Jornal Académico - 112 by Daniel Silva

Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho Director: Vasco Leão Distribuição Gratuita

112

Ano: V Série: III Ter 17.Nov.09

SC Braga/AAUM eliminado da Taça de Portugal DR

ACADÉMICO foi “para a rua” procura de perceber duas importantes realidades: o casamento entre homossexuais e as diferenças ainda vigentes entre homens e mulheres

Todos diferentes, todos iguais? DR

Luís Miguel Rodrigues é o primeiro candidato à AAUM RGA “calorosa” onde se foi apresentada a primeira candidatura à direcção da AAUM. Luís Miguel Rodrigues surge como o candidato numa lista assente em valores e ideias inovadoras, mantendo o trabalho satisfatório desnvolvido até aqui pela equipa de Pedro Soares. Uma lista de continuidade é a primeira a surgir para os destinos da direcção da AAUM.

Dr. Eloy Rodrigues comenta prémio dos SDUM em entrevista exclusiva Há mais de dois anos a trabalhar no projecto, Eloy Rodrigues faz, em exclusivo para o ACADÉMICO, o balanço de todo o empenho da equipa. Para o Director dos Serviços de Documentação da Universidade do Minho (SDUM) é importante continuar a melhor o funcionamento dos Serviços, apontando como prioridade a satisfação de todos os utentes das bibliotecas.

02 Ter 17.Nov.09

2º Página

Editorial Daniel Vieira da Silva daniel.silva@rum.pt

Na semana em que se ficou a saber que Pedro Soares não se irá recandidatar à direcção da Associação Académica da Universidade do Minho ficou-se, igualmente, a conhecer aquele que pretende “dar seguimento” ao trabalho desenvolvido nos últimos anos. Trata-se de Luís Rodrigues, aluno do 2º ano de Mestrado em Jornalismo, tem 23 anos e é natural de Penafiel. A sua candidatura à direcção da AAUM foi entregue ao presidente da Comissão Eleitoral ainda no dia da RGA. Luís Rodrigues, actual tesoureiro da AAUM é já uma cara conhecida no meio associativo no Minho e promete acrescentar novas ideias e projectos a alguns que tem vindo a ser desenvolvidos pela actual direcção. Resta esperar que apareçam outras candidaturas aos órgãos de governo da AAUM de forma a que discussão de ideias seja possível e que, dessa forma, se honre este acto eleitoral tão importante para a academia. É altura de não se esconderem atrás de nomes, é altura de apresentarem ideias, é altura de pararem de criticar por criticar. Sejam parte activa na construção de uma academia mais unida e de uma Associação Académica em que todos se revejam. Ainda sobre os órgãos de governo da AAUM, quero partilhar um sentimento de satisfação pela RGA da passada semana. Há muito que não se via uma RGA assim. Sabemos, também, que a pouca periodicidade das mesmas reflecte-se na infindável lista de pontos da ordem de trabalhos. É lamentável que isso aconteça. Porém, é de salutar a troca de ideias entre os presentes mesmo que, para isso, fosse necessário ver os ânimos um pouco mais quentes em alguns momentos.

A subir

Estudantes unidos. Poderá ser o regresso do movimento nacional estudantil. No dia em que sai o ACADÉMICO estudantes da UM manifestam-se em Lisboa com colegas de outras academias. Façam-se ouvir!

A descer

SCBraga/AAUM. Com objectivos bem definidos - subida de divisão - a equipa de futsal continua a desapontar. Desta feita foi afastado da Taça de Portugal por uma equipa da... III Divisão. Também por aqui há crise?

No ponto

Diferenças sociais. Constata-se que a sociedade portuguesa, mais especialmente os jovens, diminui, de forma activa, as diferenças sociais e aplica o princípio de paridade no seu dia-adia. Afinal, a sociedade evolui!

Queria, para finalizar, destacar a reportagem desta edição. Diferenças sexuais foi o tema lançado. O ACADÉMICO foi “para a rua” e tenta esclarecer um pouco o que se passa na realidade em Portugal acerca do assunto. Uma reportagem que surge numa altura em que o casamento entre pessoas do mesmo sexo é ponderada para um referendo nacional. Pessoalmente acho que, caso isso acontecesse, a resposta da uma sociedade moderna será cabal. Caros colegas... Até para a semana! Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho nº 112 Ano:V Série:III Ter 17.Nov.09

Ficha técnica

Director: Vasco Leão Editor Executivo: Daniel Vieira da Silva Redacção: Ana Cristina Silva, Carlos Rebelo, Cátia Alves, Catarina Correia, Cláudia Rêgo, Eduardo Rodrigues, Elsa Moura, Francisco Vieira, Helena Sofia Costa, Isabel Ferreira, Joana Gramoso, João Pedro Mendes, Letícia de Sousa, Luciana Silva, Melanie Rijo, Sónia Ribeiro, Sónia Silva e Tânia Ramôa Colaboradores: Ana MacKay, Asli Ince, Aslihan Sekerci, Bárbara Santos, Cátia Castro, Edite Zazerska, Elyn Monatin, José Reis, Nuno Cerqueira, Sandra Pimenta, Sara Eberle e Teresa Medeiros Grafismo: Daniel Vieira da Silva Impressão: Gráfica Amares Morada: Rua Francisco Machado Owen, 4710 Braga E-mail: jornalacademico@rum.pt e semanarioacademico@gmail.com Tiragem: 2000 exemplares

Correio do Leitor Para publicares a tua opinião no ACADÉMICO, envia o texto para jornalacademico@rum.pt, com uma semana de antecedência à publicação do jornal. O conteúdo dos textos é da inteira responsabilidade do seu autor, e por isso, o mesmo deve identificar-se com o primeiro e último nome, e número de aluno. Esta rubrica pretende ser um espaço aberto para que todos possam interagir com o jornal, através da exposição de questões relativas à Universidade do Minho e o meio envolvente. Os textos serão publicados por ordem de chegada.

Região

Ter 17.Nov.09

Relaxar com obras de arte Cláudia Fernandes alaufernandes@hotmail.com

O Centro Utopias Sonhos e Projectos (CUSP) é um espaço que abre portas aos jovens artistas, nas áreas da pintura, escultura e fotografia, entre outras. Desta forma, o objectivo primordial é proporcionar aos autores desconhecidos a possibilidade de apresentarem seu talento, expondo as suas criações. Quem o olha de fora, acredita estar em frente a uma simples garagem. No entanto, por trás do portão vermelho, esconde-se um foco de divertimento e cultura. Em declarações à imprensa, Amadeu Clasen, responsável pelo CUSP, assegura que o local pretende “abrir as portas

a quem, de forma espontânea ou não, queira mostrar o que faz em todos os domínios na arte”, não havendo, inclusive, qualquer objectivo a “nível comercial”. De acordo com a mesma fonte, o espaço tem recebido alguns trabalhos de pintores “desconhecidos ou em fase de afirmação de carreira”, e têm-se, consequentemente, conseguido vender algumas obras Sediado na Rua Nova de Santa Cruz, em Braga, o CUSP tem patente, desde a semana passada, uma mostra do artista nortenho Jerónimo Fernandes, numa homenagem conjunta daquele espaço com a galeria O Beco Sem Saída. Assim, estão expostos trabalhos que retratam as várias facetas do criado que faleceu em 2003, e cuja obra transcende a pintura. Jerónimo Fernandes chegou mesmo a mostrar o seu trabalho em Brasília, capital do Brasil. Esta exposição, que ocupará o CUSP até 7 de Dezembro, denomina-se “Sensação de existir” e resulta de uma colecção particular. Pode ser visitada todos os dias, das 19h00 às 02h00. Qualquer pessoa que queira desfrutar de um final de dia diferente, encontra

Espaço cultural fica sedeado junto da Universidade do Minho

ali todos os ingredientes para que isso seja possível. Desde o relaxamento normal dos bares, à música e, ainda, uma vertente cultural para colorir esses

momentos de lazer. O CUSP funciona, noutra perspectiva, como um montra para os jovens criadores à procura da afirmação da sua carreira.

Tin-Bra - Grupo de Teatro Infantil de Braga anima refeições dos bracarenses

Braga à Mesa serve-se com... Teatro DR

Sónia Silva sonia.silva.8@hotmail.com

O Pelouro do Turismo da Câmara da Braga, com a colaboração da Entidade Regional de Turismo do Porto e do Norte de Portugal, promoveu um programa gastronómico especial intitulado “Braga à Mesa”. Este programa visa a promoção da melhor gastronomia Bracarense, designadamente dos seus pratos mais característicos: Bacalhau à Braga, Papas de Sarrabulho, Arroz de Pato, Cabrito à moda de Braga e da sobremesa mais famosa desta região: Pudim Abade de Priscos. Tudo isto bem regado com os melhores vinhos da região. Esta iniciativa apenas terminará no dia

Certame conta com animação teatral indédita

29, e conta com a adesão de cerca de cinquenta restaurantes. A originalidade deste programa gastronómico passa pela animação que lhe está inserida. O Tin-Bra – Grupo de Teatro Infantil de Braga, é a equipa responsável pela essência do “Braga à mesa”. Este grupo já passou por diversos restaurantes, incluindo o “Cozinha da Sé”, onde os comensais puderam assistir à convincente actuação de Eva Mendes e Vânia Silva. Durante cerca de 15 minutos, Eva Mendes interpretou o papel de uma mãe muito conservadora que almoçava com a filha, um “diabinho”. As unidades de restauração “Astória”, “Brito’s”, “Cruz Sobral”, “Centurium”, “Campo da Vinha”, “Casa Pimenta”, “ De Bovro” “Taberna Migaitas”, “Taberna Velhos Tempos” e “O Lacó” foram já presenteadas com a actuação dos grupos do Tin – Bra, sendo que neste último os clientes puderem “saborear” a exibição de dois mimos, que encanta-

ram sobretudo os mais pequenos. O Tin – Bra fez sucesso no restaurante de Fernando Migaitas, onde apresentou um pequeno momento de dramaturgia. O conhecido empresário bracarense tece louvores ao programa “Braga à Mesa”, porque, para além de promover a gastronomia, fomenta também a cultura. Neste restaurante os momentos culturais não são novidade, e o teatro foi muito bem acolhido pelos clientes habituais que ficaram maravilhados. O objectivo de todas estas actuações era surpreender os clientes e, claramente foram todos apanhados de surpresa. “As pessoas têm aderido bem e tem sido uma experiência interessante”, confessou Eva Mendes, uma das actrizes responsáveis. Até ao final do programa gastronómico “ Braga à Mesa” o grupo de Teatro Infantil de Braga irá passar por todas as unidades de restauração aderentes, animando os jantares de Sábado e almoços de Domingo. Publicidade

