4 minute read

Prefácios

Next Article
Argila

Argila

Bruno Calvo Dorfman

Prefácio à primeira edição da Nova Gramática Oficial do Português Brasileiro

Advertisement

Os autores deste livro ousam a lisonjear que as regras por ele propostas e encomendadas logram justificarem a si mesmas, sendo eminentemente corretas e razoáveis. Decidimos, pois, que este espaço melhor serviria a uma explicação deste livro, e do interesse do governo em sua produção. Temos certeza de que isso também é eminentemente razoável àquele seleto grupo do corpo discente que poderíamos denominar ‘mentalmente privilegiado’ (ao qual, portanto, dispensamos da leitura desta parte e encorajamos que se adiante no estudo daquelas que se seguem), mas muitos, infelizmente, não pertencem a ele. Preocupações de inclusividade e acessibilidade, então, nos obrigam à escrita deste prefácio. Repito a questão: por que este livro? Naturalmente porque um país unido precisa de uma língua unida — e uma apenas — mas há uma pergunta mais interessante: como este livro? Nosso país sempre foi um de diversidade, várias raças vivendo em harmonia. É minha opinião pessoal que a marca definitiva do reconhecimento disso é o romance Iracema. Lá estão todos — indígenas, portugueses, franceses, holandeses, italianos e africanos. Surge, portanto, uma preocupação de garantir que a língua brasileira não exclua nenhum grupo. Por isso, para o fim de

modelar as novas regras da língua, os editores (escolhidos por um governo consciente da diversidade nacional e composto por pessoas de várias origens) consultaram muitas fontes, de todo tipo que podemos considerar legítimo e diversos autores, de Machado de Assis ao Padre Vieira e Luís de Camões. Naturalmente, também nos preocupamos com a acessibilidade deste arquivo. Previmos que nem todo estudante usaria aparelhos com tela touch. Portanto, também, fizemos este livro compatível com detecção ocular. Assim todos poderão ler a nova gramática do português brasileiro. Assinado, os editores Marcos Oliveira Gonzaga, Pedro Lafaiete Gonzaga, Ana Gonzaga Gonzaga e Rafael Cândido Gonzaga.

Prefácio à segunda edição da Nova Gramática Oficial do Português Brasileiro

Esta segunda edição veio mais rápido do que esperávamos e, francamente, desejávamos. Entretanto, os eventos seguintes à publicação da primeira edição forçaram-nos. A maior mudança entre a primeira edição e a segunda é a revisão de nossa previamente mal-examinada aceitação da predominância da próclise. Doravante, esse mecanismo será considerado vulgar. Esperará-se que o leitor e autor bem-educado manifeste visível preferência pela ênclise. Por fim, urgimos aos leitores que se atentem às cópias deste livro impressas ilegalmente. Uma verdadeira epidemia de impressões ilegais assolou a primeira edição desta gramática e, apesar de várias medidas tomadas à ocasião do lançamento da segunda, certamente veremos a continuação das cópias ilegais. O leitor deve lembrar-se que a Nova Gramática Oficial do Português Brasileiro não pode ser lida senão por meio de aparelhos eletrônicos em conexão ativa com a internet.

Prefácio à terceira edição da Nova Gramática Oficial do Português Brasileiro

Nós tivemos mais tempo para preparar esta edição do que fi-lo-emos para a última. Vós podeis, pois, esperar mudanças muito mais drásticas do que vistes na segunda edição, agora absolutamente obsoleta. Isso não deixa de ser infeliz, sobretudo considerando a ampla adoção de suas regras — ou de algo convincentemente semelhante a elas — mas nós temos certeza de que as novas propostas surgem simples e organicamente da língua, e que os leitores deste livro adotá-las-ão com facilidade. O primeiro item que precisamos corrigir é a absoluta dominância da ênclise, a qual tivemos a infelicidade de sugerir. Percebemos, agora, que a melhor solução para a divisão entre próclise e ênclise é que encontre-nos-emos no meio. Portanto, sempre que pudermos usar a mesóclise, deve-lo-emos. A expansão de nossas referências para incluir textos canônicos ou mais antigos também nos convenceu que é imperativo eliminar aquela abominável quimera ‘você’, a profana união entre as segunda e terceira pessoa. Regulações estão por ser passadas em todas as examinações ministradas por órgãos governamentais que penalizarão severamente qualquer uso desse pronome. Do mesmo modo, o leitor deve lembrar-se de jamais empregar a expressão ‘a gente’, que pode bastar para desqualifi-lo-car de muitas vagas. Embora possa pare-vos-cer cruel, essas medidas são necessárias para a realização de uma língua unificada, que não exclua parte alguma do povo brasileiro. Por fim, anunciamos que esta gramática não mais oferece suporte para tela touch. Para não prejudicar o ensino, a interface agora exige aparelhos mais avançados.

Prefácio a quartae edicioni de novae gramaticae oficiali de portuguesis brasileiri

Conforme recente lege de senati, novae provae exigirão correctam aplicacionem de casi de substantivorum. Leitor cultus não pode confundir casos. Leitor também deve ser advertidus que usus estensivus de pronominum é marca de ineducati. É importans característica escritae elegantis omitir pronomines. Em sistema simplece e coherente de nossae línguae, não é acceptabilis fazer errores assim. Escrever em língua culta é fácilis. Todi têm meios para escrever como classicis, e devem escrever como classicis.

Officiali nouissimae linguae grammaticae editioni praefatio brasilicae

Alumni, saluete.

In editione qua ante oculos tenent, occasio est uobis prima quattuor quinqueque cognoscere declinationes. In proxima, speramus de sonibus docere breuibus et longis.

Meminote! Aduocatus non adiuocatu Paucus non pocu Hodie non oie Uisibilis non uisiuiu Qui alieno loquet modo barbarus est. Loquere non sapit, et omni scriptae ignorans est. Sortem uobis bonam.

This article is from: