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Como sabemos, o casamento é uma instituição divina e, como tal, deve ser reverenciado e exercitado de acordo com o modelo original, planejado por Deus, para a felicidade do homem. Qualquer tentativa de mudar minimamente, qualquer coisa que Deus fez, constitui de per si uma afronta ao criador, t como se alguém estivesse dizendo com essa atitude que, embora Deus tenha feito, não o fez perfeito, portanto necessita de retoque. Isso é inconcebível! Quando o Senhor instituiu o casamento, estabeleceu em sua constituição princípios inalienáveis, tais como: a heterossexualidade, a monogamia e a complementaridade, elem en tos estes que são simplesmente imprescindíveis para o perfeito funcionam en to dessa sagrada instituição (Gn 1.27; 2.24). Destarte, como coluna e firmeza da verdade (I Tm. 3.15), a Igreja vem de modo peremptório, colocar-se em defesa do casamento e da família, segundo o padrão divino. Em momento algum assentiremos com aquilo que a cultura popular prevalecente, fruto de uma sociedade comprometida com o secularismo, quer nos impor. Modelos de casamento e de família dissociados do padrão divino, serão sempre recusa dos por nós. Permaneceremos sempre, dentro dos moldes daquilo o que pre coniza a Sagrada Escritura. Por isso, estamos apresentando aos queridos irmãos (ãs), o novo manual de estudos bíblicos para a família. Iniciando com os cuidados que se deve ter com a escolha do cônjuge até a importância de o casal envelhecer juntos de baixo da benção de Deus, serão ministradas palestras que têm como objetivo principal fortalecer o casamento e as famílias. Esperamos em Deus que cada seminarista faça bom uso deste material e use-o não somente nos dias do seminário, mas leve-o para casa e constantemente, esteja relendo e até fa zendo uso do mesmo no culto doméstico, para que toda a família possa ser abençoada por esses estudos. Isso é o que deseja o vosso pastor. Pr. Ailton José Alves Presidente da IEADPE
REFERÊNCIAS Bíblia da Família. Baruen SP Sociedade Bíblica do Brasil 2006. j
CARDOSO, Renato e CARDOSO, Cmtiane Casamento Blindado, o seu casamento a prova de divórcio - Rio de Janeiro Thomas Nelson Brasil, 2012. CHAMPLIN, Russell Norman, O Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo Hagnos CHAPMAN, Gary O que não me contaram sobre casamento mas que você precisa saber traduzido por Li/andra de Almeida - São Paulo Mundo Cristão. 2011 A família que vocé sempre quis - Slo Paulo Mundo Cristão. 2011 EGGERiCHS, Emerson Amor e respeito, traduzido por Ermrson Justino - São Paulo Mundo Cnstle. 2008, HOUAiSS. Antônio e VIllAR. Mauro de Sattrs Dioonano Houarss da Língua Portuguesa Riode Jane-ro, Instituto Antônio Mouaíss Ed Objetiva 2001 .
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PALESTRA 01
FAZENDO UMA BOA ESCOLHA Palestra 02
AJUSTAM ENTO CONJUGAL Palestra 03
ADMINISTRANDO A BENÇÃO DA CHEGADA DOS FILHOS Palestra 04
A BENÇÃO DE ENVELHECER JUNTOS
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I - 0 #CAS RARA UMA BOA CSCOlKA
NAo poderTK>s rea narnen^, matx'^ 4 nos aue busquemos 3 o^^en^açio dn na Seqmsermo 1 i r . r ~ ' reco^er aquele Que planejou a nossa e>isténoa antes mesmo e» ‘ s^e^os e certamente, mc ^ u neste piano o *x)sso casamento po<s desc,a em-rç o^e'ecer-r os o mefhoc 0
apostok? T 4.10 nos ad«er-e 3 too lodrvc e *oao o dom perfeito /em ao oKo descendo do do das 1,zes ^do m^dorço nem sombra de vono^òo *~g 1 17) Vejamos e^tão algumas d cas para jma 00a escc fia do cônjuge 1.1 Que seja no Senhor (l Co 7 39; Tm 5 14). A boa escolha do co^ uge não deve ser a p e ra s pela aoarénc a ca, ainda que isso tem a sua m p o rtân o a. contudo esse náo deve ser o ponto decisivo na hora da esco na mas, devese escolher alguém que - notadam ente - esteja dentro da vontade de Deus, porque som ente o Senhor conhece-nos de m odo cabal, portanto, sabe qual a /
pessoa ideal para ser nosso cônjuge, para nos complementar. Por conseguinte, casar no Senhor significa casar segundo a vontade de Deus, seguindo o projeto de Deus para a nossa vida, que inclui determinada pessoa e não outra. 1.2 Que professe a mesma fé (Nm 36.5-7; II Co 6.14). Professar a mesma fé diz respeito não somente a casar com alguém que também crer em Cristo, mas que esteja dentro da "mesma tribo". No nosso caso, da mesma igreja: ".. contanto que se casem na família da tribo de seu pai" (Nm 36.6b). Sabemos que existem igrejas e igrejas e cada uma delas tem a sua forma de servir a Deus e os seus costumes. Destarte, não é de bom alvitre, um (a) jovem, membro de uma igreja, buscar alguém em outra igreja (denominação) para ser seu cônjuge, considerando que, as eventuais diferenças doutrinárias e de costumes, poderão ocasionar - e em geral ocasiona - discórdias entre o casal. A orientação bíblica para a boa escolha do cônjuge, é que seja dentro da própria "tribo", para que não haja conflito, nem quanto a herança (legado doutrinário), nem quanto aos costumes. E esta recomendação é ainda mais severa quando se trata de um (a) jovem crente escolher casar com um (a) nãocrente. O texto de II Co 6.14, diz-nos: "não vos prendais ao jugo desigual com os infiéis". Levando-se em conta o que temos visto no dia-a-dia, na vida de algumas pessoas que não abraçaram essa orientação bíblica, podemos afirmar que, fazer a escolha do cônjuge não observando este princípio, equivale decidir por um casamento frustrado. Amparada neste princípio bíblico e visando salvaguardar a vida dos nossos jovens, a IEADPE só realiza casamentos entre jovens membros de nossa igreja. 1.3 Que seja dentro do mesmo nível socioeconômico e intelectual 0 casamento entre pessoas com acentuado desnível financeiro, intelectual e social, na maioria das vezes gera consequências desagradáveis, tais como (a) complexo de inferioridade; (b) crises de ciúmes doentios; (c) dependência financeira; (d) humilhações etc. Portanto, a escolha feita dentro do mesmo nível socioeconômico e intelectual, facilitará aos cônjuges a adaptação e ajustamento dentro da família recém-formada. Muitos casamentos entram em crise logo no início por não haverem atentado previamente, para detalhes tão importantes como este. 1.4 Que seja mais ou menos dentro da mesma faixa etária. A subjetividade de um indivíduo conta muito para os seus relacionamentos interpessoais, mormente para o relacionamento conjugal. Portanto, casar com alguém com uma diferença grande de idade é uma decisão, no mínimo, arriscada. Pessoas que vêm de épocas mais distantes, em geral, pensam e agem diferente daquelas que procedem de épocas mais recentes. Se um, ou outro caso, conseguiu ter sucesso, disso não decorre que essa questão deva ser desprezada. A exceção nunca deve virar regra.
