Jornal Novos Caminhos

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Diálogo

Para especialis Cláudio de Senna Frederico, Vice-Presidente da ANTP

Novos Caminhos(1): Em 2003, durante uma entrevista à Folha de São Paulo, o Sr. fez a seguinte afirmação: “O automóvel é um agente não só de transporte, mas modificador da cidade, que cria consequências para os outros que não são donos de automóvel”. O Sr. acredita que da forma como está o automóvel seja um inimigo da cidade de São Paulo?

NC(4) - Qual a opinião do Sr. sobre as medidas restritivas adotadas pela Prefeitura de São Paulo em relação ao fretamento? Cláudio de Senna Frederico - É uma política que necessita ser complementada com incentivos relacionados à legislação de uso do solo e combate à concorrência dos transportes clandestinos. É preciso melhorar as condições de embarque dos ônibus fretados para evitar que seus usuários passem a fazer suas viagens com automóveis ou ônibus clandestinos. Acho que novos centros empresariais devem também prever áreas de embarque para ônibus fretados e não apenas grandes áreas de estacionamento para automóveis. Outro aspecto que precisa ser visto é a racionalização da regulamentação. O serviço de fretamento está sujeito a regulamentos federal, estadual e municipal que são diferentes e até mesmo discrepantes.

Sr. Cláudio de Sena Frederico

O

Novos Caminhos dando sequência à série de entrevistas com especialistas de transporte traz n saídas criadas para dar vazão ao transporte individual. Os especialistas responderam a três que

Cláudio de Senna Frederico: Inclusive São Paulo, pois vem sendo inimigo de nossas cidades em geral. Basta notar que os bairros que já tiveram épocas melhores e que agora se deterioraram são eixos de passagem do trânsito em que não se medem sacrifícios para que os não residentes passem em detrimento do bairro devastado que fica.

Rogério Belda - Absolutamente injustas e contra os objetivos ambientais e urbanísticos. Criam-se dificuldades para os que já estão se locomovendo coletivamente para quê? Para obter por algum tempo uma melhoria do trânsito majoritariamente congestionado pelos automóveis. O certo, mas obviamente politicamente difícil de ser implementado, seria construir o que fosse necessário para garantir o acesso a qualquer coletivo à cidade inclusive ocupando faixas de trânsito.

NC(2): Na mesma entrevista, o Sr. declarou que era contra a isenção/ diminuição de IPI para os veículos automotivos particulares, uma vez que não havia redução para ônibus. Como o Sr. pensa a política atual de completo incentivo ao transporte individual. Como reverter essa tendência do governo em argumentar que isentando ou diminuindo o IPI em momentos de crise evita-se o desemprego, se no geral a cidade de São Paulo tem uma deseconomia, conceito do economista Marco Cintra, sobre o quanto perde o município com os congestionamentos que ocorrem durante e fora das crises e impedem o consumo. Em 2008, Cintra calculou uma cifra de perda que ultrapassaria os 27 bilhões e disse: “Em São Paulo há uma interação de mercados. Por isso, o trânsito é um problema nacional”.

NC(5) - Quais as sugestões que o Sr. daria aos candidatos ao governo do Estado sobre o sistema de transporte da cidade de São Paulo, considerando que o impacto do congestionamento onera a arrecadação e o custo de todo o Estado? CSF - Imediatamente ocupar o que for necessário do viário para segregar o transporte coletivo e proporcionar melhores condições para pedestres e bicicletas. Implantar alguma forma de pedágio urbano que onerasse o uso, e não a propriedade, do automóvel. Reorganizar o sistema de ônibus com trajetos mais racionais e diversidade de tipos e classes de transporte. A longo prazo, continuar a investir em corredores de ônibus de qualidade (quase nenhum existe atualmente), linhas de metrô, trens e veículos leves sobre trilhos, tipo bonde.

CSF: O incentivo à indústria automobilística vem sempre em detrimento do transporte público, já que a quase totalidade do transporte coletivo se faz nas mesmas ruas congestionadas pelos veículos individuais. Não se divulga que esse serviço coletivo é intensivo de mão-de-obra, ao contrário das indústrias modernas, e que paga salários significativamente semelhantes aos da indústria, portanto, merece mais ainda ser protegida.

RB - De fato, o congestionamento provocado pelos automóveis nas estradas e nas cidades aumenta o custo da produção de bens e de serviços pelo uso excessivo das vias e até prejudicam a saúde da população. Em toda a parte, os governos estão às voltas com a necessidade de tomar medidas impopulares para organizar o uso de um bem público, o espaço das estradas e vias urbanas. Se eu tenho um conselho a dar aos governantes é aplicar uma medida de cada vez para poder avaliá-las e corrigi-las.

NC(3): É possível reeducar a população para o uso racional do automóvel particular, como costuma comentar o Secretário Municipal do Verde e Meio Ambiente de São Paulo, Eduardo Jorge, “o automóvel é para a eventualidade, para o dia-a-dia, para a rotina, vale o transporte coletivo”? CSF: O correto é dizer que o transporte coletivo é o único meio racional e humano de transportar grandes volumes de pessoas para os mesmos locais - alta densidade - num mesmo horário. A reeducação não vem apenas com esclarecimentos que são muito frágeis diante da promoção do “estilo de vida” individual dos nossos tempos. O que é preciso é uma realidade que reflita os custos reais e completos de cada opção encarecendo o transporte individual em seus percursos rotineiros tanto em seu trajeto quanto em seu estacionamento para abrir espaço para um transporte público rápido e mais confortável a um custo accessível.

NC(6) - Há uma solução que considere apenas o sistema público de transporte como alternativa para a cidade de São Paulo? CSF - Não, acho que muitos usos ainda serão adequados ao transporte individual que deverá continuar a existir, mas como no caso das bebidas, com moderação.


stas da ANTP fretamento cumpre pa

nesta edição a participação de dois engenheiros da Associação Nacional dos Transportes Públicos (ANTP) q estões específicas e mais 11 questões comuns a ambos. O resultado é uma análise de quanto tem sido seve RB - Isto é impossível. Em nenhuma grande cidade o atendimento aos desejos de viagem poderá ser feito com apenas um modo de transporte, quanto mais em uma metrópole como São Paulo. A marca da metrópole moderna é a diversidade. Imagine quantas viagens motorizadas de pessoas foram substituídas pelo uso da internet, pelo motofrete e até mesmo pelo uso de bicicletas que está crescendo a 7% ao ano na metrópole paulistana.

perniciosos sobre a população devido às emanações das atividades industriais e de transporte. Neste jogo os transportes, junto com a Petrobrás, são ao mesmo tempo herói e vilão, mas independente disto toda medida que leve a maior utilização do transporte coletivo em detrimento do transporte individual motorizado é desejável tanto por razões climáticas como pela impossibilidade de aumentar o espaço viário nas grandes cidades.

NC(7) - Na opinião do Sr. o fretamento tem vocação para um sistema complementar ao sistema público, considerando sua capacidade de retirar automóveis da rua e influenciar a fluidez?

NC(10) - As medidas paliativas, como o rodízio, têm vida longa?

CSF - Acho que o fretamento deve existir e deve oferecer modos e veículos mais variados. A pedido, noturno, eventos, luxo, etc... devem existir acompanhados também da flexibilização dos sistemas regulares. RB - Sim. Como eu mencionei, vão aumentar muito as viagens com origens fora do centro expandido, fora do município e fora da região metropolitana com destino à capital. Será impossível atender adequadamente estas viagens por automóvel e com “trens de vizinhança” que agora começam a ser estudados.

NC(8) - A ampliação das pistas da Marginal Tietê poderia ser utilizada pelo transporte de fretamento e pelo transporte urbano como alternativa em velocidade para quem optou pelo transporte coletivo? CSF - Sim. Elas e muitas outras. RB - Desconheço como será o uso a ser dado às pistas da Marginal Tietê que adquirem uma grande importância pela sua condição provisória de compensar a inexistência do arco ao Norte do Anel Rodoviário. Já existe a parte Oeste. Está terminada a implantação do arco Sul e a parte Leste será substituída, provisoriamente, pela avenida Jacú-Pessego. A Marginal Tietê não deixará de estar sobrecarregada enquanto não for completado o Anel Rodoviário.

NC(9) - Tanto a cidade de São Paulo quanto o Estado aprovaram em 2009 uma legislação de Política Climática. Na Lei estadual há um compromisso de redução de 20% da emissão do gás carbono até 2020 em relação ao patamar de 2005. No entanto, em ambas está ausente uma proposta clara de incentivo ao transporte coletivo em detrimento ao transporte individual. Há condição de desenvolver uma política climática com seriedade sem desenvolver o transporte coletivo? CSF - Não há, e está para ser aprovada no Congresso a lei Nacional de Mobilidade que irá declarar categoricamente a prioridade do transporte coletivo, pedestres e não motorizados. É o resultado de longa luta de várias entidades inclusive a ANTP há muitos anos. RB - A política climática é de responsabilidade pública e privada e tem duas faces: Reduzir a ameaça de desequilíbrio do efeito estufa que garante a temperatura na Terra e amenizar os efeitos

CSF - Enquanto não se implantam as outras medidas que já citei na anteriormente (veja resposta da 5) ele continuará necessário, por falta de melhores providências. RB - Infelizmente tem longa vida porque depois de vigente é difícil eliminá-las e é inconveniente ampliá-las, por se tornar um incentivo ao aumento da frota existente pela permanência de carros antigos que são mais poluidores. Só é bom para as empresas montadoras de carros. Outras medidas, por exemplo, que poderiam ser classificadas de “paliativas”, são interessantes e não terão retrocesso: como o escalonamento de horário, e o que ninguém mais se lembra que foi implantado; a entrega de cargas no período noturno. Quanto ao remanejamento do fretamento ele ocorrerá à medida que aumentem as áreas privadas a paradas e estacionamento destinadas a acolher este serviço.

NC(11) - Deve ser aberto um debate claro com a população sobre os danos gerados pelos congestionamentos diários na cidade? CSF - Deve, mas de forma o mais inteligente possível. Como provocação, que tal exigir que os anúncios de automóvel e condomínios distantes tenham que incluir congestionamentos e acidentes realistas em vez das fantasias bucólicas e românticas atuais, sob risco das atuais propagandas serem julgadas enganosas? RB - Este debate já existe e deve ser ampliado. Nós todos perdemos em saúde e dinheiro com o congestionamento, mas poucos sabem quanto. E, quando sabem, acham que a responsabilidade é dos outros.

NC(12) - Na sua opinião quais os motivos que poderiam justificar a restrição ao fretamento ocorrida em 2009? CSF - Nenhum. Deveriam ter sido organizados os meios para facilitar a inserção urbana do serviço e não ao contrário. RB - Estão esgotadas as medidas para aumento da capacidade viária no chamado Centro Expandido, tais como a conversão das ruas em mão-única, já foram implantados o monitoramento dos ônibus e os principais corredores segregados, a restrição a entrega diurna de cargas e ao estacionamento livre de ônibus para fretamento. Não vai demorar o surgimento de alguma forma de pedágio para caminhões que apenas cruzem por São Paulo. A justificativa é que até para os ônibus urbanos o espaço viário já é insuficiente e a rede de linhas de transporte coletivo terá que ser racionalizada e sua circulação priorizada em detrimento dos automóveis. A eliminação de estacionamentos de


apel essencial

que opinam sobre a atual condição da cidade de São Paulo com os congestionamentos recordes e as ra à população a opção para alternativas ao automóvel e não ao ônibus, trem e metrô. automóveis nas ruas e avenidas é um primeiro passo. Entretanto, as áreas para embarque dos ônibus fretados terão que ser melhoradas e ampliadas.

