A CIÊNCIA SECRETA

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HENRI DURVILLE

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l.째VOLUME

PENSAMENTO


HENR I

D U R V I L L.E

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TRADuçÃO

DE UM

MEMBRO

DO CÍRCULO

EsoTÉllIco

* PRIMEIRO

VOLUME

EDITORA PENSAMENTO sÃo

PAULO


A todos aqueles que têm sêde de ideal, que sonham com a Justiça, a Liberdade moral, a Fraternidade, estas linhas são dedicadas. H.D.

MCMLXXVI Direitos

Reservados

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648, fone 278-4811, S. Paulo

J:.10

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HENRI

DURVILLE

o ser purificado de todo pensamento mau deve procurar, pois, as fôrças vivas. Pode-se auxiliar, certamente, mas esta transmissão de poderes faz-se por uma palavra, por um talismã, por uma varinha? Não, diz o adepto, e continúa esta instrução que pode servir de modêlo para a alquimia interior: "Aprende, ao contrário, que um tal poder não te será conferido senão por uma laboriosa e lenta cultura das fôrças psíquicas, subsistindo em ti em estado latente. "E' preciso abstrair-te em uma vida superior, exaltando poderosamente a tua vontade... Eleva em tôrno de ti como uma muralha que retem e emana de ti para as coisas sensíveis, encerra-te na cidadela hermética de onde sairás, um dia, invulnerável". (id.). Tal é o verdadeiro ensinamento iniciático que se oculta nos velhos receituários alquímícos, E' preciso primeiramente desenvolver em si tôdas as energias superiores que substituirão os maus instintos, destruidos não sem combate. Em seguida, tendo aspirado conscientemente as fôrças superiores, depois de as ter assimilado, o adepto poderá irradiá-Ias para aquêles que pedem o seu auxilio, seja para a cura do corpo, seja para o socorro da alma, que tem seus males, suas dôres, suas quedas e que nós temos o dever de auxiliar à própria evolução, se quisermos ser dignos do bem superior que nos foi concedido.

íNDICE

DAS

ADVERT:tNCIA PÁG.

Simples curiosos e vós, que procurais o poder brutal, o domínio; que procurais nêstes estudos iniciáticos o meio de sopitar as vossas paixões, ódios, amores, ambições, rancôres; que procurais o ganho material; desgraçados que tendes sofrido e não tendes sabido perdoar, êste livro não é para vós. Estas páginas são páginas de amor e de altruismo. - Mas vós, que tendes sofrido longamente e quereis sair do tormento, caminhai ousadamente sôbre a senda iniciática, e encontrareís a Serenidade, a Felicidade e a Paz. - As verdades eternas. - A Ciência Secreta: seu fim. - Um novo ciclo começa para vós. - Conhece-te a ti mesmo. - A lei dos ciclos. O Grande Segrêdo. - A meditação. - O nosso dever. .

PRIMEIRA

até nossos dias

SECRETA

Em todos os tempos, vemos sábios, pensadores, preocupados com o problema da Evolução. - O fim de todos os esforços tem sempre uma comunhão com os mundos desconhecidos nos quais nós somos banhados. - Necessidade de um duplo ensinamento: exotérico, público e esotérico, reservado a um grupo seleto. - A parte exotérica das filosofias e das religiões é a mais conhecida. - O segrêdo ao qual estão prêsos todos os iniciados tornam difícil a restituição da Ciência Secreta. - Como tornar-se um iniciado. - Adquirir primeiramente uma visão mais alta e mais nítida dos conhecimentos humanos. O laço entre tôdas as religiões, a semelhança de todos os ritos, a unidade de seu ensinamento. - A religião é necessária ao homem. - O iniciado está acima, ou antes, fóra de tôdas as religiões, na sua forma material, porque cairam todos os véus que lhe dissimulacam a idéia. . A

7

PARTE

As grandes correntes iniciáticas da China imemorial A CI:tNCIA

FIM DO PRIMEIRO VOLUME

MATÉRIAS

CHINA

A civilização muito avançada da China. - O sábio Fo-Hi; sua obra: Yi-King, onde estão contidos os mais altos e mais puros ensinos, é voluntariamente secreto e metafísico. - A obra de Confúcio. - :tle comenta o Yi-King e retoma a tradição sob a forma pessoal. - Culto

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pAG.

dos antepassados. - Culto da famUia. - Lao-Tseu está, sob o ponto de vista iniciático, superior a Confúcio. - O Tao ou Livro da Senda e o Te ou Livro da Virtude e da Retidão. - O Kang-Ing ou Livro das Ações e das Reações concordantes. - A obra de Quangdzu. As influências errantes. - Qualidades fundamentais do sábio. - O Dragão alado é, na China, a imagem do iniciado. - As seis etapas que deve o adepto vencer e a lenda do Dragão alado. - O ínacessivel Nirvana. . A

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37

o que

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íNDIA

Diferenças profundas entre o Bramanismo e o Budismo. - O primeiro é uma religião aristocrática e sacerdotal; o segundo, ao contrário, é uma religião democrática e social. - As duas formas, pública e secreta, do ensinamento búdico. - As doutrinas do coração e da vista. - A vida de Gautama Buda. Dados que formam a base do Budismo. - O soberano bem a atingir é o Nirvana. - Quatro conhecimentos são necessários para atingir a felicidade; o sofrimento está em tôdas as coisas e êle nos acolhe desde a primeira hora de vida. - A causa do sofrimento está na sêde de viver, na sêde de prazer, na sêde de poder ... - Como suprimir o sofrimento. - A Senda da Sabedoria consta de oito caminhos que conduzem à mais alta realização. - Os quatro caminhos do comêço; crença perfeita, intenção perfeita, palavra perfeiexotéricos

-

esotéricos - O lado esotérico do Budismo é a base dos estudos que devemos à teosofia. :- Porque os hindus de todos os tempos sempre guardaram segrêdo a respeito da parte mais elevada de seus ensmamentos. - O desenvolvimento das faculdades inatas, até à obtenção dos altos poderes. - Na base dos ensinamentos achamos a necessidade do conhecimento do EU. - A Unidade é a lei do mundo. - As tradições sagradas sob o véu áureo das lendas e das belas imagens.

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O Bhagavad-Gitd - O Bhagavad Gitâ ou Canto do Bem-aventurado. Krishna indica a Arjuna a direção que deve seguir aquêle que quer tornar-se um Sábio. - A primeira necessidade é operar segundo o seu dever. - O dever e a morte. - A separação do corpo e do espírito. - O supremo bem e como obtê-lo. - O domínio de si mesmo e como deve ser compreendido. - A luta contra a ignorância. A união com os poderes divinos. - O homem, vitorioso e pacifico, torna -se um Yogi, unido a Deus. - Os deveres do. iniciado. - As fôrças em si e os ritmos exteriores.

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A Voz do Silêncio

- Preceitos de ouro para o uso dos "Ianús" ou discípulos. - O conhecimentoo da verdadeira personalidade: o Espírito. - A voz misteriosa do silêncio; o que ela diz ao adepto. - A sedução exercida por Maya, a grande ilusão. - A dôr e seu papel na evolução. - AUM, o monosilabo sagrado; suas repercussões mágicas. - E' preciso vencer Mara, o sedutor. - Os três modos de conhecímento: a vigília, o sonho, o sono profundo. - Os mundos espirituais da mística hindu. - Conselhos superiores para a submissão do coração e do espírito. - Os poderes sobrehumanos. - A felicidade suprema. 101

63

BúDICA

O pensamento dominante do Budismo está na utilidade do Sofrimento e na necessidade da Renúncia. - O sofrimento é a resultante de nossas faltas, de nosso Carma. - Ensinamentos exotéricos. - Enslnamentos Esotéricos. . Ensinamentos

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BRAMANICA

A lei das castas. - Os Brâmanes ou iniciados, os Kshatriyas ou guerreiros, os Vaiçya.s ou trabalhadores d'e tôda a natureza e Çudras ou a multidão. - Como tornar-se um Brâmane. - Desde a idade de 7 anos, o futuro iniciado segue uma ascése complicada e estrita. - O conhecimento dos livros sagrados. - Dever de esposo 'e de pai. Vida de asceta e de anacoreta, - O Mdnava Dharma Sastra ou Leis de Manú. - Entre os dados de cosmogonia, de vida sã, de organização social e religiosa, etc., encontram-se, nêste livro, profundos ensinos iniciáticos. - A alta moral das Leis de Manú. - Uma ascése muito rígida é, para o Brâmane, o único meio de chegar ao fim. - Os Upanishads revelam-nos mais diretamente as belezas esotéricas do Bramanismo. - A V.edanta. .

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Ensinamentos

VÉDICA

conhecemos demais antigo, como tradição hindu, são os Vedas, os livros da Ciência Sagrada. - Os quatro Vedas: Rig-Veda., YajurVeda, Suma-Veda e Atharva-Veda. O Itihtisa e os Puranas. Os Sutras. - O conhecim-ento e o manejo das fôrças psíquicas são a base de todos êstes livros secretos. - O Atharva-Veda e as práticas mágicas. - Os meios, segundo a religião védica, de atingir a felicidade.

ta e conduta perfeita. - Os quatro caminhos mais elevados: pureza perfeita, pensamento perfeito, solidão perfeita e êxtase ou meditação perfeita. - As cinco regras da vida perfeita. .

A Voga. - Seu fim. - Raja Voga e Ratha Voga. - Preparo espiritual e preparo corporal. - Os perigos da Yoga..- Os Centros iniciáticos do Tib'ete. - Domínio das fôrças da natureza. - Os altos ensinamentos da índia.

A Voga -

O

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EGITO

71 O Egito antigo revela-se como uma nação adiantada em sua cultura e favorecida por uma sábia iniciação. - Dificuldades encontradas pelos Egíptólogos. - Os conhecimentos psíquicos dos egípcios foram certamente muito grandes. - O futuro promete descobertas muito importantes. 117 exotéricos - Dificuldades que apresenta a interpretação dos textos religiosos sob o ponto de vista esotérico. - Os três períodos do antigo Egito: Império Antigo, Médio Império e Novo Império. - Os conhecimentos dos egípcios no domínio da ciência eram muito adiantados. - Sob o ponto de vista psíquico não tinham grande coisa a nos invejar. - O panteon egípcio. - O divino Amon-Ra. - A religião egípcia, politeista no seu exoterísmo. é monoteista, íncontestavelmente, no seu esoterismo. - As fôrças ocultas. - Polar i-

Ensinamentos


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pAG.

zação da fôrça magnética. - A fôrça solar e a sua utilização para a mumificação dos corpos. - Os segredos do invisível. - A magia negra. - Apêlo às fôrças benéficas exteriores. - Conhecimentos astrológicos dos egípcios. - A religião dos egípcios. - Ela nos é revelada pelo LIVRO DOS MORTOS. - Os quatro elementos da personalidade humana. - O corpo. - O duplo ou KHA; é esta parte de nós mesmos que, em nossos dias, e segundo as escolas, se chama "duplo", "corpo astral" ou "perispír ito ". - Cenas do Templo de Amon, representando o corpo de Amenofis lU acompanhado de seu duplo. - A região misteriosa onde se tem o duplo da parte viva do corpo. - Onde vai o duplo depois da morte do corpo? - O embalsamamento. - Cuidados prestados à múmia. - As moradas eternas ou Syringes. - Poder do iniciado sôbre o duplo. - A essência vital ou Khú. - Destino da alma (Ba). - A partida da alma e o Amenti. - O julgamento final. 119 Eminamentos esotéricas tos que nos restam egípcios são muito pouco que sabemos muito avançada.

- A doutrina secreta do Egito. - Os documenrelativamente aos conhecimentos sagrados dos posteriores ao grande período iniciático. - O nos mostra que o Egito possuiu uma iniciação 160

Hermes Tri.smegisto - Seus livros iniciáticos: o Pimandro, Asc1epios, a Tábua de Esmeralda. - O Pimandro. - O que ensina a Consciência superior ao adepto. - A luta contra a ignorância. - Os defeitos de que é preciso desfazer-se. - Asc1épios ou Discurso de Iniciação. - Unir-se ao divino. - O conhecimento do eu. - Os poderes do adepto. - As visões sublimes do espírrto. 162 Os Mistérios de tsis e de Osfris - Como no Egito, se concedia a Iniciação suprema. - Os Templos. - A Grande Pirâmide; seu papel nos Mistérios secretos. - A Esfinge do planalto de Ghizeh. - As três pirâmides de Ghizeh. - Para que serviam as pirâmides? - As provas precedendo à Inicíação. - Séthos, ou a vida tirada dos monumentos do Egito antigo. - Os caminhos secretos que conduziam à luz iniciática. - O povo misterioso. - Advertência ao neófito. - Provas do Fogo, da Agua e do Ar. - Recepção do novo adepto no Templo. - O juramento do segrêdo, - Estado preparatório aos mistérios de fsis e de Osírís, - Conhecimentos requerldos para exercer as funções sacerdotais. - Purificações do corpo, do espírito e do coração. _ A última prova que desvendava ao adepto os mais altos segrêdos. - A iluminação interior. - A revelação do Segrêdo da grande deusa fsis. - Em que as descobertas modernas dos egiptólogos vêm confirmar o que a tradição relata sôbre a iniciação egípcia. - A porta da Esfinge. - O interior da grande pirâmide e seu mistério. O Templo subterrâneo, feito de granito, perto da Esfinge. Qual era o seu uso? . 172 A

GRÉCIA

Os ensinamentos helênicos são enfeitados de uma mitologia deliciosa. - O sentido oculto das alegorias. - Diferenças essenciais 'entre a iniciação egípcia e a iniciação grega. - As duas faces - exotérica e esotérica - da iniciação grega . 199

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Ensinamentos exotéricos - Os deuses e as deusas, os semí-deuses e os heróis. - Zeus, Deus supremo. - Concordâncias entre os principais deuses egípcios e gregos. - Como os deuses se tornavam favoráveis, - Os sacrifícios. - O culto dos mortos. - Os presságios. O bráculo de Delfos. - Como profetizava a Pitia. - Os infernos. - Castigos sofridos pelos maus. - Os Campos Elísios. - Onde repousam os bem-aventurados. 203 Ensinamentos esotéricos - O sentido sagrado das alegorias e das fábulas. - Édipo vencedor da Esfinge. - Aproximação entre a Esfinge de Ghizeh e a Esfinge morta por Édipo. - Atrás da face impassível da Esfinge egípcia e sob a fábula da Esfinge grega ocultam-se os mesmos ensinamentos.

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Homero - Sob o agradável céu da ficção, os poemas de Homero contêm alguns segredos da Iniciação helênica. - Os sacrifícios. - O transe profético de Cassandra. - Graças à magia, Circe muda em porcos os companheiros de Ulisses. - A evocação do adivinho Tirésias. - O Antro das Ninfas de Itaca. - Seu simbolismo é-nos revelado por Porfírio. - E' a imagem mística do destino das almas. 222 Os Mistérios de t.sis - Sua sobrevivência na Grécia. - Culto público e culto secreto. - A unidade de Deus. - A doutrina dos renasci mentos corroboram a da imortalidade da alma. - O julgamento final: concordância dos ensinamentos egípcíos e gregos. - "Morrer para renascer", tal era a fórmula antiga iniciática mais alta; o que ela significava. - Semelhanças entre a fábula da descida aos infernos e as experiências às quaís eram submetidos os noviços na iniciação ísíaca. - Os mistérios de fsís foram os inspira dores de numerosos outros mistérios, tais como os de Cabiras, Vulcano, Vênus, Júpiter, Mitra, Baco, Céres, etc, 229 Orfeu - O que nos conta a tradição relativamente à sua existência. Iniciador mais artista de todos os tempos, Orfeu se dirige mais à sensação do que ao pensamento puro ou ao julgamento. - Os mistérios de Dionisios. - A iniciação órfica decorre do ensínamento egípcio. - A lenda de Orfeu nos infernos e o que ela significa sob o ponto de vista esotérico. - A ação do iniciado sôbre os ritmos sagrados: a voz, o som da lira. - Ação terapêutica da música. Ação social. - A lira de Apelo e as harmonias do mundo. 237 Pitágoras - O ensínamento de Pitágoras é, em si mesmo, essencialmente laico. - Pitágoras foi iniciado pelos egípcios. - Sua estadia na Caldéía. - Volta de Pitágoras à Grécia, depois de 34 anos de ausência. - ~le funda sua escola. - Em que difere o ensinamento de Pítágoras da iniciação egípcia: mais 'experiências; o silêncio. - Estado de preparação. - Durava de 2 a 5 anos. - Direção física e moral. - Estado de purificação. - Higiene muito restricta. - Silêncio da voz silêncio das paixões, silêncio do espírito. - Educação das facutdades superiores do espírito. - Estado de realização. - A causa prpimordial. - As vidas futuras. - Os números, - A senda da perfeição. - Os versos áureos que Lysias nos conservou. Culto aos deuses imortais. - Guarda a tua fé jurada.' - Reverência aos heróis e aos espíritos semi-deuses. - Culto da familia. -


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A amizade. - Domina as tuas paixoes; sê nobre, ativo, casto; não te entregues à cólera. -Respeita-te a ti mesmo. - Reflete. Não te revoltes contra a tua sorte. - Sê conciliador. - Fala e opera com regra e medida. - Prevê as conseqüências das tuas decisões. - Aproveita tôdas as ocasiões para te instruires. - Vela pela boa saúde do corpo. - Segue teu regime sem ostentação. - Raciocina bem antes de agir. - Apenas desperto, reflete nas boas obras que deverás cumprir. - Cada noite faze o teu exame de consciência. 1!:stesconselhos conduzir-te-ão às virtudes divinas. - Roga a Deus. - A Matéria e o Espírito são idênticos em natureza. - Virás a ser clarividente. -' Cada homem deve descobrir as verdades sagradas. - Serás livre de tuas provas. - O triunfo do Espírito. - Quando abandona seu corpo mortal, o Sábio sonha a forma de um Deus imortal. 243 Os Mistérios de Eleusis - Ainda os Mistérios de Eleusis. - O símbolo do grão de trigo. - Pequenos e Grandes Mistérios. - Em que consistiam ós Pequenos 'e os Grandes Mistérios de Agra, - Purificações e sacrifícios. - Os Grandes Mistérios. - 1!:lesdão lugar, durante alguns dias, a festas grandiosas. - Os objetos sagrados conduzidos a Eleusínion. - Sacrifícios de animais em honra de Demeter. - Procissão de Atenas em Eleusis. - As vigílias santas ou as noites místicas. - Seu fim. - A lenda relativa a Perséfone. Sua explicação sôbre o ponto de vista iniciático. - A iluminação. - Ela permitia ao novo iniciado 'atingir aos planos superiores.' O drama místico. - O esoterismo que envolve esta parte dos Mistérios de Eleusis. - A Epoptia era uma iniciação superior que estava reservada a uma "élite". - Os grande segredos. - Fim dos Mistérios de Eleusis. 271 MOISÉS A iniciação hebraica revestiu uma forma de certo mais sombria e mais feroz do que as inciações egípcia e grega. - A obra de Moisés. Os primeiros anos de vida do grande legislador dos hebreus. - Moisés, salvo das águas. - A iniciação hebraíca decorre diretamente da iniciação egípcia. - Moisés, sacerdote de Osiris. 293 Ensinamentos exotéricos - Em que Moisés modifica as concepções egípcias. - Um só Deus, criador de tôdas as coisas. - As experiências iniciáticas desaparecem e dão lugar a instruções de muitos graus. - Simplificação do culto. - O 1!:xodoe como êle se produziu. - A pragas do Egito. - A passagem do mar Vermelho. 'Luta contra os Amalecitas. - A imposição das mãos e sua ação sôbre um povo inteiro. - A chegada ao Monte Sinai. - O Decálogo. - A Terra prometida. - Lutas sanguinolentas. - Trans. missão dos poderes místicos. - Os livros de Moisés. 295 Ensinamentos esotéricos - O lado secreto dos ensinamentos de Moisés. - Setenta discípulos recebem a inspiração. - A tradição secreta foi primeiramente transmitida oralmente. - Os livros iniciáticos: o Sepher Jezirah e o Zohar. - Dificuldades reencontradas para desembaraçar o sentido esotérico. - Fabre d'Olivet dá a primeira chave do esoterismo bíblico. - Saint Yves d'Alvey-

dre e sua Missão dos Judeus. cumpri-Ia.

Jesús não veio destruir a Lei, mas 303

JESúS Caraterísticos principais do ensinamento de Jesús. - Jesús desprende um magnetismo poderoso, fôrça persuasiva de sua palavra. - Amava as grandes Harmonias da Natureza. - Jesús, filho de Deus. O Deus de Jesús não é mais o Deus severo rugindo sôbre o Sinai, é o Pai de todos os sêres. 307 .' Ensinamentos exotéricos - O ensinamento de Jesús, como de todos os iniciadores, foi duplo: esotérico e exotérico. - Para a multidão, vela a verdade sob harmoniosas parábolas. - 1!:lereserva ensinamentos secretos aos apóstolos. - Antes de começar a sua prédica, Jesús se aproxima de João Batista. - João Batista era um iniciado que levava uma vida austera. - O batismo de João pela completa imersão. - O batismo era o vestígio da experiência pela água que, no Egito, precedia a iniciação nos Mistérios de Isis. - Morte, de São João Batista. - Jesús recebeu a luz em um centro iniciático? - A prédica de Jesús . .-:...O reino de Deus. - Os primeiros serão os últimos. - Aos trinta anos, Jesús inicia o seu ensínamento público. ~ Dificuldades encontradas em Nazaré. - Jesús estabeleceu seu principal centro de ação em Cafarnaum. - Os primeiros discípulos de Jesús. - Jesús prega o desinterêsse, a renúncia aos bens da terra. - Em Jerusalém. - Os mercadores do Templo. - As protecias e os milagres. - O fim do mundo. - Os doze discípulos de Jesús. - Seus poderes. - A morte de Jesús. . 311 Ensinamentos esotéricos - Razões que conduzem Jesús a reservar a um pequeno número de adeptos os mais altos ensinamentos. O que dizem a êste respeito os Apóstolos Paulo, Marcos e Mateus, - O lado esotéríco da religião cristã na primitiva Igreja, - Uma parte dos ensinamentos secretos transparece através das Epístolas de Paulo. - Os primeiros sacramentos. - Depois da imensa difusão do Cristianismo, os sacerdotes vêm a ser necessários; as cerimonias se complicam. - Semelhantes dos 'ensinamentos cristãos com os das iniciações antigas. - Simbolismo que se liga a cada parte do ritual. - Virtude das operações sacramentais. - O Evangelho segundo São João e seu esoterismo. - As fôrças superiores; chamal-as com o coração cheio de sinceridade e elas virão para vós. - A senda dos iniciados. - Amai-vos uns aos outros. 3:19 OS

GNóSTICOS

A Gnose ou Ciência de Deus. - Desde o século I, os gnósticos pregavam o seu Cristianismo à parte e, muitas vêzes, em oposição à pregação dos apostolos. - A doutrina gnóstíca, deixando uma grande parte à interpretação pessoal, multiplicou as seitas gnósticaso - Três categorias de fiéis: os hilicos, os psíquicos e os pneumátícos. - A tradição gnóstica, apesar das perseguições, atravessa idade média, sem ser profundamente deformada. - A educação pessoal do gnóstíco, - Símbolo da pedra bruta que deve ser a pe-


PÁG.

dra talhada. - Papel do martelo (vontade) e do cinzel (julgamento). - Contrariamente à Igreja Católica, os gnóstícos conservaram até nossos dias os mistérios e as experiências. - Mistérios ilumina dores e mistérios purificadores. - Purificações corporais pela Água, pelo Fogo e pelo AI. - O Mistério Inefável (Eucaristia) e o Mistério do Grande Nome. - A suprema iniciação é concedida com o Mistério das Ações pneumáticas. 341 Os Néo-çmôsticos - Aprendiz gnóstíco, companheiro gnóstíco, mestre gnóstico, mestre eleito gnóstico. - Estas quatro etapas comportam sete graus correspondentes a sete períodos da vida de Jesús. - Quadro sinóptico resumido da Iniciação néo-gnóstica. - A luta do Espírito contra a Magia. 350 Os Franco-Maçons - A Franco-Maçonaria. - Seu fim é formar pensadores. - Como tôdas as iniciações, comporta experiências renovadas .pela materia dos Mistérios Egípcios. - O fim dos Mistérios de Isis era preparar o adepto para o renas cimento. - A Franco-Maçonaria perdeu o sentido de seus ritos. - História rápida da Franco-Maçonaria. - A corporação dos pedreiros. - Como os dados iniciáticos se ocultam atrás de um ensinamento corporatívo. - Os Templários. - A fraseologia da Franco-Maçonaria é tirada da corporacão dos pedreiros e das fórmulas do companheírato. - Graus e emblemas, - De um centro iniciático, a FrancoMaçonaria veio a ser, em nossos dias, um organismo social. A luta antí-relígiosa é antinOmica com a tradição esotérica dos santuários. - Origem dos graus. - Antes de 1730, a Franco-Ma çonaria não comportava senão dois graus. - Depois, produziram-se numerosas mudanças.. - As três grandes bases: aprendiz, companheiro, mestre. - Os graus se multiplicam. - Os 33 graus do Rito Escocês antigo, aceito, e os 90 graus do Rito Misraím. - Os Franco-Maçons tentam tornar a dar o seu valor iniciático. - Correspondências dos graus atuais da Franco-Maçonaria com as' etapas que o iniciado devia passar nos Mistérios de Isis. - A Loja Maçônica; seus característicos. 356 O Grau de Aprendiz - :qetalhes das experiências que deve sofrer o postulante antes de obter o grau de aprendiz. - O profano se despoja primeíramente de todos os objetos de metal que leva. A câmara de reflexão e sua decoração mortuária. - Quais são os deveres do homem? - O testamento; em que êl'e consiste. O recipiendário é despojado de uma parte de suas vestimentas. - Por que - Batei e se vos abrirá. - A experiência da terra. A experiência do gládio. -" A primeira viagem e a experiência do Ar. - A segunda viagem e a purificação pela Água. - O atrito das espadas. - A terceira viagem comporta a experiência do Fogo. - O cálice de amargura e seu simbolismo. - A cadeia de união dos franco-maçons. - O juramento do segrêdo, - Eis aí a luz. -r-' O aprendiz recebe as insígnias de seu grau. - Os sinais de reconhecimento e as palavras de passe do aprendiz maçon. - Importância da orientação nas cerimonias maçônicas. - O trabalho dos aprendizes. 370 O Grau de Companheiro - Interrogatório do Aprendiz que aspira ao grau de Companheiro. - O Aprendiz concluiu o seu tempo e seu Mestre está contente com êle. - A primeira viagem. - O malho

pAa. e o cinzel. - Os cinco sentidos. - A segunda viagem. - A régua e o compasso. - As quatro principais ordens de arquitetura e seu simbolismo. - A terceira viagem. - A régua e a alavanca. - As artes liberais e o que elas devem ensinar aos companheiros. -A quarta viagem. - O exemplo de Solon, Sócrates, Licurgo e Pitágoras. - A quinta viagem. - A estrêla flamejante e a iluminação última. - Os sinais de reconhecimento e as palavras de passe do companheiro. 385 O grau de Mestre - O caminho retrógrado do companheiro. - A lenda de Riram e o seu simbolismo. - Reconstituição do assassínio de Riram na "câmara do meio". - Os Grandes Mistérios. _ Lições que, segundo o Grande Oriente, o Mestre deve tirar de sua iniciação. - Os franco-maçons atuais perderam o fim verdadeiro da iniciação. - Ignorância do Grande Oriente' em matéria de psíquísmo, - O segrêdo maçônico. - A estrêla flamejante simboliza o verdadeiro iniciado, dotado dos altos poderes que faz irradiar em torno para o bem de seus semelhantes. '397 OS

RERMETISTAS

Muitas seitas querem restaurar a verdadeira iniciação que a FrancoMaçonaria perdeu no curso dos séculos. Fim prosseguido pelos Rosa+Cruzes, Filósofos desconhecidos e Martinistas. - A iniciação alquímica e porque reentra no assunto do presente livro. 409 1.0 -

Os RosatCruzes Dificuldade pe penetrar no mistério que rodeia esta fraternidade secreta. Obra de Christian Rosencreutz. - O simbolo da Ordem: a Cruz e a Rosa. - Explicação iniciática. - A renovação do Espírito pela Arte. - Imagem dos Rosa+Cruzes, - A Rosa+Cruz manifesta-se na França em 1889. - A Rosa+Cruz católica. - Sob a forma de romance, Bulwer Lytton publica as tradições mais secretas da Rosa+Cruz. - Necessidade de não revelar os altos ensinamentos senão a pessoas experimentadas. - Os poderes sôbre-humanos do adepto. - Uma alegoria rosacruciana e os ensinamentos que ela contém. 411

2.° - Os Filósofos Desconhecidos - Os Filósofos Desconhecidos foram, sobretudo, místicos e, em certos casos, iluminados. - Os doze graus que encerram seu ensinamento iniciático. - Correspondência dêstes doze graus com as doze operações alquímicas. 426 3.° - Os MaTtinistas - Qual é a base da iniciação marlinista? papel dos iniciadores e o papel do adepto.

