Literatura - UNION arts 2

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Artistas brasileiros Quadrinhos & Contos


Artistas brasileiros Quadrinhos & Contos

E estamos aqui de novo ^^ A revista UNION arts está na sua segunda edição, estou muito alegre de ver este feito! Agradeço a você que baixou a edição um e comentou ou mesmo divulgou a seus amigos, mas agradeço em especial a todos os artistas que se esforçaram em participar de cada edição com grande dedicação. Espero que gostem das novas histórias, da continuação de uma e do extra sobre musica. Se tiver o desejo de ajudar a revista, por favor, encaminhe o e-mail que recebeu com o link para todos os seus amigos ou divulgue o banner em seu blog. Sem mais, desejo-lhe uma boa leitura!

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continua...


AUTORA: Cynthia de Melo BLOG - http://cynthia-melo.blogspot.com/ E-MAIL - cynthia_melo90@hotmail.com






























AUTOR: Rafa Santos BLOG - http://gibitales.blogspot.com.br E-MAIL - rafa.santos.710@facebook.com


























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AUTORA: LĂ­gia Zanella BLOG - www.zanellis.blogspot.com E-MAIL - ligia.zanella@gmail.com




Neckorthy é um vale remoto entre gigantescas montanhas antigas e com um imenso verde estonteante. O povoado é simples com casas de estrutura rustica e ruas apertadas, vestidos longos e corpetes são a moda feminina obrigatória, enquanto os homens usam roupas de classe. Neste povoado vive Mirian, jovem de personalidade forte e olhar fixo, decidido. Enquanto suas amigas e parentas passam horas no espelho se maquiando e falando sobre namorados, Mirian só tem um interesse, ler... ler livros... são livros sobre guerras medievais, cavalheiros em armaduras, dragões que cospem fogo e esplendorosas aventuras. Mirian como sempre esta debruçada sobre a banca de verduras de sua mãe, enquanto os clientes não chegam, ela lê seu livro preferido: Histórias de dragões. Vez por outra seus olhos fogem do livro e pairam sobre o nada, sua expressão simula muitas sensações, alegria, tristeza, espanto, perplexidade. Por alguns instantes, Mirian não está lá... não mesmo. Apenas seu corpo esta presente, sua mente... esta voa sobre o azul do mar em direção ao pôr do sol.


Sente o vento soprar velozmente em seu rosto, vê os picos das montanhas desaparecerem rapidamente na escuridão da noite. Dezenas, centenas, milhares de dragões surgem no céu, colorindo a noite com suas escamas multicolor que brilham ao delicado toque cintilante da lua nova. Mirian segue-os, voando de braços abertos, cheios de anseio por novas aventuras. Maravilhada não consegue nem respirar direito, ofega de emoção – Ver um dragão, um dragão de verdade! Que sonho! – pensa Mirian em seu pleno vôo – Me sentiria satisfeita em pode apenas tocar em suas escamas, vê-las de perto, reluzirem e espelharem por sobre minhas mãos como verdadeiras jóias, um arco-íris magnifico. Neste sonho literário, Mirian pensa ser realidade, ela vive este mundo, respira-o. – Será que um dia poderei ter tamanha aventura? Um dia quem sabe... Entre aquele incrível enxame de dragões, um deles de escamas verde, um verde lima, cintilante como metal na luz, dá meia volta e vem em direção de Mirian. De inicio a jovem fica apreensiva paralisa e fixa os olhos nesta bela criatura com grande espanto e admiração. O dragão se aproxima devagar, parece amistoso... Mirian então sente algumas formigas de curiosidade subir por sua coluna, inquietando suas mãos, a faz esquecer do medo e apenas sentir o desejo, a paixão de tocá-lo, tocar aquele incrível dragão. Mirian voa para perto do dragão que a olha amistosamente e faz gestos brincalhões, chamando-a para se aproximar. Mirian se aproxima – E-eu... posso tocar suas escamas, sentilas? – pergunta a garota gaguejando na tormenta de sentimentos que toma conta de seu coração.


