“A primeira lei que a natureza me impõe é gozar à custa seja de quem for.” - Marquês de Sade
“Os homens apressam-se mais a retribuir um dano do que um benefício, porque a gratidão é um peso e a vingança, um prazer.” Cornelius Tacitus
“Trazer terror aos olhos dos fracos sempre é algo relevante e interessante.” Valak (Grave Desecrator)
“Já estamos fartos de ver este tipo de atitude por parte de organizadores (salvo algumas exceções) e de algumas pseudo-bandas formadas por aventureiros modistas, que estão mais preocupados em aparecer para “menininhas”, mostrar que são músicos virtuosos e coisas do gênero. Estas mesmas bandas enchem suas letras ou gritam em shows a palavra “Satanás”, utilizam visual carregado e já se acham Black Metal. Caiam na real, pois a verdadeira essência jamais poderá ser encontrada em suas músicas, mesmo que ela seja bem tocada. O lugar de vocês não é aqui!!!” Brucolaques (Saevus) “...a ideologia no Black Metal tem toda uma importância, mas as hordas têm que ter censo de ridículo, colocar apenas a ideologia na frente do som é errado” Rodrigo Doom-Rá (Uraeus) “De que vale o eterno criar, se a criação em nada acabar?” Mefistoles para Fausto (Goethe)
“...um modo de levar conosco a idéia de que podemos fazer o que quisermos e que as conseqüências de cada ato feito é apenas a repercussão do que fizemos no ponto inicial, já que valores pré estabelecidos foram feitos para serem destruídos e que o que realmente importa é os valores que criamos para nós mesmos.” Gordoroth Vomit Noise (Catacumba)
“Você não sabe como fico satisfeito em ver atentados, explosões, crimes e demais mortes a cada dia...o mundo precisa ser desinfetado.” Moisés (Incrust)
“É preciso estar sempre embriagado. Para não sentirem o fardo incrível do tempo, que verga e inclina para a terra, é preciso que se embriaguem sem descanso. Com quê? Com vinho, poesia, ou virtude, a escolher. Mas embriaguem-se.” Charles Baudelaire
“Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas. Se você se conhece mas não conhece o inimigo, para cada vitória ganha sofrerá também uma derrota. Se você não conhece nem o inimigo nem a si mesmo, perderá todas as batalhas.” Sun Tzu “A felicidade não passa de um sonho, e a dor é real... Há oitenta anos que o sinto. Quanto a isso, não posso fazer outra coisa senão me resignar, e dizer que as moscas nasceram para serem comidas pelas aranhas e os homens para serem devorados pelo pesar”. Arthur Schopenhauer
“As convicções são inimigas mais perigosas da verdade do que as mentiras.” F.W. Nietzsche
“O cristianismo tomou o partido de tudo o que é fraco, baixo, incapaz, e transformou em um ideal a oposição aos instintos de conservação da vida saudável; e até corrompeu a faculdade daquelas naturezas intelectualmente poderosas, ensinando que os valores superiores do intelecto não passam de pecados, desvios ‘tentações’.” F. W. Nietzsche
Por Bernardo
bandas ras.
01. Salve Brucolaques & Saevus! Visto que a maléfica ordem da fúria profana intitulada como Saevus já possui seu caminho trilhado, dispenso introduções, e gostaria que começasse a falar sobre a reformulação que ocorreu na banda, com a entrada de um novo baixista, Lord Behemoth. Brucolaques: Bestiais saudações! Lord Behemoth integrou-se à banda em Janeiro de 2004, em substituição a Dominus Belli, e apesar de conhecermos seu trabalho como guitarrista, nas bandas Demogorgon e Devourer, achamos que ele seria a pessoa mais adequada para ocupar o posto de baixista do Saevus, devido a sua forte postura ideológica e sua enorme habilidade musical. Ele manteve-se como baixista do Saevus até Junho do ano passado, quando nosso outro guitarrista, Rex Nemorensis teve que deixar a banda. Após isso, achamos melhor que Lord Behemoth retornasse a seu instrumento de origem (a guitarra), pois aí não ficaríamos sem as duas guitarras e ganharíamos mais qualidade musical. Sua forma de tocar deu mais força e dinâmica à nossa sonoridade, tornando-a ainda mais brutal! Com sua ida para a guitarra, partimos para um período de testes, objetivando a inclusão de um novo baixista, e tivemos a grande honra de anunciar o retorno do grande irmão Dominus Belli ao nosso círculo negro.
brasilei-
03. A banda já passou por algumas mudanças na formação. No que isto influenciou o trabalho da banda e como foi a adaptação da banda aos novos membros? Qual o motivo da saída do primeiro baterista da banda?
balho que faríamos para o debut CD, devido à falta de sintonia entre nós (banda) e a South Satanic Terrorists Records. Nós havíamos fechado verbalmente um acordo com o selo através de um dos donos, M.K.C War, mas como o mesmo não trabalha mais no selo, o projeto de lançamento não se concretizou. Por razões que desconheço o restante das pessoas envolvidas no selo não entraram em contato conosco para discutir sobre o assunto, e como não podemos esperar a vida inteira por isso, resolvemos seguir adiante. O que posso dizer é que um novo material do Saevus será gravado e lançado ainda este ano, o que já está mais que na hora de acontecer, pois já fazem 4 anos que “A Consolidação do Reinado das trevas” veio ao mundo. No momento estamos divulgando a compilation “Nuclear Holocaust Attack #1”, lançada no ano passado através da parceria entre os selos War 666 Records, Sacramental Records e Eterna Aversão, a qual estamos fazendo parte com mais 19
Brucolaques: Se você estiver se referindo no sentido de atrapalhar compromissos como shows e coisas do tipo, sim, mas no processo de criação de nosso trabalho, não! Felizmente tivemos sorte de não ter tido problemas com membros que vieram a substituir outros. Eles entraram e deram conta do recado, sem maiores problemas. Nosso primeiro baterista, cujo nome é Belial, deixou à banda devido a discordâncias! Belial não estava 100% envolvido com o Saevus, com nossos princípios e conceitos, e sua substituição acabou ocorrendo pelo seu não comprometimento com a banda e incompetência musical. 04. Indo mais a fundo na proposta ideológica da banda, as letras da demo-tape são bastante profanas e blasfêmicas. Quem as escreveu? Como é feito o encaixe das letras com o som, ou seja, o que é feito primeiro, o som ou a letra? Em termos de composição, todos na banda colaboram, ou fica tudo a cargo de apenas um membro compor os sons e as letras? Brucolaques: Das quatro músicas contidas na Demo-Reh, duas letras são de autoria de Count Katrycum (ex-membro) e as outras duas de Kholddun. Nós procuramos não seguir tendências no processo de criação. Às vezes as letras surgem primeiro e, às vezes, as músicas. Na maior parte das vezes, Kholddun é o encarregado de elaborar as
02. Fale mais sobre como estão às coisas para o futuro lançamento do CD “Desecrating the Altar of God” pela South Satanic Terrorists Rec. Este será um dos primeiros lançamentos do selo, como está a expectativa em relação a isto? Brucolaques: Nós tivemos que abortar todo o projeto de tra-
letras e de vez em quando eu contribuo com algumas idéias, ou até mesmo com uma letra inteira. Já o processo de criação sonora fica sob minha responsabilidade, de Lord Behemoth e de Dominus Belli. 05. Sempre vejo pessoas dizendo que são satanistas e seguem a ideologia, porém sempre vejo diferentes pontos de vistas do que é ser satanista. Para você qual é a melhor definição de um satanista? Você se encaixaria como um satanista? Brucolaques: Sim, sou assumidamente Satanista! O Satanista é aquele que segue seus próprios códigos, destruindo padrões pré-estabelecidos para a criação de seus próprios padrões, criados por si para si, visando construir algo mais verdadeiro em sua vida, buscando a evolução para atingir a perfeição. Eu penso que para o Satanista ser “sua própria divindade”, ele precisa de conhecimento, sabedoria e autodesenvolvimento, caso contrário, ele ficará na auto-ilusão. 06. E sobre o satanismo “pregado” por Lavey? Qual a sua opinião sobre o mesmo? Não acha que este satanismo de Lavey ainda é cheio de dogmas e regras?
issos, permanecendo apenas seres espiritualmente superiores, estabelecendo-se assim uma humanidade forte e consciente. O ser humano poderia ser perfeito, mas preferiu escolher um caminho inútil que o afasta de seus instintos e o condena a rastejar diante de deuses impotentes. A derrota destes será inevitável!!! 08. Ultimamente é muito comum ouvir o termo, ou denominação ao estilo, chamado de NSBM (National Socialist Black Metal). Qual a sua opinião sobre o mesmo? Você acha que a música, como arte e forma de expressão, deve ser associada à propaganda política? Qual a sua opinião sobre o surgimento deste estilo e a permanência do mesmo na cena? Brucolaques: Eu penso que o Black Metal deve sempre manter seu conteúdo ideológico baseado no Satanismo. Não há sentido bandas utilizarem ideais políticos e se auto-intitularem como Black Metal. O que deve ser visto é se essas bandas que recebem o rótulo de NSBM realmente utilizam ideais políticos em suas letras ou se esse rótulo é dado apenas pelo fato de um ou outro integrante da mesma ostentar sua postura política, não
Brucolaques: Anton Szandor LaVey foi o precursor da filosofia Satânica moderna e algumas de suas idéias e visões foram realmente interessantes, no entanto, eu penso que uma das falhas de sua seita é ser bem dogmática, o que acaba por criar aquela sensação de que tudo não passa de cristianismo invertido, já que o cristianismo é, em essência, a negação da verdade do homem, ou seja, a subtração dos reais valores primitivos do ser humano. Daí o motivo de muitas pessoas na cena Black/Death Metal se dirigirem contra LaVey e à Igreja de Satã. Além do mais, um Satanista não segue regras de uma pessoa que é tão humana como ele! 07. O som “A Consolidação do Reinado das Trevas” possui uma letra apocalíptica a qual descreve um massacre sobre o reino cristão. Como seria este novo reino a surgir? Você acredita que para um novo reinado, um novo amanhecer, é preciso primeiro destruir o antigo mundo e seus conceitos? Brucolaques: O progresso de uma Nova Era só será possível com o extermínio de todos os fracos e subm-
comprometendo em nada o conteúdo ideológico da banda. O fato de você tocar Black Metal não impede que você tenha suas convicções políticas fora do mesmo. As pessoas, principalmente na cena, se preocupam demais com a posição política dos membros das bandas, e algumas bandas/pessoas costumam ser rotu-
ladas como NS por assumirem suas posturas anti-judaica, o que é totalmente estúpido, pois todos sabem que o judaísmo é o berço do cristianismo. É inadmissível uma pessoa ligada à cena Black Metal aceitar a visão semítica que “separa o homem do resto do mundo e postula que um ser divino, mas humanizado, governa o mundo segundo uma lei sobrenatural”. De qualquer forma, deixo bem claro aqui que o Saevus NÃO é uma banda política. 09. Hoje em dia o metal negro é totalmente acessível a qualquer idiota que não pertence ao círculo mágico do negro metal. O que você acha que contribuiu para esta banalização do mesmo? Seria o advento da internet? Ou de bandas que se entregaram ao comercialismo de certas gravadoras? Você acha que o metal negro deve ser realmente restrito a seu círculo de cultuadores? Brucolaques: Existe um conjunto de fatores que levou o Black Metal a ser esse circo que estamos vendo hoje em dia. Não poderíamos apontar somente estes fatores citados na pergunta como os principais, pois existem outras coisas mais. Eu acho que a cena anda tolerando demais o aparecimento de posers e modistas dentro dela. Entender a verdadeira essência do Black Metal não é algo que ocorre da noite para o dia, pois precisa-se alcançar uma maturidade filosófica, e acima de tudo, ter em si próprio uma sensibilidade que saia enriquecida com uma experiência tão extrema e grandiosa como o Black Metal é, pois o mesmo possui uma carga emotiva muito forte e nem todas as pessoas identificam-se com algo tão extremista, por isso, o Black Metal não é para qualquer pessoa. É aí que devemos separar nossos ideais daqueles que não são dignos e que não tem postura para honrar a arte negra. 10. De que forma o Saevus se mantém distante de vermes e posers que infestam a cena? Existe uma preocupação de para quem e onde divulgar o material da banda? Você acha que é possível conciliar a ideologia e postura da banda com uma gravadora grande e capitalista, por exemplo? Ou preferem trabalhar com uma gravadora menor, porém restrita a seus ideais como a South Satanic Terrorists? Brucolaques: O radicalismo extremo é o que nos mantêm distantes destes parasitas infiltrados na cena.
Nós procuramos divulgar nossos materiais a pessoas que realmente façam valer a pena ter os mesmos em mãos. Inclusive, quando negociamos com alguma distribuidora a divulgação de nossos materiais em seu respectivo catálogo, temos a preocupação em saber se os mesmos estão indo em boas mãos e se depois irão seguir para boas mãos também. Quanto a assinar com um selo comercial, sem chance! Não faria sentido se assinássemos com um selo que representa tudo contra o que lutamos. Os princípios do Black Metal estão distantes de vínculos direcionantes e mercantis. O problema não é o selo ser grande, pois aqui no Brasil existem exemplos de selos grandes, como a Evil Horde Records, que são totalmente voltados ao underground que pertencem a pessoas que gostam do estilo, entendem e respeitam a mentalidade de suas bandas. É claro que, estes selos, assim como os menores, precisam ganhar dinheiro para produzir suas bandas, mas isso não quer dizer que sejam capitalistas e coisas do gênero. Nós trabalharemos apenas com selos que tenham honestidade e que possuam o real “espírito undergorund”, independente de serem grandes ou pequenos. 11. Para quem não está familiarizado, como são as apresentações ao vivo da banda? Foram poucos os shows nos quais a banda se apresentou, existe algum motivo para isto ou foi apenas falta de oportunidade de se apresentar em algum lugar que fosse realmente compensador?
zadores que queiram apenas ganhar dinheiro fazendo eventos, nos utilizando de atrativo para isso, e colocando um monte de bandas que nada se identificam com a “real filosofia underground”. Já estamos fartos de ver este tipo de atitude por parte de organizadores (salvo algumas exceções) e de algumas pseudo-bandas formadas por aventureiros modistas, que estão mais preocupados em aparecer para “menininhas”, mostrar que são músicos virtuosos e coisas do gênero. Estas mesmas bandas enchem suas letras ou gritam em shows a palavra “Satanás”, utilizam visual carregado e já se acham Black Metal. Caiam na real, pois a verdadeira essência jamais poderá ser encontrada em suas músicas, mesmo que ela seja bem tocada. O lugar de vocês não é aqui!!! 12. Além do Saevus, você está trabalhando com uma distribuidora, a Pure Holocaust Distribution. Quando surgiu a idéia de montar uma distribuidora e qual foi o seu apoio? Você pretende futuramente lançar alguma DemoTape de alguma banda? Como está a distribuição pelo correio, em vista que o envio está tão caro e já não se pode mais enviar demos ou CD’s por carta-registrada, aumentando assim o preço da postagem?
Brucolaques: Nossas apresentações são celebrações ao Mal e à Escuridão, onde procuramos dividir com as presentes almas impuras todos os nossos odiosos sentimentos Satânicos. Eu penso que o importante não é a quantidade de shows que uma banda faz, mas sim, a qualidade com que são feitos os mesmos. Não somos o tipo de banda que toca todos os finais de semana, encarando qualquer tipo de evento ao lado de qualquer tipo de banda. Por isso, nos reservamos o direito de escolher quando e onde tocaremos, pois não queremos nos envolver com produtores/organi-
Brucolaques: D e v o dizer que a Pure Holocaust Distribution teve um grande suporte da Evil H o r d e Records para o seu surgimento, e essa parceria vem rendendo grandes frutos. Nossa proposta de trabalho foi a de sempre “divulgar” e “distribuir” bandas através de nosso catálogo. Não temos interesse em trabalhar com lançamentos, pois isso exigiria recursos dos quais não dispomos. Quanto aos elevados preços das tarifas de correio, este é um problema que todas as distribuidoras, lojas e gravadoras brasileiras têm enfrentado. Nós não queremos colocar nossos materiais a preços absurdos, então, direcionamos nosso trabalho somente à cidade de Juiz de Fora/MG, e região. Para os interessados em conhecer nossa Extreme Metal Web Store, acessem nosso site: http://holocaust.ubbihp.com. br/pholocaust/ 13. Por fim é isto, agradeço à banda pela atenção e por suas palavras neste negro artefato... Brucolaques: Agradeço a você e ao Dark Gates Zine pela força e apoio em divulgar o trabalho do Saevus em suas obscuras páginas. Embora o Black Metal tenha se tornado mais acessível hoje em dia, o seu verdadeiro espírito continua vivo e permanecerá vivo enquanto houver pessoas, bandas, selos, etc, dispostas a lutarem para que o mesmo se perpetue assim. Aos que querem se unir em prol desta causa, sejam bem vindos a nos escrever e terão total apoio! Caso contrário, não percam seus tempos!!!
Contato: A/C Brucolaques - C.P. 45009 CEP: 36035 - 970 Juiz de Fora - MG - Brasil saevushorde@acessa.com
às formações pela qual já passou? Há algum tempo atrás AntiHuman Terrorist estava morando em São Paulo, o que dificultava os ensaios, mas agora parece que a banda está a todo vapor...
Por Bernardo 01. Salve Sabbaoth e Anti-Human Terrorist! Vamos começar sem falar sobre introduções ou história da banda. Antes de existir o Goatpenis, o Sabaoth tocava no Suppurated Fetus. Conte-nos se a banda acabou e você decidiu fundar o Goatpenis, ou se ela “transformou-se” no Goatpenis, e quais os motivos? Sabbaoth – Quando troquei o nome da banda os outros integrantes não estavam mais e as tendências que eu gostaria que a banda tivesse não eram os que condiziam com o “Suppurated Fetus”, por isso resolvi mudar tudo em relação à banda. O motivo das mudanças me fez mudar toda a estética visual, letras, musical, ideológica e isso inclui o nome, não que seja importante, mas como nós ainda éramos iniciantes e underground, não haveria importância em trocarmos o nome. Já pensamos em adotar outro nome depois do Goatpenis, mas este já está solidificado entre o planeta e resolvemos mantê-lo por questão de facilitar o contato com os que já conhecem a banda. Além do mais um nome que fosse ousado, chocante e obsceno para agredir mesmo, muitos acham o nome Goatpenis “engraçado”, engraçado é achar uma parte do corpo “engraçado”, para mim os que acham o pênis engraçado ou têm problemas com o mesmo ou gostariam de ter mais pois acho ridículo que muitos façam gracinhas imaturas e púberes em relação a isso, eu sempre questiono aos mesmos dementes que nome eles sugeririam para mim então, e nenhum sugere algo realmente convincente, então acho melhor que os complexados reflitam antes de falarem asneiras. 02. O Goatpenis desde o início se propôs a fazer o que alguns chamam de “war metal”, não só tentando fazer um som original e
caótico, mas principalmente em sua temática. Como foi isso na época por volta de 89/90, sendo que as únicas bandas a abordarem essa temática por aqui no Brasil, era o Holocausto e o Exterminator? Sabbaoth – Desde o início o que sempre prezamos é a criatividade e fuga da mesmice, como a movimentação na época era praticamente grind metal e black metal, víamos o tópico “war metal” como uma diferenciação dos demais, claro que não seria totalmente inovador pois havia sombras de outras bandas com a mesma temática. É sempre um risco para os que possuem medo de mudar, mas nós não temos problemas em relação a isso, fazemos o que queremos e o que gostamos agrade a quem agradar, geralmente os nossos amigos se identificam com nossas idéias e praticamente nunca fomos criticados por escolher o que é melhor para o rumo da banda, salvo alguns idiotas que estão com pregos nas palmas das mãos. Anti-Human Terrorist - Não lembro daquela época, não tinha contatos com pessoas que curtiam nosso som e outras bandas do estilo e não estava preocupado com o que os outros achavam. Em 89 e 90 eu tocava em outra banda, na verdade era apenas um grupo de adolescentes fazendo barulho em um canil. Literalmente. 03. Como está a atual formação do Goatpenis? A banda já teve algum problema em relação
Sabbaoth – Eu, AHT e Virrugos (guitarra solo). Tivemos vários problemas com formação, caso contrário estariam até hoje na banda. Os problemas geralmente foram por falta de tempo, dinheiro e localização dos demais, cada um seguiu seu destino, quem ficou está levando até o fim. Com a distância de moradia de AHT os ensaios eram limitados, mas mesmo assim sempre havia um ou dois por mês e eu e Virrugos compúnhamos semanalmente, gravávamos algo e mandávamos ou gravávamos por CD para AHT ter uma base do que estávamos fazendo. Agora estamos na melhor fase da banda sem dúvida, estamos nos entendendo muito musicalmente e pessoalmente. Anti-Human Terrorist - Infelizmente, sim. Passei 4 anos em SP, mas agora estou de volta ao sul, graças à guerra. Odeio esse país miserável e seu povo ridículo. O sul do país ainda é parcialmente tolerável, existe menos falta de educação e respeito por aqui....ainda. Portanto, estamos ensaiando sempre que possível, incomparavelmente mais do que nos últimos 4 anos. Quanto aos ex-membros, fodam-se todos. 04. A banda sempre apresentou uma postura ideológica contra a raça humana, demonstrando ódio e repúdio pela mesma. Com certeza muitos filósofos e pensadores, como Nietzsche, Schopenhaeur e outros, bem como experiências pessoais influenciaram a banda. Que tipo de idéias levou a banda a este caminho ideológico? Como seria um processo de “inhumanization”? Sabbaoth – Na própria pergunta há
a resposta...”experiências pessoais influenciaram a banda”. A idéia de perceber a impossibilidade de conviver em “harmonia” entre os semelhantes é o que deixa bastante objetivo em nossa ideologia que o melhor caminho para a raça humana é que ela desapareça e deixe pelo menos o mundo inorgânico em paz. Não vejo melhora para esta desgraça evolutiva e simiesca apenas a degradação de si mesmo. O processo para a “inhumanization” está bem na nossa cara, a natureza já está começando a agir contra os predadores humanóides....espero que mais e mais catástrofes venham e a natureza faça o seu papel: reciclar a vida em cinzas.
nutenção da espécie. Tenho uma vida tranquila em muitos aspectos, mas se me fosse ofertado, jamais teria posto as garras nesse globo fétido. Odeio o semelhante. Tenho asco e alergia. 05. De onde vem as inspirações para as letras e principalmente para as músicas? Po-
Anti-Human Terrorist - Pura e simples evolução. Na verdade, até poucos anos atrás, ainda falavamos nessa lorota patética de satanismo. Ainda usávamos aquelas pinturas caricatas com preto e branco no rosto. Nem vou analisar quem usa, cada um acorda ao seu tempo. Lentamente o cérebro consegue perceber que nada é útil, tudo tem um fim, para nada há solução....a existência no planeta é puro sofrimento, ao menos em 95% do tempo. As pessoas em geral não tem percepção disto, são embreagadas por novelas, esportes, religião...morrem ou matam em função disto. A humanidade é doente, a natureza é doente. Espero que a vida neste planeta seja fato isolado no universo. Isso aqui é bizarro. Olhe ao seu redor, seja crítico por um minuto. Tudo que fazemos tem propósitos idiotas, como a ma-
demos dizer que filmes de guerra e livros influenciam a banda? Quais são seus filmes ou documentários favoritos, aqueles que valem assistir mais de uma vez... Sabbaoth – Vêm de todos os lados... de todos os momentos e sentimentos que são purgados nas letras e músicas. Os que pensam como nós sentem que o som serve como válvula nervosa para o que eles mesmos sentem, os metaleiros hippies é claro que sempre irão questionar o porquê desta abjeção vital pois eles são adolescentes mimados que gostam de beber e fazer festinhas com os amigos e são felizes com esta vidinha fútil e perder um final de semana alcoolizado para eles é uma afronta contra este estilo de vida porca. Citar filmes eu acho difícil, é pessoal, as vezes mesmo assistindo o desenho do Rei Leão tu podes obter várias idéias malignas assim como assitir a um filme como Nascido pra Matar pode não te oferecer nada. Portanto acho que isso cabe a cada um interpretar e retirar algo para si. De todos os filmes a que assisti Apocalipse Now tem um roteiro interessante e maduro, de preferência o Apocalipse Redux que possui partes importantíssimas e pertinentes que antes não havia sido acrescentadas. Anti-Human Terrorist - Minha indignação com tudo ao
ta que eles carregam nos ombros.
redor transforma-se em palavras. Filmes? Gosto de filmes que alienígenas esmagam humanos, como Predador e Aliens. The Day After também é um colírio aos olhos. Documentários....Trinity And Beyond (valeu pela dica), programas sobre a história das guerras.... 06. Um fato curioso é que o Goatpenis sempre foi mais reconhecido, e posso até mesmo dizer cultuado, lá no exterior do que aqui no Brasil. O que você acha disto? A banda sempre se preocupou em fazer uma boa divulgação para o exterior ou isto foi acontecendo de forma natural? Sabbaoth – É que no passado divulgávamos mais lá fora que aqui no país, haviam muitos dementes que não mereciam o nosso respaldo para conhecer a banda. Lá fora as pessoas são mais abertas à novidades como o “anti-humanismo”, ainda hoje, esta idéia ainda é repudiada por uma grande número de hippies do black metal e por isso nunca fomos bem quistos por aqui, salvo os amigos mais evoluídos e maduros que aceitam dar pulos para frente e não patinar no lodo da ideologia bes-
Brasil.