-

O 428

4.° - Os Alquimistas - Fins que se propõem os antigos alquimistas: a transmutação dos metais e a fabricação de um elixir de longa vida. - Em que as últimas descobertas justificam certas asserções alquimistas. - A matéria evolucionada. - Transmutações naturais. - A pedra filosofal ou a Coroa dos Sábios. - Sua preparação. - Seus poderes. - O auxílio das fôrças superiores. - Desenvolvimento do magnetismo pessoal. - A chave das operações alquimlcas: Solve, Coagula. - A pesquisa do elixir de longa vida. - Não há senão u'a molestia: o desequilíbrío das fôrças, um só remédio: a volta à vida sã, rítmica. A alquimia espiritual ou transcendente e em que consiste. - Ela permite libertar em nós um tesouro imenso das tôrças ocultas. 430'


íNDICE

DAS

GRAVURAS

PÁG.

Fig.

1 -

O véu enfu1714do, mmbolo da fÓ'rça vital

Fig. Fig.

2 3 -

Outros

O rei Séti I, chefe da XIX

Fig.

4 -

Anubis,

Fig.

5 -

O Sol, fonte de vida, envia d múmia os seus raios vitalizantes

130

Fig.

6 -

1sis impondo

as mãos sôbre o seu filho Horus

131

mmbolos

da

fÓ'rça vital

127

.

127

diMStia,

iniciado

pela

dem4

Hator

128

uma

Figs. 7 e 8 Fig.

9 -

e condutor

deus guardião

múmia

129

egípcio,

egípcio.s dito

.

joia

138

Cena mágíca relativa

Fig. 11 -

Benção

Fig. 12 -

Um egípcio impõe as mãos sôbre Amenofis

Fig. 13 -

Cerimonia

Fig. 14 -

O julgamento

da al1TUl no antigo

dos

.

Fig. 15 -

A Esfinge

Fig. 16 -

Disposições pero

a Amenofis

de Amenofis mágica

III

relativa

143

1II

.

144 11 ainda menino de Amenofis

·ao nascimento Egito.

111 145

segundo o "Livro

interiOT~

174

.

da grande

pirâmide,

Más-

segundo

192

.

O· Templo

Fig. 18 -

Plano

Fig. 19 -

Uma cenâ de adivinhação pintado A Pitia

144

157

no seu estado atual

Fig. 17 -

Fig 20 -

140

peitoral

Fig. 10 -

Mortos"

a

.

Dois amuletos

Amuleto

das almas, vela junto

cla Esfinge

do Templo

despojado Esfinge

das areias

195

.

196

na antiguidade,

segundo um vaso

209

. clando os seus oráculos, segundo U1TUlgravura

antiga

Fig. 21 -

Outra imagem da Pitia

de Delfos, segundo um vaso pintado

Fig. 22 -

Édipo vencedor da Esfinge, segundo Court de GébeHn

Fig. 23 -

Moisés impondo

Fig. 24 -

Jesús pondo as mãos sôbre um doente.

Fig. 25 -

Os emblemas· funerários

as mãos • da câ1TUlra de reflexão

211 213 219

299 327 372


pAG.

Fig. 26 -

Depois de ter feito de aprendiz

o

seu "testamento",

o

candidato

ao grau

é despojado duma parte de suas vestimentas

Fig. 27 -

Recepção do grau de aprendiz

Fig. 28 -

Sim bolos do grau

Fig; 29 -

Símbolos

Fig. 30 -

A estréla de cinco pontas,'simbolo

Fig. 31 -

A

Fig. 32 -

Imagem do papel aocia:l que deve gozar o franco-mo.çon

na Loja

.

ria escocesa

estréla

alCGfIÇ(I o

Fig. 33 -

Recepção

374

da Franco-Maçona379

de aprendiz

.

383

do grau de companheiro

386

do ser humano

394

flamejante

395

grau de mestre . do orou de 1I\estre

398 na Loja

da Franco-Maçonaria 403

escoces~ .

Fig. 34 -

Arcano

Fig. 35 -

Um laboratório

que

XX do Taro Alquimista. alquimilta,

segundo Khunrath

433 435

* Este livro foi composto e impresso pela EDIPE Artes Gráficas, Rua Domingos Paiva. 60 São Paulo.


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