O dragão acena que sim. Mirian não perde tempo e se aproxima, com as palmas das mãos para frente, esticadas, prontas para senti-lo. Quando de uma vez o susto lhe rompe a coragem, o dragão se vira e batelhe no rosto com a enorme calda, fazendo-a ver apenas um grande clarão. Voltando a si devagar, Mirian acorda para a realidade. Sente uma dor na cabeça a latejar, e passa as mãos. Vê seu livro jogado no chão ao lado dos seus pés e fica perturbada. – Mas afinal de contas, o que aconteceu?! – Agradeço a preferência senhora Lourdes, desculpe pela atrapalhada da minha irmã. – fala Mila, irmão do meio de Mirian, entregando as sacolas de verduras. A senhora olha com desaprovação para Mirian e balança a cabeça. – Essa menina, sempre avoada... será que um dia casa? Mila desaba a rir – Difícil dona Lourdes, mas quem sabe um dia.


Mirian que agora esta bem acordada e atenta se levanta num sobre-salto em direção a Mila – Ei! Que historia é essa de ficar rindo de mim? Ainda mais na frente dos clientes! Mila apenas vira o rosto e sacode as mãos. – Bah! Você fica ai viajando ao invés de atender os clientes e agora vem reclamar. A velha tava há meia hora te chamando e você só fazendo caretas estranhas, parece que é louca! Mirian fica vermelha e sem graça. As palavras de Mila a deixam muito zangada – Eu estava bem acordada! Não vem falar de atenção comigo não! – sente um latejo e dá uma pausa – Se não fosse essa dor de cabeça... o que será que aconteceu?... Que estranho, o meu livro tava jogado no chão...


Mila deu pra rir alto, desdenhosamente. – Ta vendo! Que atenta você estava, nem sabe o que lhe atingiu. Qualquer dia enquanto estiver viajando nas nuvens, um urubu gigante vem te pegar com as garras e te levar para alem mar. – Ah vai! Cada historia! – Você acredita em dragões, por que não acreditaria em urubus gigantes?! – Por que o que esta dizendo é besteira, não existem urubus gigantes, por outro lado existem dragões dos mais variados. – Ah é?! Me mostra um! – Mila faz um olhar intimidador de indagação para Mirian que o devolve com a mesma antipatia. Não abaixa a cabeça nem por um segundo. – Você vai ver Mila! Um dia encontro um dragão e vou mostralo a você e a todos deste vilarejo perdido no tempo! Mila dá um sorrisinho desacreditado de menosprezo. – Sei, acho que vou morrer esperando esse dia. – Você vai ver! E todos desse vale irão acreditar em mim! – Me fala uma coisa bobona, como tem tanta certeza de que existem realmente dragões?! – Pelos livros de Jordanmy. Se você lesse também saberia! – Livros! Livros! Malditos livros! Você sabia que ler esta te


deixando masculina, você começa a ter idéias... ler não é para mulheres. Por isso que neste vale apenas os homens vão a escola. Eu disse para o pai que ele não deveria ter te ensinado a ler, mas ninguém segura aquele velho maluco! Quando põe algo na cabeça já viu! Mirian sentiu o sangue ferver, se achegando mais a Mila apontou o dedo entre seus olhos, rosnando em tom ameaçador impôs a sua irmã o respeito. – Você não fala assim do pai! Nunca mais o chame de velho maluco nem de nenhuma outra palavra humilhante! Não desrespeite a memória dele! A memória de um homem inteligente, expressivo, verdadeiro. Não o desrespeite! – Mila arrastou seus pés a três passos recuando, assustada e indignada. – Eu disse, esta masculinizada! Até sua aparência é sinistra, sua voz dá medo! – Mirian segura os nervos e tenta ser delicada. De uma calma extremamente forçada, com dentes serrados e punhos fechados, tenta se controlar. – Eu não sou masculinizada! Saber ler não me faz menos mulher do que você ou qualquer uma deste vilarejo ignorante! Mila bufa pelo nariz e cruza os braços em pose de desafio. – Tah bom, eu acredito nisso! Mirian, Mirian... você já tem trinta anos e ainda não se casou, nem um namorado, nem um ficante se quer. Às vezes acho que você não gosta de homens. Ruborizada, Mirian segue controlando-se e explicando. – Eu já namorei sim, o Samuel, não lembra mais?! – O Samuel?! E aquilo conta?! Você desceu a porrada nele no primeiro dia de namoro! O coitado saiu com olho roxo e desde este dia homem nenhum tem mais coragem de se aproximar de você!