04 Ter 17.Nov.09

Campus

Reunião Geral de Alunos “quente” apresenta candidato à AAUM RGA “calorosa” onde se foi apresentada a primeira candidatura à direcção da AAUM. Luís Miguel Rodrigues surge como o candidato numa lista assente em valores e ideias inovadoras, mantendo o trabalho satisfatório desenvolvido até aqui pela equipa de Pedro Soares. Uma lista de continuidade é a primeira a surgir para os destinos da direcção da AAUM Elsa Moura elsa.pmoura@gmail.com

Joana Gramoso juana_cs8@hotmail.com

No passado dia 11 de Novembro, quarta-feira, decorreu no CP2 mais uma RGA (Reunião Geral de Alunos), onde vários assuntos foram discutidos e novos acordos aprovados. A reunião ficou marcada pela revolta de alguns elementos presentes na sala, o que fez com que esta ficasse próxima de um debate parlamentar, no qual defenderam de forma ‘calorosa’ a sua camisola e as suas convicções, em pouco ou nada concordando com diferentes opiniões. Ao contrário de tantas outras, esta reunião não teve tantos alunos como o habitual, facto apontado por elementos do Movimento AGIR como sendo culpa da Associação e da sua falta de divulgação. O facto de muitos caloiros terem estado presentes, juntamente com os seus doutores, foi mais um motivo para deixar o AGIR trans-

tornado. Um assunto bastante debatido nesta RGA foi a marcha de protesto contra as políticas do Governo face ao Ensino Superior (ES), dia 17 do corrente Novembro, em Lisboa. Esta é organizada pela Associação Académica de Coimbra, que pretende mobilizar o máximo de alunos possível de todas as academias do país, na defesa dos seus direitos enquanto estudantes. Nuno Geraldes, do AGIR, falou a todos os presentes na RGA, criticando o valor das propinas, a falta de apoio social e incentivando ao protesto do dia 17. Uma das suas exigências foi organizar uma reunião geral, no dia imediatamente a seguir ao protesto em Lisboa e, fazer um pedido ao Reitor para que nesse dia não fossem marcadas faltas aos alunos, numa perspectiva de justiça. Bárbara Seco, do Elo Estudantil, defendeu a gratuitidade do Ensino: “os estudantes portugueses merecem estar no ES de forma gratuita”, alertando também que os estudantes devem cerca de 5 milhões de euros em propinas à UMinho. Por sua vez, Pedro Soares propôs para membro sócio honorário da AAUM o antigo reitor António Guimarães. Em defesa desta proposta, Pedro Soares citou uma frase de um autor desconhecido descrevendo um pouco o que considera resumir a postura do antigo DR

AAUM

RGA contou com uma maior presença de estudantes ao contrário do que foi afirmado por alguns presentes

face ao tempo em que exerceu funções na UM: “Melhor que prever o futuro é inventá-lo”. Durante a RGA foi ainda apresentado todo o calendário para as eleições da AAUM e aprovado com 72 votos a favor e 8 abstenções. A 1ª volta das eleições acontecerá a 10 de Dezembro e a 2ª a 17 do mesmo mês. Luís Rodrigues é o primeiro candidato à direcção da AAUM

Luís Miguel Rodrigues, actual tesoureiro da AAUM, é o primeiro candidato à direcção da Associação para 2010

No final da reunião foi entregue uma candidatura para a presidência da Associação Académica, cargo ocupado actualmente por Pedro Soares. Chama-se Luís Rodrigues, frequenta o 2º ano de Mestrado em Ciências da Comunicação e assume até Dezembro a

função de tesoureiro da AAUM. Em entrevista à RUM Luís Rodrigues afirmou que o que o levou a assumir a sua candidatura foram os alunos, sendo que o objectivo é “ servir e fazer o melhor pelos estudantes”. Adiantou ainda que os objectivos estão a ser apontados, e a ser detectadas também as necessidades, de modo a “enquadrá-las na missão da Associação Académica”. A colaboração de todos os alunos é importante, daí que o candidato tenha dito que irão “promover algumas reuniões em que todos os alunos serão convidados a estar presentes para tentarem também acrescentar e trazerem novas ideias para este projecto”. O candidato acrescentou ainda que a lista que está a ser formada contará com alguns elementos da actual direcção. Publicidade

Campus

Ter 17.Nov.09

Primeira edição da Semana Cultural: uma actividade com pernas para andar Luciana Silva luciianasilva_cc@hotmail.com

Na passada semana desenvolveu-se a primeira edição da Semana Cultural promovida pela Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM). Esta semana virada para a cultura tem como objectivo abordar, debater dar a conhecer e aprofundar diversas formas de cultura. A Semana Cultural pretende aproximar a cultura e os estudantes. Pouca adesão nas actividades Segundo Natalino Gomes, responsável do Departamento Cultural e de Tradições Académicas da AAUM, os alunos não participaram muito nas actividades. “Infelizmente, e como já tem sido hábito, sempre que existe a primeira edição de uma actividade, as pessoas mostram-se mais inibidas em participar”. O responsável pelo Departamento

Psicominuto Ana Mackay, Bárbara Santos e Teresa Medeiros psicominuto@gmail.com

A banana que cheira a amizade e o som azul-escuro do tambor

Cultural admitiu que o principal motivo para esta fraca adesão foi a simultaneidade dos workshops com as aulas. Na segunda-feira os participantes puderam frequentar um workshop de “Fotografia Digital” que se prolongou todo o dia e que dotou os alunos de ferramentas essenciais para trabalhar no programa de edição de imagem. O workshop de teatro “à descoberta do teatro” teve lugar na terça-feira. O dia de quarta-feira estava reservado para a visita gratuita aos Museus das cidades de Braga e Guimarães. Também neste dia a Casa Museu de Monção podia ser visitada e o transporte era facultado pela AAUM. Na quinta-feira seria desenvolvido o workshop de pintura “A Pintura como Arte de Expressão”. O dia de sexta-feira foi dedicado aos alunos Erasmus. Em Guimarães os alunos de outros países a estudar na Universidade do Minho puderam usufruir do programa “Erasmus – Culture Diversity”. Esta foi uma aposta “na interacção entre as diversas culturas presentes na Universidade do Minho predominantemente representadas pelos nossos alunos erasmus”, explicou Natalino Gomes. No final do dia a tuna de Engenharia da UM “Afonsina” brindou toFicar verde de inveja ou roxo de raiva é algo que a todos nós já aconteceu. Mas para algumas pessoas, expressões como estas são muito mais do que simples metáforas, pois existem aqueles que por exemplo, vêem uma cor ao ouvir uma palavra. Ou seja, ao ouvirem a palavra inveja vêem mesmo a cor verde! A este fenómeno dá-se o nome de Sinestesia. Contudo, esta é apenas uma das modalidades, sendo que, sempre que um determinado estímulo (visual, táctil, auditivo, gustativo ou olfactivo) evoca uma outra percepção para além da correspondente, trata-se de sinestesia, do grego syn (unido) e aisthesis (percepção). Uma em cada duas mil pessoas sofrem desta condição, desta “confusão neurológica” que provoca a percepção de mais de um sentido de uma só vez. A sinestesia não é fruto de conceitos culturais como dizer que vermelho é quente e branco é paz. Resulta da ligação entre as diferentes “ilhas de células” que temos no cérebro, estabelecendo assim, pontes entre os vários sentidos sensoriais, como concluído

dos os presentes com as suas músicas. Para Natalino Gomes o balanço da primeira edição da Semana Cultural é positivo. “Felizmente, todos os obstáculos foram ultrapassados e acho que podemos considerar a sua realização um sucesso. No entanto, esta “Semana Cultural” não está concluída. Os nossos alunos Erasmus, mostraram também interesse em conhecer a nossa cultura e história. Assim, voltaremos a repetir o Dia do Museu na próxima Quarta, dia

18. Está, também ainda, por realizar o Dia Erasmus, marcado para a próxima Quinta, dia 19, na Sede da AAUM de Guimarães com transmissão na RUM.” O responsável pelo Departamento Cultural revela ainda as suas esperanças na realização da próxima edição desta actividade. “No próximo ano, a haver uma segunda Semana Cultural, espero que os alunos se sintam mais familiarizados com esta actividade e não se mostrem tão reticentes em participar”. Parte do cartaz da Semana Cultural da AAUM

Natalino Gomes, responsável pela Semana Cultural, fez balanço positivo da actividade

em 1995, num estudo conjunto entre Inglaterra e Itália. Se te pedíssemos que contasses os números 2 do quadro ao lado irias demorar alguns segundos até descobrir que o total é 6.

Um sinestésico daria a resposta de forma quase automática, pois a cada número estaria associada uma cor, fazendo com que os 5 e os 2 fossem identificados rapidamente. Sendo muito poucas as pessoas sinestésicas, a maioria de nós é capaz de fazer correspondências inter-modais, às quais alguns autores dão o nome de “sinestesia fraca”.