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É muito comum ocorrer essa diferença grande de idade em casamentos em que um dos cônjuges é viúvo (a). Neste caso, além da diferença na idade, existem outros fatores que devem ser levados em consideração, quais sejam: (a) o relacionamento com os filhos do primeiro casamento; (b) o regime de comunhão de bens, quando estes existem; (c) as comparações entre o primeiro cônjuge e o (a) atual; (d) níveis de maturidade diferentes etc. Destarte, é razoável que ao escolher o cônjuge, o (a) jovem o faça de alguém com uma idade não muito diferente da sua. II - PESSOAS NA BÍBLIA, QUE FIZERAM MÁ ESCOLHA A Bíblia Sagrada, o manual do casamento e da família, faz menção de algumas pessoas que erraram na hora da escolha do cônjuge, vejamos algumas delas: 2.1 Sansão. O jovem Sansão incorreu em pelo menos dois erros quando da escolha do cônjuge. Primeiro, contrariando os conselhos e orientações de seus pais, casou-se com uma mulher filisteia, trazendo grandes prejuízos e vergonha para sua própria vida, pois sua esposa lhe foi infiel e dada por mulher a outro homem (Jz 14.1-3,7,15-17,20). Segundo, após ter cometido este grande erro, comete outro ainda mais grave, escolhe uma prostituta com esposa. Como nazireu de Deus, Sansão necessitava ter uma vida recatada e irrepreensível (Nm 6.1-8,13). Como sabemos, as consequências das más escolhas de Sansão, foram desastrosas e lhe custaram a própria vida. 2.2 Davi. Embora a Bíblia registre que Davi foi um homem segundo o coração de Deus (I Sm 13.14), algumas de suas escolhas trouxeram-lhe terríveis consequências. Sobretudo no que diz respeito ao casamento. Davi desviouse do projeto original de Deus para o casamento que é a monogamia (Gn 2.18,22,24), praticando a poligamia. Chamo a atenção para alguns detalhes do texto de Gênesis, retrocitado: os artigos, preposição e pronomes: "...far-lheei um a ajudadora", "...tomou do homem, formou uma mulher", "...deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à s u a mulher, e serão am bo s uma carne. O texto bíblico é muito claro quando revela que Deus fez um homem para um a mulher e um a mulher para um homem. Quanto a Davi, primeiro foi enganado pela trama do rei Saul, que prometeu-lhe em casamento a filha mais velha, Merabe, mas apenas com o objetivo de destruí-lo. E ainda assim, Saul não cumpriu a sua palavra, dando Merabe por esposa a Adriel (I Sm 18.17,19). Em seguida, aproveitando a paixão que a sua outra filha, Milcal, tinha por Davi, Saul dá sequência ao seu plano maligno para matar Davi. Este, sem vigiar, ou consultar ao Senhor, achou que o projeto de ser genro do rei era maravilhoso (I Sm 18.26), todavia as consequências dessa escolha foram bastantes desagradáveis.
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Embora Saul não tenha conseguido o seu intento, mais a frente, encontramos Mical demonstrando desprezo e ciúme doentio por Davi (II Sm 6.14-16; 20-23). Assim, tem início a aventura negativa de Davi relacionada ao seu péssimo histórico matrimonial e infelizmente este segue na prática da poligamia, colecionando esposas: Abigail, Ainoã, Eglá, Maacá e finalmente, é protagonista da macabra história de adultério com Bate-Seba e assassinato de seu esposo Urias, seu fiel soldado (I Sm 11.26). Tudo isso consequências das más escolhas. 2.3 Salomão. Parece-nos que mais uma vez pode-se constatar que de alguma maneira, o modo como os pais se comportam influencia diretamente no comportamento dos filhos. Salomão teve uma história matrimonial terrivelmente conturbada. A Bíblia diz que esse filho de Davi casou com muitas mulheres estrangeiras. Salomão também errou duplamente: Primeiro porque casou com várias mulheres e depois porque casou com mulher estrangeira. Deus havia proibido terminantemente essa prática (I Rs 11.1,2). Finalmente, as várias esposas de Salomão o fizeram prevaricar contra Deus e ir após deuses estranhos (I Rs 11.4-7). E a consequência dessa má escolha de Salomão foi o juízo divino (I Rs 11.9,11). Ou seja, o homem mais sábio da terra tornasse néscio em suas escolhas. Quando tratamos com desdém as orientações bíblicas para o casamento, padecemos as consequências das más escolha, pois, somente seguindo o manual Divino, a Bíblia Sagrada, poderemos fazer escolhas acertadas (SI 119.105,165,169). III - CONSEQUÊNCIAS DA MÁ ESCOLHA Algumas consequências decorrentes de más escolhas perduram toda a vida. Portanto, devemos ser prudentes ao fazer nossas escolhas. Podemos escolher muitas coisas durante a nossa vida. Escolhemos a roupa que vestimos, o curso que iremos fazer, o carro que pretendemos comprar, os amigos que queremos ter, enfim, podemos fazer muitas escolhas que irão definir o que somos e como viveremos. Algumas dessas escolhas podem ser modificadas quando nos arrependemos ou chegamos à conclusão de que tomamos a decisão errada, ou seja, escolhemos mal. Todavia, a e s c o l h a d o c ô n ju g e é d e f in it iv a , não cabe a r r e p e n d im e n t o E m u it o m e n o s d e s is t ê n c ia . A Bíblia Sagrada nos orienta que O CASAMENTO É UMA ESCOLHA QUE DEVE PERDURAR ATÉ O FALECIMENTO DE UM
(I Co 7.39). Em (Mt 19.8), lemos: "Disse-lhes ele: Moisés, por causo da dureza dos vossos corações, vos permitiu repudiar vossas mulheres; m a s a o p r in c íp io n ã o f o i a s s im " (grifo nosso). Ou seja, Jesus está dizendo que no projeto original de Deus para o casamento, não existe a possibilidade d o s c ô n ju g e s