– Ma-mas... eu só fiz isso por que ele é um safado! Ele se aproveitou que o deixei me beijar e veio passando as mãos em tudo! Um cafajeste! Mereceu! Não me arrependo de nada e eu o faria de novo. – Pára Mirian! É normal uma passadinha de mão, um agarro a mais... e o finalmente! – Para você e as outras garotas desse lugar pode parecer normal, mas para mim não é! Eu quero apenas me entregar ao homem certo. Quando estiver casada, não vou sair dando minha virgindade a qualquer um! – Você fala como se fosse o maior tesouro que possui. Isso é a maior besteira! Virgindade... afff... pra mim você não quis experimentar a coisa, por que gosta de outras garotas isso sim! Igual a Samantha filha de Verônica da banca de pães. Mulher masculina, isso é o que você é! – desatou a rir alto e com olhar baixo de canto. Mirian se tremia toda, se segurava ao máximo, mas esta foi a ultima gota d água. Não agüentando mais os insultos pulou sobre os cabelos de Mila puxando-a para frente até cair no chão de barriga. Depois subiu sobre ela com os joelhos posicionados coluna a imobilizando e gritando puxava os cabelos da irmã. – Agora chega Mila! Não aceito mais insultos! Retire tudo que falou a meu respeito! Retire agora! Se não eu esfrego o chão da barraca com a tua cara de lagartixa!

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Enquanto Mirian puxava os cabelos de Mila e gritava para que ela se redimisse, Mila gritava mais alto ainda por socorro. Uma cena de guerra familiar. Logo a banca ficou rodeada de curiosos que fuxicavam uns com os outros. Depois de o barulho ter se tornado grande, a mãe das garotas sai de casa passando por uma cortina de pano marrom. – Grande Sayon, o que eu fiz para merecer isso!? Essas duas se matando de novo! Mirian por Sayon, Jasminie e todos deuses! Solte sua irmã agora! Mirian muito a contra gosto, soltou Mila aos poucos e se levantou devagar. As duas estavam completamente descabeladas e Mila com o rosto cheio de terra. Mesmo afastadas, dava para ver na expressão de Mirian que sua vontade era de esfregar por mais alguns minutos o chão com a cara de Mila. Enquanto Mila suja, olhava em volta para todos que assistiam e riam, ficou envergonhada e começou a chorar. – Eu disse! Eu avisei! A Mirian é uma mulher macho! Violenta, agressiva! Vai ser igual a Samantha, uma mulher homem! Mirian se inclinou para frente, mas a mão de sua mãe a empurrou pelo peito. – Mirian, chega. Já basta esse vexame, não vamos iniciar outro. Você Mila, entra agora e vá para o seu quarto. Não quero ver sua cara por aqui de novo nem tão cedo! Mila em fúria misturada com ignomínia sai aos prantos, mas antes de entrar pela porta, vira uma ultima vez e grita. – Sabe Mirian, você é tão desligada viajando nesse mundinho idiota de letras que nem percebeu que sua dor de cabeça foi por causa da reguada que dei em você! E dou de novo na próxima vez que tiver oportunidade!


– Chega! Entra logo, vai para o seu quarto! – Grita autoritariamente Miranda, mãe das duas. Em fim Mila entra, mas em compensação uma multidão curiosa fica olhando Mirian e sua mãe com muitos risos e chacotas. Miranda que não gosta dessas coisas logo acaba com tudo. – Olha aqui pessoal, o espetáculo acabou, podem seguir suas vidas! – Miranda fala enquanto puxa a cobertura da tenda e fecha sua barraca de verduras.


Mirian fica pensativa e triste. Após Miranda tampar toda a barraca com os panos de tenda, Mirian se aproxima e a abraça. – Mãe, desculpe pelo transtorno. Eu prometo que vou ter mais paciência com a Mila... mas tem hora que ela me tira do sério. – Eu sei Mirian, sua irmã é difícil... mas entenda, você é uma moça, não pode sair por ai dando porradas nem na Mila nem nas outras pessoas. Tem que segurar esse gênio! – Não é bem assim, eu só dou porrada na Mila e de vez em quando. Tenho até muito paciência com ela. – Mas não é mesmo! E o rapaz da pracinha? – Ah, ele me chamou de gostosa... Eu não ia deixar barato essa insolência! Tem que ter respeito. – E a filha da Samira? Você a deixou de olho roxo ou já esqueceu? – Mas foi por causa das fofocas que ela inventa de mim. Não tem o que fazer e sai por ai dizendo que eu sou mulher masculina, eu não posso deixar isso passar! – Sim, eu sei... e mais um monte de outras pessoas que você desceu a porrada... sempre por que mereciam. Mirian se cala e senta num caixote do lado da banca de abóboras. Joga os braços sobre a banca e deixa o rosto numa pose cansada. – Mas todos mexem comigo, faço isso por que eles merecem. Por que não me deixam em paz, por quê?!