Anti-Human Terrorist - Para teres idéia, por convite de um conhecido, entrei naquela palhaçada chamada Orkut, para ver a comunidade que haviam feito sobre a banda. Okay, não custa ver o que é. Feito isso, entrei em alguns debates. Exceto por meia dúzia de aliados, li coisas patéticas e ridículas. Selvagens que ainda estão parados no tempo, dando corda a seus executores, que acreditam no diabinho chifrudo com o tridente no inferno, criticando a postura anti-humana e idéias misantrópicas. Claro que existem muitas bestas igualmente no exterior, mas esse metaleiral brasileiro, me dá náusea. Tocaremos em março no Rio Grande do Sul. Aproveite quem quiser e puder, pois deve ser o último nesse chiqueiro chamado
07. Gostaria que tentasse expressar sua opinião de forma direta sobre: Sabbaoth: - Satã: cristão - Morte: natural e necessária - Terrorismo: extremo ódio - Moda: passageira. Anti-Human Terrorist: - Satã: conto da carochinha. - Morte: única certeza e bem vinda, preferencialmente global. - Terrorismo: ridículo com motivações religiosas. em outros casos, a solução restante. - Moda: nojo...matar todos os envolvidos com essa palhaçada. modelos? desfiles? enforcar! 07. O Black metal muitas vezes acaba sendo sinônimo de satanismo, ocultismo ou até mesmo paganismo. Você acha que esta é a verdadeira face do black metal? Sabbaoth – Creio que sim, pelo menos é o que parece e o que 99%
das bandas fazem. Na verdade, satanismo, e outras formas de rituais, creio eu, jamais seriam tão vulgares e baixas a ponto de aceitarem esse bando de guris se achando o próprio “mediador” de satanás na terra via a banda deles....talvez seja algo mais sério e restrito às castas sérias que estudam de verdade e não saem gritando pelas ruas “eu adoro o diabo”, isso é apenas uma fantasia grotesca de jovens que usam a imagem do diabo para assustar o vizinho e/ou parecer “malvado” “cuidado eu tenho poderes”, isso tudo é uma grande patifaria, são mais crentes que os católicos ou evangélicos. Quero que essa gente se foda e ao invés de ficarem acreditando em coelhinho da páscoa que vão trabalhar de verdade e não esperem que o grande mestre Satanás lhes dêem ouro imaginário. Anti-Human Terrorist - Acho que Black Metal originalmente foi baseado em Satanismo. O resto veio a reboque, sem muito sentido a meu ver. 08. Estamos cercado de vermes inúteis...não só na sociedade como também no underground. Existem muitas pessoas que deveriam ser aniquiladas. O que você mais odeia no underground? Pessoas com falta de idéias, com atitudes de criança, ou pessoas com falta de compromisso e seriedade com seu trabalho, seja este em zines, bandas ou gravadoras? Sabbaoth – Vulgaridades nas ruas. Estes góticos do black/war metal com carinhas de Pit-Bull mal amados com correntes e espadas que no fundo são adolescentes com problemas em casa e expurgam sua ira incontida nas placas de sinal de trânsito. Sem falar nas bandas horrendas e de mal gosto musical com caras pintadas de clichê que soa quase todas iguais e sem criatividade. Os logotipos das bandas que mais parecem uma arte de papel higiênico que dá vergonha de se tentar decifrar. Visual todos iguais, 200 bandas parecem ser a mesma. Um lixo...um nojo...um ranço sem tamanho...eu jogo estas bombas todas nas latas de lixo....são refugos parasitários de gente que deveria estar em uma latrina. Mas, há alguma coisa muito boa também em termos de bandas por aqui, bandas que com pouco recurso conseguem muito mais que aqueles lixos da Noruega que são 99% as mesmíssima nojeira que a outra, estas eu agrego o meu conhecimento e puro respeito. Os zines são razoáveis, al-
guns muito bons...outros mais ou menos, fazem o seu papel (e cuidem da gramática, pois já vi cada tropeço crasso que dá para chorar, e não é de rir). Gosto dos zines que venham com perguntas criativas, originais, inteligentes, maduras e não apenas o óbvio de sempre. Gravadoras conhecemos poucas por aqui, sempre dá problemas pois a maioria quer lucrar e te obrigar a fazer o que eles acham que daria mais dinheiro. Anti-Human Terrorist - Odeio essas crianças todas que você mencionou. Como o Sabbaoth já colocou acima, hoje em dia eu rio de tudo o que é feito pelo “mundo do metal”, vamos assim dizer. Desde o visual, com as famosas tintas, passando pelos pentagramas, espadinhas, sangue, logos ilegíveis, letras repetitivas, hábitos ridículos como maconha...tudo isso é próprio de gente que ainda está crescendo, merece vista grossa, quando falamos de jovens na faixa dos 15-20 anos. Agora, marmanjos de 30...pra cima, pela madrugada. Wake up! E essas bandas nacionais, porra...não tem talento, não tem criatividade, pára...pára, cacete! Eu não tenho o menor dom pra tocar guitarra...minha voz é péssima. Jamais iria insistir nessas áreas. Como bem disse um canadense em um zine que li: “It´s ok to be just a fan!”. Falou com propriedade. Mas, ainda assim, tudo bem...o cara demora a perceber como a banda é ruim, são jovens, etc....o que me irrita mesmo, e aqui concluo o ponto, é essa mania de aqui ficarem idolatrando esses lixos musicais, dessas bandas de merda. Várias bandas que são famosas no país, que tocam 2 vezes a cada final de semana, do opiapoque ao chuí, simplesmente terríveis, até me dá ânsia de vômito ao escrever isso. Mas não vou citar nomes, não quero encheção de saco e não farei marketing gratuito para os mesmos. Afoguem-se em sua insignificância.
banal, qualquer bandinha já estava saturando as demos com isto e perdeu a graça. A alusão do discurso de Goebbels não condiz com a nossa “postura” em relação a nazismo, mas, ilustrou o clima da música. Caso tivesse um discurso de Nero ou Julio Cezar certamente seria utilizado na música Roman Revenge do Inhumanization, ou seja, foi usada como “ilustração” e não apologia a isso ou aquilo, falar de algo não significa seguir ou ser contra ou a favor, cada um interpreta como quer e como entende. Anti-Human Terrorist - Foda-se quem nos tacha de qualquer coisa e fodamse os nazistas também. Idolatrar um sistema que também era cheio de falhas, estabelecido há décadas em além mar? Defender uma parte da população mundial? Só por serem mais inteligentes e criativos? Provavelmente são, mas...são podres iguais. Cheio de alemães pedófilos. Cheio de europeus canalhas. Adianta levar o homem a Marte, mas na essência ser um verme da mesma forma que o negão de Botsuana? Fodase tudo...quero que queimem por igual.
09. Na demo “Jesus Coward” a música “Zyklon-B” começa com uma introdução com discursos de Hitler, enquanto sua regravação no “Inhumanization” a introdução é um pedaço da obra de Stravinsky (N.E. se não me engano). Porque vocês mudaram a introdução? Provavelmente muita gente tachou a banda de nazista. O que você tem a dizer para estas pessoas?
10. Aproveitando o assunto, sei também que você Sabbaoth é um grande apreciador de música clássica. O que mais te agrada na música clássica? O que você costuma ouvir? Você acha que a música clássica tem alguma coisa em comum com o metal em geral, ou sendo mais específico ainda, com o black metal, pois muitas pessoas gostam e foram influenciadas pela música clássica, como por exemplo o Quorthon.
Sabbaoth – A primeira versão era um discurso de Goebbels, a segunda é realmente de Stravinsky. Mudamos por que a utilização de introdução com discursos se tornou altamente
Sabbaoth – Com certeza, gosto muito mesmo, S t r a v i s n k y, Mahler, Berlioz,
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Dvorák, Prokofiev, Schoenberg, Beethoven, Bach e muitos outros. E esta comparação com o erudito e o metal é talvez na sensação pessoal que ela causa assim como outros estilos, cada um tem uma identificação com algo e isto a faz ouvir o que lhe agrada. 11. E qual a opinião da banda sobre o nazismo? Sabbaoth – Não acredito em quase nada da história mundial, há muita mentira desde o tempo da Grécia antiga, como iremos saber se as coisas escritas e passadas por geração foram exatamente o que está escrito ou foi manipulado por canalhas para usurpar a verdade em favor de si próprio? Portanto o que aconteceu já era, não me importo com nada mesmo. Estas bandas que usam o NS como pano de fundo de seus temas são alienados e fanáticos tipo religiosos que precisam de um “líder” para guiá-los pelos caminhos das moralidade e da verdade, ora, quero mais que Jesus Cristo e Adolf Hitler se fodam...eu não preciso destes dois
ícones para fazer o que eu quero e pensar. Quando se é adolescente a gente costuma sempre agregar um “pai” imaginário em nossas vidas secas, e Adolf Hitler é uma espécie de anfitrião dos desamparados sexuais. Ele serve de abrigo e muleta à maioria de jovens revoltadíssimos com a sociedade e querem usá-lo como válvula de alívio para suas degradantes frustrações, outros, piores ainda, moralistas natos, falam em “pureza racial, sangue e honra” por mim o sangue da humanidade pode escorrer latrina abaixo e secar na areia...fodam-se todas as raças, foda-se a pureza humana, quanto mais sujo e podre o sangue melhor e que se exterminem feito animais ferozes. Anti-Human Terrorist - Passado. Enterrado. Perda de tempo como qualquer outra ideologia política. 12. Anos atrás, a Evil Horde Records estava para lançar o debut CD do Goatpenis e até pediram para que as suas demos fossem regravadas, o que foi negado por vocês. Como resultado disso, não houve uma parceria maior entre o selo e a banda. Por que vocês recusaram esta oferta mesmo tendo o selo oferecido todos os custos de estúdio para a gravação do material? Sabbaoth – Houve um rompimento da banda justamente na época da gravação e isso ocasionou o a quebra do contrato. Recusamos o lançamento pois o resultado em estúdio não nos agradou, foi feito muito rápido e achamos que não seria bom para a banda lançar por lançar. Esperamos alguns anos e fizemos algo que nos agradasse de fato.
porque decidiram regravar este som? O que podemos esperar das novas composições? Sabbaoth – Este ano estamos nos preparando para lançar o próximo petardo contra a raça. Iremos regravar algumas antigas apenas como bônus e mostrar como estão muito mais rápidas e devastadoras que a versão anterior, sem dúvidas. Estamos muitíssimos satisfeitos com os resultados e creio que os que gostam de verdade e nos acompanham desde os tenros tempos irão gostar também, é para estes que tocamos, não nos importamos com mídia, gravadoras, dinheiro ou fama, queremos tocar paras os amigos e acima de tudo para nós mesmos, se gostou tudo bem, se não gostou, procure outra banda para ouvir, não devemos nada mesmo. Anti-Human Terrorist - Não perdem por esperar.....Filho da puta nenhum faz no hemisfério sul um som tão devastador.
outro território e com bandas que gostamos tal como Black Witchery e Blasphemy será uma satisfação imensa. Tocamos muito pouco por vários motivos: Falta de público decente, falta de local decente, aparelhagem decente e falta de tempo. Preferimos fazer algo bem feito e com qualidade a tocar todos os finais de semana em qualquer boteco apenas para aparecer pros amigos ou querer dar uma de super star, a paciência é a melhor arma contra a vulgaridade e baixaria em uma banda, não adianta fazer 30 shows por mês apenas para querer relevar a banda, mas, fazer bem feito. Fizemos um show em SP ano passado que foi bom, o lugar era meio estranho mas no final tudo deu certo. O organizador foi muito honesto conosco e fez tudo com muito esmero para que as coisas dessem certas e assim aconteceu, para estes vale a pena unir as bandas e levar algo adiante, para os que querem ser os “empresários demoníacos” sem condições. Anti-Human Terrorist - Tocar para animais? 15. Agradeço ao Goatpenis pela atenção ao zine, e deixem suas últimas palavras aqui...
Anti-Human Terrorist - Prefiro esquecer este episódio.
14. Me parece que a banda irá fazer uma “mini-tour” pela Canadá e EUA ao lado do Black Witchery e Blasphemy. Como surgiu esta oportunidade e qual a expectativa da banda de tocar fora do Brasil? Porque a banda fez tão poucos shows até hoje?
13. O álbum “Inhumanization” foi o primeiro debut oficial da banda, quando a banda irá lançar outra desgraça atômica sobre a humanidade? Sei que vocês estão para regravar algumas músicas antigas, como a ”Psichopatic Anal Terror”...
Sabbaoth – Estamos no ápice e isto nos deixa atentos em relação a tudo. A Mini-tour está prevista para Setembro, salvo se algo der errado, vamos ver até onde esta oportunidade chegará e um dia será. A expectativa é enorme, sempre tivemos muita vontade de tocar em um
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Sabbaoth – Agradeço pela oportunidade de estar em teu zine. As perguntas foram boas e informativas, espero que os que estão no casulo da imbecilidade e que leiam a entrevista possam abrir seus olhinhos fechados e pararem de ser medíocres. E aos que nos apóiam e gostam do nosso som, aguardem o próximo lançamento, está sendo para vocês e sei que todos irão sentir a mesma ira de sempre, abraços aos amigos sinceros e queridos da banda. Anti-Human Terrorist - Morte a tudo e todos. Desprezo.
Website www.devoted.to/goatpenis
ma “Live 666”, até o momento tenho recebido bons comentários dos que adquiriram ele, agora, em breve, irei lançar um cd-r limitado em 66 cópias(33 primeiras com 1 patch da Uraeus!!!) com material ao vivo inédito, 1 um clip,etc. comemorando os 6 anos de batalhas...e se der tudo certo, fim do ano(2005E.V.), o selo Necropsia Rec.(PI) irá lançar nosso debut CD oficial, que estamos começando a gravar agora, pois estamos com alguns shows para nos preparar para tocar, no cd oficial, terá muitos hinos novos e homenagens...
Por Bernardo 1.“Uraeus” dentro da mitologia egípcia é considerada a serpente da sabedoria, muitas vezes usada na cabeça ou coroa do rei. Qual o motivo deste nome para a banda? Doom-Rá: Salve guerreiro!!! Sim, isso mesmo, ela representava aos antigos sábios do Egito, a serpente vinda das chamas infernais do Sol, onde dizem o mito, que ela cospia fogo em todos que invejavam o faraó, era a protetora deles, destruía todos que profanavam o nome do faraó, então, como eu sempre fui apaixonado por história, ocultismo, mitologia, escolhi esse nome mágico, devido a toda a sua história, até as imagens dos deuses egípcios, maioria, tinham uma uraeus em vossas coroas, então, como aqui, quando a horda estava nascendo, já existindo falsos, invejosos ao nosso redor, foi o nome perfeito para a horda, e até hoje, é um nome que causa inveja em muitos aqui, pois não sabem de quem estão falando, o mais triste é saber, que muitos que se diziam apoiar a horda Uraeus, nos traíram, tendo apenas de nós, o nosso desprezo...a ira da serpente alada Uraeus tornará mais e mais insignificante as pessoas que ainda insistem a nos invejar... 2. Conte como começou o trabalho com a banda nas distantes terras de Goiânia e quais materiais a banda já lançou e como tem sido a distribuição do mesmo? Doom-Rá: Eu a muito tempo pretendia criar uma horda, no Mato Grosso, fiz umas tentativas, voltei a morar aqui(Goiânia) em 1998, não conseguia encontrar ninguém com pensamentos iguais aos meus, fim desse mesmo ano, fui morar em Belém/PA, onde morei antes, tenho um Pai lá,
não tive tempo de procurar alguém para montar a horda, pois estava trabalhando muito, depois, no meio do ano de 1999, voltei a morar em Goiânia, agora só, montei uma horda com um amigo chamada Bloody Moon, mas não deu certo, pois o mesmo ficou louco(literalmente!), ai, convidei outro amigo, ai formamos a Uraeus, depois entrou outros guerreiros, mas logo, fico só na Uraeus, passando por várias formações instáveis, fiz vocais na horda Desequilibrium(que chegou a gravar um opus e a tocar ao vivo uma vez!),que já teve outros integrantes da Uraeus, então essa horda paralela(Desequilibrium) pára, pois seus formadores vão embora daqui, então, volto a atenção para Uraeus, ensaiando, e no fim de 2002 gravamos nosso debut “O Despertar da Ira Serpential”, sendo lançado em Fevereiro/03E.V., em em Abril/03E. V., fizemos nossa primeira apresentação..esse opus foi re-lançado em começo de 2004E.V. pelo selo Eterna Aversão(SP), em formato tape limitado a 500 cópias, com 2 bonus ao vivo de nosso 1o. show, tendo bons comentários de zines e irmãos que adquiriram, conto até hoje com apoio de várias reais distros do Brasil e de fora, distribuindo esse material; Pois é, em fim de 2004E.V. os selos Eterna Aversão(SP) e Sacramental Rec.(SP) lançam nosso segundo opus, o cddemo “Profanas Jornadas Para Aurora Negra”, que tem trazido ótimos comentários por parte de zines e guerreiros que adquirem; quase na mesma época, lanço o splitvhslive “Guerreiros do Metal Negro” com Uraeus e Funeral Bizarro, gravado em um show que tocamos juntos, hoje, divulgo esse splitvhs em VCD(em 2 cd-rs), pois fica mais fácil para enviar pelo correio, e outro, pode ser assistido em PC e AP. de DVD, ficou fudido!!! Começo de 2005E.V., o selo Mountain D.P.(RJ) lança um antigo show nosso em CD-R e K-7, se cha-
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3. A demo da banda “Profanas Jornadas para Aurora Negra” possui um ótimo e belo trabalho com os vocais, tendo várias linhas de vocais além da principal como também vocais mais “líricos”, preenchendo bastante o som da banda. Durante as apresentações ao vivo estes vocais são feitos por algum convidado? O som não perde um pouco de sua característica por não ter estes vocais quando tocado ao vivo? Doom-Rá: Uma honra saber que tenhas gostado do trabalho dos vocais, e olha que faltou algo ainda, pois estávamos sem tempo e $ para colocar algo a mais, mas o resultado me agradou, apesar de que algumas daquelas músicas, hoje tocamos bem diferente...em shows levo o vocal principal, e alguns líricos, mas realmente, ao vivo, não tem como fazer todos os vocais, e chamar alguém só para isso, acho meio chato, mas nada que não possa ser pensado, mas gosto da forma que tocamos elas hoje, em estúdio e ao vivo, desse opus, regravaremos para o CD oficial o grande hino “Supremo Lúcifer-Rá”, com uma outra pegada e tal, surpreenderá a todos... 4. Algumas bandas de black metal, não se apresentam ao vivo, ou por não possuírem músicos o suficientes na banda, no caso de algum projeto “one-man-band”, ou por não gostarem, como é o caso do Darkthrone. Você acha crucial, apresentações ao vivo no black metal? Até mesmo alguns projetos como Judas Iscariot já se apresentaram ao vivo com músicos convidados de outras bandas. Doom-Rá: Compreendo que algumas hordas de Black Metal não gostem de tocar ao vivo, mesmo tendo integrantes a disposição, mas agora, acho fudido atitudes de hordas que é somente um ou dois guerreiros, ai convidam guerreiros irmãos para darem
uma “força” para se apresentarem, vi isso em um vídeo de show do Satyricon e Dark Throne na Alemanha, onde os integrantes das duas hordas se juntam para executarem os hinos de ambas hordas, fudido!!! Também sei que Judas Iscariot, Nargaroth já fizeram isso! As que mais me surpreenderam em atitude assim, é o grandioso Morrigan(antigo Mayhemic Truth) da Alemanha, onde fazem um puta som Alá Bathory(da fase do “Bathory” ao “Hammerheart”), e são apenas dois integrantes, onde muitas vezes se apresentam apenas os dois, ou chamavam um outro guerreiro para fazer o instrumento que falta, mas sendo 3 no palco, é inacreditável, pois o som deles é muito fudido, aos amantes dos clássicos do Bathory vão adorar...Sobre ser crucial tocar ao vivo, de certa forma sim, mas é sempre um prazer tocar ao vivo, principalmente em novas terras , mas o que é foda, é quando organizadores não dão atenção nenhuma para as hordas, ou o que prometeu não cumprem, e outro, é foda, sair da sua cidade, gastar para viajar para tocar em cidades longínquas, e chega lá, organizador não dá nem água, e a horda ainda pega uma aparelhagem estorada, isso é foda, sinal de total desorganização...acho desprezível também, hordas que se dizem reais, pagando fortunas para organizadores(mercenários!) para poderem “abrir” shows de bandas gringas, porra, é não ter amor próprio isso, é ser instrumento dos organizadores mercenários... 5. Você acha que imagem é tão importante quanto a música? Ou ainda, que dentro do black metal a ideologia é ainda mais importante do que ambos? Ou seja, a banda possuindo ideologia, é o suficiente para você curtir ou apoiar a mesma? Doom-Rá: Dentro do Black Metal sim, pois a imagem é a interpretação da idéia que a horda quer defender, sim a ideologia no Black Metal tem toda uma importância, mas as hordas têm que ter censo de ridículo, colocar apenas a ideologia na frente do som é errado, vejo muita horda fazendo bagunça com notas musicais, se importando apenas com a idéia, para mim ouvir e apreciar um material(seja demo-tape, LP, CD,etc...) de hordas que não conheço, levo em conta, a harmonia entre a ideologia(se for convincente!) e o som tocado, nem sempre a qualidade da gravação, pois sei das dificuldades de se gravar material bem gravado no Brasil, e claro, a postura da horda nas fotos
e no palco, quando tiver o prazer de ver uma apresentação, pois acho deprimente, quando a horda em seu material, em entrevista, passa uma imagem, mas no palco se importa apenas com a música, como já vi hordas famosas, tocando de bermuda, boné, ou sorrindo no palco, porra, pois é no show que a horda tem a chance de interpretar a idéia defendida em vossos hinos e entrevistas, é onde se descobre que algumas hordas Black Metal estão tocando Black Metal apenas por causa deste estilo “musical”(pois a verdadeira ideologia por trás do Black Metal os
modistas não vivem, ou temem em viver!!!) estar na moda, aqui mesmo, tem certas hordas que tem moleques que a poucos anos atrás, pulavam ouvindo “Pantera”, e saiam andando de “skate”, ou eram “hip-hop”, porra, isso é demais pra mim, me da nojo, mas sei, que o real hellbanger, sempre continuará o mesmo, vem moda, passa moda, pois eles tem o metal nas veias, e nada pode mudar isso!!! 6. Sei que você é historiador e gostaria de saber em que a história influencia dentro da música da Uraeus? De forma reversa, a música o influenciou em alguma coisa para a escolha de estudar História? O que costuma ler em suas horas vagas?
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Doom-Rá: Sim, estou tentando me formar no curso, falta só uma matéria e a maldita monografia! Vejo que a música me levou a gostar de história, desde meus 11 anos, quando ouvia muito Iron Maiden, um disco que me levou a querer ir afundo na história, foi o maravilhoso “Powerslave”, que é perfeito em letras, então de certa forma, me levou também ao ocultismo, principalmente ao conhecimento de povos antigos; agora, na Uraeus, a história me influenciou na hora de escolher o nome da horda, e todo o ocultismo por trás de tal nome mágico, tanto, que depois de 2 anos de existência da Uraeus, entrei na Faculdade para cursar História, que vos digo, é um curso maravilhoso, mas para quem quer enxergar as mudanças no mundo, na sociedade, não ficar preso apenas no seu mundinho, infelizmente, o historiador no Brasil não é tão valorizado como na Europa, apenas mais um professor, porra, somos profissionais assim como um Médico, Engenheiro, Arquiteto e tal, mas somos vistos apenas como professores! Ultimamente ando lendo mais livros, textos e documentos históricos à respeito de minha monografia, que é sobre um massacre indígena dos anos 70, mas gosto de ler diferentes livros, textos, mas no momento estou dando mais atenção à minha monografia, pois quero o mais rápido, me formar e ir embora dessa merda, se der tudo certo, pretendo ir para SP, lá irei fazer especialização, pois nunca devemos parar de estudar, formar num curso superior não é grande coisa mais, tem sempre que ir mais longe, sonho um dia, em ser doutor em História, vamos ver se chego lá antes de meu corpo apodrecer!!! 7. Muitas pessoas se questionam sobre o conhecimento e “tecnologia” em domínio de antigos povos, como os Egípcios, por exemplo, e muitas costumam afirmar que a origem desta tecnologia veio de seres extraterrestres, UFOs, entre outras coisas. Qual a sua opinião sobre o assunto? Doom-Rá: É perigoso afirmar isso, pois estaremos falando que os povos antigos eram ignóbeis, acredito em seres vivendo em outros planetas, outras dimensões, mas acredito que a sabedoria dos povos egípcios seja
deles mesmos, os povos antigos, eram mais inteligentes que os de hoje, um dia Atlântida levantará de seu abissal abismo, mostrando toda a sabedoria dos antigos, simplesmente, alguns povos eram mais evoluídos que os outros, mas também não tiro a hipótese de alguns contatos com extraterrestres, com os povos antigos, tenha influenciado nessa evolução no conhecimento, como, foi achado um mapa mundi, antigo, onde quem desenhou, só poderia estar no espaço, para ver com precisão os continentes da Terra, ou o calendário dos Maias, que é perfeito, como chegaram a tal conhecimento? Não sou especialista em ufologia, mas é uma área que me chama muita atenção!!! 8. Como você vê o underground atualmente com o advento da internet e popularização (ou melhor dizendo, banalização) do black metal? Com certeza a tecnologia nos ajuda no sentido da comunicação, porém deixa a arte acessível a muitos modistas. Como você vê o futuro da cena em relação a isto? Doom-Rá: Mais cedo ou mais tarde isso iria acontecer, o Black Metal e metal em geral na internet, pois vivemos em um mundo globalizado, querendo ou não, concordo, a internet nos ajuda em muitas coisas, como na rapidez de se comunicar com alguém, ou se achar alguém que tenha perdido contato a muito tempo, ou para se pesquisar sobre infinitos assuntos, mas a fraqueza na net, é que qualquer um entra nela, mas, vamos refletir, por cartas também, nunca sabemos de verdade, quem são os
nossos correspondentes, eu mesmo já me decepcionei com muitos por carta quando conheci pessoalmente, ou quando via certas hordas radicais e tal em Zines de papel, depois se misturando com nossos inimigos “whites-merdas”, então toda essa polêmica da internet, é mais uma tempestade em copo d’ água, como foi quando apareceu os primeiros CD’S de Black Metal, ou demos em CD-R’s, uma coisa que todos tem que refletir, não tem como escapar da net, um dia você estará nela, querendo ou não, como essas enciclopédias de Black Metal On Line, fico triste apenas em ver, que alguns web-zines divulgam merdas(whites, new,etc...) junto com Black Metal, mas tem os web-zines que salvam,vejo que no futuro, o radicalismo que tínhamos antigamente por cartas, zines, será usado na net também, como para se entrar no site da horda, o visitante terá que ter uma senha para entrar, evitando assim os “whites-merdas” curiosos, ma é complicado profetizar , sobre onde a cena vai parar com toda essa tecnologia, uma coisa sei, não será igual aos primordiais anos do começo dos anos 90... 9. Como é o seu relacionamento perante a sociedade? Algumas pessoas costumam dizer que são misantrópicas, que possuem aversão ao convívio social, de certa forma isto tem muito haver com o individualismo do black metal. O que você considera uma pessoa misantrópica? Doom-Rá: Vivo sozinho já a uns 6 anos, e sempre convivi apenas o suficiente com a sociedade capitalista, apenas suguei o que eu queria dela, sempre mantive-me oculto, nunca sai por ai entre leigos, falando as minhas idéias, me arrependi em me misturar com a dita cena “black metal” local, deveria ter me ocultado, sempre tentei ser amigo de todos, só levei punhalada, vejo que mesmo no black metal, os defeitos típicos do ser humano, são visíveis, como traição, inveja, fofoca, falsidade, o melhor então, é conviver apenas com nossos demônios mais íntimos de nossas solitárias escuridões... gosto de beber e conversar com reais irmãos(ãs), mas ultimamente, tenho feito isso, apenas fora daqui,com meus fiéis amigos, principalmente em SP, sempre quando vou lá procuro rever eles, pois aqui convivo apenas com os integrantes de minhas hordas, isso,bebendo e conversando depois dos ensaios, ou antes e depois de shows! Agora sobre ser misantrópico, é muito relativo levar essa autodefinição, pois vivemos em
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uma sociedade extremamente capitalista, mesmo que ela lhe leve a ser individualista, egoísta, temos que sair de nossos “sarcófagos” para trabalhar, comprar alimento e produtos em geral, acho que para ser misantrópico de verdade, é preciso estar preso em um quarto escuro, contra a própria vontade(o ser humano tem sempre seus desejos mais simples a mais complexos!), ou ter nascido e vivido a vida inteira no Mato como um animal, sem convívio com outros “sapiens sapiens”! Vejo que dentro do Black Metal, tem havido um certo modismo da palavra “misantrópico”!!! 10. Termino por aqui grande Rodrigo-Doom-Rá, obrigado pela sua atenção e palavras aos leitores do Dark Gates Zine. “É melhor morrer lutando, com força e honra, do que viver atrás de máscaras!” Doom-Rá: Eu e a Uraeus, agradecemos pela honra em estar presente nas páginas obscuras de vosso manifesto satânico!!! Pode sempre contar com nosso apoio!!! Agradeço também, a todos os irmãos(ãs) que sempre apoiaram a luta árdua da horda Uraeus!!!
Contato A/C Rodrigo Doom-Rá, Rua Tertuliano Sales, 222, Bairro Santo Antônio, Barra das Graças/MT serpenteuraeus@yahoo.com.br
Por Bernardo 01. Apresente-se aos leitores do zine e conte-nos sobre a proposta do Incrust. Moisés SG Grinder: 666 Holokaustik Hell Hailz irmão Bernardo e Dark Gates Zine!!! O podre Incrust nasceu em meio ao caos, seguindo o verdadeiro e assassino Underground Death Metal, sujo e mórbido como o estilo deve ser mantido. Incrust está aí para erguer a bandeira do DEATH METAL, que é o espírito que move a banda e é a causa defendida até o fim dos nossos dias, desde os primeiros passos nos dedicando ao Metal Underground! Odiamos as bandas artificiais, po$er$ e que fazem Death Metal por moda$ ou fazem parte da tendência do momento e deturpam este estilo de fudida atmosfera brutal e igual mentedestruidora criada pelo antigo Possessed... Nossa Deathmetálica line-up: Moisés SG Grinder - Necrobass & Vomits; Guilherme Saldanha – Morbid Guitarz; Mateus Oliveira - Chaotic Drumz. 666% Death Metal Underground!!! A saga Deathmetálika começou no final de 1998, quando a idéia de formar a banda, surgiu na minha profana mente, para proclamar o mais odioso dos massacres e erguer a bandeira do caos. Os primeiros passos são dados ao lado dos comparsas de longa data Mateus Oliveira, Guilherme Saldanha, seguindo o INCRUST como um power-trio, sendo preservado este lineup desde os primeiros ensaios até os dias atuais.O Incrust é uma banda que apóia a cena, trocando flyers, lançando demo tapes, respondendo zines underground, e trocando tapes pelo correio, divulgando bandas irmãs do fudido Metal da Morte não perde tempo em ficar nas esquinas espalhando rumores infundados e fofocas e etc, já que é muito fácil cruzar os braços e só falar, tirando asneiras pelos ares com o nome dos outros.... “fazer” realmente, é o que eu quero ver...o resto, merece ter o respeito ao que faz jus...Nossos Lançamentos: “Promo-Tape2000” (#66 hand numbered copies)...”The Bloody Art of Torture” Demo-Tape 2001(#66 copias c/ sangue menstrual e virgem)...”Hellhearsal” tape (#66 copias)...A Trevas distro fará um relançamento especial comum som extra, nova capa etc...(*Re-lançamento oficial em TAPE mais uma vez...Não esperem versão em demo-cd!) “Baptized in Unholy Gore” CD 2005 (Ibex Moon Records-US) e em breve “Baptized in Unholy Gore” Tape version (+ bônus) que irá ser lançado pela Slava
Productions(Tailândia).... 02. A banda acaba de lançar recentemente o trabalho “Baptized in Unholy Gore” pela selo Ibex Moon Records dos Estados Unidos. Como foi produção e gravação do mesmo? E o resultado final foi satisfatório? Como conseguiram o contato com a Ibex Moon para o lançamento do mesmo? Moisés SG Grinder: A produção, como sempre, foi a mais fudida e pesada possível, totalmente Death Metal e a gravação mais podre ainda...sempre gravamos a parte instrumental(baixo/ guitarra/bateria) ao vivo, pra mater o feeling e a real sonoridade da banda... Na verdade nós é que fomos convidados pelo John McEntee do Incantation pra fazer parte da gravadora Death Metal dele, já que só lançávamos tapes(e lançamos até hoje!), ele já possuia outros materiais nossos via correio, pois tinha contato com ele antes, depois em um show em Recife em 2003 ele recebeu uma demo nossa, entregue pessoalmente e ele quando chegou nos EUA de volta da tour me escreveu falando grandes linhas sobre o material e pedindo pra lançar caso nós quiséssemos, é claro que aceitamos, por se tratar de um Deathbanger e apoiador da nossa causa.... 03. Muitas bandas nacionais estão lançando seus trabalhos por selos do exterior. O que você acha disto? Falta de selos nacionais competentes ou apenas uma questão de oportunidades e interesse dos selos estrangeiros? Como os deathbangers nacionais podem adquirir o material? Moisés SG Grinder: Cara tudo é
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bastante relativo, pois basta que um selo se interesse e pronto, se for de fora ou não, aí vai do interesse do selo...é claro que tem banda$ artificiai$ que fazem “metau’ somente pra abraçar contrato$, não se preocupando com o feeling ou essência nas composições.... Ainda bem que toco o que me move e não preciso de nada mais do que o sentimento que tenho pelo estilo pra me motivar a escrever nossas doentes e mórbidas composições...vejo uma evolução quanto ás gravações hoje em dia a competência das bandas, pois vejo muitas honestas, que merecem um bom suporte, que só ajudam a banda a estruturar-se e voltar-se a construir o que nós Metalheadz mais queremos ter: Evil Fuckin’ Metal para as nossas veias metálicas!!! Existe bons selos no Brasil, assim também como existem os oportunistas, mas não é diferente como, em qualquer outro lugar do mundo. 04. A arte do CD foi feito pelo mestre Chris Moyen, artista cult no meio underground, tendo já produzido logos e capas para diversas bandas como Blasphemy, Incantation, Mortician, Beherit, entre outros. O que achou do trabalho? Qual a importância você dá para a arte final e a produção de um lançamento de uma banda? Claro que não deve ser uma coisa prioritária como a música em si, mas acho que é importante em termos de expressão ideológica da banda. Moisés SG Grinder: Cara pra mim foi um mórbido sonho ter uma capa feita por uma cara tão respeitado no underground como o Moyen, assumido extremo admirador do Incrust, e que honrosamente mantenho contato... sou fanático pelo seu estilo, desde quando vi a capa de “The Oath of Black Blood” LP do antigo Beherit, realmente aprecio o “underground layout” e artes em preto e branco, que realmente são mórbidas, aprecio também seus trabalhos com Goat Vomit(Gre), Korihor/Abigail split e outras tantas fuckin’ Black/ Death Metal Hordes...vi o último dele trabalho com o Funerus e os alemães do Desaster e Zarathustra... em artes diferentes do usual dele, mas igualmente matadoras...Achei a capa que o Moyen fez para o Incrust, simplesmente matadora.....era de se
esperar algo doente e mórbido vindo dele....Considero uma arte de capa fudida ser realmente importante, já que conseguem expressar a atmosfera da banda e quando conseguem captar o “algo mais” por trás dos sons...quando tudo se encaixa...é fudidamente perfeito para se apreciar! 05. O que a banda busca explorar e expor em suas letras? Já vi algumas pessoas que acham que o death metal em termos líricos, ideológico não tem um compromisso tão forte quanto o black metal. O que você acha sobre isto? Você concorda? Moisés SG Grinder: Incrust fala o que o estilo representa: Death Metal é Morte...Incrust fala então sobre o que o estilo representa Morte, numa forma mórbida doente e realmente sanguinária, com cunho anticristão e propósito totalmente anti-religioso, é lógico, pois eu que as escrevo, assim sou...adoro escrever sobre temas doentes, psicopatia...que é real! A morte que é o que existe de mais REAL neste planeta de merda, ou vai me dizer que você se bate com diabos na rua ou na hora de dormir? ...Tudo é fruto da imaginação de cada um, apesar de eu mesmo valorizar algumas caracteríscas do satanismo, sua literatura etc etc...apesar de não endeusar qualquer ídolo fictício, prefiro valorizar o próprio Homem, verdadeiro senhor de suas próprias decisões e destino, o verdadeiro “demônio” que pode existir nesta terra....o que tem o poder de criar/destruir...odeio este lance de espíritos, santos, bla-blabla, e nada deste mundo fictício que os humanos criam em suas mentes... Cada um acha o que quiser e cada um escreve sobre o que quiser também, o mundo é libertário...claro, existem bandas que falam sobre coisas sem sentido ou temas políticos de merda(não apoio bandas de Death Metal politizadas!) Death Metal nasceu pra ser podre! Se Black Metal fala isso ou aquilo, aí é com ele...até gosto das odiosas menções profanas, mas muita coisa que vejo não passa de mera ficção, coisas que nunca existiram ou nunca existirão, outras bandas são cheias de clichê e
outras falam de Satan sem nem ter base ou saber o que é ou o seu significado, o que soa infantil pra mim... outro clichê atualmente é este lance de “war” (queria ver se enviassem alguns blackmetallers para uma real guerra pra ver se não se cagavam de medo com o primeiro tiro que passasse na frente deles) acho até a guerra um tema interessante, mas não como é forçadamente mencionado por um monte de garotos hoje em dia através do Black Metal mais atual, sendo que muitas pregam letras associadas ao nazismo/racismo, temas os quais cago em cima...Prefiro mesmo ouvir o velho Blaphemy do Canadá, verdadeiros Godz of War!!!...ou um antigo Sodom ou o antigo 1º LP do Holocausto(Bra) etc...!!! ...claro que outras bandas com sua visão blasfêmica se apegam as realidades deste mundo, estas até levo mais à serio, outras banda falam de história sobre antigas passagens da humanidade, que são até interessantes, mas “ouvindo Metal” sou Headbanger não estudante de história, deixo-as para os livros...tem letras pra todo gosto...mas pra mim não adianta ter grandes letras se a banda é falsa ou é uma bosta...Como já falei, prefiro falar sobre o que existe é o mais forte: Morte!!!....... só não me venha com o cristão whitecú, que aí você se fode! 06. Quais são os seus tipos de filmes favoritos? Gore? Trash? Terror? Cite dentro disto algumas obras e diretores que o influenciaram ou motivaram.
Moisés SG Grinder: Gosto de coisas doentes, realmente...Existe um filme cult alemão, chamado “NekromantiK”, umas das coisas mais doentes que já vi, rolam cenas de sexo entre um
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cadáver decomposto e uma mulher e um psicopata....realmente retratado e naturalmente sem ser forçado e sem precisar de efeitos gráficos de alguns enlatados americanos....ótimo filme, com produção suja, podre porém clássica...gosto também do famoso “O Exorcista”, é claro...”Nosferatu” é outra obra-prima....outro fudido é “Cannibal Holocaust”...no Brasil existem clássicos, como os do antigo Zé do Caixão, que fazia o que ninguém tinha coragem por aqui naquela época dos cinemas em branco e preto, numa sociedade totalmente certinha, restritiva e conservadora como era antigamente..... 07. Como é a interação da banda com a cena na Bahia e no restante do Brasil? Rolam muitos shows por aí? E o público? E como é aturar e viver por aí, terra do samba, axé e outros lixos musicais? Como vocês reagem a isto? Moisés SG Grinder: A banda sempre manteve contato com Zines daqui da Bahia como: Satanic Malediction, Seraph, Osculum Obscenum, A Última Tentação de Cristo, Odicelaf, Sons of Vengeance, Necrosis, Metal Invaders, Adjázer Áspide, Sepulchral Vomit e muitos outros.... e também com as verdadeiras bandas e bangers daqui desde os nossos primeiros passos ....mas os contatos por carta sempre existiram, não somente na Bahia como no Brasil e no exterior. Eu e um amigo fundamos um mórbido e não-modista forma de união Deathmetálica uma espécie de clube de Death Metal chamado BAHIA DEATH METAL LEGIONS...restrito mais ao Underground Death Metal e os que se mantém fiéis ao estilo....não é para qualquer mijão...O Death Metal verdadeiro, criado pelo antigo Possessed, merece ser enaltecido e ter sua história e raízes valorizadas, não simplesmente como forma de consumo ou “produto” sem sentimento, como muitas banda$ artificiais insistem em dizer que são, mas nunca terão a verdadeira essência Deathmetálica, o que me deixa mais tranquilo quanto a isso, pois assim nos diferencia-
mos...sobre estas banda$, somente os verdadeiros Deathmetalheadz comprometidos realmente com a causa, podem julgar....po$er apoia qualquer coisa que toque simplesmente “boa$”mú$ica$ sem qualquer atmosfera e independente do sentimento que esta venha expressar..... Sentir o Metal com as “veias”, não somente ouvindo por ouvir.......Sim rolam sempre shows de Metal por aqui, uns shows realmente fudidos e outros de bandas que não sou chegado, pois não apoio qualquer uma não! O público, como em toda cena é dividido entre os verdadeiros bangers e os modistas de merda, como em toda cena...Quanto aos estilos desta terra citados por você, ignoroos... a maioria do tempo ando sozinho, pois moro isolado e solitário, me afastando quando posso, das massas estúpidas e injetando altas doses de Metal fudido e blasfêmo em minhas negras veias, aqui em meu templo, que é o que interessa pra mim... 08. Quais foram os maiores problemas que a banda enfrentou até hoje? Problemas com músicos, pessoas, estúdios, zines, distros... ou até mesmo em algum evento? E como a banda contornou estes problemas? Moisés SG Grinder: Problemas na capital do desemprego, qualquer um tem, com “músicos”, nunca, já que a nossa formação permanece intacta a 8 anos e não pensamos como músicos e sim como amigos, que sempre fomos, antes de montar o Incrust...não tivemos consideráveis problemas com terceiros e não temos muitos problemas em outros aspectos, pois não gostamos de render fofoca, que é a fonte principal de problemas em qualquer cena...fofoca é coisa de mulher ruim, vagabundas etc, deixo este tipo de merda para, vivo um outro estágio, muito superior a mediocridades como a vida alheia, prefiro me informar sobre a cena, lendo zines e vendo o desenvolvimento dela...é o que me interessa, nosso underground, não os rumores infundados.... 09. O que você acha do atual cenário underground brasileiro? Está bom, ruim, aceitável, evoluindo em relação ao passado ou você simplesmente não se importa com isto? O que mais te incomoda no mesmo? Moisés SG Grinder: Como toda cena, tem seu lado positivo e negativo, é até clichê dizer isto...prefiro voltar meus interesses ao lado fudido da cena, que esta
não sabe como fico satisfeito em ver atentados, explosões, crimes e demais mortes a cada dia...o mundo precisa ser desinfetado, estes idiotas que só fazem destruir os recursos naturais do nosso planeta, quando nem mereciam usufruí-los... 11. Quais são os próximos passos para a destruição do cristianismo no caminho do Incrust? Alguma previsão de shows por aqui no Sudeste, Sul para divulgar o CD? Previsão de lançamento de algum material novo?
geração pós-internet, incomparavelmente é inferior, já que muita coisa está deturpada, muitos termos estão sendo vomitados por cagões, muitos destes que não sabem nem o que é trocar flyer e muitos outros tirados a donos da verdade...Vejo muitas bandas mantendo a real essência de seu estilo, como Sanctifier, Embalmed Souls, Headhunter DC, Deformity BR, Inoculation, Fornication, Decomposed God, Geminicarius...etc...e vejo também outras fraquejando e se rendendo às “tendências do momento”, como por exemplo, depois das modas “black metau-fashion” e melodicú e da moda extreme de bandas clones do Krisiun etc...agora, esta moda NS de garoto de internet e também a moda retrô pseudo-80’s Thrash irritante, cheias de “novos” patches, “novas” Jaquetinhas Jeans como moda (odeio modas! tanto que parei de usar a minha desde 2001 quando vi que o oba-oba retrô ia começar)...de “novas” camisas pintadas de Azul Limão e Taurus, Mutilator etc..na garotada que pregam o que não viveram levados por uma moda...está cada dia mais banal e dá nojo...não apoio NENHUMA banda retrô-cópia barata inserida nesta moda....veremos qual será a próxima bosta que infestará a cena. Morte às tendências e a seus modistas medíocres!!! 10. Se você pudesse pegar alguém (ou porque não, muita gente) e jogar em um crematório para queimar até a morte, quem você jogaria? Moisés SG Grinder: O Papa, o senhor dos alienados e seus seguidores....e também mais da metade deste mundo hipócrita, tenha certeza disto....você
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Moisés SG Grinder: Pretendemos espalhar o caos pelo Underground (verdadeiro!) e é claro se rolar fudidas datas por aí, seria assassino.... fomos convidados para uma turnê européia para este ano de 2006, e a Ibex Moon está dando uma força neste aspecto também...esperamos espalhar o caos e morte por onde passarmos...este ano devemos lançar uma Demo Tape e depois, um álbum, é claro, sempre podre e total Underground Death Metal até os ossos, nada de timbres limpos mainstream, pois não fazemos pop como muitas bandas de “death metau” artificiai$ por aí.... Fazemos Metal da Morte para doentios guerreiros sujos da cena podre, não música para garotinhos revoltados nem embalistas. 12. Deixo este espaço para as suas últimas palavras para os leitores do Dark Gates Zine e agradeço a sua atenção. Hail Underground Death Metal! Moisés SG Grinder: Agradecemos ao Dark Gates Zine pelo espaço cedido ao Incrust. Permaneça fudido e real a sua proposta em contribuir com a cena Underground (verdadeira!). Agradecemos e enviamos um Hail aos leitores de Zines Underground, que não se rendem às modas das “revistas coloridas” que propagam as tendências de merda...limpem o cú com elas! Morte ao Cristianismo, que afunda a cada dia nossa sociedade com ideais ilusórios, utópicos e mentirosos. Hail aos que se dedicam pela causa Underground, apoiando as bandas, adquirindo zines e demo-tapes!!! Death Metal Underground Reina Supremo!!! Metalheadz (somente!) para mais algumas informações entrem em: www.incrust66.cjb.net www.ibexmoonrecords.com www.myspace.com/incrust66 ou me escrevam....e deixem a matança de cristãos começar!!! Seja Metal da Morte ou esteja morto!!!
Lee Vomitor: Basicamente somos apenas 3 metalheads tocando metal. Nós tocamos a música que gostamos de ouvir. Eu acho que quanto mais tempo você gasta no estúdio, mais você perde daquele verdadeiro sentimento. Nós cometemos alguns erros, mas quem se importa, nós não somos o Metallica. Algumas bandas lançam com todos os recursos da tecnologia moderna, porém prefiro fazer do nosso jeito. Está ficando difícil de se encontrar aqueles velhos estúdios analógicos de gravações. Por Bernardo 1. Hail Lee Vomitor! A banda é formada de ex-membros de antigas e conhecidas bandas australianas como o Gospel of the Horns e o Spear of Longinus. Diga-nos porque decidiram formar a banda? Isso aconteceu depois de saírem das respectivas bandas ou enquanto estavam nelas? Lee Vomitor: Quando tudo começou, SS Death Dealer havia deixado o Spear of Longinus e estava ansioso para trazer de volta seu antigo projeto chamado “Vulgar”, que depois recebeu o nome de “Vomitor”. Ele me perguntou se eu tinha interesse em tocar bateria na demo, e é claro que eu aceitei. Mesmo após ter entrado para o Vomitor, eu não deixei o Spear of Longinus, continuando na banda por alguns anos. 2. “Outbreak of Evil” foi o último lançamento da banda em formato 7”EP split com Bestial Mockery e Nocturnal. Como foi a distribuição do mesmo e o resultado final? Vocês preferem
ver o material do Vomitor em LP ou em CD? Porque resolveram lançar o EP “Neutron Hammer” de forma independente? Lee Vomitor: O Joel do Toxic Holocaust perguntou ao Death dealer se gostaríamos de participar do “Outbreak of Evil” 7”, então o trabalho ficou todo por conta do Joel e ao final recebemos algumas cópias pela nossa participação. Tudo que tivemos que fazer foi oferecer uma gravação de um ensaio com a música “Cry from the Undeground”. Eu posso dizer por todos do Vomitor, que preferimos vinil a qualquer outro formato. Me sinto recompensado e satisfeito quando compro um vinil. Sobre o 7”EP do “Neutron Hammer”, a Black Ace Records ofereceu para lançar o material e nós simplesmente aceitamos. 3. Os vocais no “Bleeding the Priest” me lembram muito os primeiros do Sodom e Celtic Frost. Vocês fazem o uso de algum tipo de efeito nos vocais? E como são feitos durante os shows? E a propósito, conte um pouco sobre a performance ao vivo da banda. Lee Vomitor: Ha,ha,ha...sim, o Death Dealer usa várias efeitos de reverb em sua voz ao vivo e no estúdio. Ele possui uma pequena caixa na qual plugamos o microfone e temos como retorno um reverb infernal. Nossos shows soam como uma tempestade do inferno com muita distorção, reverb, efeitos de estourar os ouvidos. 4. Vocês não parecem gostar muito de discos super produzidos, cheios de frescuras e efeitos modernos. O que vocês acham destes discos modernos super produzidos e aquela coisa toda digital? Vocês ainda preferem aquelas gravações mais distorcidas? Porque?
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5. Você está envolvido com outros projetos também, como o Grippiud...poderia nos dizer um pouco mais sobre esta banda. E o Spear of Longinus, o que pode nos dizer sobre a experiência com a banda? E sobre a música “Neutron Hammer” foi composta pelo Vomitor ou pelo Spear of Longinus? Lee Vomitor:”Grippiud” é um projeto meu, onde eu toco e gravo tudo sozinho em meu computador. Tratase de um som bem primitivo, e não tenho planos de tocar ao vivo. Sobre o Spear of Longinus, eu toquei na banda os 10 primeiros anos, e então eu a deixei desde que gravamos o box set “Black Sun Society” contendo alguns 7”EPs. Eu não tenho nada a dizer sobre a era em que estive no Spear of Longinus, tudo que tenho a dizer é que eu e Camazotz continuamos bons amigos, e ainda continuo encontrando com ele, apesar de não o encontrar com tanta frequência quanto eu gostaria. A música “Neutron Hammer” foi composta para o Spear of Longinus, nós apenas decidimos regravá-la no Vomitor. 6. Lee Vomitor, você foi o pri-
meiro baterista da banda, depois saiu e retornou à mesma. Qual foram os motivos que o levaram a sair da banda? Quando e porque resolveu voltar ao Vomitor? Lee Vomitor: Naquela época eu estava tocando em quatro bandas diferentes: Spear of Longinus, Vomitor, Honour Guard e ainda estava ajudando no Death’s Head. Meu tempo e meu dinheiro estavam esgotados, então eu decidi dar um tempo e esfriar a cabeça. Foi por apenas um ano, e então quando fui convocado, retornei minhas atividades de demolição na bateria do Vomitor. 7. A banda toca alguns covers como por exemplo de bandas como o Sodom, Blasphemy e Metallica. Certamente estas bandas exerceram uma influência sobre vocês. Qual a opinião de vocês sobre bandas como o Metallica que se venderam por conta do dinheiro? Existem outras bandas que de certa forma os decepcionaram? Lee Vomitor: Realmente o fato do Metallica ter se vendido me entristece, pois eles eram uma grande influência para mim. Se a banda tivesse acabado ou mudado de nome eles não teriam ofendido as hordas do metal que trouxeram a fama até eles. O Celtic Frost também foi outra banda que se vendeu para tentar se tornar uma estrela do rock e serem ricos, porém eles não conseguiram alcançar seus objetivos e fracassaram. 8. Vocês parecem serem bons apreciadores de cerveja. Qual a influência do álcool, e principalmente, da cerveja no Vomitor? O nome da banda parece ter sido inspirado em experiências pessoais... Lee Vomitor: Sim, queremos mais cerveja! Adoramos beber e causar uma confusão. O Death Dealer simplesmente não consegue ensaiar sem beber...Eu tenho vários histórias horríveis e nojentas sobre o álcool e metal, mas para conhecê-las, você terá que esperar que meu livro seja publicado...porém, eu tenho
que escrevê-lo antes! 9. O visual de vocês lembra um pouco a antiga cena brasileira, nos remete a bandas como Sarcófago e principalmente o Holocausto, pelo uso destes capacetes de guerra. Porque resolveram usar estes capacetes e conte-nos um pouco sobre o que conhece e aprecia na cena brasileira. Lee Vomitor: Nós usamos os capacetes simplesmente porque as pessoas se sentem facilmente ofendidas quando usamos algum material da parafernália do 3º Reich, então
decidimos usá-los. A cena brasileira possui as bandas mais extremas do underground e todos são completamente maníacos! 10. Em uma das fotos da banda, o capacete a que me refiro parece com os usados pelos guerreiros da SS no passado. Qual a sua opinião sobre a SS e seu trabalho durante o Terceiro Reich? E o que você acha do holocausto? Lee Vomitor: Nós já tivemos muitos problemas por conta do uso de material do 3º Reich e por links com bandas N.S.. O Vomitor não é uma banda nazi e não queremos falar sobre isto. Nós somos uma banda de death metal. 11. Como você vê o passado, o presente e o futuro da cena underground australiana? Precisa de alguma mudança ou tudo está bom como está? Lee Vomitor: Eu acho que a cena por aqui está ficando melhor e cada vez mais reconhecida e algumas bandas estão até fazendo turnês por aqui. Tudo que precisamos fazer é continuar tocando.. 12. Quando foi o seu primeiro
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contato com o death metal e como isto modificou o seu jeito de pensar e tocar? Conte-nos mais sobre isto... Lee Vomitor: Acho que a primeira vez que eu ouvi death metal, foi ao ouvir o álbum “Seven Churches” do Possessed, que continua a ser um dos meus favoritos até hoje. Me lembro também quando um amigo chegou com a demo do Death, e todos nós nos perguntamos o que era aquilo. 13. Quais são os seus álbuns preferidos de death metal? Você prefere as bandas antigas de death metal, ou as novas bandas que vêm surgindo? O que você acha do death metal americano, que mistura alguns elementos grind/core ao mesmo? Lee Vomitor: Morbid Angel, Nile, Beherit, Blasphemy entre muitas outras para nomear...eu também gosto de algumas coisas novas, mas definitivamente eu sou um “old school death metal head”. Eu não me importo com a mistura do death metal com grind, do mesmo jeito que eu também gosto de algumas bandas antigas de grindcore/punk. 14. Para terminar, nos conte um pouco sobre os próximos passos com o Vomitor...e deixa uma mensagem aos leitores do Brasil! Lee Vomitor: Nós estamos para começar a ensaiar em breve para que possamos começar a trabalhar no próximo LP, que será chamado “Devils Poison”, então procure por notícias sobre o mesmo. Obrigado pelo interesse no Vomitor! “Stay Fucking Evil All You Brazilian Hellbangers...666!”
Contato A/C Lee Griffiths 17 Narelle Crescent Rochedale 4123 Brisbane Q.L.D Australia Website www.vomitor.com
Por Bernardo 1. Saudações Archon Vorskaath! Para começar diga-nos sobre a proposta inicial de quando o Zemial foi formado e como a banda se desenvolveu e se mantém até hoje. Vorskaath: Saudações Bernardo. A banda foi formada em 1989 por mim e Necromaniac/Therthonax (atualmente na banda Kawir). Nós gravamos alguns ensaios e uma série de demos e no período entre 1991-1992, gravamos nosso primeiro release oficial, o EP “Sleeping Under Tartarus”, que foi lançado na América pela Gothic and Torched Records. A Osmose ficou interessada em assinar conosco por este lançamento e por um futuro álbum, entretanto eu recusei a proposta por preferir manter a banda restrita ao underground e para que nossos lançamentos fossem limitados. Herve (da Osmose Prod.) queria ter o direito de prensar de forma ilimitada tudo que fosse lançado via Osmose. Em 1994 nós mudamos para a Austrália e continuamos por aqui desde então. Nós gravamos “For the Glory of Ur” em 1996 e em seguida “Necrolatry” em 1997, e algumas outras gravações que nunca viram a luz do dia. Em 1998 fomos à Alemanha e gravamos “Breath of the Pestilence” com o Harris Johns (produtor do Kreator, Sodom, Helloween), que ainda não foi lançado. Depois de um longo tempo de abstinência de shows durante nossa existência, decidimos, em 2001, dar este prazer aos fãs do Zemial, que se manifestou em uma turnê “Seven Spells Upon Europe” no inverno de 2001 pela Europa. Depois de nosso retorno, e de ter vivenciado esta grande experiência e pela grande resposta de nossos fãs, aceitamos sair em outra turnê com nossos amigos do Desasater, em 2003. Antes de sairmos nesta turnê
gravamos “Face of the Conqueror” e o split 7”EP com nossos amigos helênicos do Kawir. O Zemial não é minha prioridade musical, e como já disse anteriormente, o Zemial é um veículo capaz de me entreter com a lembrança de memórias dos antigos dias do underground, no anos 80 e início dos anos 90. Nada mais do que isto. Eskarth já tentou várias vezes me fazer mudar de idéia em relação a isto, e me focar no Zemial com prioridade, e ele, provavelmente, com o tempo, irá me convencer. O futuro do Zemial não é certo, e depende muito de nossas oportunidades e de como estamos nos sentindo. 2. Há pouco tempo a banda saiu definitivamente em turnê
(Shadow Over Europe) pela europa com o Desaster. Como foi esta experiência para a banda? Foram no total quantos shows por quais países? Li que alguns shows contaram com alguns improvisos e outros “experimentos”. Como foi isto e qual foi o resultado?
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Vorskaath: Foi uma experiência muito boa. Nós divertimos muito com o pessoal do Desaster, tanto no palco como fora do palco, foi muito bom tocar a cada noite para um público diferente. O ápice foi nosso show em Atenas, pois não havíamos agendado nenhum show na Grécia em nossa turnê anterior, e a recepção por partes dos fãs gregos foi fantástica! Nós fizemos mais ou menos uns 15 shows em lugares como a Alemanha, Holanda, Espanha, Itália e Grécia. O único problema que tivemos foi a má organização por parte da Bruchstein Records, a promotora desta turnê. Com esta exceção, tudo foi muito bem. A improvisação foi uma coisa bem interessante, embora não foi de forma completamente livre. Houve uma determinada seção que improvisamos e fizemos solos. É interessante incorporar um elemento que nunca é associado ao Heavy metal ou Black metal, e ver como o público reage a isto. Certamente algumas vezes os experimentos não transpareceriam o que queríamos, entretanto foi interessante, pois em cada noite ocorreu de forma diferente (dentro dos mesmos parâmetros) proporcionando-nos diferentes sentimentos. A maioria das pessoas gostaram da idéia, e nós iremos continuar fazendo isto no futuro, porém explorando ainda mais isto.
3. Por se tratar de uma dupla, quem foi chamado para tocar baixo nos shows durante a turnê pela Europa? Você pretende futuramente colocar um membro fixo na banda? Vorskaath: Nosso grande amigo Jarro (Deceiver) do Destroyer foi
o baixista nesta turnê. Nós o escolhemos pois já o conhecíamos, e pelo nosso contato freqüente aqui na Austrália. Ele é um cara muito fácil de se trabalhar, e um cara altamente confiável em termos de seu compromisso com o projeto e também pela sua boa performance antes de sairmos para a turnê. Jarro foi muito dedicado e fez, merecidamente, um ótimo trabalho para o Zemial. Sim, nós normalmente trabalhamos como um dueto, formado por mim e meu irmão Eskarth, apenas. Nós gostamos de recrutar alguém para tocar conosco ao vivo. Em gravações, apenas nós dois somos necessários. Enquanto estivermos na Austrália e para futuros shows, Jarro é nossa primeira escolha. Quando nos mudarmos para a Europa novamente, a situação irá mudar. Entretanto, é muito mais fácil encontrar a pessoa certa na Europa, e de fato, o Ashmedi do Melechesh já nos mostrou grande interesse em ajudar o Zemial ao vivo, e possivelmente em gravações. 4. Tenho visto muitas bandas novas surgirem e poucas delas realmente possuem uma proposta interessante. Muitas são na maioria das vezes cópias repetidas de outras bandas e sem a menor qualidade musical. Algumas pessoas pensam em montar uma banda simplesmente por questões de “status”, e nota-se claramente que não há nenhum compromisso com a arte do black metal. Qual a sua opinião sobre o assunto? Vorskaath: Eu acho que isto é uma coisa natural quando está começando, pois toda banda olha para os seus predecessores atrás de inspiração. Tony Iommi apenas acordou uma manhã e decidiu fazer uma música que não tinha nenhuma influência a priori, e o mesmo acontece para toda banda, até que
com o tempo a banda forme uma identidade. Entretanto, isto é bem diferente de criar uma banda apenas para imitar uma outra, ou para usar a banda para ganhar um status social. Geralmente, as pessoas que usam deste método para ganhar status social, são pessoas com
a auto-estima baixa, que procuram preencher o vazio de sua existência desviando seus problemas atráves de uma suposta arte. Isto não o muda por dentro, apenas o disfarça. O ser humano sempre procura uma forma de fugir, e esta é apenas uma outra ilusão para escapar. Eu sei que existem muitas bandas que não se preocupam em ser original hoje em dia, porém isto não é um problema para pessoas que não se importam em ouvir músicas recicladas. É uma escolha totalmente pessoal, se irá ou não ouvir determinada banda. Não há um certo e um errado, é apenas questão de opinião. 5. Quando foi o seu primeiro
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contato com a música e porque decidiu se tornar um músico? Hoje em dia como é a sua vida como musico? Muitos estudos e dedicação? Vorskaath: Minha mãe ama música, então a música sempre esteve presente em casa, desde quando eu e meu irmão nascemos. Por volta de 1980, nós ainda éramos crianças e fomos introduzidos ao rock e ao heavy metal através de uns primos mais velhos, que estavam totalmente envolvidos com aquele tipo de música, e pela primeira vez, eu começei a ter um interesse em determinadas bandas. Eu me tornei músico porque a música tomou uma grande parte da experiência de minha vida. A música sempre esteve presente nas minhas melhores memórias, e eu encontrei a beleza e o poder da música. Eu toco 7 vezes por semana. Em um nível mais profundo, os benefícios da música (tocar e compor) é algo tão importante, que eu decide seguir a minha carreira desta forma. Estudo percussão para orquestras em um nível universitário, e isto me consome 5 dias da semana, desde a manhã até o anoitecer. Eu pratico 4 horas por dia, e ainda dou aula e ensaio com várias bandas, e nos finais de semana eu pratico com as bandas que eu estou envolvido. Então, trata-se de uma dedicação forte e eu estou muito feliz com o que estou fazendo. 6. Qual o motivo da mudança para a Austrália? Foi algo pessoal ou uma necessidade que a banda sentiu? Houve dificuldades para o Zemial se restabelecer? Vorskaath: Os motivos de nossa mudança não possuem nenhuma relação com a banda, pois o melhor lugar para uma banda ativa é com certeza na Europa, não há o que discutir sobre isto. Meu irmão e eu viemos para cá em busca de algu-
ma coisa nova, principalmente em busca de conhecimento para nossa carreira. Aqui nos estabelecemos financeiramente e estamos nos preparando lentamente para retornar à Europa, para colocar em prática o que aprendemos por aqui. Sim, foi difícil manter o Zemial em um país que não tinha a menor idéia do que o Black Metal é em sua forma mais obscura. A maioria das pessoas aqui estão envolvidas com a cena americana, com toda aquela temática gore. Isto é apenas um fato, mas eu aprendi a trabalhar com isto e a mover as coisas do meu jeito. A maioria de nossos fãs são da Europa, e este é um dos motivos que estamos voltando para lá em 2006. 7. Como foi o contato com a cena Australiana pela primeira vez? Qual a maior diferença entre a cena da Grécia e a da Austrália? Quais bandas e zines australianos te chamaram a atenção? Em termos de shows e amizades? Vorskaath: Foi interessante. Quando eu cheguei aqui, eu conhecia o Sadistik Exekution, Hobb’s Angel of Death e o Armoured Angel. Eu me encontrei com o Lucy do Armoured Angel logo no primeiro ano aqui. Trata-se de um grande camarada. De algum modo Damon e Joe do Bestial Warlust ficaram sabendo que eu estava na Austrália, e mantivemos contato por um tempo. Eles vieram para um show em Adelaide, onde eu moro, e voltei com eles para Melbourne para assistir a um outro show deles, onde eu conheci todo o pessoal da banda. Naquele tempo em Melbourne, o Daniel da Modern Invasion me encontrou e me apresentou o Kriss Hades do Sadistik Exekution, outro grande camarada. Durante o tempo que Keith formou o Destroyer 666 ele veio para Ad-
elaide e passou um tempo comigo e meu irmão, e desde então mantivemos contato. A maior diferença é que o underground aqui está meio distante em termos de idéias, originalidade. Entretanto, pioneiros como o Sadistik Exekution dão uma grande referência para a Austrália em termos de originalidade. Não que a cena grega tenha produzido apenas bandas originais, mas certamente muitas bandas originais saíram da Grécia, e a cena grega é conhecida por ser uma das mais influentes no underground junto com a Norueguesa. mizades...nossa maior amizade tem sido com o Jarro da Apocalyptor Records. Nós nos conhecemos desde 1996 e temos sido grandes amigos durante anos. Este também é um dos motivos dele ser o baixista do Zemial. Ele é um cara confiável e único. Nunca fizemos shows do Zemial na Austrália, e nem iremos faze-los no futuro. Recebemos várias cartas de fãs comentando e pedindo para tocarmos aqui. Eu os agradeço pelo apoio, mas acho que este não é o solo certo para nossa música. Se tocarmos aqui, será apenas antes de irmos para a Europa este ano, caso contrário as possibilidades são bem remotas. 8. No dia 06/07/2004 (E.V.) todos nos perdemos uma grande mente dentro do metal com a morte de Quorthon. Com certeza o Bathory foi uma banda influente para toda a cena black metal, assim como para o Zemial. Em um primeiro momento,
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achei que fosse apenas um boato de internet, depois percebi que era realmente verdade. Como foi esta perda para você e para o Zemial, e como será o futuro da cena black metal sem um de seus maiores ícones? Vorskaath: Eu estava na mesma situação quando eu ouvi isto – eu pensei que fosse apenas uma piada. Depois as notícias intensificaram e eu ainda continuei achando que fosse mentira, até que finalmente foi confirmado. Me senti arrasado com esta enorme perda e ainda me sinto um pouco vazio. Eu estou ouvindo sua música enquanto respondo a esta entrevista. Já era tarde, mas diretamente após sua morte eu decidi escrever um álbum dedicado ao Quorthon pela inspiração que é para mim. Eu digo é, pois mesmo após sua morte ele continua a me inspirar. A faixa título de nosso novo álbum “In Monumentum”, eu escrevi apenas uma hora antes de entrar em estúdio, depois de ter discutido sobre seu legado e do trabalho de dedicar um álbum em sua homenagem. O fato de pensar em seu trabalho é uma inspiração para mim. Eu sugiro que as pessoas ouçam bem Nordland I & II, tratam-se de obras-primas!!! Até mesmo os três primeiros sons de Destroyer of Worlds são verdadeiros hinos do Bathory. Quando o homem, que estabeleceu os padrões para uma cena inteira, mudou de direção, ele acabou criou uma outra cena. O futuro do Black metal.. bem, o Bathory não estava mais dentro do Black metal desde Hammerheart, então todos os seus trabalhos anteriores irão continuar influenciando as bandas de Black metal, assim como a cena relacionada ao Epic/Viking metal. Ele estabeleceu os padrões que disseram às pessoas de onde c o m e ç a r. Foi ele que trouxe estes elementos épicos para sua música
obscura, ele irá continuar sendo lembrado – historicamente – durante eras como o criador do Black metal e do, vamos dizer, Epic Black Metal (por falta de um termo melhor). Claro o Venom trouxe o termo Black metal, mas em essência, eles eram apenas garotos mostrando um lado obscuro. Quorthon foi muitos passos além disto com sua imagem e som. Ele definou os padrões do que é conhecido como Black metal quando gravou Under the Sign of Black Mark. Seu legado ainda vive, e seu nome irá permanecer na história para sempre. 9. A banda já gravou um cover do Bathory (“Armageddon”) para um tributo. Existem planos para futuros tributos ou homenagens ao Quorthon? Conte nos mais sobre o próximo lançamento da banda “In Monumentum”...será um tributo ao Quorthon? Será um tributo de covers ou apenas um álbum dedicado ao Quorthon?
nho, poderia significar a sua expulsão da banda. Então tem os prós e os contras, como em qualquer relacionamento. O Agatus é a banda do Eskarth, eu escrevo todas as músicas para o Zemial, assim como ele escreve para o Agatus. Nós somos pessoas diferentes, escrevemos coisas diferentes, então exceto pela conexão do sangue, eu não vejo similaridades no geral. O Agatus não é o Zemial, e vice-versa. 11. Onde a banda busca inspiração para suas letras e canções? Percebe-se que existe uma grande influência da mitologia suméria sobre o
Vorskaath: Eskarth tem tocado guitarra no Zemial desde que nos mudamos para a Austrália. Tem sido muito útil em termos de confiança, porque somos irmãos e nós nunca iremos deixar o outro cair. Entretanto, por sermos irmãos às vezes existe uma grande tensão em ensaios e gravações por causa de nossas discussões explosivas! Como irmãos nós nos sentimos com mais liberdade para explorar nossos limites, do que com um estranho. É isso que nos mantém firmes, pois podemos discutir aos extremos, mas o nosso sangue nos mantém unidos! Este tipo de situação, onde ocorrem discussões, com um estra-
12. “Pazuzu, Senhor das Febres e Pragas, Anjo Negro dos Quatro Ventos com genitais apodrecendo dos quais uivam dos dentes afiados sobre as cidades atacadas...”. Comente sobre o texto e sobre a visão da banda sobre antigos demônios mitológicos, bem como Pazuzu. Vorskaath: O arquétipo do demônio; um princípio natural que através do qual muitos deuses foram criados. Conhecido como o Senhor de todos os demônios e ao mesmo tempo o protetor contra os demônios (pela existência de amuletos e estatuetas com sua figura). Para mim, Pazuzu serve como inspiração, é isto o que ele significa para mim em um nível estético. 13. Para concluir, nos adiante sobre o próxime trabalho do Zemial “Breath of Pestilence”... e sobre possíveis turnês ou shows.
Vorskaath: Não se trata de um álbum cover e muito menos de um álbum em que tentamos recriar a música do Bathory, a qual apenas Quorthon foi capaz de fazer. “In Monumentum” é inspirado no Bathory (quer as pessoas pensem isso ou não), e é um tributo do Zemial para o Bathory. Uma homenagem oficial do Zemial em memória ao Quorthon. O som continua o mesmo, porém diferente de certa forma em relação aos nossos antigos materiais. 10. Como é o relacionamento no Zemial entre você e seu irmão (Eskarth)? O Fato de serem irmãos ajuda nos ensaios, shows e entendimento sobre a banda? E sobre Eskarth ser o responsável por tudo no Agatus, atrapalha em alguma coisa?
Eu não preciso dizer mais, as pessoas interessadas podem encontrar muitas fontes relacionadas a esta fascinante Era.
Zemial, até mesmo pelo disco “For the Glory of Ur” como em outros sons. Estou certo disso? Comente um pouco sobre o assunto. Vorskaath: Muitas de minhas inspirações vem da filosofia, da investigação da vida, da existência, da história, mitologia, psicologia e a natureza ao meu redor. Mitologia grega, egípcia, romana, babilônica tem muito em comum e são minhas fontes de inspiração, assim como a história e a mitologia nórdica. A mitologia sumeriana tem um conceito lírico na banda desde que eu a formei, e é uma coisa que eu sempre serei devoto. De onde podemos começar a falar da Suméria? Apenas um olhar para o nível de sofistificação, o avanço, as tradições, os mistérios, que as pessoas de hoje em dia poderão aprender muito sobre os seus lugares neste mundo.
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Vorskaath: “Breath of The Pestilence” não irá ver a luz do dia mais. Ele será guardado por alguns anos...A tour com o Black Witchery foi proposta para nós para o final do ano passado, mas nós não pudemos aceitar devido a outros compromissos. Esta turnê no verão na Europa, em 2006, não será com nenhuma banda em particular. Nós estaremos tocando em vários países, em festivais e shows, com várias bandas como o Sodom, Onslaught, Massacre, Napalm Death, Bolt Thrower, Rotting Christ, Darkness, Varathron, Pentacle, e faremos uma pequena turnê pela Grécia com o Naer Mataron. Isto é fantástico para nós, dividir o palco com bandas lendárias e com vários antigos amigos. Obrigado pela boa entrevista Bernardo, e obrigado pelo apoio de todos os nossos fãs por aí. “Forever, Vorskaath”
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da...E um aviso os maníacos, aguardem a versão em LP, pois este disco está matador! Contato: A/C Leon Necromaniac apokalyptic_raids@yahoo.com
Contato: Marcelo Grous – Rua Hermínio José Panserini, nº21 – Padovani – Capivari/SP – CEP: 13360-000 – Brasil queiron@bol.com.br
Apokalyptic Raids – The Third Storm Depois do retorno dos rituais satânicos a banda lança sobre a humanidade a terceira tempestade! Cada vez mais obscuro e pesado, a banda continua sua saga lançando mais um disco de qualidade. Para quem acompanha a banda há tempos, fica claro uma certa mudança em suas composições agregando outros elementos dentro do metal, como uma certa influência do heavy metal, principalmente por parte da NWOBHM e também alguns solos e riffs criando um clima diferente das outras músicas da banda. Os clássicos “Never Forget What You Are” e “Humankind Dies”, que recebeu uma continuação, presentes no primeiro disco da banda, foram regravados, e ficaram muito melhores que as versões originais. A primeira música “I’m a Metal Head” foi muito bem colocada para abrir o CD, tem uma pegada empolgante e com certeza o fará sacudir o pescoço. E após alguns segundos do término do primeiro som, vem o que seria o segundo som da banda, mas na verdade trata-se de um cover escodindo...muito bem colocado e sugestivo. Qual é a banda? Descubra você mesmo! E ainda inovando, a banda apresenta uma canção em português, num estilo totalmente Dorsal Atlântica, com algumas influências punk...E para fechar o disco temos um som totalmente épico com uma atmosfera tenebrosa, “When the World Ends in Fire” é o hino final do armageddon...!!! Lançado pela Dark Sun, com uma ótima produção, assim como de todos trabalhos da ban-
iel Toledo (drums), destilam todo seu ódio, com técnica, velocidade e brutalidade. O melhor é não destacar som algum, ponha o CD para rolar e ouça-o do começo ao fim...Com a line-up estabilizada o 1º CD do Queiron demonstra toda sua criatividade, através de quase 50 minutos de pura blasfêmia. Aos fãs do estilo, um convite para detonar com os pescoços... aos de ouvidos delicados sugiro distância...aos posers cuidado...estamos chegando! Congratulações à banda pelo resultado obtido e a Mutilation Records pelo profissionalismo. Hail Underground Nacional!!!
Blackmass - Gloria Diaboli Por Brucolaques Devastador!!! O que temos aqui é um Black Metal dos mais duros e ríspidos que apareceram ultimamente no Brasil, um verdadeiro massacre a ouvidos pouco acostumados. As músicas são recheadas de riffs insanos, velocidade descomunal e vocais inacreditavelmente demoníacos (que por sinal lembram um pouco os de Emperor Magus Caligula, do Dark Funeral). O conjunto da obra é perfeito, e não seria exagero dizer que é um dos melhores lançamentos de 2005, no Brasil. Em suma, são 9 hinos do mais puro ódio e repúdio à cristandade, impossibilitando se destacar alguma música em especial, pois todas são de igual grandeza. Contato: www.blackmass.com.br Queiron – Templars Beholding Failures Por Karlão Depois de várias demo-tapes, um split-CD com a banda “Mental Horror” e seu merecido debut-CD “Impious Domination”, esses três cavaleiros do apocalipse (nesse caso nem precisa ser quatro), nos presenteiam com mais este trabalho contendo 1 intro e 9 músicas, moldadas no mais puro brutal death metal. Marcelo Grous (Guitars), Tiago (bass) e Dan-
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Clawn - Deathless Beauty of the Silence Originada no ano de 1998 o Clawn hoje é formado por um trio (daqueles que podem ser chamados de power fucking trio), composto por Rodolfo no baixo e vocais, Fábio nas guitarras e vocais, e Melissa, nas baquetas. A banda que já havia lançado inúmeras demos, participado de várias compilações, finalmente teve a oportunidade de se expressar através do seu CD lançado pela Black Hole Productions. A banda faz um death metal tradicional aliado a alguns toques de brutal death metal, feito em algumas linhas de vocais, e os famosos blasts beats na bateria, além de alguma influência de um death metal mais gore, como por exemplo do Disgorge americano, em alguns riffs insanos, porém não tão rápidos e com vocais ultra guturais, grotescos e prolongados, naquele estilo bem podre e porco. Em meio a este caos surge a
essência da música, com muita brutalidade e ódio. As letras são inteligentes e variadas, mesclando temas como a morte, religião, existência e o caos. A produção sonora está excelente, assim como toda a arte gráfica, o que não é novidade nos trabalhos da Black Hole Productions. Músicas como “Religious Sexual Dementia”, “The Essence of Chaos”, “Messages of a Failed Messiah” e “Human Remains” irão mecher com o seu pescoço!!! Contato: Rua Cornélio Pires,363 - Bairro Alto - Botucatu/SP CEP:18600-370
Farscape – Demon’s Massacre Depois de algumas demos bem divulgadas na cena, chega a vez do Farscape detonar com o seu debutCD (também disponível em LP!!!), intitulado de “Demon’s Massacre”. O CD começa com uma introdução do clássico supremo de Stanley Kubrick, “Laranja Mecânica”, e logo em seguida a faixa título do CD começa com toda fúria e violência, de cara já percebe a qualidade da gravação dos sons...com um típico thrash metal a lá Kreator, Destruction, Sacrifice e Slayer. A banda detona sons inétidos como “Unholy Cross”, “Violent Sacrifice”, “Funeral Lust”, “No Remorse to Kill” e a “Carrasco do Metal”...para quem já conhece a banda de shows quase nenhuma novidade, exceto o prazer de poder bater cabeça ouvindo estes sons em casa. Sem contar ainda as clássicas “Doctrine Sickness” e “Hatebreed” (um dos melhores sons da banda!) da sua primeira demo... e “Assassin” que teve sua primeira versão gravada (ao vivo) no split com o Vexed. Alguns sons nos remetem a clássicos dos anos 80 como “Unholy Cross” que mais parece uma
grande homenagem ao Possessed! Para finalizar o massacre, um cover dos canadenses do Sacrifice, da própria música chamada “Sacrifice”. Com este lançamento a banda veio para mostrar do que o verdadeiro thrash metal é feito! Contato: A/C Victor - Rua João Silva, 150/203 – Olaria – Rio de Janeiro / RJ – 21031-410 - poisonhell@hotmail.com Corpus Christii - The Torment Continues Por Zulbert Buery “The Torment Continues” é o novo opus do Corpus Christii, é uma viagem através da deterioração, miséria e uma discordância claustrofobica e selvagem dos pensamentos. Digamos que uma continuação do álbum anterior “Tormented Belief” mas com uma mudança óbvia (é claro), muito mais variado e sujo com o feeling de como se tivesse sido gravado no inicio dos anos 90 (perfeito), um verdadeiro clássico. O som das guitarras, e dos instrumentos em geral, está realmente soando de uma maneira blasfemadora e doentia numa profana sinfonia. O álbum foi gravado em agosto de 2004, a capa desenvolvida por Necromorbus mesmo. Achei muito boa a idéia e arte da capa por mais simples que pareça, acredito que seja como deve ser mesmo o Black Metal dessa forma mais luciferina e como doutrina de satanás!!! Regie Satanae!!! O álbum foi gravado em agosto 2004, capa desenvolvida pelo próprio Necromorbus, liberado após a supervisão do Band-lead Horrendus. A gravação ficou boa e de acordo com a proposta da banda com bons trabalhos nos vocais, entre outros arranjos onde bateria, baixo e guitarra regem a atmosfera da deterioração. “The Torment Continues” é o segundo álbum de uma trilogia, sobre a terceira parte nada ainda foi revelado. Não esperado a ser uma volta ao auge da cena Black Metal, mas de ser mais uma contribuição a o que se encontra de verdadeiro na cena Satanic Black Metal. Sinta-se destruído para começar a destruir... Por ELE. Contato: Undercover Records www.undercover-records.de
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Folklord – Resistance Finalmente em CD a arte destes paulistas que já estão na batalha há um bom tempo e já lançaram duas demo-tapes. A música do Folklord é complexa, forte, coesa e cruel, verdadeiros hinos bárbaros são entoados neste CD, o qual apresenta um black metal com fortes influências do heavy e até mesmo do doom! Totalmente original e criativo. Esta saga começa com “The Secret of Steel pt.I” e o desfecho deste CD fica por conta da segunda parte desta música...a primeira parte começa num ritmo desenfreado e enfurecido, com uma pegada rápida e vocais fortes e presentes, mas logo entra em uma parte mais cadenciada, como uma marcha, e entra um belo arranjo com vários dedilhados do violão preenchendo a música com um clima de batalha. Para quem já assistiu “Conan O Bárbaro” a identificação será imediata, pois a letra deste som (e a parte II) retrata a história do filme! Seguindo temos “Sons of War”, um som antigo da banda, gravado na demo “Raise the Opus”, que obviamente está totalmente diferente, mais brutal, mais agressivo e mais trabalhado. Este som nos mostra toda a técnica da banda em palhetadas rápidas e concisas, uma bateria avassaladora, um baixo forte, grave e sempre presente e até mesmo passagens com o uso de flauta e violão. A próxima música, “Os Doentes”, serve de fundo para um poema escrito por Augusto dos Anjos, profundo e forte, o poema consegue expor todo o sofrimento de povos pagãos que foram esmagados pelo cristianismo. Temos ainda “A Warrior and His Battle”, “Pagan Ritual” e “Resistência Pagana” que conta com uma passagem cantada em espanhol, e uma das melhores composições da banda, “The Cursed Egyptian Saga”. Arte gráfica, perfeita, com letras, fotos e slipcase! Obra prima do metal nacional! Contato: R. Marechal Deodoro da Fonseca, 101 – Jundiaí/SP – CEP: 13201-002 – folklord@hotmail.com
Gholgoth – Somnus Mortis Imago
Luxúria de Lilith - A Volúpia Infernal Desde de 1999 espalhando obscuras blasfêmias através de suas demos e compilações, desta vez o Luxúria de Lilith surge em meio à noite para lancar seu debut-CD via Zenor Recordz. “A Volúpia Infernal” como foi batizado o trabalho vem com 11 hinos noturnos que vem sendo trabalhados desde 2002 por Drakkar, compositor e músico, quando a canção “O Sarau dos Vampiros” saiu em uma coletânea. Obscuras e lascivas invocações são proclamadas e eis que o majestoso som do Luxúria de Lilith começa com “Desejos Infames”, uma faixa que começa direta e sem frescuras, caindo em uma passagem mais cadenciada com um clima bem místico. O som é um black metal bem original e trabalhado, com algumas influências de Satyricon e até mesmo em certos momentos, de bandas como o Miasthenia. Com um sombrio e longínquo teclado temos o início de uma das melhores canções do CD, “Da Morte para todo Fim”...presente nesta música o uso de vocais femininos nos refrões, que por sinal ficaram muito bem encaixados e elaborados, sem se tornar repetitivo e abusivo. Com suas letras voltadas ao ocultismo e luxúria em forma de blasfêmias contra o reino divino temos outra faixa marcante no disco, “Delírios de uma Orgia Noturna”, que deixará sua mente extasiada e gritando no seu interior: “Orgias!!!”. Com uma passagem por uma faixa instrumental “Sombras”, o CD conta com vários hinos profundos e marcantes como a faixa “Luxúria de Lilith” e termina na mais antiga composição deste album, “O Sarau dos Vampiros”, com uma qualidade inferior as demais pelo fato da gravação ser de 2002. O CD vem com todas letras e um encarte muito bem elaborado...Sem dúvida um dos melhores lançamentos nacionais! Contato: info@zenorrecordz.com
Nunca tinha ouvido falar em nada da cena da Hungria, quando recebi este CD da Ordealis Records, realmente fiquei espantando por ser uma banda húngara. Totalmente surpreendente e original, o som da banda e um death metal, por sua incrível velocidade, sem deixar de lado o sentimento obscuro que hora nos remete ao black metal e também a agressividade do thrash. Os vocais são únicos e maléficos, e certas passagens nos remetem ao famoso Átilla do Mayhem com uma influência death metal. O som apesar de original me remete ao Behemoth na época do “Satânica”. Algumas músicas possuem nitidamente uma pegada thrash metal como “Goath” e “The Scythe is Only and Omen”...outras com um feeling mais obscuro como “Campana Funebris”. Enfim, ótimo lançamento da Ordealis, realmente uma surpresa esta banda húngara... que realmente me fez acreditar que o metal está em todas as partes e em todos os sangues. Contato: Ordealis Records - 18 rue Stanislas Torrents - 13006 Marseille - France - ordealis@hotmail.com
Vultos Vociferos – Ao Eterno Abismo Depois da bem sucedida demo “Obscuro Domínio” lançada em 2002, o Vultos Vociferos nos brinda com este excelente debut-CD, lançado pela Genocide Productions. Impuro e blasfêmico black metal, sem frescuras ou enrolações, guitarras presentes com riffs rápidos, sombrios e agressivos, uma bateria avassaladora e um vocal totalmente doentio e perverso. Algumas músicas são diretas, impiedosas e bru-
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tais, como a primeira, logo após a intro, “Impuro e Infernal” e também a última “Caminhando sobre a Dor”, a qual despeja sobre toda a humanidade a fúria e o desprezo eterno. Outras músicas apresentam uma certa cadência e algumas pegadas diferentes e impolgantes, mostrando algumas influências da velha escola, principalmente nas músicas “Evoca Mortis” e “Crucifixo das Almas”. Em “Soturnos” temos um clima frio e cortante, como os próprios riffs e gritos da música, sendo um dos destaques do disco em minha opinião. Todas as músicas são cantadas em português, e as letras estão contidas no encarte do CD, que por sinal ficou muito bem elaborado. Contato: vultosvociferos@yahoo.com.br Osculum Obscenum – Body Hurting Art Este som dispensa introduções e apresentações, serei tão direto quanto o próprio som. Black metal sujo, cru, tosco e desgraçento, com algumas pitadas grind na bateria, seria algo entre Sarcófago e Impaled Nazarene. A guitarra é um zunido do início ao fim, algumas composições simples, porém totalmente impolgantes e expressivas. A temática? Pornografia, sadomasoquismo e satanismo!!! Alguns sons como “Jesus Gay”, “Hail the Lesbians” e “Shibary” expressam este lado perveso, S&M e sexista da banda, outros como “The Praise (oh Satanas)”, que se não me engano é da época do Caibalion ainda, e “Szandor (Into my Heart and My Vein)” demonstram a ligação da banda com o satanismo. As melhores em minha opinião são “Enraptured By War” e “Orgasmaniac”, com vocais totalmente insanos e um refrão matador que vai ficar na sua cabeça gritando de dor...”Orgas maaaaaniac!!!”. Nunca tive o prazer de assistir a uma apresentação da banda, mas pelos comentários, isto não é nada perto do que a banda pode fazer ao vivo...A produção é perfeita, lançamento nacional da Lofty Storm Records, um Digipack de ótima qualidade, com letras e algumas fotos no estilo S&M!!! Contatos: masomaniac@hotmail.com
portada possui uma excelente arte gráfica, com fotos sangrentas, letras e tudo mais. Os açougueiros estão de volta!!! Contato: Rua Aquidaban 296 - Joinville SC Brazil – CEP: 89201-760 flesh@expresso.com.br
Flesh Grinder – Coroner’s Inquest Suit Depois de um bom tempo após o lançamento de “Libido Corporis” os açougueiros atacam novamente com mais este petardo do gore/grind. O CD foi lançado pela Goregiastic Records e em breve também estará disponível via Mutilation Records no Brasil. Com 18 músicas turbulentas e fétidas o play começa em grande estilo com “Cold Gangrene”, e aí já podemos ter noção de toda a podreira que vem pela frente...as guitarras estão cada vez mais sujas, ao mesmo tempo que estão muito bem produzidas, pois do barulho vem aquela náusea sinistra de ouvir o Flesh Grinder. Algumas músicas como “Hemorrágica” e na música “Flesh Grinder” temos riffs típicos do death metal, que caíram muito bem à sonoridade do F. Grinder agregando mais peso e agressividade ao som... sem contar os solos que estão cada vez melhores como em “C.C.C.T. (Close Cranio Cerebral Trauma)” e “T.B.N.C.I.H. – Necroconsume”. A bateria como sempre, ultra veloz e bem elaborada fazendo o melhor no estilo com vários “blast beats”, e um baixo altamente distorcido, como nunca tinha visto antes, fazendo da música uma trilha sonora para autópsias. Outras músicas servem como fundo para falas e trechos de filmes gore como “Cadaveric Saponification” e “Act I: Shi”, que nos revela a influência de filmes asiáticos na deturpada mente destes açougueiros. Temos ainda uma grande homenagem aos mestres do Pungent Stench com um cover de “Blood, Pus and Gastric Juice” no melhor estilo da banda, reproduzindo fielmente a música...e agregando o sentimento insano do Flesh Grinder ao som. Terminamos o play com “Act IV: Terror Brazilis”, uma mais do que merecida homenagem ao mestre do horror nacional, Zé do Caixão. A versão im-
Averse Sefira - Tetragrammatical Astygmata Por Brucolaques
Expose Your Hate – Hatecult Esse CD é um tiro nos ouvidos, uma pedrada do início ao fim, sangue e violência para todos os lados. Trata-se do debut-CD do Expose Your Hate, de Natal/RN, e conta com 17 músicas do mais puro grindcore, numa linha agressiva e pesada como o Napalm Death, na época do “Utopia Banished” misturado com Terrorizer. Podemos dizer que o som ainda tem algumas pitadas de death metal, em algumas passagens rápidas e insanas, e principalmente algumas levadas mais brutais na bateria. Tudo está perfeitamente muito bem produzido, as duas linhas de vocais, a guitarra, o baixo e a bateria, tudo na mais perfeita (des)harmonia...Os sons são curtos e no geral não passam de 3 minutos, porém são bem elaborados e estruturados. As letras retratam experiências pessoais e críticas à sociedade moderna, ao ser humano, e alguns temas como a guerra e violência são abordados. Lançado pela Black Hole Productions, e como sempre, em todos os seus lançamentos, uma produção de altíssimo nível em termos de arte gráfica! Compre este play e liberte seu ódio!!! Contato: A/C Cláudio Slayer Av. Sen. Salgado Filho, 4404 - Pq. Das Pedras - Bloco N, Ap.201. Neópolis - Natal/RN – CEP: 59064-000 www.exposeyourhate.com.br
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O Averse Sefira é uma banda que há muito tempo vem se destacando no cenário Black Metal mundial, e com o lançamento deste seu terceiro álbum, isso fica mais evidente. Este Satânico trio, composto por Sanguine Mapsama (vocal e guitarra), Wrath Sathariel Diabolus (baixo) e The Carcass (bateria) está ainda mais extremo e coeso neste “Tetragrammatical Astygmata”, apostando em composições diretas, riffs certeiros e uma bateria avassaladora. Um típico álbum que empolga do começo ao fim, sem a necessidade de pular uma música sequer. “Tetragrammatical Astygmata” também apresenta, assim como seus álbuns anteriores, uma bela arte gráfica, fator muito marcante da banda e de sua gravadora, a Evil Horde Records. Um verdadeiro holocausto sonoro vindo desta mais respeitada e conhecida banda de Black Metal dos EUA. Contato: Averse Sefira - P. O. Box 2021 - Cedar Park, Tx - 78630-2021 - USA Gnostic - Evoking The Demon Depois do LP “Bloodwars of Heretic Supremacy” lançado, também, pela Ordealis Records, chega a vez do debut-CD do Gnostic. O CD conta com 11 faixas de puro caos, e ainda vem com um bônus no CD-Rom de mais de meia hora de vídeo da banda profanando ao vivo em duas pequenas apresentações ao vivo nos Estados Unidos. A qualidade do vídeo é totalmente podre e suja, em preto e branco, o que torna o clima ainda mais profano. O som da banda trata-se de um black/death metal
bem sujo e tosco, rápido e brutal ao mesmo tempo...As músicas são anunciadas com berros desgraçentos a lá Profanatica no seus tempos aúreos...a faixa título, “Evoking the Demon” possui um clima mórbido e fudido em seus riffs e uma pegada cru e empolgante. Totalmente profano e recomendado!!!
dealis Records - www.ordealis.com
Contato: Ordealis Records - 18 rue Stanislas Torrents - 13006 Marseille - France
Lymphatic Phlegm && XXX Maniak - Split CD
Perditor - In Signo Suo Este já o terceiro CD lançado pela gravadora francesa Ordealis Rec. e desta vez um ataque brutal com PERDITOR “In Signo Suo”. Contendo 5 músicas num total de 24 minutos de pura destruição e blasfêmia esta banda apresenta um brutal black metal devastador com características de thrash/death/heavy, tudo muito bem orquestrado e composto sem deixar que vire uma mistura sem sentido. Com um berro sinistro e diabólico começa o primeiro som “Hellstorm” e segue um black metal com vocais ultra furiosos e uma bateria incrivelmente rápida e devastadora, a música apresenta umas partes mais cadenciadas criando um clima único cheio de sentimento. “Chaotic Demonic Raging Madness” é a mais insana das composições, curta e grossa, vai direto como um soco no ouvido!!! “Forthcoming Millenium” e “Nekromantik” mostram o lado mais criativo da banda e sua capacidade de musical...o álbum é perfeito, pena na verdade ser um Mini-CD com apenas 5 músicas.
A Black Hole Productions ataca novamente com mais um petardo dos maníacos do Lymphatic Phlegm num split CD com os americanos XXX Maniak. O CD saiu numa versão luxuosa digipack e contém 37 músicas, com 26 do XXX Maniak, em sua maioria músicas com menos de 1 minuto e introduções com falas de filmes pornôs...e o Lymphatic Phlegm com 10 sons e um cover do General Surgery. O XXX Maniak destila um goregrind bem rápido, insano e esquizofrênico, com riffs de guitarra meio core as vezes e uma bateria, rápida ao extremo, já que é programada... lembrando bandas como Fuck I´m Dead as vezes, com um diferencial nos vocais, que são um pouco diferente. O Lymphatic Phlegm cada vez mais evoluído técnicamente e musicalmente, com sons mais elaborados e brutais...com uma equalização e um bom efeito nas guitarras e no vocal, faz um goregrind bem sujo e grotesco, apresentando temas relacionados à medicina e a patologia. Ainda temos um cover do General Surgery da música “Slithering Maceration Of Ulcerous Facial Tissue”... e para finalizar o CD, terminamos com uma música da trilha sonora do clássico Nekromantik!!! Contato: www.blackholemag.com/bhp
Contato: perditor@ hotmail.com - Or-
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Funeratus - Echoes in Eternity “Echoes in Eternity” é o tão aguardado novo álbum do Funeratus, que há anos vem espalhando o terror do death metal pelo Brasil e mundo afora. Desta vez o trabalho está impecável, a produção do CD está perfeita, tanto pelo lado da gravação tanto quanto a arte gráfica. O som é uma evolução do álbum anterior, o “Storm of Vengeance”, com muito mais feeling e uma pegada mais forte na bateria, gravada pelo Gustavo Reis, que até agora vem mostrando porque assumiu o cargo na banda com muita competência. Começamos com “Oppression From the Past” num ritmo furioso e rápido mostrando a fúria da banda e que o trio está muito mais conciso, com riffs rápidos e nervosos na guitarra, com o baixo colado na bateria e mais evidente e também com uma sonoridade mais agressiva e suja. Algumas passagens podemos ver algumas influências do velho e bom thrash metal, principalmente em alguns riffs da guitarra. Depois temos “Three Demons” e “A Frozen Body” que são duas faixas matadoras!!! A bateria não é simplesmente metranca o tempo todo, temos vários arranjos de acordo com a melodia do som, criando uma atmosfera fudida e mostrando a criatividade da banda. Entre outros sons temos “Thunder Warriors” com um belo solo de guitarra e uma levada no baixo, e “Echoes in Eternity”, que parece fazer jus ao nome, pois começa com alguns riffs na guitarra em um ritmo mais lento como se fossem ecos soando pela eternidade. Longa vida ao Death Metal nacional!!! Contato: Rua Antônio Uliam, 143 Jardim Central Prícoli - Mococa - SP - CEP 13730-000 Vargsang - Throne Of The Forgotten Por Zulbert Buery Após ter lançado uma obra do raw e misantrópico Black Metal alemão “The Call of The Nightwolves”, e o Split 7’ep “In Darkness They Will Bleed” com o Armaged-
don, agora o Vargsang (“one-manband”) nos apresenta esta negra arte intitulada “Throne Of The Forgotten” com sonoridade odiosa e crua, cheia de riffs e letras com puro de ódio tristeza e morte. Negra a atmosfera dos riffs que podem expressar muita coisa para quem pode entender/absolver. “Throne Of The Forgotten” foi gravado, mixado e masterizado num quarto de ensaios durante agosto de 2004 e abril de 2005. Vargsang foi quem gravou todos os instrumentos e vocais. Mais de 45 minutos de raw Black Metal!!! A versão em vinil é limitada em 500 cópias e contém um bônus–track! O layout foi feito por Smity, com uma negra floresta na capa, tudo totalmente em preto e branco em mais este obscuro trabalho! Som para cortar suas veias! Repugnado pelo desenvolvimento da assim chamada cena. Sem contatos! Sem entrevistas!
fez de decepcionado, muito pelo contrário! As faixas são: “Slave Morality”, “Become Eternal”, “Master Morality” & “Of Serpents And Swords”. A versão resenhada é do formato Mini-CD, mas existe a versão em vinil (vinil branco e também transparente) com um bônus cover, uma versão de “Sphinx” da antiga banda alemã de Black Metal Poison, música da sua 4ª demo “Into the Abyss”! Todos os formatos numerados a mão! Com uma bela arte de capa, feita por um dos mais fudido famoso artista da cena Death Black metal mundial Chris “Thorncross” Moyen (Blasphemy, Beherit, Incantation, Mortician, Incrust etc.). Muito Foda!!!!
As músicas deste CD foram retiradas de demos, e outros materiais lançados pela banda, como coletâneas. Para os goremaníacos carniceiros, a temática parece ser toda dedicada a um belo churrasco com muita carne. A capa do CD foi feita por um dos mestres do grindgore, o famoso Stevo do lendário Impetigo.
Contato: Undercover Records www.undercover-records.de
Excelente trabalho desta magnífica banda alemã. Headcult já é o seu 4º álbum e o 1º lançado pela Undercover Records. A banda foi formada em 1992 com o nome de Mayhemic Truth que veio a ser uma verdadeira cult-band em seus anos de existência. Ainda nos anos 90 a banda resolveu realizar mudança de nome, mas consistindo com os mesmos membros. Depois de problemas com selos anteriores com seus trabalhos anteriores. “Headcult” foi gravado no estúdio Halls of Mannanan, entre março e abril. Neste trabalho o Morrigan apresenta um Black Metal com um uma atmosfera viking e celta na veia do Bathory (Hammeheart/Twilight of the Gods era), com um vocal de Black Metal tradicional variando com vocais mais vikings, podemos sentir no som, e conferir que é puro Black Metal executado de uma certa forma até mesmo fria, mas com um certo poder. Com uma introdução que traz sons de uma bela batalha medieval e uma produção gráfica muito bem feita e trabalhada, desde a arte da capa a produção do silk e seus detalhes em geral e fotografias. Particularmente achei este registro uma excelente trabalho que acredito que resgata antigos sentimentos metálicos (sem Retrômetal), talvez esquecidos por alguns. Delírio de 60 minutos de pura loucura pagã e Black Metal! Morrigan Fight Over Celtic Lands!
Contato: Undercover Records www.undercover-records.de
Lincoln Love Log - Illnoise 2-Piece BBQ
Zarathustra - Contempt Por Zulbert Buery Passando um pouco mais de 20 minutos do puro e tradicional Black Metal, porém com um certo toque de Death Metal. “Contempt” irá transferir você para sua profunda e obscura atmosfera! “Contempt” foi gravado na Suécia nos profanos vãos do Necromorbus Studio (Por onde já gravaram bandas como: Watain, Funeral Mist, Corpus Christii) no inicio de março de 2005. Trabalho muito bom e com estilo, negras sinfonias sendo bem executadas nesta obra desta grande horda alemã; Zarathustra!!! Muito, muito bom este, e particularmente como sou um grande apreciador do estilo e da banda diretamente não me
Como sempre a Black Hole Productions continua trazendo para nós o melhor e mais podre do grind/gore mundial, bandas diferentes insanas e originais como o S.M.E.S., Lymphatic Phlegm, Carve, Fuck the Facts...desta vez a BHP nos apresenta o Lincoln Love Log, uma banda completamente insana formada por dois camaradas ainda mais esquisitos, G-Mel e Tom-T, oriunda do estado de Illinois dos Estados Unidos. O som é uma doidera estranha, com alguns recursos experimentais (como trechos de filmes durante a música e falas estranhas), guitarras bem sujas, vocais rasgados, vocais imundos iguais a um porco, e bem distorcidos. Não podemos classificar a banda em nenhum estilo, o som é bem versátil e diferente, com uns riffs heavy, outros grind e com uma influência core.
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Contato: LLL - P.O. Box 1247 - Freeport, IL 61032 - USA Morrigan - Headcult Por Zulbert Buery
Contato: Undercover Records www.undercover-records.de
Catacumba – Birkat ha minim – A Benção dos Hereges
Bellicus Daemoniacus - Proclamadores do Reinado de Satã Eis que surge mais uma horda carioca a qual nos oferece este opus com quatro hinos de proclamação do mal, totalizando 16 minutos de ódio. As músicas são blasfemadas em português, e podemos acompanhar certas partes da letra apesar do vocal rasgado e profano, como na primeira música “Tortura na Casa de Jeová”, entende-se claramente certas partes do vocal. O som é um black metal cru e violento, sem frescuras, com uma guitarra suja e desgraçada, a bateria sempre veloz e o baixo também presente e mais evidente em algumas partes mais marcadas...este primeiro som é um esporro do início até o fim, terminando num ritmo ainda mais rápido. Temos ainda “Supremo Domínio Diabólico” e a faixa título, talvez a melhor da demo, entra num ritmo mais lento com acompanhamentos da bateria e aos poucos vai crescendo até que gritos de guerra são entoados e a desgraça cai sobre a terra novamente, e segue até uma passagem mais sombria e sinistra levada pelo baixo e pela bateria...realmente profano! Podemos citar como referência algo entre Darkthrone, Gorgoroth e Rotting Christ (antigo) pelas passagens mais cadenciadas. Fechamos esta magnífica demo com “Na Era da Escuridão”, no mesmo esquema das demais faixas citadas...Excelente demo, com boa qualidade e um futuro promissor! Contato: noctifero@uol.com.br
Vindo das obscuras terras do Espírito Santo o Catacumba, formado em 2003, acaba de lançar sua primeira demo, intitulada de “A Benção dos Hereges”. Composta por quatro sons num total de 20 minutos de pura desgraça a banda apresenta um black/ death metal bem profano e com uma levada bem original. A demo começa com “Summoning of the Evil Spirits” e já traz um clima denso e profano nos riffs de guitarra e um esporro total na bateria...os vocais são malditos e desgraçados, excelentes, com vários berros infames. Seguindo temos “Sphere of Silence”, o som tem uma pegada forte e impolgante com passagens mais cadenciadas capaz de sacudir o seu pescoço involuntariamente e outras mais brutais com levadas no pedal duplo pelo batera. “Ceremony to Nihility” é a mais fudida da demo, começa com um baixo grosseiro e depois continua numa levada insana na bateria...e para fechar a demo temos “Impure Hate”. Ótima produção com letras no encarte e boa qualidade sonora, disponível na Tecido Adiposo Distro, gerenciada pelo vocalista da banda Gordoroth Vomit Noise. Contato: gordorothvomitnoise@ hotmail.com Ars Notoria - Of Lunar Testimony Esta é a segunda demo do Ars Notoria lançado em formato de CDdemo através da profana Mountain Distro Productions. A horda Ars Notoria, oriunda de Curitiba/PR, é um projeto do Draghignazzo, guitarrista e vocalista, também da horda Blooddawn, ao lado dos guerreiros Archduke Ikraph VIII, nas guitarras,
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vocais e sintetizadores, e do Egnaloguh 1003666, baixista da mesma. O cd começa com uma faixa furiosa, rápida, gélida e brutal, com vocais brutais e blasfemos, e com uma passagem de vocal limpo no final da música...depois deste som passamos por uma curta música instrumental no teclado, que nos prepara para o massacre na próxima música “Blisna Gortiis”. Posso dizer que o som beira ao extremismo insano do Mysticum, aliado a velocidade e fúria do Dark Funeral, com alguns elementos diferentes como alguns vocais limpos e guturais, além dos tradicionais vocais rasgados, e mais teclados em um clima muito, mas muito sombrio! Matador! Vale ressaltar que a bateria é eletrônica, ou melhor, programada, por isso em alguns momentos o som é tão rápido e extremo! Excelente lançamento nacional, com ótima qualidade de gravação e uma capa em couchê colorida. Disponível na Mountain Distro/Productions. Corra atrás da sua cópia! Contato: A/C Draghignazzo - Rua Claudio Chatagnier 550/Ap.32/ Bl.01 - Bacacheri - Curitiba/PR - CEP: 82520-590 Mesemon Ecrof - Useless Way of the Cross Depois da demo-tape “Disgrace of War” o Mesemon Ecrof ataca novamente com mais um petardo do death metal. “Useless Way of the Cross” é o mais novo CD-demo da banda contendo 4 sons. Quem acompanhou a banda nestes tempos perceberá nitidamente uma tremenda evolução musical e melhoria dos sons, tanto tecnicamente quanto na qualidade da gravação, os sons estão cada vez mais brutais, grotescos e trabalhados. Desta vez a demo está impecável, a bateria esporrenta e agressiva com ótimas viradas, com vocais intercalados entre os berros guturais e alguns vocais insanos mais rasgados...a melhor e mais impolgante é a faixa título da demo, “Useless Way of the Cross” com uma pegada marcante e fudida no início da música. A última música “Flagellating” vem num clima totalmente denso com um trampo fudido de guitarra e de batera...e quando entra o baixo, segue-se a música totalmente brutal com algumas passagens mais cadenciadas para balançar a cabeça.
Desta vez até a arte gráfica está caprichada e com uma ótima qualidade, e um novo logotipo. Ótimo trampo destes gaúchos, pena ser tão curto... Longa vida ao death metal!!! Contato: A/C Michel Saes – Rua 14 de Dezembro, 212 – CEP: 87160000 – Mandaguaçu – PR
Sodamned – On The Gallows Quando recebi este CD-demo fiquei impressionado pela produção gráfica do mesmo, com um poema do Alberto Caeiro (Fernando Pessoa) impresso na mídia do CD e tudo mais. Não iria me espantar então se o som também fosse de altíssima qualidade e profissionalismo. A demo possui 4 sons e começa com “Hanged”, que fala sobre um ser sufocado e amarrado por uma corda à beira da morte, a música expressa todo este sofrimento. Então temos ainda “So Damned”, de onde parece ter vindo o nome da banda, “Tão maldito”, “Tão condenado”...este som apresenta uma linha melódica bem trabalhada na guitarra e vocais mais fortes e presentes, com alguns gritos mais guturais e alguns rasgados demonstrando o sofrimento e angústia que o som tenta expressar. Para finalizar temos “Dreams and Tears” e “Graveyard of Secrets”...que seguem a mesma linha descrita acima, em geral o som é muito bem elaborado e criativo, algumas passagens lembram um pouco o Rotting Christ (antes da decadência da banda) aliado a uma boa pegada thrash metal. Destaque para a arte gráfica, que além de bem elaborada, traz as letras tanto em inglês quanto em português, nobre atitude! Contato: gilson@sodamned.com www.sodamned.com
Sadistic Gore – Buried Alive Eis que de um estupro pervertido de uma mera vagabunda surge do pungente odor de seu cadáver o death metal do Sadistic Gore. Este é o primeiro material e aparição da banda na cena underground, e conta com 3 sons de um death metal nervoso e violento! A primeira música é um verdadeiro estupro sonoro, com uma bateria avassaladora, vocais ultra guturais e insanos e uma guitarra suja e grosseira maçagando seus tímpanos, este sem dúvida é o melhor som batizado de “Sadistic Perversion”....seguindo temos “Denier of the Hypocrisy” que segue uma linha diferente da primeira música, porém não deixa a desejar, com uma composição mais complexa e vocais matadores. O último som que leva o título da demo possui uma letra totalmente insana e louca, parece apenas que a equalização da mesma ficou um pouco prejudicada, mas de qualquer forma, faz qualquer deathbanger sacudir o pescoço!!! Death metal extremo, com influências de Immolation, Behemoth e outras, sem perder a originalidade de suas composições. Pena ter apenas 12 minutos de som, mas sem dúvida vale a pena. Arte gráfica em couchê colorido. Contato: www.geocities.com/sadistic_gore
Sanctifier - The Rebirth of Ancient Ones Este CD-Demo não é nenhum lançamento inédito, e sim a junção de duas demos antigas do Sanctifier “Ad Perpetuam Rei Memoriam” de 1993 com 3 sons, da época que a banda ainda tinha o nome de Hellspawn, e “Hymns of Hipocrisy” de 1995 com 2 sons. Começamos pelo som “The Cycle of the Entity”, direto e simples com uma melodia fudida que vai ficar na sua cabeça sacudindo até que balance seu pescoço... o som é um death metal típico e tradicional dos anos 80, início dos anos 90, alguma coisa entre Morbid Angel “Altars of Madness” e Immolation . O próximo som “Unholy Ancient Masters” é um pouco mais cadenciado, com algumas passagens mais alucinantes com vários trampos na guitarra e levadas na cozinha entre o baixo e bateria. A última desta demo, “Arkon Ton Daimonion” é a mais devastadora e profana, com algumas passagens mais lentas com aquele teclado sinistro e sombrio completando o clima. O próximo som é da demo tape de 1995 e, engraçado, possui a qualidade um pouco pior do que a demo mais antiga, mas traz um som mais lapidado. Esta demo possui a faixa título “Hymns of Hipocrisy” e uma nova gravação do som “The Cycle of the Entity”. Unholy Death Metal!!! Contato: sanctifier@digi.com.br
Necrowar - CD Demo Lançado pela Mountain Distro Prod. este CD-demo é o primeiro material lançado pelo Necrowar, banda oriunda de Itaboraí/RJ. Contendo 8 hinos a banda apresenta uma temática relacionada à guerra com músicas como “The Return of War” e “Reality of Apocalipse”...em um death metal tradicional com algumas influências de black metal. Algumas músicas carregam em si um clima denso e frio, desolador como um campo de batalha coberto de cadáveres...como na música instrumental “Dream of Peace”. A qualidade da gravação está boa e o material vem em uma capa couchê muito bem trabalhada e elaborada. Sem dúvida mais um grande lançamento nacional! Contato: A/C Gilliardy Souza Rua José Serafim Custódio, nº100 - Jardim Imperial - Itaboraí/RJ CEP:24800-000
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Uraeus – Live 666 Produzindo e apoiando a cena nacional há anos a Mountain Distro desta vez resolveu lançar um material ao vivo da horda Uraeus. Esta celebração foi grava em Agosto de 2003 em Goiânia no evento “II Guerreiros do Metal Negro”. Esta demo, também disponível em CD-demo, contém 8 faixas, composições da primeira demo “O Despertar da Ira Serpential” e algumas composições no-
vas como “Sangue & Fogo na Terra”, “Supremo Lúcifer-Rá” que estão presentes na nova demo da banda, batizada de “Profanas Jornadas Para Aurora Negra”. A qualidade da gravação é boa, um pouco baixa, mas audível. Só deveria ter sido cortado alguns chiados e zunidos entre as músicas e pausas do show...mas isto também deixa claro a participação do público no show, fudido! O último som é um cover do Venom de “In League With Satan” com participação de Cavalo Bathory (ex-Mausoleum) nos vocais. O trabalho tem uma boa e bela capa em papel couchê. Salve as hordas Sul-americanas!
apresenta uma proposta lírica voltada para o genocídio anticristão, proclamando o caos e a destruição mundana em músicas como “The Final Solution”, “World Cremation” e “Eradicator”. Este é apenas o começo, quem aprecia o estilo aguarde pelo lançamento de “Under the Aegis of Damnation” que irá sair pela Apocalyptor Records. Contato: denouncementpyre@hotmail.com - www.denouncementpyre. com
Contato: A/C Rodrigo-Doom-Rá - 12 Avenida LT.30 Qd. 31 - Setor Leste Universitário - Goiânia/GO CEP: 74603-065
Grave Desecrator – Cult of Warfare and Darkness
Denouncement Pyre Barbaric Vengeance Esta demo foi lançada pela Goatowarex Records, porém esta versão Sulamericana da mesma foi lançada e está sendo distribuída pelo selo Tormented By the Undead. O Denouncement Pyre foi formado em 2003 sob o nome de Eradicator, depois alterado para Denouncement Pyre. O lado A contém um show gravado ao vivo em 2005 em Melbourne na Austrália, enquanto o lado B apresenta a demo gravada pela banda em 2004 intitulada “The Storm to End All Wars”. Atualmente a formação é composta por Decaylust (guitarra e vocal), J. Eradicator (guitarra), Blaspherion (baixo) e Chris Volcano (bateria) que também já tocou no Abominator e no Urgrund. A banda executa um black/death metal de primeira, tradicional na linha de bandas predecessoras australianas como o Destroyer 666, Abominator, Gospel of The Horns, mesclando ao black metal elementos do death metal e também do thrash metal, deixando a música rica e agressiva. A banda
Este tape é um relançamento do 7”EP, também intitulado Cult of Warfare and Darkness, originalmente lançado pela Ketzer Records. O material contém os sons do compacto, “Faces of Apocalyptic Battle” e “Holocaust (Hell’s Dawn)”, e mais dois bônus retirados de alguns ensaios da banda, “War Consecrated” e novamente a “Holocaust”. O som trata-se de um black metal em sua mais pura essência com uma pitada do metal old school nacional, profano, odioso, uma guitarra suja e furiosa, vocais desgraçados, e uma bateria bem trabalhada nos acompanhamentos, algumas pegadas me remetem a Mutilator, Holocausto e o “Bloody Vengeance” do Vulcano . “War Consacrated” é uma composição mais antiga da primeira demo da banda, um som rápido, ríspido, com uma certa cadência também, algo tipo Darkthrone, com uma batida socada, e um clima mórbido e frio nas distorções da guitarra. Excelente material, o tape tem capa couchê, ótima produção com direito às letras das músicas! Lançamento da Hellspike Records. Contato: A/C Valak – C.P. 20024 – Rio de Janeiro – RJ – CEP: 21070-970
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Ausbomben – World War Two Em meio a este cotidiano brutal é lançada a demo-tape “World War Two” contendo 5 sons de muita fúria com a proposta de aniquilar e destruir seu tímpanos! A banda é uma espécie de projeto war metal com alguns psicopatas como Necromaniak (vocal e guitarra) também responsável pelo Flesh Grinder, conhecida banda de splatter nacional. “This Means War” é a primeira música, começa com uma intro e sem muita frescura vão direto ao ponto, war metal matador e massacrante, ultra rápido e furioso. Os vocais são altamente infernais e perversos, essa música ainda conta com participação nos vocais de Morto, vocalista da banda Impuro. O segundo som é “Impale thy Enemy” destruidor com algumas passagens mais cadenciadas e vocais ultra guturais. A próxima é “Verrater” completamente louca com alguns efeitos insanos de morte e gritos de sofrimento extraídos de algum filme insano...A demo tape termina com “Atomic Bomb” e “Ausbomben”. Simplesmente, matador, war metal de primeira!! “THIS MEANS FUCKING WARRRR!!!!” Contato: A/C Necromaniak – R. Aquidaban 296 – Joinville/SC – Brasil – 89201760 - http://ausbomben.cjb.net
Assaulter - Proselytiser Formada em 2004 pelo ex-baixista do Destroyer 666, S. Berserker, essa banda australiana apresenta uma proposta inovadora ao fazer um black metal aliado a fortes influências do thrash e principalmente de heavy metal à sua música. Este CD-demo foi gravado em 2005 e tem apenas 3 músicas, num total de 20 minutos. As músicas são grandes e apresentam uma levada mais cadenciada, com vocais rasgados, na linha do Destroyer 666 e outras bandas austral-
ianas, porém com uma característica mais heavy metal na música, com alguns solos e partes mais elaboradas. Com riffs rápidos e impolgantes, uma bateria simples, e um baixo bem elaborado e fundamentado, a música é boa e original. Uma ótima banda com grande potencial que merece uma atenção!!!
metal, criam um diferencial no som, e ainda vale ressaltar que o trabalho da bateria ficou excelente em todo a demo, com detalhes sutis que fazem a diferença e com um pedal duplo bem preciso! Banda promissora, item recomendado.
Contato: burning_front@hotmail.com
Contato: A/C Cerberus - Av. Menezes #3561 Eldorado CEP: 15013-080 - São José do Rio Preto/SP
Disforterror - Unholy Attack of Malefic Kreation...Satan’s March O Disforterror vem espalhando o caos e o ódio desde 1993 sob o comando do Vagner Warrior Impaler, maníaco que representando a horda durante todos estes anos. Esta demo-tape foi lançada em 2005, com Vagner (cordas e vocais) e Alison Sortilégio (bateria) na formação, é sem dúvida o melhor trabalho lançado pela banda em todos os aspectos, desde a qualidade da gravação, das composições à arte final do trabalho, muito bem elaborada e cheia de letras repletas de ódio e sangue! Aqui quando falamos em brutal death metal me refiro à brutalidade, violência e ódio com que este metal da morte é executado pela banda e à fidelidade da banda ao estilo, que segue desde os seus primórdios. Com guitarras velozes, uma bateria avassaladora, e vocais completamente insanos e pervertidos, berrados, urrados e blasfemados no melhor estilo do death metal, lembrando um pouco a antiga fase do Glen Benton no Deicide...a demo começa com “Bestial Metal Soul”, um som voraz e dedicado aos reais guerreiros. A próxima, “War Raiser” tem uma fúria profana, muito rápida e veloz, e foi escolhida para participar do split Warriors of the Morbid Moon #3, lançado pela Moondo Records. Os sons são sempre rápidos e fulminantes, com alguns solos insanos e igualmente velozes. Ainda temos os sons “Unholy Storm”, “Impure Souls of Blasphemy”, “Blackest Horde of Hell” e para fechar “Gods of Blackness”. Recomendado aos adoradores do verdadeiro metal extremo! Contato: A/C Wagner - R. Tiradentes-180 - Alterosa-MG - CEP: 37145-000
Lord Foul - Dominion Satanas Esta horda vem das terras de São José do Rio Preto/SP e é encabeçada por Cerberus, baixista e compositor da banda, o qual nos apresenta neste primeiro trabalho intitulado “Dominion Satanas” um black metal bem original e elaborado, mostrando que metal extremo não é só velocidade e técninca, que o “feeling” também deve estar presente nas músicas. Para a gravação da demo-tape Cerberus pode contar com o apoio dos guerreiros Roberto (bateria) e Anderson (guitarra/vocais) do Bleeding para concretizar o caos em forma de música, que eram da antiga banda de death metal da região, já bem conhecida e consolidada no underground. “Destroy them Bone Christians” é o primeiro som, bem veloz, porém muito bem trabalhado em todos os aspectos, bons riffs de guitarra, uma pegada muito foda no baixo, bem firme e presente, vocais rasgados e tudo muito bem equalizado e gravado...com algumas passagens mais trabalhadas com dedilhados e melodias no baixo o som cria uma atmosfera sombria e obscura em torno do ouvinte...para continuar, em seguida com o massacre aos cristãos!!! Além deste som temos mais três, sendo que a segunda música, “Dead this the Bastard”, vêm com algumas pegadas death
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Vomito Blasfemo - Demo Ensaio ‘04 O Vomito Blasfemo é mais uma das hordas extremas que vem surgindo no estado do Maldito Santo. Neste profano artefato a banda, que conta também com a presença do baterista Impuro da horda Black Misanthropy também de Colatina/ES, vomita um ensaio datado de 02/05/2004 com quatro hinos intitulados de: “Vomito Blasfemo”, “Calvário”, “Falsa Ressurreição” e “Fogo”, sendo esta última a melhor delas. Executando um black/death meal sem frescuras, cru e direto com algumas influência de Sarcófago, a banda apresenta sua maléfica arte mortal, massacrando e humilhando os posers! Fico no aguardo de um próximo lançamento de uma demo tape oficial, pois como este material se trata de uma demo ensaio a qualidade não é tão boa, mas o suficiente para se conhecer o poder de fogo da banda! Contato: A/C Pablo Melo - Rua Luiz Gasparini, 34-3º Andar - Colatina/ES - CEP:29700-625
Outbreak of Evil - 4 Way Split
Goatpenis - Inhumanization Este pode ser considerado praticamente o primeiro álbum da banda, pois “Trotz Verbot Nicht Tot” é um relançamento com duas demos da banda. O “Inhumanization” foi lançado pela Death To Mankind Records, tanto em LP quanto em CD, e o disco vem com 11 faixas de culto à guerra e à destruição da humanidade. Começa com “Biological Annihilation” com uma introdução de uma explosão de testes nucleares e vem a tona todo o tormento...o som é único, com vocais altamente guturais com algum certo efeito que as vezes parece algo meio mecanizado, uma guitarra explodindo em seus tímpanos, uma boa presença do baixo e uma bateria simplesmente avassaladora, como deve se esperar de uma banda que toca o verdadeiro War Metal! “Machine Voidness” começa num clima intenso e brutal, até que entra um solo totalmente frio e desolador, que me passa a sensação do fim de tudo, vazio, nada. Os próximos sons do lado A são: “Roman Revenge” uma das melhores do disco com um riff inicial matador; “Zyklon-B” que é um dos sons mais antigos da banda, regravado e “Black Rain”. No outro lado temos “High Temperature Fires” que saiu em um splitEP com Deathsquadron, “ICBM” e a mais foda do disco “Homo Homini Lupus” com um refrão odioso e uma pegada rápida e furiosa. Para fechar o LP temos “Soldiers of Blasphemy” e um “Outro” intitulado “Inhumanization”. O vinil tem uma produção excelente, uma capa belíssima, gatefold, com fotos e letras dentro do encarte. Este com certeza é um dos melhores lançamentos nacionais que já escutei até então e o melhor até agora do Goatpenis. Hail War! Join the Inhumanization Kult! Contato: goatpenis@uol.com.br
Este maravilhoso compacto no formato 7” vem com uma música de cada uma das bandas, tratase, portanto, de um “4 Way split” com as bandas Bestial Mockery, Nocturnal, Vomitor e Toxic Holocaust. No lado denominado “Outbreak”, começamos com um som do Bestial Mockery que nos apresenta um black/thrash metal insano com a faixa “Chainsaw Demons Return”. Depois é a vez dos alemães do Nocturnal com a música “Trash Attack”, lançada originalmente no MLP “Thrash with the Devil”, e se trata de um verdadeiro ataque e retorno do antigo thrash metal alemão. No lado “Evil” do compacto, temos um verdadeiro massacre sonoro com o Vomitor executando um death metal sujo, tosco, primitivo e com algumas pitadas de thrash metal na música “Cry from the Underground”. Para fechar temos um som do insano Joel Grind do Toxic Holocaust, “Created to Kill”, num estilo thrash/black metal na linha do Bathory antigo e com influências vindas do speed/thrash metal. Este compacto foi idealizado pelo Joel Grind e produzido pela Witching Metal Records e Nuclear War Now Productions. Contato: yahoo.com
the Soul” no lado A e “Wolf Man” no lado B. Impossível descrever perfeitamente como é o som do Sabbat apenas por estas músicas, mas “Wolf Man” é um som do Sabbat que explora bem o lado heavy dos sons, não é atoa que tem uma versão da mesma no “Heavy Metal Drill” do Metalucifer e em um single mais recente do Metalucifer, de 2005. “Immortality of the Soul” é um som perfeito e profano, com poucos vocais e uma levada bem cadenciada com algumas pegadas mais violentas e para finalizar um solo com um ótimo acompanhamento de fundo! O EP acompanha de encarte com letras e um maravilhoso poster no formato A3!!! Imperdível! Contato: Sabbat/Evil Records - C/O Masaki Tachi - 1001-4 Hoshikawa, Kuwana, Mie 5110912, Japan - www.assaulterproductions.com
casketcrusher2000@
Sabbat - Hamaguri Ressurection Mais um compacto do Sabbat em minhas mãos! É uma honra fazer resenha deste precioso item. “Hamaguri Ressurection” é um compacto 7”EP lançado pela Assaulter Productions. O compacto vem com dois sons antigos do Sabbat, do período de 19861987, que são “Immortality of
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Wytchkraft & Gorgon - Split Mais um lançamento do Wytchkraft em vinil, desta vez em um compacto split com os NWOBHManiacs do Gorgon, lançado pela Metal Coven Records, especializada no melhor do heavy metal un-
derground. Como sempre o Gorgon vem com o seu heavy metal clássico na linha do heavy metal britânico e nos trás uma faixa inédita até então, “Bad Girl”, muito boa por sinal, com um solo bem elaborado e uma letra bem interessante, que aparenta retratar algo da capa. E ainda, para não perder o costume, temos um regravação de “Highway Rider” do Black Axe feita pelo Gorgon. Já no outro lado deste artefato temos o Wytchkraft com o seu heavy metal satânico num estilo único e totalmente original. Com 7 minutos e pouco, “Metal Coven”, a única presente é totalmente dedicada ao selo pelo qual este item foi lançado e dedicado ao verdadeiro culto do metal, sem frescuras, modismos ou falsidades!!! Num ritmo impolgante e tradicional do heavy metal o Wytchkraft destila este hino numa pegada impolgante e bem épica ao mesmo tempo, com um trabalho muito bom por parte da guitarra, a qual cria toda a melodia do som, sem falar no fundo composto pelo baixo e bateria... sempre sintonizados. Um dos melhores pontos da música é o solo, bem elaborado criativo e bem épico, e alguns vocais mais agudos, que todo bom heavy metal deve ter. Excelente material, capaz de te fazer repetir o disco umas 666 vezes até pensar em trocá-lo. “In the Metal Coven vinyl is the Law!” Contato: Gorgon - gorgon@jnb. odn.ne.jp - Wytchkraft - A/C Agostinho - R. José Herrera Higueira, 254 - Jd. Icatu - Votorantim/SP - 18110-235
Mausoleum & Hecate - Triunfal Aliança Unidos pela causa e ideologia underground eis que desta triunfal aliança surge este trabalho confeccionado em long play para os adoradores da negra arte. No lado do Hecate temos 5 profanas canções noturnas, com aquele black metal majéstico e perverso com levadas mais cadenciadas e momentos de extremo extase. Começamos por “Kyon Melainia” um verdadeiro opus à deusa, e temos em seguida a melhor faixa deste lado, “Domínios da Imperfeição”, com uma entrada sútil e caracterizada pelo fundo que o teclado faz ao som, sempre acompanhando, quando o verdadeiro peso da guitarra toma o terror da música...que ainda conta com algumas passagens com vocais da guitarrista Pagan Priestess, criando um ambiente totalmente místico. “Guardiões do Fogo Oculto” e “Culto de Sangue” seguem o estilo da banda, lembrando em alguns momentos músicas do seu
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debut-cd, com um ótimo trabalho na guitarra e nas percussões. E para o grande desfecho, um epílogo triunfal, onde sábias palavras são entoadas acompanhadas de um fundo magistral. No outro lado temos o primeiro material gravado pelo Mausoleum depois da saída de seu vocalista Cavalo “Bathory”, e para aqueles que estavam ansiosos quanto ao som da banda, irão se surpreender, pois as músicas estão mais maduras, com mais sentimento e sobretudo os novos vocais, que se adequaram muito bem ao estilo da banda, sem deixarem nada a desejar. Suas músicas estão com uma gravação melhor que em trabalhos anteriores e carregadas de sentimento e sobretudo energia, com aquela velha essência do tradicional black metal como Venom e Bathory. Após uma intro temos início ao massacre bestial com as faixas: “Majestoso Sol da Meia Noite”, “Do Empunho a Espada ao Apogeu do Forte”, “Lascivos Encantos aos Olhos de Lilith” (uma profana melodia à grande deusa noturna) e ainda “Nos Grilhões de uma Odiosa Aliança”. Este trabalho foi lançado de forma independente em um nobre feitio e com o apoio da gravadora Genocide Productions, sem dúvida grandioso artefato, limitado e muito elaborado. Contato: A/C Olindina (Hecate) - Rua Rocha Lima, 869 Aldeota - CEP:60135-000 - Fortaleza CE
consegue um certo respeito sim lá fora, embora sempre vai existir um certo xenofobismo por parte deles. Nosso objetivo é licenciar nosso debut cd ,que se chamará “The Sign of Doom” , por um competente e devotado selo por aqui. E também prensar na maldita versão em vinil negro!!
Por Bernardo 1. Salve Necrogoat Valak! O último lançamento da banda foi o 7”EP “CUlt of Warfare and Darkness” pela Ketzer Rec e também em versão cassete pela Hellspike Records. Como foi a distribuição do mesmo? Parece-me que a banda está a todo vapor, novos materiais já estão para sair por diversos selos gringos como um split 7”EP com o Front Beast, mais um tape e até um 12”LP. Conte-nos mais sobre estas profanações... Valak: Salve! “Cult of Warfare and Darkness” foi lançado final de 2003 pelo selo Ketzer rec e em 500 cópias, algumas marcadas a sangue!!Como poucas cópias deste vinil negro chegariam ao Brasil, achamos interessante que este pudesse ser lançado no fudido formato tape. Entrei em contato com o Fabio da Hellspike rec e ele gostou da idéia ,lançando em 300 cópias limitadas com 2 faixas de um ensaio como bônus.Sobre o 7ep com o Front Beast , este não ocorrerá mais, pois o selo que se propôs a lançálo nunca entrou em contato conosco e me pareceu meio suspeito..Fodam-se!!!O split LP sairá sim início de 2006 e será lançado pelo selo sueco I Hate rec. e terá o Black Angel do Peru como a outra banda. Será a desecração do sul em terras gélidas!! 2. É evidente que a banda mantém fortes contatos e amizades para fora do Brasil, tanto é que vários dos lançamentos estão sendo feitos por selos estrangeiros. Como rolam os contatos? Antigos conhecidos ou é apenas resultado da
divulgação? Como os gringos reagem aos novos lançamentos brasileiros? E a distribuição destes novos lançamentos no Brasil, a banda pretende lançar por algum selo nacional para que fique ao alcance dos hellbangers por aqui? Valak: Desde o início dos 90´s eu tenho entrado em contato com vários estrangeiros, naquela época afim de caçar material de bandas underground.Após lançarmos nossa debut “Demo 01” em 2001, eu já tinha alguns contatos e mandei muitas das cópias para selos , distros e pessoas daqui do Brasil e de fora. A Ketzer rec. da Alemanha distribuiu cerca de 150 cópias de nossa demo em seu país e aguçou seu interesse em nós, resultando
mais tarde no 7ep acima mencionado. Agora temos que gravar nosso debut cd/lp por este selo também. Eu acho que hoje em dia devido a popularização da antiga cena brasileira, Metal nacional
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3. A banda possui alguma preferência para o formato de seus lançamentos? Tape, CD ou LP? O vinil com certeza é a cara do metal, mas muitas vezes o custo da produção é muito alto, e o CD é mais acessível a todos. Você deixaria de lançar algum material em vinil para lançar em CD, em termos de maior facilidade ao acesso, visto que nem todo mundo conserva uma vitrola em casa hoje em dia. Valak: Para nós, o vinil sempre será o lançamento mais fudido. Tapes são eternos também.Mas a totalidade dos selos hoje em dia necessita da versão em cd por ser realmente mais versátil e abrangente, e seu custo de produção mais barato. Eu posso dizer a você que todos os nossos lançamentos terão sua versão em vinil, ou não consideraremos um lançamento oficial. Eu entendo que a maioria não possui uma pick up hoje em dia..mas deveriam!!! 4. Qual a relação da banda com atos como a profanação de túmulos? O que a banda acha deste tipo de ação contra o cristianismo? Isto com certeza não vai acabar com o cristianismo e sua fraca moral, porém, pode ser visto como uma forma de terror psicológico contra o mesmo. O que acha disto? Valak: Já tive algumas ações um pouco extremas no passado quando eu era bem mais jovem, as quais não faria hoje em dia. Porém, nunca me arrependi das mesmas. Não acho que nenhuma dessas atitudes acabará com o cristianismo ou qualquer porra de religião que seja. Pura utopia,eu diria! Isso só acontecerá com um grande holocausto!!!!! Mas trazer terror aos olhos dos fracos sempre é algo relevante e interessante. 5. E quanto a queimar igrejas, qual a sua opinião sobre o assunto?
isto pode ameaçar a gravadoras ou até mesmo o verdadeiro underground, formando uma geração de pessoas que não dão valor aos trabalhos lançados pelas bandas? Valak: Eu odeio mp3 e sempre irei adquirir o material das bandas pelas formas convencionais. Ouvir um mp3 para conhecer o som de alguma é ok. Mas mesmo entendendo que o preço de cd´s e outras merdas é caro demais, eu não concordo com essa forma de possuir material. 11. O que você diria sobre a cena carioca no geral, shows, zines, bandas e público em shows? Você acha que a cena ainda é a mesma de alguns anos atrás ou está mais forte ou mais fraca? O que poderia tornar a cena em seu estado mais forte?
Valak: Louvável, porém chocante do que efetivo..
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6. “Deus está morto”. Você acha mesmo que Deus está morto e fomos nós que o “assassinamos”, ou que Deus jamais existiu, não passando apenas de um instrumento para manipular mentes escravas? Valak: Pelo entendimento da própria palavra “Deus” já se deve constatar que isso não passa de uma idolatria forjada a séculos , a qual conseguiu atribuir acontecimentos já explicáveis que vão desde o cosmo até nosso cotidiano a uma tal entidade. Isto é o motor que move o universo a seu fim. Fodam-se as formas de deus!! 7. E o que acha sobre este “modismo” e “saudosismo” que vem surgindo na cena em relação aos anos 80? Parece que cada hora é uma coisa que está em moda, black metal com teclados, brutal death metal e agora este retorno aos anos 80. Valak: Acho que algumas destas bandas com sonoridade de Thrash Metal dos 80´s são muito foda! Sei que sempre aparecerão merdas e clones estúpidos, mas mesmo assim, como um maldito possuído por Metal, eu acho melhor esse “revival” do que merdas góticas, melódicas, pseudo intelectuais etc..enchendo meu saco.
8. Porque vocês usam “corpsepaint”? Você acha que para uma banda ser black metal, o uso do “corpsepaint” é obrigatório? Valak: Usamos tinta negra em volta dos olhos e partes do rosto , muito pouco de branco, pois é uma herança do Sarcófago, Slayer , Profanatica etc. Uma banda de BM não precisaria usar este tipo de maquiagem a meu entender, mas não deverá se desprender no total da indumentária que faz parte da essência do estilo. Hoje muitas bandas de BM com corpse paints me parecem mais com um bando de palhaços, mais me fazendo rir ,do que passar algo realmente mórbido 9. Qual a sua opinião sobre o advento da web e a popularização do metal negro pela internet? Você acha que com isso a cena só tem a perder ou pode ser uma forte arma em busca do conhecimento e divulgação de bandas? Valak: Isso é uma coisa a qual é inevitável nos dias de hoje. A Internet não pode ser culpada exclusivamente pela perda da essência do Metal negro hoje em dia, isso se deve a vários fatores. Existem lados bons e ruins em se ter o Metal divulgado na web. Mas isso é algo inevitável. 10. E essa massificação dos arquivos mp3? Você acha que
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Valak: Existem boas bandas aqui, mas uma mentalidade um tanto estranha. Não sei nem se uma minoria irá continuar esse caminho por mais alguns poucos anos. Gosto de bandas como Sodomizer, Apo.Raids, Goatlord, Beast of Prey, Coldblood, Farscape, Flagelador, Attomic Roar ,Mysteriis e algumas outras que me esqueci..Também acho outras uma merda!! Não sou a favor da “política da boa vizinhança” , pois isso soa hipócrita e falso para mim. 12. “Hail ao cru, negro, barbárico, infame, afrontador, guerreiro, sujo, polêmico, incorreto, dilacerante, temido Metal Satânico! Deixe o terror surgir nas mentes cristãs!!! Esteja ao lado do trono honrado de Satan!”. Agradeço a sua atenção e dedicação, e para finalizar deixe suas últimas palavras! Valak: Faço dessas palavras o sentido do Grave Desecrator!! Aguardem nosso debut cd, “The Sign of Doom” para breve!!Agradeço a ti, Bernardo!!Deixe a serpente abraçar tua alma.
Contato a/c Valak Necrogoat Cx. Postal 20024 Rio- RJ 21070-970 gravedesecrator@hotmail.com
Por Bernardo 01. Salve Gordoroth & Vultur! Para começar, apresente-nos de forma breve o Catacumba e diga porque decidiram formam uma banda. Gordoroth V.N.: Salve grande irmão Bernardo!!! O Catacumba é uma banda formada por entidades que tem como único intuito continuar a gloriosa saga do metal extremo iniciada por bandas que consideramos deuses do Metal Extremo como Death, Morbid Angel, Dark Throne, Kreator, Destruction, Sarcófago, Sepultura (Old), Holocausto, Mystifier etc... Iniciamos nossa trajetória quando as entidades Count Único Del Inferni e Gordoroth Vomit Noise estavam entediados com suas bandas da época e perceberam que seus espíritos necessitavam de algo mais intenso e primitivo, surgindo assim a máquina devastadora conhecida como Catacumba... Para desespero dos dogmáticos em nosso caminho! 02. Como você descreveria o som do Catacumba para aqueles que não o conhecem? Em sua opinião qual é o tipo ideal do ouvinte do Catacumba? Gordoroth V.N..: Death/Black Metal com grandes influencias de Thrash Metal! Nosso alvo é aqueles que tem o Metal extremo em sua alma e que tenha interesse por bandas undergrounds e que tenham uma proposta a apresentar. Não nos interessa segmentar o Metal Extremo como vemos várias mentes débeis por aí... O que nos interessa são pessoas com mentes doentes e que possam cuspir para fora suas vontades sem ter medo do que os outros vão pensar e que não façam parte da grande onda de paga paus de gringos que existem em nossa cena. 03. A demo da banda foi lançado pelo seu selo Tecido Adiposo Distro., Gordoroth. Como foi produzir e lançar a própria banda e qual foi a repercussão deste lançamento até agora. Quais os próximos lançamentos do Catacumba? Algum plano para um debut-CD? Gordoroth V.N..: Apesar de termos custeado a versão cdr totalmente com nossos escassos recursos, ficamos muito satisfeitos pois o resultado foi muito satisfatório. Lançamos um material com um bom nível gráfico e com uma gravação mediana para que nossa proposta fosse entendida por quem venha adquirir o material, já que profissionalismo também faz
parte da nossa meta. A repercussão foi a melhor possível irmão. F i z e m o s 1000 capas da versão cdr e em menos de um ano repassamos cerca de 800 delas com ajuda de várias distros em torno do mundo. A aceitação no Brasil foi ótima de norte a sul do país e no exterior também em países como Grécia, Holanda, Japão, EUA, Bolívia, México, Alemanha, Coréia do Sul e alguns outros. Conseguimos dar boas entrevista para zines e webs no Brasil e em diversos países, o que é uma grande honra para nós!!! Temos acertado para os próximos meses alguns lançamentos como um live tape do nosso show em Juiz De Fora (MG) via Nigra Mortis Prod., um 7’ EP via Tenebrarum rec., um split 7’ ep com o I shit on your Face via The Hole Rec e estamos negociando o lançamento do nosso debut CD por um selo alemão, mas ainda não está 100% acertado. Tudo demonstra que 2006 será um ano de puro Caos para a banda! 04. O que significa “Birkat Ha – Minim” no título da demo “Birkat Ha – Minim – A benção dos Hereges” ? De que forma isto expressa a ideologia e o conteúdo lírico da banda? Gordoroth V.N..: “Birkat Ha – Minim” significa exatamente “A Benção dos Hereges” que é uma oração que era usada pelos judeus para amaldiçoar os cristãos na época em que os mesmos estavam em seu estado embrionário. Os cristãos acreditavam naquela época que faziam parte do mesmo povo que os judeus e seus progenitores (o povo judeu) os renegavam em suas sinagogas, e para poder extirpar de vez os cristãos de seus templos eles criaram a “Birkat Ha – Minim” em que todos os seus participantes amaldiçoavam os cristãos e os lançava em um ostracismo espiritual. Desse modo quis mostrar como os cristãos e judeus são contraditórios e tendem a se hostilizarem mutuamente mesmo tendo em seus dogmas a mesma falácia ideológica. Nós , assim como Nietzsche recriou o Zaratustra para mostrar um modo de transformação dos valores, traze-
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mos a nova Benção dos Hereges em que não pedimos a nenhuma falácia metafísica ajuda para derrubar nossos inimigos e opositores e sim a nos mesmos, as criaturas de pensamento livre. Ou seja os que realmente tem seus corpos e mentes a ciência de que somos um vortex de criação e destruição, não simples marionetes nas mãos de serem espirituais de qualquer espécie. 05. O cd-demo vêm com as letras no encarte, ótimo, pois poucas bandas fazem isto. A música “Ceremony To Nihility” me parece um hino ao niilismo, um som para a destruição de tudo e de todos os valores. Comente um pouco sobre a música e a visão da banda sobre o niilismo. Gordoroth V.N.: Muitos falam sobre o Nihilismo e os mesmos não conseguem usar suas idéias em seus cotidianos. O nihilismo para nós é ausência de sentidos maiores nas coisas do universo e seu interminável ciclo de inicio e fim. Ou seja um modo de levar conosco a idéia de que podemos fazer o que quisermos e que as conseqüências de cada ato feito é apenas a repercussão do que fizemos no ponto inicial, já que valores pré estabelecidos foram feitos para serem destruídos e que o que realmente importa é os valores que criamos para nós mesmos. 06. Você se julgaria como um ateu ou um agnóstico? E o que isto significa para você? Gordoroth V.N.: Por mais que as pessoas façam uma grande distinção entre essas ramificações ideológicas entre elas existem muito mais semelhanças do que diferenças. O Ateu contesta de modo veemente tudo que provem do campo da metafísica, já o agnóstico acha a idéia de uma existência sobrenatural tão ridícula que ignora totalmente sua existência chegando ao ponto de nem mesmo ques-
tioná-la ou ficar contestando seus errôneos fatos. Agnóstico seria o mais adequado para mim já que não perco meu tempo querendo provar o que é óbvio, o materialismo de que é feito a realidade. 07. Poucas são as bandas e o zines do seu estado. Como é o movimento por aí? Shows? O que você acha que pode ser feito para uma melhoria no movimento, a nível estadual e nacional? Gordoroth V.N.: Realmente há poucos trabalhos nesse sentido em meu estado, mas isso é uma realidade que vem sendo mudada a cada dia. Grandes bandas e zines surgem a cada dia em todas as vertentes do metal e isso é muito bom. Aqui existem ótimas bandas como Abantesma, I shit on your face, Gory Gruesome, Mephistopholes, Shadow Moon, Wardeath, Evictus e outras e alguns zines como Black Side of Moffete, Hell, Gladsheim, Cannibal Killer e alguns outros com os quais não tenho contato ainda. Em questão de shows tem melhorado muito e já temos alguns fests que acontecem com alguma regularidade como o Metal devastation, Splattercore Fest e o In the Woumbs of Acheron. Para mim a única coisa que pode ser feita para um maior crescimento da cena é uma maior conscientização por parte dos bangers brasileiros e capixabas e passar a valorizar mais o insano metal que é feito em nossas terras, já que, em minha opinião, ficar se iludindo com o que vêem de fora é coisa de alienado. Comprar zines, demos, comparecer a shows nacionais e comprar cds de bandas brasileiras é um bom começo.
língua não te da uma total liberdade se a pessoa que escreve não tem um bom domínio da língua inglesa. Para mim o que importa é o sentimento expresso não a língua! Gosto muito de bandas que cantam em português, já que posso entender completamente o que esta nas entre linhas das letras como duplos sentidos e etc... 09. Aproveitando o assunto, muitas bandas de black metal vêm assumindo uma postura nacionalista. Qual a postura, do Catacumba, e sua opinião quanto a este tópico? Gordoroth V.N.: Em relação ao metal temos uma postura cosmopolita e a prova disso que tem metal extremo sendo feito de modo mais brutal e insano em qualquer buraco do planeta!!! Para nós a expressão é o que interessa e não de onde ela vem.
08. Assim como o nome da banda é em português a banda pretende compor alguma música e cantar em português, nossa língua natal? Você acha que é uma questão de nacionalismo ou de simplicidade expressão? Qual a sua opinião sobre bandas que fazem o uso da mesma em suas músicas?
10. Ultimamente o movimento thrash metal está passando por um “boom”, estão surgindo muitas bandas querendo fazer um som “oitentista” e muitas pessoas estão adotando o visual típico daquela época. Qual a sua opinião a respeito? Muita coisa dos anos 80 foram únicas e jamais poderão ser imitadas ou ressuscitadas. Muita coisa naquela época era imatura e era tudo muito novo, sendo que muitas bandas levavam um pouco na “brincadeira” enquanto outras levavam o movimento a sério. Outras dificuldades eram a falta de instrumentos e aparelhagem apropriada para as bandas. Muita gente critica algumas bandas mais novas por terem uma qualidade tão boa em sua música. Não seria isto um exagero? Deixe sua opinião sobre o assunto. Gordoroth V.N.: Para mim reclamar de material de qualidade é tolice, já que naquela época como você disse a escassez de recursos era um fator predominante e já que hoje temos material de qualidade a disposição por que não usar? Penso eu que o Thrash Metal Old school passa pela mesma onda que o Black Metal passou recentemente, como o Death metal passou, o Doom e etc... Para mim quando algo é feito com honestidade é valido, mas fazer algo só por que esta em evidencia é oportunismo e oportunismo é algo hipócrita para um estilo que deveria ser genuíno como o Metal. Muitas boas bandas nesse estilo surgiram nessa nova explosão, mas muita porcaria também, e todos sabemos que modismos passam e aqueles que fazem seu estilo de metal por amor e nada mais continuam sempre naquela linha iniciada ou evoluem dentro de um padrão aceitável para sua musica. 11. Agradeço a atenção da banda e deixo aqui as últimas linhas para comentarem sobre o futuro da banda. Hail! Gordoroth V.N.: Agradeço e muito pela oportunidade de estar nas paginas de um zine tão genuíno como seu! A todos que quiserem saber mais informações sobre nós não pensem duas vezes para entrar em contato. Mantenha acesas as chamas do Metal extremo em suas mentes! Hailz!
Gordoroth V.N.: Não sabemos ainda. No momento em que sentirmos vontade de compor algo em nossa língua natal com certeza faremos isso, já que nossa música serve unicamente para expressarmos nossos mais obscuros sentimentos. Para mim não é uma questão de nacionalismo já que praticamente todas as bandas que cantam em português não deixam de ouvir bandas de outros paises, penso eu que é mais por pura vontade de se expressar de um modo mais completo, já que se expressar em outra
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Por Bernardo
of the Gods” foi dedicada à cena Latinoamericana e asiática em geral. Qual o motivo para tal dedicatória? Provavelmente as bandas latinas e asiáticas exercem grande influência sobre vocês, estou certo? Quais são suas favoritas e o que mais te fascina nestas bandas?
1. Conte nos um pouco sobre o início da devastação e quando se formou a horda batizada de Nocturnal Vomit. Qual foi a proposta inicial para a banda? Como tem sido o retorno dos hellbangers em relação à banda? Isaak Insulter: Negras saudações Bernardo! O Nocturnal Vomit foi criado em meados de 99’ por eu, Isaak Insulter na bateria (do caos) e o Chris “Decimator”, da Austrália, na guitarra. Após algumas sessões como um dueto, nos deixamos a banda de lado por um tempo. Então em setembro de 2001 eu e o Chris “Decimator” retornamos, com ele nos vocais e contando com a ajuda do Glenn (guitarra) e do Regan (baixo), ambos eram do Destruktor, e nos ajudaram a gravar uma demo ensaio com 5 faixas, intitulada “Barbaric Torture Squad”. Um mês depois, eu, Chris e George “Darkfiend” da Random Violence/ Crucifire, gravamos outra a demo ensaio “Eternal Age of Malevolence” com 3 faixas. Alguns dias depois eu me mudei para a Grécia, onde encontrei 2 velhos e dedicados amigos, e depois de um ano de muito trabalho nós gravamos nosso demo de estúdio “Infernal Ascencion of the Gods”, um lançamento cruel, violento, cheio do mais puro satânico black/death metal. Desde então continuamos com a banda, até esta entrevista...
jando o lançamento de um álbum no futuro, mas não agora, eu espero que por volta do final de 2006, início de 2007 esteja tudo certo. 3. Qual a temática lírica da banda e quem escreve as letras e as músicas da mesma? Quais são as inspirações para a composição? Isaak Insulter: Nossas letras retratam apenas o lado obscuro do homem e da natureza. Falamos sobre morte, escuridão, megiddo, violência, profanação, ocultismo, bruxaria, fornicações, e etc. As inspirações vêm de “livros negros”, filmes, música, e na maioria dos casos, de toda essa merda que acontece hoje no mundo. “Kill ‘em All”!!! 4. A demo-tape “Infernal Ascension
2. Como tem sido a trajetória da banda até então, em termos de shows, ensaios e lançamentos. Quais materiais foram lançados oficialmente? Como é a performance do Nocturnal Vomit ao vivo? Há previsão para lançamento de algum LP ou CD?
Isaak Insulter: O motivo para dedicar a demo para estas profanas cenas foi por puro prazer musical durante todos estes sádicos anos, por criarem uma verdadeira atmosfera sombria e mórbida e um verdadeiro ruído da morte, elas mereciam este “tributo”. E também porque hoje em dia todos tem apenas dado atenção à cena escandinava, o que tem se saturado durante estes anos. Minhas bandas favoritas são: Dorsal Atlântica, Vulcano, Sepultura, Sarcofago, Holocausto, Mutilator, Mystifier, Sextrash, Expulser, Impurity, Parabellum, Blasfemia (Col), Masacre (Col), Pentagram (Chile), Sadism, Torturer, Atomic Aggressor, Hadez, Mortem, Anal Vomit, Abhorer, Impiety, Braindead, Rator, Nuctemeron, e um mais um grande número de bandas. 5. A cena grega sempre foi conhecida por bandas de black metal mais obscuras e relacionadas com o ocultismo como, por exemplo, o Rotting Christ, Varathron, Thour Art Lord e o Necromantia, que são as mais conhecidas. O que você pode nos dizer destas bandas e da geração da qual elas vieram? E o que tem a dizer sobre a atual cena grega em relação a novas bandas, bandas antigas, zines e shows...? Isaak Insulter: No final dos anos 80, início dos anos 90, as bandas de black/death/occult metal que você citou e algumas mais exerceram uma grande influência em toda a cena underground no mundo todo. Eles ofereceram muito e criaram um estilo bem original, mas com o passar dos anos muitas acabaram e outras se transformaram em lixo. Todo mundo sabe bem quais foram estas bandas. Depois de um tempo muitas bandas novas começaram a copiar os velhos mestres, mas não passam de cópias baratas e com certeza não irão existir por muito tempo.
Isaak Insulter: Apesar de várias mudanças na formação durante estes 4 anos, nunca houve problemas em relação ao membros, todos sempre foram muito bem, tivemos ótimos momentos em termos de ensaios e gravação. Boa sorte para eles e que eles sigam seus próprios caminhos. Ainda não tocamos ao vivo, portanto não posso lhe dizer nada sobre isto, e caso alguma coisa aconteça você ficará sabendo. Estamos plane-
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Eu não dou muita atenção à cena grega faz um tempo, mas eu realmente apoio e curto alguns atos profanos como: Goat Vomit, Heptameron, Imperial Hordes, Unholy Archangel, Embrace of Thorns, Atavism, Putrefied, Genetalia, Dead Congregation & Varathron (que ainda continua verdadeiro). Fodase o resto!!! 6. A banda possui uma música chamada T.D.M.M. (Taliban Death Metal Militia). Qual a idéia e conceito por trás desta música? Qual a opinião da banda sobre o terrorismo? Uma simples forma de exterminar seres humanos ou o resultado final do extremo ódio racial e intolerância religiosa? Isaak Insulter: Esta faixa está em nossa primeira demo-ensaio, “Barbaric Torture Squad”, e fala o modo de vida e código do extremo e fundamentalista death/black metal, do modo como o verdadeiro underground era anos atrás, e um foda-se ao modismo. O terrorismo a meu ver é positivo, eu o apoio completamente, especialmente quando atacam idiotas que realmente merecem morrer e sofrer! Os “governos” e “pacifistas” são os verdadeiros e grandes terroristas e bandidos no mundo, isto já foi provado inúmeras vezes. Apenas abra seus olhos e ponha seu cérebro para pensar, e então você verá. Vou deixar mais claro e simples, a única solução é a total destruição!!! 7. A mitologia grega é um tema que sempre me fascinou assim como a muitas pessoas em diversas culturas. Qual a sua relação com a mes-
ma e até que ponto ela o influencia? O que diz a música “Hellstrike from Hades”? Isaak Insulter: Hoje em dia a Grécia não exerce uma grande influência mundial, porém há 2000 anos atrás a Grécia provou ser muito forte junto com outros povos como os Egípcios, Sumérios, Babilônicos, Persas, Astecas, Incas, Maias e muitos outros. A Grécia antiga já provou ser o berço da civilização européia, e eu gosto e respeito muitos dos antigos escritores, filósofos e autores gregos. Mas eu sempre fui mais fascinado com a história/ cultura do oriente como, por exemplo, os Sumérios (Hail Pazuzu!), Egípicios e Babilônicos. Eu não sei sobre o que se trata a letra de “Hellstrike from Hades” porque naquela época das demos ensaios, quem escrevia as letras eram o Chris e o George. 8. É comum vermos alguns vermes infestando a cena, os chamados posers. Na sua opinião o que devemos fazer para exterminamos este tipo de gente tentando se envolver com o undergroud? O que significa o
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radicalismo para você? Isaak Insulter: De fato muitos posers, subhumanos e outros vermes tem infestado a cena. A resposta para estes subhumanos é uma letal magia, para que eles sofram lentamente e ao final encontrem o seu criador. O “radicalismo” pode ser usado em diferentes termos e em diferentes ocasiões, mas na música extrema, no underground, ele representa algo mais individual, uma busca pelo seu próprio caminho, não seguir as massas, as ovelhas, e ainda ele significa lutar e resistir ao sistema que é feito pelos idiotas. Todos nós somos radicais!!! 9. Agradeço a sua atenção e paciência por responder esta simples entrevista, deixo aqui para você o espaço final para suas últimas palavras para os leitores brasileiros... Isaak Insulter: Eternos agradecimentos irmão Bernardo. Obrigado por esta entrevista blasfêmica e pelo seu apoio. Boa sorte ao seu zine e a todas suas atividades extremas!!! Maníacos brasileiros e almas caídas, nos escrevam e nos conheçam, sem “rip-off”. Pergunte pelo nosso merchandise, sem posers aqui. Antes do Fim!!!
Contato A/C Isaak Insulter P.O.Box 50470 54013 - Salonica Greece
Um tributo à vanguarda do extremismo, do black metal e da inovação musical Por Diogo É sempre difícil falarmos de algo que é representativo para nós sem que esse objeto não fique impregnado pelo nosso subjetivismo, principalmente quando se está falando de um ícone incomparável da música extrema que é o Bathory. Associado a figura de seu mentor fundador Quorthon (Thomas Forsberg) o Bathory oriundo da cena de Estocolmo (Suécia) começa a dar seus primeiros passos em março de 83. Segundo o próprio Quorthon antes do Bathory ele tocava punk na linha GBH e Exploited assim como ele era um grande fã de Motörhead e Black Sabbath, Quorthon junto com outros dois garotos formam o Bathory. Buscando fazer uma sonoridade que tivesse o andamento do GBH, o direcionamento do Motörhead e a atmosfera do Black Sabbath, o Bathory passa a fazer uma sonoridade única até então. Dentro deste contexto o Bathory participa da coletânia Skandinavian Metal Attack com duas músicas. Após a participação nesta coletânia as portas se abrem para o lançamento do álbum “Bathory” em outubro de 1984. Daí em diante uma sucessão ininterrupta de clássicos, mas o que marcou mesmo a banda foi a constante mudança de integrantes. Quorthon afirmava que naquela época as bandas queriam se parecer com Mötley Crue, Wasp e principalmente Europe, Quorthon disse “Eu não encontrava baixistas e bateristas, pois todos pareciam umas bichas”, “Eu queria ser extremamente rápido e brutal”. A partir do álbum “Blood Fire Death” Quorthon percebeu que o Bathory se tornaria um projeto de estúdio e desde então ele compunha tudo com exceção da bateria, a qual ele contratava um músico de estúdio para tocar o instrumento. Posteriormente, Quorthon argumentou que quando eles formaram a banda eles tinham apenas 15 anos e baseado em filmes
de horror e histórias em quadrinhos eles passaram a escrever letras sobre o inferno, satã, coisas sobrenaturais e obscuras, como a canção “Born for Burning” que é dedicada à bruxa Marrigie Ariens, que nasceu em 1521 e foi queimada na Holanda em 1591. Esta temática fez parte dos álbuns “Bathory” (1984), “Raise the Dead” (1984)e “The Return” (1985), álbuns que além de terem temática parecida eram ligados entre si pela sonoridade ríspida e crua. Em 86 sai “Under the Sign of Black Mark” que assim como os álbuns anteriores trouxe uma
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sonorida ríspida mas no entanto percebia-se já um novo direcionamento musical assim como há espaço para se abordar outras perspectivas nas letras como na canção “Enter the Eternal Fire” que é sobre a Guerra Fria, este álbum em sua capa traz uma fotografia tirada no Stockholm Opera. Este álbum influenciou fortemente o Black metal nórdico e foi eleito por uma revista especializada sueca como o álbum mais importante de black metal já lançado. Curiosidade a parte, o Bathory fez alguns shows no começo de sua carreira , o mesmo
ia inclusive fazer uma turnê pelos EUA com o Celtic Frost e o Destruction, contudo os empresários não conseguiram chegar a um acordo sobre qual seria a banda principal, o que fez com que a turnê não rolasse. Mas a já mencionada troca de integrantes fez o Bathory se tornar um projeto de estúdio tendo o álbum “Blood Fire Death” (88) sendo o primeiro e único álbum com fotos do Bathory como banda, sendo denominados Kothaar (baixo), e Vornth (bateria) os integrantes da banda. “Blood Fire Death”(Sangue Fogo Morte) é um título de uma história de Conan O Bárbaro, e é um álbum que marca a mudança gradual do Bathory de um estilo ríspido para um estilo meio viking e meio épico tanto liricamente como musicalmente, tendo o álbum uma sonoridade ao mesmo tempo rápida e lenta se intercalando. As mudanças que se iniciaram em “Under the Sign of Black Mark” não se iniciaram por acaso, Quorthon passou a tomar uma perspectiva de suas letras e passou a estudar o satanismo de uma forma mais acadêmica e concluiu que Satã era uma invenção da Igreja católica, criada para arrebanhar mais fiéis para sua causa. Dentro dessas perspectivas o Bathory passa a sofrer uma mudança de direcionamento (mas não de foco) tanto lírica quanto musicalmente, e é assim que é lançado “Hammerheart” (90), um álbum com uma sonoridade diferenciada, tal que passar a fazer uso de guitarras acústicas, sintetizadores e gaita, o toque épico deste álbum é fantástico com canções como “Father to Son”, “Shores in Flames” e a fantástica “One Rode to Asa Bay” que deu origem ao único vídeo da banda, o qual trata da chegada de missionários cristãos na escandinávia. Neste momento Quorthon estava amplamente influenciado pelas artes européias e por música clássica o que no álbum “Twilight of the Gods” (91) é demonstrado de forma clara, com canções como “Blood and Iron”, “Under the Runes” e a orquestrada “Hammerheart”. Músicas que falam sobre si mesmas expondo o toque épico do álbum no qual Quorthon por meio de arranjos complexos e grandiosos solos mostra todo o seu virtuosismo. Em comemoração aos dez anos de Bathory, Quorthon lança as coletâneas Jubileum I e Jubileum II (93) com clássicos da banda e algumas músicas inéditas que ficaram perdidas no tempo e
em 98 acaba saindo Jubileum III. Em 94 “Réquiem” é lançado, e Quorthon sente que a velocidade dos antigos álbuns tinham se perdido e então resolve fazer um álbum na linha dos antigos, o que acaba resultando num som cru. A temática passa a abordar casos de extremismo no cotidiano como a canção “Crosstitution” que trata da queima de igrejas ocorridas na Noruega. “Octagon” (95) o álbum posterior segue a mesma temática no entanto musicalmente é um álbum mais rápido com pequenos toques de industrial. Neste meio tempo Quorthon começa a trabalhar em sua carreira solo auto-intitulada e lança “Álbum” (96) e “Purity of Essence” (97) que é orientado no rock básico e liricamente a maior fonte de inspiração foi as pessoas ao redor, segundo o músico o objetivo deste trabalho solo foi desmistificar a imagem errada que as pessoas faziam dele e do Bathory achando que o mesmo era satanista, vivia em cavernas, comia bebês e etc. Quorthon não lançou os álbuns sobre o nome Bathory se não teria assinado com a banda. Gravado em 88/89 “Blood on Ice” só pode ser lançado em demo pois o mesmo necessitava de trabalhar as gravações então em 96, Quorthon desenterra o álbum que musicalmente e liricamente falam sobre a saga de Conan O Bárbaro na mitologia nórdica. Após um tempo sem álbuns sai “Katalog” (2001) uma coletânia com uma música de cada álbum inclusive uma do próximo álbum que seria o “Destroyer of the Worlds” que é um álbum que faz um apanhado na carreira do Bathory e em 2003 sai Nordland I e em 2004 sai Nordland II que é uma história imaginária criada por Quorthon. Nordland segundo o músico, é uma terra antes do cristianismo. No dia 7 de Junho de 2004, uma segunda feira o músico foi encontrado morto em seu apartamento em Estocolmo devido a um problema cardíaco que o músico já sofria há alguns anos. E assim terminou a saga de um gênio inovador da música.
“Quorthon foi muitos passos além com sua imagem e som. Ele definou os padrões do que é conhecido Black Metal quando gravou Under the Sign of Black Mark. Seu legado ainda vive, e seu nome irá permanecer na história para sempre.”
Vorskaath (Zemial)
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