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de desistência. C a s o u , e st á c a s a d o (a ), a té q u e a m o r t e o s s e p a r e . Por isso aquele (a) que casa de forma precipitada sem buscar a orientação do Senhor, terá que conviver com as consequências de sua escolha. IV - CORRIGINDO OS ERROS DO PASSADO Ninguém precisa viver errando toda a vida. Deus sempre nos oferece a oportunidade de recomeço. Se alguém tomou decisões erradas no passado ou, se fez más escolhas, precisa ver onde falhou e, dentro do possível, realizar os ajustes de conduta necessários para corrigir a rota, tendo o cuidado para não incorrer noutros erros. Para tanto, a pessoa necessita: 4.1 Reconhecer o erro cometido e assumir as consequências de sua má escolha. Se houve uma escolha errada quanto ao casamento, não adianta ficar se lastimando e amaldiçoando o seu cônjuge ou matrimônio. Deve-se recorrer àquele que é o instituidor e mantenedor da família para que o Senhor venha a endireitar aquilo que precisa ser concertado. É importante pontuar que cada cônjuge deve fazer a sua parte. Não se pode esperar que Deus faça aquilo que cabe a nós fazê-lo. Quando as tempestades se avizinham do casamento, não podemos transformar água em vinho, mas podemos encher as talhas com água (Jo 2.7) e o milagre Jesus faz. 4.2 Entender que separação ou divórcio não resolverá o problema. Muito pelo contrário, o divórcio criará outro problema ainda maior. A Bíblia diz que Deus odeia o divórcio (Ml 2 14,16). Portanto, quem deseja corrigir as escolhas erradas do passado e buscar a benção de Deus para o seu casamento, jamais deve optar pelo divórcio. Seria como tentar limpar uma superfície suja, com um pano ainda mais sujo. Não vai funcionar! Se não está conseguindo administrar a situação sozinho (a) busque ajuda. O Departamento de Família existe para oferecer apoio às famílias que estão vivendo em crise. 4.3 Jamais fazer comparação entre seu cônjuge e outras pessoas. Lembrese, quem fez a escolha foi você. Portanto, se você não consultou o Senhor e escolheu errado, precisa entender que as consequências devem ser assumidas e administradas por quem fez a escolha. Comparar seu cônjuge com outras pessoas só vai acentuar o problema. Peça graça a Deus e procure investir no seu relacionamento, rogando ao Senhor que o (a) ajude a amar, compreender e a aceitar a pessoa que você escolheu para ser seu esposo (a). 4.4 Manter uma vida de oração e comunhão com Deus. O quebrantamento e a disposição de obedecer a Palavra de Deus só virá quando houver sincera disposição de submeter-se incondicionalmente, a vontade do Senhor. A oração ajuda a lembrarmos de nossas limitações e total dependência do Senhor. Portanto, o cônjuge que ora tem mais chance de ver o milagre ocorrer em sua
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vida e em sua família (Lc 11.9). 4.5 Perdoar o seu cônjuge. Em (I Pe 4.8), o apóstolo diz que " ,.o amor cobrirá a multidão de pecados". Ou seja, se alguém ama, perdoará as falhas da pessoa amada. Isso é o que significa "cobrir a multidão de pecados" Ou seja, mesrno que a pessoa que você escolheu para ser seu cônjuge cometa algumas falhas, se você realmente amá-lo (a), não levará em conta os seus erros mas, com amor, procurará conscientizá-lo (a) da necessidade de mudança. CONCLUSÃO Para aqueles que ainda estão solteiros, dizemos que o casamento é urna benção de Deus! No entanto, é preciso ter-se maturidade espiritual suficiente para discernir qual a vontade específica de Deus para a sua vida no que concerne ao casamento. Case, mas case no senhor! Ou seja, case dentro da vontade de Deus. Não dê nenhum passo até que Deus tenha lhe orientado de forma inequívoca sobre o assunto. É melhor não casar, do que casar fora da vontade do Senhor. Esse mesmo princípio, Paulo usa aconselhando as mulheres viúvas. Ele diz que elas até poderíam contrair novas núpcias ".. contanto que seja no Senhor". Equivale dizer: Dentro da vontade de Deus. Disso Decorre que Deus tem uma vontade específica para a nossa vida no tocante ao casamento. Então procure antes de tudo, conhecer e submeter-se a essa vontade.
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CASAMtNTO
UMA B f: N Ç A O P H O G R L S S I V A
Palestra 02
AJUSTAMENTO CONJUGAL n-.XTOS: D l 24.5: Cj N 26.8; CT 6.3
INTRODUÇÃO Infelizmente, muitos casamentos têm as suas estruturas balançadas desde o início. Porque alguns cônjuges iniciam esta nova etapa da vida sem ter o mínimo de apresto para tal empreendimento. Adentram ao matrimônio iludidos com o mito do casamento perfeito e, naturalmente, se decepcionam quando - diante da realidade da vida - percebem que o cônjuge não é tão perfeito (a) quanto parecia, antes do tão esperado s im diante do altar e o casamento não é aquele conto de fadas presente apenas na imaginação fértil das pessoas. Contudo, os recém-casados precisam saber que, os que garimpam diamantes nas minas, nãos os encontram prontos e lapidados, mas pedras brutas, que após um processo que envolve um penoso trabalho, o joalheiro transforma-o em uma joia de grande valor. O casamento é como uma pedra preciosa que necessita de um minucioso e dedicado trabalho por parte dos cônjuges, para fazê-lo brilhar diante de Deus e da sociedade. É sobre a adequação à nova realidade na vida conjugal e suas implicações, que estaremos aprendendo neste estudo. 1 -0 QUE É AJUSTAMENTO CONJUGAL? Podemos definir ajustamento conjugal da seguinte forma:
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1.1 Ajustamento: ato ou efeito de ajustar-se; ação de integrar-se à um determinado contexto; adaptação; amoldamento. Diz-se de duas ou mais coisas que se unem de maneira perfeita, justa, que se encaixam bem uma à outra. 1.2 Conjugal: relativo aos cônjuges; do casal; matrimonial; do casamento ou da vida de casado.