NC(13) - O Prefeito Gilberto Kassab parece ter transmitido uma mensagem para a população: transporte individual privado pode; transporte coletivo privado não pode. Na sua opinião é possível planejar e administrar grandes cidades com esta visão? CSF - Enquanto se continuar a dar apoio ao sonho ilimitado do individual essa política ainda terá alguma popularidade e a “fluidez” do trânsito automobilístico continuará, infelizmente, a dar voto. RB - Eu não posso dizer isso. Embora pudessem ter feito mais, que esta não é a visão das gestões da Erundina e Marta e nem do Serra e Kassab.

NC(14) - O Prefeito Gilberto Kassab acaba de anunciar a proibição de estacionamento para os veículos particulares (com raríssimas exceções) no centro expandido, inclusive determinando o fim da zona azul (com todas as implicações políticas e econômicas que advém desta extinção). A medida deve entrar em vigor em 2012. Qual a opinião do Sr. sobre a proibição? É viável? Será que não seria possível planejar com a mesma antecedência a restrição ao fretamento? Essas medidas não confirmam que não há uma tática global clara em relação ao transporte coletivo para a cidade? As medidas podem ser tidas como factoides, a exemplo da divulgação da demolição do Minhocão? CSF - A proibição é mais uma consequência das distorções das prioridades. A liberação das ruas viabiliza o trânsito dos que não moram na cidade passarem com seus carros gerando a deterioração dos bairros. O exemplo da Santo Amaro é eloquente, mas é sempre erroneamente apontado como exemplo de deterioração pelo corredor de ônibus quando na verdade é o estrago que o trânsito de passagem e a falta de estacionamento trazem. O estacionamento na rua deveria ser limitado aos moradores, como em cidades europeias, e aos mini-bolsões de comércio para preservar o valor residencial saudável. Com a eliminação total do estacionamento cada vez mais os residentes de maior renda vão para os novos bairros e periferias aonde possam continuar a usar seus automóveis. Foi isso que aconteceu no centro tradicional. Não sei se as medidas são factoides, mas vejo que estão coerentes com a política equivocada da fluidez veicular e não das pessoas. RB - Eu acho que estas medidas já deviam ter sido adotadas. Mas responder a todas estas perguntas já seria uma nova entrevista. Quanto ao elevado “Minhocão”, na época, feito em detrimento da obra do metrô, devo dizer que eu também quero de volta a Avenida São João. Obs.: Essa medida foi revista pela própria Prefeitura após o envio das respostas pelos convidados.

Novos Caminhos(1): Como ex-presidente da ANTP, o Sr. acredita que os governos utilizem as informações acumuladas pela entidade no desenvolvimento de políticas públicas no setor de transporte?

Sr. Rogério Belda

Rogério Belda, ex-Presidente da ANTP

Rogério Belda: Depois que a EBTU foi extinta, foi a ANTP que manteve a defesa dos transportes urbanos como política de governo. Os técnicos do setor usam muito os dados do site, assim como as informações da Revista Técnica. A realização dos Fóruns de Secretários, nos últimos 20 anos, é um importante meio de difusão de idéias. Hoje o transporte nas cidades é muito diferente de quando, em 1977, o engenheiro Plínio Assmann criou a ANTP. NC(2): Por que o Brasil e especialmente São Paulo, que possui profissionais que detêm conhecimento em transporte coletivo que assessoram outros países não conseguem implantar uma política que incentive o transporte coletivo em suas várias modalidades (Pública e privada)? Rogério Belda: Porque vivemos a ilusão de que os automóveis vão nos levar ao Paraíso, mas estamos indo na direção contrária. Além disso, as condições das cidades estão sempre mudando e os governos, também. Mas deve ser lembrado que São Paulo é a única metrópole brasileira onde o transporte coletivo, incluindo os serviços de fretamento, cresceu mais do que o transporte individual realizado por automóveis e taxis. Os serviços dos ônibus fretados, um transporte coletivo privado, e dos taxis, transporte público individual, embora ainda não tenham grande expressão no conjunto das viagens, terão um papel muito importante no futuro da metrópole. Atualmente só o fretamento está em crescimento em São Paulo. NC(3) O Sr. considera o fretamento uma modalidade de qualidade de transporte coletivo privado, inimiga de uma política pública de transporte? RB: Não considero porque a metrópole de São Paulo cresce mais nas áreas fora do município da capital e muitas atividades já se localizam fora dos limites da Região Metropolitana. Está se formando uma metrópole difusa que abrange um raio de 100 quilômetros a partir da Praça da Sé. Esta nova tendência aumentará o uso de serviços de ônibus fretados devido aos inconvenientes que causariam se estes novos fluxos gerados forem percorridos usando automóveis. O espaço viário da cidade está e estará cada vez mais sujeito a restrições de trânsito tais como horários limitados para entrega de mercadorias, eliminação de estacionamentos na via, restrição de circulação dos ônibus metropolitanos no centro expandido e outras. O fretamento não é uma atividade inimiga da política de transporte. Ao contrário, é uma solução, resolvido os problemas de estacionamento e paradas para embarque. As medidas restritivas que foram adotadas são da mesma natureza das demais mencionadas e dependem da rápida expansão da rede de metrô. É uma orientação preventiva, proativa, a ser associada com outras ações de gestão da demanda como escalonamento de horários, integração e penalidade de acesso a certas áreas em horários críticos.


Evento________________________________________________________________________________________________________________________

E

11º Encontro inova nos temas e quer ampliar participação

Entre os dias 24 e 26 de setembro, os empresários devem reservar a data na agenda para mais um Encontro das Empresas de Fretamento e Turismo do Estado de São Paulo, o 11º, que acontecerá no Bourbon Spa Atibaia Resort, em Atibaia. Até o momento, houve a confirmação de apenas um palestrante, o especialista em tecnologia, Christian Barbosa que ministra palestra sobre produtividade e o aproveitamento do tempo. Nas próximas edições do Novos Caminhos haverá a programação e breves entrevistas sobre os palestrantes. Os empresários devem realizar o quanto antes à reserva. Os temas, de acordo com a equipe de organização, foram pensados segundo as indicações dos participantes dos últimos encontros.

Preço do pacote por pessoa com hospedagem: Em apto Single

parcelado em 4x*

Total

R$ 1.252,00

R$ 313,00

Em apto Duplo

parcelado em 4x*

Total

R$ 820,00 por pessoa

R$ 205,00

*Criança em apto com 2 adultos Até 2 crianças por apto 0 a 10 anos

cortesia

Diária Extra em apto SINGLE c/ pensão completa Total

R$ 532,00

Diária Extra em apto DUPLO c/ pensão completa Total

R$ 316,00 por pessoa

* pagamentos em jun/jul/ago/set (início)

EMTU_________________________________________________________________________________________________________________________

Audiência pública reúne esforços para aprovar Projeto de Lei nº 548

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Foto: Gislene Bosnich.

o final de abril, uma audiência pública na Assembleia Legislativa convocada pelo deputado estadual José Zico do Prado (PT) e organizada pela liderança do PT, Antônio Mentor, convocou as principais representações do serviço de fretamento para um debate acerca da nova tentativa política de derrubada do veto ao Projeto de Lei 548 que numa iniciativa inédita buscar criar uma lei para reger o segmento. Até o momento o fretamento dispõe de quatro decretos que o regulamentam. O Projeto de Lei está sendo formulado desde 2006 e foi enviando ao Executivo que o vetou, argumentando que projetos relacionados ao transporte são prerrogativas do próprio Executivo e não devem ser elaborados pelo Legislativo. Este argumento é rebatido pelo autor do Projeto. “Foi sugerido ao governador [à época, José Serra], que o deputado abriria mão da autoria para que o Executivo assinasse o Projeto. Do Executivo recebemos a informação que não haveria o veto”, destacou o líder da bancada petista, Antônio Mentor.

Transfretur faz apresentação do segmento O Diretor-executivo do Transfretur, Jorge Miguel dos Santos, apresentou ao público do auditório Franco Montoro na Assembleia Legislativa um histórico do segmento e o seu papel na recente polêmica sobre a importância do fretamento para a fluidez de milhares de pessoas (513 mil, apenas na região Metropolitana de São Paulo) que são transportadas diariamente. “Primeiro quero expressar a gratidão do setor por ser consultado para a elaboração do projeto. É assim que se procede numa democracia; é natural que não concordemos com todos os itens, mas o importante é ter uma lei que é discutida nesta casa e não vem imposta”, opinou Jorge Miguel. O diretor destacou que “quem usa o fretamento já abandonou o transporte público e o automóvel”. “Por isso, quem faz diagnóstico errado, dá remédio errado”. Dados divulgados pelo Transfretur

513.591

15.000

passageiros veículos no transportados Estado de na RMSP São Paulo

150 milhões

de litros de óleo por ano

18

veículos é a média por empresa

R$ 2,82 bilhões de Receita

Geração de empregos: 20.350 diretos e 50.200 indiretos


Mercado _____________________________________________________________________________________________________________________

500 ônibus já cadastrados para o leilão virtual

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Iniciativa inédita entre o segmento, evento deve ter data divulgada até o final de junho

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á são 500 os ônibus cadastrados para o leilão virtual que a Fresp irá promover com divulgação da data até o final de junho. “A ideia do leilão foi amadurecendo depois de muita conversa entre os empresários sobre o destino dos ônibus que precisam ser renovados. Até que levantamos a possibilidade do leilão e por fim do leilão virtual, que é um sistema prático transparente e acessível a todos em todo o Brasil”, esclarece o Presidente da Federação e do Transfretur, Claudinei Brogliato. O Cadastro para participar do leilão é simples e a virtualidade confere maior facilidade na aquisição. Segundo informação disponível, “após o lance, caso o arrematante tenha vencido a concorrência do lote, ele efetua o de-

pósito do valor corresponde e faz a retirada”. O mais importante é que o leilão tem um horário de início e de término a partir de um valor de lance determinado. Com apenas três anos no mercado, a Lance Já! foi a empresa selecionada para organizar o leilão porque já possui 5 mil arrematantes cadastrados e possui leiloeiros cadastrados na Junta Comercial de São Paulo, o que confere ainda maior legitimidade ao processo. Importante: Em caso de venda do veículo, a empresa pagará ao leiloeiro honorários no importe de 3% sobre o valor da venda. Não havendo êxito ou sendo retirado o(s) veículo(s) antes do leilão, será cobrada uma taxa de R$ 85,00 por veículo.

Mídia _________________________________________________________________________________________________________________________

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Transporte ganha novo canal de comunicação

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esde o dia 6 de maio, a Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) inaugurou seu canal de TV, a partir do programa Movimento que vai ao ar sempre às quintas-feiras entre 16 e 18horas, em edição ao vivo. Como entrevistados do primeiro Movimento: Ailton Brasiliense e Cláudio de Senna Frederico; Presidente e Vice-Presidente da ANTP, respectivamente. O programa é aberto a perguntas do internauta e tem a me-

diação de um jornalista, depois de exibido o programa pode ser revisto no site da entidade. O primeiro programa ocorreu no dia em que a Prefeitura de São Paulo anunciou a possível demolição do Elevado Costa e Silva, o Minhocão, que foi comentado durante o segundo bloco do programa.