Observa as personagens que se seguem e identifica qual delas se chama Globe e qual a que se chama Crok? Quase de certeza que decidiste que o primeiro (à esquerda) se chamaria Crok, sendo o mais redondinho o Globe. Agora tenta responder às seguintes questões: A que é que sabe o som do violino? A que é que cheira a teimosia? E como estas muitas mais se poderiam colocar… Giro não é? Agora imagina que nem tens de tentar ou de fazer um esforço para conseguir associar um som a uma imagem, um sabor a um som, um cheiro a uma palavra, porque tal coisa aconteceria natural e involuntariamente... Se conseguiste ter uma ideia do que seria, percebes então como é o animado mundo de um sinestésico. Publicidade

06 Ter 17.Nov.09

Campus

Aluno que esfaqueou professor ausente do julgamento Catarina Correia

catarinacorreia_16@hotmail.com

O julgamento de um ex-aluno da Universidade do Minho (UM) iniciou-se no passado dia cinco deste mês, no tribunal de Braga. O aluno, que alegadamente esfaqueou um professor da Escola de Direito, não compareceu em tribunal, nem deu justificação por ter faltado. Sérgio Barbosa esfaqueou o professor, Luís Gonçalves, a 14 de Junho de 2007. O julgamento já tinha sido adiado por duas vezes, primeiro por falta de notificação de testemunhas, e segundo por ausência do arguido. Desta vez, o aluno também faltou e o seu advogado de defesa, Moura Duarte, declarou que o arguido manteve o telemóvel desligado. A vítima relatou em tribunal o episódio da sua agressão. Segundo este, Sérgio Barbosa dirigiu-se ao seu gabinete

Heinrich Hoster referiu que o comportamento do aluno era estranho e não mantinha contacto nem com os colegas, nem com os professores. Perante o tribunal, este professor, que fazia parte das testemunhas que deram depoimento, afirmou que “havia episódios de tensão, por parte do aluno, com pessoas da Escola de Direito por exigir estatuto especial” (referindo-se ao pedido de condições especiais para as suas provas orais, uma vez que sofria de gaguez). Porém, Carmelinda, uma funcionária, disse que nunca viu Sérgio Barbosa a agredir o professor, contrariando, assim, a versão anterior. DR

Aluno faltou à audição no Tribunal de Braga e manteve-se incontactável

para esclarecer assuntos relacionados com o curso e, também, para falar sobre a queixa que fez contra um professor, Heinrich Hoster. O aluno reagiu mal quando Luís Gonçalves afirmou não se pronunciar sobre o caso, pegou numa faca que levava consigo e disse “o que merece é isto”, segundo relatou o professor em tribunal. De seguida, Sérgio Barbosa tentou golpear a vítima, dirigindo-se directamente ao abdómen, o que conseguiu, mas

sem haver perfuração. Só quando fugiu para o corredor é que foi atingido nas costas e no braço, desta vez com perfuração. O professor confessou em tribunal que, pela maneira como o aluno tentava agredi-lo, “a morte não estaria fora dos seus planos”. O professor Heinrich Hoster afirmou que foi ele quem retirou o arguido de cima da vítima, que tentava agredi-lo continuamente com uma faca, embora naquela altura já estivesse partida.

Aluno esfaqueou professor em Junho de 2007

Segurança e Defesa Europeia em conferência na Univ. Minho João Pedro Mendes jpm_9@hotmail.com

No âmbito da perspectiva de ratificação e entrada em vigor, no principiar de 2010, do Tratado de Lisboa, a Secção de Ciência Política e Relações Internacionais da Universidade do Minho (UM) e o Centro de Estudos EuroDefensePortugal, realizou, no passado dia 10 de Novembro, uma conferência subordinada ao tema “O Novo quadro da Segurança e Defesa Europeia – Desafios e opções para Portugal”.

Como se verificou nas últimas eleições para o Parlamento Europeu, os cidadãos portugueses, sobretudo das camadas mais jovens, não têm participado activamente na concepção, construção e processo de integração da União Europeia (UE). Desta forma, e porque as questões de segurança e defesa colectiva são insuficientemente debatidas, esta conferência teve como objectivo o debate e a reflexão sobre a conexão dos interesses de nacionais com este novo quadro de segurança e defesa europeia. Sob a coordenação da Professora Doutora Ana Paula Brandão, da Universidade do Minho, encarregaram-se da abertura do evento o Prof. Doutor Luís Lobo-Fernandes, Professor Catedrático da Universidade do Minho, titular da Cátedra Jean Monnet, o Dr. António Figueiredo Lopes, Presidente da Direcção do Centro de Estudos EuroDefense-Portugal, e o aluno finalista Pedro Lima, membro

do Centro de Estudos do Curso de Relações Internacionais (CECRI). Além disto, após a intervenção dos vários conferencistas, o Dr. Filipe Alves, Presidente da Associação de Estudos de Pós-Graduação em Relações Internacionais e DR

Conferência teve lugar no passado dia 10 na UM

Ciência Política da Universidade do Minho (Areopagum), como estímulo ao debate, apresentou um texto-síntese e comentários sobre os temas debatidos, como, por exemplo, a nova administração dos EUA, a mudança de atitude estratégica nas relações transatlânticas e a janela de oportunidade para alcançar uma maior eficácia multilateral perante os desafios da segurança internacional. Assim, além do supra referido debate, constituído através do painel único “O novo quadro estratégico Europeu”, esta conferência teve como propósito congregar a participação de jovens universitários na reflexão e debate sobre o processo de construção e integração da União Europeia, nomeadamente nos aspectos de segurança e defesa, num caminho de partilha e compromisso europeus, mas, também, de respeito dos direitos dos cidadãos e garantia dos interesses portugueses ao nível europeu. Publicidade

Ter 17.Nov.09

Inquérito

És a favor de um referendo sobre o casamento homossexual?

Sandra Fernandes 3º ano Ciências da Comunicação Sim, sou a favor do referendo. Acho que devemos todos ter os mesmos direitos. Acho que o facto de eles poderem casar não vai contra a Igreja Católica. Penso que os padres têm demasiado preconceito em relação ao assunto. A Igreja Católica, que já cometeu vários erros no passado, não tem o direito de julgar os outros. Se houver o referendo vou votar, claro, e votarei a favor. Em relação à adopção de crianças por parte destes casais, acho que devia ser permitido. Afinal, o que é que um homem e uma mulher são mais capazes de fazer que dois homens ou duas mulheres? Há pais heterossexuais que não tratam bem dos filhos e nem deviam sequer ter o direito de serem pais. Por isso, porquê negar essa possibilidade a quem pode representar esse papel tão bem?

Joana 1º ano OCV

Pedro Costa 3º ano Eng. Biológica

João Pacheco 1º ano Bioquímica

Eu não sou nem a favor, nem contra o referendo. Acho que cada um é que sabe de si e não têm de ser os outros a opinar sobre isso. Cada um deve é cuidar da sua vida e não se meter na dos outros. Penso que é pior a pedofilia, por exemplo, do que um casal de homossexuais. Se houvesse referendo não sei se iria votar, mas ao fazê-lo, com certeza que contra não votava. Em relação à adopção, acho que devia ser permitido. Não se justifica haver tantas crianças nos orfanatos à espera de serem adoptadas, quando podem haver famílias que querem cuidar delas. E qual é o problema de serem duas mulheres ou dois homens a fazê-lo. O importante é o carinho e essas pessoas também têm carinho para dar.

Eu sou a favor do referendo do casamento dos homossexuais. Acho que é uma questão delicada e, em vez de se impor uma lei, se devia saber a opinião das pessoas quanto à situação. Em caso de referendo iria votar a favor, claro. No entanto, sou contra a adopção de crianças, no caso de estas serem pequenas, por exemplo, de três anos. Não têm idade para entender a situação, por isso não tem lógica que sejam adoptadas por um casal não heterossexual. Mas, a minha opinião já muda no caso de a criança em questão ser mais velha, já perceber a situação e ter a possibilidade de aceitar ou não ser adoptada naquelas circunstâncias.

Sim, sou a favor. Porque os homossexuais, como pessoas que são, têm os mesmos direitos que os heterossexuais. Porque é que havia de ser diferente? Em caso de referendo ia votar e a favor. Quanto à adopção, penso que seria algo normal, uma situação perfeitamente normal. Penso que um casal de homossexuais daria as mesmas condições de vida à criança em questão e cuidaria dela tão bem quanto uma família tradicional.

Inquérito Cláudia Fernandes

alaufernandes@hotmail.com

A questão do casamento entre os homossexuais continua a suscitar divergências de opiniões em Portugal. Neste momento, discute-se a possibilidade de um referendo no qual os portugueses poderão afirmar-se a favor ou contra. Mesmo a possibilidade de referendo não é muito bem vista pela Igreja Católica, que acredita não ser essa a melhor forma de lidar com o assunto, preferindo um debate alargado sobre o tema. Esta semana, o ACADÉMICO foi ouvir a posição dos alunos sobre o referendo do casamento dos homossexuais. Nas entrevistas feitas, a opinião parece unânime: A favor do casamento homossexual. No entanto, atrás do anonimato do voto, muitos, no sítio electrónico do ACADÉMICO votam contra este referendo. No inquérito a decorrer na versão online do ACADÉMICO podes conferir todos os resultados: www.academico.rum.pt.

08 Ter 17.Nov.09

Reportagem

Todos diferentes todos iguais?

No século das inovações tecnológicas em que as redes sociais fazem parte do diaa-dia da maioria das pessoas, várias questões relativas à igualdade de sexos e de direitos continuam a ser equacionadas. O ACADÉMICO foi à procura de perceber duas importantes realidades: o casamento entre homossexuais e as diferenças ainda vigentes entre homens e mulheres nas suas carreiras profissionais DR

Diana Sousa diana_sous@hotmail.com

Tânia Ramôa tania_ramoa@hotmail.com

A homossexualidade já foi tida como crime e mesmo doença. De facto, só em 1993, a Organização Mundial de Saúde a retira da classificação internacional das doenças. Porém, homossexualidade é somente uma opção sexual. Avanços ocorrem e a igualdade entre sexos tem ganho relevo no debate público. A Dinamarca foi o primeiro país a autorizar o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, em 1989. Outros países seguiram o exemplo. Em Março de 2009, o parlamento dinamarquês aprovou a adopção de crianças dinamarquesas e estrangeiras por casais homossexuais. Este é, assim, um país exemplar no derrube das barreiras no caminho da igualdade entre casais gays e casais heterossexuais. Por sua vez, em Portugal, estes temas são ainda recentes e controversos, suscitando divisões. Contudo, o combate a todas as formas de discriminação com base no sexo tem

Casamento homossexual poderá ser questão levada a referendo nacional

sido constante. Uma das bandeiras do PS de José Sócrates durante a campanha eleitoral deste ano foi a defesa da possibilidade de dois indivíduos do mesmo sexo se casarem pelo civil. No dia 27 de Setembro o partido socialista venceu as eleições legislativas e, pouco tempo depois, reiterou o compromisso: legislar a legalização do casamento civil homossexual, eliminando barreiras jurídicas existentes, através de uma proposta que o Governo apresentará na Assembleia da República. No entanto, esta proposta de lei DR

não irá admitir aos casais compostos por pessoas do mesmo sexo o direito de adoptarem crianças. José Sócrates, alegando legitimidade do mandato popular recusa a possibilidade de se realizar um referendo sobre a matéria. Contudo, neste ponto da necessidade, ou não, de uma consulta nacional, as opiniões dividem-se. E dividem-se no seio parlamentar e, consequentemente, no seio social. Deputados de partidos como o CDS-PP defendem a existência de um referendo; membros partidários do PS, BE, PEV acham tal desnecessário pois, nas eleições, os portugueses já se terão pronunciado sobre o casamento homossexual uma vez que este era um ponto assumido no programa eleitoral do partido vencedor e, portanto, levado já a debate público. Igreja veta referendo nacional

Casamento entre pessoas do mesmo sexo é já uma realidade em alguns países

A Igreja também tem alimentado a controvérsia. Manifestando, no geral, uma posição sempre algo relutante em relação à ideia do casamento entre indivíduos do mesmo sexo, no dia 13 de No-

vembro, como resultado da Conferência Episcopal Portuguesa que decorreu em Fátima, o porta-voz da Igreja portuguesa, Manuel Morjão, afirmou que estava afastada a hipótese da defesa, por parte da instituição, de um referendo. Isto apesar de, por exemplo, o Bispo do Porto, D. Manuel Clemente, ter, ainda que em nome individual, salientado a necessidade de uma consulta nacional. Os bispos portugueses, agora em unanimidade, reiteram o esclarecimento da opinião pública e a importância de um debate alargado. Na voz de Manuel Morujão, a Igreja diz que a aprovação do casamento homossexual não se trata de uma decisão administrativa, mas pode por em causa a estrutura da sociedade. Tal como os elementos do universo político e religioso português, também o cidadão comum manifesta opiniões distintas, baseadas em argumentos diferenciados e pessoais. Mara Fereira do 2º ano do curso de Direito diz que concorda com o casamento homosexual na medida que todas pessoas têm de ter direito as suas escolha. No entanto, acha que a sociedade não Publicidade

Reportagem está preparada para a adopção, uma vez que no futuro há a possibilidade das crianças serem rejeitadas pelos seus pares. Já Francisco Gomes que também frequenta o curso de Direito na UM é contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo, citando a lei que indica que o “casamento é um contracto que está estabelecido entre um homem e a mulher” e como se deve respeitar o que está referenciado no Código Civil, nem o casamento nem a adopção devem ser considerados. Em entrevista ao jornal i, no dia 13 de Novembro, Miguel Vale Almeida, o primeiro deputado no parlamento a assumir a sua homossexualidade, declarou que a questão do casamento é “uma questão de direitos. Temos uma maioria da população que pode escolher entre não fazer nada, viver em união de facto ou casar civilmente. E temos uma minoria que só pode escolher entre não fazer nada e viver em união de facto. E não pode aceder à fórmula que o Estado reconhece como a mais digna ou mais completa. Ao impedir essa minoria de aceder a isso, está a dizer que as suas relações não são dignas“, explica o deputado. Na temática da adopção, este antropólogo na mesma entrevista, demostra que vai fazer o possível “para que pelo menos haja um debate sério, politicamente consciente da parentalidade. Há um problema sociológico óbvio: quanto mais visíveis as realidades são, mais as pessoas perdem o preconceito Foi o que aconteceu com a homossexualidade em Portugal. O problema é que as famílias de casais de gays e lésbicas que já existem.” O mesmo reitera também a possibilidade de esta questão ser resolvida, em breve, durante a governação da equipa de José Sócrates.

Ter 17.Nov.09

09 DR

A bandeira “arco-íris” é símbolo do moviemento LGBT - Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros

Paridade… mas pouca A taxa de participação feminina no mercado de trabalho em Portugal é uma das maiores da União Europeia (62,5%), mas, diz a Comissão para a Igualdade no Trabalho e Emprego (CITE), para os mesmos níveis de habilitações as mulheres ficam com os trabalhos menos qualificados. Do total de licenciados, 67 por cento são do sexo feminino. Neste caso, urge perguntar: Por que não chegam então ao topo? Apesar dos avanços sociais, a disponibilidade das mulheres para assumirem cargos de chefia nas empresas ou na administração pública ainda é posta em causa pelos empregadores. E as estatísticas dos últimos anos não reflectem grandes evoluções em matéria de igualdade. De facto, desde 1998, a última série do Inquérito ao Emprego publicada pelo INE, que a percentagem de mulheres em cargos de direcção insiste em manter-se pouco acima dos 31%. E embora este valor seja compatível com a média europeia, Portugal, nesta matéria, é ultrapassado por países como a França, Itália e Espanha. Talvez uma década seja pouco para se registarem mudanças estruturais na

sociedade, dominada por estereótipos que, regra geral, atribuem ao homem um lugar de direcção e à mulher de apoio. A maternidade persiste como factor de discriminação, as tarefas domésticas ainda são protagonizadas pelas mulheres (embora cada vez mais homens estejam a aventurar-se nesse domínios) e também a desigualdade salarial é uma realidade.

No universo político português, este ano, mais mulheres foram eleitas para a Assembleia da República (62 deputadas, enquanto que em 2005 foram somente 48) e para as autarquias locais. A Lei da Paridade, que impôs pelo menos um terço de mulheres nas listas partidárias favoreceu a presença do sexo feminino na política. No entanto, já chegaram queixas à Comissão Nacional das DR

A “luta dos sexos” no mercado de trabalho continua a ser uma realidade nos dias de hoje

eleições (CNE) que evidenciam que a promoção da igualdade entre géneros possa não passar de um formalismo. É que a lei não impõe qualquer obrigação de ser um candidato do mesmo género a substituir outro que, tendo sido eleito, opte por suspender ou renunciar ao mandato: prevê-se sim que a vaga seja preenchida pelo primeiro candidato não eleito na respectiva ordem de precedência na lista. Assim, olhando para as listas, apura-se que é muito difícil as mulheres serem substituídas por outras mulheres. Obrigados por lei a não colocarem mais de dois candidatos do mesmo sexo consecutivamente em lista, os partidos, regra geral, quer para o Parlamento quer para as autarquias, escolheram homens para os dois primeiros lugares, seguindo-se uma mulher. E assim sucessivamente. Logo, se a primeira mulher eleita decidir não assumir funções, haverá dois homens a suceder-lhe na lista para a substituir antes de chegar a vez de uma outra mulher. Desta forma, é notório que há ainda todo um caminho a percorrer na questão da plena igualdade de género no emprego e trabalho.

10 Ter 17.Nov.09

Entrevista

“A certificação constitui um estímulo para prosseguirmos o caminho de melhoria contínua” Eloy Rodrigues, Director dos Serviços de Documentação da Universidade do Minho (SDUM) comenta prémio recebido DR

sentido de ir ao encontro das actuais necessidades dos alunos da Universidade (nomeadamente, aumentando significativamente os espaços e o número de lugares para o trabalho em grupo). Em segundo lugar, pensamos que seria muito importante alargar o horário de funcionamento das bibliotecas, nomeadamente no período nocturno. Quer o aumento e requalificação dos espaços das bibliotecas, quer o alargamento dos seus horários de funcionamento, exigem recursos adicionais da Universidade, não dependendo portanto exclusivamente dos SDUM. No entanto, estas duas questões terão grande prioridade na actividade dos Serviços de Documentação no ano de 2010. O que representa para os SDUM receberem esta certificação?

Eloy Rodrigues pretende melhorar condições das bibliotecas nos campi Sónia Ribeiro sonia_cc@live.com.pt

Há mais de dois anos a trabalhar no projecto, Eloy Rodrigues faz agora o balanço de todo o empenho da equipa. Para o Director dos Serviços de Documentação da Universidade do Minho (SDUM) é importante continuar a melhor o funcionamento dos Serviços, apontando como prioridade a satisfação de todos os utentes das bibliotecas. Qual foi o processo para chegar a esta avaliação? O projecto de certificação de qualidade dos Serviços de Documentação iniciouse há mais de dois anos. Em primeiro lugar foi realizado um estudo de várias ferramentas e metodologias de gestão da qualidade e recolheu-se também alguma informação sobre a sua aplicação em bibliotecas de outros países e também numa biblioteca portuguesa. Seguidamente decidiu-se combinar a utilização da norma ISO 9001 e da metodologia do Balanced Scorecard no processo de melhoria e gestão de qualidade dos SDUM. Após esta decisão, iniciou-se o processo de análise organizacional, levantando e mapeando os diversos processos operacionais e de suporte. Durante este período de análise procurou-se identificar de imediato alterações e oportunidades de melhoria no desempenho organizacional, bem como a redefinição de métricas, indicadores e outras ferramentas de monitorização do desempenho, dando também grande importância à avaliação da sa-

tisfação dos utentes. A última etapa do processo, que corresponde basicamente ao primeiro semestre de 2009, passou pela definição dos objectivos, indicadores e metas para o ano de 2009, de acordo com a metodologia Balanced Scorecard, pela conclusão do mapeamento dos processos de trabalho e da elaboração dos procedimentos operativos, e pela montagem do sistema de informação de suporte ao sistema de gestão de qualidade. Após todo este trabalho, que se iniciou há quase três anos, os SDUM estavam em condições de ser auditados para certificação do seu sistema de gestão de qualidade.

Representa uma “recompensa” e um reconhecimento pelo esforço que o conjunto da equipa dos Serviços de Documentação vem desenvolvendo ao longo dos anos no sentido de prestarem serviços de qualidade aos seus utentes. A cultura da qualidade e a orientação para os utentes são traços da cultura organizacional dos SDUM desde há muitos anos, mas em especial desde meados de 2008 que os SDUM vinham trabalhando mais intensamente na formalização de algumas das práticas já anteriormente seguidas, na introdução de novas ferramentas e metodologias de monitorização e controlo, na montagem de um sistema integrado de gestão da qualidade. A obtenção da certificação foi o corolário de todo esse esfor-

ço. Como foi recebida? A certificação foi obviamente recebida com muita satisfação e alegria, mas ao mesmo tempo com um grande sentido de responsabilidade e com a compreensão de que a certificação não foi um ponto de chegada. Foi apenas o completar de uma etapa, certamente muito importante, mas que é ao mesmo tempo o início de um novo caminho que será necessário continuar a percorrer. Este prémio serve como estímulo ao trabalho dos SDUM? Sim, certamente. A certificação não é, e não foi, um fim em si mesmo, nem um ponto de chegada no processo de gestão da qualidade. A certificação foi e é uma ferramenta para melhorar a gestão e o funcionamento dos Serviços de Documentação, para melhorar a qualidade dos serviços que prestamos aos nossos utentes, e consequentemente para aumentar a sua satisfação. A certificação constitui um estímulo para prosseguirmos o caminho de melhoria contínua que vimos tentando trilhar desde há vários anos. A certificação aumenta também o nível de exigência quer dos utentes dos SDUM, quer do conjunto da equipa de trabalho, relativamente ao desempenho de todos e de cada um dos colaboradores dos Serviços de Documentação. Ela é pois simultaneamente um prémio, um estímulo e uma exigência relativamente à qualidade dos Serviços de Documentação. Nuno Cerqueira

O que vai mudar? O que já mudou, e continuará assim, é uma ainda maior preocupação com a satisfação dos utentes das bibliotecas e com a melhoria contínua em todos os aspectos do funcionamento dos Serviços. Os SDUM têm projectos novos que vão de encontro à melhoria da qualidade dos serviços? Os SDUM têm ideias e objectivos para melhorar o serviço prestado aos membros da Universidade do Minho. Em nossa opinião, há dois aspectos essenciais que necessitam de ser melhorados. Em primeiro lugar, é indispensável e urgente melhorar as condições que as bibliotecas da UM oferecem aos seus utentes. Isso passa não apenas pelo alargamento das instalações da Biblioteca Geral, como também pela melhoria do mobiliário, equipamentos e organização dos espaços das bibliotecas, no

Director dos SDUM mostrou-se orgulhoso com o prémio

Ter 17.Nov.09

12 Ter 17.Nov.09

Mundo Universitário

Jovens universitários cada vez mais na procura de bolsas de estudo Melanie Rijo melanierijo_cc@hotmail.com

No decorrer de mais um ano universitário tem-se assistido a um aumento da procura, por parte dos estudantes académicos de ajuda financeira através da bolsa de estudo. Este é um facto que se denota não só na Universidade do Minho, como nas restantes Universidades do país. No caso da Universidade de Lisboa, estima-se um aumento de aproximadamente 11% neste ano lectivo de 2009/2010. Enquanto que no ano de 2008/2009 o número de bolseiros rondava os 3053, com uma bolsa média de 195 Euros, este ano este valores podem atingir os 3400 bolseiros e a quantia a rondar os 218 euros por mês. Luís Fernandes, administrador dos Serviços de Acção Social da Universidade de Lisboa (SASUL) explicou em declaração ao Jornal de Notícias que “as universidades não são um mundo à parte. A realidade social e económica reflecte-se na vida dos estudantes e leva os mais carenciados a procurarem ajuda e a tentar obter bolsas.” A Universidade do Porto (UP) é outro

exemplo onde se mostra este aumento da procura de apoios. “Em 2008, tivemos cerca de seis mil candidatos e atribuímos cerca de 4800 bolsas de estudo. Este ano, o processo de atribuição ainda não está concluído mas já constatámos que existiu um aumento de candidatos às bolsas, por isso é provável que o número de bolsas ultrapasse os 5 mil estudantes”, afirma Pedro Rocha, porta-voz da UP. Quanto à Universidade do Algarve, esta registou mais de 100 candidaturas de alunos de 2º ao 5º ano. “Há uma pobre-

za envergonhada dentro do país, que a crise económica veio acentuar. Apesar de limitadas financeiramente, às Universidades compete estudar a melhor forma para que os alunos não abandonem os estudos”, declara Amadeu Cardoso, responsável pela Acção Social da Universidade do Algarve. O caso da específico da Universidade do Minho A Universidade do Minho (UM) também tem mostrado um aumento nos SASUM

Nos Serviços de Acção Social da UM o número de candidaturas a bolsas aumenta de ano para ano

números de bolsistas. “O aumento da procura do pedido para a bolsa de estudo não é um assunto novo na acção social da Universidade do Minho”, refere Carlos Silva, administrador dos Serviços de Acção Social da Universidade do Minho (SASUM). Segundo este, “da primeira fase - inclui os alunos de 1º Ciclo e 2º Ciclo - já ultrapassam os 5000. Este ano, à partida, vamos ultrapassar os 7000 candidatos”. Tal número elevado de pessoas que pretendem a aquisição da bolsa de estudo está relacionado com os elevados índices de desemprego que a zona do Minho apresenta. No ano anterior, no mês de Março, a UM apresentava um número de 6885 candidatos e 5500 alunos tiveram uma bolsa média que rondava os 192 euros. “Este ano, nesta data, estamos a falar de 5021 alunos”, afirma Carlos Silva. E estes valores tendem a aumentar. “Nesta fase já ultrapassam os 40% de candidatos. E se nós continuarmos com este número eu acho que este ano chegamos aos 44, 45% de candidatos [e estes aumentos mostram que] é a Universidade que tem maior valor absoluto de candidatos a bolseiros e de bolseiros no panorama nacional” conclui o administrador dos SASUM.

Alunos da Universidade Nova indignados

Nova distribui verbas sobrantes apenas por alguns alunos Cláudia Rêgo claudiarego-cs@hotmail.com

A Universidade Nova de Lisboa (UNL) atribuiu os 73 mil euros sobrantes do programa Erasmus do ano lectivo transacto, a apenas 27 alunos, quando estavam envolvidos 464 alunos no programa Erasmus desse mesmo ano. Perante esta acção, os alunos mostraram-se indignados ao que a universidade justificou dizendo que a intenção seria prendar os estudantes com melhor aproveitamento. “Dividiu-se o número de créditos realizados por cada um, pelo número de meses de mobilidade”, afirma Luís

Espinha da Silveira, coordenador institucional Erasmus da UNL. A UNL explicou ainda que a verba que sobrou devia-se ao facto de alguns estudantes e professores não terem cumprido a sua mobilidade. O coordenador referiu ainda que só no dia 16 do mês de Outubro é que a verba foi apurada e teriam até ao final do mesmo mês para dividir a quantia e redigir o Relatório Final Erasmus. Desta forma, e neste curto período de tempo, “não era possível contactar e atender os 464 estudantes que fizeram mobilidade Erasmus em 2008/09” acrescentou Luís Espinha Silveira em jeito de justificação. As verbas recebidas por cada um dos 27 estudantes variaram entre os 1000 e os 3500 euros, e a UNL alegou ainda no seu site, que se dividissem a verba pelos 464 alunos, daria um valor reduzido de 157 euros a cada estudante.

Universidade Nova de Lisboa alvo de forte indignação por parte dos alunos Publicidade

Nacional

Ter 17.Nov.09

Faculdade de Medicina da UP e Comissão Europeia de mãos dadas contra a violência doméstica Cátia Alves catia_gomes_alves@hotmail.com

A Comissão Europeia está a financiar um projecto contra a violência doméstica que avançará em oito países europeus, liderado por uma equipe da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. DoVE é o nome do novo projecto europeu financiado em um milhão de euros, e que será coordenado por Henrique Barros da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. O projecto conta com oitocentas entrevistas que serão realizadas nos oito países europeus: Portugal, Alemanha, Reino Unido, Espanha, Hungria, Bélgica, Grécia e Suécia. As equipes sairão à rua na cidade do Porto para contactar, de forma aleatória, pessoas entre os 18 e os 64 anos e conhecer de perto a realidade. O coordenador do projecto considera que é “importante que saibam que lhes vamos bater à porta para falar deste tema difícil, que nos recebam e respondam”, situação que, por constrangedora e melindrosa, constitui uma tarefa difícil de levar a cabo. A divulgação da informação é, aliás, de uma importância extrema pois, segun-

do Henrique Barros, poucos são os que sabem como actuar em tal situação: se denunciando ou silenciando e tornando-se cúmplice. A solução escolhe outro caminho - o da ajuda. Por outro lado, uma nódoa negra ou qualquer tipo de fracturas podem constituir material de análise e prova da existência do crime, no entanto, o projecto não busca o óbvio, busca o subtil. “Queremos perceber em que medida

doenças, para as quais nós não temos ainda um conhecimento exacto das suas causas, podem estar relacionadas com situações de violência”, sublinha Henrique Barros. Não se trata, porém, de encontrar os “porquês”, as motivações. Uma análise qualitativa demoraria muito mais tempo que não compensaria no ganho de informação. Os dados recolhidos permitirão saber DR

A violência doméstica continua a não ser denunciada

qual a frequência do problema da violência nos diferentes países da comunidade, comparando e relacionando, de forma mais ou menos directa, com os problemas de saúde associados. Também ao nível do género e da orientação sexual recairá esta investigação, importa muito saber os valores verificados ao nível da agressão homem/mulher e mulher/homem e até mesmo das relações homossexuais. Outro desafio é o de observar a forma como as diferentes culturas e costumes e até mesmo os enquadramentos jurídicos de cada um dos países em estudo modificam a expressão do fenómeno. Henrique Barros reforçou ainda outra ideia importante, que se prende com a própria organização das consultas médicas: “Uma pessoa não vai ao médico a dizer “bateram-me”. Vai dizer que lhe dói a cabeça, o estômago. Vai hoje, não melhora, volta amanhã. Há um consumo maior de cuidados de saúde. Temos de começar a perguntar. Caso contrário, podemos perder uma parte de um problema e que pode ser vital”. Com as devidas ressalvas, acabou por referir que no limite urge mudar a própria legislação, como forma de acompanhar as novas e diferentes situações que o projecto colocará a descoberto.