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Destarte, ajustamento conjugal seria, por assim dizer, a adaptação, a integração, o amoldamento entre os cônjuges, de maneira que, mesmo existindo pontos divergentes entre o casal, esses pontos possam ser bem administrados de tal maneira que possibilite a consecução de uma vida conjugal harmoniosa. A isso chamamos "ajustamento conjugal". II - ÁREAS DO CASAMENTO QUE NECESSITAM DE AJUSTAMENTO Os períodos de namoro e noivado são - para o casal - as fases das descobertas do outro, de conhecimento mútuo. Busca-se a resposta para a pergunta: Quem é essa pessoa que chamou a minha atenção e com quem eu pretendo casar? Conquanto alguns casais invistam um tempo considerável procurando a resposta para essa pergunta, esses dois primeiros períodos não são suficientes para se conhecer bem a outra pessoa. Sabemos que cada pessoa carrega a sua carga de subjetividade com suas particularidades decorrentes do processo de formação do indivíduo, que envolve temperamento, costumes, contexto familiar, contexto social, hábitos pessoais etc. Por tudo isso, é imprescindível ao casal passar pelo processo de ajustamento conjugal, e este ajustamento deve acontecer em diferentes áreas, quais sejam:
2.1 Espiritual. A conduta espiritual de uma pessoa diz muito a seu respeito. Por isso, antes de aceitar a proposta de casamento, o (a) jovem crente deve avaliar com cuidado, o comportamento espiritual do (a) postulante. Casar com alguém que não prioriza Deus em sua vida equivale apostar no fracasso do casamento. Uma vez casados, os cônjuges, devem continuar investindo na vida espiritual, agora, compartilhada, em família. O desajuste na vida espiritual do casal, contribuirá para o desencadeamento de sérios problemas. A Igreja começa em nossa casa. Chamado por Deus, Abraão não descuidava de investir na vida espiritual junto com a sua família (Gn 12.7,8; 13.1,4). O ajustamento na vida espiritual do casal, permitirá que ambos compartilhem as suas experiências pessoais que eles têm com Deus. No entanto, deve-se ter o cuidado de evitar o desequilíbrio espiritual entre o casal, em que um queira ser mais santo do que o outro ou vice-e-versa. É imperativo que o casal faça os devidos ajustes na sintonia espiritual para que as bênçãos de Deus possam fruir sobre a família e as suas orações não sejam impedidas (1 Pedro 3.7). 2.2 Emocional. Maturidade emocional é a capacidade de administrar bem os sentimentos e sensações inerentes ao ser humano. Qualquer pessoa que ainda não possua maturidade emocional não está preparada para assumir as responsabilidades decorrentes do ato de casar. Portanto, a pergunta certa não é com que idade uma pessoa deve casar, mas se essa pessoa já tem maturidade
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emocional suficiente para assumir um relacionamento conjugal. Se o indivíduo não possui maturidade emocional, até a quebra da simbiose que deve haver entre este e seus pais - por ocasião do seu casamento - ficará comprometida (Gn 2.24). Na relação entre os cônjuges, essa maturidade é imprescindível. No diaa-dia do casal, nos embates da vida, nos problemas mais diversos e na própria relação interpessoal do casal, essa maturidade é constantemente posta à prova. Quando os cônjuges são maduros emocionalmente e promovem os ajustes necessários a boa convivência, tudo vai bem. Eles aprendem juntos a exercitar a prática do amor conjugal, cultivando-o como a uma planta, com carinho, atenção, afeto, companheirismo, romantismo etc. (Cl 3.19; Tt 2.3-5). 2.3 Social. Os cônjuges precisam saber que agora fazem parte de uma sociedade íntima entre duas pessoas e, como em todas as sociedades, partilharão lucros e prejuízos, altos e baixos, alegrias e tristezas, sol e chuva, fartura e escassez etc., por isso mesmo, antes de tomar qualquer decisão, mormente, aquelas que afetarão diretamente à família, devem antes, sentar e combinar (Am 3.3; Lc 14.28-30). Outra nuança desse ajustamento social diz respeito aos relacionamentos sociais de ambos os cônjuges, no trabalho, na igreja, na faculdade, no Facebook, no WhatsApp etc. Deve-se ter transparência total. O amigo da esposa tem de ser amigo do marido também, e vice-e-versa. Portanto, aqui cabe uma orientação: Os cônjuges devem compartilhar as senhas das redes sociais, de maneira que ambos possuam as senhas um do outro. E, uma vez casado (a), todos os relacionamentos de amizade com pessoas do sexo oposto devem ser rigorosamente controlados, no sentido de não se permitir qualquer comportamento ou atitude que enseje qualquer suspeição. Por exemplo: frequentes elogios, troca de presentes, frequentes ligações telefônicas ou mensagens, visitas frequentes a casa etc.
