MÚSICOS
DE OSASCO E REGIÃO
Criado em 2011 com a proposta de mapear, incentivar e profissionalizar músicos, instrumentistas, intérpretes e compositores de Osasco e cidades da região, o ECOS Musicais nasceu da vontade de construirmos um espaço de projeção para novos artistas, ainda desconhecidos do público. Cada edição contou com um curador convidado, dedicado a avaliar e selecionar os trabalhos inscritos juntamente com a equipe técnica do SESC Osasco. Entre maio de 2014 e maio de 2015, realizamos a terceira edição do Ecos Musicais com curadoria do trombonista, compositor e arranjador Bocato. Para além da seleção dos 33 grupos que estiveram no palco do SESC Osasco, Bocato dirigiu os shows, orientou os músicos e explorou no palco, juntamente com os artistas, um território de novas possibilidades estéticas. Trazer ao público novas sonoridades, colocar luz sobre a obra e o trabalho dos artistas, abraçar a produção local e contribuir com a profissionalização dos músicos tem sido motivação importante para toda a equipe envolvida na realização do Ecos. Encerrada esta edição, tão prestigiada pelo público, podemos dizer que tivemos a alegria de conhecer e conviver com artistas talentosos e promissores, que nos estimulam a manter e aprimorar o projeto. Sesc Osasco
UNIãO E GENEROSIDADE “Fui extremante feliz nesse período mágico”, diz o trombonista e compositor Itacyr Bocato Júnior, o Bocato, sobre a inédita experiência na curadoria da edição mais recente do Ecos Musicais, iniciativa do SESC Osasco que dá visibilidade à produção sonora dos artistas de Osasco e região. “Até então, nunca havia sido curador. O convite para participar me proporcionou algo lindíssimo: a oportunidade de conhecer o trabalho de tanta gente boa que, tenho absoluta certeza, faz parte de uma forte efervescência cultural”, comenta. Nascido em São Bernardo do Campo, no Grande ABC Paulista, o músico criou a cultuada Banda Metalurgia. Acompanhou nomes como Arrigo Barnabé, Elis Regina, Rita Lee e Ney Matogrosso. Gravou discos solo autorais e prestou tributo a Pixinguinha. Além de apresentar-se diversas vezes no exterior e participar de inúmeros programas de TV e rádio. Enfim, uma referência do instrumento de sopro que impunha desde os anos 1970. Cientes dos feitos artísticos do curador do Ecos Musicais, muitos dos eleitos não acreditaram quando Bocato subiu com eles no palco do projeto. O que ocorreu em todos os shows da temporada.
“Me doei completamente ao processo de curadoria. Sou músico e gosto imensamente de tocar. Dividir a cena com as bandas selecionadas foi uma maneira de dar e receber força”, diz ele, lembrando que, apesar da vasta trajetória profissional, é ainda o mesmo aprendiz curioso de outrora. “Os anos passaram, veio a maturidade, mas continuo sendo inquieto. Estive com os grandes da música popular brasileira e transito pelo underground. Na verdade, eu também sou todos aqueles garotos que assistiram aos shows uns dos outros”, conta ele, salientando que a interação e a generosidade entre as atrações foram coisas comoventes testemunhadas no Sesc Osasco. “Nos anos 1970, lutávamos contra a ditadura militar. Hoje, a luta é pela qualidade da música, pela credibilidade e por divulgação. Para que se consiga isso é necessário que haja um mínimo de união e generosidade entre aqueles que estão produzindo. E eu pude ver isso acontecendo durante a minha curadoria”.
MOSTRA ECOS MUSICAIS De 7 a 28 de junho de 2015
Programação Dia 7 – Gegê Caos | DNA de Vagabundo | Atirei o Pau na Lata Dia 14 – Doddo Silva | Michel Lima | Vanessa Moura Dia 21 – Dôdi | Susie Mathias | Pindorama Dia 28 – Planeta Jah | Naguetta | T-Rocks Os shows acontecem às 15h30, às 16h30 e às 17h30 na Tenda 1.
Foto: Julio Ramos
“Faço um rap sem massagem”, informa o MC, professor e arte-educador Gegê Caos, de Carapicuiba. “Falo da realidade sem maquiar ou passar a mão na cabeça do sistema. Vivemos em uma sociedade predominante branca e conservadora que explora a população negra, pobre e periférica há muitos séculos”.
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Envolvido com a cultura hip-hop desde 1998, Gegê Caos fundou, em 2000, o coletivo Caos do Subúrbio. Graduado em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC), o MC trabalha na divulgação do single “Não é rap a granel”, lançado em março deste ano, composição que integra seu próximo disco solo, “SoundAta”, cuja previsão de chegada às ruas é o segundo semestre de 2015.
