, que sai de forma espontânea da alma do violeiro. As violas possuem geralmente cinco cordas duplas e mais meia corda; a que chamam de turina. Os violeiros desconhecem métodos de afinação, apenas “temperam a viola”. Eles não têm noções de tempo, compasso e divisão da música. A viola é construída de madeira caxeta (arvore grande e grossa, muito fácil de entalhar e cortar). Além disso, a caxeta não é afetada pelo cupim. Os artesãos; geralmente os próprios músicos, decoram as violas ( incrustações) com desenhos artísticos. A Rabeca: Tem 3 a 4 cordas. É semelhante ao violino. É também feito de caxeta, esculpida em madeira. Apenas a tampa é colada. Tendo o braço, e o arco de anela preta, ou cedro. O sedenho (bastão) do arco é feito de crina de rabo de cavalo, ou, mesmo de fios de linha. O Adufe (Adufo): tipo de pandeiro, é coberto com couro de cotia, ou de outro animal. Alguns adufes foram construídos com couro do cachorro do mangue. É fabricado com madeira de caxeta e as baterias são tampinhas de garrafas amassadas.
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Grupos de Fandango de Paranaguá
Grupo Pé de Ouro da Ilha de Valadares A Fundação Municipal de Cultura “Nelson de Freitas Barbosa” apóia as manifestações folclóricas em Paranaguá. Preparando oficinas de repasse, patrocínios á viagens e ao ensino do Fandango nas escolas de Período Integral. Existem em Paranaguá diversos grupos folclóricos que apresentam o Fandango de Tamancos e outras manifestações folclóricas brasileiras. Grupo Folclórico “ Mestre Romão “: É formado desde 1994. Foi constituído para divulgar a dança do fandango pelo Brasil afora. Participa de diversos festivais nacionais e internacionais de danças folclóricas. Além de inúmeras apresentações ao público em solenidades preparadas para tanto. É constituído de jovens e fandangueiros da Ilha dos Valadares, em sua maioria. Grupo Caiçaras do Paraná: É constituído de jovens e fandangueiros da Ilha dos Valadares. E de jovens que pertenciam ao Grupo de Fandango do Mestre Romão. Foi constituído em 2002. Também participa de inúmeras apresentações para o público em solenidades, eventos, festivais, etc. É constituído de jovens e fandangueiros da Ilha dos Valadares, em sua maioria. Associação de Cultura Popular Paranaense Mandicuéra: Fundada em 29 de julho de 2004, a Associação de Cultura Popular Paranaense Mandicuéra desenvolve trabalho e revitalização de manifestações folclóricas e atividades peculiares da cultura popular.
Grupo Mestre Romão È formada pelos grupos: Caiçaras do Paraná, Pé de Ouro, Folia do Divino, Boi de Mamão e Mandicuéra, este ultimo dedicado a pesquisa e repasse. Grupo de Fandango “Mestre Eugênio”: O Grupo de Fandango Mestre Eugênio, foi fundado por Eugênio dos Santos. É constituído de adultos, jovens da Ilha dos Valadares, em sua maioria. Comandados pelo Seu Eugênio; que possuí uma Casa de Fandango, onde acontece o baile de fandango aos sábados, na Ilha dos Valadares, bairro Sete de Setembro. Grupo Veterano “Pé – de- Ouro”: O grupo Pé de Ouro é formado pelos fandangueiros veteranos da Ilha dos Valadares. Realizam trabalhos de divulgação dessa manifestação e repasse particular da musicalidade através de oficinas ou acompanhamento a domicilio, mas sua principal atividade é a manutenção do fandango como manifestação espontânea com os bailes de fandango realizados na cidade principalmente no Mercado Municipal do Café. Grupo Mandicuéra Curumim: O grupo Mandicuéra Curumim é formado por crianças da Ilha dos Valadares, resultado de um trabalho da Associação Mandicuéra de repasse das tradições. Também realizam atividades com outras manifestações: como Boi de Mamão , Pau de fitas, balainha e folia do Divino.
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Manifestações e Usos Tradicionais e Populares Boi-de- Mamão O Boi de Mamão é uma das teatralizações do Auto de Boi Brasileiro manifestação que se encontra de norte a sul do país. Trata-se de um auto de ressurreição, em que o personagem Pai Mateus – dono do Boi-deMamão é morto por uma chifrada do Boi durante uma brincadeira. O Boi fica muito triste, pois não era essa a sua intenção e os participantes cantam para chamar o Dr Girão – um médico que apela para a simpatia para ressuscitar o morto. Com o Mateus vivo, as pessoas celebram com muita dança e música o Auto do Boi-de-Mamão. Balainha Os casais usam arcos de flores numa coreografia simétrica. Essa dança saúda a natureza e as flores. Seu ponto alto é a formação do Balaio com os arcos de flores. Pau-de- Fita È um agradecimento pelo bom trabalho e pela fertilidade da terra. Os casais dançam segurando nas mãos fitas que são trançadas no mastro que fica no centro da roda. Romaria do Divino Espírito Santo A Romaria do Divino é uma manifestação da religiosidade popular das pessoas da Ilha dos Valadares – Paranaguá – PR. A Romaria visita as casas da região e ilhas próximas, abençoando casas e cumprindo promessas de várias pessoas da comunidade que mantém a fé nesse culto popular. O período que ela se dá é em Pentecostes, que vai da Páscoa até 50 dias depois, o dia de Pentecostes. As origens dessa manifestação estão em Portugal da Idade Média. Em Paranaguá ela tem a seguinte configuração: duas bandeiras do Divino, onde as pessoas amarram fitas de cetim com
promessas e pedidos; a música é acompanhada por viola, rabeca, caixa e voz. As melodias são muito elaboradas e sofisticadas e as vozes são divididas em naipes diferentes e sempre muito afinadas.