2.4 Psicológica. Estamos vivendo num contexto onde as psicopatologias se multiplicam, motivadas por uma série de fatores, tais como: as constantes e extremas exigências sociais para a sobrevivência do indivíduo e da família; as preocupações com o sucesso; a instabilidade econômica; a violência; as incertezas; a falta de segurança e muitos outros. Tudo isso tem produzido um amontoado de pessoas doentes psicologicamente. Atualmente existem muitos indivíduos que apresentam o quadro da Doença Bipolar - Doença maníaco-depressiva; do TOC - Doença em que o indivíduo apresenta obsessões e compulsões; do Transtorno de Ansiedade Social - ou sociofobia; da Esquizofrenia - Irregularidades no discernimento;
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da Anorexia - Transtorno alimentar; da Depressão Clínica - Sentimento d< vazio; do Estresse pós-traumático dentre outros, Diante desse quadro, urge que, desde o momento da escolha da pev,o,, com quem se vai casar, deve-se ter o cuidado de se avaliar a possibilidade dev,fJ pessoa ser, ou não, portadora de qualquer patologia, Inclusive psicológica. iv,0 naturalmente, não impede o indivíduo de casar, mas prepara o íuturo cônjuge para, de antemão, decidir se aceita ou não, conviver com a situação, Todavia uma vez casado (a), se em algum momento surgir o diagnóstico d<* qualquer enfermidade, o cônjuge que desfrutar de melhor saúde deve provê tudo o que esteja ao seu alcance para auxiliar o esposo (a) a reverter a situação. Independentemente da presença de qualquer psicopatologia ou não, (y. cônjuges precisam saber que devem se amoldar ao relacionamento conjugal aprendendo a conviver com a estrutura psicológica daquele (a) indivíduo que foi escolhido (a) para ser seu cônjuge. 2.5 Sexual. Considerando que a cultura popular prevalecente - completamente secularizada - tem ditado um padrão pervertido para a prática da sexualidade, a igreja de Cristo deve se posicionar peremptoriamente sobre o tema e mostrar a luz da Bíblia, qual o modelo divino para a sexualidade humana. Sobre a sexualidade, a primeira coisa que o casal cristão precisa saber é que a prática sexual não se constitui de per si pecaminosa. A Bíblia diz que Deus criou o sexo: "macho e fêmea os criou" (Gn 1.27). O problema consiste naquilo que o homem tem feito com a sua sexualidade. A prática da sexualidade foi projetada por Deus para o contexto do casamento e exclusivamente para esse contexto (Gn 1.28; 2.24,25). Logo, qualquer prática sexual antes ou fora do casamento se constitui pecado. É pecado porque atropela a ordem natural do projeto divino. De acordo com o que Deus planejou, primeiro vem o casamento, depois a intimidade (Gn 2.24,25), nunca o contrário. Destarte, não há nada de errado com a prática da sexualidade, desde que ela se apresente dentro do contexto do casamento e conforme o padrão divino (I Co 7.2-4). Com muita propriedade o apóstolo Paulo orienta: "Foge tombem dos paixões da mocidade" (II Tm 2.22). Ainda em outro texto, o apóstolo adverte: "Fugi da prostituição. Todo o pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo" (I Co 6.18). Aqui estão, portanto, sérias advertências quanto a sexualidade exercitada fora do contexto do casamento. A coisa é tão séria que o apóstolo exorta a fugir desse tipo de prática ou daquilo que a estimule. É imperativo lembrar que mesmo dentro do casamento, a prática da sexualidade deve seguir o padrão estabelecido por Deus que é o modelo
santidade (I Pe 1.16). Um casal temente a Deus jamais trará para o leito conjugal práticas sexuais pervertidas, disseminadas largamente pela cultura popular prevalecente (Hb 13.4). Se casais heteros trouxerem para o leito conjugal, práticas que são comuns entre homossexuais, estarão cometendo o mesmo pecado que eles, com um agravante, Deus deu ao casal hetero todos os elementos para que fosse possível a relação intima de acordo com a natureza, mas eles preferiram perverter as suas práticas, por isso, se não houver sincero arrependimento, confissão e abandono de tais práticas, o juízo de Deus será inexorável (Rm 1.24-28,32). Devemos portanto, seguir o conselho do apostolo João, quando diz: "Nõo ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai nõo está nele. Porque tudo o que há no mundo, o concupiscêncio da carne, a concupiscêncio dos olhos e o soberba do vida, nõo è do Pai, mas do mundo. E o mundo possa, e o sua concupiscêncio; mas aquele que foz o vontade de Deus permanece poro sempre" (I Jo 2.15-17). Outra nuance não menos importante quanto a adequação da sexualidade, é que não é preciso ter pressa. Depois do casamento, os cônjuges terão toda a vida para desfrutarem desse particular. Na intimidade, os cônjuges devem dialogar, demonstrar afeto e evitar gerar constrangimento desnecessário ao outro. O homem deve reconhecer que a mulher possui características distintas, por exemplo, é mais romântica, enquanto o homem é mais prático e operacional. Mais é bom lembrar que essas diferenças são complementares e nunca excludentes. Deus imprimiu em cada um deles características distintas para que pudesse haver complementaridade. Portanto, faz-se necessário a adequação e administração desses pormenores. III - FATORES QUE LEVAM A NEGLIGÊNCIA NO AJUSTAMENTO CONJUGAL Apesar da relevante importância do ajustamento conjugal, muitos casais têm negligenciado esse processo, e isso acontece por alguns motivos, quais sejam: 3.1 Desconhecimento da importância da preservação do casamento. Como uma instituição divina, o casamento deve ser sempre honrado e cultivado. Descuidar de sua preservação é desdenhar de uma dádiva de divina para o homem (Gn 2.18,24). 3.2 Falta de interesse dos cônjuges. Há casais que esperam que as coisas aconteçam automaticamente, e sabemos que não é assim que funciona. Temos de fazer a nossa parte. Em qualquer relacionamento é imprescindível a participação ativa de todas as partes envolvidas para o bom funcionamento
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\ do empreendimento. ).i E x c e iio de au to co n fian ça. Há os que Imaginam que têm o casamento Imune *$o\ problemas, portanto n8o o menor esforço para promover o ajustamento necessário ao equilíbrio familiar, Dizem: meu conjuge rne ama multo, portanto nunca vai desistir de rnirri. Isso é uma atitude egoísta, V- há alguma coisa no esposo que precisa ser ajustado para o bem do relacionamento, o esposo deve fazer, como também a esposa. IV •A BÍBLIA E O AJUSTAMENTO CONJUGAL A Bíblia Sagrada, o manual da família, ínícía a temática do casamento falando de ajustamento conjugal, quando dí/: "Portanto deixará o homem o •.eu pal e u suo rnoe, e apegar-se-á à soo mulher, e serdo ambos umo corne" (Gn 2.24). Quando o texto diz: "apegar-se-á", está falando em ajustar se um ao outro, o quando ler se: "tornar se-ão", pode-se entender como urna ação continua, ou seja, na condição de casados, devemos estar constantemente nesse processo de ajustamento. Ninguém é perfeito e sempre haverá pontos em que podemos e devemos melhorar. O casamento portanto é uma instituição que necessita constantemente de investimentos. Oração, arnor, carinho, cuidado, compreensão, fidelidade, transparência, paciência, são Ingredientes que tornarão possível a existência de um casamento feliz. I
CONCLUSÃO A Bíblia mostra que a vereda do justo é como a luz da aurora, que /aí brilhando mais e mais até ser dia perfeito (Pv 4.18), assim também deve ser o nosso casamento. O começo, em geral, é muito bom, mas devemos buscar através do ajustamento conjugal torná-lo cada vez melhor. Quando nos dispomos a administrar o nosso casamento segundo o padrão divino, acontece como em Caná da Galileía, o segundo vinho será melhor do que o primeiro (Jo 2.10). Ou seja, quando o casal permite que a Palavra de Deus seja instrumento balizador e baldrame para o casamento, quanto mais o tempo passa, melhor fica o relacionamento.
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ADMINISTRANDO A BENÇÃO DA CHEGADA DOS FILHOS TEXTO: S L 1273-5
INTRODUÇÃO 0 casamento é uma, dentre as muitas bênçãos que Deus preparou para o homem. Salomão, sob inspiração divina exclama: "Aquele que encontro umo esposa, acha o bem, e alcança a benevolência do Senhor" (Pv 18.22). Com o casamento vem outra benção - não menos importante - que é a possibilidade de procriar, de gerar filhos. Entretanto, faz-se necessário maturidade para administrar bem, a benção da chegada dos filhos. Lamentavelmente, boa parte dos casais encontram dificuldades na administração dessa benção, no que concerne a administrá-la conforme 0 projeto divino. Mormente, porque a cultura popular prevalecente, tem influenciado a muitos, com a tentativa de desconstrução do padrão bíblico para a família. Destarte, o objetivo deste estudo é fazer com que entendamos melhor essa benção e como podemos administrá-la seguindo o modelo bíblico. 1- O PLANEJAMENTO PARA A CHEGADA DOS FILHOS Se quisermos ser exitosos em nossos empreendimentos, sobretudo naqueles que nos são mais importantes, precisamos antes de qualquer coisa, de planejamento. E para iniciar bem esse planejamento, devemos regá-lo com oração, buscando a orientação de Deus para a consecução dos nossos projetos. Depois daquele período inicial de ajustamento do casal à nova realidade, é hora de pensar na chegada dos herdeiros. Isso mesmo! Paulo diz: "Quero, pois, que as que são moças se casem, gerem filhos..." (I Tm 5.14). Então, de acordo com esse conselho paulino, todo o casal precisa pensar em acrescentar novos seres ao planeta (Gn 1.28a). Todavia, a chegada dos filhos demanda certo planejamento, sobretudo do primeiro filho, que traz consigo todo um conjunto de novas experiências.
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Há aqueles que deixam a cargo da própria natureza toda a responsabilidade, mas é imprescindível ter-se um programa mais ou menos detalhado, e seguir, dentro do possível, as previsibilidades desse programa. Naturalmente que, como servos de Deus, cremos que o Senhor está no controle de todas as coisas, mas isso não nos exime da responsabilidade de fazermos a nossa parte. É perfeitamente possível controlar alguns eventos, tais como: o melhor momento para engravidar; onde e como será o quarto do bebê; a cor do enxoval; o nome do bebê etc. Entretanto, é importante também compreender que a partir da chegada do bebê, muito da rotina habitual do casal passará por mudanças significativas. Vejamos algumas destas mudanças: 1.1 Atenção dividida. Antes, quando só havia o casal, todo o tempo disponível era dedicado ao cônjuge. Com a chegada do (s) bebê (s), a atenção será compartilhada com a prole, e o tempo disponível será dividido por três, quatro, cinco, dependendo do número de filhos que o casal tiver. Tudo isso deve ser pensado quando do planejamento da família. 1.2 Aumento nas despesas. Naturalmente que, se aumenta o número de pessoas numa família, as despesas aumentam junto. É o famoso efeito cascata. Vale salientar que tudo para o bebê é, por definição, mais caro. Despesas com alimentação, vestuário, calçado, assistência médica, medicação etc., serão acrescidas ao orçamento doméstico. Tudo isso deve ser levado em conta no planejamento. No entanto, se o casal tem uma estrutura econômica bem definida, é só reprogramar o orçamento toda vez que chegar um novo bebê, levando em consideração o aumento nas despesas. 1.3 Alterações fisiológicas. Praticamente todo o metabolismo do organismo da mulher altera durante o período da gravidez. Tanto internamente, no funcionamento dos órgãos, quanto na estética corporal. Muitas vezes a mulher entra em pânico, porque acha que todo o sacrifício fítness que ela fez ao longo de sua vida para emagrecer e manter um corpo escultural, foi por água abaixo. Outro sintoma comum nas mulheres grávidas, sobretudo nas primeiras semanas de gestação é o enjoo associado a vômitos. Isso muitas vezes deixa o marido perturbado porque acontece da esposa sentir náuseas quando se aproxima dele. Contudo, nenhum marido precisa se desesperar pois isso é normalíssimo nessa fase. Felizmente o enjoo é passageiro. 1.4 Algumas renúncias. Antes o casal tinha mais autonomia para programar o horário de fazer as refeições, de viajar, de passear, de dormi. Agora, quem programa o horário da família é o recém-nascido. Nos primeiros meses, os passeios e as viagens vão ter que esperar. Mas, o que conforta, é saber que tudo tem um tempo determinado (Ec 3.1): Há tempo de passear, de viajar, mas também há tempo de amamentar, de trocar fraudas, de ninar crianças etc. Isso é a vida!