Estudantes dos PALOP da Universidade de Coimbra “não vivem, sobrevivem” Ana Cristina Silva

ana_quaresma7@hotmail.com

A maioria dos estudantes da Universidade de Coimbra (UC) oriundos dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) vive em situação de extrema precariedade económica e social. Esta é a principal conclusão da investigação que Hector Costa realizou, no âmbito do mestrado em Sociologia na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. O Presidente da As-

sociação de Estudantes de São Tomé e Príncipe em Coimbra e autor da dissertação “Economia Informal dos estudantes PALOP em Coimbra” analisou a realidade dos cerca de 500 colegas dos PALOP a estudar na UC. Estudante em Coimbra há seis anos, o sociólogo constatou que apenas 18% dos PALOP tem direito a bolsa, estando sempre sujeitos a perdê-la caso chumbem o primeiro ano. Assim e sendo que o visto atribuído para estudar fora dos países de origem não lhes permite trabalhar com vínculo contratual, estes estudantes aceitam trabalhos sem contra-

to onde muitas vezes são explorados. Nas palavras de Hector Costa “muitos deles, em vez de viver, sobrevivem”, alertando que os jovens permanecem na cidade “sem qualquer protecção social”, mas aceitam sujeitar-se, porque a alternativa é regressar ao país de origem. Apesar de não serem totalmente satisfatórios, a UC possui mecanismos para dar apoio aos estudantes. Existe o projecto Bolsa Emprego, que tem como finalidade dar aos estudantes a oportunidade de estabelecer um primeiro contacto com o mundo do trabalho e há

ainda a Provedoria dos Estudantes Estrangeiros de Língua Portuguesa nas faculdades. No entanto, e segundo Hector Costa, “na prática, estes dois projectos são disfuncionais, não têm correspondido às expectativas, têm apenas uma existência teórica”. Na sua dissertação de mestrado, o sociólogo, além de dar visibilidade aos problemas que atingem estes jovens, apresenta algumas soluções para resolver os entraves na vida dos estudantes; soluções que passam pela intervenção dos governantes, tanto dos países de origem, como os países que os acolhem. Publicidade

14 Ter 17.Nov.09 Twittadas

Por Sónia Ribeiro

Estudantes dinamarqueses podem usar internet nos exames O governo dinamarquês autoriza o uso da internet nos exames finais do secundário. Os alunos podem aceder a qualquer página para consulta, mas são proibidos de usarem os chats e trocarem emails. Este novo sistema está já a ser testado em 14 liceus da Dinamarca. A principal preocupação é a possibilidade de os alunos copiarem. Mas os professores confiam, pois as consequências são muito graves: quem for apanhado a copiar pode vir a ser expulso.

Site propõe top 10 dos piores produtos da Microsoft O site britânico V3 fez uma lista dos dez piores produtos da Microsoft. O Windows Millenium Edition foi considerado o pior lançamento da empresa. O Windows Vista alcançou a quarta posição, ficando no oitavo lugar o Windows 97. Fazem ainda parte da lista a certificação Vista Capable, o MS-DOS 4.0, o browser Internet Explorer 5, o leitor multimédia Zune, a resposta da Microsoft ao iPod da Apple e o assistente do utilizador Clippy.

Tecnologia e Inovação

Redes online potenciam laços sociais Letícia de Sousa leticia_s15@hotmail.com

parques, restaurantes, cafés. Na realidade, esta tecnologia está associada a uma maior frequência destes locais, apesar de Keith Hampton explicar que não ficou claro se o uso da Internet faz alargar os círculos sociais das pessoas ou se as pessoas que já têm um círculo social alargado simplesmente usam mais a Internet.

Estas conclusões contrariam a noção que se tem vindo a criar de que a tecnologia poderá “fazer com que as pessoas se afastem da vida real”, indicou Lee Rainie, que dirige o projecto Pew Internet. Passar mais tempo nas redes sociais dá às pessoas “novos poderes para se ‘estenderem’ a elas e ‘estenderem’ os seus interesses”, conclui Rainie. DR

Estudo realizado pelo Centro de Pesquisa Pew Internet sobre a relação entre Redes e Relações Socias revela que a Internet e as novas tecnologias não têm vindo a matar as relações sociais entre indivíduos, tornando-os ainda mais isolados do mundo exterior. Pelo contrário, os internautas que usam redes sociais como o Facebook e os utilizadores de telemóveis estabelecem mais contactos sociais e têm redes de discussão mais alargadas do que as pessoas que não fazem uso dessas novas tecnologias. Segundo os investigadores da Universidade da Pensilvânia “hoje temos a tendência para culpar a tecnologia quando assistimos a mudanças sociais”. Apesar de tudo, o estudo levou à conclusão de que “aqueles que utilizam a Internet e o telemóvel retiram daí vantagens sociais notáveis”, indicou Keith Hampton citado pela AFP. O estudo que resultou da entrevista a 2512 cidadãos americanos sugere que o uso da Internet não inibe as pessoas de frequentarem sítios públicos, como

Redes sociais online são vistas como factor de socialização

Flash-Back / Flash-Forward : Tony Hawk’s Pro Skater / Tony Hawk: Ride

Identificado primeiro vírus para o iPhone O vírus ikee foi identificado como o primeiro vírus que pode infectar o iPhone da Apple. O programa malicioso foi desenvolvido por um hacker australiano. O seu principal efeito é substituir a imagem de fundo do iPhone pela imagem do cantor Rick Astley. As empresas de segurança aconselham a alteração das passwords de origem e disponibilizam um conjunto de instruções online para os utilizadores.

Firefox nasceu há 5 anos A Mozilla lançou, há 5 anos, o browser Firefox, principal concorrente do Internet Explorer. Inicialmente denominado Phoenix, o Firefox é o segundo browser mais utilizado no mundo. As suas principais características são a rapidez, interface baseada em separadores na mesma janela e possibilidade de acrescentar add-ons personalizáveis. O Firefox vai já na versão 3.5 e estima-se que a última versão ultrapassou os 160 milhões de utilizadores.

Explore the Board Francisco Vieira dmvieira04@hotmail.com

Flash-Forward Tony Hawk: Ride Jogo - Tony Hawk: Ride Género - Desportos Radicais Plataforma - PS3, Xbox 360, Wii Data Lançamento - 20/11/2009

Flash-Back

Classificação - 87/100

Tony Hawk’s Pro Skater O primeiro título da mítica saga de jogos de skateboarding “Tony Hawk” foi lançado em 1999. Tony Hawk’s Pro Skater veio revolucionar o género com um sistema de jogo original. O objectivo era fazer e combinar os diversos tipos de truques: flips, aerials e grinds, sendo a pontuação atribuída de acordo com o tempo “no ar”, as rotações e as sequências de movimentos obtidas. Com certeza se lembram de coleccionar as letras “S-K-A-T-E” e as diversas “cassetes”, presentes em todos os cenários do modo “Career”, concretizando assim os objectivos que cada nível impõe. Lançado para Playstation, Nintendo 64, Dreamcast e posteriormente para Game Boy Color e N-Gage, Tony Hawk’s Pro Skater obteve grande sucesso mundialmente. O famoso olho da Neversoft começou a ganhar fama…

e Cara-Beth Burnside; para além dos sempre presentes Rodney Mullene e, obviamente, Tony Hawk. De toda a saga Tony Hawk, Ride é o primeiro a não ser desenvolvido pela Neversoft. Curiosamente, Ride era, inicialmente, para ser chamado “Tony Hawk’s Adrenaline”. Espera-se, portanto, uma revolução nos jogos de desportos radicais. Prevê-se uma grande receptividade a Ride, tanto pela sua longevidade, sendo aberto a novos públicos, e jogabilidade, pela grande novidade do skateboard. Site Oficial: http://www.thride.com DR

Chega-nos, no fim do mês, Tony Hawk: Ride, o mais recente jogo de desportos radicais da Activision. Desta vez Tony Hawk’s traz-nos uma nova forma de jogar: um skateboard semi-real. O jogador poderá utilizar o skate de forma a fazer os movimentos que pretende, ao bom estilo da Wii, estando tal acessório disponível também para PS3 e Xbox 360. O jogo será assim mais real, deixando os comandos das consolas de lado. Graficamente, Ride demonstra ter sido mais aprimorado que o seu antecessor, explorando melhor as potencialidades das consolas da nova geração. O leque de skateboards à disposição do jogador tem quatro estreias absolutas: Alex Olsen, Steve Nesser, Mike Mo Capaldi

Jogo será, nesta edição, bem mais real

Cultura

Ter 17.Nov.09

Festivalde Tunas Académicas - Cidade Berço estreia-se no São Mamede na sua 6ª edição

Agenda

Filipa Cardoso

Braga

filipa_sininhu16@hotmail.com

Decorre no próximo fim-de-semana de 20 e 21 de Novembro o VI Cidade Berço - Festival de Tunas Académicas. A AFONSINA - Tuna de Engenharia da Universidade do Minho organiza este ano a sua sexta edição. Este ano o festival é especial porque se estreia no São Mamede – Centro de Artes e Espectáculos, bem no coração da cidade de Guimarães, e será também o culminar das comemorações dos 15 anos de existência da Afonsina. No dia 20, sexta-feira, realizar-se-á a tradicional Noite de Serenatas no centro histórico de Guimarães, com a actuação das várias tunas a concurso: Tunadão 1998 - Tuna do Instituto Politécnico de Viseu, TEUP - Tuna de Enge-

nharia da Universidade do Porto, Copituna D’Oppidana-Tuna Académica da Guarda TAFUL - Tuna Académica de Farmácia da Universidade de Lisboa. No dia 21, Sábado, decorrerá o festival propriamente dito. Para além das quatro tunas a concurso, estarão presentes também a Tun’Obebes (Tuna Feminina de Engenharia da Universidade do Minho) e os Jogralhos, que se encarregarão da apresentação do festival. Para além das actuações musicais, um dos momentos mais aguardados da noite será a projecção da mais recente produção do Departamento Idiota da Afonsina – E Tudo Estalo Levou. Será um retrato mais ou menos fiel, à boa maneira Afonsina, da saga de D. Afonso Henriques para fundar este belo país. Com a realização do espectáculo numa sala no centro da cidade, “esperamos

também uma maior envolvência do público vimaranense com o mundo tunante, algo que nem sempre se afigurava fácil de conseguir quando o Cidade Berço se realizava no Auditório Nobre” afirma João Silva, membro da AFONSINA. As expectativas são “muito elevadas, e esperamos que esta edição seja mais um sucesso, à semelhança das edições anteriores”, diz ainda. O Cidade Berço foi, é e será, sem dúvida, uma das maiores mostras culturais que a academia oferece à cidade e à sua comunidade estudantil, onde a AFONSINA espera que todos retribuam com a sua presença. Os bilhetes para este espectáculo estão à venda GAA - Gabinete de Apoio ao Aluno de Guimarães, no São Mamede CAE, no Café Óscar e no Café Universidade.

Música 19 de Novembro Smix Smox Smux Fnac - BragaParque

Teatro 20 e 21 de Novembro Jardim zoológico de cristal Theatro Circo

Fotografia Até 31 de Dezembro Retratos de uma cidade Museu da Imagem

Pintura

Afonsina

Até 24 de Novembro Lurdes Rodrigues, Marília Olema. Espaço Cultural 14

Guimarães Música 20 de Novembro Fabrica dos Sonhos São Mamede 21 de Novembro Cidade Berço São Mamede 18 de Novembro George Colligan Quintet Centro Cultural Vila Flor 20 de Novembro Cassandra Wilson Centro Cultural Vila Flor

Famalicão Música 21 de Novembro (23h00) Sean Riley & The Slowriders Casa das Artes 21 de Novembro (21h30) Ana Moura Casa das Artes Publicidade

Teatro 20 de Novembro Apresentação da companhia de dança Ballet.pt Casa das Artes em Famalicão

Exposições De 17 de Outubro a 30 Novembro Jayr Peny, vinte obras e cinco sentidos Casa das Artes - Foyer

16 Ter 17.Nov.09

Cultura

Artigo de Opinião: “Os sorrisos do destino”

O sabor amargo da traição Cátia Castro

catia.castro@rum.pt

RUM BOX

Cumpriu

Depois de 98 Octanas, o veterano Fernando Lopes regressa agora com uma história sobre adultérios electrónicos e amores virtuais. “Os Sorrisos do Destino” centra-se na história de um típico casal da burguesia lisboeta e ao qual se junta um outro homem, o jovem amante da esposa. Carlos, interpretado por Rui Morrisson, é o marido. Um famoso jornalista de meia-idade, geneticamente monogâmico, que nunca traiu a mulher com quem está casado há mais de 20 anos. Ada é essa mulher. Elegante, moderna, com uma vida social agitada, que divide o tempo entre sessões de leitura, lançamentos de livros e programas de rádio sobre música clássica. Já Carlos é fã de boleros e avesso às novas tecnologias. Em pleno século XXI, parece ser o único a não ter telemóvel. Só que um dia, apanha acidentalmente uma mensagem no telemóvel de Ada, que no filme é Ana Padrão. Uma sms

Top RUM – 46/2009 13 de Novembro Um triângulo amoroso numa Lisboa moderna, com Rui Morrisson, Ana Padrão e Milton Lopes

de amor de um outro homem. Um tal de Manuel B. Usando a ironia, Carlos consegue que a mulher confesse o adultério e com ajuda de um amigo, encontra na Internet a morada da nova aventura de Ada. Ele é um importante escritor angolano, interpretado por Milton Lopes. Um belo homem, com bom gosto e com marcas da guerra. Os dois homens conhecemse e, ao contrário do que se esperava, criam uma relação de amizade. Entre

copos de vinho e de whisky, até à cena em que procuram juntos o cão desaparecido, traído e traidor constroem uma relação sincera. Enquanto, Ada vive cada vez mais na solidão. O sofrimento e a amargura de Carlos, que acaba de perder um amor de anos vão ser ultrapassados por esta nova amizade. Uma comédia, envolvida ao som de boleros de Los Panchos. Canções que falam sobre dor de corno.

CD RUM : Fuck Buttons / Tarot Sport /2009, CD ATP Records

À descoberta de novos sons e sentidos Pedro Portela - Domínio dos Deuses info@dominiodeuses.org

«Street Horrrsing» já tinha anunciado ao que os Fuck Buttons vinham. O seu sucessor, «Tarot Sport», consegue expandir as fronteiras fluidas da música da dupla de Bristol afirmando um segundo disco que é um tratado de boas ideias. Benjamin John Power e Andrew Hung atiram-nos camadas e camadas de espesso magma sonoro que obrigam os ouvidos a escutar aquilo que nunca tinham ousado e os sentidos a experimentar o que nem em sonhos julgavam ter existência possível. É uma música que quase se pode tocar, tão física e exigente se torna a sua escuta. «Tarot Sport» oferece-nos uma viagem arrepiante e triunfal num cosmos distante, apresentando um dinamismo intrínseco que não deve ser procurado à flor da pele, antes sim escavado com perseverança nas sucessivas capas sonoras que enclausuram esta música impetuosa, mas que ao mesmo tempo lhe conferem um horizonte quase infinito de leituras paralelas, exemplarmente distendidas no espectro disponível pelo mago Andy Weatherall, convocado pela dupla para dar expressão exterior à complexidade das composições que lhes habitam no interior. E neste intrincado jogo de pulsões rímicas em movimento circular e figurantes

sónicos de fugaz aparição, que complementam a narrativa futurista apresentada pela parafernália de teclados afirmados como personagem principal, desenha-se a cada instante um esboço arquitectural de linhas cruzadas, traçadas a régua, compasso e esquadro, que se distribuem numa tela inacabada que aguarda pelos momentos, sempre surgidos, de confluência atmosférica mas marcialidade letal. «Tarot Sport», mais do que ler nos as-

tros um futuro que há-de vir, faz uma clara proposta de descodificação e antecipação dos movimentos musicais vindouros, elevando o drone à condição de maná numa travessia psicadélica de celebração tribal de uma renovada ordem musical, assente na absoluta liberdade de movimentos e na perpetuação da unidade orgânica que o conceito de álbum há muito definiu como um todo afirmativo, coeso, coerente e pleno de sentido. DR

1 TEMPER TRAP, THE - Science of fear 2 PACO HUNTER - Pensacola 3 OQUESTRADA - Oxalá te veja 4 KINGS OF CONVENIENCE - Boat behind 5 AIR - Sing sang sung 6 RODRIGO LEÃO & CINEMA ENSEMBLE - Vida tão estranha 7 GOSSIP, THE - Heavy cross 8 BLASTED MECHANISM - Start to move 9 ARCTIC MONKEYS - Crying lightning 10 NOUVELLE VAGUE - Master and servant 11 LEGENDARY TIGER MAN, THE - Life ain’t enough for you 12 MUNDO CÃO - Ordena que te ame 13 RADIOHEAD - These are my twisted words 14 MADAME GODARD - Hardly alone 15 CRISTINA BRANCO - Bombarelógio 16 SONIC YOUTH - Sacred trickster 17 BAT FOR LASHES - Daniel 18 BOMBAY BICYCLE CLUB Dust on the ground 19 PATRICK WOLF - Hard times 20 EELS - My timing is off

Premiados c/ cheques-disco na Louie Louie Carlos Fernandes Filipe Leite

Post It 16 a 20 de Novembro MARGARIDA PINTO Agulha do tempo

BAD LIEUTENANT - Sink or swim LOCAL NATIVES - Camera talk «Tarot Sport» oferece-nos uma viagem arrepiante e triunfal num cosmos distante

Erasmus

Ter 17.Nov.09

Special Concert from Joana Rios Aslihan Sekerci aslihan.culturarum@gmail.com

Another concert is coming from Vila Flor; Joana Rios, who is singing in both Portuguese and Spanish, will take us on a journey of intense sound and cinematography which invokes the roots of popular music as much as the influence coming from more erudite places, making her a singer of note among the new generation of Portuguese singersongwriters. In this concert, the singer presents her new album “3 Desejos” (Three Wishes). Songs like “Suave”, “Simples e Perfeito Aviso” or “Pra Dizer Adeus”, which reveal the peak of Rios’ skill in singing, now will be performed live. She will be on the stage on 28th of November, 2009 at 22.00 h. Concert Ticket is 10.00 EUR. Special discounted price is 7.50 EUR. (Credit for Municipality Staff and Retired Staff, Card for Disabled People; Municipal Youth Card; Youth Card for under age 25, and students. CCVF Card Discount is 50%).

2007-2008, when Joana Rios decided to devote herself totally to her music career. Her first original record was released in September 2007, and is best described as a crossover between Jazz and Pop, being comprised of ten songs, two of which were covers from Brazilian legend Milton Nascimento (“Cais”) and from Joyce (“4 Elementos”). In January 2008, she commenced the “Universos Paralelos” tour which received tremendous reviews having

sung in important venues in Portugal. Joana Rios also performed outside Portugal, namely in the USA and in several TV shows and interviews, in RTP, SIC and TVI channels. Prior to “Universos Paralelos” Joana Rios did a tribute album to the late Ella Fitzgerald. The album had a huge success peaking number one at major retail stores which led to extensive touring with many memorable performances such as in Luanda and Angola. By late 2008, she produced and ar-

ranged David Ferreira’s debut album “This Can’t Be Love”, which has received high praise from the public. Singer-songwriter Joana Rios presented her new album entitled “3 Desejos” at the Winter Garden of São Luiz Municipal Theatre, in Lisbon, Portugal, on 18th and 19th of September 2009. May be considered as a source of proud for her, João Gobern, in Máxima magazine, music critical in Portugal, considers Joana Rios, one of the finest voices in Portugal. DR

More about Joana Rios Joana Rios was born in Lisbon, in the 7th of May, 1976. Her career began when she was 17 years old, singing jazz standards and bossa-nova. Having received a Berklee scholarship, which she did not pursuit, she eventually became a jazz vocal teacher at a prestigious music school until the year

Joana Rios, one of the finest voices in Portugal

20 years since the fall of the Berlin Wall Sara Eberle

sara.culturarum@gmail.com

2009 marks the 20th anniversary of the Peaceful Revolution and the fall of the Berlin Wall. These events triggered drastic changes around the world, marking the end of the Cold War and of the division of Europe. On 28 January 2009 on Potsdamer Platz a red information box opened up the theme year 2009. As central drop-in centre it is starting point for the tour to the different locations of Berlin’s change. A second, mobile information box is accompanied by a highly visible, red arrow which for a short period turns the spotlight onto the respective site. The first locations are examples of numerous other sites which will be added during the course of 2009 by Berlin partners. Those locations can be experienced by a travelling exhibition,

2009 marks the 20th anniversary of the Peaceful Revolution and the fall of the Berlin Wall

playful elements and stories people and places tell in the course of guided tours which offer exceptional insights and perspectives. For an overview of the locations and

for information on becoming a partner, visit: mauerfall09.de. 7 May to 14 November 2009 at Alexanderplatz The exhibition tells the story of the

Peaceful Revolution and its main participants. In fascinating pictures it shows how complex this process developed and that its outcome was neither inevitable nor self-evident. The exhibition is open twenty-four-seven; free entry. A project by Robert-Havemann-Gesellschaft e.V. in collaboration with Kulturprojekte Berlin GmbH; sponsored by Stiftung Deutsche Klassenlotterie Berlin and the Federal Government’s representatives for culture and media. The fall of the Berlin Wall – a new beginning in Germany and Europe – will be celebrated with a huge ‘Festival of Freedom’ on both sides of the Brandenburg Gate. Accompanied by guests from around the world, with contemporary witnesses as well as public personalities, Berliners will celebrate this unforgettable event in history. The highlight of this event is the multimedia staging of the symbolic fall of the Wall using a ‘domino effect’. Scores of young people are involved in the preparations for this historic event. They are designing oversized stones which on this day, together with prominent artists, cultural figures and politicians, they will cause to come tumbling down.

18 Ter 17.Nov.09 desporto.ZIP Por Nuno FC

FUTEBOL - Mundial 2010: Eduardo já não sofre golos há 408 minutos, Meireles sempre no “onze” O guarda-redes Eduardo mantém a baliza da selecção portuguesa inviolável há 408 minutos consecutivos, enquanto o médio Raul Meireles fez sempre parte da equipa inicial nos 11 encontros de apuramento para o Mundial2010 de futebol. O médio Raul Meireles é o único jogador luso que actuou nos 11 jogos de apuramento, tendo perdido apenas 37 minutos, enquanto o defesa central Pepe, por vezes também utilizado como “trinco”, jogou sempre os 90 minutos, mas falhou o jogo em casa com a Hungria devido a castigo.

FÓRMULA 1: Massa voltou a pilotar o F60 O brasileiro Felipe Massa, que há quatro meses sofreu um grave acidente no Grande Prémio da Hungria, voltou a pilotar o Ferrari F60, bólide com o qual a marca italiana participou no Mundial de Fórmula 1 de 2009. No circuito espanhol Ricardo Tormo, em Cheste, Valência, Massa regressou aos comandos do F60, no último dia das finais mundiais da Ferrari. Além de Felipe Massa, participaram igualmente o italiano Giancarlo Fisichella, que acabou a temporada no lugar do brasileiro, o também transalpino Luca Badoer e ainda o espanhol Marc Gené. O ponto alto da festa de exibição da Ferrari foi a presença do espanhol Fernando Alonso, próximo piloto da marca italiana e que teve autorização especial da Renault para saudar os seus adeptos.

Desporto Equipa do SCBraga/AAUM “caiu aos pés” do Barranha, formação da III Divisão Nacional

SCBraga/AAUM é eliminado da Taça de Portugal Eduardo Rodrigues e_du_rodrigues@yahoo.com.br

Pelo segundo ano consecutivo, o SCBraga/AAUM abandonou a Taça de Portugal após perder com uma equipa do escalão inferior. Depois de, na 1ª eliminatória, ter vencido o ARCA, desta vez o adversário foi o Barranha da III Divisão Nacional e os bracarenses saíram derrotados por 2-1. No que respeita às demais equipas da série do SCBraga/AAUM, somente Módicus, Foz e Rio Ave passaram à próxima fase da competição. Viseu Futsal, Póvoa Futsal, Lamas Futsal, Nogueiró e Boavista também cessaram as suas participações nesta 2ª eliminatória. Para este encontro, que se realizou no passado sábado, Pedro Palas não convocou o guarda-redes Skat e Ricardinho, ambos a recuperarem de lesões, além de Ferrugem e Faria por opção técnica. Por sua vez, os seleccionados

para iniciarem a partida foram Hélder na baliza, André Machado, Lino, Fabrício e Coroas. A primeira parte ficou pautada pelo equilíbrio e ambas as equipas criaram poucas oportunidades de se colocarem à frente do marcador. O golo de Fabrício, aos 5 minutos, foi uma excepção e acabou mesmo por ser a única vez que a bola entrou na baliza. Já na segunda metade da partida, o treinador do Barranha optou, quase sempre, por actuar com um guarda-redes avançado. Esta postura ofensiva surtiu efeito e, aos 30 minutos, chegaram ao DR

Fabrício apontou o golo solitário dos bracarenses

Focados no campeonato Com esta derrota, um dos objectivos delineados no princípio da época, ou seja, ir longe nesta competição, já não poderá ser concretizado. Ao SCBraga/ AAUM resta dedicar-se inteiramente ao seu principal alvo, que é juntar-se à elite do futsal português. Para isso, é imprescindível vencer o próximo jogo diante do Viseu Futsal, adversário directo nesta luta. Os viseenses encontram-se na 4ª posição, com 10 pontos conquistados, três a mais que os bracarenses. O jogo será disputado no próximo dia 20 de Novembro, às 17h30, no Pavilhão Universitário de Gualtar.

Ambição redobrada no início de uma nova época desportiva

Basquetebol prepara primeiro Torneio Apuramento para os CNU’s Carlos Rebelo c.covasr@gmail.com

Irá decorrer nos dias 19 e 20 de Novembro, o I TA (Torneio Apuramento) da modalidade no pavilhão de Azurém,

Guimarães. As equipas de basquetebol masculina e feminina da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) têm os mesmos objectivos, conseguir o maior número de pontos para a qualificação para os Campeonatos Nacionais Universitários (CNU’s). Equipa renovada no basquetebol masculino A AAUM está inserida no grupo A junNuno Gonçalves/UMDicas

ANDEBOL - Taça das Taças: ABC repete triunfo no Chipre e alcança “oitavos” O ABC de Braga reeditou o êxito da véspera, batendo os cipriotas do Cyprus Colege, por 29-26, na segunda mão da terceira eliminatória da Taça das Taças de andebol masculino, confirmando a sua presença nos oitavos-de-final. O treinador do ABC, Jorge Rito, explicou que o sucesso se deveu a alterações no esquema defensivo. “A nossa defesa não estava a conseguir parar a primeira linha do Cyprus mas alterámos a defesa, aumentámos a sua agressividade e criámos mais problemas ao ataque dos adversários”, disse, destacando a exibição do outro guarda-redes, Bruno Dias.

empate. Aos 34 minutos, Rui Coroas desviou a bola com a mão dentro da área e o árbitro assinalou grande penalidade, que foi concluída com êxito. Mediante a situação adversa, o SCBraga/AAUM tomou a iniciativa do jogo. A três minutos do fim, o guarda-redes adversário ainda foi expulso, contudo, mesmo em superioridade numérica, os minhotos não conseguiram empatar.

tamente com o IPC (Instituto Politécnico Coimbra), AAUBI (Universidade Beira Interior) e AAUTAD (Universidade Trás-os-Montes e Alto Douro). No grupo B encontra-se a AAUAv (Universidade de Aveiro), AAC (Coimbra) e IPV (Viseu). O técnico da equipa minhota, João Chaves, em entrevista ao ACADÉMICO esclareceu: “O objectivo deste TA é chegar o mais longe na competição e, se possível, conseguir o resultado do ano passado em Azurém, a vitória no torneio”. Sobre a remodelação natural da equipa, com a entrada de novos atletas e a saída de alunos que terminaram os seus cursos na U.Minho, Chaves afirma que “este ano temos novos alunos com potencial para integrar a equipa, apesar de ser uma equipa em construção e que nunca jogou junta, vamos procurar o dar o máximo para alcançar um dos objectivos propostos, os CNU’S”. Atletas femininas à procura de novo pódio nacional

Basquetebol masculino ambiciona altos voos com uma equipa renovada

A equipa de basquetebol feminina também procura um lugar nos CNU’s , após o excelente 3º lugar na ultima época , a equipa feminina tem o objectivo de juntar o maior número de pontos possíveis para o acesso ao Campeonato Nacional Universitário da modalidade. A AAUM está inserida no Grupo A juntamente com as actuais campeãs nacionais, o IPP (Porto) e AAUTAD. No Grupo B encontram-se AAUAv , UP(Porto) e a “iniciante” AAEISMAI. Por fim, no grupo C, IPC, AAC e AAUBI.

Ter 17.Nov.09