Miranda sente pena da filha e a abraça com ternura. – Calma filha... a culpa de tudo isso foi do seu pai, te masculinizou, ficava te ensinando a usar a espada, a jogar dardos, a ler... pode?! Você é a única aqui que sabe ler. Pare de ser assim Mirian, se arrume mais, seja mais gentil com as pessoas, deixe esses livros de lado... assim, quem sabe, você até... Mirian a interrompe com voz rouca e abafada. – Encontre um marido? É isso que a senhora ia dize né mãe? – É Mirian... você já tem trinta anos filha e não é casada, não sai com rapazes... as pessoas comentam, você sabe que tipo de coisas comentam. – Sei, acham que só por que ainda não me casei e sou virgem sou mulher homem. Mas isso não é verdade. Eu já expliquei. Só quero me entregar para o homem certo – um silencio se seguiu. Miranda e a filha ficaram um pouco quietas e pensativas, um pouco hesitante mas cheia de agonia a mãe é a primeira a quebrar o silencio com uma pergunta peculiar. – Mas e se não encontrar o homem certo? Não me dará netos? Mirian desperta do silencio como se houvesse recebido uma bofetada. – Mãe, eu acho que a senhora já tem netos demais, todas as minhas cinco irmãs mais velhas já te deram aos montes de netos, Mila logo arruma um qualquer ai e te dá mais netos também, por que essa insistência comigo? – Porque eu quero que seja feliz – seu olhar é tristonho. – Mas eu sou feliz do jeito que sou. Sou feliz por ler minhas pilhas de livros, sou feliz por fazer treino com a espada... eu sou feliz em estar solteira mãe. Sou feliz por ser virgem e me guardar. Sou feliz com tudo isso, por que será que as pessoas não conseguem entender?...


Miranda passa as mãos no rosto e com suspiros termina. – Pois é, acho que não tem jeito mesmo. As pessoas vão continuar falando... – assim sai devagar e entra em casa, Mirian continua por mais um tempo na tenda. ............ O sol esta se pondo, já escureceu bem. Mirian veste suas roupas de treino, fecha o cinto com a espada, nas costas carrega uma mochila pesada com arco e flechas presos na lateral. Quando ia ultrapassar os panos da tenda, ouve vozes e se deixa atenta com os ouvidos. São dois homens. – Você viu hoje a guerra que teve aqui?! – Não, eu não vi, mas deve ter sido muito boa! – E como foi! Duas gatinhas selvagens brigando... pena que a mais velha tava mais pra dragão do que pra gatinha. Os dois riam muito, se divertiam com os comentários. Mirian ouvia rangendo os dentres. – Aquela Mirian cara, devia ser homem. Ia ser um ótimo guerreiro ein... qualquer dia desses cresce barba nela. – É mesmo! Que mulher homem. Totalmente masculina. Eu que não quero uma mulher assim, dá vergonha. – Todos iriam comentar a caçoar, acho que essa não casa mais não. Sem chance. Não tem louco nesse vilarejo para querer receber carinho com porrada – e mais risos irônicos e sarcásticos. – Dizem que ela ainda é virgem, ela diz que quer se guardar para o homem certo, mas quer saber... isso é coisa do passado, ninguém mais segue essa frescura de se guardar. Pra mim isso é outra coisa. – Só é... isso é medo de homem, mulher masculina gosta mesmo é de...


Mirian estava se tremendo de raiva, suava frio e não conseguia mais ficar calada. Saiu de entre os panos da tenda como um fantasma, puxou sua espada que refletiu o brilho da lua nos olhos dos homem, que piscavam muito, até que enfim enxergaram a figura de uma mulher vestida de calças e botas masculinas com uma espada na mão. Ficaram congelados de susto. O que estava a falar terminou a frase com o ultimo suspiro que seus pulmões guardavam. - ... mulher. – Muito interessante, vocês falam que sou mulher masculina, mas vocês não ficam atrás das fofocas femininas! A minha vontade agora é de lhes transpassar essa espada, mas não quero sujar minhas mãos. Seu... seus... ignóbeis!


Os homens arregalaram os olhos para a espada e viraram de uma só, saíram correndo e gritando. – Socorro! A mulher homem quer nos matar! Agora também anda com espada e armadura! Socorro! – um deles parou a alguns metros de correr e olhou para trás. – Cara, do que ela nos chamou mesmo? Que raio de palavras eram aquelas? – Sei lá! Deve ser magia... vamos correr! Mirian guardou sua espada e com os olhos transbordando indignação deu um berro. – Eu não suporto mais isso! Não suporto essa vila ignorante! Eu vou embora daqui. Os vizinhos tinham acordado com o barulho, varias luzes de vela se acenderam, Miranda saiu de casa para a rua correndo. – Filha, o que ouve? – O que houve mãe?! O que sempre há! Me ridicularizam sempre, por que sei ler... por que uso espada... por que não sou dada a homens e por que sou virgem! Chega eu não agüento mais! – Mirian, entra filha. Os vizinhos estão olhando da janela. – e estavam mesmo, um monte de curiosos se penduravam a quase cair de suas janelas para ver e rir da confusão. – Não mãe. Essas pessoas são ignorantes, meus livros são mais amigos meu do que esse povo. Até a senhora só se preocupa com o que eles vão pensar. E eu? Quem se preocupa com o que eu sinto? Droga! Vou embora!


Em desespero Miranda segurou a filha pelos braços. – Mas que besteira! Embora para onde? Ainda mais de noite? Miriam erguei a cabeça e olhou todos os vizinhos. Com voz decidida declarou. – Existem outros povoados a nossa volta. Irei encontrar o homem certo para mim. Deve existir um homem culto em algum desses povoados, não é possível que todos sejam idiotas e retardados como os daqui. E se eu não encontrar um marido, vou encontrar um dragão, vou mata-lo e trazer a vocês. Todos verão que não sou louca, que os dragões existem! – Que besteira filha. Para com isso e entra já! – Não. Estou dando minha palavra. Ou volto com um marido. Ou volto com um dragão!


AUTORA: Dayla Assuky BLOG - www.assukymangas.com E-MAIL - site.just@gmail.com



Assim começa a historia O conde Basilis pascoal era um conde muito conhecido por ser um grande Dom Juan a ponto de ter varias amantes por toda cidade de Versailes, sabe-se também do seu grande histórico de festanças, pois dava grandes festas... até um dia se casar com uma jovem rica burguesa da Inglaterra que almejava não só as posses do conde como também seu valioso titulo, a mulher se chamava Victoria Butler. Seus pais tinha três filhas, sendo ela a filha do meio era sempre vista como a filha menos predileta e por isso sempre cobrava a si mesma o melhor, tentando ser a mais bonita ou a mais rica. Após se casar com Victoria o Conde Basilis acabou com suas noites de farra e seus roteiros bacanais de sempre, para viver uma vida quase que de um casal normal. Victoria era muito fria com o conde e ele o mesmo com ela, era como se ficasse bem claro as linhas de interesse afinal o conde também tinha o que ganhar nessa junção: uma linha, ou melhor dizendo uma ponte para as fabricas inglesas onde começava uma crise econômica. O conde podia ser tudo menos um tolo nos negócios! Era hora de revolucionar por assim dizer. Por que não montar uma fabrica onde o povo necessitado trabalhasse sem reclamar maior tempo ganhando bem menos apenas pelo fato de precisar do pouco dinheiro oferecido? Seria genial! Isso se não fosse a ganância desenfreada de Victoria e o conde com seu Don Juan interior explodindo.


O conde mantinha um caso secreto com uma mulher ou especificando melhor uma empregada do casarão a jovem Euphemia uma jovem mestiça de Frances com uma alemã, a empregada era dona de uma beleza quase que mística. Mesmo vestida de empregada parecia exalar uma sensação de realeza pela delicadeza de seus traços, estava bem claro que era uma empregada escolhida a dedo pelo conde, mas o que tornava mesmo a aparência de Euphemia exótica era seus olhos que possuíam cada um uma cor diferente sendo um azul e outro um castanho amarelo quase dourado lindos e diferentes, alguns sussurravam que era a magia do diabo rondando os olhos dela. Após alguns semanas a empregada começava a sentir os sintomas de uma gravidez, no entanto o mais estranho era que Euphemia não disse nada para o Conde e enquanto isso Victoria mantinha relações fora do casamento assim como algumas outras mulheres ricas da cidade, era um tipo de culto de fertilização secreto entre elas, afinal se a igreja descobrisse algo daquilo elas seriam mortas imediatamente. Foi em um desses dias que Marine, uma dessas ricas, apresentou Ofir que era um verdadeiro achado de Marine que o conheceu em suas andanças pelo mundo ao lado de seu marido que também era um colecionador de arte. Naquela mesma noite, Victoria não sabia, mas ficara grávida de Ofir. Quando percebeu, contou ao conde que estava grávida dele e deu a noticia com grande festança. O clima começou a ficar tenso no casarão. O conde havia separado um quarto para que Euphemia ficasse em conforto nos últimos meses de gravidez, isso porem irritava profundamente Victoria que ficava no quarto principal e descontava sua raiva se empanturrando de comida, a condessa comia tanto que já quase ocupava a cama toda, as empregadas riam na cozinha falando sobre seu tamanho e o fato de ela nem conseguir mais se levantar da cama.


O grande dia chegou primeiro para Euphemia que demorou um pouco e com muito esforço e depois de muitas horas teve um lindo menino ao qual batizara de Oliver que significava bondoso e gentil. Algumas semanas mais tarde nasceu o esperado filho de Victoria o neném nasceu lindo, sorte de Victoria que sua cria saiu a sua cara assim não daria na cara que não era do conde, Victoria deu o nome de Vincent a ele o qual era o nome de seu bisavô. Logo Victoria começou a perder peso, mas enquanto estava na cama ela teve um plano mirabolante para acabar de vez com tudo pelo que tava passando. Ela planejava a morte do conde para assim ficar viúva e rica. Logo em seguida voltaria para sua família na Inglaterra. O plano começava a criar corpo, aos poucos Victoria envenenava seu marido que ficava doente pouco a pouco sem nada perceber.

Sem ter mais o grande vigor que possuía, o conde parou de viajar tanto e começou a se dedicar a seus filhos. Era bem clara sua preferência por Vicent e por isso Oliver sempre se esforçava mais para agradar seu pai. Um dia Oliver finalmente conquistou completamente o carinho do conde em seu aniversario. Enquanto Vicent deu ao pai um cachimbo muito caro, Oliver havia colhido varias flores e frutas das arvores e montado uma cesta. Ao chegar no quarto apareceu com os dois joelhos esfolados, o conde se assustou também com seu estado todo sujo, por isso o conde lhe perguntou porque ele estava daquele jeito. Oliver respondeu que não sabia o que dar de presente e perguntou a sua mãe o que se dava para pessoas que faziam aniversario, afinal ele mesmo nunca tinha tido um aniversario e ela respondeu que o presente não importava, mas sim o sentimento que era dado com ele. Oliver começou a falar que o sentimento que ele queria passar era que amava seu pai e que queria que ele melhorasse e por isso procurou frutas e flores bem bonitas porque ouviu falar que comer frutas e flores faziam as pessoas melhorarem e perguntou se o conde não havia gostado de seu presente.


O conde olhou fixamente para Oliver e não conteve as lagrimas ao ver que o garoto havia se machucado todo só para dar-lhe aquele presente e pela primeira vez o conde estendeu sua mão e afanou a cabeça do menino. Oliver sentiu um grande calor em seu peito, uma euforia que representou com um grande sorriso dizendo: – Não precisa chorar... Quando as frutas acabarem eu subo na arvore e pego mais. Chora não senhor Basilis! – Até o conde sorriu nessa hora. Um ano depois o conde veio a falecer e como planejara, Victoria culpou Euphemia colocando o frasco de veneno no quarto da empregada e acusou-a não só de assassinato como também de bruxaria. O povo como sempre sedento de sangue arrastaram Euphemia do casarão e a enforcaram tudo isso na frente de Oliver que observava. Victoria deu ordens especificas que Oliver fosse expulso do casarão e que ninguém da cidade deveria dar comida ou água a ele, era para deixá-lo morrer assim como sua mãe a suposta traidora. Passaram vários dias e Oliver apenas bebia água da chuva e disputava sua comida com os cães de rua até o momento em que olhou para o céu e seu olhar parecia mais não conter alma. Chegou próximo a um espelho todo estilhaçado e pegou um de seus cacos muito afiados, olhou para o seu próprio reflexo e disse quase sem se agüentar em pé: – Prefiro morrer pelas minhas próprias mãos a obedecer ao destino que aquela bruxa traçou para mim! – Depois de proferir estas palavras, Oliver levara o caco em direção ao seu peito perfurando seu coração e assim morrendo. O que parecia ser o fim era apenas o começo...