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1.5 A vida intima do casal. Com a chegada dos filhos, a vida Intima do casal passa por significativas alterações. Desde o período de abstinência, conhecido como o resguardo pós-parto, até os cuidados com a privacidade, pois a partir de então, não serão apenas dois. Jamais deve-se manter os filhos dormindo na mesma cama do casal, antes, deve-se acostumá-los desde cedo, a dormirem em seus quartos. O casal deve prezar sempre pela sua privacidade. í preciso maturidade para administrar essa situação. II - PRINCIPAIS CAUSAS DE CONFLITOS COM A CHEGADA DOS FILHOS É lamentável, mas no dia-a-dia do trabalho de aconselhamento familiar, podemos perceber que a falta de preparo dos casais para a chegada dos filhos, tem sido responsável pelo aumento dos conflitos e insatisfação na vida de muitos casais quando a prole chega. Mas, quais seriam as principais causas dos conflitos: 2.1 A criança como o centro das atenções. Muitos pais não estão preparados emocionalmente para lidar com a nobilíssima experiência de ser genitores e são surpreendidos pela realidade de ter que dividir com o mais novo membro da família, a atenção, tempo e carinho da esposa, então, inicia-se o conflito. Obviamente que tanto o marido quanto a esposa precisam ter maturidade para saber administrar a situação, de modo que o filho seja motivo de benção e não de conflito. 2.2 A partilha nas tarefas (Ec 4.9-12). Um grande entrave na experiência dos pais calouros é a dificuldade na partilha das tarefas do lar, incluindo os cuidados com o bebê. Com a chegada do neném, quando a família não dispõe de recursos para contratar alguém para ajudar nos serviços domésticos, o esposo precisa se desdobrar para ajudar a esposa nas tarefas básicas do lar, tais como: lavar louças, lavar os sanitários, varrer a casa, revezar à noite no cuidado com o bebê etc. III - MANTENDO A HARMONIA NA FAMÍLIA COM A CHEGADA DOS HERDEIROS A chegada de um neném deve ser vista pelo casal como uma bênção de Deus, pois é isto o que nos diz o Salmo 127, por isso, esse acontecimento deve ser fonte de alegria para o lar e para a vida do casal. Aliás, esta alegria deve ser sempre crescente a medida em que outros bebês vão chegando. Os filhos devem fortalecer ainda mais os laços afetivos que une os cônjuges, pois são frutos de uma união que Deus abençoou. 3.1 As bênçãos de Deus não acrescentam dores (Pv 10.22). O sentimento que deve envolver o casal ao chegarem os frutos de seu relacionamento é de gratidão, por terem sido alcançados pela benevolência de Deus. E, como acontece com qualquer bênção que recebemos do Senhor, devemos
administrar da melhor maneira possível, para que o Senhor se agrade de nós. 3.2 Há lugar para pais e filhos na família. Uma atitude imatura de alguns pais é imaginar que a chegada do bebê provocou divisão na família tomando o espaço antes ocupado apenas pelos cônjuges, mas isso é um pensamento completamente equivocado, o bebê chegou para ocupar o seu lugar, o lugar que pertence só a ele, o lugar de filho, portanto, o neném não veio competir com seus pais. 3.3 Investindo no relacionamento conjugal. Não é porque chegaram os filhos que o casal não pode investir no relacionamento conjugal. Pelo contrário, agora com os ligames afetivos ainda mais consolidados, o casal precisa investir na saúde da relação, reservando tempo de qualidade para ir ao shopping, caminhar juntos, conversar, tomar sorvete juntos etc. Isso afastará o estresse da rotina doméstica e oxigenará o relacionamento. Nesses momentos, o neném, já crescidinho, poderá ficar sob os cuidados da vovó, ou da titia, enquanto o casal volta do passeio. O casal deve cuidar para não permitir que a rotina do lar sufoque o seu casamento. Isso também é saudável para os filhos, pois na medida em que a criança vai crescendo, vai percebendo que entre o papai e a mamãe existe um verdadeiro amor. 3.4 Mantendo o altar da oração. O Senhor nos orienta: "orai sem cessar" e "em todo o tempo" (I Ts 5.17; Ef 6.18). Significa dizer que não podemos descuidar desse privilégio de poder falar com Deus. A chegada dos filhos não pode enfraquecer as chamas do altar da oração, pois é neste momento que o casal precisa de mais intimidade com Deus para dele receber as diretrizes de como criar a criança na doutrina e admoestação do Senhor (Jz 13.8,12; Ef 6.4). CONCLUSÃO Deus nos presenteia com filhos para que estes sejam bênçãos em nossas vidas, e nos responsabiliza a cuidar deles com todo carinho e atenção, visando prepará-los para um futuro de obediência e temor ao Senhor nosso Deus. O casal não deve esquecer: Filhos são bênçãos, são herança do senhor, são presentes de Deus, receba-os com alegria, mas com prudência.
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Palestra 04
A BENÇÃO DE ENVELHECER JUNTOS
in tro d u çã o
O maior desafio para o casal, não é o da aproximação no início do relacionamento. Momento em que o jovem olha para a sua amada - que o atrai pelo encanto de sua juventude - e a ela propõe casamento, pois a própria natureza se encarrega de contribuir para esta aproximação. O grande desafio é envelhecer juntos amando e cuidando um do outro. No entanto, quando o casamento tem como baldrame os princípios exarados na Palavra de Deus, envelhecer casado (a) é, na verdade, uma benção. Ao longo de nossa palestra de hoje estaremos aprendendo o que fazer para que o casamento, com o passar dos anos, fique cada vez melhor. I-PRINCIPAIS DESAFIOS DO CASAL PARA ENVELHECER JUNTOS O dia do casamento é, sem dúvida, uma data inesquecível, pois é marcado por muita emoção, euforia e expectativas. O vestido da noiva, os arranjos, a entrada da noiva na igreja ao som da marcha nupcial, a celebração, os cumprimentos dos amigos ao final da cerimônia, os quitutes servidos na recepção e depois da festa, a tão esperada lua de mel romântica. Tudo isso é muito deslumbrante! Acontece que esse momento não dura para sempre, logo depois do retorno da lua de mel, o jovem casal aterrissa no solo da realidade da vida, que consiste em compromissos, contas a pagar, horários a cumprir, tarefas domésticas, provisão do lar, carinho, compreensão etc. Esta é a rotina da vida de um casal. Portanto faz-se necessário pedir sabedoria a Deus para não apenas começar bem o casamento, mas, principalmente, terminar os dias de vida, bem casados. Na trajetória de vida do casal existem alguns desafios que precisam ser enfrentados e vencidos para que venham a envelhecer juntos e bem casados:
1.1 Aprender a lidar com as diferenças (I Pe 3.7). Apesar do mito das almas gêmeas, ninguém é igual a ninguém. Cada pessoa é única em sua subjetividade. Todo casal possui pontos convergentes e divergentes. O segredo está em administrar bem as divergências pois, quando estas se tornem pontos de tensão permanente no relacionamento, provocam a corrosão no casamento. Para envelhecer juntos e apaixonados, os cônjuges precisam de muito equilíbrio e sabedoria. Aplicando na relação conjugal o que o apóstolo Paulo ensina aos crentes em Colossos: "Suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros" (Cl 3.13a). 1.2 Elogiar em vez de criticar. Uma sugestão interessante aos maridos é ler mais o livro de Cantares de Salomão. Por exemplo, no cap. 4 e v. 7, lemos: "Você é toda linda, minha querida; em você não há defeito algum" (Ct 4.7)1. Toda pessoa sente-se bem ao ser elogiada. Inclusive o elogio tem sido objeto de estudo de muitos estudiosos que pesquisam sobre o comportamento humano. No entanto, é preciso ter-se cuidado com os excessos. Jamais deve-se elogiar quando o elogio é insincero. Isso geralmente produz um efeito reverso. Ou seja, em vez da pessoa elogiada sentir-se estimulada, pode desenvolver um sentimento negativo. Quando os cônjuges elogiam um ao outro, não estão dizendo que no outro não há defeito, mas que o verdadeiro amor não foca nos defeitos mas nas virtudes da pessoa amada. Portanto encontre virtudes em seu cônjuge e o (a) elogie por isso. Quanto aos defeitos, converse abertamente, com amor, sobre o assunto, tentando estimulá-lo (a) a corrigi-los. 1.3 Conservar o romantismo. Mais uma vez sugerimos o livro de Cantares. Ali, os cônjuges apaixonados encontrarão muitas expressões românticas que poderão ser aplicadas no dia-a-dia do casal. Há casais que chegaram ao altar cheios de romantismo, porém, logo que passa a lua de mel, começam com palavras e atitudes que ferem, que machucam, conduzindo-os a um relacionamento amargo e cheios de mágoas. Casais que agem assim, quando envelhecem guardam ressentimentos mútuos e não conseguem se perdoar. Manter o romantismo no casamento, faz tornar doce e agradável a convivência do casal. O romantismo dá leveza ao relacionamento conjugal e torna a relação deleitosa, mesmo diante das adversidades da vida. O amor é como uma planta que deve ser regada todos os dias e o romantismo é a água para essa irrigação. 1.4 Desenvolver uma boa comunicação (Pv 25.11). A boca pode articular palavras doces ou amargas. Ela pode ser um veículo de encorajamento ou um canal de morte (Tg 3.5,6). Há cônjuges que vivem angustiadas em seu casamento ao longo dos anos, por palavras que abriram grandes feridas em sua alma. Um dos segredos para se envelhecer juntos com felicidade, é uma boa comunicação entre os cônjuges. 1.5 Mantendo a fidelidade. A fidelidade conjugal é um dos pontos capitais 1
N V I - Nova Versão Internacional.