Tio Chipá Tio Chipá vem de Tio achipá família de entidades africanas as quais corrigiam os indivíduos que de algum modo se desviassem das suas origens. Resquícios desta manifestação ainda permaneceram gravados nos costumes do povo do litoral de uma forma inconsciente e engajado nas atividades de entretenimento de carnaval. Tio chipás são figuras vestidas de panos floridos cobertos até a cabeça, levam consigo um bastão bem leve para bater nas pessoas e tinta preta para lhes pintarem a face. Em alguns lugares do Litoral estas figuras são conhecidas como Mascarados ou dominó. Cavalo de Cesto O cavalo de cesto também é uma manifestação de carnaval e se origina das burrinhas do Boi de Mamão, possui musicalidade própria e muito percussiva com temas que variavam a cada ano, homenageando ou satirizando períodos. Terço Cantado e excelências de guardamento O terço cantado é uma série de ladainhas em latim perante pedidos de uma família ou geralmente durante um velório. Essas ladainhas são cantadas em duas vozes e respondidas em coro por um grupo maior de pessoas. Essa cerimônia tem duração aproximada de uma hora e meia, solicitada quando o velório é cantado. São mais de 60 excelências de guardamento (versos para elevar a alma aos céus) acrescentando mais uma hora de cântico.
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Autos de Natal
Festa de São Benedito
Data: segunda quinzena de dezembro Local: Praça de Eventos 29 de Julho – Rua Gal. Carneiro – Centro Histórico Duração: uma semana / Periodicidade: anual Descritivo: na semana que antecede o Natal é realizada a procissão de luzes por todo o Centro Histórico, com apresentação de corais infantis, constituídos por crianças de instituições filantrópicas e o famoso coral Asa Branca. Juntos transmitem mensagens de fé e esperança.
Data: última semana de dezembro Local: é realizada na Igreja de São Benedito – Rua Conselheiro Sinimbú, 269,Centro Histórico Duração: 6 dias / Periodicidade: anual Descritivo: Festa religiosa antecedida por alvorada festiva, novenas, apresentação de corais, procissão pelas ruas, festejos populares e o tradicional leilão. No último dia da festa presta-se homenagem ao Santo Padroeiro dos Escravos.
Festa de Nossa Sra. do Rosário Data: última semana de setembro Local: Catedral Diocesana Nossa Senhora do Rosário. Rua Conselheiro Sinimbú, s/nº Centro Histórico Duração: 8 dias / Periodicidade: anual Descritivo: em homenagem à padroeira do município é realizada a festa religiosa com novenas, culminando com o dia da festa (07 de outubro) e procissão pelas ruas da cidade.
Festa de Nossa Sra. do Rocio Data: início de novembro Local: Santuário Estadual de Nossa Sra. do Rocio, na Praça da Fé - Bairro do Rocio Duração: 10 dias / Periodicidade: anual Descritivo: em homenagem a padroeira do Estado, a festa e composta por duas partes: a religiosa com novenas, procissão e missa campal; e a popular com mercado de artesanato, área de gastronomia, parque de diversões, shows artísticos e pirotécnicos.
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Outras manifestações folclóricas Festa de Nossa Sra. dos Navegantes Data: 2ª Quinzena de Janeiro Local: Paróquia Nossa Senhora dos Navegantes – Praça da Matriz Ciro Abalem, Ilha dos Valadares. Duração: 8 dias / Periodicidade: anual Descritivo: a festa é dividida em duas partes: a religiosa com novenas, procissão marítima e luminosa; e a popular com barracas de comidas típicas, bailes, shows com artistas locais, fandango e show pirotécnico. Carnaval Duração: 5 dias / Periodicidade: anual Local: Praça de Eventos 29 de Julho – Rua Gal. Carneiro, Centro Histórico Descritivo: Atração de tradicional destaque no Litoral Paranaense, Paranaguá festeja os 05 (cinco) dias de folia com: desfile das tradicionais Escolas de Samba; desfile de Blocos Carnavalesco; desfile de Blocos de Sujos e Foliões; Tradicional Baile do “Vermelho e Preto” Banho de Mar e Fantasia no Rio Itiberê, além dos animados bailes públicos. Exposafra - Feira Interativa para Caminhoneiros
Data: mês de maio Local: pátio de triagem do Porto Descritivo: A Exposafra é uma Feira de Negócios, que tem como objetivo aproximar cada
vez mais os fabricantes de produtos rodoviários do consumidor final, que são os caminhoneiros. Festa da Tainha e Festa do Pescador Data: mês de junho Local: Praça de Eventos 29 de Julho – Rua Gal. Carneiro, Centro Histórico Duração: 10 dias / Periodicidade: anual Descrição: A Festa da Tainha é um dos componentes da tradicional “Festa do Pescador” das ilhas do município. objetiva a confraternização dos pescadores em comemoração ao seu dia – 29 de junho. Realizam-se regatas de embarcações à vela, remo e motor, shows artísticos e venda da tradicional Tainha recheada, assada e frita, além de frutos do mar. Aniversário do Município Data: Final do mês de julho Local: Rua da Praia Duração: 10 dias / Periodicidade: anual Descritivo: Integra a programação de aniversário: Feira de Artesanato, Feira das Nações, Festival de Cultura, Exposição de Pinturas, lançamento de livros de autores parnanguaras, competições esportivas, desfile festivo, shows musicais, show pirotécnico e outras atrações em comemoração ao aniversário do município dia 29 de julho.
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Aspectos geográficos
Baía de Paranaguá
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