Notas_________________________________________________________________________________________________________________________ Evento

Expediente

Entre os dias 10 e 11 de junho a ANTTUR acontece o 9º BrasilFret no Rio de Janeiro. Empresários ligados ao fretamento de São Paulo, entres eles o Presidente da Fresp e do Transfretur, Claudinei Brogliato e o Secretário Geral do Transfretur, Silvio Tamelini, vão comparecer para prestigiar o evento que contará com as seguintes palestras: Movimento I – Tendências: Fazer Acontecer - Uma Competência Corporativa; Movimento II – Inovação: A Inovação nas Empresas de Fretamento e Turismo; Movimento III - Cenário 1: O que os organizadores da Copa do Mundo 2014 esperam dos transportadores de fretamento; Movimento IV - Mapeamento de cenário 2: Ferramenta de identificação do futuro Palestra Interativa seguida de oficinas para mapeamento e análise das principais Macrovariáveis que impactam o setor; Movimento V – Cenário 3: ANTT e Ministério do Turismo. O Transporte turístico e suas grandes perspectivas e Encerramento do BrasilFret 2010 - 9º Encontro Nacional dos Transportadores de Fretamento e Turismo.

Novos Caminhos é o órgão de divulgação do Transfretur Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros por Fretamento e para Turismo de São Paulo e Região - e da Associtur - Associação dos Transportadores de Turistas, Industriários, Colegiais e Similares do Estado de São Paulo.

www.transfretur.org.br

Reunião estratégica Em 23 de junho acontece a quarta reunião estratégica da Fresp em Pindamonhangaba, interior de São Paulo. Os empresários vão discutir e avaliar o primeiro semestre de 2010 e também a as ações para o próximo período. Estão sendo produzidos materiais novos de divulgação do fretamento com novos públicos a serem atingidos.

De saída Depois de muita polêmica e soluções discutíveis no transporte e na limpeza, o agora ex-Secretário de Transportes, Alexandre de Moraes deixa a gestão do Prefeito Gilberto Kassab. Será substituído por Marcelo Branco, ex-secretário de Infraestrutura Urbana e Obras.

Cartas, dúvidas e sugestões: Rua Marquês de Itú, 95 - 1° andar cjs. A/B - CEP 01223-001 - Tel.: (0xx11) 3331 - 8022 e-mail: transfretur@transfretur.org.br Jorge Miguel dos Santos - Diretor-executivo

Editoração e produção: Stilo Arte Jornalista Responsável: Gislene Bosnich - MTb. 26610 imprensa@transfretur.org.br Tiragem: 2000 exemplares

Diretoria: Claudinei Brogliato, José Boiko, Silvio Tamelini, Luís Fernando, Marco Antônio Rocha da Silva, Jerônimo Ardito, José Parada Garcia, Marcello Laurindo Félix, José Ricardo Nespatti e Fernando Ruas Piccolo.


Sr. Cláudio de Senna Frederico, Vice-Presidente da ANTP

Sr. Rogério Belda, Ex-Presidente da ANTP

Montagem: Stilo Arte com foto de Gislene Bosnich.

Especialistas opinam sobre soluções para o transporte

Dois engenheiros da Associação Nacional de Transporte Público (ANTP), Rogério Belda (ex-presidente) e Cláudio de Senna Frederico, atual Vice-Presidente opinam sobre as possíveis soluções para o transporte e avaliam as restrições ao fretamento. P. 2, 3 e 4.

500 ônibus já cadastrados para o leilão virtual Já são 500 os ônibus cadastrados para o leilão virtual que a Fresp irá promover com divulgação da data até o final de junho. Com apenas três anos no mercado, a Lance Já! foi a empresa selecionada para organizar o leilão porque já possui 5 mil arrematantes cadastrados e possui leiloeiros cadastrados na Junta Comercial de São Paulo, o que confere ainda maior legitimidade ao processo. P. 6.

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Transfretur participa de audiências

Atibaia vai sediar 11º Encontro da FRESP Inaugurando a primavera, o Bourbon Spa Atibaia Resort vai sediar o 11º Encontro da Fresp entre os dias 24, 25 e 26 de setembro. O Hotel já sediou o 5º encontro. P. 5.

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ANTP estreia programa de entrevista


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