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estabelecidos por Deus em sua Palavra, para o casamento (Pv 5.15-21). A fidelidade dá ao casamento estabilidade e segurança. É como um lastro de navio, que serve para dar equilíbrio a embarcação enquanto navega no oceano, assim também a fidelidade dá ao relacionamento a estabilidade necessária para conduzir o casal ao porto da velhice abençoada. II-A S BÊNÇÃOS DE ENVELHECER JUNTOS São muitas as bênçãos decorrentes de um envelhecimento junto a pessoa amada. Vejamos algumas: 2.1 A benção do companheirismo (Ec 4.9-11). Companheirismo fala de cumplicidade; de um caminhar junto na mesma direção; de um compartilhar de propósitos, dos mesmos sonhos, dos mesmos alvos. Significa um vínculo moral que une duas pessoas que se amam mutuamente. Isso é o que todo o casal deve almejar para toda vida. Não apenas para o começo, quando os dois são jovens, mas principalmente quando chegarem as cãs e os filhos já tiverem deixado o ninho. Quando os dois velhinhos, agora já não mais com o vigor e a beleza estética da mocidade, caminham juntos amparados um no outro. É nesse momento que os cônjuges vão entender o quanto precisam um do outro. Isso é companheirismo. 2.2 A benção da compreensão. Ao longo dos anos, marido e mulher, devem ir aprendendo a fazer uso dos vários recursos da comunicação para se entenderem mutuamente, pois quando chegar a velhice eles enfrentarão muitas limitações, como: (a) Limitações físicas. Com a velhice vem a diminuição dos reflexos, dos movimentos, dos pensamentos etc., de forma que as pessoas mais jovens não têm paciência de se relacionar com os idosos. É nesse momento que o velhinho vai contar com a velhinha para ouvir as suas histórias; para lhe acompanhar num passeio, etc. Salomão faz um resumo destas limitações em Ct 12.1-7: • Visão (v. 2) - "Antes que se escureçam o sol, e a luz, e a lua, e as estrelas, e tornem a vir as nuvens depois da chuva" (Gn 27.1); • Enfado e canseira (v. 3a) - "No dia em que tremerem os guardas da casa, e se encurvarem os homens fortes" (SI 90.10). • Queda dos dentes (v. 3b) - "e cessarem os moedores, por já serem poucos". • Audição reduzida (v. 4) - "E as portas da rua se fecharem por causa do baixo ruído da moedura, e se levantar à voz das aves, e todas as filhas da música se abaterem" • Coragem e braveza suprimida (v. 5) - "também quando temerem o que
é alto, e houver espantos no caminho, e florescer o amendoeira" • Forças Reduzidas (v. 5b) "e o gafanhoto for um peson • O Vigor e o Apetite Sexual Diminui (v. 5c) - "e perecer o apetite" (Gn 18.11,12). É nessa fase que o casal começa uma nova etapa, período muito difícil, pois muitos ficam deprimidos por alimentarem um sentimento de inutilidade e rejeição (I Sm 8.5-7). Mas quando o casal envelhece bem, mesmo que todos lhe faltem, ele (a) tem a Jesus e o seu cônjuge do seu lado (SI 71.9). (b) Limitações financeiras. Quando o casal não é previdente fazendo ao logo da vida uma reserva pecuniária para esse momento, geralmente com a aposentadoria, os seus recursos sofrem uma queda, então surgem os problemas financeiros. Diante dessa situação, se os cônjuges forem unidos e se amarem, acharão uma forma de reequilibrar o orçamento e, mesmo com algumas limitações, terminarão os seus dias felizes. Quando o casal envelhece junto, um ao outro ajuda e diz ao companheiro (a): esforça-te (Is 41. 6).
CONCLUSÃO O propósito divino é que, homem e mulher se casem, gerem filhos e vivam felizes, unidos pelos laços do matrimônio, vivenciando e compartilhando cada experiência de vida, honrando a Deus e envelhecendo juntos, pois no projeto de Deus consta que devem viver até que a morte os separe (I Co 7.8,9,39; ITm 5.14).
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CASAMENTO. UMA BENÇÃO PROGRESSIVA O casamento é uma, dentre as muitas bênçãos que Deus preparou para o homem. Salomão, sob inspiração divina exclama: "Aquele que encontra uma esposa, acha o bem, e alcança a benevolência do Senhor" (Pv 18.22). Com o casamento vem outra benção - não menos importante - que é a possibilidade de procriar, de gerar filhos. Entretanto, faz-se necessário maturi dade para administrar bem, a benção da chegada dos . filhos. Lamentavelmente, boa parte dos casais encontram di ficuldades na administração dessa benção, no que con cerne a administrá-la conforme o projeto divino. Mor mente, porque a cultura popular prevalecente, tem in fluenciado a muitos, com a tentativa de desconstrução do padrão bíblico para a família. Destarte, o objetivo deste estudo é fazer com que entendamos melhor essa benção e como podemos administrá-la seguindo o modelo bíblico.
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