Carnevil AUTORA: Tizy Izumy Txii BLOG - www.tanthosxii.blogspot.com.br E-MAIL - tizy_izumy@hotmail.com















AUTORA: Bruna Benites Fantappie BLOG - http://osagatas.blogspot.com.br






AUTORA: Jane dos Anjos BLOG - http://www.artesdosanjos.com.br/ E-MAIL - janyanjos@gmail.com



1 - O que é Jrocks e Anime Song? Jrock é o rock japonês e o anime song são as músicas que tocam nos animes.

2 – Como é organizado os eventos da AnimeSong? Temos a nossa empresa UNION MUSIC que é focada em bandas. Na qual temos o evento AnimeSong. Nossos eventos tem como foco principal os jrock e os anime songs, todas as bandas que tocam em nosso evento são exclusivas desse gênero. Temos animekê, campeonato de games, stands, brincadeiras diversas... Temos o cuidado de oferecer um set list bem caprichado à todos que comparecem em nosso evento.

3 – O que o pessoal pode esperar os eventos? O pessoal pode esperar excelentes bandas, equipamento de som caprichado, iluminação diferenciada para criar um clima de SHOW. E muita animação.

4 – Quais bandas são as mais famosas em Jrocks? Há várias bandas famosas e importantes no cenário do jrock, vamos citar algumas: X Japan ( a grande precursora disso tudo), Versailles, L'Arc~en~Ciel, The Gazette,Girugamesh, Maximum the Hormone, Nightmare...


5 – A letra (traduzida) de uma música que represente bem o Jrock e outra que represente Anime Song: Sorriso Resplandescente- Dragon Ball Gt _ AnimeSong Seu sorriso é tão resplandecente Que deixou meu coração alegre Me dê a mão Pra fugir desta terrível Escuridão Desde o dia em que eu te reencontrei, Me lembrei daquele lindo lugar. Que na minha infância era especial para mim. Quero saber se comigo você quer vir dançar. Se me der a mão eu te levarei, Por um caminho cheios de sombras e de luz. Você pode até não perceber, Mas o meu coração se amarrou em você Que precisa de alguém Pra te mostrar o amor que o mundo te dá. Meu alegre coração palpita Por um universo de esperança. Me dê a mão A magia nos espera. Vou te amar por toda minha vida. Vem comigo por este caminho. Me dê a mão Pra fugir desta terrível Escuridão

6 – Links do youtube para JROCK: http://www.youtube.com/watch?v=W92AyRj7jGg http://www.youtube.com/watch?v=XlSLdhkcPD4 http://www.youtube.com/watch?v=hw2bWudo9_I http://www.youtube.com/watch?v=5L_ZdM7nmzo&feature=youtu.be


7 – Vídeos de eventos realizados pelo AnimeSong: Vídeo 1 - http://www.youtube.com/watch?v=sH3DaY6Srmg Vídeo 2 - http://www.youtube.com/watch?v=b1mRKUPE_dA&feature=plcp Vídeo 3 - http://www.youtube.com/watch?v=gI0kxjWaXaY&feature=plcp Vídeo 4 - http://youtu.be/gI0kxjWaXaY

8 – Evento mais recente: Nosso mais recente evento ocorreu dia 10 de junho de 2012. E tivemos como tema O DIA DOS NAMORADOS, com destaque para as cantadas nerds e correio elegante sendo entregue por uma cupiDo devidamente caracterizada. E o diferencial, foi realizado em uma casa de rock. Convido todos a participarem deste evento de anime diferenciado e muito animado. Com cosplay, games, stands, animeke, brincadeira, muita música de qualidade.

www.unionmusic.com.br Facebook: www.facebook.com/animesongsorocaba Curta a Página: www.facebook.com/pages/AnimeSong-Sorocaba Duas matérias sobre o evento realizado dia 10 de junho de 2012. http://www.cruzeirodosul.inf.br/acessarmateria.jsf?id=393882 http://omiodogato.blogspot.com.br/2012/06/expectativas-animesong-chegando.html


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Roberto Machado

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Gostaria de participar da edição #03? Envie seus trabalhos para o e-mail abaixo! Obrigada pelo apoio!

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