Atração do Ecos Musicais em 2014, o artista pretende apresentar um panorama contundente de sua produção. “Voltar ao Sesc Osasco é, sem dúvida, uma satisfação profissional e pessoal muito grande porque só me faz constatar que estou no caminho certo. No repertório, teremos músicas do meu disco anterior, “Di Gegê pra Jeje”, e do novo. Nelas, os problemas sociais, as condições sub-humanas da população pobre, o preconceito institucionalizado surgem em meio às batidas pesadas no estilo boom bap, onomatopéia referente ao toque básico de um tambor, ou seja, boom (grave) e bap (agudo), que remete à caixa”, ensina. Ficha técnica: Gegê Caos , DJ Pow (vozes), Luiz Preto e Tico QDP (apoio de voz e convidados)
GEGÊ CAOS
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Foto: Thiago Norberto
Fundado em 2010 por moradores de Osasco, Carapicuiba e Pirituba, em São Paulo, o DNA de Vagabundo tem o hip-hop como meio de expressão e brinca com o preconceito enfrentado pela estética no passado. “Durante muito tempo, o rap, um dos elementos da cultura hip-hop, foi taxado de música de ladrão, coisa de vagabundo. Como queríamos um nome forte e sempre trouxemos essa cultura no sangue, optamos por DNA de Vagabundo”, conta o MC Nonato, que, juntamente aos MCs China e Tirolês e o DJ Fúria, integra o grupo. Em fase de produção do novo álbum, que, segundo Nonato, será mais autoral que a mixtape “Transfusão”, de 2012, o DNA de Vagabundo tem se apresentado em festivais e foi eleito o melhor grupo de rap de Osasco na edição 2013 da Premiação Caracas Rap Festival. “Nosso principal objetivo é a interação do nosso rap com outros gêneros musicais, com outros públicos. Isso é o que mais agrega pra maturidade do trabalho do DNA”, diz o MC.
Nesse sentido, a participação no Ecos Musicais foi um marco. “O projeto é brilhante. Oferece aos artistas locais a maravilhosa experiência de trabalhar e receber um feedback da produção do Sesc e de grandes nomes da música, como o mestre Bocato. Foi uma honra para nós saber que nosso trabalho chamou a atenção dele. Uma oportunidade dessas é de suma importância pra quem, como o DNA de Vagabundo, está construindo uma carreira e tem menos experiência”. Ficha técnica: Nonato, China e Tirolês (vozes) e DJ Fúria (toca-discos)
DNA DE VAGABUNDO
Sediado em Osasco, o projeto Atirei o Pau na Lata é a realização do sonho de dois migrantes potiguares, os educadores Isis de Castro e Fabio Galho. “Tocamos em uma banda de percussão de Natal, no Rio Grande do Norte, chamada Pau e Lata, do mestre-regente Danúbio Gomes, que nos iniciou na trajetória da batucada”, conta, em vídeo publicado no YouTube, Isis de Castro. “Acreditamos muito no poder transformador da música”.
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Foto: Divulgação
Com forte acento pedagógico, a proposta do grupo é resgatar os ritmos regionais, étnicos e folclóricos por meio de instrumentos fabricados com material reciclável. Equipamentos resultantes das oficinas de criação oferecidas pelo grupo à comunidade. “Temos artistas circenses, atores, músicos, dançarinos e professores”, diz Isis. “Somos todos educadores populares e trabalhamos com a onda de alegria que renova as pessoas e as lembra da responsabilidade por ressignificar seus lugares de moradia”. Cultura popular e sustentabilidade: eis o batuque do Atirei o Pau na Lata, atração do Ecos Musicais 2014, que retorna agora ao palco do Sesc Osasco. Ficha técnica: Fabio Galho (voz, direção musical e artística), Cíntia Franco (percussão e voz), Marcio Mendes (percussão e backing vocal), Dayse Monteiro (percussão e backing vocal), Gisele Campos (percussão e backing vocal), Mércia Reis (percussão e backing vocal), Kátia Rodrigues (percussão e backing vocal) e Daniele Leite (percussão e backing vocal).
ATIREI O PAU NA LATA
Atualmente, o músico prepara o repertório do novo disco, o sucessor do elogiado álbum de estreia,“Fração dos ventos”. “Depois da boa aceitação do primeiro disco, estamos iniciando o trabalho de criação do próximo CD”, conta. Das performances realizadas com base nas composições de “Fração dos ventos”, a apresentada no Sesc Osasco, em novembro de 2014, tem sabor especial para o músico. “Estar no Ecos Musicais foi muito bom. Afinal, moro em Osasco e muitos dos meus amigos tiveram a oportunidade de conhecer mais do meu trabalho ali no palco. Sou muito grato à produção e ao Bocato por me convidarem novamente”, diz ele, que promete aos espectadores uma mescla de samba, frevo, baião, funk, vertentes jazzísticas, entre outras bossas. Ficha técnica: Doddo Silva (saxofones, flauta e gaita), Diego Gil (bateria), Daniel Grajew (teclado), Luiz Cláudio Sousa (guitarra) e Rodolpho Lemes (contrabaixo)
DODDO SILVA
Dia 14
Foto: Divulgação
Morador da cidade de Osasco, o multi-instrumentista e compositor Doddo Silva é da tradição da música instrumental brasileira.“Gosto de surpreender as pessoas, principalmente àquelas que não têm acesso constante à produção instrumental. Elas ficam maravilhadas com a variedade de ritmos e melodias. Os improvisos que rolam durante o show também impressionam”, diz ele.
Dia 14
Foto: Bruno Marques
Para o pianista, arranjador e compositor barueriense Michel Lima, o termo brazilian-afro-jazz talvez seja o mais apropriado para definir sua produção autoral. “Minhas raízes foram fortalecidas na música popular brasileira, na caribenha, no jazz, no gospel e na erudita. Fui influenciado por Egberto Gismonti, Bira Marques, Roberto Sion, Arismar do Espírito Santo, Michel Camilo, Brad Mehldau, Keith Jarrett e Hermeto Pascoal, grandes mestres”, enumera.
Vencedor do Grammy Latino 2008 (pela coprodução e arranjos do álbum, “Som da chuva”, de Soraya Moraes) e trabalhos em estúdios de gravação e palcos com Maria Rita, Marcelo D2, Jorge Vercilo e Simoninha – com quem esteve no Rock in Rio Las Vegas, em maio -, o músico lança nos próximos meses o segundo disco, ”Michel Lima Trio”. “Parte das composições é inédita e poderão ser ouvidas em primeira mão. As outras são antigas, mas com uma nova roupagem”, diz ele, atração do Ecos Musicas em fevereiro deste ano. “Participar do projeto e retornar ao Sesc Osasco é uma satisfação inenarrável, estou muito feliz em poder utilizar a data como pré-lançamento do meu novo trabalho”. Ficha técnica: Michel Lima (piano), Fernando Rosa (contrabaixo) e Miguel Assis (bateria)
MICHEL LIMA
Dia 14
Foto: Aline S Santos
A cantora Vanessa Moura está em processo de finalização do primeiro álbum, “Sem me preocupar”. “Já tem muita coisa gravada e estamos na fase de mixagem e masterização. É um sonho que se realiza: levar a minha música para as pessoas, além dos shows, com o que será o disco pronto. Tenho feito uma série de apresentações de pré - lançamento do álbum e nossa estreia foi no Sesc Osasco”, diz a artista, referindo-se à passagem pelo Ecos Musicais, ocorrida em março deste ano.
“Foi uma emoção indescritível. Tive o carinho da equipe do Sesc que compartilhou comigo esse momento tão bacana. O aval de um ícone da música como o Bocato fez toda a diferença. Tenho muito a agradecer a ele”, conta ela, que passeia pelas searas da soul music, da MPB e do pop. “Quando recebi o convite para voltar à unidade com o show ‘Sem me preocupar’ foi muito gratificante. É uma felicidade saber que esse trabalho, feito com tanto carinho e amor à música, totalmente feito de forma independente, está cativando um espaço tão especial como o do Sesc Osasco”, diz Vanessa. Ficha técnica: Vanessa Moura (voz), Fábio Porpeta (bateria, produção e direção musical), Michel Lima (teclados), Gileno Foinquinos (guitarra) e Jackson Lourenço (baixo elétrico)
VANESSA MOURA
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Foto: Divulgação
Douglas Jericó, o Dôdi, tem um histórico de superação de adversidades e amor incondicional pela música. Artista desde a infância, estudioso de violão e finalista do reality show “Popstars 2003”, do SBT, o cantor e compositor osasquense sofreu uma lesão medular em 2009. Tetraplégico, criou novas formas de expressão artística e gravou o disco de estreia, “...e adeus Carina”. “Lutei muito para reaprender a cantar depois do acidente”, diz ele.
Do intenso processo de reaprendizado, Dôdi saiu com as faixas autorais do registro, muitas delas compostas antes do acidente. Temas que transitam pelo forró, pelo reggae, pelo pop rock e pelo samba. Por conta do lançamento, ele foi personagem de reportagens de jornal e TV. Também voltou aos palcos. A passagem pelo Ecos Musicais, em 2014, foi um capítulo especial na trajetória.
“Conseguimos lotar o Sesc Osasco. A repercussão foi maravilhosa. A primeira vez que me apresentei com tamanha qualidade sonora, de estrutura. E olha que eu tenho uma certa experiência”, comemora. “Espero todo mundo neste meu retorno ao espaço. Estou muito feliz com o novo convite”. Ficha técnica: Dôdi (voz), Hend William (guitarra), Eric Brandão (violões e guitarra), Ronaldo Rodrigues (bateria) e Anderson Santos (contrabaixo)
DôDI
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Foto: Divulgação
Susie Mathias e Banda Arapuá é uma união de forças criativas. A cantora e compositora Susie Mathias é estudiosa das sonoridades do Brasil profundo desde os anos 1990. Esteve em diversas localidades do país para investigar as manifestações da cultura popular. A intensa pesquisa a levou, em 1998, ao grupo Mawaca, onde atuou até 2010.
Já a Banda Arapuá é do Jardim das Bandeiras, em Osasco, e estreou na Jornada Mundial da Juventude de 2013, no Rio de Janeiro. Na ocasião, Susie Mathias foi a convidada. Estão juntos desde então. Eles têm apresentado o show “Canção das moças”, cujo repertório é do primeiro CD solo da artista, composto por ritmos brasileiros oriundos do lundu africano, tais como carimbó, samba de roda, milonga, maxixe, ciranda, entre outros. “A sonoridade do ‘Canção das moças’ vem dos terreiros, das senzalas e dos festejos populares”, conta.
“Participar do Ecos Musicais foi uma honra para nós. A reciprocidade do público foi surpreendente e o trombonista e curador Bocato fez uma participação”, diz a cantora, referindo-se à passagem deles pelo projeto em fevereiro deste ano. “Retornar ao palco do Sesc Osasco é um presente e um privilégio”. Ficha Técnica: Susie Mathias (voz), Zani Silva (backing vocal), Celso Marques (saxofone), Nete Ferreira (violão), Luis Mea (violão), Ivan Silva (cavaquinho e teclado), Carol Ferreira (percussão) e Jack Silva (percussão)
SUSIE MATHIAS E BANDA ARAPUÁ
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“O Projeto Pindorama é Brasil, uma verdadeira mistura de sons”, diz o cantor e percussionista Willians Marques, idealizador do grupo osasquense. “A regra é não ter regra: tocamos de funk, não o carioca, a samba e forró. Minhas referências vão de James Brown e Djavan a Dominguinhos e Racionais MC’s”, informa.
Foto: Divulgação
Por oito anos, o músico integrou a trupe O Teatro Mágico. Durante o período, atuou também como malabarista e dançarino. Por volta de 2010, já liderando um projeto solo, o artista concebeu o que seria o Pindorama. “Não me interessa só o entretenimento. Nossa música convida as pessoas para brincar de pensar e refletir sobre os dias atuais. Falo, por exemplo, da falta d’água no mundo, das ansiedades e dificuldades enfrentadas pelos surdos e das pessoas que usam a internet para se relacionar”, conta. Focado no trabalho de mixagem e masterização do álbum “Vendo vozes ao vivo”, Marques pretende trazer novamente ao Sesc Osasco o que ele chama de arte coletiva. “Adoro a interação com o público. Cada apresentação é única. Já tivemos participações especiais de uma esquete teatral só com surdos, de um coral de linguagem de sinais, dançarinos de rua, circenses e muito mais”. Ficha Técnica: Willians Marques (voz e idealização), Emerson Marciano (contrabaixo), Elias Jó (teclado), Kiwi (trombone), Flavinho Mello (guitarra) e Diego Bodão (bateria)
PROJETO PINDORAMA
Dia 28
Foto: Divulgação
Praticando uma singular mescla de estilos que vai desde a soul music até o rock’n’roll, passando pelo reggae e pelo samba rock, a osasquense Naguetta iniciou os trabalhos em 2005. E, desde 2007, tem Roger Silva (vocal e guitarra), Rauf Lacerda (guitarra), Ivan Motta (contrabaixo), Kelson Feitosa (bateria), Erik Araújo (trompete) e Feldeman Oliveira (trombone) na formação. “Nossa sonoridade é percussiva e cheia de suingue”, descreve Roger Silva. Além disso, segundo o cantor e guitarrista, há uma grande preocupação com o conteúdo letrístico das canções. Nelas, a política, o comportamento social, as narrativas do cotidiano e as mensagens de positividade dão o tom.
Com vitórias consecutivas em festivais de música em Osasco e na região do Grande ABC, palcos divididos com grupos como O Rappa, Raimundos, O Teatro Mágico e Dead Fish, uma turnê européia e dois EPs na bagagem, o sexteto lançou neste ano o primeiro álbum completo, “Sem distinção”. Aliás, a festa de lançamento do registro, em maio, também serviu para a gravação do DVD “Sem distinção ao vivo”. O Nagueta tem ótimas lembranças da primeira vez em que estiveram no Sesc Osasco. “Foi muito bom. A oportunidade de tocar em uma estrutura como a oferecida pelo Sesc é enriquecedora e remete a algo extremamente profissional. É um grande passo na carreira de um artista que tenha produção autoral”, diz Roger, lembrando que o convite para retornar ao palco da unidade traz a ele e aos companheiros de banda “uma sensação de missão cumprida com gostinho de quero mais”.
NAGUETTA
Ficha Técnica: Roger Silva (vocal e guitarra), Rauf Lacerda (guitarra), Ivan Motta (contrabaixo), Kelson Feitosa (bateria), Erik Araújo (trompete) e Feldeman Oliveira (trombone)
Dia 28
Quando o T.Rocks surgiu, em 2010, a experiência pregressa no rock’n´roll de seus integrantes já era notável. Atuando juntos ou divididos em outras bandas desde o início da década de 1990, o cantor e guitarrista Herbert Raszl, o baterista e backing vocal Raul Lima, o contrabaixista Tiago Ribeiro e os guitarristas Tomi Kussano e Lufe Herlinger promovem agora, segundo eles, um diálogo entre acordes distorcidos, melodias bem desenhadas e muita poesia.
Foto: Divulgação
“Nosso repertório oferece uma diversidade de canções autorais e o universo do discurso poético aborda temas do cotidiano em toda sua amplitude, porém, com evidente órbita nas questões sociais e existencialistas”, informa o cantor e guitarrista Herbert Raszl. Em plena divulgação do single mais recente, “Esperando seu amor chegar”, e registrando em estúdio as composições que farão parte do novo CD, o músico comemora a passagem do T.Rocks pelo Ecos Musicais. “Foi ótimo. A performance nos rendeu grandes elogios do público, dos programadores da unidade e do renomado trombonista Bocato, que, além de participar do nosso show, nos convidou para fazer parte deste momento de encerramento de sua curadoria no projeto”. Ficha Técnica: Herbert Raszl (guitarra e voz), Raul Lima (Bateria e backing vocal), Tomi Kussano (guitarra), Lufe Herlinger (guitarra) e Tiago Ribeiro (contrabaixo)
T.ROCKS
Dia 28
Criado em 2007, em Osasco, o Planeta Jah, como o nome sugere, tem um especial apreço pela cultura jamaicana. “Somos uma banda de música reggae instrumental, uma orquestra de instrumentos de sopro com uma sonoridade dançante e ao mesmo tempo reflexiva”, diz o saxofonista Gita Guitom. “Fazemos uma viagem musical pelos ritmos jamaicanos e pelas nossas influências da música brasileira e africana”.
A banda passou por um ano de pausa nas atividades e retornou com força total em 2015. “Um período de austeridade que foi super auspicioso. Tivemos a oportunidade de reciclar a sonoridade da banda e quando voltamos, já no palco do Sesc Osasco, nossa apresentação estava muito mais primorosa e conseguimos realizar uma nova conexão com o coração do nosso público”, reflete o músico.
Foto: Dan Matheus
Para Guitom, o lançamento do novo single, “Open the gates”, é reflexo deste momento de (re)união planetária. “Estamos muito felizes com esse novo ciclo que se inicia em nossa jornada.”, comemora. “E voltar ao Ecos Musicais é uma alegria muito grande. Afinal, o projeto é realizado na nossa cidade”. Ficha técnica: Gita Guitom (saxofone alto), Orlando Matias (saxofone barítono), Paulinho Marques (saxofone tenor), Rafael Brás (trombone), Ras Fernando Alves ( guitarra), Lucas Frugoli (teclados), Fabrício Jah Fayah (bateria) e Danilo Rastael (baixo)
PLANETA JAH
PLAN CASA MONKEY
Ficha técnica: Vinicius Trindade (guitarra e voz), Raphael Bontenpi (contrabaixo) e Marcos Bianc (bateria)
Foto: Divulgação
ORAGHA
Foto: Divulgação
Formada em 2012, a banda osasquense prepara-se para gravar o primeiro álbum inspirado, segundo eles, no indie rock, na música folk, no ska e no blues. “Misturamos poesia com a vida cotidiana. Autorais, as composições descrevem nossas vivências e experimentações de novas sonoridades”, diz o guitarrista e vocalista Vinicius Trindade.
Grupo fundado em 2010, o Plan Casa Monkey apresentou no Ecos Musicais sua sonoridade calcada na miscelânea de estilos. “Adicionamos pitadas de rock às culturas brasileira e jamaicana”, conta o guitarrista Núbio Fly. “Participar do projeto foi algo importantíssimo para a banda. Um momento marcante nas nossas vidas”, diz ele.
Ficha técnica: Pauloscope (voz), Léo Microfonia (voz), Anderson Cabelo (contrabaixo e backing vocal), Núbio Fly (guitarra e backing vocal), Gil Gonçalves (bateria) e Bidu Mendes (teclado, samples e backing vocal)
Ficha técnica: Sandro de Lunna (contrabaixo), Jhonata Prisco (bateria) e Marcio Sanches (guitarra e violão)
ERON MEIRA
Foto: Divulgação
MS & FRIENDS
Foto: Divulgação
A banda instrumental existe desde 2008. E, nas palavras do contrabaixista Sandro de Lunna, trata-se de “uma fusão do rock com elementos rítmicos da música mundial, feeling e improvisos, tudo com base na guitarra, no baixo e na bateria”. Com o disco de estreia produzido por Andreas Kisser, guitarrista do Sepultura, e um segundo CD nos planos, o power trio foi o primeiro ligado à sonoridade mais pesada a se apresentar no Ecos Musicais.
Nascido na Bahia, mas de “espírito Naturalizado osasquense”, o cantor e compositor Eron Meira é um veterano da noite da Grande São Paulo. Com releituras de músicas de Gilberto Gil e Sivuca, e produções autorais, em parceria com Salatiel Silva e Bilo Mariano, no repertório, o músico trouxe ao Sesc Osasco o show “Chegue mais”.“Foi muito bacana participar do Ecos Musicais. Além da recepção maravilhosa das pessoas, da participação do Bocato e da estrutura de som que dispensa comentários”, diz ele. Ficha técnica: Eron Meira (violão), Sérgio Albenes Soares da Silva (contra- baixo) e Marco Antônio Soledade (bateria e percussão)
Ficha técnica: Guilherme Kafé (voz e violão), André Odé (contrabaixo acústico), Igor Caracas (percussão) e Andre Bachur (bandolim)
Foto: Nicolas Gondim
GUILHERME KAFé
PROJETO MARUPá
O Projeto Marupá tem como intuito resgatar valores poéticos e instrumentais da música popular brasileira. O repertório do recémlançado álbum “Batucada” é o que tem sido executado pelos artistas. “Foi maravilhosa a nossa participação no Ecos Musicais. Pudemos levar um pouco de nossas raízes para o publico da nossa cidade e da região”, comemora o violonista Marcílio Zarpelão, idealizador do grupo em 2011. Ficha técnica: Priscila Christensen (cantora e compositora), Marcílio Zarpelão (violão), Roberles Lopes (saxofone e flauta), Andre Perine (contrabaixo), Felipe Kasteckas (bateria), Danilo Ribeiro (Percussão) e Marcelo Elias (piano)
Foto: Divulgação
Com um EP, “Desayuno”, na bagagem, o cantor, violonista e compositor osasquense Guilherme Kafé já praticou e incorporou xote, baião, maracatu, choro canção, samba, bossa, salsa e, segundo ele, “coisas esquisitas em 7 por 8”. O artista prepara-se para gravar o álbum de estreia, dedica-se ao projeto paralelo Kafé Trem, com o grupo Trem 205, e segue apresentando-se no Brasil e no exterior. “O show de lançamento do EP no Ecos Musicas deu uma impulsionada no meu trabalho”, conta o músico.
Ficha técnica: Hanilton Messias (piano), Felipe Alves (contrabaixo), Vinicius Chagas (saxofone e flauta) e Fábio Porpeta (bateria)
Foto: Divulgação
QUARTETO MUNDI
Foto: Divulgação
Fundado no início de 2014, o Quarteto Mundi não se prende a um gênero musical específico. “Tocamos baião, funk, jazz e bossa nova, tudo misturado num caldeirão só”, diz o contrabaixista Felipe Alves. “Nossa sonoridade é eclética. Temos temas bem definidos e momentos de muita improvisação”, conta ele, Que deve lançar em breve o álbum “Deserto” com o quarteto.
ERICK SAMPAIO QUARTETO O instrumentista compositor osasquense Erick Sampaio tem o arranjador e produtor Rubem Farias como mentor artístico. E também como baixista e diretor musical do quarteto que leva seu nome. Jazz, samba, ritmos latinos e africanos é o resultado do encontro deles. No repertório, temas autorais assinados em parceria por Erick e Rubem. Aliás, uma das composições, “Mr. Bocato”, presta homenagem, mais que merecida, ao trombonista e curador do Ecos Musicais. Ficha técnica: Erick Sampaio (bateria), Gileno Foinquinos (guitarra) e Clayton Sousa (saxofone tenor)
Ficha técnica: Cibelli Martinelli (voz), Vitor Toyonaga (guitarra), Israel Antonini (contrabaixo) e Saul Oliveira (bateria)
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Foto: Divulgação
EUPHúRIA
Foto: Divulgação
Em fase de pré-produção do que será o segundo álbum, “O preço da liberdade”, o Euphúria é de Osasco. “Surgida em meados de 2009, a banda tem sua base no rock. Há ainda pitadas de pop e de MPB mais atual”, dizem eles. ”E a oportunidade de tocar no Ecos Musicais, em 2014, foi uma escola para nós. A reação do público diante das novas canções nos auxiliou bastante na definição do repertório do próximo disco”.
Fruto dos festivais estudantis promovidos pelo colégio Ceneart, a Subtotal surgiu em Osasco na década de 1980. ”Embora o grupo seja do início dos anos 1980, época em que o rock nacional se encontrava em total ebulição, o nosso som nunca se inseriu especificamente naquele contexto”, conta o cantor, violonista e guitarrista Dráusio Silva. Para o músico, a sonoridade sempre esteve mais próxima da tropicália, da bossa nova e da chamada vanguarda paulista. “Fazemos uma ‘M.úsica P.ropositalmente B.izarra’”, resume.
Ficha técnica: Dráusio Silva (guitarra, violão, acordeon e voz), Douglas Silva (guitarra, violão e vocal), Pepito (bateria percussão), Rei Bass (contrabaixo e vocal) e Jurah Di Anin (percussão)
Foto: Divulgação
Quarteto de Osasco, o Stanka iniciou os trabalhos em 2013. “Nosso som consiste em linhas dobradas de contrabaixo com guitarra, bateria grooveada com influências de funk dos anos 1970 e hip-hop nos vocais”, explica o baterista Stephan Natal. Com EPs e videoclipes em rotação na internet, o grupo tem se apresentado pelo Brasil e foi um dos convidados recentes do Ecos Musicais. Ficha técnica: Xirum (vocal), Luiz Garcia (guitarra e vocal), Raoni Natal (contrabaixo) e Stephan Natal (bateria)
MICHELLE SPINELLI & BANDA “Trabalhamos no limite dos timbres e da Foto: Divulgação
stanka
interpretação para tocar música brasileira de maneira forte e inusitada”, diz a cantora Michelle Spinelli, atração do Ecos Musicais em março deste ano. Na ocasião, a experiente intérprete viveu um novo momento na carreira. “O convite para participar foi muito importante. Afinal, foi a primeira vez que apresentei no Sesc um projeto só meu. Sou muito agradecida pela oportunidade”. Ficha Técnica: Michelle Spinelli (voz), Lilian Carmona (bateria), Thiago Espírito Santo (contrabaixo), Tomati (guitarra), Marcellus Meirelles (violão) e Reginaldo 16 Toneladas (trompete)
Ficha técnica: Marcelo Boka (guitarra), Domingos Silva (vocal), Rodrigo Molina (contrabaixo), Marcelo Farias (guitarra) e Samuel Canalli (bateria)
Foto: am fotografia
BARBA RUIVA
MOKó de SUKATA
Liderado pelo poeta e músico Erton Moraes e expoente da movimentação cultural Trokaoslixo, que resgata do lixo e do silêncio as mais variadas culturas populares e as reapresenta em um novo contexto, o Mokó de Sukata foi criado em Osasco no ano 2000. “Misturamos diversos estilos. Já gravamos com Z’áfrica Brasil e Jorge Mautner, que é nosso padrinho. Temos forró, rock, reggae, baião e muito mais no repertório”, diz Erton Moraes, que, com a banda, apresentou no Ecos Musicais o show “Antropofagia, kaos e lixo”. Ficha técnica: Erton Moraes (voz), Duzão Melo (contrabaixo), Arthur Frank (violão e guitarra), Leandro Teco (bateria) e SLA (teclado)
Foto: Jefferson Lima
Divulgando o EP homônimo nos palcos e nas redes sociais, a banda osasquense Barba Ruiva tem uma sonoridade calcada nos elementos do rock nacional oitentista. “Nosso repertório é repleto de canções autorais que valorizam a poética juntamente aos arranjos característicos das nossas influências do rock brasileiro produzido na década de 1980”, dizem os integrantes.
Foto:Allegra Giobbi
Amantes da cultura nordestina, os integrantes do Capim Novo criaram o grupo em meio a um curso de verão da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC). E desde então têm levado a tradição do forró por onde quer que passem. “Seguimos uma linha transcendental de terra, chão, energia e natureza”, conta o músico Nivalmir Santana. Ficha técnica: Nivalmir Santana (voz e triângulo e violão), Nanda Guedes (voz e sanfona), Fabio Maganha (voz, cavaco e percussão) e Val Santana (voz e zabumba)
Foto: Divulgação
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ROGER GUITARRA
Em meio às gravações do segundo disco, o instrumentista Roger Guitarra, morador de Osasco,acredita que música que produz é resultado de sua trajetória pessoal. “Por muito tempo, integrei banda de baile. Adolescente, era fã e dançava ao som da black music. Depois toquei em trio elétrico e fui estudar na Universidade Livre de Música e no Instituto de Guitarra e Tecnologia”, conta ele, atração do Ecos Musicais em abril deste ano. “A repercussão do show no Sesc me abriu portas em São Paulo e no Rio de Janeiro”. Ficha técnica: Roger Guitarra (guitarra), Toninho Ruiz (bateria), Magrão (contrabaixo), Kabé Pinheiro(percussão) e Joquinha do Acordeon (acordeon)
Foto: Instinto Coletivo
Concebido em 1994 pelo fagotista osasquense Alexandre Silvério, solista da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, a OSESP, o quinteto tem apresentado o repertório do álbum “Entre mundos”. “Tem jazz, bossa nova, valsa-jazz, choro, bebop, samba , tango e elementos da música erudita”, diz o instrumentista. “É uma sonoridade raríssima. O fagote é um instrumento que ainda não é comum na música instrumental de improvisação”. Ficha técnica: Alexandre Silvério (fagote), Fábio Leandro (piano), Vinícius Gomes (guitarra), Igor Pimenta (contrabaixo) e Sérgio Reze (bateria)
Foto: Divulgação
ALEXANDRE SILVÉRIO QUINTETO
HAKATA
Em fase de pré-lançamento do EP “Lampião samurai”, o músico e produtor Hataka promove uma vigorosa miscelânea de jazz, funk, hip-hop e experimentalismos ligados ao rock. E foi atração do Ecos Musicais em maio deste ano. “É algo fascinante participar de um evento cujo foco são grupos e artistas de variados estilos. Isso fortalece a música como uma arte de mensagem em diversas proporções. Foi uma honra tocar no Sesc Osasco”, diz ele. Ficha técnica: Hataka (voz), Felipe Urbandawn Wrechiski (guitarra), Caio Forster (violino), Matheus Bellini (violoncelo) e Daniel Moro (teclados)
“Amigos de infância, somos de Osasco, Capapicuiba e imediações. Nos reencontramos no final de 2013. Depois de alguns meses, começamos a compor e a ensaiar”, conta Beto Silver, vocalista da Silverband. “Pretendemos gravar o nosso primeiro disco até o final deste ano. Temos uma forte ligação com a música feita nos anos 1970, mas não queremos ficar presos ao passado. A gente acha que a rock precisa de coisas novas”, diz ele.
Foto: Divulgação
SILVERBAND
DANIEL WERGAN
Dando início à carreira solo com o show “Lamúrias e outras queixas”, o cantor e compositor osasquense Daniel Wergan é conhecido pela densidade de seu trabalho. “Todo o que eu aprendi na música foi como um mecanismo de cura, um desabafo das angústias da alma. Ela é a companheira para todas as dificuldades”, diz ele, ex-integrante de grupos como Antiqua e Wergandary. “Sem a pretensão de me fixar em gêneros e, sim, libertar-me, vou de fado, folk, indie, MPB e jazz. E, assim que houver oportunidade, eletrônico”, avisa. Ficha técnica: Daniel Wergan (voz), Júlio Pelloso (violoncelo), Gilberto Silva Pinto (contrabaixo) e Mauro Tahin (bateria)
Foto: Divulgação
Ficha técnica: Beto Silver (voz), Bond (contrabaixo), Bacchi Neto (bateria) e G Vecchi (guitarra)
O cantor e compositor osasquense Rick Melo (voz, violão e guitalele) despediu-se do repertório de seu primeiro álbum, “Urbanidade”, no Ecos Musicais. “Era o momento de fechamento de um ciclo. Foi um privilegiado fazer o último show do disco no Sesc Osasco”, conta o artista, que cita Jack Johnson, Norah Jones e Johnny Rivers como principais influências. Ficha técnica: Rick Melo (voz, violão e guitalele), Ronaldo Rodrigues (bateria), Guilherme Roxo (baixo), Bruno Cricenti (saxofone e flauta), Erik Araújo (teclado e trompete) e Feldeman Oliveira (trombone)
Foto: Divulgação
RICK MELO
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